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Ivalber Alex da Silva - ivalbervalbinho10@hotmail.com.br - CPF: 107.871.094-52


Você acaba de adquirir o material: Legislação Mapeada Extreme para o concurso da
Polícia Militar do Estado de Pernambuco.

Esse material é totalmente focado no certame e aborda os principais pontos do


edital da disciplina de Língua Portuguesa.

Além disso, nos dispositivos mais importantes para a prova da PM-PE, constam
algumas explicações para facilitar a compreensão do aluno.

Galera, fiquem bastante atento às novidades legislativas, pois a banca poderá cobrá-
las em sua prova.

Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus
questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com.

Bons Estudos!

Rumo à aprovação!!

Ivalber Alex da Silva - ivalbervalbinho10@hotmail.com.br - CPF: 107.871.094-52


SUMÁRIO
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 7
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................ 8
1) Introdução.................................................................................................................................................. 8
2) Tonicidade.................................................................................................................................................. 8
3) Acentuação ................................................................................................................................................ 9
2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa ............................................................. 10
2.2) Outras regras........................................................................................................................................ 12
3) Hífen .......................................................................................................................................................... 14
3.1) Hífen com prefixos ............................................................................................................................. 15
3.2) Hífen entre palavras ........................................................................................................................... 16
3.3) Hífen: mal/bem ................................................................................................................................... 16
3.4) Hífen: não/quase................................................................................................................................. 17
CLASSES DE PALAVRAS ............................................................................................................................. 17
1) Introdução................................................................................................................................................ 17
2) Emprego das Classes de Palavras ....................................................................................................... 17
2.1 Classificação das classes de palavras ............................................................................................... 18
2.2) Formação de Palavras ........................................................................................................................ 23
2.3) Formação de Derivação ..................................................................................................................... 24
3) Colocação dos Pronomes Átonos ....................................................................................................... 25
3.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos ..................................................................................... 26
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ................................................................................................. 26
1) Introdução................................................................................................................................................ 26
2) Concordância Verbal ............................................................................................................................. 27
3) Concordância Nominal.......................................................................................................................... 29
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL .............................................................................................................. 31
1) Introdução................................................................................................................................................ 31
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 31
3) Regência Verbal ...................................................................................................................................... 32
4) Regência Nominal .................................................................................................................................. 32
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 32
1) Introdução................................................................................................................................................ 32
2) Coesão Textual ........................................................................................................................................ 32
3) Tipos de Coesão Textual ....................................................................................................................... 33

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3.1) Coesão referencial .............................................................................................................................. 33
3.2) Coesão por substituição .................................................................................................................... 33
3.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical) ..................................................................................... 33
3.4) Coesão sequencial............................................................................................................................... 34
3.5) Coesão por elipse ................................................................................................................................ 34
3.6) Coesão por Conjunção ....................................................................................................................... 34
4) Conectores Textuais .............................................................................................................................. 35
5) Relações de Coordenação Entre Orações e Entre Termos da Oração ........................................ 36
6) Relações de Subordinação Entre Orações e Entre Termos da Oração ....................................... 37
6.1) Orações Subordinadas Substantivas .............................................................................................. 37
6.2) Orações Subordinadas Adjetivas..................................................................................................... 38
6.3) Orações Subordinadas Adverbiais .................................................................................................. 38
7) Emprego de Tempos Verbais............................................................................................................... 39
7.1) Pretérito ................................................................................................................................................ 39
7.2) Futuro .................................................................................................................................................... 40
8) Emprego de Modos Verbais................................................................................................................. 40
8.1) Formas nominais do verbo ............................................................................................................... 40
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ............................................................................................................... 42
1) Introdução................................................................................................................................................ 42
2) Semântica e a Significação das Palavras........................................................................................... 43
2.1) Sinonímia e Antonímia ...................................................................................................................... 43
2.2) Paronímia e Homonímia ................................................................................................................... 43
2.3) Polissemia ............................................................................................................................................. 44
2.4) Conotação e Denotação .................................................................................................................... 44
3) Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto .......................................................................... 44
3.1) Sinônimos ............................................................................................................................................. 44
3.2) Antônimos ............................................................................................................................................ 44
3.3) Locução verbal ..................................................................................................................................... 44
3.4) Verbo por substantivo e vice-versa ................................................................................................ 44
3.5) Voz verbal ............................................................................................................................................. 45
3.6) Conectivos com mesmo valor semântico ...................................................................................... 45
4) Reorganização da Estrutura de Orações e de Períodos do Texto............................................... 45
4.1) Frase ....................................................................................................................................................... 45
4.2) Oração.................................................................................................................................................... 46
4.3) Período .................................................................................................................................................. 47

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4.4) Funções sintáticas dos termos ......................................................................................................... 47
5) Reescrita de Textos de Diferentes Gêneros e Níveis de Formalidade ....................................... 47
USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ................................................................................................. 48
1) Introdução................................................................................................................................................ 48
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 48
3) Emprego do Sinal de Crase .................................................................................................................. 48
3.1) Utilizações da crase ............................................................................................................................ 48
3.2) Não utilizações da crase .................................................................................................................... 49
3.3) Crase facultativa .................................................................................................................................. 49
PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................ 50
1) Introdução................................................................................................................................................ 50
2) Ponto (.) .................................................................................................................................................... 50
3) Vírgula (,) ................................................................................................................................................. 50
4) Ponto e Vírgula (;) .................................................................................................................................. 51
5) Dois Pontos (:)......................................................................................................................................... 51
6) Ponto de Exclamação (!) ....................................................................................................................... 51
7) Ponto de Interrogação (?) .................................................................................................................... 51
8) Reticências (...) ........................................................................................................................................ 51
9) Aspas (" ") ................................................................................................................................................ 52
10) Parênteses ( ( ) ) ................................................................................................................................... 52
11) Travessão (—) ....................................................................................................................................... 52
TIPOLOGIA TEXTUAL .................................................................................................................................. 52
1) Introdução................................................................................................................................................ 52
2) Tipos Textuais ......................................................................................................................................... 53
2.1) Narrativo ............................................................................................................................................... 53
2.2) Descritivo .............................................................................................................................................. 53
2.3) Expositivo (informativo) ................................................................................................................... 54
2.4) Argumentativo (dissertativo) .......................................................................................................... 54
2.5) Injuntivo ................................................................................................................................................ 54
3) Gêneros Textuais .................................................................................................................................... 55
3.1) Crônica ................................................................................................................................................... 55
3.2) Conto ..................................................................................................................................................... 56
3.3) Artigo de opinião ................................................................................................................................ 56
3.4) Editorial ................................................................................................................................................. 57
3.5) Notícia ................................................................................................................................................... 58

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3.6) Reportagem.......................................................................................................................................... 58
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS ............................................................................. 60
1) Introdução................................................................................................................................................ 60
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 60
3) Introdução................................................................................................................................................ 60
2) Desenvolvimento ................................................................................................................................... 61
3) Conclusão ................................................................................................................................................. 62
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................. 62
1) Introdução................................................................................................................................................ 62
2) Compreensão De Textos ....................................................................................................................... 63
3) Interpretação De Textos ....................................................................................................................... 63
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS ..................................................................................... 63
1) Introdução................................................................................................................................................ 63
2) Considerações Iniciais ........................................................................................................................... 63
3) Redação Oficial ....................................................................................................................................... 63
3.1) Características ...................................................................................................................................... 64
4) Pronomes De Tratamento .................................................................................................................... 64
5) O Padrão Ofício....................................................................................................................................... 67

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo de Língua Portuguesa, apresentaremos os assuntos que foram


cobrados no edital do Polícia Militar de Pernambuco.

CONTEÚDO

1. Compreensão e interpretação de textos.

2. Tipologias e gêneros Textuais.

3. Ortografia oficial.

4. Acentuação gráfica.

5. Emprego das classes de palavras.

6. Emprego do sinal indicativo de crase.

7. Sintaxe da oração e do período.

8. Mecanismos de coesão textual.

9. Pontuação.

10. Concordância nominal e verbal.

11. Regência nominal e verbal.

12. Colocação pronominal.

13. Significação das palavras.

14. Variação linguística.

15. Redação oficial: Manual De Redação da Presidência da República/2018.

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ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de ortografia oficial e acentuação gráfica, tema muito
importante para os estudos para o seu concurso:

1 – Ortografia Oficial e Acentuação Gráfica: tonicidade; acentuação; hífen.

2) Tonicidade

Vejamos que a tonicidade das palavras é uma característica fundamental na língua portuguesa e
desempenha um papel crucial na pronúncia correta das palavras.

A tonicidade refere-se à sílaba tônica, ou seja, aquela que é pronunciada com maior intensidade em
uma palavra.

As palavras são definições em três grupos principais de acordo com a posição da sílaba tônica:
oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas.

Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos:

Oxítonas: Nesse grupo, a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. Isso significa que a
intensidade recai sobre a última parte da palavra. Exemplos de palavras oxítonas incluem "café",
"amor" e "animal". Note que, ao pronunciar essas palavras, a ênfase é colocada na última sílaba

Paroxítonas: Nas palavras paroxítonas, a sílaba tônica é a penúltima. Muitas palavras do


vocabulário português se enquadram nessa categoria, como "casa", "livro" e "mundo". Ao pronunciar
paroxítonas, a ênfase é colocada na penúltima sílaba da palavra.;

Proparoxítonas: As proparoxítonas têm uma sílaba tônica na antepenúltima posição. Essas


palavras são menos comuns, mas ainda desempenham um papel significativo no idioma. Exemplos
de proparoxítonas incluem "sábado", "rápido" e "médico". A pronúncia correta destas palavras
implica dar ênfase à antepenúltima sílaba.

Entender a tonicidade das palavras é crucial para a correta pronúncia e compreensão da língua
portuguesa. A acentuação tônica também desempenha um papel importante na formação de plurais,
conjugação de verbos e outros aspectos gramaticais. Portanto, ao aprender e utilizar o idioma, é
essencial prestar atenção à tonicidade das palavras para se comunicar efetivamente.

Para efeito de conhecimento complementar, segue a distribuição percentual da quantidade de


palavras na língua portuguesa, conforme a tonicidade:

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Palavras da língua portuguesa (USP, 2017)

1%

12%
25%

62%
Oxítonas
Paróxitonas
Proparóxitona
Monossílabos

3) Acentuação

A acentuação é uma marcação gráfica que indica a tonicidade de uma palavra, ou seja, qual sílaba
deve receber maior ênfase na sua pronúncia. No português, os acentos são representados por três
sinais principais: o acento agudo (´), o acento grave (`) e o acento circunflexo (^).

Acento Agudo (´):

O acento agudo é representado pelo sinal ´ e é colocado sobre uma vogal. Ele indica que a sílaba
tônica da palavra está localizada na vogal que está marcada. Exemplos de palavras com acento agudo
incluem "pássaro", "céu" e "café". Nesses casos, a ênfase é dada à voz marcada com o acento agudo.

Acento grave (`):

O acento grave é representado pelo sinal ` e também é colocado sobre vogais. No entanto, ao
contrário do acento agudo, o acento grave não indica tonicidade. Ele é usado em alguns casos de
crase, que ocorre quando há uma fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a" ou "as." Por
exemplo, em "à tarde", o acento grave indica ocorrência de crase.

Acento Circunflexo (^):

O acento circunflexo é representado pelo sinal ^ e é utilizado em diversas situações na língua


portuguesa. Ele pode indicar a ocorrência de um fonema que foi perdido ao longo do tempo, como
em "fenômeno" ou "ênfase". Além disso, o acento circunflexo pode indicar tonicidade em algumas
palavras paroxítonas terminadas em ditongo nasal, como "cômodo" e "rôu".

