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Índice
Introducao..........................................................................................................................2

Objectivos..........................................................................................................................3

Metodologias.....................................................................................................................3

ESPAÇO GERADO OU SUBESPAÇOS DE Rn.............................................................4

Espaco gerado....................................................................................................................6

Definição...........................................................................................................................6

Propriedades......................................................................................................................8

Subespaços gerados.........................................................................................................11

Determinação do subespaço gerado por um conjunto de vectores..................................11

Conclusão........................................................................................................................15

Referencias bibliográficas...............................................................................................16

2
Introduçao

3
Objectivos

Metodologias

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ESPAÇO GERADO OU SUBESPAÇOS DE Rn

Segundo (GILBERT, pag 164), O espaço gerado por um conjunto de vectores em


álgebra linear é chamado de espaço vetorial gerado ou subespaço gerado. Esse espaço
consiste em todas as cópias lineares dos vectores do conjunto original. Em outras
palavras, ele é o conjunto de todos os vectores que podem ser obtidos multiplicando
cada vetor do conjunto original por um escalar (número real) e somando-os. Para
encontrar o espaço gerado, você pode seguir os seguintes passos:
 Comece com um conjunto de vectores, por exemplo, {v1, v2, v3, ...}.
 Considere todas as combinações lineares possíveis desses, ou seja, todas as
somas do tipo a1 v1 + a2 v2 + a3*v3 + ..., onde a1, a2, a3, ... são escalares.
 O espaço gerado é o conjunto de todos os vectores obtidos pelos símbolos
lineares mencionados no passo 2.

Ainda na optica de POOLE,) o espaço gerado é um subconjunto do espaço vectorial em


que os vectores originais estão contidos. É uma parte importante da álgebra linear e tem
várias aplicações em geometria, análise de dados, programação linear, entre outros
campos.

Exemplo 1: Espaço Gerado por um Único Vetor


Suponha que você tenha um único vetor v = [2, 1]. O espaço gerado por este vetor
consiste em todas as especificações lineares de v. Portanto, o espaço gerado é uma recta
que passa pela origem e tem a direção de v. Qualquer múltiplo escalar de v, como 2v =
[4, 2], - 3v = [-6, -3], etc., pertence a este espaço gerado.

Exemplo 2: Espaço Gerado por Dois Vetores


Agora, suponha que você tenha dois vetores v1 = [1, 0] e v2 = [0, 1]. O espaço gerado
por esses vectores consiste em todos os modificados lineares de v1 e v2. Neste caso, o
espaço gerado é o plano xy inteiro, pois qualquer vector da forma a v1 + b v2, onde a e
b são escalares, pode ser usado para representar qualquer ponto no plano xy.

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Exemplo 3: Espaço Gerado por Matrizes
Álgebra linear também se aplica a matrizes. Se você tiver duas matrizes A e B, o espaço
gerado por essas matrizes consistirá em todos os símbolos lineares de A e B. Por
exemplo, se A para uma matriz identidade 2x2 e B para uma matriz com todos os
elementos iguais a 2, o O espaço gerado por essas matrizes incluirá todas as matrizes
2x2 que podem ser obtidas através de algoritmos lineares dessas duas matrizes.

Definição. Dizemos que o vetor w de um espaço vetorial V é uma combinação linear


dos vectores v1, v2 , , , vn ∈V se existirem escalares c1, c 2 , , , cn, tal tal que w possa
ser escrito como w = c1v1 + c2v2 +…. + cnvn. Podemos observar que o espaço nulo
mencionado acima pode ser visto, de facto, como todas as combinações lineares do
vetor (7 , 1 ¿ ¿T .
Na disciplina Geometria Analítica,
foi introduzido o espaço euclidiano junto com o que chamamos de
vetores canônicos. O conjunto de vectores canônicos para Rn foi definido
como = e1(1 , 0 , 0)T e2=(0 , 1 , 0)T ,… en = ((0 , 0 , … . ,1)T .
Vimos que qualquer vector u = (u(u 1 ,u 2 , … . un)T ∈ Rn pode ser escrito
como u = u1e1 + u2e2 +… + une n.

