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AFA 2011/2012 – RESUMO TEÓRICO – MATEMÁTICA

TEORIA BÁSICA DE FUNÇÕES


APOSTILA DE REVISÃO Definição: dados dois conjuntos A e B, uma relação f: A→B é
MATEMÁTICA – FRENTE 1 chamada função quando associa a cada elemento de A um único
elemento de B. O domínio de f é o conjunto A, o contra-domínio de f é
o conjunto B e a imagem de f é o subconjunto de B formado por todos
CONJUNTOS os elementos que estão em correspondência com os elementos de A.

1 - Noções Básicas Classificações


a) sobrejetora: conjunto-imagem = contradomínio.
Conjunto: é uma coleção de elementos. b) injetora: se x1,x2 ∈A, com x1≠x2, então f(x1)≠f(x2).
a) vazio: não possui elementos c) bijetora: função injetora e sobrejetora
b) unitário: possui um único elemento d) função par: f(x) = f(-x)
c) universo: conjunto que possui todos os elementos e) função ímpar: f(x) = -f(-x)
obs: existem funções que não são nem pares nem ímpares.
Relação de pertinência: se x é um elemento do conjunto A ⇒ x ∈ A .
Caso contrário, x ∉ A . Função composta: chama-se função composta, ou função de uma
função, à função obtida substituindo-se a variável independente x por
Subconjunto: se todos os elementos de um conjunto A pertencem a uma outra função.
um conjunto B então A é subconjunto de B, ou seja, A ⊂ B (A está
contido em B).

Operações com conjuntos:


a) união: A ∪ B = { x, x ∈ A ou x ∈ B}
b) intersecção: A ∩ B = { x, x ∈ A e x ∈ B}
c) diferença: A − B = { x, x ∈ A e x ∉ B} Função inversa: se f:A→B é uma função bijetora, então existe uma
função f-1:B→A tal que se f(x)=y ⇒ f-1(y)=x.
Complementar: se A ⊂ B então o complementar de A com relação à Obs: para determinar a função inversa, escreve-se y = f(x), e troca-se
x por y e y por x na expressão. Isolando-se y obtemos então a
B é o conjunto C BA = B − A . expressão da função inversa de f.
Exemplo:Sendo f(x) = 3x + 6 e g(x) = log(x) − 1 encontre as inversas.
O número de elementos da união de dois conjuntos pode ser y = 3x + 6 y = log(x) − 1
obtido pela seguinte relação: n( A ∪ B) = n( A ) + n(B) − n( A ∩ B) x = 3y + 6 x = log(y) − 1
3y = x − 6 log(y) = x + 1
Conjunto das partes: dado um conjunto A, o conjunto das partes de
A, P(A), é o conjunto de todos os possíveis subconjuntos de A. Se A 1 y = 10 x +1
y = x−2
possui n elementos, então P(A) possui 2n elementos. 3 g−1(x) = 10 x +1
−1 1
2 – Conjuntos Numéricos f (x) = x − 2
3
Números naturais: N = {0, 1, 2, 3, ...}
Função composta com a inversa: se f é uma função inversível então
Números inteiros: Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, ...} f f −1(x) = x.

Números racionais: Q = {a/b, com a,b ∈ Z e b ≠ 0}


Obs: o conjunto dos números racionais é formado por todas as frações
e por dízimas periódicas.

Números irracionais: são todos os números que não podem ser


escritos como uma fração de dois números inteiros. É o conjunto I.
Obs: todas as dízimas não-periódicas são irracionais.

Números reais: R = {x, x é racional ou x é irracional}.

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FUNÇÕES E EQUAÇÕES 4- Função exponencial

1- Função do 1o grau Definição: f(x) = ax, onde a é constante positiva.

Definição: f(x) = a.x + b, com a ≠ 0. Seu gráfico sempre é uma reta. a) a > 1
f é crescente
x2>x1 ⇒ y2>y1
Imagem = IR+

b) 0<a<1
f é decrescente
x2>x1 ⇒ y2<y1
Função decrescente Função crescente
Imagem = IR+
Zero da função do 1o grau: valores onde f(x) = 0.
−b
ax + b = 0 ⇒ x =
a Equação exponencial: são equações que possuem termos com
o expoentes. Observe que a equação ax = 0 não tem solução, isto é, a
2- Função do 2 grau
função exponencial não possui raiz. a x > 0 ∀x ∈
Definição: f(x) = ax 2 + bx + c , com a ≠ 0. Seu gráfico é uma parábola.
5- Função logaritmo

Logaritmo: se a > 0, a ≠ 1 e b > 0 então loga b = x ⇔ a x = b .


Conseqüência lógica: aloga b = loga ab = b
Definição: f(x) = loga x.
a) a>1:

f é crescente
Imagem = IR
Domínio = IR+
Zeros da função do 2o grau: ax2+bx+c=0
Δ = b 2 − 4.a.c
−b± Δ b) 0<a<1:
x=
2.a
Aqui, temos:
a) se ∆>0: duas raízes reais (o gráfico de f corta o eixo x em dois f é decrescente
pontos distintos). Imagem = IR
b) se ∆=0: uma raiz real (o gráfico de f tangencia o eixo x) Domínio = IR+
c) se ∆<0: duas raízes complexas conjugadas (o gráfico de f não
passa pelo eixo x).
⎛ −b − Δ ⎞
Vértice: ⎜ ; ⎟
⎝ 2a 4a ⎠
Função biquadrada: f(x) = ax 4 + bx 2 + c ⇒ f(x) = ay 2 + by + c | y = x 2 Propriedades dos logaritmos
logc b
3- Função modular 1) loga (b.c) = loga b + loga c 4) loga b =
logc a
Definição: f(x) = x 2 = x m
2) logan bm = .loga b 5) loga b = loga c ⇔ b = c
n
⎛b⎞
3) loga ⎜ ⎟ = loga b − loga c
⎧ x, x ≥ 0 ⎝c⎠
f ( x) = ⎨
⎩− x , x < 0 Quantidade de algarismos: tomando-se um número aleatório b com
n algarismos, temos que:
10n-1 ≤ b < 10n
Equação modular: uma equação modular é uma equação do tipo log(10n-1) ≤ log(b) < log(10n)
n - 1 ≤ log(b) < n
f ( x ) = g( x ) , onde f(x) e g(x) são funções. Para resolver tais equações n ≤ log(b) + 1 < n + 1
devemos estudar o sinal de f e aplicar a definição de módulo: Assim, sendo c a parte inteira do log(b): n = c + 1.
⎧f(x), quando f(x) ≥ 0
f(x) = ⎨ Equação logarítmica: equação do tipo loga f ( x ) = g( x ) . Deve ser
⎩− f(x), quando f(x) < 0
resolvida a partir das propriedades de logaritmos.
⎧f(x) = g(x), quando f(x) ≥ 0 Observação: resolver uma equação é o mesmo que encontrar os
f(x) = g(x) ⇒ ⎨
⎩−f(x) = g(x), quando f(x) < 0 zeros de uma função. Normalmente, as equações são mistas, ou seja,
são misturas de várias funções diferentes, o que torna difícil montar
Inequação modular: sendo a ≥ 0 :
um modo de resolução específico para cada equação.
f(x) < a ⇔ −a < f(x) < a
f(x) > a ⇔ f(x) < −a ou f(x) > a

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INEQUAÇÕES Inequações produto e quociente: são inequações que envolvem o


produto e/ou quociente de funções. É preciso montar um quadro de
Inequação do 2º grau: f(x) = ax 2 + bx + c , com a ≠ 0 estudo de sinais das funções envolvidas.
Ex: Sejam a,b,c,x1,x 2 ,x 3 ,x 4 ∈ ; a,b > 0; c < 0; x1 < x 2 < x3 < x 4 ;
a<0 f(x) < 0, ∀x ∈ f(x) = a.(x − x1 ) , g(x) = b.(x − x 2 ).(x − x 3 ) , h(x) = c.(x − x1 ).(x − x 4 ) e
∆<0
a>0 f(x) > 0, ∀x ∈
a<0 f(x) ≤ 0, ∀x ∈ f(x).g(x)
∆=0 q(x) =
a>0 f(x) ≥ 0, ∀x ∈ h(x)
f(x) < 0, ∀x ∈ [ −∞,x1] U [x 2 , +∞] x
a<0 f(x)
1+++++++++++++++++++++++++
- - - - - - - -+
f(x) > 0, ∀x ∈ [x1,x2]
∆>0
f(x) > 0, ∀x ∈ [ −∞,x1] U [x 2 , +∞] x2 x3
a>0
f(x) < 0, ∀x ∈ [x1,x2] g( x ) ++++++++++++ ---------- +++++++++++

