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Polícia Militar do Estado de São Paulo

PM-SP
Curso de Formação de Sargentos
OBRA

Polícia Militar do Estado de São Paulo

Curso de Formação de Sargentos

AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Matemático - Profº Bruno Chieregatti e João de Sá Brasil
Raciocínio Lógico - Profº Bruno Chieregatti e João de Sá Brasil
Conhecimentos Profissionais - Elaboração Interna
Noções de Informática - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto

PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina

DIAGRAMAÇÃO
Thais Regis
Renato Vilela

CAPA
Joel Ferreira dos Santos
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Interpretação de textos;............................................................................................................................................................................... 01
Sinônimos e antônimos;............................................................................................................................................................................... 07
Sentido próprio e figurado das palavras;.............................................................................................................................................. 07
Pontuação;........................................................................................................................................................................................................ 11
Classe de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e artigo:
emprego e sentido que imprimem às relações que estabelecem;.............................................................................................. 14
Concordância verbal e nominal;................................................................................................................................................................ 52
Regência verbal e nominal;......................................................................................................................................................................... 59
Colocação pronominal;................................................................................................................................................................................ 65
Regras de acentuação gráfica;................................................................................................................................................................... 65
Novo acordo ortográfico............................................................................................................................................................................. 68
Crase.................................................................................................................................................................................................................... 73

MATEMÁTICA
Operações com Números Reais..................................................................................................................................................................... 01
Mínimo Múltiplo Comum e Máximo Divisor Comum........................................................................................................................... 02
Razão e Proporção.............................................................................................................................................................................................. 04
Porcentagem......................................................................................................................................................................................................... 09
Regra de Três Simples e Composta.............................................................................................................................................................. 12
Média Aritmética Simples e Ponderada...................................................................................................................................................... 15
Juros Simples........................................................................................................................................................................................................ 19
Equação de 1º e 2º Graus................................................................................................................................................................................ 21
Sistema de Equação de 1º Grau.................................................................................................................................................................... 24
Relação entre Grandezas: Tabelas e Gráficos........................................................................................................................................... 26
Sistemas de Medidas Usuais........................................................................................................................................................................... 27
Noções de Geometria; Forma; Perímetro; Área; Volume; Ângulo.................................................................................................... 32
Teorema de Pitágoras........................................................................................................................................................................................ 47

RACIOCÍNIO LÓGICO

Estruturas lógicas;........................................................................................................................................................................................... 01
Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões;.............................................................................. 01
Lógica sentencial ou proposicional:......................................................................................................................................................... 01
Proposições simples e compostas;........................................................................................................................................................... 01
Tabelas-verdade;.............................................................................................................................................................................................. 01
Equivalências;.................................................................................................................................................................................................... 01
Leis de morgan;................................................................................................................................................................................................ 01
SUMÁRIO
Diagramas lógicos.......................................................................................................................................................................................... 01
Lógica de primeira ordem;........................................................................................................................................................................... 01
Princípios de contagem e probabilidade;.............................................................................................................................................. 32
Operações com conjuntos;.......................................................................................................................................................................... 42
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos e geométricos........................................................................................ 46

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

______. Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica, 1969).......................................... 01
BRASIL. Constituição Federal de 1988 (art. 1º ao 5º, 9º, 37 e 144)................................................................................................ 11
______. Decreto-Lei 2.848/40. Institui o Código Penal (art. 2º, 4º, 6º, 14, 18, 23 a 28, 100 a 106, 121 a 183, 213 a
234-B, 244 a 247, 286 a 359)......................................................................................................................................................................... 38
______. Decreto-Lei 3.689/41. Institui o Código de Processo Penal (art. 197 a 200, 202 a 225, 231 a 238, 240 a 250,
301 a 316).............................................................................................................................................................................................................. 65
______. Lei 8.069/90. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. (art. 225 a
258-C)..................................................................................................................................................................................................................... 69
______. Decreto-Lei 1.001/69. Institui o Código Penal Militar. (art. 9º, 149a 166, 187 a 196, 202, 203, 298 e 299)...... 72
______. Decreto-Lei 1.002/69. Institui o Código de Processo Penal Militar. (art. 243 a 276, 302 a 364)........................... 76
______. Lei Complementar 893/01. Institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (RDPM)...................................... 86
______. PMESP. I-7-PM - Instruções para correspondência na Polícia Militar............................................................................. 100
______.______. I-21-PM - Instruções para continências, honras, sinais de respeito e cerimonial militar na Polícia
Militar...................................................................................................................................................................................................................... 132
______.______. I-30-PM - Instruções para Utilização da Rede Mundial de Computadores (internet) e Rede Interna
(intranet) pela PMESP....................................................................................................................................................................................... 146
______.______. I-31-PM - Instruções para Utilização do Correio Eletrônico (E-Mail) na PMESP............................................ 147
______.______. Diretriz PM3-002/02/16 - Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial-Militar -
DEJEM..................................................................................................................................................................................................................... 150
______.______. Diretriz PM3-002/02/14 - Atividade Delegada........................................................................................................... 157
______.______. Nota de Instrução PM3-002/02/17 - Sistemática de prevenção de acidentes de trânsito envolvendo
policiais militares................................................................................................................................................................................................ 164
______.______. O Sv PM3-011/02/18-CIRCULAR - Uso de dispositivos luminosos (faróis/giroflex) e/ou sonoros
(sirenes/buzinas) pelas viaturas.................................................................................................................................................................... 169
______.______. Ordem de Serviço PM3-002/02/18-CIRCULAR - Busca Domiciliar...................................................................... 170
______.______. Instruções Continuadas de Comando (ICC): nº 191, 193, 197, 201, 203, 209, 218, 220, 222, 225, 226,
227, 230, 234, 239, 240, 244, 247, 248, 250, 254.................................................................................................................................... 421
______. Processo 1.01.00 Abordagem de Pessoa à pé........................................................................................................................... 173
______. Processo 1.02.00 Abordagem Policial com viatura “4 rodas”.............................................................................................. 216
______. Processo 1.05.00 Vistoria em veículo........................................................................................................................................... 247
______. Processo 1.10.00 Policiamento com Motocicleta..................................................................................................................... 264
______. Processo 2.05.00 Preservação de local de crime...................................................................................................................... 312
______. Processo 2.09.00 Ocorrência de violência doméstica e/ou descumprimento de medidas protetivas.............. 318
______. Processo 3.02.00 Ocorrência envolvendo autoridades......................................................................................................... 322
SUMÁRIO

______. Processo 3.03.00 Transporte, Escolta e Guarda de Preso..................................................................................................... 332


______. Processo 3.04.00 Atendimento de ocorrência em horário de folga................................................................................. 362
______. Processo 3.05.00 Morte de PM...................................................................................................................................................... 370
______. Processo 4.01.00 Acompanhamento e Cerco de Automóvel............................................................................................. 372
______. Processo 4.04.00 Cumprimento de Mandado Judicial.......................................................................................................... 386
______. Processo 4.06.00 Atuação em Manifestações Públicas......................................................................................................... 395
______. Processo 5.03.00 Uso de algemas................................................................................................................................................ 406
______. Processo 5.09.00 Uso do espargidor de gás pimenta............................................................................................................ 418

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS-Excel: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de
tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos,
controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados........................ 01
MS-PowerPoint: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, guias, cabeçalhos e rodapés,
noções de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, botões de ação, animação e transição
entre slides........................................................................................................................................................................................................ 11
MS-Windows: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência,
manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos....................................................................... 17
MS-Word: estrutura básica dos documentos, teclas de atalho, edição e formatação de textos, cabeçalhos,
parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e
numeração de páginas, índices, inserção de objetos, caixas de texto...................................................................................... 26
______. ______. Nota de Instrução PM3-007/03/17. Boletim de Ocorrência Eletrônico........................................................ 34
ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA

Interpretação de textos;............................................................................................................................................................................................ 01
Sinônimos e antônimos;........................................................................................................................................................................................... 07
Sentido próprio e figurado das palavras;........................................................................................................................................................... 07
Pontuação;..................................................................................................................................................................................................................... 11
Classe de palavras: substantivo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e artigo : emprego
e sentido que imprimem às relações que estabelecem;.............................................................................................................................. 14
Concordância verbal e nominal;............................................................................................................................................................................ 52
Regência verbal e nominal;...................................................................................................................................................................................... 59
Colocação pronominal;............................................................................................................................................................................................. 65
Regras de acentuação gráfica;................................................................................................................................................................................ 65
Novo acordo ortográfico......................................................................................................................................................................................... 68
Crase................................................................................................................................................................................................................................. 73
O texto diz que...
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS; É sugerido pelo autor que...
De acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
O narrador afirma...
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Erros de interpretação
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
relacionadas entre si, formando um todo significativo contexto, acrescentando ideias que não estão no
capaz de produzir interação comunicativa (capacidade texto, quer por conhecimento prévio do tema quer
de codificar e decodificar). pela imaginação.
- Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com texto é um conjunto de ideias), o que pode ser
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para insuficiente para o entendimento do tema desen-
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa volvido.
interligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-
de seu contexto original e analisada separadamente, clusões equivocadas e, consequentemente, errar a
poderá ter um significado diferente daquele inicial. questão.

Intertexto - comumente, os textos apresentam Observação: Muitos pensam que existem a ótica do
referências diretas ou indiretas a outros autores através escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas
de citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. em uma prova de concurso, o que deve ser levado em
consideração é o que o autor diz e nada mais.
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação
de um texto é a identificação de sua ideia principal. Coesão e Coerência
A partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou
fundamentações), as argumentações (ou explicações), Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
que levam ao esclarecimento das questões apresentadas relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
na prova. si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de
um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
Normalmente, em uma prova, o candidato deve: pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
- Identificar os elementos fundamentais de uma ar- que se vai dizer e o que já foi dito.
gumentação, de um processo, de uma época (nes- São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre
te caso, procuram-se os verbos e os advérbios, os eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome
quais definem o tempo). oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
- Comparar as relações de semelhança ou de diferen- aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer
ças entre as situações do texto. também de que os pronomes relativos têm, cada um,
- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com valor semântico, por isso a necessidade de adequação
uma realidade. ao antecedente.
- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. Os pronomes relativos são muito importantes na
- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala- interpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros
vras. de coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração
que existe um pronome relativo adequado a cada
Condições básicas para interpretar circunstância, a saber:
Fazem-se necessários: conhecimento histórico- que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente,
literário (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), mas depende das condições da frase.
leitura e prática; conhecimento gramatical, estilístico qual (neutro) idem ao anterior.
(qualidades do texto) e semântico; capacidade de quem (pessoa)
observação e de síntese; capacidade de raciocínio. cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído.
Interpretar/Compreender como (modo)
onde (lugar)
Interpretar significa: quando (tempo)
LÍNGUA PORTUGUESA

Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. quanto (montante)


Através do texto, infere-se que...
É possível deduzir que... Exemplo:
O autor permite concluir que... Falou tudo QUANTO queria (correto)
Qual é a intenção do autor ao afirmar que... Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria
aparecer o demonstrativo O).
Compreender significa
Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.

1
Dicas para melhorar a interpretação de textos

• Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do EXERCÍCIOS COMENTADOS
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos
candidatos na disputa, portanto, quanto mais in- 1. (EBSERH – Analista Administrativo – Estatística –
formação você absorver com a leitura, mais chan- AOCP-2015)
ces terá de resolver as questões.
• Se encontrar palavras desconhecidas, não interrom- O verão em que aprendi a boiar
pa a leitura. Quando achamos que tudo já aconteceu, novas ca-
• Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas pacidades fazem de nós pessoas diferentes do que
forem necessárias. éramos
• Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma
conclusão). IVAN MARTINS
• Volte ao texto quantas vezes precisar. Sei que a palavra da moda é precocidade, mas eu acre-
• Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as dito em conquistas tardias. Elas têm na minha vida um
do autor. gosto especial.
• Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor Quando aprendi a guiar, aos 34 anos, tudo se transfor-
compreensão. mou. De repente, ganhei mobilidade e autonomia. A ci-
• Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de dade, minha cidade, mudou de tamanho e de fisionomia.
cada questão. Descer a Avenida Rebouças num táxi, de madrugada, era
• O autor defende ideias e você deve percebê-las. diferente – e pior – do que descer a mesma avenida com
• Observe as relações interparágrafos. Um parágra- as mãos ao volante, ouvindo rock and roll no rádio. Pegar
a estrada com os filhos pequenos revelou-se uma delícia
fo geralmente mantém com outro uma relação de
insuspeitada.
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi-
Talvez porque eu tenha começado tarde, guiar me pare-
que muito bem essas relações.
ce, ainda hoje, uma experiência incomum. É um ato que,
• Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
mesmo repetido de forma diária, nunca se banalizou in-
a ideia mais importante.
teiramente.
• Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Na véspera do Ano Novo, em Ubatuba, eu fiz outra des-
“incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora
coberta temporã.
da resposta – o que vale não somente para Inter- Depois de décadas de tentativas inúteis e frustrantes,
pretação de Texto, mas para todas as demais ques- num final de tarde ensolarado eu conquistei o dom da
tões! flutuação. Nas águas cálidas e translúcidas da praia Bra-
• Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- va, sob o olhar risonho da minha mulher, finalmente con-
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con- segui boiar.
clusão. Não riam, por favor. Vocês que fazem isso desde os oito
• Olhe com especial atenção os pronomes relativos, anos, vocês que já enjoaram da ausência de peso e esfor-
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, ço, vocês que não mais se surpreendem com a sensação
etc., chamados vocábulos relatores, porque reme- de balançar ao ritmo da água – sinto dizer, mas vocês se
tem a outros vocábulos do texto. esqueceram de como tudo isso é bom.
Nadar é uma forma de sobrepujar a água e impor-se a
SITES ela. Boiar é fazer parte dela – assim como do sol e das
Disponível em: <http://www.tudosobreconcursos. montanhas ao redor, dos sons que chegam filtrados ao
com/materiais/portugues/como-interpretar-textos> ouvido submerso, do vento que ergue a onda e lança
Disponível em: <http://portuguesemfoco.com/pf/ água em nosso rosto. Boiar é ser feliz sem fazer força, e
09-dicas-para-melhorar-a-interpretacao-de-textos-em- isso, curiosamente, não é fácil.
-provas> Essa experiência me sugeriu algumas considerações so-
Disponível em: <http://www.portuguesnarede. bre a vida em geral.
com/2014/03/dicas-para-voce-interpretar-melhor-um. Uma delas, óbvia, é que a gente nunca para de aprender
html> ou de avançar. Intelectualmente e emocionalmente, de
Disponível em: <http://vestibular.uol.com.br/cursi- um jeito prático ou subjetivo, estamos sempre incorpo-
nho/questoes/questao-117-portugues.htm> rando novidades que nos transformam. Somos geneti-
camente elaborados para lidar com o novo, mas não só.
Também somos profundamente modificados por ele.
A cada momento da vida, quando achamos que tudo já
aconteceu, novas capacidades irrompem e fazem de nós
LÍNGUA PORTUGUESA

uma pessoa diferente do que éramos. Uma pessoa capaz


de boiar é diferente daquelas que afundam como pedras.
Suspeito que isso tenha importância também para os re-
lacionamentos.
Se a gente não congela ou enferruja – e tem gente que já
está assim aos 30 anos – nosso repertório íntimo tende a
se ampliar, a cada ano que passa e a cada nova relação.

2
Penso em aprender a escutar e a falar, em olhar o outro, Resposta: Letra A. Ao texto: (...) tudo se aprende,
em tocar o corpo do outro com propriedade e deixar-se mesmo as coisas simples que pareciam impossíveis. /
tocar sem susto. Penso em conter a nossa própria frustra- Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de
ção e a nossa fúria, em permitir que o parceiro floresça, melhorar = sempre há tempo para boiar (aprender).
em dar atenção aos detalhes dele. Penso, sobretudo, em Em “a”: haver sempre tempo para aprender, para ten-
conquistar, aos poucos, a ansiedade e insegurança que tar relaxar e ser feliz nas águas do amor, agindo com
nos bloqueiam o caminho do prazer, não apenas no sen- mais calma, com mais prazer, com mais intensidade e
tido sexual. Penso em estar mais tranquilo na companhia menos medo = correta.
do outro e de si mesmo, no mundo. Em “b”: ser necessário agir com mais cautela nos rela-
Assim como boiar, essas coisas são simples, mas preci- cionamentos amorosos para que eles não se desfaçam
sam ser aprendidas. = incorreta – o autor propõe viver intensamente.
Em “c”: haver sempre tempo para aprender a ser mais
Estar no interior de uma relação verdadeira é como estar criterioso com seus relacionamentos, a fim de que eles
na água do mar. Às vezes você nada, outras vezes você sejam vividos intensamente = incorreta – ser menos
boia, de vez em quando, morto de medo, sente que pode objetivo nos relacionamentos.
afundar. É uma experiência que exige, ao mesmo tem- Em “d”: haver sempre tempo para aprender coisas no-
po, relaxamento e atenção, e nem sempre essas coisas vas, inclusive agir com o raciocínio nas relações amo-
se combinam. Se a gente se põe muito tenso e cerebral, rosas = incorreta – ser mais emoção.
a relação perde a espontaneidade. Afunda. Mas, largada Em “e”: ser necessário aprender nos relacionamentos,
apenas ao sabor das ondas, sem atenção ao equilíbrio, a porém sempre estando alerta para aquilo de ruim que
relação também naufraga. Há uma ciência sem cálculos pode acontecer = incorreta – estar sempre cuidando,
que tem de ser assimilada a cada novo amor, por cada não pensando em algo ruim.
um de nós. Ela fornece a combinação exata de atenção e
relaxamento que permite boiar. Quer dizer, viver de for- 2. (BACEN – TÉCNICO – CONHECIMENTOS BÁSICOS –
ma relaxada e consciente um grande amor. ÁREA 1 e 2 – CESPE-2013)
Na minha experiência, esse aprendizado não se fez ra-
pidamente. Demorou anos e ainda se faz. Talvez porque Uma crise bancária pode ser comparada a um vendaval.
eu seja homem, talvez porque seja obtuso para as coi- Suas consequências sobre a economia das famílias e das
sas do afeto. Provavelmente, porque sofro das limitações empresas são imprevisíveis. Os agentes econômicos rela-
emocionais que muitos sofrem e que tornam as relações cionam-se em suas operações de compra, venda e troca
afetivas mais tensas e trabalhosas do que deveriam ser. de mercadorias e serviços de modo que cada fato econô-
Sabemos nadar, mas nos custa relaxar e ser felizes nas mico, seja ele de simples circulação, de transformação ou
águas do amor e do sexo. Nos custa boiar. de consumo, corresponde à realização de ao menos uma
A boa notícia, que eu redescobri na praia, é que tudo se operação de natureza monetária junto a um intermediá-
aprende, mesmo as coisas simples que pareciam impos- rio financeiro, em regra, um banco comercial que recebe
síveis. um depósito, paga um cheque, desconta um título ou
Enquanto se está vivo e relação existe, há chance de me- antecipa a realização de um crédito futuro. A estabilida-
lhorar. Mesmo se ela acabou, é certo que haverá outra de do sistema que intermedeia as operações monetárias,
no futuro, no qual faremos melhor: com mais calma, com portanto, é fundamental para a própria segurança e esta-
mais prazer, com mais intensidade e menos medo. bilidade das relações entre os agentes econômicos.
O verão, afinal, está apenas começando. Todos os dias se A iminência de uma crise bancária é capaz de afetar e
pode tentar boiar. contaminar todo o sistema econômico, fazendo que os
http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/ivan-mar- titulares de ativos financeiros fujam do sistema financeiro
tins/noticia/2014/01/overao-em-que-aprendi-boiar.html e se refugiem, para preservar o valor do seu patrimônio,
em ativos móveis ou imóveis e, em casos extremos, em
De acordo com o texto, quando o autor afirma que “To- estoques crescentes de moeda estrangeira. Para se evitar
dos os dias se pode tentar boiar.”, ele refere-se ao fato de esse tipo de distorção, é fundamental a manutenção da
credibilidade no sistema financeiro. A experiência brasileira
a) haver sempre tempo para aprender, para tentar relaxar com o Plano Real é singular entre os países que adotaram
e ser feliz nas águas do amor, agindo com mais cal- políticas de estabilização monetária, uma vez que a rever-
ma, com mais prazer, com mais intensidade e menos são das taxas inflacionárias não resultou na fuga de capitais
medo. líquidos do sistema financeiro para os ativos reais.
b) ser necessário agir com mais cautela nos relaciona- Pode-se afirmar que a estabilidade do Sistema Financei-
mentos amorosos para que eles não se desfaçam. ro Nacional é a garantia de sucesso do Plano Real. Não
c) haver sempre tempo para aprender a ser mais criterio-
LÍNGUA PORTUGUESA

existe moeda forte sem um sistema bancário igualmente


so com seus relacionamentos, a fim de que eles sejam forte. Não é por outra razão que a Lei n.º 4.595/1964, que
vividos intensamente. criou o Banco Central do Brasil (BACEN), atribuiu-lhe si-
d) haver sempre tempo para aprender coisas novas, in- multaneamente as funções de zelar pela estabilidade da
clusive agir com o raciocínio nas relações amorosas. moeda e pela liquidez e solvência do sistema financeiro.
e) ser necessário aprender nos relacionamentos, porém Atuação do Banco Central na sua função de zelar pela
sempre estando alerta para aquilo de ruim que pode estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. Internet: <
acontecer. www.bcb.gov.br > (com adaptações).

3
Conclui-se da leitura do texto que a comparação entre porque é gerada pela simples manipulação de bancos de
“crise bancária” e “vendaval” embasa-se na impossibi- dados. O resultado é uma acumulação de riqueza e po-
lidade de se preverem as consequências de ambos os der sem precedentes: um mundo onde o patrimônio de
fenômenos. 80 pessoas é maior do que o de 3,6 bilhões, e onde o 1%
mais rico tem mais do que os outros 99% juntos.
( ) CERTO ( ) ERRADO [...]
Disponível em https://fagulha.org/artigos/inventan-
Resposta: Certo. Conclui-se da leitura do texto que do-dinheiro/
a comparação entre “crise bancária” e “vendaval” em- Acessado em 20/03/2018
basa-se na impossibilidade de se preverem as conse- De acordo com o autor do texto Lastro e o sistema bancá-
quências de ambos os fenômenos. rio, a reserva fracional foi criada com o objetivo de
Voltemos ao texto: Uma crise bancária pode ser com-
parada a um vendaval. Suas consequências sobre a eco- a) tornar ilimitada a produção de dinheiro.
nomia das famílias e das empresas são imprevisíveis. b) proteger os bens dos clientes de bancos.
c) impedir que os bancos fossem à falência.
3. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) d) permitir o empréstimo de mais dinheiro
e) preservar as economias das pessoas.
Lastro e o Sistema Bancário
Resposta: Letra D. Ao texto: (...) Com o tempo, os
[...] banqueiros se deram conta de que ninguém estava
Até os anos 60, o papel-moeda e o dinheiro deposita- interessado em trocar dinheiro por ouro e criaram ma-
do nos bancos deviam estar ligados a uma quantidade nobras, como a reserva fracional, para emprestar mui-
de ouro num sistema chamado lastro-ouro. Como esse to mais dinheiro do que realmente tinham em ouro
metal é limitado, isso garantia que a produção de dinhei- nos cofres.
ro fosse também limitada. Com o tempo, os banqueiros Em “a”, tornar ilimitada a produção de dinheiro = in-
se deram conta de que ninguém estava interessado em correta
trocar dinheiro por ouro e criaram manobras, como a re- Em “b”, proteger os bens dos clientes de bancos = in-
serva fracional, para emprestar muito mais dinheiro do correta
que realmente tinham em ouro nos cofres. Nas crises, Em “c”, impedir que os bancos fossem à falência =
como em 1929, todos queriam sacar dinheiro para pagar incorreta
suas contas e os bancos quebravam por falta de fundos, Em “d”, permitir o empréstimo de mais dinheiro =
deixando sem nada as pessoas que acreditavam ter suas correta
economias seguramente guardadas. Em “e”, preservar as economias das pessoas = incor-
Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão- reta
-ouro. Desde então, o dinheiro, na forma de cédulas e
principalmente de valores em contas bancárias, já não 4. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018)
tendo nenhuma riqueza material para representar, é cria- A leitura do texto permite a compreensão de que
do a partir de empréstimos. Quando alguém vai até o
banco e recebe um empréstimo, o valor colocado em sua a) as dívidas dos clientes são o que sustenta os bancos.
conta é gerado naquele instante, criado a partir de uma b) todo o dinheiro que os bancos emprestam é imagi-
decisão administrativa, e assim entra na economia. Essa nário.
explicação permaneceu controversa e escondida por c) quem pede um empréstimo deve a outros clientes.
muito tempo, mas hoje está clara em um relatório do d) o pagamento de dívidas depende do “livre-mercado”.
Bank of England de 2014. e) os bancos confiscam os bens dos clientes endividados.
Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo é
criado assim, inventado em canetaços a partir da conces- Resposta: Letra A.
são de empréstimos. O que torna tudo mais estranho e Em “a”, as dívidas dos clientes são o que sustenta os
perverso é que, sobre esse empréstimo, é cobrada uma bancos = correta
dívida. Então, se eu peço dinheiro ao banco, ele inventa Em “b”, todo o dinheiro que os bancos emprestam é
números em uma tabela com meu nome e pede que eu imaginário = nem todo
devolva uma quantidade maior do que essa. Para pagar Em “c”, quem pede um empréstimo deve a outros
a dívida, preciso ir até o dito “livre-mercado” e trabalhar, clientes = deve ao banco, este paga/empresta a ou-
lutar, talvez trapacear, para conseguir o dinheiro que o tros clientes
banco inventou na conta de outras pessoas. Esse é o di- Em “d”, o pagamento de dívidas depende do “livre-
nheiro que vai ser usado para pagar a dívida, já que a -mercado” = não só: (...) preciso ir até o dito “livre-
LÍNGUA PORTUGUESA

única fonte de moeda é o empréstimo bancário. No fim, -mercado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear.
os bancos acabam com todo o dinheiro que foi inventa- Em “e”, os bancos confiscam os bens dos clientes endi-
do e ainda confiscam os bens da pessoa endividada cujo vidados = desde que não paguem a dívida
dinheiro tomei.
Assim, o sistema monetário atual funciona com uma
moeda que é ao mesmo tempo escassa e abundante. Es-
cassa porque só banqueiros podem criá-la, e abundante

4
5. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEI- 6. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – NÍVEL SUPERIOR –
RO GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018) Observe a charge CONHECIMENTOS BÁSICOS – CESPE-2014)
abaixo, publicada no momento da intervenção nas ati-
vidades de segurança do Rio de Janeiro, em março de As primeiras moedas, peças representando valores, ge-
2018. ralmente em metal, surgiram na Lídia (atual Turquia), no
século VII a.C. As características que se desejava ressaltar
eram transportadas para as peças por meio da panca-
da de um objeto pesado, em primitivos cunhos. Com o
surgimento da cunhagem a martelo e o uso de metais
nobres, como o ouro e a prata, os signos monetários pas-
saram a ser valorizados também pela nobreza dos metais
neles empregados.
Embora a evolução dos tempos tenha levado à substi-
tuição do ouro e da prata por metais menos raros ou
suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a as-
sociação dos atributos de beleza e expressão cultural ao
valor monetário das moedas, que quase sempre, na atua-
lidade, apresentam figuras representativas da história, da
Há uma série de informações implícitas na charge; NÃO cultura, das riquezas e do poder das sociedades.
pode, no entanto, ser inferida da imagem e das frases a A necessidade de guardar as moedas em segurança le-
seguinte informação: vou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de ouro
e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passa-
a) a classe social mais alta está envolvida nos crimes co- ram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de
metidos no Rio; seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guar-
b) a tarefa da investigação criminal não está sendo bem- dadas. Esses recibos passaram, com o tempo, a servir
-feita; como meio de pagamento por seus possuidores, por ser
c) a linguagem do personagem mostra intimidade com mais seguro portá-los do que portar dinheiro vivo. Assim
o interlocutor; surgiram as primeiras cédulas de “papel moeda”, ou cé-
d) a presença do orelhão indica o atraso do local da char- dulas de banco; concomitantemente ao surgimento das
ge; cédulas, a guarda dos valores em espécie dava origem a
e) as imagens dos tanques de guerra denunciam a pre- instituições bancárias.
sença do Exército. Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História,
1694/1984.
Resposta: Letra D.
Depreende-se do texto que duas características das
moedas se mantiveram ao longo do tempo: a veiculação
de formas em sua superfície e a associação de seu valor
monetário a atributos como beleza.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. Depreende-se do texto que duas


características das moedas se mantiveram ao longo do
NÃO pode ser inferida da imagem e das frases a se- tempo: a veiculação de formas em sua superfície e a
guinte informação: associação de seu valor monetário a atributos como
Em “a”, a classe social mais alta está envolvida nos cri- beleza = errado (é o inverso).
mes cometidos no Rio = inferência correta Texto: (...) a associação dos atributos de beleza e ex-
Em “b”, a tarefa da investigação criminal não está sen- pressão cultural ao valor monetário das moedas, que
do bem-feita = inferência correta quase sempre, na atualidade, apresentam figuras re-
Em “c”, a linguagem do personagem mostra intimida- presentativas da história, da cultura, das riquezas e do
de com o interlocutor = inferência correta poder das sociedades.
Em “d”, a presença do orelhão indica o atraso do local
da charge = incorreta 7. (Câmara de Salvador-BA – Assistente Legislativo
Em “e”, as imagens dos tanques de guerra denunciam Municipal – FGV-2018-adaptada) “Hoje, esse termo
LÍNGUA PORTUGUESA

a presença do Exército = inferência correta denota, além da agressão física, diversos tipos de impo-
sição sobre a vida civil, como a repressão política, familiar
ou de gênero, ou a censura da fala e do pensamento de
determinados indivíduos e, ainda, o desgaste causado
pelas condições de trabalho e condições econômicas”. A
manchete jornalística abaixo que NÃO se enquadra em
nenhum tipo de violência citado nesse segmento é:

5
a) Presa por mensagem racista na internet; d) punirem-se os responsáveis por excessos.
b) Vinte pessoas são vítimas da ditadura venezuelana; e) concluírem-se as investigações sobre a greve.
c) Apanhou de policiais por destruir caixa eletrônico;
d) Homossexuais são perseguidos e presos na Rússia; Resposta: Letra D. Em “a”: manter-se o direito de livre
e) Quatro funcionários ficaram livres do trabalho escravo. expressão do pensamento. = incorreto
Em “b”: garantir-se o direito de reunião e de greve. =
Resposta: Letra C. Em “a”: Presa por mensagem ra- incorreto
cista na internet = como a repressão política, familiar Em “c”: lastrear leis e regras na Constituição. = incor-
ou de gênero reto
Em “b”: Vinte pessoas são vítimas da ditadura vene- Em “d”: punirem-se os responsáveis por excessos.
zuelana = como a repressão política, familiar ou de gê- Em “e”: concluírem-se as investigações sobre a greve.
nero = incorreto
Em “c”: Apanhou de policiais por destruir caixa eletrô- Ao texto: (...) há sempre o risco de excessos, a serem
nico = não consta na Manchete acima devidamente contidos e seus responsáveis, punidos,
Em “d”: Homossexuais são perseguidos e presos na conforme estabelecido na legislação. / É o que precisa
Rússia = como a repressão política, familiar ou de gê- acontecer... = precisa acontecer a punição dos exces-
nero sos.
Em “e”: Quatro funcionários ficaram livres do trabalho
escravo = o desgaste causado pelas condições de tra- 9. (PC-MA – DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL – CES-
balho PE-2018)

8. (MPE-AL – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO – Texto CG1A1AAA


ÁREA JURÍDICA – FGV-2018)
Oportunismo à Direita e à Esquerda A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos
políticos, econômicos ou militares. Cada um de nós, in-
Numa democracia, é livre a expressão, estão garantidos dependentemente de idade, sexo, estrato social, crença
o direito de reunião e de greve, entre outros, obedecidas religiosa etc. é chamado à criação de um mundo pacifica-
leis e regras, lastreadas na Constituição. Em um regime do, um mundo sob a égide de uma cultura da paz.
de liberdades, há sempre o risco de excessos, a serem Mas, o que significa “cultura da paz”?
devidamente contidos e seus responsáveis, punidos, Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças
conforme estabelecido na legislação. e os adultos da compreensão de princípios como liber-
É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos cami- dade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância,
nhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, da igualdade e solidariedade. Implica uma rejeição, indivi-
ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados em dual e coletiva, da violência que tem sido percebida na
se beneficiar do barateamento do combustível. sociedade, em seus mais variados contextos. A cultura da
Sempre há, também, o oportunismo político-ideológico paz tem de procurar soluções que advenham de dentro
para se aproveitar da crise. Inclusive, neste ano de elei- da(s) sociedade(s), que não sejam impostas do exterior.
ção, com o objetivo de obter apoio a candidatos. Não Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser abordado
faltam, também, os arautos do quanto pior, melhor, para em sentido negativo, quando se traduz em um estado
desgastar governantes e reforçar seus projetos de po- de não guerra, em ausência de conflito, em passividade
der, por mais delirantes que sejam. Também aqui vale o e permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese,
que está delimitado pelo estado democrático de direito, condenada a um vazio, a uma não existência palpável,
defendido pelos diversos instrumentos institucionais de difícil de se concretizar e de se precisar. Em sua concep-
que conta o Estado – Polícia, Justiça, Ministério Público, ção positiva, a paz não é o contrário da guerra, mas a
Forças Armadas etc. prática da não violência para resolver conflitos, a prática
A greve atravessou vários sinais ao estrangular as vias de do diálogo na relação entre pessoas, a postura democrá-
suprimento que mantêm o sistema produtivo funcionan- tica frente à vida, que pressupõe a dinâmica da coope-
do, do qual depende a sobrevivência física da população. ração planejada e o movimento constante da instalação
Isso não pode ser esquecido e serve de alerta para que as de justiça.
autoridades desenvolvam planos de contingência. Uma cultura de paz exige esforço para modificar o pen-
O Globo, 31/05/2018. samento e a ação das pessoas para que se promova a
paz. Falar de violência e de como ela nos assola deixa
“É o que precisa acontecer no rescaldo da greve dos ca- de ser, então, a temática principal. Não que ela vá ser
minhoneiros, concluídas as investigações, por exemplo, esquecida ou abafada; ela pertence ao nosso dia a dia e
da ajuda ilegal de patrões ao movimento, interessados temos consciência disso. Porém, o sentido do discurso, a
LÍNGUA PORTUGUESA

em se beneficiar do barateamento do combustível.” Se- ideologia que o alimenta, precisa impregná-lo de pala-
gundo esse parágrafo do texto, o que “precisa acontecer” vras e conceitos que anunciem os valores humanos que
é decantam a paz, que lhe proclamam e promovem. A vio-
lência já é bastante denunciada, e quanto mais falamos
a) manter-se o direito de livre expressão do pensamento. dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio
b) garantir-se o direito de reunião e de greve. social. É hora de começarmos a convocar a presença da
c) lastrear leis e regras na Constituição. paz em nós, entre nós, entre nações, entre povos.

6
Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à ges- Considerando a relação entre a fala do personagem e a
tão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos potencial- imagem visual, pode-se concluir que o que o leva a pular
mente violentos e reconstruir a paz e a confiança en- a onda é a necessidade de
tre pessoas originárias de situação de guerra é um dos
exemplos mais comuns a serem considerados. Tal missão a) demonstrar respeito às religiões.
estende-se às escolas, instituições públicas e outros lo- b) realizar um ritual místico.
cais de trabalho por todo o mundo, bem como aos par- c) divertir-se com os amigos.
lamentos e centros de comunicação e associações. d) preservar uma tradição familiar.
Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as de- e) esquivar-se da sujeira da água.
sigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento
sustentado e o respeito pelos direitos humanos, refor- Resposta: Letra E. Em “a”: demonstrar respeito às re-
çando as instituições democráticas, promovendo a liber- ligiões. = incorreto
dade de expressão, preservando a diversidade cultural e Em “b”: realizar um ritual místico. = incorreto
o ambiente. Em “c”: divertir-se com os amigos. = incorreto
É, então, no entrelaçamento “paz — desenvolvimento — Em “d”: preservar uma tradição familiar. = incorreto
direitos humanos — democracia” que podemos vislum- Em “e”: esquivar-se da sujeira da água.
brar a educação para a paz. O personagem pula a onda para que não seja atingido
Leila Dupret. Cultura de paz e ações sócio-educativas: pelo lixo que se encontra no mar.
desafios para a escola contemporânea. In: Psicol. Esc.
Educ. (Impr.) v. 6, n.º 1. Campinas, jun./2002 (com adap-
tações).
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS;
De acordo com o texto CG1A1AAA, os elementos “gestão SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS
de conflitos” e “erradicar a pobreza” devem ser concebi- PALAVRAS;
dos como

a) obstáculos para a construção da cultura da paz. SIGNIFICADO DAS PALAVRAS


b) dispensáveis para a construção da cultura da paz.
c) irrelevantes na construção da cultura da paz. Semântica é o estudo da significação das palavras
d) etapas para a construção da cultura da paz. e das suas mudanças de significação através do tempo
e) consequências da construção da cultura da paz. ou em determinada época. A maior importância está em
distinguir sinônimos e antônimos (sinonímia / antonímia)
Resposta: Letra D. Em “a”: obstáculos para a constru- e homônimos e parônimos (homonímia / paronímia).
ção da cultura da paz. = incorreto
Em “b”: dispensáveis para a construção da cultura da Sinônimos
paz. = incorreto São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto
Em “c”: irrelevantes na construção da cultura da paz. - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar -
= incorreto abolir.
Em “d”: etapas para a construção da cultura da paz. Duas palavras são totalmente sinônimas quando
Em “e”: consequências da construção da cultura da paz. são substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto
= incorreto (cara e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas
Ao texto: Um dos primeiros passos nesse sentido refe- quando, ocasionalmente, podem ser substituídas,
re-se à gestão de conflitos. (...) Outro passo é tentar er- uma pela outra, em deteminado enunciado (aguadar e
radicar a pobreza e reduzir as desigualdades = etapas esperar).
para construção da paz.
Observação:
10. (PC-SP - PAPILOSCOPISTA POLICIAL – VU- A contribuição greco-latina é responsável pela
NESP-2013) Leia o cartum de Jean Galvão existência de numerosos pares de sinônimos: adversário e
antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo;
contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo;
transformação e metamorfose; oposição e antítese.

Antônimos
São palavras que se opõem através de seu significado:
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar;
mal - bem.
LÍNGUA PORTUGUESA

Observação:
A antonímia pode se originar de um prefixo de
sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer;
simpático e antipático; progredir e regredir; concórdia e
discórdia; ativo e inativo; esperar e desesperar; comunista
(https://www.facebook.com/jeangalvao.cartunista) e anticomunista; simétrico e assimétrico.

7
Homônimos e Parônimos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
• Homônimos = palavras que possuem a mesma Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
grafia ou a mesma pronúncia, mas significados CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
diferentes. Podem ser Cochar - Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010.
A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
diferentes na pronúncia: literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua
(subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) Portuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
e denuncia (verbo); providência (subst.) e providencia
(verbo). SITE
Disponível em: <http://www.coladaweb.com/
B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e portugues/sinonimos,-antonimos,-homonimos-e-
diferentes na escrita: paronimos>
acender (atear) e ascender (subir); concertar
(harmonizar) e consertar (reparar); cela (compartimento) Polissemia
e sela (arreio); censo (recenseamento) e senso ( juízo); paço Polissemia é a propriedade de uma palavra adquirir
(palácio) e passo (andar). multiplicidade de sentidos, que só se explicam dentro de
um contexto. Trata-se, realmente, de uma única palavra,
C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou mas que abarca um grande número de significados
perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pro- dentro de seu próprio campo semântico.
núncia: Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo
caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e percebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade
cedo (adv.); livre (adj.) e livre (verbo). de algo. Possibilidades de várias interpretações levando-
se em consideração as situações de aplicabilidade. Há
• Parônimos = palavras com sentidos diferentes, uma infinidade de exemplos em que podemos verificar a
porém de formas relativamente próximas. São ocorrência da polissemia:
palavras parecidas na escrita e na pronúncia: cesta O rapaz é um tremendo gato.
(receptáculo de vime; cesta de basquete/esporte) O gato do vizinho é peralta.
e sesta (descanso após o almoço), eminente Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
(ilustre) e iminente (que está para ocorrer), osso Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua
sobrevivência
(substantivo) e ouço (verbo), sede (substantivo
O passarinho foi atingido no bico.
e/ou verbo “ser” no imperativo) e cede (verbo),
comprimento (medida) e cumprimento (saudação),
Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de
autuar (processar) e atuar (agir), infligir (aplicar
computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em
pena) e infringir (violar), deferir (atender a) e
comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido
diferir (divergir), suar (transpirar) e soar (emitir
de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”,
som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar;
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão”
apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e
ou “jogo” – o sentido comum entre todas as expressões
tráfego (relativo a movimento, trânsito), mandato é o formato quadriculado que têm.
(procuração) e mandado (ordem), emergir (subir à
superfície) e imergir (mergulhar, afundar). Polissemia e homonímia
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante
Hiperonímia e Hiponímia comum. Quando a mesma palavra apresenta vários
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem significados, estamos na presença da polissemia. Por
a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo outro lado, quando duas ou mais palavras com origens
o hipônimo uma palavra de sentido mais específico; o e significados distintos têm a mesma grafia e fonologia,
hiperônimo, mais abrangente. temos uma homonímia.
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
hipônimo, criando, assim, uma relação de dependência significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não
semântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de é polissemia porque os diferentes significados para a
hiperonímia com carros, já que veículos é uma palavra de palavra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma
significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões.
LÍNGUA PORTUGUESA

palavra polissêmica: pode significar o elemento básico


Veículos é um hiperônimo de carros. do alfabeto, o texto de uma canção ou a caligrafia de
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em um determinado indivíduo. Neste caso, os diferentes
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A significados estão interligados porque remetem para o
utilização correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, mesmo conceito, o da escrita.
evita a repetição desnecessária de termos.

8
Polissemia e ambiguidade Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto figurado)
na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
pode ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma
interpretação. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à As variações nos significados das palavras ocasionam
colocação específica de uma palavra (por exemplo, um o sentido denotativo (denotação) e o sentido conotativo
advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: (conotação) das palavras.
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada
frequentemente são felizes. A) Denotação
Neste caso podem existir duas interpretações Uma palavra é usada no sentido denotativo quando
diferentes: apresenta seu significado original, independentemente
As pessoas têm alimentação equilibrada porque do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado
são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação mais objetivo e comum, aquele imediatamente
equilibrada. reconhecido e muitas vezes associado ao primeiro
significado que aparece nos dicionários, sendo o
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, significado mais literal da palavra.
ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma A denotação tem como finalidade informar o receptor
interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um
importante saber qual o contexto em que a frase é caráter prático. É utilizada em textos informativos, como
proferida. jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção medicamentos, textos científicos, entre outros. A palavra
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas
comicidade. Repare na figura abaixo: um pedaço de madeira. Outros exemplos:
O elefante é um mamífero.
As estrelas deixam o céu mais bonito!

B) Conotação
Uma palavra é usada no sentido conotativo quando
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes
interpretações, dependendo do contexto em que esteja
inserida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que
vão além do sentido original da palavra, ampliando sua
significação mediante a circunstância em que a mesma
é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.
Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido
conotativo ela pode significar castigo (dar-lhe um pau),
reprovação (tomei pau no concurso).
(http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-cabelo-e- A conotação tem como finalidade provocar
pinto. Acesso em 15/9/2014). sentimentos no receptor da mensagem, através da
expressividade e afetividade que transmite. É utilizada
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras, principalmente numa linguagem poética e na literatura,
mas duas seriam: mas também ocorre em conversas cotidianas, em letras
de música, em anúncios publicitários, entre outros.
Corte e coloração capilar Exemplos:
ou Você é o meu sol!
Faço corte e pintura capilar Minha vida é um mar de tristezas.
Você tem um coração de pedra!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar. Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform. #FicaDica
– São Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Procure associar Denotação com Dicionário:
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. trata-se de definição literal, quando o termo
é utilizado com o sentido que consta no
SITE dicionário.
LÍNGUA PORTUGUESA

Disponível em: <http://www.brasilescola.com/


gramatica/polissemia.htm>
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Denotação e Conotação SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Exemplos de variação no significado das palavras: Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto
Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. –
literal) São Paulo: Saraiva, 2010.

9
SITE Resposta: Letra D.
http://www.normaculta.com.br/conotacao-e- Em “a”: Antropologia: Ciência que se dedica ao estudo
denotacao/ do homem (espécie humana) em sua totalidade
Em “b”: Etimologia: Ciência que investiga a origem
Sentido Próprio e Figurado das Palavras das palavras procurando determinar as causas e
circunstâncias de seu processo evolutivo
Pela própria definição acima destacada podemos Em “c”: Meteorologia: Estudo dos fenômenos
perceber que a palavra é composta por duas partes, atmosféricos e das suas leis, principalmente com a
uma delas relacionada a sua forma escrita e os seus intenção de prever as variações do tempo.
sons (denominada significante) e a outra relacionada Em “d”: Ginecologia: estudo das doenças privativas das
ao que ela (palavra) expressa, ao conceito que ela traz mulheres = correta
(denominada significado). Em “e”: Fisiologia: Ciência que trata das funções
Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras se orgânicas pelas quais a vida se manifesta
subdividem assim:
Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o 2. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE
sentido comum que costumamos dar a uma palavra. LEGISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018) “Na verdade,
Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, todos os anos a imprensa nacional destaca os inaceitáveis
“figurado”, que podemos dar a uma palavra. números da violência no país”. O vocábulo “inaceitáveis”
equivale ao “que não se aceita”. A equivalência correta
Vamos analisar a palavra cobra utilizada em abaixo indicada é:
diferentes contextos:
1. A cobra picou o menino. (cobra = tipo de réptil a) tinta indelével / que não se apaga;
peçonhento) b) ação impossível / que não se possui;
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desa- c) trabalho inexequível / que não se exemplifica;
gradável, que adota condutas pouco apreciáveis) d) carro invisível / que não tem vistoria;
3. O cara é cobra e computador! (cobra = pessoa que e) voz inaudível / que não possui audiência.
conhece muito sobre alguma coisa, “expert”)
Resposta: Letra A.
No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido Em “a”: tinta indelével / que não se apaga = correta
comum (ou literal). Em “b”: ação impossível = que não é possível
Nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado em Em “c”: trabalho inexequível = que não se executa
sentido figurado. Em “d”: carro invisível = que não se vê
Podemos então concluir que um mesmo Em “e”: voz inaudível = que não se ouve
significante (parte concreta) pode ter vários
significados (conceitos). 3. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010)
A pobreza é um dos fatores mais comumente responsáveis
SITE pelo baixo nível de desenvolvimento humano e pela
https://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/ origem de uma série de mazelas, algumas das quais
oficial-de-justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido- proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso do
proprio-e-figurado-das-palavras.html trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas
sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja onde
o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga
crianças e adolescentes a participarem do processo de
EXERCÍCIOS COMENTADOS produção. Foi assim na Revolução Industrial de ontem
e nas economias ditas avançadas. E ainda é, nos dias de
1. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) Um hoje, nas manufaturas da Ásia ou em diversas regiões do
ex-governador do estado do Amazonas disse o seguinte: Brasil. Enquanto, entre as nações ricas, o trabalho infantil
“Defenda a ecologia, mas não encha o saco”. (Gilberto foi minimizado, já que nunca se pode dizer erradicado,
Mestrinho) O vocábulo sublinhado, composto do radical- ele continua sendo grave problema nos países mais
logia (“estudo”), se refere aos estudos de defesa do meio pobres.
ambiente; o vocábulo abaixo, com esse mesmo radical, Jornal do Brasil, Editorial, 1.º/7/2010 (com adaptações).
que tem seu significado corretamente indicado é:
A palavra “chaga”, empregada com o sentido de ferida
a) Antropologia: estudo do homem como representante social, refere-se, na estrutura sintática do parágrafo, a
do sexo masculino; “pobreza”.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) Etimologia: estudo das raças humanas;


c) Meteorologia: estudo dos impactos de meteoros sobre ( ) CERTO ( ) ERRADO
a Terra;
d) Ginecologia: estudo das doenças privativas das Resposta: Errado.
mulheres; (...) É o caso do trabalho infantil. A chaga encontra
e) Fisiologia: estudo das forças atuantes na natureza. terreno = refere-se a “trabalho infantil”.

10
4. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CARGO
33 – TÉCNICO ADMINISTRATIVO - Nível Médio – PONTUAÇÃO;
CESPE-2013)
Há um dispositivo no Código Civil que condiciona a
edição de biografias à autorização do biografado ou PONTUAÇÃO
descendentes. As consequências da norma são negativas.
Uma delas é a impossibilidade de se registrar e deixar Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
para a posteridade a vida de personagens importantes servem para compor a coesão e a coerência textual, além
na formação do país, em qualquer ramo de atividade. de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas.
Permite-se a interdição de registros de época, em Um texto escrito adquire diferentes significados quando
prejuízo dos historiadores e pesquisadores do futuro. pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação
Dessa forma, tem sido sonegado, por exemplo, o relato da depende, em certos momentos, da intenção do autor do
vida do poeta Manoel Bandeira e dos escritores Mário de discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente
Andrade e Guimarães Rosa. Tanto no jornalismo quanto relacionados ao contexto e ao interlocutor.
na literatura não pode haver censura prévia. Publicada a
reportagem (ou biografia), os que se sentirem atingidos Principais funções dos sinais de pontuação
que recorram à justiça. É preciso seguir o padrão existente
em muitos países, em que há biografias “autorizadas” e A) Ponto (.)
“não autorizadas”.
Reclamações posteriores, quando existem, são • Indica o término do discurso ou de parte dele,
encaminhadas ao foro devido, os tribunais. encerrando o período.
O alegado “direito à privacidade” é argumento frágil
para justificar o veto a que a historiografia do país seja • Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia.
enriquecida, como se não bastasse o fato de o poder (Companhia). Se a palavra abreviada aparecer em
de censura concedido a biografados e herdeiros ser um final de período, este não receberá outro ponto;
atentado à Constituição. neste caso, o ponto de abreviatura marca, também,
O Globo, 23/9/2013 (com adaptações). o fim de período. Exemplo: Estudei português,
matemárica, constitucional, etc. (e não “etc..”)
A palavra “sonegado” está sendo empregada com o
sentido de reduzido, diminuído. • Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do
ponto, assim como após o nome do autor de uma
( ) CERTO ( ) ERRADO citação:
Haverá eleições em outubro
Resposta: Errado. O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão
(...) Permite-se a interdição de registros de época, em Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)
prejuízo dos historiadores e pesquisadores do futuro.
Dessa forma, tem sido sonegado, por exemplo, o • Os números que identificam o ano não utilizam pon-
relato da vida do poeta Manoel Bandeira e dos to nem devem ter espaço a separá-los, bem como
escritores Mário de Andrade e Guimarães Rosa = o os números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250.
sentido é o de “impedido”.
B) Ponto e Vírgula (;)
5. (PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP-2014) O
termo destacado na passagem do primeiro parágrafo – • Separa várias partes do discurso, que têm a mesma
Mesmo com tantas opções, ainda há resistência na hora importância: “Os pobres dão pelo pão o trabalho;
da compra. – tem sentido equivalente a os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos
generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum
a) impetuosidade. espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
b) empatia.
c) relutância. • Separa partes de frases que já estão separadas
d) consentimento. por vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor;
e) segurança. outros, montanhas, frio e cobertor.

Resposta: Letra C. • Separa itens de uma enumeração, exposição de


Mesmo com tantas opções, ainda há resistência na motivos, decreto de lei, etc.
hora da compra. Ir ao supermercado;
LÍNGUA PORTUGUESA

Em “a”: impetuosidade (força) = incorreto Pegar as crianças na escola;


Em “b”: empatia = incorreto Caminhada na praia;
Em “c”: relutância (resistência). Reunião com amigos.
Em “d”: consentimento (aceitação) = incorreto
Em “e”: segurança = incorreto
A substituição que manteria o sentido do período é
“ainda há relutância”.

11
C) Dois pontos (:) C) das expressões explicativas ou corretivas: As
indústrias não querem abrir mão de suas vantagens,
• Antes de uma citação = Vejamos como Afrânio isto é, não querem abrir mão dos lucros altos.
Coutinho trata este assunto:
• Antes de um aposto = Três coisas não me agradam: 2. Para marcar inversão:
chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. A) do adjunto adverbial (colocado no início da
• Antes de uma explicação ou esclarecimento: Lá oração): Depois das sete horas, todo o comércio está
estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, de portas fechadas.
vivendo a rotina de sempre. B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
• Em frases de estilo direto C) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
Maria perguntou: maio de 1982.
- Por que você não toma uma decisão?
3. Para separar entre si elementos coordenados
D) Ponto de Exclamação (!) (dispostos em enumeração):
Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
• Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e
susto, súplica, etc.: Sim! Claro que eu quero me animais.
casar com você!
4. Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós
• Depois de interjeições ou vocativos queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
Ai! Que susto!
João! Há quanto tempo! 5. Para isolar:
A) o aposto: São Paulo, considerada a metrópole
E) Ponto de Interrogação (?) brasileira, possui um trânsito caótico.
B) o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
• Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Observações:
Azevedo) Considerando-se que “etc.” é abreviatura da
expressão latina et coetera, que significa “e outras coisas”,
F) Reticências (...) seria dispensável o emprego da vírgula antes dele.
Porém, o acordo ortográfico em vigor no Brasil exige
• Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lápis,
que empreguemos etc. predecido de vírgula: Falamos de
canetas, cadernos...
política, futebol, lazer, etc.
• Indica interrupção violenta da frase: “- Não... quero
As perguntas que denotam surpresa podem ter
dizer... é verdad... Ah!”
combinados o ponto de interrogação e o de exclamação:
• Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este
Você falou isso para ela?!
mal... pega doutor?
• Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
depois, o coração falar... Temos, ainda, sinais distintivos:
• a barra ( / ) = usada em datas (25/12/2014),
G) Vírgula (,) separação de siglas (IOF/UPC);
• os colchetes ([ ]) = usados em transcrições
Não se usa vírgula feitas pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como
Separando termos que, do ponto de vista sintático, primeira opção aos parênteses, principalmente na
ligam-se diretamente entre si: matemática;
• o asterisco (*) = usado para remeter o leitor a uma
1. Entre sujeito e predicado: nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir
Todos os alunos da sala foram advertidos. um nome que não se quer mencionar.
Sujeito predicado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
2. Entre o verbo e seus objetos: CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
O trabalho custou sacrifício aos realizadores. Cochar - Português linguagens: volume 3. – 7.ª ed. Reform.
V.T.D.I. O.D. O.I. – São Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Usa-se a vírgula: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
LÍNGUA PORTUGUESA

1. Para marcar intercalação: SITE


A) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua Disponível em: <http://www.infoescola.com/
abundância, vem caindo de preço. portugues/pontuacao/>
B) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/
Estão produzindo, todavia, altas quantidades de gramatica/uso-da-virgula.htm>
alimentos.

12
No texto 1, os termos inseridos nos parênteses – na
Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista de
EXERCÍCIOS COMENTADOS Mussolini – têm a finalidade textual de:

1. (BANPARÁ – ASSISTENTE SOCIAL – FADESP-2018) a) enumerar os sistemas políticos fechados do passado;


O enunciado em que a vírgula foi empregada em b) destacar os sistemas onde se originaram os regimes
desacordo com as regras de pontuação é trabalhista e previdenciário;
c) criticar o atraso político de alguns sistemas da História;
a) Como esse metal é limitado, isso garantia que a d) condenar nossos regimes trabalhista e previdenciário
produção de dinheiro fosse também limitada. por serem muito antigos;
b) Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o padrão- e) exemplificar alguns dos nossos erros do passado.
ouro.
c) Praticamente todo o dinheiro que existe no mundo Resposta: Letra B.
é criado assim, inventado em canetaços a partir da Arquitetados de início em sistemas políticos fechados
concessão de empréstimos. (na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália
d) Assim, o sistema monetário atual funciona com uma fascista de Mussolini) = os termos entre parênteses
moeda que é ao mesmo tempo escassa e abundante. servem para se referir aos sistemas políticos fechados,
e) Escassa porque só banqueiros podem criá-la, e exemplificando-os.
abundante porque é gerada pela simples manipulação Em “a”, enumerar os sistemas políticos fechados do
de bancos de dados. passado = incorreta
Em “b”, destacar os sistemas onde se originaram os
Resposta: Letra E. regimes trabalhista e previdenciário = correta
O enunciado pede a alternativa em desacordo: Em “c”, criticar o atraso político de alguns sistemas da
Em “a”, Como esse metal é limitado, isso garantia História = incorreta
que a produção de dinheiro fosse também limitada Em “d”, condenar nossos regimes trabalhista e
= correta previdenciário por serem muito antigos = incorreta
Em “b”, Em 1971, o presidente dos EUA acabou com o Em “e”, exemplificar alguns dos nossos erros do
padrão-ouro = correta passado = incorreta
Em “c”, Praticamente todo o dinheiro que existe no
mundo é criado assim, inventado em canetaços a 3. (BADESC – ANALISTA DE SISTEMA – BANCO DE
partir da concessão de empréstimos = correta DADOS – FGV-2010) Assinale a alternativa em que a
Em “d”, Assim, o sistema monetário atual funciona vírgula está corretamente empregada.
com uma moeda que é ao mesmo tempo escassa e
abundante = correta a) O jeitinho, essa instituição tipicamente brasileira pode
Em “e”, Escassa porque só banqueiros podem criá- ser considerado, sem dúvida, um desvio de caráter.
la, (X) e abundante porque é gerada pela simples b) Apareciam novos problemas, e o funcionário embora
manipulação de bancos de dados = incorreta - a competente, nem sempre conseguia resolvê-los.
vírgula pode ser utilizada antes da conjunção “e”, c) Ainda que os níveis de educação estivessem avançando,
desde que haja mudança de sujeito, por exemplo (o o sentimento geral, às vezes, era de frustração.
que não acontece na questão) d) É claro, que se fôssemos levar a lei ao pé da letra,
muitos sofreriam sanções diariamente.
2. (BANESTES – ANALISTA ECONÔMICO FINANCEIRO e) O tempo não para as transformações sociais são
GESTÃO CONTÁBIL – FGV-2018) urgentes mas há quem não perceba esse fato, que é
evidente.
Texto 1
Resposta: Letra C.
Em artigo publicado no jornal carioca O Globo, 19/3/2018, Indiquei com (X) os lugares inadequados e acrescentei
com o nome Erros do passado, o articulista Paulo a pontuação que faltou:
Guedes escreve o seguinte: “Os regimes trabalhista e Em “a”, O jeitinho, essa instituição tipicamente
previdenciário brasileiros são politicamente anacrônicos, brasileira , pode ser considerado, sem dúvida, um
economicamente desastrosos e socialmente perversos. desvio de caráter.
Arquitetados de início em sistemas políticos fechados Em “b”, Apareciam novos problemas , (X) e o funcionário
(na Alemanha imperial de Bismarck e na Itália fascista , embora competente, nem sempre conseguia resolvê-
de Mussolini), e desde então cultivados por obsoletos los.
Em “c”, Ainda que os níveis de educação estivessem
LÍNGUA PORTUGUESA

programas socialdemocratas, são hoje armas de


destruição em massa de empregos locais em meio à avançando, o sentimento geral, às vezes, era de
competição global. Reduzem a competitividade das frustração.= correta
empresas, fabricam desigualdades sociais, dissipam em Em “d”, É claro , (X) que se fôssemos levar a lei ao pé da
consumo corrente a poupança compulsória dos encargos letra, muitos sofreriam sanções diariamente.
recolhidos, derrubam o crescimento da economia e Em “e”, O tempo não para , as transformações sociais
solapam o valor futuro das aposentadorias”. (adaptado) são urgentes , mas há quem não perceba esse fato,
que é evidente.

13
4. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – a) antes da palavra “olho”.
CESGRANRIO-2018) De acordo com a norma-padrão b) antes da palavra “e”.
da língua portuguesa, a pontuação está corretamente c) depois da palavra “evitar”.
empregada em: d) antes da palavra “evitar”.
e) depois da palavra “e”.
a) O conjunto de preocupações e ações efetivas, quando
atendem, de forma voluntária, aos funcionários e Resposta: Letra C.
à comunidade em geral, pode ser definido como “Não posso evitar doutor” = no diálogo, Hagar fala com
responsabilidade social. o doutor (vocativo); portanto, presença obrigatória de
b) As empresas que optam por encampar a prática da vírgula após o verbo “evitar”.
responsabilidade social, beneficiam-se de conseguir
uma melhor imagem no mercado. 6. (TJ-RS – JUIZ DE DIREITO – SUBSTITUTO –
c) A noção de responsabilidade social foi muito utilizada VUNESP-2018) No trecho do primeiro parágrafo
em campanhas publicitárias: por isso, as empresas do texto – Nas escolas da Catalunha, a separação da
precisam relacionar-se melhor, com a sociedade. Espanha tem apoio maciço. É uma situação que contrasta
d) A responsabilidade social explora um leque abrangente com outros lugares de Barcelona, uma cidade que vive
de beneficiários, envolvendo assim: a qualidade de hoje em duas dimensões. De um lado, há a Barcelona
vida o bem-estar dos trabalhadores, a redução de dos turistas, que se cotovelam nos pontos turísticos da
impactos negativos, no meio ambiente. cidade, … –, empregam-se as vírgulas para separar as
e) Alguns críticos da responsabilidade social defendem expressões destacadas porque elas
a ideia de que: o objetivo das empresas é o lucro e
a geração de empregos não a preocupação com a a) acrescem às informações precedentes comentários
sociedade como um todo. que lhes ampliam o sentido.
b) sintetizam as ideias centrais das informações
Assinalei com (X) as inadequações e destaquei as precedentes.
inclusões: c) apresentam informações que se opõem às informações
Em “a”: O conjunto de preocupações e ações efetivas, precedentes.
quando atendem, de forma voluntária, aos funcionários d) retificam as informações precedentes, dando-lhes o
e à comunidade em geral, pode ser definido como correto matiz semântico.
responsabilidade social = correta e) estabelecem certas restrições de sentido às informações
Em “b”: As empresas que optam por encampar a precedentes.
prática da responsabilidade social, (X) beneficiam-se
de conseguir uma melhor imagem no mercado. Resposta: Letra A.
Em “c”: A noção de responsabilidade social foi muito É uma situação que contrasta com outros lugares
utilizada em campanhas publicitárias: (X) ; por isso, as de Barcelona, uma cidade que vive hoje em duas
empresas precisam relacionar-se melhor, (X) com a dimensões. De um lado, há a Barcelona dos turistas,
sociedade. que se cotovelam nos pontos turísticos da cidade
Em “d”: A responsabilidade social explora um leque Os períodos destacados acrescentam informações aos
abrangente de beneficiários, envolvendo , assim: (X) , termos citados anteriormente.
a qualidade de vida , o bem-estar dos trabalhadores,
(X) e a redução de impactos negativos, (X) no meio
ambiente. CLASSE DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO,
Em “e”: Alguns críticos da responsabilidade social ADJETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO,
defendem a ideia de que: (X) o objetivo das empresas é ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO, CONJUNÇÃO
o lucro e a geração de empregos , não a preocupação E ARTIGO : EMPREGO E SENTIDO
com a sociedade como um todo.
QUE IMPRIMEM ÀS RELAÇÕES QUE
GABARITO OFICIAL: A
ESTABELECEM;
5. (PC-SP - Investigador de Polícia – Vunesp-2014)

1. ADJETIVO

É a palavra que expressa uma qualidade ou


característica do ser e se relaciona com o substantivo,
concordando com este em gênero e número.
LÍNGUA PORTUGUESA

As praias brasileiras estão poluídas.


Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos
(Folha de S.Paulo, 03.01.2014. Adaptado) (plural e feminino, pois concordam com “praias”).

De acordo com a norma-padrão, no primeiro quadrinho,


na fala de Hagar, deve ser utilizada uma vírgula,
obrigatoriamente,

14
Locução adjetiva de sonho onírico
Locução = reunião de palavras. Sempre que são de velho senil
necessárias duas ou mais palavras para falar sobre a de vento eólico
mesma coisa, tem-se locução. Às vezes, uma preposição
de vidro vítreo ou hialino
+ substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a
Locução Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). de virilha inguinal
Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem de visão óptico ou ótico
freio (paixão desenfreada).
Observação:
Observe outros exemplos: Nem toda locução adjetiva possui um adjetivo
correspondente, com o mesmo significado: Vi as alunas
de águia aquilino da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de aluno discente
Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de anjo angelical
de ano anual O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos,
de aranha aracnídeo atuando como adjunto adnominal ou como predicativo
de boi bovino (do sujeito ou do objeto).
de cabelo capilar
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de cabra caprino
de campo campestre ou rural Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
de chuva pluvial Observe alguns deles:

de criança pueril Estados e cidades brasileiras:


de dedo digital
de estômago estomacal ou gástrico Alagoas alagoano
de falcão falconídeo Amapá amapaense
de farinha farináceo Aracaju aracajuano ou aracajuense
de fera ferino Amazonas amazonense ou baré
de ferro férreo Belo Horizonte belo-horizontino
de fogo ígneo Brasília brasiliense
de garganta gutural Cabo Frio cabo-friense
de gelo glacial Campinas campineiro ou campinense
de guerra bélico
Adjetivo Pátrio Composto
de homem viril ou humano
de ilha insular Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro
elemento aparece na forma reduzida e, normalmente,
de inverno hibernal ou invernal
erudita. Observe alguns exemplos:
de lago lacustre
de leão leonino África afro- / Cultura afro-americana
de lebre leporino germano- ou teuto-/Competições
Alemanha
de lua lunar ou selênico teuto-inglesas
de madeira lígneo américo- / Companhia américo-
América
africana
de mestre magistral
belgo- / Acampamentos belgo-
de ouro áureo Bélgica
franceses
LÍNGUA PORTUGUESA

de paixão passional
China sino- / Acordos sino-japoneses
de pâncreas pancreático
Espanha hispano- / Mercado hispano-português
de porco suíno ou porcino
Europa euro- / Negociações euro-americanas
dos quadris ciático
franco- ou galo- / Reuniões franco-
de rio fluvial França
italianas

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Grécia greco- / Filmes greco-romanos Caso se ligue a outra palavra por hífen, formará um
adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado, o
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas adjetivo composto inteiro ficará invariável. Veja:
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa Camisas rosa-claro.
Ternos rosa-claro.
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Olhos verde-claros.
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Flexão dos adjetivos
Observação:
O adjetivo varia em gênero, número e grau. Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre
Gênero dos Adjetivos invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste,
vestidos cor-de-rosa.
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois
referem (masculino e feminino). De forma semelhante elementos flexionados: crianças surdas-mudas.
aos substantivos, classificam-se em:
Grau do Adjetivo
A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o
masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau Os adjetivos se flexionam em grau para indicar a
e má. intensidade da qualidade do ser. São dois os graus do
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no adjetivo: o comparativo e o superlativo.
feminino somente o último elemento: o moço norte-
americano, a moça norte-americana. A) Comparativo
Exceção: surdo-mudo e surda-muda. Nesse grau, comparam-se a mesma característica
atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais
B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o características atribuídas ao mesmo ser. O comparativo
masculino como para o feminino: homem feliz e pode ser de igualdade, de superioridade ou de
mulher feliz. inferioridade.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável
no feminino: conflito político-social e desavença político- Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade
social. No comparativo de igualdade, o segundo termo da
comparação é introduzido pelas palavras como, quanto
Número dos Adjetivos ou quão.

Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de


A) Plural dos adjetivos simples
Superioridade
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo
com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos
Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de
substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e
Inferioridade
ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim.
se a palavra que estiver qualificando um elemento for, São eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/
originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma superior, grande/maior, baixo/inferior.
primitiva. Exemplo: a palavra cinza é, originalmente, um
substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, Observe que:
funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: • As formas menor e pior são comparativos de
camisas cinza, ternos cinza. superioridade, pois equivalem a mais pequeno e
Motos vinho (mas: motos verdes) mais mau, respectivamente.
Paredes musgo (mas: paredes brancas). • Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). (melhor, pior, maior e menor), porém, em
comparações feitas entre duas qualidades de um
B) Adjetivo Composto mesmo elemento, deve-se usar as formas analíticas
É aquele formado por dois ou mais elementos. mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno.
Normalmente, esses elementos são ligados por hífen.
LÍNGUA PORTUGUESA

Por exemplo:
Apenas o último elemento concorda com o substantivo Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
a que se refere; os demais ficam na forma masculina, elementos.
singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo duas qualidades de um mesmo elemento.
composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de
é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver Inferioridade
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Sou menos passivo (do) que tolerante.

16
B) Superlativo 2. ADVÉRBIO
O superlativo expressa qualidades num grau muito
elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou Compare estes exemplos:
relativo e apresenta as seguintes modalidades: O ônibus chegou.
O ônibus chegou ontem.
B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a
qualidade de um ser é intensificada, sem relação com Advérbio é uma palavra invariável que modifica o
outros seres. Apresenta-se nas formas: sentido do verbo (acrescentando-lhe circunstâncias de
• Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de tempo, de modo, de lugar, de intensidade), do adjetivo e
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios). do próprio advérbio.
Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado. Estudei bastante. = modificando o verbo estudei
• Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por Ele canta muito bem! = intensificando outro advérbio
exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo. (bem)
Ela tem os olhos muito claros. = relação com um
Observe alguns superlativos sintéticos: adjetivo (claros)

benéfico beneficentíssimo Quando modifica um verbo, o advérbio pode


bom boníssimo ou ótimo acrescentar ideia de:
Tempo: Ela chegou tarde.
comum comuníssimo Lugar: Ele mora aqui.
cruel crudelíssimo Modo: Eles agiram mal.
difícil dificílimo Negação: Ela não saiu de casa.
Dúvida: Talvez ele volte.
doce dulcíssimo
fácil facílimo Flexão do Advérbio
fiel fidelíssimo
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não
B.2 Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade apresentam variação em gênero e número. Alguns
de um ser é intensificada em relação a um conjunto de advérbios, porém, admitem a variação em grau. Observe:
seres. Essa relação pode ser:
• De Superioridade: Essa matéria é a mais fácil de A) Grau Comparativo
todas. Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo
• De Inferioridade: Essa matéria é a menos fácil de modo que o comparativo do adjetivo:
todas. • de igualdade: tão + advérbio + quanto (como):
Renato fala tão alto quanto João.
O superlativo absoluto analítico é expresso por meio • de inferioridade: menos + advérbio + que (do
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, que): Renato fala menos alto do que João.
antepostos ao adjetivo. • de superioridade:
O superlativo absoluto sintético se apresenta sob duas
formas: uma erudita - de origem latina – e outra popular A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
- de origem vernácula. A forma erudita é constituída pelo fala mais alto do que João.
radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, -imo A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato
ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo; a popular é fala melhor que João.
constituída do radical do adjetivo português + o sufixo
-íssimo: pobríssimo, agilíssimo. B) Grau Superlativo
Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo O superlativo pode ser analítico ou sintético:
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio:
terminados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, Renato fala muito alto.
cheio – cheíssimo. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio
de modo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza altíssimo.
Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010. Observação:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
LÍNGUA PORTUGUESA

As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são


Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)
SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
secoes/morf/morf32.php>

17
Classificação dos Advérbios Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido

De acordo com a circunstância que exprime, o Há palavras como muito, bastante, que podem
advérbio pode ser de: aparecer como advérbio e como pronome indefinido.
A) Lugar: aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito.
aí, abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo
nenhures, adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
embaixo, externamente, a distância, à distância de,
de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda,
ao lado, em volta.
B) Tempo: hoje, logo, primeiro, ontem, tarde, outrora,
#FicaDica
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, Como saber se a palavra bastante é
antes, doravante, nunca, então, ora, jamais, advérbio (não varia, não se flexiona) ou
agora, sempre, já, enfim, afinal, amiúde, breve, pronome indefinido (varia, sofre flexão)? Se
constantemente, entrementes, imediatamente, der, na frase, para substituir o “bastante” por
primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, “muito”, estamos diante de um advérbio; se
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de der para substituir por “muitos” (ou muitas),
vez em quando, de quando em quando, a qualquer é um pronome. Veja:
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em 1. Estudei bastante para o concurso. (estudei
dia. muito, pois “muitos” não dá!) = advérbio
C) Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, 2. Estudei bastantes capítulos para o concurso.
depressa, acinte, debalde, devagar, às pressas, às
(estudei muitos capítulos) = pronome
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
indefinido
poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em
geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em
vão e a maior parte dos que terminam em “-mente”: Advérbios Interrogativos
calmamente, tristemente, propositadamente,
pacientemente, amorosamente, docemente,
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
escandalosamente, bondosamente, generosamente.
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
D) Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto,
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja:
efetivamente, certo, decididamente, deveras,
indubitavelmente.
E) Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, Interrogação Direta Interrogação Indireta
de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum. Como aprendeu? Perguntei como aprendeu
F) Dúvida: acaso, porventura, possivelmente,
provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, por Onde mora? Indaguei onde morava
certo, quem sabe. Por que choras? Não sei por que choras
G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em Aonde vai? Perguntei aonde ia
excesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto,
quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, Donde vens? Pergunto donde vens
nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, Quando voltas? Pergunto quando voltas
extremamente, intensamente, grandemente, bem
(quando aplicado a propriedades graduáveis). Locução Adverbial
H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão,
somente, simplesmente, só, unicamente. Por Quando há duas ou mais palavras que exercem
exemplo: Brando, o vento apenas move a copa das função de advérbio, temos a locução adverbial, que
árvores. pode expressar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam
I) Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, ordinariamente por uma preposição. Veja:
também. Por exemplo: O indivíduo também A) lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto,
amadurece durante a adolescência. para dentro, por aqui, etc.
J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por B) afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer C) modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão,
aos meus amigos por comparecerem à festa. em geral, frente a frente, etc.
D) tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
Saiba que:
LÍNGUA PORTUGUESA

hoje em dia, nunca mais, etc.


Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
A locução adverbial e o advérbio modificam o verbo,
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos
o adjetivo e outro advérbio:
tarde possível.
Chegou muito cedo. (advérbio)
Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente,
em geral sufixamos apenas o último: O aluno respondeu Joana é muito bela. (adjetivo)
calma e respeitosamente. De repente correram para a rua. (verbo)

18
Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais No caso de os nomes próprios personativos estarem
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio: no plural, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias,
Essa matéria é mais bem interessante que aquela. os Incas, Os Astecas...
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a)
advérbio: Cheguei primeiro. para conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (do
artigo), o pronome assume a noção de “qualquer”.
Quanto a sua função sintática: o advérbio e a Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
locução adverbial desempenham na oração a função Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
de adjunto adverbial, classificando-se de acordo com as (qualquer classe)
circunstâncias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou
ao advérbio. Exemplo: Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto facultativo: Preparei o meu curso. Preparei meu curso.
adverbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”) A utilização do artigo indefinido pode indicar uma
Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de ideia de aproximação numérica: O máximo que ele deve
intensidade e de tempo, respectivamente. ter é uns vinte anos.
O artigo também é usado para substantivar palavras
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS pertencentes a outras classes gramaticais: Não sei o
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza porquê de tudo isso. / O bem vence o mal.
Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010. Há casos em que o artigo definido não pode ser
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: usado:
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Antes de nomes de cidade (topônimo) e de pessoas
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. conhecidas: O professor visitará Roma.
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a
SITE presença do artigo será obrigatória: O professor visitará
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ a bela Roma.
secoes/morf/morf75.php>
Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria
3. ARTIGO sairá agora?
Exceção: O senhor vai à festa?
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
se como o termo variável que serve para individualizar ou Após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?/ Este é o
(masculino/feminino) e o número (singular/plural). candidato cuja nota foi a mais alta.
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as
variações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
“uma”[s] e “uns]). CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
A) Artigos definidos – São usados para indicar seres – São Paulo: Saraiva, 2010.
determinados, expressos de forma individual: O AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
muito. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
B) Artigos indefinidos – usados para indicar seres Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
de modo vago, impreciso: Uma candidata foi CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
aprovada! Umas candidatas foram aprovadas! Cochar - Português linguagens: volume 1– 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010.
Circunstâncias em que os artigos se manifestam:
SITE
Considera-se obrigatório o uso do artigo depois Disponível em: <http://www.brasilescola.com/
do numeral “ambos”: Ambos os concursos cobrarão tal gramatica/artigo.htm>
conteúdo.
Nomes próprios indicativos de lugar (ou topônimos) 4. CONJUNÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA

admitem o uso do artigo, outros não: São Paulo, O Rio de


Janeiro, Veneza, A Bahia... Além da preposição, há outra palavra também
Quando indicado no singular, o artigo definido pode invariável que, na frase, é usada como elemento de
indicar toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. ligação: a conjunção. Ela serve para ligar duas orações ou
No caso de nomes próprios personativos, denotando duas palavras de mesma função em uma oração:
a ideia de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso O concurso será realizado nas cidades de Campinas e
do artigo: Marcela é a mais extrovertida das irmãs. / O São Paulo.
Pedro é o xodó da família.

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A prova não será fácil, por isso estou estudando muito. D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração
que expressa ideia de conclusão ou consequência.
Morfossintaxe da Conjunção São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por
conseguinte, por isso, assim.
As conjunções, a exemplo das preposições, não Marta estava bem preparada para o teste, portanto
exercem propriamente uma função sintática: são não ficou nervosa.
conectivos. Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão.

Classificação da Conjunção E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração


que a explica, que justifica a ideia nela contida. São
De acordo com o tipo de relação que estabelecem, as elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto.
conjunções podem ser classificadas em coordenativas e Não demore, que o filme já vai começar.
subordinativas. No primeiro caso, os elementos ligados Falei muito, pois não gosto do silêncio!
pela conjunção podem ser isolados um do outro. Esse
isolamento, no entanto, não acarreta perda da unidade Conjunções Subordinativas
de sentido que cada um dos elementos possui. Já no
segundo caso, cada um dos elementos ligados pela São aquelas que ligam duas orações, sendo uma
conjunção depende da existência do outro. Veja: delas dependente da outra. A oração dependente,
Estudei muito, mas ainda não compreendi o conteúdo. introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o
Podemos separá-las por ponto: nome de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já
Estudei muito. Ainda não compreendi o conteúdo. tinha começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal
Temos acima um exemplo de conjunção (e, quando: conjunção subordinativa (adverbial temporal)
consequentemente, orações coordenadas) coordenativa ela chegou: oração subordinada
– “mas”. Já em:
Espero que eu seja aprovada no concurso! As conjunções subordinativas subdividem-se em
integrantes e adverbiais:
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração Integrantes - Indicam que a oração subordinada
principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período por elas introduzida completa ou integra o sentido
temos uma oração subordinada substantiva objetiva da principal. Introduzem orações que equivalem
direta (ela exerce a função de objeto direto do verbo da a substantivos, ou seja, as orações subordinadas
oração principal). substantivas. São elas: que, se.
Quero que você volte. (Quero sua volta)
Conjunções Coordenativas
Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
São aquelas que ligam orações de sentido completo exerce a função de adjunto adverbial da principal. De
e independente ou termos da oração que têm a mesma acordo com a circunstância que expressam, classificam-
função gramatical. Subdividem-se em: se em:

A) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando A) Causais: introduzem uma oração que é causa da
ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e ocorrência da oração principal. São elas: porque,
não), não só... mas também, não só... como também, que, como (= porque, no início da frase), pois que,
bem como, não só... mas ainda. visto que, uma vez que, porquanto, já que, desde
A sua pesquisa é clara e objetiva. que, etc.
Não só dança, mas também canta. Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.

B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, B) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
expressando ideia de contraste ou compensação. ideia contrária à da principal, sem, no entanto,
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda
no entanto, não obstante. que, apesar de que, se bem que, mesmo que, por
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui. mais que, posto que, conquanto, etc.
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
C) Alternativas: ligam orações ou palavras,
expressando ideia de alternância ou escolha, C) Condicionais: introduzem uma oração que indica
LÍNGUA PORTUGUESA

indicando fatos que se realizam separadamente. a hipótese ou a condição para ocorrência da


São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se,
seja... seja, talvez... talvez. a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário. Se precisar de minha ajuda, telefone-me.

20
I) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa
#FicaDica a consequência da principal. São elas: de sorte que,
de modo que, sem que (= que não), de forma que, de
Você deve ter percebido que a conjunção jeito que, que (tendo como antecedente na oração
condicional “se” também é conjunção principal uma palavra como tal, tão, cada, tanto,
integrante. A diferença é clara ao ler as tamanho), etc.
orações que são introduzidas por ela. Acima, Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do
ela nos dá a ideia da condição para que exame.
recebamos um telefonema (se for preciso
ajuda). Já na oração: Não sei se farei o
concurso. = Não há ideia de condição FIQUE ATENTO!
alguma, há? Outra coisa: o verbo da oração Muitas conjunções não têm classificação
principal (sei) pede complemento (objeto única, imutável, devendo, portanto, ser
direto, já que “quem não sabe, não sabe classificadas de acordo com o sentido que
algo”). Portanto, a oração em destaque apresentam no contexto (destaque da Zê!).
exerce a função de objeto direto da oração
principal, sendo classificada como oração
subordinada substantiva objetiva direta. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
D) Conformativas: introduzem uma oração que Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
exprime a conformidade de um fato com outro. CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
São elas: conforme, como (= conforme), segundo, Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
consoante, etc. – São Paulo: Saraiva, 2010.
O passeio ocorreu como havíamos planejado. AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
E) Finais: introduzem uma oração que expressa
a finalidade ou o objetivo com que se realiza a SITE
oração principal. São elas: para que, a fim de que, Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
que, porque (= para que), que, etc. secoes/morf/morf84.php>
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
5. INTERJEIÇÃO
F) Proporcionais: introduzem uma oração que
expressa um fato relacionado proporcionalmente Interjeição é a palavra invariável que exprime
à ocorrência do expresso na principal. São elas: à emoções, sensações, estados de espírito. É um recurso da
medida que, à proporção que, ao passo que e as linguagem afetiva, em que não há uma ideia organizada
combinações quanto mais... (mais), quanto menos... de maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas
(menos), quanto menos... (mais), quanto menos... sim a manifestação de um suspiro, um estado da alma
(menos), etc. decorrente de uma situação particular, um momento ou
O preço fica mais caro à medida que os produtos um contexto específico. Exemplos:
escasseiam. Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
Observação: Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
São incorretas as locuções proporcionais à medida hum: expressão de um pensamento súbito =
em que, na medida que e na medida em que. interjeição

G) Temporais: introduzem uma oração que O significado das interjeições está vinculado à maneira
acrescenta uma circunstância de tempo ao fato como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o
expresso na oração principal. São elas: quando, sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto
enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as em que for utilizada. Exemplos:
vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora
que, mal (= assim que), etc. Psiu!
A briga começou assim que saímos da festa. contexto: alguém pronunciando esta expressão
na rua ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te
H) Comparativas: introduzem uma oração que chamando! Ei, espere!”
LÍNGUA PORTUGUESA

expressa ideia de comparação com referência à


oração principal. São elas: como, assim como, tal Psiu!
como, como se, (tão)... como, tanto como, tanto contexto: alguém pronunciando em um hospital;
quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, significado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça
que (combinado com menos ou mais), etc. silêncio!”
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
puxa: interjeição; tom da fala: euforia

21
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! Toda frase mais ou menos breve dita em tom
puxa: interjeição; tom da fala: decepção exclamativo torna-se uma locução interjetiva,
dispensando análise dos termos que a compõem:
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções: Macacos me mordam!, Valha-me Deus!, Quem me dera!
A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo 1. As interjeições são como frases resumidas,
alegria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito sintéticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava
interessante! por essa!) / Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe)
B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da 2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeição
minha frente. é o seu tom exclamativo; por isso, palavras de
outras classes gramaticais podem aparecer como
As interjeições podem ser formadas por: interjeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) /
• simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô Fora! Francamente! (Advérbios)
• palavras: Oba! Olá! Claro! 3. A interjeição pode ser considerada uma “palavra-
• grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu frase” porque sozinha pode constituir uma
Deus! Ora bolas! mensagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me!
Silêncio! Fique quieto!
Classificação das Interjeições 4. Há, também, as interjeições onomatopaicas ou
imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Por
Comumente, as interjeições expressam sentido de: exemplo: Miau! Bumba! Zás! Plaft! Pof! Catapimba!
A) Advertência: Cuidado! Devagar! Calma! Sentido! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
Atenção! Olha! Alerta! 5. Não se deve confundir a interjeição de apelo
B) Afugentamento: Fora! Passa! Rua! «ó» com a sua homônima «oh!», que exprime
C) Alegria ou Satisfação: Oh! Ah! Eh! Oba! Viva! admiração, alegria, tristeza, etc. Faz-se uma pausa
D) Alívio: Arre! Uf! Ufa! Ah! depois do «oh!» exclamativo e não a fazemos
E) Animação ou Estímulo: Vamos! Força! Coragem! depois do «ó» vocativo. Por exemplo: “Ó natureza!
Ânimo! Adiante! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
F) Aplauso ou Aprovação: Bravo! Bis! Apoiado! Viva!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
G) Concordância: Claro! Sim! Pois não! Tá!
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
H) Repulsa ou Desaprovação: Credo! Ih!
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Francamente! Essa não! Chega! Basta!
CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa
I) Desejo ou Intenção: Pudera! Tomara! Oxalá!
- Português – Literatura, Produção de Textos & Gramática
Queira Deus!
– volume único – 3.ª Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
J) Desculpa: Perdão!
K) Dor ou Tristeza: Ai! Ui! Ai de mim! Que pena!
SITE
L) Dúvida ou Incredulidade: Que nada! Qual o quê! Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
M) Espanto ou Admiração: Oh! Ah! Uai! Puxa! Céus! secoes/morf/morf89.php>
Quê! Caramba! Opa! Nossa! Hein? Cruz! Putz!
N) Impaciência ou Contrariedade: Hum! Raios! 6. NUMERAL
Puxa! Pô! Ora!
O) Pedido de Auxílio: Socorro! Aqui! Piedade! Numeral é a palavra variável que indica quantidade
P) Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve! numérica ou ordem; expressa a quantidade exata de
Viva! Olá! Alô! Tchau! Psiu! Socorro! Valha-me, pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa
Deus! determinada sequência.
Q) Silêncio: Psiu! Silêncio! Os numerais traduzem, em palavras, o que os números
R) Terror ou Medo: Credo! Cruzes! Minha nossa! indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão
é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se trata de
Saiba que: numerais, mas sim de algarismos.
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem
sofrem variação em gênero, número e grau como os a ideia expressa pelos números, existem mais algumas
nomes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto palavras consideradas numerais porque denotam
e voz como os verbos. No entanto, em uso específico, quantidade, proporção ou ordenação. São alguns
algumas interjeições sofrem variação em grau. Não se exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena.
trata de um processo natural desta classe de palavra, mas
tão só uma variação que a linguagem afetiva permite. Classificação dos Numerais
Exemplos: oizinho, bravíssimo, até loguinho.
LÍNGUA PORTUGUESA

A) Cardinais: indicam quantidade exata ou


Locução Interjetiva determinada de seres: um, dois, cem mil, etc.
Alguns cardinais têm sentido coletivo, como por
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma exemplo: século, par, dúzia, década, bimestre.
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem B) Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus! ou alguma coisa ocupa numa determinada
sequência: primeiro, segundo, centésimo, etc.

22
As palavras anterior, posterior, último, antepenúltimo, Mas, se a centena começa por “zero” ou termina
final e penúltimo também indicam posição dos seres, por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e
mas são classificadas como adjetivos, não ordinais. quinhentos reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)
C) Fracionários: indicam parte de uma quantidade,
ou seja, uma divisão dos seres: meio, terço, dois Para designar papas, reis, imperadores, séculos e
quintos, etc. partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais
D) Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação até décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade numeral venha depois do substantivo;
foi aumentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Ordinais Cardinais
Flexão dos numerais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/ D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/
duzentas em diante: trezentos/trezentas, quatrocentos/ Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
quatrocentas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
variam em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
cardinais são invariáveis.
Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
Os numerais ordinais variam em gênero e número: como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)

primeiro segundo milésimo


primeira segunda milésima #FicaDica
primeiros segundos milésimos Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiras segundas milésimas associação. Ficará mais fácil!

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando


atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
esforço e conseguiram o triplo de produção. ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
triplas do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
duas terças partes. “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. Sua utilização exige a presença do artigo posposto:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização dia. O artigo só é dispensado caso haja um pronome
de sentido. É o que ocorre em frases como: demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (=
segunda divisão de futebol)

Emprego e Leitura dos Numerais

Os numerais são escritos em conjunto de três


algarismos, contados da direita para a esquerda, em
forma de centenas, dezenas e unidades, tendo cada
conjunto uma separação através de ponto ou espaço
correspondente a um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456.
LÍNGUA PORTUGUESA

Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar


exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
No português contemporâneo, não se usa a
conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci em
mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.

23
Quadro de alguns numerais

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


Um Primeiro -
Dois Segundo Dobro, Duplo Meio
Três Terceiro Triplo, Tríplice Terço
Quatro Quarto Quádruplo Quarto
Cinco Quinto Quíntuplo Quinto
Seis Sexto Sêxtuplo Sexto
Sete Sétimo Sétuplo Sétimo
Oito Oitavo Óctuplo Oitavo
Nove Nono Nônuplo Nono
Dez Décimo Décuplo Décimo
Onze Décimo Primeiro - Onze Avos
Doze Décimo Segundo - Doze Avos
Treze Décimo Terceiro - Treze Avos
Catorze Décimo Quarto - Catorze Avos
Quinze Décimo Quinto - Quinze Avos
Dezesseis Décimo Sexto - Dezesseis Avos
Dezessete Décimo Sétimo - Dezessete Avos
Dezoito Décimo Oitavo - Dezoito Avos
Dezenove Décimo Nono - Dezenove Avos
Vinte Vigésimo - Vinte Avos
Trinta Trigésimo - Trinta Avos
Quarenta Quadragésimo - Quarenta Avos
Cinqüenta Quinquagésimo - Cinquenta Avos
Sessenta Sexagésimo - Sessenta Avos
Setenta Septuagésimo - Setenta Avos
Oitenta Octogésimo - Oitenta Avos
Noventa Nonagésimo - Noventa Avos
Cem Centésimo Cêntuplo Centésimo
Duzentos Ducentésimo - Ducentésimo
Trezentos Trecentésimo - Trecentésimo
Quatrocentos Quadringentésimo - Quadringentésimo
Quinhentos Quingentésimo - Quingentésimo
Seiscentos Sexcentésimo - Sexcentésimo
Setecentos Septingentésimo Septingentésimo
Oitocentos Octingentésimo Octingentésimo
Nongentésimo ou
Novecentos Nongentésimo
Noningentésimo
Mil Milésimo Milésimo
LÍNGUA PORTUGUESA

Milhão Milionésimo Milionésimo


Milhão Bilionésimo Bilionésimo

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.

24
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Irei à festa sozinha.
SITE Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a” é
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ artigo; o segundo, preposição.
secoes/morf/morf40.php>
Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
7. PREPOSIÇÃO lugar e/ou a função de um substantivo: Nós trouxemos a
apostila. = Nós a trouxemos.
Preposição é uma palavra invariável que serve para
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, Relações semânticas (= de sentido) estabelecidas
normalmente há uma subordinação do segundo termo por meio das preposições:
em relação ao primeiro. As preposições são muito
importantes na estrutura da língua, pois estabelecem Destino = Irei a Salvador.
a coesão textual e possuem valores semânticos Modo = Saiu aos prantos.
indispensáveis para a compreensão do texto. Lugar = Sempre a seu lado.
Assunto = Falemos sobre futebol.
Tipos de Preposição Tempo = Chegarei em instantes.
Causa = Chorei de saudade.
A) Preposições essenciais: palavras que atuam Fim ou finalidade = Vim para ficar.
exclusivamente como preposições: a, ante, perante, Instrumento = Escreveu a lápis.
após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, Posse = Vi as roupas da mamãe.
por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para Autoria = livro de Machado de Assis
com. Companhia = Estarei com ele amanhã.
B) Preposições acidentais: palavras de outras classes Matéria = copo de cristal.
gramaticais que podem atuar como preposições, Meio = passeio de barco.
ou seja, formadas por uma derivação imprópria: Origem = Nós somos do Nordeste.
como, durante, exceto, fora, mediante, salvo, Conteúdo = frascos de perfume.
segundo, senão, visto. Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
C) Locuções prepositivas: duas ou mais palavras Preço = Essa roupa sai por cinquenta reais.
valendo como uma preposição, sendo que a última
palavra é uma (preposição): abaixo de, acerca de, Quanto à preposição “trás”: não se usa senão nas
acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, locuções adverbiais (para trás ou por trás) e na locução
em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, prepositiva por trás de.
graças a, junto a, com, perto de, por causa de, por
cima de, por trás de. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
A preposição é invariável, no entanto pode unir-se Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
a outras palavras e, assim, estabelecer concordância em CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
gênero ou em número. Exemplo: por + o = pelo / por + Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
a = pela. – São Paulo: Saraiva, 2010.
Essa concordância não é característica da preposição, AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
mas das palavras às quais ela se une. literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
Esse processo de junção de uma preposição com
outra palavra pode se dar a partir dos processos de: SITE
• Combinação: união da preposição “a” com o artigo Disponível em: <http://www.infoescola.com/
“o”(s), ou com o advérbio “onde”: ao, aonde, aos. portugues/preposicao/>
Os vocábulos não sofrem alteração.
• Contração: união de uma preposição com outra pa- 8. PRONOME
lavra, ocorrendo perda ou transformação de fone-
ma: de + o = do, em + a = na, per + os = pelos, de Pronome é a palavra variável que substitui ou
+ aquele = daquele, em + isso = nisso. acompanha um substantivo (nome), qualificando-o de
• Crase: é a fusão de vogais idênticas: à (“a” preposi- alguma forma.
ção + “a” artigo), àquilo (“a” preposição + 1.ª vogal O homem julga que é superior à natureza, por isso o
do pronome “aquilo”).
LÍNGUA PORTUGUESA

homem destrói a natureza...


Utilizando pronomes, teremos: O homem julga que é
O “a” pode funcionar como preposição, pronome superior à natureza, por isso ele a destrói...
pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” Ficou melhor, sem a repetição desnecessária de
seja um artigo, virá precedendo um substantivo, servindo termos (homem e natureza).
para determiná-lo como um substantivo singular e
feminino: A matéria que estudei é fácil!

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Grande parte dos pronomes não possuem significados 3.ª pessoa do singular: ele, ela
fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação 1.ª pessoa do plural: nós
dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar 2.ª pessoa do plural: vós
a referência exata daquilo que está sendo colocado 3.ª pessoa do plural: eles, elas
por meio dos pronomes no ato da comunicação. Com
exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os Esses pronomes não costumam ser usados como
demais pronomes têm por função principal apontar para complementos verbais na língua-padrão. Frases como
as pessoas do discurso ou a elas se relacionar, indicando- “Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu
lhes sua situação no tempo ou no espaço. Em virtude até aqui”- comuns na língua oral cotidiana - devem
dessa característica, os pronomes apresentam uma forma ser evitadas na língua formal escrita ou falada. Na
específica para cada pessoa do discurso. língua formal, devem ser usados os pronomes oblíquos
Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada. correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”,
[minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala] “Trouxeram-me até aqui”.
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
[tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se Frequentemente observamos a omissão do pronome
fala] reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada. formas verbais marcam, através de suas desinências, as
[dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos
se fala] boa viagem. (Nós)

Em termos morfológicos, os pronomes são palavras B) Pronome Oblíquo


variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na
número (singular ou plural). Assim, espera-se que a sentença, exerce a função de complemento verbal
referência através do pronome seja coerente em termos (objeto direto ou indireto): Ofertaram-nos flores.
de gênero e número (fenômeno da concordância) com (objeto indireto)
o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente
no enunciado. Observação:
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da O pronome oblíquo é uma forma variante do
nossa escola neste ano. pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância a função diversa que eles desempenham na oração:
adequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome
[neste: pronome que determina “ano” = concordância oblíquo marca o complemento da oração. Os pronomes
adequada] oblíquos sofrem variação de acordo com a acentuação
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
concordância inadequada]
B.1 Pronome Oblíquo Átono
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, São chamados átonos os pronomes oblíquos que
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. não são precedidos de preposição. Possuem acentuação
tônica fraca: Ele me deu um presente.
Pronomes Pessoais Lista dos pronomes oblíquos átonos
1.ª pessoa do singular (eu): me
São aqueles que substituem os substantivos, 2.ª pessoa do singular (tu): te
indicando diretamente as pessoas do discurso. Quem fala 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ou escreve assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os 1.ª pessoa do plural (nós): nos
pronomes “tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a 2.ª pessoa do plural (vós): vos
quem se dirige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
referência à pessoa ou às pessoas de quem se fala.
Os pronomes pessoais variam de acordo com as
funções que exercem nas orações, podendo ser do caso
reto ou do caso oblíquo.

A) Pronome Reto
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na
sentença, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos
flores.
LÍNGUA PORTUGUESA

Os pronomes retos apresentam flexão de número,


gênero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa
última a principal flexão, uma vez que marca a pessoa do
discurso. Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é
assim configurado:
1.ª pessoa do singular: eu
2.ª pessoa do singular: tu

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A combinação da preposição “com” e alguns
FIQUE ATENTO! pronomes originou as formas especiais comigo, contigo,
Os pronomes o, os, a, as assumem formas consigo, conosco e convosco. Tais pronomes oblíquos
especiais depois de certas terminações tônicos frequentemente exercem a função de adjunto
verbais: adverbial de companhia: Ele carregava o documento
consigo.
1. Quando o verbo termina em -z, -s ou
-r, o pronome assume a forma lo, los, la A preposição “até” exige as formas oblíquas tônicas:
ou las, ao mesmo tempo que a terminação Ela veio até mim, mas nada falou.
Mas, se “até” for palavra denotativa (com o sentido de
verbal é suprimida. Por exemplo:
inclusão), usaremos as formas retas: Todos foram bem na
fiz + o = fi-lo
prova, até eu! (= inclusive eu)
fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la As formas “conosco” e “convosco” são substituídas
por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais
2. Quando o verbo termina em som nasal, são reforçados por palavras como outros, mesmos,
o pronome assume as formas no, nos, na, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
nas. Por exemplo: Você terá de viajar com nós todos.
viram + o: viram-no Estávamos com vós outros quando chegaram as más
repõe + os = repõe-nos notícias.
retém + a: retém-na Ele disse que iria com nós três.
tem + as = tem-nas
B.3 Pronome Reflexivo
B.2 Pronome Oblíquo Tônico São pronomes pessoais oblíquos que, embora
Os pronomes oblíquos tônicos são sempre funcionem como objetos direto ou indireto, referem-
precedidos por preposições, em geral as preposições a, se ao sujeito da oração. Indicam que o sujeito pratica e
para, de e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos recebe a ação expressa pelo verbo.
exercem a função de objeto indireto da oração. Possuem
acentuação tônica forte. Lista dos pronomes reflexivos:
Lista dos pronomes oblíquos tônicos: 1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me
1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo lembro disso.
2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo 2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo.
3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela 3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo =
1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco Guilherme já se preparou.
2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco Ela deu a si um presente.
3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas Antônio conversou consigo mesmo.

