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Ivalber Alex da Silva - ivalbervalbinho10@hotmail.com.br - CPF: 107.871.094-52


Você acaba de adquirir o material: Legislação Mapeada Extreme para o concurso da
Polícia Militar do Estado de Pernambuco.

Esse material é totalmente focado no certame e aborda os principais pontos do


edital da disciplina de Raciocínio Lógico.

Nele foi inserido títulos em cada artigo, para facilitar a sua compreensão, e
marcações das partes mais importantes.

Além disso, nos dispositivos mais importantes para a prova da PM-PE, constam
algumas explicações para facilitar a compreensão do aluno.

Galera, fiquem bastante atento às novidades legislativas, pois a banca poderá cobrá-
las em sua prova.

Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com.

Bons Estudos!

Rumo à aprovação!!

Ivalber Alex da Silva - ivalbervalbinho10@hotmail.com.br - CPF: 107.871.094-52


SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 5
ESTRUTURAS LÓGICAS E LÓGICA SEQUENCIAL .................................................................................... 6
1) Introdução.................................................................................................................................................. 6
2) Considerações Iniciais ............................................................................................................................. 6
3) Tipos de Proposições ............................................................................................................................... 7
3.1) Proposição Simples / Atômica ........................................................................................................... 7
3.2) Proposição Composta .......................................................................................................................... 8
3.3) Proposição Categórica ......................................................................................................................... 8
3.4) Proposição Aberta ................................................................................................................................ 8
3.5) Proposição Universal............................................................................................................................ 8
3.6) Proposição Existencial ......................................................................................................................... 8
3.7) Proposição Condicional ....................................................................................................................... 9
3.8) Proposição Bicondicional .................................................................................................................... 9
4) Conectivos .................................................................................................................................................. 9
5) Implicação e Equivalência .................................................................................................................... 10
5.1) Implicação............................................................................................................................................. 10
5.2) Equivalência Lógica ............................................................................................................................ 11
5.2.1) Propriedade Interpotentes ............................................................................................................ 11
5.2.2) Propriedade de Absorção .............................................................................................................. 12
5.2.3) Propriedades Cumulativas ............................................................................................................ 13
5.2.4) Propriedades Associativas ............................................................................................................. 13
5.2.5) Propriedades Distributivas ............................................................................................................ 13
5.2.6) Propriedade Transitiva ................................................................................................................... 14
5.3) Negação ................................................................................................................................................ 14
6) Tabela Verdade ....................................................................................................................................... 15
6.1) Tabela Verdade do Conectivo de Negação (~) ............................................................................ 15
6.2) Tabela Verdade do Conectivo de Conjunção (∧) ......................................................................... 16
6.3) Tabela Verdade do Conectivo de Disjunção (v)........................................................................... 16
6.4) Tabela Verdade do Conectivo Condicional (P→Q) ..................................................................... 17
6.5) Tabela Verdade do Conectivo Bi Condicional (P<->Q) ............................................................. 17
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO.................................................................................................................. 18
1) Introdução................................................................................................................................................ 18
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 18

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3) Argumentos válidos e inválidos ......................................................................................................... 18
3.1) Classificação dos Argumentos ......................................................................................................... 19
4) Princípios de inferência ........................................................................................................................ 19
4.1) Modus Ponens ..................................................................................................................................... 19
4.2) Modus Tollens ..................................................................................................................................... 19
4.3) Silogismo .............................................................................................................................................. 20
5) Validade Formal dos Argumentos ...................................................................................................... 20
5) Dedução e Indução ................................................................................................................................ 21
OPERAÇÃO DE CONJUNTOS .................................................................................................................... 22
1) Introdução................................................................................................................................................ 22
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 22
3) Teoria dos Conjuntos ............................................................................................................................ 22
4) Operações de Conjuntos....................................................................................................................... 23
4.1) Relações – definição, tipos e propriedades .................................................................................. 23
4.2) Funções – definição, tipos e propriedades ................................................................................... 24
4) Noções de Teoria dos Números .......................................................................................................... 25
4.1) Princípio da Casa dos Pombos ......................................................................................................... 25
ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE ..................................................................................... 26
1) Introdução................................................................................................................................................ 26
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 26
3) Fatorial (!)................................................................................................................................................. 27
4) Permutação .............................................................................................................................................. 27
5) Combinação ............................................................................................................................................. 27
6) Arranjo ...................................................................................................................................................... 28
7) Probabilidade .......................................................................................................................................... 28
7.1) Tipos de Probabilidade...................................................................................................................... 29
7.1.1) Probabilidade Clássica/Teórica .................................................................................................... 29
7.1.2) Probabilidade Empírica/Estatística ............................................................................................. 29
7.1.3) Probabilidade Subjetiva ................................................................................................................. 29

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo de Raciocínio Lógico, apresentaremos os assuntos que foram


cobrados no edital do Polícia Militar do Estado de Pernambuco

CONTEÚDO

1. Compreensão de estruturas lógicas: proposições e conectivos lógicos, quantificadores, falácias.

2. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções, equivalência e implicação lógica,


argumentos válidos e conclusões.

3. Diagramas lógicos.

4. Princípios da contagem, técnicas de contagem, princípio multiplicativo, permutações, arranjos,


combinações e probabilidade.

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ESTRUTURAS LÓGICAS E LÓGICA SEQUENCIAL

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do tema de estruturas lógicas e lógica sequencial:

1 – Estruturas Lógicas e Lógica Sequencial: considerações iniciais; tipos de preposições;


conectivos; implicação e equivalência; tabela verdade.