x1 x4
Δ<0 h( x ) - - - - - - - -+ + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + - - - - - -

f ( x ).g( x ) x1 x2 x3 x4
q( x ) = ++++++++++++ ----------- ++++++ ------
+ a<0 h( x )

a>0 _
Pelo quadro de sinais acima, sabemos que:
• x ∈ ( −∞,x1 ) ∪ (x1,x 2 ) ⇔ q(x) > 0
• x ∈ (x 3 ,x 4 ) ⇔ q(x) < 0
• x ∈ {x 2 ,x 3 } ⇔ q(x) = 0
Δ=0 • q(x) não está definida em x1 e x4
a>0 a>0
Inequações exponenciais e logarítmicas:
se a > 1: a x > an ⇔ x > n
+ +
_ _ loga f(x) > loga g(x) ⇔ f(x) > g(x) > 0
loga f(x) > k ⇔ f(x) > ak e loga f(x) < k ⇔ 0 < f(x) < ak

se 0 < a < 1: a x > an ⇔ x < n


Δ>0 loga f(x) > loga g(x) ⇔ 0 < f(x) < g(x)

a<0 loga f(x) > k ⇔ 0 < f(x) < ak e loga f(x) < k ⇔ f(x) > ak

SEQÜÊNCIAS
+ + a>0 +
1- Progressão aritmética
_ x1 x2 _ x1 _ x2
Definição: seqüência na qual a diferença entre dois termos
consecutivos é sempre constante.

Termo geral: a n = a1 + (n − 1).r


Obs: generalizando para uma equação polinomial de grau n, ao (a1 + a n ).n
percorremos os valores possíveis de x, temos que em toda raiz de Soma dos n primeiros termos: S n =
2
multiplicidade ímpar há alteração do sinal da função, enquanto em
raízes de multiplicidade par não há alteração do sinal.
2- Progressão geométrica
Inequação modular: se a<0: f(x) > a ∀x ∈ Definição: seqüência na qual o quociente entre dois termos
se a ≥ 0 : f(x) < a ⇔ −a < f(x) < a consecutivos é sempre constante.
Termo geral: a n = a1qn−1
f(x) > a ⇔ f(x) < −a ou f(x) > a
a1(1 − qn )
Soma dos n primeiros termos: S n =
1− q
a1
Soma de uma PG infinita: S=
, onde, |q| < 1
1− q
Dica: representar os termos de uma PA como ..., x − r,x,x + r ,... ou
r r x
..., x − , x + ,... e de uma PG como ..., ,x,xq ,... ou
2 2 q
x. q x. q
..., , x. q , x. q.q ,... pode facilitar a resolução de questões
q2 q
de geometria e polinômios onde alguns dados formam seqüências.

Somatório e Produtório:
n n

∑a
i =1
i = a1 + a2 + a3 + ... + an ∏a
i =1
i = a1.a2 .a3 .....an

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MATRIZES ⎛ a11 a12 a1n ⎞ ⎛ λ ⋅ a11 λ ⋅ a12 λ ⋅ a1n ⎞


⎜ ⎟ ⎜ ⎟
a a22 a2 n ⎟ λ ⋅ a21 λ ⋅ a22 λ ⋅ a2 n ⎟
Definição: Uma matriz m x n é uma tabela de m.n números dispostos A = ⎜ 21 ⇒λ⋅A=⎜
em m linhas e n colunas. Se m = n, a matriz é dita matriz quadrada de ⎜ ⎟ ⎜ ⎟
ordem n. Um elemento na i-ésima linha e na j-ésima coluna é indicado ⎜⎜ ⎟ ⎜⎜ ⎟
⎝ am1 am 2 amn ⎟⎠ ⎝ λ ⋅ am1 λ ⋅ am 2 λ ⋅ amn ⎟⎠
por aij . Assim, uma matriz Am x n é apresentada como:
Em particular, a matriz (–1).A é dita matriz oposta a A e representada
⎛ a11 a12 a1n ⎞
por – A.
⎜ ⎟
a a22 a2 n ⎟
A = ⎜ 21 ⎛1 π ⎞ ⎛ 4 4π ⎞
⎜ ⎟ Exemplo: Se A = ⎜
⎜⎜ ⎟ ⎟⎟ , então 4 ⋅ A = ⎜⎜
⎜ −2 ⎟⎟ e a matriz
⎝ am1 am 2 amn ⎟⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ −8 4 5 ⎠
⎛ −1 −π ⎞
Exemplo: As matrizes A, B e C abaixo têm tamanhos oposta a A é a matriz A = ⎜
⎜ 2 − 5 ⎟⎟
.
respectivamente, 3 x 2, 3 x 1 e 1 x 4. ⎝ ⎠
⎛ 4 0 ⎞ ⎛ 15 ⎞ Produto de duas matrizes: Dadas duas matrizes A e B, sendo A de
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎛ 3 ⎞ tamanho m x n, e B de tamanho n x p (ou seja, o número de colunas
A = ⎜ 37 500!⎟ , B = ⎜ −23 ⎟ , C = ⎜ 2 − 1 −17 2 + 6i ⎟
⎜ 2 ⎟ de A deve ser igual ao número de linhas de B), definimos o produto
⎜1 − i π ⎟ ⎜ e2 ⎟ ⎝ ⎠
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ A.B como sendo uma matriz de tamanho m x p (ou seja, com o
número de linhas de A e o número de colunas de B), onde cada
Matriz Transposta: Dada uma matriz A, de tamanho m x n, definimos elemento do produto C = A.B é dado por:
a matriz transposta de A, representada por AT, como a matriz de n
tamanho n x m, obtida de A transformando suas m linhas em colunas, cij = ∑ aik ⋅ bkj = ai1 ⋅ b1 j + ai 2 ⋅ b2 j + +ain ⋅ bnj
ou de modo equivalente, suas n colunas em linhas. k =1
Em outras palavras, o elemento da matriz produto C, na i-ésima linha
⎛ 4 0 ⎞ e na j-ésima coluna, é obtido multiplicando-se os elementos
⎜ ⎟ ⎛4 37 1 − i ⎞
Exemplo: A = ⎜ 37 500!⎟ ⇔ AT = ⎜⎜ ⎟⎟ correspondentes na i-ésima linha da matriz A e na j-ésima coluna da
⎜1 − i π ⎟⎠ ⎝ 0 500! π ⎠ matriz B, e depois somando esses n produtos.

⎛2 0⎞
Igualdade entre matrizes: Duas matrizes são iguais quando têm o ⎜ ⎟ ⎛ 7 −3 ⎞
Exemplo: Se A = ⎜ 3 −2 ⎟ e B = ⎜ ⎟ , então:
mesmo número de linhas, o mesmo número de colunas, e seus termos
⎜ −1 4 ⎟ ⎝2 1 ⎠
correspondentes são iguais. Assim: ⎝ ⎠
⎧m = n ⎛2 0⎞ ⎛ 2⋅7 + 0⋅2 2 ⋅ ( −3) + 0 ⋅ 1 ⎞ ⎛ 14 −6 ⎞
⎪ ⎜ ⎟ ⎛ 7 −3 ⎞ ⎜ ⎟ ⎜ ⎟
Am x n = Bp x q ⇔ ⎨p = q A ⋅ B = ⎜ 3 −2 ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ = ⎜ 3 ⋅ 7 + (−2) ⋅ 2 3 ⋅ (−3) + (−2) ⋅ 1⎟ = ⎜17 −11⎟
⎪a = b , ∀i, j ⎜ −1 4 ⎟ ⎝ 2 1 ⎠ ⎜ (−1) ⋅ 7 + 4 ⋅ 2 ( −1) ⋅ (−3) + 4 ⋅ 1⎟ ⎜ 1 7 ⎟⎠
⎩ ij ij ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝
Por outro lado, o produto B ⋅ A não está definido, uma vez que o
Exemplo: As matrizes P e Q abaixo, ambas quadradas de ordem 3,
número de colunas de B não é igual ao número de linhas de A.
são iguais para todo valor real de x.
Matriz Nula: A matriz nula de tamanho m x n é a matriz que tem zeros
⎛ 1 ⎞ em todas as suas entradas.
⎜1 − sen 2 x + cos 2 x ⎟ ⎛ 20
2
−1
log 9 3 1 ⎞
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎛0 0 0⎞
P = ⎜ 3! |1 − 2 | 1 ⎟ e Q=⎜ 6 2 −1 tg 45° ⎟ Exemplo: A matriz nula 2 x 3 é ⎜ ⎟.
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝0 0 0⎠
⎜ 23 − 1 − 5 | 5 x
| ⎟ ⎜ 8 2 5x ⎟
⎜ 2 ⎟ ⎝ ⎠ Matriz Identidade: A matriz identidade de ordem n é a matriz
⎝ ⎠ quadrada n x n que tem o número um em sua diagonal principal e zero
Adição de matrizes: Dadas duas matrizes A e B, de mesmo tamanho em todas as outras entradas.
m x n, definimos a soma A + B como sendo outra matriz, também de
⎛1 0 0⎞
tamanho m x n, cujos termos são a soma dos termos correspondentes ⎜ ⎟
das matrizes A e B. Assim: Exemplo: A matriz identidade de ordem 3 é ⎜ 0 1 0 ⎟ .
⎜0 0 1⎟
⎛ a11 a12 a1n ⎞ ⎛ b11 b12 b1n ⎞ ⎝ ⎠
⎜ ⎟ ⎜ ⎟ Matriz Inversa: Dizemos que uma matriz quadrada A, de ordem n,
a a22 a2 n ⎟ ⎜ b21 b22 b2 n ⎟
A + B = ⎜ 21 + = admite inversa, ou é inversível, quando existe uma outra matriz B,
⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜⎜ ⎟ ⎜ ⎟ também quadrada de ordem n, tal que A ⋅ B = B ⋅ A = I n , onde In
⎝ am1 am 2 amn ⎟⎠ ⎜⎝ bm1 bm 2 bmn ⎟⎠
denota a matriz identidade de ordem n. Quando tal matriz B existe, ela
⎛ a11 + b11 a12 + b12 a1n + b1n ⎞ é dita matriz inversa de A e denotada por B = A–1.
⎜ ⎟
a +b a22 + b22 a2 n + b2 n ⎟ ⎛ ⎞ ⎛ 1 ⎞
= ⎜ 21 21 ⎜
1