Observe que as únicas formas próprias do pronome 1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio.
tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa 2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes
(ti). As demais repetem a forma do pronome pessoal do com esta conquista.
caso reto. 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se
As preposições essenciais introduzem sempre conheceram. / Elas deram a si um dia de folga.
pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome
do caso reto. Nos contextos interlocutivos que exigem o #FicaDica
uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados O pronome é reflexivo quando se refere
desta forma: à mesma pessoa do pronome subjetivo
Não há mais nada entre mim e ti.
(sujeito): Eu me arrumei e saí.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
É pronome recíproco quando indica
Não há nenhuma acusação contra mim.
reciprocidade de ação: Nós nos amamos. /
Não vá sem mim.
Olhamo-nos calados.
O “se” pode ser usado como palavra
Há construções em que a preposição, apesar de
expletiva ou partícula de realce, sem ser
surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir
uma oração cujo verbo está no infinitivo. Nesses casos, rigorosamente necessária e sem função
o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um sintática: Os exploradores riam-se de suas
tentativas. / Será que eles se foram?
LÍNGUA PORTUGUESA

pronome, deverá ser do caso reto.


Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.
C) Pronomes de Tratamento
A frase: “Foi fácil para mim resolver aquela questão!” São pronomes utilizados no tratamento formal,
está correta, já que “para mim” é complemento de “fácil”. cerimonioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor
A ordem direta seria: Resolver aquela questão foi fácil (portanto, a segunda pessoa), utilizam o verbo na
para mim! terceira pessoa. Alguns exemplos:

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Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais a chamar alguém de “você”, não poderemos usar
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e “te” ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na
religiosos em geral terceira pessoa.
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
professores de curso superior, ministros de Estado teus cabelos. (errado)
e de Tribunais, governadores, secretários de Estado,
presidente da República (sempre por extenso) Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
universidades
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores ou
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
de igual categoria teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes
de direito Pronomes Possessivos
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento
cerimonioso São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
(coisa possuída).
Também são pronomes de tratamento o senhor, Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do
a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” singular)
são empregados no tratamento cerimonioso; “você”
e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são
largamente empregados no português do Brasil; em Número Pessoa Pronome
algumas regiões, a forma tu é de uso frequente; em Singular Primeira Meu(s), minha(s)
outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito
Singular Segunda Teu(s), tua(s)
à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.
Singular Terceira Seu(s), sua(s)
Observações: Plural Primeira Nosso(s), nossa(s)
1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes Plural Segunda Vosso(s), vossa(s)
de tratamento que possuem “Vossa(s)” são Plural Terceira Seu(s), sua(s)
empregados em relação à pessoa com quem
falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, Note que:
compareça a este encontro. A forma do possessivo depende da pessoa gramatical
a que se refere; o gênero e o número concordam com o
2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição
da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram naquele momento difícil.
que Sua Excelência, o Senhor Presidente da
República, agiu com propriedade. Observações:
3. Os pronomes de tratamento representam uma 1. A forma “seu” não é um possessivo quando resultar
forma indireta de nos dirigirmos aos nossos da alteração fonética da palavra senhor: Muito
interlocutores. Ao tratarmos um deputado por obrigado, seu José.
Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos
endereçando à excelência que esse deputado 2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam
supostamente tem para poder ocupar o cargo que posse. Podem ter outros empregos, como:
ocupa. A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40
4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à anos.
2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem
com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela.
possessivos e os pronomes oblíquos empregados
LÍNGUA PORTUGUESA

em relação a eles devem ficar na 3.ª pessoa.


3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa
suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem
Excelência trouxe sua mensagem?
reconhecidos.

5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos 4. Referindo-se a mais de um substantivo, o


ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-
ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida me seus livros e anotações.

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5. Em algumas construções, os pronomes pessoais Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São
oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou Paulo; este está mais bem colocado que aquele. (= este
seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos) [São Paulo], aquele [Palmeiras])
ou
6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu,
próprio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá- Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São
lo, para que não ocorra redundância: Coloque tudo Paulo; aquele está mais bem colocado que este. (= este
nos respectivos lugares. [São Paulo], aquele [Palmeiras])

Pronomes Demonstrativos Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou


invariáveis, observe:
São utilizados para explicitar a posição de certa Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s),
palavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação aquela(s).
pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Invariáveis: isto, isso, aquilo.

A) Em relação ao espaço: Também aparecem como pronomes demonstrativos:


Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
pessoa que fala: • o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu. puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s),
aquilo.
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
pessoa com quem se fala: Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
Esse material em sua carteira é seu? indiquei.)

Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está • mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s):
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com variam em gênero quando têm caráter reforçativo:
quem se fala: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
Aquele material não é nosso. Eu mesma refiz os exercícios.
Vejam aquele prédio! Elas mesmas fizeram isso.
Eles próprios cozinharam.
B) Em relação ao tempo: Os próprios alunos resolveram o problema.
Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
relação à pessoa que fala: • semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.
Esta manhã farei a prova do concurso!
• tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria.
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado,
porém relativamente próximo à época em que se situa 1. Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides
a pessoa que fala: eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este.
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso! (ou então: este solteiro, aquele casado) - este se
refere à pessoa mencionada em último lugar;
Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um aquele, à mencionada em primeiro lugar.
afastamento no tempo, referido de modo vago ou como 2. O pronome demonstrativo tal pode ter conotação
tempo remoto: irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
Naquele tempo, os professores eram valorizados. 3. Pode ocorrer a contração das preposições a, de,
em com pronome demonstrativo: àquele, àquela,
C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se falará deste, desta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no
ou escreverá): que estava vendo. (no = naquilo)
Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer
fazer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se Pronomes Indefinidos
falará:
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso,
ortografia, concordância. dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando
quantidade indeterminada.
Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-
LÍNGUA PORTUGUESA

fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou: plantadas.


Sua aprovação no concurso, isso é o que mais
desejamos! Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Este e aquele são empregados quando se quer fazer imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser
referência a termos já mencionados; aquele se refere ao humano que seguramente existe, mas cuja identidade é
termo referido em primeiro lugar e este para o referido desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
por último:

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A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema”
lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra
na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, “sistema” é antecedente do pronome relativo que.
beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. O antecedente do pronome relativo pode ser o
Algo o incomoda? pronome demonstrativo o, a, os, as.
Quem avisa amigo é. Não sei o que você está querendo dizer.
Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um expresso.
ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de Quem casa, quer casa.
quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s),
certa(s). Observe:
Cada povo tem seus costumes. Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Certas pessoas exercem várias profissões. quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
quantas.
Note que: Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora
pronomes indefinidos adjetivos: Note que:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego,
muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando
qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, seu antecedente for um substantivo.
tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
vários, várias. A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (=
Menos palavras e mais ações. a qual)
Alguns se contentam pouco. Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
quais)
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (=
variáveis e invariáveis. Observe:
as quais)
• Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco,
vário, tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda,
O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente
muita, pouca, vária, tanta, outra, quanta, qualquer,
pronomes relativos, por isso são utilizados didaticamente
quaisquer*, alguns, nenhuns, todos, muitos, poucos,
para verificar se palavras como “que”, “quem”, “onde”
vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas,
(que podem ter várias classificações) são pronomes
todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas.
relativos. Todos eles são usados com referência à
• Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
algo, cada. pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de
determinadas preposições: Regressando de São Paulo,
*Qualquer é composto de qual + quer (do verbo visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado.
querer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra O uso de “que”, neste caso, geraria ambiguidade. Veja:
cujo plural é feito em seu interior). Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que
me deixou encantado (quem me deixou encantado: o
Todo e toda no singular e junto de artigo significa sítio ou minha tia?).
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as: Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas
Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira) dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades) utiliza-se o qual / a qual)
Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro) O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que,
Trabalho todo dia. (= todos os dias) e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas
deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.
São locuções pronominais indefinidas: cada qual, O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o
(que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal consequente (o ser possuído, com o qual concorda
qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma em gênero e número); não se usa artigo depois deste
ou outra, etc. pronome; “cujo” equivale a do qual, da qual, dos quais,
Cada um escolheu o vinho desejado. das quais.

Pronomes Relativos Existem pessoas cujas ações são nobres.


LÍNGUA PORTUGUESA

São aqueles que representam nomes já mencionados (antecedente) (consequente)


anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
as orações subordinadas adjetivas. Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do
O racismo é um sistema que afirma a superioridade de pronome: O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui!
um grupo racial sobre outros. (referiu-se a)
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre
outros = oração subordinada adjetiva).

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“Quanto” é pronome relativo quando tem por Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele”
antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao
e tudo: caso reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce
função de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo.
Emprestei tantos quantos foram necessários. Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso.
(antecedente) O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não
Ele fez tudo quanto havia falado. sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe).
(antecedente)
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou
O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição,
precedido de preposição. diferentemente dos segundos, que são sempre
É um professor a quem muito devemos. precedidos de preposição.
(preposição) A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o
que eu estava fazendo.
“Onde”, como pronome relativo, sempre possui B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
antecedente e só pode ser utilizado na indicação de mim o que eu estava fazendo.
lugar: A casa onde morava foi assaltada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Na indicação de tempo, deve-se empregar quando SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
ou em que: Sinto saudades da época em que (quando) Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
morávamos no exterior. CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar - Português linguagens: volume 2 – 7.ª ed. Reform.
Podem ser utilizadas como pronomes relativos as – São Paulo: Saraiva, 2010.
palavras: AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
• como (= pelo qual) – desde que precedida das
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
palavras modo, maneira ou forma:
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
Não me parece correto o modo como você agiu semana
São Paulo: Saraiva, 2002.
passada.
SITE
• quando (= em que) – desde que tenha como
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
antecedente um nome que dê ideia de tempo: secoes/morf/morf42.php>
Bons eram os tempos quando podíamos jogar
videogame. Colocação Pronominal
Os pronomes relativos permitem reunir duas orações Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
numa só frase. pronomes oblíquos átonos na frase.
O futebol é um esporte. / O povo gosta muito deste
esporte.
= O futebol é um esporte de que o povo gosta muito. #FicaDica
Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode Pronome Oblíquo é aquele que exerce a
ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de função de complemento verbal (objeto). Por
gente que conversava, (que) ria, observava. isso, memorize:
OBlíquo = OBjeto!
Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam
elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes Embora na linguagem falada a colocação dos
indefinidos, referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo pronomes não seja rigorosamente seguida, algumas
impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual normas devem ser observadas na linguagem escrita.
(e variações), quanto (e variações).
Com quem andas? Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo.
Qual seu nome? A próclise é usada:
LÍNGUA PORTUGUESA

Diz-me com quem andas, que te direi quem és.


• Quando o verbo estiver precedido de palavras que
O pronome pessoal é do caso reto quando tem atraem o pronome para antes do verbo. São elas:
função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso A) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém,
oblíquo quando desempenha função de complemento. jamais, etc.: Não se desespere!
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. B) Advérbios: Agora se negam a depor.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia C) Conjunções subordinativas: Espero que me
lhe ajudar. expliquem tudo!

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D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se • Quando há um fator para próclise nos tempos
esforçou. compostos ou locuções verbais: opção pelo uso
E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a do pronome oblíquo “solto” entre os verbos =
oportunidade. Não vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos
F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. preocupar”).

• Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem Emprego de o, a, os, as


lhe disse isso?
• Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto • Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, os
se ofendem! pronomes: o, a, os, as não se alteram.
• Orações que exprimem desejo (orações optativas): Chame-o agora.
Que Deus o ajude. Deixei-a mais tranquila.
• A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o • Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoantes
material amanhã. / Tu sabes cantar? finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos:
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho.
Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do (Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa.
verbo. A mesóclise é usada: • Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em,
ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se para
Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no, na, nos, nas.
futuro do pretérito, contanto que esses verbos não Chamem-no agora.
estejam precedidos de palavras que exijam a próclise. Põe-na sobre a mesa.
Exemplos: Realizar-se-á, na próxima semana, um grande
evento em prol da paz no mundo.
Repare que o pronome está “no meio” do verbo #FicaDica
“realizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração
alguma palavra que justificasse o uso da próclise, esta Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que
prevaleceria. Veja: Não se realizará... significa “antes”! Pronome antes do verbo!
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/
nessa viagem. (end, em Inglês – que significa “fim, final!).
(com presença de palavra que justifique o uso de Pronome depois do verbo!
próclise: Não fossem os meus compromissos, EU te Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do
acompanharia nessa viagem). verbo

Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.


A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
forem possíveis: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
• Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Quando eu avisar, silenciem-se todos. CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
• Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não Cochar - Português linguagens: volume 3 – 7.ª ed. Reform.
era minha intenção machucá-la. – São Paulo: Saraiva, 2010.
• Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
inicia período com pronome oblíquo). SITE
Vou-me embora agora mesmo. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/
Levanto-me às 6h. gramatica/colocacao-pronominal-.html>

• Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo 9. SUBSTANTIVO


no concurso, mudo-me hoje mesmo!
• Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a Substantivo é a classe gramatical de palavras
proposta fazendo-se de desentendida. variáveis, as quais denominam todos os seres que existem,
sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e
Colocação pronominal nas locuções verbais fenômenos, os substantivos também nomeiam:
• lugares: Alemanha, Portugal
• Após verbo no particípio = pronome depois do • sentimentos: amor, saudade
verbo auxiliar (e não depois do particípio): • estados: alegria, tristeza
Tenho me deliciado com a leitura! • qualidades: honestidade, sinceridade
LÍNGUA PORTUGUESA

Eu tenho me deliciado com a leitura! • ações: corrida, pescaria


Eu me tenho deliciado com a leitura!
Morfossintaxe do substantivo
• Não convém usar hífen nos tempos compostos e
nas locuções verbais: Nas orações, geralmente o substantivo exerce funções
Vamos nos unir! diretamente relacionadas com o verbo: atua como núcleo
Iremos nos manifestar. do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto

32
ou indireto) e do agente da passiva, podendo, ainda, • Substantivos Coletivos
funcionar como núcleo do complemento nominal ou do Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, do objeto outra abelha, mais outra abelha.
ou como núcleo do vocativo. Também encontramos Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
substantivos como núcleos de adjuntos adnominais Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
e de adjuntos adverbiais - quando essas funções são
desempenhadas por grupos de palavras. Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi
necessário repetir o substantivo: uma abelha, outra
Classificação dos Substantivos abelha, mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-
se duas palavras no plural. No terceiro, empregou-se
A) Substantivos Comuns e Próprios um substantivo no singular (enxame) para designar um
conjunto de seres da mesma espécie (abelhas).
Observe a definição: O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas mesmo estando no singular, designa um conjunto de
casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, seres da mesma espécie.
toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma
cidade (em oposição aos bairros).
Substantivo coletivo Conjunto de:
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas assembleia pessoas reunidas
casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será alcateia lobos
chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um
acervo livros
substantivo comum.
trechos literários
antologia
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de selecionados
uma mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, arquipélago ilhas
homem, mulher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona. banda músicos
bando desordeiros ou malfeitores
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da banca examinadores
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio –
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de batalhão soldados
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
B) Substantivos Concretos e Abstratos
B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa cacho frutas
o ser que existe, independentemente de outros cancioneiro canções, poesias líricas
seres.
colmeia abelhas
Observação: concílio bispos
Os substantivos concretos designam seres do mundo congresso parlamentares, cientistas
real e do mundo imaginário.
atores de uma peça ou
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, elenco
filme
Brasília.
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, esquadra navios de guerra
fantasma. enxoval roupas

B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres falange soldados, anjos
que dependem de outros para se manifestarem ou fauna animais de uma região
existirem. Por exemplo: a beleza não existe por si feixe lenha, capim
só, não pode ser observada. Só podemos observar
a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A flora vegetais de uma região
beleza depende de outro ser para se manifestar. frota navios mercantes, ônibus
Portanto, a palavra beleza é um substantivo girândola fogos de artifício
abstrato.
LÍNGUA PORTUGUESA

Os substantivos abstratos designam estados, horda bandidos, invasores


qualidades, ações e sentimentos dos seres, dos quais médicos, bois, credores,
junta
podem ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: examinadores
vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade júri jurados
(sentimento).
legião soldados, anjos, demônios
leva presos, recrutas

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malta malfeitores ou desordeiros Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo:
meninão / Diminutivo: menininho
manada búfalos, bois, elefantes,
matilha cães de raça A) Flexão de Gênero
Gênero é um princípio puramente linguístico, não
molho chaves, verduras
devendo ser confundido com “sexo”. O gênero diz
multidão pessoas em geral respeito a todos os substantivos de nossa língua, quer se
insetos (gafanhotos, refiram a seres animais providos de sexo, quer designem
nuvem apenas “coisas”: o gato/a gata; o banco, a casa.
mosquitos, etc.)
Na língua portuguesa, há dois gêneros: masculino e
penca bananas, chaves
feminino. Pertencem ao gênero masculino os substantivos
pinacoteca pinturas, quadros que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja
quadrilha ladrões, bandidos estes títulos de filmes:
O velho e o mar
ramalhete flores Um Natal inesquecível
rebanho ovelhas Os reis da praia
peças teatrais, obras
repertório Pertencem ao gênero feminino os substantivos que
musicais
podem vir precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
réstia alhos ou cebolas A história sem fim
romanceiro poesias narrativas Uma cidade sem passado
revoada pássaros As tartarugas ninjas
sínodo párocos Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
talha lenha
1. Substantivos Biformes (= duas formas):
tropa muares, soldados
apresentam uma forma para cada gênero: gato –
turma estudantes, trabalhadores gata, homem – mulher, poeta – poetisa, prefeito -
vara porcos prefeita
2. Substantivos Uniformes: apresentam uma única
Formação dos Substantivos forma, que serve tanto para o masculino quanto
para o feminino. Classificam-se em:
A) Substantivos Simples e Compostos
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a A) Epicenos: referentes a animais. A distinção de sexo
terra. se faz mediante a utilização das palavras “macho”
O substantivo chuva é formado por um único e “fêmea”: a cobra macho e a cobra fêmea, o jacaré
elemento ou radical. É um substantivo simples. macho e o jacaré fêmea.
B) Sobrecomuns: substantivos uniformes referentes
A.1 Substantivo Simples: é aquele formado por um a pessoas de ambos os sexos: a criança, a
único elemento. testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo,
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. o indivíduo.
Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros:
dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o
composto. colega e a colega, o doente e a doente, o artista e
a artista.
A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por
dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija- Substantivos de origem grega terminados em ema
flor, passatempo. ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o
sintoma, o teorema.
B) Substantivos Primitivos e Derivados
B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva • Existem certos substantivos que, variando de gênero,
de nenhuma outra palavra da própria língua variam em seu significado:
portuguesa. O substantivo limoeiro, por exemplo, é o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); o cabeça
derivado, pois se originou a partir da palavra limão. (líder) e a cabeça (parte do corpo); o capital (dinheiro)
e a capital (cidade); o coma (sono mórbido) e a coma
LÍNGUA PORTUGUESA

B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origina


de outra palavra. (cabeleira, juba); o lente (professor) e a lente (vidro de
aumento); o moral (estado de espírito) e a moral (ética;
Flexão dos substantivos conclusão); o praça (soldado raso) e a praça (área pública);
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora).
O substantivo é uma classe variável. A palavra é
variável quando sofre flexão (variação). A palavra menino,
por exemplo, pode sofrer variações para indicar:

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Formação do Feminino dos Substantivos Biformes Comuns de Dois Gêneros:
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois.
Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno
- aluna. Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
• Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma
ao masculino: freguês - freguesa vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme.
• Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino A distinção de gênero pode ser feita através da
de três formas: análise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o
1. troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa substantivo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante;
2. troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã um jovem - uma jovem; artista famoso - artista famosa;
3. troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona repórter francês - repórter francesa
Exceções: barão – baronesa, ladrão - ladra, sultão -
sultana A palavra personagem é usada indistintamente
nos dois gêneros. Entre os escritores modernos nota-
• Substantivos terminados em -or: se acentuada preferência pelo masculino: O menino
acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora descobriu nas nuvens os personagens dos contos de
troca-se -or por -triz: = imperador – imperatriz carochinha.
Com referência à mulher, deve-se preferir o feminino:
• Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: O problema está nas mulheres de mais idade, que não
cônsul - consulesa / abade - abadessa / poeta aceitam a personagem.
- poetisa / duque - duquesa / conde - condessa /
profeta - profetisa Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
• Substantivos que formam o feminino trocando o -e fotográfico Ana Belmonte.
final por -a: elefante - elefanta
• Substantivos que têm radicais diferentes no Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó
masculino e no feminino: bode – cabra / boi - vaca (pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o
• Substantivos que formam o feminino de maneira maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o
especial, isto é, não seguem nenhuma das regras proclama, o pernoite, o púbis.
anteriores: czar – czarina, réu - ré
Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata,
Formação do Feminino dos Substantivos a cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a
Uniformes libido, a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).

Epicenos: São geralmente masculinos os substantivos de origem


Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilograma,
o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema,
Isso ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma o eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o
forma para indicar o masculino e o feminino. tracoma, o hematoma.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
para designar os dois sexos. Esses substantivos são
chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando Gênero dos Nomes de Cidades - Com raras exceções,
houver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se nomes de cidades são femininos: A histórica Ouro Preto. /
palavras macho e fêmea. A dinâmica São Paulo. / A acolhedora Porto Alegre. / Uma
A cobra macho picou o marinheiro. Londres imensa e triste.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.

Sobrecomuns: Gênero e Significação


Entregue as crianças à natureza.
Muitos substantivos têm uma significação no
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo masculino e outra no feminino. Observe:
masculino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
caso, nem o artigo nem um possível adjetivo permitem movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão),
LÍNGUA PORTUGUESA

A criança chorona chamava-se João. a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou
A criança chorona chamava-se Maria. proibição de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do
corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma
Outros substantivos sobrecomuns: (ato de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta),
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro),
boa criatura. a capital (cidade), o coma (perda dos sentidos), a coma
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro),
Marcela faleceu a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado

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na administração da crisma e de outros sacramentos), Observação:
a crisma (sacramento da confirmação), o cura (pároco), Muitos substantivos terminados em “ão” apresentam
a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a dois – e até três – plurais:
estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos ancião –
guia outras), a guia (documento, pena grande das asas anciões/anciães/anciãos
das aves), o grama (unidade de peso), a grama (relva), charlatão – charlatões/charlatães corrimão –
o caixa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor corrimãos/corrimões
de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de guardião – guardiões/guardiães vilão – vilãos/
aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons vilões/vilães
costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis:
a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o o látex - os látex.
pala (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe,
anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), Plural dos Substantivos Compostos
o voga (remador), a voga (moda).
A formação do plural dos substantivos compostos
B) Flexão de Número do Substantivo depende da forma como são grafados, do tipo de
Em português, há dois números gramaticais: o palavras que formam o composto e da relação que
singular, que indica um ser ou um grupo de seres, e o estabelecem entre si. Aqueles que são grafados sem
plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres. A hífen comportam-se como os substantivos simples:
característica do plural é o “s” final. aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/
pontapés, malmequer/malmequeres.
Plural dos Substantivos Simples O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas
Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
“n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã –
ímãs; hífen - hifens (sem acento, no plural). A) Flexionam-se os dois elementos, quando
Exceção: cânon - cânones. formados de:
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
Os substantivos terminados em “m” fazem o plural substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-
em “ns”: homem - homens. perfeitos
Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-
pelo acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
Atenção:
O plural de caráter é caracteres. B) Flexiona-se somente o segundo elemento,
quando formados de:
Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam- verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
caracol – caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, alto-falantes
cônsul e cônsules. palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-
Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de recos
duas maneiras:
1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis C) Flexiona-se somente o primeiro elemento,
2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. quando formados de:
substantivo + preposição clara + substantivo = água-
Observação: de-colônia e águas-de-colônia
A palavra réptil pode formar seu plural de duas substantivo + preposição oculta + substantivo =
maneiras: répteis ou reptis (pouco usada). cavalo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como
Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de determinante do primeiro, ou seja, especifica a função ou
duas maneiras: o tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave,
1. Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã,
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses peixe-espada - peixes-espada.
2. Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam
LÍNGUA PORTUGUESA

invariáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. D) Permanecem invariáveis, quando formados de:
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
Os substantivos terminados em “ão” fazem o plural verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os
de três maneiras. saca-rolhas
1. substituindo o -ão por -ões: ação - ações
2. substituindo o -ão por -ães: cão - cães
3. substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos

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Casos Especiais Substantivos já aportuguesados flexionam-se de
acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os
o louva-a-deus e os louva-a-deus chopes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os
garçons, os réquiens.
o bem-te-vi e os bem-te-vis Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que
o bem-me-quer e os bem-me-queres joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
o joão-ninguém e os joões-ninguém.
Plural com Mudança de Timbre
Plural das Palavras Substantivadas
Certos substantivos formam o plural com mudança
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras
classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam, de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um
no plural, as flexões próprias dos substantivos. fato fonético chamado metafonia (plural metafônico).
Pese bem os prós e os contras.
O aluno errou na prova dos noves. Singular Plural
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
Corpo (ô) Corpos (ó)
Observação: Esforço Esforços
Numerais substantivados terminados em “s” ou “z” Fogo Fogos
não variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos
seis e alguns dez. Forno Fornos
Fosso Fossos
Plural dos Diminutivos
Imposto Impostos
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” Olho Olhos
final e acrescenta-se o sufixo diminutivo. Osso (ô) Ossos (ó)
Ovo Ovos
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
Poço Poços
animai(s) + zinhos = animaizinhos
Porto Portos
botõe(s) + zinhos = botõezinhos
Posto Postos
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
Tijolo Tijolos
farói(s) + zinhos = faroizinhos
tren(s) + zinhos = trenzinhos Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços,
colhere(s) + zinhas = colherezinhas bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros,
etc.
flore(s) + zinhas = florezinhas
mão(s) + zinhas = mãozinhas Observação:
papéi(s) + zinhos = papeizinhos Distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de
molho (ó) = feixe (molho de lenha).
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
funi(s) + zinhos = funizinhos Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o
norte, o leste, o oeste, a fé, etc.
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames,
pai(s) + zinhos = paizinhos as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
pé(s) + zinhos = pezinhos Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do
singular: bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade,
pé(s) + zitos = pezitos
bom nome) e honras (homenagem, títulos).
Usamos, às vezes, os substantivos no singular, mas
Plural dos Nomes Próprios Personativos
com sentido de plural: Aqui morreu muito negro.
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas
sempre que a terminação preste-se à flexão. improvisadas.
Os Napoleões também são derrotados.
C) Flexão de Grau do Substantivo
LÍNGUA PORTUGUESA

As Raquéis e Esteres.
Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir
Plural dos Substantivos Estrangeiros as variações de tamanho dos seres.

Substantivos ainda não aportuguesados devem ser Classifica-se em:


escritos como na língua original, acrescentando-se “s” 1. Grau Normal - Indica um ser de tamanho
(exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os considerado normal. Por exemplo: casa
shorts, os jazz.

37
2. Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho
do ser. Classifica-se em: FIQUE ATENTO!
Analítico = o substantivo é acompanhado de um O verbo pôr, assim como seus derivados
adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. (compor, repor, depor), pertencem à 2.ª
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo conjugação, pois a forma arcaica do
indicador de aumento. Por exemplo: casarão. verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de
haver desaparecido do infinitivo, revela-se
3. Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho em algumas formas do verbo: põe, pões,
do ser. Pode ser: põem, etc.
Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo
que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
indicador de diminuição. Por exemplo: casinha.
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
dos verbos com o conceito de acentuação tônica,
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
percebemos com facilidade que nas formas rizotônicas o
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza acento tônico cai no radical do verbo: opino, aprendam,
Cochar. Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform. amo, por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento
– São Paulo: Saraiva, 2010. tônico não cai no radical, mas sim na terminação verbal
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, (fora do radical): opinei, aprenderão, amaríamos.
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – Classificação dos Verbos
São Paulo: Saraiva, 2002.
Classificam-se em:
SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ A) Regulares: são aqueles que apresentam o radical
secoes/morf/morf12.php> inalterado durante a conjugação e desinências
idênticas às de todos os verbos regulares da
10. VERBO mesma conjugação. Por exemplo: comparemos os
verbos “cantar” e “falar”, conjugados no presente
Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número, do Modo Indicativo:
tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o
nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
Canto Falo
é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre
outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenômeno Cantas Falas
(choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer). Canta Falas
Estrutura das Formas Verbais Cantamos Falamos
Cantais Falais
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
os seguintes elementos:
#FicaDica
A) Radical: é a parte invariável, que expressa o
significado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; Observe que, retirando os radicais, as
fal-ava; fal-am. (radical fal-) desinências modo-temporal e número-
pessoal mantiveram-se idênticas. Tente fazer
B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que com outro verbo e perceberá que se repetirá
indica a conjugação a que pertence o verbo. Por o fato (desde que o verbo seja da primeira
exemplo: fala-r. São três as conjugações: conjugação e regular!). Faça com o verbo
1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática “andar”, por exemplo. Substitua o radical
- E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir). “cant” e coloque o “and” (radical do verbo
andar). Viu? Fácil!
C) Desinência modo-temporal: é o elemento que
designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo)
LÍNGUA PORTUGUESA

/ falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo) B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca
alterações no radical ou nas desinências: faço, fiz,
D) Desinência número-pessoal: é o elemento que farei, fizesse.
designa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o
número (singular ou plural): Observação:
falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas
(indica a 3.ª pessoa do plural.) para que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/

38
corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais Os verbos unipessoais podem ser usados como
alterações não caracterizam irregularidade, porque o verbos pessoais na linguagem figurada:
fonema permanece inalterado. Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
C) Defectivos: são aqueles que não apresentam
conjugação completa. Os principais são adequar, Principais verbos unipessoais:
precaver, computar, reaver, abolir, falir.
D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito • Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer,
e, normalmente, são usados na terceira pessoa do ser (preciso, necessário):
singular. Os principais verbos impessoais são: Cumpre estudarmos bastante. (Sujeito: estudarmos
bastante)
1. Haver, quando sinônimo de existir, acontecer, Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover)
realizar-se ou fazer (em orações temporais). É preciso que chova. (Sujeito: que chova)
Havia muitos candidatos no dia da prova. (Havia =
Existiam) • Fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo,
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram) seguidos da conjunção que.
Haverá debates hoje. (Haverá = Realizar-se-ão) Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei
Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz) à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a
2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo) vejo. (Sujeito: que não a vejo)
Faz invernos rigorosos na Europa.
Era primavera quando o conheci. F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou
Estava frio naquele dia. mais formas equivalentes, geralmente no particípio,
em que, além das formas regulares terminadas em
3. Todos os verbos que indicam fenômenos da -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas
natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, (particípio irregular).
trovejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém, O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado
se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular
“amanhecer” em sentido figurado. Qualquer verbo é empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser,
impessoal, empregado em sentido figurado, deixa ficar e estar. Observe:
de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá
conjugação completa. Particípio Particípio
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu) Infinitivo
Regular Irregular
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) Aceitar Aceitado Aceito
Acender Acendido Aceso
4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando Anexar Anexado Anexo
tempo: Já passa das seis.
Benzer Benzido Bento
5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição Corrigir Corrigido Correto
“de”, indicando suficiência: Dispersar Dispersado Disperso
Basta de tolices.
Chega de promessas. Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto
6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem,
Imprimir Imprimido Impresso
Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem
referência a sujeito expresso anteriormente (por Inserir Inserido Inserto
exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, Limpar Limpado Limpo
classificar o sujeito como hipotético, tornando-se,
Matar Matado Morto
tais verbos, pessoais.
Misturar Misturado Misto
7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente Morrer Morrido Morto
de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo. Murchar Murchado Murcho
LÍNGUA PORTUGUESA

Dá para me arrumar uma apostila? Pegar Pegado Pego


Romper Rompido Roto
E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito,
conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do Soltar Soltado Solto
singular e do plural. São unipessoais os verbos Suspender Suspendido Suspenso
constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os Tingir Tingido Tinto
que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar). Vagar Vagado Vago

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Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito,
escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.

G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois,
fui) e ir (fui, ia, vades).

H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo
principal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar todos!


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora!


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo

Pret. mais-que- Fut. do


Presente Pret. Perfeito Pret. Imp. Fut.do Pres.
perf. Pretérito
Sou Fui Era Fora Serei Seria
És Foste Eras Foras Serás Serias
É Foi Era Fora Será Seria
Somos Fomos Éramos Fôramos Seremos Seríamos
Sois Fostes Éreis Fôreis Sereis Seríeis
São Foram Eram Foram Serão Seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
LÍNGUA PORTUGUESA

sede vós não sejais vós


sejam vocês não sejam vocês

40
SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu
ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo



Presente Pret. perf. Pret. Imp. Pret.mais-q-perf. Fut.doPres Fut.do Preté
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR Modo Subjuntivo – Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


hei houve havia houvera haverei haveria
LÍNGUA PORTUGUESA

hás houveste havias houveras haverás haverias


há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

41
HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


ja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

HAVER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo

Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Pret.Mais-Q-Perf. Fut.do Pres. Fut.doPreté.


tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo


tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
implícita no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
LÍNGUA PORTUGUESA

• Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a
reflexibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela
mesma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula
integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de
reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e
respectivos pronomes):

42
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às
Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do
arrependem singular, não apresenta desinências, assumindo a
mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-
• Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos se da seguinte maneira:
em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre 2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
o objeto representado por pronome oblíquo da 1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma 2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os 3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
indiretos podem ser conjugados com os pronomes
mencionados, formando o que se chama voz B) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como
reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava. adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de
pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota advérbio)
penteou-me. Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)

Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação
oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
função sintática. Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Há verbos que também são acompanhados Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
de pronomes oblíquos átonos, mas que não são
essencialmente pronominais - são os verbos reflexivos. Quando o gerúndio é vício de linguagem
Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do
encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem gerúndio:
funções sintáticas. Por exemplo: 1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me futebol.
(objeto direto) – 1.ª pessoa do singular 2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!

Modos Verbais Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada,


pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas momento da outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que
pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um
Existem três modos: futuro em andamento, exigindo, no caso, a construção
A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu “verificarei” ou “vou verificar”.
estudo para o concurso.
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: C) Particípio: quando não é empregado na formação
Talvez eu estude amanhã. dos tempos compostos, o particípio indica,
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: geralmente, o resultado de uma ação terminada,
Estude, colega! flexionando-se em gênero, número e grau. Por
exemplo: Terminados os exames, os candidatos
Formas Nominais saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a
formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, função de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida
adjetivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas pela turma.
nominais. Observe:

A) Infinitivo
A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de
modo vago e indefinido, podendo ter valor e
função de substantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
LÍNGUA PORTUGUESA

(Ziraldo)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente
(forma simples) ou no passado (forma composta). Por Tempos Verbais
exemplo:
É preciso ler este livro. Tomando-se como referência o momento em que
Era preciso ter lido este livro. se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em
diversos tempos.

43
A) Tempos do Modo Indicativo
Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual, mas que não foi completamente
terminado: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momento anterior ao atual e que foi totalmente terminado:
Ele estudou as lições ontem à noite.
Pretérito-mais-que-perfeito - Expressa um fato ocorrido antes de outro fato já terminado: Ele já estudara as lições
quando os amigos chegaram. (forma simples).
Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele
estudará as lições amanhã.
Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer posteriormente a um determinado fato passado: Se ele
pudesse, estudaria um pouco mais.

B) Tempos do Modo Subjuntivo


Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento atual: É conveniente que estudes para o exame.
Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas posterior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse
o jogo.
Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.

FIQUE ATENTO!
Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
No próximo final de semana, faço a prova!
faço = forma do presente indicando futuro ( = farei)

Tabelas das Conjugações Verbais

Modo Indicativo

Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaSTE vendeSTE partISTE STE


cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

44
Pretérito mais-que-perfeito

3.ª conjugação
1.ª conjugação 2.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo

1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação


CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
LÍNGUA PORTUGUESA

cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS


cantarIAM venderIAM partirIAM

45
Presente do Subjuntivo

Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).

Desinên. Pessoal Des. tem


1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.poral
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

Des.temporal
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de
número e pessoa correspondente.

Des.temporal
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
LÍNGUA PORTUGUESA

cantaREM vendeREM partiREM R EM

46
C) Modo Imperativo Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito
oracional, correspondendo à construção: parece gostarem
Imperativo Afirmativo de você).

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do • O verbo pegar possui dois particípios (regular e
presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a irregular):
segunda pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. Elvis tinha pegado minhas apostilas.
As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do Minhas apostilas foram pegas.
subjuntivo. Veja:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Presente do Imperativo Presente do SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Indicativo Afirmativo Subjuntivo Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Eu canto - Que eu cante Cochar - Português linguagens: volume 2. – 7.ª ed. Reform.
Tu cantas CantA tu Que tu cantes – São Paulo: Saraiva, 2010.
AMARAL, Emília... [et al.] - Português: novas palavras:
Ele canta Cante você Que ele cante
literatura, gramática, redação. – São Paulo: FTD, 2000.
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis SITE
Disponível em: http://www.soportugues.com.br/
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem
secoes/morf/morf54.php
Imperativo Negativo
Vozes do Verbo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar
Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a
a negação às formas do presente do subjuntivo.
ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar
Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três
Que eu cante - as vozes verbais:
Que tu cantes Não cantes tu A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a
Que ele cante Não cante você ação expressa pelo verbo:
Ele fez o trabalho.
Que nós cantemos Não cantemos nós sujeito agente ação objeto (paciente)
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles B) Passiva = quando o sujeito é paciente, recebendo
a ação expressa pelo verbo:
• No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª O trabalho foi feito por ele.
pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois sujeito paciente ação agente da passiva
uma ordem, pedido ou conselho só se aplicam
diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo,
razão, utiliza-se você/vocês. agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
• O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: O menino feriu-se.
sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal #FicaDica


Não confundir o emprego reflexivo do verbo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação com a noção de reciprocidade:
CANTAR VENDER PARTIR Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro)
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir Formação da Voz Passiva
LÍNGUA PORTUGUESA

cantarMOS venderMOS partirMOS


A voz passiva pode ser formada por dois processos:
cantarDES venderDES partirDES analítico e sintético.
cantarEM venderEM partirEM
A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte
• O verbo parecer admite duas construções: maneira:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução Verbo SER + particípio do verbo principal. Por
verbal) exemplo:

47
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: Os mestres têm constantemente aconselhado os
os alunos pintarão a escola) alunos.
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) Os alunos têm sido constantemente aconselhados
pelos mestres.
Observações: Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
• O agente da passiva geralmente é acompanhado
da preposição por, mas pode ocorrer a construção Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cer- haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
cada de soldados. Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
• Pode acontecer de o agente da passiva não estar acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
explícito na frase: A exposição será aberta amanhã. porque o sujeito não pode ser visto como agente,
paciente ou agente paciente.
• A variação temporal é indicada pelo verbo auxi-
liar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
transformação das frases seguintes: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo) CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Co-
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito perfeito char - Português linguagens: volume 2. – 7.ª ed. Reform.
do Indicativo, assim como o verbo principal da voz ativa) – São Paulo: Saraiva, 2010.
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras:
Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do
indicativo) SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/
Ele fará o trabalho. (futuro do presente) secoes/morf/morf54.php>
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente)

• Nas frases com locuções verbais, o verbo SER as-


sume o mesmo tempo e modo do verbo principal EXERCÍCIOS COMENTADOS
da voz ativa. Observe a transformação da frase se-
guinte:
1. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
CESGRANRIO-2018)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
O ano da esperança
B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética -
ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª
pessoa, seguido do pronome apassivador “se”. Por O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos
exemplo: desempregados. E pedidos de empréstimos. Um atrás
Abriram-se as inscrições para o concurso. do outro. Nunca fui de botar dinheiro nas relações
Destruiu-se o velho prédio da escola. de amizade. Como afirmou Shakespeare, perde-se o
dinheiro e o amigo. Nos primeiros pedidos, eu ajudava,
Observação: com a consciência de que era uma doação. A situação
O agente não costuma vir expresso na voz passiva foi piorando. Os argumentos também. No início era para
sintética. pagar a escola do filho. Depois vieram as mães e avós
doentes. Lamentavelmente, aprendi a não ser generoso.
Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva Ajudava um rapaz, que não conheço pessoalmente.
Mas que sofreu um acidente e não tinha como pagar a
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar fisioterapia. Comecei pagando a físio. Vieram sucessivas
substancialmente o sentido da frase. internações, remédios. A situação piorando, eu já estava
encomendando missa de sétimo dia. Falei com um amigo
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa) médico, no Rio de Janeiro. Ele aceitou tratar o caso
Sujeito da Ativa objeto Direto gratuitamente. Surpresa! O doente não aparecia para
a consulta. Até que o coloquei contra a parede. Ou se
consultava ou eu não ajudava mais.
LÍNGUA PORTUGUESA

A apostila foi comprada pelo concurseiro.


(Voz Passiva) Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita
Sujeito da Passiva Agente da Passiva de suplementos para ficar com o corpo atlético. Nunca
conheci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; caído na história. Só que esse rapaz havia perdido o
o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo emprego após o suposto acidente. Foi por isso que me
ativo assumirá a forma passiva, conservando o mesmo deixei enganar. Mas, ao perder salário, muita gente perde
tempo. também a vergonha. Pior ainda. A violência aumenta. As

48
pessoas buscam vagas nos mercados em expansão. Se a Resposta: Letra C.
indústria automobilística vai bem, é lá que vão trabalhar. Em “a”: Os jornais noticiaram que alguns países
Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos mobilizam-se = se mobilizam
aguarda é mais descrédito? Novos candidatos vão surgir. Em “b”: Para criar leis eficientes no combate aos
Serão novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça boatos, sempre deve-se = sempre se deve
de velhos? Todos pedem que a gente tenha uma nova Em “c”: Entre os numerosos usuários da internet,
consciência para votar. Como? Num mundo em que as constata-se um sentimento = correta
notícias são plantadas pela internet, em que muitos sites Em “d”: Uma nova lei contra as fake news promulgada
servem a qualquer mentira. Digo por mim. Já contaram na Alemanha não aplica-se = não se aplica
cada história a meu respeito que nem sei o que dizer. Em “e”: Uma vultosa multa é, muitas vezes, o estímulo
Já inventaram casos de amor, tramas nas novelas que mais eficaz para que adote-se = que se adote
escrevo. Pior. Depois todo mundo me pergunta por
que isso ou aquilo não aconteceu na novela. Se mudei 3. (ALERJ-RJ – ESPECIALISTA LEGISLATIVO –
a trama. Respondo: — Nunca foi para acontecer. Era ARQUITETURA – FGV-2017-ADAPTADA) Se
mentira da internet. substituíssemos os complementos dos verbos abaixo por
Duvidam. Acham que estou mentindo. pronomes pessoais oblíquos enclíticos, a única forma
CARRASCO, W. O ano da esperança. Época, 25 dez. 2017, p.97. INADEQUADA seria:
Adaptado.
a) impregna a vida cotidiana / impregna-a;
No trecho “perde-se o dinheiro e o amigo”, a colocação b) entender os debates / entendê-los;
do pronome átono em destaque está de acordo com a c) ganha destaque / ganha-o;
norma-padrão da língua portuguesa. O mesmo ocorre d) supõe um conhecimento / supõe-lo;
em: e) marcaram sua história / marcaram-na.

a) Não se perde nem o dinheiro nem o amigo. Resposta: Letra D.


b) Perderia-se o dinheiro e o amigo. Em “a”: impregna a vida cotidiana / impregna-a =
c) O dinheiro e o amigo tinham perdido-se. correta
d) Se perdeu o dinheiro, mas não o amigo. Em “b”: entender os debates / entendê-los = correta
e) Se o amigo que perdeu-se voltasse, ficaria feliz. Em “c”: ganha destaque / ganha-o = correta
Em “d”: supõe um conhecimento / supõe-lo = supõe-
Resposta: Letra A. no
Em “a”: Não se perde = correta (advérbio atrai o Em “e”: marcaram sua história / marcaram-na = correta
pronome = próclise)
Em “b”: Perderia-se = verbo no futuro do pretérito: 4. (PC-SP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL –
perder-se-ia (mesóclise) VUNESP-2014) Considerando-se o uso do pronome e
Em “c”: O dinheiro e o amigo tinham perdido-se = a colocação pronominal, a expressão em destaque no
tinham se perdido trecho – ... que cercam o sentido da existência humana...
Em “d”: Se perdeu = não se inicia período com – está corretamente substituída pelo pronome, de
pronome oblíquo/partícula apassivadora (Perdeu-se) acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, na
Em “e”: Se o amigo que perdeu-se = o “que” atrai o alternativa:
pronome (próclise): que se perdeu
a) ... que cercam-lo...
2. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – b) ... que cercam-no...
CESGRANRIO-2018) Segundo as exigências da norma- c)... que o cercam...
padrão da língua portuguesa, o pronome destacado foi d) ... que lhe cercam...
utilizado na posição correta em: e) ... que cercam-lhe...

a) Os jornais noticiaram que alguns países mobilizam-se Resposta: Letra C.


para combater a disseminação de notícias falsas nas Correções à frente:
redes sociais. Em “a”: que cercam-lo = o “que” atrai o pronome (que
b) Para criar leis eficientes no combate aos boatos, o cercam)
sempre deve-se ter em mente que o problema de Em “b”: que cercam-no = que o cercam (“no” está
divulgação de notícias falsas é grave e muito atual. correta – caso não tivéssemos o “que”, pois, devido a
c) Entre os numerosos usuários da internet, constata-se sua presença, teremos próclise, não ênclise)
um sentimento generalizado de reprovação à prática Em “c”: que o cercam = correta
LÍNGUA PORTUGUESA

de divulgação de inverdades. Em “d”: que lhe cercam = a posição está correta, mas
d) Uma nova lei contra as fake news promulgada na o pronome está errado (“lhe” é para objeto indireto =
Alemanha não aplica-se aos sites e redes sociais com a ele/ela)
menos de 2 milhões de membros. Em “e”: que cercam-lhe = que o cercam
e) Uma vultosa multa é, muitas vezes, o estímulo mais
eficaz para que adote-se a conduta correta em relação
à reputação das celebridades.

49
5. (PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP-2014) 8. (TRT 23.ª REGIÃO-MT - ANALISTA JUDICIÁRIO -
Considerando apenas as regras de regência e de colocação ÁREA ADMINISTRATIVA- FCC-2016)
pronominal da norma-padrão da língua portuguesa, a ... para quem Manoel de Barros era comparável a São
expressão destacada em – Ainda assim, 60% afirmam que Francisco de Assis...
raramente ou nunca têm informações sobre o impacto
ambiental do produto ou do comportamento da empresa. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o da
– pode ser corretamente substituída por frase acima está em:

a) ... nunca informam-se sob o impacto... a) Dizia-se um “vedor de cinema”...


b)... nunca se informam o impacto... b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no
c) ... nunca informam-se ao impacto... espaço...
d) ... nunca se informam do impacto... c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e
e)... nunca informam-se no impacto... Charles Baudelaire.
d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de
Resposta: Letra D. Barros na literatura...
Por eliminação: o advérbio “nunca” atrai o pronome, e) ... para depois casá-las...
teremos próclise (nunca se). Ficamos com B e D. Agora
vamos ao verbo: quem se informa, informa-se sobre Resposta: Letra A.
algo = precisa de preposição. A alternativa que tem “Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do
preposição presente é a D (do = de+o). Teremos: Indicativo. Procuremos nos itens:
nunca se informam do impacto. Em “a”, Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo
Em “b”, Porque não seria = futuro do pretérito do
6. (PC-SP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL Indicativo
– VUNESP-2013) Considerando a substituição da Em “c”, Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfeito
expressão em destaque por um pronome e as normas da do Indicativo
colocação pronominal, a oração – … que abrem a cabeça Em “d”, Quase meio século separa = presente do
… – equivale, na norma-padrão da língua, a: Indicativo
a) que abrem-a. Em “e”, para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar
b) que abrem-na. elas)
c) que a abrem.
d) que lhe abrem. 9. (TRT 20.ª REGIÃO-SE - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC-
e) que abrem-lhe. 2016)
Precisamos de um treinador que nos ajude a comer...
Resposta: Letra C. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
Primeiramente: o “que” atrai o pronome oblíquo, sublinhado acima está também sublinhado em:
então teremos que + pronome. Resta-nos identificar
se o pronome é objeto direto (a) ou indireto (lhe). a) ... assim que conseguissem se virar sem as mães ou as
Voltemos ao verbo: abrir. Quem abre, abre algo... abre amas...
o quê? Sem preposição! Portanto: objeto direto = que b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.
a abrem. c) ... país que transformou a infância numa bilionária
indústria de consumo...
7. (TST - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA APOIO d) E, mesmo que se esforcem muito...
ESPECIALIZADO - ESPECIALIDADE MEDICINA DO e) Hoje há algo novo nesse cenário.
TRABALHO – FCC/2012) Aos poucos, contudo, fui
chegando à constatação de que todo perfil de rede Resposta: Letra D.
social é um retrato ideal de nós mesmos. que nos ajude = presente do Subjuntivo
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra Em “a”, que conseguissem = pretérito do Subjuntivo
alteração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser Em “b”, que proliferaram = pretérito perfeito (e
substituído por: também mais-que-perfeito) do Indicativo
Em “c”, que transformou = pretérito perfeito do
a) ademais. Indicativo
b) conquanto. Em “d”, que se esforcem = presente do Subjuntivo
c) porquanto. Em “e”, há algo novo nesse cenário = presente do
d) entretanto. Indicativo
e) apesar. GABARITO OFICIAL: D
LÍNGUA PORTUGUESA

Resposta: Letra D. 10. (TRT 23.ª REGIÃO-MT - Técnico Judiciário – FCC-


Contudo é uma conjunção adversativa (expressa 2016) Empregam-se todas as formas verbais de acordo
oposição). A substituição deve utilizar outra de mesma com a norma culta na seguinte frase:
classificação, para que se mantenha a ideia do período.
A correta é entretanto. a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento
não poderia receber qualquer tipo de retificação.

50
b) Os documentos com assinatura digital disporam de 12. (PC-SP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL –
algoritmos de criptografia que os protegeram. VUNESP-2014) Assinale a alternativa em que a palavra
c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam em destaque na frase pertence à classe dos adjetivos
contar com a proteção de uma assinatura digital. (palavra que qualifica um substantivo).
d) Quem se propor a alterar um documento criptografado
deve saber que comprometerá sua integridade. a) Existe grande confusão entre os diversos tipos de
e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem eutanásia...
comprometer a integridade dos documentos. b)... o médico ou alguém causa ativamente a morte...
c) prolonga o processo de morrer procurando distanciar
Resposta: Letra E. a morte.
Em “a”, Para que se mantesse (mantivesse) sua d) Ela é proibida por lei no Brasil,...
autenticidade, o documento não poderia receber e) E como seria a verdadeira boa morte?
qualquer tipo de retificação.
Em “b”, Os documentos com assinatura digital Resposta: Letra E.
disporam (dispuseram) de algoritmos de criptografia Em “a”, Existe grande confusão = substantivo
que os protegeram. Em “b”, o médico ou alguém causa ativamente a
Em “c”, Arquivados eletronicamente, os documentos morte = pronome
poderam (puderam) contar com a proteção de uma Em “c”, prolonga o processo de morrer procurando
assinatura digital. distanciar a morte = substantivo
Em “d”, Quem se propor (propuser) a alterar Em “d”, Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
um documento criptografado deve saber que Em “e”, E como seria a verdadeira boa morte? =
comprometerá sua integridade. adjetivo
Em “e”, Não é possível fazer as alterações que
convierem sem comprometer a integridade dos 13. (PROCESSO SELETIVO INTERNO DA SECRETARIA
documentos = correta DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO-PE
– SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR - FM-2010)
11. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO -
SOLDADO PM 2.ª CLASSE – VUNESP/2017) Considere
as seguintes frases:
Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos.
Segundo, não memorize apenas por repetição.
Terceiro, rabisque!

Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos


empregados nessas frases está em destaque em:

a) ... o acesso rápido e a quantidade de textos fazem


com que o cérebro humano não considere útil gravar
esses dados...
b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem-
número de informações.
c) ... após discar e fazer a ligação, não precisamos mais
dele...
d) Pense rápido: qual o número de telefone da casa em Disponível em: http://www.acharge.com.br/index.htm (acesso:
que morou quando era criança? 03/03/2010)
e) É o que mostra também uma pesquisa recente
conduzida pela empresa de segurança digital A palavra “oposição”, da charge, é classificada
Kaspersky... morfologicamente como:

Resposta: Letra D. a) Substantivo concreto.


Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperativo b) Substantivo abstrato.
(expressam ordem). Vamos aos itens: c) Substantivo coletivo.
Em “a”, ... o acesso rápido e a quantidade de textos d) Substantivo próprio.
fazem = presente do Indicativo e) Adjetivo.
Em “b”, Na internet, basta um clique = presente do
LÍNGUA PORTUGUESA

Indicativo Resposta: Letra B.


Em “c”, ... após discar e fazer a ligação, não precisamos O termo “oposição” é classificado – morfologicamente
= presente do Indicativo – como substantivo abstrato, pois não existe por si só
Em “d”, Pense rápido: = Imperativo – depende de outro ser para “se concretizar”.
Em “e”, É o que mostra também uma pesquisa =
presente do Indicativo

51
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL; últimas Olimpíadas.

Observação:
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL Quando a expressão “mais de um” se associar a verbos
que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Mais
Os concurseiros estão apreensivos. de um colega se ofenderam na discussão. (ofenderam um
Concurseiros apreensivos. ao outro)

No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra C) Quando se trata de nomes que só existem no
na terceira pessoa do plural, concordando com o seu plural, a concordância deve ser feita levando-se
sujeito, os concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo em conta a ausência ou presença de artigo. Sem
“apreensivos” está concordando em gênero (masculino) artigo, o verbo deve ficar no singular; com artigo
e número (plural) com o substantivo a que se refere: no plural, o verbo deve ficar o plural.
concurseiros. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, Os Estados Unidos possuem grandes universidades.
número e gênero se correspondem. A correspondência Estados Unidos possui grandes universidades.
de flexão entre dois termos é a concordância, que pode Alagoas impressiona pela beleza das praias.
ser verbal ou nominal. As Minas Gerais são inesquecíveis.
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira.
Concordância Verbal
D) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou
É a flexão que se faz para que o verbo concorde com indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos,
seu sujeito. muitos, quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou
“de vós”, o verbo pode concordar com o primeiro
Sujeito Simples - Regra Geral pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o
pronome pessoal.
O sujeito, sendo simples, com ele concordará o verbo Quais de nós são / somos capazes?
em número e pessoa. Veja os exemplos: Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso?
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões
A prova para ambos os cargos será aplicada às 13h. inovadoras.
3.ª p. Singular 3.ª p. Singular
Observação:
Os candidatos à vaga chegarão às 12h. Veja que a opção por uma ou outra forma indica a
3.ª p. Plural 3.ª p. Plural inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada
Casos Particulares fizemos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
A) Quando o sujeito é formado por uma expressão tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia.
partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, Nos casos em que o interrogativo ou indefinido
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande estiver no singular, o verbo ficará no singular.
parte de...) seguida de um substantivo ou pronome Qual de nós é capaz?
no plural, o verbo pode ficar no singular ou no Algum de vós fez isso.
plural.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. E) Quando o sujeito é formado por uma expressão
Metade dos candidatos não apresentou / apresentaram que indica porcentagem seguida de substantivo, o
proposta. verbo deve concordar com o substantivo.
25% do orçamento do país será destinado à Educação.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos 85% dos entrevistados não aprovam a administração
dos coletivos, quando especificados: Um bando de do prefeito.
vândalos destruiu / destruíram o monumento. 1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Observação:
Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a
• Quando a expressão que indica porcentagem não
unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque
é seguida de substantivo, o verbo deve concordar
aos elementos que formam esse conjunto.
com o número.
LÍNGUA PORTUGUESA

25% querem a mudança.


B) Quando o sujeito é formado por expressão que
1% conhece o assunto.
indica quantidade aproximada (cerca de, mais
de, menos de, perto de...) seguida de numeral e
substantivo, o verbo concorda com o substantivo. • Se o número percentual estiver determinado por
Cerca de mil pessoas participaram do concurso. artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-
Perto de quinhentos alunos compareceram à se-á com eles:
solenidade. Os 30% da produção de soja serão exportados.

52
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
F) O pronome “que” não interfere na concordância;
já o “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa Pais e filhos devem conversar com frequência.
do singular. Sujeito
Fui eu que paguei a conta.
Fomos nós que pintamos o muro. B) Nos sujeitos compostos formados por pessoas
És tu que me fazes ver o sentido da vida. gramaticais diferentes, a concordância ocorre da
Sou eu quem faz a prova. seguinte maneira: a primeira pessoa do plural (nós)
Não serão eles quem será aprovado. prevalece sobre a segunda pessoa (vós) que, por
sua vez, prevalece sobre a terceira (eles). Veja:
G) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
assumir a forma plural. Primeira Pessoa do Plural (Nós)
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais
encantaram os poetas. Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Segunda Pessoa do Plural (Vós)

• Se a expressão for de sentido contrário – nenhum Pais e filhos precisam respeitar-se.


dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no Terceira Pessoa do Plural (Eles)
singular:
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Observação:
Nem uma das que me escreveram mora aqui. Quando o sujeito é composto, formado por um
elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele),
• Quando “um dos que” vem entremeada de é possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural
substantivo, o verbo pode: (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no lugar
1. ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa de “tomaríeis”.
o Estado de São Paulo. (já que não há outro rio que
faça o mesmo).
C) No caso do sujeito composto posposto ao
2. ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
verbo, passa a existir uma nova possibilidade de
poluídos (noção de que existem outros rios na
concordância: em vez de concordar no plural com
mesma condição).
a totalidade do sujeito, o verbo pode estabelecer
concordância com o núcleo do sujeito mais
H) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
próximo.
verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
Vossa Excelência está cansado? Faltaram coragem e competência.
Vossas Excelências renunciarão? Faltou coragem e competência.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
I) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se Compareceu o banca e todos os candidatos.
de acordo com o numeral.
Deu uma hora no relógio da sala. D) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a
Deram cinco horas no relógio da sala. concordância é feita no plural. Observe:
Soam dezenove horas no relógio da praça. Abraçaram-se vencedor e vencido.
Baterão doze horas daqui a pouco. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

Observação: Casos Particulares


Caso o sujeito da oração seja a palavra relógio, sino,
torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito. • Quando o sujeito composto é formado por núcleos
O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas. sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no
Soa quinze horas o relógio da matriz. singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento.
J) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum A coragem e o destemor fez dele um herói.
sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do
singular. São verbos impessoais: Haver no sentido • Quando o sujeito composto é formado por núcleos
de existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que dispostos em gradação, verbo no singular:
indicam fenômenos da natureza. Exemplos: Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um
segundo me satisfaz.
LÍNGUA PORTUGUESA

Havia muitas garotas na festa.


Faz dois meses que não vejo meu pai.
Chovia ontem à tarde. • Quando os núcleos do sujeito composto são unidos
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural,
Sujeito Composto de acordo com o valor semântico das conjunções:
Drummond ou Bandeira representam a essência da
A) Quando o sujeito é composto e anteposto ao poesia brasileira.
verbo, a concordância se faz no plural: Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.

53
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da
“adição”. Já em: apatia.
Juca ou Pedro será contratado. Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima na vida das pessoas.
Olimpíada.
Outros Casos
Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam
no singular. O Verbo e a Palavra “SE”

• Com as expressões “um ou outro” e “nem um Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há
nem outro”, a concordância costuma ser feita no duas de particular interesse para a concordância verbal:
singular. A) quando é índice de indeterminação do sujeito;
Um ou outro compareceu à festa. B) quando é partícula apassivadora.
Nem um nem outro saiu do colégio.
Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
• Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos
no singular: Um e outro farão/fará a prova. e de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na
terceira pessoa do singular:
• Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”, Precisa-se de funcionários.
o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos Confia-se em teses absurdas.
recebem um mesmo grau de importância e a
palavra “com” tem sentido muito próximo ao de Quando pronome apassivador, o “se” acompanha
“e”. verbos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e
O pai com o filho montaram o brinquedo. indiretos (VTDI) na formação da voz passiva sintética.
O governador com o secretariado traçaram os planos Nesse caso, o verbo deve concordar com o sujeito da
para o próximo semestre. oração. Exemplos:
O professor com o aluno questionaram as regras. Construiu-se um posto de saúde.
Construíram-se novos postos de saúde.
Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se Aqui não se cometem equívocos
a ideia é enfatizar o primeiro elemento. Alugam-se casas.
O pai com o filho montou o brinquedo.
O governador com o secretariado traçou os planos
para o próximo semestre. #FicaDica
O professor com o aluno questionou as regras.
Para saber se o “se” é partícula apassivadora
Com o verbo no singular, não se pode falar em ou índice de indeterminação do sujeito, ten-
sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez que as te transformar a frase para a voz passiva. Se
expressões “com o filho” e “com o secretariado” são a frase construída for “compreensível”, esta-
adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como remos diante de uma partícula apassivadora;
se houvesse uma inversão da ordem. Veja: se não, o “se” será índice de indeterminação.
“O pai montou o brinquedo com o filho.” Veja:
“O governador traçou os planos para o próximo Precisa-se de funcionários qualificados.
semestre com o secretariado.” Tentemos a voz passiva:
“O professor questionou as regras com o aluno.” Funcionários qualificados são precisados (ou
precisos)? Não há lógica. Portanto, o “se”
Casos em que se usa o verbo no singular: destacado é índice de indeterminação do
sujeito.
Café com leite é uma delícia! Agora:
O frango com quiabo foi receita da vovó. Vendem-se casas.
Voz passiva: Casas são vendidas. Constru-
Quando os núcleos do sujeito são unidos por ção correta! Então, aqui, o “se” é partícula
expressões correlativas como: “não só... mas ainda”, “não apassivadora. (Dá para eu passar para a voz
somente”..., “não apenas... mas também”, “tanto...quanto”, passiva. Repare em meu destaque. Percebeu
o verbo ficará no plural. semelhança? Agora é só memorizar!).
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
LÍNGUA PORTUGUESA

Nordeste.
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a O Verbo “Ser”
notícia.
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo
Quando os elementos de um sujeito composto são e o sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância concordância pode ocorrer também entre o verbo e o
é feita com esse termo resumidor. predicativo do sujeito.

54
Quando o sujeito ou o predicativo for: • A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
sofre flexão:
A) Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo As crianças parece gostarem do desenho.
SER concorda com a pessoa gramatical: (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho
Ele é forte, mas não é dois. aas crianças)
Fernando Pessoa era vários poetas.
A esperança dos pais são eles, os filhos. Com orações desenvolvidas, o verbo PARECER fica no
singular. Por exemplo: As paredes parece que têm ouvidos.
B) nome de coisa e um estiver no singular e o outro no (Parece que as paredes têm ouvidos = oração subordinada
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, substantiva subjetiva).
com o que estiver no plural:
Os livros são minha paixão! Concordância Nominal
Minha paixão são os livros!
A concordância nominal se baseia na relação entre
Quando o verbo SER indicar nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
• horas e distâncias, concordará com a expressão adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
numérica: normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
É uma hora. termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
São quatro horas. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois seguintes regras gerais:
quilômetros. A) O adjetivo concorda em gênero e número quando
se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas
• datas, concordará com a palavra dia(s), que pode denunciavam o que sentia.
estar expressa ou subentendida: B) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos,
Hoje é dia 26 de agosto. a concordância pode variar. Podemos sistematizar
Hoje são 26 de agosto. essa flexão nos seguintes casos:

• Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade • Adjetivo anteposto aos substantivos:
e for seguido de palavras ou expressões como O adjetivo concorda em gênero e número com o
pouco, muito, menos de, mais de, etc., o verbo SER substantivo mais próximo.
fica no singular: Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. Encontramos caída a roupa e os prendedores.
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. Encontramos caído o prendedor e a roupa.
Duas semanas de férias é muito para mim.
Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de
• Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo) parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
for pronome pessoal do caso reto, com este As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
concordará o verbo. Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
No meu setor, eu sou a única mulher.
Aqui os adultos somos nós. • Adjetivo posposto aos substantivos:
O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
Observação: ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural
Sendo ambos os termos (sujeito e predicativo) se houver substantivo feminino e masculino).
representados por pronomes pessoais, o verbo concorda A indústria oferece localização e atendimento perfeito.
com o pronome sujeito. A indústria oferece atendimento e localização perfeita.
Eu não sou ela. A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
Ela não é eu. A indústria oferece atendimento e localização perfeitos.

• Quando o sujeito for uma expressão de sentido Observação:


partitivo ou coletivo e o predicativo estiver no Os dois últimos exemplos apresentam maior clareza,
plural, o verbo SER concordará com o predicativo. pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere aos
A grande maioria no protesto eram jovens. dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado
O resto foram atitudes imaturas. no plural masculino, que é o gênero predominante
LÍNGUA PORTUGUESA

quando há substantivos de gêneros diferentes.


O Verbo “Parecer” Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma adjetivo fica no singular ou plural.
locução verbal (é seguido de infinitivo), admite duas A beleza e a inteligência feminina(s).
concordâncias: O carro e o iate novo(s).

• Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona


o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.

55
C) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: • Estas expressões, formadas por um verbo mais
O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo um adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a
não for acompanhado de nenhum modificador: Água é que se referem possuir sentido genérico (não vier
bom para saúde. precedido de artigo).
O adjetivo concorda com o substantivo, se este É proibido entrada de crianças.
for modificado por um artigo ou qualquer outro Em certos momentos, é necessário atenção.
determinativo: Esta água é boa para saúde. No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
D) O adjetivo concorda em gênero e número com Não é permitido saída pelas portas laterais.
os pronomes pessoais a que se refere: Juliana
encontrou-as muito felizes. • Quando o sujeito destas expressões estiver
determinado por artigos, pronomes ou adjetivos,
E) Nas expressões formadas por pronome indefinido tanto o verbo como o adjetivo concordam com ele.
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição É proibida a entrada de crianças.
DE + adjetivo, este último geralmente é usado Esta salada é ótima.
no masculino singular: Os jovens tinham algo de A educação é necessária.
misterioso. São precisas várias medidas na educação.

F) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso -
função adjetiva e concorda normalmente com o Quite
nome a que se refere: Estas palavras adjetivas concordam em gênero e
Cristina saiu só. número com o substantivo ou pronome a que se referem.
Cristina e Débora saíram sós. Seguem anexas as documentações requeridas.
A menina agradeceu: - Muito obrigada.
Observação: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou Seguem inclusos os papéis solicitados.
“apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto, Estamos quites com nossos credores.
invariável: Eles só desejam ganhar presentes.
Bastante - Caro - Barato - Longe
Estas palavras são invariáveis quando funcionam
#FicaDica como advérbios. Concordam com o nome a que se
referem quando funcionam como adjetivos, pronomes
Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. adjetivos, ou numerais.
Se a frase ficar coerente com o primeiro, As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
trata-se de advérbio, portanto, invariável; se Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho.
houver coerência com o segundo, função de (pronome adjetivo)
adjetivo, então varia: Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo As casas estão caras. (adjetivo)
Ele está só descansando. (apenas Achei barato este casaco. (advérbio)
descansando) - advérbio Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)

Meio - Meia
A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,
Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi
“só”, haverá, novamente, um adjetivo: meia porção de polentas.
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e Quando empregada como advérbio permanece
descansando) invariável: A candidata está meio nervosa.

G) Quando um único substantivo é modificado por


dois ou mais adjetivos no singular, podem ser #FicaDica
usadas as construções:
• O substantivo permanece no singular e coloca-se o Dá para eu substituir por “um pouco”, assim
artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura saberei que se trata de um advérbio, não
espanhola e a portuguesa. de adjetivo: “A candidata está um pouco
• O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo nervosa”.
LÍNGUA PORTUGUESA

antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e


portuguesa.
Alerta - Menos
Casos Particulares Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
sempre invariáveis.
É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É Os concurseiros estão sempre alerta.
permitido Não queira menos matéria!

56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS b) Inexistência de esgoto em muitas regiões e falta de
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza tratamento adequado da água são causadores de
Cochar. Português linguagens: volume 3 – 7.ª ed. Reform. doenças.
– São Paulo: Saraiva, 2010. c) Notícias falsas e boatos perigosos não deveriam
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa ser reproduzidas nas redes sociais da forma como
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. acontece hoje.
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: d) Plantas da caatinga e frutos pouco conhecidos
literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000. da Região Nordeste foram elogiados por suas
propriedades alimentares.
SITE e) Profissionais dedicados e pesquisas constantes
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/ precisam ser estimuladas para que se avance na cura
secoes/sint/sint49.php> de algumas doenças.

Resposta: Letra D.
Em “a”: Alimentos saudáveis e prática constante de
EXERCÍCIOS COMENTADOS exercícios são necessárias (necessários) para uma vida
longa e mais equilibrada.
1. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO – Em “b”: Inexistência de esgoto em muitas regiões e
CESGRANRIO-2018) A forma verbal em destaque está falta de tratamento adequado da água são causadores
empregada de acordo com a norma-padrão em: (causadoras) de doenças.
Em “c”: Notícias falsas e boatos perigosos não
a) Atualmente, comercializa-se diferentes criptomoedas deveriam ser reproduzidas (reproduzidos) nas redes
mas a bitcoin é a mais conhecida de todas as moedas sociais da forma como acontece hoje.
virtuais. Em “d”: Plantas da caatinga e frutos pouco conhecidos
b) A especulação e o comércio ilegal, de acordo com da Região Nordeste foram elogiados por suas
alguns analistas, pode tornar as bitcoins inviáveis. propriedades alimentares = correta
c) As notícias informam que até hoje, em nenhuma parte Em “e”: Profissionais dedicados e pesquisas constantes
do mundo, se substituíram totalmente as moedas precisam ser estimuladas (estimulados) para que se
reais pelas virtuais. avance na cura de algumas doenças.
d) De acordo com as regras do mercado financeiro,
criou-se apenas 21 milhões de bitcoins nos últimos 3. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR
anos. – CESGRANRIO-2018) A concordância do verbo
e) O valor dos produtos comercializados seriam destacado foi realizada de acordo com as exigências da
determinados por uma moeda virtual se a real fosse norma-padrão da língua portuguesa em:
abolida.
a) Com a corrida desenfreada pelas versões mais atuais
Resposta: Letra C. dos smartphones, evidenciou-se atitudes agressivas e
Em “a”: Atualmente, comercializam-se diferentes violentas por parte dos usuários.
criptomoedas mas a bitcoin é a mais conhecida de b) Devido à utilização de estratégias de marketing,
todas as moedas virtuais. desenvolveu-se, entre os jovens, a ideia de que a
Em “b”: A especulação e o comércio ilegal, de posse de novos aparelhos eletrônicos é garantia de
acordo com alguns analistas, podem tornar as bitcoins sucesso.
inviáveis. c) É necessário que se envie a todas as escolas do país
Em “c”: As notícias informam que até hoje, em nenhuma vídeos educacionais que permitam esclarecer os
parte do mundo, se substituíram totalmente as jovens sobre o vício da tecnologia.
moedas reais pelas virtuais. = correta d) É preciso educar as novas gerações para que se reduza
Em “d”: De acordo com as regras do mercado os comportamentos compulsivos relacionados ao uso
financeiro, criaram-se apenas 21 milhões de bitcoins das novas tecnologias.
nos últimos anos. e) Nos países mais industrializados, comprovou-se
Em “e”: O valor dos produtos comercializados seria os danos psicológicos e o consumismo exagerado
determinado por uma moeda virtual se a real fosse causados pelo vício da tecnologia.
abolida.
Resposta: Letra B.
2. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL Em “a”: Com a corrida desenfreada pelas versões mais
I – CESGRANRIO-2018) A concordância da palavra atuais dos smartphones, evidenciou-se (evidenciaram-
LÍNGUA PORTUGUESA

destacada atende às exigências da norma-padrão da se) atitudes agressivas e violentas por parte dos
língua portuguesa em: usuários.
Em “b”: Devido à utilização de estratégias de
a) Alimentos saudáveis e prática constante de exercícios marketing, desenvolveu-se, entre os jovens, a ideia de
são necessárias para uma vida longa e mais que a posse de novos aparelhos eletrônicos é garantia
equilibrada. de sucesso = correta

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Em “c”: É necessário que se envie (enviem) a todas as 5. (MPU – ANALISTA DO MPU – CESPE-2015)
escolas do país vídeos educacionais que permitam
esclarecer os jovens sobre o vício da tecnologia. Texto I
Em “d”: É preciso educar as novas gerações para que
se reduza (reduzam) os comportamentos compulsivos Na organização do poder político no Estado moderno,
relacionados ao uso das novas tecnologias. à luz da tradição iluminista, o direito tem por função a
Em “e”: Nos países mais industrializados, comprovou- preservação da liberdade humana, de maneira a coibir a
se (comprovaram-se) os danos psicológicos e o desordem do estado de natureza, que, em virtude do risco
consumismo exagerado causados pelo vício da da dominação dos mais fracos pelos mais fortes, exige
tecnologia. a existência de um poder institucional. Mas a conquista
da liberdade humana também reclama a distribuição do
4. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO – poder em ramos diversos, com a disposição de meios
FGV-2017) Observe os seguintes casos de concordância que assegurem o controle recíproco entre eles para o
nominal retirados do texto 1: advento de um cenário de equilíbrio e harmonia nas
sociedades estatais. A concentração do poder em um só
1. A democracia reclama um jornalismo vigoroso e órgão ou pessoa viria sempre em detrimento do exercício
independente. da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo
2. A agenda pública é determinada pela imprensa homem que tem poder tende a abusar dele; ele vai até
tradicional. onde encontra limites. Para que não se possa abusar do
3. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder
conteúdo independentes. limite o poder”.
Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza
A afirmação correta sobre essas concordâncias é: as esferas de abrangência dos poderes políticos: “só se
concebia sua união nas mãos de um só ou, então, sua
a) os dois adjetivos da frase (1) referem-se, separação; ninguém se arriscava a apresentar, sob a forma
respectivamente a ‘democracia’ e ‘jornalismo’; de sistema coerente, as consequências de conceitos
b) os adjetivos da frase (1) deveriam estar no plural por diversos”. Pensador francês do século XVIII, Montesquieu
referirem-se a dois substantivos; situa-se entre o racionalismo cartesiano e o empirismo
c) na frase (2), a forma de particípio ‘determinada’ se de origem baconiana, não abandonando o rigor das
refere a ‘imprensa’; certezas matemáticas em suas certezas morais. Porém,
d) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ está refugindo às especulações metafísicas que, no plano da
corretamente no plural por referir-se a ‘empresas’; idealidade, serviram aos filósofos do pacto social para a
e) na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ deveria estar explicação dos fundamentos do Estado ou da sociedade
no singular por referir-se ao substantivo ‘conteúdo’. civil, ele procurou ingressar no terreno dos fatos.
Fernanda Leão de Almeida. A garantia institucional do
Resposta: Letra D. Ministério Público em função da proteção dos direitos
1. A democracia reclama um jornalismo vigoroso e humanos. Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2010, p.
independente. 18-9. Internet: <www.teses.usp.br> (com adaptações).
2. A agenda pública é determinada pela imprensa
tradicional. A flexão plural em “eram identificadas” decorre da
3. Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de concordância com o sujeito dessa forma verbal: “as
conteúdo independentes. esferas de abrangência dos poderes políticos”.
Em “a”: os dois adjetivos da frase (1) referem-se,
respectivamente a ‘democracia’ e ‘jornalismo’; ( ) CERTO ( ) ERRADO
A democracia reclama um jornalismo vigoroso e
independente = apenas a “jornalismo” Resposta: Certo.
Em “b”: os adjetivos da frase (1) deveriam estar no (...) Até Montesquieu, não eram identificadas com
plural por referirem-se a dois substantivos; clareza as esferas de abrangência dos poderes
A democracia reclama um jornalismo vigoroso e políticos = passando o período para a ordem direta
independente = a um substantivo (jornalismo) (sujeito + verbo), temos: Até Montesquieu, as esferas
Em “c”: na frase (2), a forma de particípio ‘determinada’ de abrangência dos poderes políticos não eram
se refere a ‘imprensa’; identificadas com clareza.
A agenda pública é determinada pela imprensa
tradicional = refere-se ao termo “agenda pública” 6. (PC-RS – ESCRIVÃO e Inspetor de Polícia –
Em “d”: na frase (3), o adjetivo ‘independentes’ está Fundatec-2018 - adaptada) Sobre a frase “Esses alunos
LÍNGUA PORTUGUESA

corretamente no plural por referir-se a ‘empresas’; que são usuários constantes de redes sociais têm um risco
Mas o pontapé inicial é sempre das empresas de 27% maior de desenvolver depressão”, avalie as assertivas
conteúdo independentes = correta que seguem, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
Em “e”: na frase (3), o adjetivo ‘independentes’
deveria estar no singular por referir-se ao substantivo ( ) Caso os termos ‘Esses alunos’ fosse passado para o
‘conteúdo’ = incorreta (refere-se a “empresas”) singular, outras quatro palavras deveriam sofrer ajustes
para fins de concordância.

58
( ) Mais da metade dos alunos que usam redes sociais Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
podem ficar deprimidos. “agradar a alguém”.
( ) O risco de alunos usuários de redes sociais
desenvolverem depressão constante extrapola o índice O conhecimento do uso adequado das preposições
dos 27%. é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência
verbal (e também nominal). As preposições são capazes
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de de modificar completamente o sentido daquilo que está
cima para baixo, é: sendo dito.

a) V – V – V. Cheguei ao metrô.
b) F – V – F. Cheguei no metrô.
c) V – F – F.
d) F – F – V. No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no
e) F – F – F. segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado.

Resposta: Letra C. A voluntária distribuía leite às crianças.


Esses alunos que são usuários constantes de redes sociais A voluntária distribuía leite com as crianças.
têm um risco 27% maior de desenvolver depressão
Em: ( ) Caso os termos ‘Esses alunos’ fosse passado Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado
para o singular, outras quatro palavras deveriam sofrer como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto
ajustes para fins de concordância. (objeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo
Esse aluno que é usuário constante de redes sociais direto (objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto
tem um risco 27% maior de desenvolver depressão adverbial).
= (verdadeira = haveria quatro alterações) Para estudar a regência verbal, agruparemos os
Em: ( ) Mais da metade dos alunos que usam redes verbos de acordo com sua transitividade. Esta, porém,
sociais podem ficar deprimidos. não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de
= falsa (o período em análise não nos transmite tal diferentes formas em frases distintas.
informação, apenas afirma que usuários constantes
têm um risco 27% maior que os demais) A) Verbos Intransitivos
Em: ( ) O risco de alunos usuários de redes sociais Os verbos intransitivos não possuem complemento. É
desenvolverem depressão constante extrapola o importante, no entanto, destacar alguns detalhes relativos
índice dos 27%. aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los.
= Falsa (“depressão constante” altera o sentido do
período) Chegar, Ir
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos
adverbiais de lugar. Na língua culta, as preposições
usadas para indicar destino ou direção são: a, para.
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL;
Fui ao teatro.
Adjunto Adverbial de Lugar
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Ricardo foi para a Espanha.
Dá-se o nome de regência à relação de subordinação Adjunto Adverbial de Lugar
que ocorre entre um verbo (regência verbal) ou um nome
(regência nominal) e seus complementos. Comparecer
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido
Regência Verbal = Termo Regente: VERBO por em ou a.
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o
A regência verbal estuda a relação que se estabelece último jogo.
entre os verbos e os termos que os complementam
(objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam B) Verbos Transitivos Diretos
(adjuntos adverbiais). Há verbos que admitem mais Os verbos transitivos diretos são complementados por
de uma regência, o que corresponde à diversidade objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
de significados que estes verbos podem adquirir para o estabelecimento da relação de regência. Ao
dependendo do contexto em que forem empregados.
LÍNGUA PORTUGUESA

empregar esses verbos, lembre-se de que os pronomes


oblíquos o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, pronomes podem assumir as formas lo, los, la, las (após
contentar. formas verbais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos,
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar nas (após formas verbais terminadas em sons nasais),
agrado ou prazer”, satisfazer. enquanto lhe e lhes são, quando complementos verbais,
objetos indiretos.

59
São verbos transitivos diretos, dentre outros: Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, complementos introduzidos pela preposição “com”.
acusar, admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, Antipatizo com aquela apresentadora.
auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, Simpatizo com os que condenam os políticos que
defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, governam para uma minoria privilegiada.
prejudicar, prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar,
ver, visitar. D) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos
Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
como o verbo amar: Os verbos transitivos diretos e indiretos são
Amo aquele rapaz. / Amo-o. acompanhados de um objeto direto e um indireto.
Amo aquela moça. / Amo-a. Merecem destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar
Amam aquele rapaz. / Amam-no. e pagar. São verbos que apresentam objeto direto
Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la. relacionado a coisas e objeto indireto relacionado a
pessoas.
Observação:
Os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos Agradeço aos ouvintes a audiência.
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos Objeto Indireto Objeto Direto
adnominais):
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto) Paguei o débito ao cobrador.
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua Objeto Direto Objeto Indireto
carreira)
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
humor) com particular cuidado:
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
C) Verbos Transitivos Indiretos Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Os verbos transitivos indiretos são complementados Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
exigem uma preposição para o estabelecimento da Paguei minhas contas. / Paguei-as.
relação de regência. Os pronomes pessoais do caso Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes.
oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como
objetos indiretos são o “lhe”, o “lhes”, para substituir Informar
pessoas. Não se utilizam os pronomes o, os, a, as como Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
complementos de verbos transitivos indiretos. Com os indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
objetos indiretos que não representam pessoas, usam-se Informe os novos preços aos clientes.
pronomes oblíquos tônicos de terceira pessoa (ele, ela) Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os
em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. novos preços)

Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: Na utilização de pronomes como complementos, veja
Consistir - Tem complemento introduzido pela as construções:
preposição “em”: A modernidade verdadeira consiste em Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos
direitos iguais para todos. preços.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou
Obedecer e Desobedecer - Possuem seus sobre eles)
complementos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. Observação:
Eles desobedeceram às leis do trânsito. A mesma regência do verbo informar é usada para os
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir.
Responder - Tem complemento introduzido pela
preposição “a”. Esse verbo pede objeto indireto para Comparar
indicar “a quem” ou “ao que” se responde. Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as
Respondi ao meu patrão. preposições “a” ou “com” para introduzir o complemento
Respondemos às perguntas. indireto: Comparei seu comportamento ao (ou com o) de
Respondeu-lhe à altura. uma criança.

Observação: Pedir
LÍNGUA PORTUGUESA

O verbo responder, apesar de transitivo indireto Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente
quando exprime aquilo a que se responde, admite voz na forma de oração subordinada substantiva) e indireto
passiva analítica: de pessoa.
O questionário foi respondido corretamente.
Todas as perguntas foram respondidas Pedi-lhe favores.
satisfatoriamente. Objeto Indireto Objeto Direto

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Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pessoa,
Objeto Indireto Oração Subordinada as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são
Substantiva Objetiva Direta utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”.
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (=
A construção “pedir para”, muito comum na Aspiravam a ela)
linguagem cotidiana, deve ter emprego muito limitado
na língua culta. No entanto, é considerada correta Assistir
quando a palavra licença estiver subentendida. Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, prestar
Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em assistência a, auxiliar.
casa. As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
uma oração subordinada adverbial final reduzida de Assistir é transitivo indireto no sentido de ver,
infinitivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa). presenciar, estar presente, caber, pertencer.
Assistimos ao documentário.
Preferir Não assisti às últimas sessões.
Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto Essa lei assiste ao inquilino.
indireto introduzido pela preposição “a”:
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é
Prefiro trem a ônibus. intransitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial
de lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos
Observação: numa conturbada cidade.
Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado
sem termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil Chamar
vezes, um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo Chamar é transitivo direto no sentido de convocar,
prefixo existente no próprio verbo (pre). solicitar a atenção ou a presença de.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá
Mudança de Transitividade - Mudança de chamá-la.
Significado Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
Há verbos que, de acordo com a mudança de
transitividade, apresentam mudança de significado. O Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
conhecimento das diferentes regências desses verbos é apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere
um recurso linguístico muito importante, pois além de predicativo preposicionado ou não.
permitir a correta interpretação de passagens escritas, A torcida chamou o jogador mercenário.
oferece possibilidades expressivas a quem fala ou A torcida chamou ao jogador mercenário.
escreve. Dentre os principais, estão: A torcida chamou o jogador de mercenário.
A torcida chamou ao jogador de mercenário.
Agradar
Agradar é transitivo direto no sentido de fazer Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal:
carinhos, acariciar, fazer as vontades de. Como você se chama? Eu me chamo Zenaide.
Sempre agrada o filho quando.
Aquele comerciante agrada os clientes. Custar
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
Agradar é transitivo indireto no sentido de causar valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adverbial:
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento Frutas e verduras não deveriam custar muito.
introduzido pela preposição “a”.
O cantor não agradou aos presentes. No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo
O cantor não lhes agradou. ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração
reduzida de infinitivo.
O antônimo “desagradar” é sempre transitivo indireto:
O cantor desagradou à plateia. Muito custa viver tão longe da família.
Verbo Intransitivo Oração Subordinada
Aspirar Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
Aspirar é transitivo direto no sentido de sorver, inspirar
LÍNGUA PORTUGUESA

(o ar), inalar: Aspirava o suave aroma. (Aspirava-o) Custou-me (a mim) crer nisso.
Objeto Indireto Oração Subordinada
Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
ter como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor.
(Aspirávamos a ele) A Gramática Normativa condena as construções que
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
pessoa: Custei para entender o problema.
= Forma correta: Custou-me entender o problema.

61
Implicar Esquecer – Lembrar
Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos: Lembrar algo – esquecer algo
A) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo
implicavam um firme propósito. (pronominal)
B) ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar: Uma ação implica reação. No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja,
exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o
Como transitivo direto e indireto, significa livro.
comprometer, envolver: Implicaram aquele jornalista em No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me,
questões econômicas. etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São,
portanto, transitivos indiretos:
No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo Ele se esqueceu do caderno.
indireto e rege com preposição “com”: Implicava com Eu me esqueci da chave.
quem não trabalhasse arduamente. Eles se esqueceram da prova.
Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Namorar
Sempre tansitivo direto: Luísa namora Carlos há dois Há uma construção em que a coisa esquecida ou
anos. lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre
leve alteração de sentido. É uma construção muito rara
Obedecer - Desobedecer na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la
Sempre transitivo indireto: em textos clássicos tanto brasileiros como portugueses.
Todos obedeceram às regras. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção
Ninguém desobedece às leis. várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
“lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas. Não lhe lembram os bons momentos da infância? (=
momentos é sujeito)
Proceder
Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
Simpatizar - Antipatizar
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
Não simpatizei com os jurados.
adverbial de modo.
Simpatizei com os alunos.
As afirmações da testemunha procediam, não havia
como refutá-las.
Importante:
Você procede muito mal.
A norma culta exige que os verbos e expressões que
Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a dão ideia de movimento sejam usados com a preposição
preposição “de”) e fazer, executar (rege complemento “a”:
introduzido pela preposição “a”) é transitivo indireto. Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
O avião procede de Maceió. Cláudia desceu ao segundo andar.
Procedeu-se aos exames. Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
O delegado procederá ao inquérito.
Regência Nominal
Querer
Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter É o nome da relação existente entre um nome
vontade de, cobiçar. (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos
Querem melhor atendimento. por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por
Queremos um país melhor. uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso
levar em conta que vários nomes apresentam exatamente
Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição, o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer
estimar, amar: Quero muito aos meus amigos. o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o
regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo
Visar obedecer e os nomes correspondentes: todos regem
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
mirar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar. Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
LÍNGUA PORTUGUESA

O homem visou o alvo.


O gerente não quis visar o cheque.
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. completiva nominal (subordinada substantiva).
O ensino deve sempre visar ao progresso social.
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-
estar público.

62
Regência de Alguns Nomes

Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por

Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de

Advérbios
Longe de Perto de

Observação:
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a;
paralelamente a; relativa a; relativamente a.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza Cochar - Português linguagens: volume 3. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
AMARAL, Emília... [et al.]. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação – São Paulo: FTD, 2000.

SITE
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php>
LÍNGUA PORTUGUESA

63
Resposta: Letra C.
Em “a”: Podemos esperar para um futuro melhor = po-
EXERCÍCIOS COMENTADOS demos esperar o quê?
Em “b”: Podemos esperar com um futuro melhor = po-
1. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CES- demos esperar o quê?
GRANRIO-2018) Em “c”: Podemos esperar um futuro melhor = correta
Em “d”: Podemos esperar porquanto um futuro me-
O ano da esperança lhor = sentido de “porque”
Em “e”: Podemos esperar todavia um futuro melhor =
O ano de 2017 foi difícil. Avalio pelo número de amigos conjunção adversativa (ideia contrária à apresentada
desempregados. E pedidos de empréstimos. Um atrás anteriormente)
do outro. Nunca fui de botar dinheiro nas relações de A única frase correta – e coerente - é podemos esperar
amizade. Como afirmou Shakespeare, perde-se o dinhei- um futuro melhor.
ro e o amigo. Nos primeiros pedidos, eu ajudava, com a
consciência de que era uma doação. A situação foi pio- 2. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES-
rando. Os argumentos também. No início era para pagar GRANRIO-2018) Considere a seguinte frase: “Os lança-
a escola do filho. Depois vieram as mães e avós doentes. mentos tecnológicos a que o autor se refere podem re-
Lamentavelmente, aprendi a não ser generoso. Ajudava sultar em comportamentos impulsivos nos consumidores
um rapaz, que não conheço pessoalmente. Mas que so- desses produtos”. A utilização da preposição destacada
freu um acidente e não tinha como pagar a fisioterapia. a é obrigatória para atender às exigências da regência
Comecei pagando a físio. Vieram sucessivas internações, do verbo “referir-se”, de acordo com a norma-padrão da
remédios. A situação piorando, eu já estava encomen- língua portuguesa. É também obrigatório o uso de uma
dando missa de sétimo dia. Falei com um amigo médico, preposição antecedendo o pronome que destacado em:
no Rio de Janeiro. Ele aceitou tratar o caso gratuitamen-
te. Surpresa! O doente não aparecia para a consulta. Até a) Os consumidores, ao adquirirem um produto que qua-
que o coloquei contra a parede. Ou se consultava ou eu se ninguém possui, recém-lançado no mercado, pas-
não ajudava mais. sam a ter uma sensação de superioridade.
Cheio de saúde, ele foi ao consultório. Pediu uma receita b) Muitos aparelhos difundidos no mercado nem sempre
de suplementos para ficar com o corpo atlético. Nunca trazem novidades que justifiquem seu preço elevado
conheci o sujeito, repito. Eu me senti um idiota por ter
em relação ao modelo anterior.
caído na história. Só que esse rapaz havia perdido o em-
c) O estudo de mapeamento cerebral que o pesquisador
prego após o suposto acidente. Foi por isso que me dei-
realizou foi importante para mostrar que o vício em
xei enganar. Mas, ao perder salário, muita gente perde
novidades tecnológicas cresce cada vez mais.
também a vergonha. Pior ainda. A violência aumenta. As
d) O hormônio chamado dopamina é responsável por
pessoas buscam vagas nos mercados em expansão. Se a
causar sensações de prazer que levam as pessoas a se
indústria automobilística vai bem, é lá que vão trabalhar.
sentirem recompensadas.
Podemos esperar por um futuro melhor ou o que nos
aguarda é mais descrédito? Novos candidatos vão sur- e) As pessoas, na maioria das vezes, gastam muito mais
gir. Serão novos? Ou os antigos? Ou novos com cabeça do que o seu orçamento permite em aparelhos que
de velhos? Todos pedem que a gente tenha uma nova elas não necessitam.
consciência para votar. Como? Num mundo em que as
notícias são plantadas pela internet, em que muitos sites Resposta: Letra E.
servem a qualquer mentira. Digo por mim. Já contaram Em “a”: Os consumidores, ao adquirirem um produto
cada história a meu respeito que nem sei o que dizer. Já que (= o qual) quase ninguém possui, recém-lançado
inventaram casos de amor, tramas nas novelas que escre- no mercado, passam a ter uma sensação de superio-
vo. Pior. Depois todo mundo me pergunta por que isso ridade.
ou aquilo não aconteceu na novela. Se mudei a trama. Em “b”: Muitos aparelhos difundidos no mercado nem
Respondo: — Nunca foi para acontecer. Era mentira da sempre trazem novidades que (= as quais) justifiquem
internet. seu preço elevado em relação ao modelo anterior.
Duvidam. Acham que estou mentindo. Em “c”: O estudo de mapeamento cerebral que (= o
CARRASCO, W. O ano da esperança. Época, 25 dez. 2017, p.97. qual) o pesquisador realizou foi importante para mos-
Adaptado. trar que o vício em novidades tecnológicas cresce
cada vez mais.
Considere o trecho “Podemos esperar por um futuro me- Em “d”: O hormônio chamado dopamina é responsá-
lhor”. Respeitando-se as regras da norma-padrão e con- vel por causar sensações de prazer que (= as quais)
servando-se o conteúdo informacional, o trecho acima levam as pessoas a se sentirem recompensadas.
LÍNGUA PORTUGUESA

está corretamente reescrito em: Em “e”: As pessoas, na maioria das vezes, gastam mui-
to mais do que o seu orçamento permite em apare-
a) Podemos esperar para um futuro melhor lhos de que (= das quais) elas não necessitam.
b) Podemos esperar com um futuro melhor
c) Podemos esperar um futuro melhor
d) Podemos esperar porquanto um futuro melhor
e) Podemos esperar todavia um futuro melhor

64
3. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010) 5. (TJ-SP – ADVOGADO - VUNESP/2013 - ADAPTADA)
A pobreza é um dos fatores mais comumente respon- Na passagem – ... e ausência de candidatos para preen-
sáveis pelo baixo nível de desenvolvimento humano chê-las. –, substituindo-se o verbo preencher por concor-
e pela origem de uma série de mazelas, algumas das rer e atendendo-se à norma-padrão, obtém-se:
quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso
do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas a) … e ausência de candidatos para concorrer a elas.
sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja onde b) … e ausência de candidatos para concorrer à elas.
o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga c) … e ausência de candidatos para concorrer-lhes.
crianças e adolescentes a participarem do processo de d) … e ausência de candidatos para concorrê-las.
produção. Foi assim na Revolução Industrial de ontem e) … e ausência de candidatos para lhes concorrer.
e nas economias ditas avançadas. E ainda é, nos dias de
hoje, nas manufaturas da Ásia ou em diversas regiões do Resposta: Letra A.
Brasil. Enquanto, entre as nações ricas, o trabalho infantil Vamos por exclusão: “à elas” está errada, já que não
foi minimizado, já que nunca se pode dizer erradicado, temos acento indicativo de crase antes de pronome
ele continua sendo grave problema nos países mais po- pessoal; quando temos um verbo no infinitivo, po-
bres. demos usar a construção: verbo + preposição + pro-
Jornal do Brasil, Editorial, 1.º/7/2010 (com adaptações). nome pessoal. Por exemplo: Dar a eles (ao invés de
“dar-lhes”).
O emprego de preposição em “a participarem” é exigido
pela regência da forma verbal “obriga”.

( ) CERTO ( ) ERRADO COLOCAÇÃO PRONOMINAL;

Resposta: Certo. “Prezado Candidato, o tópico acima foi abordado


(...) o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, em: Classe de palavras: substantivo, adjetivo, nume-
obriga crianças e adolescentes a participarem = ral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção
quem obriga, obriga alguém (crianças e adolescentes – e artigo : emprego e sentido que imprimem às rela-
objeto direto) a algo (a participarem – objeto indireto: ções que estabelecem.”
com preposição – no caso, uma oração com a função
de objeto indireto).

4. (PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP-2013) REGRAS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA;


Considerando as regras de regência verbal, assinale a al-
ternativa correta.
ACENTUAÇÃO
a) Ao ver a quantidade excessiva de prateleiras, o amigo
comentou de que o livro estava acabando. Quanto à acentuação, observamos que algumas
b) Enquanto seu amigo continua encomendando livros palavras têm acento gráfico e outras não; na pronúncia,
de papel, o autor aderiu o livro digital. ora se dá maior intensidade sonora a uma sílaba, ora a
c) Álvaro convenceu-se de que o melhor a fazer seria sair outra. Por isso, vamos às regras!
para jantar.
d) As estantes que o autor aludiu foram projetadas para Regras básicas
armazenar livros e CDs.
e) O único detalhe do apartamento que o amigo se ateve A acentuação tônica está relacionada à intensidade
foi o número de estantes. com que são pronunciadas as sílabas das palavras.
Aquela que se dá de forma mais acentuada, conceitua-se
Resposta: Letra C. como sílaba tônica. As demais, como são pronunciadas
Em “a”: Ao ver a quantidade excessiva de prateleiras, o com menos intensidade, são denominadas de átonas.
amigo comentou de (X) que = comentou que De acordo com a tonicidade, as palavras são
Em “b”: Enquanto seu amigo continua encomendando classificadas como:
livros de papel, o autor aderiu o = aderiu ao Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre
Em “c”: Álvaro convenceu-se de que o melhor a fazer a última sílaba: café – coração – Belém – atum – caju –
seria sair para jantar = correta papel
Em “d”: As estantes que o autor aludiu = às quais/a Paroxítonas – a sílaba tônica recai na penúltima
LÍNGUA PORTUGUESA

que sílaba: útil – tórax – táxi – leque – sapato – passível


Em “e”: O único detalhe do apartamento que o amigo Proparoxítonas - a sílaba tônica está na antepenúltima
se ateve = ao qual/ a que sílaba: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus

Há vocábulos que possuem uma sílaba somente: são


os chamados monossílabos. Estes são acentuados quando
tônicos e terminados em “a”, “e” ou “o”: vá – fé – pó - ré.

65
Os acentos
FIQUE ATENTO!
A) acento agudo (´) – Colocado sobre as letras “a” Se os ditongos abertos estiverem em uma
e “i”, “u” e “e” do grupo “em” - indica que estas palavra oxítona (herói) ou monossílaba
letras representam as vogais tônicas de palavras (céu) ainda são acentuados: dói, escarcéu.
como pá, caí, público. Sobre as letras “e” e “o”
indica, além da tonicidade, timbre aberto: herói –
céu (ditongos abertos).
Antes Agora
B) acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras
“a”, “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre assembléia assembleia
fechado: tâmara – Atlântico – pêsames – supôs . idéia ideia
C) acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a”
com artigos e pronomes: à – às – àquelas – àqueles geléia geleia
D) trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi jibóia jiboia
totalmente abolido das palavras. Há uma exceção:
apóia (verbo apoiar) apoia
é utilizado em palavras derivadas de nomes
próprios estrangeiros: mülleriano (de Müller) paranóico paranoico
E) til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam
vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã Acento Diferencial

Regras fundamentais Representam os acentos gráficos que, pelas regras


de acentuação, não se justificariam, mas são utilizados
A) Palavras oxítonas:acentuam-se todas as oxítonas para diferenciar classes gramaticais entre determinadas
terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não palavras e/ou tempos verbais. Por exemplo: Pôr (verbo) X
do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém. por (preposição) / pôde (pretérito perfeito do Indicativo do
Esta regra também é aplicada aos seguintes casos: verbo “poder”) X pode (presente do Indicativo do mesmo
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, verbo).
seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas:
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada,
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se,
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição.
B) Paroxítonas: acentuam-se as palavras paroxítonas Os demais casos de acento diferencial não são
terminadas em: mais utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo
i, is: táxi – lápis – júri (substantivo), pelo (preposição). Seus significados e
us, um, uns: vírus – álbuns – fórum classes gramaticais são definidos pelo contexto.
l, n, r, x, ps: automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps Polícia para o trânsito para que se realize a operação
ã, ãs, ão, ãos: ímã – ímãs – órfão – órgãos planejada. = o primeiro “para” é verbo; o segundo,
ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou conjunção (com relação de finalidade).
não de “s”: água – pônei – mágoa – memória

#FicaDica
#FicaDica
Quando, na frase, der para substituir o
Memorize a palavra LINURXÃO. Repare que “por” por “colocar”, estaremos trabalhando
esta palavra apresenta as terminações das com um verbo, portanto: “pôr”; nos demais
paroxítonas que são acentuadas: L, I N, U casos, “por” é preposição: Faço isso por você.
(aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã, ÃO. / Posso pôr (colocar) meus livros aqui?
Assim ficará mais fácil a memorização!