É importante observar que, com a reforma ortográfica de 2009, houve algumas alterações nas regras
de acentuação, especialmente no que diz respeito aos acentos diferenciais em palavras paroxítonas
e na eliminação de alguns acentos em palavras monossílabas. Portanto, ao escrever, é conveniente
estar atualizado em relação às normas ortográficas vigentes.

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Importante!

O til (~) não se trata de acento, é um sinal.

2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa

Regra 1: Todas as proparoxítonas são acentuadas.

A regra relativa à acentuação na língua portuguesa estabelece que todas as palavras proparoxítonas
devem ser acentuadas. Proparoxítonas são aquelas palavras em que a sílaba tônica, ou seja, a sílaba
acentuada, está localizada na antepenúltima posição.

Por exemplo, palavras como "médico", "rápido" e "sábado" são proparoxítonas, e todas elas
desativam acentuação gráfica de acordo com essa regra. Essa acentuação ocorre para garantir a
pronúncia correta e a distinção das sílabas tônicas, contribuindo para a clareza na comunicação
escrita.

Vale ressaltar que essa regra não depende do tipo de vogal ou da presença de determinadas letras
na palavra; ela se aplica a todas as proparoxítonas. Ao seguir essa norma, os falantes e escritores da
língua portuguesa garantem a fidelidade à sonoridade e às características fonéticas do idioma.

Exemplos adicionais de palavras proparoxítonas que seguem esta regra incluem "eclético",
"sílaba", "gráfico" e "fácil". Ao observar e aplicar a acentuação nas proparoxítonas, contribuímos para
a precisão e correção ortográfica, elementos essenciais na prática da língua portuguesa escrita.

Regra 2: Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) -

Vamos explorar essa regra mais detalhadamente:

I) Oxítonas terminadas em 'A':

Exemplos: sofá, café, parabéns.

Essas palavras são acentuadas quando terminam em "A", pois as oxítonas terminadas em "A" são
naturalmente acentuadas.

II) Oxítonas terminadas em 'E':

Exemplos: café, bebê, você.

Da mesma forma, as oxítonas terminadas em "E" são acentuadas, respeitando a regra mencionada.

III) Oxítonas terminadas em 'O':

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Exemplos: avô, irmão, dominó.

Assim como anteriormente, as oxítonas terminadas em "O" são acentuadas.

IV) Oxítonas terminadas em 'EM' (seguidas ou não de 'S' ou 'NS'):

Exemplos: também, armazém, reféns.

As oxítonas que terminam em "EM" são acentuadas, independentemente de serem seguidas ou não
pela letra "S" ou "NS".

É importante observar que a acentuação é fundamental para a correta compreensão e pronúncia das
palavras na língua portuguesa. Além disso, conhecer as regras de acentuação é crucial para evitar
erros ortográficos e garantir a clareza na comunicação escrita. As regras são um guia valioso para os
falantes do idioma, conveniência e uniformidade na escrita.

Regra 3: NÃO se acentuam as paroxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S


(ns)

Vamos explorar essa regra para compreender melhor quando não se deve acentuar as paroxítonas
nestes casos:

I) Paroxítonas terminadas em 'A':

Exemplos: banana, casa, mesa.

As paroxítonas que terminam em "A" não são acentuadas, de acordo com a regra. Assim, palavras
como "banana" e "casa" seguem essa norma e não recebem acento gráfico.

II) Paroxítonas terminadas em 'E':

Exemplos: parede, gente, telefone.

Palavras paroxítonas terminadas em "E" não recebem acento gráfico, independentemente de serem
seguidas por "S" ou não. Portanto, palavras como "parede" e "telefone" seguem essa regra.

III) Paroxítonas terminadas em 'O':

Exemplos: carro, livro, jogo.

Da mesma forma, palavras paroxítonas terminadas em "O" não são acentuadas. Exemplos incluem
"carro" e "livro", que seguem essa regra.

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IV) Paroxítonas terminadas em 'EM' (seguidas ou não de 'S' ou 'NS'):

Ex.: sistema, item, acadêmico.

Paroxítonas terminadas em "EM" também não recebem acento gráfico, mesmo que sejam seguidas
por "S" ou "NS". Por exemplo, "sistema" e "acadêmico" não são acentuados de acordo com essa
regra.

O conhecimento e aplicação dessas regras de acentuação são fundamentais para a correta escrita
em português. Ao compreender quando a acentuação é necessária e quando não é, os falantes da
língua conseguem comunicar-se de maneira clara e seguir as convenções ortográficas e
condicionantes.

Importante!

Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas ( ex.: bactéria, série, necessário).

2.2) Outras regras

Regra 1: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o” seguidas ou não de
S ( ex.: chás, fé, só);

Obs.: Os monossílabos átonos, como: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “os”, “as”, e as preposições como
“de” e “com” NÃO são acentuados.

I) Acentuação dos Monossílabos Tônicos Terminados em "a":

- Antes da reforma: Não recebi acento gráfico.

- Após a reforma: Passaram a receber acento gráfico quando se trata de pronomes oblíquos átonos.
Exemplos: dá-lo, dá-la, dá-los, dá-las.

II) Acentuação dos Monossílabos Tônicos Terminados em "e":

- Antes da reforma: Não recebi acento gráfico.

- Após a reforma: Não houve alteração. Continuam não sendo acentuados.

III) Acentuação dos Monossílabos Tônicos Terminados em "o":

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- Antes da reforma: Não recebi acento gráfico.

- Após a reforma: Passaram a receber acento gráfico quando se trata de pronomes oblíquos átonos.
Exemplos: dô-lo, dô-la, dô-los, dô-las.

Regra 2: Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona.

São acentuados os ditongos abertos terminados em "éi", "éu", "ói" em palavras monossílabas e
oxítonas. Ex.: méis, coronéis, céu, chapéu, etc.

Em contrapartida, os ditongos abertos em palavras paroxítonas NÃO são acentuados. Ex.: boia,
estreia, heroico, ideia, jiboia, paranoia, plateia, etc.

Regra 3: Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato ( Ex.: saúde,
país).

O "i" e "u" tônicos recebem acento quando:

- formam hiato com a vogal anterior;

- estão sozinhos na sílaba (ou acompanhados apenas de "s");

- não sejam seguidos por "nh".

formam hiato com a vogal


anterior;

O "i" e "u" tônicos recebem acento estão sozinhos na sílaba (ou


quando acompanhados apenas de "s");

não sejam seguidos por "nh".

Ex.: saúde, saída, egoísmo.

Nas hipóteses em que o "i" e o "u" tônicos estiverem precedidos de ditongo, mas em palavra oxítona,
o acento permanece. Ex.: Piauí, tuiuiú.

Além disso, se o "í" e o "u" tônicos forem precedidos de ditongo crescente, o acento permanece.
Ex.: guaíba, Guaíra.

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Regra 4: Com o novo acordo ortográfico as palavras com o acento diferencial que pertencem às
classes gramaticais distintas têm o acento retirado, entretanto, as palavras que pertencem às classes
gramaticais iguais têm o acento mantido:

Retirados Mantidos

Para Tem/Têm

Pelo Vem/Vêm

Pera Pode/Pôde

Polo Por/Pôr

Regra 5: NÃO são acentuadas palavras com vogais redobradas ( ex.: voo, veem, leem, enjoo).

Segundo as normas ortográficas, palavras que possuem duas vogais iguais consecutivas, formando
uma sequência de vogais redobradas, não são acentuadas graficamente. Esta regra aplica-se a
casos em que as vogais são consecutivas na mesma sílaba ou em sílabas separadas.

Regra 6: NÃO são acentuadas as vogais “I” e “U”, quando formam hiato e são seguidos de M, N,
NH, R ou Z.

De modo geral, as letras i ou u, quando tônicas, recebem acento quando são a segunda vogal de
um hiato: ex.: heroína, cafeína, juízo, faísca, contraí-la, Grajaú, aí, raízes.

Exceção: O acento não ocorre quando o i ou u tônico formarem sílaba com as letras l, m, n,
r ou z (adail, ruim, contribuinte, retribuirdes, raiz) ou forem seguidos de nh (rainha, moinho).

3) Hífen

O hífen é um sinal em forma de um pequeno traço horizontal (-), e tem como função:

Unir elementos de palavras compostas;

Separar sílabas em final de linha;

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Marcar ligações enclíticas e mesoclíticas (colocações de pronomes).

Unir elementos de palavras


compostas;

Separar sílabas em final de


Função do hífen linha;

Marcar ligações enclíticas e


mesoclíticas

3.1) Hífen com prefixos

Prefixos: são elementos que formam palavras a partir de um morfema


que antecede o radical, alterando o sentido básico da palavra.

Regra 1: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo (terminado em r, b ou vogais) somado com


uma palavra que inicia com a letra H ( ex.: Anti-histamínico, super-homem, sub-hepático).

Tome nota!

A palavra sub-humano admite as duas formas, pois o novo acordo trouxe como possibilidade o uso
da forma subumano em que se exclui o H e unem-se as duas palavras.

Regra 2: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em vogal + palavra base em que
as vogais são iguais ( ex.: micro-ondas, anti-inflamatório), mas se as vogais são diferentes, NÃO
se usa o hífen ( ex.: autoescola).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo, NÃO se usa o hífen ( ex.: coocupar,
preenchimento, reescrever)

Regra 3: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em consoante + palavra base em


que as consoantes são iguais ( ex.: inter-racial, super-revista, sub-brigadeiro), mas se as consoantes
são diferentes, NÃO se usa o hífen ( ex.: supermercado).

Exceção: A palavra “Sub-raça”, apesar de haver consoantes diferentes, utiliza-se o HÍFEN, porque o
B com o R forma uma nova sonoridade, o que prejudicaria a escrita da palavra.

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Regra 4: Utiliza-se o HÍFEN para os Prefixos sem, além, ex, sota, soto, aquém, recém, pós, pré,
pró, vice, independentemente do que vier na palavra base ( ex.: pré-história, vice-presidente, ex-
namorado).

Regra 5: NÃO se utiliza o HÍFEN quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso,
duplicam-se as consoantes ( ex.: antirreligioso, minissaia, ultrassom).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “hiper”, “inter” e “super”, nestes casos deve-se utilizar
o HÍFEN ( ex.: hiper-realista, super-racional, inter-racial)

Regra 6: Utiliza-se o HÍFEN quando o primeiro elemento terminado em “m” ou “n” e o segundo
elemento começa com vogais, “h”, “m” ou “n” ( ex.: pan-americano, pan-hispânico, circum-
meridiano, circum-navegação).

Regra 7: Utiliza-se o HÍFEN com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige ( ex.: capim-
açu, amoré-guaçu, anajá-mirim).

3.2) Hífen entre palavras

O hífen pode ser utilizado entre duas palavras a fim de modificar o sentido de ambas, tem-se como
exemplo:

A palavra sexta se refere a um numeral ordinário, e a palavra feira é um substantivo. Ao unir ambas
as palavras com hífen e formar sexta-feira, perde-se tanto a ideia do numeral quanto a ideia do
substantivo feira, e passa a haver um sentido novo, que é o dia da semana.

Outro exemplo, se trata da palavra mesa que é um substantivo e a palavra redonda que é um
adjetivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar mesa-redonda, perde-se tanto a ideia do
substantivo e objeto, quanto a ideia do adjetivo e formato, e passa a haver um novo significado à
palavra, que é o debate.

3.3) Hífen: mal/bem

MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L. ( ex.: mal-estar;
mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso).

BEM: emprega-se o hífen ( ex.: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem-


nascido).