3
0⎟ ⎜
3
0⎟
⎜ ⎟
⎜⎜ ⎟ ⎜ 2 2 ⎟ ⎜ 2 2 ⎟
⎝ am1 + bm1 am 2 + bm 2 amn + bmn ⎟⎠ ⎜ 3 1 ⎟ ⎜ 3 1 ⎟
Exemplo: As matrizes A = ⎜ 0⎟ e B = ⎜ − 0⎟
⎜ 2 2 ⎟ ⎜ 2 2 ⎟
⎛1 π ⎞ ⎛ 7 5−π ⎞
Exemplo: Sejam A=⎜ ⎟⎟ , B = ⎜⎜ ⎟ .Então, ⎜ 0 0 3⎟ ⎜ 1⎟
⎜ −2 20 ⎟⎠ ⎜ ⎟ ⎜ 0 0 ⎟
⎝ 5⎠ ⎝ −4 ⎜ ⎟ ⎜ 3⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
⎛8 5 ⎞
A+ B =⎜ ⎛1 0 0⎞
⎜ −6 3 5 ⎟⎟ ⎜ ⎟
⎝ ⎠ são inversas uma da outra, pois A ⋅ B = B ⋅ A = ⎜ 0 1 0 ⎟ = I 3 .
Multiplicação de uma matriz por um número: Dados um número λ e ⎜0 0 1⎟
⎝ ⎠
uma matriz A, de tamanho m x n, definimos o produto λ.A como sendo
outra matriz, também de tamanho m x n, onde cada termo é o produto
do número λ pelo elemento correspondente da matriz A. Assim:

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DETERMINANTES SISTEMAS LINEARES

Menor complementar: chamamos de menor complementar relativo a Sistemas lineares: são sistemas de equações onde o maior expoente
um elemento aij de uma matriz M, quadrada e de ordem n>1, o é 1:
determinante Dij , de ordem n - 1, associado à matriz obtida de M ⎧a11 x1 + a12 x2 + ... + a1n xn = b1
quando suprimimos a linha e a coluna que passam por aij. ⎪a x + a x + ... + a x = b
⎪ 21 1 22 2 2n n 2
Cofator ou complemento algébrico: número relacionado com cada ⎨
elemento aij de uma matriz quadrada de ordem n dado por Aij = (-1)i+j ⎪
.Dij. ⎪⎩am1 x1 + am 2 x2 + ... + amn xn = bm
Teorema de Laplace: O determinante de uma matriz M, de ordem A solução de um sistema linear é uma n-upla (r1, r2, ..., rn) que satisfaz
n≥2, é a soma dos produtos de uma fila qualquer (linha ou coluna) as m equações acima.
pelos respectivos cofatores.
Forma matricial
Cálculo do determinante para ordens 1 e 2
A = (a ) ⇒ det A = a = a ⎛ a11 a12 ... a1n ⎞⎛ x1 ⎞ ⎛ b1 ⎞
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎛a b⎞ ⎜ a21 a22 ... a2 n ⎟⎜ x2 ⎟ ⎜ b2 ⎟
⎟⎜ ⎟ = ⎜ ⎟
a b
A = ⎜⎜ ⎟⎟ ⇒ det A = = ad − bc ⎜
⎝c d⎠ c d
⎜ ⎟⎜ ⎟ ⎜ ⎟
⎜a ... amn ⎟⎠⎜⎝ xn ⎟⎠ ⎜⎝ bn ⎟⎠
⎝ m1 am 2
Cálculo do determinante para ordem 3 (Regra de Sarrus)
I - Repetem-se as duas primeiras colunas (ou linhas); Sistema Homogêneo: o sistema é chamado homogêneo quando
II - Multiplicam-se os elementos com direções iguais à da diagonal b1=b2=...=bn=0.
principal, atribuindo a estes produtos sinais positivos;
Classificação de sistemas lineares
III - Multiplicam-se os elementos com direções iguais à da diagonal
a) possível e determinado: só possui 1 solução;
secundária, atribuindo a estes produtos sinais negativos;
b) possível e indeterminado: possui infinitas soluções;
IV - A soma algébrica de todos os produtos obtidos corresponde ao
c) impossível: não possui soluções.
determinante procurado.
Obs: se m≠n, o sistema jamais será possível e determinado.
⎡a b c ⎤ a b c a b
⎢ ⎥ Sistema de Cramer (ou Normal)
A= ⎢d e f ⎥ ; d e f d e ⇒ É todo aquele em que a matriz incompleta dos coeficientes A’ é
⎢⎣g h i ⎥⎦ g h i g h quadrada (m = n) e também det A’ ≠ 0 (D ≠ 0)
− − − + + + Regra de Cramer:
⇒ det A = aei + bfg + cdh - bdi - afh - ceg Todo sistema normal é possível admitindo uma e só uma solução,
Di
dada por: α i = , onde Di é o determinante da matriz obtida pela
Propriedades D
1) somente as matrizes quadradas possuem determinantes. substituição da i-ésima coluna pela coluna dos termos constantes.
2) det(A) = det(At).
Sistemas equivalentes: sistemas que possuem o mesmo conjunto-
3) o determinante que tem todos os elementos de uma fila iguais a solução.
zero, é nulo. Propriedades:
4) se trocarmos de posição duas filas paralelas de um determinante, 1) trocando de posição as equações de um sistema, obtemos outro
ele muda de sinal. sistema equivalente;
2) multiplicando uma ou mais equações de um sistema por um número
5) o determinante que tem duas filas paralelas iguais ou proporcionais real K≠0 obtemos um sistema equivalente ao anterior.
é nulo.
Escalonamento: método para resolver sistemas lineares de qualquer
6) det(A-1) = 1/det A. ordem. Para escalonar um sistema adotamos o seguinte
procedimento:
7) det(A.B) = det A.det B
a) Fixamos como 1º equação uma das que possuem o coeficiente da
8) se A é matriz quadrada de ordem n e k é real então 1º incógnita diferente de zero.
det(k.A) = kn. det A b) Utilizando as propriedades de sistemas equivalentes, anulamos
todos os coeficientes da 1ª incógnita das demais equações.
Existência da matriz inversa: Uma matriz A possui inversa se e c) Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o sistema
somente se tem determinante não-nulo. se torne escalonado.
Exemplo de sistema escalonado possível e determinado:
⎧a11x1 + a12 x 2 +...+ a1n x n = b1
⎪ a 22 x 2 +...+ a 2n x n = b 2


⎪ ................................
⎪⎩ a mn x n = b n
em que aii ≠ 0 , ∀i , 1 ≤ i ≤ n

Observa-se que a matriz incompleta A’ é tal que:


⎡ a11 a12 ... a1n ⎤
⎢ 0 a 22 ... a 2n ⎥
det A’ = det
⎢ ⎥ = a . a ..... a ≠ 0
⎢ .........................⎥ 11 22 nn

⎢ ⎥
⎣ 0 0 ... a mn ⎦
Logo o sistema é normal e pela regra de Cramer, (S) é possível e
determinado.