Regra do Hiato
C) Proparoxítona: a palavra é proparoxítona
quando a sua antepenúltima sílaba é tônica
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos,
(mais forte). Quanto à regra de acentuação:
segunda vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”,
todas as proparoxítonas são acentuadas,
haverá acento: saída – faísca – baú – país – Luís
independentemente de sua terminação: árvore,
paralelepípedo, cárcere. Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato
LÍNGUA PORTUGUESA

quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:


Regras especiais Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se
Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos estiverem seguidas do dígrafo nh: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
abertos), que antes eram acentuados, perderam o acento Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se
de acordo com a nova regra, mas desde que estejam em vierem precedidas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-
palavras paroxítonas. ba

66
Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, SITE
formando hiato quando vierem depois de ditongo (nas Disponível em: <http://www.brasilescola.com/
paroxítonas): gramatica/acentuacao.htm>

Antes Agora
bocaiúva bocaiuva EXERCÍCIOS COMENTADOS
feiúra feiura
Sauípe Sauipe 1. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – EXATUS-2015)
Assinale a alternativa em que a palavra é acentuada pela
mesma razão que “Bíblia”:
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
abolido:
a) íris.
b) estórias.
Antes Agora c) queríamos.
crêem creem d) aí.
e) páginas.
lêem leem
vôo voo Resposta: Letra B.
enjôo enjoo “Bíblia” = esta é acentuada por ser uma paroxítona
terminada em ditongo.
Em “a”, íris = paroxítona terminada em i(s)
#FicaDica Em “b”, estórias = paroxítona terminada em ditongo
Em “c”, queríamos = proparoxítona
Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os Em “d”, aí = regra do hiato
verbos que, no plural, dobram o “e”, mas Em “e”, páginas = proparoxítona
que não recebem mais acento como antes:
CRER, DAR, LER e VER. 2. (BANPARÁ – TÉCNICO BANCÁRIO – FADESP-2018)
Repare: A sequência de palavras cujos acentos são empregados
O menino crê em você. / Os meninos creem pelo mesmo motivo é
em você.
Elza lê bem! / Todas leem bem! a) público, função, dói.
Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos b) burocráticos, próximo, século.
que os garotos deem o recado! c) será, aí, é, está.
Rubens vê tudo! / Eles veem tudo! d) glória, exercício, publicação.
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / e) hábito, bancário, poética.
Eles vêm à tarde!
Resposta: Letra B.
Em “a”, público = proparoxítona / função = o til tem
As formas verbais que possuíam o acento tônico na função de nasalizar (indicar som fechado) / dói =
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de monossílabo formado por ditongo aberto
“e” ou “i” não serão mais acentuadas: Em “b”, burocráticos = proparoxítona / próximo =
proparoxítona / século = proparoxítona
Em “c”, será = oxítona terminada em ‘a” / aí = regra do
Antes Agora hiato / é = (verbo) monossílabo tônico terminado em
apazigúe (apaziguar) apazigue “e” / está = (verbo) oxítona terminada em “a”
Em “d”, glória = paroxítona terminada em ditongo
averigúe (averiguar) averigue / exercício = paroxítona terminada em ditongo /
argúi (arguir) argui publicação = o til indica nasalização (som fechado)
Em “e”, hábito = (substantivo) proparoxítona /
Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira bancário = paroxítona terminada em ditongo / poética
pessoa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles = proparoxítona
vêm (verbo vir). A regra prevalece também para os verbos
conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles contêm, 3. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – NÍVEL SUPERIOR –
ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém CONHECIMENTOS BÁSICOS – CESPE-2014) O emprego
LÍNGUA PORTUGUESA

– eles convêm. do acento gráfico nas palavras “metálica”, “acúmulo”


e “imóveis” justifica-se com base na mesma regra de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS acentuação.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. ( ) CERTO ( ) ERRADO
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Cochar - Português linguagens: volume 1 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010.

67
Resposta: Errado. 6. (TJ-AC – TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA
O emprego do acento gráfico nas palavras “metálica”, - CESPE/2012) As palavras “conteúdo”, “calúnia” e
“acúmulo” e “imóveis” justifica-se com base na mesma “injúria” são acentuadas de acordo com a mesma regra
regra de acentuação. de acentuação gráfica.
metálica = proparoxítona / acúmulo = proparoxítona /
imóveis = paroxítona terminada em ditongo ( ) CERTO ( ) ERRADO

4. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – Resposta: Errado.


CESGRANRIO-2018) A palavra que precisa ser acentuada “Conteúdo” = regra do hiato / calúnia = paroxítona
graficamente para estar correta quanto às normas em terminada em ditongo / injúria = paroxítona terminada
vigor está destacada na seguinte frase: em ditongo.

a) Todo escritor de novela tem o desejo de criar um 7. (TRE-AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre
personagem inesquecível. as frases que seguem, a única correta é:
b) Os telespectadores veem as novelas como um espelho
da realidade. a) Ele se esqueceu de que?
c) Alguns novelistas gostam de superpor temas sociais b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-
com temas políticos. lo entre os presentes.
d) Para decorar o texto antes de gravar, cada ator rele c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas.
sua fala várias vezes. d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos
e) Alguns atores de novela constroem seus personagens funcionários.
fazendo pesquisa. e) Não sei por que ele mereceria minha consideração.
Resposta: Letra D.
Resposta: Letra E.
Em “a”: Todo escritor de novela tem = singular (não
Em “a”: Ele se esqueceu de que? = quê?
acentuado)
Em “b”: Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu
Em “b”: Os telespectadores veem = correta - plural
para distribui-lo (distribuí-lo) entre os presentes.
dobra o “e” (perdeu o acento com o Acordo)
Em “c”: Embora devêssemos (devêssemos), não fomos
Em “c”: Alguns novelistas gostam de superpor =
excessivos nas críticas.
correta
Em “d”: O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às
Em “d”: Para decorar o texto antes de gravar, cada ator
rele = relê (oxítona) reivindicações dos funcionários.
Em “e”: Alguns atores de novela constroem = correta Em “e”: Não sei por que ele mereceria minha
consideração.
5. (TJ-SP - ANALISTA EM COMUNICAÇÃO E
PROCESSAMENTO DE DADOS JUDICIÁRIO –
VUNESP/2012) Seguem a mesma regra de acentuação NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO.
gráfica relativa às palavras paroxítonas:

a) probatório; condenatório; crédito. ORTOGRAFIA


b) máquina; denúncia; ilícita.
c) denúncia; funcionário; improcedência. A ortografia é a parte da Fonologia que trata da
d) máquina; improcedência; probatório. correta grafia das palavras. É ela quem ordena qual som
e) condenatório; funcionário; frágil. devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma
língua são grafados segundo acordos ortográficos.
Resposta: Letra C. A maneira mais simples, prática e objetiva de aprender
Vamos a elas: ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras,
Em “a”: probatório = paroxítona terminada em ditongo familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras
/ condenatório = paroxítona terminada em ditongo / é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções
crédito = proparoxítona. e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de
Em “b”: máquina = proparoxítona / denúncia etimologia (origem da palavra).
= paroxítona terminada em ditongo / ilícita =
proparoxítona. Regras ortográficas
Em “c”: Denúncia = paroxítona terminada em ditongo
/ funcionário = paroxítona terminada em ditongo / A) O fonema S
LÍNGUA PORTUGUESA

improcedência = paroxítona terminada em ditongo


Em “d”: máquina = proparoxítona / improcedência São escritas com S e não C/Ç
= paroxítona terminada em ditongo / probatório = • Palavras substantivadas derivadas de verbos com
paroxítona terminada em ditongo radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender
Em “e”: condenatório = paroxítona terminada em - pretensão / expandir - expansão / ascender -
ditongo / funcionário = = paroxítona terminada em ascensão / inverter - inversão / aspergir - aspersão /
ditongo / Frágil = paroxítona terminada em “l” submergir - submersão / divertir - diversão / impelir

68
- impulsivo / compelir - compulsório / repelir - Exceção: lápis + inho – lapisinho.
repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
sentir - sensível / consentir – consensual. C) O fonema j

São escritos com SS e não C e Ç São escritas com G e não J


• Nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem • Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
em gred, ced, prim ou com verbos terminados gesso.
por tir ou -meter: agredir - agressivo / imprimir - • Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento,
impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / gim.
exceder - excesso / percutir - percussão / regredir • Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
- regressão / oprimir - opressão / comprometer - poucas exceções): imagem, vertigem, penugem,
compromisso / submeter – submissão. bege, foge.
• Quando o prefixo termina com vogal que se junta Exceção: pajem.
com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a +
simétrico - assimétrico / re + surgir – ressurgir. • Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
• No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. litígio, relógio, refúgio.
Exemplos: ficasse, falasse. • Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir,
mugir.
São escritos com C ou Ç e não S e SS • Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir,
surgir.
• Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
• Depois da letra “a”, desde que não seja radical
• Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó,
terminado com j: ágil, agente.
Juçara, caçula, cachaça, cacique.
• Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
São escritas com J e não G
uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça,
• Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
caniço, esperança, carapuça, dentuço.
• Palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia,
• Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção /
manjerona.
deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção. • Palavras terminadas com aje: ultraje.
• Após ditongos: foice, coice, traição.
• Palavras derivadas de outras terminadas em -te, D) O fonema ch
to(r): marte - marciano / infrator - infração /
absorto – absorção. São escritas com X e não CH
• Palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi,
B) O fonema z xucro.
• Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu,
São escritos com S e não Z lagartixa.
• Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical • Depois de ditongo: frouxo, feixe.
é substantivo, ou em gentílicos e títulos • Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval.
nobiliárquicos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, Exceção: quando a palavra de origem não derive de
baronesa, princesa. outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
• Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese,
metamorfose. São escritas com CH e não X
• Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis,
quiseste.  Palavras de origem estrangeira: chave, chumbo,
• Nomes derivados de verbos com radicais terminados chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão /
empreender - empresa / difundir – difusão. E) As letras “e” e “i”
• Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís -
Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho. • Ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem.
• Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa. Com “i”, só o ditongo interno cãibra.
• Verbos derivados de nomes cujo radical termina • Verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar
com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar são escritos com “e”: caçoe, perdoe, tumultue.
– pesquisar. Escrevemos com “i”, os verbos com infinitivo em
-air, -oer e -uir: trai, dói, possui, contribui.
São escritos com Z e não S
LÍNGUA PORTUGUESA

• Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de Há palavras que mudam de sentido quando
adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo – substituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície),
beleza. ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir)
• Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de
de origem não termine com s): final - finalizar / estância, que anda a pé), pião (brinquedo).
concreto – concretizar. Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à
• Consoante de ligação se o radical não terminar com ortografia de uma palavra, há a possibilidade de consultar
“s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP),

69
elaborado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra 2. como conjunção subordinativa causal, substituível
de referência até mesmo para a criação de dicionários, por “pela causa”, “razão de que” = Você perdeu
pois traz a grafia atualizada das palavras (sem o porque se antecipou.
significado). Na Internet, o endereço é www.academia.
org.br. PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfico)

Informações importantes Usos:


1. como substantivo, com o sentido de “causa”,
Formas variantes são as que admitem grafias ou “razão” ou “motivo”, admitindo pluralização
pronúncias diferentes para palavras com a mesma (porquês). Geralmente é precedido por artigo =
significação: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/ Não sei o porquê da discussão. É uma pessoa cheia
quatorze, dependurar/pendurar, flecha/frecha, germe/ de porquês.
gérmen, infarto/enfarte, louro/loiro, percentagem/
porcentagem, relampejar/relampear/relampar/ ONDE / AONDE
relampadar.
Os símbolos das unidades de medida são escritos Onde = empregado com verbos que não expressam
sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar a ideia de movimento = Onde você está?
plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg,
20km, 120km/h. Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos
Exceção para litro (L): 2 L, 150 L. que expressam movimento = Aonde você vai?

Na indicação de horas, minutos e segundos, não MAU / MAL


deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h,
22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se
minutos e trinta e quatro segundos). como qualificação = O mau tempo passou. / Ele é um
O símbolo do real antecede o número sem espaço: mau elemento.
R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma
barra vertical ($). Mal = pode ser usado como
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”,
Alguns Usos Ortográficos Especiais “logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu.
2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi
POR QUE / POR QUÊ / PORQUÊ / PORQUE mal na prova?
3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou
POR QUE (separado e sem acento) pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal
não compensa.
É usado em:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. interrogações diretas (longe do ponto de
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
interrogação) = Por que você não veio ontem?
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
2. interrogações indiretas, nas quais o “que” equivale
CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
a “qual razão” ou “qual motivo” = Perguntei-lhe por
Cochar - Português linguagens: volume 1. – 7.ª ed. Reform.
que faltara à aula ontem.
– São Paulo: Saraiva, 2010.
3. equivalências a “pelo(a) qual” / “pelos(as) quais” =
AMARAL, Emília... [et al.] Português: novas palavras:
Ignoro o motivo por que ele se demitiu.
literatura, gramática, redação. – São Paulo: FTD, 2000.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
POR QUÊ (separado e com acento) Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira
Yousseff, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo:
Usos: Saraiva, 2002.
1. como pronome interrogativo, quando colocado no
fim da frase (perto do ponto de interrogação) = SITE
Você faltou. Por quê? Disponível em: <http://www.pciconcursos.com.br/
2. quando isolado, em uma frase interrogativa = Por aulas/portugues/ortografia>
quê?
Hífen
PORQUE (uma só palavra, sem acento gráfico)
LÍNGUA PORTUGUESA

O hífen é um sinal diacrítico (que distingue) usado


Usos: para ligar os elementos de palavras compostas (como ex-
1. como conjunção coordenativa explicativa (equivale presidente, por exemplo) e para unir pronomes átonos
a “pois”, “porquanto”), precedida de pausa na a verbos (ofereceram-me; vê-lo-ei). Serve igualmente
escrita (pode ser vírgula, ponto-e-vírgula e até para fazer a translineação de palavras, isto é, no fim de
ponto final) = Compre agora, porque há poucas uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca-/sa;
peças. compa-/nheiro).

70
A) Uso do hífen que continua depois da Reforma B) Não se emprega o hífen:
Ortográfica: 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
1. Em palavras compostas por justaposição que termina em vogal e o segundo termo inicia-se em
formam uma unidade semântica, ou seja, nos termos “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas
que se unem para formam um novo significado: consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom,
tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente- microssistema, minissaia, microrradiografia, etc.
coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, 2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudoprefixo
arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro. termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação,
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétrico,
abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde. plurianual, autoescola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
recém e sem: além-mar, recém-nascido, sem- “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h”
número, recém-casado. inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando
algumas exceções continuam por já estarem o segundo elemento começar com “o”: cooperação,
consagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia, coedição, coexistir, etc.
queima-roupa, deus-dará. 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte noção de composição: pontapé, girassol,
Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas paraquedas, paraquedista, etc.
combinações históricas ou ocasionais: Áustria- 6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”:
Hungria, Angola-Brasil, etc. benfeito, benquerer, benquerido, etc.
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e
super- quando associados com outro termo que é Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas
iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super- correspondentes átonas, aglutinam-se com o elemento
racional, etc. seguinte, não havendo hífen: pospor, predeterminar,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex- predeterminado, pressuposto, propor.
diretor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccioso,
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, humano, super-realista, alto-mar.
etc. Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
10. Nas formações em que o prefixo tem como autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
segundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-
hepático, geo-história, neo-helênico, extra-humano, REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
semi-hospitalar, super-homem. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento:
micro-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto- SITE
observação, etc. Disponível em: <http://www.pciconcursos.com.br/
aulas/portugues/ortografia>
O hífen é suprimido quando para formar outros
termos: reaver, inábil, desumano, lobisomem, reabilitar.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
#FicaDica
1. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)
Ao separar palavras na translineação Assinale a alternativa em que as palavras estão grafadas
(mudança de linha), caso a última palavra a corretamente.
ser escrita seja formada por hífen, repita-o
na próxima linha. Exemplo: escreverei anti- a) Extrovertido – extroverção.
inflamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. b) Disponível – disponibilisar.
Na próxima linha escreverei: “-inflamatório”
LÍNGUA PORTUGUESA

c) Determinado – determinassão.
(hífen em ambas as linhas). Devido à d) Existir – existência.
diagramação, pode ser que a repetição do e) Característica – caracterizasão.
hífen na translineação não ocorra em meus
conteúdos, mas saiba que a regra é esta! Resposta: Letra D.
Em “a”: Extrovertido / extroverção = extroversão
Em “b”: Disponível / disponibilisar = disponibilizar
Em “c”: Determinado / determinassão = determinação

71
Em “d”: Existir / existência = corretas 4. (MPU – ANALISTA – ÁREA ADMINISTRATIVA –
Em “e”: Característica / caracterizasão = caracterização ESAF-2004-ADAPTADA) Na questão abaixo, baseada
em Manuel Bandeira, escolha o segmento do texto que
2. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL não está isento de erros gramaticais e de ortografia,
I – CESGRANRIO-2018) O termo destacado está grafado considerando-se a ortodoxia gramatical.
de acordo com as exigências da norma-padrão da língua
portuguesa em: a) Descoberta a conspiração, enquanto os outros não
procuravam outra coisa se não salvar-se, ele revelou
a) O estagiário foi mal treinado, por isso não a mais heróica força de ânimo, chamando a si toda a
desempenhava satisfatoriamente as tarefas solicitadas culpa.
pelos seus superiores. b) Antes de alistar-se na tropa paga, vivera da profissão
b) O time não jogou mau no último campeonato, que lhe valera o apelido.
apesar de enfrentar alguns problemas com jogadores c) Não obstante, foi ele talvez o único a demonstrar fé,
descontrolados. entusiasmo e coragem na aventura de 89.
c) O menino não era mal aluno, somente tinha dificuldade d) A verdade é que Gonzaga, Cláudio Manuel da Costa,
em assimilar conceitos mais complexos sobre os temas Alvarenga eram homens requintados, letrados, a
expostos. quem a vida corria fácil, ao passo que o alferes sempre
d) Os funcionários perceberam que o chefe estava de lutara pela subsistência.
mal humor porque tinha sofrido um acidente de carro e) Com coragem, serenidade e lucidez, até o fim,
na véspera. enfrentou a pena última.
e) Os participantes compreendiam mau o que estava
sendo discutido, por isso não conseguiam formular Resposta: Letra A.
perguntas. Em “a”: Descoberta a conspiração, enquanto os outros
não procuravam outra coisa se não salvar-se (senão se
Resposta: Letra A.
salvar) , ele revelou a mais heróica (heroica) força de
Mal = advérbio (antônimo de “bem”) / mau = adjetivo
ânimo, chamando a si toda a culpa.
(antônimo de “bom”). Para saber quando utilizar um
Em “b”: Antes de alistar-se na tropa paga, vivera da
ou outro, a dica é substituir por seu antônimo. Se a
profissão que lhe valera o apelido = correta
frase ficar coerente, saberemos qual dos dois deve ser
Em “c”: Não obstante, foi ele talvez o único a
utilizado. Por exemplo: Cigarro faz mal/mau à saúde
demonstrar fé, entusiasmo e coragem na aventura de
= Cigarro faz bem à saúde. A frase ficou coerente –
89 = correta
embora errada em termos de saúde! Então, a maneira
correta é “Cigarro faz mal à saúde”. Em “d”: A verdade é que Gonzaga, Cláudio Manuel da
Vamos aos itens: Costa, Alvarenga eram homens requintados, letrados,
Em “a”: O estagiário foi mal (bem) treinado = correta a quem a vida corria fácil, ao passo que o alferes
Em “b”: O time não jogou mau (bem)no último sempre lutara pela subsistência = correta
campeonato = mal Em “e”: Com coragem, serenidade e lucidez, até o fim,
Em “c”: O menino não era mal (bom) aluno = mau enfrentou a pena última = correta
Em “d”: Os funcionários perceberam que o chefe
estava de mal (bom) humor = mau 5. (TJ-MG – OFICIAL JUDICIÁRIO – COMISSÁRIO DA
Em “e”: Os participantes compreendiam mau (bem) o INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – CONSULPLAN-2017)
que estava sendo discutido = mal Estabeleça a associação correta entre a 1.ª coluna e a 2.ª
considerando o emprego do por que / porque.
3. (TRANSPETRO – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR –
CESGRANRIO-2018) Obedecem às regras ortográficas (1) “Muitas pessoas se perguntam por que há tão poucas
da língua portuguesa as palavras mulheres [...].”
(2) “Misoginia é o ódio contra as mulheres apenas porque
a) admissão, paralisação, impasse são mulheres.”
b) bambusal, autorização, inspiração
c) consessão, extresse, enxaqueca ( ) Faltei _____________ você estava doente.
d) banalisação, reexame, desenlace ( ) Todos sabem _____________ não poderei estar presente.
e) desorganisação, abstração, cassação ( ) Não se sabe ____________realizou tal procedimento.
( ) Este ponto de vista é _________não há manifestação de
Resposta: Letra A. outro pensamento.
Em “a”: admissão / paralisação / impasse = corretas
Em “b”: bambusal = bambuzal / autorização / A sequência está correta em:
LÍNGUA PORTUGUESA

inspiração
Em “c”: consessão = concessão / extresse = estresse / a) 1, 1, 1, 2
enxaqueca b) 1, 2, 1, 2
Em “d”: banalisação = banalização / reexame / c) 2, 1, 1, 2
desenlace d) 2, 2, 2, 1
Em “e”: desorganisação = desorganização / abstração
/ cassação

72
Resposta: Letra C. Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela
Faltei porque você estava doente. = conjunção causal contratada recentemente.
Todos sabem por que não poderei estar presente. = dá Após a junção da preposição com o artigo (destacados
para substituir por “a causa pela qual” entre parênteses), temos:
Não se sabe por que realizou tal procedimento. = Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela
substituir por “a causa” contratada recentemente.
Este ponto de vista é porque não há manifestação de
outro pensamento. = conjunção causal O verbo referir, de acordo com sua transitividade,
Teremos: 2, 1, 1, 2 classifica-se como transitivo indireto, pois sempre
nos referimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da
6. (TJ-SC – TÉCNICO JUDICIÁRIO AUXILIAR – FGV- preposição a + o artigo feminino (à) e com o artigo
2018) “Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele feminino a + o pronome demonstrativo aquela (àquela).
só usava meias vermelhas”. Nesse segmento do texto 1
há um erro gramatical, que é: Observações importantes:
Alguns recursos servem de ajuda para que possamos
a) empregar-se “o cercaram” em lugar de “lhe cercaram”; confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns:
b) haver vírgula após a expressão “Um dia”;
c) usar-se “lhe perguntaram” em lugar de “o perguntaram”; • Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
d) grafar-se “porque” em vez de “por que”; equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a
e) escrever-se “só usava” em lugar de “usava só”. crase está confirmada.
Os dados foram solicitados à diretora.
Resposta: Letra D. Os dados foram solicitados ao diretor.
“Um dia, o cercaram e lhe perguntaram porque ele só
usava meias vermelhas” • No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
Em “a”: empregar-se “o cercaram” em lugar de “lhe o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na
cercaram”; = está correto, pois o “o” funciona como expressão “voltar da”, há a confirmação da crase.
objeto direto (sem preposição) Faremos uma visita à Bahia.
Em “b”: haver vírgula após a expressão “Um dia”; = está Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada)
correto, pois separa o advérbio no início do período
Em “c”: usar-se “lhe perguntaram” em lugar de “o Não me esqueço da viagem a Roma.
perguntaram”; = está correto (o “lhe” é objeto indireto Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos
– perguntaram o que a quem) jamais vividos.
Em “d”: grafar-se “porque” em vez de “por que”;
Em “e”: escrever-se “só usava” em lugar de “usava só”.
= correto, pois se invertermos haverá mudança de FIQUE ATENTO!
sentido (ele usava só meias, nenhuma outra peça de Nas situações em que o nome geográfico
roupa). se apresentar modificado por um adjunto
A incorreção está no uso de “porque” no lugar de “por adnominal, a crase está confirmada.
que”, já que se trata de uma pergunta indireta. Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades
de suas praias.
Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ;
vou A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo:
CRASE. Vou a Campinas. = Volto de Campinas.
(crase pra quê?)
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!)
CRASE

A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais Quando o nome de lugar estiver especificado,
idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” ocorrerá crase. Veja:
com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
aos pronomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a Irei à Salvador de Jorge Amado.
qual (as quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se
demarcada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s),
LÍNGUA PORTUGUESA

àquilo, à qual, às quais. aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo


O uso do acento indicativo de crase está condicionado regente exigir complemento regido da preposição “a”.
aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e Entregamos a encomenda àquela menina.
nominal, mais precisamente ao termo regente e termo (preposição + pronome demonstrativo)
regido. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome -
que exige complemento regido pela preposição “a”, e o Iremos àquela reunião.
termo regido é aquele que completa o sentido do termo (preposição + pronome demonstrativo)
regente, admitindo a anteposição do artigo a(s).

73
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando Antes de numeral.
criança. (àquelas que eu ouvia quando criança) O número de aprovados chegou a cem.
(preposição + pronome demonstrativo) Faremos uma visita a dez países.

A letra “a” que acompanha locuções femininas Observações:


(adverbiais, prepositivas e conjuntivas) recebem o acento • Nos casos em que o numeral indicar horas –
grave: funcionando como uma locução adverbial
• locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às feminina – ocorrerá crase: Os passageiros partirão
pressas, à vontade... às dezenove horas.
• locuções prepositivas: à frente, à espera de, à • Diante de numerais ordinais femininos a crase
procura de... está confirmada, visto que estes não podem ser
• locuções conjuntivas: à proporção que, à medida empregados sem o artigo: As saudações foram
que. direcionadas à primeira aluna da classe.
• Não ocorrerá crase antes da palavra casa, quando
Cuidado: quando as expressões acima não exercerem essa não se apresentar determinada: Chegamos
a função de locuções não ocorrerá crase. Repare: todos exaustos a casa.
Eu adoro a noite! Entretanto, se vier acompanhada de um adjunto
Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer adnominal, a crase estará confirmada: Chegamos todos
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não exaustos à casa de Marcela.
preposição.
• Não há crase antes da palavra “terra”, quando
Casos passíveis de nota: essa indicar chão firme: Quando os navegantes
regressaram a terra, já era noite.
• A crase é facultativa diante de nomes próprios Contudo, se o termo estiver precedido por um
femininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza. determinante ou referir-se ao planeta Terra, ocorrerá
• Também é facultativa diante de pronomes crase.
possessivos femininos: O diretor fez referência a Paulo viajou rumo à sua terra natal.
(à) sua empresa. O astronauta voltou à Terra.
• Facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja
ficará aberta até as (às) dezoito horas. • Não ocorre crase antes de pronomes que requerem
• Constata-se o uso da crase se as locuções prepositivas o uso do artigo.
à moda de, à maneira de apresentarem-se Os livros foram entregues a mim.
implícitas, mesmo diante de nomes masculinos: Dei a ela a merecida recompensa.
Tenho compulsão por comprar sapatos à Luis XV. (à
moda de Luís XV) • Pelo fato de os pronomes de tratamento relativos
• Não se efetiva o uso da crase diante da locução à senhora, senhorita e madame admitirem artigo,
adverbial “a distância”: Na praia de Copacabana, o uso da crase está confirmado no “a” que os
observamos a queima de fogos a distância. antecede, no caso de o termo regente exigir a
Entretanto, se o termo vier determinado, teremos preposição.
uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O Todos os méritos foram conferidos à senhorita Patrícia.
pedestre foi arremessado à distância de cem metros.
• Não ocorre crase antes de nome feminino utilizado
• De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade em sentido genérico ou indeterminado:
-, faz-se necessário o emprego da crase. Estamos sujeitos a críticas.
Ensino à distância. Refiro-me a conversas paralelas.
Ensino a distância.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• Em locuções adverbiais formadas por palavras SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
repetidas, não há ocorrência da crase. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Ela ficou frente a frente com o agressor. CEREJA, Wiliam Roberto, MAGALHÃES, Thereza
Eu o seguirei passo a passo. Cochar. Português linguagens: volume 3 – 7.ª ed. Reform.
– São Paulo: Saraiva, 2010.
Casos em que não se admite o emprego da crase:
SITE
Antes de vocábulos masculinos. Disponível em: <http://www.portugues.com.br/
LÍNGUA PORTUGUESA

As produções escritas a lápis não serão corrigidas. gramatica/o-uso-crase-.html>


Esta caneta pertence a Pedro.

Antes de verbos no infinitivo.


Ele estava a cantar.
Começou a chover.

74
de palavra masculina) presos da Casa de Detenção,
em São Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella
EXERCÍCIOS COMENTADOS chega ao fim de uma trilogia com o livro “Prisioneiras”.
Depois de “Estação Carandiru” (1999), que mostra as
1. (POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO - (objeto direto do verbo “mostrar”) entranhas daquela
SOLDADO PM 2.ª CLASSE – VUNESP/2017) O acento que foi a (artigo definido) maior prisão da América
indicativo de crase está empregado corretamente em: Latina, e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários
que trabalham no sistema prisional, Varella agora faz
a) O personagem evita considerar à internet responsável um retrato das detentas da Penitenciária Feminina da
por suas atitudes. Capital, também na capital paulista, onde cumprem
b) O personagem reconheceu que já tinha uma propensão pena mais de duas mil mulheres.
à jogar o tempo fora. Teremos: a / as / a.
c) O personagem tinha um comportamento indiferente à
qualquer influência da internet. 3. (CÂMARA MUNICIPAL DE DOIS CÓRREGOS-SP
d) O personagem refere-se à uma maneira de se portar - OFICIAL DE ATENDIMENTO E ADMINISTRAÇÃO –
com relação ao tempo. VUNESP-2018) Assinale a alternativa em que o acento
e) O personagem revelou à pessoa com quem conversava indicativo de crase está empregado corretamente.
que jogava o tempo fora.
a) Algumas pessoas com supermemória chegam à sofrer
Resposta: Letra E. com dores de cabeça.
Aos itens: b) Há lembranças tão vivas que nos fazem voltar à
Em “a”, evita considerar à internet = a internet (objeto episódios de nosso passado.
direto) c) Lembrar-se do passado pode ser uma tarefa muito
Em “b”, tinha uma propensão à jogar = a jogar (sem difícil à determinadas pessoas.
acento grave indicativo de crase antes de verbo no d) Ela referiu-se à vontade de esquecer completamente
infinitivo) os momentos dolorosos.
Em “c”, tinha um comportamento indiferente à e) Ao nos atermos à uma experiência ruim,
qualquer influência = a qualquer (antes de pronome desconsideramos o que ela traz de bom.
indefinido)
Em “d”, refere-se à uma maneira = a uma (antes de Resposta: Letra D.
artigo indefinido) Aos itens:
Em “e”, O personagem revelou à pessoa com quem Em “a”, chegam à sofrer = a sofrer (antes de verbo no
conversava que jogava o tempo fora = revelou o quê? infinitivo não se usa acento grave)
que jogava o tempo fora; revelou a quem? à pessoa Em “b”, que nos fazem voltar à episódios = a episódios
(objeto indireto, com preposição) = correta. (palavra masculina e no plural)
Em “c”, pode ser uma tarefa muito difícil à determinadas
2. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017) = a determinadas (palavra no plural e presença só da
Assinale a alternativa que preenche, correta e preposição)
respectivamente, as lacunas do texto a seguir. Em “d”, Ela referiu-se à vontade = correta (quem se
Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de refere, refere-se a algo ou a alguém)
atendimento _____ presos da Casa de Detenção, em São Em “e”, Ao nos atermos à uma experiência = a uma
Paulo, o médico oncologista Drauzio Varella chega ao (antes de artigo indefinido)
fim de uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de GABARITO OFICIAL: D
“Estação Carandiru” (1999), que mostra ________ entranhas
daquela que foi ________maior prisão da América Latina, 4. (IPSM-SP - ASSISTENTE DE GESTÃO MUNICIPAL -
e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que VUNESP-2018) De acordo com a norma- -padrão, o
trabalham no sistema prisional, Varella agora faz um acento indicativo da crase está corretamente empregado
retrato das detentas da Penitenciária Feminina da Capital, em:
também na capital paulista, onde cumprem pena mais de
duas mil mulheres. a) O leitor aludiu à escrita como se ela fosse questão de
(https://oglobo.globo.com. Adaptado) talento: quem não tem, não vai nunca aprender.
b) A escrita deve levar o texto à uma riqueza, marcada
a) à … às … a pela clareza e precisão, afastando o leitor da confusão
b) a … as … a ou tédio.
c) a … às … a
LÍNGUA PORTUGUESA

c) De parte à parte, o texto precisa organizar-se como um


d) à … às … à tecido coeso e claro, instigando, assim, o leitor.
e) a … as … à d) Existem aquelas pessoas que chegam à conclusões
semelhantes, no entanto elas seguem pelo lado
Resposta: Letra B. oposto.
Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de e) Também não estamos falando só de correção
atendimento a (preposição – regência nominal de gramatical e ortográfica. Estamos nos referindo à
“atendimento”, mas sem acento grave por estar diante pensamento.

75
Resposta: Letra A. c) A circulação instantânea das notícias falsas, as quais
Em “a”, O leitor aludiu à escrita = correta (regência do chegam a muitas pessoas devido à rapidez da internet,
verbo “aludir” pede preposição) é favorável à formação de ondas de credulidade.
Em “b”, A escrita deve levar o texto à uma riqueza = a d) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais
uma (antes de artigo indefinido) chegam a um grande número de pessoas devido à
Em “c”, De parte à parte = parte a parte (entre palavras rapidez da internet, é favorável as ondas de credulidade
repetidas) que se formam.
Em “d”, Existem aquelas pessoas que chegam à e) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais
conclusões = a conclusões (antes de palavra no plural chegam a muitas pessoas devido a rapidez da internet,
e o “a” está “sozinho” = somente preposição) favorece à formação de ondas de credulidade.
Em “e”, Estamos nos referindo à pensamento = a
pensamento (palavra masculina) Resposta: Letra C.
Acertos entre parênteses:
5. (PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES- Em “a”, as quais chegam à um (a um) grande público
SP - AUXILIAR DE APOIO ADMINISTRATIVO - devido à rapidez (ok) da internet, é favorável à
VUNESP-2018) formação (ok)
No começo do século 20, a rápida industrialização nos Em “b”, às quais (as quais) chegam à muitas (a muitas)
Estados Unidos deu origem _______ algumas das maiores pessoas devido a rapidez (à rapidez) da internet
fortunas que o mundo já viu. Famílias como os Vanderbilt Em “c”, as quais chegam a muitas pessoas devido à
e os Rockefeller investiram em ferrovias, petróleo e rapidez da internet, é favorável à formação = correta
aço, obtendo um grande retorno, e passaram _________ Em “d”, às quais (as quais) chegam a um (ok) grande
ostentar sua riqueza. O período ficou conhecido como número de pessoas devido à rapidez (ok) da internet,
Era Dourada. A desigualdade nunca foi tão grande – até é favorável as ondas (às ondas)
agora. É o que mostra um relatório da UBS, companhia de Em “e”, às quais (as quais) chegam a muitas (ok)
serviços financeiros, feito em parceria com a consultora pessoas devido a rapidez (à rapidez) da internet,
PwC. favorece à formação (a formação)
Para os autores do documento, a primeira Era Dourada Observação: quanto à regência verbal de “favorecer”
aconteceu entre 1870 e 1910. Segundo eles, a atual = pede complemento verbal direto (favorece o quê?
começou em 1980 e deve se estender pelos próximos 10
favorece quem?); já a regência nominal de “favorável”
a 20 anos, prolongada pelo desempenho econômico da
pede preposição (favorável a quem? a quê?).
Ásia e de negócios ligados ________ tecnologia.
(IstoÉ, 15.11.2017. Adaptado)

Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas do


texto devem ser preenchidas, respectivamente, com:

a) a … a … a
b) à … à … à
c) a … à … à
d) à … à … a
e) a … a … à

Resposta: Letra E.
Vamos aos trechos:
a rápida industrialização nos Estados Unidos deu
origem a algumas das maiores fortunas = antes de
pronome indefinido
e passaram a ostentar sua riqueza = antes de verbo
no infinitivo
e de negócios ligados à tecnologia = regência nominal
de “ligados” pede preposição

6. (CÂMARA MUNICIPAL DE COTIA-SP – CONTADOR -


VUNESP-2017) Assinale a alternativa correta quanto ao
emprego do acento indicativo da crase.
LÍNGUA PORTUGUESA

a) A circulação instantânea das notícias falsas, as quais


chegam à um grande público devido à rapidez
da internet, é favorável à formação de ondas de
credulidade.
b) A circulação instantânea das notícias falsas, às quais
chegam à muitas pessoas devido a rapidez da internet,
favorece que se formem ondas de credulidade.

76
3. (PREFEITURA DE PAULÍNIA-SP – AGENTE DE FISCA-
LIZAÇÃO – FGV-2016)
HORA DE PRATICAR!
Descaso com saneamento deixa rios em estado de
1. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – NÍVEL SUPERIOR alerta
– CONHECIMENTOS BÁSICOS – CESPE-2014-ADAP-
TADA) A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas
cidades paulistas. Casas passaram a contar com cisternas
A busca de uma convenção para medir riquezas e trocar e caixas-d’água azuis se multiplicaram por telhados, la-
mercadorias é quase tão antiga quanto a vida em so- jes e até em garagens. Em regiões mais nobres, jardins e
ciedade. Ao longo da história, os mais diversos artigos portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre
foram usados com essa finalidade, como o chocolate, a utilização de água de reúso. As pessoas mudaram seu
entre os astecas, e o bacalhau seco, entre os noruegue- comportamento, economizaram e cobraram soluções.
ses, tendo cabido aos gregos do século VII a.C. a criação As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos
de uma moeda metálica com um valor padronizado pelo aspectos, saíram dos setores tradicionais e técnicos e ga-
Estado. “Foi uma invenção revolucionária. Ela facilitou o nharam espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas,
acesso das camadas mais pobres às riquezas, o acúmulo as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados
de dinheiro e a coleta de impostos – coisas muito difíceis por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume
de fazer quando os valores eram contados em bois ou de esgoto que muitos desses corpos de água recebem
imóveis”, afirma a arqueóloga Maria Beatriz Florenzano, diariamente.
da Universidade de São Paulo. A segunda grande revo- É como se não precisássemos de cada gota de água des-
lução na história do dinheiro, o papel-moeda, teve uma ses rios urbanos e como se a água limpa que consumi-
origem mais confusa. Existiam cédulas na China do ano mos em nossas casas, em um passe de mágica, voltasse
960, mas elas não se espalharam para outros lugares e a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o
caíram em desuso no fim do século XIV. luxo de continuar a poluir centenas de córregos e milha-
As notas só apareceram na Europa – e daí para o mundo res de riachos nas nossas cidades. Para completar, todo
– em 1661, na Suécia. Há quem acredite que cartões de esse descaso decorrente da falta de saneamento se re-
crédito e caixas eletrônicos em rede já representam uma verte em contaminação e em graves doenças de veicu-
terceira revolução monetária. “Com a informática, o di- lação hídrica.
nheiro se transformou em impulsos eletrônicos invisíveis, Dados do monitoramento da qualidade da água – que
livres do espaço, do tempo e do controle de governos e realizamos em rios, córregos e lagos de onze Estados
corporações”, afirma o antropólogo Jack Weatherford, da brasileiros e do Distrito Federal – revelaram que 36,3%
Faculdade Macalester, nos Estados Unidos da América. dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade
Internet: <http://super.abril.com.br> (com adaptações). ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com
qualidade de água boa (4,5%) e os outros 59,2% estão
A expressão “essa finalidade” refere-se ao trecho “para em situação regular, o que significa um estado de alerta.
medir riquezas e trocar mercadorias”. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo.
Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água
( ) CERTO ( ) ERRADO (22 de março), com base nas análises realizadas entre
março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de
2. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LEGIS- coleta distribuídos em 76 municípios.
LATIVO MUNICIPAL – FGV-2018) “Por outro lado, nas (MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias,
sociedades complexas, a violência deixou de ser uma fer- abril/2016.)
ramenta de sobrevivência e passou a ser um instrumento
da organização da vida comunitária. Ou seja, foi usada “Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos
para criar uma desigualdade social sem a qual, acreditam voltaram a ficar tomados por lixo, mascarando, de cer-
alguns teóricos, a sociedade não se desenvolveria nem se ta forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses
complexificaria”. A utilização do termo “ou seja” introduz: corpos de água recebem diariamente”. Sobre os compo-
nentes desse segmento do texto, assinale a afirmativa
a) uma informação sobre o significado de um termo an- correta.
teriormente empregado;
b) a explicação de uma expressão de difícil entendimen- a) A forma verbal “vieram” se refere a “chuvas”, “enchen-
to; tes” e “rios”.
c) uma outra maneira de dizer-se rigorosamente a mes- b) O adjetivo “enorme” indica uma quantidade específica.
ma coisa;
LÍNGUA PORTUGUESA

c) O termo “corpos de água” se refere a chuvas e en-


d) acréscimo de um esclarecimento sobre o que foi dito chentes.
antes; d) A expressão “de certa forma” indica uma quantidade
e) a ênfase de algo que parece importante para o texto. aproximada.
e) O particípio “tomados” se refere exclusivamente a
“rios”.

77
4. (PC-SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA – VUNESP-2014) Isso é feito especialmente por meio de simulações de
Os produtos ecológicos estão dominando as prateleiras guerra muito realistas, ________ o inimigo se parece com
do comércio. Mesmo com tantas opções, ainda há resis- um iraquiano.
tência na hora da compra. Isso acontece porque o custo (Geo, N.º 40, 2012)
de tais itens é sempre mais elevado, em comparação com
o das mercadorias tradicionais. Com os temas ambien- Em conformidade com a norma-padrão da língua portu-
tais cada vez mais em pauta, é normal que a consciência guesa, a lacuna na última frase do texto deve ser preen-
ecológica tenha aumentado entre os brasileiros. Se por chida com:
um lado o consumidor deseja investir em produtos me-
nos agressivos ao meio ambiente, por outro ele não está a) nas quais.
disposto a pagar mais de cinco por cento acima do valor b) aonde.
normal. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Pro- c) para a qual.
teste – Associação de Consumidores. A análise foi feita a d) que.
partir de um levantamento realizado em 2012. De acordo e) cujo.
com a Proteste, quase metade dos entrevistados afirma-
ram que deixaram de comprar produtos devido às más 6. (ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO
condutas ambientais da companhia. Dos entrevistados, BRANCO-SP - QUADRO AUXILIAR DE OFICIAIS DA
72% disseram que, na última compra, levaram em consi- POLÍCIA MILITAR – 2015)
deração o comportamento da empresa, em especial, sua
... folgávamos de imaginar a dor da separação, se houves-
atitude em relação ao meio ambiente. Ainda assim, 60%
se separação, a tristeza de um e de outro, à proporção que
afirmam que raramente ou nunca têm informações sobre
o mar, como uma toalha elástica, se fosse dilatando entre
o impacto ambiental do produto ou do comportamento nós; e, semelhantes às crianças, que se achegam ao regaço
da empresa. Já 81% das pessoas acreditam que o rótulo das mães, para fugir a uma simples careta, fugíamos do
de sustentabilidade e responsabilidade social é apenas suposto perigo, apertando-nos com abraços.
uma estratégia de marketing das empresas.
(Ciclo vivo, 16.05.2013, http://zip.net/brl0k1. Adaptado) No contexto, os termos se, como e para, em destaque,
estabelecem, respectivamente, relações de
O termo Isso, em destaque no primeiro parágrafo, refe-
re-se ao fato de a) dúvida, qualidade e concessão.
b) dúvida, comparação e negação.
a) o consumidor demonstrar resistência na hora de com- c) condição, comparação e finalidade.
prar produtos ecológicos. d) concessão, intensidade e finalidade.
b) os consumidores ficarem confusos com tantas opções e) condição, qualidade e concessão.
de produtos ecológicos.
c) os produtos ecológicos estarem dominando as prate- 7. (TJ-MG – OFICIAL JUDICIÁRIO – COMISSÁRIO DA
leiras do comércio brasileiro. INFÂNCIA E DA JUVENTUDE – CONSULPLAN-2017)
d) o custo dos produtos ecológicos ser sempre excessi-
vamente elevado no Brasil. Mulheres e poder contra o culto da ignorância ma-
e) a oferta de produtos ecológicos ser maior em compa- chista
ração com a de mercadorias tradicionais.
A representação das mulheres no parlamento brasileiro
5. (PC-SP - PERITO CRIMINAL – VUNESP-2013) é uma questão fundamental em nossa cultura política. A
desproporção é espantosa tendo cerca de 90% dos car-
Veteranos criminosos gos ocupados por homens e apenas cerca de 10% por
mulheres.
Muitas pessoas se perguntam por que há tão poucas
A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje. De acordo
mulheres ocupando cargos nos espaços de poder em
com uma dissertação de Jason Lindo e Charles Stoecker,
geral. No mundo da iniciativa privada os números não
a violência vivida e praticada pelos soldados dos EUA no
são diferentes. Mulheres trabalham demais, são maioria
Vietnã se manifesta até hoje em sua vida civil. A proba- em algumas profissões, mas ocupam pouquíssimos car-
bilidade de um veterano branco ser preso por um crime gos de poder. Como se fosse um direito natural, o poder
violento é significativamente mais alta do que para al- é reservado aos homens em todos os níveis enquanto
guém que não tenha sido convocado naquele período as mulheres sofrem sob estereótipos e idealizações tam-
– apesar de os tribunais serem mais lenientes com ve- bém naturalizados.
teranos em transgressões menos graves do que com os
LÍNGUA PORTUGUESA

O ato de naturalizar corresponde a um procedimento


não combatentes. moral e cognitivo que se torna hábito. Por meio dele,
Os autores do texto presumem que o trauma de guerra passamos a acreditar que as coisas são como são e não
não modifica tanto a personalidade, mas diminui o limiar poderiam ser de outro modo. Nem poderiam ser ques-
do senso de violência dos ex-soldados. Desde os anos tionadas.
1960, o Exército dos Estados Unidos vem promovendo Mesmo assim, há questões básicas relativas ao que cha-
o “Programa de Dessentivização” – um esforço para au- mamos de sociedade patriarcal às quais ninguém pode
mentar o limite do que é suportável para os ex-soldados. se furtar. Nessa mesma sociedade em que o poder con-

78
cerne aos homens, não podemos dizer que às mulheres 9. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018)
foi reservada a violência? Alguém terá coragem de dizer
que isso é natural sem ferir princípios morais que sus-
tentam a sociedade como um todo? Sabemos que a vio-
lência contra as mulheres é uma constante cultural. Ela
é física e simbólica, psíquica e econômica e se aprovei-
ta da naturalização da suposta fragilidade das mulheres
construída por séculos de discursos e práticas misóginas.
Misoginia é o ódio contra as mulheres apenas porque
são mulheres. [...]
Na ausência de questionamento, o machismo aparece
como culto da ignorância útil na manutenção da domi-
nação que depende do confinamento das mulheres na
esfera da vida doméstica para que se mantenham longe
do poder. O machismo se mostra como o que há de mais
arcaico em termos de ética e política. O machismo é uma O humor da tira é trazido pela frase do menino, que mar-
forma de autoritarismo que volta à cena em nossa época. ca a influência da internet, mas a charge tem uma incoe-
Enquanto isso, a violência doméstica simplesmente cres- rência, que é:
ce e as mulheres continuam afastadas do poder. Mas por
quanto tempo? a) o menino mostra uma idade que ainda não permite o
Ao longo da história, a consciência da condição das controle da internet;
mulheres entre a violência e o poder teve um de seus b) os pais mostram uma completa distância do universo
momentos mais importantes na conquista do voto pelas dos internautas;
sufragistas. Hoje, o direito à candidatura e à eleição, o c) a absoluta falta de autoridade dos pais diante de um
direito a ser votada, nos mostra um outro mundo pos- menino tão jovem;
sível. [...] d) na fala do menino não haveria sinais da presença da
Marcia Tiburi, 5 de abril de 2017 Disponível em: <ht- internet;
tps://revistacult.uol.com.br/home/mulheres-e-poder- e) as palavras do menino contrariarem a observação dos
contra-o-culto-da-ignorancia-machista> (adaptado) pais.

A sequência semântica argumentativa é iniciada no 4.º 10. (TRE-BA – CONHECIMENTOS GERAIS PARA TO-
parágrafo por “Mesmo assim” cuja significação no con- DOS OS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO – CESPE-2017-A-
texto permite afirmar que DAPTADA)

a) mantém-se a direção do significado expresso pela in- Texto CG2A2AAA


formação anterior.
b) tal expressão pode ser substituída por “então”, conec- Em sua definição, o voto em branco é aquele que não
tor de igual valor. se dirige a nenhum candidato entre os que disputam as
c) diante da menção de um determinado ponto de vista, eleições. São considerados, portanto, votos estéreis, por-
há uma contrariedade. que não produzem frutos. Os votos nulos, por sua vez,
d) por se tratar de um novo parágrafo, não há qualquer são aqueles que, somados aos votos em branco, com-
tipo de relação com o anterior. põem a categoria dos votos estéreis, inválidos ou, como
denominou o Tribunal Superior Eleitoral, votos apolíticos.
8. (TJ-AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUS- Logo, os votos em branco e os nulos são votos que, a
TIÇA AVALIADOR – FGV-2018) “A Copa do Mundo da princípio, não produzem resultado nem influenciam no
Rússia só começa no dia 22 de junho, mas a febre dos resultado do pleito.
álbuns com os jogadores das seleções já se espalhou e che- Ao comparecer às urnas no dia das eleições, o eleitor
gou até ao plenário de uma assembleia legislativa brasi- que apresentar voto em branco ou nulo pode fazê-lo por
leira”. Nesse segmento inicial há a utilização de uma con- diversas razões. Esses motivos podem embasar tanto a
junção adversativa (MAS), que opõe as seguintes ideias: postura dos que votam em branco quanto a dos que vo-
tam nulo, pois o resultado final é o mesmo: invalidar o
a) apesar de a Copa ser na Rússia, ela já começou em voto. Assim sendo, não é razoável diferenciar o voto em
outros países da Europa; branco do voto nulo. Deve-se considerar a essência do
b) apesar de ser um assunto popular, as figurinhas estão ato, a sua real motivação, que é a invalidação. É evidente
em várias assembleias legislativas;
LÍNGUA PORTUGUESA

que não se sabe, ao certo, a razão que motiva cada elei-


c) apesar de ser uma competição mundial, o tema passou tor a votar em branco ou nulo; entretanto, em ambos os
a ser uma febre no país sede da Copa; casos, não há dúvida quanto à invalidade do voto por
d) apesar de não ser um assunto “sério”, a Copa do Mun- ele dado.
do é tema discutido em várias assembleias legislativas; Renata Dias. Os votos brancos e nulos no estado demo-
e) apesar de a Copa só começar futuramente, ela já co- crático de direito: a legitimidade das eleições majoritárias
meçou em uma assembleia legislativa brasileira. no Brasil. In: Estudos eleitorais, v. 8, n.º 1, jan./abr. 2013,
p. 36-8 (com adaptações).

79
No segundo parágrafo do texto CG2A2AAA, a forma ver- 12. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) O
bal “fazê-lo” remete a período abaixo em que os dois termos sublinhados NÃO
podem trocar de posição é:
a) “o resultado final”
b) “embasar tanto a postura dos que votam em branco a) A arte é a mais bela das mentiras;
quanto a dos que votam nulo” b) O importante na obra de arte é o espanto;
c) “voto em branco ou nulo” c) A forma segue a emoção;
d) “apresentar voto em branco ou nulo” d) A obra de arte: uma interrupção do tempo;
e) “comparecer às urnas no dia das eleições” e) Na arte não existe passado nem futuro.

11. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL 13. (MPU – TÉCNICO – SEGURANÇA INSTITUCIONAL
I – CESGRANRIO-2018) E TRANSPORTE – CESPE-2015)

Na internet, mentiras têm pernas longas TEXTO II

Diz o velho ditado que “a mentira tem pernas curtas”, A partir de uma ação do Ministério Público Federal
mas nestes tempos de internet parece que a situação se (MPF), o Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2)
inverteu, pelo menos no mundo digital. Pesquisadores determinou que a Google Brasil retirasse, em até 72 ho-
mostram que rumores falsos “viajam” mais rápido e mais ras, 15 vídeos do YouTube que disseminam o preconcei-
“longe”, com mais compartilhamentos e alcançando um to, a intolerância e a discriminação a religiões de matriz
maior número de pessoas, nas redes sociais, do que in- africana, e fixou multa diária de R$ 50.000,00 em caso de
formações verdadeiras. descumprimento da ordem judicial. Na ação civil pública,
Foram reunidos todos os rumores nas redes sociais - fal- a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC/
sos, verdadeiros ou “mistos”. Esses rumores foram acom- RJ) alegou que a Constituição garante aos cidadãos não
apenas a obrigação do Estado em respeitar as liberdades,
panhados, chegando a um total de mais de 4,5 milhões
mas também a obrigação de zelar para que elas sejam
de postagens feitas por cerca de 3 milhões de pessoas,
respeitadas pelas pessoas em suas relações recíprocas.
formando “cascatas” de compartilhamento.
Para a PRDC/RJ, somente a imediata exclusão dos vídeos
Ao compararem os padrões de compartilhamento des-
da Internet restauraria a dignidade de tratamento, que,
sas milhares de “cascatas”, os pesquisadores observaram
nesse caso, foi negada às religiões de matrizes africanas.
que os rumores “falsos” se espalharam com mais rapidez,
Corroborando a visão do MPF, o TRF2 entendeu que a
aumentando o número de “degraus” da cascata - e com
veiculação de vídeos potencialmente ofensivos e fomen-
maior abrangência do que os considerados verdadeiros. tadores do ódio, da discriminação e da intolerância con-
A tendência também se manteve, independentemente tra religiões de matrizes africanas não corresponde ao
do tema geral que os rumores abordassem, mas foi mais legítimo exercício do direito à liberdade de expressão.
forte quando versavam sobre política do que os demais, O tribunal considerou que a liberdade de expressão não
na ordem de frequência: lendas urbanas; negócios; terro- se pode traduzir em desrespeito às diferentes manifesta-
rismo e guerras; ciência e tecnologia; entretenimento; e ções dessa mesma liberdade, pois ela encontra limites no
desastres naturais. próprio exercício de outros direitos fundamentais.
Uma surpresa provocada pelo estudo revelou o perfil Internet: <http://ibde.org.br> (com adaptações).
de quem mais compartilha rumores falsos: usuários com
poucos seguidores e novatos nas redes. No trecho “adulterar ou destruir dados”, a palavra “adul-
— Vivemos inundados por notícias e muitas vezes as terar” está sendo empregada com o sentido de alterar
pessoas não têm tempo nem condições para verificar prejudicando.
se elas são verdadeiras — afirma um dos pesquisado-
res. Isso não quer dizer que as pessoas são estúpidas. As ( ) CERTO ( ) ERRADO
redes sociais colocam todas as informações no mesmo
nível, o que torna difícil diferenciar o verdadeiro do falso, 14. (ACADEMIA DE POLÍCIA MILITAR DO BARRO
uma fonte confiável de uma não confiável. BRANCO-SP – TECNÓLOGO DE ADMINISTRAÇÃO PO-
BAIMA, Cesar. Na internet, mentiras têm pernas longas. LICIAL MILITAR – VUNESP-2010) Analise a charge.
O Globo. Sociedade. 09 mar. 2018. Adaptado.

No trecho “independentemente do tema geral que os ru-


mores abordassem”, a palavra que pode substituir rumo-
res, por ter sentido equivalente, é:
LÍNGUA PORTUGUESA

a) assuntos
b) boatos
c) debates
d) diálogos
e) temas

(www.arionaurocartuns.com.br)

80
A palavra só, presente na fala do personagem, tem o d) “retirada”.
mesmo sentido em: e) “sustentável”.

a) Só vence quem concorre. 17. (TRE-SP – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-


b) Mariana veio só, infelizmente. TRATIVA – FCC-2017-ADAPTADA) O Centro de Memó-
c) Pedro estava só, quando cheguei. ria Eleitoral do TRE-SP foi criado em agosto de 1999 e tem
d) A mulher, por estar só, sentiu-se amedrontada. por objetivo a execução de ações... O segmento subli-
e) O marujo, só, resolveu passear pela praia. nhado estará corretamente substituído, com o sentido
preservado, por:
15. (CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CUR-
SO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS PM/2014) Leia a a) visa à
tira. b) propõe-se da
c) promove à
d) reivindica à
e) promulga a

18. (TJ-AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FGV-2018)

TEXTO - Ressentimento e Covardia

Tenho comentado aqui na Folha em diversas crônicas, os


usos da internet, que se ressente ainda da falta de uma
legislação específica que coíba não somente os usos mas
os abusos deste importante e eficaz veículo de comu-
nicação. A maioria dos abusos, se praticados em outros
meios, seriam crimes já especificados em lei, como a da
imprensa, que pune injúrias, difamações e calúnias, bem
como a violação dos direitos autorais, os plágios e outros
recursos de apropriação indébita.
No fundo, é um problema técnico que os avanços da in-
(Folha de S.Paulo, 13.09.2013) formática mais cedo ou mais tarde colocarão à disposi-
ção dos usuários e das autoridades. Como digo repetidas
No plano da linguagem verbal, o efeito de humor da vezes, me valendo do óbvio, a comunicação virtual está
charge decorre do emprego com duplo sentido da pa- em sua pré-história.
lavra Atualmente, apesar dos abusos e crimes cometidos na
internet, no que diz respeito aos cronistas, articulistas e
a) Amor. escritores em geral, os mais comuns são os textos atri-
b) você. buídos ou deformados que circulam por aí e que não
c) parar. podem ser desmentidos ou esclarecidos caso por caso.
d) impulso. Um jornal ou revista é processado se publicar sem au-
torização do autor um texto qualquer, ainda que em ci-
16. (TJ-PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FUNÇÃO JUDI- tação longa e sem aspas. Em caso de injúria, calúnia ou
CIÁRIA – IBFC-2017) difamação, também. E em caso de falsear a verdade pro-
positadamente, é obrigado pela justiça a desmentir e dar
espaço ao contraditório.
Nada disso, por ora, acontece na internet. Prevalece a lei
do cão em nome da liberdade de expressão, que é mais
expressão de ressentidos e covardes do que de liberda-
de, da verdadeira liberdade.
(Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo, 16/05/2006 –
adaptado)

A internet tem produzido uma série de neologismos se-


mânticos, ou seja, vocábulos antigos a que foram acopla-
O humor do texto orienta-se pela relação entre os ele-
LÍNGUA PORTUGUESA

dos sentidos novos; NÃO está nesse caso:


mentos verbais e não-verbais. Quanto aos primeiros,
destaca-se a ambiguidade, ou seja, a possibilidade de a) sítio;
mais de uma interpretação do seguinte termo: b) navegar;
c) deletar;
a) “claro”. d) arquivo;
b) “chefe”. e) provedor.
c) “fiz”.

81
19. (CAMAR - CURSO DE ADAPTAÇÃO DE MÉDICOS O texto 1, do Estado de São Paulo, mostra um conjunto
DA AERONÁUTICA PARA O ANO DE 2016) De acordo de adjetivos sublinhados que poderiam ser substituídos
com seu significado, o conjunto de características for- por locuções; a substituição abaixo que está adequada é:
mais e sua posição estrutural no interior da oração, as
palavras podem pertencer à mesma classe de palavras a) independente = com dependência;
ou não. Estabeleça a relação correta entre as colunas a b) pública = de publicidade;
seguir considerando tais aspectos (considere as palavras c) relevante = de relevância;
em destaque). d) sociais = de associados;
e) mobilizador = de motivação.
(1) advérbio
(2) pronome 23. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VUNESP-2014)
(3) conjunção Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica
(4) substantivo o substantivo, com ele concordando em gênero e núme-
ro, assinale a alternativa em que a palavra destacada é
( ) “Não há prisão pior [...]” um adjetivo.
( ) “O lugar de estudo era isso.”
( ) “E o olho sem se mexer [...]” a) ... um câncer de boca horroroso, ...
( ) “Ora, se eles enxergavam coisas tão distantes, [...]” b) Ele tem dezesseis anos...
( ) “Emília respondeu com uma pergunta que me espan- c) Eu queria que ele morresse logo, ...
tou.” d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-
mílias.
A sequência está correta em e) E o inferno não atinge só os terminais.

a) 1 – 4 – 2 – 3 – 2 24. (TRE-AC – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMI-


NISTRATIVA – AOCP-2015) Assinale a alternativa cujo
b) 2 – 1 – 3 – 3 – 4
“que” em destaque funciona como pronome relativo.
c) 3 – 4 – 1 – 3 – 2
d) 4 – 2 – 4 – 1 – 3
a) “É uma maneira de expressar a vontade que a gente
tem. Acho que um voto pode fazer a diferença”.
20. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015)
b) “Ele diz que vota desde os 18...”.
Assinale a alternativa em que o termo destacado é um
c) “Acho que um voto pode fazer a diferença”.
pronome indefinido.
d) “... e acreditam que um voto consciente agora pode
influenciar futuramente na vida de seus filhos e netos”.
a) “Ele não exige fatos...”. e) “O idoso afirma que sempre incentivou sua família a
b) “Era um ídolo para mim.”. votar”.
c) “Discordo dele.”.
d) “... espécie de carinho consigo mesmo.”. 25. (TRF-1.ª Região – ANALISTA JUDICIÁRIO – INFOR-
e) “O bom humor está disponível a todos...”. MÁTICA – FCC- 2014-ADAPTADA) No período O livro
explica os espíritos chamados ‘xapiris’, que os ianomâmis
21. (EBSERH – TÉCNICO EM FARMÁCIA- AOCP-2015) creem serem os únicos capazes de cuidar das pessoas e
Em “Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos.”, das coisas, a palavra grifada tem a função de pronome
os termos destacados são, respectivamente, relativo, retomando um termo anterior. Do mesmo modo
como ocorre em:
a) artigo e pronome.
b) artigo e preposição. a) Os ianomâmis acreditam que os xamãs recebem dos
c) preposição e artigo. espíritos chamados “xapiris” a capacidade de cura.
d) pronome e artigo. b) Eu queria escrever para os não indígenas não acharem
e) preposição e pronome. que índio não sabe nada.
c) O branco está preocupado que não chove mais em
22. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO – ADMINISTRATIVO alguns lugares.
– FGV-2017) d) Gravou 15 fitas em que narrou também sua própria
trajetória.
Texto 1 - “A democracia reclama um jornalismo vigo- e) Não sabia o que me atrapalhava o sono.
roso e independente. A agenda pública é determinada
pela imprensa tradicional. Não há um único assunto rele- 26. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CESGRAN-
vante que não tenha nascido numa pauta do jornalismo RIO-2018) De acordo com as exigências da norma-pa-
LÍNGUA PORTUGUESA

de qualidade. Alguns formadores de opinião utilizam as drão da língua portuguesa, o verbo destacado está cor-
redes sociais para reverberar, multiplicar e cumprem as- retamente empregado em:
sim relevante papel mobilizador. Mas o pontapé inicial é
sempre das empresas de conteúdo independentes”. a) No mundo moderno, conferem-se às grandes metró-
(O Estado de São Paulo, 10/04/2017) poles importante papel no desenvolvimento da eco-
nomia e da geopolítica mundiais, por estarem no topo
da hierarquia urbana.

82
b) Conforme o grau de influência e importância interna- Literário Português. Nos bairros da Cidade Nova, Estácio
cional, classificou-se as 50 maiores cidades em três de Sá, Catumbi e Tijuca, outro ponto de concentração
diferentes classes, a maior parte delas na Europa. da colônia, se localizam outras associações portuguesas,
c) Há quase duzentos anos, atribuem-se às cidades a como a Casa de Portugal e um grande número de casas
responsabilidade de motor propulsor do desenvolvi- regionais. Há, ainda, pequenas concentrações nos bairros
mento e a condição de lugar privilegiado para os ne- periféricos da cidade, como Jacarepaguá, originalmente
gócios e a cultura. formado por quintas de pequenos lavradores; nos subúr-
d) Em centros com grandes aglomerações populacionais, bios, como Méier e Engenho Novo; e nas zonas mais pri-
realiza-se negócios nacionais e internacionais, além vilegiadas, como Botafogo e restante da zona sul carioca,
de um atendimento bastante diversificado, como jor- área nobre da cidade a partir da década de cinquenta,
nais, teatros, cinemas, entre outros. preferida pelos mais abastados.
e) Em todos os estudos geopolíticos, considera-se as ci- PAULO, Heloísa. Portugueses no Rio de Janeiro: sala-
dades globais como verdadeiros polos de influência zaristas e opositores em manifestação na cidade. In:
internacional, devido à presença de sedes de grandes ALVES, Ida et alii. 450 Anos de Portugueses no Rio de
empresas transnacionais e importantes centros de Janeiro. Rio de Janeiro: Ofi cina Raquel, 2017, pp. 260-1.
pesquisas. Adaptado.
27. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL O texto emprega duas vezes o verbo “haver”. Ambos es-
I – CESGRANRIO-2018) A palavra destacada atende às tão na 3.ª pessoa do singular, pois são impessoais. Esse
exigências de concordância da norma-padrão da língua papel gramatical está repetido corretamente em:
portuguesa em:
a) Ninguém disse que os portugueses havia de saírem
a) Atualmente, causa impacto nas eleições de vários paí- da cidade.
ses as notícias falsas.
b) Se houvessem mais oportunidades, os imigrantes fi-
b) A recomendação de testar a veracidade das notícias
cariam ricos.
precisam ser seguidas, para não prejudicar as pessoas.
c) Haveriam de haver imigrantes de outras procedências
c) O propósito de conferir grandes volumes de dados re-
na cidade.
sultaram na criação de serviços especializados.
d) Os imigrantes vieram de Lisboa porque lá não haviam
d) Os boatos causam efeito mais forte do que as notícias
empregos.
reais porque vem acompanhados de títulos chamati-
e) Os portugueses gostariam de que houvesse mais ofer-
vos.
tas de trabalho.
e) Os resultados de pesquisas recentes mostram que
67% das pessoas consultam os jornais diariamente.
29. (TRANSPETRO – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR
28. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AM- – CESGRANRIO-2018) A concordância da forma verbal
BIENTE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018) destacada foi realizada de acordo com as exigências da
norma-padrão da língua portuguesa em:
Texto I
a) Com o crescimento da espionagem virtual, é necessá-
Portugueses no Rio de Janeiro rio que se promova novos estudos sobre mecanismos
de proteção mais eficazes.
O Rio de Janeiro é o grande centro da imigração portu- b) O rastreamento permanente das invasões cibernéticas
guesa até meados dos anos cinquenta do século passa- de grande porte permite que se suspeitem dos hac-
do, quando chega a ser a “terceira cidade portuguesa do kers responsáveis.
mundo”, possuindo 196 mil portugueses — um décimo c) Para atender às demandas dos usuários de celulares, é
de sua população urbana. Ali, os portugueses dedicam- preciso que se destinem à pesquisa tecnológica mui-
-se ao comércio, sobretudo na área dos comestíveis, tos milhões de dólares.
como os cafés, as panificações, as leitarias, os talhos, d) Para detectar as consequências mais prejudiciais da
além de outros ramos, como os das papelarias e lojas guerra virtual pela informação, necessitam-se de es-
de vestuários. Fora do comércio, podem exercer as mais tudos mais aprofundados.
variadas profissões, como atividades domésticas ou as de e) Se o crescimento das redes sociais assumir uma pro-
barbeiros e alfaiates. Há, de igual forma, entre os mais porção incontrolável, é aconselhável que se estabele-
afortunados, aqueles ligados à indústria, voltados para ça novas restrições de utilização pelos jovens.
construção civil, o mobiliário, a ourivesaria e o fabrico de
bebidas. 30. (PC-AP – DELEGADO DE POLÍCIA – FCC-2017) As
LÍNGUA PORTUGUESA

A sua distribuição pela cidade, apesar da não formação normas de concordância e a adequada articulação entre
de guetos, denota uma tendência para a sua concentra- tempos e modos verbais estão plenamente observadas
ção em determinados bairros, escolhidos, muitas das ve- na frase:
zes, pela proximidade da zona de trabalho. No Centro da
cidade, próximo ao grande comércio, temos um grupo a) É comum que se assinale numa crônica os aspectos do
significativo de patrícios e algumas associações de por- cotidiano que o escritor resolvesse analisar e interpre-
te, como o Real Gabinete Português de Leitura e o Liceu tar, apesar das dificuldades que encerram tal desafio.

83
b) Se às crônicas de Rubem Braga viessem a faltar sua 34. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR-PI – CURSO DE
marca autoral inconfundível, elas terão deixado de OFICIAIS – ENGENHEIRO CIVIL – NUCEPE-2014) Assi-
constituir textos clássicos desse gênero. nale a alternativa em que as regras da concordância fo-
c) Caso um dia venham a surgir, simultaneamente, ta- ram cumpridas.
lentos à altura de um Rubem Braga, esse gênero terá
alcançado uma relevância jamais vista. a) Se houvessem mais bombeiros, certamente o número
d) Não seria fácil, de fato, que venha a se equilibrar, na de incêndios diminuiria.
cabeça de um jovem cronista de hoje, os valores de b) A maioria dos incêndios é provocada por falta de cui-
sua experiência pessoal com os de sua comunidade. dado das pessoas.
e) Tanto uma padaria como um banheiro poderiam ofe- c) Sem dúvida, no Brasil, falta condições para que os
recer matéria para uma boa crônica, desde que não bombeiros possam trabalhar dignamente.
falte ao cronista recursos de grande imaginação. d) Não existe soluções fáceis para a precariedade das
condições de trabalho dos bombeiros.
31. (PC-BA – DELEGADO DE POLÍCIA – VUNESP-2018) e) Já fazem muitos anos que se sabe das péssimas condi-
A concordância está em conformidade com a norma-pa- ções de trabalho dos bombeiros!
drão na seguinte frase:
35. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
a) São comuns que a adaptação de livros para o cinema NESP-2018) Assinale a alternativa em que, ao contrário
suscitem reações negativas nos fãs do texto escrito. da construção “aquela rapaz”, segue-se a lei fundamental
b) Cabem aos leitores completar, com a imaginação, as da concordância, de acordo com a norma-padrão.
lacunas que fazem parte da estrutura significativa do
texto literário. a) Quando o despacho chegou, a primeira coisa que o
c) Aos esforços envolvidos na leitura soma-se a imagina- advogado fez foi conferir os documentos anexos.
ção, a que a linguagem literária apela constantemente. b) Era um dia ensolarado, e não se sabe como foi atrope-
d) Algumas pessoas mantém o hábito de só assistirem à lado aquela mulher em uma avenida tranquila.
adaptação de uma obra depois de as terem lido, para
c) Parece-me que este ano está chovendo muito, mas
não ser influenciadas.
ainda assim há menas chuvas do que em anos ante-
e) Há livros que dispõe de uma infinidade de adaptações
riores.
para o cinema, as quais tende a compor seu repertório
d) As crianças brincavam no jardim, colhendo flores colo-
de leituras.
rida e presenteando-se num gesto emocionante.
e) Quando entraram na casa abandonada, uma cobra es-
32. (PC-SP - ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL
tava escondido ali. Assustaram-se, pois era um bicho
– VUNESP-2014) Assinale a alternativa que preenche,
correta e respectivamente, as lacunas da frase, de acordo perigoso.
com a norma-padrão da língua portuguesa.
_________ situações _________ a batalha contra as doenças 36. (TJ-SP - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – MÉ-
torna-se um fracasso. DIO - VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que
a substituição dos trechos destacados na passagem – O
a) Existe ... em que paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere es-
b) Existem ... em que tendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois
c) Existem ... a qual metros quadrados de chão. – está de acordo com a nor-
d) Existem ... em cuja ma-padrão de crase, regência e conjugação verbal.
e) Existe ... as quais
a) prefere mais estendê-la do que desistir – põe à dis-
33. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU- posição.
NESP-2014) Assinale a alternativa correta quanto à con- b) prefere estendê-la à desistir – ponham a disposição.
cordância. c) prefere estendê-la a desistir – põe a disposição.
d) prefere estendê-la do que desistir – põem a disposi-
a) Como as pessoas não são obrigado a produzir provas ção.
contra si mesmo, aquelas que recusasse os procedi- e) prefere estendê-la a desistir – ponham à disposição.
mentos dificilmente seria condenada.
b) Como as pessoas não são obrigadas a produzir provas 37. (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO - SP – FARMA-
contra si mesmo, aquelas que recusasse os procedi- CÊUTICO - SUPERIOR - VUNESP – 2017 - adaptada)
mentos dificilmente seriam condenadas. Leia as frases.
c) Como as pessoas não é obrigada a produzir provas As previsões alusivas ............. aumento da depressão são
contra si mesmas, aquelas que recusasse os procedi- alarmantes.
LÍNGUA PORTUGUESA

mentos dificilmente seria condenada. Os sentimentos de tédio ou de tristeza são inadequada-


d) Como as pessoas não são obrigadas a produzir provas mente convertidos .......... estados depressivos.
contra si mesmas, aquelas que recusassem os proce- Qualquer situação que possa ser um obstáculo ............ feli-
dimentos dificilmente seriam condenadas. cidade é considerada doença.
e) Como as pessoas não são obrigada a produzir provas
contra si mesma, aquelas que recusassem os procedi-
mentos dificilmente seriam condenada.

84
Para que haja coerência com a regência nominal estabe- Quanto à regência verbal ou nominal, assinale a alternativa
lecida pela norma-padrão, as lacunas das frases devem que apresenta uma frase da letra da música, reescrita, de
ser preenchidas, respectivamente, por: acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.

a) ao … com … na a) A dor que ele se refere é a da traição.


b) ao … em … à b) Ela traiu aquele que merecia seu verdadeiro amor.
c) do … com … na c) Ele tem esperança que seja encontrada solução para
d) com o … em … para seu caso amoroso.
e) com o … para … à d) Muitos casos amorosos o perdão não deve ser nega-
do.
38. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – e) Algumas pessoas têm convicção que sofrer por amor
2014) Assinale a assertiva cuja regência verbal está cor- é cafonice.
reta:
41. (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
a) Ela queria namorar com ele. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR -
b) Já assisti a esse filme. IADES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos desta-
c) O caminhoneiro dormiu no volante. cados no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no ele-
d) Quando eles chegam em Campo Grande? vador”, fossem empregados, respectivamente, Esquecer e
e) A moça que ele gosta é aquela ali. gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
regência verbal e concordância nominal prescritas pela
39. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – norma-padrão, deveria ser
2014) A regência nominal está correta em:
a) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
a) É preferível um inimigo declarado do que um amigo b) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
falso. c) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
b) As meninas têm aversão de verduras. d) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
c) Aquele cachorro é hostil para com desconhecidos. e) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
d) O sentimento de liberdade é inerente do ser humano.
e) Construiremos portos acessíveis de qualquer navio. 42. (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA
TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRAN-
40. (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS RIO/2014 - adaptada) No trecho “podemos utilizar essa
– SECRETÁRIA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia mesma abordagem no nosso organismo, sem necessaria-
trechos da letra da música dos compositores José Carlos mente nos limitarmos a meios tradicionais, como edu-
Figueiredo, Antônio Carlos Marques Pinto e José Ubaldo cação e desenvolvimento cultural.”, o verbo limitar, no
Avila para responder à questão. sentido de restringir, exige a presença da preposição “a”.
Essa exigência de preposição também se observa na re-
Você abusou gência da forma verbal destacada em:
Me magoa, maltrata e quer desculpa
Me retruca, me trai e quer perdão a) A eliminação de doenças consideradas incuráveis re-
Me ofende, me fere e não tem culpa presenta a principal meta da tecnologia moderna.
b) A tentativa de criação de seres humanos superdotados
Jesus Cristo, eu não sei quem tem razão. confirma a nova perspectiva da ciência atual.
Esse fogo, essa farsa, essa desgraça c) As pesquisas sobre o futuro da humanidade conduzem
Me corrompe e corrói meu coração a descobertas inimagináveis há poucos anos.
Há momentos que eu paro e acho graça d) Os desafios éticos acompanham a possibilidade de
programar filhos capazes de se tornarem gênios.
Procuro, e não acho a solução. e) Os novos tempos resgatam a crença de que haverá
Você abusou, invenções importantes para prevenir as doenças.

Tirou partido de mim, abusou 43. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUN-


Mas não faz mal CAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a
É tão normal ter desamor norma culta da língua quanto à regência verbal.
É tão cafona sofrer dor
Que eu já não sei a) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
LÍNGUA PORTUGUESA

Se é meninice ou cafonice o meu amor. b) Eu esqueci do seu nome.


c) Você assistiu à cena toda?
Que me perdoem, se eu insisto neste tema d) Ele chegou na oficina pela manhã.
e) Sempre obedeço as leis de trânsito.
Se o quadradismo dos meus versos,
Vai de encontro aos intelectos,
Que não usam o coração,
Como expressão...

85
44. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS/ De acordo com alguns neurocientistas, quando a pessoa
AL – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – ANATOMIA E se recorda de uma sequência de eventos, o cérebro re-
NECROPSIA – COPEVE/2014) Considere o trecho constrói o passado juntando os “tijolos” de dados, mas
sublinhado em: “Apenas trinta e cinco pessoas assistiram somente o ato de acessar as lembranças já modifica e
à projeção de dez filmes de dois minutos de duração cada distorce a realidade.
um, no dia 28/12/1895” (História Viva, janeiro/2005). Um neurocientista de uma equipe que pesquisa esse as-
Nas reescritas abaixo, em qual alternativa ocorreu danos sunto afirma que se busca reforçar a ideia de que a me-
à norma culta? mória não pode ser considerada um papel carbono, ou
seja, de que ela não reproduz fielmente um acontecimen-
a) compareceram a projeção de dez filmes. to. “Nossa esperança é que, ao propor uma explicação
b) viram a projeção de dez filmes. neural para o processo de geração das falsas memórias,
c) assistiram aos dez filmes. haja aplicações práticas nas cortes de justiça, por exem-
d) foram assistir à projeção de dez filmes. plo”, diz o cientista. “Jurados e magistrados precisam de
e) presenciaram a projeção de dez filmes. evidências de que, por mais real que aparente ser, um
fato recordado por uma testemunha pode não ser verda-
45. (PETROBRAS – ENGENHEIRO(A) DE MEIO AM- deiro. A memória humana não é como uma memória de
BIENTE JÚNIOR – CESGRANRIO-2018) De acordo com computador, não está certa o tempo todo.”
as normas da linguagem padrão, a colocação pronominal O neurocientista relatou que quase três quartos dos pri-
está INCORRETA em: meiros 250 americanos que tiveram suas condenações
penais anuladas graças ao exame de DNA haviam sido
a) Virgínia encontrava-se acamada há semanas. vítimas de falso testemunho ocular. Um psicólogo en-
b) A ferida não se curava com os remédios. trevistado afirmou que, dependendo de como se conduz
c) A benzedeira usava uma peruca que não favorecia-a. uma acareação, ela pode confundir a pessoa interrogada.
d) Imediatamente lhe deram uma caneta-tinteiro verme- Correio Braziliense, 26/7/2013 (com adaptações).
lha.
e) Enquanto se rezavam Ave-Marias, a ferida era circun- O trecho “a memória não pode ser considerada um papel
dada. carbono” poderia ser corretamente reescrita da seguinte
forma: não pode-se considerá-la papel carbono.
46. (BANESTES – TÉCNICO BANCÁRIO – FGV-2018) A
frase em que se deveria usar a forma EU em lugar de ( ) CERTO ( ) ERRADO
MIM é:
49. (PC-MS – DELEGADO DE POLÍCIA – FAPEMS-2017)
a) Um desejo de minha avó fez de mim um artista; De acordo com os padrões da língua portuguesa, assina-
b) Há muitas diferenças entre mim e a minha futura mu- le a alternativa correta.
lher;
c) Para mim, ver filmes antigos é a maior diversão; a) A frase: “Ela lhe ama” está correta visto que “amar”
d) Entre mim viajar ou descansar, prefiro o descanso; se classifica como verbo transitivo direto, pois quem
ama, ama alguém.
e) Separamo-nos, mas sempre de mim se lembra.
b) Em: “Sou te fiel”, o pronome oblíquo átono desem-
penha função sintática de complemento nominal por
47. (CÂMARA DE SALVADOR-BA – ASSISTENTE LE-
complementar o sentido de adjetivos, advérbios ou
GISLATIVO MUNICIPAL – FGV-2018-ADAPTADA) O
substantivos abstratos, além de constituir emprego de
segmento em que a substituição do termo sublinhado
ênclise.
por um pronome pessoal foi feita de forma adequada é:
c) No exemplo: “Demos a ele todas as oportunidades”, o
termo em destaque pode ser substituído por “Demo
a) “deixou de ser uma ferramenta de sobrevivência” / dei-
lhes” todas as oportunidades”, tendo em vista o em-
xou de ser-lhe; prego do pronome oblíquo como complemento do
b) “podemos definir violência” / podemos defini-la; verbo.
c) “Hoje, esse termo denota, além de agressão física, di- d) Em: “Não me ..incomodo com esse tipo de barulho”,
versos tipos de imposição” / denota-los; te.mos.um clássico emprego de mesóclise.
d) “Consideremos o surgimento das desigualdades” / e) Na frase: “Alunos, aquietem-se! “, o termo destacado
consideremos-lo; exemplifica o uso de próclise.
e) “ao nos referirmos à violência” / ao nos referirmo-la.
50. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU-
48. (MPU – Conhecimentos Básicos para os Cargos de
LÍNGUA PORTUGUESA

NESP-2014)
11 a 26 – CESPE-2013)
Recordar algo nunca ocorrido é comum e pode aconte- Compras de Natal
cer com pessoas de qualquer idade. Muitos indivíduos
sequer percebem que determinadas lembranças foram A cidade deseja ser diferente, escapar às suas fatalidades.
criadas, pois as cenas e até os sons evocados pelo cé- __________ de brilhos e cores; sinos que não tocam, balões
rebro surgem com a mesma nitidez e o mesmo grau de que não sobem, anjos e santos que não __________ , estre-
detalhamento das memórias reais. las que jamais estiveram no céu.

86
As lojas querem ser diferentes, fugir à realidade do ano d) ... livro que reúne entrevistas e textos de Ernest He-
inteiro: enfeitam-se com fitas e flores, neve de algodão mingway... → ... livro que reúne-as...
de vidro, fios de ouro e prata, cetins, luzes, todas as coi- e) O médico que atendia pacientes... → O médico que
sas que possam representar beleza e excelência. lhe atendia...
Tudo isso para celebrar um Meninozinho envolto em po-
bres panos, deitado numas palhas, há cerca de dois mil 54. (TRE-PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMI-
anos, num abrigo de animais, em Belém. NISTRATIVA – FCC-2017) A substituição do elemento
(Cecília Meireles, Quatro Vozes. Adaptado) sublinhado pelo pronome correspondente, com os ne-
cessários ajustes no segmento, foi realizada de acordo
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, com a norma padrão em:
as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e res-
pectivamente, com: a) quem considera o amor abstrato = quem lhe consi-
dera abstrato
a) Se enche … movem-se b) consideram o amor algo ingênuo e pueril = conside-
b) Se enchem … se movem ram-lhe algo ingênuo e pueril
c) Enchem-se … se move c) parece que inviabiliza o amor = parece que inviabili-
d) Enche-se … move-se za-lhe
e) Enche-se … se movem d) o ressentimento é cego ao amor = o ressentimento
lhe é cego
51. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013) As- e) o amor não vê a hipocrisia = o amor não lhe vê
sinale a alternativa correta quanto à colocação prono-
minal, de acordo com a norma-padrão da língua portu- 55. (FUNDASUS-MG – ANALISTA EM SERVIÇO PÚBLI-
guesa. CO DE SAÚDE - ANALISTA DE SISTEMA – AOCP-2015)
Observe o excerto: “Entre os fatores ligados à relação do
a) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação aluno com a instituição e com os colegas, gostar de ir à
de ter de procurar a dona de uma bolsa perdida. escola (...)” e assinale a alternativa correta com relação
b) O homem se indignou quando propuseram-lhe que ao emprego do acento utilizado nos termos destacados.
abrisse a bolsa que encontrara.
c) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos a) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a
restituir um objeto à pessoa que o perdeu. supressão do advérbio “a” com o pronome feminino
d) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que “a” que acompanha os substantivos “relação” e “es-
eles sejam sempre trazidos junto ao corpo. cola”.
e) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma ten- b) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a
dência natural das pessoas em devolvê-los a seus do- nasalidade da vogal “a” que acompanha os substanti-
nos. vos “relação” e “escola”.
c) Trata-se do acento circunflexo, empregado para assi-
52. (CONCURSO INTERNO DE SELEÇÃO PARA O CUR- nalar a vogal aberta “a” que acompanha os substanti-
SO DE FORMAÇÃO DE SARGENTOS - PM/2014) A fra- vos “relação” e “escola”.
se – Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. d) Trata-se do acento agudo, empregado para indicar a
– está corretamente reescrita quanto à flexão verbal, à supressão da preposição “a” com o artigo feminino “a”
pontuação e à colocação pronominal em: que acompanha os substantivos “relação” e “escola”.
e) Trata-se do acento grave, empregado para indicar a
a) Se remordia, o amigo, no seu canto, sem que nada junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”
visse. que acompanha os substantivos “relação” e “escola”.
b) O amigo, sem que nada vesse, se remordia no seu can-
to. 56. (BADESC – ANALISTA DE SISTEMA – BANCO DE
c) Remordia-se, no seu canto, o amigo, sem que nada DADOS – FGV-2010) Na frase “é ingênuo creditar a pos-
visse. tura brasileira apenas à ausência de educação adequa-
d) Se remordia no seu canto o amigo, sem que nada ves- da” foi corretamente empregado o acento indicativo de
se. crase.

53. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017- Assinale a alternativa em que o acento indicativo de cra-
ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o trecho está se está corretamente empregado.
reescrito conforme a norma-padrão da língua portugue-
LÍNGUA PORTUGUESA

sa, com a expressão destacada substituída pelo pronome a) O memorando refere-se à documentos enviados na
correspondente. semana passada.
b) Dirijo-me à Vossa Senhoria para solicitar uma audiên-
a) ... o prazer de contar aquelas histórias... → ... o prazer cia urgente.
de contar-nas... c) Prefiro montar uma equipe de novatos à trabalhar com
b) ... meio século sem escrever livros. → ... meio século pessoas já desestimuladas.
sem escrevê-los. d) O antropólogo falará apenas àquele aluno cujo nome
c) ... puxo a mesinha... → ... puxo-lhe... consta na lista.

87
e) Quanto à meus funcionários, afirmo que têm horário c) O acesso dos jovens a redes sociais tem causado enor-
flexível e são responsáveis. mes prejuízos ao seu desempenho escolar, conforme
o depoimento de professores.
57. (BADESC – TÉCNICO DE FOMENTO A – FGV-2010) d) Os consumidores compulsivos sujeitam-se a ficar ho-
De acordo com as regras gramaticais, no trecho “a exor- ras na fila para serem os primeiros que comprarão os
bitante carga tributária a que estão submetidas as empre- novos lançamentos.
sas”, não se deve empregar acento indicativo de crase, e) As pessoas precisam ficar atentas a fatura do cartão
devendo ocorrer o mesmo na frase: de crédito para não serem surpreendidas com valores
muito altos.
a) Entregue o currículo as assistentes do diretor.
b) Recorra a esta empresa sempre que precisar. 61. (PC-SP - INVESTIGADOR DE POLÍCIA – VU-
c) Avise aquela colega que chegou sua correspondência. NESP-2014)
d) Refira-se positivamente a proposta filosófica da com- A cada ano, ocorrem cerca de 40 mil mortes; segundo
panhia. especialistas, quase metade delas está associada _____
e) Transmita confiança aqueles que observam seu de- bebidas alcoólicas. Isso revela a necessidade de um com-
sempenho. bate efetivo _____ embriaguez ao volante.

58. (BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO – As lacunas do trecho devem ser preenchidas, correta e
CESGRANRIO-2018) De acordo com a norma-padrão da respectivamente, com:
língua portuguesa, o sinal grave indicativo da crase deve
ser empregado na palavra destacada em: a) às … a
b) as … à
a) A intenção da entrevista com o diretor estava relacio- c) à … à
nada a programação que a empresa pretende desen- d) às … à
volver. e) à … a
b) As ações destinadas a atrair um número maior de
clientes são importantes para garantir a saúde finan-
62. (PC-SP - AGENTE DE POLÍCIA – VUNESP-2013) De
ceira das instituições.
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o
c) As instituições financeiras deveriam oferecer condi-
acento indicativo de crase está corretamente empregado
ções mais favoráveis de empréstimo a quem está fora
em:
do mercado formal de trabalho.
d) As pessoas interessadas em ampliar suas reservas fi-
a) A população, de um modo geral, está à espera de que,
nanceiras consideram que vale a pena investir na nova
com o novo texto, a lei seca possa coibir os acidentes.
moeda virtual.
e) Os participantes do seminário sobre mercado financei- b) A nova lei chega para obrigar os motoristas à repensa-
ro foram convidados a comparar as importações e as rem a sua postura.
exportações em 2017. c) A partir de agora os motoristas estarão sujeitos à puni-
ções muito mais severas.
59. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – d) À ninguém é dado o direito de colocar em risco a vida
CESGRANRIO-2018) O emprego do acento indicativo dos demais motoristas e de pedestres.
de crase está de acordo com a norma-padrão em: e) Cabe à todos na sociedade zelar pelo cumprimento da
nova lei para que ela possa funcionar.
a) O escritor de novelas não escolhe seus personagens
à esmo. 63. (PM-SP - SOLDADO DE 2.ª CLASSE – VUNESP-2017)
b) A audiência de uma novela se constrói no dia à dia. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
c) Uma boa história pode ser escrita imediatamente ou mente, as lacunas do texto a seguir.
à prazo.
d) Devido à interferências do público, pode haver mu- Quase 30 anos depois de iniciar um trabalho de atendi-
danças na trama. mento _____ presos da Casa de Detenção, em São Paulo,
e) O novelista ficou aliviado quando entregou a sinopse o médico oncologista Drauzio Varella chega ao fim de
à emissora. uma trilogia com o livro “Prisioneiras”. Depois de “Es-
tação Carandiru” (1999), que mostra ________ entranhas
60. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES- daquela que foi ________maior prisão da América Latina,
GRANRIO-2018) De acordo com a norma-padrão da lín- e de “Carcereiros” (2012), sobre os funcionários que tra-
gua portuguesa, o acento grave indicativo da crase deve balham no sistema prisional, Varella agora faz um retrato
ser empregado na palavra destacada em: das detentas da Penitenciária Feminina da Capital, tam-
LÍNGUA PORTUGUESA

bém na capital paulista, onde cumprem pena mais de


a) Os novos lançamentos de smartphones apresentam, duas mil mulheres.
em geral, pequena variação de funções quando com- (https://oglobo.globo.com. Adaptado)
parados a versões anteriores.
b) Estudantes do ensino médio fizeram uma pesquisa a) à … às … a
junto a crianças do ensino fundamental para ver como b) a … as … a
elas se comportam no ambiente virtual. c) a … às … a

88
d) à … às … à 67. (PETROBRAS – ADMINISTRADOR JÚNIOR – CES-
e) a … as … à GRANRIO-2018) A vírgula foi plenamente empregada
de acordo com as exigências da norma-padrão da língua
64. (TRF-4.ª REGIÃO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO portuguesa em:
– ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC-2014-ADAPTADA)
Substituindo-se o elemento grifado pelo que se encontra a) A conexão é feita por meio de uma plataforma especí-
entre parênteses, o sinal indicativo de crase deverá ser fica, e os conteúdos, podem ser acessados pelos dis-
acrescentado em: positivos móveis dos passageiros.
b) O mercado brasileiro de automóveis, ainda é muito
a) ... que uma educação liberal, ao alcance de todos... grande, porém não é capaz de absorver uma presença
(dispor de todos) maior de produtos vindos do exterior.
b) ... por meio dos quais se transmitem as humanidades... c) Depois de chegarem às telas dos computadores e ce-
− (ciências humanas) lulares, as notícias estarão disponíveis em voos inter-
c) ... a todas as camadas sociais. − (qualquer classe social) nacionais.
d) ... se nos referimos a coisas completamente diferen- d) Os últimos dados mostram que, muitas economias
tes... − (uma coisa completamente diferente) apresentam crescimento e inflação baixa, fazendo
e) ... são um obstáculo a indivíduos independentes. (cria- com que os juros cresçam pouco.
ção de indivíduos independentes) e) Pode ser que haja uma grande procura de carros im-
portados, mas as montadoras vão fazer os cálculos e
65. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL ver, se a importação vale a pena.
I – CESGRANRIO-2018) O sinal de dois-pontos (:) está
empregado de acordo com a norma-padrão da língua 68. (MPU – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE-2010)
portuguesa em: Para a maioria das pessoas, os assaltantes, assassinos e
traficantes que possam ser encontrados em uma rua es-
a) A diferença entre notícias falsas e verdadeiras é maior
cura da cidade são o cerne do problema criminal. Mas os
no campo da política: é menor nas publicações rela-
danos que tais criminosos causam são minúsculos quan-
cionadas às catástrofes naturais.
do comparados com os de criminosos respeitáveis, que
b) A explicação para a difusão de notícias falsas é que
vestem colarinho branco e trabalham para as organiza-
os usuários compartilham informações com as quais
ções mais poderosas. Estima-se que as perdas provoca-
concordam: pois não verificam as fontes antes.
das por violações das leis antitrust — apenas um item de
c) As informações enganosas são mais difundidas do que
uma longa lista dos principais crimes do colarinho bran-
as verdadeiras: de acordo com estudo recente feito
co — sejam maiores que todas as perdas causadas pelos
por um instituto de pesquisa.
d) As notícias falsas podem ser desmascaradas com o crimes notificados à polícia em mais de uma década, e
uso do bom senso: mas esperar isso de todo mundo é as relativas a danos e mortes provocadas por esse crime
quase impossível. apresentam índices ainda maiores. A ocultação, pela in-
e) As revistas especializadas dão alguns conselhos: não dústria do asbesto (amianto), dos perigos representados
entre em sites desconhecidos e não compartilhe notí- por seus produtos provavelmente custou tantas vidas
cias sem fonte confiável. quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos
nos Estados Unidos da América durante uma década in-
66. (LIQUIGÁS – MOTORISTA DE CAMINHÃO GRANEL teira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, tam-
I – CESGRANRIO-2018) A vírgula está empregada cor- bém provocam, a cada ano, mais mortes do que essas.
retamente em: James William Coleman. A elite do crime. 5.ª ed., São
Paulo: Manole, 2005, p. 1 (com adaptações).
a) A divulgação de histórias falsas pode ter consequên-
cias reais desastrosas: prejuízos, financeiros e cons- Não haveria prejuízo para o sentido original do texto
trangimentos às empresas. nem para a correção gramatical caso a expressão “a cada
b) As novas tecnologias, criaram um abismo ao separar ano” fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para
quem está conectado de quem não faz parte do mun- imediatamente depois de “e”.
do digital.
c) As pessoas tendem a aceitar apenas as declarações que ( ) CERTO ( ) ERRADO
confirmam aquilo que corresponde, às suas crenças.
d) Os jornalistas devem verificar as fontes citadas, cruzar 69. (PC-SP - AUXILIAR DE NECROPSIA – VU-
dados e checar se as informações refletem a realidade. NESP-2014) Assinale a alternativa cuja frase está correta
quanto à pontuação.
LÍNGUA PORTUGUESA

e) Os consumidores de notícias não agem como cientis-


tas porque não estão preocupados em conferir, pon-
tos de vista alternativos. a) O médico, solidário e comovido, apertou minha mão e
entendeu o pedido de minha mãe.
b) A diferença entre parada cardíaca e morte, não é ensi-
nada, aos médicos nas faculdades.
c) Prof. Alvariz, chefe da clínica sabia qual a diferença en-
tre, parada cardíaca e morte.

89
d) O aborto de fetos anencéfalos motivo de muita revol- 73. (PROCESSO SELETIVO INTERNO DA SECRETARIA
ta, foi bastante contestado. DE DEFESA SOCIAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO-PE
e) Iniciei assim que o velhinho teve uma parada cardíaca, - SARGENTO DA POLÍCIA MILITAR - FM-2010 - ADAP-
os processos de reanimação. TADA) “– Mas não é minha cabeça que eles querem de-
golar a cada jogo, François.” O uso da vírgula destacada
70. (TRF-4.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA neste trecho tem a função de:
ADMINISTRATIVA – FCC-2014) Quanto à pontuação, a
frase inteiramente correta é: a) Separar o aposto.
b) Delimitar o sujeito.
a) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde c) Delimitar uma nova oração.
partem os humanistas uma vez que, é nela, que se d) Separar o vocativo.
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas e) Marcar uma pausa forte.
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar, as
escolhas produzidas pelo escritor. 74. (MPU – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA O CAR-
b) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde GO 33 – NÍVEL MÉDIO – CESPE-2013)
partem os humanistas uma vez que é nela, que se O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do es-
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas tado brasileiro e da democracia. A sua história é marcada
também o desafio, de o leitor divisar e compartilhar, por processos que culminaram na sua formalização insti-
as escolhas produzidas pelo escritor. tucional e na ampliação de sua área de atuação.
c) Para Edward Said, a linguagem, é o terreno de onde No período colonial, o Brasil foi orientado pelo direito
partem os humanistas, uma vez que é nela que se es- lusitano. Não havia o Ministério Público como instituição.
tabelecem, não apenas as relações de sentido, mas Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordena-
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as ções Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores
escolhas produzidas pelo escritor. de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar a lei e
d) Para Edward Said a linguagem é o terreno, de onde de promover a acusação criminal. Existiam os cargos de
partem os humanistas, uma vez que é nela que se procurador dos feitos da Coroa (defensor da Coroa) e de
estabelecem não apenas as relações de sentido mas, procurador da Fazenda (defensor do fisco).
também, o desafio de o leitor divisar, e compartilhar A Constituição de 1988 faz referência expressa ao Mi-
as escolhas produzidas pelo escritor. nistério Público no capítulo Das Funções Essenciais à
e) Para Edward Said, a linguagem é o terreno de onde Justiça. Define as funções institucionais, as garantias e as
partem os humanistas, uma vez que é nela que se vedações de seus membros. Isso deu evidência à institui-
estabelecem não apenas as relações de sentido, mas ção, tornando-a uma espécie de ouvidoria da sociedade
também o desafio de o leitor divisar e compartilhar as brasileira.
escolhas produzidas pelo escritor. Internet: <www.mpu.mp.br> (com adaptações).

71. (TRF-3.ª REGIÃO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA Em “No período colonial, o Brasil foi orientado”, a vírgula
ADMINISTRATIVA – FCC-2016-ADAPTADA) Sem que após “colonial” é utilizada para isolar aposto.
se altere o sentido da frase, todas as vírgulas podem ser
substituídas por travessão, EXCETO em: ( ) CERTO ( ) ERRADO

a) Não se trata de defender a tradição, família ou pro-


priedade...
b) Fiquei um pouco desconcertado pela atitude do meu
amigo, um homem...
c) Mas, como eu ia dizendo, estava voltando da Europa...
d) ... como precipitada, entre nós, de que estaria morto...
e) Mas a música brasileira, ao contrário de outras artes,
já traz...

72. (TRF-1.ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – INFOR-


MÁTICA – FCC-2014-ADAPTADA)
... a resposta a um problema que sempre atormentou ad-
ministradores: o recrutamento e a retenção de talentos.

O segmento introduzido pelos dois-pontos apresenta


LÍNGUA PORTUGUESA

sentido

a) restritivo.
b) explicativo.
c) conclusivo.
d) comparativo.
e) alternativo.