2) Considerações Iniciais

A lógica é o estudo sobre um conjunto de regras como origem o conhecimento e que nos permita
chegar à resolução de problemas. A lógica proposicional é a forma mais simples da lógica e um
dos conteúdos mais cobrados nos concursos públicos. Porém ela é encontrada em editais como
Lógica Sentencial, Lógica Argumentativa e/ou Lógica Qualitativa. Entende-se como o estudo do
comportamento dos conectivos lógicos e das regras que os manipulam, nela caminham lado a lado
a Matemática e a Filosofia.

No contexto do Raciocínio Lógico Matemático, as estruturas lógicas são fundamentais para a


análise e resolução de problemas lógicos. Essas estruturas incluem proposições, conectivos lógicos
e tabelas-verdade.

Proposições

Estruturas Lógicas Conectivos Lógicos

Tabela-Verdade

As proposições são declarações que podem ser verdadeiras ou falsas. Os conectivos lógicos, como
"e", "ou", "não", "se...então", são usados para combinar proposições e criar afirmações mais
complexas.

A lógica sequencial também desempenha um papel no Raciocínio Lógico Matemático,


especialmente quando se trata de seguir uma sequência lógica de etapas para resolver um problema.

Por exemplo, ao resolver um problema de lógica proposicional, você pode seguir uma lógica
sequencial para aplicar os conectivos lógicos às proposições e, assim, determinar a validade de um
argumento ou a verdade de uma afirmação.

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Ex.: (CESPE/CEBRASPE - 2022) - A seguinte afirmação é uma proposição: A quantidade de
formigas no planeta Terra é maior que a quantidade de grãos de areia.

GABARITO: CERTO, pois a afirmação é uma proposição, porque possui sentido completo e pode ser
valorada em Verdadeiro ou Falso.

Importante!

Fique atento, pois não são proposições frases sem verbos, frases interrogativas, exclamativas,
imperativas e sentenças abertas.

Ex.:

“O livro de matemática.”

“Quando vai ser a prova?”

“Que questão fácil!”

“Comece a prova.”

“x + y = 5”

Portanto, através de posições, fatos são representados por sentenças, que é uma declaração
verdadeira ou falsa sobre determinado sujeito.

3) Tipos de Proposições

As proposições são declarações ou sentenças que podem ser classificadas em diferentes tipos com
base em suas características lógicas e estruturais. É fundamental compreender esses tipos de
proposições ao estudar lógica e raciocínio lógico. Vamos nos aprofundar agora nos principais tipos
de proposições:

3.1) Proposição Simples / Atômica

Uma proposição simples, também conhecida como proposição atômica, é uma declaração que não
pode ser mais dividida em proposições menores com significado lógico próprio.

Ex.: "O sol é uma estrela" ou "2 + 2 = 4". Essas são proposições simples, pois não podem ser
decompostas em partes menores significativas.

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3.2) Proposição Composta

Uma proposição composta é formada pela combinação de duas ou mais proposições simples por
meio de conectivos lógicos (como "e", "ou", "não", "se...então").

Ex.: "O sol é uma estrela e a lua orbita a Terra" é uma proposição composta, pois envolve a
combinação de duas proposições simples com o conectivo "e".

3.3) Proposição Categórica

Proposições categóricas são uma classe especial de proposições que expressam relações entre
classes ou conjuntos.

Ex.: "Todos os seres humanos são mortais" ou "Nenhum gato é um pássaro". Essas proposições
categóricas são frequentemente usadas na lógica aristotélica e na teoria dos conjuntos.

3.4) Proposição Aberta

Uma proposição aberta contém uma ou mais variáveis que precisam ser quantificadas (por meio
de quantificadores como "para todo" ou "existe") para se tornarem proposições verdadeiras ou
falsas.

Ex.: "x é maior que 5", onde x é uma variável. Para tornar esta proposição verdadeira ou falsa,
precisamos quantificar x.

3.5) Proposição Universal

Uma proposição universal afirma que uma afirmação é verdadeira para todos os elementos de um
conjunto específico.

Ex.: "Para todo número real x, x ao quadrado é maior ou igual a zero."

3.6) Proposição Existencial

Uma proposição existencial afirma que pelo menos um elemento de um conjunto satisfaz uma
determinada condição.

Ex.: "Existe um número inteiro x tal que x é par e positivo."

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3.7) Proposição Condicional

Uma proposição condicional estabelece uma relação condicional entre duas proposições,
geralmente usando a forma "se...então".

Ex.: "Se chover, então vou levar um guarda-chuva." A primeira parte ("chover") é a antecedente, e
a segunda parte ("levar um guarda-chuva") é o consequente.

3.8) Proposição Bicondicional

Uma proposição bicondicional estabelece uma relação de dupla implicação, indicando que duas
proposições são verdadeiras ou falsas simultaneamente.

Ex.: "Eu irei à festa se, e somente se, meu amigo também for."

4) Conectivos

Os conectivos são elementos fundamentais na lógica que são usados para combinar proposições
simples e criar proposições compostas. Eles desempenham um papel essencial na construção de
argumentos lógicos e na expressão de relações lógicas entre proposições. Eles são classificados da
seguinte forma:

Conectivo Descrição Símbolo Exemplos

E Conjunção ^ (P ^Q) Antônio é brasileiro e Diego é argentino.

OU Disjunção v (P v Q) Antônio é brasileiro ou Diego é


argentino.

SE...ENTÃO Condicional -> (P -> Q) Se Antônio é brasileiro então Diego é


argentino.

...SE E SOMENTE SE... Bi condicional <-> (P <->Q) Antônio é brasileiro se somente se Diego
é argentino.

...OU ...OU Disjunção Exclusiva v (P v Q) Ou Antônio é brasileiro ou Diego é


argentino.

* NÃO Negação ~P O céu não é vermelho.

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Tome nota!