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Grandezas diretamente proporcionais: duas grandezas são


APOSTILA DE REVISÃO diretamente proporcionais quando, aumentando-se ou diminuindo-se
uma delas, a outra aumenta ou diminui na mesma proporção.

MATEMÁTICA – FRENTE 2 X
Y
=K

Grandezas inversamente proporcionais: duas grandezas são


MATEMÁTICA BÁSICA
inversamente proporcionais quando, aumentando uma delas, a outra
diminui na mesma proporção, ou, diminuindo uma delas, a outra
1- Potenciação
aumenta na mesma proporção.
Definição: seja n um número inteiro diferente de zero. Assim, dado X.Y = K
um número real a, temos a n = a × a × ... × a . Regra de três simples direta: uma regra de três simples direta é uma
n vezes forma de relacionar grandezas diretamente proporcionais.
Propriedades X W X W Y.W
=K = ⇒ = ⇒X=
1) se a ≠ 0 ⇒ a 0 = 1 5) a n .a m = a n + m Y Z Y Z Z
1 an
2) a −n = 6) = an − m Regra de três simples inversa: uma regra de três simples inversa é uma
an am forma de relacionar grandezas inversamente proporcionais.
3) (a.b)n = a n .b n A C
7) (a n )m = a n.m A.B = K = C.D A.B = C.D ⇒ =
n D B
⎛a⎞ an
4) ⎜ ⎟ = Regra de três composta: regra de três composta é um processo que
⎝b⎠ bn relaciona grandezas diretamente proporcionais, inversamente
proporcionais ou uma mistura dessas situações
2- Radiciação
Grandeza Grandeza Grandeza
Definição: radiciação é a operação inversa da potenciação. Assim, se Situação ...........
1 2 n
n é um inteiro tal que n > 1, temos: b n = a ⇒ b = n a 1 A1 B1 ........... X1
2 A2 B2 ........... X2
Propriedades
1 Aqui, temos dois casos:
1) a n = n a 1) se todas as grandezas são diretamente proporcionais à grandeza n,
n.p
basta resolvermos a proporção:
n
2) a m.p = a m X1 A1.B1.C1.D1.....
=
3) n
a.b = n a .n b X2 A 2.B2.C2.D2.....
2) se algumas das grandezas são inversamente proporcionais à grandeza
4) mn
a = m⋅n a n, basta invertermos a posição dessa grandeza. Suponha, por exemplo,
que a grandeza 2 é inversamente proporcional à grandeza n:
Racionalização de denominadores: a racionalização de X1 A1.B2.C1.D1.....
denominadores consiste em transformar um denominador irracional, =
X2 A 2.B1.C2.D2.....
indicado por um radical, em um denominador racional, sem alterar sua
fração. 6- Matemática financeira
n n−p n n−p Aqui, j simboliza juros, i simboliza a taxa de juros, t é o tempo, C é o
1 1 a a
1) = . = capital aplicado e M é o montante final (capital + juros).
n p
a
n p
a
n n−p
a a
Juros Simples: somente o capital inicial aplicado rende juros.
1 1 a+ b a+ b a+ b j = C.i.t
2) = ⋅ = =
a- b a- b a+ b ( a) - ( b)
2 2 a−b
M = C + c.i.t = C + j
1 1 a- b a- b a- b Juros Compostos: após cada período, os juros são incorporados ao
3) = ⋅ = =
a+ b a+ b a- b ( a) - ( b)
2 2 a−b capital, proporcionando juros sobre juros.
M = C.(1 + i) t
3- Produtos Notáveis
j = M−C
a 2 − b 2 = (a + b)(a − b)
BINÔMIO DE NEWTON
(a + b) 2 = a 2 + 2.a.b + b 2
Fatorial: Define-se o fatorial de um número natural n de maneira
(a − b) 2 = a 2 − 2.a.b + b 2
recursiva:
(a + b) 3 = a 3 + 3.a 2 .b + 3.a.b 2 + b 3 ⎧0! = 1
3 3 2 2 3 ⎨
(a − b) = a − 3.a .b + 3.a.b − b ⎩n ! = n ⋅ (n − 1)!, n ≥ 1
a 3 − b 3 = (a − b)(a 2 + ab + b 2 ) Assim, n! = n ⋅ (n − 1) ⋅ ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅1 .
3 3 2 2
a + b = (a + b)(a − ab + b ) Exemplo: 5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 120 .
4- Aritmética Número binomial: Dados dois números naturais n e k, definimos o
Teorema fundamental da aritmética: todo número inteiro pode ser ⎧ n!
⎛n⎞ ⎪ , se n ≥ k
decomposto como produto de seus fatores primos. número binomial ⎜ ⎟ = ⎨ k !(n − k )!
Máximo divisor comum: maior número inteiro que divide ⎝k⎠ ⎪0, se n < k

simultaneamente uma série de números dados.
Mínimo múltiplo comum: menor número que é múltiplo ⎛ 3⎞ ⎛ 4⎞ 4!
simultaneamente de uma série de números dados. Exemplo: ⎜ ⎟ = 0 e ⎜ ⎟ = =6
⎝ 5⎠ ⎝ 2⎠ 2!(4 − 2)!
Propriedade: a.b = mdc(a; b).mmc (a; b)
⎛n⎞ ⎛n ⎞
5- Regra de Três Propriedade: ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ ≠ 0 ⇒ k = p ou k + p = n
⎝k⎠ ⎝ p⎠

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Triângulo de Pascal: Colocando-se os números binomiais não-nulos Combinações: Faz distinção apenas em relação à natureza dos
de maneira organizada, segundo a qual os binomiais de mesmo termo elementos, mas não leva em conta a ordem em que os mesmos são
superior estão na mesma linha, e os binomiais de mesmo termo dispostos no problema.
inferior estão na mesma coluna, formamos o triângulo de Pascal. ⎛n⎞ n!
1 Cn , k = ⎜ ⎟ =
⎝ ⎠
k k !( n − k )!
1 1
1 2 1 Exemplo: O número de maneiras de escolher 2 alunos dentre os 40
1 3 3 1 ⎛ 40 ⎞
presentes em uma sala de aula é dado por ⎜ ⎟ = 780
1 4 6 4 1 ⎝2 ⎠

PROBABILIDADE
Relação de Stifel: Se somarmos dois termos consecutivos numa
mesma linha do triângulo de Pascal, o resultado dessa adição é o Definição: A probabilidade de um evento E ocorrer é a razão entre o
número binomial imediatamente abaixo da segunda parcela, ou seja, número de casos favoráveis e o número de casos possíveis.
N
⎛n ⎞ ⎛ n ⎞ ⎛ n +1 ⎞ p( E ) = F
⎜ ⎟+⎜ ⎟=⎜ ⎟ NP
⎝ p ⎠ ⎝ p + 1⎠ ⎝ p + 1 ⎠
Como 0 ≤ N F ≤ N P , temos que 0 ≤ p( E ) ≤ 1 .
Esta relação nos dá um método extremamente rápido e eficiente para
construir o triângulo de Pascal até a linha desejada. Exemplo: Ao lançarmos um dado com seis faces, vamos denotar os
seguintes eventos:
Propriedade: A soma dos elementos da n-ésima linha do triângulo é A – sair o número 2;
igual a 2n, ou seja, vale a identidade: B – sair um número ímpar;
n
⎛n⎞ ⎛n⎞ ⎛n⎞ ⎛ n⎞ C – sair o número 7;
∑ ⎜ ⎟=⎜ ⎟+⎜ ⎟+ +⎜ ⎟ = 2
n
D – sair um número menor que 10.
k =0 ⎝ k ⎠ ⎝ 0 ⎠ ⎝1 ⎠ ⎝ n⎠
1 1
Então: p ( A) = , p ( B ) = , p(C ) = 0 e p ( D ) = 1
Binômios de Newton: são todas as potências da forma ( a + b) n , com 6 2
n natural.
Evento União: A probabilidade do evento união de dois eventos, A e
⎛n⎞
n
B, é dada por p( A ∪ B) = p ( A) + p ( B) − p ( A ∩ B) .
(a + b) = ∑ ⎜ ⎟ a n − k b k
n

k =0 ⎝ k ⎠

⎛3⎞ ⎛3⎞ ⎛3⎞ ⎛3⎞


A B
Exemplo: ( a + b)3 = ⎜ ⎟ a 3b 0 + ⎜ ⎟ a 2b1 + ⎜ ⎟ a1b 2 + ⎜ ⎟ a 0b3 =
⎝0⎠ ⎝0⎠ ⎝ 0⎠ ⎝ 0⎠
a 3 + 3a 2b + 3ab 2 + b3