Exercicios 1: Determine, em cada caso, se o vetor w é uma combinação linear dos


vetores 1 v e 2 v .
a) w= ((−12 , 20)T , v1 =(−1 , 2)T , v2 =(4 ,−6)T
b) w= ( 4 , 20)T , v1 =(2 , 10)T , v 2 =(−3 ,−15)T
c) w=,( 1 ,−4 )T , v 1 =( 2 , 10 )T , v2 =(−3 ,−15 )T

Solução.
Em cada um destes casos, precisamos resolver w = c1v1 + c2v2, isto é, achar c1 e c2 .

a) w = (−12 , 20 )T = c1(−1 , 2 )T + c2( 4 ,−6 )T → {−c2 c1+1−64 cc2=−12


2=20
Se o sistema for consistente (isto é, possuir no mínimo uma solução), então w é uma
combinação linear de dois vetores; se não existir solução, então w não é uma
combinação linear. Com c1 = 4 e c2 = -2. Logo, w é uma combinação linear de 1 v e 2 v
e pode ser escrito como w = 4v1 – 2v2.

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b) Repetindo o procedimento que fizemos no item anterior e resolvendo o sistema,
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obtemos como solução c1 = 2+ t e c2 = t , onde t é um escalar. Isto significa
2
que w é uma combinação linear de v1 e v2 e pode ser escrita em um número
infinito de diferentes combinações lineares. Algumas delas são, por exemplo: w
4
= 2v1 +(0)v2, w = 8v1 + 4v2, w = (0)v1 - v2, w = v1− 2v2.
3
c) Neste último caso, não temos solução, e então w não pode ser escrito como uma
combinação linear de 1 v e 2 v .
Embora estes exemplos sejam muito simples, o procedimento para um número maior de
vetores continua sendo o mesmo.

Espaco gerado

Definição.
De acordo (DANIEL Noberto), Seja S = { v1,v2,… vn, } um conjunto de vectores em
um espaço vetorial V e seja W o conjunto de todas as combinações
lineares dos vectores v1,v2,…,vn. Dizemos que W é o espaço
gerado pelos vetores v1,v2,…,vn e escrevemos W = span(S) ou
W = span{v1,v2,…,nv} ou W = [{v1,v2,…,vn}] . Também dizemos
que v1,v2,…vn gera W.
Com esta notação, voltando ao exemplo do espaço nulo, temos simplesmente

que espnul(A) = [( )]
7
1
Temos o seguinte teorema:
Teorema. Sejam v1,v2,…vn, vcetores de um espaço vectorial V e
W = [v1,v2,…vn}] o espaço gerado, então temos que:
a) W é um subespaço de V.
b) W é o menor subespaço de V que contém todos os vectores v1,v2,…,vn.

Exemplo 4. Descreva o espaço gerado pelos seguintes conjuntos de


vetores.
a) v 1= (1 , 0 , 0 )T , v2 = ( 0 , 1 ,0 )T

7
b) v 1= (1 , 0 , 1 ,0 )T , v 2= ( 0 ,1 , 0 ,−1 )T

c) v 1= (10 00), v2 = (00 01)


d) v1 = 1, v2 = x , v3 = x 3
Solução.
a) O espaço gerado, [v1 ,v2 ] é o conjunto de todas as
combinações lineares de , v1, v2 que podem ser escritas como:
av1+ bv2 =( a , 0 , 0 )T + ( 0 , b , 0 )T ,sendo a e b escalares.
Logo, o espaço gerado são todos os vetores da forma ( a , b , 0 )T ∈ R3,
sendo a e b escalares arbitrários.
b) Este caso é muito similar ao anterior. A combinação linear geral é:
av1 + bv2 = ( a , 0 , a , 0 )T +b ( 0 , b , 0 ,−b )T =( a , b , a ,−b )T . Assim, [v1,v2,] 1 2 v v são
todos os vectores de R4 da forma( a , b , a ,−b )T para quaisquer escalares a e b.
c) Escrevemos a combinação linear destes vectores

av1 + bv2 = ( a0 00) + (00 0b) = ( a0 0b)


O espaço gerado, W = span{v1,v2}, é o subespaço das matrizes diagonais
das matrizes M 2 x 2.
d) A combinação linear geral, neste caso, é av1 + bv2 + cv3 = a + bx + c x 3.
Aqui, [{v1,v2,v3}] é o subespaço dos polinômios de P3 que não têm o termo
quadrático.