O Não é classificado como modificador, não como conectivo. Se eu tenho P como verdadeira e uso
o ~, ela recebe o valor de falsa. Se eu tenho Q como falsa e uso ~, ela recebe o valor de verdadeira.

Ex.: P: A FGV será a banca examinadora do concurso.

~P: A FGV não será a banca examinadora do concurso. Não é verdade que A FGV será a banca
examinadora do concurso. É falso que A FGV será a banca examinadora do concurso.

5) Implicação e Equivalência

5.1) Implicação

A implicação, representada pelo símbolo "→", é um conectivo lógico usado para criar proposições
condicionais. Ela expressa uma relação de causa e efeito ou uma condição. A proposição criada
com a implicação é chamada de proposição condicional.

A proposição condicional "P → Q" significa que "se a proposição P for verdadeira, então a proposição
Q também será verdadeira". Em outras palavras, a verdade de Q depende da verdade de P.

Ex.: Se Maria passeia com seu gato, ela escuta música. Se Maria vê filme, então ela não escuta
música. Logo:

a) Se Maria não passeia com seu gato, então ela não vê filme.

b) Se Maria passeia com seu gato, então ela não vê filme.

c) Se Maria passeia com seu gato, então ela não escuta música.

d) Se Maria escuta música, então ela não passeia com seu gato.

e) Se Maria passeia com seu gato, então ela vê filme e não escuta música.

Tome nota!

Para responder essa questão, você precisa aprender uma regrinha muito interessante do condicional,
a regra do corte. Quando temos dois condicionais, com proposições na diagonal que afirmam a
mesma coisa, podemos cortá-las.

Ex.:

P→Q

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Q→R

Cortamos o Q na diagonal, restando P→R. A posição da diagonal não importa, desde que as
afirmações digam exatamente a mesma coisa. Voltando à nossa questão, temos duas proposições:

Se Maria passeia com seu gato, então ela não vê filme

Se Maria vê filme, então ela não escuta música.

Vejamos, não temos aqui duas proposições afirmando as mesmas coisas na diagonal, mas não tem
problema, basta fazer a negação das proposições e inverter as posições.

“Se Maria vê filme, então ela não escuta música” se transforma em “Se Maria escuta música então
ela não vê filme”. Fica:

Se Maria passeia com seu gato, (então) ela escuta música.

Se Maria escuta música, então ela não vê filme.

Só cortar a proposição “escuta música” na diagonal. Fazendo isso fica com:

Se Maria passeia com seu gato, então ela não vê filme.

Portanto, a resposta é a letra B.

5.2) Equivalência Lógica

A equivalência, representada pelo símbolo "↔", é um conectivo lógico que expressa uma relação
de igualdade lógica entre duas proposições. Isso significa que as duas proposições têm o mesmo
valor lógico em todas as situações.

A proposição composta "P ↔ Q" significa que "P é verdadeira se, e somente se, Q também for
verdadeira". Isso implica que P e Q têm os mesmos valores lógicos, ou seja, ambas são verdadeiras
ou ambas são falsas.

Ainda no conceito de equivalência lógica, precisamos nos aprofundar em algumas importantes


propriedades. Essas propriedades são úteis para simplificar expressões lógicas complexas e analisar
argumentos.

5.2.1) Propriedade Interpotentes

As propriedades idempotentes são um conjunto de propriedades lógicas que descrevem como a


aplicação repetida de um operador ou uma operação lógica em uma proposição não altera seu valor

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lógico. Em outras palavras, quando uma operação idempotente é aplicada várias vezes a uma
proposição, o resultado permanece o mesmo.

A propriedade idempotente da conjunção envolve o operador lógico "E" (ou "∧") e afirma que,
quando uma proposição é combinada com ela mesma usando a conjunção, o resultado permanece
o mesmo.

1ª) p ^ p = p.

Isso ocorre porque a conjunção (E) só é verdadeira quando ambas as proposições envolvidas
também são verdadeiras. Quando uma proposição é combinada com ela mesma, seu valor lógico
permanece o mesmo.

Ex.: Se P representa a afirmação “o céu é azul”, então P^P também significa “o céu é azul”, e a
expressão é idempotente.

A propriedade idempotente da disjunção envolve o operador lógico "OU" (ou "∨") e afirma que,
quando uma proposição é combinada com ela mesma usando a disjunção, o resultado permanece
o mesmo.

2ª) p ∨ p = p.

Isso ocorre porque a disjunção (OU) é verdadeira se pelo menos uma das proposições envolvidas
for verdadeira. Quando uma proposição é combinada com ela mesma, a verdade da proposição
original já satisfaz essa condição.

Ex.: Se P representa a afirmação “Hoje é terça-feira”, então P^P também significa “Hoje é terça-
feira”, e a expressão é idempotente.

5.2.2) Propriedade de Absorção

A propriedade de absorção é uma propriedade importante na lógica e na álgebra booleana, que


descreve como certas operações lógicas podem absorver ou eliminar partes de uma expressão
lógica.

A absorção da conjunção é uma propriedade que afirma que, quando uma proposição é
conjuntamente combinada com outra proposição que é uma implicação da primeira, a segunda
proposição pode ser absorvida, resultando apenas na proposição original.

1ª) p ∨ (p ^ q) = p.

Isso significa que, se Q pode ser deduzido logicamente a partir de P, então a conjunção de P com a
implicação de P em relação a Q é equivalente a apenas P.

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Ex.: Se P representa "É verão" e Q representa "É quente", então p ∨ (p ^ q) significa que "É verão
e, se é verão, então é quente." No entanto, podemos simplesmente afirmar "É verão" (P) sem
mencionar a implicação.

A absorção da disjunção é outra propriedade que afirma que, quando uma proposição é
disjuntamente combinada com outra proposição que é uma implicação da negação da primeira, a
segunda proposição pode ser absorvida, resultando apenas na negação da proposição original.