⎛n⎞
Termo geral do binômio: Tk +1 = ⎜ ⎟ a n − k b k
⎝k ⎠ S
Exemplo: Se queremos o terceiro termo do desenvolvimento de Quando p( A ∩ B) = 0 , temos que p( A ∪ B) = p ( A) + p ( B) , e nesse
(a + b) 4 , fazemos k = 2 nessa fórmula para obter caso dizemos que os eventos A e B são disjuntos ou mutuamente
exclusivos.
⎛ 4⎞
T3 = ⎜ ⎟ a 4 − 2b 2 = 6a 2b 2 Exemplo: No lançamento de um dado de seis faces, seja A o evento
⎝ 2⎠
“número primo” e B o evento “número par”. Temos que A = {2,3,5} e
ANÁLISE COMBINATÓRIA B = {2, 4,6} , de modo que A ∩ B = {2} . Assim, a probabilidade do
Permutações: 1 1 1 5
evento união é p ( A ∪ B ) = p ( A) + p ( B ) − p ( A ∩ B ) = + − = .
Pn = n! 2 2 6 6

Exemplo: O número de anagramas da palavra UNICAMP é 7! = 5040. Probabilidade do Evento Complementar: Se um evento E tem
probabilidade p ( E ) de ocorrer, então seu evento complementar,
Permutações circulares:
Pn = (n − 1)! denotado por E C , ocorre com probabilidade p ( E C ) = 1 − p ( E ) .
Exemplo: Refazendo o exemplo anterior de outro modo, considere o
Exemplo: O número de maneiras distintas de dispor sete pessoas
evento E em que o número que sai no dado não é nem primo nem par.
numa mesa circular é (7 – 1)! = 720
Temos que E = {1} , e A ∪ B = E C , logo:
Permutações com elementos repetidos:
1 5
n! p( A ∪ B) = p( E C ) = 1 − p( E ) = 1 − =
Pn a ,b , = 6 6
a !b!
Probabilidade Condicional: É a probabilidade de ocorrer um certo
Exemplo: O número de anagramas da palavra MACACA é:
evento A, sabendo já ter ocorrido um outro evento B, ou seja, é a
6! probabilidade de ocorrer o evento A, dado que ocorreu B.
P63,2 = = 60
3!2!
Arranjos: Faz distinção tanto em relação à ordem quanto em relação
à natureza dos elementos do conjunto.
n!
An , k =
(n − k )!
Exemplo: A quantidade de números de três algarismos que podemos
5!
formar com os elementos do conjunto {1, 3, 5, 7, 9} é = 60
(5 − 3)!

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Essa probabilidade é denotada por p( A | B ) , e vale: GEOMETRIA ANALÍTICA


p( A ∩ B)
p( A | B) = Distância de dois pontos
p( B) y
Exemplo: Ao lançarmos um dado de seis faces, a probabilidade de B
yB d= ( xB − x A )
2
+ ( yB − y A )
2

obtermos o número 2 (evento A), sabendo que saiu um número par d yB − y A


(evento B) é: A
( x) + ( y )
2 2
yA ou d=
1
xB − x A
p( A ∩ B) 6 1
p( A | B) = = = . x
p( B) 1 3
xA xB
2
Olhando esse resultado sob outro aspecto, isso quer dizer que se já Ponto médio
sabemos que saiu um número par, nosso espaço amostral não mais é y
o conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6}, mas sim o conjunto B = {2, 4, 6}, ou seja, o
espaço amostral foi reduzido, e a probabilidade condicional nos indica yB
B
a chance de obter a face com o número 2 não mais no espaço todo, yM M
mas no novo espaço amostral B. ⎛ x + xA y B + y A ⎞
yA A M = ( xM , y M ) = ⎜ B , ⎟
⎝ 2 2 ⎠
Exemplo: Tenho três moedas honestas e uma moeda com duas
caras. Sorteio, ao acaso, uma dessas quatro moedas e verifico que o
x
resultado é cara. Qual a probabilidade de eu ter sorteado uma das
xA xM xB
moedas honestas?
Chamemos de A o evento sortear uma moeda honesta, e B o evento
obter cara no lançamento de uma das moedas. Então: Equações da reta
3 1 y
⋅ ax + by + c = 0 (eq. geral)
p( A ∩ B) 4 2 3 B
p( A | B) = = = yB y − y A = m. ( x − x A )
p( B) 3 1 1
⋅ + ⋅1 5
4 2 4 A y = m.x + q (eq. reduzida)
yA
Independência de Eventos: Quando o evento A independe da ⎧⎪ x = x A + αt (eq. paramétrica)
q ⎨
ocorrência do evento B, dizemos que A e B são eventos ⎪⎩ y = y A + βt
independentes. Nesse caso, temos p ( A | B) = p ( A) , e portanto θ x yB − y A β
xA xB m = tg ( θ ) = =
p ( A ∩ B ) = p ( A) ⋅ p ( B) . xB − x A α
Ensaios de Bernoulli: Se um evento E tem probabilidade p de
acontecer num determinado experimento, então ao realizarmos n m: coeficiente angular q: coeficiente linear
experimentos idênticos, todos nas mesmas condições, a probabilidade
de que o evento E ocorra exatamente k vezes é dada por: Distância de Ponto a Reta
⎛n⎞ k n−k P ( x0 , y0 )
⎜ ⎟ ⋅ p ⋅ (1 − p )
⎝k ⎠ r ( ax + by + c = 0 )
Exemplo: Ao lançar um dado de seis faces três vezes seguidas, a
probabilidade de que o número 6 saia exatamente uma vez é dada por
.
⎛ 3⎞ ⎛ 1 ⎞
1
⎛5⎞
2
25 ax0 + by0 + c
⎜ ⎟⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ = d P ,r =
⎝1 ⎠ ⎝ 6 ⎠ ⎝6⎠ 72 a 2 + b2
Exemplo: Ao lançarmos um dado de seis faces três vezes seguidas, a
probabilidade de que o número 6 saia pelo menos uma vez pode ser
Posição relativa entre retas:
calculada de duas maneiras. A primeira é pensar que o número 6 sai
pelo menos uma vez quando ele sai exatamente em uma das três
vezes, ou quando ele sai exatamente em duas das três vezes, ou - Retas paralelas:
quando ele sai nos três lançamentos. Assim teríamos: r s
1 2 2 1 3 0 r // s ⇔ mr = ms (r ) ∩ (s ) = ∅
⎛ 3⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ ⎛ 3 ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ ⎛ 3⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ 91
⎜ ⎟⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ + ⎜ ⎟⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ + ⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ ⋅⎜ ⎟ = ⎧⎪mr = ms
1 6 6 2 6 6
⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ 3 6 6 216 r =s⇔⎨
⎪⎩qr = qs (r ) ∩ (s ) = r = s
A segunda maneira é pensar no evento complementar. O evento
complementar de “sair o número 6 pelo menos uma vez” é o evento
“não sair o número 6 nenhuma vez”. A probabilidade deste último é
0 3 - Retas concorrentes (não perpendiculares)
⎛ 3 ⎞ ⎛ 1 ⎞ ⎛ 5 ⎞ 125
dada por ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ ⋅ ⎜ ⎟ = . Logo, a probabilidade do evento s
0
⎝ ⎠ ⎝6⎠ ⎝6⎠ 216 ( r ) ∩ ( s ) = {P}
complementar vale 1 −
125
=
91 θ r
mr − ms
tg (θ ) =
216 216 1 + mr .ms