Exercício 2: Encontrar o Espaço Gerado por um Conjunto de Vectores


Dado o conjunto de vetores: V = {(1, 2), (-1, 1), (3, -1)}, encontre o espaço gerado por
esses vectores.
Solução:
Para encontrar o espaço gerado, precisamos determinar todos os códigos lineares
possíveis dos vectores em V. Podemos escrever um vector genérico no espaço gerado
como a (1, 2) + b (-1, 1) + c (3 , -1), onde a, b e c são escalares. Agora, expandindo essa
expressão, obtemos:
(a - b + 3c, 2a + b - c)

8
O espaço gerado por V é o conjunto de todos os vectores que podem ser obtidos através
dessas técnicas lineares. Portanto, o espaço gerado é o conjunto de todos os pares
ordenados da forma (a - b + 3c, 2a + b - c), onde a, b, c são números reais.

Exercício 3: Determine se um Vector pertence ao Espaço Gerado


Dado o espaço gerado por V no Exercício 1, determine se o vector (2, 3) pertence a esse
espaço gerado.
Solução:
Para determinar se o vector (2, 3) pertence ao espaço gerado por V, devemos verificar
se podemos encontrar escalares a, porque de modo que:
(a - b + 3c, 2a + b - c) = (2, 3). Isso leva a um sistema de equações:
a - b + 3c = 2
2a + b - c = 3
Podemos resolver esse sistema de equações usando métodos de álgebra linear, como
eliminação ou substituição. Vamos usar a eliminação para eliminar b:

Multiplique a segunda pesquisa por -1:


a - b + 3c = 2
-1(2a + b - c = 3)
a - b + 3c = 2
-2a - b + c = -3
-a + 2c = -1
Agora, temos um novo sistema de equações:
- b + 3c = 2
-a + 2c = -1
Podemos resolver o segundo sistema de equações isolando "a" na segunda questão:
-a + 2c = -1
a = 2c - 1
Agora, podemos substituindo esse valor de "a" na primeira equacao:
(2c - 1) - b + 3c = 2, simplificando temos:
b + 5c = 3
-a + 2c =-1
b = 3-5c
a = -2c+b, c (qualquer valor real).

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Isso significa que qualquer combinacao de valores de a, b, e c que satisfaca essa
equacao fara com que o vector (2,3) pertenca ao espaco gerado pelos vectores originais.

Propriedades
Considere a recta L que passa pela origem de R3 e tem a direccao do vector d≠ 0. Entao ,
todo ponto p→ na recta L tem forma p→ = 0→ +td → para algum escalar t, e temos então L
= { t d → ¿ é um numero real qualquer } .
É claro que o vector 0→ está em L (pois 0→= d →). Contudo, L tem outras duas
propriedades que valem a pena ser notadas: somas e múltiplos escalares de vectores de
L estão novamente em L.
De facto, se v → = td →e v 1→= t1d → estao em L, entao
→ → → → → → → →
v + v 1 = td + t1 d (t+t1¿ d e r v = r(td ) = (rt)d estao em L para todos os
escalares r. Por essa razao, a recta L a é um subespaço de R3 . Este é um conceito
importante em Algebra Linear, e a definição geral é a seguinte:
Um conjunto U de vectores de Rn é um subespaço de Rn se tiver as tres propriedades
seguintes:
S1. O vector nulo 0 está em U.
S2. Se o X e Y estão em U, então X +Y também está em U.
S3. Se X está em U, então rX está em U para todo escalar r.
Quando a propriedade S2 é valida, dizemos que U é fechado sob a adição e que U e
fechado sob a multiplicação por escalar quando a propriedade S3 é verificada.
Exemplo 1. É claro que Rn é um subespaço dele mesmo. O conjunto {0} que consiste
apenas do vector nulo de Rn tambem é um subespaço de Rn pois 0+0 = 0 e r0 = 0 para
todo escalar r. Este é chamado subespaço nulo de Rn . Todo subespaço de Rn diferente
de {0} e de Rn é um subespaço próprio de Rn .