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Exceção 1: as palavras benfazer, benquerer e bendizer (estão empregados verbos no infinitivo),
porém são formas alternativas, sendo facultativo.

Exceção 2: outras palavras com “bem” que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são:
benfazejo, benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto, benfeito, benquerer e benquerido.

Exceção 3: quando o prefixo bem ou mal não formar uma unidade semântica com a palavra
seguinte não caberá hífen ( ex.: em “Ele foi bem educado pelos avós”, não há hífen porque “bem”
não forma com a palavra seguinte uma unidade semântica. O que temos é um advérbio (bem)
modificando um verbo/particípio (educada).

3.4) Hífen: não/quase

Sempre dispensam o hífen ( ex.: quase crime, quase nada, não cumprimento, não engajado).

CLASSES DE PALAVRAS

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de classes de palavras, tema muito importante para
os estudos para o seu concurso:

1 – Classes de Palavras: emprego das classes de palavras; colocação de pronomes átonos.

2) Emprego das Classes de Palavras

As classes de palavras se dividem em variáveis e invariáveis. Logo, podem se alterar em gênero


(masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo, comparativo e
superlativo).

E os verbos variam em: tempo (presente, pretérito e futuro), modo (indicativo, subjuntivo e
imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva), conforme demonstrado a seguir:

CLASSE CONCEITO/FUNÇÃO FLEXÕES

Substantivo Nomear os seres em geral, ações, aspectos Variável: gênero, número e grau
emocionais e psicológicos, fenômenos,
lugares, qualidades, e etc.

Verbo São ações, estados ou fenômenos da Variável: modo, tempo, número,


natureza pessoa e voz

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Adjetivo São as características dos substantivos Variável: gênero, número e grau

Pronome Relação das pessoas do discurso Variáveis: gênero, número, pessoa e


caso

Artigo Vem antes do substantivo e sereve para o Variável: gênero e número


especificar ou generalizar

Numeral Indica posição ou número de elementos Variável: gênero, número e grau


(alguns)

Preposição Liga dois elementos da oração Invaríavel

Conjunção Liga dois termos ou duas orações de mesmo Invaríavel


valor gramatical

Interjeição Exprime emoções e sentimentos Invaríavel

Advérbio Exprime circustâncias de tempo, modo, Variável: grau (alguns)


intensidade, etc.

2.1 Classificação das classes de palavras

a) Substantivos

Comuns: nomeiam algo na sua generalidade ( ex.: bola).

Próprios: nomeiam algo específico ( ex.: Brasil).

Simples: formados por um radical ( ex.: sol).

Compostos: formados por dois ou mais radicais ( ex.: guarda-chuva).

Primitivos: NÃO são formados por outra palavra ( ex.: casa).

Derivados: são formados por outra palavra ( ex.: casebre).

Concretos: nomeiam seres reais ou imaginários ( ex.: cachorro).

Abstratos: nomeiam qualidades, sentimentos, estrados ou ações ( ex.: felicidade).

Coletivos: nomeiam seres que pertencem ao mesmo conjunto ( ex.: alcateia).

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b) Verbos

Regulares

Irregulares

Verbos

Defectivos

Abundantes

Regulares: conjugados de acordo com um paradigma. Isso quer dizer que existe um modelo de
terminação seguido pelos verbos, sem que haja alteração no seu radical ( ex.: canto, cantei,
cantarei).

Irregulares: não obedecem um modelo de conjugação, e tanto o radical como a terminação do


verbo pode ser alterados ( ex.: sei, soube, saberei).

Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos, ou seja, quando não
têm conjugação completa ( ex.: abolir - eu ***, tu aboles, ele abole).

Abundantes: têm particípio duplo, ou seja, quando apresentam uma forma de conjugação
regular e uma irregular ( ex.: secado/seco, entregado/entregue).

c) Adjetivos

Primitivos

Derivados

Adjetivos Simples

Compostos

Pátrios

Primitivos: NÃO são formados por derivação de outra palavra ( ex.: rosa, mal).

Derivados: formados por derivação de outra palavra ( ex.: rosado, maldoso).

Simples: formados por um radical ( ex.: verde).

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Compostos: formados por dois ou mais radicais ( ex.: verde-esmeralda).

Pátrios: caracterizam algo conforme sua origem ( ex.: mineiro, holandês).

d) Pronomes

Pessoais

Possessivos

Demonstrativos
Pronomes
Relativos

Indefinidos

Interrogativos

Pessoais: indicam as pessoas do discurso e dividem-se em:

- do caso reto (eu, tu, ele/ela (s), nós, vós);

- do caso oblíquo (átonos: me, te, o/a (s), se, lhe (s), nos, vos);

- tônicos (mim, ti, ele/ela (s), si, nós, vós).

- de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Senhoria)).

Possessivos: indicam posse (meu (s), minha (s), teu (s), tua (s), seu (s), sua (s), nosso/a (s), vosso/a
(s)).

Demonstrativos: indicam as posições dos seres (este (s), esta (s), isto, esse (s), essa (s), isso,
aquele (s), aquela (s), aquilo).

Relativos: se referem a um termo anterior e dividem-se em variáveis (o qual, os quais, a qual,


as quais, cujo (s), cuja (s), quanto (s), quantas) e invariáveis (que, quem, quando, como, onde).

Indefinidos: se referem de forma imprecisa à terceira pessoa do discurso dividem-se em variáveis


(o qual, os quais, a qual, as quais, cujo (s), cuja (s), quanto (s), quantas) e invariáveis (que, quem,
quando, como, onde).

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Interrogativos: utilizados em interrogações diretas ou indiretas (que, quem, qual, quais,
quanto/a (s)).

e) Artigos

Definidos

Artigos

Indefinidos

Definidos: especifica ou particulariza algo (o, a, os, as).

Indefinidos: generaliza algo (um, uma, uns, umas).

f) Numerais

Cardinais

Ordinais
Numerais
Multiplicativos

Fracionários

Cardinais: indicam quantidade determinada de seres ( ex.: um, dois).

Ordinais: indicam posição relativa de um ou mais seres numa sequência ( ex.: primeiro,
segundo).

Multiplicativos: indicam o número de vezes em que o ser é multiplicado ( ex.: duplo, triplo).

Fracionários: indicam em quantas partes se divide uma quantidade ( ex.: meio, terço).

g) Preposições

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Essenciais

Preposições

Acidentais

Essenciais: só atuam como preposição ( ex.: Não o vejo desde o último inverno).

Acidentais: pertencem a outras classes gramaticais, mas assumem o papel de preposição em


determinado contexto ( ex.: A conta só pode ser fechada mediante entrega dos documentos)

h) Conjunções

Coordenativas

Conjunções

Subordinativas

Coordenativas: Unem termos semelhantes ou orações independentes ( ex.: Já passei,


portanto, posso falar).

Subordinativas: Unem orações dependentes de outras ( ex.: Se ele for, eu vou).

i) Interjeições

São classificadas em:

Advertência (Cuidado!)

Alegria (Uhu!)

Alívio (Ufa!)

Ânimo (Vamos!)

Apelo (Socorro!)

Chamamento (Psiu!)

Desejo (Tomara!)

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Dor (Ai!)

Espanto (Nossa!)

Satisfação (Oba!)

Saudação (Oi!)

Silêncio (Psiu!)

j) Advérbios

São classificados em:

lugar (aqui)

tempo (sempre)

modo (bem)

afirmação (realmente)

negação (não)

intensidade (muito)

dúvida (talvez)

2.2) Formação de Palavras

As palavras da língua portuguesa são formadas principalmente por dois processos morfológicos:
derivação (prefixal, sufixal, parassintética, regressiva e imprópria) e composição (justaposição e
aglutinação).

Preliminarmente, apresenta-se alguns conceitos importantes para o estudo de formação das


palavras:

Palavras primitivas e derivadas: as palavras primitivas originam outras, já as palavras derivadas


são aquelas formadas a partir das palavras primitivas ( ex.: dente/dentista sol/solar).

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Afixos e radical: os afixos são morfemas, noutras palavras, as menores partículas significativas
da língua que somadas a um radical (elemento que contém o significado básico de um vocábulo)
formam uma palavra.

Os afixos são classificados de acordo com sua localização na palavra: os sufixos vêm após o radical
( ex.: folhagem e livraria), já os prefixos são incluídos antes do radical ( ex.: desleal e ilegal).

Há ainda os infixos que aparecem no meio da palavra, que são representados por uma consoante
ou vogal ( ex.: cafeteria e cafezal).

A seguir alguns exemplos de radicais e prefixos gregos e latinos, tais línguas foram as que mais
influenciaram o léxico da língua portuguesa:

Radicais Gregos Prefixos Gregos Prefixos Gregos Prefixos Gregos

Aero: ar anti-: ação contrária Ambi: ambos, ad- (a-):


duplicidade proximidade,
direção

Antropo: homem dia-: movimento Arbori: árvore ambi-: duplicidade


através

Hidro: água hiper-: excesso, Bi, bis: duas vezes bi-: dois
posição superior

Psico: alma peri-: em torno de Ego: eu inter-: entre,


posição
intermediária

Sofia: sabedoria pro-: anteriormente Equi: igual intra-: posição


interior

2.3) Formação de Derivação

Os processos de derivação de palavras ocorrem de cinco formas sempre com um radical e os afixos
(sufixos e prefixos):

Prefixal (Prefixação): acréscimo de prefixo à palavra primitiva ( ex.: incapaz, antebraço,


desleal, refazer).

Sufixal (Sufixação): acréscimo de sufixo à palavra primitiva ( ex.: dentista, beleza, entrevistar).

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Parassintética (Parassíntese): acréscimo de um prefixo e de um sufixo à palavra primitiva,
simultaneamente ( ex.: amanhecer, emagrecer, abençoar).

Regressiva: redução da palavra derivada por meio da retirada de uma parte da palavra primitiva
( ex.: debater/debate, perder/perda).

Imprópria: ocorre a mudança de classe gramatical da palavra ( ex.: O jantar estava muito
bom (substantivo); Fui jantar ontem à noite com Luís. (Verbo))

2.4) Processos de Composição

Os processos de composição de palavras envolvem mais de dois radicais de palavras, sendo


classificados em:

Justaposição: é a união de dois ou mais radicais, e não sofrem qualquer alteração em sua
estrutura fonética (som). ( ex.: pé-de-meia; guarda-chuva, pontapé).

Aglutinação: é a união de dois ou mais radicais, e pelo menos um dos radicais sofre alteração
em sua estrutura fonética. ( ex.: figalgo (filho+ de+algo), aguardente (água+ardente)).

Neologismo: neste processo são criados novos termos para suprir alguma lacuna de significação.
( ex.: "internetês", que se refere à linguagem da internet).

Hibridismo: neste processo há termos que são formados com elementos de idiomas diferentes.
( ex.: “sociologia” - do latim, “sócio” e do grego “logia”)).

3) Colocação dos Pronomes Átonos

Pronomes oblíquos átonos ou pronome pessoal oblíquo átono são pronomes que indicam
pessoas e funcionam nas orações como objeto direto, objeto indireto ou complemento nominal.

Pelo fato de serem pronunciados com menos força são átonos, sendo assim chamados de pronomes
oblíquos átonos.

Os pronomes oblíquos podem ter funções sintáticas de complemento verbal (objeto direto ou
indireto) ou complemento nominal, e assim são divididos e classificados:

PRONOMES FUNÇÃO EXEMPLOS

me, te, nos, vos de objeto direto ou de objeto Deu-me os parabéns.


indireto
Isto não vos pertence.

Já te chamei várias vezes.

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Conhece-nos?

o, a, os, as apenas de objeto direto Foi ele quem o (os) convidou.