- Retas (concorrentes) perpendiculares


s
r
. ( r ) ∩ ( s ) = {P}
r ⊥ s ⇔ mr .ms = −1

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Área do triângulo Equações reduzidas – centro em (x0, y0)


y xA y A 1 ( x − x0 )
2
( y − y0 )
2

- A1A2 // Ox: + =1
A 1 a2 b2
yA S ABC = xB y B 1
( y − y0 ) ( x − x0 )
2 2
2
xC yC 1 - A1A2 // Oy: 2
+ 2
=1
yC C a b
HIPÉRBOLE: Dados dois pontos F1 e F2 distantes 2c. Uma hipérbole
yB de focos em F1 e F2 é o conjunto dos pontos P(x,y) cujo módulo da
B
x diferença das distâncias a F1 e F2 é constante e igual a 2a, com
xA xB xC 2a<2c.
y c 2 = a2 + b2
Condição de alinhamento de três pontos B1 ( b,0 ) c
e = >1
xA yA 1 a
A, B e C estão alinhados se, e somente se xB yB 1 = 0 A1 ( −a,0 ) O A 2 ( a,0 ) x
xC yC 1 F1 ( −c,0 ) F2 ( c,0 )

c
Área de polígonos (triangularização de polígonos) B2 ( −b,0 )
Dado um polígono P qualquer, uma triangularização de P é uma
divisão de P em n triângulos T1, T2, ..., Tn , desde que:
- a união de todos os triângulos é igual ao polígono; e O: centro F1, F2: focos A1, A2: vértices e: excentricidade
- a intersecção deles, dois a dois, seja vazia, uma reta ou um ponto. A1A2: eixo real (2a) B1B2: eixo imaginário ou conjugado (2b)
F1F2: distância focal (2c)
SP = ST 1 + ST 2 + ST 3 + ... + STn
Exemplo: Equações reduzidas – centro em (x0, y0)
( x − x0 ) ( y − y0 )
2 2
A7
- A1A2 // Ox: − =1
a2 b2
( y − y0 ) ( x − x0 )
2 2
A8
T4 - A1A2 // Oy: − =1
2 2
A1 T5 a b
T2
T3
T1 PARÁBOLA: Dados um ponto F e uma reta d (F∉d). Uma parábola é
A5 o conjunto dos pontos P(x,y) eqüidistantes de F e d.
A2 A6
A3 T6 d y
SP = ST 1 + ST 2 + ST 3 + ST 4 + ST 5 + ST 6 V ' V = VF = p
2
A4 e⊥d

V' V F ( p 2,0 ) x
Equação Da Circunferência
y (−p 2,0 ) e

r
( x − xC ) + ( y − yC )
2 2
yC = r2
F: foco V: vértice V’F: p – parâmetro e: eixo de simetria
Equações reduzidas – centro em (x0, y0)
x
- e // Ox: ( y − y 0 ) = 2p ( x − x 0 )
2

xC
- e // Oy: ( x − x 0 ) = 2p ( y − y 0 )
2

Obs: uma equação na forma Ax 2 + Bxy + Cy 2 + Dx + Ey + F = 0


⎛ D E ⎞ RECONHECIMENTO DE UMA CÔNICA
representa uma circunferência de centro ⎜ − 2A , − 2A ⎟ e raio Dada uma equação do 2o grau redutível à forma
⎝ ⎠
(x - x 0 )2 + (y - y 0 )2 =1
D2 + E2 − 4AF k1 k2
r= , desde que A = C ≠ 0, B = 0 e D2 + E2 − 4AF > 0
2A
k1 = k 2 Circunferência
CÔNICAS
k1>0, k2>0 e k1>k2 Elipse de eixo maior horizontal
ELIPSE: Dados dois pontos F1 e F2 distantes 2c. Uma elipse de focos
em F1 e F2 é o conjunto dos pontos P(x,y) cuja soma das distâncias a k1>0, k2>0 e k1<k2 Elipse de eixo maior vertical
F1 e F2 é constante e igual a 2a, com 2a > 2c.
y k1>0 e k2<0 Hipérbole de eixo real horizontal
a2 = b2 + c 2
B1 ( b,0 )
k1<0 e k2>0 Hipérbole de eixo real vertical
c
e = <1 Rotação de eixos
a a a
As coordenadas de um ponto P(x,y) após a rotação de eixos de
x um ângulo θ são dadas por (x`,y`) tais que
A1 ( −a,0 ) F1 ( −c,0 ) O F2 ( c,0 ) A 2 ( a,0 ) x = x`.cosθ - y`.senθ y = x`.senθ + y`.cosθ
Interpretação de uma equação do 2o grau
Dada a eq. geral do 2o grau:
B2 ( −b,0 ) Ax2 + 2Bxy + Cy2 + 2Dx + 2Ey + F = 0
é sempre possível eliminar o seu termo retângulo (2Bxy) através
O: centro F1, F2: focos A1, A2, B1, B2: vértices A1A2: eixo maior (2a) de um rotação de eixos de um ângulo θ tal que
B1B2: eixo menor (2b) F1F2: distância focal (2c) e: excentricidade
A=CÆθ=π/4 A ≠ C Æ tg 2θ = 2B/(A – C)

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NÚMEROS COMPLEXOS z6 = −1 = 1.[cos( π) + i.sen( π)]

Definição: são todos os números na forma z = a + b.i, com a,b ∈ IR e ⎡ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟⎤
z = 6 1. ⎢cos ⎜⎜ ⎟ + i.sen⎜⎜ ⎟⎥
i é a unidade imaginária, com i2 = -1. Também são representados na ⎢ ⎜ 6 ⎠⎟
⎝ ⎝⎜ 6 ⎠⎟⎥⎦

forma z = (a, b), como um par ordenado de números reais. ⎛ π kπ ⎞ ⎛ π kπ ⎞
Obs: se b = 0, o número z é um número real; se a = 0 e b ≠ 0, o z = cos ⎜⎜ + ⎟⎟ + i.sen⎜⎜ + ⎟⎟
número z é chamado imaginário puro.
⎜⎝ 6 3 ⎠⎟ ⎝⎜ 6 3 ⎠⎟
Com k = 0, 1, 2, 3, 4, 5
Conjugado: z = a − b.i Im(z)
1
Módulo: | z | = a + b 2 2 Im(z)
Forma trigonométrica:
z = z .(cos α + i.sen α )
b P (z = a + bi) π π
Obs: o ângulo α é chamado |z| 3 3
π
argumento do número 6 Re(z)
complexo, e é medido a θ π π
3 3
partir do eixo real no sentido 0 a Re(z)
anti-horário. π π
3 3

Forma exponencial: z = z .e iα

-1
Operações com números complexos
Sejam z1 = a + b.i e z2 = c + d.i:
z1 z 2 = (ac − bd) + (ad + bc )i POLINÔMIOS E EQUAÇÕES ALGÉBRICAS
z1 + z 2 = (a + c ) + (b + d).i
z1 z .z
z1 − z 2 = (a − c ) + (b − d).i = 1 2 Definição de polinômio: seja n um número natural. Um polinômio de
z2 z 2 .z 2 grau n é toda expressão do tipo
dica: use a propriedade distributiva na multiplicação P( x) = a0 + a1 x + a2 x 2 + ... + an x n ,
Multiplicação e divisão na forma trigonométrica onde os valores a0, a1, ..., an são constantes.
Exemplos:
z1 = z1 (cos α + i.senα )
P1( x ) = x − 2
z 2 = z 2 (cos β + i.senβ)
P2 ( x ) = 2 x 2 − 3 x + 1
z 1 .z 2 = z 1 . z 2 .[cos( α + β) + i.sen(α + β)]
P3 ( x ) = 2 x 3 − 12 x 2 + 24 x − 16
z1 z1
= .[cos( α − β) + i.sen( α − β)] P4 ( x ) = x 2 − 2 x + 2
z2 z2
P5 ( x ) = x 2 − 2ix − 1
Potenciação e radiciação: se z = |z|.(cos θ+ i. sen θ) e n é um
número inteiro então: Polinômios idênticos: dois polinômios são idênticos quando seus
termos correspondentes são iguais.
n n ⎡ ⎛ θ + 2kπ ⎞ ⎛ θ + 2kπ ⎞⎤
z n = z [cos(nθ) + i.sen(nθ)] z =n z .⎢cos⎜ ⎟ + i.sen⎜ ⎟⎥ ⎧a = 1
⎣ ⎝ n ⎠ ⎝ n ⎠⎦ ⎪
Exemplo: ax 3 + bx 2 + cx + d = x 3 − x 2 ⇔ ⎨b = −1
Obs: encontrar a raiz n-ésima de um número complexo z é resolver a ⎪c = d = 0
equação rn = z. Essa equação é de grau n, logo, possui n raízes. ⎩
Assim, fazendo k = 0, 1, 2, ..., n - 1 na equação acima, encontramos,
para cada k, uma raiz diferente, formando um polígono regular de n Polinômio identicamente nulo: um polinômio é identicamente nulo
lados no plano de Gauss. quando P(x) = 0, independente do valor de x. Nesse caso, todos os
Exemplos: coeficientes de P são nulos.
z3 = −27 = 27. ⎡⎣cos (π) + i.sen(π)⎤⎦ Exemplo: P( x ) = 0 x n + 0 x n −1 + ... + 0 = 0
⎡ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟⎤ ⎡ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟ ⎛ π + 2kπ ⎞⎟⎤
z = 3 27 ⎢cos ⎜⎜ ⎟ + i.sen⎜⎜ ⎟⎥ = 3 ⎢cos ⎜⎜ ⎟ + i.sen⎜⎜ ⎟⎥ Equação polinomial ou algébrica: uma equação algébrica é um
⎢ ⎜⎝ 3 ⎠⎟ ⎜⎝ 3 ⎠⎟⎥ ⎢ ⎜⎝ 3 ⎠⎟ ⎝⎜ 3 ⎠⎟⎥⎦
⎣ ⎦ ⎣ polinômio igualado a zero, ou seja:
Com k = 0, 1, 2 a0 + a1 x + a2 x 2 + ... + an x n = 0 .
Im(z)
Assim, resolver uma equação algébrica é o mesmo que encontrar as
raízes de um polinômio.