90
43 C
GABARITO 44 A
45 C
1 Certo 46 D
2 D 47 B
3 E 48 Errado
4 A 49 B
5 A 50 E
6 C 51 D
7 C 52 C
8 E 53 B
9 D 54 D
10 D 55 E
11 B 56 D
12 C 57 B
13 Certo 58 A
14 A 59 E
15 D 60 E
16 E 61 D
17 A 62 A
18 C 63 B
19 A 64 E
20 E 65 E
21 A 66 D
22 C 67 C
23 A 68 Certo
24 A 69 A
25 D 70 E
26 C 71 A
27 E 72 B
28 E 73 D
29 C 74 Errado
30 C
31 C
32 B
33 D
34 B
35 A
36 E
37 B
LÍNGUA PORTUGUESA

38 B
39 C
40 B
41 E
42 C

91
ANOTAÇÕES

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LÍNGUA PORTUGUESA

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92
ÍNDICE

MATEMÁTICA

Operações com Números Reais........................................................................................................................................................................................ 01


Mínimo Múltiplo Comum e Máximo Divisor Comum.............................................................................................................................................. 02
Razão e Proporção................................................................................................................................................................................................................. 04
Porcentagem............................................................................................................................................................................................................................ 09
Regra de Três Simples e Composta................................................................................................................................................................................. 12
Média Aritmética Simples e Ponderada......................................................................................................................................................................... 15
Juros Simples........................................................................................................................................................................................................................... 19
Equação de 1º e 2º Graus................................................................................................................................................................................................... 21
Sistema de Equação de 1º Grau....................................................................................................................................................................................... 24
Relação entre Grandezas: Tabelas e Gráficos............................................................................................................................................................... 26
Sistemas de Medidas Usuais.............................................................................................................................................................................................. 27
Noções de Geometria; Forma; Perímetro; Área; Volume; Ângulo....................................................................................................................... 32
Teorema de Pitágoras........................................................................................................................................................................................................... 47
- A soma de um número racional com um número
OPERAÇÕES COM NÚMEROS REAIS irracional é sempre um número irracional.
- A diferença de dois números irracionais, pode ser
um número racional.
Números Irracionais, Reais e suas operações fun- Exemplo: √5 - √5 = 0 e 0 é um número racional.
damentais
FIQUE ATENTO!
Números Irracionais
Tanto o quociente quanto o produto de dois
Os números racionais, aqueles que podem ser escri- números irracionais, pode ser um número
a
tos na forma de uma fração b onde a e b são dois nú- racional.
meros inteiros, com a condição de que seja diferente de
zero, uma vez que sabemos da impossibilidade matemá- Exemplo: √8 : √2 = √4 = 2 e 2 é um número racional.
tica da divisão por zero.
Vimos também, que todo número racional pode ser Exemplo: √5 ∙ √5 = √25 = 5 e 5 é um número racional.
escrito na forma de um número decimal periódico, tam-
bém conhecido como dízima periódica. - A união do conjunto dos números irracionais com
o conjunto dos números racionais, resulta num
Vejam os exemplos de números racionais a seguir: conjunto denominado conjunto R dos números
reais.
3
= 0,75 = 0, 750000 … - A interseção do conjunto dos números racionais
4 com o conjunto dos números irracionais, não pos-
sui elementos comuns e, portanto,  é igual ao con-
2
− 3 = −0,666 …
1 junto vazio (ϕ).
= 0,333 …
3
2 Simbolicamente, teremos:
= 2,000 …
1 ℚ∪I = ℝ
4
= 1,333 … ℚ∩I = ϕ
3
3
− = −1,5 = −1,500 …
2
0 = 0,000 … Números Reais

O conjunto dos números reais contém os números


Existe, entretanto, outra classe de números que não racionais (naturais, inteiros e fracionários) e os números
podem ser escritos na forma de fração a , conhecidos irracionais e é representado pela letra . Pode-se ilustrar
como números irracionais. b a relação entre todos os conjuntos com o seguinte dia-
grama:
Ex: O número real abaixo é um número irracional, em-
bora pareça uma dízima periódica: ℕ = naturais
x = 0,10100100010000100000… ℤ = inteiros
ℝ = reais
Observe que o número de zeros após o algarismo 1
aumenta a cada passo. Existem infinitos números reais
ℚ = racionais
que não são dízimas periódicas e dois números irracio- Ι = irracionais
nais muito importantes, são:
e = 2,718281828459045…
π = 3,141592653589793238462643… (Número pi)

Que são utilizados nas mais diversas aplicações prá-


ticas como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravi-
dade, previsão populacional, etc.

Identificação de números irracionais

Pode-se afirmar que:

- Todas as dízimas periódicas são números racionais.


MATEMÁTICA

- Todos os números inteiros são racionais.


- Todas as frações ordinárias são números racionais.
- Todas as dízimas não periódicas são números irra-
cionais.
- Todas as raízes inexatas são números irracionais.

1
Resposta: Letra A
#FicaDica 1 – Verdadeira. O conjunto dos números naturais está
contido no conjunto dos números racionais, que é
Quando relacionamos elementos e conjun- disjunto do conjunto dos números irracionais, ou seja,
tos usamos os símbolos (pertence) ou (não não é possível que um número seja natural e irracional
pertence) e quando relacionamos conjunto ao mesmo tempo.
com conjunto usamos os símbolos ⊂ (está 2 – Falsa. Os conjuntos dos números racionais e irra-
contido) ou ⊄ (não está contido). cionais são disjuntos. Isso significa que não é possível
um número pertencer aos dois conjuntos simultane-
Ex: 2 ∈ Z amente.
-2 ∉ N 3 – Verdadeira. Como são conjuntos disjuntos, um não
N ⊂ Z está contido no outro.
I ⊄ Q 4 – Falsa. Na verdade, o conjunto dos números reais é
formado pela união entre os conjuntos dos números
racionais e irracionais.
5 – Falsa. As raízes quadradas não exatas são números
EXERCÍCIOS COMENTADOS irracionais.

1. (PM-SC – Soldado Policia Militar – IESES/2011) Leia MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM E MÁXIMO
as afirmações a seguir: DIVISOR COMUM

I. Os números Naturais são aqueles inteiros não positivos


mais o zero. NÚMEROS PRIMOS, MDC E MMC
II. Os números Irracionais são aqueles que representam
dízimas periódicas. O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo co-
III. Os números Reais representam a soma dos números mum são ferramentas extremamente importantes na
matemática. Através deles, podemos resolver alguns
Racionais com os Irracionais.
problemas simples, além de utilizar seus conceitos em
outros temas, como frações, simplicação de fatoriais, etc.
Assinale a alternativa correta: Porém, antes de iniciarmos a apresentar esta teoria, é
importante conhecermos primeiramente uma classe de
a) Somente a II está correta números muito importante: Os números primos.
b) Somente a III está correta
c) Somente a I está correta 1. Números primos
d) Somente II e III estão corretas
Um número natural é definido como primo se ele
Resposta: Letra B. A assertiva I define os inteiros não tem exatamente dois divisores: o número um e ele mes-
negativos, a assertiva II está incorreta pois as dízimas mo. Já nos inteiros, p ∈ ℤ é um primo se ele tem exata-
periódicas são números racionais, e a III está correta. mente quatro divisores: ±1 e ±𝑝 .

2. Classifique as afirmações a seguir como verdadeiras FIQUE ATENTO!


ou falsas. Por definição, 0, 1 e − 1 não são números
primos.
1 – Um número natural não pode ser um número irra-
cional; Existem infinitos números primos, como demonstra-
2 – O conjunto dos números racionais está contido no do por Euclides por volta de 300 a.C.. A propriedade de
conjunto dos números irracionais; ser um primo é chamada “primalidade”, e a palavra “pri-
3 – O conjunto dos números irracionais não está contido mo” também são utilizadas como substantivo ou adje-
no conjunto dos números racionais; tivo. Como “dois” é o único número primo par, o termo
4 – O conjunto dos números irracionais é formado pela “primo ímpar” refere-se a todo primo maior do que dois.
união entre os conjuntos dos números racionais e reais; O conceito de número primo é muito importante
5 – Qualquer raiz quadrada tem como resultado um nú- na teoria dos números. Um dos resultados da teoria dos
mero racional. números é o Teorema Fundamental da Aritmética, que
afirma que qualquer número natural diferente de 1 pode
ser escrito de forma única (desconsiderando a ordem)
a) V, F, V, F, F
como um produto de números primos (chamados fato-
b) V, F, V, F, V res primos): este processo se chama decomposição em
c) F, F, F, V, F
MATEMÁTICA

fatores primos (fatoração). É exatamente este conceito


d) F, V, F, V, V que utilizaremos no MDC e MMC. Para caráter de me-
e) F, V, V, F, V morização, seguem os 100 primeiros números primos
positivos. Recomenda-se que memorizem ao menos os
10 primeiros para MDC e MMC:

2
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, Ex. Encontrar o MDC entre 18 e 24.
59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113 Divisores naturais de 18: D(18) = {1,2,3,6,9,18}.
, 127, 131, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, Divisores naturais de 24: D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}.
191, 193, 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251, Pode-se escrever, agora, os divisores comuns a 18 e
257, 263, 269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317, 24: D(18)∩ D (24) = {1,2,3,6}.
331, 337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397, Observando os divisores comuns, podemos identifi-
401, 409, 419, 421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463, car o maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja:
467, 479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541 MDC (18,24) = 6.
Outra técnica para o cálculo do MDC:
2. Múltiplos e Divisores
Decomposição em fatores primos: Para obter o
Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro MDC de dois ou mais números por esse processo, proce-
natural b, se existe um número natural k tal que: de-se da seguinte maneira:
Decompõe-se cada número dado em fatores primos.
𝑎 = 𝑘. 𝑏 O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos, cada
um deles elevado ao seu menor expoente.
Ex. 15 é múltiplo de 5, pois 15=3 . 5
Exemplo: Achar o MDC entre 300 e 504.

Quando a=k.b, segue que a é múltiplo de b, mas tam-


bém, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que
é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 . 5.
Quando a = k.b, então a é múltiplo de b e se conhe-
cemos b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta
fazer k assumir todos os números naturais possíveis.

Como conclusão às assertivas propostas acima, tem-


-se que:
- Um número b é sempre múltiplo dele mesmo  a Temos que:
= 1 ∙ b ↔ a = b. 300 = 22.3 .52
- Para obter os múltiplos de dois, isto é, os números 504 = 23.32 .7
da forma a = k ∙ 2, k seria substituído por todos os mdc (300,504)= 22∙ 3 = 4 ∙ 3=12
números naturais possíveis.
MMC
A definição de divisor está relacionada com a de múl-
tiplo. O mínimo múltiplo comum de dois ou mais números
é o menor número positivo que é múltiplo comum de
Um número natural b é divisor do número natural a, todos os números dados. Consideremos:
se a é múltiplo de b. Ex. Encontrar o MMC entre 8 e 6
Múltiplos positivos de 6: M(6) =
Ex. 3 é divisor de 15, pois 15 = 3 ∙5, logo 15 é múltiplo {6,12,18,24,30,36,42,48,54,...}
de 3 e também é múltiplo de 5. Múltiplos positivos de 8: M(8) =
{8,16,24,32,40,48,56,64,...}

#FicaDica Podem-se escrever, agora, os múltiplos positivos co-


muns: M(6)∩M(8) = {24,48,72,...}
Um número natural tem uma quantidade fi- Observando os múltiplos comuns, pode-se identificar
nita de divisores. Por exemplo, o número 6
o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja:
poderá ter no máximo 6 divisores, pois tra-
Outra técnica para o cálculo do MMC:
balhando no conjunto dos números naturais
não podemos dividir 6 por um número maior
Decomposição isolada em fatores primos: Para ob-
do que ele. Os divisores naturais de 6 são os
ter o MMC de dois ou mais números por esse processo,
números 1, 2, 3, 6, o que significa que o nú-
procedemos da seguinte maneira:
mero 6 tem 4 divisores.
- Decompomos cada número dado em fatores pri-
mos.
MDC - O MMC é o produto dos fatores comuns e não-
MATEMÁTICA

-comuns, cada um deles elevado ao seu maior ex-


Agora que sabemos o que são números primos, múl- poente.
tiplos e divisores, vamos ao MDC. O máximo divisor co-
mum de dois ou mais números é o maior número que é
divisor comum de todos os números dados.

3
Ex. Achar o MMC entre 18 e 120.
RAZÃO E PROPORÇÃO

Razão

Quando se utiliza a matemática na resolução de pro-


blemas, os números precisam ser relacionados para se
18 = 2 .32 obter uma resposta. Uma das maneiras de se relacionar
120 = 23.3 .5 os números é através da razão. Sejam dois números reais
a e b, com b ≠ 0,define-se razão entre a e b (nessa or-
mmc (18, 120) = 23 � 32 � 5 = 8 � 9 � 5 = 360 𝑎
dem) o quociente a ÷ b, ou .
𝑏

A razão basicamente é uma fração, e como sabem,


frações são números racionais. Entretanto, a leitura des-
EXERCÍCIOS COMENTADOS te número é diferente, justamente para diferenciarmos
quando estamos falando de fração ou de razão.
1. (FEPESE-2016) João trabalha 5 dias e folga 1, enquan- 3
to Maria trabalha 3 dias e folga 1. Se João e Maria fol- a) Quando temos o número 5 e estamos tratando de
gam no mesmo dia, então quantos dias, no mínimo, pas- fração, lê-se: “três quintos”.
sarão para que eles folguem no mesmo dia novamente? 3
b) Quando temos o número 5
e estamos tratando
a) 8 de razão, lê-se: “3 para 5”.
b) 10
c) 12
Além disso, a nomenclatura dos termos também é
d) 15
e) 24 diferente:

Resposta: Letra C. O período em que João trabalha e O número 3 é numerador


folga corresponde a 6 dias enquanto o mesmo perío- 3
do, para Maria, corresponde a 4 dias. Assim, o proble- a) Na fração 5
ma consiste em encontrar o mmc entre 6 e 4. Logo,
eles folgarão no mesmo dia novamente após 12 dias O número 5 é denominador
pois mmc (6,4)=12.
O número 3 é antecedente
2. Quais dos números a seguir são primos? Justifique.
b) Na razão
3
a) 88 5
b) 20 O número 5 é consequente
c) 101
Ex. A razão entre 20 e 50 é = já a razão entre 50
20 2
Resposta: Letra C. Para ser número primo, um núme- 50 5 50 5
e 20 é = . Ou seja, deve-se sempre indicar o antece-
ro deve ser divisível apenas por 1 e por ele mesmo. 20 2
dente e o consequente para sabermos qual a ordem de
Em outras palavras, caso um número seja múltiplo de
montarmos a razão.
qualquer outro, ele não é primo.
a) 88 é divisível por 2, 4, 8, 11, 22, entre outros. Logo,
como existem divisores diferentes de 1 e de 88, dize- Ex. Numa classe de 36 alunos há 15 rapazes e 21 mo-
mos que 88 não é primo. ças. A razão entre o número de rapazes e o número de
b) 20 é divisível por 2, 4, 5 e 10. Logo, como existem moças é 15 , se simplificarmos, temos que a fração equi-
5 21
divisores diferentes de 1 e de 20, dizemos que 20 não valente 7 , o que significa que para “cada 5 rapazes há 7
é primo. moças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapa-
c) 101 é primo porque não é divisível por nenhum nú- zes e o total de alunos é dada por 15 = 5 , o que equivale
36 12
mero primo menor que ele. a dizer que “de cada 12 alunos na classe, 5 são rapazes”.
Razão entre grandezas de mesma espécie: A razão
entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente
MATEMÁTICA

dos números que expressam as medidas dessas grande-


zas numa mesma unidade.
Ex. Um automóvel necessita percorrer uma estrada de
360 km. Se ele já percorreu 240 km, qual a razão entre a
distância percorrida em relação ao total?

4
Como os dois números são da mesma espécie (dis-
tância) e estão na mesma unidade (km), basta fazer a ra- #FicaDica
zão:
A razão entre uma distância e uma medida
𝑟=
240 𝑘𝑚 2
=
de tempo é chamada de velocidade.
360 𝑘𝑚 3

No caso de mesma espécie, porém em unidades diferen-


tes, deve-se escolher uma das unidades e converter a outra. Ex. A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais,
Rio de Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de
Ex. Uma maratona possui aproximadamente 42 km de 927 286 km2 e uma população de 66 288 000 habitantes,
extensão. Um corredor percorreu 36000 metros. Qual a aproximadamente, segundo estimativas projetadas pelo
razão entre o que falta para percorrer em relação à ex- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o
tensão da prova? ano de 1995. Qual a razão entre o número de habitantes
Veja que agora estamos tentando relacionar metros e a área total?
com quilômetros. Para isso, deve-se converter uma das
unidades, vamos utilizar “km”: Dividindo-se o número de habitantes pela área, obte-
remos o número de habitantes por km2 (hab./km2):
36000 m=36 km 66288000 ℎ𝑎𝑏 ℎ𝑎𝑏
𝑑= = 71,5
Como é pedida a razão entre o que falta em relação 927286 𝑘𝑚² 𝑘𝑚2
ao total, temos que:
42 𝑘𝑚 − 36 𝑘𝑚 6 𝑘𝑚 1
𝑟=
42 𝑘𝑚
= =
42 𝑘𝑚 7
#FicaDica
A razão entre o número de habitantes e a
Ex. Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse compri-
área deste local é denominada densidade
mento é representado num desenho por 20 cm. Qual é a
demográfica.
razão entre o comprimento representado no desenho e
o comprimento real?
Convertendo o comprimento real para cm, temos Ex. Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L
que: de gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros per-
20 𝑐𝑚 1 corridos pelo número de litros de combustível consumi-
𝑒= =
800 𝑐𝑚 40 dos, teremos o número de quilômetros que esse carro
percorre com um litro de gasolina:
83,76 𝑘𝑚 𝑘𝑚
#FicaDica 𝑐= = 10,47
8𝑙 𝑙
A razão entre um comprimento no desenho
e o correspondente comprimento real, cha- #FicaDica
ma-se escala
A razão entre a distância percorrida em rela-
Razão entre grandezas de espécies diferentes: É ção a uma quantidade de combustível é de-
possível também relacionar espécies diferentes e isto finida como “consumo médio”
está normalmente relacionado a unidades utilizadas na
física: Proporção

Ex. Considere um carro que às 9 horas passa pelo qui- A definição de proporção é muito simples, pois se tra-
lômetro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilô- ta apenas da igualdade de razões.
metro 170. Qual a razão entre a distância percorrida e o 3 6
tempo gasto no translado? Na proporção 5 = 10 (lê-se: “3 está para 5 assim
Para montarmos a razão, precisamos obter as infor- como 6 está para 10”).
mações: Observemos que o produto 3 ∙ 10=30 é igual ao pro-
duto 5 x 6=30, o que caracteriza a propriedade funda-
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km mental das proporções
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
Calculamos a razão entre a distância percorrida e o #FicaDica
tempo gasto para isso:
Se multiplicarmos em cruz (ou em x), tere-
MATEMÁTICA

140 𝑘𝑚 70
𝑣= = = 70 𝑘 𝑚 ⁄ℎ mos que os produtos entre o numeradores
2ℎ 1 e os denominadores da outra razão serão
Como são duas espécies diferentes, a razão entre elas iguais.
será uma espécie totalmente diferente das outras duas.

5
2 6
Ex. Na igualdade 3 = 9 , temos 2 x 9=3 x 6=18, logo, 5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
= → = → =
temos uma proporção. 2 4 5 10 5 10
ou
Ex. Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se
a seguinte dosagem: 7 gotas para cada 3 kg do “peso” da 5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
= → = → =
criança. Se uma criança tem 15 kg, qual será a dosagem 2 4 2 4 2 4
correta? b) Diferença dos termos: Analogamente a soma, te-
Como temos que seguir a receita, temos que atender
mos também que se realizarmos a diferença entre
a proporção, assim, chamaremos de x a quantidade de
os termos, também chegaremos em outras pro-
gotas a serem ministradas:
porções:
7 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑥 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 4 8 4−3 8−6 1 2
= = → = → =
3 𝑘𝑔 15 𝑘𝑔 3 6 4 8 4 8
Logo, para atendermos a proporção, precisaremos ou
encontrar qual o número que atenderá a proporção. 4 8 4−3 8−6 1 2
Multiplicando em cruz, temos que: = → = → =
3 6 3 6 3 6
3x=105 c) Soma dos antecedentes e consequentes: A soma
dos antecedentes está para a soma dos conse-
quentes assim como cada antecedente está para o
105
𝑥= seu consequente:
3
12 3 12 + 3 15 12 3
x=35 gotas = → = = =
8 2 8+2 10 8 2
Ou seja, para uma criança de 30 kg, deve-se ministrar
35 gotas do remédio, atendendo a proporção. d) Diferença dos antecedentes e consequentes: A
soma dos antecedentes está para a soma dos con-
Outro jeito de ver a proporção: Já vimos que uma sequentes assim como cada antecedente está para
proporção é verdadeira quando realizamos a multiplica- o seu consequente:
ção em cruz e encontramos o mesmo valor nos dois pro-
dutos. Outra maneira de verificar a proporção é verificar 12 3 12 − 3 9 12 3
= → = = =
se a duas razões que estão sendo igualadas são frações 8 2 8−2 6 8 2
equivalentes. Lembra deste conceito?

FIQUE ATENTO!
FIQUE ATENTO! Usamos razão para fazer comparação entre
Uma fração é equivalente a outra quando duas grandezas. Assim, quando dividimos
podemos multiplicar (ou dividir) o nume- uma grandeza pela outra estamos compa-
rador e o denominador da fração por um rando a primeira com a segunda. Enquanto
mesmo número, chegando ao numerador e proporção é a igualdade entre duas razões.
denominador da outra fração.

4 12
Ex. são frações equivalentes, pois:
e
3 9 EXERCÍCIOS COMENTADOS
4x=12 →x=3
3x=9 →x=3 1. O estado de Tocantins ocupa uma área aproximada de
4 278.500 km². De acordo com o Censo/2000 o Tocantins
Ou seja, o numerador e o denominador de 3 quan- tinha uma população de aproximadamente 1.156.000 ha-
do multiplicados pelo mesmo número (3), chega ao nu- bitantes. Qual é a densidade demográfica do estado de
merador e denominador da outra fração, logo, elas são Tocantins?
equivalentes e consequentemente, proporcionais.
Agora vamos apresentar algumas propriedades da Resposta : A densidade demográfica é definida como
proporção: a razão entre o número de habitantes e a área ocu-
pada:
a) Soma dos termos: Quando duas razões são pro-
MATEMÁTICA

porcionais, podemos criar outra proporção soman- 1 156 000 hab.


do os numeradores com os denominadores e divi- d= = 4,15 ha b⁄k m²
dindo pelos numeradores (ou denominadores) das 278 500 km²
razões originais:

6
2. Se a área de um retângulo (A1 ) mede 300 cm² e a A B
área de um outro retângulo (A2 ) mede 100 cm², qual é o =
valor da razão entre as áreas (A1 ) e (A2 ) ? p q

Resposta : Ao fazermos a razão das áreas, temos: A solução segue das propriedades das proporções:
A1 300 A B A+B M
= =3 = = = =K
A2 100 p q p+q p+q

Então, isso significa que a área do retângulo 1 é 3 ve-


zes maior que a área do retângulo 2. #FicaDica
3.(CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE/2016) O valor de K é que proporciona a solução,
Dois amigos decidem fazer um investimento conjunto pois: 𝐀 = 𝐊 � 𝐩 e 𝐁 = 𝐊 � 𝐪
por um prazo determinado. Um investe R$ 9.000 e o ou-
tro R$ 16.000. Ao final do prazo estipulado obtêm um
lucro de R$ 2.222 e decidem dividir o lucro de maneira Exemplo: Para decompor o número 100 em duas par-
proporcional ao investimento inicial de cada um. Portan- tes A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, montaremos
to o amigo que investiu a menor quantia obtém com o o sistema de modo que A+B=100, cuja solução segue de:
investimento um lucro:
A B A + B 100
= = = = 20
a) Maior que R$ 810,00 2 3 5 5
b) Maior que R$ 805,00 e menor que R$ 810,00
c) Maior que R$ 800,00 e menor que R$ 805,00 Segue que A=40 e B=60.
d) Maior que R$ 795,00 e menor que R$ 800,00
Ex. Determinar números A e B diretamente propor-
e) Menor que R$ 795,00
cionais a 8 e 3, sabendo-se que a diferença entre eles é
60. Para resolver este problema basta tomar A-B=60 e
Resposta : Letra D. Ambos aplicaram R$ 9000,00+R$
escrever:
16000,00=R$ 25000,00 e o lucro de R$ 2222,00 foi so-
bre este valor. Assim, constrói-se uma proporção en- A B A − B 60
tre o valor aplicado (neste caso, R$ 9000,00 , pois o = =
8 3 5
=
5
= 12
exercício quer o lucro de quem aplicou menos) e seu
respectivo lucro:
Segue que A=96 e B=36
9000 25000
= → 25x = 19998 → x = R$ 799,92 Divisão em várias partes diretamente proporcionais
x 2222

4. Há, em virtude da demanda crescente de economia de Para decompor um número M em partes X1, X2, ... , Xn
água, equipamentos e utensílios como, por exemplo, as diretamente proporcionais a p1, p2, ... , pn, deve-se montar
bacias sanitárias ecológicas, que utilizam 6 litros de água um sistema com n equações e n incógnitas, sendo as so-
por descarga em vez dos 15 litros utilizados por bacias mas X1 + X2 + ... + Xn = M e p1 + p2 + ... + pn = P
sanitárias não ecológicas, conforme dados da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). x1 x2 xn
Qual será a economia diária de água obtida por meio da = =⋯=
p1 p2 pn
substituição de uma bacia sanitária não ecológica, que
gasta cerca de 60 litros por dia com a descarga, por uma
bacia sanitária ecológica? A solução segue das propriedades das proporções:
x1 x2 xn x1 + x2 + ⋯ + xn M
Resposta: Se x for o número de litros de água despe- = =⋯= = = =K
p1 p2 pn p1 + p2 + ⋯ pn P
jadas pela bacia ecológica, tem-se que:
15/60=6/x → 15x=6∙60 → 15x=360
Logo: x=360/15=24 litros. Ex. Para decompor o número 120 em três partes A, B
Então, a economia de água foi de (60-24) = 36 litros. e C diretamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar
um sistema com 3 equações e 3 incógnitas tal que A + B
+ C = 120 e 2 + 4 + 6 = P. Assim:
A B C A + B + C 120
DIVISÃO PROPORCIONAL = = = = = 10
MATEMÁTICA

2 4 6 P 12
Para decompor um número M em duas partes A e B Logo: A = 20, B = 40 e C = 60.
diretamente proporcionais a p e q, montamos um siste-
ma com duas equações e duas incógnitas, de modo que Ex. Determinar números A, B e C diretamente propor-
a soma das partes seja A+B=M, mas: cionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 120.

7
A solução segue das propriedades das proporções: Cuja solução segue das propriedades das proporções:

A B C 2A + 3B − 4C 120 x1 x2 xn x1 + x2 + ⋯ + xn
= = = = = −15 = =⋯= = =
2 4 6 2 � 2 + 3 � 4 − 4 � 6 −8 1⁄p1 1⁄p2 1⁄pn 1⁄p1 + 1⁄p2 + ⋯ 1⁄pn

Logo A = -30, B = -60 e C = -90. x1 x2 xn x1 + x2 + ⋯ + xn M


= =⋯= = =
1⁄p1 1⁄p2 1⁄pn 1⁄p1 + 1⁄p2 + ⋯ 1⁄pn 1⁄p1 + 1⁄p2 + ⋯ + 1⁄pn
Divisão em duas partes inversamente proporcionais

Para decompor um número M em duas partes A e Ex. Para decompor o número 220 em três partes A, B e
B inversamente proporcionais a p e q, deve-se decom- C inversamente proporcionais a 2, 4 e 6, deve-se montar
por este número M em duas partes A e B diretamente um sistema com 3 equações e 3 incógnitas, de modo que
proporcionais a 1/p e 1/q, que são, respectivamente, os A+B+C=220. Desse modo:
inversos de p e q.
Assim basta montar o sistema com duas equações e A
=
B
=
C
=
A+B+C
=
220
= 240
duas incógnitas tal que A+B = M. Desse modo: 1⁄2 1⁄4 1⁄6 1⁄2 + 1⁄4 + 1⁄6 11⁄12

A B A+B M M�p�q A solução é A=120, B=60 e C=40.


= = = = =K
1⁄p 1⁄q 1⁄p + 1⁄q 1⁄p + 1⁄q p+q Ex. Para obter números A, B e C inversamente pro-
porcionais a 2, 4 e 6, de modo que 2A + 3B - 4C = 10,
devemos montar as proporções:
O valor de K proporciona a solução, pois: A = K/p e
B = K/q.
Exemplo: Para decompor o número 120 em duas par- A B C 2A + 3B − 4C 10 120
= = = = =
tes A e B inversamente proporcionais a 2 e 3, deve-se 1⁄2 1⁄4 1⁄6 2⁄2 + 3⁄4 − 4⁄6 13⁄12 13
montar o sistema tal que A + B= 120, de modo que:
Logo A=60/13, B=30/13 e C=20/13.
A B A+B 120 120 � 2 � 3
= = = = = 144
1⁄2 1⁄3 1⁄2 + 1⁄3 5⁄6 5
FIQUE ATENTO!
Pode haver coeficientes A,B e C como nú-
Assim A=72 e B=48. meros fracionários e/ou negativos.
Exemplo: Determinar números A e B inversamente
proporcionais a 6 e 8, sabendo-se que a diferença entre
eles é 10. Para resolver este problema, tomamos A - B=
10. Assim: Divisão em duas partes direta e inversamente propor-
cionais
A B A−B 10
= = = = 240 Para decompor um número M em duas partes A e B
1⁄6 1⁄8 1⁄6 − 1⁄8 1⁄24 diretamente proporcionais a c e d e inversamente pro-
porcionais a p e q, deve-se decompor este número M
Assim A=40 e B=30. em duas partes A e B diretamente proporcionais a c/q e
d/q, basta montar um sistema com duas equações e duas
Divisão em várias partes inversamente proporcionais incógnitas de forma que A+B=M e, além disso:

Para decompor um número M em n partes inversa- A B A+B M M� p�q


mente proporcionais a X1, X2, ... , Xn basta decompor este ⁄
=

=
⁄ ⁄
=
⁄ ⁄
=
c p d q c p+d q c p+d q c�q+p�d
=K
número M em n partes diretamente proporcionais a 1/
p1, 1/p2, ... , 1/pn.
O valor de K proporciona a solução, pois: A=Kc/p e
A montagem do sistema com n equações e n incógni- B=Kd/q.
tas, assume que X1+X2+...+ Xn=M e, além disso: Exemplo: Para decompor o número 58 em duas partes
A e B diretamente proporcionais a 2 e 3, e, inversamente
x1 x2 xn proporcionais a 5 e 7, deve-se montar as proporções:
= =⋯=
1⁄p1 1⁄p2 1⁄pn A B A+B 58
MATEMÁTICA

= = = = 70
2/5 3/7 2/5 + 3/7 29/35

Assim A=(2/5)∙70=28 e B=(3/7)∙70=30

8
Exemplo: Para obter números A e B diretamente pro-
porcionais a 4 e 3 e inversamente proporcionais a 6 e 8,
sabendo-se que a diferença entre eles é 21. Para resol-
EXERCÍCIO COMENTADO
ver este problema basta escrever que A-B=21 resolver as
proporções: 1. Os três jogadores mais disciplinados de um campe-
A B A−B 21 onato de futebol amador irão receber o prêmio de R$:
= = =
4⁄6 3⁄8 4⁄6 − 3⁄8 7⁄24
= 72 3.340,00 rateados em partes inversamente proporcionais
ao número de faltas cometidas em todo campeonato. Os
Jogadores cometeram 5, 7 e 11 faltas. Qual a premiação
Assim A=(4/6)∙72=48 e B=(3/8)∙72=27. a cada um deles respectivamente?

Divisão em n partes direta e inversamente proporcio- Resposta:


nais Do enunciado tiramos que:
p1 = K . 1/5
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn p2 = K . 1/7
diretamente proporcionais a, p1, p2, ..., pn e inversamente p3 = K . 1/11
proporcionais a q1, q2, ... , qn, basta decompor este núme- p1 + p2 + p3 = 3340
ro M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais Para encontrarmos o valor da constante K devemos
a p1 / q1, p2 / q2, ..., pn / qn. substituir o valor de p1, p2 e p3 na última expressão:
A montagem do sistema com n equações e n incógni-
tas exige que X1 + X2 + ... + Xn = M e além disso: Portanto:
p1 = 7700 . 1/5 = 1540
x1 x2 xn p2 = 7700 . 1/7 = 1100
= =⋯=
p1 ⁄q1 p2⁄q 2 pn⁄q n p3 = 7700 . 1/11 = 700
A premiação será respectivamente R$ 1.540,00,
R$ 1.100,00 e R$ 700,00.
A solução segue das propriedades das proporções:
x1 x2 xn xn + x2 + ⋯ + xn
= =⋯= =
p1 /q1 p2 /q 2 pn/q n p1 /q1 + p2/q 2 + ⋯ + pn/q n
PORCENTAGEM
x2 xn xn + x2 + ⋯ + xn
=⋯= =
2 /q 2 pn/q n p1 /q1 + p2/q 2 + ⋯ + pn/q n
Porcentagem
Ex. Para decompor o número 115 em três partes A, B
A definição de porcentagem passa pelo seu próprio
e C diretamente proporcionais a 1, 2 e 3 e inversamente
nome, pois é uma fração de denominador centesimal, ou
proporcionais a 4, 5 e 6, deve-se montar um sistema com
seja, é uma fração de denominador 100. Representamos
3 equações e 3 incógnitas de forma de e tal que:
porcentagem pelo% e lê-se: “por cento”.
A B C A+B+C 115 50
= = = =
1/4 2/5 3/6 1/4 + 2/5 + 3/6 23/20
= 100 Deste modo, a fração 100 ou qualquer uma equivalente
a ela é uma porcentagem que podemos representar por
50%.
Logo A=(1/4)100=25, B=(2/5)100=40 e
C=(3/6)100=50.
A porcentagem nada mais é do que uma razão, que
Ex. Determinar números A, B e C diretamente propor- representa uma “parte” e um “todo” a qual referimos
cionais a 1, 10 e 2 e inversamente proporcionais a 2, 4 e como 100%. Assim, de uma maneira geral, temos que:
5, de modo que 2A + 3B - 4C -= 10. 𝑝
A montagem do problema fica na forma: 𝐴= .𝑉
100
Onde A, é a parte, p é o valor da porcentagem e V é o
A B C 2A + 3B − 4C 10 100
= = = = = todo (100%). Assim, os problemas básicos de porcenta-
⁄ ⁄ ⁄ ⁄ ⁄ ⁄ ⁄
1 2 10 4 2 5 2 2 + 30 4 − 8 5 69 10 69 gem se resumem a três tipos:

A solução é A=50/69, B=250/69 e C=40/69 Cálculo da parte (Conheço p e V e quero achar A):
Para calcularmos uma porcentagem de um valor V, bas- 𝑝
ta multiplicarmos a fração correspondente, ou seja, 100
MATEMÁTICA

por V. Assim: 𝑝
P% de V =A= 100 .V

Ex. 23% de 240 = 23 .240 = 55,2


100

9
Ex. Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que Aumento e desconto percentual
67% de uma amostra assistem a certo programa de TV.
Se a população é de 56.000 habitantes, quantas pessoas Outra classe de problemas bem comuns sobre por-
assistem ao tal programa? centagem está relacionada ao aumento e a redução per-
Aqui, queremos saber a “parte” da população que as- centual de um determinado valor. Usaremos as defini-
siste ao programa de TV, como temos a porcentagem e ções apresentadas anteriormente para mostrar a teoria
o total, basta realizarmos a multiplicação: envolvida
67
67% de 56000=A= 56000=37520 Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial
100 V que deve sofrer um aumento de p% de seu valor. Cha-
Resp. 37 520 pessoas. memos de VA o valor após o aumento. Assim:
p
Cálculo da porcentagem (conheço A e V e quero VA = V + .V
achar p): Utilizaremos a mesma relação para achar o va- 100
lor de p e apenas precisamos rearranjar a mesma: Fatorando:
𝑝 𝐴 p
𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100 VA = ( 1 + ) .V
100 𝑉 100
p
Ex. Um time de basquete venceu 10 de seus 16 jogos. Em que (1 + 100 ) será definido como fator de au-
Qual foi sua porcentagem de vitórias? mento, que pode estar representado tanto na forma de
Neste caso, o exercício quer saber qual a porcenta- fração ou decimal.
gem de vitórias que esse time obteve, assim:
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial
𝐴 10 V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Cha-
𝑝 = . 100 = . 100 = 62,5% memos de VD o valor após o desconto.
𝑉 16
p
Resp: O time venceu 62,5% de seus jogos. VD = V – .V
Ex. Em uma prova de concurso, o candidato acertou 100
48 de 80 questões. Se para ser aprovado é necessário Fatorando:
acertar 55% das questões, o candidato foi ou não foi p
aprovado? VD = (1 – ) .V
100
Para sabermos se o candidato passou, é necessário p
calcular sua porcentagem de acertos: Em que (1 – ) será definido como fator de des-
conto, que pode 100
estar representado tanto na forma de
𝐴 48
𝑝= . 100 = . 100 = 60% > 55% fração ou decimal.
𝑉 80
Logo, o candidato foi aprovado. Ex. Uma empresa admite um funcionário no mês de
janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de au-
Calculo do todo (conheço p e A e quero achar V): mento. Se a empresa deseja que o salário desse funcio-
No terceiro caso, temos interesse em achar o total (Nosso nário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário
100%) e para isso basta rearranjar a equação novamente: deve admiti-lo?
Neste caso, o problema deu o valor de e gostaria de
𝑝 𝐴 𝐴 saber o valor de V, assim:
𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100 → 𝑉 = . 100
100 𝑉 𝑝 p
VA = ( 1 + ).V
Ex. Um atirador tem taxa de acerto de 75% de seus 100
tiros ao alvo. Se em um treinamento ele acertou 15 tiros, 3500 = ( 1 +
40
).V
quantos tiros ele deu no total? 100
Neste caso, o problema gostaria de saber quanto vale 3500 =(1+0,4).V
o “todo”, assim:
𝐴 15 3500 =1,4.V
𝑉= . 100 = . 100 = 0,2.100 = 20 𝑡𝑖𝑟𝑜𝑠
𝑝 75 3500
V= =2500
Forma Decimal: Outra forma de representação de porcen- 1,4
tagens é através de números decimais, pois todos eles perten- Resp. R$ 2 500,00
cem à mesma classe de números, que são os números racio-
nais. Assim, para cada porcentagem, há um numero decimal Ex. Uma loja entra em liquidação e pretende abaixar
equivalente. Por exemplo, 35% na forma decimal seriam repre-
MATEMÁTICA

em 20% o valor de seus produtos. Se o preço de um de-


sentados por 0,35. A conversão é muito simples: basta fazer a les é de R$ 250,00, qual será seu preço na liquidação?
divisão por 100 que está representada na forma de fração: Aqui, basta calcular o valor de VD :
75
75% = = 0,75 VD = (1 –
p
) .V
100
100

10
Como temos também uma expressão para V2, basta
20
VD = (1 – ) .250,00 substituir:
100
𝑝1 𝑝2
VD = (1 –0,2) .250,00 V2 = V .(1 – ) .(1 – )
100 100
VD = (0,8) .250,00 Além disso, essa formulação também funciona para
aumentos e descontos em sequência, bastando apenas
VD = 200,00 a identificação dos seus fatores multiplicativos. Sendo V
Resp. R$ 200,00 um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um
aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%.
Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
FIQUE ATENTO!
Em alguns problemas de porcentagem são 𝑝1
V1 = V .(1+ )
necessários cálculos sucessivos de aumen- 100
tos ou descontos percentuais. Nesses ca- Sendo V2 o valor após o desconto, temos que:
sos é necessário ter atenção ao problema,
pois erros costumeiros ocorrem quando se 𝑝2
V2 = V_1 .(1 – )
calcula a porcentagens do valor inicial para 100
obter todos os valores finais com descon-
Como temos uma expressão para , basta substituir:
tos ou aumentos. Na verdade, esse cálculo
só pode ser feito quando o problema diz 𝑝1 𝑝2
que TODOS os descontos ou aumentos V2 = V .(1+ ) .(1 – )
100 100
são dados a uma porcentagem do valor
inicial. Mas em geral, os cálculos são feitos Ex. Um produto sofreu um aumento de 20% e depois
como mostrado no texto a seguir. sofreu uma redução de 20%. Isso significa que ele voltará
ao seu valor original.
Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos
( ) Certo ( ) Errado
um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
Este problema clássico tem como finalidade concei-
após o primeiro aumento, temos:
tuar esta parte de aumento e redução percentual e evitar
𝑝1 o erro do leitor ao achar que aumentando p% e dimi-
V1 = V .(1 + )
100 nuindo p%, volta-se ao valor original. Se usarmos o que
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, ou seja, aprendemos, temos que:
após já ter aumentado uma vez, temos que: 𝑝1 𝑝2
V2 = V . 1+ . 1–
𝑝2 100 100
V2 = V1 .(1 + ) 𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜
100 20 20
Como temos também uma expressão para V1, basta V2 = V .(1+ ) .(1 – )
100 100
substituir:
V2 = V .(1+0,2) .(1 – 0,2 )
𝑝1 𝑝2 V2 = V .(1,2) .(0,8)
V2 = V .(1 + ) .(1 + )
100 100 96
Assim, para cada aumento, temos um fator corres- V2 = 0,96.V= V=96% de V
100
pondente e basta ir multiplicando os fatores para chegar
ao resultado final. Ou seja, o valor final corresponde a 96% de V e não
100%, assim, eles não são iguais, portanto deve-se assi-
No caso de desconto, temos o mesmo caso, sendo V nalar a opção ERRADO
um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois
descontos sucessivos de p1% e p2%.

Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:


𝑝1
V1 = V.(1 – )
100
MATEMÁTICA

Sendo V2 o valor após o segundo desconto, ou seja,


após já ter descontado uma vez, temos que:
𝑝2
V2 = V_1 .(1 – )
100

11
Ex: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos
litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Solução:
1. (UNESP) Suponhamos que, para uma dada eleição,
uma cidade tivesse 18.500 eleitores inscritos. Suponha- O problema envolve duas grandezas: distância e litros
mos ainda que, para essa eleição, no caso de se verificar de álcool.
um índice de abstenções de 6% entre os homens e de 9% Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
entre as mulheres, o número de votantes do sexo mas- consumido.
culino será exatamente igual ao número de votantes do Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
sexo feminino. Determine o número de eleitores de cada mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que
sexo. se correspondem em uma mesma linha:

Resposta: Denotamos o número de eleitores do sexo Distância (km) Litros de álcool


femininos de F e de votantes masculinos de M. Pelo 180 15
enunciado do exercícios, F+M = 18500. Além disso, o 210 x
índice de abstenções entre os homens foi de 6% e de
9% entre as mulheres, ou seja, 94% dos homens e 91% Na coluna em que aparece a variável x (“litros de ál-
das mulheres compareceram a votação, onde 94%M cool”), vamos colocar uma flecha:
= 91%F ou 0,94M = 0,91F. Assim, para determinar o
número de eleitores de cada sexo temos os seguinte
sistema para resolver:
F + M = 18500

0,94M = 0,91F
0,91
Da segunda equação, temos que M = 0,94 F . Agora, Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo
substituindo M na primeira equação do sistema en- de álcool também duplica. Então, as grandezas distân-
contra-se F = 9400 e por fim determina-se M = 9100 cia e litros de álcool são diretamente proporcionais. No
esquema que estamos montando, indicamos esse fato
2. (UFMG 2017) Uma pessoa comprou, fora do Brasil, colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo
um produto por U$S 80,00 Sobre esse valor foi cobra- sentido da flecha da coluna “litros de álcool”:
da uma taxa de 45% (frete) para o envio da mercadoria.
Chegando ao Brasil, esse produto foi tarifado com 15%
de imposto sobre importação que incidiu sobre o valor
do produto e do frete. Desta forma, o aumento percen-
tual do produto em relação ao preço de compra foi de,
aproximadamente,

a) 12
b) 37
c) 60 Armando a proporção pela orientação das flechas,
d) 67 temos:

180 15
Resposta: Letra D. Considerando o valor de U$S 80,00 = → 180x = 15 � 210
para o produto, temos: 210 𝑥
Valor com a taxa de 45%: 80+80∙0,45=80∙1,45
Valor com a tarifa de 15% 80∙1,45+80∙1,45∙0,15=80∙1,67 → 180x = 3150 → x = 3150/180 → x = 17,5
Portanto, o aumento percentual será dado por:
80∙1,67-80 ou seja 67% de 80.
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.

REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA


#FicaDica
Procure manter essa linha de raciocínio nos
Regra de Três Simples diversos problemas que envolvem regra de
MATEMÁTICA

três simples ! Identifique as variáveis, verifi-


Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
que qual é a relação de proporcionalidade e
mente ou inversamente proporcionais podem ser resol-
siga este exemplo !
vidos através de um processo prático, chamado regra de
três simples.

12
Ex: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h, Resposta: Letra B. As grandezas (comprimento e pre-
eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando ço) são diretamente proporcionais. Assim, a regra de
a velocidade para 80 km/h, em quanto tempo farei esse três é direta:
percurso?
Solução: Indicando por x o número de horas e colo- Metros Preço
cando as grandezas de mesma espécie em uma mesma
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se cor- 1 12
respondem em uma mesma linha, temos: 0,02 x

Velocidade (km/h) Tempo (h) 1 � x = 0,02 � 12 → x = R$ 0,24


60 4 Note que foi necessário passar 2 cm para metros, para
80 x que as unidades de comprimento fiquei iguais. Assim,
cada 2 cm custaram R$ 0,24 para o vendedor. Como
Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), va- ele vendeu 4 m de tecido, esses 2 cm não foram con-
mos colocar uma flecha: siderados quatro vezes. Assim, ele deixou de ganhar
4∙0,24=R$ 0,96

2. Para se construir um muro de 17m² são necessários 3


trabalhadores. Quantos trabalhadores serão necessários
para construir um muro de 51m²?

Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo Resposta: 9 trabalhadores.


fica reduzido à metade. Isso significa que as grandezas As grandezas (área e trabalhadores) são diretamente
velocidade e tempo são inversamente proporcionais. No proporcionais. Assim, a regra de três é direta:
nosso esquema, esse fato é indicado colocando-se na
coluna “velocidade” uma flecha em sentido contrário ao Área N Trabalhadores
da flecha da coluna “tempo”:
17 3
51 x
17 � x = 51 � 3 → x = 9 trabalhadores

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

Na montagem da proporção devemos seguir o senti- O processo usado para resolver problemas que en-
do das flechas. Assim, temos: volvem mais de duas grandezas, diretamente ou inversa-
mente proporcionais, é chamado regra de três composta.
4 80
= 60 → 80x = 4 � 60
𝑥 Ex: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças. Em
→ 80x = 240 → x = 240/80 → x = 3 quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produzi-
riam 300 dessas peças?
Solução: Indiquemos o número de dias por x. Co-
Resposta: Farei esse percurso em 3 h. loquemos as grandezas de mesma espécie em uma só
coluna e as grandezas de espécies diferentes que se
correspondem em uma mesma linha. Na coluna em que
aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CBTU – ASSISTENTE OPERACIONAL – FU-


MARC/2016) Dona Geralda comprou 4 m de tecido im-
portado a R$ 12,00 o metro linear. No entanto, o metro
linear do lojista media 2 cm a mais. A quantia que o lojis- Comparemos cada grandeza com aquela em que está
ta deixou de ganhar com a venda do tecido foi: o x.

As grandezas peças e dias são diretamente propor-


MATEMÁTICA

a) R$ 0,69
b) R$ 0,96 cionais. No nosso esquema isso será indicado colocan-
c) R$ 1,08 do-se na coluna “peças” uma flecha no mesmo sentido
d) R$ 1,20 da flecha da coluna “dias”:

13
Resposta: Letra B. A tabela com os dados do enun-
ciado fica:

Digitadores Formulários Linhas Horas


40 2400 12 2,5
x 5616 18 3
As grandezas máquinas e dias são inversamente pro-
porcionais (duplicando o número de máquinas, o número Comparando-se as grandezas duas a duas, nota-se
de dias fica reduzido à metade). No nosso esquema isso que:
será indicado colocando-se na coluna (máquinas) uma Digitadores e formulários são diretamente propor-
flecha no sentido contrário ao da flecha da coluna “dias”: cionais, pois se o número de digitadores aumenta, a
quantidade de formulários que pode ser digitada tam-
bém aumenta.
Digitadores e linhas são diretamente proporcionais,
pois se a quantidade de digitadores aumenta, o núme-
ro de linhas que pode ser digitado também aumenta.
Digitadores e horas são inversamente proporcionais,
pois se o número de horas trabalhadas aumenta, en-
tão são necessários menos digitadores para o serviço
e, portanto, a quantidade de digitadores diminui.
Agora vamos montar a proporção, igualando a razão
que contém o x, que é 4 , com o produto das outras ra- A regra de três fica:
x
zões, obtidas segundo a orientação das flechas 6 � 160 :
8 300
40 2400 12 3
= � �
x 5616 18 2,5
40 86400
→ =
x 252720
→ 86500x = 10108800
→ x = 117 digitadores

2. Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20


Resposta: Em 10 dias. carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados
por 4 homens em 16 dias?

FIQUE ATENTO! Resposta:


Repare que a regra de três composta, em-
bora tenha formulação próxima à regra de Homens Carrinhos Dias
três simples, é conceitualmente distinta de- 8 20 5
vido à presença de mais de duas grandezas
proporcionais. 4 x 16

Observe que, aumentando o número de homens, a


produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação
é diretamente proporcional (não precisamos inverter
EXERCÍCIOS COMENTADOS a razão).
Aumentando o número de dias, a produção de carri-
nhos aumenta. Portanto a relação também é direta-
1. (SEDUC-SP - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA IN- mente proporcional (não precisamos inverter a razão).
FORMAÇÃO – VUNESP/2014) Quarenta digitadores Devemos igualar a razão que contém o termo x com o
preenchem 2 400 formulários de 12 linhas, em 2,5 ho- produto das outras razões.
ras. Para preencher 5 616 formulários de 18 linhas, em 3 Montando a proporção e resolvendo a equação, te-
horas, e admitindo-se que o ritmo de trabalho dos digi- mos:
tadores seja o mesmo, o número de digitadores neces-
sários será: 20 8 5
= �
π 4 16
MATEMÁTICA

a) 105
b) 117 20 � 4 � 16
c) 123 x= = 32
d) 131
8�5
e) 149 Logo, serão montados 32 carrinhos.

14
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES E PONDERADA

Estatística

Definições Básicas

Estatística: ciência que tem como objetivo auxiliar na tomada de decisões por meio da obtenção, análise, organi-
zação e interpretação de dados.

População: conjunto de entidades (pessoas, objetos, cidades, países, classes de trabalhadores, etc.) que apresen-
tem no mínimo uma característica em comum. Exemplos: pessoas de uma determinada cidade, preços de um produto,
médicos de um hospital, estudantes que prestam determinado concurso, etc.

Amostra: É uma parte da população que será objeto do estudo. Como em muitos casos não é possível estudar a
população inteira, estuda-se uma amostra de tamanho significativo (há métodos para determinar isso) que retrate o
comportamento da população. Exemplo: pesquisa de intenção de votos de uma eleição. Algumas pessoas são entre-
vistadas e a pesquisa retrata a intenção de votos da população.

Variável: é o dado a ser analisado. Aqui, será chamado de e cada valor desse dado será chamado de . Essa variável
pode ser quantitativa (assume valores) ou qualitativa (assume características ou propriedades).

Medidas de tendência central

São medidas que auxiliam na análise e interpretação de dados para a tomada de decisões. As três medidas de ten-
dência central são:

Média aritmética simples:∑xi razão entre a soma de todos os valores de uma mostra e o número de elementos da
amostra. Expressa por x
� .=
Calculada por:
n
∑xi
x� =
n
Média aritmética ponderada: muito parecida com média aritmética simples, porém aqui cada variável tem um
peso diferente pi que é levado em conta no cálculo da média.
∑xi pi
x� =
∑pi

Mediana: valor que divide a amostra na metade. Em caso de número para de elementos, a mediana é a média entre
os elementos intermediários

Moda: valor que aparece mais vezes dentro de uma amostra.


Ex: Dada a amostra {1,3,1,2,5,7,8,7,6,5,4,1,3,2} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução
Média:
1 + 3 + 1 + 2 + 5 + 7 + 8 + 7 + 6 + 5 + 4 + 1 + 3 + 2 55
x� = = = 3,92
14 14
Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente:
{1,1,1,2,2,3,3,4,5,5,6,7,7,8}

Como a amostra tem 14 valores (número par), os elementos intermediários são os 7º e 8º elementos. Nesse exem-
plo, são os números 3 e 4. Portanto, a mediana é a média entre eles: 3+4 7
MATEMÁTICA

2
= 2 = 3,5
Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 1 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: Dada a amostra {2,4,8,10,15,6,9,11,7,4,15,15,11,6,10} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução:

15
Média:
2 + 4 + 8 + 10 + 15 + 6 + 9 + 11 + 7 + 4 + 15 + 15 + 11 + 6 + 10 133
x� = = = 8,867
15 14
Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente
{2,4,4,6,6,7,8,9,10,10,11,11,15,15,15}
Como a amostra tem 15 valores (número par), o elemento intermediário é o 8º elemento. Logo, a mediana é igual
a 9.

Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 15 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: A média de uma disciplina é calculada por meio da média ponderada de três provas. A primeira tem peso 3, a
segunda tem peso 4 e a terceira tem peso 5. Calcule a média de um aluno que obteve nota 8 na primeira prova, 5 na
segunda e 6 na terceira.

Solução:
Trata-se de um caso de média aritmética ponderada.
∑xi pi 3 ∙ 8 + 4 ∙ 5 + 5 ∙ 6 74
x� = = = = 6,167
∑pi 3+4+5 12

Tabelas e Gráficos

Tabelas
Tabelas podem ser utilizadas para expressar os mais diversos tipos de dados. O mais importante é saber interpretá-
-las e para isso é conveniente saber como uma tabela é estruturada. Toda tabela possui um título que indica sobre o
que se trata a tabela. Toda tabela é dividida em linhas e colunas onde, no começo de uma linha ou de uma coluna, está
indicado qual o tipo de dado que aquela linha/coluna exibe.
Ex:
Tabela 1 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso

Curso Número de Estudantes


Administração 2000
Arquitetura 1450
Direito 2500
Economia 1800
Enfermagem 800
Engenharia 3500
Letras 750
Medicina 1500
Psicologia 1000
TOTAL 15300

Nesse caso, as colunas são: curso e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da Universi-
dade com o respectivo número de alunos de cada curso.
MATEMÁTICA

16
Tabela 2 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso e gênero

Curso Gênero Número de Estudantes


Homem 1200
Administração
Mulher 800
Homem 850
Arquitetura
Mulher 600
Homem 1600
Direito
Mulher 900
Homem 800
Economia
Mulher 1000
Homem 350
Enfermagem
Mulher 450
Homem 2500
Engenharia
Mulher 1000
Homem 200
Letras
Mulher 550
Homem 700
Medicina
Mulher 800
Homem 400
Psicologia
Mulher 600
TOTAL 15300

Nesse caso, as colunas são: curso, gênero e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da
Universidade com o respectivo número de alunos de cada curso separados por gênero.

#FicaDica
Acima foram exibidas duas tabelas como exemplos. Há uma infinidade de tabelas cada uma com sua par-
ticularidade o que torna impossível exibir todos os tipos de tabelas aqui. Porém em todas será necessário
identificar linhas, colunas e o que cada valor exibido representa.

Gráficos

Para falar de gráficos em estatística é importante apresentar o conceito de frequência.

Frequência: Quantifica a repetição de valores de uma variável estatística.

Tipos de frequência

Absoluta: mede a quantidade de repetições.


Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência absoluta:

fi = 4
Relativa: Relaciona a quantidade de repetições com o total (expresso em porcentagem)
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência relativa:
6
fr = ∙ 100 = 20%
30
MATEMÁTICA

Tipos de Gráficos

Gráficos de coluna: gráficos que têm como objetivo atribuir quantidades a certos tipos de grupos. Na horizontal
são apresentados os grupos (dados qualitativos) dos quais deseja-se apresentar dados enquanto na vertical são apre-
sentados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos ou frequências absolutas)

17
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo
todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de Estudantes da Universidade ALFA ao longo de 10 anos
estudantes separados pelos seus continentes de origem:
2500

Estudantes da Universidade ALFA 2000

700 1500

600
1000
500
500
400
0
300
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
200

100 Gráficos em pizzas: gráficos nos quais são expressas


0 relações entre grandezas em relação a um todo. Nesse
América do América do América Europa Ásia África Oceania gráfico é possível visualizar a relação de proporcionalida-
de entre as grandezas. Recebe esse nome pois lembram
Norte Sul Central

uma pizza pelo formato redondo com seus pedaços (fre-


Gráficos de barras: gráficos bastante similares aos quências relativas).
de colunas, porém, nesse tipo de gráfico, na horizontal
são apresentados os valores referentes a cada grupo (da- Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo
dos quantitativos) enquanto na vertical são apresentados todo. A seguir há um gráfico que mostra a distribuição de
os grupos (dados qualitativos) estudantes de acordo com seus continentes de origem

Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo


todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem: Estudantes da Universidade ALFA
30

150
Estudantes da Universidade ALFA 260 630

Oceania

África 440

Ásia
520
150
Europa

América Central
América do Norte América do Sul América Central Europa Ásia África Oceania
América do Sul
Ex: Foi feito um levantamento do idioma falado pelos
América do Norte
alunos de um curso da Universidade ALFA.
0 100 200 300 400 500 600 700
Frequências absolutas:
Gráficos de linhas: gráficos nos quais são exibidas
séries históricas de dados e mostram a evolução dessas
séries ao longo do tempo.

Ex: A Universidade ALFA tem 10 anos de existências


e seu reitor apresentou um gráfico mostrando o número
de alunos da Universidade ao longo desses 10 anos.
MATEMÁTICA

18
Frequências relativas: 2. (UFC - 2016) A média aritmética das notas dos alunos
de uma turma formada por 25 meninas e 5 meninos é
igual a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos
é igual a 6, a média aritmética das notas das meninas é
igual a:

a) 6,5
b) 7,2
c) 7,4
d) 7,8
e) 8,0

Resposta: Letra B. Primeiramente, será identificada a


soma das notas dos meninos por x e a da nota das
meninas por y. Se a turma tem 5 meninos e a média
aritmética de suas notas é igual a 6, então a soma das
notas dos meninos (x) dividida pela quantidade de
meninos (5) deve ser igual a 6, isto é:
x
= 6
EXERCÍCIOS COMENTADOS 5
x = 6 ∙ 5
1. (SEGEP-MA - Técnico da Receita Estadual – x = 30
FCC/2016) Três funcionários do Serviço de Atendimento
ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que Do mesmo modo, se a turma tem 25 meninas
atribuíram uma nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento (Me é a média aritmética de suas notas), o quociente
recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses da soma das notas das meninas (y) e a quantidade de
funcionários em um determinado dia. meninas (25) deve ser igual a Me, isto é:
(x + y)/(25+5) = 7
y = 25∙Me
Para calcular a média da turma, devemos somar as no-
tas dos meninos (30) às notas das meninas (y) e dividir
pela quantidade de alunos (25 + 5 = 30). O resultado
deverá ser 7. Sendo assim, temos:

x + y
Considerando a totalidade das 95 avaliações desse dia, = 7
é correto afirmar que a média das notas dista da moda 25 + 5
dessas mesmas notas um valor absoluto, aproximada- 30 + 25 ∙ Me
mente, igual a: = 7
30
a) 0,33 30 + 25 ∙ Me = 7 • 30
b) 0,83
c) 0,65 30 + 25 ∙ Me = 210
d) 0,16
e) 0,21 25 ∙ Me = 210 – 30
25 ∙ Me = 180
Resposta: Letra C Trata-se de um caso de média arit-
mética ponderada. Considerando as 95 avaliações, o Me = 7,2
peso de cada uma das notas é igual ao total de pes-
soas que atribuiu a nota. Analisando a tabela Portanto, a média aritmética das notas das meninas
8 pessoas atribuíram nota 1 é 7,2.
18 pessoas atribuíram nota 2
21 pessoas atribuíram nota 3
29 pessoas atribuíram nota 4 JUROS SIMPLES
19 pessoas atribuíram nota 5
Assim, a média das 95 avaliações é calculada por:

8 ∙ 1 + 18 ∙ 2 + 21 ∙ 3 + 29 ∙ 4 + 19 ∙ 5 318 Juros Simples


x� = = = 3,34
MATEMÁTICA

8 + 18 + 21 + 29 + 19 95
Toda vez que falamos em juros estamos nos referindo
a uma quantia em dinheiro que deve ser paga por um
devedor, pela utilização de dinheiro de um credor (aque-
le que empresta).

19
1. Nomenclatura
#FicaDica
a) Os juros são representados pela letra J.
b) O dinheiro que se deposita ou se empresta chama- Para evitar essa sequência de cálculos toda
mos de capital e é representado pela letra C. vez que vamos calcular os juros simples,
c) O tempo de depósito ou de empréstimo é repre- existe uma fórmula que quantifica o total de
juros simples do período, e ela está apresen-
sentado pela letra t.
tada abaixo:
d) A taxa de juros é a razão centesimal que incide
sobre um capital durante certo tempo. É represen-
J=C ∙ i ∙ t
tado pela letra i e utilizada para calcular juros.
Além disso, quando quisermos saber o to-
Chamamos de simples os juros que são somados ao
tal que será pago de um empréstimo, ou o
capital inicial no final da aplicação.
quanto se resgatará do investimento, o qual
definimos como Montante (M), basta somar
o capital com os juros, usando o conceito
FIQUE ATENTO! fundamental da matemática financeira:
Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa
mesma unidade: M=C+J
Taxa anual --------------------- tempo em anos Ou
Taxa mensal-------------------- tempo em meses M=C(1+i . t)
Taxa diária---------------------- tempo em dias

Exemplo: Uma pessoa empresta a outra, a juros sim-


ples, a quantia de R$ 3000,00, pelo prazo de 4 meses, à EXERCÍCIOS COMENTADOS
taxa de 2% ao mês. Quanto deverá ser pago de juros?

Resolução: 1. Um investidor possui R$ 80.000,00. Ele aplica 30% des-


se dinheiro em um investimento que rende juros sim-
- Capital aplicado (C): R$ 3.000,00 ples a uma taxa de 3% a.m., durante 2 meses, e aplica
- Tempo de aplicação (t): 4 meses o restante em investimento que rende 2% a.m., durante
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês) 2 meses também. Ao fim desse período, esse investidor
possui:
Fazendo o cálculo, mês a mês:
a) R$ 83.680,00
No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 R$ b) R$ 84.000,00
3.000,00 = R$ 60,00 c) R$ 84.320,00
No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ d) R$ 84.400,00
60,00 + R$ 60,00 = R$ 120,00 e) R$ 88.000,00
No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$
120,00 + R$ 60,00 = R$ 180,00 Resposta: Letra A Temos neste problema um capital
No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ sendo investido em duas etapas. Vamos realizar os
180,00 + R$ 60,00 = R$ 240,00 cálculos separadamente:

1º investimento
30% de R$ 80.000,00 = R$ 24.000,00 valor a ser inves-
tido a uma taxa i = 3% a.m., durante um período t = 2
meses. Lembrando que i = 3% = 0,03.
Cálculo dos juros J, onde : J=C ∙ i ∙ t:
J = 24000 ∙ (0,03) ∙ 2 = 1440.
Juros do 1º investimento = R$ 1440,00.

2º investimento
R$ 80.000,00 – R$ 24.000,00 = R$ 56.000,00 valor a ser
investido a uma taxa i = 2% a.m., durante um período
t = 2 meses.
J = 56000 ∙ (0,02) ∙ 2 = 2240.
MATEMÁTICA

Juros do 2º investimento = R$ 2.240,00.


Portanto, o montante final será de
R$ 80.00,00 + R$ 1.440,00 + R$ 2.240,00 = R$ 83.680,00.

20
2. Calcule o montante resultante da aplicação de Regra 5 – Simplificar as expressões em ambos os
R$70.000,00 à taxa de 10,5% a.a. durante 145 dias. membros
Regra 5 – Isolar a incógnita no 1º membro
Resposta:
M = P ∙ ( 1 + (i∙t) ) Exemplo: Resolva a equação 5x − 4 = 2x + 8
M = 70000 [1 + (10,5/100)∙(145/360)] = R$72.960,42
As regras 1 e 2 não se aplicam pois não há parênteses,
Observe que expressamos a taxa i e o período t na
mesma unidade de tempo, ou seja, anos. Daí ter divi- nem frações. Aplicando a regra 3, transfere-se o termo
dido 145 dias por 360, para obter o valor equivalente “2x” para o 1º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo
em anos, já que um ano comercial possui 360 dias. no 1º membro com o sinal trocado:

5x − 4 − 2x = 8
Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-4” para o
EQUAÇÃO DE 1º E 2º GRAUS 2º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo no 1º mem-
bro com o sinal trocado:
5x − 2x = 8 + 4
Equação do 1º Grau
Aplicando a regra 5, simplifica-se as expressões em
Uma equação é uma igualdade na qual uma ou mais ambos os membros. Simplificar significa “juntar” todos
variáveis, conhecidas por incógnitas, são desconhecidas. os termos com incógnitas em um único termo no 1º
Resolver uma equação significa encontrar o valor das in-
membro e fazer o mesmo com todos os temos que con-
cógnitas. Equações do primeiro grau são equações onde
tenham somente números no 2º membro:
há somente uma incógnita a ser encontrada e seu ex-
poente é igual a 1. A forma geral de uma equação do 3x = 12
primeiro grau é:
ax + b = 0 Aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no 1º mem-
bro. Para isso, divide-se ambos os lados da equação por
3, fazendo com que no 1º membro reste apenas :
Onde a e b são números reais.

O “lado esquerdo” da equação é denominado 1º 3x 12 12


= →x= → x = 4 → S = {4�
membro enquanto o “lado direito” é denominado 2º 3 3 3
membro.
2x
Exemplo: Resolva a equação +2 x−4 = x+1
3
#FicaDica Aplicando a regra 1, eliminam-se os parênteses. Para
Para resolver uma equação do primeiro grau, isso, aplica-se a distributiva no termo com parênteses:
costuma-se concentrar todos os termos que 2x
contenham incógnitas no 1º membro e to- + 2x − 8 = x + 1
3
dos os termos que contenham somente nú-
meros no 2º membro.
Aplicando a regra 2, igualam-se os denominadores
de todos os termos. Nessa equação, o denominador co-
mum é “3”:
FIQUE ATENTO! 2x 6x 24 3x 3
Há diversas formas de equações do primeiro + − = +
3 3 3 3 3
grau e a seguir serão apresentados alguns
deles. Antes, há uma lista de “regras” para a
solução de equações do primeiro grau: Como há o mesmo denominador em todos os ter-
mos, eles podem ser “cortados”:

Regra 1 – Eliminar os parênteses 2x + 6x − 24 = 3x + 3


Regra 2 – Igualar os denominadores de todos os ter-
mos caso haja frações Aplicando a regra 3, transfere-se o termo “3x” para o
MATEMÁTICA

Regra 3 – Transferir todos os termos que contenham 1º membro:


incógnitas para o 1º membro
Regra 4 – Transferir todos os termos que contenham 2x + 6x − 3x − 24 = 3
somente números para o 2º membro

21
Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-24” para EQUAÇÃO DO 2º GRAU
o 2º membro:
Equações do segundo grau são equações nas quais
2x + 6x − 3x = 24 + 3
o maior expoente de é igual a 2. Sua forma geral é ex-
Aplicando a regra 5, simplificam-se as expressões em pressa por:
ambos os membros:
ax 2 + bx + c = 0
5x = 27
Onde e são números reais e . Os números a, b e c são
Por fim, aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no chamados coeficientes da equação:
1º membro: - a é sempre o coeficiente do termo em x².
27 27 - b é sempre o coeficiente do termo em x.
x= →S= - c é sempre o coeficiente ou termo independente.
5 5

Equação completa e incompleta

EXERCÍCIOS COMENTADOS - Quando b ≠ e c ≠ , a equação do 2º grau se diz


completa.
1. Calcule:
Exs:
a) −3x – 5 = 25
2
5x – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b = – 8, c = 3).
2
y + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = 12, c = 20).

1
b) 2x − =3 Quando b=0 ou c=0 ou b=c=0, a equação do 2º grau
2
se diz incompleta.

Resposta: Exs:

a)
2

−3x – 5 = 25 x – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81).


2
10t + 2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).
⟹ −3x − 5 + 5 = 25 + 5 2
5y = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
⟹ −3x = 30
−3x 30 Todas essas equações estão escritas na forma
⟹ = ⟹ x = −10 ax 2 + bx + c = 0 , que é denominada forma
−3 −3
normal ou forma reduzida de uma equação do 2º grau
com uma incógnita.
b) 1 Há, porém, algumas equações do 2º grau que não
2x –
=3
2 estão escritas na forma ax 2 + bx + c = 0 ; por meio
1 1 1 de transformações convenientes, em que aplicamos o
⟹ 2x − + = 3 +
2 2 2 princípio aditivo para reduzi-las a essa forma.

7 2x 7 Ex:
⟹ 2x = ⟹ = Dada a equação: 2x 2 – 7x + 4 = 1 – x 2 , vamos es-
2 2 4
7 crevê-la na forma normal ou reduzida.
⟹x=
4
2x 2 – 7x + 4 – 1 + x 2 = 0
2. Encontre o valor de x que satisfaz a equação 2x 2 + x 2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x + 24 = −5x 3x 2 – 7x + 3 = 0

Resolução de Equações do 2º Grau: Fórmula de


Resposta: Bháskara
3x + 24 = −5x Para encontras as soluções de equações do segundo
⟹ 3x + 5x + 24 = 0 − 5x + 5x grau, é necessário conhecer seu discriminante, represen-
tado pela letra grega Δ (delta).
MATEMÁTICA

⟹ 8x = −24
⟹ x = −3 Δ = b2 − 4 � a � c

22
Como o discriminante não é negativo, aplica-se a re-
FIQUE ATENTO! gra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara:
O discriminante fornece importantes informa-
ções de uma equação do 2ª grau:
−b ± Δ − −4 ± 0 4 ± 0 4
Se Δ > 0 → A equação possui duas raízes reais e distintas x= = = = =2
2a 2×1 2 2
Se Δ = 0 → A equação possui duas raízes reais e idênticas
Se Δ < 0 → A equação não possui raízes reais
Assim, S={2}

Note que, como o discriminante é nulo, a equação


A solução é dada pela Fórmula de Bháskara: possui duas raízes reais e idênticas iguais a 2.
−b ± Δ , válida para os casos onde Δ > 0 ou
x= .
Δ=0
2a Exemplo: Resolva a equação x 2 − 4x + 4 = 0
Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=2 e c=3
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
#FicaDica
Δ = b2 − 4 � a � c = 2 2
− 4 � 1 � 3 = 4 − 12 = −8
Para utilizar a Fórmula de Bháskara a equa-
Como o discriminante é negativo, a equação não pos-
ção deve estar obrigatoriamente no formato
sui raízes reais.
ax 2 + bx + c = 0 . Caso não esteja, é
Assim, S= ∅ (solução vazia).
necessário colocar a equação nesse formato
para, em seguida, aplicar a fórmula!

Quando b=0 diz-se que as raízes das equações são EXERCÍCIOS COMENTADOS
simétricas.
1. Determine os valores de x que satisfazem:
As regras para solução de uma equação do 2º grau
são as seguintes:
2
x − 2x − 5 = 0
Regra 1 – Identificar os números e
Regra 2 – Calcular o discriminante
Regra 3 – Caso o discriminante não seja negativo, uti- Resposta:
lizar a Fórmula de Bháskara
x ′ = 1 − 6 e x′′ = 1 + 6.
Exemplo: Resolva a equação
Aplicando a regra 1, identifica-se: , e 2

Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante: x − 2x − 5 = 0


Δ = −2 2 − 4 � −5 � 1 = 4 + 20 = 24
Como o discriminante não é negativo, aplica-se a re- − −2 ± 24 2±2 6
gra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara: x= 2�1
= 2 =1± 6
Assim, as raízes x′ e x′′ são:
Assim,
x′ = 1 − 6 e x′′ = 1 + 6
Exemplo: Resolva a equação x − x − 6 = 0
2

Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=-1 e c=-6


Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante: 2. Determine os valores de x que satisfazem:

Δ = b2 − 4 � a � c = −1 2 − 4 � 1 � −6 = 1 + 24 = 25 x 2 − 2x + 5 = 0

Como o discriminante não é negativo, aplica-se a regra 3, Resposta:


que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara: x2 - 2x -5 = 0
Δ=(-2)2-4∙(5)∙(1)=4-20=-16
Então, como não existe solução real para o cálculo da
raiz quadrada de 16,nenhum
valor de x satistaz a equação.
Não existe solução em R.
Assim, S= {-2, 3}
MATEMÁTICA

Exemplo: Resolva a equação x2-4x+4=0


Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=-4 e c=4
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
Δ = b2 − 4 � a � c = −4 2
− 4 � 1 � 4 = 16 − 16 = 0

23
SISTEMA DE EQUAÇÃO DE 1º GRAU

Sistemas de Equações

Um sistema de equações é constituído por um con-


junto de equações que apresentam mais de uma incóg-
nita. Para resolver um sistema é necessário encontrar os
valores que satisfaçam simultaneamente todas as equa- Agora que encontramos o valor do y, podemos subs-
ções. tituir esse valor da primeira equação, para encontrar o
Um sistema é chamado do 1º grau, quando o maior valor do x:
expoente das incógnitas, que integram as equações, é
igual a 1 e não existe multiplicação entre essas incógni-
tas.

Como resolver um sistema de equações do 1º


grau? Assim, a solução para o sistema dado é o par orde-
Podemos resolver um sistema de equações do 1º nado (8, 4). Repare que esse resultado tornam ambas as
grau, com duas incógnitas, usando o método da substi- equações verdadeiras, pois 8 + 4 = 12 e 3.8 - 4 = 20.
tuição ou o da soma.
Método da Adição
Método da substituição No método da adição buscamos juntar as duas equa-
Esse método consiste em escolher uma das equações ções em uma única equação, eliminando uma das incóg-
e isolarmos uma das incógnitas, para determinar o seu nitas.
valor em relação a outra incógnita. Depois, substituímos Para isso, é necessário que os coeficientes de uma das
esse valor na outra equação. incógnitas sejam opostos, isto é, devem ter o mesmo va-
Desta forma, a segunda equação ficará com uma úni- lor e sinais contrários.
ca incógnita e, assim, poderemos encontrar o seu valor
final. Para finalizar, substituímos na primeira equação o Exemplo
valor encontrado e, assim, encontramos também o valor Para exemplificar o método da adição, vamos resolver
da outra incógnita. o mesmo sistema anterior:

Exemplo
Resolva o seguinte sistema de equações:

Note que nesse sistema a incógnita y possui coefi-


cientes opostos, ou seja, 1 e - 1. Então, iremos começar
a calcular somando as duas equações, conforme indica-
mos abaixo:
Resolução
Vamos começar escolhendo a primeira equação do
sistema, que é a equação mais simples, para isolar o x.
Assim temos:

Ao anular o y, a equação ficou apenas com o x, por-


tanto agora, podemos resolver a equação:
MATEMÁTICA

Para encontrar o valor do y, basta substituir esse valor


em uma das duas equações. Vamos substituir na mais
Após substituir o valor de x, na segunda equação, po- simples:
demos resolvê-la, da seguinte maneira:

24
Note que o resultado é o mesmo que já havíamos Classificação dos sistemas de equações
encontrado, usando o método da substituição.
Quando as equações de um sistema não apresentam Um sistema do 1º grau, com duas incógnitas x e y,
incógnitas com coeficientes opostos, podemos multipli- formado pelas equações a1x + b1y = c1 e a2x + b2y = c2,
car todos os termos por um determinado valor, a fim de terá a seguinte classificação: possível e determinado,
tornar possível utilizar esse método. possível e indeterminado e impossível.

Por exemplo, no sistema abaixo, os coeficientes de x e O sistema será possível e determinado quando apre-
de y não são opostos: sentar uma única solução. Isso acontecerá quando:

Quando o sistema apresentar infinitas soluções, será


Portanto, não podemos, inicialmente, anular nenhu-
classificado como possível e indeterminado. A condição
ma das incógnitas. Neste caso, devemos multiplicar por
para que um sistema seja desse tipo é:
algum número que transforme o coeficiente em um nú-
mero oposto do coeficiente da outra equação.
Podemos, por exemplo, multiplicar a primeira equa-
ção por - 2. Contudo, devemos ter o cuidado de multipli-
carmos todos os termos por - 2, para não modificarmos
a igualdade. Já os sistemas impossíveis, não possuem nenhuma
solução. Nesse tipo de sistema temos:
Assim, o sistema equivalente ao que queremos cal-
cular é:

Exemplo

Agora, é possível resolver o sistema por adição, con- Classifique o sistema abaixo:
forme apresentado abaixo:

Para identificar o tipo de sistema, vamos calcular a


razão entre os coeficientes das equações:

Logo, x = - 12, não podemos esquecer de substituir


esse valor em uma das equações para encontrar o valor
do y. Substituindo na primeira equação, temos:

Como
MATEMÁTICA

Então, o sistema é impossível.

Assim, a solução para o sistema é o par ordenado (- SITE


12, 60) https://www.todamateria.com.br/sistemas-de-equa-
coes/

25
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1) Cefet - RJ - 2016
Uma garrafa PET (politereftalato de etileno) com sua tampa custa sessenta centavos. Sabendo que a garrafa custa cin-
quenta centavos a mais que a tampa, quanto custa só a tampa?

a) R$ 0,05
b) R$ 0,15
c) R$ 0,25
d) R$ 0,35

Considerando x o valor da garrafa e y o valor da tampa, temos o seguinte sistema:

Resolvendo o sistema por adição, temos:

x = 0,55 , que é o valor da garrafa. Logo só a tampa custa 0,55-0,50 = 0,05


Resposta Alternativa a

2) Cefet - RJ - 2014
Se eu leio 5 páginas por dia de um livro, eu termino de ler 16 dias antes do que se eu estivesse lendo 3 páginas por dia.
Quantas páginas tem o livro?

a) 120
b) 125
c) 130
d) 135

Considerando x a quantidade de dias na 1ª situação; e y a quantidade de dias na 2ª situação, e que em ambas situ-
ações o número de páginas lidas é o mesmo, podemos formar o seguinte sistema:

Resolvendo o sistema por substituição, temos:


5 (y-16) = 3y
5y - 80 = 3y
5y - 3y = 80
2y = 80
y = 80/2 = 40

O número de páginas do livro será dado por 3.y, logo o livro tem 120 páginas.
Resposta Alternativa a

RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS: TABELAS E GRÁFICOS


MATEMÁTICA

“Prezado Candidato, o tópico acima foir abordado em: Média aritmética simples e ponderada.”

26
SISTEMAS DE MEDIDAS USUAIS

Sistema de Unidades de Medidas

O sistema de medidas e unidades existe para quantificar dimensões. Como a variação das mesmas pode ser gigan-
tesca, existem conversões entre unidades para melhor leitura.

Medidas de Comprimento

A unidade principal (utilizada no sistema internacional de medidas) de comprimento é o metro. Para medir dimen-
sões muito maiores ou muito menores que essa referência, surgiram seis unidades adicionais:

km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

A conversão de unidades de comprimento segue potências de 10. Para saber o quanto se deve multiplicar (ou di-
vidir), utiliza-se a regra do 10 c , onde c é o número de casas que se andou na tabela acima. Adicionalmente, se você
andou para a direita, o número deverá ser multiplicado, se andou para a esquerda, será dividido. As figuras a seguir
exemplificam as conversões:

Ex: Conversão de 2,3 metros para centímetros

km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)
1o passo:
Inicia-se
da unidade
que você
vai converter.

2o passo: Conte a
quantidade de casas
que você anda de uma
unidade para a outra. De
metro para centímetro
foram 2 casas.
km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)


MATEMÁTICA

27
Ex: Conversão de 125 000 mm para decâmetro:

km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)
1º passo: Inicia-se
da unidade que
você vai converter.

2º passo: Conte a quan-


tidade de casas que você
anda de uma unidade para
a outra. De milímetro para
decâmetro são 4 casas.
km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)

Medidas de Área (Superfície)

As medidas de área seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o metro
quadrado e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²


(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)

A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de 10c , utiliza-
-se a regra de 102c , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 2. A definição se multiplica
ou divide segue a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:

Ex: Conversão de 2 km² para m²

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²


(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)
1o passo:
Inicia-se
da unidade
que você
vai converter.
MATEMÁTICA

28
2º passo: Conte a
quantidade de casas que
você andou. Neste caso,
de km2 para m2, andou-
se 3 casas.
km² hm² dam² m² dm² cm² mm²
(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)

Ex: Conversão de 20 mm² para cm²

km² hm² dam² m² dm² cm² mm²


(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)
1o passo:
Inicia-se
da unidade
que você vai
converter.

2o passo: Conte a quantidade


de casas que você andou.
Neste caso, de mm2 para
cm2, andou-se 1 casa.
km² hm² dam² m² dm² cm² mm²
(kilômetro (hectômetro (decâmetro (metro (decímetro (centímetro (milímetro
quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado) quadrado)

Medidas de Volume (Capacidade)

As medidas de volume seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o
metro cúbico e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

c
A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de 10 , utiliza-se
a regra de 103c , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 3. A definição se multiplica ou
MATEMÁTICA

divide segue a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:

29
Ex: Conversão de 3,7 m³ para cm³

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)
1o passo:
Inicia-se
da unidade
que você vai
converter.

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

2o passo: Conte a
quantidade de
casas que você andou.
Neste caso, de m3
para cm3, forma2 casas.

Ex: Conversão de 50000 dm³ para m³

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)
1o passo:
Inicia-se
da unidade
que você vai
converter.

km³ hm³ dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(kilômetro (hectômetro- (decâmetro- (metro- (decímetro- (centímetro- (milímetro-
cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico) cúbico)

2o passo: Conte a
quantidade de ca-
sas que você an-
dou. Neste caso, de
m3 para dm3, an-
dou-se 1 casa.
MATEMÁTICA

kL hL dam³ m³ dm³ cm³ mm³


(quilolitro) (hectolitro) (decalitro) (litro) (decilitro) (centilitro) (mililitro)

30
Para essa tabela, o roteiro para converter unidades de medidas é o mesmo utilizado para as medidas anteriores. A
diferença é que para cada unidade à direita multiplica-se por 10 e para cada unidade à esquerda divide-se por 10 (igual
para unidades de comprimento).

Medidas de Massa

As medidas de massa segue a base 10, como as medidas de comprimento. A unidade principal é o grama (g) e suas
seis unidades complementares estão apresentadas a seguir:

kg hg dag g dg cg mg
(kilograma) (hectograma) (decagrama) (grama) (decígrama) (centígrama) (milígrama)

Os passos para conversão de unidades segue o mesmo das medidas de comprimento. Utiliza-se a regra do 10c ,
multiplicando se caminha para a direita e divide quando caminha para a esquerda.

FIQUE ATENTO!
Outras unidades importantes:
• Massa: A tonelada, sendo que 1 tonelada vale 1000 kg.
• Volume : O litro (l) que vale 1 decímetro cúbico (dm³) e o mililitro, que vale 1 cm³.
• Área: O hectare (ha) que vale 1 hectômetro quadrado (ou 10000 m²) e o alqueire, (varia de região para
região e normalmente a conversão desejada é dada na prova).

Medidas de Tempo

Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
2h = 2 ∙ 60min = 120 min = 120 ∙ 60s = 7 200s

Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica-se por 60.
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h
= 18min.

Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia,
na cartografia e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos, então:
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’)
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”)

Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. Há uma
coincidência de nomes, mas até os símbolos que os indicam são diferentes:
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante do dia.
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo.

#FicaDica
Por motivos óbvios, cálculos no sistema hora – minuto – segundo são similares a cálculos no sistema grau
– minuto – segundo, embora esses sistemas correspondam a grandezas distintas.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. Raquel saiu de casa às 13h 45min, caminhando até o curso de inglês que fica a 15 minutos de sua casa, e chegou na
hora da aula cuja duração é de uma hora e meia. A que horas terminará a aula de inglês?

a) 14h
MATEMÁTICA

b) 14h 30min
c) 15h 15min
d) 15h 30min
e) 15h 45min

31
Resposta: Letra D. Basta somarmos todos os valores
mencionados no enunciado do teste, ou seja: NOÇÕES DE GEOMETRIA; FORMA;
13h 45min + 15 min + 1h 30 min = 15h 30min
PERÍMETRO; ÁREA; VOLUME; ÂNGULO
Logo, a questão correta é a letra D.

2. 348 mm3 equivalem a quantos decilitros?


Introdução a Geometria Plana
Resposta: “0, 00348 dl”.
Como 1 cm3 equivale a 1 ml, é melhor dividirmos 348 Ponto, Reta e Plano
mm3 por mil, para obtermos o seu equivalente em
centímetros cúbicos: 0,348 cm3. A definição dos entes primitivos ponto, reta e plano
Logo 348 mm3 equivalem a 0, 348 ml, já que cm3 e ml se é quase impossível, o que se sabe muito bem e aqui será
equivalem. o mais importante é sua representação geométrica e es-
Neste ponto já convertemos de uma unidade de me- pacial.
dida de volume, para uma unidade de medida de ca-
pacidade. Representação, (notação)
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quan-
do então passaremos dois níveis à esquerda. Dividire-
→ Pontos serão representados por letras latinas mai-
mos então por 10 duas vezes:
úsculas; ex: A, B, C,…
0,348ml:10:100,00348dl
Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl. → Retas serão representados por letras latinas minús-
culas; ex: a, b, c,…
3. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados. → Planos serão representados por letras gregas mi-
núsculas; ex: β,∞,α,...
Resposta: 0, 00005 hm².
Para passarmos de decímetros quadrados para hectô- Representação gráfica
metros quadrados, passaremos três níveis à esquerda.
Dividiremos então por 100 três vezes:
50dm2:100:100:100 ⟹ 0,00005hm2
Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a es-
querda.
Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².

4. Passe 5.200 gramas para quilogramas.

Resposta: 5,2 kg.


Para passarmos 5.200 gramas para quilogramas, deve-
mos dividir (porque na tabela grama está à direita de
quilograma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passar-
mos de gramas para quilogramas saltamos três níveis
à esquerda.
Primeiro passamos de grama para decagrama, depois
de decagrama para hectograma e finalmente de hec-
tograma para quilograma:
5200g:10:10:10 ⟹ 5,2Kg Postulados primitivos da geometria, qualquer postu-
Isto equivale a passar a vírgula três casas para a es- lado ou axioma é aceito sem que seja necessária a prova,
querda. contanto que não exista a contraprova.
Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.
- Numa reta bem como fora dela há infinitos pontos
5. Converta 2,5 metros em centímetros. distintos.
- Dois pontos determinam uma única reta (uma e so-
Resposta: 250 cm. mente uma reta).
Para convertermos 2,5 metros em centímetros, deve-
mos multiplicar (porque na tabela metro está à es-
querda de centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para
passarmos de metros para centímetros saltamos dois
níveis à direita.
Primeiro passamos de metros para decímetros e de-
MATEMÁTICA

pois de decímetros para centímetros:


2,5m∙10∙10 ⟹ 250cm
Isto equivale a passar a vírgula duas casas para a di-
- Pontos colineares pertencem à mesma reta.
reita.
Logo, 2,5 m é igual a 250 cm.

32
Duas retas (segmentos de reta) no espaço R3 podem
ser: paralelas, concorrentes ou reversas.
Duas retas são ditas reversas quando uma não tem
interseção com a outra e elas não são paralelas. Pode-se
pensar de uma reta r desenhada no chão de uma casa e
uma reta s desenhada no teto dessa mesma casa.

- Três pontos determinam um único plano.

Uma reta é perpendicular a um plano no espaço R3, se


ela intersecta o plano em um ponto P e todo segmento
de reta contido no plano que tem P como uma de suas
extremidades é perpendicular à reta.

- Se uma reta contém dois pontos de um plano, esta


reta está contida neste plano.

Uma reta r é paralela a um plano no espaço R3, se


existe uma reta s inteiramente contida no plano que é
paralela à reta dada.
Seja P um ponto localizado fora de um plano. A dis-
tância do ponto ao plano é a medida do segmento de
reta perpendicular ao plano em que uma extremidade é
o ponto P e a outra extremidade é o ponto que é a inter-
seção entre o plano e o segmento.
- Duas retas são concorrentes se tiverem apenas um Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.
ponto em comum.

Planos concorrentes no espaço são planos cuja inter-


seção é uma reta.
Observe que r ∩ s = {H} . Sendo que H está contido Planos paralelos no espaço R3 são planos que não
na reta r e na reta s. tem interseção.
Quando dois planos são concorrentes, dizemos que
Um plano é um subconjunto do espaço R3 de tal tais planos formam um diedro e o ângulo formado en-
modo que quaisquer dois pontos desse conjunto podem tre estes dois planos é denominado ângulo diedral. Para
ser ligados por um segmento de reta inteiramente con- obter este ângulo diedral, basta tomar o ângulo forma-
tida no conjunto. do por quaisquer duas retas perpendiculares aos planos
Um plano no espaço pode ser determinado por qual- concorrentes.
quer uma das situações:
- Três pontos não colineares (não pertencentes à
mesma reta);
- Um ponto e uma reta que não contem o ponto;
- Um ponto e um segmento de reta que não contem
o ponto;
- Duas retas paralelas que não se sobrepõe;
MATEMÁTICA

- Dois segmentos de reta paralelos que não se so- Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um
brepõe; ângulo reto (90°).
- Duas retas concorrentes;
- Dois segmentos de reta concorrentes.

33
Razão entre Segmentos de Reta Teorema de Tales: Um feixe de retas paralelas de-
Segmento de reta é o conjunto de todos os pontos termina sobre duas transversais quaisquer, segmentos
de uma reta que estão limitados por dois pontos que são proporcionais. A figura abaixo representa uma situação
as extremidades do segmento, sendo um deles o ponto onde aparece um feixe de três retas paralelas cortadas
inicial e o outro o ponto final. Denotamos um segmento por duas retas transversais.
por duas letras como, por exemplo, AB, sendo A o início
e B o final do segmento.
Ex: AB é um segmento de reta que denotamos por AB.

Segmentos Proporcionais

Proporção é a igualdade entre duas razões equiva- Identificamos na sequência algumas proporções:
lentes. De forma semelhante aos que já estudamos com
números racionais, é possível estabelecer a proporcio- A B⁄B C = DE⁄E F
nalidade entre segmentos de reta, através das medidas B C⁄ A B = EF ⁄D E
desse segmentos. A B⁄D E = B C⁄ E F
Vamos considerar primeiramente um caso particular D E⁄ A B = E F ⁄B C
com quatro segmentos de reta com suas medidas apre-
sentadas na tabela a seguir: Ex: Consideremos a figura ao lado com um feixe de
retas paralelas, sendo as medidas dos segmentos indica-
m(AB) = 2cm m(PQ) =4 cm das em centímetros.
m(CD) = 3cm m(RS) = 6cm
A razão entre os segmentos AB e CD e a razão entre
os segmentos PQ e RS e , são dadas por frações equivalen-
tes, isto é A B⁄C D = 2⁄3; PQ/RS = 4/6 e como 2/3 = 4/6,
segue a existência de uma proporção entre esses quatro
segmentos de reta. Isto nos conduz à definição de seg-
mentos proporcionais.
Diremos que quatro segmentos de reta, AB, BC, CD e DE
, nesta ordem, são proporcionais se: A B⁄B C = C D⁄D E .
Os segmentos AB e DE são os segmentos extremos e
os segmentos BC e CD e são os segmentos meios.
A proporcionalidade acima é garantida pelo fato que
existe uma proporção entre os números reais que repre-
sentam as medidas dos segmentos: Assim:
m (AB) m (CD) B C⁄A B = E F⁄D E
=
m (BC ) m (DE) A B⁄D E = B C⁄E F
D E⁄A B = E F⁄B C
Feixe de Retas Paralelas

Um conjunto de três ou mais retas paralelas num pla- #FicaDica


no é chamado feixe de retas paralelas. A reta que inter-
cepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As Uma proporção entre segmentos pode
retas a, b, c e d que aparecem no desenho anexado, for- ser formulada de várias maneiras. Se um
mam um feixe de retas paralelas enquanto que as retas s dos segmentos do feixe de paralelas for
e t são retas transversais. desconhecido, a sua dimensão pode
ser determinada com o uso de razões
proporcionais.
MATEMÁTICA

34
Ângulos

Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego


- gonas; reunião de duas semi-retas de mesma origem
não colineares.

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do


que 90º.

Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do


que 90º.

Ângulo Raso:

- É o ângulo cuja medida é 180º;

Ângulo Central - É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

a) Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o cen-


tro da circunferência;
b) Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do Ângulo Reto:
polígono regular e cujos lados passam por vértices
consecutivos do polígono. - É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apóiam em retas perpendi-
culares.

Ângulos Complementares: Dois ângulos são comple-


Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não per- mentares se a soma das suas medidas é 900.
tence à circunferência e os lados são tangentes à ela.
MATEMÁTICA

Ângulo Inscrito: É o ângulo cujo vértice pertence a


uma circunferência e seus lados são secantes a ela. Ângulos Congruentes: São ângulos que possuem a
mesma medida.

35
Ângulos colaterais internos: O termo colateral signifi-
ca “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma destes
ângulos será sempre 180°

Ângulos Opostos pelo Vértice: Dois ângulos são


opostos pelo vértice se os lados de um são as respectivas
semi-retas opostas aos lados do outro.

Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos su-


plementares se a soma das suas medidas de dois ângulos Assim a soma dos ângulos 4 e 5 é 180° e a soma dos
é 180º. ângulos 3 e 6 também será 180°

Ângulos colaterais externos: O termo colateral signifi-


ca “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma destes
ângulos será sempre 180°

Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência


em 360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde
a 1/360 da circunferência denominamos de grau.

Ângulos formados por duas retas paralelas com


uma transversal

Lembre-se: Retas paralelas são retas que estão no


mesmo plano e não possuem ponto em comum.

Vamos observar a figura abaixo:

Assim a soma dos ângulos 2 e 7 é 180° e a soma dos


ângulos 1 e 8 também será 180°

Ângulos alternos internos: O termo alterno significa


lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre se-
MATEMÁTICA

rão congruentes
Todos esses ângulos possuem relações entre si, e elas
estão descritas a seguir:

36
Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 5, o ângulo 2 é
igual ao ângulo 6, o ângulo 3 é igual ao ângulo 7 e o
ângulo 4 é igual ao ângulo 8.
Assim, o ângulo 4 é igual ao ângulo 6 e o ângulo 3 é
igual ao ângulo 5
FIQUE ATENTO!
Ângulos alternos externos: O termo alterno significa
lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre se- Há cinco classificações distintas para os ân-
rão congruentes gulos formados por duas retas paralelas que
intersectam uma transversal. Então, procure
visualizar bem as imagens para associá-las a
cada classificação existente.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (CS-UFG-2016) Considere que a figura abaixo re-


presenta um relógio analógico cujos ponteiros das ho-
ras (menor) e dos minutos (maior) indicam 3 h e 40 min.
Nestas condições, a medida do menor ângulo, em graus,
formado pelos ponteiros deste relógio, é:

Assim, o ângulo 1 é igual ao ângulo 7 e o ângulo 2 é a) 120°


igual ao ângulo 8 b) 126°
c) 130°
Ângulos correspondentes: São ângulos que ocupam d) 132°
uma mesma posição na reta transversal, um na região
interna e o outro na região externa. Resposta: Letra C. Se o ponteiro das horas estivesse
no 4 daria 120 graus. Como ele está antes e se passou
MATEMÁTICA

40 minutos (2/3 de uma hora), então ele está 1/3 de


30° (10°) atrás. Se somarmos 120+ 10 = 130°

37
2. Na imagem a seguir, as retas u, r e s são paralelas e
cortadas por uma reta transversal. Determine o valor dos
ângulos x e y. Linha poligonal aberta
não-simples:

FIQUE ATENTO!
Polígono é uma linha fechada simples. Um
polígono divide o plano em que se encontra
em duas regiões (a interior e a exterior), sem
pontos comuns.

Resposta: x = 50° e y = 130° Elementos de um polígono


Facilmente observamos que os ângu-
los x e 50° são opostos pelo vértice, logo, x = 50°. Po-
demos constatar também que y e 50° são suplemen-
tares, ou seja:

50° + y = 180°
y = 180° – 50°
y = 130°
Portanto,os ângulos procurados são y = 130° e x = 50°

POLÍGONOS

Um polígono é uma figura geométrica plana limitada


por uma linha poligonal fechada. A palavra “polígono” Um polígono possui os seguintes elementos:
advém do grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos
(gon). Lados: Cada um dos segmentos de reta que une vér-
tices consecutivos: AB, BC, CD, DE, EA.
Linhas poligonais e polígonos
Vértices: Ponto de encontro de dois lados consecuti-
Linha poligonal é uma sucessão de segmentos conse- vos: A, B, C, D, E
cutivos e não-colineares, dois a dois. Classificam-se em: Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não
consecutivos: AC, AD, BD, BE, CE
Ângulos internos: Ângulos formados por dois lados
consecutivos: a� , b� , c� , d
� , e� .
Linha poligonal fechada
Ângulos externos: Ângulos formados por um lado
simples:
e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo:
a�1 , b1 , c1, d1 , e1

Classificação dos polígonos quanto ao número de la-


dos
Linha poligonal fechada
não-simples: Número de Número
Nome Nome
lados de lados
triângulo 3 quadrilátero 4
pentágono 5 hexágono 6
heptágono 7 octógono 8
Linha poligonal aberta
MATEMÁTICA

simples: eneágono 9 decágono 10


hendecá-
11 dodecágono 12
gono

38
tridecágo- tetradecá- A soma das medidas dos ângulos externos de um po-
13 14 lígono de n lados (Se) é igual a:
no gono
pentadecá- hexadecá-
15 16 360°
gono gono
Se =
heptadecá- octodecá- n
17 18
gono gono
Em um polígono convexo de n lados, o número de
eneadecá-
19 icoságono 20 triângulos formados por diagonais que saem de cada
gono
vértice é dado por n - 2.
A classificação dos polígonos pode ser ilustrada pela
A medida do ângulo interno de um polígono regular
seguinte árvore:
de n lados (ai ) é dada por:
n − 2 � 180°
ai =
n

A medida do ângulo externo de um polígono regular


de n lados (ae ) é dada por:
360°
ae =
n

A soma das medidas dos ângulos centrais de um po-


lígono regular de n lados (Sc ) é igual a 360º.
Um polígono é denominado simples se ele for des-
crito por uma fronteira simples e que não se cruza (daí
A medida do ângulo central de um polígono regular
divide o plano em uma região interna e externa), caso o
de n lados () é dada por:
contrário é denominado complexo.
Um polígono simples é denominado convexo se não 360°
tiver nenhum ângulo interno cuja medida é maior que ac =
n
180°, caso o contrário é denominado côncavo.
Um polígono convexo é denominado circunscrito a
Polígonos regulares
uma circunferência ou polígono circunscrito se todos os
vértices pertencerem a uma mesma circunferência.
Os polígonos regulares são aqueles que possuem to-
Um polígono inscritível é denominado regular se to-
dos os lados congruentes e todos os ângulos congruen-
dos os seus lados e todos os seus ângulos forem con-
tes. Todas as propriedades anteriores são válidas para os
gruentes.
polígonos regulares, a diferença é que todos os valores
são distribuídos uniformemente, ou seja, todos os ân-
Alguns polígonos regulares:
gulos terão o mesmo valor e todas as medidas terão o
mesmo valor.
a) triângulo equilátero
b) quadrado
c) pentágono regular #FicaDica
d) hexágono regular
Polígonos regulares são formas de polígo-
Propriedades dos polígonos nos mais estudadas e cobradas em questões
de concursos.
De cada vértice de um polígono de n lados, saem
dv = n – 3
O número de diagonais (d) de um polígono é dado
por:
n n−3
d=
2
Onde n é o número de lados do polígono.
MATEMÁTICA

A soma das medidas dos ângulos internos de um po-


lígono de n lados (Si) é dada por:
Si = n − 2 � 180°

39
2. (UNIFESP - 2003) Pentágonos regulares congruentes
podem ser conectados lado a lado, formando uma es-
EXERCÍCIOS COMENTADOS trela de cinco pontas, conforme destacado na figura a
seguir
1. (PREF. DE POÁ-SP – ENGENHEIRO DE SEGURAN-
ÇA DE TRABALHO – VUNESP/2015) A figura ilustra
um octógono regular de lado √2 cm.