Exemplo 5:

U = {u ∈ R 2\ u= α (1,1) , ∀ α ∈ R é subespaço de R2. Ou seja, qualquer recta passando


pela origem é subespaço de R2 .

Vamos verificar que valem as condições (i), (ii) e (iii) para U:

(i) O elemento neutro do R2é a origem (0,0) . Para α = 0, α (1 , 1 )=( 0 , 0 ) ,logo


elemento neutro pertence a U;

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(ii) Tome u, v ∈ U e α 1 , α 2 ∈ R .Temos, u+v ¿ α 1 ( 1 ,1 )+ ¿ α 2 ( 1 , 1 ) = (α 1 +
α 2 ¿ ( 1 , 1 ). Assim, u + v ∈ U, uma vez que α 1+ α 2∈ R.
(iii) Tome u ∈ U e α , β ∈ R, temos βu=β (α (1,1)) = βα (1,1). Assim,
βu ∈U , uma vez que βα ∈ R . Logo, U é um subespaço de R2 .

{[ ] }
2 s−t
s−3 t ¿ e t reais
Exercicio 4. Mostre que U = é um subespaço de R4 .
−s+t
t

Solução:

[ ] [ ] [ ]
2 s 1−t 1 2 s 2−t 2 2 s 3−t 3
s 1−3 t 1 s 2−3 t 2 s 3−3 t 3
Se X1 = e X2 estao em U, então X1+X2 =
−s 1+ t 1 −s 2+ t 2 −s 3+t 3
t1 t2 t3

Onde S3 = s1+s2 e t3 = t1 +t2. Logo, X1 + X2 está em U. A verificação de que rX1 está


em U para todo escalar r é análogo e é deixada para você. É claro que 0 está em U (tome
s = t = 0), e então U é um subespaço de R4 .

Exercicio 5.

Considere os subconjuntos U1 = {[ x y z ]T ‫ ׀‬x≥0} e U2 = {[ x y z ]T ‫ ׀‬x 2 = y 2} de R3.

Mostre que nem U1 e nem U2 são subespaço de R3.

Solução:

Ambos U1 e U2 contem 0 = ¿. Entretanto, U1 não é fechado sob a multiplicação por


escalar. Por exemplo, ¿ está em U1 mas (-1)¿ = ¿ não está em U1. Logo, U1 não é um
subespaço, embora seja fechado sob a adição. Já U2 não é fechado sob adição pois, por
exemplo¿ e ¿ estao em U2 mas sua soma ¿ + ¿ = ¿ não está em U2. Logo, U2 não é um
subespaço . (Observe que U2 é fechado sob a multiplicação por escalar.)

Exemplo 6.

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Para toda matriz A de tamanho m x n , mostre que anulA é um subespaço de Rn e imA é
um subespaçco de Rm.

Solução:

Uma coluna X está em anulA se ela satisfaz a condição AX = 0. Logo, 0 está em anulA
pois satisfaz a condição: A0 = 0. Assim, S1 vale para anulA. Suponha que X e X1
estão em anulA, isto é, AX = 0 e AX1 = 0. Então,

A(X+X1) = AX +AX1 = 0 + 0 = 0 e A(rX) = r(AX) = r0 = 0 mostram,


respectivamente, que X+X1 e rX estão em anulA para todos os escalares r Logo, S2 e
S3 são também satisfeitas por anulA.

Agora, observe que imA consiste dos vectores Y da forma Y = AX para algum X em Rn
. Então 0 está em imA pois ele é desta forma: 0 = A0, e S1 são validas para imA. Sejam
Y e Y1 vectores em imA. Entao existem X e X1 em Rn tais que Y = AX e Y1 = AX1.
Logo, Y + Y1 = AX + AX1 = A(X+X1) e rY = r(AX) = A(rX) mostram que Y +Y1 e
Ry estão em imA para todo r. Assim, S2e S3 são satisfeitas por imA.