2ª) p ^ (p ∨ q) = p.

Isso significa que, se Q pode ser deduzido logicamente a partir da negação de P, então a disjunção
de P com a implicação da negação de P em relação a Q é equivalente à tautologia (P \lor \neg P),
que é sempre verdadeira.

Ex.: Se P representa "Está chovendo" e Q representa "É ensolarado", então p ^ (p ∨ q) significa


que "Está chovendo ou, se não está chovendo, então é ensolarado." No entanto, podemos
simplesmente afirmar a tautologia "Está chovendo ou não está chovendo," que é sempre verdadeira.

5.2.3) Propriedades Cumulativas

A propriedade comutativa se aplica a operações que podem ser realizadas em qualquer ordem.
Isso significa que a ordem dos operandos não afeta o resultado da operação.

1ª) p ^ q = q ^ p

2ª) p ∨ q = q ∨ p

3ª) p <-> q = q <-> p

5.2.4) Propriedades Associativas

A propriedade associativa se aplica a operações em que a forma como os elementos são agrupados
não afeta o resultado da operação.

1ª) (p ^ q) ^ r = p ^ (q ^ r)

2ª) (p ∨ q) ∨ r = p ∨ (q ∨ r)

5.2.5) Propriedades Distributivas

A propriedade distributiva descreve como uma operação distribui sobre outra operação. Ela
relaciona a adição e a multiplicação.

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5.2.6) Propriedade Transitiva

A propriedade transitiva é uma propriedade da igualdade que se aplica quando há uma sequência
de igualdades.

(p → q) ^ (q → r) = p → r

Dissemos que duas proposições são equivalentes se possuírem a mesma tabela-verdade, entretanto
a resolução por tabela-verdade costuma demandar muito tempo, assim conheçamos alguns
“macetes”. A grande maioria das questões cobra a equivalência de uma condicional, então decore!

5.3) Negação

Tema interligado é a negação das proposições, assim também é muito válido saber negar
proposições compostas. Nesse sentido vejamos a seguinte esquematização:

Quais são as principais equivalências lógicas para guardar para a hora da prova? A resposta está no
mapa mental seguinte:

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6) Tabela Verdade

Uma das ferramentas mais usadas no estudo do raciocínio lógico, é Tabela Verdade. Ela é
empregada na compreensão de expressões lógicas. Porém, é necessário adquirir um domínio sobre
os conectivos lógicos. A tabela verdade é a representação, de forma isolada, das proposições e seus
conectivos em um quadro, de forma a facilitar a o seu entendimento e analisar os detalhes de forma
minuciosa. Dessa forma, é possível visualizar com mais clareza o que cada parte da sentença quer
dizer e extrair seu verdadeiro significado. Sendo que cada conector lógico terá sua Tabela Verdade.

Uma tabela-verdade é uma tabela que lista todas as combinações possíveis de valores verdadeiros
(V) e falsos (F) para as proposições simples que compõem uma proposição composta. Cada linha da
tabela representa uma combinação de valores verdadeiros e falsos para as proposições simples, e a
última coluna mostra o valor lógico da proposição composta correspondente.

6.1) Tabela Verdade do Conectivo de Negação (~)

P ~P

V F

F V

Tome nota!

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A negação da proposição P, é a proposição ~P, de maneira que se P é verdade, ~P é falsa, e se P é
falsa, ~P é verdade.

6.2) Tabela Verdade do Conectivo de Conjunção (∧)

P Q P^Q

V V V

V F F

F V F

F F F

Tome nota!

A conjunção somente será verdadeira se P e Q forem verdadeiros.

6.3) Tabela Verdade do Conectivo de Disjunção (v)

P Q PvQ

V V V

V F V

F V V

F F F

Tome nota!

P é uma proposição verdadeira, então o valor lógico da proposição P v Q também será verdadeiro.

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6.4) Tabela Verdade do Conectivo Condicional (P→Q)

P Q P→Q

V V V

V F F

F V V

F F V

Tome nota!

Observa-se que sendo a primeira falsa e a segunda verdadeira, pela tabela concluímos que o
resultado desta operação lógica será verdadeiro.

6.5) Tabela Verdade do Conectivo Bi Condicional (P<->Q)

P Q P→Q

V V V

V F F

F V F

F F V

Tome nota!

A primeira proposição é falsa e a segunda é verdadeira, conclui-se que o valor lógico será falso.

É possível saber quantas linhas ela a Tabela Verdade terá, com uma simples conta de potência,
especificamente 2N, onde n é o número de proposições simples que compõem a proposição.

Ex.: Se João está viajando, então André está estudando.

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A representação dela será P -> Q. Portanto, temos 2 proposições simples. Então, faremos 2²= 4, e a
conclusão de que a tabela verdade da proposição P -> Q terá 4 linhas.

Em resumo, a negação muda o valor lógico da proposição, a conjunção será V quando ambas
forem V e F nas demais, a disjunção será F quando ambas forem F e V nas demais, a disjunção
exclusiva será V quando ambas forem diferentes e F nas demais, o condicional será F quando ocorrer
um V -> F e V nas demais e o Bi condicional será V quando ambas forem iguais, e F nas demais.

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do tema de Lógica de Argumentação:

1 – Lógica de Argumentação: considerações iniciais; argumentos válidos e inválidos; princípio


da inferência; validade formal dos argumentos; dedução e indução.

2) Considerações Iniciais

A lógica de argumentação, também conhecida como lógica argumentativa, é uma área da filosofia
e da lógica que se concentra na análise e avaliação de argumentos. Ela lida com a estrutura, a
validade e a persuasividade de argumentos em diversas áreas do conhecimento.