Nessas condições, o ângulo θ mede:

a) 108°.
b) 72°.
Sendo a altura do trapézio ABCD igual a 1 cm, a área do c) 54°.
triângulo retângulo ADE vale, em cm² d) 36°.
e) 18°.
a) 5
b) 4 Resposta: Letra D. Na ponta da estrela onde está des-
c) 5 tacado o ângulo θ, temos o encontro de três ângu-
d) 2 + 1 los internos de pentágonos regulares. Para descobrir
e) 2 a medida de cada um desses ângulos, basta calcular
a soma dos ângulos internos do pentágono e dividir
Resposta: Letra D. por 5.

COMENTÁRIO:

Como a altura do trapézio mede 1 cm, temos um trian-


gulo isósceles de hipotenusa AB, assim, o segmento
AD = 2 + 2 . Assim, a área de ADE é:
2+2 2 2 2 2
A= = + =1+ 2
2 2 2

A fórmula para calcular a soma dos ângulos internos


de um polígono é: S = (n – 2) · 180

*n é o número de lados do polígono. No caso desse


exercício:

S = (5 – 2) · 180
S = 3 · 180
MATEMÁTICA

S = 540
Dividindo a soma dos ângulos internos por 5, pois um
pentágono possui cinco ângulos internos, encontrare-
mos 108° como medida de cada ângulo interno.

40
Observe na imagem anterior que a soma de três ângu- Características:
los internos do pentágono com o ângulo θ tem como
resultado 360°. Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
108 + 108 + 108 + θ = 360 Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes-
324 + θ = 360 ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
Diferentemente do paralelogramo, todos os ângulos
θ = 360 – 324 do retângulo medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90°
θ = 36° No retângulo, um par de lados paralelos
será a base e o outro será a altura, no desenho:
AB: altura = h e AD: base = b
A área é calculada como o produto da base pela al-
QUADRILÁTEROS, CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO tura: Área= b∙h

Quadriláteros O perímetro é calculado como a soma das medidas


de todos os quatro lados:
São figuras que possuem quatro lados dentre os Perímetro = AB + BC + CD + DA = 2b + 2h
quais temos os seguintes subgrupos:
Paralelogramo Losango

Características:

Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja: Características:


AB // DC e AD // BC . Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes- AB // DC e AD // BC
ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC Possuem os quatro lados com medidas iguais:
A altura é medida em relação a distância entre os seg- AB = DC = AD = BC
mentos paralelos, ou seja: BG: altura = h No losango, definem-se diagonais como a distância
A base é justamente a medida dos lados que se me- entre vértices opostos, assim:
diu a altura: AD: base = b BD: diagonal maior = D e AC: diagonal menor = d
A área é calculada como o produto da base pela al- A área é calculada a partir das diagonais e não dos
tura: Área= b∙h lados: Área =
D�d
2
O perímetro é calculado como a soma das medidas O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA

Retângulo Quadrado
MATEMÁTICA

41
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
Possuem os quatro lados com medidas iguais:
AB = DC = AD = BC
Diferentemente do losango, todos os ângulos do
quadrado medem 90°:
�=B
A � = C� = D
� = 90°
Seguindo a lógica do retângulo, temos o valor da
base e da altura iguais neste caso:
BC: lado = L e AB: lado =
A área é calculada de maneira simples:
Área = L2
O perímetro é calculado como a soma das medidas Já um círculo é definido como um conjunto de pontos
de todos os quatro lados: cuja distância de O é menor ou igual a R.
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 4L

Trapézio

Características:
A medida relevante da circunferência é o raio (R) que
Características: é a distância de qualquer ponto da circunferência em re-
Possuirá apenas um par de lados paralelos que serão lação ao centro C.
chamados de bases maior e menor: A área é calculada em função do raio: Área = πR2
O perímetro, também chamado de comprimento da
AD// BC, AB: base maior = B e CD: base menor = b circunferência, é calculado em função do raio também:
Perímetro = 2πR
A altura será definida como a distância entre as bases:
Setor Circular
BG: altura = h
Um Setor Circular é uma região de um círculo com-
A área é calculada em função das bases e da altura: preendida entre dois segmentos de reta que se iniciam
no centro e vão até a circunferência.
B+b
Área = �h
2 #FicaDica
O perímetro é calculado como a soma das medidas Em termos práticos, um setor circular é um
de todos os quatro lados: “pedaço” de um círculo.

AB + BC + CD + DA

Circunferência e Círculo

Uma circunferência é definida como o conjunto de


pontos cuja distância de um ponto, denominado de cen-
MATEMÁTICA

tro, O é igual a R, definido como raio.

42
Características:
O ângulo α é definido como ângulo central απR2
Área do Setor Circular (para α em graus): A = Reta Exterior: Reta e circunferência não possuem pon-
360
αR2
tos em comum (dOP > R)
Área do Setor Circular (para α em radianos): A =
2

Segmento Circular

Um Segmento Circular é uma região de um círculo


compreendida entre um segmento que liga os pontos de
cruzamento dos segmentos de reta com a circunferência,
ao qual definimos como corda AB e a circunferência.

Reta Secante: Reta e circunferência possuem dois


pontos em comum (dOP < R)

Características:
A Área do Setor Circular (para α em radianos):
R2
A= α − sen α
2
3. Posições Relativas entre Retas e Circunferências

Dado uma circunferência de raio R e uma reta ‘r’ cuja


distância ao centro da circunferência é ‘d’, temos as se-
guintes posições relativas:

Reta Tangente: Reta e circunferência possuem apenas


um ponto em comum (dOP = R)
MATEMÁTICA

43
GEOMETRIA ESPACIAL
EXERCÍCIOS COMENTADOS Poliedros

1.(SEEDUC-RJ – Professor – CEPERJ/2015) O quadrado Poliedros são sólidos compostos por faces, arestas e
MNPQ abaixo tem lado igual a 12cm. Considere que as vértices. As faces de um poliedro são polígonos. Quan-
curvas MQ e QP representem semicircunferências de diâ- do as faces do poliedro são polígonos regulares e todas
metros respectivamente iguais aos segmentos MQ e QP. as faces possuem o mesmo número de arestas, temos
um poliedro regular. Há 5 tipos de poliedros regulares,
a saber:

Tetraedro: po-
liedro de qua-
tro faces
Hexaedro: po-
liedro de seis
faces (cubo)
Octaedro: po-
liedro de oito
A área sombreada, em cm2, corresponde a:
faces
Dodecaedro:
a) 30
poliedro de
b) 36
doze faces
c) 3 46π − 2
Icosaedro: po-
d) 6(36π − 1)
liedro de vinte
e) 2(6π − 1)
faces
Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula do segmen-
Já poliedros não regulares são sólidos cujas faces ou
to circular, encontra-se a área de intersecção dos dois
são polígonos não regulares ou não possuem o mesmo
círculos. Subtraindo esse valor da área do semicírculo,
número de arestas. Os exemplos mais usuais são pirâmi-
chega-se ao resultado.
des (com exceção do tetraedro) e prismas (com exceção
do cubo).
2. A figura abaixo é um losango. Determine o valor
Relação de Euler: relação entre o número de arestas
de x e y, a medida da diagonal AC , da diagonal BD e
(A), faces (F) e vértices (V) de um poliedro convexo. É
o perímetro do triângulo BMC.
dada por:

V− A+F = 2

Prismas

Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces


planas, no qual as bases se situam em planos paralelos.
Quanto à inclinação das arestas laterais, os prismas po-
dem ser retos ou oblíquos.
Resposta: Aplicando as relações geométricas referen-
Prisma reto
tes ao losango, tem-se:

x = 15 As arestas laterais têm o mesmo comprimento.


As arestas laterais são perpendiculares ao plano da
y = 20
base.
AC = 20 + 20 = 40 As faces laterais são retangulares.
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60 Prisma oblíquo

As arestas laterais têm o mesmo comprimento.


As arestas laterais são oblíquas (formam um ângulo
MATEMÁTICA

diferente de um ângulo reto) ao plano da base.


As faces laterais não são retangulares.

44
Bases: regiões poligonais congruentes

Altura: distância entre as bases

Arestas laterais paralelas: mesmas


medidas

Faces laterais: paralelogramos

Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo

Prismas regulares: prismas que possuem como base, polígonos regulares (todos os lados iguais).

Sendo AB , a área da base, ou seja, a área do polígono correspondente e AL , a área lateral, caracterizada pela
soma das áreas dos retângulos formados entre as duas bases, temos que:

Área total: AT = AL + 2 � AB

Volume: V = AB . h , onde h é a altura, caracterizada pela distância entre as duas bases

Cilindros

São sólidos parecidos com prismas, que apresentam bases circulares e também podem ser retos ou oblíquos.

Sendo R o raio da base, a altura do cilindro, temos que:


Área da base: AB = πR2
Área lateral: AL = 2πRh
Área total: AT = AL + 2AB
Volume: V = AB � h

Pirâmides

As pirâmides possuem somente uma base e as faces laterais são triângulos. A distância do vértice de encontro dos triângulos com
MATEMÁTICA

a base é o que determina a altura da pirâmide (h).

45
2
Área da Superfície Esférica: A = 4πR

Sendo AB a área da base, determinada pelo polígono


que forma a base, a área lateral, determinada pela soma 4πR3
das áreas dos triângulos laterais, temos que: Volume: V =
3
Área total: AT = AL + AB

AB � h #FicaDica
Volume: V =
3 Na área total dos prismas e cilindros, mul-
tiplicamos a área da base por 2 pois temos
Cones duas bases formando o sólido. Já no caso das
pirâmides e dos cones isto não ocorre, pois
Os cones são sólidos possuem uma única base (cír- há apenas uma base em ambos.
culo). A distância do vértice à circunferência (contorno
da base) é chamada de geratriz (g) e a distância entre o
vértice e o centro do círculo é a altura do cone (h).

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (TJ-SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –


VUNESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos
de madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e
C com formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos
respectivos volumes, em cm³, são representados por VA,
VB e VC.

Geratriz: g 2 = R2 + h2

Área da Base: AB = πR2

Área Lateral: AL = πgR

Área Total: AT = AL + AB
AB � h
Volume: V = Se VA + VB = 1/2 VC , então a medida da altura do bloco C,
3
indicada por h na figura, é, em centímetros, igual a:
Esfera
a) 15,5
A esfera é o conjunto de pontos nos quais a distância b) 11
em relação a um centro é menor ou igual ao raio da es- c) 12,5
fera R. A esfera é popularmente conhecida como “bola” d) 14
MATEMÁTICA

pois seu formato é o mesmo de uma bola de futebol, por e) 16


exemplo.

46
Resposta : Letra C. 4. (CÂMARA DE ARACRUZ-ES – AGENTE ADMINIS-
3
VA = 5 = 125 cm³ TRATIVO E LEGISLATIVO – IDECAN/2016) João pos-
sui cinco esferas as quais, quando colocadas em certa
VB = 103 = 1000 cm³ ordem, seus volumes formam uma progressão aritméti-
V
Logo: C = VA + VB = 125 + 1000 ca. Sabendo que a diferença do volume da maior esfera
2 para a menor é 32 cm³ e que o volume da segunda maior
VC
→ = 1125 → VC = 2250 cm³ esfera é 86,5 cm³, então o diâmetro da menor esfera é:
2 (Considere: π = 3)
2250
Portanto, VC = 18 � 10 � h = 2250 → h = = 12,5 cm
180 a) 2 cm
b) 2,5 cm
2. (PEDAGOGO – IF/2016) Uma lata de óleo de soja de c) 4,25 cm
1 litro, com formato cilíndrico, possui 8 cm de diâmetro d) 5 cm
interno. Assim, a sua altura é de aproximadamente: (Con-
sidere π = 3,14 ) Resposta: Letra D.
Sendo a P.A. (V1 , V2 , V3, V4 , V5), (, o enunciado fornece:
a) 20 cm Do termo geral da P.A., sabe-se que
b) 25 cm V5 = V1 + 5 − 1 � r = V1 + 4r
c) 201 cm
d) 200 cm onde r é a razão da P.A.
e) 24 cm
Assim, V1 + 4r − V1 = 32 → 4r = 32 → r = 8
Resposta: Letra A. Como
1L = 1dm3 = 1000 cm³
Volume da lata(cilindro): V4 = V1 + 3r
VC = πR2h → 3,14 � 42 � h = 1000 → h ≅ 20 cm → V1 + 3 � 8 = 86,5
Obs: Como o diâmetro é igual a 8cm o raio é igual a → V1 + 24 = 86,5
4cm. → V1 = 62,5 cm

3. (PREF. ITAPEMA-SC – TÉCNICO CONTÁBIL – MS Como


CONCURSOS/2016) O volume de um cone circular reto,
cuja altura é 39 cm, é 30% maior do que o volume de 4 3
um cilindro circular reto. Sabendo que o raio da base do V= πR
cone é o triplo do raio da base do cilindro, a altura do 3
4
cilindro é: → � 3 � R3 = 62,5
3
a) 9 cm
62,5
→ R3 =
b) 30 cm 4
c) 60 cm → R3 = 15,625
d) 90 cm → R = 2,5 cm

Resposta: Letra D. Como o exercício pediu o diâmetro, D = 2.2,5 = 5 cm


Volume do cone: VC
Volume do cilindro: Vcil
Do enunciado: VC = 1,3. Vcil (30% maior).
TEOREMA DE PITÁGORAS

1
A h = 1,3 � πR2cil hcil
3 B C TRIÂNGULOS E TEOREMA DE PITÁGORAS
1 2
πR h = 1,3 � πR2cil hcil Definição
3 C C
1
3R cil 2 � 39 = 1,3 � R2cil hcil Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono
3 que possui o menor número de lados. Talvez seja o polí-
1 gono mais importante que existe. Todo triângulo possui
. 9R2cil . 39 = 1,3 � R2cil hcil alguns elementos e os principais são: vértices, lados, ân-
3
gulos, alturas, medianas e bissetrizes.
3R2cil. 39 = 1,3 � R2cilhcil
MATEMÁTICA

Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes


117 sobre os mesmos.
3.39 = 1,3 � hcil → hcil = = 90 cm
1,3

47
Classificação dos triângulos quanto ao número de
lados

Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas


iguais. .
m(AB) = m(BC) = m(CA)

a) Vértices: A,B,C.
b) Lados: AB,BC e AC.
c) Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um


vértice de forma a encontrar o lado oposto ao vértice Triângulo Isósceles: Dois lados têm medidas iguais.
formando um ângulo reto. BH é uma altura do triângulo. m(AB) = m(AC).

Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas


Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto diferentes.
médio do lado oposto. BM é uma mediana.

Classificação dos triângulos quanto às medidas


dos ângulos

Bissetriz: É a semi-reta que divide um ângulo em duas Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são
partes iguais. O ângulo B está dividido ao meio e neste agudos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do
caso Ê = Ô. que 90º.

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso,


isto é, possui um ângulo com medida maior do que 90º.
Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângu-
lo. Todo triângulo possui três ângulos internos.

Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triân-


gulo e pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).
MATEMÁTICA

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto


(90 graus). Atenção a esse tipo de triângulo pois ele é
muito cobrado!

48
Ex: No triângulo desenhado, podemos achar
a medida do ângulo externo x, escrevendo:
x = 50º + 80º = 130°.

Medidas dos Ângulos de um Triângulo

Ângulos Internos: Consideremos o triângulo ABC. Po-


deremos identificar com as letras a, b e c as medidas dos
ângulos internos desse triângulo. Congruência de Triângulos

Duas figuras planas são congruentes quando têm a


#FicaDica mesma forma e as mesmas dimensões, isto é, o mesmo
tamanho. Para escrever que dois triângulos ABC e DEF
Em alguns locais escrevemos as letras mai- são congruentes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
úsculas, acompanhadas de acento () para Para os triângulos das figuras abaixo, existe a congruên-
representar os ângulos. cia entre os lados, tal que: AB ~ RS, BC ~ ST, CA ~ T e
entre os ângulos:

Seguindo a regra dos polígonos, a soma dos ângu-


los internos de qualquer triângulo é sempre igual a 180
graus, isto é: a + b + c = 180° Se o triângulo ABC é congruente ao triângulo RST,
escrevemos: A�~R � , B� ~ S� , C� ~ �T
Ex: Considerando
o triângulo abai-
xo, podemos achar o
valor de x, escrevendo:
70º + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos FIQUE ATENTO!
x = 180º − 70º − 60º = 50º Dois triângulos são congruentes, se os seus
elementos correspondentes são ordenada-
mente congruentes, isto é, os três lados e
os três ângulos de cada triângulo têm res-
pectivamente as mesmas medidas. Deste
modo, para verificar se um triângulo é con-
gruente a outro, não é necessário saber a
medida de todos os seis elementos, basta
Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC. conhecerem três elementos, entre os quais
Como observamos no desenho, as letras minúsculas esteja presente pelo menos um lado. Para
representam os ângulos internos e as respectivas letras facilitar o estudo, indicaremos os lados cor-
maiúsculas os ângulos externos. respondentes congruentes marcados com
símbolos gráficos iguais.

Casos de Congruência de Triângulos

LLL (Lado, Lado, Lado): Os três lados são conhecidos.


Dois triângulos são congruentes quando têm, respecti-
vamente, os três lados congruentes. Observe que os ele-
mentos congruentes têm a mesma marca.
MATEMÁTICA

Todo ângulo externo de um triângulo é igual à soma


dos dois ângulos internos não adjacentes a esse ângulo
externo. Assim: A = b + c, B = a + c, C = a + b

49
LAL (Lado, Ângulo, Lado): Dados dois lados e um ân-
gulo. Dois triângulos são congruentes quando têm dois Os três ângulos são respectivamente congruentes,
lados congruentes e os ângulos formados por eles tam- isto é: A~R, B~S, C~T
bém são congruentes.
Casos de Semelhança de Triângulos

Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem


dois ângulos correspondentes congruentes, então os
triângulos são semelhantes.

ALA (Ângulo, Lado, Ângulo): Dados dois ângulos e um


lado. Dois triângulos são congruentes quando têm um
lado e dois ângulos adjacentes a esse lado, respectiva-
mente, congruentes.

Se A~D e C~F então: ABC =


� DEF

Dois lados proporcionais: Se dois triângulos tem dois


lados correspondentes proporcionais e os ângulos for-
mados por esses lados também são congruentes, então
os triângulos são semelhantes.
LAAo (Lado, Ângulo, Ângulo oposto): Conhecido um
lado, um ângulo e um ângulo oposto ao lado. Dois triân-
gulos são congruentes quando têm um lado, um ângulo,
um ângulo adjacente e um ângulo oposto a esse lado
respectivamente congruente.

Como m(AB) ⁄ m(EF) = m(BC) ⁄ m(FG) = 2 ,

então ABC =
� EFG
Ex: Na figura abaixo, observamos que um triângulo
Semelhança de Triângulos pode ser “rodado” sobre o outro para gerar dois triângu-
los semelhantes e o valor de x será igual a 8.
Duas figuras são semelhantes quando têm a mesma
forma, mas não necessariamente o mesmo tamanho. Se
duas figuras R e S são semelhantes, denotamos: .

Ex: As ampliações e as reduções fotográficas são figu-


ras semelhantes. Para os triângulos:
MATEMÁTICA

Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os


três lados correspondentes proporcionais, então os
triângulos são semelhantes.

50
Como 4 = 2 + 2 � 8 = 4 + 4 � 16 = 8 + 8 ,
Pitágoras observou que a área do quadrado construído
sobre a hipotenusa é igual à soma das áreas dos quadra-
dos construídos sobre os catetos.

A descoberta feita por Pitágoras estava restrita a um


triângulo particular: o triângulo retângulo isósceles. Estu-
dos realizados posteriormente permitiram provar que a
relação métrica descoberta por Pitágoras era válida para
todos os triângulos retângulos. Os lados do triângulo re-
tângulo são identificados a partir a figura a seguir:

Teorema de Pitágoras

Dizem que Pitágoras, filósofo e matemático grego


que viveu na cidade de Samos no século VI a. C., teve a Onde os catetos são os segmentos que formam o
intuição do seu famoso teorema observando um mosai- ângulo de 90° e a hipotenusa é o lado oposto a esse
co como o da ilustração a seguir. ângulo. Chamando de “a” e “b” as medidas dos catetos e
“c” a medida da hipotenusa, define-se um dos teoremas
mais conhecidos da matemática, o Teorema de Pitágoras:
c 2 = a2 + b2

Onde a soma das medidas dos quadrados dos catetos


é igual ao quadrado da hipotenusa.

Teorema de Pitágoras no quadrado

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabe-


lecer uma relação importante entre a medida d da diago-
nal e a medida l do lado de um quadrado.
Observando o quadro, podemos estabelecer a se-
guinte tabela:

Triângulo Triângulo Triângulo


ABC A`B`C` A``B``C``
Área do 4 8 16
quadrado
construído
sobre a
hipotenusa
Área do 2 4 8
quadrado
construído d= medida da diagonal
sobre um l= medida do lado
cateto
Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retân-
Área do 2 4 9
gulo ABC, temos:
quadrado
construído
MATEMÁTICA

sobre o outro d² = l² + l²
cateto d = √2l²
d=l 2

51
Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabe- EXERCÍCIOS COMENTADOS


lecer uma relação importante entre a medida h da altura
e a medida l do lado de um triângulo equilátero. 1.(TJ-SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – VU-
NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão
indicadas em metros, mostra as regiões R e R , e ,
ambas com formato de triângulos retângulos, situadas
1 2

em uma praça e destinadas a atividades de recreação in-


fantil para faixas etárias distintas.

l= medida do lado
h= medida da altura

No triângulo equilátero, a altura e a mediana coinci- Se a área de R eé R


54 ,m², então o perímetro
R1de
e R 2 , é, em
dem. Logo, H é ponto médio do lado BC. No triângulo re- metros, igual a:
1 2

tângulo AHC, H � é ângulo reto. De acordo com o teorema


de Pitágoras, podemos escrever: a) 54
b) 48
c) 36
d) 40
e) 42

Resposta: Letra B. Esse problema se resolve tanto por


semelhança de triângulos, quanto pela área de . Em
ambos os casos, encontraremos x = 12 m. Após isso,
pelo teorema de Pitágoras, achamos a hipotenusa do
triângulo
R1 e R 2 , , que será 20 m. Assim, o perímetro será
3l2 12+16+20 = 48 m.
h² =
4 2. (PM SP 2014 – VUNESP). Duas estacas de madei-
ra, perpendiculares ao solo e de alturas diferentes, estão
l 3 distantes uma da outra, 1,5 m. Será colocada entre elas
h= uma outra estaca de 1,7 m de comprimento, que ficará
2 apoiada nos pontos A e B, conforme mostra a figura.
MATEMÁTICA

52
A diferença entre a altura da maior estaca e a altura da
menor estaca, nessa ordem, em cm, é:
HORA DE PRATICAR!
a) 95.
b) 75. 1. Qual dessas alternativas não representa um número
c) 85. irracional?
d) 80.
e) 90. a) √3
b) √5
Resposta: Letra D. Note que x é exatamente a dife- c) √24
rença que queremos, e podemos calculá-lo através do d) √48
Teorema de Pitágoras: e) √64

1,72 = 1,52 + x 2 2. Assinale a alternativa que representa um número ir-


2,89 = 2,25 + x 2 racional
x 2 = 2,89 – 2,25
x² = 0,64x = 0,8 m ou 80 cm a) 1,234234234234...
b) 0,111112111112...
c) 7.8370123242...
d) 4,4444144441...
e) -1,55555555...

3. (Pref. Guarulhos-SP – Agente Escolar – VU-


NESP/2016) No ano de 2014, três em cada cinco es-
tudantes, na faixa etária dos 18 aos 24 anos, estavam
cursando o ensino superior, segundo dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. Supondo-se que na-
quele ano 2,4 milhões de estudantes, naquela faixa etária,
não estivesse cursando aquele nível de ensino, o número
dos que cursariam o ensino superior, em milhões, seria:

a) 3,0
b) 3,2
c) 3,4
d) 3,6
e) 4,0

4. (Pref. Terra de Areia-RS – Agente Administrativo


– OBJETIVA/2016) Três funcionários (Fernando, Gabriel
e Henrique) de determinada empresa deverão dividir o
valor de R$ 950,00 entre eles, de forma diretamente pro-
porcional aos dias trabalhos em certo mês. Sabendo-se
que Fernando trabalhou 10 dias, Gabriel, 12, e Henrique,
16, analisar os itens abaixo:

I - Fernando deverá receber R$ 260,00.


II - Gabriel deverá receber R$ 300,00.
III - Henrique deverá receber R$ 410,00.

Está(ão) CORRETO(S):

a) II
b) I e II
c) I e III
d) II e III
MATEMÁTICA

e) Todos os itens

53
5. (TRT- 15ª Região SP– Analista Judiciário – FCC/2018) 9. (SAAE Aimorés- MG – Ajudante – MÁXIMA/2016)
André, Bruno, Carla e Daniela eram sócios em um negó- Misturam-se 30 litros de álcool com 20 litros de gasolina.
cio, sendo a participação de cada um, respectivamente, A porcentagem de gasolina na mistura é igual a:
10%, 20%, 20% e 50%. Bruno faleceu e, por não ter her-
deiros naturais, estipulara, em testamento, que sua parte a) 40%
no negócio deveria ser distribuída entre seus sócios, de b) 20%
modo que as razões entre as participações dos três per- c) 30%
manecessem inalteradas. Assim, após a partilha, a nova d) 10%
participação de André no negócio deve ser igual a:
10. (PREF. PIRAÚBA-MG – OFICIAL DE SERVIÇO PÚ-
a) 20%. BLICO – MS CONCURSOS/2017) Certo estabelecimen-
b) 8% to de ensino possui em seu quadro de estudantes alunos
c) 12,5% de várias idades. A quantidade de alunos matriculados
d) 15% neste estabelecimento é de 1300. Sabendo que deste to-
e) 10,5% tal 20% são alunos maiores de idade, podemos concluir
que a quantidade de alunos menores de idade que estão
6. (Pref. Guarulhos-SP –Assistente de gestão escolar matriculados é:
– VUNESP/2016) Para iniciar uma visita monitorada a
um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º ano a) 160
de certa escola foram divididos em grupos, todos com o b) 1040
mesmo número de alunos, sendo esse número o maior c) 1100
possível, de modo que cada grupo tivesse somente alu- d) 1300
nos de um único ano e que não restasse nenhum aluno
fora de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar 11. (PREF. JACUNDÁ-PA – AUXILIAR ADMINISTRA-
que o número total de grupos formados foi TIVO – INAZ/2016) Das 300 dúzias de bananas que seu
José foi vender na feira, no 1° dia, ele vendeu 50% ao
a) 8 preço de R$ 3,00 cada dúzia; no 2° dia ele vendeu 30%
b) 12 da quantidade que sobrou ao preço de R$ 2,00; e no 3°
c) 13 dia ele vendeu 20% do que restou da venda dos dias
d) 15 anteriores ao preço de R$ 1,00. Quanto seu José apurou
e) 18 com as vendas das bananas nos três dias?

7. (Pref. Itatinga-PE – Assistente Administrativo – a) R$ 700,00


IDHTEC/2016) Um ciclista consegue fazer um percurso b) R$ 540,00
em 12 min, enquanto outro faz o mesmo percurso 15 c) R$ 111,00
min. Considerando que o percurso é circular e que os d) R$ 450,00
ciclistas partem ao mesmo tempo do mesmo local, após e) R$ 561,00
quanto tempo eles se encontrarão?
12.. (COLÉGIO PEDRO II – PROFESSOR – 2016) Com a
a) 15 min criação de leis trabalhistas, houve muitos avanços em re-
b) 30 min lação aos direitos dos trabalhadores. Entretanto, ainda há
c) 1 hora muitas barreiras. Atualmente, a renda das mulheres cor-
d) 1,5 horas responde, aproximadamente, a três quartos da renda dos
e) 2 horas homens. Considerando os dados apresentados, qual a dife-
rença aproximada, em termos percentuais, entre a renda do
8. (Pref. Santa Terizinha do Progresso-SC – Professor homem e a da mulher?
de Matemática – CURSIVA/2018) Acerca dos números
primos, analise. a) 75%
b) 60%
I- O número 11 é um número primo; c) 34%
II- O número 71 não é um número primo; d) 25%
III- Os números 20 e 21 são primos entre si.

Dos itens acima:

a) Apenas o item I está correto.


b) Apenas os itens I e II estão corretos.
MATEMÁTICA

c) Apenas os itens I e III estão corretos.


d) Todos os itens estão corretos.

54
13. (Pref. Taquarituba-SP – Agente comunitário de 16. (Pref. Curitba-PR – Professor – UFPR/2016) Saben-
Saúde – Instituto Excelência/2016) Analise a figura do que as retas r e s da figura ao lado são paralelas, o
abaixo, classifique o ângulo indicado e assinale a alter- valor, em graus, de α - β é:
nativa CORRETA:

a) Ângulo Obtuso
b) Ângulo Agudo
c) Ângulo Reto
d) Nenhuma das alternativas

14. (Pref. Tarrafas-CE – Fisioterapeuta – CONSUL- a) 12°


PAM/2015) Dois ângulos suplementares medem res- b) 15°
pectivamente 3x − 40º e 2x + 60º. O menor desses ân- c) 20°
gulos mede: d) 30°
e) 45°
a) 108°
b) 132° 17. (Pref. Padre Bernardo-GO – Contador – ITA-
c) 124° ME/2015) Na figura abaixo, as retas “r” e “s” são para-
d) Nda lelas, cortadas por uma transversal “t”. Se a medida do
ângulo alfa é o triplo da média do ângulo beta, então a
15. (IF-MG-2013) A figura ao lado indica três lotes de diferença entre alfa e beta vale:
terreno com frente para a rua A e para rua B. as divisas
dos lotes são perpendiculares à rua A. As frentes dos lo-
tes 1, 2 e 3 para a rua A, medem, respectivamente, 15 m,
20 m e 25 m. A frente do lote 2 para a rua B mede 28 m.
Qual é a medida da frente do lote 1 para a rua B?

a) 90°
b) 85°
c) 80°
d) 75°
e) 60°

a) 5 m
b) 21 m
c) 30 m
d) 35 m
e) 56 m
MATEMÁTICA

55
18. (GELG/GT-GO – Analista de Gestão – CS-UFG/2017) 20. (CRF-SP – Jornalista –IDECAN/2018) Nas figuras a
A figura a seguir representa um cubo de aresta . seguir, uma esfera maciça é circunscrita em cada um dos
cubos. Após a colocação das esferas os cubos serão com-
pletamente cheios com água.

  

Considerando a pirâmide de base triangular cujos vérti-


ces são os pontos B, C, D e G do cubo, o seu volume é
dado por:
Se o lado do cubo maior mede o dobro do lado do cubo
a) a3/6 menor, qual é a razão entre o volume de água necessário
b) a3/3 para encher o cubo maior em relação ao volume de água
c) a3/3√3 gasto para encher o cubo menor?
d) a3/6√6
a) 2.
19. (Pref. Guarulhos-SP – Assistente de Gestão Escolar b) 8.
– VUNESP/2016) O baú de um caminhão, cujas dimen- c) 16.
sões internas estão mostradas na figura, está carregado d) 32.
com 120 caixas cúbicas iguais, de 0,5 m de aresta cada,
sendo que o volume total dessa carga corresponde a 21. (UFLA – Engenheiro Civil – UFLA/2016) Em uma
3/4 do volume total do baú. Nessas condições, é correto universidade, existem 1.000 torneiras. Em qualquer ins-
afirmar que a dimensão indicada por x na figura é, em tante, 5% delas, em média, estão abertas e cada torneira
metros, aberta produz uma vazão de 2 litros por minuto. Essa
universidade funciona durante 10 horas por dia. Para su-
prir a demanda de água, será construído um reservatório,
tendo as faces frontal e anterior paralelas e na forma tra-
pezional, como na figura:

igual a:

a) 4
b) 4,5
c) 5
d) 5,5
e) 6

A altura h, em metros, para que esse reservatório, quan-


do totalmente cheio, em caso de falta de água, seja capaz
de suprir a demanda de água, nas torneiras da universi-
dade, por 5 dias, é:

a) 1,5 metro
b) 2,7 metros
MATEMÁTICA

c) 3,0 metros
d) 5,0 metros

56
22. (AL-RO – Analista Legislativo – FGV/2018) Um barril com a forma de um cilindro circular reto com 60 cm de
diâmetro e 1 m de altura tem, aproximadamente, a capacidade de

a) 210 litros.
b) 280 litros.
c) 320 litros.
d) 400 litros.
e) 520 litros.

23. (UNESP – Assistente Administrativo – VUNESP/2017) Utilize os dados do gráfico a seguir, que mostra o número
de rascunho vendas realizadas pelo vendedor Carlos em seis dias de uma semana, para responder à questão.

A média diária de vendas de Carlos, nessa semana, é, aproximadamente, igual a:

a) 12
b) 15
c) 18
d) 20
e) 21

24. (TJM-SP – Escrevente Técnico Judiciário – UNVUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a ques-
tão.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um concurso,
que continha 5 questões de múltipla escolha.

Analisando-se as informações apresentadas na tabela, é correto afirmar que:

a) mais da metade dos candidatos acertou menos de 50% da prova.


b) menos da metade dos candidatos acertou mais de 50% da prova.
c) exatamente 168 candidatos acertaram, no mínimo, 2 questões.
MATEMÁTICA

d) 264 candidatos acertaram, no máximo, 3 questões.


e) 132 candidatos acertaram a questão de número 4.

57
25. (IF-BA – Professor de Matemática – AOCP/2016) Sobre medidas de tendência central, considerando o conjunto
T das temperaturas, em grau Celsius, registradas nos dez primeiros dias do mês de junho em determinada região, res-
pectivamente: 11°C; 11°C; 6°C; 6°C; 3°C; 3°C; 0°C; 3°C; 5°C; 6°C, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta
a(s) correta(s).

I. A média aritmética das temperaturas é 6°C.


II. A mediana é igual a 5°C ou 6°C.
III. P é multimodal.

a) Apenas I
b) Apenas II
c) Apenas III
d) Apenas I e III
e) Apenas II e III

26. (SEGEP-MA - Analista Ambiental – FCC/2016) Considere a tabela abaixo.

(Adaptado de: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa de Orçamentos Fami-
liares. 2008-2009)

A partir dos dados da tabela, é possível concluir que, nas áreas urbanas consideradas, a média da aquisição per capita
anual de arroz supera a da aquisição per capita de feijão em, aproximadamente,

a) 10 kg
b) 20 kg
c) 15 kg
d) 5 kg
e) 25 kg

27. (SEGEP-MA – Auditor Fiscal da Receita Estadual – FCC/2016) Os registros da temperatura máxima diária dos
primeiros 6 dias de uma semana foram: 25 °C; 26 °C, 28,5 °C; 26,8 °C; 25 °C; 25,6 °C. Incluindo também o registro da
temperatura máxima diária do 7º dia dessa semana, o conjunto dos sete dados numéricos será unimodal com moda
igual a 25 °C, e terá mediana igual a 26 °C. De acordo com os dados, é correto afirmar que, necessariamente, a tempe-
ratura máxima diária do 7º dia foi

a) Inferior a 25°C
b) Superior a 26,8°C
c) Igual a 26°C
d) Inferior a 25,6°C
e0 Superior a 26°C

28. (Secretário Auxiliar – MPE-GO/2017) Carlos aplicou R$ 5.000,00, pelo prazo de 3 meses, à taxa de juros simples
de 5% ao mês. Qual o valor do montante aplicado por Carlos ao final dos 3 meses?

a) R$ 5250,00
b) R$ 5500,00
c) R$ 5788,13
d) R$ 5450,00
e) R$ 5750,00
MATEMÁTICA

58
29. (CRMV-SC– Recepcionista – IESES/2017) Deverá
ser pago o montante de $ 6.300,00 originado de um fi-
nanciamento contraído no valor de $ 4.800,00 no regime GABARITO
dos juros simples. Sabendo-se que a taxa de juros em-
pregada foi de 75% ao ano, pergunta-se qual foi o prazo 1 E
do financiamento?
2 C
a) 5 meses 3 D
b) 4 meses
c) 7 meses 4 A
d) 6 meses 5 C
6 D
30. (CRMV-SC– Recepcionista – IESES/2017) A taxa de
juros de 12% ao bimestre no regime dos juros simples 7 C
tem a taxa proporcional anual igual a: 8 C

a) 60 % a.a. 9 A
b) 97,38% a.a 10 B
c) 72% a.a
11 E
d) 81,57% a.a
12 D
31. (UNESP – Assistente Administrativo – VU- 13 C
NESP/2017) Carlos fez um empréstimo de R$ 2.800,00, à
taxa de juros simples de 1,3% ao mês, que deve ser pago 14 C
após 3 meses, juntamente com os juros. O valor que Car- 15 B
los deverá pagar é igual a:
16 D
a) R$ 2839,40 17 B
b) R$ 2889,30 18 A
c) R$ 2909,20
d) R$ 2953,20 19 D
e) R$ 3112,40 20 B
21 D
32. (TJM-SP – Escrevente Técninco Judiciário – VU-
NESP/2017) Certo capital, aplicado por um período de 22 D
9 meses, a uma taxa de juro simples de 18% ao ano, ren- 23 C
deu juros no valor de R$ 1.620,00. Para que os juros do
mesmo capital, aplicado no mesmo período, sejam de R$ 24 D
2.160,00, a taxa de juro simples anual deverá correspon- 25 C
der, da taxa de 18% ao ano, a
26 B
a) 7/6 27 E
b) 4/3 28 E
c) 3/2
d) 5/3 29 A
e) 11/6 30 C
31 C
32 B
MATEMÁTICA

59
ANOTAÇÕES

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MATEMÁTICA

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60
ÍNDICE

RACIOCÍNIO LÓGICO

Estruturas lógicas;....................................................................................................................................................................................................... 01
Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões;.............................................................................................. 01
Lógica sentencial ou proposicional:..................................................................................................................................................................... 01
Proposições simples e compostas;....................................................................................................................................................................... 01
Tabelas-verdade;.......................................................................................................................................................................................................... 01
Equivalências;................................................................................................................................................................................................................ 01
Leis de morgan;............................................................................................................................................................................................................ 01
Diagramas lógicos...................................................................................................................................................................................................... 01
Lógica de primeira ordem;....................................................................................................................................................................................... 01
Princípios de contagem e probabilidade;.......................................................................................................................................................... 32
Operações com conjuntos;...................................................................................................................................................................................... 42
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos e geométricos.................................................................................................... 46
É importante ressaltar que objetivo fundamental de uma
ESTRUTURAS LÓGICAS; LÓGICA proposição é transmitir uma tese, que afirmam fatos ou
DE ARGUMENTAÇÃO: ANALOGIAS, juízos que formamos a respeito das coisas.
INFERÊNCIAS, DEDUÇÕES E CONCLUSÕES; Sabendo disso, uma questão importante tem que ser
LÓGICA SENTENCIAL OU PROPOSICIONAL: respondida: como realmente podemos identificar uma
PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS; proposição? A única técnica direta que temos é verifi-
car se podemos atribuir o valor de verdadeiro ou falso a
TABELAS-VERDADE; EQUIVALÊNCIAS;
elas. Entretanto, existe uma técnica indireta que facilita
LEIS DE MORGAN; DIAGRAMAS LÓGICOS. muito o trabalho de identificação de uma proposição e é
LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM; frequentemente cobrada em concursos públicos.
A técnica consiste em sabermos o que não é pro-
posição e por eliminação, achar a proposição. A seguir,
CONCEITO FUNDAMENTAL seguem exemplos do que não é proposição e a reco-
mendação é que se memorizem esses tipos para facilitar
A Preposição na hora da prova:
i.) Sentenças Imperativas: Todas as declarações que
No ensino fundamental, nos ensinam que os seres remeterem a uma ordem não são proposições.
humanos são diferentes dos outros animais e a justifica- Ex: “Apague a luz.”, “Observe aquele painel”, “Não
tiva é que os humanos pensam e os animais não pensam. faça isso”.
Porém, temos animais com inteligência suficiente para
serem treinados a executar tarefas, como os chimpanzés ii.) Sentenças Interrogativas: Perguntas não são defi-
e os golfinhos. Assim, qual é o real motivo que nos dife- nidas como proposições:
renciam de todos os outros seres vivos? Ex: “Olá, tudo bem?”, “Qual a raiz quadrada de 5?”,
A resposta envolve não somente o ato se pensar “Onde está minha carteira?”
como também o de se comunicar. Primeiro, aprendemos
a falar, depois, a escrita dividiu nossa existência em Pré- iii.) Sentenças Exclamativas:
-História e História. Os registros por escrito guardaram Ex: “Como o dia está lindo!”, “Isto é um absurdo!”,
os pensamentos de nossos antepassados, proporcionan- “Não concordo com isto!”
do as gerações futuras, dados importantíssimos para se
ir além daquilo que já foi feito. iv.) Sentenças que não tem verbo:
Porém, acabou surgindo o grande desafio que nor- Ex: “A bicicleta de Bruno”, “O cartão de João”.
teou a disciplina de lógica: Como interpretar esses re-
gistros? v.) Sentenças abertas: Este tipo de sentença possui
A grande diferença do ser humano em relação aos uma grande quantidade de exemplos e os exem-
outros seres vivos está nesse ponto, pois tão importante plos são importantes para sabermos identifica-las:
é o ato se interpretar uma informação quanto é elaborar Ex: “x é menor que 7 ou x < 7” – Essa expressão por
a mesma. Assim, nossa mente é capaz de receber dados si só é genérica pois não temos informações de x
e deles extrair uma conclusão. Essa habilidade está dire- para saber se ele é ou não menor que 7.Entretan-
tamente ligada ao raciocínio lógico. to, caso seja atribuído um valor a x, essa sentença
Muitos pensam que essa disciplina está voltada ape- se tornará uma proposição, pois será possível atri-
nas para as pessoas de “exatas”, mas ela é voltada para buir VERDADEIRO ou FALSO a sentença original.
o público em geral e aqui seguem alguns exemplos que Assim, a expressão “Para x=5, tem-se que: 5 é me-
provam nosso conceito: nor que 7” é uma proposição e é VERDADEIRA. Por
- Um advogado reúne todas as informações dos au- outro lado, “Para x=9, tem-se que: 9 é menor que
tos do processo e através do Raciocínio Lógico, 7” é uma proposição mas é FALSA.
elabora sua tese de acusação ou defesa; Ex: “z é a capital da França” – As sentenças abertas
- Um médico ao estudar todos os exames consegue a não necessariamente são números, como mostra
partir de raciocínio lógico, elaborar um diagnostico o exemplo. Se substituirmos “z” por “Toulouse”, a
e propor um tratamento; sentença virará proposição e será FALSA. Se z =
- Um CEO de uma empresa, através dos relatórios Paris, a proposição será VERDADEIRA.
mensais consegue definir o plano de ação para es-
timular o crescimento da companhia. Valores Lógicos das proposições – Leis de Pensa-
mento
Todos os exemplos acima mostram como será o estu- Definido o que é preposição, podemos aprofundar
do da disciplina, onde receberemos informações e delas o conceito apresentando as leis fundamentais (axiomas)
extrairemos respostas ou em outras palavras, conclusões. que norteiam a lógica:
RACIOCÍNIO LÓGICO

No Raciocínio Lógico, essas informações terão uma


particularidade: Elas sempre serão declarações onde po- 1) Princípio do Terceiro Excluído: “Toda proposição
deremos classificá-las de duas maneiras, VERDADEIRA ou é verdadeira ou é falsa, isto é, verifica-se sem-
ou FALSA. Essas declarações serão chamadas de PRO- pre um destes casos e nunca um terceiro”.
POSIÇÕES. Pode parecer óbvio, mas às vezes as pessoas se con-
As proposições são a base do pensamento lógico. fundem em questões de concursos públicos quan-
Este pensamento pode ser composto por uma ou mais do aparecem as alternativas “VERDADEIRO”, “FAL-
sentenças lógicas, formando uma idéia mais complexa.

1
SO” ou “NENHUMA DAS ANTERIORES”. Qualquer As sentenças compostas dos exemplos acima não são
proposição lógica será verdadeira ou falsa, não ligadas apenas pela conjunção “e”, podem ser ligadas
existe uma terceira opção. por outros CONECTORES LÓGICOS (Capítulo 2). Seguem
alguns exemplos para iniciar sua curiosidade pelo próxi-
2) Principio da identidade: “Se uma proposição é mo capítulo:
verdadeira, então todo objeto idêntico a ela tam- T – Osmar tem uma moto OU Tainá tem um carro.
bém será verdadeiro”. U – SE Kléber é asiático ENTÃO eu sou brasileiro.
Esse principio coloca que se duas proposições que
apresentam a mesma informação mas são escritas
de maneiras distintas, devem possuir o mesmo va- FIQUE ATENTO!
lor lógico. Por exemplo, “Bruno é 5 anos mais velho As proposições compostas irão nortear seus
que João” e “João é 5 anos mais novo que Bruno”. estudos nos próximos capítulos, então aten-
As duas proposições dizem a mesma coisa mas de te-se a saber como dividir as proposições
maneira diferente. Portanto se uma delas é verda- compostas em duas ou mais proposições
deira, a outra deve ser. simples!

3) Princípio da não contradição: “Uma proposição


não pode ser verdadeira ou falsa ao mesmo tem-
po” EXERCÍCIOS COMENTADOS
Esse axioma é importante, pois a partir do momen-
to em uma proposição recebe um valor lógico, ele
deve ser carregado em toda a análise para evitar 1. (SEFAZ-SP – AGENTE FISCAL DE TRIBUTOS ESTA-
contradições. DUAIS – FCC – 2006) Das cinco frases abaixo, quatro
delas têm uma mesma característica lógica em comum,
enquanto uma delas não tem essa característica.
Tipos de proposições
Existem dois tipos de proposições: Simples e Com-
I. Que belo dia!
postas
II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
As proposições simples são aquelas que não con-
III. O jogo terminou empatado?
têm nenhuma outra proposição como parte de si mes-
IV. Existe vida em outros planetas do universo.
ma. São, geralmente, designadas por letras minúsculas
V. Escreva uma poesia.
do alfabeto (p,q,r,s,...). Uma definição equivalente é de
uma proposição que não se consegue dividi-la em partes A frase que não possui essa característica comum é a
menores, de tal maneira que as partes divididas gerem
novas proposições. Exemplos: a) I
p – O rato comeu o queijo; b) II
q – Astolfo é advogado; c) III
r – Hermenegildo gosta de pizza; d) IV
s – Raimunda adora samba. e) V
Já as proposições compostas são formadas por uma Resposta: Letra D. Podemos interpretar do exercício
ou mais proposições que podem ser divididas, formando que o mesmo quer a identificação da proposição. As
proposições simples. São, geralmente, designadas por alternativas A,B,C e E são respectivamente sentenças
letras maiúsculas do alfabeto (P,Q,R,S,...).Exemplos: exclamativas, sem verbo, interrogativa e imperativa, o
P – O rato é branco e comeu o queijo; que não as caracterizam como proposições. Já a al-
Q – Astolfo é advogado e gosta de jogar futebol; ternativa D é uma sentença que pode ser classificada
R – Hermenegildo gosta de pizza e de suco de uva; como verdadeira ou falsa, caracterizando uma propo-
S – Raimunda adora samba e seu tênis é vermelho. sição.

Veja que as proposições acima podem ser divididas 2. (NOVA CONCURSOS – 2018) Assinale a alternativa
em duas partes. Observe: que representa um não cumprimento das 3 leis de pen-
samento da lógica

a) Se Abelardo é mais alto que Hormindo, pelo princípio


da identidade posso dizer que Hormindo é mais baixo
que Abelardo.
RACIOCÍNIO LÓGICO

b) A proposição “Choveu está manhã na cidade” pode


ser considerada “meia verdade” se apenas uma leve
garoa atingir a cidade.
c) O réu no processo afirmou que não estava dirigindo
embriagado, porém o mesmo foi encontrado sentado
no banco do motorista durante a abordagem policial,
caracterizando uma contradição.

2
d) Eu sou milionário pois tenho patrimônio acima de 1 O exemplo acima já usa os conceitos vistos no capí-
milhão de reais. Josevaldo possui menos que 1 milhão tulo 1, onde temos uma proposição simples e chamare-
e não pode ser considerado um milionário. mos essa proposição com uma letra minúscula “p” (Lê-
e) Não estava presente para afirmar que foi o gato que -se “proposição p”). Vamos agora negar essa proposição
derrubou o vaso. usando os dois símbolos possíveis:
~ p : A secretária não foi ao banco esta tarde.
Resposta: Letra B. Não existe “meia verdade” dentro ¬ p : A secretária não foi ao banco esta tarde.
da lógica. As proposições receberão apenas dois valo-
res lógicos: Verdadeiro ou Falso. Os símbolos “~” e “¬” são os símbolos que indicam
negação. É Importante frisar que os símbolos de negação
não indicam a presença da palavra “não” na frase. Obser-
CONECTIVOS LÓGICOS ve este outro exemplo:
q : Bráulio não comprou detergente
Como visto rapidamente no capítulo anterior, os co-
nectivos lógicos são estruturas usadas para formar pro- Observe que a proposição q possui a palavra “não” e
posições compostas a partir da junção de proposições quando negarmos a mesma, ficaremos com a frase afir-
simples. As proposições compostas são linhas de raciocí- mativa:
nio mais complexas e permitem se formular teses lógicas ~ q : Bráulio comprou detergente.
com vários níveis de pensamento. Observe o exemplo a ¬ q : Bráulio comprou detergente.
seguir:
“Otávio gosta de jogar futebol e seu irmão não gosta FIQUE ATENTO!
de jogar futebol”
No Raciocínio Lógico, pode-se existir a “ne-
Facilmente conseguimos separar essa sentença em
gação da negação” que chamaremos de Du-
duas: “Otávio gosta de jogar futebol” e “O irmão de Otá-
pla Negação e veremos isso mais adiante no
vio não gosta de jogar futebol”. Entretanto, ao invés de
capítulo 4. O que você precisa saber neste
tratarmos as duas proposições simples separadamente,
momento é que negando uma negação,
ligamos as mesmas com a palavrinha “e”, que é um dos
voltaremos a uma frase afirmativa, ou na lin-
conectores lógicos que iremos estudar a seguir.
guagem coloquial: “O não do não é o sim”.
Logo, com esse vínculo, poderemos estudar se a pro-
posição composta é inteiramente verdadeira ou inteira-
mente falsa, dependendo do valor lógico de cada propo-
A CONJUNÇÃO – Conectivo “e”
sição simples, ou seja, cada proposição simples interfere O próximo conectivo lógico certamente é um dos
no valor a ser atribuído na proposição composta. mais usados dentro do raciocínio lógico e é também um
As seções a seguir irão estudar os cinco conectivos dos mais conhecidos. O “e” também é chamado de con-
lógicos, apresentando suas características principais e as junção e segue a mesma classificação da própria língua
combinações possíveis entre duas proposições simples. portuguesa.
Diferentemente do conectivo “não”, a conjunção irá
A Negação – Conectivo “Não” relacionar duas proposições simples, formando uma pro-
O primeiro conectivo a ser estudado é o mais sim- posição composta. Vamos ao exemplo:
ples de todos e remete a negação de uma proposição. p : Carlos gosta de jogar badminton.
A importância deste conectivo se dá na ligação entre o q : Pablo tomou suco de maçã
valor lógico VERDADEIRO e o valor lógico FALSO pois a
negação de um valor lógico será exatamente o outro va- Temos acima duas proposições simples e podemos
lor lógico, ou seja: formar uma proposição composta usando o conectivo
i) Se uma proposição for VERDADEIRA, sua negação “e”:
será FALSA. 𝑹 = 𝒑 ∧ 𝒒 : Carlos gosta de jogar badminton e Pablo
ii) Se uma proposição for FALSA, sua negação será tomou suco de maçã.
VERDADEIRA.
Seguindo as definições do capítulo 1, a proposição
Aqui conseguimos observar a importância do “Prin- composta será indicada com uma letra maiúscula, neste
cípio do terceiro excluído”, explicado no capítulo 1. Se caso, R. O símbolo
𝑹 = 𝒑 ∧ 𝒒indica a conjunção, ou seja, quando
tivéssemos mais do que dois valores lógicos, a negação ele aparecer, estaremos usando o conectivo “e”.
se tornaria impossível pois não conseguiríamos criar um Se invertermos a ordem das proposições simples, for-
vínculo de “ida e volta” entre os valores lógicos. maremos outra proposição composta:
O conectivo NÃO possui dois símbolos e recomenda- 𝑺 = 𝒒 ∧ 𝒑 : Pablo tomou suco de maçã e Carlos gosta
RACIOCÍNIO LÓGICO

-se que o leitor conheça ambos pois as bancas de con- de jogar badminton.
cursos não possuem um padrão em qual símbolo usar.
Observe o exemplo a seguir: No caso da conjunção, o valor lógico da proposição
p : A secretária foi ao banco esta tarde. composta não se altera com a inversão das proposições
simples, mas outros conectivos que veremos a seguir po-
dem ter alterações dependendo da ordem das proposi-
ções simples.

3
Vamos agora analisar quais os valores lógicos possí- Comparando com a conjunção, observa-se que hou-
veis para uma proposição composta formada pelo co- ve uma certa “inversão” em relação as combinações das
nectivo “e”. No capítulo 3 aprenderemos sobre as tabe- proposições simples. Enquanto na conjunção precisáva-
las-verdade e elas ajudarão (e muito!) na memorização mos de todas as proposições simples VERDADEIRAS para
das combinações possíveis dos conectivos lógicos. Por que a proposição composta ser VERDADEIRA, no ope-
enquanto, vamos enumerar todos os casos para familia- rador “ou” precisamos de apenas 1 delas para tornar a
rização: proposição composta VERDADEIRA.
i) Uma proposição composta formada por uma con- No caso do valor lógico FALSO também há inversão,
junção será VERDADEIRA se todas as proposições onde no conectivo “e” basta 1 proposição simples ser
simples forem VERDADEIRAS. FALSA e na disjunção, precisamos de todas FALSAS.
ii) Uma proposição composta formada por uma con- Assim:
junção será FALSA se uma ou mais proposições 𝑹 = 𝒑 ∨ 𝒒 : Carlos gosta de jogar badminton ou Pablo
simples forem FALSAS. tomou suco de maçã.

Recuperando o exemplo anterior: Termos que R será VERDADEIRO se uma (ou as duas)
𝑹 = 𝒑 ∧ 𝒒 : Carlos gosta de jogar badminton e Pablo proposição (ões) sejam VERDADEIRAS e R será FALSO se
tomou suco de maçã. p e q forem FALSOS.

Termos que R será VERDADEIRO somente se p e q A DISJUNÇÃO exclusiva – Conectivo “OU exclusi-
forem VERDADEIROS. Se uma (ou as duas) proposições vo”
simples for (forem) falsa(s), R será FALSO. O conectivo “ou” possui um caso particular que nor-
malmente é cobrado em concursos públicos de maior
A DISJUNÇÃO – Conectivo “OU” complexidade, porém é importante que o leitor tenha
O conectivo “ou”, também conhecido como disjun- conhecimento do mesmo pois pode se tornar um dife-
ção, segue a mesma linha de pensamento que o conec- rencial importante em concursos públicos de maior dis-
tivo “e”, relacionando duas proposições simples, forman- puta.
do uma proposição composta. Vamos manter o exemplo Este caso particular é chamado de “ou exclusivo” pois
da seção anterior: implica que as proposições simples são eliminatórias, ou
p : Carlos gosta de jogar badminton. seja, quando uma delas for VERDADEIRA, a outra será
q : Pablo tomou suco de maçã necessariamente FALSA. Veja o exemplo:
p: Diego nasceu no Brasil
Temos acima duas proposições simples e vamos for- q: Diego nasceu na Argentina
mar agora uma proposição composta usando o conecti-
vo “ou”: Temos duas proposições referentes a nacionalidade
𝑹 = 𝒑 ∨ 𝒒 : Carlos gosta de jogar badminton ou Pablo de Diego. Fica claro que ele não pode ter nascido em
tomou suco de maçã. dois locais diferentes, ou seja, se p for VERDADEIRO, q
é necessariamente FALSO e vice-versa. Assim, quando
O símbolo
𝑹 = 𝒑 ∨ 𝒒indica a disjunção, ou seja, quando ele montarmos a disjunção, temos que indicar essa questão
aparecer, estaremos usando o conectivo “ou”. Observe e será feito da seguinte forma:
que ele é o símbolo do conectivo “e” invertido, então, 𝑹 = 𝒑 ∨ 𝒒 : Ou Diego nasceu no Brasil ou na Argen-
muita atenção na hora de identificar um ou o outro. tina
Se invertermos a ordem das proposições simples, for-
maremos outra proposição composta: A leitura da proposição lógica acrescente mais um
𝑺 = 𝒒 ∨ 𝒑 : Pablo tomou suco de maçã ou Carlos gos- “ou” no início e o restante é como se fosse um operador
ta de jogar badminton. “ou” convencional (que para diferenciar, é chamado de
inclusivo), porém, o símbolo é sublinhado para indicar
No caso da disjunção, o valor lógico da proposição exclusividade:
𝑹=𝒑∨𝒒 . Os casos possíveis para o “ou exclusi-
composta também não se altera com a inversão das pro- vo” são:
posições simples (igual a conjunção). i) Uma proposição composta formada por uma dis-
Vamos agora analisar quais os valores lógicos possí- junção exclusiva será VERDADEIRA se apenas uma
veis para uma proposição composta formada pelo co- das proposições for VERDADEIRA.
nectivo “ou”. Novamente vale lembrar que no capítulo 3 ii) Uma proposição composta formada por uma dis-
aprenderemos sobre as tabelas-verdade e elas ajudarão junção exclusiva será FALSA se todas as proposi-
(e muito!) na memorização das combinações possíveis ções simples forem FALSAS ou se as duas proposi-
dos conectivos lógicos. Por enquanto, vamos enumerar ções forem VERDADEIRAS.
RACIOCÍNIO LÓGICO

todos os casos para familiarização:


i) Uma proposição composta formada por uma dis- Perceba que a diferença é sutil entre os casos inclusi-
junção será VERDADEIRA se uma ou mais proposi- vo e exclusivo e ela se dá no caso das duas proposições
ções forem VERDADEIRAS. simples serem VERDADEIRAS. No caso exclusivo, isso é
ii) Uma proposição composta formada por uma dis- uma contradição e assim a proposição composta deve
junção será FALSA se todas as proposições simples ser FALSA. Usando o exemplo:
forem FALSAS.

4
𝑹 = 𝒑 ∨ 𝒒 : Ou Diego nasceu no Brasil ou na Argen- Temos R VERDADEIRO se p for FALSO ou se p for
tina VERDADEIRO e q VERDADEIRO e R é FALSO apenas se p
for VERDADEIRO e q FALSO.
Temos que R é VERDADEIRO se p for VERDADEIRO e
q FALSO ou p FALSO e q VERDADEIRO. R é FALSO se p e Pegadinhas da condicional
q forem ambas VERDADEIRAS ou ambas FALSAS. Este tópico é uma análise complementar da condi-
cional. Em concursos mais apurados, sobretudo de en-
A CONDICIONAL – Conectivo “SE...ENTÃO” sino superior, existem certas “pegadinhas” que testam a
O conectivo “Se...então”, conhecido como condicio- atenção do candidato em relação ao seu conhecimento.
nal não é tão conhecido quanto o “e” e o “ou”, porém é Existem quatro formas de raciocínio que envolvem a con-
o que normalmente gera mais dúvidas e o que contém dicional que merecem destaque.
as famosas “pegadinhas” que confundem o candidato i) Modus Ponens: Essa linha de raciocínio é o básico
durante a prova. A principal característica dele é que se da condicional onde considera a mesma VERDADEIRA e
você inverter a ordem das proposições simples, o valor no caso da ocorrência de p, podemos afirmar com certe-
lógico da proposição composta muda, o que não acon- za que q ocorreu:
tecia na conjunção e na disjunção. Vamos recuperar o
mesmo exemplo das seções 2.2.3 e 2.2.4:
p : Carlos gosta de jogar badminton.
q : Pablo tomou suco de maçã
Temos acima duas proposições simples e vamos for-
mar agora uma proposição composta usando o conecti-
vo “Se...então”: Exemplo:
𝑹 = 𝒑 → 𝒒 : Se Carlos gosta de jogar badminton en-
tão Pablo tomou suco de maçã.

Observe que agora temos uma condição para que


Pablo tome o suco de maçã. A frase em si pode parecer
sem nexo, mas no Raciocínio Lógico nem sempre fará ii) Falácia de afirmar o consequente: Pode-se dizer que
sentido a conexão de duas proposições e até por isso é a pegadinha mais clássica da condicional pois induz a
nós montamos esses exemplos para o leitor ficar mais pessoa a considerar que se o consequente ocorreu (q),
familiarizado com essa situação! pode-se afirmar que o antecedente (p) também ocorreu:
O símbolo
𝑹 = 𝒑“ → ”𝒒 indica a condicional, mostrando que
a proposição da esquerda condiciona o acontecimento Esse raciocínio está INCORRETO. Para justificar, lem-
da proposição da direita. As combinações possíveis para bre-se dos casos em que a condicional é VERDADEIRA.
esse conector são:
Em um desses casos, se o antecedente (p) for FALSO, não
i) Uma proposição composta formada por uma condi-
importa o valor lógico de q, a proposição com condicio-
cional será VERDADEIRA se ambas as proposições
nal será VERDADEIRA. Assim, se q ocorrer não é garantia
forem VERDADEIRAS ou a proposição a esquerda
que p também ocorreu:
do conector for FALSA.
ii) Uma proposição composta formada por uma con-
dicional será FALSA se a proposição a esquerda
(antecedente) do conector for VERDADEIRA e a
proposição a direita (consequente) do conector for
FALSA.
iii) Modus Tollens: Nessa linha de raciocínio, estamos
Observe agora que a posição da proposição em rela- negando que o consequente (q) ocorreu e se olharmos
ção ao conector lógico importa no resultado da proposi- os casos possíveis da condicional, isso só será possível se
ção composta. Considerando os casos observados, certa- o antecedente (p) também não ocorrer:
mente deve haver dúvidas do leitor em relação a situação
onde a proposição a esquerda do conector ser falsa e
isso implicar que a proposição composta seja verdadeira.
A explicação é a seguinte: Na condicional, limitamos
apenas ao caso da proposição da esquerda do conector
em si e não em relação a sua negação, ou seja, quan- Exemplo:
do montamos 𝑹 = 𝒑 → 𝒒 , estamos condicionando apenas ao
RACIOCÍNIO LÓGICO

caso de p ocorrer, ou em outras palavras, p ser VERDA-


DEIRO. Se p for FALSO, não há nenhuma condição para
q, ou seja, não importa o que acontecer com q, já que
p não é VERDADEIRO. Assim, define-se 𝑹 = 𝒑 → 𝒒 sempre
VERDADEIRO quando p for FALSO. Logo: iv) Falácia de negar o antecedente: Novamente um
𝑹 = 𝒑 → 𝒒 : Se Carlos gosta de jogar badminton en- erro de pensamento referente aos casos possíveis da
tão Pablo tomou suco de maçã. condicional. Se você nega o antecedente (p) não é ga-

5
rantia que o consequente (q) não irá ocorrer pois a partir
do momento que temos ~p, o valor lógico de q pode ser
qualquer um e a condicional se manterá VERDADEIRA: EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (PREFEITURA DE SARZEDO, MG – TÉCNICO ADMI-


NISTRATIVO – IBGP, 2018) “Cecília comprará ou o vesti-
do azul ou o vestido preto.”
Com base na estrutura lógica, assinale a alternativa COR-
RETA.
Exemplo:
a) 𝑝∨𝑞
b) 𝑝∧𝑞
c) 𝑝∨𝑞
d) 𝑝→𝑞

FIQUE ATENTO! Resposta: Letra C. Provavelmente muitos devem ter


pensado que este era um caso de “ou exclusivo”, mas
As pegadinhas da condicional nem sempre observe que o verbo em questão é “comprar” e não
são cobradas em concursos mas se você ob- “vestir”. Cecília pode muito bem comprar os dois ves-
servar os exercícios resolvidos deste capítu- tidos, não há nada lógico que impeça isso, porém se a
lo, verá o quanto é importante este conector proposição fosse “Cecília vestirá ou o vestido azul ou
lógico e o conhecimento de todos os casos o vestido preto”, aí teríamos o caso de “ou exclusivo”
possíveis. pois ela não poderia vestir os dois vestidos ao mesmo
tempo.
A BI-CONDICIONAL – Conectivo “SE E SOMENTE
SE” 2. (EMATER-MG – ASSESSOR JURÍDICO – GESTÃO
CONCURSO – 2018) Considere as proposições compos-
O conectivo “Se e somente se”, conhecido como bi tas abaixo, identificadas como P e Q.
condicional elimina justamente o limitante da condicio-
nal de não ser possível inverter a ordem das proposições P: Se faz frio, então bebo muita água.
sem perder o valor lógico da proposição composta. Ago- Q: Se estudo e trabalho no mesmo dia, fico muito can-
ra, os dois valores lógicos serão limitantes, tanto se a sado.
proposição a esquerda do conector for VERDADEIRA ou
FALSA. Novamente vamos ao mesmo exemplo: Sabendo-se que as duas proposições citadas no enuncia-
p : Carlos gosta de jogar badminton. do são falsas, é verdade afirmar que
q : Pablo tomou suco de maçã a) Fico muito cansado ou bebo muita água
b) Não estudo e trabalho no mesmo dia e faz frio
Temos acima duas proposições simples e vamos for- c) Não fico muito cansado e não bebo muita água
mar agora uma proposição composta usando o conecti- d) Se faz frio, então não estudo e trabalho no mesmo dia
vo “Se e somente se”:
𝑹 = 𝒑 ↔ 𝒒 : Carlos gosta de jogar badminton se e Resposta: Letra C. O enunciado nos diz que as duas
somente se Pablo tomou suco de maçã. condicionais são falsas, ou seja, podemos afirmar que
“Faz frio” e “Estudo e trabalho no mesmo dia” são
VERDADEIRAS e “Bebo muita água” e “Fico muito can-
O símbolo
𝑹=𝒑↔𝒒 indica a bi condicional, ou seja, os dois sado” são FALSAS, pois é a única combinação possível
sentidos devem ser satisfeitos. Em outras palavras, a bi para as condicionais serem FALSAS. Logo, a letra A é
condicional será VERDADEIRA apenas se os valores lógi- FALSA pois ambas são FALSAS e a disjunção será FAL-
cos das duas proposições forem iguais: SA, a letra B é FALSA pois ‘Não estudo e trabalho” é
i) Uma proposição composta formada por uma bi FALSO o que faz a conjunção ser FALSA. A letra C é
condicional será VERDADEIRA se ambas as propo- VERDADEIRA pois as duas negações geram proposi-
sições forem VERDADEIRAS ou se ambas as propo- ções VERDADEIRAS que combinada em uma conjun-
sições forem FALSAS. ção, formam uma proposição VERDADEIRA. E por fim
ii) Uma proposição composta formada por uma bi a letra D é FALSA pois “Faz frio” é VERDADEIRO e “Não
condicional será FALSA se uma proposição for estudo e trabalho no mesmo dia” é FALSO e combina-
VERDADEIRA e outra for FALSA e vice-versa. dos em uma condicional, gera uma proposição FALSA.
RACIOCÍNIO LÓGICO

Assim: 3. (COLÉGIO PEDRO II – ANALISTA DA TECNOLOGIA


𝑹 = 𝒑 ↔ 𝒒 : Carlos gosta de jogar badminton se e DA INFORMAÇÃO - 2018) Considere as seguintes pro-
somente se Pablo tomou suco de maçã. posições P e Q, sendo que P é falsa e Q é verdadeira;
A proposição R será VERDADEIRA se p e q forem VER-
DADEIROS ou p e q forem FALSOS e R será FALSO se p for P: Se o monitor está funcionando, então a placa de vídeo
VERDADEIRO e q FALSO ou p FALSO e q VERDADEIRO. não está com defeito.    

6
Q: A placa de vídeo está com defeito se, e somente se, a 𝒓 ↔ (𝒑 ∨ 𝒒) : Neste caso, com a presença da
memória não apresenta defeito. proposição r, temos três proposições simples distintas,
p,q e r.
Logo, é verdadeira a proposição: A segunda informação, que é o número de linhas
da tabela verdade, deriva do número de proposições
a) Se o monitor não está funcionando, então a memória simples que a estrutura composta possui. Usando essa
não apresenta defeito. conta simples:
b) Ou o monitor está funcionando ou a memória não
apresenta defeito. 𝐿 = 2𝑛
c) O monitor não está funcionando ou a memória apre-
senta defeito. Onde L é o número de linhas da tabela-verdade e n
d) O monitor está funcionando e a memória apresenta é o número de proposições simples que ela possui. Ou
defeito. seja, para duas proposições simples, temos 4 linhas na
tabela-verdade, para 3 proposições simples, 8 linhas
Resposta: Letra A e B (Anulada). Como P é uma na tabela e para 4 proposições simples, a tabela possui
condicional FALSA, temos que “O monitor está fun- 16 linhas. Além disso, para o caso de uma proposição
cionando” é VERDADEIRO e “A placa de vídeo não simples, pode-se aplicar a fórmula também, e teremos
está com defeito” é FALSO. No caso de Q temos duas duas linhas na tabela-verdade.
possibilidades: “A placa de vídeo está com defeito” e Esses valores são derivados da organização da tabela,
“A memória não apresenta defeito” são ambas VER- para que tenhamos todos os casos possíveis avaliados.
DADEIRAS ou ambas FALSAS. Entretanto, como vimos Com essa informação, podemos organizar a tabela e isso
em P que “A placa de vídeo está com defeito” é VER- será apresentado caso a caso nas seções seguintes.
DADEIRO, só teremos um caso, onde “A memória não
apresenta defeito” também é VERDADEIRO. A alter- TABELA-VERDADE DE PROPOSIÇÃO SIMPLES:
nativa A é VERDADEIRA pois temos uma condicional NEGAÇÃO
e a proposição “O monitor não está funcionando” é Nós iremos seguir a ordem do capítulo anterior e
FALSA, o que faz a condicional ser VERDADEIRA. A al- apresentar a montagem das tabelas-verdade para os
ternativa B é VERDADEIRA também pois “O monitor operadores lógicos descritos. Inicia-se pele negação, que
está funcionando” é VERDADEIRO e isso já basta para é uma proposição simples e terá apenas duas linhas na
uma disjunção ser VERDADEIRA, além disso, “A me- tabela-verdade:
mória não apresenta defeito” também é VERDADEIRA.
A alternativa C é FALSA pois “O monitor não está fun-
p ~p
cionando” é FALSO e “A memória apresenta defeito”
também é FALSA, sendo o único caso da disjunção ser V F
FALSA. Por fim, a alternativa D também é falsa pois “A F V
memória apresenta defeito” é FALSA e isso na conjun-
ção já caracteriza uma proposição composta FALSA. Observe que a tabela possui duas colunas. A primeira
contém os valores possíveis para a proposição simples,
que pela fundamentação da lógica, é o VERDADEIRO (V)
TABELAS VERDADE e o FALSO (F).
Já a segunda coluna possui o operador lógico
A tabela-verdade é um dispositivo prático muito negação. O operador foi aplicado em casa linha da
usado para a organizar os valores lógicos de proposições tabela, gerando o resultado correspondente. Ou seja, se
compostas pois ela ilustra todos os possíveis valores a proposição p é V, sua negação será F e vice-versa.
lógicos da estrutura composta, correspondentes a todas É importante frisar que as operações da tabela-
as possíveis atribuições de valores lógicos às proposições verdade ocorrem de linha em linha, ou seja, se na
simples. primeira linha temos que a proposição p é V, esse valor
Para se construir uma tabela verdade, são necessárias permanecerá assim até que todas as operações daquela
três informações iniciais: O número de proposições que linha correspondente tenham terminado.
compõem a proposição composta, o número de linhas
que a tabela-verdade irá ter e a variação dos valores TABELA-VERDADE PARA 2 PROPOSIÇÕES
lógicos. SIMPLES
A primeira informação é puramente visual, basta olhar Chegamos as seções onde a tabela-verdade fará mais
a proposição composta e verificar quantas proposições sentido, pois ela é aplicada em proposições compostas.
simples a compõem, contando a quantidade de letras Iniciando com uma estrutura de duas proposições
RACIOCÍNIO LÓGICO

distintas que existem nela, vejam os exemplos: simples, vamos primeiramente explicar a organização
𝒑 ∧ 𝒒 : Temos as proposições simples p e q, ou seja, a destas proposições.
proposição composta possui duas proposições; Como já sabemos que são duas proposições simples,
(𝒑 ∧ 𝒒) → (~𝒒 ↔ 𝒑) : Esta estrutura possui duas
que chamaremos de p e q, temos que a tabela-verdade
proposições simples também, p e q. Não se deve terá quatro linhas:
considerar a repetição das proposições que no caso de p
e q, repetiram duas vezes;

7
p q p q
V V
V F
F V
F F

No caso da conjunção, temos que ela é VERDADEIRA


FIQUE ATENTO! apenas se as duas proposições compostas, p e q, forem
Observe que além das linhas corresponden- VERDADEIRAS, caso contrário, ela será FALSA. Usando
tes da tabela-verdade, nós inserimos uma li- essa informação, vamos preencher a tabela:
nha inicial indicando qual a proposição que Na primeira linha, temos que p é VERDADEIRO e
estamos atribuindo o valor lógico. Isso é de q é VERDADEIRO, logo, a conjunção nesse caso será
suma importância para se dominar esse con- VERDADEIRA por definição:
teúdo.
p q
Agora temos que combinar os dois valores lógicos V V V
possíveis entre as proposições, formando as quatro V F
linhas. Para isso, recomenda-se que sigam os seguintes
passos: F V
F F
i) Na coluna da primeira proposição, atribua o valor
de V para a primeira metade das linhas e F para a A segunda linha possui p = V e q = F. Para a conjunção
segunda metade. Ou seja, as duas primeiras linhas é necessário que as duas proposições sejam V para ela
são V e as duas últimas são F: ser V, logo, ela será FALSA:

p q p q
V V V V
V V F F
F F V
F F F

ii) Para a segunda coluna, repita o mesmo Seguindo o mesmo raciocínio, a terceira linha possui
procedimento dentro de cada valor lógico atribuído p = F e q = V, o que faz a conjunção ser FALSA:
para a coluna anterior. Ou seja, como temos V nas
duas primeiras linhas de p, vamos colocar V na
p q
primeira linha e F na segunda. Da mesma forma,
vamos fazer o mesmo procedimento para as duas V V V
linhas de p que contém F: V F F
F V F
p q
F F
V V
V F Finalmente, a quarta linha possui as duas proposições
simples com valor lógico FALSO, o que faz a conjunção
F V
ser FALSA também:
F F
p q
Pronto, a tabela-verdade para duas proposições foi
organizada e agora podemos passar para as proposições V V V
compostas.
RACIOCÍNIO LÓGICO

V F F

Tabela Verdade da Conjunção (“e”) F V F


Seguindo a ordem do capítulo anterior, temos o F F F
operador lógico “e”, ou a conjunção. Para atribuir valores
lógicos a essa expressão, cria-se uma terceira coluna na Esta é a tabela-verdade para conjunção é deve ser
tabela-verdade e insere no título qual proposição lógica memorizada ou resolvida de forma rápida no caso de
iremos tratar, desta maneira: tabelas maiores.

8
Tabela Verdade da Disjunção (“ou”) p q
Passando agora para o próximo conectivo, que é
a disjunção (“ou”). Esse operador possui a definição V V V
contrária a conjunção, onde ele só será FALSO no caso V F F
de as duas proposições simples serem FALSAS, caso
contrário, será sempre VERDADEIRO. F V V
Montando a tabela: F F V

p q Tabela Verdade da Condicional (“Se...então”)


O último operador é o Bicondicional (“Se e somente
V V se”) e a tabela será montada da mesma forma:
V F
F V p q
F F V V
V F
A primeira, segunda e terceira linhas possuem ao
menos 1 valor lógico VERDADEIRO, ou seja, condição F V
suficiente para o operador lógico ser VERDADEIRO: F F
p q
Montaremos a tabela usando sua lógica simples:
V V V Ele será VERDADEIRO se as duas proposições simples
V F V tiverem o mesmo valor lógico e FALSO se tiverem valores
diferentes:
F V V
F F
p q
Já a última linha, possui ambas proposições simples V V V
com o valor lógico FALSO, o que faz a disjunção ser V F F
FALSA também:
F V F

p q F F V

V V V Com essas informações memorizadas é possível


V F V montar QUALQUER tabela-verdade.
F V V
Montagem de tabelas usando mais de um
F F F operador lógico

Esta é a tabela da disjunção é também deve ser Obviamente que as seções acima introduziram as
memorizada. tabelas-verdade fundamentais, que vão auxiliar na
montagem de tabelas mais complexas. Vamos apresentar
Tabela Verdade da Condicional (“Se...então”) um exemplo onde isso será aplicado. Considere a
O próximo conector lógico é a condicional (“Se... seguinte proposição composta:
então”) e montaremos a tabela-verdade do mesmo jeito (𝒑 ∧ 𝒒) ↔ ~𝒑 ∨ 𝒒
que os anteriores:
Observe que a proposição possui duas proposições
p q simples mas possui três operações lógicas. Para montar
a tabela-verdade desta proposição, deveremos fazer
V V combinações dos resultados fundamentais vistos
V F anteriormente.
Iniciando, vamos montar a estrutura inicial, com as
F V colunas de p e q:
F F
RACIOCÍNIO LÓGICO

p q
O princípio deste operador lógico está na relação
entre o antecedente (p) e o consequente (q). Ele será V V
FALSO apenas se 𝑝 = 𝑉 e 𝑞 = 𝐹 , o que ocorre na V F
segunda linha. Nos outros casos, ele será VERDADEIRO.
F V
Em caso de dúvidas deste operador, recomenda-se a
releitura do capítulo 2. F F

9
Agora, vamos analisar a expressão: temos dois Na segunda linha, temos a quarta e a segunda coluna
parênteses separados por uma bicondicional, portanto, com valores lógicos FALSO, o que faz a disjunção FALSA:
teremos que saber os valores lógicos de cada parêntese
antes de resolver o “se e somente se”. Para isso, vamos p q ~p
criar colunas específicas na tabela para cada informação
e depois agrupá-las. V V V F V
Começando com a conjunção no primeiro parêntese V F F F F
e atribuindo os valores lógico de cada linha, cria-se uma
terceira coluna a partir da primeira e da segunda: F V F V
F F F V
p q
Na terceira linha, temos ambos VERDADEIROS, o que
V V V faz a disjunção VERDADEIRA:
V F F
F V F p q ~p
F F F V V V F V
V F F F F
Agora, vamos resolver o segundo parêntese. Para
isso, precisaremos da negação de p para fazer uma F V F V V
disjunção com q. Logo, vamos criar primeiro uma coluna F F F V
da negação e depois faremos a disjunção:
E na quarta linha, temos a quarta coluna VERDADEIRA
p q ~p e a segunda coluna FALSA, o que faz a disjunção ser
VERDADEIRA:
V V V F
V F F F p q ~p
F V F V V V V F V
F F F V V F F F F

Observe que esta quarta coluna é a negação da F V F V V


primeira, como deve ser, já que estamos negando a F F F V V
proposição p. Criaremos agora uma quinta coluna, onde
faremos a disjunção de ~p (quarta coluna) e q (segunda
coluna):
FIQUE ATENTO!
Fizemos uma disjunção entre a quarta e a
p q ~p segunda coluna, NESTA ORDEM. No caso
V V V F da disjunção, se fizéssemos invertido, não
haveria problemas, mas nem sempre isso
V F F F
acontece. A recomendação é que se mante-
F V F V nha a ordem da operação lógica.
F F F V
Finalmente, vamos criar a sexta coluna que será a
Nós temos que utilizar os valores lógicos da quarta bicondicional da terceira e quinta colunas:
e segunda colunas em cada linha correspondente da
tabela. É aqui que muitos candidatos se confundem e ~p
p q
acabam usando colunas diferentes. Na primeira linha,
temos que a quarta coluna tem valor F e a segunda V V V F V
coluna tem valor V, assim a disjunção entre elas será V: V F F F F
F V F V V
p q ~p
F F F V V
V V V F V
RACIOCÍNIO LÓGICO

V F F F Na primeira linha, temos a terceira coluna VERDADEIRA


F V F V e a quinta também, que pela bicondicional, gera um valor
VERDADEIRO:
F F F V

10
p q ~p p q r
V V V F V V V
V F F F F V
F V F V V V
F F F V V V
F
Na segunda linha, temos ambas as colunas FALSAS,
que pela bicondicional, gera um valor VERDADEIRO: F
F
p q ~p F
V V V F V V
Na segunda coluna, vamos subdividir cada bloco da
V F F F F V primeira coluna em dois novamente, colocando VERDADEIRO
F V F V V na primeira parte e FALSO na segunda, desta maneira:
F F F V V
p q r
Na terceira e quarta linhas temos o mesmo caso, com V V
a terceira coluna FALSA e a quinta VERDADEIRA, o que
gera um valor FALSO na bicondicional: V V
V F
p q ~p V F
V V V F V V F
V F F F F V F
F V F V V F F
F F F V V F F

Pronto, esses são os resultados possíveis da Veja que o primeiro bloco da primeira coluna, que é
proposição composta, variando os valores lógicos das VERDADEIRO foi dividido em dois blocos de duas linhas
proposições simples p e q que a compõem. cada, em um, colocamos duas linhas VERDADEIRO e nas
outras duas linhas, FALSO. Fazendo o mesmo para o
TABELA VERDADE PARA 3 PROPOSIÇÕES SIMPLES bloco seguinte:
Vamos agora aumentar a complexidade do problema
inserindo uma terceira proposição, que chamaremos de
p q r
r. Pela relação de número de linhas da tabela, teremos
então L=23=8 linhas. A tabela fica na seguinte forma: V V
V V
p q r V F
V F
F V
F V
F F
F F

A terceira coluna é mais simples, basta subdividir


cada bloco de duas linhas em uma linha cada, colocando
V e F intercalado, montando assim todas as combinações
Para organizar todas as combinações possíveis dos possíveis:
RACIOCÍNIO LÓGICO

valores lógicos, vamos usar o mesmo artifício visto na


tabela com duas proposições simples. Primeiro, vamos
dividir a primeira coluna em dois blocos de 4 linhas, onde
o primeiro bloco será VERDADEIRO e o segundo, FALSO:

11
p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

Como exemplo, vamos montar a tabela-verdade da seguinte proposição composta: ~𝑝 → 𝑞 ∧ 𝑟 ↔ 𝑝 ∨ 𝑟 . Com a


tabela acima, vamos organizar quais informações precisamos para montar a expressão final. Observando o primeiro
parênteses, precisaremos da negação de p, ou seja, ~p. Criando uma quarta coluna e preenchendo em função da
primeira:

p q r ~p
V V V F
V V F F
V F V F
V F F F
F V V V
F V F V
F F V V
F F F V

Agora precisaremos fazer a conjunção entre q e r no primeiro parênteses para poder combinar com a negação de
p. Montando a quinta coluna com , que é a combinação entre a segunda e a terceira coluna, temos que:

p q r ~p 𝒒∧𝒓

V V V F V
V V F F F
V F V F F
V F F F F
F V V V V
F V F V F
F F V V F
F F F V F

Interessante observar que ficamos apenas com duas linhas com o valor lógico VERDADEIRO e isso não é nenhum
problema, pois quando se realiza operações lógicas não teremos sempre a divisão de 50% VERDADEIRO e 50% FALSO.
Combinando a quarta e quinta colunas, podemos formar o primeiro parênteses, que é ~𝑝 → 𝑞 ∧ 𝑟 :
RACIOCÍNIO LÓGICO

12
p q r ~p 𝒒∧𝒓 ~𝒑 → 𝒒 ∧ 𝒓

V V V F V V
V V F F F V
V F V F F V
V F F F F V
F V V V V V
F V F V F F
F F V V F F
F F F V F F

Antes de montarmos a bicondicional entre os dois parênteses, precisamos montar a coluna relativa ao segundo
parênteses da expressão. Colocando a conjunção a partir da primeira e terceira colunas:

p q r ~p 𝒒∧𝒓 ~𝒑 → 𝒒 ∧ 𝒓 𝒑∨𝒓

V V V F V V V
V V F F F V V
V F V F F V V
V F F F F V V
F V V V V V V
F V F V F F F
F F V V F F V
F F F V F F F

Finalmente, a oitava coluna é montada a partir da combinação entre a sexta e a sétima colunas:

p q r ~p 𝒒∧𝒓 ~𝒑 → 𝒒 ∧ 𝒓 𝒑∨𝒓 ~𝒑 → 𝒒 ∧ 𝒓 ↔ 𝒑∨𝒓

V V V F V V V V
V V F F F V V V
V F V F F V V V
V F F F F V V V
F V V V V V V V
F V F V F F F V
F F V V F F V F
F F F V F F F V

O resultado é interessante pois apenas a sétima linha da proposição completa possui valor lógico FALSO. Isso pode
ser facilmente uma questão de concurso, onde pergunta-se quais são os valores lógicos para que a proposição acima
seja FALSA. A resposta correta é p e q FALSOS e r VERDADEIRO.

TABELA VERDADE PARA 4 PROPOSIÇÕES SIMPLES


Os problemas envolvendo 4 proposições simples são mais trabalhosos pois envolvem 16 linhas de análise. Entretanto,
a resolução é a mesma dos problemas de duas ou três proposições simples. Considerando as proposições p, q, r e s, a
RACIOCÍNIO LÓGICO

tabela fica da seguinte maneira:

13
p q r s p q r s
V V
V V
V V
V V
V F
V F
V F
V F
F V
F V
F V
F V
F F
F F
F F
F F

A primeira coluna é dividida em dois blocos de oito A terceira coluna subdivide a segunda em blocos de
linhas, atribuindo V ao primeiro bloco e F ao segundo. duas linhas, intercalando V e F:

p q r s p q r s
V V V V
V V V V
V V V F
V V V F
V V F V
V V F V
V V F F
V V F F
F F V V
F F V V
F F V F
F F V F
F F F V
F F F V
F F F F
F F F F

A segunda coluna subdivide a primeira novamente A quarta coluna basta intercalar V e F:


em dois, formando blocos de quatro linhas, intercalando
RACIOCÍNIO LÓGICO

os valores V e F:

14
p q r s Aplicando a condicional entre a terceira e quarta
colunas:
V V V V
V V V F p q 𝑝𝑝∧∧𝑞𝑞 →→ 𝑝𝑝∨∨𝑞𝑞 𝑝∧𝑞 → 𝑝∨𝑞
V V F V
V V V V V
V V F F
V F F V V
V F V V
F V F V V
V F V F
F F F F V
V F F V
V F F F O resultado da proposição composta mostra que
F V V V todas as linhas geraram um valor lógico VERDADEIRO.
Assim, podemos classificar essa proposição composta
F V V F como Tautologia.
F V F V
F V F F FIQUE ATENTO!
F F V V O exemplo de tautologia foi com duas pro-
F F V F posições simples mas considere que a clas-
sificação é válida também para três ou mais
F F F V proposições simples.
F F F F
Contradição
A contradição é exatamente o contrário da tautologia,
CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES SEGUNDO A
onde todos os resultados lógicos da operação da
TABELA-VERDADE
proposição composta devem ser FALSOS. Observe o
Após a montagem de qualquer proposição composta
exemplo:
na tabela-verdade, podemos classificar seu resultado de
Tabela verdade para 𝑝 ↔ ~𝑞 ∧ (𝑝 ∧ 𝑞)..
três maneiras:
Antes de montarmos a proposição composta,
precisaremos montar a negação de q, a bicondicional do
Tautologia
primeiro parênteses e a disjunção do segundo, assim:
A tautologia ocorre quando todas as linhas da
coluna correspondente a proposição composta seja
VERDADEIRA. Ou seja, não importa os valores lógicos p q ~q 𝑝𝑝↔
↔~𝑞
~𝑞 ∧∧(𝑝
(𝑝∧∧𝑞).
𝑞).
das proposições simples, a proposição composta terá
sempre o valor lógico V. Observe o exemplo: V V F F V
Tabela-verdade para a proposição 𝑝 ∧ 𝑞 → 𝑝 ∨ 𝑞 . V F V V F
São duas proposições simples, o que formará quatro
F V F V F
linhas na tabela:
F F V F F
p q
Combinando a quarta e quinta colunas para montar a
V V disjunção entre os dois parênteses:
V F
F V p q ~q 𝑝𝑝 ↔
↔ ~𝑞
~𝑞 ∧∧ (𝑝
(𝑝 ∧∧ 𝑞).
𝑞). 𝑝 ↔ ~𝑞 ∧ (𝑝 ∧ 𝑞).

F F V V F F V F
V F V V F F
Inserindo os dois parênteses na terceira e quarta
colunas: F V F V F F
F F V F F F
p q 𝑝∧𝑞 → 𝑝∨𝑞
Como todas as linhas do resultado final são FALSAS,
RACIOCÍNIO LÓGICO

V V V V temos uma contradição.


V F F V Contingência
F V F V A contingência é o caso mais simples de todos
pois são as tabelas-verdade que não são tautologia ou
F F F F
contradição, ou seja, possui os dois valores lógicos (V e
F) no resultado final.

15
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (EMATER, MG – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – GESTÃO CONCURSO, 2018) Para Alencar (2002, p.14), “na tabela
verdade figuram todos os possíveis valores lógicos da proposição composta, correspondentes a todas as possíveis
atribuições de valores lógicos às proposições simples correspondentes.” Considerando duas proposições identificadas
como p e q, deseja-se construir a tabela verdade da proposição composta , conforme descrito na tabela a seguir.

Os valores lógicos da proposição composta , descritos de cima para baixo na última coluna da tabela, serão,
respectivamente,

a) (F);(F);(F);(F)
b) (F);(V);(F);(F)
c) (V);(V);(V);(V)
d) (V);(F);(V);(V)

Resposta: Letra D. O exercício já auxiliou deixando a tabela com todas as colunas organizado. A “pegadinha” é se
você esquecer de fazer a negação final, que faria você marcar a alternativa B e não a D.
p q ~q
V V F F V
V F V V F
F V F F V
F F V F V

2. (EMATER, MG – ASSESSOR JURÍDICO – GESTÃO CONCURSO, 2018) Considere que temos três proposições,
identificadas como p, q e r. Objetiva-se construir uma tabela-verdade para avaliar os valores lógicos que a proposição
composta 𝑝 𝑣 ~ 𝑟 → 𝑞 ᴧ ~ 𝑟 .A esse respeito, avalie as afirmações a seguir.

I. A tabela-verdade, nesse caso, terá seis linhas.


II. A tabela-verdade, nesse caso, terá oito linhas.
III. Haverá apenas três linhas da tabela-verdade na coluna correspondente à proposição composta p v ~ r → q ᴧ ~ r, que
assumirá o valor verdadeiro.

Está correto apenas o que se afirma em

a) II
b) III
c) I e III
d) II e III

Resposta: Letra A. Antes de montarmos a tabela-verdade, já podemos verificar que a afirmação I está errada e a
II está certa pois está relacionado com o número de linhas da tabela, que é uma função apenas da quantidade de
proposições simples, neste caso 3. Montando a tabela verdade e respeitando a ordem de resolução dos operadores
lógicos, pois não temos parênteses (negação primeiro, depois as conjunções e disjunções e por fim a condicional),
você verificará que a linhas 2,5,6 e 7 são VERDADEIRAS, tornando a afirmação III incorreta pois ela afirma que são 3
RACIOCÍNIO LÓGICO

linhas que são VERDADEIRAS.

3. (CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA – AGENTE ADMINISTRATIVO – IBFC, 2017) De acordo com o raciocínio
lógico proposicional a proposição composta [𝑝 ∨ (~𝑞 ↔ 𝑟)] → ~𝑝 é uma:

a) Contingência
b) Tautologia

16
c) Contradição
d) Equivalência

Resposta: Letra A. Construindo a tabela verdade:

p q r ~p ~q[𝑝 ∨ (~𝑞 ↔ 𝑟)] →𝒑 ∨~𝑝


(~𝒒 ↔ 𝒓) 𝒑 ∨ ~𝒒 ↔ 𝒓 → ~𝒑

V V V F F F V F
V V F F F V V F
V F V F V V V F
V F F F V F V F
F V V V F F F V
F V F V F V V V
F F V V V V V V
F F F V V F F V

PROPOSIÇÕES LÓGICAS

As proposições categóricas são formadas basicamente por três palavras: Todo, Nenhum e o Algum. Desta última,
deriva-se também o “Algum Não” para completar as quatro proposições fundamentais. Assim, vamos interpretar e
representar as seguintes expressões:

Todo A é B
A primeira proposição categórica é bem conhecida e facilmente interpretada. Ela afirma que todos os elementos
que pertencem ao grupo (ou na nossa linguagem, conjunto) A também pertencem ao conjunto B. Para este caso, temos
duas representações possíveis:

O primeiro caso talvez seja o que a maioria das pessoas pensam quando se diz que “Todo A é B”, ou seja, o
conjunto A sendo subconjunto do conjunto B. Entretanto, quando ambos os conjuntos são coincidentes, ou sejam,
são exatamente iguais, a proposição ainda é válida, com todos os elementos do conjunto A pertencentes também ao
conjunto B.

FIQUE ATENTO!
Observe que quando falamos que “Todo A é B” não é necessariamente verdade que “Todo B é A” pois o
primeiro caso da figura acima justifica que nem todos os elementos de B podem pertencer ao conjunto A.”.

Nenhum A é B
A segunda proposição categórica é a mais simples de se observar através do diagrama de conjuntos pois quando
RACIOCÍNIO LÓGICO

falamos que “Nenhum A é B”, conclui-se que nenhum elemento do conjunto A pertence ao conjunto B, ou seja, são dois
conjuntos distintos sem nenhuma intersecção:

17
Algum A não é B
Análogo a proposição anterior, a proposição “Algum
A não é B” estabelece que há ao menos um elemento de
A que não pertence ao conjunto B. Novamente não se
estipula quantos elementos de A não são de B (e podem
ser todos eles inclusive), mas sim que não temos todos os
elementos de A pertencendo a B, algum necessariamente
não será. São três diagramas para representar essa
proposição categórica:

Diferentemente da proposição “Todo A é B”, dizer


que “Nenhum A é B” é logicamente equivalente a dizer
que “Nenhum B é A”, ou seja, permite-se a inversão dos
conjuntos sem prejudicar o raciocínio.

Algum A é B
As próximas duas proposições também são
categóricas, mas não casos extremos como as anteriores
em que ou temos todos os elementos de A pertencente
a B ou não temos nenhum. A expressão “Algum A é
B” estabelece que ao menos um elemento pertence
também ao conjunto B. Ela não fala quantos elementos
de A pertencem a B (podem ser todos inclusive), o que ela
descarta é o fato de nenhum elemento de A pertencer a B,
e essa consideração será importante quando estudarmos
a negação das proposições categóricas.
Além disso, são quatro diagramas possíveis para
interpretar essa proposição:

No primeiro caso, como temos elementos exclusivos


de A e B, esses elementos exclusivos satisfazem a
proposição. No segundo caso, temos B como subconjunto
de A sem serem coincidentes, o que também deixam
alguns elementos de A não pertencendo a B. Finalmente
o terceiro caso, onde A e B não possuem intersecção
(coincidente com “Nenhum A é B”), temos que os
elementos de A não pertencem a B, bastava apenas 1
mas nesse caso foram todos.

CLASSIFICAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS


As quatro proposições categóricas também
possuem nomes formalizados que são de importante
Os dois primeiros casos remetem ao conjunto A ser conhecimento para se interpretar enunciados de
subconjunto de B ou vice-versa. Em ambos conseguimos concursos que utilizarem essas definições. Vamos a elas
afirmar que existe ao menos um elemento de A que
pertence a B. O terceiro caso é o mesmo de “Todo A é B” Proposição Universal Afirmativa
pois, como dissemos, essa proposição afirma que temos A proposição universal afirmativa é equivalente
no mínimo um elemento de A que está em B, então a expressão “Todo A é B”, ou seja, todo o universo do
logicamente todos os elementos de A pertencerem a conjunto A pertence a B.
B atendem a “Algum A é B”. E o último caso é aquele
onde temos termos exclusivos de A e B, mas uma região Proposição Universal Negativa
de interseção onde há elementos pertencentes aos dois A proposição universal negativa é equivalente a
conjuntos, satisfazendo a proposição. expressão “Nenhum A é B”, ou seja, todo o universo do
RACIOCÍNIO LÓGICO

Além disso, é possível inverter os conjuntos de conjunto A não pertence a B.


posição e manter a lógica correta, ou seja, se falarmos
que “Algum A é B”, pode-se afirmar que “Algum B é A” Proposição Particular Afirmativa
A proposição particular afirmativa é equivalente a
expressão “Algum A é B”, ou seja, algum caso de todo o
universo do conjunto A pertence a B.

18
Proposição Particular Negativa Se é verdade que “Alguns A são R” e que “Nenhum G
A proposição particular negativa é equivalente a é R”. então é necessariamente verdadeiro que:
expressão “Algum A não é B”, ou seja, algum caso de a) Algum A não é G
todo o universo do conjunto A não pertence a B. b) Algum A é G
c) Nenhum A é G
RELAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS d) Algum G é A
As proposições categóricas possuem relações entre si e) Nenhum G é A.
para aplicarmos valores lógicos quando necessário. Para
ajudar na memorização, construiu-se um diagrama com Observem neste caso que temos 3 conjuntos: A,R
as definições apresentadas abaixo: e G e eles estão relacionados através de proposições
categóricas. Para resolver esse tipo de problema, temos
que utilizar dos diagramas de conjuntos para entende-
lo. A ordem de aplicação das proposições determina seu
êxito no exercício, onde recomenda-se começar pelas
proposições universais e depois partir para as particulares.
Iniciando então por “Nenhum G é R”, o diagrama fica da
seguinte forma:

As proposições que são contraditórias entre si, ou


seja, aquelas ligadas pela diagonal do problema serão
justamente as negações lógicas da proposição categórica
considerada, ou seja:
Nesse caso, G e R não possuem intersecções. Feito
- A negação de “Todo A é B” é “Algum A não é B”
isso, deve-se analisar a proposição “Algum A é R”, que
- A negação de “Nenhum A é B” é “Algum A é B”
possui 4 casos distintos. Além disso, não sabemos se A
- A negação de “Algum A é B” é “Nenhum A é B”
intersecta ou não o conjunto G, portanto teremos que
- A negação de “Algum A não é B” é “Todo A é B”
considerar ambos os casos:
Ou seja, nas proposições categóricas, negar uma
proposição universal é transformá-la em uma proposição - A é subconjunto de R: Nesta primeira situação, A
particular de afirmação contrária e vice-versa. Isso reforça não poderá intersectar G pois está dentro de R e nenhum
o que foi dito no início do capítulo que a negação de R é G:
“Todo A é B” não é “Nenhum A é B” e agora fica fácil
de entender pois para que “Todo A é B” seja falso, basta
apenas um único elemento de A não pertencer a B, o
caracteriza a proposição “Algum A não é B”.