Subespaços gerados.
Veremos agora alguns exemplos de subespaços gerados.
a) S = { (x, 2x) : x ∈ R} ⊂ R2 é o subespaço gerado pelo vector (1, 2) ∈ R2, ou seja, S =
[(1, 2)].
b) O subespaço de R3 gerado pelos vetores u = (1, 2, 0), v = (3, 0, 1) e w = (2, −2, 1) é o
plano de equação 2x − y − 6z = 0. Note que os vectores dados satisfazem a equação
obtida para o subespaço gerado por eles.
c) O conjunto {at + bt2 : a, b ∈ R} é o subespaço de P2(R, t) gerado pelos
vectores t e t2.
d) O conjunto R3 ´e o (sub)espaço gerado pelos vectores i = (1, 0, 0), j = (0, 1, 0) e k =
(0, 0, 1) de R3 . Os vectores (1, 2, 0), (0,−1, 2) e (1, 1, 3), juntos, também geram o R3 .
e) O conjunto de todos os polinómios (de qualquer grau) com coeficientes reais, a uma
variável t, denotado por P(t,R), é gerado pelo conjunto infinito de vectores {1, t, t 2, t 3. .}

Ao longo deste curso serão dados inúmeros outros exemplos de subespaços gerados.
Nas próximas secções veremos como determinar o subespaço gerado por um conjunto
de vectores, e como encontrar geradores para um subespaço vectorial dado.

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Determinação do subespaço gerado por um conjunto de vectores
Há várias maneiras de se descrever um mesmo subespaço vectorial S de um espaço V.
Eis algumas delas:
• através de um conjunto de geradores (ex: S = [(1, 1), (1, 2)] ⊂ R2);
• através de uma equação ou conjunto de equações (ex: S é o plano de Equação x + y −
z = 0 em R3);
• através de uma propriedade de seus elementos (ex: S = {a+bt+ct 2 ∈ P2(t,R) : a + b – c
= 0}.
No exemplo 2 da secção anterior, cada subespaço foi descrito por duas dessas formas.
Determinar o subespaço gerado por um conjunto de vectores significa passar da
descrição por geradores (a primeira acima) para outras descrições que permitam melhor
entendimento do subespaço. Veremos como isso é feito através de alguns exemplos.

Exemplo 3
Considere o subespaço de R3 gerado pelos vectores u = (1, 2, 0), v = (3, 0, 1) e w =
(2,−2, 1). A descrição de S como espaço gerado não deixa claro, por exemplo, se S é
trivial, ou uma recta que passa pela origem, ou um plano que passa pela origem. Ajuda
bastante saber que S é o plano de equação 2x − y − 6z = 0. Como fazer para encontrar
essa outra descrição?
Como S = [u, v,w], cada elemento de S é uma combinação linear de u, v e w. Se
denotarmos por (x, y, z) um elemento genérico de S, teremos então que (x, y, z) = au +
bv + cw, onde a, b e c são números reais. Daí temos (x, y, z) = a(1, 2, 0) + b(3, 0, 1) + c
(2,−2, 1), ou seja, (x, y, z) = (a + 3b + 2c, 2a − 2c, b + c).

Para que a igualdade anterior se verifique, é necessário que as coordenadas


correspondentes dos ternos ordenados de cada lado da equação coincidam, ou seja,
devemos ter
x = a + 3b + 2c
y = 2a − 2c
z=b+c
Para que um dado vector (x, y, z) ∈ R3seja um elemento de S, é preciso que existam
valores para a, b e c de forma que as três equações acima se verifiquem
simultaneamente (compare com o exemplo 2-d) desta aula).