Um argumento é um conjunto de proposições em que uma (ou mais) proposições, chamadas de


premissas, são apresentadas como evidências ou razões para apoiar outra proposição, chamada de
conclusão.

3) Argumentos válidos e inválidos

A validade de um argumento é uma característica que diz se as premissas realmente sustentam a


conclusão. Um argumento é válido se, e somente se, for impossível que todas as premissas sejam
verdadeiras e a conclusão seja falsa.

A validade se concentra na estrutura lógica do argumento, independentemente de as premissas ou


a conclusão serem verdadeiras ou falsas.

Se um argumento é válido e suas premissas são todas verdadeiras, então a conclusão também
deve ser verdadeira. Caso contrário, estaremos diante argumento inválido.

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3.1) Classificação dos Argumentos

Os argumentos só podem ser classificados em dedutivos e indutivos, como veremos a seguir as


particularidades.

Os argumentos dedutivos são aqueles em que a conclusão segue necessariamente das premissas.
Em outras palavras, se as premissas são verdadeiras, a conclusão também deve ser verdadeira.

Ex.: "Todos os homens são mortais. Sócrates é homem. Logo, Sócrates é mortal."

Os argumentos indutivos são aqueles em que a conclusão é provável, mas não segue
necessariamente das premissas. O processo de raciocínio indutivo é chamado de raciocínio "forte"
ou "plausível". Isso significa que, embora as premissas possam dar suporte à conclusão, ainda existe
a possibilidade de a conclusão ser falsa, embora improvável.

Ex.: "Todos os cisnes que já vimos são brancos. Logo, todos os cisnes são brancos."

4) Princípios de inferência

O princípio da inferência refere-se a regras ou princípios que guiam a validação ou avaliação de


argumentos. Esses princípios são usados para determinar se um argumento é válido, ou seja, se a
conclusão segue logicamente das premissas. Existem várias regras e princípios de inferência,
dependendo do tipo de argumento e do sistema lógico sendo utilizado.

Vamos estudar os mais cobrados pela banca – modus ponens; modus tollens; silogismo!

4.1) Modus Ponens

O modus ponens é uma técnica de inferência dedutiva que consiste em afirmar que, se uma
proposição "A" implica em "B", e "A" é verdadeira, então "B" é verdadeira.

Ex.: "Se chover, eu levarei um guarda-chuva. Está chovendo. Logo, eu estou levando um guarda-
chuva."

4.2) Modus Tollens

O modus tollens é uma técnica de inferência dedutiva que consiste em afirmar que, se uma
proposição "A" implica em "B", e "B" é falsa, então "A" é falsa.

Ex.: "Se eu tivesse passado na prova, teria recebido um e-mail de confirmação. Não recebi
nenhum e-mail de confirmação. Logo, não passei na prova."

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4.3) Silogismo

O silogismo é uma técnica de inferência dedutiva que consiste em deduzir uma conclusão a partir
de duas premissas.

Ex.: "Todos os seres humanos são mortais. Sócrates é um ser humano. Logo, Sócrates é mortal."

5) Validade Formal dos Argumentos

Existem muitas outras técnicas de inferência, tanto dedutivas quanto indutivas, que podem ser
usadas para avaliar a validade dos argumentos e chegar a conclusões sobre as informações
apresentadas.

Quando falamos sobre a validade formal de um argumento na lógica, estamos analisando apenas
a estrutura lógica desse argumento, independentemente de as proposições específicas envolvidas
serem verdadeiras ou falsas.

Um argumento é formalmente válido se a conclusão sempre segue logicamente das premissas, ou


seja, se não há nenhuma maneira de as premissas serem verdadeiras e a conclusão ser falsa de
acordo com a estrutura lógica do argumento.

A falácia da afirmação da consequente é um erro lógico que ocorre quando alguém conclui que,
se a consequência (ou a conclusão) de uma condição for verdadeira, a condição em si também deve
ser verdadeira. Isso é um erro porque a verdade da consequência não garante a verdade da condição.

Ex.: O seguinte argumento é formalmente inválido, dado que é um caso da falácia da afirmação
da consequente:

Se o João é pai do Paulo, o Paulo é filho do João.

O Paulo é filho do João.

Logo, o João é pai do Paulo.

Este argumento é formalmente inválido, mas é válido: é impossível as premissas serem verdadeiras
e a conclusão falsa. Um argumento é formalmente inválido quando sua estrutura lógica não garante
que a conclusão seja verdadeira com base nas premissas, independentemente de as proposições
serem verdadeiras ou falsas.

Ex.: O argumento é formalmente inválido porque, mesmo que as premissas sejam verdadeiras, a
conclusão pode ser falsa.

Se o João é amigo do Paulo, o Paulo é amigo do João.

O Paulo é amigo do João.

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Logo, o João é amigo do Paulo.

Imagine-se que o João não é amigo do Paulo, mas que, se o fosse, o Paulo seria amigo do João. E
imagine-se ainda que o Paulo é amigo do João. Neste caso, as duas premissas são nesse caso
verdadeiras, mas a conclusão é falsa.

Na lógica formal, a validade formal é fundamental porque ela se concentra na estrutura lógica do
argumento, separada das proposições específicas. Isso permite que avaliemos se um argumento é
logicamente sólido, independentemente do conteúdo real das premissas e da conclusão.

A forma lógica de um argumento é como ele está estruturado, sem levar em consideração o
significado das palavras usadas. É essa forma lógica que determina se um argumento é válido ou
não.

5) Dedução e Indução

A dedução é um método de raciocínio que envolve a aplicação de regras lógicas para chegar a uma
conclusão a partir de premissas conhecidas. Ela se baseia na ideia de que, se as premissas são
verdadeiras e as regras lógicas são aplicadas corretamente, então a conclusão deve ser verdadeira.