No caso das relações “subalternas”, quando temos o


valor lógico definido da proposição universal, podemos
expandi-lo para a sua correspondente proposição
particular, ou seja:
- O valor lógico da proposição particular afirmativa
será o mesmo que o da proposição universal
afirmativa. - R é subconjunto de A: Nesta primeira situação,
- O valor lógico da proposição particular negativa será podemos ter A intersectando G ou não:
o mesmo que o da proposição universal negativa.

ANÁLISE COM MAIS DE UMA PROPOSIÇÃO


RACIOCÍNIO LÓGICO

CATEGÓRICA ENVOLVIDA
Os problemas envolvendo proposições categóricas
podem ser simples de se revolver como visto no
exercício comentado acima, porém, existem casos mais
elaborados, onde pode haver 3 ou mais conjuntos para
serem analisados. Observe esse exemplo extraído de
uma banca que aborda muito o raciocínio lógico, a ESAF:

19
- A e R são coincidentes: Neste caso, A não cruza G
pois nenhum R é G;
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (PC-ES – PERITO CRIMINAL – FUNCAB, 2013).


A negação de “Todos os padeiros dessa cidade são
talentosos” é:

a) Todos os padeiros dessa cidade não são talentosos.


b) Somente um padeiro dessa cidade é talentoso.
c) Não já padeiro talentoso nessa cidade.

d) Existe algum padeiro dessa cidade que não é talentoso.


- A e R possuem intersecção com elementos e) Não há padeiros nessa cidade.
exclusivos: Neste caso, pode-se haver intersecção ou não
de A em G: Resposta: Letra D. A negação de uma proposição
universal afirmativa será uma proposição particular
negativa, ou seja “Algum A não é B” que nesse caso é
“Algum padeiro dessa cidade não é talentoso”.

2. (SERPRO – ANALISTA – ESAF, 2001). Todos os alunos


de Matemática são, também, alunos de Inglês, mas
nenhum aluno de inglês é aluno de História. Todos os
alunos de Português são também alunos de informática,
e alguns alunos de informática são também alunos de
história. Como nenhum aluno de informática é aluno de
inglês, e como nenhum aluno de Português e aluno de
História, então:

a) pelo menos um aluno de Português é aluno de Inglês


b) pelo menos um aluno de Matemática é aluno de
História
c) nenhum aluno de Português é aluno de Matemática
d) todos os alunos de Informática são alunos de
Matemática
e) todos os alunos de Informática são alunos de Português

Resposta: Letra C. São muitos diagramas para


Portanto são 6 casos para se analisar e verificar qual se montar, porém quase todos são proposições
alternativa atende todos simultaneamente: universais de fácil entendimento. Unificando todas as
a) Algum A não é G: Se observarmos os 6 casos, informações, monta-se o diagrama e se observa que
sempre há ao menos um todos os elementos de nenhum aluno de Português é aluno de Matemática.
A que não pertencem a G, ou seja, não há nenhum
caso onde todos os elementos de A estão dentro
de G. Logo esta alternativa aparenta ser a correta.
b) Algum A é G: No primeiro, terceiro, quarto e sexto
casos, nenhum elemento de A pertence a G, logo
esta alternativa não é a correta.
c) Nenhum A é G: No segundo e quinto casos,
há elementos de A que estão em G, logo esta
alternativa não é a correta.
d) Algum G é A: Os casos onde A e G não se cruzam
eliminam esta alternativa da mesma forma que na EQUIVALÊNCIA LÓGICA
alternativa b
e) Nenhum G é A: Da mesma forma que as alternativa A equivalência lógica é a relação entre duas proposi-
RACIOCÍNIO LÓGICO

b e d, os casos onde A e G possuem intersecção ções lógicas que serão ditas equivalentes, ou seja, ao se
são suficientes para eliminar esta alternativa. montar a tabela-verdade de ambas, a distribuição dos
valores lógicos será a mesma.
Logo, encontramos a alternativa correta. O que é O domínio desta teoria passará ao candidato a se-
importante observar é que problemas envolvendo mais gurança de se manipular expressões lógicas, buscando
de uma proposição categórica podem ser complicados e a equivalência correta nas alternativas da questão. Na
requererem uma análise aprofundada de todos os casos. maioria das vezes, os enunciados das questões de equi-

20
𝑝𝑝 ∧∧ 𝑞𝑞 =
= 𝑞𝑞 ∧∧ 𝑝𝑝
valência lógica, usando frases simples como: “A negação 𝑝𝑝 ∨∨ 𝑞𝑞 =
= 𝑞𝑞 ∨∨ 𝑝𝑝
da expressão ... é:” ou também “A expressão logicamente
equivalente a ... é:”. 𝑝𝑝 ↔
↔ 𝑞𝑞 =
= 𝑞𝑞 ↔
↔ 𝑝𝑝
Para resolver esses exercícios, o candidato deverá re-
conhecer na expressão original que tipo de equivalência
pode ser usada e é isso que iremos apresentar nas seções Ou seja, para a disjunção, conjunção e bicondicional é
a seguir. possível inverter a ordem das proposições simples, man-
tendo o resultado final da proposição composta. Usando
EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS NOTÁVEIS novamente frases como exemplo, temos que se p = “An-
Iniciando pelas equivalências mais simples, apresen- dei 5km” e q = “Tomei um suco”:
taremos os cinco primeiros casos de relações lógicas: Andei 5km e tomei um suco = Tomei um suco e andei 5 km
Andei 5km ou tomei um suco = Tomei um suco ou
Dupla Negação andei 5 km
A dupla negação já foi introduzida quando se definiu Andei 5km se e somente se tomei um suco = Tomei
o operador lógico negação, ou o “não” e se apresentou um suco se e somente se andei 5 km
que “a negação da negação é a própria afirmação”. Em
outras palavras, a dupla negação anula dois operadores
“não” que estão juntos, como no exemplo a seguir: FIQUE ATENTO!
O leitor mais atento percebeu uma poten-
~ ~𝑝 = 𝑝 cial “pegadinha” nesta propriedade pois ela
não vale para o operador “Se...então” que é a
Ou seja, os dois operadores lógicos “~” são retirados, condicional. Muita atenção quando for utili-
restando apenas a proposição simples. zar essa propriedade!

Idempotência Associação
A idempotência trata de duas relações, uma com o A propriedade associativa também tem a mesma ca-
operador “e” (conjunção) e outra com o operador “ou” racterística encontrada na matemática, onde você pode
(disjunção). A idéia básica é mostrar que quando se apli- inverter a ordem das operações lógicas. Isso só pode ser
ca esses operadores na mesma proposição simples, o re- feito caso tenhamos APENAS disjunção e conjunção nas
sultado é a própria proposição. Vejam os casos: operações, observe:

𝑝∧𝑝=𝑝 𝑝 ∧𝑝 ∧𝑞 ∧𝑞𝑟∧ 𝑟= =𝑝 ∧𝑝 𝑞∧ 𝑞∧ 𝑟∧ 𝑟

𝑝∨𝑝=𝑝 𝑝 ∨𝑝 ∨𝑞 ∨𝑞 𝑟∨ 𝑟= =𝑝 ∨𝑝𝑞∨ 𝑞∨ 𝑟∨ 𝑟

Essa equivalência é fácil verificar na tabela-verdade: O que a propriedade nos mostrou é que podemos
fazer a operação entre p e q antes de realizar a operação
entre q e r.
p 𝑝∧𝑝=𝑝 𝑝∨𝑝=𝑝
Distribuição
V V V A propriedade distributiva também segue a analogia
F F F da propriedade vista na matemática, sendo conhecida
também como a propriedade “chuveirinho” onde a partir
Tanto na tabela-verdade da disjunção e da conjunção, de um operador lógico externo aos parênteses, faz-se a
quando ambas as proposições são VERDADEIRAS, o re- distribuição nos elementos internos, desta forma:
sultado é VERDADEIRO e quando ambas são FALSAS, o
resultado da proposição composta é FALSO.
𝑝 ∧𝑝 ∧𝑞 ∨𝑞𝑟∨ 𝑟= =𝑝 ∧𝑝𝑞∧ 𝑞∨ (𝑝
∨ (𝑝 ∧ 𝑟)
∧ 𝑟)
Usando frases nas proposições, essa propriedade nos
permite dizer que se p = “João é professor”, temos que: 𝑝 ∨𝑝 ∨𝑞 ∧𝑞𝑟∧ 𝑟= =𝑝 ∨𝑝𝑞∨ 𝑞∧ (𝑝
∧ (𝑝 ∨ 𝑟)
∨ 𝑟)
João é professor e João é professor = João é professor
João é professor ou João é professor = João é pro-
fessor Observe novamente que essa propriedade também é
válida APENAS para os operadores disjunção (“e”) e con-
Comutação junção (“ou”), sendo incorreto aplicar na condicional e na
A propriedade comutativa da equivalência lógica é bicondicional. Usando frases como exemplo, considere
RACIOCÍNIO LÓGICO

análoga a propriedade de mesmo nome da matemática. que: p = “Almir é biólogo”, q = “Joseval é escritor” e r
Ela descreve que podemos mudar a ordem das propo- = “Arlequina é bandida”, assim:
sições simples sem afetar o resultado final. Existem três A propriedade 𝑝 ∧ 𝑞 ∨ 𝑟 = 𝑝 ∧ 𝑞 ∨ (𝑝 ∧ 𝑟) nos
casos: permite dizer que a proposição: “Almir é biólogo, e Jo-
𝑝 ∨ 𝑞 ∧é 𝑟bandida”
seval é médico ou Arlequina = 𝑝 ∨ 𝑞é ∧equivalente
(𝑝 ∨ 𝑟)
𝑝∧𝑞 =𝑞∧𝑝 à proposição: “Almir é biólogo e Joseval é escritor, ou
𝑝∨𝑞=𝑞∨𝑝 Almir é biólogo e Arlequina é bandida”

𝑝↔𝑞=𝑞↔𝑝

21
𝑝 ∧ 𝑞 ∨ 𝑟 = 𝑝 ∧ 𝑞 ∨ (𝑝 ∧ 𝑟)

Já a propriedade 𝑝 ∨ 𝑞 ∧ 𝑟 = 𝑝 ∨ 𝑞 ∧ (𝑝 ∨ 𝑟) nos permite dizer que a proposição: “Almir é biólogo, ou Joseval


é médico e Arlequina é bandida” é equivalente à proposição: “Almir é biólogo ou Joseval é escritor, e Almir é biólogo
ou Arlequina é bandida”

NEGAÇÃO DOS OPERADORES LÓGICOS


Este tópico provavelmente é o mais importante deste capítulo pois apresentará as negações das proposições lógi-
cas mais utilizadas: “Disjunção”, “Conjunção”, “Condicional” e “Bicondicional”

Negação da conjunção – Regra de De Morgan


As negações da conjunção e da disjunção são conhecidas como Regras de De Morgan e são fáceis de memorizar
pela sua estrutura simples:
∼ 𝑝 ∧ 𝑞 = ~𝑝 ∨∼ 𝑞

A regra nos diz que ao negar uma conjunção, podemos negar individualmente cada proposição simples trocando o
operador “e” por um operador “ou”. A prova desta relação se dá na tabela-verdade a seguir:

p q ∼ 𝑝 ∧ 𝑞 =~~𝑝𝒑∨∼
∧ 𝒒𝑞 ~p
∼ 𝑝 ∧~q
𝑞 = ~𝑝 ∨∼ 𝑞

V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V

Observando a quarta e a sétima coluna, verifica-se o mesmo valor lógico em todas as linhas, o que prova a equi-
valência.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Eu sei nadar” e q = “Eu sei correr”, a negação correta de
“Eu sei nadar e sei correr” será “Eu não sei nadar ou não sei correr”

Negação da disjunção – Regra de De Morgan


A negação da disjunção também é conhecida como Regra de De Morgan:
∼ 𝑝 ∨ 𝑞 = ~𝑝 ∧∼ 𝑞

A regra nos diz que ao negar uma disjunção, podemos negar individualmente cada proposição simples trocando o
operador “ou” por um operador “e”. A prova desta relação se dá na tabela-verdade a seguir:

p q ∼ 𝑝 ∧ 𝑞 = ~𝑝
~ 𝒑∨∼
∧𝒒𝑞 ~p
∼ 𝑝 ∧~q
𝑞 = ~𝑝 ∨∼ 𝑞

V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V

Observando a quarta e a sétima coluna, verifica-se o mesmo valor lógico em todas as linhas, o que prova a equi-
valência.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Andei de bicicleta” e q = “joguei futebol”, a negação cor-
reta de “Eu andei de bicicleta ou joguei futebol” será “Eu não andei de bicicleta e não joguei futebol”.
RACIOCÍNIO LÓGICO

Negação da Condicional
A negação da condicional é uma expressão que vem derivada de outras duas equivalências lógicas: Regra de De
Morgan e Implicação material (apresentada nos tópicos seguintes). Como a idéia não é apresentar deduções, vamos
mostrar a equivalência e prova-la através da tabela-verdade:
∼ 𝑝 → 𝑞 = 𝑝 ∧∼ 𝑞

22
Montando a tabela-verdade:

p q 𝒑→𝒒 ~ 𝒑→𝒒 ~q 𝒑 ∧∼ 𝒒

V V V F F F
V F F V V V
F V V F F F
F F V F V F

Comparando a quarta e sexta colunas, podemos observar que todas as linhas possuem os mesmos valores lógicos,
comprovando a equivalência desta negação.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Fiz muitos gols” e q = “Sou o artilheiro”, a negação correta
de “Se fiz muitos gols então sou o artilheiro” será “Fiz muitos gols e não sou o artilheiro”.

Negação da Bicondicional
Certamente a negação da bicondicional é a expressão mais difícil dentre as apresentadas na equivalência lógica. Ela
não é simples de deduzir e usaremos a mesma abordagem da negação da condicional, que é apresentar a expressão
e provar com a tabela-verdade:
∼ 𝑝 ↔ 𝑞 = (𝑝 ∧∼ 𝑞) ∨ (𝑞 ∧ ~𝑝)

Montando a tabela-verdade:

p q∼ 𝑝 ↔ 𝑞 =∼(𝑝𝑝∧∼
↔ 𝑞) ~p
𝑞 ∼∨=(𝑞
𝑝
(𝑝↔ 𝑞~q𝑞)
∧∧∼
~𝑝) =∨(𝑝(𝑞∧∼
∧ ~𝑝)
𝑞) ∨∼(𝑞𝑝∧↔
~𝑝)
𝑞 = (𝑝 ∧∼ 𝑞) ∨ (𝑞 ∧ ~𝑝)
V V V F F F F F F
V F F V F V V F V
F V F V V F F V V
F F V F V V F F F

Observando a quarta e nona colunas, verifica-se o mesmo valor lógico em todas as linhas, o que prova a equiva-
lência lógica.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Passei de ano” e q = “Tirei 10 na prova”, a negação correta
de “Passei de ano se e somente se tirei 10 na prova” será “Passei de ano e não tirei 10 na prova ou tirei 10 na prova e
não passei de ano”.

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS DA CONDICIONAL E BICONDICIONAL


Além das negações dos operadores lógicos condicional e bicondicional, existem outras equivalências lógicas impor-
tantes que estatisticamente são cobradas com certa frequência nos concursos públicos e serão apresentadas a seguir:

Implicação Material
A implicação material é uma equivalência lógica aplicada ao operador condicional que transforma esse operador
em uma disjunção (“ou”):
𝑝 → 𝑞 = ~𝑝 ∨ 𝑞

Montando a tabela-verdade:

p q ~p
𝑝 → 𝑞 𝑝 =→~𝑝
𝑞 ∨=𝑞~𝑝 ∨ 𝑞
RACIOCÍNIO LÓGICO

V V V F V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

23
A terceira e quinta colunas possuem os mesmos valores lógicos em todas as linhas, podendo afirmar que são, por-
tanto, proposições equivalentes.
Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “Andei distraído” e q = “Tropecei na calçada”, uma expres-
são equivalente a “Se andei distraído então tropecei na calçada” será “Não andei distraído ou tropecei na calçada”

Transposição
A transposição, como o próprio nome diz, é aplicada ao operador condicional, trocando de posição as proposições
simples, algo que não é permitido diretamente pela propriedade comutativa apresentada anteriormente. A equivalên-
cia é a seguinte:
𝑝 → 𝑞 = ~𝑞 → ~𝑝

Ou seja, nega-se e inverte-se as proposições simples para formar a equivalência. Comprovando pela tabela-verdade:

p q ~p →𝑝 ~𝑝
𝑝 → 𝑞 = ~𝑞 →~q𝑞 = ~𝑞 → ~𝑝

V V V F F V
V F F F V F
F V V V F V
F F V V V V

Assim, como a terceira e sexta colunas são idênticas, temos a equivalência lógica comprovada.
Usando as frases da implicação material como exemplo novamente, se considerarmos p = “Andei distraído” e q
= “Tropecei na calçada”, uma expressão equivalente a “Se andei distraído então tropecei na calçada” será “Se não
tropecei na calçada, então não andei distraído”

FIQUE ATENTO!
Sempre que no enunciado de um exercício de equivalência tivermos o operador condicional, desconfie se
não será aplicada as regras de implicação material ou transposição, normalmente elas que serão utilizadas
para resolver a questão!

Equivalência Material
A equivalência material é a última relação que veremos neste capítulo e envolve o operador bicondicional que sem-
pre irá proporcionar expressões maiores para memorização. Além disso, são dois casos para se analisar: O primeiro,
transforma-se a bicondicional em duas operações condicionais:
𝒑↔𝒒 = 𝒑→𝒒 ∧ 𝒒→𝒑

Intuitivamente essa expressão não é difícil pois o próprio nome “bicondicional” já se refere a “duas condicionais”.
O importante é lembrar que as duas condicionais são ligadas por um operador “e” e não por um operador “ou”. A
tabela-verdade fica:

p q 𝒑𝒑 ↔
↔ 𝒒𝒒 =
= 𝒑𝒑 →
→ 𝒒𝒒 ∧∧ 𝒒𝒒
𝒑→→
↔𝒑𝒑𝒒 = 𝒑 → 𝒒 ∧ 𝒒 → 𝒑
V V V V V V
V F F F V F
F V F V F F
F F V V V V
RACIOCÍNIO LÓGICO

Usando frases como exemplo, se considerarmos p = “A bolsa é azul” e q = “O estojo é vermelho”, uma expressão
equivalente para “A bolsa é azul se e somente se o estojo é vermelho” será “Se a bolsa é azul então o estojo é vermelho
e se o estojo é vermelho então a bolsa é azul”.
O outro caso de equivalência material é a conversão da bicondicional em operadores “ou” e “e”:
𝒑 ↔ 𝒒 = 𝒑 ∧ 𝒒 ∨ ~𝒑 ∧ ~𝒒

24
Essa expressão não é tão intuitiva como o primeiro caso mas dá para se criar um raciocínio imaginando que a bi-
condicional foi separada em duas conjunções das afirmações e negações ligadas por uma disjunção. A tabela-verdade
fica desta maneira:

p q 𝒑 ↔ 𝒒 = ~p
𝒑𝒑→↔𝒒~q
𝒒∧ =𝒒 𝒑
→∧𝒑𝒒 ∨ ~𝒑
𝒑↔∧ ~𝒒
𝒒 = 𝒑 ∧ 𝒒 ∨ ~𝒑 ∧ ~𝒒

V V V F F V F V
V F F F V F F F
F V F V F F F F
F F V V V F V V

Com a terceira e oitava coluna idênticas, temos a equivalência comprovada. Usando as mesmas frases como exem-
plo, se considerarmos p = “A bolsa é azul” e q = “O estojo é vermelho”, uma outra expressão equivalente para “A
bolsa é azul se e somente se o estojo é vermelho” será “A bolsa é azul e o estojo é vermelho ou a bolsa não é azul e
o estojo não é vermelho”.

EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (EMSERH – PSICÓLOGO – FUNCAB, 2016). Dizer que não é verdade que Francisco é dentista e Tânia é enfermeira,
é logicamente equivalente a dizer que é verdade que:

a) Se Francisco não é dentista, então Tânia não é enfermeira.


b) Francisco não é dentista e Tânia não é enfermeira.
c) Se Francisco não é dentista, então Tânia é enfermeira.
d) Francisco não é dentista ou Tânia não é enfermeira.
e) Francisco é dentista ou Tânia não é enfermeira.

Resposta: Letra D. Aplicando a regra de De Morgan, a negação da conjunção será a disjunção das negações, então
nega-se ambas as proposições e aplica-se o operador “ou”.

2. (TJ-SP – ESCREVENTE – VUNESP, 2017). Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:

a) Se João é rico, então Maria é pobre


b) João não é rico, e Maria não é pobre
c) João é rico, e Maria não e pobre
d) Se João não é rico, então Maria não é pobre
e) João não é rico, ou Maria não é pobre

Resposta: Letra B. Aplicando a regra de De Morgan, a negação da disjunção será a conjunção das negações.

3. (PREFEITURA DE MARILÂNDIA – AGENTE ADMINISTRATIVO – IDECAN, 2016). A negação da proposição com-


posta “Se goleia o rival, então é campeão” é equivalente a:

a) Não goleia o rival e é campeão.


b) Goleia o rival e não é campeão.
c) Não goleia o rival ou é campeão.
d) Nem goleia o rival, nem é campeão.

Resposta: Letra B. A negação da condicional é uma conjunção da primeira proposição com a negação da segunda,
o que aparece na alternativa B.
RACIOCÍNIO LÓGICO

4. (TJ-PR – ANALISTA JUDICIÁRIO – PUC-PR, 2017). Arno, especialista em lógica, perguntou: qual a negação de “hoje
é carnaval se, e somente se, for 8 ou 9 de fevereiro”?

A resposta CORRETA é:

a) Hoje não é Carnaval se, e somente se, não for 8 ou 9 de fevereiro


b) Hoje não é Carnaval e não é 8 nem 9 de fevereiro

25
c) Hoje não é Carnaval e é 8 ou 9 de fevereiro ou hoje é 7. (PMRJ – ADMINISTRADOR – PMRJ, 2016). A propo-
Carnaval e não é nem 8 e nem 9 de fevereiro sição equivalente para “A lua é um satélite natural se e
d) Hoje é Carnaval e é 8 de fevereiro somente se Saturno ter anéis” é:
e) Hoje é Carnaval e é 8 ou 9 de fevereiro ou hoje não é
Carnaval e não é nem 8 e nem 9 de fevereiro a) Se a Lua é um satélite natural, então Saturno tem anéis
ou Se Saturno tem anéis, então a Lua é um satélite
Resposta: Letra C. Questão trabalhosa mas possível. natural
Considere p = “Hoje é Carnaval” e q = “É 8 ou 9 de b) Se a Lua é um satélite natural, então Saturno não tem
fevereiro”. Aplicando a negação da bicondicional, te- anéis e Se Saturno não tem anéis, então a Lua é um
mos que: = Hoje é carnaval e não é nem 8 e nem 9 satélite natural
de fevereiro ou é 8 ou 9 de fevereiro e não é carnaval. c) Se a Lua é um satélite natural, então Saturno tem anéis
Usando a propriedade comutativa onde podemos in- e Se Saturno tem anéis, então a Lua é um satélite na-
verter a ordem das proposições, conseguimos montar tural
a alternativa C. d) Se a Lua não é um satélite natural, então Saturno não
tem anéis e Se Saturno tem anéis, então a Lua é um
5. (ANAC – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF, 2016). satélite natural
A proposição “se o voo está atrasado, então o aeroporto
está fechado para decolagens” é logicamente equivalen- Resposta: Letra C. Aplicando a equivalência material
te à proposição: que transforma a bicondicional em duas condicionais,
temos que “Se a Lua é um satélite natural, então sa-
a) o voo está atrasado e o aeroporto está fechado para turno tem anéis e se Saturno tem anéis, então a Lua é
decolagens. um satélite natural”.
b) o voo não está atrasado e o aeroporto não está fecha-
do para decolagens.
c) o voo está atrasado, se e somente se, o aeroporto está LÓGICA DA ARGUMENTAÇÃO
fechado para decolagens.
d) se o voo não está atrasado, então o aeroporto não Tanto o argumento, quanto a proposição, formam as
está fechado para decolagens. bases para o estudo da lógica. Todavia, a proposição ain-
e) o voo não está atrasado ou o aeroporto está fechado da continua sendo o elemento fundamental, pois a partir
para decolagens. dela que são construídos os argumentos. Mas afinal de
contas, o que é um Argumento? Essa definição é impor-
Resposta: Letra E. Como a questão envolve condicio- tante para o seguimento do capítulo e será apresentada
nal, devemos pensar em aplicar a implicação material a seguir.
ou a transposição. Olhando as alternativas, temos ape- Um argumento é feito de uma composição de duas
nas uma delas que é condicional, então provavelmen- ou mais proposições. Diferentemente de uma proposi-
te será melhor aplicar a implicação material primeiro, ção composta, o argumento apresenta as proposições
que gera o seguinte resultado: “O voo não está atra- de maneira separada, classificando-as em dois tipos:
sado ou o aeroporto está fechado para decolagens”. Premissas e Conclusão. As premissas são as bases e as
informações que irão nortear a Conclusão (que é única,
6. (PMRJ – ADMINISTRADOR – PMRJ, 2016). Uma apenas 1 proposição pode ser a conclusão). Assim, a es-
proposição logicamente equivalente a “se eu não posso trutura básica de um argumento é: Premissas Conclusão.
pagar um táxi, então vou de ônibus” é a seguinte: Normalmente, os argumentos são apresentados na
forma vertical, separando as premissas e a conclusão por
a) se eu não vou de ônibus, então posso pagar um táxi um traço, desta maneira:
b) se eu posso pagar um táxi, então não vou de ônibus
c) se eu vou de ônibus, então não posso pagar um táxi
d) se eu não vou de ônibus, então não posso pagar um
táxi

Resposta: Letra A. Como todas as alternativas são


condicionais, provavelmente o exercício se resolve As três premissas informam que há uma caracterís-
aplicando a transposição. Negando as duas proposi- tica genética de olhos azuis na família, onde seu pai e
ções e invertendo a ordem, temos que “Se eu não vou você possuem olhos azuis. Dadas essas informações,
de ônibus, então posso pagar um taxi”. Observe que concluiu-se que seu filho terá a mesma característica, ou
já temos uma negação na frase original e na hora de seja, olho azul.
RACIOCÍNIO LÓGICO

negarmos, faremos uma dupla negação, eliminando Como este argumento é mais genérico, vamos a um
os dois “não”. mais direto que vocês irão lidar em seus concursos:

26
A argumentação apresenta que o grupo denominado Diagramas de Conjuntos (Euler)
“brasileiros” pertence em sua integralidade ao conjunto A análise de argumentos usando os diagramas de
“devedores”. Assim, se eu pertenço ao grupo dos “brasi- conjuntos só é efetivamente vantajosa se os argumentos
leiros”, naturalmente estarei no grupo “devedores”. forem montados com proposições categóricas (capítulo
Um ponto importante a se ressaltar neste exemplo 5). Ou seja, as premissas devem conter as expressões que
é a estrutura particular dele. Quanto tivermos um argu- designam este tipo, como todo, nenhum, algum e al-
mento composto por 2 (duas) premissas e a conclusão, gum não. Algumas variações podem existir, como pelo
ele será considerado um caso particular e terá o nome menos um e cada um, mas sempre serão remetidas as
de silogismo. proposições que aprendemos no capítulo anterior.
Ambos os argumentos foram conclusões verdadei- Este método prevê que desenharemos as premissas
ras das premissas que consideramos. Neste caso, iremos dentro de cada conjunto correspondente, procurando as
classifica-los como argumentos válidos, ou seja, as pre- interseções entre eles. Após a construção do diagrama,
missas levam a esta conclusão. verifica-se a validade do argumento.
A oposição disso é justamente uma ou mais premis- Exemplo:
sas falharem na conclusão, e isso tornará o argumento
inválido, pois não atende integralmente todas as premis-
sas.
Outro caso de argumentos que podem ser cobrados
são aqueles que envolvem conectivos lógicos, como por
exemplo, neste exercício que caiu em um concurso:
O ponto chave da lógica da argumentação é verificar
se a conclusão é uma consequência lógica das premissas.
Isso será feito neste caso usando os conjuntos. A primei-
ra proposição diz que todas as mulheres são morenas,
assim o conjunto “mulheres” está dentro ou é coinciden-
te ao conjunto “morenas”:
Se considerarmos as proposições:

Ou seja, toda a argumentação é montada sob propo-


sições compostas ligadas pelos conectivos lógicos. Nos
concursos públicos, isso pode aparecer diretamente, ou
em forma de frases onde o leitor deverá convertê-la para
expressões lógicas. Para verificar se o argumento é válido
ou não, usaremos as técnicas apresentadas a seguir.

ANÁLISE DA VALIDADE DOS ARGUMENTOS


Normalmente quando os argumentos são analisados,
a primeira estratégia pensada é o uso dos diagramas de A segunda proposição diz que nenhuma morena can-
conjuntos, ou conhecidos também como diagramas de ta, ou seja, não há intersecção entre esses conjuntos:
Euler. Essa estratégia será a primeira a ser apresentada
nesta seção, porém, é importante que fique claro que
ela funciona em alguns casos específicos e que em casos
onde o argumento foi construído sob conectivos lógicos
(exemplo anterior), sua praticidade não é encontrada.
Logo, serão apresentadas 4 estratégias definitivas para
se resolver qualquer problema de argumentação.

FIQUE ATENTO!
Vocês encontrarão exercícios onde mais de
RACIOCÍNIO LÓGICO

uma técnica pode ser usada para sua reso-


lução. Esta apostila será uma referência para
sugestão de qual técnica utilizar. Caso con- Assim, a conclusão torna-se válida pois o conjunto
siga resolver por outra técnica, é um ponto mulheres também não possui intersecção com o conjun-
a mais no seu aprendizado. tos “cantoras”, tornando assim o argumento válido. É im-
portante frisar que sabemos que parte das mulheres não
são morenas mas isso não pode interferir na validade do

27
argumento. A única coisa que devemos ver sob o ponto
de vista lógico é que se as premissas forem verdadeiras,
temos que ter a conclusão verdadeira.
Vamos agora com um exemplo de argumento inváli-
do. Observem:

Repetindo a estratégia do exemplo anterior, temos ou


que a primeira premissa nos mostra que o conjunto
“convidados” está dentro ou é coincidente ao conjunto
“parentes”:

A conclusão nos fala que Roberto não é parente, o


que é verdade na segunda e na terceira possibilidade.
Na primeira, ambas as premissas são atendidas mas a
conclusão é falsa, já que Roberto está dentro do conjunto
ou parentes.
Quando uma ou mais das possibilidades falha, não
temos garantia integral do argumento, tornando-o invá-
lido.

Premissas verdadeiras
A segunda estratégia já envolve premissas que não
tenham as proposições categóricas. Ela é eficiente quan-
do ao menos uma das proposições é simples, ou seja,
não há nenhum conectivo lógico com ela ou se temos
uma das premissas com uma conjunção, pois assim con-
seguimos valorar logicamente as proposições simples
que a compõe.
Para avaliar a validade do argumento, basta adotar
A segunda premissa nos mostra que Roberto não é que todas as premissas são verdadeiras e a partir da pro-
um convidado. Neste caso, veja que temos três possi- posição simples, verificar se a conclusão mantém-se ver-
bilidades, duas no primeiro caso da premissa e um no dadeira.
segundo caso. A posição de Roberto está indicada com Se o resultado da conclusão for verdadeiro, o argu-
um “X”: mento é válido, caso contrário, se a conclusão for falsa
ou se você não conseguir definir seu valor lógico, ele será
inválido.
Vamos a um exemplo:
RACIOCÍNIO LÓGICO

Esse argumento está montado apenas com os valores


lógicos e temos uma proposição simples no terceiro ar-
ou gumento. Assim, vamos adotar a estratégia de premissas
verdadeiras, ou seja:

28
Na terceira proposição, temos que R é verdadeiro e a partir disso, para a segunda premissa ser verdadeira, temos
que ter ~Q=V, ou seja Q=F.
Esse resultado implica na primeira premissa, pois se Q=F, para a condicional ser verdadeira, precisaremos ter que P
seja falso, ou seja, P=F .
Com os três valores lógicos, podemos avaliar a conclusão, onde se P=F, temos ~P=V, tornando a conclusão verda-
deira e o argumento válido.
Se após essas associações tivéssemos encontrado ~P=F, teríamos uma contradição, o que tornaria o argumento
inválido.

Tabela verdade
O método de resolução do argumento por tabela verdade é utilizado quando não se consegue resolver pelos dois
métodos anteriores, ou seja, quando não temos proposições categóricas ou quando não temos premissas sob a forma
de proposições simples ou uma delas sendo uma conjunção. Entretanto, mesmo para o caso onde o método de pre-
missas verdadeiras é aplicável, a tabela verdade pode ser utilizada, tornando um método mais genérico.
A resolução se baseia na construção da tabela verdade e temos que olhar as linhas correspondentes a todas as
premissas possuírem o valor VERDADEIRO. Se nessa linha, a conclusão também for VERDADEIRA, temos um argumento
válido, caso contrário, ele será inválido.

FIQUE ATENTO!
Lembre-se que a quantidade de linhas da tabela-verdade é calculada em função da quantidade de propo-
sições simples que formam as premissas. Quanto maior o problema, mais trabalhoso será a sua resolução!

Vamos analisar um exemplo passo a passo:


Analise o argumento a seguir e verifique se ele é válido
Se Pablo é ator e Irene é médica, então João é carpinteiro.
João não é carpinteiro ou Irene é médica.
Logo, Pablo não é ator ou Irene não é médica.
Passando para a linguagem lógica, temos que:

Observe que este argumento possui duas premissas e uma conclusão, porém é formado por três proposições sim-
ples. Assim, a tabela-verdade terá 8 linhas e não 4. Construindo a base da tabela:

p q r
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
RACIOCÍNIO LÓGICO

F F F

As próximas duas colunas serão correspondentes à primeira premissa:

29
p q r

V V V V V
V V F V F
V F V F V
V F F F V
F V V F V
F V F F V
F F V F V
F F F F V
As duas colunas seguintes são correspondentes à segunda premissa:

p q r ~𝒓 ∨ 𝒒~𝒓 ∨ 𝒒

V V V V V F V
V V F V F V V
V F V F V F F
V F F F V V V
F V V F V F V
F V F F V V V
F F V F V F F
F F F F V V V
Agora, as próximas três colunas se referem a conclusão:

p q r ~𝒓 ∨ 𝒒
~𝒓 ∨ 𝒒 ~𝒑
~𝒑∨∨~𝒒
~𝒒 ~𝒑 ∨ ~𝒒

V V V V V F V F F F
V V F V F V V F F F
V F V F V F F F V V
V F F F V V V F V V
F V V F V F V V F V
F V F F V V V V F V
F F V F V F F V V V
F F F F V V V V V V
Com a tabela construída, temos que identificar as linhas que possuem ambas as premissas verdadeiras, ou seja, te-
mos que analisar a quinta e sétima colunas, procurando as linhas em que ambas são V. Se observarmos, encontraremos
a primeira, quarta, quinta, sexta e oitava linhas nesta configuração:

p q r ~𝒓 ∨ 𝒒~𝒓 ∨ 𝒒 ~𝒑
~𝒑∨∨~𝒒
~𝒒 ~𝒑 ∨ ~𝒒

V V V V V F V F F F
V V F V F V V F F F
V F V F V F F F V V
RACIOCÍNIO LÓGICO

V F F F V V V F V V
F V V F V F V V F V
F V F F V V V V F V
F F V F V F F V V V
F F F F V V V V V V

30
Observando essas cinco linhas, temos que a conclu- Resposta: Errado. Montando as premissas dentro do
são (última coluna) é VERDADEIRA em quatro delas, ex- diagrama de Euler, se o conjunto “pagam impostos”
cetuando-se apenas a primeira linha, onde a conclusão, e “honestos” não forem coincidentes, não há como
assim, como nem todos os casos foram atendidos, o ar- garantir que Carlos está necessariamente dentro do
gumento é inválido. Vale lembrar que basta 1 caso FALSO conjunto “honestos”. Portanto, o argumento torna-se
para o argumento não ser válido. inválido.

Conclusão Falsa 2. (TCE/AC – ANALISTA – CESPE, 2008). Considere que


Para os casos onde temos um número de proposi- as seguintes proposições são premissas de um argumento:
ções simples maior (acima de 3), uma alternativa ao invés
de se aplicar uma tabela verdade que terá muitas linhas 1. César é o presidente do tribunal de contas e Tito é um
será o método da conclusão Falsa, ou seja, considera-se conselheiro
o valor lógico FALSO na conclusão além de considerar 2. César não é o presidente do tribunal de contas ou
as premissas VERDADEIRAS. Se este caso existir, teremos Adriano impõe penas disciplinares na forma da lei
um argumento inválido, caso contrário, ele será válido. 3. Se Adriano é vice-presidente do tribunal de contas, en-
Este método funciona bem quando a conclusão é uma tão Tito não é o corregedor.
condicional ou uma conjunção, pois conseguiremos atri-
buir valores lógicos a todas as proposições simples que Com base nas definições apresentadas no texto acima,
a compõe. assinale a opção em que a proposição apresentada, junto
Observe o exemplo a seguir, extraído do livro Racio- com essas premissas, forma um argumento válido:
cínio Lógico Simplificado, de Sérgio Carvalho e Weber
Campos, um dos livros que usamos como referência para a) Adriano não é o vice-presidente do tribunal de contas
montar esta apostila: b) Se César é o presidente do tribunal de contas, então
Adriano não é o corregedor.
c) Se Tito é o corregedor, então Adriano é o vice-presi-
dente do tribunal de contas.
d) Tito não é o corregedor
e) Adriano impõe penas disciplinares na forma da lei
Temos 4 proposições simples formando o argumento, Resposta: Letra E. Utilizando o método de premissas
o que faria a tabela-verdade ter 16 linhas. Se tentarmos verdadeiras, a primeira premissa já nos garante que
pelo método de premissas verdadeiras, teríamos muitos César é o presidente do tribunal de contas e Tito é um
casos a analisar, uma vez que as mesmas são condicionais. conselheiro. Na segunda, como temos uma disjunção
Para facilitar, vamos então adotar também a conclusão e a primeira proposição é falsa, já que César é o pre-
FALSA, o que para a condicional, tem-se apenas um caso,
sidente do tribunal, temos que ter que Adriano impõe
que é a proposição da esquerda VERDADEIRA e da direi-
penas disciplinares na forma da lei, o que é exatamen-
ta FALSA, assim temos que 𝑨 = 𝑽 e ~𝑫 = 𝑭 ⟹ 𝑫 = 𝑽.
te a alternativa E. Para completar, a terceira premissa
Com esses valores lógicos definidos, podemos ir para
fica indefinida sob o ponto de vista lógico, uma vez
a segunda premissa, onde sabemos o valor de ~𝑨 = 𝑭 .
que não temos informações suficientes para determi-
Para essa premissa ser verdadeira, teremos que ter 𝑩 = 𝑭.
nar se Adriano é ou não vice-presidente do TCE, mas
Na primeira premissa, a condicional será verdadeira, dado
isto não afeta a escolha da alternativa correta.
que 𝑨 = 𝑽 se 𝑩 ∨ 𝑪 = 𝐕. Como 𝑩 = 𝑭., temos que
ter 𝑪 = 𝑽 para atender a primeira premissa. Finalmen-
te, como 𝑫 = 𝑽 , temos que ter ~𝑪 = 𝑽 ⟹ 𝑪 = 𝑭 , mas 3. (PF – ESCRIVÃO – CESPE, 2009). A sequência de pro-
isso contradiz a primeira premissa que determinou que posições a seguir constitui uma dedução correta:
𝑪=𝑽.
Como houve falha em provar que a conclusão é FAL- Se Carlos não estudou, então ele fracassou na prova de
SA com as premissas VERDADEIRAS, temos que a conclu- Física.
são é VERDADEIRA o que faz o argumento VÁLIDO! Se Carlos jogou futebol, então ele não estudou.
Carlos não fracassou na prova de Física
Carlos não jogou futebol

EXERCÍCIO COMENTADO ( ) CERTO ( ) ERRADO

1. (TCE-RS – ENGENHEIRO – CESPE, 2004). A seguinte Resposta: Certo. Considerando as três primeiras li-
afirmação é válida: nhas como premissas e a última como conclusão, cha-
RACIOCÍNIO LÓGICO

maremos de a: Carlos estudou, b: Carlos fracassou na


Premissa 1: Toda pessoa honesta paga os impostos de- prova de Física e c: Carlos jogou futebol. Construindo
vidos a tabela-verdade com a ordem estudada nesta apos-
Premissa 2: Carlos paga os impostos devidos tila, teremos que apenas a linha 4 terá as 3 premissas
Conclusão: Carlos é uma pessoa honesta VERDADEIRAS simultaneamente e nesta linha temos
também a conclusão VERDADEIRA. Logo, este argu-
( ) CERTO ( ) ERRADO mento é válido.

31
4. (SEGER-ES – TODOS OS CARGOS – CESPE, 2011).
- Começo do mês é tempo de receber salário.
- Se as contas chegam, o dinheiro (salário) sai.
- Se o dinheiro (salário) sai, a conta fica no vermelho mui-
to rapidamente.
- Se a conta fica no vermelho muito rapidamente, então
a alegria dura pouco
- As contas chegam.

Pressupondo que as premissas apresentadas acima se-


jam verdadeiras e considerando as propriedades gerais
dos argumentos, julgue os itens subsequentes:
A afirmação: “Começo do mês é tempo de receber salá-
rio, porém a alegria dura pouco”, é uma conclusão válida
a partir das premissas apresentadas acima.

( ) CERTO ( ) ERRADO

A afirmação: “Se as contas chegam, então a alegria dura


pouco” é uma conclusão válida a partir das premissas
apresentadas acima.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo e Certo. Chamando de p: Começo


do mês é tempo de receber salário, q: As contas che-
gam; r: O dinheiro (salário) sai, s: A conta fica no ver-
melho muito rapidamente e t: A alegria dura pouco,
vamos resolver a primeira afirmação (𝑝 ∧ 𝑡) utilizan-
do apenas premissas verdadeiras: Como q=V na quin-
ta premissa, a segunda premissa só será VERDADEI-
RA se r=V. Isso vale para a terceira premissa, fazendo
s=V e na quarta premissa, fazendo t=V. Assim, como
a primeira premissa é o valor lógico de p=V, temos
que 𝑝 ∧ 𝑡 = 𝑉 . Na segunda afirmação, vamos usar a
conclusão FALSA, ou seja, 𝑞 → 𝑡 = 𝐹 . Como a quinta
premissa é q=V, temos que ter t=F, mas isso contradiz
justamente a quarta premissa, onde t=V, mostrando
que há contradição na conclusão FALSA, tornando-a
VERDADEIRA ou um argumento válido.
Depois, você veste a bermuda verde e varia as três
camisetas:

PRINCÍPIOS DE CONTAGEM E
PROBABILIDADE;

A NÁLISE COMBINATÓRIA

A análise combinatória surgiu na matemática para re-


solver um problema que pode parecer banal no começo,
mas é de suma relevância no dia a dia: “Aprender a con-
tar”. O leitor pode achar que é uma brincadeira, já que
aprendemos a contar quando ainda somos pequenos.
Porém, vamos provar para vocês que “contar” pode se
RACIOCÍNIO LÓGICO

tornar complicado.
Imagine o seguinte problema: Você possui 3 camise-
tas (vermelha, preta e verde) e 2 bermudas (azul e verde).
Quantas maneiras distintas você pode se vestir?
A resolução é simples, primeiro você veste a bermuda
azul e varia as três camisetas:

32
quantidade de possibilidades. Como temos 4 casos dis-
tintos (salada, carne, bebida e sobremesa), iremos fazer
4 traços:

Agora, preencheremos a quantidade de possibilida-


des de cada caso:

Finalmente, multiplicamos os números:

Assim, João tem 180 possibilidades diferentes de se


montar um prato.

Agora que aprendeu o princípio multiplicativo, você


consegue resolver o exemplo das camisetas, bermudas e
tênis da seção anterior?
Se temos 5 camisetas, 3 bermudas e 3 tênis distintos,
a quantidade de jeitos de se vestir será 5𝑥3𝑥3 = 45 .
Os problemas de princípio multiplicativo são simples
Como são 3 casos para cada bermuda, temos um to- quando os grupos são fáceis de se identificar e se retira
tal de 6 possibilidades. apenas 1 elemento de cada grupo. Agora, vamos apro-
Até este ponto, o leitor acha que contagem é fácil, fundar um pouco mais, considerando que podemos tirar
mas agora, vamos “complicar” um pouco. mais de um elemento por grupo. Veja o exemplo do res-
Imagine que agora você tenha 5 camisetas diferentes, taurante novamente, mas com uma pergunta diferente:
3 bermudas diferentes, além de 3 tênis diferentes, quan- “João foi almoçar em um restaurante no centro da
tas maneiras distintas você poderá se vestir? cidade, ao chegar no local, percebeu que oferecem 3 ti-
É possível resolver este problema com o procedimen- pos de saladas, 2 tipos de carne, 6 bebidas diferentes e
to anterior mas levará um bom tempo para contar todas 5 sobremesas diferentes. De quantas maneiras distintas
as soluções. Mas, se nós queremos apenas a quantidade ele pode fazer um pedido, pegando 1 salada, 1 carne, 1
total, sem a necessidade de lista-las, será que não tem bebida e 2 sobremesas diferentes? ”
um meio mais fácil? Resolução: Agora, a montagem do problema ganha
A resposta é sim e você verá a seguir. uma atenção especial pois não iremos retirar apenas 1
elemento do grupo sobremesa, e sim 2. Neste caso, a
PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO montagem fica desta maneira:
O princípio fundamental da contagem permite quan-
tificar situações ou casos de uma determinada situação
ou evento. Em outras palavras, é uma maneira sistemáti-
ca de “contar” a quantidade de “coisas”. Temos que adicionar uma linha, referente a segunda
A base deste princípio se dá pela separação de ca- sobremesa e diferenciar da primeira, já que o enunciado
sos e quantificação dos mesmos. Após isso, uma mul- fala que são sobremesas diferentes. Em relação aos valo-
tiplicação de todos estes números é feita para achar a res a serem colocados, os grupos salada, carne e bebida
quantidade total de possibilidades. O exemplo a seguir seguem a mesma linha do exercício anterior, tirando 1
irá ilustrar isso. elemento de cada, logo:
“ João foi almoçar em um restaurante no centro da
cidade, ao chegar no local, percebeu que oferecem 3 ti-
RACIOCÍNIO LÓGICO

pos de saladas, 2 tipos de carne, 6 bebidas diferentes e 5


sobremesas diferentes. De quantas maneiras distintas ele
pode fazer um pedido, pegando apenas 1 tipo de cada Para a primeira sobremesa, temos a 5 disponíveis,
alimento? ” logo:
Resolução: O princípio da contagem depende forte-
mente de uma organização do problema. A sugestão é
sempre organizar cada caso em traços e preenchendo a

33
Já para a segunda sobremesa, devemos ficar atentos Ou seja, o fatorial de um número é caracterizado pelo
ao enunciado pois ele trata as mesmas como diferentes, produto deste número e seus antecessores, até se chegar
ou seja, a que foi retirada anteriormente não pode entrar ao número 1. Vejam os exemplos abaixo:
na contagem, assim, ao invés de 5 possibilidades, a se-
gunda sobremesa terá 4, logo: 3! = 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 6
5! = 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 120

Assim, basta ir multiplicando os números até se che-


Com tudo organizado, basta aplicar o princípio mul- gar ao número 1. Observe que os fatoriais aumentam
tiplicativo: muito rápido, veja quanto é 10!:
10! = 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 = 3628800

Já estamos na casa dos milhões! Para não trabalhar-


mos com valores tão altos, as operações com fatoriais
Ou seja, 720 maneiras de se montar um prato. são normalmente feitas por último, procurando fazer o
Outra variação dos problemas de princípio multipli- maior número de simplificações possíveis. Observe este
cativo são os que possuem alguma restrição, ou seja, al- exemplo:
guns casos devem ser descartados por não atenderem
10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
algum critério dado no enunciado. Veja o exemplo: Calcule =
7! 7 ⋅6 ⋅5 ⋅4 ⋅3 ⋅2 ⋅1
“Uma empresa de propaganda pretende criar panfle- Resolução: Ao invés de calcular os valores de 7! e 10!
tos coloridos para divulgar certo produto. O papel pode separadamente e depois fazer a divisão, o que levaria
ser laranja, azul, preto, amarelo, vermelho ou roxo, en- muito tempo, nós simplificamos os fatoriais primeiro.
quanto o texto é escrito no panfleto em preto, vermelho Pela definição de fatorial, temos o seguinte:
ou branco. De quantos modos distintos é possível esco- 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
lher uma cor para o fundo e uma cor para o texto se, por 7!
=
7 ⋅6 ⋅5 ⋅4 ⋅3 ⋅2 ⋅1
uma questão de contraste, as cores do fundo e do texto
não podem ser iguais? ” Observe que o denominador pode ser inteiramente
cancelado, pois 10! Possui todos os termos de 7!. Essa
Resolução: O problema parece seguir o mesmo pa- é uma particularidade interessante e facilitará demais a
drão do princípio multiplicativo, onde se separa os gru- simplificação. Se cancelarmos, restará apenas um produ-
pos e faz a multiplicação. Porém temos uma restrição to de 3 termos:
onde não podemos ter papel e letra do texto iguais. Para
resolver este problema a estratégia é simples: Calcula- 10! 10 ⋅ 9 ⋅ 8 ⋅ 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
= = 10 ⋅ 9 ⋅ 8 = 720
-se o total de casos, sem restrições, depois quantifica a 7! 7 ⋅6⋅5 ⋅4⋅3⋅ 2 ⋅1
quantidade de casos que não podem ser contabilizados
e realiza-se a subtração. Veja como fica: Essa operação é muito mais fácil que calcular os fato-
riais desde o começo!
Para casos onde temos mais de um fatorial no deno-
minador, a estratégia é mesma e a dica é simplificar o
fatorial do numerador com o maior fatorial que temos no
denominador. Veja o exemplo:
Sem restrições, temos 18 possibilidades. Olhando as
cores dos papéis e dos textos, percebe-se que não se Calcule 8!
=
8⋅7⋅6⋅ 5⋅4⋅3⋅2⋅1

pode escolher o papel preto com o texto preto e o papel


5! 3! 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 3!

vermelho e o texto vermelho, o que totaliza 2 restrições. Vamos abrir os fatoriais de 8 e 5:


Logo, o número de casos possíveis será o total subtraído 8! 8⋅7⋅6⋅ 5⋅4⋅3⋅2⋅1
das restrições: 18-2=16. 5! 3!
=
5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1 ⋅ 3!

FATORIAL Simplificamos os termos comuns e ficamos com:


Antes de definirmos casos particulares de contagem, 8! 8⋅7⋅6 8⋅ 7⋅6
iremos definir uma operação matemática que será uti- 5! 3!
=
3!
=
3⋅ 2⋅1
= 8 ⋅ 7 = 56
lizada nas próximas seções: o fatorial. Define-se o sinal
de fatorial pelo ponto de exclamação, ou seja, “!“. Assim, Essa estratégia será muito utilizada quando abordar-
RACIOCÍNIO LÓGICO

quando encontrarmos 2! Significa que estaremos calcu- mos as seções seguintes, que envolvem fatorial em suas
lando o “fatorial de 2” ou “2 fatorial”. A definição de fato- operações.
rial está apresentada a seguir:
n! = n ⋅ n − 1 ⋅ n − 2 ⋅ n − 3 … 3 ⋅ 2 ⋅ 1

34
PERMUTAÇÃO

Permutação sem repetições de elementos


As permutações são definidas como situações onde o
número de elementos é igual ao número de posições em
que podemos posicioná-los. Considere o exemplo onde
temos 5 pessoas e 5 cadeiras alinhadas. Queremos saber Entretanto, temos a repetição da letra A. Veja o que
de quantas maneiras diferentes podemos posicionar es- acontece quando montarmos um anagrama qualquer da
sas pessoas. Esquematizando o problema, chamando de palavra:
P as pessoas e C as cadeiras:

Não conseguimos saber qual letra “A” foi utilizada nas


posições C1,C3 e C5. Se trocarmos as mesmas de posição
entre si, ficaremos com os mesmos anagramas, caracte-
rizando uma repetição. Assim, para saber a quantidade
de anagramas com repetição, corrigiremos a fórmula da
Em problemas onde o número de elementos é igual permutação da seguinte forma:
ao número de posições, sempre teremos uma permuta-
ção. A fórmula da permutação, considerando que não há
n!
repetição de elementos é a seguinte: Pna =
Pn = n! a!

Ou seja, para permutar 5 elementos em 5 posições, Ou seja, calcula-se a permutação de “n” elementos
basta eu calcular o fatorial de 5: com “a” repetições. Considerando que MARIANA tem 7
P5 = 5! = 120 letras (n=7) e a letra “A” se repete 3 vezes, temos que:

Logo, eu posso posicionar as pessoas de 120 manei-


7! 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 ⋅ 3 ⋅ 2 ⋅ 1
ras diferentes na fileira de cadeiras. P73 = = = 7 ⋅ 6 ⋅ 5 ⋅ 4 = 840
Observe que a fórmula geral da permutação é utilizada 3! 3⋅2⋅1
quando não há repetição de elementos, mas e quando te-
mos elementos repetidos? A seção seguinte tratará disso. Assim, a palavra MARIANA tem 840 anagramas pos-
síveis.
Permutações com repetição de elementos Outro exemplo para deixar este conceito bem claro,
A fórmula da permutação com repetição terá uma é quando temos dois elementos se repetindo. Por exem-
complementação, para desconsiderar casos repetidos plo, vamos calcular os anagramas da palavra TALITA:
que serão contados 2 ou mais vezes se utilizarmos a fór-
mula sem repetição.
O exemplo mais comum destes casos é o que chama-
mos de Anagramas. Os anagramas são permutações das
letras de uma palavra, formando novas palavras, sem a
necessidade de terem sentido ou não. Usando primeira-
mente um exemplo sem repetição, veja quantos anagra-
mas podemos formar com o nome BRUNO: Observe que a letra “T” repete 2 vezes e a letra “A”
Montando a esquematização: também repete duas vezes. Na fórmula da permutação
com repetição, faremos duas divisões:
n!
Pna,b =
a! b!
Ou seja, se houver 2 ou mais elementos se repetindo,
a correção é feita dividindo pelas repetições de cada um.
Como ambos repetem duas vezes:
Ou seja, temos que posicionar as letras nas 5 casas 6! 6.5.4.3.2.1 6.5.4.3 360
correspondentes e neste caso, é um problema de permu- P62,2 = = = = = 180
RACIOCÍNIO LÓGICO

2! 2! 2.1 .2.1 2.1 2


tação sem repetição como já foi visto:
P5 = 5! = 120 Assim, a palavra TALITA tem 180 anagramas.
Esse mesmo tipo de problema pode ser feito com nú-
Logo, podemos formar 120 anagramas com a pala- meros e segue o mesmo princípio.
vra BRUNO. Agora, vamos olhar o mesmo problema, mas
com a palavra MARIANA. Ela possui 7 letras, logo tere-
mos 7 posições:

35
PERMUTAÇÃO CIRCULAR Finalmente, vamos repetir esse processo mais 3 vezes:
A permutação circular é um caso bem especifico e
normalmente suas questões são diferenciais entre os
candidatos em concursos públicos. Para entender melhor
o conceito, observe o exemplo a seguir: Suponha que 5
amigos, A,B,C,D,E vão se sentar em uma mesa circular de
5 lugares conforme esquema a seguir. De quantas ma-
neiras eles poderão se dispor na mesa?

Cada um destes casos está contabilizado dentre os


120 casos que calculou-se anteriormente. Mas agora
observe bem cada uma destas 5 configurações: O ele-
mento A tem sempre a sua esquerda o elemento B e a
sua direita o elemento E, não importa a configuração que
esteja. Da mesma forma podemos ver os mesmos pa-
drões para os elementos B,C,D e E, ou seja, em casos de
meras rotações nas posições, a disposição dos elementos
é a mesma, tornando-as disposições repetidas. Isso vale
para qualquer uma disposição destes 5 elementos, assim,
como temos 5 repetições, temos que dividir o valor total
de 120 por 5, chegando a resposta correta de 24 possi-
bilidades.
A primeira vista, o leitor interpreta que este é um pro- Em outras palavras, na permutação circular, o número
blema de permutação sem repetição, já que o número de configurações distintas é dado por:
de elementos é igual ao número de posições e simples-
mente calcula o número de possibilidades utilizando a PnC = n − 1 !
fórmula P5=120.
Mas este resultado está INCORRETO. Vamos utilizar Onde “C” indica que a permutação é circular.
como exemplo a configuração mais simples, colocando
os elementos em ordem alfabética na direção horária: COMBINAÇÃO SIMPLES
A combinação simples, juntamente com o arranjo
simples, se difere da permutação por serem casos onde
o número de elementos é maior que o número de posi-
ções para serem ocupadas, ou seja, restarão elementos
que não serão posicionados.
Assim, não se pode aplicar simplesmente a formula
𝑃𝑛 = 𝑛! . Porém, é possível a partir dela, deduzir a fór-
mula da combinação. Vamos considerar um problema
onde temos n elementos distintos para se posicionar em
n posições:

Agora, vamos colocar cada elemento na sua cadeira a


esquerda, desta maneira:

Agora, se posicionarmos p elementos nas p posi-


ções, sobrará n-p elementos para fora. Na combinação
simples, a disposição dos elementos não importa e por
isso as configurações repetidas devem ser descartadas.
RACIOCÍNIO LÓGICO

Lembrando o problema de permutação com repetição,


teremos portanto dois casos para descartar: Os n-p ele-
mentos que não foram posicionados e os p elementos
que estão posicionados, assim:
𝒑,𝒏−𝒑 𝒏!
𝑷𝒏 = 𝑪𝒏,𝒑 =
𝒑! 𝒏 − 𝒑 !

36
Logo, a combinação simples nada mais é do que uma 𝑛!
𝑛−𝑝
permutação com elementos repetidos. Para facilitar, bas- 𝑃𝑛 = 𝐴𝑛,𝑝 =
𝑛−𝑝 !
ta ter em mente que em casos onde o número de ele-
mentos é maior que o número de posições e a ordem da
disposição dos elementos não importa, o problema deve Outra abordagem é considerar que o problema de
ser atacado como uma combinação. Arranjo é simplesmente um problema de combinação,
permutando os elementos que foram posicionados, logo:
𝑛! 𝑛!
𝐴𝑛,𝑝 = 𝐶𝑛,𝑝 � 𝑃𝑝 = � 𝑝! =
EXERCÍCIO COMENTADO 𝑝! 𝑛 − 𝑝 ! 𝑛−𝑝 !

6. (BANRISUL – ESCRITURÁRIO - FCC, 2019). Ana e


Beatriz são as únicas mulheres que fazem parte de um
grupo de 7 pessoas. O número de comissões de 3 pes- EXERCÍCIOS COMENTADOS
soas que poderão ser formadas com essas 7 pessoas, de
maneira que Ana e Beatriz não estejam juntas em qual-
quer comissão formada, é igual a 1. (UNESP-SP – VESTIBULAR – VUNESP, 2009). Uma
rede de supermercados fornece a seus clientes um car-
a) 20 tão de crédito cuja identificação é formada por 3 letras
b) 15 distintas (dentre 26), seguidas de 4 algarismos distintos.
c) 30 Uma determinada cidade receberá os cartões que têm L
d) 18 como terceira letra, o último algarismo é zero e o penúl-
e) 25 timo é 1. A quantidade total de cartões distintos ofere-
cidos por tal rede de supermercados para essa cidade é:
Resposta: Letra C. Problema envolvendo restrição
a) 33600
onde a estratégia é a mesma, calculando o total de
b) 37800
possibilidades e subtraindo a quantidade de ca-
c) 43200
sos restritos. O total de comissões de 3 pessoas que
d) 58500
podem ser formadas a partir de um número de 7 é
7! e) 67600
C7,3 = = 35 . Os casos que não podem são
3! 7 − 3 !
as comissões formadas por Ana, Beatriz e mais uma
Resposta: Letra A. Como são algarismos e letras dis-
pessoa dentre as 5 possíveis, ou seja, 5 grupos. Logo: tintas, temos que ter atenção na hora de avaliar quan-
35-5=30. tas possibilidades terão em cada grupo. Na parte das,
como L já é a terceira, a primeira letra terá 25 possibi-
lidades e a segunda 24. Nos algarismos, como temos 1
ARRANJO SIMPLES e 0 preenchendo as últimas casas, restam outras duas,
O arranjo simples segue a mesma linha de pensa- que terão 8 e 7 possibilidades respectivamente. Assim:
mento que a combinação simples, onde a quantidade 𝑁 = 25𝑥24𝑥8𝑥7 = 33600
de elementos a serem dispostos é maior que o número
de posições possíveis. Entretanto, a diferença entre com- 2. (ESFCEX – PROFESSOR – ESFCEX, 2006). Para 𝑛 ≥ 2, a
binação e arranjo se dá na questão da disposição dos expressão 𝑛 − 2 !. 1 − 𝑛 vale:
1

elementos nas posições. Enquanto na combinação a or-


dem da disposição dos elementos não importa, para o a) 𝑛!
arranjo ela é considerada e isso muda completamente o b) 𝑛 − 1 !
resultado. c) 𝑛 + 1 !
Partindo da mesma dedução que a combinação, em d) 𝑛 ⋅ 𝑛 + 1 !
um grupo de n elementos, vamos posicioná-lo em p po- e) 𝑛 − 2 !
sições:
Resposta: Letra A. manipulando o parênteses, che-
ga-se a 𝑛 , onde o “n” do denominador é cancelado
𝑛−1

usando n2. Resta, portanto 𝑛. 𝑛 − 2 ! ⋅ 𝑛 − 1 que rear-


ranjando fica 𝑛 ⋅ 𝑛 − 2 ! ⋅ 𝑛 − 1 = 𝑛 ⋅ 𝑛 − 1 ⋅ 𝑛 − 2 ! = 𝑛!

3. (PF – ESCRIVÃO – CESPE, 2009). Na sequência cres-


cente de todos os números obtidos, permutando-se os
RACIOCÍNIO LÓGICO

algarismos 1, 2, 3, 7, 8, a posição do número 78.312 é a :

a) 94ª
b) 95ª
A diferença agora é que a única parte onde a ordem c) 96ª
não importa é nos n-p elementos que sobraram. Assim, a d) 97ª
permutação com repetição fica: e) 98ª

37
Resposta: Letra B. Deve-se contar todos os números 6. (AGU – TÉCNICO - IDECAN, 2019).
anteriores a 78312. Iniciando com 1_ _ _ _, temos 4 es- Considerando os algarismos 1, 2, 3, 5, 7 e 9, quantos nú-
paços, ou seja 4! = 24 números; iniciando com 2 _ _ _ _ meros pares podem-se formar com 5 algarismos diferen-
temos outros 24 números, assim como iniciando com tes?
3_ _ _ _. Depois temos os números iniciados com “71_ _
_” que são 6 (3!), assim como os iniciados em “72_ _ _” a) 720
e “73_ _ _”. Depois aparece o iniciado com “781_ _” que b) 120
são 2 números, assim como o “782 _ _”. O próximo já c) 240
será o 78312. Somando: 24+24+24+6+6+6+2+2=94. d) 1
Logo, ele será o 95° número e) 0

4. (PUC-RS – TODOS OS CARGOS – PUC-RS, 2008) O Resposta: Letra B. Como o número de 5 algarismos
número de Anagramas da palavra CONJUNTO que co- deve ser par, então a posição das unidades só poderá
meçam com C e terminam por T é: ser ocupada pelo número 2. Nas outras 4 posições,
temos 5 algarismos distintos para posicionar e a or-
a) 15 dem é relevante uma vez que trocando um algaris-
b) 30 mo de posição, o número final é diferente. Assim:
c) 180 5!
d) 360 𝐴5,4 =
5−4 !
= 120.
e) 720

Resposta: Letra C. Trata-se de um problema de per- PROBABILIDADE


mutação com repetição, além de termos restrições em
algumas posições. Como as letras C e T estão travadas No estudo de probabilidades em todos os casos es-
na primeira e última posições, sobram as 6 posições tudados serão considerados experimentos aleatórios, ou
entre as duas. Dessas 6 posições, temos que colocar seja, experimentos no qual o resultado não seja conhe-
as letras O,N,J,U,N,O, onde temos a letra O repetindo cido previamente. Diz-se que o resultado é imprevisível.
duas vezes e a letra N repetindo duas vezes também. Há alguns exemplos clássicos como o lançamento de um
6!
Calculando a permutação: = 180 . dado (qualquer número pode ser o resultado), retirada
2! 2!
da carta de um baralho completo, lançamento de uma
moeda (cara e coroa), entre tantos outros exemplos.
5. (OBM – OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA – OBM, Para iniciar o estudo de probabilidades é necessário
2014). definir alguns conceitos fundamentais que serão utiliza-
Um grupo de 6 crianças decide brincar de ciranda e para dos em todos os tópicos desse capítulo. São eles: espaço
isso elas devem das às mãos umas às outras e formar amostral e evento.
uma roda. Dentre elas estão Aline, Bianca e Carla. De
quantas maneiras esta roda pode ser formada sabendo Espaço amostral
que estas três são muito amigas e decidiram ficar sempre O espaço amostral é definido como o conjunto uni-
juntas? verso de um experimento aleatório qualquer. Em resu-
mo, é um conjunto que contém todas as possibilidades
a) 6 de um experimento. Por exemplo, em um lançamento de
b) 12 uma moeda há duas possibilidades, apenas: cara ou co-
c) 18 roa. Portanto, o espaço amostral do lançamento de uma
d) 24 moeda contém dois elementos (cara e coroa). O espaço
e) 36 amostral é denotado pela letra S, e o número de elemen-
tos por n(S). Assim, nesse caso do lançamento de uma
Resposta: Letra E. Atenção a este problema pois ele moeda tem-se que: S={Cara, Coroa} e n(S)=2.
não envolve apenas permutação circular. Quando Considerando um outro exemplo, o lançamento de
se tem a restrição que as amigas devem ficar juntas, um dado não viciado (ou seja, no lançamento todo nú-
podemos considera-la um grupo só, restando assim mero tem a mesma chance de ser o resultado), o espaço
4 elementos (outras 3 pessoas mais o grupo) para 4 amostral é: S={1, 2, 3, 4, 5, 6} e, portanto, n(S)=6.
posições. Sendo uma permutação circular, calcula-se
P4C = 4 − 1 ! = 3! = 6 . Porém, o grupo das três amigas Evento
pode permutar internamente, já que a restrição diz Evento é um subconjunto do espaço amostral, ou
apenas que elas devem estar juntas e não especifica seja, é uma das possibilidades do experimento aleatório.
RACIOCÍNIO LÓGICO

uma ordem. Assim, as 3 amigas permutam 3 posições Considere o primeiro exemplo da seção anterior, o lança-
no grupo, chegando a 𝑃3 = 3! = 6 . Multiplicando os mento de uma moeda. Após o lançamento há duas pos-
resultados pelo principio multiplicativo, chega-se a 36. sibilidades: cara e coroa (espaço amostral). Diz-se, então,
que “sair cara” é um evento do experimento aleatório
“lançar uma moeda”. Já no lançamento de um dado, “sair
3” é um evento desse experimento. Assim como “sair 4”,
e todos os outros números.

38
Geralmente, em um exercício de concurso público o Solução:
objetivo é encontrar a probabilidade da ocorrência de O espaço amostral corresponde a todas as cartas do
um evento. Se o exercício pede para calcular a proba- baralho (não serão todas escritas aqui para não
bilidade de “sair 5 em um lançamento de um dado”, o poluir o texto). Ou seja, n(S)=52, que é o total de
evento desejado será “sair 5”. cartas do baralho. Já o evento (carta ser igual ao
O evento é denotado por E e o número de eventos número 6), pode ter quatro possibilidades pois em
possíveis é denotado por n(E). Seguindo no exemplo do um baralho completo há 4 cartas de cada número
lançamento de um dado, deseja-se saber a probabilida- ou letra, sendo uma de cada naipe,, n(E)=4. Logo, a
de de “sair um número par”. Os eventos possíveis são probabilidade pedida é igual a:
E={2, 4, 6} e, portanto, há três possibilidades para esse
evento. Logo, n(E)=3. 𝑛 𝐸 4 1
𝑃 𝐸 = = =
𝑛 𝑆 52 13
Probabilidade de um Evento Qualquer
A probabilidade da ocorrência de um evento qual-
quer representa a chance de ocorrência desse evento. b) a probabilidade da carta sorteada ser uma letra
Seja um evento E, contido em um espaço amostral S. A Solução:
probabilidade de ocorrência de E é definida por: No baralho há cartas com números e letras, sendo
elas J, Q e K (valete, rainha e rei, respectivamen-
𝑛 𝐸
𝑃 𝐸 = te). Para cada naipe há três cartas que são letras
𝑛 𝑆 e como há quatro naipes no baralho, o total de
cartas que são letras é igual a 4 � 3 = 12 . Assim,
É possível ver a aplicação dessa fórmula em situações n(E)=12 e a probabilidade pedida é igual a:
simples. Considere o lançamento de um dado não vicia- 𝑛 𝐸 12 3
do. Calculam-se as seguintes probabilidades: 𝑃 𝐸 = = =
a) probabilidade do resultado do lançamento ser 𝑛 𝑆 52 13
igual a 5
b) probabilidade do resultado do lançamento ser um Probabilidade de eventos independentes
número ímpar Eventos são independentes quando a ocorrência de
um não interfere na chance do outro ocorrer. Por exem-
Solução: plo, ao lançar um dado não viciado duas vezes consecu-
Para ambos os casos, o espaço amostral é S={1, 2, 3, tivas, o resultado do primeiro lançamento não interfere
4, 5, 6} e, consequentemente, n(S)=6. No item a), para em nada o resultado do segundo lançamento. Assim,
o evento (resultado do lançamento ser igual a 5) há so- dois lançamentos de um mesmo dado são eventos in-
mente uma possibilidade. Portanto, E={5} e, n(E)=1. As- dependentes.
sim, nesse caso, a probabilidade do resultado do lança- Aqui tem origem o cálculo de probabilidades de
mento ser igual a 5 é: eventos independentes e a regra para esse cálculo é
conhecida por “regra do produto”. Sejam dois eventos
𝑛 𝐸 1 independentes A e B. A probabilidade da ocorrência de
𝑃 𝐸 = = = 0,166 … = 16,67%
𝑛 𝑆 6 ambos é denotada por 𝑃 𝐴 ∩ 𝐵 = e o𝑃 seu
𝐴 �cálculo
𝑃 𝐵 é dado
por:
Já no item b), para o evento (resultado do lançamento
ser um número ímpar) há três possibilidades, E={1, 3, 5} 𝑃 𝐴∩𝐵 = 𝑃 𝐴 �𝑃 𝐵
e, n(E)=3. Assim, nesse caso, a probabilidade do resulta-
do do lançamento ser igual a 5 é:
FIQUE ATENTO!
𝑛 𝐸 3 Geralmente utiliza-se essa regra quando no
𝑃 𝐸 = = = 0,5 = 50% enunciado há o conectivo “e”, quando se
𝑛 𝑆 6 deseja calcular a probabilidade de que am-
bos os eventos ocorram.

FIQUE ATENTO!
A resposta de uma probabilidade pode ser A seguir um exemplo.
dada tanto na forma de uma fração ou de Considere um dado não viciado. Qual a probabilidade
uma porcentagem. de que, em dois lançamentos consecutivos, os dois nú-
meros sejam pares?
RACIOCÍNIO LÓGICO

Veja um outro exemplo. Solução


Considere um baralho completo (52 cartas, 13 de O enunciado deseja calcular a probabilidade de que o
cada naipe – paus, espadas, ouros e copas). Desse bara- primeiro número seja par e o segundo, também (note o
lho será sorteada uma carta qualquer. Calcule as seguin- destaque no conectivo “e”). Assim, são considerados os
tes probabilidades: dois eventos:
a) probabilidade da carta sorteada ser o número 6

39
A: resultado do lançamento ser um número par
B: resultado do lançamento ser um número par FIQUE ATENTO!
Nesse caso, ambos os eventos são iguais então basta Geralmente utiliza-se essa regra quando no
calcular a probabilidade de um deles para utilizar a re- enunciado há o conectivo “ou”, quando de-
gra do produto. Vale destacar que não necessariamente seja-se calcular a probabilidade de ocorra
as probabilidades dos eventos independentes serão as um evento ou o outro.
mesmas, afinal não é sempre que os eventos serão iguais.
Como já visto em exemplos anteriores, o espaço
amostral no lançamento de um dado é S={1, 2, 3, 4 ,5, A seguir um exemplo.
6} e n(S)=6. Já para o evento “resultado ser par”, tem-se Considere um baralho completo. Qual é a probabili-
A={2, 4, 6} e, portanto, n(A)=3. Logo, a probabilidade da dade de, ao sortear uma carta, essa carta ser um valete
ocorrência do evento A (e consequentemente do even- ou um ás?
𝑛 𝐴 3 1
to B) é igual a: 𝑃 𝐴 = = = . Agora, aplica-se a
𝑛 𝑆 6 2 Solução:
regra do produto, para calcular a probabilidade de que
Os eventos considerados são os seguintes:
ambos os eventos ocorram:
1 1 1 A: carta ser um valete
𝑃 𝐴∩𝐵 = 𝑃 𝐴 �𝑃 𝐵 = � = = 0,25 = 25%
2 2 4
B: carta ser um ás

Nesse caso, os eventos não possuem elementos em


A seguir, um outro exemplo.
comum pois é impossível que a carta sorteada seja, ao
Considere uma urna com 4 bolas verdes e 5 bolas
mesmo tempo, um valete e um ás. Assim, na fórmula
amarelas. Uma pessoa irá retirar duas bolas dessa urna,
apresentada acima, o último termo é nulo, 𝑃 𝐴 ∩ 𝐵 = 0 .
sem reposição, ou seja, após retirada a bola não retorna
para a urna. Calcule a probabilidade de, em um mesmo Portanto a probabilidade pedida será, simplesmente:
sorteio, ambas as bolas sorteadas serem amarelas. 𝑃 𝐴 ∪ 𝐵 = 𝑃 𝐴 + 𝑃(𝐵)

Solução Em um baralho de 52 cartas (n(S)=52), há 4 valetes


Problemas com sorteio de objetos são comuns. Aqui (n(A)=4) e 4 ases (n(B)=4). Assim, a probabilidade de
é sempre importante saber se há ou não reposição entre cada um dos eventos será igual a:
um sorteio e outro pois isso afeta diretamente o cálcu- 𝑛 𝐴 4 1 𝑛 𝐵 4 1
lo. Nesse caso não há reposição e, portanto, o espaço 𝑃 𝐴 = = = e𝑃 𝐵 = = =
𝑛 𝑆 52 13 𝑛 𝑆 52 13
amostral muda para cada evento. O exercício deseja sa-
ber a probabilidade de que a primeira bola seja amarela
e a segunda, também. Para o primeiro sorteio, há 9 bolas Portanto, a probabilidade pedida será igual a:
na urna e, portanto, n(S)=9. O total de bolas amarelas é 1 1 2
igual a 5. Logo, a probabilidade de, no primeiro sorteio, a 𝑃 𝐴∪𝐵 = + =
𝑛 𝐴 5 13 13 13
bola sorteada ser amarela é igual a 𝑃 𝐴 = = . Para
𝑛 𝑆 9
o segundo sorteio, como não há reposição, há 8 bolas
na urna sendo 4 delas amarelas. Assim, o espaço amos- Agora, um outro exemplo.
tral desse evento é igual a n(S)=8 e o total de possibili- Considere um baralho completo. Qual é a probabili-
dades para o evento é igual a n(B)=4. A probabilidade dade de, ao sortear uma carta, essa carta ser um rei ou
de uma bola sorteada no segundo sorteio ser amarela é: uma carta de espada?
𝑃 𝐵 = ..
4
Os eventos considerados são os seguintes:
8
A: carta ser um rei
Assim, a probabilidade de que ambas as bolas sortea- B: carta ser de espadas
das sejam amarelas é igual a:
Analogamente ao exemplo anterior, em um baralho
5 4 20 5 de 52 cartas (n(S)=52), há 4 reis (n(A)=4) e 13 cartas de
𝑃 𝐴∩𝐵 =𝑃 𝐴 �𝑃 𝐵 = � = =
9 8 72 18 espadas (n(B)=13). Assim, a probabilidade de cada um
dos eventos será igual a:

PROBABILIDADE COM UNIÃO E INTERSECÇÃO 𝑃 𝐴 =


𝑛 𝐴
=
4
=
1
e𝑃 𝐵 =
𝑛 𝐵
=
13
=
1
DE EVENTOS 𝑛 𝑆 52 13 𝑛 𝑆 52 4
Nesse caso, serão considerados dois eventos e de
um mesmo espaço amostral . É possível que entre es- Mas nesse caso, os eventos têm um elemento em co-
RACIOCÍNIO LÓGICO

ses eventos haja algum elemento em comum ou não. A mum pois, ao sortear uma carta é possível que ela seja ao
probabilidade de ocorrer a união desses dois eventos é mesmo tempo um rei de espadas e, portanto, pertence
calculada por: aos dois eventos simultaneamente. Nesse caso, o tercei-
𝑃 𝐴∪𝐵 = 𝑃 𝐴 + 𝑃 𝐵 −𝑃 𝐴∩𝐵 ro termo da expressão para o cálculo da probabilidade
com união de eventos, não é nulo e deve ser calculado.
Nesse caso, como há somente um rei de espadas em 52
cartas, a probabilidade da ocorrência simultânea entre os

40
1 8 2
eventos A e B é igual a 𝑃 𝐴 ∩ 𝐵 = . Assim, a proba- 𝑃 𝐵 = =
52
bilidade de carta sorteada ser um rei ou uma carta de 20 5
espadas é igual a: Assim, a probabilidade de um membro ter especiali-
zação em marketing sabendo que ele possui especializa-
1 1 1 16 4
𝑃 𝐴∪𝐵 = 𝑃 𝐴 +𝑃 𝐵 −𝑃 𝐴∩𝐵 = + − = = ção em finanças é dada por:
13 4 52 52 13

𝑃 𝐴∩𝐵 1⁄10 1 5 5 1
PROBABILIDADE CONDICIONAL 𝑃 𝐴⁄𝐵 = = = � = =
𝑃 𝐵 2⁄5 10 2 20 4
Entende-se por probabilidade condicional a probabi-
lidade da ocorrência de um evento, sabendo-se que um
outro evento dependente já ocorreu. Sejam os eventos
A e B, a probabilidade do evento A ocorrer sabendo-se
da ocorrência de B é denotada por P(A|B) e lê-se “proba- EXERCÍCIOS COMENTADOS
bilidade de A dado B”. O cálculo dessa probabilidade é
dado por: 1. (AL-RO – ASSISTENTE LEGISLATIVO – FGV, 2018).
𝑃 𝐴∩𝐵 Em uma caixa há 4 cartões amarelos e 6 cartões verme-
𝑃 𝐴⁄𝐵 = lhos. Foram retirados, aleatoriamente, 2 cartões da caixa.
𝑃 𝐵 A probabilidade de os dois cartões retirados serem ver-
melhos é de
Um problema que envolve o cálculo de uma proba-
bilidade condicional pode ser resolvido com o auxílio do a) 1/2
Diagrama de Venn. A seguir, um exemplo: b) 1/3
Em uma equipe, todos são formados em administra- c) 1/4
ção, porém cada um tem uma especialização diferente. d) 1/5
Dos 20 membros da equipe, 12 possuem especialização e) 1/6
em marketing, 8 possuem especialização em finanças e 2
possuem ambas as especializações. Calcule a probabili- Resposta: Letra B. Os sorteios, de cada um dos car-
dade de um membro da equipe que possui a especializa- tões, são eventos independentes. Como não haverá
ção em finanças também possuir em marketing. reposição, após o sorteio do primeiro cartão vermelho
restarão 5 cartões na caixa. A probabilidade pedida é
Solução: 6 5
igual a 𝑃 = � = = .
30 1
É um problema de probabilidade condicional pois de- 10 9 90 3
seja-se saber a probabilidade de um membro da equipe 2. (UPE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – IAUPE,
possuir a especialização em marketing sabendo que ele 2017). Uma loja pretende dar um brinde aos dois primei-
possui especialização em finanças. Para auxiliar, monta- ros clientes do dia. Qual a probabilidade de esses clientes
-se o diagrama de Venn do problema: serem do mesmo sexo?

a) 25%
b) 5%
c) 100%
d) 20%
e) 50%

Resposta: Letra E. Há duas possibilidades nesse caso:


ou ambas as clientes são mulheres ou ambos são
homens. A probabilidade de um cliente ser homem
ou mulher é de 50%, ou .Assim, a probabilidade de
Sejam os eventos 1 1 1
A: ter especialização em marketing ambas serem mulheres é 𝑃 = 2 � 2 = 4 , que é a mes-
B: ter especialização em finanças ma probabilidade de ambos serem homens. Como
não é possível que um cliente seja homem e mulher
A probabilidade de que um membro possua ambas a ao mesmo tempo, a probabilidade pedida é igual a
especializações é dada por: 𝑃 = 𝑃 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 + 𝑃 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 .→ 𝑃 = + = = → 𝑃 = 0,5
1 1 2 1
4 4 4 2
RACIOCÍNIO LÓGICO

2 1
𝑃 𝐴∩𝐵 = = 1 1 2 1
20 10
𝑃 = 𝑃 ℎ𝑜𝑚𝑒𝑛𝑠 + 𝑃 𝑚𝑢𝑙ℎ𝑒𝑟𝑒𝑠 → 𝑃 = + = = → 𝑃 = 0,5 = 50%.
4 4 4 2

A probabilidade de que ele tenha especialização em


finanças é igual a

41
3. (CÂMARA DE CURRAIS NOVOS – AGENTE – COM-
PERVE, 2017). Em uma pesquisa realizada com 1.100 OPERAÇÕES COM CONJUNTOS;
moradores da cidade de Currais Novos, identificou-se
que 650 consomem queijo manteiga e 600 consomem
queijo coalho. Sabendo que nesse grupo de moradores TEORIA DOS CONJUNTOS
existem aqueles que consomem os dois tipos de quei-
jos e que todos os pesquisados consomem pelo menos O conceito de conjunto é um conceito primitivo e,
um dos tipos, ao se escolher aleatoriamente um morador portanto, não existe uma definição clara para tal. Porém,
que gosta de queijo manteiga, a probabilidade de que conjuntos fazem parte do dia a dia de todas as pessoas
ele também consuma queijo coalho é de nas mais diversas situações: conjunto de pessoas, con-
junto de objetos, conjunto de arquivos em um computa-
a) 3/22 dor, conjunto de fotografias.
b) 3/13 Considere, em uma empresa, uma equipe de trabalho
c) 3/10 com 4 membros. Essa equipe nada mais é do que um
d) 3/25 conjunto de pessoas, onde cada um dos membros é um
elemento desse conjunto.
Resposta: Letra B. Trata-se de um problema de pro-
babilidade condicional pois deseja-se saber a proba- CLASSIFICAÇÃO DE CONJUNTOS
bilidade de um morador consumir queijo de coalho
sabendo-se que ele gosta de queijo manteiga. O Conjunto Finito
diagrama de Venn do problema é o seguinte (não é Um conjunto finito é um conjunto que possui um
conhecida a quantidade de moradores que consome número limitado (finito) de elementos. Por exemplo, o
ambos os queijos): conjunto dos números naturais, ímpares e inferiores a 10.
Esse conjunto contém apenas os elementos 1, 3, 5, 7 e 9.
O conjunto é expresso por: A={1, 3, 5, 7,9}

Note que o conjunto é expresso por uma letra maiús-


cula e os elementos são apresentados entre colchetes

Conjunto Infinito
Um conjunto infinito é um conjunto que possui um
número ilimitado (infinito) de elementos. Por exemplo, o
Como há 1100 moradores: conjunto dos números naturais e pares maiores do que
650 − 𝑥 + 𝑥 + 600 − 𝑥 = 1100 → 1250 − 𝑥 = 1100 → 1.
𝑥= Não
150há um número limitado de números naturais e
600 − 𝑥 = 1100 → 1250 − 𝑥 = 1100 → 𝑥 = 150 pares, começa com 2, 4, 6... e assim sucessivamente. O
conjunto é expresso por: B={2, 4, 6,8...}
. Atualizando o diagrama de Venn:
Conjunto Vazio
Um conjunto vazio é um conjunto que não possui ele-
mentos. Por exemplo, o conjunto dos números múltiplos
de 10, maiores do que 1 e menores do que 2. Como é
possível notar, não há nenhum múltiplo de 10 entre 1 e
9, portanto esse conjunto não possui elementos. O con-
junto é expresso por: 𝐶 = 𝜙 ou 𝐶 = { }

Conjunto Unitário
Assim, considerando os 650 moradores que conso-
Um conjunto unitário é um conjunto que possui um
mem queijo manteiga, desses 650, nota-se que 150
único elemento. Por exemplo, o conjunto dos números
também consomem queijo de coalho. A probabilidade
150 3
pares maiores do que 3 e menores do que 5. Nota-se que
pedida é, então igual a: 𝑃 = 650 = 13. . o único número par maior do que 3 e menor do que 5 é
o número 4 e, portanto, é o único elemento do conjunto.
Assim, o conjunto é unitário e expresso por: D={4}.

REPRESENTAÇÃO
RACIOCÍNIO LÓGICO

Há três formas principais para representar conjuntos:


compreensão, extensão e diagrama de Venn. Cada uma
delas possui características específicas.

Compreensão
Nesse tipo de representação, o conjunto é expresso
de modo a apresentar uma característica dos seus ele-

42
mentos. Por exemplo, o conjunto dos números pares, Sejam, agora, dois outros conjuntos W={1, 3, 5} e
nessa representação é expresso por: E={y|y é um número T={1, 2, 3, 8, 10}.
par} onde y representa qualquer elemento do conjunto. Nota-se que nem todos os elementos do conjunto
W pertencem ao conjunto T. Assim, W não está contido
Extensão em T (pelo menos um elemento de W não pertence a T).
O símbolo que indica essa relação é: ⊄ . Assim, a relação
Nesse tipo de representação, o conjunto é apresen- é expressa por: W ⊄ T.
tado com todos os seus elementos. Os elementos são
apresentados entre chaves e separados por vírgulas. Por
exemplo, o conjunto dos números naturais, ímpares e
FIQUE ATENTO!
menores do que 10: F={1, 3, 5, 7, 9}
A relação de um conjunto unitário e outro
Diagrama de Venn conjunto é de continência e não de perti-
Esse tipo de representação, nada mais é do que uma nência. Seja: A={2, 4, 6,}, diz-se que {4} ⊂ A
representação gráfica onde os elementos do conjunto e não que {4} ∈ A..
são apresentados dentro de uma forma geométrica. Por
exemplo, o mesmo conjunto apresentado acima (núme-
ros naturais, ímpares e menores do que 10), pode ser ex- Subconjuntos
presso em um diagrama de Venn: Da definição de subconjunto, decorrem três premis-
sas
a) Todo conjunto é subconjunto de si mesmo, ou seja,
X ⊂ X.
b) Se X ⊂ Y e ,Y ⊂ X então 𝑋 ≡ 𝑌
c) O conjunto vazio é subconjunto de todo e qualquer
conjunto, ou seja: 𝜙 ⊂ 𝑋

Igualdade de conjuntos
Diz-se que dois conjuntos são iguais se e somente
se ambos possuem os mesmos elementos. Se houver ao
menos um elemento diferente em um dos conjuntos, não
se pode dizer que ambos são iguais. A seguir, um exem-
plo:
RELAÇÕES ENTRE ELEMENTOS E CONJUNTOS Sejam os conjuntos: X={1, 2, 3, 4}, Y={1, 2, 3, 4, 5,} e
Aqui são apresentadas as relações: entre elemento e Z={1, 2, 3, 4}
conjunto e entre conjuntos. Os conjuntos X e Z possuem os mesmos elementos
e, portanto, são iguais: 𝑋 ≡ 𝑍 . Já o conjunto Y não é
RELAÇÃO ENTRE ELEMENTO E CONJUNTO igual a nenhum dos outros dois, pois tem um elemento
Quando se analisa a relação entre um elemento e um diferente de ambos (elemento 5).
conjunto há duas possibilidades: ou o elemento pertence
ao conjunto ou não pertence ao conjunto. A essa relação, OPERAÇÕES ENTRE CONJUNTOS
dá-se o nome de pertinência. Abaixo, um exemplo:
Conjunto X={1, 5, 10, 15, 20} UNIÃO DE CONJUNTOS
O elemento 1 pertence ao conjunto X. O símbolo que Para explicar a união de conjuntos, será utilizado
indica essa relação é: ∈ . Assim, a relação é expressa por um exemplo. Sejam dois conjuntos X={10, 20, 30, 40} e
1 ∈ X: Y={30, 40, 50, 60}. A união desses dois conjuntos resulta
O elemento 4 não pertence ao conjunto X. O símbolo em um terceiro conjunto, Z, que é expresso por: Z={10,
que indica essa relação é: ∉ . Assim, a relação é expressa 20, 30, 40, 50, 60} . Note que o conjunto Z contém todos
por: 4 ∉ X. os elementos de X e Y, sem repetir os elementos em co-
mum. Essa operação é representada por: 𝑋 ∪ 𝑌 .
RELAÇÃO ENTRE CONJUNTOS É possível visualizar a operação utilizando o diagrama
Quando se analisa a relação entre dois conjuntos, há de Venn:
duas possibilidades: ou um conjunto está contido em
outro ou não está contido. A essa relação dá-se o nome
de continência. Para explicar essa relação, é necessário
definir o conceito de subconjunto. A seguir um exemplo:
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sejam dois conjuntos Y={1, 2, 3} e Z={1, 2, 3, 7, 8, 9}.


Nota-se que todos os elementos do conjunto Y per-
tencem ao conjunto Z. Assim, diz-se que Y é um subcon-
junto de Z e, portanto, Y está contido em Z. O símbolo
que indica essa relação é: ⊂ . Assim a relação é expressa
por: Y ⊂ Z.

43
INTERSECÇÃO DE CONJUNTOS nário come carne vermelha, frango, peixe ou não come
Para explicar a intersecção de conjuntos, será o exem- nenhum tipo de carne. Após entrevistar os 200 funcioná-
plo anterior. Sejam dois conjuntos X={10, 20, 30, 40} e rios, chegou-se aos seguintes resultados:
Y={30, 40, 50, 60} . A intersecção desses dois conjun- 110 funcionários comem carne vermelha
tos resulta em um terceiro conjunto, Z, que é expresso 100 funcionários comem frango
por: Z={30, 40}. Note que o conjunto Z contém todos 80 funcionários comem peixe
os elementos que pertencem tanto ao conjunto X quan- 44 funcionários comem carne vermelha e frango
to ao conjunto Y. Essa operação é representada por: 43 funcionários comem frango e peixe
𝑍 =𝑋∩𝑌 . 41 funcionários comem carne vermelha e peixe
É possível visualizar a operação utilizando o diagrama 15 funcionários comem carne vermelha, frango e pei-
de Venn: xe

De acordo com a pesquisa, quantos funcionários não


comem nenhum tipo de carne? Quantos funcionários co-
mem somente carne vermelha?
O primeiro passo é montar o diagrama de Venn do
problema, onde cada circunferência representará um
conjunto. Há três conjuntos: carne vermelha, frango e
peixe.
Quantidade de elementos no conjunto união
A quantidade de elementos, ou número de elemen-
tos, de qualquer conjunto é denotado da seguinte forma:
n (X) representa o número de elementos do conjunto . O
número de elementos do conjunto união é calculado por:

𝑛 𝑋 ∪ 𝑌 = 𝑛 𝑋 + 𝑛 𝑌 − 𝑛(𝑋 ∩ 𝑌)

Ou seja, o número de elementos do conjunto união


consista na soma do número de elementos de cada um
dos conjuntos subtraído do número de elementos da
intersecção entre os dois conjuntos. Como os elemen-
tos em comum a ambos pertencem aos dois conjuntos,
é necessário subtrair 𝑛 𝑋 ∩ 𝑌 para não contar esses
elementos duas vezes. O próximo passo é preencher os campos do diagra-
ma. Quando houver o dado, o primeiro espaço a ser
DIFERENÇA ENTRE CONJUNTOS preenchido é a intersecção dos três conjuntos. Nesse
Para explicar a diferença entre conjuntos, será dado caso, corresponde à quantidade de funcionários que co-
um exemplo. Sejam dois conjuntos X={10, 20, 30, 40} e mem os três tipos de carne.
Y={30, 40, 50, 60}. A diferença entre esses dois conjuntos,
nessa ordem (ou seja, X-Y), resulta em um terceiro con-
junto, Z, que é expresso por: Z={10, 20}. Note que o con-
junto Z contém todos os elementos que pertencem tanto
ao conjunto X excluídos os elementos em comum com
o conjunto Y. Essa operação é representada por: Z=X-Y.
Se a diferença fosse Z=Y-X, o resultado seria .Z={50,
60}. Em resumo, o conjunto diferença contém todos os
elementos do primeiro conjunto excluindo-se os ele-
mentos em comum com o segundo conjunto.
Se o segundo conjunto (Y) for um subconjunto do
primeiro (X), a diferença é expressa por CXY, onde lê-se
complementar de Y em relação a X.

PROBLEMAS
É comum encontrar em diversas provas problemas 44 funcionários comem carne vermelha e frango.
RACIOCÍNIO LÓGICO

que precisam de noções de conjuntos para serem resol- Dessas 44 pessoas, 15 comem carne vermelha, frango e
vidos. São problemas que requerem o uso do diagrama peixe. Então, 44-15=29 pessoas comem somente carne
de Venn e têm uma mecânica característica de solução. A vermelha e frango.
seguir será apresentado um exemplo: 43 funcionários comem frango e peixe. Dessas 41
Uma pesquisa foi feita com os funcionários de uma pessoas, 15 comem carne vermelha, frango e peixe. En-
empresa, para ver quais eram as preferências alimentícias tão, 43-15=28 pessoas comem somente frango e peixe.
de cada um deles. Para isso, foi perguntado se o funcio-

44
41 funcionários comem carne vermelha e peixe. Des-
sas 41 pessoas, 15 comem carne vermelha, frango e pei-
xe. Então, 41-15=26 pessoas comem somente carne ver-
melha e peixe.

Agora, coloca-se todos os valores encontrados no


diagrama:

Assim, analisando o diagrama final é possível respon-


der às duas perguntas do problema:
23 funcionários não comem carne
40 funcionários comem somente carne vermelha

FIQUE ATENTO!
Sempre confira se a soma de todos os nú-
meros que constam nos espaços dos dia-
gramas corresponde à quantidade total do
Os próximos passos consistem em preencher os ou- problema. Se não corresponder, há um con-
tros espaços que há em comum entre os conjuntos. junto dos que não se encaixa em nenhum
110 funcionários comem carne vermelha. O número dos conjuntos do problema (no caso acima,
de funcionários que comem somente carne vermelha é o conjunto dos que não comem carne).
corresponde a: 110-29-15-26=40 funcionários.
100 funcionários comem carne frango. O número de
funcionários que comem somente frango corresponde a:
100-29-15-28=28 funcionários.
80 funcionários comem peixe. O número de funcio- EXERCÍCIO COMENTADO
nários que comem somente peixe corresponde a: 80-28-
15-26=11 funcionários 1. (AFAP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FCC,
2019). Foi feita uma pesquisa entre todos os funcio-
Agora, coloca-se todos os valores encontrados no nários da empresa X e constatou-se que 50 deles fala-
diagrama: vam inglês, 45 espanhol e 15 falavam as duas línguas.
Verificou-se também que 5 dos funcionários não falavam
nenhuma língua estrangeira. Então, o número de funcio-
nários da empresa X é

a) 95
b) 75
c) 85
d) 80
e) 90

Resposta: Letra C. O diagrama de Venn do problema


é o seguinte

A quantidade de funcionários que não comem carne,


RACIOCÍNIO LÓGICO

pode ser encontrada somando-se todos os valores que


constam no diagrama e, em seguida, calcula-se a dife-
rença entre o total de funcionários e a soma encontrada.
Assim: 200-(40+29+15+26+28+28+11)=23 funcionários.
Assim: Assim, o total de funcionários da empresa é igual a:
35+15+30+5=85 funcionários.

45
Ex: O terceiro termo da PA é 2 e o sexto é -1, qual será
RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO a razão da PA?
PROBLEMAS ARITMÉTICOS E Temos então a3 = 2 e a6 = −1 e queremos achar r.
GEOMÉTRICOS. Substituindo na fórmula do termo geral, temos que p =
3 e n = 6. Assim:

“Prezado Candidato, o conteúdo de geometria, foi


abordado na matéria de Matemática, que acompanha an = ap + n − p � r
a apostila.”
a6 = a3 + 6 − 3 � r
−1 = 2 + 3 � r
PROGRESSÃO ARITMÉTICA 3r = −3
Definição
r = −1
As progressões aritméticas, conhecidas com “PA”, são
sequências de números, que seguem um determinado Ou seja, a razão desta PA é -1.
padrão. Este padrão caracteriza-se pelo termo seguinte
da sequência ser o termo anterior adicionado de um va- Soma dos termos
lor fixo, que chamaremos de constante da PA, represen- Outro ponto importante de uma progressão arit-
tado pela letra “r”. mética é a soma dos termos. Considerando uma PA
Os exemplos a seguir ilustrarão a definição acima: que queremos saber a soma dos 5 primeiros termos:
a) S={1,2,3,4,5…} : Esta sequência é caracterizada por S={2,4,6,8,10…}. Como são poucos termos e sabemos to-
sempre somar o valor 1 no termo seguinte, ou seja, dos eles, podemos simplesmente somá-los: 2+4+6+8+10
trata-se de uma PA com razão . Se r>0, classificare- = 30. Agora, considere que você saiba apenas o primei-
mos com PA crescente. ro e o quinto termo, ou seja: a1 = 2 e a5 = 10 e .
b) S={13,11,9,7,5…} : Também podemos ter sequên- Como você calcularia a soma dos 5 termos?
cias onde ao invés de somar, estaremos subtraindo O jeito que você aprendeu até agora seria obter os
um valor fixo. Neste exemplo, o termo seguinte é o outros termos e a razão a partir da expressão do termo
termo anterior subtraído 2, assim, trata-se de uma geral, porém você teria que fazer muitas contas para che-
PA com razão . Se r<0, classificaremos com PA de- gar ao resultado, gastando tempo. Como a PA segue um
crescente. padrão, foi possível deduzir uma expressão que dependa
c) S={4,4,4,4,4…} : Além disso, podemos ter uma se- apenas do primeiro termo e do último:
quência de valores constantes, nesse caso, é como a1 + an � n
se estivéssemos somando 0 ao termos. Assim, se Sn =
r=0, classificaremos com PA constante. 2

Termo Geral Assim, com , a1 = 2, a5 = 10 e n = 5 , podemos


Dado esta lógica de formação das progressões arit- calcular a soma:
méticas, pode-se definir o que chamamos de “expressão
do termo geral”. Trata-se de uma fórmula matemática 2 + 10 � 5 12 � 5 60
que relaciona dois termos de uma PA com a razão r: Sn = = = = 30
2 2 2
an = ap + n − p � r , com n ∈ ℕ∗
Ou seja, não precisamos saber nem a razão da PA
para acharmos a soma.
Onde an e ap são termos quaisquer da PA. Essa ex- Propriedades
pressão geral pode ser utilizada de 2 formas: As progressões aritméticas possuem algumas pro-
a) Sabemos um termo e a razão e queremos encon- priedades interessantes que podem ser exploradas em
trar outro termo. provas de concursos:
P1: Para três termos consecutivos de uma PA, o termo
Ex: O primeiro termo da PA igual a 7 e a razão é 3, médio é a média aritmética dos outros dois termos. Essa
qual é o quinto termo? propriedade é fácil de verificar com o exemplo: Vamos
Temos então a1 = 7 e r = 3 e queremos achar a5. considerar três termos consecutivos de uma PA sendo
Substituindo na fórmula do termo geral, temos que p = an−1, an e an+1 .Podemos afirmar a partir da fórmula
1 e n = 5. Assim: an = ap + n − p � r do termo geral que:
an = an−1 + r
RACIOCÍNIO LÓGICO

a5 = a1 + 5 − 1 � r
a5 = 7 + 4 � 3 an = an+1 – r
a5 = 19
Somando as duas expressões:
Ou seja, o quinto termo desta PA é 19.
2an = an−1 + r + an +1 − r
b) Sabemos dois termos quaisquer e queremos obter 2an = an−1 + an + 1
a razão da PA.