Não a (as) chamei.

lhe e lhes apenas de objeto indireto Atirem-lhe a bola!

Eu disse-lhes a verdade.

se de objeto direto ou de objeto Ela penteou-se.


indireto, mas é sempre usado na voz
reflexiva Ele olhou-se no espelho.

3.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos

Os pronomes oblíquos átonos podem assumir as seguintes posições com relação ao verbo:

Próclise - quando o pronome é colocado antes do verbo. ( ex.: Não me fale isso!).

É usada quando a oração contém: palavras que expressam negação (não, ninguém), pronomes
relativos (que, quem), indefinidos (alguém, tudo) e demonstrativos (este, essa), advérbios (muito,
ali), conjunções subordinativas (embora, conforme).

Mesóclise - quando o pronome é colocado no meio do verbo. ( ex.: Contar-te-ei uma


história).

É usada com verbos que estejam no futuro do presente ou no futuro do pretérito (contarei, contaria).

Ênclise - quando o pronome é colocado depois do verbo. ( ex.: Falaram-te algo?).

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

1) Introdução

Estudaremos agora sobre o tema de concordância verbal e nominal:

1 – Concordância verbal e nominal: concordância verbal; concordância nominal.

A concordância verbal e nominal é a relação que garante que as palavras concordem umas com
as outras.

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2) Concordância Verbal

A concordância verbal se pauta na ideia de que os verbos concordem com os sujeitos.

De tal forma é necessário respeitar as relações de número e pessoa entre verbo e sujeito, a seguir
algumas regras:

Regra 1: Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural. (
ex.: Pedro e Lúcia conversaram até de madrugada).

Regra 2: Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo pode ficar tanto no plural como pode
concordar com o sujeito mais próximo ( ex.: Discursaram coordenador e professores/
Discursou coordenador e professores).

Regra 3: Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no
plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.

Ou seja, a 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em
relação à 3.ª (ele, eles). ( ex.: Nós, vós e eles vamos ao encontro).

Regras Especiais

a) Expressão “Mais de um”: o verbo concorda com o núcleo do sujeito. ( ex.: Mais de um senador
será candidato à reeleição).

b) Expressões partitivas (uma parte de, a metade de, uma porção de etc.)

O verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o seu especificante, quando o núcleo do sujeito
estiver no singular e o especificante do núcleo estiver no plural. ( ex.: Uma parte das mulheres
reclamou/reclamaram da festa).

O verbo concorda com o núcleo do sujeito e com o seu especificante, quando ambos estiverem no
singular. ( ex.: A maioria da torcida torce por nossos amigos).

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c) Quantidades aproximadas

O verbo concorda com o núcleo do sujeito. ( ex.: cerca de 10 pessoas falaram os prisioneiros).

d) SE = partícula apassivadora

O verbo concorda com o sujeito. ( ex.: solicitaram-se os documentos).

e) Sujeito = QUE (pronome relativo)

“que” é um pronome neutro que tem função de sujeito, logo o verbo concorda com o pronome
relativo. ( ex.: Os moradores que reclamaram são novos aqui).

f) Sujeito = QUEM (pronome relativo):

“quem” não é um pronome neutro e tem embutida a terceira pessoa do singular, tendo mais uma
possibilidade de concordância. Quando o “quem” é antecedido de um pronome pessoal do caso
reto, também é possível fazer a concordância com ele. ( ex.: Fomos nós quem fez/fizemos a
comida).

g) Sujeito com numerais percentuais e fracionários

O verbo concorda com o percentual ou com o especificante. ( ex.: 10% de todo o montante serão
dados/será doado àquela instituição).

Na fração, o verbo concorda com o numerador ou com o especificante. ( ex.: 1/3 dos dentistas
está/estão em greve).

i) Verbos impessoais

Verbo sempre no singular. ( ex.: Há uma cadeira vaga na sala).

j) Verbo SER, quando

O sujeito é um dos pronomes o, isto, isso, aquilo, tudo: o verbo ser concorda com o predicativo.
( ex.: Tudo era felicidade quando morava na roça).

O predicativo for um pronome pessoal: o verbo concorda com este pronome pessoal.

( ex.: O presente que comprei hoje é para você).

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O sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal: o verbo ser concordará com o sujeito.

( ex.: Paola é a aluna mais aplicada da sala).

O sujeito for uma expressão numérica que dá ideia de conjunto: o verbo ficará no singular.

( ex.: Quatro horas é pouco tempo para fazer as provas de vestibular).

A oração se iniciar com os pronomes interrogativos (Que, Quem): o verbo concorda com o
sujeito.

( ex.: Quem é a pessoa que consegue fazer justiça com as próprias mãos?).

A oração indicar o dia do mês: o verbo concorda no singular ou no plural, dependerá da


intenção.

( ex.: Hoje é (dia) 14 de agosto. (dia específico) / Hoje são 14 de agosto. (dias decorridos até a
data)).

3) Concordância Nominal

A concordância nominal impõe que os substantivos concordem com adjetivos, artigos, numerais e
pronomes. Diante disso, é necessário respeitar as relações de gênero e número entre substantivos,
adjetivos, artigos, numerais e pronomes. A seguir algumas regras:

Regra 1: Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo

Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de concordar:

- Colocar o artigo ANTES do último adjetivo. ( ex.: A língua francesa e a italiana são encantadoras).

- Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. ( ex.: As línguas francesa e italiana
são encantadoras).

Regra 2: Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:

- Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.
( ex.: Lindo filho e bebê)
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- Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
ou com todos os substantivos. ( ex.: Pronúncia e vocabulário perfeito. Vocabulário e pronúncia
perfeitos).

Regras Especiais

a) Concordância entre números ordinais

Quando há números ordinais ANTES do substantivo, este pode ser usado tanto no singular como
plural. ( ex.: A primeira e a terceira sala / A segunda e a terceira salas).

Quando há números ordinais DEPOIS do substantivo, este pode ser usado tanto no singular
como plural. ( ex.: As salas segunda e terceira / Os lugares primeiro e segundo).

b) Anexo/em anexo

A palavra "anexo" concorda em gênero e número com o substantivo. ( ex.: Segue anexo o
documento/Segue anexa a fatura).

Porém, a expressão "em anexo" não varia. (ex.: Segue em anexo o documento/ Segue em anexo
a fatura).

c) Bastante (s)

Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" concorda em gênero e número com o
substantivo. ( ex.: Recebemos bastantes ligações).

Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não varia. (ex.: Eles dançam bastante
bem/ Fomos bastante amigos)

d) Meio

Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" concorda em gênero e número com o
substantivo. ( ex.: Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo/ Atrasado, tomou meia
xícara de leite e saiu correndo).

Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não varia. ( ex.: Ele é meio doido/ Ela é
meio doida).

e) Menos

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A palavra "menos" não varia. (ex.: Hoje, tenho menos alunos/ Hoje, tenho menos alunas).

f) É proibido, é bom, é necessário

Estas expressões não variam, exceto que sejam acompanhadas por determinantes que as
modifiquem. ( ex.: É proibido entrada/ É proibida a entrada; Verdura é bom/ A verdura é boa;
Paciência é necessário/ A paciência é necessária).

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de regência verbal e nominal, tema muito importante
para os estudos para o seu concurso:

1 – Regência Verbal e Nominal: considerações iniciais; regência verbal; regência nominal.

2) Considerações Iniciais

Entende-se por regência à relação estabelecida, na oração, entre um termo regente e um termo
regido.

A regência pode ser classificada em regência verbal ou regência nominal, de acordo com a natureza
do termo regente:

Na regência verbal o termo regente é um verbo, e o termos regidos são: objeto e objeto indireto.

Na regência nominal o termo regente é um nome, e o termo regido é um complemento nominal.

o termo regente é um verbo,


Verbal e o termos regidos são: objeto
e objeto indireto.
Regência
o termo regente é um nome,
Normal e o termo regido é um
complemento nominal.

O termo regente depende do termo regido. O sentido do termo regente permanece incompleto sem
a presença do termo regido.

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3) Regência Verbal

Se o verbo regente for transitivo direto, o Se o verbo regente for transitivo indireto, o
termo regido será um objeto direto (não termo regido será um objeto indireto
preposicionado). ( ex.: Bebeu o vinho.) (preposicionado). ( ex.: Desobedeceu aos
avós).

Quando a regência verbal é estabelecida por meio de uma preposição, as mais utilizadas são: a, de,
com, em, para, por, sobre. ( ex.: agradar a / trocar por / alertar sobre).

4) Regência Nominal

O nome que atua como termo regente pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. O
complemento nominal, que atua como termo regido, pode ser um substantivo, um pronome ou um
numeral. ( ex.: acessível a todos/ mau para a saúde/ ansioso por férias).

A regência nominal é estabelecida por meio de uma preposição, sendo a, de, com, em, para, por as
preposições mais utilizadas ( ex.: livre de/ pronto para/ descontente com).

SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de sintaxe da oração e do período, tema muito
importante para os estudos para o seu concurso:

1 – Sintaxe da Oração e do Período: coesão textual; tipos de coesão textual; conectores


textuais; relações coordenadas entre orações e entre termos da oração; relações de
subordinações entre orações e entre termos da oração; empregos de tempos verbais;
empregos de modos verbais.

A sintaxe é o ramo da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as
palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda
também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período.

2) Coesão Textual

Coesão textual é o mecanismo linguístico que permite uma conexão lógico-semântica entre trechos
de um texto.

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Assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes partes de um texto por meio
de conjunções, preposições, advérbios ou locuções adverbiais.

É notada ao verificar que as frases e os parágrafos estão amarrados no texto, de forma que um
elemento é sequencial ao outro, ocasionando a transição das ideias presentes no texto.

Importante ainda diferenciar coesão textual de coerência textual. Em suma, a coesão se trata da
estrutura e organização de um texto. Logo, todas as suas partes devem estar interligadas por meio
de elementos conectivos. De outro lado, a coerência refere-se ao encadeamento lógico de ideias e
ao sentido interno e externo ao texto.

3) Tipos de Coesão Textual

3.1) Coesão referencial

É uma das mais usadas e consiste na menção de anáforas (refere-se aos termos já citados no texto)
e catáforas (refere-se aos termos que serão citados na sequência do texto);

Anuncia ou retoma as frases, sequências e palavras presentes em um texto, por meio de termos
conectivos (pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou expressões adverbiais de lugar);

Evita o uso de diversas repetições no mesmo texto usando um termo para fazer referência a outro.
Reitera algo que já foi dito antes, substituindo uma palavra por outra que possui com ela alguma
relação semântica.

3.2) Coesão por substituição

Consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma locução adverbial;

Emprega palavras e expressões que retomam termos por meio da anáfora, conforme outros tipos
de coesão;

Acontece ao passo que substantivos, verbos, períodos ou trechos de textos são substituídos por
conectivos ou expressões que resumem ou fazem menção ao que já foi dito.

3.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical)

Ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto.

Estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, por meio de sinônimos,
pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma corrente de sentido fazendo remissão
às mesmas ideias por meio de diferentes termos;

Usa palavras ou expressões análogas para substituir termos já utilizados e para identificar e nomear
elementos textuais que já forma citados;
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É essencial para manutenção da unidade temática do texto que necessita de uma carga de
redundância;

Constrói uma cadeia de sentidos fazendo remissão das mesmas ideias através diferentes expressões.

3.4) Coesão sequencial

Faz uso de conjunções, conectivos e expressões que dão sequência aos assuntos, estabelecendo uma
continuidade em relação ao que já foi dito;

Usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas considerações, embora, logo, com o fim de,
diante desse quadro, em vista disso, tudo o que foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre
outras;

Dá sequência ao texto por meio das relações semânticas que ligam as orações.