A dedução é um processo de raciocínio "top-down" (de cima para baixo), no qual se parte de
afirmações gerais (premissas) para chegar a uma conclusão específica. A validade da dedução é
determinada pela estrutura lógica do argumento, independentemente da verdade ou falsidade
das premissas ou conclusão.

Um exemplo clássico de raciocínio dedutivo é o silogismo, um argumento que consiste em duas


premissas e uma conclusão, seguindo regras lógicas bem definidas.

Ex.:

"Todos os homens são mortais."

"Sócrates é um homem."

"Sócrates é mortal."

A indução é um método de raciocínio no qual se chega a uma conclusão geral com base em
observações específicas ou evidências limitadas. Ela se baseia na ideia de que padrões observados
em exemplos individuais podem ser generalizados para uma conclusão mais ampla.

A indução é um processo de raciocínio "bottom-up" (de baixo para cima), no qual se parte de
observações específicas para chegar a uma conclusão geral ou inferência probabilística. A validade
da indução não é garantida, pois a conclusão geral é inferida a partir de casos específicos e,
portanto, pode não ser verdadeira em todas as situações.

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Ex.: "O Brasil tem a melhor seleção de futebol do mundo, pois é a única que participou de todas
as Copas e também é a que possui o maior número de títulos."

Assim, os argumentos indutivos não podem ser avaliados conclusivamente como sendo válidos ou
inválidos. Cabe avaliá-los de maneira mais subjetiva, classificando-os em “mais fortes” ou “mais
frágeis”.

OPERAÇÃO DE CONJUNTOS

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do tema de operação de conjuntos:

1 – Operação de Conjuntos: considerações iniciais; teoria dos conjuntos; noções de teoria dos
números.

2) Considerações Iniciais

As operações de conjuntos são operações matemáticas que envolvem conjuntos e são usadas para
criar novos conjuntos com base em combinações, interações e relações entre conjuntos existentes.
As operações de conjunto mais comuns são a união, a interseção, o complemento e a diferença.

3) Teoria dos Conjuntos

Um conjunto é uma coleção de objetos, chamados elementos. Os elementos de um conjunto podem


ser números, letras, palavras, símbolos, entre outros. Ex.: o conjunto de números inteiros pares,
pode ser representado como {2, 4, 6, 8, ...}.

Um conjunto pode ser representado de várias formas, como por extensão, quando listamos todos
os seus elementos, ou por compreensão, quando definimos um conjunto através de uma
propriedade que seus elementos devem ter. Ex.: o conjunto dos números inteiros maiores que 0
pode ser representado por compreensão como {x | x > 0}.

Um subconjunto é um conjunto que contém apenas elementos que também pertencem a outro
conjunto. Se A é um subconjunto de B, denotamos isso por A ⊆ B. Ex.: {2, 4, 6} ⊆ {1, 2, 3, 4, 5, 6}.

Por fim, o conjunto vazio é a ausência de elementos dentro do conjunto, na qual é denodado por
∅ ou { }.

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4) Operações de Conjuntos

As operações de conjuntos são operações matemáticas que envolvem conjuntos e são usadas para
criar novos conjuntos com base em combinações, interações e relações entre conjuntos existentes.
As operações de conjunto mais comuns são a união, a interseção, o complemento e a diferença.

A união de dois conjuntos A e B é o conjunto que contém todos os elementos que pertencem a pelo
menos um dos conjuntos. É denotada por A ∪ B.

Ex.: Se A = {1, 2, 3} e B = {3, 4, 5}, então A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5}.

A interseção de dois conjuntos A e B é o conjunto que contém todos os elementos que pertencem
a ambos os conjuntos. É denotada por A ∩ B.

Ex.: Se A = {1, 2, 3} e B = {3, 4, 5}, então A ∩ B = {3}.

A diferença entre dois conjuntos A e B é o conjunto que contém todos os elementos que pertencem
a A, mas não pertencem a B. É denotada por A - B.

Ex.: Se A = {1, 2, 3} e B = {3, 4, 5}, então A - B = {1, 2}.

O complemento de um conjunto A em relação a um conjunto universo U é o conjunto de todos os


elementos de U que não pertencem a A. É denotado por A'.

Ex.: Se U é o conjunto dos números inteiros e A é o conjunto dos números pares, então A' é o
conjunto dos números ímpares.

4.1) Relações – definição, tipos e propriedades

Uma relação é um conjunto de pares ordenados de elementos de um ou mais conjuntos. Existem


vários tipos de relações, como a relação de igualdade, a relação de ordem, a relação de equivalência,
entre outras. Uma relação R entre A e B é frequentemente denotada como R ⊆ A × B.

Ex.: Se A = {1, 2, 3} e B = {4, 5, 6}, uma relação R entre A e B pode ser definida como {(1,4), (2,5),
(3,6)}.

Existem vários tipos de relações, como a relação de igualdade, a relação de ordem, a relação de
equivalência, entre outras. Uma relação de igualdade é uma relação binária que relaciona um
elemento a si mesmo. É denotada por "=".

Ex.: 2 = 2.

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Já uma relação de ordem é uma relação binária que relaciona elementos de um conjunto de acordo
com alguma propriedade. Existem duas principais relações de ordem: a relação de ordem parcial e
a relação de ordem total.

Uma relação de ordem parcial é uma relação binária que satisfaz as seguintes propriedades:
reflexividade, transitividade e antissimétrica.

Ex.: a relação "≤" (menor ou igual) é uma relação de ordem parcial nos números reais, pois é
reflexiva (todo número é menor ou igual a si mesmo), transitiva (se a ≤ b e b ≤ c, então a ≤ c) e
antissimétrica (se a ≤ b e b ≤ a, então a = b).