46
O que leva a:
an−1 + an + 1 EXERCÍCIOS COMENTADOS
an =
2
1. Em relação à progressão aritmética (10, 17, 24, …), de-
P2: Termos equidistantes dos Extremos. Numa sequên- termine:
cia finita, dizemos que dois termos são equidistantes dos
extremos se a quantidade de termos que precederem o a) o termo geral dessa PA;
primeiro deles for igual à quantidade de termos que su- b) o seu 15° termo;
cederem ao outro termo. Assim, na sucessão:
Resposta:
(a1 , a2 , a3, a4 , . . . , ap , . . . , ak , . . . , an 3 , an 2 , an 1 , an ), a) Para encontrar o termo geral da progressão aritmé-
− − − tica, devemos, primeiramente, determinar a razão r:
r = a2 – a1
Temos: r = 17 – 10
r=7
a2 e an 1 são termos equidistantes dos extremos; A razão é 7, e o primeiro termo da progressão (a1) é 10.

a3 e an 2 são termos equidistantes dos extremos; Através da fórmula do termo geral da PA, temos:

a4 e an 3 são termos equidistantes dos extremos.
− an = a1 + (n – 1). r
an = 10 + (n – 1). 7
Nota-se que sempre que dois termos são equidis-
tantes dos extremos, a soma dos seus índices é igual ao Portanto, o termo geral da progressão é dado por an =
valor de n + 1. Assim sendo, podemos generalizar que, 10 + (n – 1). 7.
se os termos e são equidistantes dos extremos, então:
b) Como já encontramos a fórmula do termo geral,
p + k = n+1 vamos utilizá-la para encontrar o 15° termo. Tendo em
vista que n = 15, temos então:
an = 10 + (n – 1). 7
FIQUE ATENTO! a15 = 10 + (15 – 1). 7
a15 = 10 + 14 . 7
Com as considerações anteriores, temos que
a15 = 10 + 98
numa PA com termos, a soma de dois ter-
a15 = 108
mos equidistantes dos extremos é constante
e igual a soma do primeiro termo com o úl-
O 15° termo da progressão é 108.
timo termo.
2. (CONED-2016) Em uma PA com 12 termos, a soma
Ex: Sejam, numa PA de termos, ap e ak termos equi- dos três primeiros é 12 e a soma dos dois últimos é 65. A
distantes dos extremos, teremos, então: razão dessa PA é um número:

ap = a1 + (p – 1) � r ⇒ ap = a1 + p � r – r a) Múltiplo de 5
ak = a1 + (k – 1) � r ⇒ ak = a1 + k � r – r b) Primo
c) Com 3 divisores positivos
d) Igual a média geométrica entre 9 e 4
Somando as expressões: e) Igual a 4!

ap + ak = a1 + p � r – r + a1 + k � r – r Resposta: Letra B. Aplicando a fórmula do termo ge-


ap + ak = a1 + a1 + (p + k – 1 – 1) � r ral nas duas considerações do enunciado, chega-se a
razão igual a 3, que é um número primo

Considerando que p + k = n + 1 , ficamos com:

ap + ak = a1 + a1 + (n + 1 – 1) � r PROGRESSÃO GEOMÉTRICA (PG)


ap + ak = a1 + a1 + (n – 1) � r Definição
RACIOCÍNIO LÓGICO

ap + ak = a1 + an As progressões geométricas, conhecidas com “PG”,


são sequências de números, como as PA, mas seu padrão
está relacionado com a operação de multiplicação e di-
visão. Ou seja, o termo seguinte de uma PG é composto
pelo termo anterior multiplicado por uma razão cons-
tante, que será chamada de “q”.

47
Os exemplos a seguir ilustrarão melhor essas defini-
ções: an = ap � qn−p
a4 = a1 � q4−1
a) S={2,4,8,16,32…}: Esta sequência é caracterizada
por sempre multiplicar o termo anterior por uma a4 = 5 � 23
razão constante, q = 2. Como os termos subse- a4 = 5 � 8 = 40
qüentes são maiores, temos uma PG crescente (ca-
racterizada por q > 0 )
Ou seja, o quarto termo desta PG é 40.
1 1 1
b) S = {9,3,1, , , … }: Esta sequência
3 9 27 b) Sabemos dois termos quaisquer e queremos obter
é caracterizada por sempre multiplicar o ter-
a razão da PG. Exemplo: O segundo termo da PG é
1 3 e o quarto é 1/3, qual será a razão da PG, saben-
mo anterior por uma razão constante q =
3 do que q < 0 ?
, ou seja, estar sendo dividida sempre por 3. As- 1
sim, como os termos subseqüentes são menores, Resolução: Temos então a2 = 3 e a4 = e que-
3
temos uma PG decrescente (caracterizada por remos achar q. Substituindo na fórmula do termo geral,
a1 > 0 e 0 < q < 1 ). temos que p = 2 e n = 4. Assim:

c) S={-1,-2,-4,-8 ,-16,…}: Esta sequência é caracteri- an = ap � qn−p


zada por sempre multiplicar o termo anterior por
uma constante q=-2. Assim, como os termos sub- a4 = a2 � q4−2
seqüentes são menores, temos outro caso de PG 1
decrescente (caracterizada por a1 < 0 e q > 1 ). = 3 � q2
3
d) S={1,-4,16,-64,256…}: Esta sequência mostra alter- 1
nância de sinal entre os termos. A razão neste caso q2 =
9
é q=-4 e quando isto ocorre, definimos como PG
alternada. (caracterizada por q < 0 ).

e) S={5,5,5,5,5,5,…}: Esta sequência possui termos


constantes e é caracterizada por ter uma razão
q=1. Neste caso, é definido o que chamamos de
PG constante. Como q < 0 , temos que a razão dessa PG é -1/3.

Soma finita dos termos


FIQUE ATENTO! Seguindo o mesmo princípio da PA, temos na PG a
Atenção as definições de PG decrescente e somatória dos “n” primeiros termos também. Uma fór-
PG alternada, muitos alunos se confundem e mula foi deduzida e está apresentada a seguir:
dizem que PG decrescente ocorre quando , a1 � qn − 1
em uma analogia a PA. Sn =
q−1
O ponto interessante desta fórmula é que ela depen-
de apenas da razão e do primeiro termo, sem a necessi-
Termo Geral dade de obter o termo . Caso você tenha qualquer outro
Dado esta lógica de formação das progressões geo- termo e a razão q, você obtém primeiramente o primeiro
métricas, podemos também definir a “expressão do ter- termo com a fórmula do termo geral e depois obtém a
mo geral”. Trata-se de uma fórmula matemática que rela- soma. O exemplo a seguir ilustra isso:
ciona dois termos de uma PG com a razão q: Exemplo: Calcule a soma dos quatro primeiros temos
an = ap � qn−p , n ∈ ℕ∗ , q ∈ ℝ de uma PG, com q = 3 e a2 = 12
Resolução: Para aplicar a fórmula da soma, é necessá-
rio obter o primeiro termo da PG. Usando o termo geral
Onde an e ap são termos quaisquer da PG. Essa ex- (com n=2 e p=1):
pressão geral pode ser utilizada de 2 formas:
an = ap � qn−p
RACIOCÍNIO LÓGICO

a) Sabemos um termo e a razão e queremos encon- a2 = a1 � q2−1


trar outro termo. Exemplo: O primeiro termo da PG
igual a 5 e a razão é 2, qual é o quarto termo?
12 = a1 � 31
Resolução: Temos então a1 = 5 e q = 2 e quere- a1 = 4
mos achar a4 . Substituindo na fórmula do termo geral,
temos que p = 1 e n = 4. Assim: Com o primeiro termo obtido, podemos encontrar a
somatória (com n=4):

48
a1 qn − 1 a1
Sn = S∞ =
q−1 1−q

1
a1 q4 − 1 S∞ =
S4 = 1
q−1 1−
2

4 34 − 1 1
S4 = S∞ = =2
3−1 1
2
4 � 343 − 1 Ou seja, a soma dos termos desta PG infinita vale 2.
S4 = = 2 � 342 = 684
2

Assim, a soma dos primeiros quatro termos desta PG EXERCÍCIOS COMENTADOS


é igual a 684.
1.(FUNAI – CONHECIMENTOS GERAIS –
Soma da PG infinita ESAF/2016) O limite1 da1série infinita S de razão 1/3,
Além da soma dos “n” primeiros termos, as progres- S = 9 + 3 + 1 + + + ⋯ ) é:
sões geométricas possuem uma particularidade. Para PG 3 9
com , ou seja, para PG decrescentes ou alternadas, pode-
mos definir a “soma da PG infinita”. Em outras palavras, a) 13,444...
se tivermos uma PG com infinitos termos com q < 1 b) 13,5
, podemos obter a somar todos eles e obter um valor c) 13,666...
finito. A fórmula da PG infinita é apresentada a seguir: d) 13,6
a1 e) 14
S∞ =
1−q
Resposta: Letra B. a1
Aplicando a fórmula da PG infinita S∞ = , che-
1−q
ga-se na resposta.
#FicaDica
2. Determine o valor do sexto termo da seguinte pro-
A fórmula é bem simples e como na fórmu-
gressão geométrica (1, 2, 4, 8, ...).
la da soma dos “n” primeiros termos, temos
dependência apenas do primeiro termo e da
Resposta: a6 = 32
razão.
Nota-se que a razão da progressão geométrica é igual
a 2. Então, tem-se que:

Exemplo: Calcule a soma infinita da seguinte PG: an = ap � qn−p


a6 = a1 � q6−1
1 1 1 1 1 a6 = 1 � 25 = 32
S = {1, , , , , ,…�
2 4 8 16 32

Resolução: Como se trata de uma PG decrescen-


te com a1 = 1 e q = 2 , ela atende aos requisitos da
1

soma infinita: Substituindo na fórmula:


RACIOCÍNIO LÓGICO

49
5. (AL-RS – AGENTE LEGISLATIVO – FUNDATEC –
2018) A tabela-verdade da fórmula é equivalente à ta-
HORA DE PRATICAR! bela-verdade da fórmula da alternativa:

1. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI- a) ¬𝑃 → (𝑄 ∨ 𝑅)


NISTRATIVO – IBGP – 2018) Analise o trecho e assina- b) 𝑃 ∨ (¬𝑄 ∨ ¬𝑅)
le a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna: c) 𝑃 ∨ (𝑄 ∨ 𝑅)
“___________ são declarações às quais pode ser atribuído d) 𝑃 → (¬𝑄 ∧ ¬𝑅)
ou valor verdadeiro ou valor falso.” e) (𝑄 ∨ 𝑅) → 𝑃

a) Proposições 6. (AL-RS – TÉCNICO LEGISLATIVO – FUNDATEC–


b) Conjunções 2018) A tabela-verdade da fórmula :
c) Permutações
d) Afirmações a) Só é falsa quando P e Q são falsos
b) É uma tautologia
2. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI- c) É uma contradição
NISTRATIVO – IBGP – 2018) Acerca das proposições, d) Só é falsa quando P e Q são verdadeiros
analise. e) Só é falsa quando P é verdadeiro e Q é falso

I. A árvore é vermelha. Pode-se dizer que essa afirma- 7. (IGP-SC – PERITO CRIMINAL AMBIENTAL – IESES–
ção ou é falsa ou é verdadeira. Portanto, trata-se de uma 2017) Indique a alternativa que representa uma tauto-
proposição. logia:
II. Bom dia! Trata-se de uma saudação. Não podemos di-
zer que a frase é falsa, nem mesmo que é verdadeira. a) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael
Portanto, a frase não é uma proposição. não é inteligente e Fabricio não é chato.
b) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael
III. As informações das proposições possuem valor lógico
é inteligente e Fabricio não é chato.
totalmente verdadeiro ou totalmente falso. Nunca uma
c) Se Rafael é inteligente ou Fabricio é chato então Rafael
proposição será verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
é inteligente e Fabricio é chato.
d) Se Rafael é inteligente e Fabricio é chato então Rafael
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s).
é inteligente ou Fabricio é chato.
a) I apenas
8. (TJ-PE – ANALISTA JUDICIÁRIO – IBFC– 2017) As
b) III apenas expressões E1: (𝑝 ∧ 𝑟) ∨ (~𝑝 ∧ 𝑟) e E2: (𝑞 ∨ 𝑠) ∧ (~𝑞 ∨ 𝑠)
c) I e II apenas são compostas pelas quatro proposições lógicas p, q, r
d) I, II, III e s. Os valores lógicos assumidos pela expressão são os
mesmos valores lógicos da expressão:
3. (PREFEITURA DE SARZEDO-MG – TÉCNICO ADMI-
NISTRATIVO – IBGP – 2018) “Se o pássaro cantar, então a) 𝑟 ∨ 𝑠
ele está vivo.” b) ~𝑟 ∧ ~𝑠
Com base na estrutura lógica, assinale a alternativa COR- c) ~𝑟 ∨ 𝑠
RETA. d)
e)
a) 𝑝∨𝑞
b) 𝑝∧𝑞 9. (PREFEITURA DE NITERÓI – ANALISTA – FGV –
c) 𝑝↔𝑞 2018) A negação de “Nenhum analista é magro” é:
d) 𝑝⟶𝑞
a) “Há pelo menos um analista magro”.
4. (ARCON-PA – ASSISTENTE TÉCNICO – IADES – b) “Alguns magros são analistas”.
2018) Considere as proposições a seguir. c) “Todos os analistas são magros”.
d) “Todos os magros são analistas”.
i) Se Amanda vai ao parque, não está calor; e) “Todos os analistas não são magros”.
ii) Se está calor, Jorge toma um suco gelado;
iii) Se Jorge vai ao parque, Amanda fica em casa. 10. (PBH ATIVOS S.A. – ANALISTA JURÍDICO – IBGP
– 2018) A negação da frase “Toda gestão imobiliária pre-
Sabendo que Amanda não fica em casa e que Jorge toma cisa de regulação cadastral” é equivalente a:
RACIOCÍNIO LÓGICO

um suco gelado, infere-se que


a) “Existe alguma gestão imobiliária que não precisa de
a) está calor. regularização cadastral”.
b) Amanda vai ao parque. b) “Nenhuma gestão imobiliária precisa da regularização
c) Jorge fica em casa. cadastral”.
d) Jorge não vai ao parque c) “Toda gestão imobiliária independe da regularização
e) não está calor cadastral”.

50
d) “Alguma gestão imobiliária precisa da regularização 16. (TRT 15° REGIÃO – ANALISTA – FCC – 2018) Consi-
cadastral”. dere os dois argumentos a seguir:

11. (PC-SP – AGENTE POLICIAL – VUNESP – 2018) Leia I. Se Ana Maria nunca escreve petições, então ela não
a frase a seguir: “Qualquer pessoa sabe andar de bicicle- sabe escrever petições. Ana Maria nunca escreve peti-
ta”. A afirmação que corresponde à negação lógica dessa ções. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
frase é: II. Se Ana Maria não sabe escrever petições, então ela
nunca escreve petições. Ana Maria nunca escreve peti-
a) Todos que andam de bicicleta também andam de mo- ções. Portanto, Ana Maria não sabe escrever petições.
tocicleta. Comparando a validade formal dos dois argumentos e
b) Apenas uma pessoa sabe andar de bicicleta a plausibilidade das primeiras premissas de cada um, é
c) Pelo menos uma pessoa não sabe andar de bicicleta. correto concluir que
d) As crianças não sabem andar de bicicleta
e) Ninguém sabe andar de bicicleta a) o argumento I é inválido e o argumento II é válido,
mesmo que a primeira premissa de I seja mais plausí-
12. (SEFAZ-RS – TÉCNICO TRIBUTÁRIO – CESPE – 2018) vel que a de II.
A negação da proposição “O IPTU, eu pago parcelado; o b) ambos os argumentos são válidos, a despeito das pri-
IPVA, eu pago em parcela única” pode ser escrita como meiras premissas de ambos serem ou não plausíveis.
c) ambos os argumentos são inválidos, a despeito das
a) “Eu não pago o IPTU parcelado e não pago o IPVA em primeiras premissas de ambos serem ou não plausí-
parcela única”
veis.
b) “Eu não pago o IPTU parcelado e pago o IPVA parce-
d) o argumento I é inválido e o II é válido, pois a primeira
lado”
premissa de II é mais plausível que a de I.
c) “Eu não pago o IPTU parcelado ou não pago o IPVA em
e) o argumento I é válido e o II é inválido, mesmo que a
parcela única”
primeira premissa de II seja mais plausível que a de I.
d) “Eu pago o IPTU em parcela única e pago o IPVA par-
celado”
17. (PC-SP – ESCRIVÃO – VUNESP – 2018) De um argu-
e) “Eu pago o IPTU em parcela única ou pago o IPVA
parcelado” mento válido, sabe-se que suas premissas são:

13. (PREFEITURA DE MARICÁ – ORIENTADOR PEDA- I. Se a investigação é feita adequadamente e as provas são
GÓGICO – COESAC – 2018) A negação lógica da afirma- consistentes, então é certo que o réu será condenado.
ção condicional “se Ana adoece, então Pedro fica triste” II. O réu não foi condenado.
é:
Dessa forma, uma conclusão para esse argumento está
a) Se Ana não adoece, Pedro não fica triste. contida na alternativa:
b) Se Ana adoece, então Pedro não fica triste.
c) Ana adoece ou Pedro não fica triste. a) A investigação não foi feita adequadamente e as pro-
d) Ana adoece e Pedro não fica triste. vas não foram consistentes.
e) Se Pedro fica triste, Ana adoece. b) A investigação foi feita adequadamente ou as provas
foram consistentes.
14. (PREFEITURA DE CONCHAS. – ASSISTENTE AD- c) A investigação não foi feita adequadamente, mas as
MINISTRATIVO – METRO CAPITAL SOLUÇÕES – 2018) provas foram consistentes.
Sabe-se que Heloísa dança ballet e fala italiano, a nega- d) A investigação não foi feita adequadamente ou as pro-
ção desta proposição então é: vas não foram consistentes.
e) A investigação foi feita adequadamente mas as provas
a) Heloísa não dança ballet ou não fala italiano. não foram consistentes.
b) Se Heloísa dança ballet, então não fala italiano.
c) Heloísa não dança ballet, e não fala italiano. 18. (CEMIG – ANALISTA – FUMARC – 2018) Analise os
d) Heloísa fala italiano ou não dança ballet. seguintes argumentos:
e) Heloísa não fala italiano ou dança ballet.
I. Se estudasse todo o conteúdo, então seria aprovado
15. (PREFEITURA DE NITERÓI. – AUDITOR MUNICI- em Estatística. Fui reprovado em Estatística. Concluímos
PAL – FGV – 2018) Considere a sentença: “Se Arlindo é que não estudei todo o conteúdo.II. Todo estudante gos-
baixo, então Arlindo não é atleta”. Assinale a opção que ta de Geometria. Nenhum atleta é estudante. Concluímos
apresenta a sentença logicamente equivalente à senten- que ninguém que goste de Geometria é atleta.
RACIOCÍNIO LÓGICO

ça dada. III.Toda estrela possui luz própria. Nenhum planeta do


sistema solar possui luz própria. Concluímos que nenhu-
a) “Se Arlindo não é atleta, então Arlindo é baixo”. ma estrela é um planeta.
b) “Se Arlindo não é baixo, então Arlindo é atleta”.
c) “Se Arlindo é atleta, então Arlindo não é baixo”. Considerando os argumentos I,II e III, é CORRETO afir-
d) “Arlindo é baixo e atleta”. mar que:
e) “Arlindo não é baixo e não é atleta”.

51
a) apenas I é válido A partir dessas informações, é correto afirmar que
b) apenas I e III são válidos
c) apenas II e III são válidos a) qualquer elemento de C, que não é elemento de B, é
d) I, II e III são válidos também elemento de A ou de D.
b) todos os elementos de D, que não são elementos ape-
19. (STJ – TODOS OS CARGOS – CESPE – 2018) Consi- nas de D, são também elementos de A e de B e de C.
dere as proposições P e Q a seguir. c) qualquer elemento que pertença a três desses conjun-
P: Todo processo que tramita no tribunal A ou é enviado tos pertence ao conjunto B.
para tramitar no tribunal B ou no tribunal C. d) dentre os elementos que pertencem a dois, e apenas
Q: Todo processo que tramita no tribunal C é enviado dois conjuntos, não há elemento de C que também
para tramitar no tribunal B. seja elemento de A.
e) todo elemento de A, que não é elemento de B e não
A partir dessas proposições, julgue o item seguinte. é elemento de D, é também elemento de C ou apenas
Se um processo for iniciado no tribunal A, então, com elemento de A.
certeza, ele tramitará no tribunal B.
23. (TJSP – ENFERMEIRO JUDICIÁRIO – VUNESP,
( ) CERTO ( ) ERRADO 2019).
Considere o diagrama de conjuntos.
20. (PREF. IVAPORÃ – AGENTE ADMINISTRATIVO –
FAU, 2017).
Se considerarmos os nomes RAFAELA e MATHEUS como
sendo um conjunto de letras cada um dos nomes. A in-
tersecção entre estes conjuntos resulta no conjunto for-
mado pelas letras:

a) {M,T,H,U,S}
b) {R,A,F,E,L,M,T,H,U,S}
c) {A,E}
d) {R,F,L}
e) Conjunto vazio O total de elementos do conjunto A é 37. O total de ele-
mentos do conjunto C é 37. Sabendo que há elementos
21. (PREF. MARICÁ – ORIENTADOR – COSEAC, 2018). em todas as seções e interseções e que x é o dobro de w,
Um grupo de 500 estudantes participa de uma pesquisa. o menor número de elementos possível para o conjunto
Sabe-se que desses estudantes, 200 estudam Física, 240 B é igual a:
estudam Matemática, 80 estudam Matemática e Física.
Se um desses estudantes for sorteado, a probabilidade a) 30
de que ele não estude Matemática e nem Física é: b) 26
c) 28
a) 14% d) 32
b) 28% e) 34
c) 36%
d) 45% 24. (CRF-TO – ANALISTA DE TI - IADES, 2019).
e) 50% Suponha que, no Conselho Federal de Farmácia, traba-
lhem 5 analistas de tecnologia da informação. Uma nova
22. (TJSP – CONTADOR JUDICIÁRIO – VUNESP, 2019). rede de computadores será projetada e implementada
Considere que haja elementos em todas as seções e in- para modernização dos processos. Para tanto, será mon-
terseções do diagrama. tada uma equipe com 4 analistas, sendo 2 responsáveis
unicamente por projetar a rede e outros 2 responsáveis
unicamente por instalar e configurar a rede. Quantas
equipes distintas podem ser formadas para a execução
da tarefa?

a) 20
b) 40
c) 35
RACIOCÍNIO LÓGICO

d) 30
e) 25

52
25. (CRF-TO – ANALISTA DE TI - IADES, 2019). 29. (EPE – ANALISTA – CESGRANRIO, 2014).
Geraldo tem 4 porta-arquivos de mesa de cores diferen- A probabilidade de um indivíduo selecionado aleatoria-
tes (azul, verde, amarelo e vermelho) para organizar os mente em uma população apresentar problemas circula-
processos administrativos da própria repartição. Ele pre- tórios é de 25%. Sabe-se que indivíduos com problemas
tende colocar os porta-arquivos lado a lado sobre uma de circulação apresentam o dobro da probabilidade de
escrivaninha. De quantas maneiras diferentes ele pode serem fumantes do que aqueles sem tais problemas. Se
organizar esses porta-arquivos? um indivíduo fumante é selecionado dessa população,
qual a probabilidade de ele apresentar problemas circu-
a) 36 latórios?
b) 12
c) 24 a) 2/5
d) 48 b) 1/4
e) 8 c) 1/3
d) 1/2
26. (PREF.RECIFE – ASSISTENTE DE GESTÃO - FCC, e) 2/3
2019).
Uma determinada secretaria municipal conta com dois as- 30. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
sessores (A1 e A2) e cinco supervisores (S1, S2, S3, S4 e S5). CESGRANRIO, 2018).
Deseja-se formar uma comissão formada por quatro mem- Para montar uma fração, deve-se escolher, aleatoriamen-
bros, pelo menos um dos quais deve ser um assessor e os te, o numerador no conjunto N = {1, 3, 7, 10} e o denomi-
demais, supervisores. Ainda, se A1 for membro da comissão, nador no conjunto D = {2, 5, 6, 35}.
S1 não deve ser. Nessas condições, podem ser formadas
Qual a probabilidade de que essa fração represente um
a) 15 comissões diferentes número menor do que 1(um)?
b) 30 comissões diferentes
c) 20 comissões diferentes a) 50%
d) 44 comissões diferentes
b) 56,25%
e) 60 comissões diferentes
c) 25%
d) 75%
27. (DEINFRA-SC – ENGENHEIRO - FEPESE, 2019).
e) 87,5%
Durante a programação diária de um canal de televisão,
os intervalos são preenchidos com 6 comerciais diferen-
31. (IPERON/RO – ANALISTA – IBADE, 2017).
tes. A cada intervalo, os seis comerciais são apresenta-
Um time de futebol de salão dos analistas do IPERON
dos, mas sempre em ordem diferente e uma ordem não
é repetida até que todas as outras possíveis ordens te- joga semanalmente. A probabilidade desse time vencer
nham sido apresentadas. todas as vezes que joga é de 60%. Se disputar quatro
Após quantos intervalos, no mínimo, todas as possíveis partidas no mês de novembro de 2017, a probabilidade
ordens dos comerciais terão sido apresentadas? de vencer pelo menos um dos jogos é:

a) Mais que 800 a) 2,56%


b) Mais que 750 e menos que 800 b) 64,80%
c) Mais que 700 e menos que 750 c) 48,72%
d) Mais que 700 e menos que 750 d) 12,96%
e) Menos que 650 e) 97,44%

28. (POLÍCIA FEDERAL – AGENTE DE POLÍCIA - FU- 32. (CFF – ANALISTA DE SISTEMA – INAZ, 2017).
VEST, 2013). Numa escola, 400 alunos foram classificados segundo
Em um aeroporto, 30 passageiros que desembarcaram gênero e disciplinas preferidas, conforme a tabela abaixo:
de determinado voo e que estiveram nos países A, B ou
C, nos quais ocorre uma epidemia infecciosa, foram sele-
cionados para ser examinados. Constatou-se que exata-
mente 25 dos passageiros selecionados estiveram em A
ou em B, nenhum desses 25 passageiros esteve em C e 6
desses 25 passageiros estiveram em A e em B. Um aluno é escolhido ao acaso. Qual a probabilidade de
que este aluno seja um homem que prefere Português?
Com referência a essa situação hipotética, julgue o item
RACIOCÍNIO LÓGICO

que segue. a) 1/4


b) 1/8
Se 2 dos 30 passageiros selecionados forem escolhidos c) 1/50
ao acaso, então a probabilidade de esses 2 passageiros d) 5/15
terem estado em 2 desses países é inferior a 1/30. e) 5/18

( ) CERTO ( ) ERRADO

53
33. (SEPOG/RO – ANALISTA EM TI – FGV, 2017).
Para uma premiação, dois funcionários de uma empresa
ANOTAÇÕES
serão sorteados aleatoriamente entre quatro candidatos:
dois do departamento A e dois do departamento B. A
probabilidade de os dois funcionários sorteados perten- ________________________________________________
cerem ao mesmo departamento é:
_________________________________________________
a) 1/2
_________________________________________________
b) 1/3
c) 1/4 _________________________________________________
d) 1/6
e) 3/4 _________________________________________________

_________________________________________________

GABARITO _________________________________________________

_________________________________________________
1 A _________________________________________________
2 D
_________________________________________________
3 D
4 D _________________________________________________
5 D _________________________________________________
6 A
_________________________________________________
7 D
8 E _________________________________________________

9 A _________________________________________________
10 C _________________________________________________
11 C
_________________________________________________
12 C
13 D _________________________________________________
14 A _________________________________________________
15 C
_________________________________________________
16 E
_________________________________________________
17 D
18 B _________________________________________________
19 CERTO _________________________________________________
20 C
_________________________________________________
21 B
22 E _________________________________________________

23 A _________________________________________________
24 D _________________________________________________
25 C
_________________________________________________
26 C
27 C _________________________________________________
28 ERRADO _________________________________________________
RACIOCÍNIO LÓGICO

29 A
_________________________________________________
30 B
_________________________________________________
31 E
32 E _________________________________________________
33 B _________________________________________________

54
ÍNDICE

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

______. Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica, 1969).............................................................. 01
BRASIL. Constituição Federal de 1988 (art. 1º ao 5º, 9º, 37 e 144).................................................................................................................... 11
______. Decreto-Lei 2.848/40. Institui o Código Penal (art. 2º, 4º, 6º, 14, 18, 23 a 28, 100 a 106, 121 a 183, 213 a 234-B, 244
a 247, 286 a 359)................................................................................................................................................................................................................... 38
______. Decreto-Lei 3.689/41. Institui o Código de Processo Penal (art. 197 a 200, 202 a 225, 231 a 238, 240 a 250, 301 a 316).. 65
______. Lei 8.069/90. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. (art. 225 a 258-C)......... 69
______. Decreto-Lei 1.001/69. Institui o Código Penal Militar. (art. 9º, 149a 166, 187 a 196, 202, 203, 298 e 299)......................... 72
______. Decreto-Lei 1.002/69. Institui o Código de Processo Penal Militar. (art. 243 a 276, 302 a 364)............................................... 76
______. Lei Complementar 893/01. Institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar (RDPM)......................................................... 86
______. PMESP. I-7-PM - Instruções para correspondência na Polícia Militar................................................................................................. 100
______.______. I-21-PM - Instruções para continências, honras, sinais de respeito e cerimonial militar na Polícia Militar............. 132
______.______. I-30-PM - Instruções para Utilização da Rede Mundial de Computadores (internet) e Rede Interna (intranet)
pela PMESP.............................................................................................................................................................................................................................. 146
______.______. I-31-PM - Instruções para Utilização do Correio Eletrônico (E-Mail) na PMESP................................................................ 147
______.______. Diretriz PM3-002/02/16 - Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial-Militar - DEJEM........ 150
______.______. Diretriz PM3-002/02/14 - Atividade Delegada............................................................................................................................... 157
______.______. Nota de Instrução PM3-002/02/17 - Sistemática de prevenção de acidentes de trânsito envolvendo policiais
militares..................................................................................................................................................................................................................................... 164
______.______. O Sv PM3-011/02/18-CIRCULAR - Uso de dispositivos luminosos (faróis/giroflex) e/ou sonoros (sirenes/
buzinas) pelas viaturas......................................................................................................................................................................................................... 169
______.______. Ordem de Serviço PM3-002/02/18-CIRCULAR - Busca Domiciliar.......................................................................................... 170
______.______. Instruções Continuadas de Comando (ICC): nº 191, 193, 197, 201, 203, 209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230,
234, 239, 240, 244, 247, 248, 250, 254........................................................................................................................................................................... 421
______. Processo 1.01.00 Abordagem de Pessoa à pé............................................................................................................................................... 173
______. Processo 1.02.00 Abordagem Policial com viatura “4 rodas”................................................................................................................. 216
______. Processo 1.05.00 Vistoria em veículo............................................................................................................................................................... 247
______. Processo 1.10.00 Policiamento com Motocicleta........................................................................................................................................ 264
______. Processo 2.05.00 Preservação de local de crime......................................................................................................................................... 312
______. Processo 2.09.00 Ocorrência de violência doméstica e/ou descumprimento de medidas protetivas................................. 318
______. Processo 3.02.00 Ocorrência envolvendo autoridades............................................................................................................................. 322
______. Processo 3.03.00 Transporte, Escolta e Guarda de Preso......................................................................................................................... 332
______. Processo 3.04.00 Atendimento de ocorrência em horário de folga.................................................................................................... 362
______. Processo 3.05.00 Morte de PM......................................................................................................................................................................... 370
______. Processo 4.01.00 Acompanhamento e Cerco de Automóvel................................................................................................................ 372
______. Processo 4.04.00 Cumprimento de Mandado Judicial............................................................................................................................. 386
______. Processo 4.06.00 Atuação em Manifestações Públicas............................................................................................................................ 395
______. Processo 5.03.00 Uso de algemas.................................................................................................................................................................... 406
______. Processo 5.09.00 Uso do espargidor de gás pimenta............................................................................................................................... 418
cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de
______. CONVENÇÃO AMERICANA DE qualquer outra natureza, origem nacional ou so-
DIREITOS HUMANOS (PACTO DE SÃO JOSÉ cial, posição econômica, nascimento ou qualquer
DA COSTA RICA, 1969) outra condição social.
2. Para efeitos desta Convenção, pessoa é todo ser
humano.
CONVENÇÃO AMERICANA DE DIREITOS HUMA-
NOS (1969)* Artigo 2º - Dever de adotar disposições de direito in-
terno
(PACTO DE SAN JOSÉ DA COSTA RICA) Se o exercício dos direitos e liberdades mencionados
no artigo 1 ainda não estiver garantido por disposições
PREÂMBULO legislativas ou de outra natureza, os Estados-partes com-
prometem-se a adotar, de acordo com as suas normas
Os Estados Americanos signatários da presente Con- constitucionais e com as disposições desta Convenção,
venção, as medidas legislativas ou de outra natureza que forem
Reafirmando seu propósito de consolidar neste Con- necessárias para tornar efetivos tais direitos e liberdades.
tinente, dentro do quadro das instituições democráticas,
um regime de liberdade pessoal e de justiça social, fun- Capítulo II - DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
dado no respeito dos direitos humanos essenciais;
Reconhecendo que os direitos essenciais da pessoa Artigo 3º - Direito ao reconhecimento da personali-
humana não derivam do fato de ser ela nacional de de- dade jurídica
terminado Estado, mas sim do fato de ter como funda- Toda pessoa tem direito ao reconhecimento de sua
mento os atributos da pessoa humana, razão por que personalidade jurídica.
justificam uma proteção internacional, de natureza con-
vencional, coadjuvante ou complementar da que oferece Artigo 4º - Direito à vida
o direito interno dos Estados americanos; 1. Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua
Considerando que esses princípios foram consagra- vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em
dos na Carta da Organização dos Estados Americanos, geral, desde o momento da concepção. Ninguém
na Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Ho- pode ser privado da vida arbitrariamente.
2. Nos países que não houverem abolido a pena de
mem e na Declaração Universal dos Direitos do Homem,
morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos
e que foram reafirmados e desenvolvidos em outros ins-
mais graves, em cumprimento de sentença final de
trumentos internacionais, tanto de âmbito mundial como
tribunal competente e em conformidade com a lei
regional;
que estabeleça tal pena, promulgada antes de ha-
Reiterando que, de acordo com a Declaração Univer-
ver o delito sido cometido. Tampouco se estenderá
sal dos Direitos Humanos, só pode ser realizado o ideal
sua aplicação a delitos aos quais não se aplique
do ser humano livre, isento do temor e da miséria, se
atualmente.
forem criadas condições que permitam a cada pessoa 3. Não se pode restabelecer a pena de morte nos Es-
gozar dos seus direitos econômicos, sociais e culturais, tados que a hajam abolido.
bem como dos seus direitos civis e políticos; e 4. Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplica-
Considerando que a Terceira Conferência Interame- da a delitos políticos, nem a delitos comuns cone-
ricana Extraordinária (Buenos Aires, 1967) aprovou a in- xos com delitos políticos.
corporação à própria Carta da Organização de normas 5. Não se deve impor a pena de morte a pessoa que,
mais amplas sobre os direitos econômicos, sociais e no momento da perpetração do delito, for menor
educacionais e resolveu que uma Convenção Interame- de dezoito anos, ou maior de setenta, nem aplicá-
ricana sobre Direitos Humanos determinasse a estrutura, -la a mulher em estado de gravidez.
competência e processo dos órgãos encarregados dessa 6. Toda pessoa condenada à morte tem direito a so-
matéria; licitar anistia, indulto ou comutação da pena, os
quais podem ser concedidos em todos os casos.
Convieram no seguinte: Não se pode executar a pena de morte enquanto o
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

pedido estiver pendente de decisão ante a autori-


PARTE I - DEVERES DOS ESTADOS E DIREITOS PRO- dade competente.
TEGIDOS
Artigo 5º - Direito à integridade pessoal
Capítulo I - ENUMERAÇÃO DOS DEVERES 1. Toda pessoa tem direito a que se respeite sua inte-
gridade física, psíquica e moral.
Artigo 1º - Obrigação de respeitar os direitos 2. Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a pe-
1. Os Estados-partes nesta Convenção comprome- nas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes.
tem-se a respeitar os direitos e liberdades nela re- Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada
conhecidos e a garantir seu livre e pleno exercício com o respeito devido à dignidade inerente ao ser
a toda pessoa que esteja sujeita à sua jurisdição, humano.
sem discriminação alguma, por motivo de raça, 3. A pena não pode passar da pessoa do delinquente.

1
4. Os processados devem ficar separados dos con- razoável ou de ser posta em liberdade, sem prejuí-
denados, salvo em circunstâncias excepcionais, e zo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode
devem ser submetidos a tratamento adequado à ser condicionada a garantias que assegurem o seu
sua condição de pessoas não condenadas. comparecimento em juízo.
5. Os menores, quando puderem ser processados, de- 6. Toda pessoa privada da liberdade tem direito a re-
vem ser separados dos adultos e conduzidos a tri- correr a um juiz ou tribunal competente, a fim de
bunal especializado, com a maior rapidez possível, que este decida, sem demora, sobre a legalidade
para seu tratamento. de sua prisão ou detenção e ordene sua soltura, se
6. As penas privativas de liberdade devem ter por fi- a prisão ou a detenção forem ilegais. Nos Estados-
nalidade essencial a reforma e a readaptação social -partes cujas leis prevêem que toda pessoa que se
dos condenados. vir ameaçada de ser privada de sua liberdade tem
direito a recorrer a um juiz ou tribunal competente,
Artigo 6º - Proibição da escravidão e da servidão
a fim de que este decida sobre a legalidade de tal
1. Ninguém poderá ser submetido a escravidão ou
servidão e tanto estas como o tráfico de escravos ameaça, tal recurso não pode ser restringido nem
e o tráfico de mulheres são proibidos em todas as abolido. O recurso pode ser interposto pela pró-
suas formas. pria pessoa ou por outra pessoa.
2. Ninguém deve ser constrangido a executar traba- 7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio
lho forçado ou obrigatório. Nos países em que se não limita os mandados de autoridade judiciária
prescreve, para certos delitos, pena privativa de li- competente expedidos em virtude de inadimple-
berdade acompanhada de trabalhos forçados, esta mento de obrigação alimentar.
disposição não pode ser interpretada no sentido
de proibir o cumprimento da dita pena, imposta Artigo 8º - Garantias judiciais
por um juiz ou tribunal competente. O trabalho 1. Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as
forçado não deve afetar a dignidade, nem a capa- devidas garantias e dentro de um prazo razoável,
cidade física e intelectual do recluso. por um juiz ou Tribunal competente, independente
3. Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na
para os efeitos deste artigo: apuração de qualquer acusação penal formulada
a) os trabalhos ou serviços normalmente exigidos contra ela, ou na determinação de seus direitos e
de pessoa reclusa em cumprimento de senten- obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de
ça ou resolução formal expedida pela autoridade
qualquer outra natureza.
judiciária competente. Tais trabalhos ou serviços
devem ser executados sob a vigilância e controle 2. Toda pessoa acusada de um delito tem direito a
das autoridades públicas, e os indivíduos que os que se presuma sua inocência, enquanto não for
executarem não devem ser postos à disposição de legalmente comprovada sua culpa. Durante o pro-
particulares, companhias ou pessoas jurídicas de cesso, toda pessoa tem direito, em plena igualda-
caráter privado; de, às seguintes garantias mínimas:
b) serviço militar e, nos países em que se admite a a) direito do acusado de ser assistido gratuitamente
isenção por motivo de consciência, qualquer servi- por um tradutor ou intérprete, caso não compre-
ço nacional que a lei estabelecer em lugar daquele; enda ou não fale a língua do juízo ou tribunal;
c) o serviço exigido em casos de perigo ou de cala- b) comunicação prévia e pormenorizada ao acusado
midade que ameacem a existência ou o bem-estar da acusação formulada;
da comunidade; c) concessão ao acusado do tempo e dos meios ne-
d) o trabalho ou serviço que faça parte das obriga- cessários à preparação de sua defesa;
ções cívicas normais. d) direito do acusado de defender-se pessoalmente
ou de ser assistido por um defensor de sua escolha
Artigo 7º - Direito à liberdade pessoal e de comunicar-se, livremente e em particular, com
1. Toda pessoa tem direito à liberdade e à segurança seu defensor;
pessoais.
e) direito irrenunciável de ser assistido por um de-
2. Ninguém pode ser privado de sua liberdade física,
fensor proporcionado pelo Estado, remunerado
salvo pelas causas e nas condições previamente
fixadas pelas Constituições políticas dos Estados- ou não, segundo a legislação interna, se o acusado
não se defender ele próprio, nem nomear defensor
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

-partes ou pelas leis de acordo com elas promul-


gadas. dentro do prazo estabelecido pela lei;
3. Ninguém pode ser submetido a detenção ou en- f) direito da defesa de inquirir as testemunhas pre-
carceramento arbitrários. sentes no Tribunal e de obter o comparecimento,
4. Toda pessoa detida ou retida deve ser informada como testemunhas ou peritos, de outras pessoas
das razões da detenção e notificada, sem demora, que possam lançar luz sobre os fatos;
da acusação ou das acusações formuladas contra g) direito de não ser obrigada a depor contra si mes-
ela. ma, nem a confessar-se culpada; e
5. Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser con- h) direito de recorrer da sentença a juiz ou tribunal
duzida, sem demora, à presença de um juiz ou ou- superior.
tra autoridade autorizada por lei a exercer funções 3. A confissão do acusado só é válida se feita sem
judiciais e tem o direito de ser julgada em prazo coação de nenhuma natureza.

2
4. O acusado absolvido por sentença transitada em não pode estar sujeito à censura prévia, mas a res-
julgado não poderá ser submetido a novo proces- ponsabilidades ulteriores, que devem ser expressa-
so pelos mesmos fatos. mente previstas em lei e que se façam necessárias
5. O processo penal deve ser público, salvo no que for para assegurar:
necessário para preservar os interesses da justiça. a) o respeito dos direitos e da reputação das demais
pessoas;
Artigo 9º - Princípio da legalidade e da retroatividade b) a proteção da segurança nacional, da ordem públi-
Ninguém poderá ser condenado por atos ou omis- ca, ou da saúde ou da moral públicas.
3. Não se pode restringir o direito de expressão por
sões que, no momento em que foram cometidos, não
vias e meios indiretos, tais como o abuso de con-
constituam delito, de acordo com o direito aplicável.
troles oficiais ou particulares de papel de imprensa,
Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a de frequências radioelétricas ou de equipamentos
aplicável no momento da ocorrência do delito. Se, de- e aparelhos usados na difusão de informação, nem
pois de perpetrado o delito, a lei estipular a imposição de por quaisquer outros meios destinados a obstar a
pena mais leve, o deliquente deverá dela beneficiar-se. comunicação e a circulação de idéias e opiniões.
4. A lei pode submeter os espetáculos públicos a cen-
Artigo 10 - Direito à indenização sura prévia, com o objetivo exclusivo de regular o
Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme acesso a eles, para proteção moral da infância e da
a lei, no caso de haver sido condenada em sentença tran- adolescência, sem prejuízo do disposto no inciso 2.
sitada em julgado, por erro judiciário. 5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guer-
ra, bem como toda apologia ao ódio nacional, ra-
Artigo 11 - Proteção da honra e da dignidade cial ou religioso que constitua incitamento à dis-
1. Toda pessoa tem direito ao respeito da sua honra e criminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.
ao reconhecimento de sua dignidade.
2. Ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias Artigo 14 - Direito de retificação ou resposta
ou abusivas em sua vida privada, em sua família, 1. Toda pessoa, atingida por informações inexatas ou
em seu domicílio ou em sua correspondência, nem ofensivas emitidas em seu prejuízo por meios de
difusão legalmente regulamentados e que se diri-
de ofensas ilegais à sua honra ou reputação.
jam ao público em geral, tem direito a fazer, pelo
3. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra mesmo órgão de difusão, sua retificação ou res-
tais ingerências ou tais ofensas. posta, nas condições que estabeleça a lei.
2. Em nenhum caso a retificação ou a resposta eximi-
Artigo 12 - Liberdade de consciência e de religião rão das outras responsabilidades legais em que se
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência houver incorrido.
e de religião. Esse direito implica a liberdade de 3. Para a efetiva proteção da honra e da reputação,
conservar sua religião ou suas crenças, ou de mu- toda publicação ou empresa jornalística, cinemato-
dar de religião ou de crenças, bem como a liber- gráfica, de rádio ou televisão, deve ter uma pessoa
dade de professar e divulgar sua religião ou suas responsável, que não seja protegida por imunida-
crenças, individual ou coletivamente, tanto em pú- des, nem goze de foro especial.
blico como em privado.
2. Ninguém pode ser submetido a medidas restritivas Artigo 15 - Direito de reunião
que possam limitar sua liberdade de conservar sua É reconhecido o direito de reunião pacífica e sem ar-
religião ou suas crenças, ou de mudar de religião mas. O exercício desse direito só pode estar sujeito às
ou de crenças. restrições previstas em lei e que se façam necessárias,
3. A liberdade de manifestar a própria religião e as em uma sociedade democrática, ao interesse da segu-
rança nacional, da segurança ou ordem públicas, ou para
próprias crenças está sujeita apenas às limitações
proteger a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as
previstas em lei e que se façam necessárias para
liberdades das demais pessoas.
proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral
públicas ou os direitos e as liberdades das demais Artigo 16 - Liberdade de associação
pessoas. 1. Todas as pessoas têm o direito de associar-se livre-
4. Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito mente com fins ideológicos, religiosos, políticos,
a que seus filhos e pupilos recebam a educação econômicos, trabalhistas, sociais, culturais, despor-
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religiosa e moral que esteja de acordo com suas tivos ou de qualquer outra natureza.
próprias convicções. 2. O exercício desse direito só pode estar sujeito às
restrições previstas em lei e que se façam necessá-
Artigo 13 - Liberdade de pensamento e de expressão rias, em uma sociedade democrática, ao interesse
1. Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensa- da segurança nacional, da segurança e da ordem
mento e de expressão. Esse direito inclui a liber- públicas, ou para proteger a saúde ou a moral pú-
dade de procurar, receber e difundir informações blicas ou os direitos e as liberdades das demais
e idéias de qualquer natureza, sem considerações pessoas.
de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em 3. O presente artigo não impede a imposição de res-
forma impressa ou artística, ou por qualquer meio trições legais, e mesmo a privação do exercício do
de sua escolha. direito de associação, aos membros das forças ar-
2. O exercício do direito previsto no inciso precedente madas e da polícia.

3
Artigo 17 - Proteção da família 3. O exercício dos direitos supracitados não pode ser
1. A família é o núcleo natural e fundamental da so- restringido, senão em virtude de lei, na medida in-
ciedade e deve ser protegida pela sociedade e pelo dispensável, em uma sociedade democrática, para
Estado. prevenir infrações penais ou para proteger a segu-
2. É reconhecido o direito do homem e da mulher de rança nacional, a segurança ou a ordem públicas, a
contraírem casamento e de constituírem uma fa- moral ou a saúde públicas, ou os direitos e liberda-
mília, se tiverem a idade e as condições para isso des das demais pessoas.
exigidas pelas leis internas, na medida em que não 4. O exercício dos direitos reconhecidos no inciso 1
afetem estas o princípio da não-discriminação es- pode também ser restringido pela lei, em zonas
tabelecido nesta Convenção. determinadas, por motivo de interesse público.
3. O casamento não pode ser celebrado sem o con- 5. Ninguém pode ser expulso do território do Estado
sentimento livre e pleno dos contraentes. do qual for nacional e nem ser privado do direito
4. Os Estados-partes devem adotar as medidas apro- de nele entrar.
priadas para assegurar a igualdade de direitos e 6. O estrangeiro que se encontre legalmente no terri-
a adequada equivalência de responsabilidades dos tório de um Estado-parte na presente Convenção
cônjuges quanto ao casamento, durante o mesmo só poderá dele ser expulso em decorrência de de-
e por ocasião de sua dissolução. Em caso de dis- cisão adotada em conformidade com a lei.
solução, serão adotadas as disposições que asse- 7. Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo
gurem a proteção necessária aos filhos, com base em território estrangeiro, em caso de perseguição
unicamente no interesse e conveniência dos mes- por delitos políticos ou comuns conexos com de-
mos. litos políticos, de acordo com a legislação de cada
5. A lei deve reconhecer iguais direitos tanto aos fi- Estado e com as Convenções internacionais.
lhos nascidos fora do casamento, como aos nasci- 8. Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso
dos dentro do casamento. ou entregue a outro país, seja ou não de origem,
onde seu direito à vida ou à liberdade pessoal es-
Artigo 18 - Direito ao nome teja em risco de violação em virtude de sua raça,
Toda pessoa tem direito a um prenome e aos nomes nacionalidade, religião, condição social ou de suas
de seus pais ou ao de um destes. A lei deve regular a opiniões políticas.
forma de assegurar a todos esse direito, mediante nomes 9. É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.
fictícios, se for necessário.
Artigo 23 - Direitos políticos
Artigo 19 - Direitos da criança 1. Todos os cidadãos devem gozar dos seguintes di-
Toda criança terá direito às medidas de proteção que reitos e oportunidades:
a sua condição de menor requer, por parte da sua família, a) de participar da condução dos assuntos públicos,
da sociedade e do Estado. diretamente ou por meio de representantes livre-
mente eleitos;
Artigo 20 - Direito à nacionalidade b) de votar e ser eleito em eleições periódicas, autên-
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. ticas, realizadas por sufrágio universal e igualitário
2. Toda pessoa tem direito à nacionalidade do Estado e por voto secreto, que garantam a livre expressão
em cujo território houver nascido, se não tiver di- da vontade dos eleitores; e
reito a outra. c) de ter acesso, em condições gerais de igualdade, às
3. A ninguém se deve privar arbitrariamente de sua funções públicas de seu país.
nacionalidade, nem do direito de mudá-la. 2. A lei pode regular o exercício dos direitos e opor-
tunidades, a que se refere o inciso anterior, exclu-
Artigo 21 - Direito à propriedade privada sivamente por motivo de idade, nacionalidade,
1. Toda pessoa tem direito ao uso e gozo de seus residência, idioma, instrução, capacidade civil ou
bens. A lei pode subordinar esse uso e gozo ao mental, ou condenação, por juiz competente, em
interesse social. processo penal.
2. Nenhuma pessoa pode ser privada de seus bens,
salvo mediante o pagamento de indenização justa, Artigo 24 - Igualdade perante a lei
por motivo de utilidade pública ou de interesse so- Todas as pessoas são iguais perante a lei. Por conse-
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cial e nos casos e na forma estabelecidos pela lei. guinte, têm direito, sem discriminação alguma, à igual
3. Tanto a usura, como qualquer outra forma de ex- proteção da lei.
ploração do homem pelo homem, devem ser re-
primidas pela lei. Artigo 25 - Proteção judicial
1. Toda pessoa tem direito a um recurso simples e rá-
Artigo 22 - Direito de circulação e de residência pido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante
1. Toda pessoa que se encontre legalmente no territó- os juízes ou tribunais competentes, que a proteja
rio de um Estado tem o direito de nele livremente contra atos que violem seus direitos fundamentais
circular e de nele residir, em conformidade com as reconhecidos pela Constituição, pela lei ou pela
disposições legais. presente Convenção, mesmo quando tal violação
2. Toda pessoa terá o direito de sair livremente de seja cometida por pessoas que estejam atuando
qualquer país, inclusive de seu próprio país. no exercício de suas funções oficiais.

4
2. Os Estados-partes comprometem-se: Artigo 28 - Cláusula federal
a) a assegurar que a autoridade competente prevista 1. Quando se tratar de um Estado-parte constituído
pelo sistema legal do Estado decida sobre os direi- como Estado federal, o governo nacional do aludi-
tos de toda pessoa que interpuser tal recurso; do Estado-parte cumprirá todas as disposições da
b) a desenvolver as possibilidades de recurso judicial; presente Convenção, relacionadas com as matérias
e sobre as quais exerce competência legislativa e ju-
c) a assegurar o cumprimento, pelas autoridades dicial.
competentes, de toda decisão em que se tenha 2. No tocante às disposições relativas às matérias que
considerado procedente o recurso. correspondem à competência das entidades com-
ponentes da federação, o governo nacional deve
Capítulo III - DIREITOS ECONÔMICOS, SOCIAIS E tomar imediatamente as medidas pertinentes, em
CULTURAIS conformidade com sua Constituição e com suas
leis, a fim de que as autoridades competentes das
referidas entidades possam adotar as disposições
Artigo 26 - Desenvolvimento progressivo
cabíveis para o cumprimento desta Convenção.
Os Estados-partes comprometem-se a adotar as
3. Quando dois ou mais Estados-partes decidirem
providências, tanto no âmbito interno, como median-
constituir entre eles uma federação ou outro tipo
te cooperação internacional, especialmente econômica de associação, diligenciarão no sentido de que o
e técnica, a fim de conseguir progressivamente a ple- pacto comunitário respectivo contenha as disposi-
na efetividade dos direitos que decorrem das normas ções necessárias para que continuem sendo efeti-
econômicas, sociais e sobre educação, ciência e cultura, vas no novo Estado, assim organizado, as normas
constantes da Carta da Organização dos Estados Ame- da presente Convenção.
ricanos, reformada pelo Protocolo de Buenos Aires, na
medida dos recursos disponíveis, por via legislativa ou Artigo 29 - Normas de interpretação
por outros meios apropriados. Nenhuma disposição da presente Convenção pode
ser interpretada no sentido de:
Capítulo IV - SUSPENSÃO DE GARANTIAS, INTER- a) permitir a qualquer dos Estados-partes, grupo ou
PRETAÇÃO E APLICAÇÃO indivíduo, suprimir o gozo e o exercício dos direi-
tos e liberdades reconhecidos na Convenção ou
Artigo 27 - Suspensão de garantias limitá-los em maior medida do que a nela prevista;
1. Em caso de guerra, de perigo público, ou de ou- b) limitar o gozo e exercício de qualquer direito ou
tra emergência que ameace a independência ou liberdade que possam ser reconhecidos em virtu-
segurança do Estado-parte, este poderá adotar as de de leis de qualquer dos Estados-partes ou em
disposições que, na medida e pelo tempo estrita- virtude de Convenções em que seja parte um dos
mente limitados às exigências da situação, suspen- referidos Estados;
dam as obrigações contraídas em virtude desta c) excluir outros direitos e garantias que são inerentes
Convenção, desde que tais disposições não sejam ao ser humano ou que decorrem da forma demo-
incompatíveis com as demais obrigações que lhe crática representativa de governo;
impõe o Direito Internacional e não encerrem dis- d) excluir ou limitar o efeito que possam produzir a
criminação alguma fundada em motivos de raça, Declaração Americana dos Direitos e Deveres do
cor, sexo, idioma, religião ou origem social. Homem e outros atos internacionais da mesma
natureza.
2. A disposição precedente não autoriza a suspensão
dos direitos determinados nos seguintes artigos: 3
Artigo 30 - Alcance das restrições
(direito ao reconhecimento da personalidade ju-
As restrições permitidas, de acordo com esta Conven-
rídica), 4 (direito à vida), 5 (direito à integridade
ção, ao gozo e exercício dos direitos e liberdades nela
pessoal), 6 (proibição da escravidão e da servidão), reconhecidos, não podem ser aplicadas senão de acordo
9 (princípio da legalidade e da retroatividade), 12 com leis que forem promulgadas por motivo de interes-
(liberdade de consciência e religião), 17 (proteção se geral e com o propósito para o qual houverem sido
da família), 18 (direito ao nome), 19 (direitos da estabelecidas.
criança), 20 (direito à nacionalidade) e 23 (direitos
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políticos), nem das garantias indispensáveis para a Artigo 31 - Reconhecimento de outros direitos
proteção de tais direitos. Poderão ser incluídos, no regime de proteção desta
3. Todo Estado-parte no presente Pacto que fizer uso Convenção, outros direitos e liberdades que forem reco-
do direito de suspensão deverá comunicar ime- nhecidos de acordo com os processos estabelecidos nos
diatamente aos outros Estados-partes na presente artigo 69 e 70.
Convenção, por intermédio do Secretário Geral da
Organização dos Estados Americanos, as disposi- Capítulo V - DEVERES DAS PESSOAS
ções cuja aplicação haja suspendido, os motivos
determinantes da suspensão e a data em que haja Artigo 32 - Correlação entre deveres e direitos
dado por terminada tal suspensão. 1. Toda pessoa tem deveres para com a família, a co-
munidade e a humanidade.

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2. Os direitos de cada pessoa são limitados pelos di- Artigo 40 - Os serviços da Secretaria da Comissão de-
reitos dos demais, pela segurança de todos e pelas vem ser desempenhados pela unidade funcional especia-
justas exigências do bem comum, em uma socie- lizada que faz parte da Secretaria Geral da Organização
dade democrática. e deve dispor dos recursos necessários para cumprir as
tarefas que lhe forem confiadas pela Comissão.
PARTE II - MEIOS DE PROTEÇÃO
Seção 2 - Funções
Capítulo VI - ÓRGÃOS COMPETENTES
Artigo 41 - A Comissão tem a função principal de pro-
Artigo 33 - São competentes para conhecer de assun- mover a observância e a defesa dos direitos humanos e,
tos relacionados com o cumprimento dos compromissos no exercício de seu mandato, tem as seguintes funções
assumidos pelos Estados-partes nesta Convenção: e atribuições:
a) estimular a consciência dos direitos humanos nos
a) a Comissão Interamericana de Direitos Humanos,
povos da América;
doravante denominada a Comissão; e
b) formular recomendações aos governos dos Esta-
b) a Corte Interamericana de Direitos Humanos, dora-
dos-membros, quando considerar conveniente,
vante denominada a Corte. no sentido de que adotem medidas progressivas
em prol dos direitos humanos no âmbito de suas
Capítulo VII - COMISSÃO INTERAMERICANA DE leis internas e seus preceitos constitucionais, bem
DIREITOS HUMANOS como disposições apropriadas para promover o
devido respeito a esses direitos;
Seção 1 - Organização c) preparar estudos ou relatórios que considerar con-
venientes para o desempenho de suas funções;
Artigo 34 - A Comissão Interamericana de Direitos d) solicitar aos governos dos Estados-membros que
Humanos compor-se-á de sete membros, que deverão lhe proporcionem informações sobre as medidas
ser pessoas de alta autoridade moral e de reconhecido que adotarem em matéria de direitos humanos;
saber em matéria de direitos humanos. e) atender às consultas que, por meio da Secretaria
Geral da Organização dos Estados Americanos, lhe
Artigo 35 - A Comissão representa todos os Membros formularem os Estados-membros sobre questões
da Organização dos Estados Americanos. relacionadas com os direitos humanos e, dentro de
suas possibilidades, prestar-lhes o assessoramento
Artigo 36 que lhes solicitarem;
1. Os membros da Comissão serão eleitos a título f) atuar com respeito às petições e outras comunica-
pessoal, pela Assembléia Geral da Organização, a ções, no exercício de sua autoridade, de confor-
partir de uma lista de candidatos propostos pelos midade com o disposto nos artigos 44 a 51 desta
governos dos Estados-membros. Convenção; e
2. Cada um dos referidos governos pode propor até g) apresentar um relatório anual à Assembléia Geral
três candidatos, nacionais do Estado que os pro- da Organização dos Estados Americanos.
puser ou de qualquer outro Estado-membro da
Organização dos Estados Americanos. Quando for Artigo 42 - Os Estados-partes devem submeter à Co-
missão cópia dos relatórios e estudos que, em seus res-
proposta uma lista de três candidatos, pelo menos
pectivos campos, submetem anualmente às Comissões
um deles deverá ser nacional de Estado diferente
Executivas do Conselho Interamericano Econômico e So-
do proponente.
cial e do Conselho Interamericano de Educação, Ciência e
Cultura, a fim de que aquela zele para que se promovam
Artigo 37 os direitos decorrentes das normas econômicas, sociais
1. Os membros da Comissão serão eleitos por quatro e sobre educação, ciência e cultura, constantes da Carta
anos e só poderão ser reeleitos um vez, porém o da Organização dos Estados Americanos, reformada pelo
mandato de três dos membros designados na pri- Protocolo de Buenos Aires.
meira eleição expirará ao cabo de dois anos. Logo
depois da referida eleição, serão determinados por Artigo 43 - Os Estados-partes obrigam-se a propor-
sorteio, na Assembléia Geral, os nomes desses três cionar à Comissão as informações que esta lhes solicitar
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membros. sobre a maneira pela qual seu direito interno assegura


2. Não pode fazer parte da Comissão mais de um na- a aplicação efetiva de quaisquer disposições desta Con-
cional de um mesmo país. venção.

Artigo 38 - As vagas que ocorrerem na Comissão, que Seção 3 - Competência


não se devam à expiração normal do mandato, serão
preenchidas pelo Conselho Permanente da Organização, Artigo 44 - Qualquer pessoa ou grupo de pessoas,
de acordo com o que dispuser o Estatuto da Comissão. ou entidade não-governamental legalmente reconheci-
da em um ou mais Estados-membros da Organização,
Artigo 39 - A Comissão elaborará seu estatuto e sub- pode apresentar à Comissão petições que contenham
metê-lo-á à aprovação da Assembléia Geral e expedirá denúncias ou queixas de violação desta Convenção por
seu próprio Regulamento. um Estado-parte.

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Artigo 45 c) pela exposição do próprio peticionário ou do Es-
1. Todo Estado-parte pode, no momento do depósito tado, for manifestamente infundada a petição ou
do seu instrumento de ratificação desta Conven- comunicação ou for evidente sua total improce-
ção, ou de adesão a ela, ou em qualquer momento dência; ou
posterior, declarar que reconhece a competência d) for substancialmente reprodução de petição ou co-
da Comissão para receber e examinar as comuni- municação anterior, já examinada pela Comissão
cações em que um Estado-parte alegue haver ou- ou por outro organismo internacional.
tro Estado-parte incorrido em violações dos direi-
tos humanos estabelecidos nesta Convenção. Seção 4 - Processo
2. As comunicações feitas em virtude deste artigo só
podem ser admitidas e examinadas se forem apre- Artigo 48 - 1. A Comissão, ao receber uma petição ou
sentadas por um Estado-parte que haja feito uma comunicação na qual se alegue a violação de qualquer
declaração pela qual reconheça a referida compe- dos direitos consagrados nesta Convenção, procederá da
tência da Comissão. A Comissão não admitirá ne- seguinte maneira:
nhuma comunicação contra um Estado-parte que a) se reconhecer a admissibilidade da petição ou co-
não haja feito tal declaração. municação, solicitará informações ao Governo do
3. As declarações sobre reconhecimento de compe- Estado ao qual pertença a autoridade apontada
tência podem ser feitas para que esta vigore por como responsável pela violação alegada e trans-
tempo indefinido, por período determinado ou creverá as partes pertinentes da petição ou co-
para casos específicos. municação. As referidas informações devem ser
4. As declarações serão depositadas na Secretaria enviadas dentro de um prazo razoável, fixado pela
Geral da Organização dos Estados Americanos, a Comissão ao considerar as circunstâncias de cada
qual encaminhará cópia das mesmas aos Estados- caso;
-membros da referida Organização. b) recebidas as informações, ou transcorrido o prazo
fixado sem que sejam elas recebidas, verificará se
Artigo 46 - Para que uma petição ou comunicação existem ou subsistem os motivos da petição ou co-
apresentada de acordo com os artigos 44 ou 45 seja ad- municação. No caso de não existirem ou não sub-
mitida pela Comissão, será necessário: sistirem, mandará arquivar o expediente;
a) que hajam sido interpostos e esgotados os recursos c) poderá também declarar a inadmissibilidade ou a
da jurisdição interna, de acordo com os princípios improcedência da petição ou comunicação, com
de Direito Internacional geralmente reconhecidos; base em informação ou prova supervenientes;
b) que seja apresentada dentro do prazo de seis me- d) se o expediente não houver sido arquivado, e com
ses, a partir da data em que o presumido preju- o fim de comprovar os fatos, a Comissão proce-
dicado em seus direitos tenha sido notificado da derá, com conhecimento das partes, a um exame
decisão definitiva; do assunto exposto na petição ou comunicação. Se
c) que a matéria da petição ou comunicação não es- for necessário e conveniente, a Comissão procede-
teja pendente de outro processo de solução inter- rá a uma investigação para cuja eficaz realização
nacional; e solicitará, e os Estados interessados lhe proporcio-
d) que, no caso do artigo 44, a petição contenha o narão, todas as facilidades necessárias;
nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio e a e) poderá pedir aos Estados interessados qualquer
assinatura da pessoa ou pessoas ou do represen- informação pertinente e receberá, se isso for soli-
tante legal da entidade que submeter a petição. citado, as exposições verbais ou escritas que apre-
2. As disposições das alíneas “a” e “b” do inciso 1 des- sentarem os interessados; e
te artigo não se aplicarão quando: f) pôr-se-á à disposição das partes interessadas, a fim
a) não existir, na legislação interna do Estado de que de chegar a uma solução amistosa do assunto, fun-
se tratar, o devido processo legal para a proteção dada no respeito aos direitos reconhecidos nesta
do direito ou direitos que se alegue tenham sido Convenção.
violados; 2. Entretanto, em casos graves e urgentes, pode ser
b) não se houver permitido ao presumido prejudica- realizada uma investigação, mediante prévio con-
do em seus direitos o acesso aos recursos da ju- sentimento do Estado em cujo território se alegue
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risdição interna, ou houver sido ele impedido de houver sido cometida a violação, tão somente com
esgotá-los; e a apresentação de uma petição ou comunicação
c) houver demora injustificada na decisão sobre os que reúna todos os requisitos formais de admis-
mencionados recursos. sibilidade.

Artigo 47 - A Comissão declarará inadmissível toda Artigo 49 - Se se houver chegado a uma solução
petição ou comunicação apresentada de acordo com os amistosa de acordo com as disposições do inciso 1, “f”,
artigos 44 ou 45 quando: do artigo 48, a Comissão redigirá um relatório que será
a) não preencher algum dos requisitos estabelecidos encaminhado ao peticionário e aos Estados-partes nesta
no artigo 46; Convenção e posteriormente transmitido, para sua pu-
b) não expuser fatos que caracterizem violação dos blicação, ao Secretário Geral da Organização dos Estados
direitos garantidos por esta Convenção; Americanos. O referido relatório conterá uma breve ex-

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posição dos fatos e da solução alcançada. Se qualquer 2. Cada um dos Estados-partes pode propor até três
das partes no caso o solicitar, ser-lhe-á proporcionada a candidatos, nacionais do Estado que os propuser
mais ampla informação possível. ou de qualquer outro Estado-membro da Orga-
nização dos Estados Americanos. Quando se pro-
Artigo 50 puser um lista de três candidatos, pelo menos um
1. Se não se chegar a uma solução, e dentro do prazo deles deverá ser nacional do Estado diferente do
que for fixado pelo Estatuto da Comissão, esta re- proponente.
digirá um relatório no qual exporá os fatos e suas
conclusões. Se o relatório não representar, no todo Artigo 54
ou em parte, o acordo unânime dos membros da 1. Os juízes da Corte serão eleitos por um período
Comissão, qualquer deles poderá agregar ao refe- de seis anos e só poderão ser reeleitos uma vez.
rido relatório seu voto em separado. Também se O mandato de três dos juízes designados na pri-
agregarão ao relatório as exposições verbais ou es- meira eleição expirará ao cabo de três anos. Ime-
critas que houverem sido feitas pelos interessados diatamente depois da referida eleição, determinar-
em virtude do inciso 1, “e”, do artigo 48. -se-ão por sorteio, na Assembléia Geral, os nomes
2. O relatório será encaminhado aos Estados interes- desse três juízes.
sados, aos quais não será facultado publicá-lo. 2. O juiz eleito para substituir outro, cujo mandato
3. Ao encaminhar o relatório, a Comissão pode for- não haja expirado, completará o período deste.
mular as proposições e recomendações que julgar 3. Os juízes permanecerão em suas funções até o tér-
adequadas. mino dos seus mandatos. Entretanto, continuarão
funcionando nos casos de que já houverem toma-
Artigo 51 do conhecimento e que se encontrem em fase de
1. Se no prazo de três meses, a partir da remessa aos sentença e, para tais efeitos, não serão substituídos
Estados interessados do relatório da Comissão, o pelos novos juízes eleitos.
assunto não houver sido solucionado ou subme-
tido à decisão da Corte pela Comissão ou pelo Artigo 55
Estado interessado, aceitando sua competência, a
1. O juiz, que for nacional de algum dos Estados-par-
Comissão poderá emitir, pelo voto da maioria ab-
tes em caso submetido à Corte, conservará o seu
soluta dos seus membros, sua opinião e conclusões
direito de conhecer do mesmo.
sobre a questão submetida à sua consideração.
2. Se um dos juízes chamados a conhecer do caso for
2. A Comissão fará as recomendações pertinentes e
de nacionalidade de um dos Estados-partes, outro
fixará um prazo dentro do qual o Estado deve to-
Estado-parte no caso poderá designar uma pessoa
mar as medidas que lhe competir para remediar a
de sua escolha para integrar a Corte, na qualidade
situação examinada.
3. Transcorrido o prazo fixado, a Comissão decidirá, de juiz ad hoc.
pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, 3. Se, dentre os juízes chamados a conhecer do caso,
se o Estado tomou ou não as medidas adequadas nenhum for da nacionalidade dos Estados-partes,
e se publica ou não seu relatório. cada um destes poderá designar um juiz ad hoc.
4. O juiz ad hoc deve reunir os requisitos indicados
Capítulo VIII - CORTE INTERAMERICANA DE DIREI- no artigo 52.
TOS HUMANOS 5. Se vários Estados-partes na Convenção tiverem
o mesmo interesse no caso, serão considerados
Seção 1 - Organização como uma só parte, para os fins das disposições
anteriores. Em caso de dúvida, a Corte decidirá.
Artigo 52
1. A Corte compor-se-á de sete juízes, nacionais dos Artigo 56 - O quorum para as deliberações da Corte é
Estados-membros da Organização, eleitos a títu- constituído por cinco juízes.
lo pessoal dentre juristas da mais alta autoridade
moral, de reconhecida competência em matéria Artigo 57 - A Comissão comparecerá em todos os ca-
de direitos humanos, que reúnam as condições sos perante a Corte.
requeridas para o exercício das mais elevadas fun-
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ções judiciais, de acordo com a lei do Estado do Artigo 58


qual sejam nacionais, ou do Estado que os propu- 1. A Corte terá sua sede no lugar que for determi-
ser como candidatos. nado, na Assembléia Geral da Organização, pelos
2. Não deve haver dois juízes da mesma nacionali- Estados-partes na Convenção, mas poderá realizar
dade. reuniões no território de qualquer Estado-membro
da Organização dos Estados Americanos em que
Artigo 53 considerar conveniente, pela maioria dos seus
1. Os juízes da Corte serão eleitos, em votação secreta membros e mediante prévia aquiescência do Es-
e pelo voto da maioria absoluta dos Estados-partes tado respectivo. Os Estados-partes na Convenção
na Convenção, na Assembléia Geral da Organiza- podem, na Assembléia Geral, por dois terços dos
ção, a partir de uma lista de candidatos propostos seus votos, mudar a sede da Corte.
pelos mesmos Estados. 2. A Corte designará seu Secretário.

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3. O Secretário residirá na sede da Corte e deverá as- Artigo 64
sistir às reuniões que ela realizar fora da mesma. 1. Os Estados-membros da Organização poderão
consultar a Corte sobre a interpretação desta
Artigo 59 - A Secretaria da Corte será por esta estabe- Convenção ou de outros tratados concernentes à
lecida e funcionará sob a direção do Secretário Geral da proteção dos direitos humanos nos Estados ame-
Organização em tudo o que não for incompatível com a ricanos. Também poderão consultá-la, no que lhes
independência da Corte. Seus funcionários serão nomea- compete, os órgãos enumerados no capítulo X da
dos pelo Secretário Geral da Organização, em consulta Carta da Organização dos Estados Americanos, re-
com o Secretário da Corte. formada pelo Protocolo de Buenos Aires.
2. A Corte, a pedido de um Estado-membro da Orga-
Artigo 60 - A Corte elaborará seu Estatuto e subme- nização, poderá emitir pareceres sobre a compati-
tê-lo-á à aprovação da Assembléia Geral e expedirá seu bilidade entre qualquer de suas leis internas e os
Regimento. mencionados instrumentos internacionais.
Seção 2 - Competência e funções Artigo 65 - A Corte submeterá à consideração da As-
sembléia Geral da Organização, em cada período ordi-
Artigo 61 nário de sessões, um relatório sobre as suas atividades
1. Somente os Estados-partes e a Comissão têm direi- no ano anterior. De maneira especial, e com as recomen-
to de submeter um caso à decisão da Corte. dações pertinentes, indicará os casos em que um Estado
2. Para que a Corte possa conhecer de qualquer caso, não tenha dado cumprimento a suas sentenças.
é necessário que sejam esgotados os processos
previstos nos artigos 48 a 50.
Seção 3 - Processo
Artigo 66
Artigo 62
1. A sentença da Corte deve ser fundamentada.
1. Todo Estado-parte pode, no momento do depósito
2. Se a sentença não expressar no todo ou em parte
do seu instrumento de ratificação desta Conven-
a opinião unânime dos juízes, qualquer deles terá
ção ou de adesão a ela, ou em qualquer momento
direito a que se agregue à sentença o seu voto dis-
posterior, declarar que reconhece como obrigató-
ria, de pleno direito e sem convenção especial, a sidente ou individual.
competência da Corte em todos os casos relativos
à interpretação ou aplicação desta Convenção. Artigo 67 - A sentença da Corte será definitiva e ina-
2. A declaração pode ser feita incondicionalmente, pelável. Em caso de divergência sobre o sentido ou al-
ou sob condição de reciprocidade, por prazo de- cance da sentença, a Corte interpretá-la-á, a pedido de
terminado ou para casos específicos. Deverá ser qualquer das partes, desde que o pedido seja apresenta-
apresentada ao Secretário Geral da Organização, do dentro de noventa dias a partir da data da notificação
que encaminhará cópias da mesma a outros Esta- da sentença.
dos-membros da Organização e ao Secretário da
Corte. Artigo 68
3. A Corte tem competência para conhecer de qual- 1. Os Estados-partes na Convenção comprometem-se
quer caso, relativo à interpretação e aplicação das a cumprir a decisão da Corte em todo caso em que
disposições desta Convenção, que lhe seja subme- forem partes.
tido, desde que os Estados-partes no caso tenham 2. A parte da sentença que determinar indenização
reconhecido ou reconheçam a referida competên- compensatória poderá ser executada no país res-
cia, seja por declaração especial, como prevêem os pectivo pelo processo interno vigente para a exe-
incisos anteriores, seja por convenção especial. cução de sentenças contra o Estado.

Artigo 63 Artigo 69 - A sentença da Corte deve ser notificada às


1. Quando decidir que houve violação de um direito partes no caso e transmitida aos Estados-partes na Con-
ou liberdade protegidos nesta Convenção, a Cor- venção.
te determinará que se assegure ao prejudicado o
gozo do seu direito ou liberdade violados. Deter- Capítulo IX - DISPOSIÇÕES COMUNS
minará também, se isso for procedente, que sejam
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

reparadas as consequências da medida ou situa- Artigo 70


ção que haja configurado a violação desses direi- 1. Os juízes da Corte e os membros da Comissão go-
tos, bem como o pagamento de indenização justa zam, desde o momento da eleição e enquanto du-
à parte lesada. rar o seu mandato, das imunidades reconhecidas
2. Em casos de extrema gravidade e urgência, e quan- aos agentes diplomáticos pelo Direito Internacio-
do se fizer necessário evitar danos irreparáveis às nal. Durante o exercício dos seus cargos gozam,
pessoas, a Corte, nos assuntos de que estiver co- além disso, dos privilégios diplomáticos necessá-
nhecendo, poderá tomar as medidas provisórias rios para o desempenho de suas funções.
que considerar pertinentes. Se se tratar de assun- 2. Não se poderá exigir responsabilidade em tempo
tos que ainda não estiverem submetidos ao seu algum dos juízes da Corte, nem dos membros da
conhecimento, poderá atuar a pedido da Comis- Comissão, por votos e opiniões emitidos no exercí-
são. cio de suas funções.

9
Artigo 71 - Os cargos de juiz da Corte ou de membro Artigo 76
da Comissão são incompatíveis com outras atividades 1. Qualquer Estado-parte, diretamente, e a Comissão
que possam afetar sua independência ou imparcialidade, e a Corte, por intermédio do Secretário Geral, po-
conforme o que for determinado nos respectivos Esta- dem submeter à Assembléia Geral, para o que jul-
tutos. garem conveniente, proposta de emendas a esta
Convenção.
Artigo 72 - Os juízes da Corte e os membros da Co- 2. Tais emendas entrarão em vigor para os Estados
missão perceberão honorários e despesas de viagem na que as ratificarem, na data em que houver sido de-
forma e nas condições que determinarem os seus Esta- positado o respectivo instrumento de ratificação,
tutos, levando em conta a importância e independência por dois terços dos Estados-partes nesta Conven-
de suas funções. Tais honorários e despesas de viagem ção. Quanto aos outros Estados-partes, entrarão
serão fixados no orçamento-programa da Organização em vigor na data em que eles depositarem os seus
dos Estados Americanos, no qual devem ser incluídas, respectivos instrumentos de ratificação.
além disso, as despesas da Corte e da sua Secretaria. Para
Artigo 77
tais efeitos, a Corte elaborará o seu próprio projeto de
1. De acordo com a faculdade estabelecida no arti-
orçamento e submetê-lo-á à aprovação da Assembléia
go 31, qualquer Estado-parte e a Comissão podem
Geral, por intermédio da Secretaria Geral. Esta última não
submeter à consideração dos Estados-partes reu-
poderá nele introduzir modificações.
nidos por ocasião da Assembléia Geral projetos
de Protocolos adicionais a esta Convenção, com a
Artigo 73 - Somente por solicitação da Comissão ou finalidade de incluir progressivamente, no regime
da Corte, conforme o caso, cabe à Assembléia Geral da de proteção da mesma, outros direitos e liberda-
Organização resolver sobre as sanções aplicáveis aos des.
membros da Comissão ou aos juízes da Corte que incor- 2. Cada Protocolo deve estabelecer as modalidades
rerem nos casos previstos nos respectivos Estatutos. Para de sua entrada em vigor e será aplicado somente
expedir uma resolução, será necessária maioria de dois entre os Estados-partes no mesmo.
terços dos votos dos Estados-membros da Organização,
no caso dos membros da Comissão; e, além disso, de Artigo 78
dois terços dos votos dos Estados-partes na Convenção, 1. Os Estados-partes poderão denunciar esta Con-
se se tratar dos juízes da Corte. venção depois de expirado o prazo de cinco anos,
a partir da data em vigor da mesma e mediante
PARTE III - DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS aviso prévio de um ano, notificando o Secretário
Geral da Organização, o qual deve informar as ou-
Capítulo X - ASSINATURA, RATIFICAÇÃO, RESER- tras partes.
VA, EMENDA, PROTOCOLO E DENÚNCIA 2. Tal denúncia não terá o efeito de desligar o Estado-
-parte interessado das obrigações contidas nesta
Artigo 74 Convenção, no que diz respeito a qualquer ato
1. Esta Convenção está aberta à assinatura e à ratifica- que, podendo constituir violação dessas obriga-
ção de todos os Estados-membros da Organização ções, houver sido cometido por ele anteriormente
dos Estados Americanos. à data na qual a denúncia produzir efeito.
2. A ratificação desta Convenção ou a adesão a ela
efetuar-se-á mediante depósito de um instrumen- Capítulo XI -
to de ratificação ou adesão na Secretaria Geral da DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Organização dos Estados Americanos. Esta Con-
Seção 1 - Comissão Interamericana de Direitos Hu-
venção entrará em vigor logo que onze Estados
manos
houverem depositado os seus respectivos instru-
mentos de ratificação ou de adesão. Com referên-
Artigo 79 - Ao entrar em vigor esta Convenção, o Se-
cia a qualquer outro Estado que a ratificar ou que cretário Geral pedirá por escrito a cada Estado-membro
a ela aderir ulteriormente, a Convenção entrará em da Organização que apresente, dentro de um prazo de
vigor na data do depósito do seu instrumento de
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noventa dias, seus candidatos a membro da Comissão


ratificação ou adesão. Interamericana de Direitos Humanos. O Secretário Geral
3. O Secretário Geral comunicará todos os Estados- preparará uma lista por ordem alfabética dos candidatos
-membros da Organização sobre a entrada em vi- apresentados e a encaminhará aos Estados-membros da
gor da Convenção. Organização, pelo menos trinta dias antes da Assembléia
Geral seguinte.
Artigo 75 - Esta Convenção só pode ser objeto de re-
servas em conformidade com as disposições da Conven- Artigo 80 - A eleição dos membros da Comissão far-
ção de Viena sobre o Direito dos Tratados, assinada em -se-á dentre os candidatos que figurem na lista a que
23 de maio de 1969. se refere o artigo 79, por votação secreta da Assembléia
Geral, e serão declarados eleitos os candidatos que obti-
verem maior número de votos e a maioria absoluta dos

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votos dos representantes dos Estados-membros. Se, para absolutismo, colocando o reina posição de soberano.
eleger todos os membros da Comissão, for necessário Sendo assim, poderia governar como bem entendesse,
realizar várias votações, serão eliminados sucessivamen- pois seu poder era exclusivo, inabalável, ilimitado, atem-
te, na forma que for determinada pela Assembléia Geral, poral e divino, ou seja, absoluto.
os candidatos que receberem maior número de votos. Neste sentido, Thomas Hobbes1, na obra Leviatã, de-
fende que quando os homens abrem mão do estado na-
Seção 2 - Corte Interamericana de Direitos Huma- tural, deixa de predominar a lei do mais forte, mas para
nos a consolidação deste tipo de sociedade é necessária a
presença de uma autoridade à qual todos os membros
Artigo 81 - Ao entrar em vigor esta Convenção, o Se- devem render o suficiente da sua liberdade natural, per-
cretário Geral pedirá a cada Estado-parte que apresente, mitindo que esta autoridade possa assegurar a paz in-
dentro de um prazo de noventa dias, seus candidatos a terna e a defesa comum. Este soberano, que à época da
juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos. O Se- escrita da obra de Hobbes se consolidava no monarca,
cretário Geral preparará uma lista por ordem alfabética deveria ser o Leviatã, uma autoridade inquestionável.
dos candidatos apresentados e a encaminhará aos Esta- No mesmo direcionamento se encontra a obra de
dos-partes pelo menos trinta dias antes da Assembléia Maquiavel2, que rejeitou a concepção de um soberano
Geral seguinte. que deveria ser justo e ético para com o seu povo, des-
de que sempre tivesse em vista a finalidade primordial
Artigo 82 - A eleição dos juízes da Corte far-se-á den- de manter o Estado íntegro: “na conduta dos homens,
tre os candidatos que figurem na lista a que se refere o especialmente dos príncipes, contra a qual não há recur-
artigo 81, por votação secreta dos Estados-partes, na As- so, os fins justificam os meios. Portanto, se um príncipe
sembléia Geral, e serão declarados eleitos os candidatos pretende conquistar e manter o poder, os meios que em-
que obtiverem o maior número de votos e a maioria ab- pregue serão sempre tidos como honrosos, e elogiados
soluta dos votos dos representantes dos Estados-partes. por todos, pois o vulgo atenta sempre para as aparências
Se, para eleger todos os juízes da Corte, for necessário e os resultados”.
realizar várias votações, serão eliminados sucessivamen- A concepção de soberania inerente ao monarca se
te, na forma que for determinada pelos Estados-partes, quebrou numa fase posterior, notadamente com a as-
os candidatos que receberem menor número de votos. censão do ideário iluminista. Com efeito, passou-se a
enxergar a soberania como um poder que repousa no
povo. Logo, a autoridade absoluta da qual emana o po-
BRASIL. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 der é o povo e a legitimidade do exercício do poder no
(ART. 1º AO 5º, 9º, 37 E 144) Estado emana deste povo.
Com efeito, no Estado Democrático se garante a so-
berania popular, que pode ser conceituada como “a qua-
lidade máxima do poder extraída da soma dos atributos
1) Fundamentos da República de cada membro da sociedade estatal, encarregado de
O título I da Constituição Federal trata dos princípios escolher os seus representantes no governo por meio do
fundamentais do Estado brasileiro e começa, em seu ar- sufrágio universal e do voto direto, secreto e igualitário”3.
tigo 1º, trabalhando com os fundamentos da República Neste sentido, liga-se diretamente ao parágrafo úni-
Federativa brasileira, ou seja, com as bases estruturantes co do artigo 1º, CF, que prevê que “todo o poder ema-
do Estado nacional. na do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Neste sentido, disciplina: O povo é soberano em suas decisões e as autoridades
eleitas que decidem em nome dele, representando-o,
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela devem estar devidamente legitimadas para tanto, o que
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Dis- acontece pelo exercício do sufrágio universal.
trito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Por seu turno, a soberania nacional é princípio geral
Direito e tem como fundamentos: da atividade econômica (artigo 170, I, CF), restando de-
I - a soberania; monstrado que não somente é guia da atuação política
II - a cidadania; do Estado, mas também de sua atuação econômica. Nes-
III - a dignidade da pessoa humana; te sentido, deve-se preservar e incentivar a indústria e a
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; economia nacionais.
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V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o 1.2) Cidadania
exerce por meio de representantes eleitos ou direta-
Quando se afirma no caput do artigo 1º que a Repú-
mente, nos termos desta Constituição.
blica Federativa do Brasil é um Estado Democrático de
Direito, remete-se à ideia de que o Brasil adota a demo-
Vale estudar o significado e a abrangência de cada
qual destes fundamentos. cracia como regime político.
1 MALMESBURY, Thomas Hobbes de. Leviatã. Tradução de João
1.1) Soberania Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. [s.c]: [s.n.], 1861.
Soberania significa o poder supremo que cada na- 2 MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Tradução Pietro Nassetti. São
ção possui de se autogovernar e se autodeterminar. Este Paulo: Martin Claret, 2007, p. 111.
3 BULOS, Uadi Lammêngo. Constituição federal anotada. São Paulo:
conceito surgiu no Estado Moderno, com a ascensão do
Saraiva, 2000.

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Historicamente, nota-se que por volta de 800 a.C. mundo. É um respeito à criação, independente da crença
as comunidades de aldeias começaram a ceder lugar que se professe quanto à sua origem. A dignidade re-
para unidades políticas maiores, surgindo as chamadas laciona-se tanto com a liberdade e valores do espírito
cidades-estado ou polis, como Tebas, Esparta e Atenas. como com as condições materiais de subsistência”.
Inicialmente eram monarquias, transformaram-se em oli- O Ministro Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira,
garquias e, por volta dos séculos V e VI a.C., tornaram-se do Tribunal Superior do Trabalho, trouxe interessante
democracias. Com efeito, as origens da chamada demo- conceito numa das decisões que relatou: “a dignidade
cracia se encontram na Grécia antiga, sendo permitida a consiste na percepção intrínseca de cada ser humano a
participação direta daqueles poucos que eram conside- respeito dos direitos e obrigações, de modo a assegurar,
rados cidadãos, por meio da discussão na polis. sob o foco de condições existenciais mínimas, a partici-
Democracia (do grego, demo+kratos) é um regime pação saudável e ativa nos destinos escolhidos, sem que
político em que o poder de tomar decisões políticas está isso importe destilação dos valores soberanos da demo-
com os cidadãos, de forma direta (quando um cidadão cracia e das liberdades individuais. O processo de valo-
se reúne com os demais e, juntos, eles tomam a decisão rização do indivíduo articula a promoção de escolhas,
política) ou indireta (quando ao cidadão é dado o poder posturas e sonhos, sem olvidar que o espectro de abran-
de eleger um representante). gência das liberdades individuais encontra limitação em
Portanto, o conceito de democracia está diretamen- outros direitos fundamentais, tais como a honra, a vida
te ligado ao de cidadania, notadamente porque apenas privada, a intimidade, a imagem. Sobreleva registrar que
quem possui cidadania está apto a participar das deci- essas garantias, associadas ao princípio da dignidade da
sões políticas a serem tomadas pelo Estado. pessoa humana, subsistem como conquista da humani-
Cidadão é o nacional, isto é, aquele que possui o vín- dade, razão pela qual auferiram proteção especial con-
culo político-jurídico da nacionalidade com o Estado, sistente em indenização por dano moral decorrente de
que goza de direitos políticos, ou seja, que pode votar e sua violação”5.
ser votado (sufrágio universal). Para Reale6, a evolução histórica demonstra o domínio
de um valor sobre o outro, ou seja, a existência de uma
Destacam-se os seguintes conceitos correlatos: ordem gradativa entre os valores; mas existem os valores
fundamentais e os secundários, sendo que o valor fonte
a) Nacionalidade: é o vínculo jurídico-político que liga é o da pessoa humana. Nesse sentido, são os dizeres de
um indivíduo a determinado Estado, fazendo com Reale7: “partimos dessa ideia, a nosso ver básica, de que
que ele passe a integrar o povo daquele Estado, a pessoa humana é o valor-fonte de todos os valores.
desfrutando assim de direitos e obrigações. O homem, como ser natural biopsíquico, é apenas um
b) Povo: conjunto de pessoas que compõem o Esta- indivíduo entre outros indivíduos, um ente animal entre
do, unidas pelo vínculo da nacionalidade. os demais da mesma espécie. O homem, considerado na
c) População: conjunto de pessoas residentes no Esta- sua objetividade espiritual, enquanto ser que só realiza
do, nacionais ou não. no sentido de seu dever ser, é o que chamamos de pes-
soa. Só o homem possui a dignidade originária de ser en-
Depreende-se que a cidadania é um atributo conferi- quanto deve ser, pondo-se essencialmente como razão
do aos nacionais titulares de direitos políticos, permitin- determinante do processo histórico”.
do a consolidação do sistema democrático. Quando a Constituição Federal assegura a dignidade
da pessoa humana como um dos fundamentos da Repú-
1.3) Dignidade da pessoa humana blica, faz emergir uma nova concepção de proteção de
A dignidade da pessoa humana é o valor-base de in- cada membro do seu povo. Tal ideologia de forte fulcro
terpretação de qualquer sistema jurídico, internacional humanista guia a afirmação de todos os direitos funda-
ou nacional, que possa se considerar compatível com mentais e confere a eles posição hierárquica superior às
os valores éticos, notadamente da moral, da justiça e da normas organizacionais do Estado, de modo que é o Es-
democracia. Pensar em dignidade da pessoa humana tado que está para o povo, devendo garantir a dignidade
significa, acima de tudo, colocar a pessoa humana como de seus membros, e não o inverso.
centro e norte para qualquer processo de interpretação
jurídico, seja na elaboração da norma, seja na sua apli- 1.4) Valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
cação. Quando o constituinte coloca os valores sociais do
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Sem pretender estabelecer uma definição fechada ou trabalho em paridade com a livre iniciativa fica clara a
plena, é possível conceituar dignidade da pessoa huma- percepção de necessário equilíbrio entre estas duas con-
na como o principal valor do ordenamento ético e, por cepções. De um lado, é necessário garantir direitos aos
consequência, jurídico que pretende colocar a pessoa trabalhadores, notadamente consolidados nos direitos
humana como um sujeito pleno de direitos e obrigações sociais enumerados no artigo 7º da Constituição; por ou-
na ordem internacional e nacional, cujo desrespeito acar- tro lado, estes direitos não devem ser óbice ao exercício
reta a própria exclusão de sua personalidade. 5 BRASIL. Tribunal Superior do Trabalho. Recurso de Revista n.
Aponta Barroso4: “o princípio da dignidade da pessoa 259300-59.2007.5.02.0202. Relator: Alberto Luiz Bresciani de Fontan
humana identifica um espaço de integridade moral a ser Pereira. Brasília, 05 de setembro de 2012j1. Disponível em: www.tst.
assegurado a todas as pessoas por sua só existência no gov.br. Acesso em: 17 nov. 2012.
6 REALE, Miguel. Filosofia do direito. 19. ed. São Paulo: Saraiva,
4 BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e aplicação da Constitui- 2002, p. 228.
ção. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2009, p. 382. 7 Ibid., p. 220.

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da livre iniciativa, mas sim vetores que reforcem o exer- multipartidarismo, que é apenas uma de suas conse-
cício desta liberdade dentro dos limites da justiça social, quências e garante que mesmo os partidos menores e
evitando o predomínio do mais forte sobre o mais fraco. com poucos representantes sejam ouvidos na tomada de
Por livre iniciativa entenda-se a liberdade de iniciar a decisões políticas, porque abrange uma verdadeira con-
exploração de atividades econômicas no território brasi- cepção de multiculturalidade no âmbito interno.
leiro, coibindo-se práticas de truste (ex.: monopólio). O
constituinte não tem a intenção de impedir a livre inicia- 2) Separação dos Poderes
tiva, até mesmo porque o Estado nacional necessita dela A separação de Poderes é inerente ao modelo do Es-
para crescer economicamente e adequar sua estrutura tado Democrático de Direito, impedindo a monopoliza-
ao atendimento crescente das necessidades de todos os ção do poder e, por conseguinte, a tirania e a opressão.
que nele vivem. Sem crescimento econômico, nem ao Resta garantida no artigo 2º da Constituição Federal com
menos é possível garantir os direitos econômicos, sociais o seguinte teor:
e culturais afirmados na Constituição Federal como direi-
tos fundamentais. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmô-
No entanto, a exploração da livre iniciativa deve se nicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
dar de maneira racional, tendo em vista os direitos ine-
rentes aos trabalhadores, no que se consolida a expres- 3) Objetivos fundamentais
são “valores sociais do trabalho”. A pessoa que trabalha O constituinte trabalha no artigo 3º da Constituição
para aquele que explora a livre iniciativa deve ter a sua Federal com os objetivos da República Federativa do Bra-
dignidade respeitada em todas as suas dimensões, não sil, nos seguintes termos:
somente no que tange aos direitos sociais, mas em re-
lação a todos os direitos fundamentais afirmados pelo Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da Repú-
constituinte. blica Federativa do Brasil:
A questão resta melhor delimitada no título VI do I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
texto constitucional, que aborda a ordem econômica e II - garantir o desenvolvimento nacional;
financeira: “Art. 170. A ordem econômica, fundada na va- III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir
lorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem as desigualdades sociais e regionais;
por fim assegurar a todos existência digna, conforme os IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de
ditames da justiça social, observados os seguintes prin- origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras for-
cípios [...]”. Nota-se no caput a repetição do fundamen- mas de discriminação.
to republicano dos valores sociais do trabalho e da livre
iniciativa. 3.1) Construir uma sociedade livre, justa e solidá-
Por sua vez, são princípios instrumentais para a efe- ria
tivação deste fundamento, conforme previsão do artigo O inciso I do artigo 3º merece destaque ao trazer a
1º e do artigo 170, ambos da Constituição, o princípio da expressão “livre, justa e solidária”, que corresponde à
livre concorrência (artigo 170, IV, CF), o princípio da bus- tríade liberdade, igualdade e fraternidade. Esta tríade
ca do pleno emprego (artigo 170, VIII, CF) e o princípio consolida as três dimensões de direitos humanos: a pri-
do tratamento favorecido para as empresas de pequeno meira dimensão, voltada à pessoa como indivíduo, refe-
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham re-se aos direitos civis e políticos; a segunda dimensão,
sua sede e administração no País (artigo 170, IX, CF). Ain- focada na promoção da igualdade material, remete aos
da, assegurando a livre iniciativa no exercício de ativida- direitos econômicos, sociais e culturais; e a terceira di-
des econômicas, o parágrafo único do artigo 170 prevê: mensão se concentra numa perspectiva difusa e coletiva
“é assegurado a todos o livre exercício de qualquer ativi- dos direitos fundamentais.
dade econômica, independentemente de autorização de Sendo assim, a República brasileira pretende garantir
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”. a preservação de direitos fundamentais inatos à pessoa
humana em todas as suas dimensões, indissociáveis e in-
1.5) Pluralismo político terconectadas. Daí o texto constitucional guardar espaço
A expressão pluralismo remete ao reconhecimento da de destaque para cada uma destas perspectivas.
multiplicidade de ideologias culturais, religiosas, econô-
micas e sociais no âmbito de uma nação. Quando se fala 3.2) Garantir o desenvolvimento nacional
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em pluralismo político, afirma-se que mais do que incor- Para que o governo possa prover todas as condições
porar esta multiplicidade de ideologias cabe ao Estado necessárias à implementação de todos os direitos fun-
nacional fornecer espaço para a manifestação política damentais da pessoa humana mostra-se essencial que
delas. o país se desenvolva, cresça economicamente, de modo
Sendo assim, pluralismo político significa não só res- que cada indivíduo passe a ter condições de perseguir
peitar a multiplicidade de opiniões e ideias, mas acima de suas metas.
tudo garantir a existência dela, permitindo que os vários
grupos que compõem os mais diversos setores sociais 3.3) Erradicar a pobreza e a marginalização e redu-
possam se fazer ouvir mediante a liberdade de expres- zir as desigualdades sociais e regionais
são, manifestação e opinião, bem como possam exigir do Garantir o desenvolvimento econômico não basta
Estado substrato para se fazerem subsistir na sociedade. para a construção de uma sociedade justa e solidária. É
Pluralismo político vai além do pluripartidarismo ou necessário ir além e nunca perder de vista a perspectiva

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da igualdade material. Logo, a injeção econômica deve De maneira geral, percebe-se na Constituição Federal
permitir o investimento nos setores menos favorecidos, a compreensão de que a soberania do Estado nacional
diminuindo as desigualdades sociais e regionais e paula- brasileiro não permite a sobreposição em relação à so-
tinamente erradicando a pobreza. berania dos demais Estados, bem como de que é neces-
O impacto econômico deste objetivo fundamental é sário respeitar determinadas práticas inerentes ao direito
tão relevante que o artigo 170 da Constituição prevê em internacional dos direitos humanos.
seu inciso VII a “redução das desigualdades regionais e
sociais” como um princípio que deve reger a atividade 4.1) Independência nacional
econômica. A menção deste princípio implica em afirmar A formação de uma comunidade internacional não
que as políticas públicas econômico-financeiras deve- significa a eliminação da soberania dos países, mas ape-
rão se guiar pela busca da redução das desigualdades, nas uma relativização, limitando as atitudes por ele to-
fornecendo incentivos específicos para a exploração da madas em prol da preservação do bem comum e da paz
atividade econômica em zonas economicamente margi- mundial. Na verdade, o próprio compromisso de respeito
nalizadas. aos direitos humanos traduz a limitação das ações esta-
tais, que sempre devem se guiar por eles. Logo, o Brasil
3.4) Promover o bem de todos, sem preconceitos é um país independente, que não responde a nenhum
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras outro, mas que como qualquer outro possui um dever
formas de discriminação para com a humanidade e os direitos inatos a cada um
Ainda no ideário de justiça social, coloca-se o princí- de seus membros.
pio da igualdade como objetivo a ser alcançado pela Re-
pública brasileira. Sendo assim, a república deve promo- 4.2) Prevalência dos direitos humanos
ver o princípio da igualdade e consolidar o bem comum. O Estado existe para o homem e não o inverso. Por-
Em verdade, a promoção do bem comum pressupõe a tanto, toda normativa existe para a sua proteção como
prevalência do princípio da igualdade. pessoa humana e o Estado tem o dever de servir a este
Sobre o bem de todos, isto é, o bem comum, o filóso- fim de preservação. A única forma de fazer isso é adotan-
fo Jacques Maritain8 ressaltou que o fim da sociedade é o do a pessoa humana como valor-fonte de todo o orde-
seu bem comum, mas esse bem comum é o das pessoas namento, o que somente é possível com a compreensão
humanas, que compõem a sociedade. Com base neste de que os direitos humanos possuem uma posição prio-
ideário, apontou as características essenciais do bem co- ritária no ordenamento jurídico-constitucional.
mum: redistribuição, pela qual o bem comum deve ser Conceituar direitos humanos é uma tarefa complica-
redistribuído às pessoas e colaborar para o desenvolvi- da, mas, em síntese, pode-se afirmar que direitos huma-
mento delas; respeito à autoridade na sociedade, pois a nos são aqueles inerentes ao homem enquanto condição
autoridade é necessária para conduzir a comunidade de para sua dignidade que usualmente são descritos em
pessoas humanas para o bem comum; moralidade, que documentos internacionais para que sejam mais segu-
constitui a retidão de vida, sendo a justiça e a retidão ramente garantidos. A conquista de direitos da pessoa
moral elementos essenciais do bem comum. humana é, na verdade, uma busca da dignidade da pes-
soa humana.
4) Princípios de relações internacionais (artigo 4º)
O último artigo do título I trabalha com os princípios 4.3) Autodeterminação dos povos
que regem as relações internacionais da República bra- A premissa dos direitos políticos é a autodetermina-
sileira: ção dos povos. Neste sentido, embora cada Estado tenha
obrigações de direito internacional que deve respeitar
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas para a adequada consecução dos fins da comunidade in-
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: ternacional, também tem o direito de se autodeterminar,
I - independência nacional; sendo que tal autodeterminação é feita pelo seu povo.
II - prevalência dos direitos humanos; Se autodeterminar significa garantir a liberdade do
III - autodeterminação dos povos; povo na tomada das decisões políticas, logo, o direito
IV - não-intervenção; à autodeterminação pressupõe a exclusão do colonialis-
V - igualdade entre os Estados; mo. Não se aceita a ideia de que um Estado domine o
VI - defesa da paz; outro, tirando a sua autodeterminação.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

VII - solução pacífica dos conflitos;


VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 4.4) Não-intervenção
IX - cooperação entre os povos para o progresso da Por não-intervenção entenda-se que o Estado brasi-
humanidade; leiro irá respeitar a soberania dos demais Estados nacio-
X - concessão de asilo político. nais. Sendo assim, adotará práticas diplomáticas e res-
Parágrafo único. A República Federativa do Brasil bus- peitará as decisões políticas tomadas no âmbito de cada
cará a integração econômica, política, social e cultural Estado, eis que são paritários na ordem internacional.
dos povos da América Latina, visando à formação de
uma comunidade latino-americana de nações. 4.5) Igualdade entre os Estados
Por este princípio se reconhece uma posição de pa-
ridade, ou seja, de igualdade hierárquica, na ordem in-
8 MARITAIN, Jacques. Os direitos do homem e a lei natural. 3. ed.
ternacional entre todos os Estados. Em razão disso, cada
Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1967, p. 20-22.