3.5) Coesão por elipse

Ocorre quando há a omissão de algumas palavras sem que o entendimento das ideias da oração
seja comprometido;

Consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já tenham sido
mencionados no texto;

A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que pode ser usada
em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras.

3.6) Coesão por Conjunção

A coesão por conjunção é um dos mecanismos linguísticos utilizados para conectar partes distintas
de um texto, conferindo-lhes uma relação lógica e fluida. As conjunções desempenham um papel
crucial na organização das ideias e na manutenção da coesão textual. Elas são palavras que
estabelecem relações de sentido entre orações, frases ou parágrafos, contribuindo para a clareza e
a coerência do discurso.

Existem diferentes tipos de conjunções, cada uma com sua função específica na construção do
texto.

As conjunções coordenativas, por exemplo, conectam elementos da mesma posição, como


termos ou orações independentes.

Ex.: conjunções coordenativas incluem "e", "ou", "mas" e "portanto". Eles são responsáveis por
unir informações de maneira equilibrada ou contrastante, criando uma sequência lógica no texto.

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Já as conjunções subordinativas introduzem orações subordinadas, estabelecendo uma relação de
dependência entre a oração principal e a subordinada. Essas conjunções indicam a natureza da
relação, como causa, condição, concessão, entre outras.

Ex.: conjunções subordinativas são "porque", "embora", "se", "enquanto", entre outros.

A utilização adequada das conjunções contribui para a clareza e a coesão do texto, evitando
ambiguidades e garantindo que as relações entre as ideias sejam planejadas de maneira precisa.
Além disso, as conjunções proporcionam fluidez ao discurso, permitindo que o leitor siga o
julgamento do autor de forma suave e sem interrupções abruptas.

Um exemplo prático de coesão por conjunção pode ser observado na seguinte frase: "O estudante
dedicou-se arduamente aos estudos, mas não obteve o resultado esperado nas provas." Nessa frase,
a conjunção "mas" estabelece uma relação de contraste entre as duas partes da sentença,
estabelecendo que, apesar do esforço do estudante, o resultado nas provas não foi esmagador.

Portanto, a coesão por conjunção desempenha um papel essencial na construção textual,


permitindo que as ideias se conectem de maneira harmônica e facilitando a compreensão do leitor.
O uso consciente e adequado desses conectores contribui para a qualidade e a eficácia da
comunicação escrita.

4) Conectores Textuais

Conectores textuais são palavras ou locuções empregadas para ligar ou articular ideias, expressas
em palavras ou orações:

Conectores Coordenativos

RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES

Adição e, nem, não só, mas/como, ou

Adversidade mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, e

Alternativa ou, ou ... ou, ora ... ora, quer... quer, seja .... seja

Conclusão logo, portanto, por conseguinte, destarte/ dessarte, então, pois

Explicação que, pois, porque, porquanto

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Conectores Subordinativos

RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES

Causa pois, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, na medida
em que, como, por + infinitivo

Comparação como, mais/menos... que/ do que, tanto... quanto

Concessão embora, conquanto, posto que, mesmo que, ainda que, não obstante,
apesar de, malgrado

Condição se, caso, desde que, contato que, a menos que, a não ser que

Conformidade como, conforme, segundo, consoante

Consequência tão/tanto... que, de modo que, de maneira que

Finalidade para que, a fim de que, para + infinitivo, a fim de + infinitivo

Proporcionalidade à medida que, à proporção que, quanto mais... mais

Tempo quando, enquanto, desde que/quando, ao + infinitivo

5) Relações de Coordenação Entre Orações e Entre Termos da Oração

A frase, oração e período são compostos por coordenação quando têm orações equivalentes, mas
sem dependência uma da outra. São sintaticamente independentes e são classificadas em dois tipos:

Orações Coordenadas Assindéticas

São caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, não são ligadas através de nenhum
conectivo. ( ex.: Chegamos na praia, nadamos, jogamos, comemos).

Orações Coordenadas Sindéticas

São caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção ou locução
coordenativa. Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas são classificadas em:
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, conforme ilustrado na tabela a seguir:

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Classificação Função Conectivos Exemplo

Aditiva transmite uma ideia de e, nem, não só, mas também, mas Chegamos à praia e
adição, soma ainda, como, assim etc. nadamos.

Adversativa transmite uma ideia de e, mas, contudo, todavia, Trabalha, mas nunca
oposição ou de contraste. entretanto, porém, no entanto, guarda dinheiro.
ainda, assim, senão etc.

Alternativa enfatiza uma escolha ou, ou … ou; ora … ora; quer … Ora gosta de vestidos,
dentre as opções quer; seja … seja etc. ora gosta de sapatos.
existentes

Conclusiva expressam conclusões logo, portanto, por fim, por São adolescentes, logo
conseguinte, pois, então, irão namorar.
consequentemente, etc.

Explicativa expressam uma isto é, ou seja, a saber, na verdade, Descemos do carro,


explicação sobre algo que porque, que, pois etc. porque o trânsito
foi referido anteriormente estava parado.

6) Relações de Subordinação Entre Orações e Entre Termos da Oração

As orações subordinadas são aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou seja, a oração
que subordina ou depende da outra.

A depender da função que desempenham, os tipos de oração subordinada


são substantivas, adjetivas ou adverbiais.

6.1) Orações Subordinadas Substantivas

São aquelas que exercem função de substantivo. São classificadas em: Subjetiva, Predicativa,
Completiva Nominal, Objetiva Direta, Objetiva Indireta e Apositiva:

CLASSIFICAÇÃO FUNÇÃO EXEMPLO

Subjetiva Sujeito É provável que ela venha jantar.

Predicativa Predicativo do sujeito Meu desejo era que me dessem um presente.

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Completiva Complemento Temos necessidade de que nos apoiem.
Nominal nominal

Objetiva Direta Objeto direto Nós desejamos que sua vida seja boa.

Objetiva Indireta Objeto indireto Recordo-me de que tu me amavas.

Apositiva Aposto Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte.

6.2) Orações Subordinadas Adjetivas

São aquelas que exercem função de adjetivo.

São classificadas em:

Explicativa - Destaca um detalhe do termo antecedente. Exemplo: A África, que é o terceiro


maior continente, tem um alto índice de pobreza.

Restritiva - Restringe a significação de seu antecedente. Exemplo: As pessoas que são alegres
vivem melhor.

6.3) Orações Subordinadas Adverbiais

São aquelas que exercem função de advérbio. São classificadas em:

Causal - Exprime a causa. Ex.: Já que está nevando ficaremos em casa.

Comparativa - Estabelece comparação entre a oração principal e a oração subordinada. Ex.:


Maria era mais estudiosa que sua irmã.

Concessiva - Indica permissão (concessão) entre as orações. Ex.: Alguns se retiraram da


reunião apesar de não terem terminado a exposição.

Condicional - Exprime condição. Ex.: Você fará uma boa prova desde que se esforce.

Conformativa - Exprime concordância. Ex.: Realizamos nosso projeto conforme as


especificações da biblioteca.

Consecutiva - exprime a consequência referente a oração principal. Ex.: Gritei tanto, que
fiquei sem voz.

Final - Exprime finalidade. Ex.: Todos trabalham para que possam vencer.

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Temporal - Indica circunstância de tempo. Ex.: Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe.

Proporcional - Exprime proporção entre as orações: principal e subordinada. Ex.: À medida


que o tempo passa, a chuva aumenta.

7) Emprego de Tempos Verbais

Os tempos verbais são recursos da gramática que indicam o momento da fala.

Auxiliam o interlocutor a indicar, na fala, se algo já ocorreu, acontece enquanto se fala ou ainda vai
ocorrer;

Há três tempos verbais:

Pretérito (passado)

Tempos Verbais Presente

Futuro

Pretérito (passado): Ocorreu antes do instante que se fala. ( ex.: Ontem fui ao futebol mais cedo).

Presente: Ocorre no instante da fala. ( ex.: Eu treino neste lugar).

Futuro: Ocorrerá depois do instante da fala. ( ex.: Irei à loja daqui umas três horas).

7.1) Pretérito

Pretérito perfeito: O acontecimento passado foi concluído totalmente ( ex.: Ele estudou toda
a matéria ontem).

Pretérito imperfeito: O acontecimento passado não foi concluído totalmente ( ex.:


Ele conversava muito durante a explicação.

Pretérito mais-que-perfeito: O acontecimento passado é anterior a outro acontecimento


também passado e terminado ( ex.: Quando eu cheguei no clube, ele já tinha saído).

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7.2) Futuro

Futuro do presente: O acontecimento acontece após o momento da fala, mas já terminado


antes de outro acontecimento futuro - ( ex.: Quando seu pai chegar, eu contarei tudo para ele).

Futuro do pretérito: Um acontecimento futuro que pode ocorrer depois de um acontecimento


passado - ( ex.: Se eu tivesse um computador, trabalharia nas férias).

8) Emprego de Modos Verbais

Os modos verbais indicam a posição da pessoa falante face a ação verbal.

Os verbos podem ser utilizados de diferentes maneiras, conforme a significação que se quer
transmitir.

Existem três modos verbais:

Indicativo

Modos Verbais Subjuntivo

Imperativo

Indicativo: demonstra uma certeza. A pessoa que fala é precisa sobre o acontecimento. ( ex.:
Eu gosto de pizza).

Subjuntivo: demonstra incerteza. A pessoa que fala mostra dúvida sobre o acontecimento. (
ex.: Talvez eu viaje no final do ano).

Imperativo: demonstra uma atitude de ordem ou solicitação. ( ex.: Não jogue bola agora).

8.1) Formas nominais do verbo

O verbo pode ter funções de nomes (nominais), como substantivo, adjetivo e advérbio.

Infinitivo impessoal (não flexiona o verbo): dá significado ao verbo de modo indefinido e


vago. Ele deve ser usado em locuções verbais, sem sujeito definido, com sentido imperativo e etc. (
ex.: É preciso amar).

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Infinitivo pessoal (flexiona o verbo): Ele deve ser usado com sujeito definido, quando desejar
determinar o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente e quando uma ação for
correspondente:

1ª pessoa do singular: sem desinências (eu) - ( ex.: estudar)

2ª pessoa do singular: radical + ES (tu) - ( ex.: aprenderes)

3ª pessoa do singular: sem desinências (eles) - ( ex.: partir)

1ª pessoa do plural: radical + MOS (nós) - ( ex.: estudarmos)

2ª pessoa do plural: radical + DES (vós) - ( ex.: aprenderdes)

3ª pessoa do plural: radical + EM (eles) - ( ex.: partirem)

Gerúndio: pode servir como adjetivo ou advérbio. A ação está acontecendo no momento que se
fala. ( ex.: eu estou falando com você).

Particípio: Resultado de uma ação que terminou, podendo flexionar em gênero número e grau.
É usado na formação dos tempos compostos. ( ex.: O João tem dormido cedo nas últimas
semanas).

Esquematizando o conteúdo

Tempos e modos verbais:

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Indicativo Subjuntivo Imperativo

Imperativo
Presente Presente
afirmativo

Pretérito Pretérito Imperativo


perfeito imperfeito negativo

Pretérito
Futuro
imperfeito

Pretérito mais-
que-perfeito

Futuro do
presente

Futuro do
pretérito

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao tema de significação das palavras, tema muito importante
para os estudos para o seu concurso:

1 – Significação das Palavras: semântica e significação das palavras; substituição da palavra ou


de trechos de texto; reorganização da estrutura de orações e de períodos do texto; reescrita
de texto de diferentes gêneros e níveis de formalidade.