Uma relação de ordem total é uma relação binária que é uma relação de ordem parcial e que
também satisfaz a propriedade da completude. A propriedade da completude significa que para
quaisquer dois elementos a e b do conjunto, a relação a ≤ b ou b ≤ a é verdadeira.

Ex.: a relação "≤" é uma relação de ordem total nos números inteiros, pois é uma relação de
ordem parcial e satisfaz a propriedade da completude.

Por fim, uma relação de equivalência é uma relação binária que satisfaz as seguintes propriedades:
reflexividade, simetria e transitividade.

Ex.: a relação de congruência módulo n é uma relação de equivalência nos números inteiros, pois
é reflexiva (a ≡ a mod n), simétrica (se a ≡ b mod n, então b ≡ a mod n) e transitiva (se a ≡ b mod n
e b ≡ c mod n, então a ≡ c mod n).

4.2) Funções – definição, tipos e propriedades

Uma função é uma relação entre dois conjuntos que associa cada elemento do primeiro conjunto
(domínio) a um único elemento do segundo conjunto (contradomínio). Uma função f de um
conjunto A para um conjunto B é uma regra que associa a cada elemento x em A um único elemento
y em B. Isso é denotado como: f: A → B

Ex.: a função f(x) = x^2 associa cada número real x ao seu quadrado.

Existem vários tipos de funções, como as funções injetoras, as funções sobrejetoras e as funções
bijetoras. Uma função injetora é uma função que associa elementos diferentes do domínio a
elementos diferentes do contradomínio. Em outras palavras, se f(a) = f(b), então a = b.

Ex.: a função f(x) = x^2 não é injetora, pois f (2) = f(-2) = 4.

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Uma função sobrejetora é uma função em que todo elemento do contradomínio é a imagem de
pelo menos um elemento do domínio. Em outras palavras, para cada y no contradomínio, existe pelo
menos um x no domínio tal que f(x) = y.

Ex.: a função f(x) = x^2 não é sobrejetora nos números reais negativos, pois não existe nenhum
número real cujo quadrado seja negativo.

Uma função bijetora é uma função que é injetora e sobrejetora. Em outras palavras, cada elemento
do contradomínio é a imagem de um único elemento do domínio.

Ex.: a função f(x) = x é uma função bijetora, pois para qualquer número real y, existe um único
número real x tal que f(x) = y.

Outras propriedades importantes de funções incluem a noção de função composta e a de função


inversa.

A função composta é uma operação que consiste em aplicar uma função depois de outra. Sejam f:
A → B e g: B → C duas funções, então a função composta g∘f: A → C é definida como (g∘f) (x) =
g(f(x)) para todo x em A. Ex.: se f(x) = x^2 e g(x) = x+1, então (g∘f) (x) = g(f(x)) = g(x^2) = x^2 +
1.

A função inversa é a função que "desfaz" a operação da função original. Seja f: A → B uma função
bijetora, então sua função inversa f^-1: B → A é definida como f^-1(y) = x se e somente se f(x) = y.
Ex.: se f(x) = 2x e g(x) = (1/2)x, então f(g(x)) = 2((1/2)x) = x e g(f(x)) = (1/2)(2x) = x, portanto f e g
são inversas uma da outra.

4) Noções de Teoria dos Números

A Teoria dos Números é a parte da Matemática que se dedica ao estudo dos números inteiros e seus
amigos. Diferentemente de muitas outras áreas da Matemática, a Teoria dos Números distingue-se
muito menos por seus métodos, mas mais sim por seus problemas, cujo tema comum subjacente é
o número inteiro. O aspecto multidisciplinar, aliado à simplicidade de seus conceitos e ao seu caráter
fundamental, torna a Teoria dos Números um dos ramos mais populares em toda a Matemática,
cativando pessoas de formações totalmente diversas.

4.1) Princípio da Casa dos Pombos

O princípio da casa dos pombos, também conhecido como princípio da gaveta ou princípio da
caixa, é um conceito matemático utilizado para provar a existência de pelo menos um elemento

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em um conjunto quando há mais elementos do que lugares disponíveis para esses elementos
ocuparem.

O princípio pode ser enunciado da seguinte forma: se existem n+1 pombos (elementos) e apenas n
casas (lugares), então pelo menos uma casa terá dois ou mais pombos.

Vamos ver alguns exemplos para ilustrar esse princípio:

Ex.: Suponha que você tenha 10 meias, sendo 5 meias azuis e 5 meias vermelhas. Se você tentar
colocar essas 10 meias em apenas 9 gavetas distintas, de forma que cada gaveta contenha apenas
uma meia, então, de acordo com o princípio da casa dos pombos, pelo menos uma gaveta conterá
duas meias da mesma cor. Isso ocorre porque existem mais meias do que gavetas disponíveis.

Agora, considere um grupo de 20 pessoas, cada uma delas com uma idade diferente. Se tentarmos
acomodar essas 20 pessoas em apenas 19 assentos de um teatro, de forma que cada assento seja
ocupado por uma pessoa, então, de acordo com o princípio da casa dos pombos, pelo menos um
assento terá duas pessoas com a mesma idade. Isso acontece porque existem mais pessoas do que
assentos disponíveis.

Por fim, vamos supor que você tenha uma caixa com 8 maçãs e 7 laranjas, e você deseja colocar
essas frutas em 10 sacolas diferentes. De acordo com o princípio da casa dos pombos, pelo menos
uma sacola conterá duas frutas do mesmo tipo. Isso ocorre porque existem mais frutas do que
sacolas disponíveis.

Esses exemplos demonstram que quando há mais elementos do que lugares disponíveis para eles
ocuparem, pelo menos um lugar terá mais de um elemento.