Teorema fundamental da álgebra: se P(x) é um polinômio de grau n


então ele possui n raízes (reais ou complexas), e pode ser fatorado
em:
2π π
3 3 Re(z)
P( x) = an ( x − r1 )( x − r2 )...(x − rn )
-3

onde r1, ..., rn são as n raízes desse polinômio.
2π 3 Exemplos:
3
P2 ( x ) = 2 x 2 − 3 x + 1 = 2( x − 1)( x − 1 )
2
P3 ( x ) = 2 x 3 − 12 x 2 + 24 x − 16 = 2( x − 2 )3

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Teorema das raízes complexas: se P(x) é um polinômio com Teorema das raízes racionais: seja P(x) um polinômio de grau n com
coeficientes reais e o número complexo a + bi é raiz de P(x) então seu coeficientes inteiros. Se P admite uma raiz racional p/q, com p e q
conjugado, a – bi, também é raiz. primos entre si, então p é divisor de a0 e q é divisor de an.
Exemplo: Relembrando o teorema fundamental da álgebra temos: Exemplos: As raízes de P2 ( x ) = 2 x 2 − 3 x + 1 são 1/2 e 1, pertencem a
P4 ( x ) = x 2 − 2 x + 2 = ( x − (1 + i ) ) ( x − (1 − i ) )
{−1, −1 2,1 2,1} . Já em P4 ( x ) = x 2 − 2 x + 2 , nenhum dos valores
Note que o polinômio P5 ( x ) = x 2 − 2ix − 1 admite x = i como raiz, mas possíveis (-2, -1, 1 e 2) zeram o polinômio, pois suas raízes (1 + i,1 − i)
não admite seu conjugado, ( P5 ( −i ) = −4 ). O Teorema das raízes não são racionais.
complexas só é válido para polinômios com coeficientes reais.
Relações de Girard
Divisão de polinômios: dividir um polinômio P(x) por um polinômio
D(x) significa encontrar dois polinômios Q(x) (quociente) e R(x) (resto) a) ax 2 + bx + c = 0
que satisfaçam a condição P(x) = Q(x).D(x) + R(x). b c
P( x) D(x) x1 + x 2 = − x1.x 2 =
a a
R(x) Q( x)
Nota: Sendo n, d, r e q o grau dos polinômios P(x), D(x), R(x) e Q(x), b) ax 3 + bx 2 + cx + d = 0
respectivamente. Temos que r = d − 1 e n = d + q . c d
b
x1 + x 2 + x 3 = − x1.x 2 + x1.x 3 + x 2 .x3 = x1.x 2 .x 3 = −
a a a
Dispositivo prático de Briot-Ruffini: receita de bolo para a divisão
de P(x) por (x-a):
a an an−1 a1 a0 c) an x n + an −1xn −1 + ... + a1x + aO = 0

an a.a n + an−1 .... Sendo Sp a soma de todos os possíveis produtos das n raízes p a p.
Passo 1: escrever todos os coeficientes ordenadamente, conforme o a a n a
p a
esquema acima; S1 = − n −1 S2 = n − 2 ... Sp = ( −1) . n − p ... Sn = ( −1) O
Passo 2: copia-se o primeiro coeficiente; an an an an
Passo 3: multiplica-se o primeiro coeficiente pela raiz e soma-se com o
segundo coeficiente;
Passo 4: faz-se a mesma coisa com o número obtido no passo
anterior, até o último coeficiente;
Passo 5: o último número obtido é o resto da divisão, enquanto os
outros são os coeficientes do polinômio Q(x).

Exemplos: Encontre Q(x) e R(x) da divisão de:


a) P3 (x) ( = 2x 3
)
− 12x 2 + 24x − 16 por P1(x) ( = x − 2) .
2 2 -12 24 -16
2 -8 8 0
Q(x) = 2x 2 − 8x + 8 ⎫⎪
⎬ ⇒ 2x − 12x + 24x − 16 = (2x − 8x + 8).(x − 2) + 0
3 2 2

R(x) = 0 ⎪⎭
b) P4 (x) (= x 2
)
− 2x + 2 por (x − 1)

1 1 -2 2
1 -1 1
Q(x) = x − 1⎫
⎬ ⇒ x − 2x + 2 = (x − 1).(x − 1) + 1
2

R(x) = 1 ⎭

Teorema do resto: o resto da divisão de P(x) por (x-a) é igual a P(a).


De fato, P3 (2) = 0 e P4 (1) = 1 .

Generalizando: Na divisão de P(x) por um polinômio D(x) de grau n


podemos obter R(x), de grau n − 1 , utilizando as raízes de D(x) na
equação P( x ) = D( x ).Q( x ) + R( x ) . Assim, para o obter os coeficientes
a0 ,a1 ,..., an-1 do polinômio R( x ) = a0 + a1x + ... + an −1x n −1 basta resolver
⎧R( x1 ) = P( x1 )

⎪R( x2 ) = P( x2 )
o sistema linear: ⎨ onde x1 ,x2 ,...,xn são raízes de D(x)

⎪R( x ) = P( x )
⎩ n n

Exemplo: Da divisão do polinômio P3 ( x ) por ( x 2 − 3 x + 2 ) , de raízes


1 e 2, temos :
P3 ( x ) = ( x 2 − 3 x + 2 ) .Q( x ) + R( x )
x = 1 ⇒ P3 ( 1) = 0.Q( 1) + R( 1) ⎧a + b = −2
⇒⎨ ⇒ R( x ) = 2 x − 4
x = 2 ⇒ P3 ( 2 ) = 0.Q( 2 ) + R( 2 ) ⎩2a + b = 0

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Triângulo
APOSTILA DE REVISÃO Pontos notáveis

MATEMÁTICA – FRENTE 3 - Ortocentro(O): encontro das alturas(h).


A
HC .H B
GEOMETRIA PLANA .
•O
c b
Retas paralelas cortadas por uma transversal
hB hC
t hA
a B .
b C
r HA a
- Incentro(I): encontro das bissetrizes(b) e centro do círculo inscrita no
c
d triângulo
⎧a = d = e = h
r // s ⇒ ⎨ A
⎩b = c = f = g
e
f s bA .
c .
b
g •
h I
bB bC
.
B C
Teorema de Tales a
- Circuncentro(Ci): encontro das mediatrizes(m) e centro do círculo
a b circunscrito ao triângulo
r1 r1 // r2 // r3 A
A1 B1
r2 A1A 2 A2A3 A1A 3
A2 B2 k= = = c m A b.
r3 B1B2 B2B3 B1B3 . mC
A3 B3 mB
• Ci
k: constante de proporcionalidade .
C
B a
Ângulos na circunferência

A
β = AB
φ - Baricentro (Ba): encontro das medianas(M) que se dividem na razão
C AB 2:1. Também conhecido por centro de gravidade do triângulo.
α =γ = A
2
θ α ϕ β AB - CD
θ=
2 b
c
D MC Ba MB
AB + CD •
ϕ=
2 MA
B B C
a
α: ângulo inscrito β: ângulo central Φ: ângulo do segmento
θ: ângulo excêntrico externo φ: ângulo excêntrico interno Semelhança de Triângulos
A1 C2
Potência de pontos
B
G c1 b1 b2 a2
F h1 .
h2
.
A B1 a1 C1 A 2 c2 B2
H D Se A ˆ =C
ˆ = Aˆ , Bˆ = Bˆ e C ˆ ,então os triângulos ABC e A1B1C1 são
1 1 1

E a 2 b 2 c 2 h2 a 2 + b 2 + c 2
semelhantes de razão k = = = = = = ...
AB = AC AD.AE = AF.AG a1 b1 c1 h1 a1 + b1 + c1
C 2 (k: razão entre linha homólogas)
AB = AD.AE HC.HG = HD.HE
Polígonos Teorema fundamental e Base do triângulo médio
A A
Soma dos ângulos internos: Sai = 180º.(n − 2)
Soma dos ângulos externos: Sae = 360º (polígonos convexos) M N
O P
n(n − 3)
Número de diagonais: nd =
2 B C B C