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2) Semântica e a Significação das Palavras

A semântica (do grego: semantiká = “sinal”) é a área da linguística que estuda os significados e/ou
sentido das palavras da língua e é dividida em:

Semântica Descritiva (sincrônica): indica o estudo da significação das palavras na atualidade.

Semântica Histórica (diacrônica): se encarrega de estudar o significado das palavras em


determinado espaço de tempo.

A fim de conhecer as palavras apropriadas para inseri-las em determinados discursos, recorremos à


semântica, ou seja, a significação dos termos.

Diante disso, alguns conceitos são base para o estudo das significações, a saber:

2.1) Sinonímia e Antonímia

Os sinônimos (do grego = “semelhante nome”) designam as palavras que possuem significados
semelhantes e são classificados de acordo com a semelhança que compartilham com o outro termo:

Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e vocabulário).

Já os sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho).

Os antônimos (do grego = “nome oposto, contrário) designam as palavras que possuem
significados contrários ( ex.: claro e escuro / triste e feliz)

2.2) Paronímia e Homonímia

Homônimos são palavras que ou possuem a mesma pronúncia (palavras homófonas), ou


possuem a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados diferentes.

São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que têm a mesma grafia e a mesma sonoridade
na pronúncia ( ex.: O pelo do gato é curto / Pelo caminho da cidade).

Parônimos são palavras que têm significados diferentes, porém se assemelham na pronúncia e
na escrita ( ex.: soar (produzir som) e suar (transpirar); acento (sinal gráfico) e assento (local para
sentar); acender (dar luz) e ascender (subir)).

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2.3) Polissemia

A polissemia retrata a multiplicidade de significados de uma palavra. Com o decorrer do tempo,


determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se relaciona com o original (
ex.: O garoto quebrou a perna no acidente/ A perna da cadeira é preta).

2.4) Conotação e Denotação

A conotação caracteriza o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, aumentando o seu campo
semântico. Logo, depende do contexto. No geral, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o
objetivo de produzir sensações no leitor. ( ex.: Agiu como um porco).

A denotação caracteriza o sentido real, literal e objetivo da palavra. E estuda uma linguagem mais
informativa, ao contrário de uma linguagem mais poética (conotativa).

É frequentemente utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, e outros. (


ex.: No sítio do meu avô há um porco).

3) Substituição de Palavras ou de Trechos de Texto

A Reescrita pode ser feita por meio de substituição de palavras ou de trechos de textos utilizando:

3.1) Sinônimos

Palavras que têm significados iguais ou semelhantes ( ex.: Aquele carro está com problema /
Aquele automóvel está com defeito).

3.2) Antônimos

Palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significados opostos ( ex.:


O homem estava bravo / O sujeito não estava tranquilo).

3.3) Locução verbal

É a união de verbos com a função de apenas um. ( ex.: Vou ler este livro para minha neta /
Lerei este livro para minha neta).

3.4) Verbo por substantivo e vice-versa

Você transforma uma oração verbal em oração nominal ou vice-versa. ( ex.: O trabalho é
essencial para a vida / Trabalhar é essencial para a vida).

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3.5) Voz verbal

Voz assumida pelo verbo que indica se o sujeito é agente ou paciente da ação. ( ex.: Eu vi a
mulher na festa/ A mulher foi vista por mim na festa).

3.6) Conectivos com mesmo valor semântico

Conjunção, preposição e advérbio são conectivos que auxiliam a dar sentido às orações.

Conectivos de adição: além disso, ainda mais, também, e…

Conectivos de certeza: por certo, certamente, com certeza…

Conectivos de condição: caso, eventualmente, se.

Conectivos de conclusão: em suma, em conclusão, enfim…

Conectivos de tempo: enfim, logo, então, logo depois, logo após…

Dentre outros conectivos: por certo, eu vencerei este duelo / certamente, eu vencerei este
duelo.

4) Reorganização da Estrutura de Orações e de Períodos do Texto

Sintaxe da oração e do período: É uma parte da gramática que estuda a relação entre as
palavras de uma frase, ou seja, é a função das palavras na formação dos períodos para que as frases
tenham sentido.

4.1) Frase

É uma sequência de palavras (pode ser formada por uma palavra apenas) com sentido completo,
que pode expressar emoções, ordens, ideias e etc.

a) Tipos de frases:

Frases interrogativas: Uma pergunta ( ex.: Você vai jogar futebol?)

Frases imperativas: Ordem ou pedido ( ex.: Hoje à noite você vai lavar a louça).

Frases exclamativas: Mostra um momento afetivo ( ex.: Bons ventos o levem!).

Frases declarativas: constatação de um fato, ou seja, afirmam ou negam algo de maneira


concreta. ( ex.: Ela acabou de sair/ Ele não foi trabalhar).

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Frases optativas: expressam desejo ( ex.: Espero que você consiga o trabalho).

4.2) Oração

Uma oração é uma unidade linguística composta por um sujeito e um predicado, podendo também
incluir outros elementos como objetos diretos, objetos indiretos, complementos verbais, entre
outros. Essa estrutura básica é fundamental para a construção de frases com sentido completo. A
oração é a menor unidade gramatical que pode expressar uma ideia completa e independente.

A estrutura de uma oração é composta por:

É o termo da oração que


realiza ou sofre a ação
Sujeito expressa pelo verbo. Pode ser
um substantivo, pronome ou
expressão equivalente.

A estrutura de uma oração é


composta por:
É o termo que contém o
verbo e que expressa o que
o sujeito faz, sofre ou como
se encontra. Além do verbo,
Predicado
o predicado pode incluir
complementos verbais, como
objetos diretos e indiretos,
além de adjuntos adverbiais.

Uma operação pode ser definida de acordo com a presença ou ausência de determinados elementos.
Desta forma, temos:

Oração Simples: Contém apenas um verbo ou locução verbal e um sujeito. Exemplo: "O sol brilha
no céu."

Oração Composta: É formada por duas ou mais orações independentes, que podem estar
conectadas por conjunções coordenativas, como "e", "ou", "mas", entre outras, ou por conjunções
subordinativas, estabelecendo uma relação de dependência entre as orações.

A presença de um verbo ou locução verbal é essencial para que uma sequência de palavras seja
considerada uma oração. O verbo é o núcleo do predicado e confere à oração sua dinâmica,
precedendo a ação ou o estado do sujeito.

É importante notar que nem toda sequência de palavras é uma oração. Frases nominais, por exemplo,
podem não conter um verbo conjugado e, portanto, não orações específicas.

Ex.: "O livro na estante." Nessa frase, não há uma ação expressa por um verbo, tornando-a uma
expressão nominal.

Em resumo, uma oração é uma estrutura linguística que contém um verbo ou uma locução verbal,
sendo a menor unidade gramatical capaz de transmitir uma ideia completa e independente. A

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compreensão das características e tipos de orações é fundamental para a análise e a construção de
textos de forma coesa e consistente.

4.3) Período

É uma frase com uma ou mais orações, podendo ser:

Período simples: é formado por uma única oração. ( ex.: O jantar hoje será pizza).

Período composto: é formado por duas ou mais orações. ( ex.: Comprarei aquela cadeira
para dar para meu filho).

4.4) Funções sintáticas dos termos

Termos essenciais da oração: São considerados fundamentais e são formados pelo sujeito e
predicados na oração.

Termos integrantes da oração:

Completam o sentido da
oração (verbos e nomes);

São formados pelo


Termos integrantes da complemento verbal
oração (objeto direto e indireto);

Complemento nominal e
o Agente da passiva.

Termos acessórios da oração: Tem uma função secundária na oração e são formados pelo
adjunto adnominal, adjunto adverbial e o aposto.

5) Reescrita de Textos de Diferentes Gêneros e Níveis de Formalidade

Para reescrever frases e parágrafos de um texto, deve-se ter muita atenção na gramática, ou seja,
nos erros de pontuação, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, o uso da crase e
a colocação pronominal ( ex.: uma troca de posição da vírgula, pode alterar o sentido da frase).

Os termos reescritos devem manter a informação essencial do texto utilizando vocabulários e


expressões do texto original, mantendo a ordem das palavras para que o texto conserve seu sentido.
Deve-se, por fim, também se atentar ao tempo verbal.

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USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

1) Introdução

Estudaremos agora a teoria referente ao uso do sinal indicativo de crase, tema muito importante
para os estudos para o seu concurso:

1 – Uso do Sinal indicativo de Crase: considerações iniciais; emprego do sinal de crase;

2) Considerações Iniciais

A crase é assinalada pelo acento grave (`), e serve para evitar a repetição (a + a) nas situações em
que precisamos utilizar “a”, com a função de artigo, juntamente com “a”, com a função de preposição
(a + a = à).

3) Emprego do Sinal de Crase

3.1) Utilizações da crase

Antes de palavras femininas ( ex.: Fui à escola).

Quando acompanham verbos que indicam destino ( ex.: Vou à padaria).


(ir, voltar, vir).

Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas. ( ex.: À medida que o tempo passa as amizades
aumentam).

Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, ( ex.: No verão, voltamos àquela praia).
aquele.

Antes da locução "à moda de" quando ela estiver ( ex.: Dribla à (moda de) Pelé).
subentendida.

Na indicação das horas. ( ex.: Termino meu trabalho às cinco horas da


tarde).

Antes de numeral cardinal que indicam as horas ( ex.: Saio da escola às 12h30).
exatas.

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3.2) Não utilizações da crase

Horas exatas quando acompanhadas de preposições ( ex.: Ficamos na reunião desde as 12h);
(para, desde, após, perante, com), não se utiliza a
crase

Entre palavras repetidas ( ex.: dia a dia, frente a frente, cara a cara, gota a
gota, ponta a ponta).

Antes de palavras masculinas ( ex.: Jorge tem um carro a álcool).

Antes de verbos que não indiquem destino ( ex.: Estava disposto a salvar a menina)

Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso ( ex.: Falamos a ela sobre o ocorrido)
oblíquo

Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, ( ex.: Era a isso que nos referíamos.)
esta, essa

3.3) Crase facultativa

Depois da preposição “até” ( ex.: fui até à praça, ou fui até a praça).

Antes de nomes próprio femininos ( ex.: entrega à Lara, ou entrega a Lara).

Antes de pronomes possessivos ( ex.: Mandou presentes de natal à sua família, ou


mandou presentes de natal a sua família).

Ressalta-se que não se usa crase antes da maior parte dos pronomes.

Tome nota!

Macete para identificar se há crase nos verbos de destino:

“Vou a, volto da, crase há! Vou a, volto de, crase pra quê? ”

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Vou à Europa, volto da Europa

Vou a Roma, volto de Roma

PONTUAÇÃO

1) Introdução

Estudaremos agora sobre os tipos de pontuação na língua portuguesa, tema muito importante para
os estudos para o seu concurso:

1 – Pontuação: ponto; virgula; ponto e vírgula; dois pontos; ponto de exclamação; ponto de
interrogação; reticências; aspas; parênteses; travessão.

Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística. São eles e suas respectivas
funções:

2) Ponto (.)

É utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. ( ex.: Eu comi ontem.)

Ainda, utilizado nas abreviações ( ex.: Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.)

3) Vírgula (,)

Indica uma pausa no discurso ( ex.: Gritei tanto, que fiquei sem voz).

Separa termos com a mesma função sintática ( ex.: Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar).

Separa o aposto ( ex.: Rose Maria, apresentadora do programa da


manhã, falou sobre as receitas vegetarianas).

Separa o vocativo ( ex.: Desta maneira, Maria, não posso mais


acreditar em você).

Obs.: Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado quando não utilizada ou
utilizada de modo incorreto

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4) Ponto e Vírgula (;)

Separa várias orações dentro de uma mesma frase. ( ex.: Os empregados, que ganham pouco,
reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam
igualmente).