ANÁLISE COMBINATÓRIA E PROBABILIDADE

1) Introdução

Iniciaremos os estudos do tema de análise combinatória e probabilidade:

1 – Análise Combinatória e Probabilidade: considerações iniciais; fatorial; permutação;


combinação; arranjo; probabilidade.

2) Considerações Iniciais

Análise combinatória é um ramo da matemática que se dedica a estudar as possibilidades de


combinações e arranjos de um determinado conjunto de elementos. Esses elementos podem ser

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objetos, pessoas, números, letras ou qualquer outro tipo de elemento que possa ser organizado em
uma ordem específica ou agrupado de alguma maneira.

A análise combinatória é o ramo da matemática que se concentra na contagem e organização de


elementos ou objetos em grupos, levando em consideração as diferentes maneiras de organizá-los.
Ela lida com problemas de "quantos?" e envolve o uso de técnicas específicas para resolver esses
problemas.

3) Fatorial (!)

A técnica fatorial é uma das ferramentas fundamentais na análise combinatória que ajuda a contar
o número de permutações ou arranjos possíveis de elementos em um conjunto. Ela é
frequentemente utilizada para resolver problemas que envolvem arranjos ou permutações de
objetos sem repetição. A notação usada para representar o fatorial de um número é o símbolo "!".

O fatorial de um número natural n, denotado por "n!", é o produto de todos os números naturais de
1 a n. Matematicamente, é representado da seguinte forma:

n! = n × (n-1) × (n-2) × ... × 2 × 1

Ex.: o fatorial de 4 é calculado como: 4! = 4 × 3 × 2 × 1 = 24.

4) Permutação

Uma permutação é uma disposição ordenada de elementos em um conjunto. O número de


permutações de um conjunto de n elementos é dado por n!. São arranjos de elementos onde a
ordem importa.

Ex.: Se tivermos as letras A, B e C, as permutações possíveis são ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA.

5) Combinação

Uma combinação é uma seleção de elementos sem levar em consideração a ordem. O número de
combinações de n elementos tomados k a k (denotado como C (n, k)) é dado por C (n, k) = n! / (k!
(n-k)!).

Ex.: Se tivermos as letras A, B e C, as combinações possíveis de 2 elementos são AB, AC e BC.

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6) Arranjo

São agrupamentos de elementos onde a ordem importa, mas nem todos os elementos precisam
ser usados. Um arranjo é uma disposição ordenada de elementos com foco em alguns deles. O
número de arranjos de n elementos tomados k a k (denotado como A(n, k)) é dado por A(n, k) = n!
/ (n-k)!.

Ex.: Se tivermos as letras A, B e C e quisermos formar arranjos de 2 elementos, teríamos AB, AC,
BA, BC, CA e CB.

7) Probabilidade

É a chance de um acontecimento acontecer. Quando uma moeda é lançada para determinar se o


resultado será cara ou coroa. O cálculo da probabilidade é feito por uma razão entre o evento e o
espaço amostral (Ω).

A probabilidade de um evento é uma medida numérica que indica a chance de que o evento ocorra.
A probabilidade de um evento A é denotada como P(A) e está no intervalo de 0 (impossível) a 1
(certo).

Na qual,

P(A) = probabilidade de o evento ocorrer;

n (A) = número de elementos do conjunto A, ou seja, a quantidade de pontos amostrais favoráveis


à ocorrência de A;

n (Ω) = número de elementos do espaço amostral.

Ex.: Qual a probabilidade de, ao retirar uma carta do baralho, essa carta ser uma letra?

P = Evento / Espaço Amostral ∴ P = quero / tenho ∴ P = carta que é letra / total de cartas do
baralho

P = 16 / 52 (simplifica tudo por 4)

P = 4/13

P= 0,3077 (multiplica por 100) - P = 30,77%

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7.1) Tipos de Probabilidade

Existem três tipos principais de probabilidade: a probabilidade clássica, a probabilidade empírica (ou
estatística) e a probabilidade subjetiva. Vamos explicar cada um deles:

7.1.1) Probabilidade Clássica/Teórica

A probabilidade clássica é baseada em princípios teóricos e assume que todos os resultados


possíveis em um experimento são igualmente prováveis de ocorrer. É a abordagem mais simples
para calcular probabilidades. Este tipo de probabilidade requer uma suposição de igualdade de
probabilidade para todos os resultados possíveis e é frequentemente aplicada a experimentos com
um número finito e discreto de resultados possíveis.

Ex.: Lançar um dado justo de seis faces. Como cada face tem a mesma probabilidade de sair (1/6),
a probabilidade de obter qualquer número específico, como um 4, é 1/6.

7.1.2) Probabilidade Empírica/Estatística

A probabilidade empírica é determinada com base em observações e dados coletados da


realização repetida de um experimento. Ela se baseia na frequência relativa de eventos em um
conjunto de dados observacionais. É baseada em dados observacionais ou amostras de
experimentos e pode variar de acordo com os dados coletados, o que significa que diferentes
conjuntos de dados podem levar a diferentes estimativas de probabilidade.

Ex.: Lançar uma moeda 100 vezes e observar que ela caiu cara em 48 dessas vezes. A
probabilidade empírica de sair cara em um lançamento é 48/100 = 0,48.

7.1.3) Probabilidade Subjetiva

A probabilidade subjetiva é uma medida de probabilidade baseada na crença ou julgamento


pessoal de um indivíduo. Ela reflete a incerteza percebida por uma pessoa sobre a ocorrência de um
evento. É altamente subjetiva e pode variar de pessoa para pessoa e é frequentemente usada em
situações em que não há dados disponíveis ou quando as informações são limitadas.

Ex.: Um indivíduo pode atribuir uma probabilidade subjetiva de 0,7 (ou 70%) acreditar que vai
chover amanhã, com base em sua experiência e intuição pessoal.

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