Ângulos internos de um polígono regular: ai = 180º.(n − 2) n ⎧MN // BC


OP // BC ⇒ ΔABC ~ ΔAOP ⎧ AM = MB ⎪
⎨ ⇔ ⎨ BC
Obs: Todo polígono regular é inscritível e circunscritível. ⎩ AN = NC ⎪MN =
⎩ 2

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Relações Métricas no Triângulo Retângulo A B


Escaleno: AD ≠ BC
A. ⎧a2 = b2 + c 2 ˆ = Bˆ e Cˆ = Dˆ
Isósceles: AD = BC , A
⎪ 2
⎪b = a.n ˆ ˆ ˆ ˆ
N Retângulo: A = C = 90º ou B = D = 90º
⎪ 2 M
c b ⎨c = a.m AM = MC
AB // MN // CD
⎪b.c = a.h Base Média: ⇔ AB + CD
h BM = MD MN =
⎪ C D 2
⎪h2 = m.n
m . n ⎩
B a C
Circunferência, círculo e suas partes:
Área do Triângulo
A
a+b+c
a.h p=
S= 2 C = 2π r
r 2
c b a.c.sen(θ)
h R S= r
2
S = π .r 2
θ S = p. ( p − a ) . ( p − b ) . ( p − c )
.
B a C
a.b.c
S=
4R C: comprimento da circunferência

S=
( a + b + c ) .r = p.r Coroa Circular:
2

3
Área do triângulo eqüilátero: S = 2

4
r
R
S = π . (R 2 - r 2 )
Quadriláteros
Trapezóide: quadrilátero que não possui lados paralelos.
Paralelogramo: quadrilátero que possui lados opostos paralelos.
A B
S = b.h
M ⎧ AB = CD,AC = BD Setor Circular:
h ⎧⎪ AB // CD ⎪

⎪⎩ AC // BD
⇒ ⎨ Aˆ = D,B ˆ + B = 180º
ˆ ˆ = C,A
L = θr
. ⎪ AM = MD,CM = MB
C
b
D ⎩ r θ r2
Retângulo: paralelogramo que possui os quatro ângulos congruentes. θ L S=
2
ou
A. .B r
S = b.h θ
M S= .π r 2 ; θ em graus
h ˆ =D
Aˆ = Bˆ = C ˆ = 90º 360º
AM = BM = CM = DM L: comprimento do arco
. .
C b D Áreas de Figuras Semelhantes: Se, em duas figuras semelhantes, a
Losango: paralelogramo que possui os quatro lados congruentes. razão entre as linhas homólogas é igual a k, a razão entre as áreas é
A B igual a k2.

TRIGONOMETRIA
M
. Trigonometria no triângulo retângulo:
cateto oposto ,
seno =
h DM.d hipotenusa
C . D S = .h = cateto adjacente
2 cos seno =
d DM hipotenusa
AB = AC = BD = CD =
cateto oposto
tagente =
AD ⊥ BC cateto adjascente

Quadrado: paralelogramo que possui os quatro lados e os quatro


ângulos congruentes (Retângulo e Losango). Trigonometria em um triângulo qualquer:
A. .B S= 2
Lei dos Senos
AB = AC = BD = CD = a b c

= ∧
= ∧
= 2R
ˆ =D
Aˆ = Bˆ = C ˆ = 90º sen A sen B senC
M. Lei dos Cossenos
AD = BC = d = 2. ∧
a2 = b2 + c2 – 2bc . cos A
AD ⊥ BC ∧
b2 = a2 + c2 – 2ac . cos B
. . 2
C AM = BM = CM = DM = . ∧
D 2 c2 = a2 + b2 – 2ab . cos C
Trapézio: quadrilátero que possui um par de lados paralelo.

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Principais relações trigonométricas Esboço: y = cos(x)


sen 2α + cos2 α = 1 y
sen α 1 cos α
tg α = , cot g α = =
cos α tg α sen α +1
x
1 1
cos sec α = , sec α =
sen α cos α -2π -π π
0 2π 3π 4π
sen(α ± β ) = senα ⋅ cos β ± cosα ⋅ sen.β • • −π π • • • x
−3π 3π 5π 7π
cos(α ± β ) = cos α ⋅ cos β ∓ senα ⋅ sen.β 2 2
2 2 2 2
tg α ± tg β x
tg (α ± β ) = -1
1 ∓ tg α ⋅ tg β
⎛p±q⎞ ⎛p∓q⎞
sen p ± sen q = 2 ⋅ sen ⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ Esboço: y = tg(x)
⎛p+q⎞ ⎛ p−q⎞ y
cos p + cos q = 2 ⋅ cos ⎜ ⎟ ⋅ cos ⎜ ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
⎛p+q⎞ ⎛p−q⎞
cos p − cos q = −2 ⋅ sen ⎜ ⎟ ⋅ sen ⎜ 2 ⎟
⎝ 2 ⎠ ⎝ ⎠

Arcos e Ângulos: Considerando a circunferência abaixo de centro


O e raio R e os pontos A e B, temos: X • X 0• X • X • X x
-π −π π π 3π 2π 5π
−3π
2 2 2 2
•B 2

α α= .
• • A R
O

GEOMETRIA ESPACIAL

Prismas
Ciclo trigonométrico (centro na origem e raio 1):
sen(x) Cubo
B d=a 3
P d SL = 4a2
P2 • a
ST = 6a2
a V = a3
A’ x • A a
• SL: área lateral
O P1 cos(x) ST: área total
V: volume

Paralelepípedo reto retângulo

B’ d = a 2 + b2 + c 2
d SL = 2a ( b + c )
a
ST = 2(ab + ac + bc)
Funções trigonométricas: c
As funções trigonométricas são todas periódicas. As funções básicas, V = abc
b
y=sen(x), y=cos(x), y=sec(x) e y=cosec(x) têm período 2π , enquanto
SL: área lateral
as funções básicas y=tg(x) e y=cotg(x) têm período π . ST: área total
V: volume
Esboço: y = sen(x)
y Prisma qualquer

+1
x
−π 3π SL = PBase .aL

2 aL h = aL .sen ( θ ) ST = SL + 2SBase
2 3π 2 aL
• -π • • • x • aL
π π V = SBase .h = SBase .aL .sen ( θ )
3π 2π 5π 4π 9π x θ

2 2 2 2
x SL: área lateral ST: área total V: volume PBase: perímetro da base
-1 aL: aresta lateral h: altura θ: ângulo entre aL e Base

⎧⎪h = aL
Prisma reto: θ = 90º ⇒ ⎨
⎪⎩SL = PBase .h

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Prisma regular: prisma reto, cujas bases são polígonos regulares. Sólidos semelhantes
São sólidos que possuem lados homólogos (correspondentes)
Cilindro proporcionais. A razão de semelhança k entre esses sólidos é a razão
SL = 2πRg entre dois elementos lineares homólogos. Assim:
R
ST = SL + SB = 2πR (R + g) h A V
= k 1 = k2 1 = k3
V = πR h 2 H A2 V2
g Onde:
h h = g.sen ( θ )
h, A1, V1 – altura, área, volume do menor sólido;
H, A2, V2 – altura, área, volume do maior sólido.
cilindro reto: ⎧⎪SL = 2πRh
θ θ = 90º ⇒ h = g ⇒ ⎨ Relação de Euler: V – A + F = 2
⎪⎩ST = 2πR (R + h )
g: geratriz R: raio da base h: altura θ: ângulo entre geratriz e base

Cilindro eqüilátero: h = 2R

Piramides

ST = SB + SL
SB .h
V=
3
h A A 2 = h2 + a 2
Pirâmide regular:
SL = p.A
.
O a

h: altura O: centro da base A: apótema da pirâmide = altura da face


a: apótema da base SB, SL e ST: área da base, lateral e total
p: semiperímetro da base

Pirâmide regular: a base é um polígono regular e a projeção


ortogonal do vértice sobre a base é o centro da mesma.

Tetraedros notáveis

Tetraedro tri-retângulo
...
Tetraedro regular

Cone

Cone reto

g2 = h2 + R2
g SL = πRg
h ST = πR (R + g)
πR2h
. R V=
3

g: geratriz h: altura R: raio da base

Cone qualquer: em um cone não reto ( ou oblíquo) não faz sentido


falar em geratriz, temos, portanto, apenas a fórmula do volume.
πR2h
V=
3

Esfera

SE = 4πr 2
4 3
VE = πr
3

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