Separa uma relação de elementos. ( ex.: Os conteúdos da prova são: Geografia;


História; Português).

Obs.: É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais
longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

5) Dois Pontos (:)

É utilizado antes de uma explicação, para:

Introduzir uma fala ( ex.: Joana explicou: — Não devemos pisar na


grama do parque).

Iniciar uma enumeração. ( ex.: Na matemática, as quatro operações


essenciais são: adição, subtração, multiplicação e
divisão).

6) Ponto de Exclamação (!)

É utilizado para exclamar.

Assim, é colocado em frases que denotam sentimentos como surpresa, desejo, susto, ordem,
entusiasmo, espanto. ( ex.: Que horror! Ganhei! Quieto!)

7) Ponto de Interrogação (?)

É utilizado para interrogar, perguntar. ( ex.: Quer ir ao cinema comigo?).

8) Reticências (...)

Suprime palavras, textos. ( ex.: Ana gosta de comprar sapatos, bolsas,


calças…).

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Indica que o sentido vai muito mais além do que está ( ex.: "A vida é uma tempestade (...) Um dia você
expresso na frase. está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança
contra as rochas." (O Conde de Monte Cristo,
Alexandre Dumas)).

9) Aspas (" ")

Enfatiza palavras ou expressões ( ex.: Satisfeito com o resultado do vestibular, se


sentia "o bom”).

Delimita citações de obras. ( ex.: Brás Cubas dedica suas memórias a um


verme: "Ao verme que primeiro roeu as frias carnes
do meu cadáver dedico como saudosa lembrança
estas memórias póstumas.").

10) Parênteses ( ( ) )

Isola explicações. ( ex.: Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o


lanche na cozinha.

Acrescenta informação acessória. ( ex.: Cheguei à casa cansada, jantei (um


sanduíche e um suco) e adormeci no sofá).

11) Travessão (—)

Indica os diálogos do texto no início de frases ( ex.: Perguntei: — Onde é o ponto de ônibus?)
diretas.

Substitui os parênteses ou dupla vírgula. ( ex.: Maria - funcionária da prefeitura -


aconselhou-me que fizesse assim).

TIPOLOGIA TEXTUAL

1) Introdução

Estudaremos agora sobre a tipologia textual, tema muito importante para os estudos para o seu
concurso:

1 – Tipologia Textual: tipos textuais; gêneros textuais.

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2) Tipos Textuais

Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.

Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo


(dissertativo) e injuntivo.

narrativo

descritivo

Tipos Textuais expositivo (informativo)

argumentativo
(dissertativo)

injuntivo.

2.1) Narrativo

O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).

É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.

No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos.

2.2) Descritivo

O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa.


Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a
natureza de um ser ou coisa a serem descritos.

A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.

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2.3) Expositivo (informativo)

O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.

Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.

2.4) Argumentativo (dissertativo)

No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos


expositivos ou informativos para compor uma análise.

Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.

Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto


argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados.

2.5) Injuntivo

O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.

Frequentemente há verbos no imperativo.

Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos.

Esquematizando o conteúdo

TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS

Narrativo Retratar uma sucessão de fatos Apresenta uma progressão temporal

Descritivo Retratar uma realidade estática Apresenta fatos e ações simultaneamente

Expositivo (informativo) Informar Linguagem objetiva, sem opinião do autor

Argumentativo Desenvolver um tema a partir da Apresenta fatos e argumentos a fim de


(dissertativo) perspectiva do autor fundamentar uma tese

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Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa

3) Gêneros Textuais

Os gêneros textuais são categorias ou tipos específicos de textos que compartilham características
estruturais, linguísticas e comunicativas comuns. Eles são formas padronizadas de comunicação que
se desenvolvem dentro de uma cultura ou sociedade para atender a diferentes propósitos de
comunicação. Os gêneros textuais são uma maneira de classificar e entender como os textos são
organizados e como são usados para transmitir informações, ideias e emoções.

São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto.

Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:

3.1) Crônica

É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos. A linguagem utilizada
é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor).

É uma narrativa curta e geralmente escrita em prosa que aborda acontecimentos do cotidiano,
situações do dia a dia, reflexões pessoais, observações sobre a sociedade, eventos históricos ou
qualquer tema que possa despertar o interesse do leitor. Diferentemente do conto, a crônica é mais
flexível em sua estrutura e pode apresentar uma abordagem mais subjetiva e informal. Geralmente
produzido para meios de comunicação (jornais, revistas etc.).

Brevidade

Tema cotidiano

Linguagem acessivel

Características da Crônica Tom subjetivo

Humor e ironia

Atualidade

Variedade de temas

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3.2) Conto

Os contos são um dos gêneros mais populares da literatura e têm origens antigas em diversas
culturas ao redor do mundo. Eles são narrativas curtas de ficção, caracterizadas por sua concisão e
foco em um único evento, situação ou personagem. Diferentemente dos romances, que são mais
extensos e complexos, os contos têm uma estrutura mais enxuta e direta, concentrando-se em contar
uma história de forma compacta e envolvente.

Narrativa curta

Enredo focado

Persoangens limitados

Clímax e desfecho
Características de Contos
Ambiguidade e simbolismo

Tema central

Estilo literário

Diversidade de gêneros

Os contos oferecem uma forma concisa e poderosa de explorar ideias, sentimentos e questões
humanas, além de proporcionar uma experiência de leitura completa em um espaço relativamente
curto.

3.3) Artigo de opinião

O artigo de opinião é um gênero textual pertencente ao âmbito jornalístico e editorial. Sua principal
característica é apresentar um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre determinado assunto,
questão ou tema de relevância social, político, cultural, econômico ou outro assunto de interesse
público. Esse gênero permite que os autores expressem suas opiniões, argumentem a favor de suas
visões e persuadam o leitor a concordar com suas ideias.

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Subjetividade

Argumentativo

Público-alvo

Características de Artigo de Temas variados


Opinião

Assinatura

Conclusão

Resposta à atualidade

Os artigos de opinião são encontrados em jornais, revistas, blogs e outras mídias. Eles desempenham
um papel crucial no debate público, na formação de opiniões e na discussão de ideias relevantes
para a sociedade. Além disso, permitem que os leitores ampliem seus horizontes, conheçam
diferentes pontos de vista e participem ativamente das conversas em torno de questões importantes.

3.4) Editorial

O editorial é um gênero textual que faz parte do jornalismo e é usado para expressar a posição oficial
e a opinião do próprio veículo de comunicação em relação a um assunto específico. É uma forma de
artigo de opinião, porém, em vez de representar a visão de um indivíduo ou colunista, o editorial
reflete o posicionamento e a perspectiva do jornal ou revista como uma entidade.

Neutralidade aparente

Tema relevante

Argumentativo

Características de Editorial Autoria coletiva

Posicionamento institucional

CoInfluência e impacto

Destaque e localização

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Os editoriais desempenham um papel fundamental no jornalismo, pois representam a posição oficial
de um veículo de comunicação e contribuem para a formação da opinião pública sobre temas
relevantes. Eles são uma manifestação da liberdade de expressão e da busca pela transparência
jornalística. No entanto, é importante que os leitores estejam cientes de que os editoriais refletem a
perspectiva e a postura do veículo de comunicação e não são artigos neutros ou isentos.

3.5) Notícia

A notícia é um gênero textual jornalístico que tem como objetivo informar o público sobre eventos,
acontecimentos, fatos e situações relevantes que ocorrem no mundo. É uma forma de comunicação
que busca fornecer informações objetivas e imparciais, com base em fatos e dados verificáveis,
para manter as pessoas atualizadas sobre o que está acontecendo ao seu redor.

Objetividade

Veracidade

Atualidade

Interesse público
Características de Notícia
Estrutura padronizada

Citação de fontes

Imparcialidade

Manchete e primeiro parágrafo com principais fatos da história

As notícias são publicadas em jornais, revistas, sites de notícias, emissoras de televisão e rádio, entre
outros meios de comunicação. Esse gênero é essencial para a sociedade, pois fornece informações
cruciais para que as pessoas possam tomar decisões informadas, entender o mundo ao seu redor e
participar ativamente do debate público.

3.6) Reportagem

A reportagem é um gênero jornalístico que se diferencia da notícia por sua abordagem mais
aprofundada e investigativa sobre um determinado assunto. Enquanto a notícia busca fornecer
informações objetivas e imparciais sobre eventos recentes e relevantes, a reportagem busca

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aprofundar-se em um tema específico, apresentando diferentes perspectivas, análises, entrevistas e
informações mais detalhadas.

Investigação

Contextualização

Entrevistas

Linguagem descritiva
Características de Reportagem
Extensão

Temas variados

Imagens e recursos visuais

Impacto e mudanças sociais

Esquematizando o Conteúdo

A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado:

Narrativo Descritivo Expositivo Argumentativo Injuntivo

Conto, crônica Manual de


Cardápio Texto didático Carta aberta
e romance instrução

Relato Tese, editorial


Notícia Palestra Propaganda
descritivo e crônica

Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico

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ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS

1) Introdução

Estudaremos agora sobre a estruturação do texto e dos parágrafos, tema muito importante para os
estudos para o seu concurso:

1 – Estruturação do texto e dos parágrafos: considerações iniciais; introdução;


desenvolvimento; conclusão.

2) Considerações Iniciais

Para estruturar um texto, deve-se primeiramente entender o tema escolhido e os detalhes de cada
tópico apresentado. Em seguida para estabelecer uma estrutura coesa e coerente, o texto deve ser
dividido em:

Introdução

O texto deve ser


Desenvolvimento
dividido em:

Conclusão

3) Introdução

A introdução está no primeiro parágrafo do texto e deve ser utilizado para apresentar e
contextualizar a problemática do tema, utilizando as palavra-chave.

É um parágrafo curto, com, aproximadamente, quatro ou cinco linhas, não sendo o momento
adequado para desenvolver ideias, e sim antecipar os tópicos a serem desenvolvidos.

Portanto, a dica é: seja econômico na introdução e guarde espaço para falar dos aspectos do roteiro
que são, de fato, os “potes de ouro” da sua redação.

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Problematização

Contextualização

Introdução

Posicionamento

Antecipação dos argumentos

2) Desenvolvimento

Primeiramente, para estruturar o desenvolvimento do texto, é fundamental que as ideias


apresentadas sejam claras e coerentes, sendo necessário realizar antes uma seleção das ideias a
serem desenvolvidas.

Para desenvolver uma ideia, podem ser utilizadas diversas estratégias auxiliadoras como a
comparação, autoridade, exemplificação e dados estatísticos entre outras. Tais estratégias de
argumentação serão tratadas posteriormente neste material.

No desenvolvimento deverá constar o tópico frasal, que é a oração que traz a ideia central a ser
desenvolvida em um parágrafo, a comprovação teórica, e a conclusão (finalização) da ideia
apresentada.

Cumpre-se ressaltar que para cada ideia mencionada na introdução, a mesma deverá ser
desenvolvida em um parágrafo diferente.

Por fim, conforme exposto, deverá conter no desenvolvimento os itens relacionados no esquema
abaixo:

Tópico frasal

Desenvolvimento Comprovação teórica

Finalização

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3) Conclusão

A conclusão é o ponto final do texto, e, obviamente, está no último parágrafo. Sua estrutura deve
ser mais compactada e objetiva (dica: 1 parágrafo contendo entre 5 e 8 linhas).

A conclusão traz uma síntese da problemática citada, mas com considerações que expressam o
resultado do que foi abordado ao longo do texto. Também, pode ou não trazer uma solução
hipotética para o problema discutido.