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Vamos então, resolver, por escalonamento, o sistema linear (nas variáveis a, b e c)

{ }
a+3 b+ 2 c=x
S: 2 a−2 c= y
b+c =z
,
Passando `a matriz ampliada, e escalonando, temos

[ ] [ ]
1 3 2 x 1 3 2 x
2 0 −2 y L2 ← L2 – 2L1 0 −6 −6 y−2 x
0 1 1 z 0 1 1 z

[ ]
x
1 3 2
− y+ 2 z
L2 ← −1/6L2 ⇒ 0 1 1
6
0 1 1
z

[ ]
x
1 3 2 − y+ 2 x
L3 ← L3 − L2 ⇒ 0 1 1 6
0 0 0 y−2 x
z+
6
O sistema em questão tem solução se, e somente se, os valores de x, y e z são tais que se
y−2 x
tenha z+ = 0, ou, equivalentemente, se 2x−y−6z = 0.
6
Essa é precisamente a equação de um plano em R3 contendo a origem.
Os cálculos para determinar o subespaço gerado são sempre análogos ao que acabamos
de fazer. Sempre que ocorrerem linhas de zeros, podemos obter equações que
descrevem o espaço. Quando tais linhas não ocorrerem, isso significa que não existem
restrições para que o elemento genérico esteja no subespaço gerado, ou seja, subespaço
em questão coincide com o espaço todo. Isso é o que acontece no próximo exemplo.

Exemplo 4
Considere o subespaço de R2 gerado pelos vectores (1, 1) e (1,−1). Para que (x, y) seja
combinação desses vectores, devem existir a e b em R tais que a(1, 1) + b(1,−1) = (x, y).
Isso significa que o sistema

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S:{aa + b=¿ x
−b=¿ y }
deve ter solução. Escalonando, obtemos

[ ]
y−x
1 0
2
y−x
0 1
2

que tem sempre solução, para quaisquer valores de x e y (não há restrições sobre x e y
para que (x, y) esteja no espaço gerado pelos vectores em questão).
Dai [(1, 1), (1,−1)] = R2

Exercício 6: Determine o subespaço S do espaço V , gerado pelos vectores de A, em


cada caso.
a) V = R3, A = {(1, 2, 1), (2, 1,−2b)
b) V = M2×2 (R), A = {v1, v2, v3}, onde)}

v1 = [ 21 −31 ], v2 = [ 42 −62 ] e v3 = [ 01 20]


c) V = P2(t,R), v1 = t + 1 e v2 = t 2.

Exercicio 7: Determine um conjunto de geradores para os seguintes subespaços:


a) S = {(x, y, z) ∈ R3 ; x = 5y e z = −2y}
b) S = {(x, y, z) ∈ R3 ; x−¿ y + z = 0}

c) S = {[ ]
a b
c d
∈ M 2× 2 ( R ) ; a=−d e c=2 b
}
d) S = {at 2 + at + b: a, b ∈ R} ⊂ P2 (t, R)
RESPOSTAS
Exercicio 6.
a) [A] = {(x, y, z) ∈ R3 ; 5x − 4y + 3z = 0}
b) [A]= ¿
c) [A] = {a + at + bt 2 ∈ P2(t,R)}.
Exercicio 7:
a) {(5, 1,−2)}

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b {(1, 1, 0), (−1, 0, 1)}

d) {[ ] [
0 1 −1 −1
,
2 0 0 1 ]}
e) {t + t 2, 1}.

Conclusão

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Referencias bibliográficas
DAVID . C. Lay, Steven J. Leon. Álgebra linear e suas aplicações. 2. ed. [S.l]:LTC,
[200].

GILBERT Stramg, Introducao a Algebra Linear, princípios da geometria, São Paulo:


Pioneira Thomson Learning, 2004.
SONIA Elena Palomino Castro Bean, Algebra Linear. 2004

DANIEL Noberto Kozakevich. Álgebra Linear I, 2ª Edição, Florianópolis, :


UFSC/EAD/CED/ CFM, 2011 pag. (148-165).

POOLE, David. Álgebra linear. São Paulo: Pioneira Thomson


Learning, 2004.
KIM Samejima, MATD41- MATD41, Introdução aos modelos Lineares 1.1 – Espaços
Vetoriais,

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