Desta forma, deve-se fazer uma prévia da perspectiva a respeito do assunto abordado na redação,
mantendo sempre uma relação com os argumentos desenvolvidos, para que essas perspectivas
apontadas não contradigam o que foi desenvolvido nos tópicos de argumentação, ou seja, deve-se
basear nos conteúdos já analisados.

Neste interim, não é possível apresentar propostas de solução para problemas que não foram
discutidos ou perspectivas futuras que não estejam embasadas em dados presentes.

Por fim, a conclusão deve ser concisa, sem apresentar expressões clichês, sem deixar de concluir uma
ideia, e sempre coesa com o restante do texto.

Tome Nota!

Por fim, retomando a estrutura de um texto, lembre-se que, no primeiro parágrafo, deve-se
contextualizar o tema, se posicionar e selecionar dois tópicos a serem desenvolvidos e
desmembrados ao longo do seu texto.

No desenvolvimento, deve-se desenvolver sobre esses assuntos citados na introdução, utilizando


repertórios socioculturais para comprovar os tópicos e dar fundamentação aos argumentos.

E na conclusão, deve-se apresentar o futuro da problemática abordada, trazendo eventuais citações


que se relacionem com o tema ou propor uma intervenção.

Assim, essas três partes representam a estrutura ideal de uma dissertação-argumentativa.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

1) Introdução

Estudaremos sobre a compreensão e interpretação de textos, tema muito importante para os


estudos para o seu concurso:

1 – Compreensão e Interpretação de Textos: compreensão de textos; interpretação de textos.

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2) Compreensão De Textos

A compreensão de um texto é a decodificação da mensagem apresentada, ou seja, é a análise


objetiva do que está no explícito no texto.

3) Interpretação De Textos

A interpretação de textos compreende a capacidade de chegar a determinadas conclusões, por


meio da conexão de ideias, após realizar a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito,
oral), de forma a ir além do texto propriamente dito. Neste sentido, a interpretação de texto é algo
subjetivo e que pode variar de leitor para leitor.

REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS

1) Introdução

A seguir, veremos o tema de redação de correspondências oficiais, tema comumente cobrado no


seu concurso:

1 – Redação de correspondências oficiais: considerações iniciais; redação oficial; pronomes de


tratamento; padrão ofício.

2) Considerações Iniciais

Na redação oficial, quem direciona o comunicado é sempre o serviço público (este/esta ou aquele/
aquela, Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção);

Se comunica sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão público;

O destinatário dessa comunicação é o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade
pública, do Poder Executivo ou dos outros Poderes;

Deve-se considerar a intenção do emissor e a finalidade do documento, para que o texto esteja
adequado à situação comunicativa;

Diante o exposto, o objetivo deste material é citar os pontos principais do Manual de Redação da
Presidência da República.

3) Redação Oficial

Redação oficial é o modo pelo qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos.

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3.1) Características

A redação oficial se caracteriza por apresentar:

Clareza e precisão: a clareza se define pela possibilidade imediata de compreensão do texto


pelo leitor, e a sendo precisão se pauta na ideia de um texto bem articulado.

Objetividade: ser objetivo é ir diretamente ao ponto central do assunto que deseja tratar, sem
dar voltas ou apresentar redundâncias.

Concisão: poder de transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.

Coesão e coerência: acontecem quando se verifica no texto que as palavras, as frases e os


parágrafos estão entrelaçados, dando continuidade uns aos outros.

Impessoalidade: conforme este princípio constitucional, a Administração não deve privilegiar ou


prejudicar ninguém privilegiando o interesse público. Embora escrito por servidor público deve
sempre expressar a vontade do Estado.

Formalidade e padronização: as comunicações devem sempre obedecer a certas regras de


forma, inclusive o uso correto das formas de tratamento, bem como uso da norma-padrão da língua
portuguesa.

4) Pronomes De Tratamento

Via de regra, o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira
indireta, para fazer referência os atributos da pessoa à qual se dirige.

Na redação oficial, é necessário atentar-se ao uso dos pronomes de tratamento em três momentos
distintos:

No vocativo, o autor dirige-se ao destinatário no início do documento.

No corpo do texto, pode-se empregar os pronomes de tratamento em sua forma abreviada ou


por extenso.

O endereçamento é o texto utilizado no envelope que contém a correspondência oficial.

Importante!

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O decreto nº 9758 publicado em 11 de abril de 2019 determinou a retirada do vocativo
Excelentíssimo e o Vossa excelência nas correspondências oficiais:

Pronome de tratamento adequado

Art. 2º O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes


públicos federais é “senhor”, independentemente do nível hierárquico, da natureza
do cargo ou da função ou da ocasião.

Parágrafo único. O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o


plural.

4.2) Concordância com os pronomes de tratamento

Os pronomes de tratamento apresentam especificidades quanto às concordâncias verbal, nominal e


pronominal. Embora se refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala), levam a
concordância para a terceira pessoa.

Os pronomes Vossa Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados para se comunicar


diretamente com o receptor. ( ex.: Vossa Senhoria designará o assessor).

Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da terceira


pessoa. ( ex.: Vossa Senhoria designará seu substituto. (E não: “Vossa Senhoria designará vosso
substituto”)).

Obs.: Os adjetivos que se referem a esses pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo
da pessoa a que se refere, e não com o substantivo que compõe a locução. ( ex.: Vossa Excelência
está atarefado/ Vossa Excelência está atarefada).

O pronome Sua Excelência é utilizado para se fazer referência a alguma autoridade


(indiretamente). ( ex.: A Sua Excelência o Ministro de Estado Chefe da Casa Civil (por exemplo, no
endereçamento do expediente)).

4.3) Signatário

Na identificação do signatário, depois do nome do cargo, é possível utilizar os termos interino e


substituto, de acordo com as situações a seguir:

Interino é aquele nomeado para ocupar transitoriamente cargo público durante a vacância;

Substituto é aquele designado para exercer as atribuições de cargo público vago ou no caso de
afastamento e impedimentos legais ou regulamentares do titular.

Esses termos devem ser utilizados depois do nome do cargo, sem hífen, sem vírgula e em minúsculo.
( ex.: Diretor-Geral interino, Secretário-Executivo substituto).

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Signatárias do sexo feminino: o cargo ocupado por pessoa do sexo feminino deve flexionar no
gênero feminino. ( ex.: Ministra de Estado).

4.4) Grafia de cargos compostos

Escrevem-se com hífen:

Cargos formados pelo adjetivo “geral”: diretor-geral, relator-geral, ouvidor-geral;

Postos e gradações da diplomacia: primeiro-secretário, segundo-secretário;

Postos da hierarquia militar: tenente-coronel, capitão-tenente; nomes com preposição ficam


sem hífen: general de exército, general de brigada, tenente-brigadeiro do ar, capitão de mar e guerra;

Cargos que denotam hierarquia dentro de uma empresa: diretor-presidente, diretor-adjunto,


editor-chefe, editor-assistente, sócio-gerente, diretor-executivo;

Cargos formados por numerais: primeiro-ministro, primeira-dama;

Cargos formados com os prefixos “ex” ou “vice”: ex-diretor, vice-coordenador.

Tome nota!

O novo Acordo Ortográfico tornou facultativo o uso de iniciais maiúsculas em palavras usadas
reverencialmente, por exemplo para cargos e títulos ( ex.: o Presidente francês ou o presidente
francês). Porém, em palavras com hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou da minúscula, deve
permanecer a escolha para a grafia de todos os elementos hifenizados, ou seja, por exemplo,
pode-se escrever “Vice-Presidente” ou “vice-presidente”, mas não “Vice-presidente”.

4.5) Vocativo

O vocativo é uma invocação ao destinatário. Nas comunicações oficiais, o vocativo será sempre
seguido de vírgula, quando dirigidas:

Aos Chefes de Poder, utiliza-se a expressão Excelentíssimo Senhor ou Excelentíssima Senhora e


o cargo respectivo, seguidos de vírgula. (ex.: Excelentíssimo Senhor Presidente da República).

As demais autoridades, mesmo aquelas tratadas por Vossa Excelência, receberão o vocativo
Senhor ou Senhora seguido do cargo respectivo. (ex.: Senhora Senadora, Senhor Juiz)

A um particular, pode-se utilizar o vocativo Senhor ou Senhora e a forma utilizada pela


instituição para se referir ao interlocutor: beneficiário, usuário, contribuinte, eleitor etc. (ex.: Senhora
Beneficiária, Senhor Contribuinte, Senhora [Nome], Prezado Senhor_).

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Ainda, quando o destinatário for um particular, no vocativo, pode-se utilizar Senhor ou Senhora
seguido do nome do particular ou pode-se utilizar o vocativo “Prezado Senhor” ou “Prezada
Senhora”. (ex.: Senhora [Nome], Prezado Senhor_)

Obs.: Em comunicações oficiais, está extinto o uso de Digníssimo (DD) e de Ilustríssimo (Ilmo.). Evite-
se o uso de “doutor” de forma indiscriminada. O tratamento por meio de Senhor confere a
formalidade desejada.

5) O Padrão Ofício

O padrão ofício é um documento expedido por e para autoridades e tem a finalidade do tratamento
de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e com particulares.

Tome nota!

Até a segunda edição do Manual de Redação da Presidência da República, os expedientes se


diferenciavam pela finalidade e se dividiam em:

a) aviso: era expedido apenas por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia;

b) ofício: era expedido para e pelas demais autoridades;

c) memorando: era expedido entre unidades administrativas de um mesmo órgão.

Com o objetivo de uniformizá-los, hoje se adota a nomenclatura única de padrão ofício.

A estrutura do padrão ofício é formada pelas seguintes partes:

5.1) Cabeçalho

Utilizado apenas na primeira página do documento, centralizado, com o brasão de Armas da


República na parte superior da página, bem como, com o nome do órgão oficial e de órgãos
secundários, caso necessário.

5.2) Identificação do expediente

Os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira:

a) nome do documento: tipo de expediente por extenso, com todas as letras maiúsculas;

b) indicação de numeração: abreviatura da palavra “número”, padronizada como Nº;

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c) informações do documento: número, ano (com quatro dígitos) e siglas usuais do setor que expede
o documento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra (/); e

d) alinhamento: à margem esquerda da página.

5.3) Local e data do documento

Alinhados à margem direita da página, é necessário informar a cidade e a data de expedição do


documento, sem menção sobre o estado.

5.4) Endereçamento

Neste local haverá a informação de quem receberá o documento. De tal forma, é necessário a
presença de alguns dados do destinatário, como o vocativo correto, o seu nome, cargo e endereço.
O alinhamento destas informações será à esquerda da página.

5.5) Assunto

Tem objetivo de dar uma ideia geral do conteúdo do documento, de forma resumida.

5.6) Texto do documento

É indispensável que contenha em sua estrutura, uma introdução, dispondo qual o objetivo do
documento; o desenvolvimento, informando qual assunto será detalhado; bem como uma
conclusão, a fim de afirmar a posição sobre o assunto.

5.7) Fechos para comunicações

São utilizados para saudar o destinatário, além de arrematar o texto. É usado o termo
“Respeitosamente” para autoridades de hierarquia superior e “Atenciosamente” para hierarquia
inferior e demais situações.

5.8) Identificação do signatário

Exceto as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todos os ofícios devem conter o
signatário, ou seja, a identificação do remetente, com o seu nome e cargo ocupado com alinhamento
centralizado.

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Obs.: Para evitar erros, orienta-se não deixar a assinatura em página isolada do expediente. Tão logo,
indica-se a transferir para essa página ao menos a última frase anterior ao fecho.

5.9) Numeração das páginas

A partir da segunda página, é necessário haver numeração, indicada no centro da página.

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