14
Estado possuirá direito de voz e voto na tomada de assim obter efeitos psicológicos que ultrapassem larga-
decisões políticas na ordem internacional em cada or- mente o círculo das vítimas, incluindo, antes, o resto da
ganização da qual faça parte e deverá ter sua opinião população do território.
respeitada. Racismo é a prática de atos discriminatórios baseados
em diferenças étnico-raciais, que podem consistirem vio-
4.6) Defesa da paz lência física ou psicológica direcionada a uma pessoa ou
O direito à paz vai muito além do direito de viver num a um grupo de pessoas pela simples questão biológica
mundo sem guerras, atingindo o direito de ter paz so- herdada por sua raça ou etnia.
cial, de ver seus direitos respeitados em sociedade. Os Sendo o Brasil um país que prega o pacifismo e que
direitos e liberdades garantidos internacionalmente não
é assumidamente pluralista, ambas práticas são conside-
podem ser destruídos com fundamento nas normas que
radas vis e devem ser repudiadas pelo Estado nacional.
surgiram para protegê-los, o que seria controverso. Em
termos de relações internacionais, depreende-se que
deve ser sempre priorizada a solução amistosa de con- 4.9) Cooperação entre os povos para o progresso
flitos. da humanidade
A cooperação internacional deve ser especialmente
4.7) Solução pacífica dos conflitos econômica e técnica, a fim de conseguir progressiva-
Decorrendo da defesa da paz, este princípio remete mente a plena efetividade dos direitos humanos funda-
à necessidade de diplomacia nas relações internacionais. mentais internacionalmente reconhecidos.
Caso surjam conflitos entre Estados nacionais, estes de- Os países devem colaborar uns com os outros, o que
verão ser dirimidos de forma amistosa. é possível mediante a integração no âmbito de organiza-
Negociação diplomática, serviços amistosos, bons ções internacionais específicas, regionais ou globais.
ofícios, mediação, sistema de consultas, conciliação e Em relação a este princípio, o artigo 4º se aprofunda
inquérito são os meios diplomáticos de solução de con- em seu parágrafo único, destacando a importância da
trovérsias internacionais, não havendo hierarquia entre cooperação brasileira no âmbito regional: “A República
eles. Somente o inquérito é um procedimento preliminar Federativa do Brasil buscará a integração econômica, po-
e facultativo à apuração da materialidade dos fatos, po- lítica, social e cultural dos povos da América Latina, vi-
dendo servir de base para qualquer meio de solução de sando à formação de uma comunidade latino-americana
conflito9. Conceitua Neves10:
de nações”. Neste sentido, o papel desempenhado no
MERCOSUL.
- “Negociação diplomática é a forma de autocompo-
sição em que os Estados oponentes buscam re-
solver suas divergências de forma direta, por via 4.10) Concessão de asilo político
diplomática”; Direito de asilo é o direito de buscar abrigo em outro
- “Serviços amistosos é um meio de solução pacífica país quando naquele do qual for nacional estiver sofren-
de conflito, sem aspecto oficial, em que o governo do alguma perseguição. Tal perseguição não pode ter
designa um diplomada para sua conclusão”; motivos legítimos, como a prática de crimes comuns ou
- “Bons ofícios constituem o meio diplomático de de atos atentatórios aos princípios das Nações Unidas, o
solução pacífica de controvérsia internacional, em que subverteria a própria finalidade desta proteção. Em
que um Estado, uma organização internacional ou suma, o que se pretende com o direito de asilo é evitar
até mesmo um chefe de Estado apresenta-se como a consolidação de ameaças a direitos humanos de uma
moderador entre os litigantes”; pessoa por parte daqueles que deveriam protegê-los –
- “Mediação define-se como instituto por meio do isto é, os governantes e os entes sociais como um todo –,
qual uma terceira pessoa estranha à contenda, mas e não proteger pessoas que justamente cometeram tais
aceita pelos litigantes, de forma voluntária ou em violações.
razão de estipulação anterior, toma conhecimento “Sendo direito humano da pessoa refugiada, é obri-
da divergência e dos argumentos sustentados pe- gação do Estado asilante conceder o asilo. Entretanto,
las partes, e propõe uma solução pacífica sujeita à
prevalece o entendimento que o Estado não tem esta
aceitação destas”;
obrigação, nem de fundamentar a recusa. A segunda
- “Sistema de Consultas constitui-se em meio diplo-
mático de solução de litígios em que os Estados parte deste artigo permite a interpretação no sentido de
que é o Estado asilante que subjetivamente enquadra o
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ou organizações internacionais sujeitam-se, sem


qualquer interferência pessoal externa, a encontros refugiado como asilado político ou criminoso comum”11.
periódicos com o objetivo de compor suas diver- O título II da Constituição Federal é intitulado “Di-
gências”. reitos e Garantias fundamentais”, gênero que abrange
as seguintes espécies de direitos fundamentais: direitos
4.8) Repúdio ao terrorismo e ao racismo individuais e coletivos (art. 5º, CF), direitos sociais (ge-
Terrorismo é o uso de violência através de ataques nericamente previstos no art. 6º, CF), direitos da nacio-
localizados a elementos ou instalações de um governo nalidade (artigos 12 e 13, CF) e direitos políticos (artigos
ou da população civil, de modo a incutir medo, terror, e 14 a 17, CF).
9 NEVES, Gustavo Bregalda. Direito Internacional Público & Direito 11 SANTOS FILHO, Oswaldo de Souza. Comentários aos artigos XIII
Internacional Privado. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009, p. 123. e XIV. In: BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Uni-
10 Ibid., p. 123-126. versal dos Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008, p. 83.

15
Em termos comparativos à clássica divisão tridi- O legislador muitas vezes reúne no mesmo dispositi-
mensional dos direitos humanos, os direitos individuais vo o direito e a garantia, como no caso do artigo 5º, IX: “é
(maior parte do artigo 5º, CF), os direitos da nacionali- livre a expressão da atividade intelectual, artística, cien-
dade e os direitos políticos se encaixam na primeira di- tífica e de comunicação, independentemente de censura
mensão (direitos civis e políticos); os direitos sociais se ou licença” – o direito é o de liberdade de expressão e a
enquadram na segunda dimensão (direitos econômicos, garantia é a vedação de censura ou exigência de licença.
sociais e culturais) e os direitos coletivos na terceira di- Em outros casos, o legislador traz o direito num dispo-
mensão. Contudo, a enumeração de direitos humanos sitivo e a garantia em outro: a liberdade de locomoção,
na Constituição vai além dos direitos que expressamente direito, é colocada no artigo 5º, XV, ao passo que o dever
constam no título II do texto constitucional. de relaxamento da prisão ilegal de ofício pelo juiz, garan-
tia, se encontra no artigo 5º, LXV12.
Os direitos fundamentais possuem as seguintes ca- Em caso de ineficácia da garantia, implicando em vio-
racterísticas principais: lação de direito, cabe a utilização dos remédios consti-
tucionais.
a) Historicidade: os direitos fundamentais possuem Atenção para o fato de o constituinte chamar os re-
antecedentes históricos relevantes e, através dos médios constitucionais de garantias, e todas as suas fór-
tempos, adquirem novas perspectivas. Nesta ca- mulas de direitos e garantias propriamente ditas apenas
racterística se enquadra a noção de dimensões de de direitos.
direitos.
b) Universalidade: os direitos fundamentais perten- Direitos e deveres individuais e coletivos
cem a todos, tanto que apesar da expressão restri-
tiva do caput do artigo 5º aos brasileiros e estran- O capítulo I do título II é intitulado “direitos e deve-
geiros residentes no país tem se entendido pela res individuais e coletivos”. Da própria nomenclatura do
extensão destes direitos, na perspectiva de preva- capítulo já se extrai que a proteção vai além dos direitos
lência dos direitos humanos. do indivíduo e também abrange direitos da coletivida-
c) Inalienabilidade: os direitos fundamentais não de. A maior parte dos direitos enumerados no artigo 5º
possuem conteúdo econômico-patrimonial, logo, do texto constitucional é de direitos individuais, mas são
são intransferíveis, inegociáveis e indisponíveis, es- incluídos alguns direitos coletivos e mesmo remédios
tando fora do comércio, o que evidencia uma limi- constitucionais próprios para a tutela destes direitos co-
tação do princípio da autonomia privada. letivos (ex.: mandado de segurança coletivo).
d) Irrenunciabilidade: direitos fundamentais não
podem ser renunciados pelo seu titular devido à 1) Brasileiros e estrangeiros
fundamentalidade material destes direitos para a O caput do artigo 5º aparenta restringir a proteção
dignidade da pessoa humana. conferida pelo dispositivo a algumas pessoas, notada-
e) Inviolabilidade: direitos fundamentais não podem mente, “aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
deixar de ser observados por disposições infra- País”. No entanto, tal restrição é apenas aparente e tem
constitucionais ou por atos das autoridades públi- sido interpretada no sentido de que os direitos estarão
cas, sob pena de nulidades. protegidos com relação a todas as pessoas nos limites da
f) Indivisibilidade: os direitos fundamentais com- soberania do país.
põem um único conjunto de direitos porque não Em razão disso, por exemplo, um estrangeiro pode
podem ser analisados de maneira isolada, separa- ingressar com habeas corpus ou mandado de seguran-
da. ça, ou então intentar ação reivindicatória com relação a
g) Imprescritibilidade: os direitos fundamentais não imóvel seu localizado no Brasil (ainda que não resida no
se perdem com o tempo, não prescrevem, uma vez país).
que são sempre exercíveis e exercidos, não deixan- Somente alguns direitos não são estendidos a todas
do de existir pela falta de uso (prescrição). as pessoas. A exemplo, o direito de intentar ação popular
h) Relatividade: os direitos fundamentais não podem exige a condição de cidadão, que só é possuída por na-
ser utilizados como um escudo para práticas ilícitas cionais titulares de direitos políticos.
ou como argumento para afastamento ou diminui-
ção da responsabilidade por atos ilícitos, assim es- 2) Relação direitos-deveres
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tes direitos não são ilimitados e encontram seus li- O capítulo em estudo é denominado “direitos e ga-
mites nos demais direitos igualmente consagrados rantias deveres e coletivos”, remetendo à necessária re-
como humanos. lação direitos-deveres entre os titulares dos direitos fun-
damentais. Acima de tudo, o que se deve ter em vista
Vale destacar que a Constituição vai além da prote- é a premissa reconhecida nos direitos fundamentais de
ção dos direitos e estabelece garantias em prol da pre- que não há direito que seja absoluto, correspondendo-se
servação destes, bem como remédios constitucionais a para cada direito um dever. Logo, o exercício de direi-
serem utilizados caso estes direitos e garantias não sejam tos fundamentais é limitado pelo igual direito de mesmo
preservados. Neste sentido, dividem-se em direitos e ga- exercício por parte de outrem, não sendo nunca absolu-
rantias as previsões do artigo 5º: os direitos são as dis- tos, mas sempre relativos.
posições declaratórias e as garantias são as disposições
12 FARIA, Cássio Juvenal. Notas pessoais tomadas em teleconfe-
assecuratórias.
rência.

16
Explica Canotilho13 quanto aos direitos fundamentais: Entretanto, o princípio da isonomia abrange muito
“a ideia de deveres fundamentais é suscetível de ser en- mais do que a igualdade de gêneros, envolve uma pers-
tendida como o ‘outro lado’ dos direitos fundamentais. pectiva mais ampla.
Como ao titular de um direito fundamental corresponde O direito à igualdade é um dos direitos norteadores
um dever por parte de um outro titular, poder-se-ia dizer de interpretação de qualquer sistema jurídico. O primeiro
que o particular está vinculado aos direitos fundamen- enfoque que foi dado a este direito foi o de direito civil,
tais como destinatário de um dever fundamental. Neste enquadrando-o na primeira dimensão, no sentido de que
sentido, um direito fundamental, enquanto protegido, a todas as pessoas deveriam ser garantidos os mesmos
pressuporia um dever correspondente”. Com efeito, a direitos e deveres. Trata-se de um aspecto relacionado à
um direito fundamental conferido à pessoa corresponde igualdade enquanto liberdade, tirando o homem do ar-
o dever de respeito ao arcabouço de direitos conferidos bítrio dos demais por meio da equiparação. Basicamente,
às outras pessoas. estaria se falando na igualdade perante a lei.
No entanto, com o passar dos tempos, se percebeu
3) Direitos e garantias em espécie que não bastava igualar todos os homens em direitos e
Preconiza o artigo 5º da Constituição Federal em seu deveres para torná-los iguais, pois nem todos possuem
caput: as mesmas condições de exercer estes direitos e deveres.
Logo, não é suficiente garantir um direito à igualdade
Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei, formal, mas é preciso buscar progressivamente a igual-
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se dade material. No sentido de igualdade material que
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a aparece o direito à igualdade num segundo momento,
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual- pretendendo-se do Estado, tanto no momento de legis-
dade, à segurança e à propriedade, nos termos seguin- lar quanto no de aplicar e executar a lei, uma postura de
tes [...]. promoção de políticas governamentais voltadas a gru-
pos vulneráveis.
O caput do artigo 5º, que pode ser considerado um Assim, o direito à igualdade possui dois sentidos no-
dos principais (senão o principal) artigos da Constituição táveis: o de igualdade perante a lei, referindo-se à apli-
Federal, consagra o princípio da igualdade e delimita as cação uniforme da lei a todas as pessoas que vivem em
cinco esferas de direitos individuais e coletivos que me-
sociedade; e o de igualdade material, correspondendo
recem proteção, isto é, vida, liberdade, igualdade, segu-
à necessidade de discriminações positivas com relação
rança e propriedade. Os incisos deste artigos delimitam
a grupos vulneráveis da sociedade, em contraponto à
vários direitos e garantias que se enquadram em alguma
igualdade formal.
destas esferas de proteção, podendo se falar em duas es-
feras específicas que ganham também destaque no texto
Ações afirmativas
constitucional, quais sejam, direitos de acesso à justiça e
Neste sentido, desponta a temática das ações afirma-
direitos constitucionais-penais.
tivas,que são políticas públicas ou programas privados
Direito à igualdade criados temporariamente e desenvolvidos com a fina-
lidade de reduzir as desigualdades decorrentes de dis-
Abrangência criminações ou de uma hipossuficiência econômica ou
Observa-se, pelo teor do caput do artigo 5º, CF, que o física, por meio da concessão de algum tipo de vantagem
constituinte afirmou por duas vezes o princípio da igual- compensatória de tais condições.
dade: Quem é contra as ações afirmativas argumenta que,
em uma sociedade pluralista, a condição de membro de
Artigo 5º, caput, CF. Todos são iguais perante a lei, um grupo específico não pode ser usada como critério
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se de inclusão ou exclusão de benefícios. Ademais, afirma-
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a -se que elas desprivilegiam o critério republicano do mé-
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igual- rito (segundo o qual o indivíduo deve alcançar determi-
dade, à segurança e à propriedade, nos termos seguin- nado cargo público pela sua capacidade e esforço, e não
tes [...]. por pertencer a determinada categoria); fomentariam o
racismo e o ódio; bem como ferem o princípio da isono-
Não obstante, reforça este princípio em seu primeiro mia por causar uma discriminação reversa.
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inciso: Por outro lado, quem é favorável às ações afirmativas


defende que elas representam o ideal de justiça com-
Artigo 5º, I, CF. Homens e mulheres são iguais em di- pensatória (o objetivo é compensar injustiças passadas,
reitos e obrigações, nos termos desta Constituição. dívidas históricas, como uma compensação aos negros
por tê-los feito escravos, p. ex.); representam o ideal de
Este inciso é especificamente voltado à necessidade justiça distributiva (a preocupação, aqui, é com o presen-
de igualdade de gênero, afirmando que não deve ha- te. Busca-se uma concretização do princípio da igualda-
ver nenhuma distinção sexo feminino e o masculino, de de material); bem como promovem a diversidade.
modo que o homem e a mulher possuem os mesmos Neste sentido, as discriminações legais asseguram a
direitos e obrigações. verdadeira igualdade, por exemplo, com as ações afir-
mativas, a proteção especial ao trabalho da mulher e do
13 CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional e teoria
menor, as garantias aos portadores de deficiência, entre
da constituição. 2. ed. Coimbra: Almedina, 1998, p. 479.

17
outras medidas que atribuam a pessoas com diferentes c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
condições, iguais possibilidades, protegendo e respei- II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou auto-
tando suas diferenças14. Tem predominado em doutrina ridade, com emprego de violência ou grave ameaça,
e jurisprudência, inclusive no Supremo Tribunal Federal, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
que as ações afirmativas são válidas. aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preven-
tivo.
Direito à vida Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa
Abrangência presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento
O caput do artigo 5º da Constituição assegura a pro- físico ou mental, por intermédio da prática de ato não
teção do direito à vida. A vida humana é o centro gravi- previsto em lei ou não resultante de medida legal.
tacional em torno do qual orbitam todos os direitos da § 2º Aquele que se omite em face dessas condutas,
pessoa humana, possuindo reflexos jurídicos, políticos, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, incor-
econômicos, morais e religiosos. Daí existir uma dificul- re na pena de detenção de um a quatro anos.
dade em conceituar o vocábulo vida. Logo, tudo aquilo § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou
que uma pessoa possui deixa de ter valor ou sentido se gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos;
ela perde a vida. Sendo assim, a vida é o bem principal se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
de qualquer pessoa, é o primeiro valor moral inerente a § 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
todos os seres humanos15. I - se o crime é cometido por agente público;
No tópico do direito à vida tem-se tanto o direito de II – se o crime é cometido contra criança, gestante,
nascer/permanecer vivo, o que envolve questões como portador de deficiência, adolescente ou maior de 60
pena de morte, eutanásia, pesquisas com células-tronco (sessenta) anos;
e aborto; quanto o direito de viver com dignidade, o que III - se o crime é cometido mediante sequestro.
engloba o respeito à integridade física, psíquica e moral, § 5º A condenação acarretará a perda do cargo, fun-
incluindo neste aspecto a vedação da tortura, bem como ção ou emprego público e a interdição para seu exer-
a garantia de recursos que permitam viver a vida com cício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
dignidade. § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de
Embora o direito à vida seja em si pouco delimitado graça ou anistia.
nos incisos que seguem o caput do artigo 5º, trata-se de
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a
um dos direitos mais discutidos em termos jurispruden-
hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em
ciais e sociológicos. É no direito à vida que se encaixam
regime fechado.
polêmicas discussões como: aborto de anencéfalo, pes-
quisa com células tronco, pena de morte, eutanásia, etc.
Direito à liberdade
O caput do artigo 5º da Constituição assegura a pro-
Vedação à tortura
teção do direito à liberdade, delimitada em alguns inci-
De forma expressa no texto constitucional destaca-se
a vedação da tortura, corolário do direito à vida, confor- sos que o seguem.
me previsão no inciso III do artigo 5º:
Liberdade e legalidade
Artigo 5º, III, CF. Ninguém será submetido a tortura Prevê o artigo 5º, II, CF:
nem a tratamento desumano ou degradante.
Artigo 5º, II, CF. Ninguém será obrigado a fazer ou
A tortura é um dos piores meios de tratamento desu- deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei.
mano, expressamente vedada em âmbito internacional,
como visto no tópico anterior. No Brasil, além da disci- O princípio da legalidade se encontra delimitado nes-
plina constitucional, a Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997 te inciso, prevendo que nenhuma pessoa será obrigada a
define os crimes de tortura e dá outras providências, des- fazer ou deixar de fazer alguma coisa a não ser que a lei
tacando-se o artigo 1º: assim determine. Assim, salvo situações previstas em lei,
a pessoa tem liberdade para agir como considerar con-
Art. 1º Constitui crime de tortura: veniente.
I - constranger alguém com emprego de violência Portanto, o princípio da legalidade possui estrita re-
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ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou lação com o princípio da liberdade, posto que, a priori,
mental: tudo à pessoa é lícito. Somente é vedado o que a lei ex-
a) com o fim de obter informação, declaração ou con- pressamente estabelecer como proibido. A pessoa pode
fissão da vítima ou de terceira pessoa; fazer tudo o que quiser, como regra, ou seja, agir de
b) para provocar ação ou omissão de natureza crimi- qualquer maneira que a lei não proíba.
nosa;
14 SANFELICE, Patrícia de Mello. Comentários aos artigos I e II. In: Liberdade de pensamento e de expressão
BALERA, Wagner (Coord.). Comentários à Declaração Universal dos O artigo 5º, IV, CF prevê:
Direitos do Homem. Brasília: Fortium, 2008, p. 08.
15 BARRETO, Ana Carolina Rossi; IBRAHIM, Fábio Zambitte. Comen- Artigo 5º, IV, CF. É livre a manifestação do pensamen-
tários aos Artigos III e IV. In: BALERA, Wagner (Coord.). Comentários to, sendo vedado o anonimato.
à Declaração Universal dos Direitos do Homem. Brasília: Fortium,
2008, p. 15.

18
Consolida-se a afirmação simultânea da liberdade de Cada pessoa tem liberdade para professar a sua fé
pensamento e da liberdade de expressão. como bem entender dentro dos limites da lei. Não há
Em primeiro plano tem-se a liberdade de pensamen- uma crença ou religião que seja proibida, garantindo-se
to. Afinal, “o ser humano, através dos processos internos que a profissão desta fé possa se realizar em locais pró-
de reflexão, formula juízos de valor. Estes exteriorizam prios.
nada mais do que a opinião de seu emitente. Assim, a re- Nota-se que a liberdade de religião engloba 3 tipos
gra constitucional, ao consagrar a livre manifestação do distintos, porém intrinsecamente relacionados de liber-
pensamento, imprime a existência jurídica ao chamado dades: a liberdade de crença; a liberdade de culto; e a
direito de opinião”16. Em outras palavras, primeiro existe liberdade de organização religiosa.
o direito de ter uma opinião, depois o de expressá-la. Consoante o magistério de José Afonso da Silva17,
No mais, surge como corolário do direito à liberdade entra na liberdade de crença a liberdade de escolha da
de pensamento e de expressão o direito à escusa por religião, a liberdade de aderir a qualquer seita religiosa,
convicção filosófica ou política: a liberdade (ou o direito) de mudar de religião, além da
liberdade de não aderir a religião alguma, assim como
Artigo 5º, VIII, CF. Ninguém será privado de direitos
a liberdade de descrença, a liberdade de ser ateu e de
por motivo de crença religiosa ou de convicção filosó-
exprimir o agnosticismo, apenas excluída a liberdade de
fica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
embaraçar o livre exercício de qualquer religião, de qual-
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cum-
prir prestação alternativa, fixada em lei. quer crença. A liberdade de culto consiste na liberdade
de orar e de praticar os atos próprios das manifestações
Trata-se de instrumento para a consecução do direito exteriores em casa ou em público, bem como a de rece-
assegurado na Constituição Federal – não basta permitir bimento de contribuições para tanto. Por fim, a liberdade
que se pense diferente, é preciso respeitar tal posiciona- de organização religiosa refere-se à possibilidade de es-
mento. tabelecimento e organização de igrejas e suas relações
Com efeito, este direito de liberdade de expressão é com o Estado.
limitado. Um destes limites é o anonimato, que consiste Como decorrência do direito à liberdade religiosa, as-
na garantia de atribuir a cada manifestação uma autoria segurando o seu exercício, destaca-se o artigo 5º, VII, CF:
certa e determinada, permitindo eventuais responsabili-
zações por manifestações que contrariem a lei. Artigo 5º, VII, CF. É assegurada, nos termos da lei, a
Tem-se, ainda, a seguinte previsão no artigo 5º, IX, CF: prestação de assistência religiosa nas entidades civis e
militares de internação coletiva.
Artigo 5º, IX, CF. É livre a expressão da atividade in-
telectual, artística, científica e de comunicação, inde- O dispositivo refere-se não só aos estabelecimentos
pendentemente de censura ou licença. prisionais civis e militares, mas também a hospitais.
Ainda, surge como corolário do direito à liberdade re-
Consolida-se outra perspectiva da liberdade de ex- ligiosa o direito à escusa por convicção religiosa:
pressão, referente de forma específica a atividades inte-
lectuais, artísticas, científicas e de comunicação. Dispen- Artigo 5º, VIII, CF. Ninguém será privado de direitos
sa-se, com relação a estas, a exigência de licença para por motivo de crença religiosa ou de convicção filosó-
a manifestação do pensamento, bem como veda-se a fica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
censura prévia. obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cum-
A respeito da censura prévia, tem-se não cabe impe-
prir prestação alternativa, fixada em lei.
dir a divulgação e o acesso a informações como modo de
controle do poder. A censura somente é cabível quando
Sempre que a lei impõe uma obrigação a todos, por
necessária ao interesse público numa ordem democráti-
exemplo, a todos os homens maiores de 18 anos o alis-
ca, por exemplo, censurar a publicação de um conteúdo
de exploração sexual infanto-juvenil é adequado. tamento militar, não cabe se escusar, a não ser que tenha
O direito à resposta (artigo 5º, V, CF) e o direito à fundado motivo em crença religiosa ou convicção filosó-
indenização (artigo 5º, X, CF) funcionam como a contra- fica/política, caso em que será obrigado a cumprir uma
partida para aquele que teve algum direito seu violado prestação alternativa, isto é, uma outra atividade que não
(notadamente inerentes à privacidade ou à personalida- contrarie tais preceitos.
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de) em decorrência dos excessos no exercício da liberda-


de de expressão. Liberdade de informação
O direito de acesso à informação também se liga a
Liberdade de crença/religiosa uma dimensão do direito à liberdade. Neste sentido, pre-
Dispõe o artigo 5º, VI, CF: vê o artigo 5º, XIV, CF:

Artigo 5º, VI, CF. É inviolável a liberdade de consciência Artigo 5º, XIV, CF. É assegurado a todos o acesso à
e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos lo- necessário ao exercício profissional.
cais de culto e a suas liturgias.
16 ARAÚJO, Luiz Alberto David; NUNES JÚNIOR, Vidal Serrano. Cur- 17 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo.
so de direito constitucional. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2006. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

19
Trata-se da liberdade de informação, consistente na Dentro do espectro do direito de petição se insere,
liberdade de procurar e receber informações e ideias por por exemplo, o direito de solicitar esclarecimentos, de
quaisquer meios, independente de fronteiras, sem inter- solicitar cópias reprográficas e certidões, bem como de
ferência. ofertar denúncias de irregularidades. Contudo, o consti-
A liberdade de informação tem um caráter passivo, ao tuinte, talvez na intenção de deixar clara a obrigação dos
passo que a liberdade de expressão tem uma caracterís- Poderes Públicos em fornecer certidões, trouxe a letra b)
tica ativa, de forma que juntas formam os aspectos ativo do inciso, o que gera confusões conceituais no sentido
e passivo da exteriorização da liberdade de pensamento: do direito de obter certidões ser dissociado do direito
não basta poder manifestar o seu próprio pensamento, é de petição.
preciso que ele seja ouvido e, para tanto, há necessidade
de se garantir o acesso ao pensamento manifestado para Por fim, relevante destacar a previsão do artigo 5º,
a sociedade. LX, CF:
Por sua vez, o acesso à informação envolve o direito
de todos obterem informações claras, precisas e verda- Artigo 5º, LX, CF. A lei só poderá restringir a publicida-
deiras a respeito de fatos que sejam de seu interesse, de dos atos processuais quando a defesa da intimida-
notadamente pelos meios de comunicação imparciais e de ou o interesse social o exigirem.
não monopolizados (artigo 220, CF). No entanto, nem
sempre é possível que a imprensa divulgue com quem Logo,o processo, em regra, não será sigiloso. Apenas
obteve a informação divulgada, sem o que a segurança o será quando a intimidade merecer preservação (ex:
desta poderia ficar prejudicada e a informação inevitavel- processo criminal de estupro ou causas de família em ge-
mente não chegaria ao público. ral) ou quando o interesse social exigir (ex: investigações
Especificadamente quanto à liberdade de informação que possam ser comprometidas pela publicidade). A pu-
no âmbito do Poder Público, merecem destaque algumas blicidade é instrumento para a efetivação da liberdade
previsões. de informação.
Primeiramente, prevê o artigo 5º, XXXIII, CF: Liberdade de locomoção
Outra faceta do direito à liberdade encontra-se no
Artigo 5º, XXXIII, CF. Todos têm direito a receber dos
artigo 5º, XV, CF:
órgãos públicos informações de seu interesse particu-
lar, ou de interesse coletivo ou geral, que serão pres-
Artigo 5º, XV, CF. É livre a locomoção no território na-
tadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade,
cional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
segurança da sociedade e do Estado.
com seus bens.
A respeito, a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
2011 regula o acesso a informações previsto no inciso A liberdade de locomoção é um aspecto básico do
XXXIII do art. 5º, CF, também conhecida como Lei do direito à liberdade, permitindo à pessoa ir e vir em todo
Acesso à Informação. o território do país em tempos de paz (em tempos de
guerra é possível limitar tal liberdade em prol da segu-
Não obstante, estabelece o artigo 5º, XXXIV, CF: rança). A liberdade de sair do país não significa que exis-
te um direito de ingressar em qualquer outro país, pois
Artigo 5º, XXXIV, CF. São a todos assegurados, inde- caberá à ele, no exercício de sua soberania, controlar tal
pendentemente do pagamento de taxas: entrada.
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa Classicamente, a prisão é a forma de restrição da li-
de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; berdade. Neste sentido, uma pessoa somente poderá ser
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, presa nos casos autorizados pela própria Constituição
para defesa de direitos e esclarecimento de situações Federal. A despeito da normativa específica de natureza
de interesse pessoal. penal, reforça-se a impossibilidade de se restringir a li-
berdade de locomoção pela prisão civil por dívida.
Quanto ao direito de petição, de maneira prática,
cumpre observar que o direito de petição deve resultar Prevê o artigo 5º, LXVII, CF:
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em uma manifestação do Estado, normalmente dirimin-


do (resolvendo) uma questão proposta, em um verda- Artigo 5º, LXVII, CF. Não haverá prisão civil por dívida,
deiro exercício contínuo de delimitação dos direitos e salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntá-
obrigações que regulam a vida social e, desta maneira, rio e inescusável de obrigação alimentícia e a do de-
quando “dificulta a apreciação de um pedido que um ci- positário infiel.
dadão quer apresentar” (muitas vezes, embaraçando-lhe
o acesso à Justiça); “demora para responder aos pedi- Nos termos da Súmula Vinculante nº 25 do Supre-
dos formulados” (administrativa e, principalmente, ju- mo Tribunal Federal, “é ilícita a prisão civil de depositá-
dicialmente) ou “impõe restrições e/ou condições para rio infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito”.
a formulação de petição”, traz a chamada insegurança Por isso, a única exceção à regra da prisão por dívida do
jurídica, que traz desesperança e faz proliferar as desi- ordenamento é a que se refere à obrigação alimentícia.
gualdades e as injustiças.

20
Liberdade de trabalho O texto constitucional se estende na regulamentação
O direito à liberdade também é mencionado no arti- da liberdade de associação.
go 5º, XIII, CF: O artigo 5º, XVIII, CF, preconiza:

Artigo 5º, XIII, CF. É livre o exercício de qualquer tra- Artigo 5º, XVIII, CF. A criação de associações e, na
balho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações forma da lei, a de cooperativas independem de auto-
profissionais que a lei estabelecer. rização, sendo vedada a interferência estatal em seu
funcionamento.
O livre exercício profissional é garantido, respeitados
os limites legais. Por exemplo, não pode exercer a profis- Neste sentido, associações são organizações resul-
são de advogado aquele que não se formou em Direito tantes da reunião legal entre duas ou mais pessoas, com
e não foi aprovado no Exame da Ordem dos Advogados ou sem personalidade jurídica, para a realização de um
do Brasil; não pode exercer a medicina aquele que não objetivo comum; já cooperativas são uma forma especí-
fez faculdade de medicina reconhecida pelo MEC e obte- fica de associação, pois visam a obtenção de vantagens
ve o cadastro no Conselho Regional de Medicina. comuns em suas atividades econômicas.

Liberdade de reunião Ainda, tem-se o artigo 5º, XIX, CF:


Sobre a liberdade de reunião, prevê o artigo 5º, XVI,
CF: Artigo 5º, XIX, CF. As associações só poderão ser com-
pulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades sus-
Artigo 5º, XVI, CF. Todos podem reunir-se pacifica- pensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro
mente, sem armas, em locais abertos ao público, in- caso, o trânsito em julgado.
dependentemente de autorização, desde que não
frustrem outra reunião anteriormente convocada para O primeiro caso é o de dissolução compulsória, ou
o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à seja, a associação deixará de existir para sempre. Obvia-
autoridade competente. mente, é preciso o trânsito em julgado da decisão judicial
que assim determine, pois antes disso sempre há possi-
Pessoas podem ir às ruas para reunirem-se com de- bilidade de reverter a decisão e permitir que a associação
mais na defesa de uma causa, apenas possuindo o dever continue em funcionamento. Contudo, a decisão judicial
de informar tal reunião. Tal dever remonta-se a questões pode suspender atividades até que o trânsito em julgado
de segurança coletiva. Imagine uma grande reunião de ocorra, ou seja, no curso de um processo judicial.
pessoas por uma causa, a exemplo da Parada Gay, que Em destaque, a legitimidade representativa da asso-
chega a aglomerar milhões de pessoas em algumas ca- ciação quanto aos seus filiados, conforme artigo 5º, XXI,
pitais: seria absurdo tolerar tal tipo de reunião sem o CF:
prévio aviso do poder público para que ele organize o
policiamento e a assistência médica, evitando algazarras Artigo 5º, XXI, CF. As entidades associativas, quando
e socorrendo pessoas que tenham algum mal-estar no expressamente autorizadas, têm legitimidade para re-
local. Outro limite é o uso de armas, totalmente vedado, presentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente.
assim como de substâncias ilícitas (Ex: embora a Marcha
da Maconha tenha sido autorizada pelo Supremo Tribu- Trata-se de caso de legitimidade processual extraor-
nal Federal, vedou-se que nela tal substância ilícita fosse dinária, pela qual um ente vai a juízo defender interesse
utilizada). de outra(s) pessoa(s) porque a lei assim autoriza.
A liberdade de associação envolve não somente o
Liberdade de associação direito de criar associações e de fazer parte delas, mas
No que tange à liberdade de reunião, traz o artigo 5º, também o de não associar-se e o de deixar a associação,
XVII, CF: conforme artigo 5º, XX, CF:

Artigo 5º, XVII, CF. É plena a liberdade de associação Artigo 5º, XX, CF. Ninguém poderá ser compelido a
para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. associar-se ou a permanecer associado.
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A liberdade de associação difere-se da de reunião por Direitos à privacidade e à personalidade


sua perenidade, isto é, enquanto a liberdade de reunião
é exercida de forma sazonal, eventual, a liberdade de as- Abrangência
sociação implica na formação de um grupo organizado Prevê o artigo 5º, X, CF:
que se mantém por um período de tempo considerável,
dotado de estrutura e organização próprias. Artigo 5º, X, CF. São invioláveis a intimidade, a vida
Por exemplo, o PCC e o Comando vermelho são as- privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado
sociações ilícitas e de caráter paramilitar, pois possuem o direito a indenização pelo dano material ou moral
armas e o ideal de realizar sua própria justiça paralela- decorrente de sua violação.
mente à estatal.

21
O legislador opta por trazer correlacionados no mes- Artigo 5º, XII, CF. É inviolável o sigilo da correspon-
mo dispositivo legal os direitos à privacidade e à perso- dência e das comunicações telegráficas, de dados e
nalidade. das comunicações telefônicas, salvo, no último caso,
Reforçando a conexão entre a privacidade e a intimi- por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
dade, ao abordar a proteção da vida privada – que, em lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
resumo, é a privacidade da vida pessoal no âmbito do instrução processual penal.
domicílio e de círculos de amigos –, Silva18 entende que
“o segredo da vida privada é condição de expansão da O sigilo de correspondência e das comunicações está
personalidade”, mas não caracteriza os direitos de per- melhor regulamentado na Lei nº 9.296, de 1996.
Personalidade jurídica e gratuidade de registro
sonalidade em si.
Quando se fala em reconhecimento como pessoa pe-
A união da intimidade e da vida privada forma a pri-
rante a lei desdobra-se uma esfera bastante específica
vacidade, sendo que a primeira se localiza em esfera mais
dos direitos de personalidade, consistente na persona-
estrita. É possível ilustrar a vida social como se fosse um lidade jurídica. Basicamente, consiste no direito de ser
grande círculo no qual há um menor, o da vida privada, e reconhecido como pessoa perante a lei.
dentro deste um ainda mais restrito e impenetrável, o da Para ser visto como pessoa perante a lei mostra-se
intimidade. Com efeito, pela “Teoria das Esferas” (ou “Teo- necessário o registro. Por ser instrumento que serve
ria dos Círculos Concêntricos”), importada do direito ale- como pressuposto ao exercício de direitos fundamentais,
mão, quanto mais próxima do indivíduo, maior a prote- assegura-se a sua gratuidade aos que não tiverem con-
ção a ser conferida à esfera (as esferas são representadas dição de com ele arcar.
pela intimidade, pela vida privada, e pela publicidade).
“O direito à honra distancia-se levemente dos dois Aborda o artigo 5º, LXXVI, CF:
anteriores, podendo referir-se ao juízo positivo que a
pessoa tem de si (honra subjetiva) e ao juízo positivo que Artigo 5º, LXXVI, CF. São gratuitos para os reconheci-
dela fazem os outros (honra objetiva), conferindo-lhe damente pobres, na forma da lei: a) o registro civil de
respeitabilidade no meio social. O direito à imagem tam- nascimento; b) a certidão de óbito.
bém possui duas conotações, podendo ser entendido
em sentido objetivo, com relação à reprodução gráfica O reconhecimento do marco inicial e do marco final
da pessoa, por meio de fotografias, filmagens, desenhos, da personalidade jurídica pelo registro é direito indivi-
dual, não dependendo de condições financeiras. Eviden-
ou em sentido subjetivo, significando o conjunto de qua-
te, seria absurdo cobrar de uma pessoa sem condições a
lidades cultivadas pela pessoa e reconhecidas como suas
elaboração de documentos para que ela seja reconheci-
pelo grupo social”19. da como viva ou morta, o que apenas incentivaria a indi-
gência dos menos favorecidos.
Inviolabilidade de domicílio e sigilo de correspon-
dência Direito à indenização e direito de resposta
Correlatos ao direito à privacidade, aparecem a invio- Com vistas à proteção do direito à privacidade, do di-
labilidade do domicílio e o sigilo das correspondências e reito à personalidade e do direito à imagem, asseguram-
comunicações. -se dois instrumentos, o direito à indenização e o direito
Neste sentido, o artigo 5º, XI, CF prevê: de resposta, conforme as necessidades do caso concreto.

Artigo 5º, XI, CF. A casa é asilo inviolável do indivíduo, Com efeito, prevê o artigo 5º, V, CF:
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou de- Artigo 5º, V, CF. É assegurado o direito de resposta,
sastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por proporcional ao agravo, além da indenização por
determinação judicial. dano material, moral ou à imagem.

O domicílio é inviolável, razão pela qual ninguém “A manifestação do pensamento é livre e garantida
pode nele entrar sem o consentimento do morador, a em nível constitucional, não aludindo a censura prévia
não ser EM QUALQUER HORÁRIO no caso de flagrante em diversões e espetáculos públicos. Os abusos porven-
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delito (o morador foi flagrado na prática de crime e fugiu tura ocorridos no exercício indevido da manifestação do
para seu domicílio) ou desastre (incêndio, enchente, ter- pensamento são passíveis de exame e apreciação pelo
remoto...) ou para prestar socorro (morador teve ataque Poder Judiciário com a consequente responsabilidade
do coração, está sufocado, desmaiado...), e SOMENTE civil e penal de seus autores, decorrentes inclusive de
DURANTE O DIA por determinação judicial. publicações injuriosas na imprensa, que deve exercer vi-
Quanto ao sigilo de correspondência e das comunica- gilância e controle da matéria que divulga”20.
ções, prevê o artigo 5º, XII, CF: O direito de resposta é o direito que uma pessoa tem
de se defender de críticas públicas no mesmo meio em
que foram publicadas garantida exatamente a mesma
18 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. repercussão. Mesmo quando for garantido o direito de
25. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.
19 MOTTA, Sylvio; BARCHET, Gustavo. Curso de direito constitucio- 20 BONAVIDES, Paulo. Curso de direito constitucional. 26. ed. São
nal. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. Paulo: Malheiros, 2011.

22
resposta não é possível reverter plenamente os danos § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado
causados pela manifestação ilícita de pensamento, razão segundo a lei vigente ao tempo em que se efetuou.
pela qual a pessoa inda fará jus à indenização. § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que
A manifestação ilícita do pensamento geralmente o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, como
causa um dano, ou seja, um prejuízo sofrido pelo agente, aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fi-
que pode ser individual ou coletivo, moral ou material, xo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio
econômico e não econômico. de outrem.
Dano material é aquele que atinge o patrimônio (ma- § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a deci-
terial ou imaterial) da vítima, podendo ser mensurado são judicial de que já não caiba recurso.
financeiramente e indenizado.
“Dano moral direto consiste na lesão a um interesse Direito à propriedade
que visa a satisfação ou gozo de um bem jurídico extra- O caput do artigo 5º da Constituição assegura a pro-
patrimonial contido nos direitos da personalidade (como teção do direito à propriedade, tanto material quanto
a vida, a integridade corporal, a liberdade, a honra, o intelectual, delimitada em alguns incisos que o seguem.
decoro, a intimidade, os sentimentos afetivos, a própria
imagem) ou nos atributos da pessoa (como o nome, a Função social da propriedade material
capacidade, o estado de família)”21. O artigo 5º, XXII, CF estabelece:
Já o dano à imagem é delimitado no artigo 20 do
Código Civil: Artigo 5º, XXII, CF. É garantido o direito de proprie-
dade.
Artigo 20, CC. Salvo se autorizadas, ou se necessárias
à administração da justiça ou à manutenção da or- A seguir, no inciso XXIII do artigo 5º, CF estabelece o
dem pública, a divulgação de escritos, a transmissão principal fator limitador deste direito:
da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utiliza-
ção da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, Artigo 5º, XXIII, CF. A propriedade atenderá a sua fun-
a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que ção social.
couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. A propriedade, segundo Silva23, “[...] não pode mais
ser considerada como um direito individual nem como
Direito à segurança instituição do direito privado. [...] embora prevista entre
O caput do artigo 5º da Constituição assegura a pro- os direitos individuais, ela não mais poderá ser conside-
teção do direito à segurança. Na qualidade de direito in- rada puro direito individual, relativizando-se seu con-
dividual liga-se à segurança do indivíduo como um todo, ceito e significado, especialmente porque os princípios
desde sua integridade física e mental, até a própria segu- da ordem econômica são preordenados à vista da rea-
rança jurídica. lização de seu fim: assegurar a todos existência digna,
No sentido aqui estudado, o direito à segurança pes- conforme os ditames da justiça social. Se é assim, então
soal é o direito de viver sem medo, protegido pela soli- a propriedade privada, que, ademais, tem que atender a
dariedade e liberto de agressões, logo, é uma maneira de sua função social, fica vinculada à consecução daquele
garantir o direito à vida. princípio”.
Nesta linha, para Silva22, “efetivamente, esse conjun- Com efeito, a proteção da propriedade privada está
to de direitos aparelha situações, proibições, limitações limitada ao atendimento de sua função social, sendo
e procedimentos destinados a assegurar o exercício e o este o requisito que a correlaciona com a proteção da
gozo de algum direito individual fundamental (intimida- dignidade da pessoa humana. A propriedade de bens e
de, liberdade pessoal ou a incolumidade física ou moral)”. valores em geral é um direito assegurado na Constituição
Federal e, como todos os outros, se encontra limitado
Especificamente no que tange à segurança jurídica, pelos demais princípios conforme melhor se atenda à
tem-se o disposto no artigo 5º, XXXVI, CF: dignidade do ser humano.

Artigo 5º, XXXVI, CF. A lei não prejudicará o direito A Constituição Federal delimita o que se entende por
adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada. função social:
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Pelo inciso restam estabelecidos limites à retroativi- Art. 182, caput, CF. A política de desenvolvimento ur-
dade da lei. bano, executada pelo Poder Público municipal, con-
Define o artigo 6º da Lei de Introdução às Normas do forme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo
Direito Brasileiro: ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais
da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
Artigo 6º, LINDB. A Lei em vigor terá efeito imediato
e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito Artigo 182, § 1º, CF. O plano diretor, aprovado pela
adquirido e a coisa julgada. Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais
de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da po-
21 ZANNONI, Eduardo. El daño en la responsabilidad civil. Buenos lítica de desenvolvimento e de expansão urbana.
Aires: Astrea, 1982.
22 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo... 23 SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo.
Op. Cit., p. 437. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2006.

23
Artigo 182, § 2º, CF. A propriedade urbana cumpre Artigo 184, § 1º, CF. As benfeitorias úteis e necessárias
sua função social quando atende às exigências funda- serão indenizadas em dinheiro.
mentais de ordenação da cidade expressas no plano
diretor24. No que tange à desapropriação por necessidade ou
utilidade pública, prevê o artigo 5º, XXIV, CF:
Artigo 186, CF. A função social é cumprida quando a
propriedade rural atende, simultaneamente, segundo Artigo 5º, XXIV, CF. A lei estabelecerá o procedimento
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos para desapropriação por necessidade ou utilidade pú-
seguintes requisitos: blica, ou por interesse social, mediante justa e prévia
I - aproveitamento racional e adequado; indenização em dinheiro, ressalvados os casos previs-
II - utilização adequada dos recursos naturais disponí- tos nesta Constituição.
veis e preservação do meio ambiente;
III - observância das disposições que regulam as rela- Ainda, prevê o artigo 182, § 3º, CF:
ções de trabalho;
IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprie- Artigo 182, §3º, CF. As desapropriações de imóveis ur-
tários e dos trabalhadores. banos serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro.
Desapropriação
No caso de desrespeito à função social da proprieda- Tem-se, ainda o artigo 184, §§ 2º e 3º, CF:
de cabe até mesmo desapropriação do bem, de modo
que pode-se depreender do texto constitucional duas Artigo 184, §2º, CF. O decreto que declarar o imóvel
possibilidades de desapropriação: por desrespeito à fun- como de interesse social, para fins de reforma agrária,
ção social e por necessidade ou utilidade pública. autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
A Constituição Federal prevê a possibilidade de desa-
propriação por desatendimento à função social:
Artigo 184, §3º, CF. Cabe à lei complementar estabele-
cer procedimento contraditório especial, de rito sumá-
Artigo 182, § 4º, CF. É facultado ao Poder Público mu-
rio, para o processo judicial de desapropriação.
nicipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do pro-
A desapropriação por utilidade ou necessidade pú-
prietário do solo urbano não edificado, subutilizado
blica deve se dar mediante prévia e justa indenização em
ou não utilizado, que promova seu adequado aprovei-
dinheiro. O Decreto-lei nº 3.365/1941 a disciplina, delimi-
tamento, sob pena, sucessivamente, de:
tando o procedimento e conceituando utilidade pública,
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial em seu artigo 5º:
urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos Artigo 5º, Decreto-lei n. 3.365/1941. Consideram-se
da dívida pública de emissão previamente aprovada casos de utilidade pública:
pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez a) a segurança nacional;
anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegu- b) a defesa do Estado;
rados o valor real da indenização e os juros legais25. c) o socorro público em caso de calamidade;
d) a salubridade pública;
Artigo 184, CF. Compete à União desapropriar por e) a criação e melhoramento de centros de população,
interesse social, para fins de reforma agrária, o imó- seu abastecimento regular de meios de subsistência;
vel rural que não esteja cumprindo sua função social, f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas
mediante prévia e justa indenização em títulos da minerais, das águas e da energia hidráulica;
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor g) a assistência pública, as obras de higiene e decora-
real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir ção, casas de saúde, clínicas, estações de clima e fon-
do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será tes medicinais;
definida em lei26. h) a exploração ou a conservação dos serviços públi-
24 Instrumento básico de um processo de planejamento municipal cos;
i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou
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para a implantação da política de desenvolvimento urbano, nor-


teando a ação dos agentes públicos e privados (Lei n. 10.257/2001 logradouros públicos; a execução de planos de urba-
- Estatuto da cidade). nização; o parcelamento do solo, com ou sem edifica-
25 Nota-se que antes de se promover a desapropriação de ção, para sua melhor utilização econômica, higiênica
imóvel urbano por desatendimento à função social é neces- ou estética; a construção ou ampliação de distritos
sário tomar duas providências, sucessivas: primeiro, o par- industriais;
celamento ou edificação compulsórios; depois, o estabele- j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;
cimento de imposto sobre a propriedade predial e territorial
urbana progressivo no tempo. Se ambas medidas restarem que a desapropriação por necessidade ou utilidade pública,
ineficazes, parte-se para a desapropriação por desatendi- já que na primeira há violação do ordenamento constitucio-
mento à função social. nal pelo proprietário, mas na segunda não. Por isso, inde-
26 A desapropriação em decorrência do desatendimento da niza-se em títulos da dívida agrária, que na prática não são
função social é indenizada, mas não da mesma maneira tão valorizados quanto o dinheiro.

24
k) a preservação e conservação dos monumentos histó- Como a finalidade da reforma agrária é transformar
ricos e artísticos, isolados ou integrados em conjuntos terras improdutivas e grandes propriedades em atinen-
urbanos ou rurais, bem como as medidas necessárias tes à função social, alguns imóveis rurais não podem ser
a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos mais valiosos abrangidos pela reforma agrária:
ou característicos e, ainda, a proteção de paisagens e
locais particularmente dotados pela natureza; Art. 185, CF. São insuscetíveis de desapropriação para
l) a preservação e a conservação adequada de arqui- fins de reforma agrária:
vos, documentos e outros bens moveis de valor histó-
I - a pequena e média propriedade rural, assim de-
rico ou artístico;
m) a construção de edifícios públicos, monumentos finida em lei, desde que seu proprietário não possua
comemorativos e cemitérios; outra;
n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de II - a propriedade produtiva.
pouso para aeronaves; Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial
o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de na- à propriedade produtiva e fixará normas para o cum-
tureza científica, artística ou literária; primento dos requisitos relativos a sua função social.
p) os demais casos previstos por leis especiais.
Sobre as diretrizes da política agrícola, prevê o artigo
Um grande problema que faz com que processos que 187:
tenham a desapropriação por objeto se estendam é a
indevida valorização do imóvel pelo Poder Público, que Art. 187, CF. A política agrícola será planejada e exe-
geralmente pretende pagar valor muito abaixo do devi- cutada na forma da lei, com a participação efetiva do
do, necessitando o Judiciário intervir em prol da correta
setor de produção, envolvendo produtores e trabalha-
avaliação.
dores rurais, bem como dos setores de comercializa-
Outra questão reside na chamada tredestinação, pela
qual há a destinação de um bem expropriado (desapro- ção, de armazenamento e de transportes, levando em
priação) a finalidade diversa da que se planejou inicial- conta, especialmente:
mente. A tredestinação pode ser lícita ou ilícita. Será ilí- I - os instrumentos creditícios e fiscais;
cita quando resultante de desvio do propósito original; II - os preços compatíveis com os custos de produção e
e será lícita quando a Administração Pública dê ao bem a garantia de comercialização;
finalidade diversa, porém preservando a razão do inte- III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
resse público. IV - a assistência técnica e extensão rural;
V - o seguro agrícola;
Política agrária e reforma agrária VI - o cooperativismo;
Enquanto desdobramento do direito à propriedade VII - a eletrificação rural e irrigação;
imóvel e da função social desta propriedade, tem-se ain- VIII - a habitação para o trabalhador rural.
da o artigo 5º, XXVI, CF:
§ 1º Incluem-se no planejamento agrícola as ativida-
des agroindustriais, agropecuárias, pesqueiras e flo-
Artigo 5º, XXVI, CF. A pequena propriedade rural, as-
sim definida em lei, desde que trabalhada pela família, restais.
não será objeto de penhora para pagamento de débi- § 2º Serão compatibilizadas as ações de política agrí-
tos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a cola e de reforma agrária.
lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.
As terras devolutas e públicas serão destinadas con-
Assim, se uma pessoa é mais humilde e tem uma pe- forme a política agrícola e o plano nacional de reforma
quena propriedade será assegurado que permaneça com agrária (artigo 188, caput, CF). Neste sentido, “a alienação
ela e a torne mais produtiva. ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com
A preservação da pequena propriedade em detri- área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa
mento dos grandes latifúndios improdutivos é uma das física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, de-
diretrizes-guias da regulamentação da política agrária penderá de prévia aprovação do Congresso Nacional”,
brasileira, que tem como principal escopo a realização da salvo no caso de alienações ou concessões de terras pú-
reforma agrária.
blicas para fins de reforma agrária (artigo 188, §§ 1º e 2º,
CF).
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Parte da questão financeira atinente à reforma agrária


se encontra prevista no artigo 184, §§ 4º e 5º, CF: Os que forem favorecidos pela reforma agrária (ho-
mens, mulheres, ambos, qualquer estado civil) não po-
Artigo 184, §4º, CF. O orçamento fixará anualmente o derão negociar seus títulos pelo prazo de 10 anos (artigo
volume total de títulos da dívida agrária, assim como 189, CF).
o montante de recursos para atender ao programa de Consta, ainda, que “a lei regulará e limitará a aquisi-
reforma agrária no exercício. ção ou o arrendamento de propriedade rural por pessoa
física ou jurídica estrangeira e estabelecerá os casos que
Artigo 184, §5º, CF. São isentas de impostos federais, dependerão de autorização do Congresso Nacional” (ar-
estaduais e municipais as operações de transferência tigo 190, CF).
de imóveis desapropriados para fins de reforma agrá-
ria.

25
Usucapião e) Nenhum outro imóvel, nem urbano, nem rural, no
Usucapião é o modo originário de aquisição da pro- Brasil. O usucapiente não prova isso, apenas alega.
priedade que decorre da posse prolongada por um lon- Se alguém não quiser a usucapião, prova o contrá-
go tempo, preenchidos outros requisitos legais. Em ou- rio. Este requisito é verificado no momento em que
tras palavras, usucapião é uma situação em que alguém completa 5 anos.
tem a posse de um bem por um tempo longo, sem ser
incomodado, a ponto de se tornar proprietário. Em relação à previsão da usucapião especial rural,
A Constituição regulamenta o acesso à propriedade destaca-se o artigo 191, CF:
mediante posse prolongada no tempo – usucapião – em
casos específicos, denominados usucapião especial ur- Art. 191, CF. Aquele que, não sendo proprietário de
bana e usucapião especial rural. imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco
anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em
O artigo 183 da Constituição regulamenta a usuca- zona rural, não superior a cinquenta hectares, tornan-
pião especial urbana: do-a produtiva por seu trabalho ou de sua família,
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.
Art. 183, CF. Aquele que possuir como sua área urbana Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adqui-
de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por ridos por usucapião.
cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utili-
zando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir- Além dos requisitos gerais (animus e posse que seja
-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de pública, pacífica, ininterrupta e contínua), são exigidos os
outro imóvel urbano ou rural. seguintes requisitos específicos:
§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão
a) Imóvel rural
conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, inde-
b) 50 hectares, no máximo – há também legislação
pendentemente do estado civil.
que estabelece um limite mínimo, o módulo ru-
§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo pos-
ral (Estatuto da Terra). É possível usucapir áreas
suidor mais de uma vez.
menores que o módulo rural? Tem prevalecido o
§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por
entendimento de que pode, mas é assunto muito
usucapião.
controverso.
c) 5 anos – pode ser considerado o prazo antes 05 de
Além dos requisitos gerais (animus e posse que seja outubro de 1988 (Constituição Federal)? Depende.
pública, pacífica, ininterrupta e contínua), são exigidos os Se a área é de até 25 hectares sim, pois já havia
seguintes requisitos específicos: tal possibilidade antes da CF/88. Se área for maior
(entre 25 ha e 50 ha) não.
a) Área urbana – há controvérsia. Pela teoria da loca- d) Moradia sua ou de sua família – a pessoa deve mo-
lização, área urbana é a que está dentro do perí- rar na área rural.
metro urbano. Pela teoria da destinação, mais im- e) Nenhum outro imóvel.
portante que a localização é a sua utilização. Ex.: f) O usucapiente, com seu trabalho, deve ter tornado
se tem fins agrícolas/pecuários e estiver dentro a área produtiva. Por isso, é chamado de usucapião
do perímetro urbana, o imóvel é rural. Para fins de “pro labore”. Dependerá do caso concreto.
usucapião a maioria diz que prevalece a teoria da
localização. Uso temporário
b) Imóveis até 250 m² – Pode dentro de uma posse No mais, estabelece-se uma terceira limitação ao di-
maior isolar área de 250m² e ingressar com a ação? reito de propriedade que não possui o caráter definitivo
A jurisprudência é pacífica que a posse desde o iní- da desapropriação, mas é temporária, conforme artigo
cio deve ficar restrita a 250m². Predomina também 5º, XXV, CF:
que o terreno deve ter 250m², não a área constru-
ída (a área de um sobrado, por exemplo, pode ser Artigo 5º, XXV, CF. No caso de iminente perigo público,
maior que a de um terreno). a autoridade competente poderá usar de propriedade
c) 5 anos – houve controvérsia porque a Constitui- particular, assegurada ao proprietário indenização ul-
ção Federal de 1988 que criou esta modalidade.
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terior, se houver dano.


E se antes de 05 de outubro de 1988 uma pessoa
tivesse há 4 anos dentro do limite da usucapião Se uma pessoa tem uma propriedade, numa situação
urbana? Predominou que só corria o prazo a partir de perigo, o poder público pode se utilizar dela (ex: mon-
da criação do instituto, não só porque antes não tar uma base para capturar um fugitivo), pois o interesse
existia e o prazo não podia correr, como também da coletividade é maior que o do indivíduo proprietário.
não se poderia prejudicar o proprietário.
d) Moradia sua ou de sua família – não basta ter pos- Direito sucessório
se, é preciso que a pessoa more, sozinha ou com O direito sucessório aparece como uma faceta do di-
sua família, ao longo de todo o prazo (não só no reito à propriedade, encontrando disciplina constitucio-
início ou no final). Logo, não cabe acessio temporis nal no artigo 5º, XXX e XXXI, CF:
por cessão da posse.

26
Artigo 5º, XXX, CF. É garantido o direito de herança; a) a proteção às participações individuais em obras
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas,
Artigo 5º, XXXI, CF. A sucessão de bens de estrangeiros inclusive nas atividades desportivas;
situados no País será regulada pela lei brasileira em b) o direito de fiscalização do aproveitamento econô-
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre mico das obras que criarem ou de que participarem
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de aos criadores, aos intérpretes e às respectivas repre-
cujus. sentações sindicais e associativas;

O direito à herança envolve o direito de receber – seja Artigo 5º, XXIX, CF. A lei assegurará aos autores de
devido a uma previsão legal, seja por testamento – bens inventos industriais privilégio temporário para sua
de uma pessoa que faleceu. Assim, o patrimônio passa utilização, bem como proteção às criações industriais,
para outra pessoa, conforme a vontade do falecido e/ou à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e
a lei determine. A Constituição estabelece uma disciplina a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse
específica para bens de estrangeiros situados no Brasil, social e o desenvolvimento tecnológico e econômico
assegurando que eles sejam repassados ao cônjuge e fi- do País.
lhos brasileiros nos termos da lei mais benéfica (do Brasil
ou do país estrangeiro). Assim, a propriedade possui uma vertente intelec-
tual que deve ser respeitada, tanto sob o aspecto moral
Direito do consumidor quanto sob o patrimonial. No âmbito infraconstitucional
Nos termos do artigo 5º, XXXII, CF: brasileiro, a Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998, re-
gulamenta os direitos autorais, isto é, “os direitos de au-
Artigo 5º, XXXII, CF. O Estado promoverá, na forma da tor e os que lhes são conexos”.
lei, a defesa do consumidor. O artigo 7° do referido diploma considera como
obras intelectuais que merecem a proteção do direito do
O direito do consumidor liga-se ao direito à proprie- autor os textos de obras de natureza literária, artística ou
dade a partir do momento em que garante à pessoa que científica; as conferências, sermões e obras semelhantes;
irá adquirir bens e serviços que estes sejam entregues e as obras cinematográficas e televisivas; as composições
prestados da forma adequada, impedindo que o forne- musicais; fotografias; ilustrações; programas de compu-
cedor se enriqueça ilicitamente, se aproveite de maneira tador; coletâneas e enciclopédias; entre outras.
indevida da posição menos favorável e de vulnerabilida- Os direitos morais do autor, que são imprescritíveis,
de técnica do consumidor. inalienáveis e irrenunciáveis, envolvem, basicamente, o
O Direito do Consumidor pode ser considerado um direito de reivindicar a autoria da obra, ter seu nome di-
ramo recente do Direito. No Brasil, a legislação que o re- vulgado na utilização desta, assegurar a integridade des-
gulamentou foi promulgada nos anos 90, qual seja a Lei ta ou modificá-la e retirá-la de circulação se esta passar a
nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, conforme deter- afrontar sua honra ou imagem.
minado pela Constituição Federal de 1988, que também Já os direitos patrimoniais do autor, nos termos dos
estabeleceu no artigo 48 do Ato das Disposições Consti- artigos 41 a 44 da Lei nº 9.610/98, prescrevem em 70
tucionais Transitórias: anos contados do primeiro ano seguinte à sua morte ou
do falecimento do último coautor, ou contados do pri-
Artigo 48, ADCT. O Congresso Nacional, dentro de meiro ano seguinte à divulgação da obra se esta for de
cento e vinte dias da promulgação da Constituição,
natureza audiovisual ou fotográfica. Estes, por sua vez,
elaborará código de defesa do consumidor.
abrangem, basicamente, o direito de dispor sobre a re-
produção, edição, adaptação, tradução, utilização, inclu-
A elaboração do Código de Defesa do Consumidor
são em bases de dados ou qualquer outra modalidade
foi um grande passo para a proteção da pessoa nas re-
de utilização; sendo que estas modalidades de utilização
lações de consumo que estabeleça, respeitando-se a
podem se dar a título oneroso ou gratuito.
condição de hipossuficiente técnico daquele que adquire
“Os direitos autorais, também conhecidos como co-
um bem ou faz uso de determinado serviço, enquanto
pyright (direito de cópia), são considerados bens móveis,
consumidor.
podendo ser alienados, doados, cedidos ou locados. Res-
salte-se que a permissão a terceiros de utilização de cria-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Propriedade intelectual
Além da propriedade material, o constituinte protege ções artísticas é direito do autor. [...] A proteção consti-
também a propriedade intelectual, notadamente no arti- tucional abrange o plágio e a contrafação. Enquanto que
go 5º, XXVII, XXVIII e XXIX, CF: o primeiro caracteriza-se pela difusão de obra criada ou
produzida por terceiros, como se fosse própria, a segun-
Artigo 5º, XXVII, CF. Aos autores pertence o direito da configura a reprodução de obra alheia sem a necessá-
exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de ria permissão do autor”27.
suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo
que a lei fixar;
27 MORAES, Alexandre de. Direitos humanos fundamentais: teoria
Artigo 5º, XXVIII, CF. São assegurados, nos termos da geral, comentários aos artigos 1º a 5º da Constituição da Repúbli-
ca Federativa do Brasil, doutrina e jurisprudência. São Paulo: Atlas,
lei:
1997.

27
Direitos de acesso à justiça tes na vida em sociedade. Sempre que uma controvérsia
A formação de um conceito sistemático de acesso for levada ao Poder Judiciário, preenchidos os requisi-
à justiça se dá com a teoria de Cappelletti e Garth, que tos de admissibilidade, ela será resolvida, independen-
apontaram três ondas de acesso, isto é, três posiciona- temente de haver ou não previsão específica a respeito
mentos básicos para a realização efetiva de tal acesso. na legislação.
Tais ondas foram percebidas paulatinamente com a evo- Também se liga à primeira onda de acesso à justiça,
lução do Direito moderno conforme implementadas as no que tange à abertura do Judiciário mesmo aos menos
bases da onda anterior, quer dizer, ficou evidente aos favorecidos economicamente, o artigo 5º, LXXIV, CF:
autores a emergência de uma nova onda quando supe-
rada a afirmação das premissas da onda anterior, restan- Artigo 5º, LXXIV, CF. O Estado prestará assistência ju-
do parcialmente implementada (visto que até hoje en- rídica integral e gratuita aos que comprovarem insufi-
frentam-se obstáculos ao pleno atendimento em todas ciência de recursos.
as ondas).
Primeiro, Cappelletti e Garth28 entendem que surgiu O constituinte, ciente de que não basta garantir o
uma onda de concessão de assistência judiciária aos acesso ao Poder Judiciário, sendo também necessária a
pobres, partindo-se da prestação sem interesse de re- efetividade processual, incluiu pela Emenda Constitucio-
muneração por parte dos advogados e, ao final, levando nal nº 45/2004 o inciso LXXVIII ao artigo 5º da Consti-
à criação de um aparato estrutural para a prestação da tuição:
assistência pelo Estado.
Em segundo lugar, no entender de Cappelletti e Artigo 5º, LXXVIII, CF. A todos, no âmbito judicial e
Garth29, veio a onda de superação do problema na re- administrativo, são assegurados a razoável duração
presentação dos interesses difusos, saindo da concepção do processo e os meios que garantam a celeridade de
tradicional de processo como algo restrito a apenas duas sua tramitação.
partes individualizadas e ocasionando o surgimento de
novas instituições, como o Ministério Público. Com o tempo se percebeu que não bastava garantir
Finalmente, Cappelletti e Garth30 apontam uma ter- o acesso à justiça se este não fosse célere e eficaz. Não
ceira onda consistente no surgimento de uma concepção significa que se deve acelerar o processo em detrimento
mais ampla de acesso à justiça, considerando o conjunto de direitos e garantias assegurados em lei, mas sim que
de instituições, mecanismos, pessoas e procedimentos é preciso proporcionar um trâmite que dure nem mais e
utilizados: “[...] esse enfoque encoraja a exploração de nem menos que o necessário para a efetiva realização da
uma ampla variedade de reformas, incluindo alterações justiça no caso concreto.
nas formas de procedimento, mudanças na estrutura dos
tribunais ou a criação de novos tribunais, o uso de pes- Direitos constitucionais-penais
soas leigas ou paraprofissionais, tanto como juízes quan-
to como defensores, modificações no direito substantivo Juiz natural e vedação ao juízo ou tribunal de ex-
destinadas a evitar litígios ou facilitar sua solução e a uti- ceção
lização de mecanismos privados ou informais de solução
dos litígios. Esse enfoque, em suma, não receia inovações Quando o artigo 5º, LIII, CF menciona:
radicais e compreensivas, que vão muito além da esfera
de representação judicial”. Artigo 5º, LIII, CF. Ninguém será processado nem sen-
Assim, dentro da noção de acesso à justiça, diversos tenciado senão pela autoridade competente”, conso-
aspectos podem ser destacados: de um lado, deve criar- lida o princípio do juiz natural que assegura a toda
-se o Poder Judiciário e se disponibilizar meios para que pessoa o direito de conhecer previamente daquele que
todas as pessoas possam buscá-lo; de outro lado, não a julgará no processo em que seja parte, revestindo tal
basta garantir meios de acesso se estes forem insuficien- juízo em jurisdição competente para a matéria especí-
tes, já que para que exista o verdadeiro acesso à justiça é fica do caso antes mesmo do fato ocorrer.
necessário que se aplique o direito material de maneira
justa e célere. Por sua vez, um desdobramento deste princípio en-
Relacionando-se à primeira onda de acesso à justiça, contra-se no artigo 5º, XXXVII, CF:
prevê a Constituição em seu artigo 5º, XXXV:
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Artigo 5º, XXXVII, CF. Não haverá juízo ou tribunal de


Artigo 5º, XXXV, CF. A lei não excluirá da apreciação exceção.
do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Juízo ou Tribunal de Exceção é aquele especialmente
O princípio da inafastabilidade da jurisdição é o prin- criado para uma situação pretérita, bem como não reco-
cípio de Direito Processual Público subjetivo, também nhecido como legítimo pela Constituição do país.
cunhado como Princípio da Ação, em que a Constituição
garante a necessária tutela estatal aos conflitos ocorren- Tribunal do júri
28 CAPPELLETTI, Mauro; GARTH, Bryant. Acesso à Justiça. Tradução
Ellen Grace Northfleet. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, A respeito da competência do Tribunal do júri, prevê
1998, p. 31-32. o artigo 5º, XXXVIII, CF:
29 Ibid., p. 49-52
30 Ibid., p. 67-73

28
Artigo 5º, XXXVIII. É reconhecida a instituição do júri, nuindo a pena ou alterando o regime de cumprimento,
com a organização que lhe der a lei, assegurados: notadamente), ela será aplicada. Restam consagrados
a) a plenitude de defesa; tanto o princípio da irretroatividade da lei penal in pejus
b) o sigilo das votações; quanto o da retroatividade da lei penal mais benéfica.
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolo- Menções específicas a crimes
sos contra a vida. O artigo 5º, XLI, CF estabelece:

O Tribunal do Júri é formado por pessoas do povo, Artigo 5º, XLI, CF. A lei punirá qualquer discriminação
que julgam os seus pares. Entende-se ser direito fun- atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.
damental o de ser julgado por seus iguais, membros da
sociedade e não magistrados, no caso de determinados Sendo assim confere fórmula genérica que remete
crimes que por sua natureza possuem fortes fatores de ao princípio da igualdade numa concepção ampla, razão
influência emocional.
pela qual práticas discriminatórias não podem ser acei-
Plenitude da defesa envolve tanto a autodefesa quan-
tas. No entanto, o constituinte entendeu por bem prever
to a defesa técnica e deve ser mais ampla que a denomi-
tratamento específico a certas práticas criminosas.
nada ampla defesa assegurada em todos os procedimen-
tos judiciais e administrativos.
Sigilo das votações envolve a realização de votações Neste sentido, prevê o artigo 5º, XLII, CF:
secretas, preservando a liberdade de voto dos que com-
põem o conselho que irá julgar o ato praticado. Artigo 5º, XLII, CF. A prática do racismo constitui crime
A decisão tomada pelo conselho é soberana. Contu- inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclu-
do, a soberania dos veredictos veda a alteração das deci- são, nos termos da lei.
sões dos jurados, não a recorribilidade dos julgamentos
do Tribunal do Júri para que seja procedido novo julga- A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989 define os cri-
mento uma vez cassada a decisão recorrida, haja vista mes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Contra
preservar o ordenamento jurídico pelo princípio do du- eles não cabe fiança (pagamento de valor para deixar a
plo grau de jurisdição. prisão provisória) e não se aplica o instituto da prescrição
Por fim, a competência para julgamento é dos crimes (perda de pretensão de se processar/punir uma pessoa
dolosos (em que há intenção ou ao menos se assume o pelo decurso do tempo).
risco de produção do resultado) contra a vida, que são:
homicídio, aborto, induzimento, instigação ou auxílio a Não obstante, preconiza ao artigo 5º, XLIII, CF:
suicídio e infanticídio. Sua competência não é absoluta e
é mitigada, por vezes, pela própria Constituição (artigos Artigo 5º, XLIII, CF. A lei considerará crimes inafian-
29, X / 102, I, b) e c) / 105, I, a) / 108, I). çáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
Anterioridade e irretroatividade da lei afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion-
O artigo 5º, XXXIX, CF preconiza: dos, por eles respondendo os mandantes, os executo-
res e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
Artigo5º, XXXIX, CF. Não há crime sem lei anterior que
o defina, nem pena sem prévia cominação legal. Anistia, graça e indulto diferenciam-se nos seguintes
termos: a anistia exclui o crime, rescinde a condenação e
É a consagração da regra do nullum crimen nulla
extingue totalmente a punibilidade, a graça e o indulto
poena sine praevia lege. Simultaneamente, se assegura o
apenas extinguem a punibilidade, podendo ser parciais;
princípio da legalidade (ou reserva legal), na medida em
a anistia, em regra, atinge crimes políticos, a graça e o in-
que não há crime sem lei que o defina, nem pena sem
dulto, crimes comuns; a anistia pode ser concedida pelo
prévia cominação legal, e o princípio da anterioridade,
posto que não há crime sem lei anterior que o defina. Poder Legislativo, a graça e o indulto são de competên-
cia exclusiva do Presidente da República; a anistia pode
Ainda no que tange ao princípio da anterioridade, ser concedida antes da sentença final ou depois da con-
denação irrecorrível, a graça e o indulto pressupõem o
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tem-se o artigo 5º, XL, CF:


trânsito em julgado da sentença condenatória; graça e o
Artigo 5º, XL, CF. A lei penal não retroagirá, salvo para indulto apenas extinguem a punibilidade, persistindo os
beneficiar o réu. efeitos do crime, apagados na anistia; graça é em regra
individual e solicitada, enquanto o indulto é coletivo e
O dispositivo consolida outra faceta do princípio da espontâneo.
anterioridade: se, por um lado, é necessário que a lei te- Não cabe graça, anistia ou indulto (pode-se consi-
nha definido um fato como crime e dado certo tratamen- derar que o artigo o abrange, pela doutrina majoritá-
to penal a este fato (ex.: pena de detenção ou reclusão, ria) contra crimes de tortura, tráfico, terrorismo (TTT) e
tempo de pena, etc.) antes que ele ocorra; por outro lado, hediondos (previstos na Lei nº 8.072 de 25 de julho de
se vier uma lei posterior ao fato que o exclua do rol de 1990). Além disso, são crimes que não aceitam fiança.
crimes ou que confira tratamento mais benéfico (dimi-

29
Ainda, prevê o artigo 5º, XLIV, CF: A pena privativa de liberdade é aquela que restringe,
com maior ou menor intensidade, a liberdade do conde-
Artigo 5º, XLIV, CF. Constitui crime inafiançável e im- nado, consistente em permanecer em algum estabeleci-
prescritível a ação de grupos armados, civis ou milita- mento prisional, por um determinado tempo.
res, contra a ordem constitucional e o Estado Demo- A pena de multa ou patrimonial opera uma diminui-
crático. ção do patrimônio do indivíduo delituoso.
A prestação social alternativa corresponde às penas
Por fim, dispõe a CF sobre a possibilidade de extradi- restritivas de direitos, autônomas e substitutivas das pe-
ção de brasileiro naturalizado caso esteja envolvido com nas privativas de liberdade, estabelecidas no artigo 44 do
tráfico ilícito de entorpecentes: Código Penal.
Por seu turno, a individualização da pena deve tam-
Artigo 5º, LI, CF. Nenhum brasileiro será extraditado, bém se fazer presente na fase de sua execução, conforme
salvo o naturalizado, em caso de crime comum, pra-
se depreende do artigo 5º, XLVIII, CF:
ticado antes da naturalização, ou de comprovado en-
volvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas
Artigo 5º, XLVIII, CF. A pena será cumprida em esta-
afins, na forma da lei.
belecimentos distintos, de acordo com a natureza do
Personalidade da pena delito, a idade e o sexo do apenado.
A personalidade da pena encontra respaldo no artigo
5º, XLV, CF: A distinção do estabelecimento conforme a natureza
do delito visa impedir que a prisão se torne uma faculda-
Artigo 5º, XLV, CF. Nenhuma pena passará da pes- de do crime. Infelizmente, o Estado não possui aparato
soa do condenado, podendo a obrigação de reparar suficiente para cumprir tal diretiva, diferenciando, no má-
o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos ximo, o nível de segurança das prisões. Quanto à idade,
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles destacam-se as Fundações Casas, para cumprimento de
executadas, até o limite do valor do patrimônio trans- medida por menores infratores. Quanto ao sexo, prisões
ferido. costumam ser exclusivamente para homens ou para mu-
lheres.
O princípio da personalidade encerra o comando de Também se denota o respeito à individualização da
o crime ser imputado somente ao seu autor, que é, por pena nesta faceta pelo artigo 5º, L, CF:
seu turno, a única pessoa passível de sofrer a sanção.
Seria flagrante a injustiça se fosse possível alguém res- Artigo 5º, L, CF. Às presidiárias serão asseguradas con-
ponder pelos atos ilícitos de outrem: caso contrário, a dições para que possam permanecer com seus filhos
reação, ao invés de restringir-se ao malfeitor, alcançaria durante o período de amamentação.
inocentes. Contudo, se uma pessoa deixou patrimônio e
faleceu, este patrimônio responderá pelas repercussões Preserva-se a individualização da pena porque é to-
financeiras do ilícito. mada a condição peculiar da presa que possui filho no
período de amamentação, mas também se preserva a
Individualização da pena dignidade da criança, não a afastando do seio materno
de maneira precária e impedindo a formação de vínculo
A individualização da pena tem por finalidade con- pela amamentação.
cretizar o princípio de que a responsabilização penal é
sempre pessoal, devendo assim ser aplicada conforme as
Vedação de determinadas penas
peculiaridades do agente.
O constituinte viu por bem proibir algumas espécies
de penas, consoante ao artigo 5º, XLVII, CF:
A primeira menção à individualização da pena se en-
contra no artigo 5º, XLVI, CF:
Artigo 5º, XLVII, CF. não haverá penas:
Artigo 5º, XLVI, CF. A lei regulará a individualização a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos
da pena e adotará, entre outras, as seguintes: termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
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a) privação ou restrição da liberdade;


b) perda de bens; c) de trabalhos forçados;
c) multa; d) de banimento;
d) prestação social alternativa; e) cruéis.
e) suspensão ou interdição de direitos.
Em resumo, o inciso consolida o princípio da humani-
Pelo princípio da individualização da pena, a pena dade, pelo qual o “poder punitivo estatal não pode apli-
deve ser individualizada nos planos legislativo, judiciário car sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana
e executório, evitando-se a padronização a sanção penal. ou que lesionem a constituição físico-psíquica dos con-
A individualização da pena significa adaptar a pena ao denados”31 .
condenado, consideradas as características do agente e
31 BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal. 16. ed.
do delito.
São Paulo: Saraiva, 2011. v. 1.

30
Quanto à questão da pena de morte, percebe-se que Pelo princípio do devido processo legal a legislação
o constituinte não estabeleceu uma total vedação, au- deve ser respeitada quando o Estado pretender punir al-
torizando-a nos casos de guerra declarada. Obviamente, guém judicialmente. Logo, o procedimento deve ser livre
deve-se respeitar o princípio da anterioridade da lei, ou de vícios e seguir estritamente a legislação vigente, sob
seja, a legislação deve prever a pena de morte ao fato pena de nulidade processual.
antes dele ser praticado. No ordenamento brasileiro, este Surgem como corolário do devido processo legal o
papel é cumprido pelo Código Penal Militar (Decreto-Lei contraditório e a ampla defesa, pois somente um pro-
nº 1.001/1969), que prevê a pena de morte a ser execu- cedimento que os garanta estará livre dos vícios. Neste
tada por fuzilamento nos casos tipificados em seu Livro sentido, o artigo 5º, LV, CF:
II, que aborda os crimes militares em tempo de guerra.
Por sua vez, estão absolutamente vedadas em quais- Artigo 5º, LV, CF. Aos litigantes, em processo judicial
quer circunstâncias as penas de caráter perpétuo, de tra- ou administrativo, e aos acusados em geral são asse-
balhos forçados, de banimento e cruéis. gurados o contraditório e ampla defesa, com os meios
No que tange aos trabalhos forçados, vale destacar e recursos a ela inerentes.
que o trabalho obrigatório não é considerado um trata-
mento contrário à dignidade do recluso, embora o tra- O devido processo legal possui a faceta formal, pela
balho forçado o seja. O trabalho é obrigatório, dentro qual se deve seguir o adequado procedimento na apli-
das condições do apenado, não podendo ser cruel ou cação da lei e, sendo assim, respeitar o contraditório e a
menosprezar a capacidade física e intelectual do conde- ampla defesa. Não obstante, o devido processo legal tem
nado; como o trabalho não existe independente da edu- sua faceta material que consiste na tomada de decisões
cação, cabe incentivar o aperfeiçoamento pessoal; até justas, que respeitem os parâmetros da razoabilidade e
mesmo porque o trabalho deve se aproximar da realida- da proporcionalidade.
de do mundo externo, será remunerado; além disso, con-
dições de dignidade e segurança do trabalhador, como Vedação de provas ilícitas
Conforme o artigo 5º, LVI, CF:
descanso semanal e equipamentos de proteção, deverão
ser respeitados.
Artigo 5º, LVI, CF. São inadmissíveis, no processo, as
provas obtidas por meios ilícitos.
Respeito à integridade do preso
Prevê o artigo 5º, XLIX, CF:
Provas ilícitas, por força da nova redação dada ao ar-
tigo 157 do CPP, são as obtidas em violação a normas
Artigo 5º, XLIX, CF. É assegurado aos presos o respeito
constitucionais ou legai, ou seja, prova ilícita é a que vio-
à integridade física e moral.
la regra de direito material, constitucional ou legal, no
momento da sua obtenção. São vedadas porque não se
Obviamente, o desrespeito à integridade física e mo- pode aceitar o descumprimento do ordenamento para
ral do preso é uma violação do princípio da dignidade da fazê-lo cumprir: seria paradoxal.
pessoa humana.
Dois tipos de tratamentos que violam esta integrida- Presunção de inocência
de estão mencionados no próprio artigo 5º da Constitui- Prevê a Constituição no artigo 5º, LVII:
ção Federal. Em primeiro lugar, tem-se a vedação da tor-
tura e de tratamentos desumanos e degradantes (artigo Artigo 5º, LVII, CF. Ninguém será considerado culpado
5º, III, CF), o que vale na execução da pena. até o trânsito em julgado de sentença penal conde-
natória.
No mais, prevê o artigo 5º, LVIII, CF:
Consolida-se o princípio da presunção de inocência,
Artigo 5º, LVIII, CF. O civilmente identificado não será pelo qual uma pessoa não é culpada até que, em de-
submetido a identificação criminal, salvo nas hipóte- finitivo, o Judiciário assim decida, respeitados todos os
ses previstas em lei. princípios e garantias constitucionais.

Se uma pessoa possui identificação civil, não há por- Ação penal privada subsidiária da pública
que fazer identificação criminal, colhendo digitais, fotos,
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Nos termos do artigo 5º, LIX, CF:


etc. Pensa-se que seria uma situação constrangedora
desnecessária ao suspeito, sendo assim, violaria a inte- Artigo 5º, LIX, CF. Será admitida ação privada nos
gridade moral. crimes de ação pública, se esta não for intentada no
prazo legal.
Devido processo legal, contraditório e ampla de-
fesa A chamada ação penal privada subsidiária da públi-
Estabelece o artigo 5º, LIV, CF: ca encontra respaldo constitucional, assegurando que a
omissão do poder público na atividade de persecução
Artigo 5º, LIV, CF. Ninguém será privado da liberdade criminal não será ignorada, fornecendo-se instrumento
ou de seus bens sem o devido processo legal. para que o interessado a proponha.

31
Prisão e liberdade Artigo 5º, LXVI, CF. Ninguém será levado à prisão ou
O constituinte confere espaço bastante extenso no nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provi-
artigo 5º em relação ao tratamento da prisão, notada- sória, com ou sem fiança.
mente por se tratar de ato que vai contra o direito à liber-
dade. Obviamente, a prisão não é vedada em todos os Mesmo que a pessoa seja presa em flagrante, devido
casos, porque práticas atentatórias a direitos fundamen- ao princípio da presunção de inocência, entende-se que
tais implicam na tipificação penal, autorizando a restrição ela não deve ser mantida presa quando não preencher
da liberdade daquele que assim agiu. os requisitos legais para prisão preventiva ou temporária.

No inciso LXI do artigo 5º, CF, prevê-se: Indenização por erro judiciário
A disciplina sobre direitos decorrentes do erro judi-
Artigo 5º, LXI, CF. Ninguém será preso senão em fla- ciário encontra-se no artigo 5º, LXXV, CF:
grante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos Artigo 5º, LXXV, CF. O Estado indenizará o condenado
de transgressão militar ou crime propriamente militar, por erro judiciário, assim como o que ficar preso além
definidos em lei. do tempo fixado na sentença.

Logo, a prisão somente se dará em caso de flagrante Trata-se do erro em que incorre um juiz na apreciação
delito (necessariamente antes do trânsito em julgado), e julgamento de um processo criminal, resultando em
ou em caráter temporário, provisório ou definitivo (as condenação de alguém inocente. Neste caso, o Estado
duas primeiras independente do trânsito em julgado, indenizará. Ele também indenizará uma pessoa que ficar
preenchidos requisitos legais e a última pela irreversibili- presa além do tempo que foi condenada a cumprir.
dade da condenação).
Aborda-se no artigo 5º, LXII o dever de comunicação
4) Direitos fundamentais implícitos
ao juiz e à família ou pessoa indicada pelo preso:
Nos termos do § 2º do artigo 5º da Constituição Fe-
deral:
Artigo 5º, LXII, CF. A prisão de qualquer pessoa e o
local onde se encontre serão comunicados imediata-
Artigo 5º, §2º, CF. Os direitos e garantias expressos
mente ao juiz competente e à família do preso ou à
nesta Constituição não excluem outros decorrentes do
pessoa por ele indicada.
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos trata-
dos internacionais em que a República Federativa do
Não obstante, o preso deverá ser informado de todos
Brasil seja parte.
os seus direitos, inclusive o direito ao silêncio, podendo
entrar em contato com sua família e com um advogado,
conforme artigo 5º, LXIII, CF: Daí se depreende que os direitos ou garantias podem
estar expressos ou implícitos no texto constitucional.
Artigo 5º, LXIII, CF. O preso será informado de seus Sendo assim, o rol enumerado nos incisos do artigo 5º é
direitos, entre os quais o de permanecer calado, sen- apenas exemplificativo, não taxativo.
do-lhe assegurada a assistência da família e de ad-
vogado. 5) Tratados internacionais incorporados ao orde-
namento interno
Estabelece-se no artigo 5º, LXIV, CF: Estabelece o artigo 5º, § 2º, CF que os direitos e ga-
rantias podem decorrer, dentre outras fontes, dos “tra-
Artigo 5º, LXIV, CF. O preso tem direito à identificação tados internacionais em que a República Federativa do
dos responsáveis por sua prisão ou por seu interroga- Brasil seja parte”.
tório policial. Para o tratado internacional ingressar no ordenamen-
to jurídico brasileiro deve ser observado um procedi-
Por isso mesmo, o auto de prisão em flagrante e a mento complexo, que exige o cumprimento de quatro
ata do depoimento do interrogatório são assinados pelas fases: a negociação (bilateral ou multilateral, com pos-
autoridades envolvidas nas práticas destes atos procedi- terior assinatura do Presidente da República), submissão
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mentais. do tratado assinado ao Congresso Nacional (que dará


Ainda, a legislação estabelece inúmeros requisitos referendo por meio do decreto legislativo), ratificação
para que a prisão seja validada, sem os quais cabe rela- do tratado (confirmação da obrigação perante a comu-
xamento, tanto que assim prevê o artigo 5º, LXV, CF: nidade internacional) e a promulgação e publicação do
tratado pelo Poder Executivo32. Notadamente, quando o
Artigo 5º, LXV, CF. A prisão ilegal será imediatamente constituinte menciona os tratados internacionais no §2º
relaxada pela autoridade judiciária. do artigo 5º refere-se àqueles que tenham por fulcro am-
pliar o rol de direitos do artigo 5º, ou seja, tratado inter-
Desta forma, como decorrência lógica, tem-se a pre- nacional de direitos humanos.
visão do artigo 5º, LXVI, CF:
32 VICENTE SOBRINHO, Benedito. Direitos Fundamentais e Prisão
Civil. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 2008.

32
O §1° e o §2° do artigo 5° existiam de maneira ori- Artigo 5º, §4º, CF. O Brasil se submete à jurisdição de
ginária na Constituição Federal, conferindo o caráter de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha ma-
primazia dos direitos humanos, desde logo consagran- nifestado adesão.
do o princípio da primazia dos direitos humanos, como
reconhecido pela doutrina e jurisprudência majoritários O Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional
na época. “O princípio da primazia dos direitos humanos foi promulgado no Brasil pelo Decreto nº 4.388 de 25 de
nas relações internacionais implica em que o Brasil deve setembro de 2002. Ele contém 128 artigos e foi elabo-
incorporar os tratados quanto ao tema ao ordenamento rado em Roma, no dia 17 de julho de 1998, regendo a
interno brasileiro e respeitá-los. Implica, também em que competência e o funcionamento deste Tribunal voltado
as normas voltadas à proteção da dignidade em caráter às pessoas responsáveis por crimes de maior gravidade
universal devem ser aplicadas no Brasil em caráter priori- com repercussão internacional (artigo 1º, ETPI).
tário em relação a outras normas”33. “Ao contrário da Corte Internacional de Justiça, cuja
Regra geral, os tratados internacionais comuns ingres- jurisdição é restrita a Estados, ao Tribunal Penal Interna-
sam com força de lei ordinária no ordenamento jurídico cional compete o processo e julgamento de violações
brasileiro porque somente existe previsão constitucio- contra indivíduos; e, distintamente dos Tribunais de cri-
nal quanto à possibilidade da equiparação às emendas mes de guerra da Iugoslávia e de Ruanda, criados para
constitucionais se o tratado abranger matéria de direitos analisarem crimes cometidos durante esses conflitos, sua
humanos. Antes da emenda alterou o quadro quanto aos jurisdição não está restrita a uma situação específica”34.
tratados de direitos humanos, era o que acontecia, mas Resume Mello35: “a Conferência das Nações Unidas
isso não significa que tais direitos eram menos importan- sobre a criação de uma Corte Criminal Internacional, re-
tes devido ao princípio da primazia e ao reconhecimento unida em Roma, em 1998, aprovou a referida Corte. Ela é
dos direitos implícitos. permanente. Tem sede em Haia. A corte tem personalida-
Por seu turno, com o advento da Emenda Constitu- de internacional. Ela julga: a) crime de genocídio; b) cri-
cional nº 45/04 se introduziu o §3º ao artigo 5º da Cons- me contra a humanidade; c) crime de guerra; d) crime de
tituição Federal, de modo que os tratados internacionais agressão. Para o crime de genocídio usa a definição da
de direitos humanos foram equiparados às emendas convenção de 1948. Como crimes contra a humanidade
constitucionais, desde que houvesse a aprovação do tra- são citados: assassinato, escravidão, prisão violando as
tado em cada Casa do Congresso Nacional e obtivesse a normas internacionais, violação tortura, apartheid, escra-
votação em dois turnos e com três quintos dos votos dos vidão sexual, prostituição forçada, esterilização, etc. São
respectivos membros: crimes de guerra: homicídio internacional, destruição de
bens não justificada pela guerra, deportação, forçar um
Art. 5º, § 3º, CF. Os tratados e convenções internacio- prisioneiro a servir nas forças inimigas, etc.”.
nais sobre direitos humanos que forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 1) Princípios da Administração Pública
três quintos dos votos dos respectivos membros, serão Os valores éticos inerentes ao Estado, os quais permi-
equivalentes às emendas constitucionais. tem que ele consolide o bem comum e garanta a preser-
vação dos interesses da coletividade, se encontram exte-
Logo, a partir da alteração constitucional, os tratados riorizados em princípios e regras. Estes, por sua vez, são
de direitos humanos que ingressarem no ordenamento estabelecidos na Constituição Federal e em legislações
jurídico brasileiro, versando sobre matéria de direitos hu- infraconstitucionais, a exemplo das que serão estudadas
manos, irão passar por um processo de aprovação seme- neste tópico, quais sejam: Decreto n° 1.171/94, Lei n°
lhante ao da emenda constitucional. 8.112/90 e Lei n° 8.429/92.
Contudo, há posicionamentos conflituosos quanto Todas as diretivas de leis específicas sobre a ética no
à possibilidade de considerar como hierarquicamente setor público partem da Constituição Federal, que esta-
constitucional os tratados internacionais de direitos hu- belece alguns princípios fundamentais para a ética no se-
manos que ingressaram no ordenamento jurídico brasi- tor público. Em outras palavras, é o texto constitucional
leiro anteriormente ao advento da referida emenda. Tal do artigo 37, especialmente o caput, que permite a com-
discussão se deu com relação à prisão civil do deposi- preensão de boa parte do conteúdo das leis específicas,
tário infiel, prevista como legal na Constituição e ilegal porque possui um caráter amplo ao preconizar os princí-
no Pacto de São José da Costa Rica (tratado de direitos pios fundamentais da administração pública. Estabelece
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humanos aprovado antes da EC nº 45/04), sendo que o a Constituição Federal:


Supremo Tribunal Federal firmou o entendimento pela
supralegalidade do tratado de direitos humanos anterior Artigo 37, CF. A administração pública direta e indi-
à Emenda (estaria numa posição que paralisaria a eficácia reta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
da lei infraconstitucional, mas não revogaria a Constitui- do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos
ção no ponto controverso). princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
6) Tribunal Penal Internacional
Preconiza o artigo 5º, CF em seu § 4º:
34 NEVES, Gustavo Bregalda. Direito Internacional Público & Direito
Internacional Privado. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
33 PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Públi- 35 MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional
co e Privado. Salvador: JusPodivm, 2009. Público. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.

33
São princípios da administração pública, nesta ordem: à noção de bom administrador, que não somente
Legalidade deve ser conhecedor da lei, mas também dos prin-
Impessoalidade cípios éticos regentes da função administrativa.
Moralidade TODO ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE ILEGAL
Publicidade OU AO MENOS IMPESSOAL, daí a intrínseca liga-
Eficiência ção com os dois princípios anteriores.
d) Princípio da publicidade: A administração públi-
Para memorizar: veja que as iniciais das palavras for- ca é obrigada a manter transparência em relação
mam o vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada a todos seus atos e a todas informações armaze-
da Administração Pública. É de fundamental importância nadas nos seus bancos de dados. Daí a publicação
um olhar atento ao significado de cada um destes prin- em órgãos da imprensa e a afixação de portarias.
cípios, posto que eles estruturam todas as regras éticas Por exemplo, a própria expressão concurso público
(art. 37, II, CF) remonta ao ideário de que todos de-
prescritas no Código de Ética e na Lei de Improbidade
vem tomar conhecimento do processo seletivo de
Administrativa, tomando como base os ensinamentos de
servidores do Estado. Diante disso, como será vis-
Carvalho Filho36 e Spitzcovsky37:
to, se negar indevidamente a fornecer informações
ao administrado caracteriza ato de improbidade
a) Princípio da legalidade: Para o particular, legali- administrativa.
dade significa a permissão de fazer tudo o que a lei
não proíbe. Contudo, como a administração públi- No mais, prevê o §1º do artigo 37, CF, evitando que o
ca representa os interesses da coletividade, ela se princípio da publicidade seja deturpado em propaganda
sujeita a uma relação de subordinação, pela qual político-eleitoral:
só poderá fazer o que a lei expressamente deter-
mina (assim, na esfera estatal, é preciso lei ante- Artigo 37, §1º, CF. A publicidade dos atos, programas,
rior editando a matéria para que seja preservado o obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos de-
princípio da legalidade). A origem deste princípio verá ter caráter educativo, informativo ou de orienta-
está na criação do Estado de Direito, no sentido ção social, dela não podendo constar nomes, símbolos
de que o próprio Estado deve respeitar as leis que ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
dita. autoridades ou servidores públicos.
b) Princípio da impessoalidade: Por força dos in-
teresses que representa, a administração pública Somente pela publicidade os indivíduos controlarão
está proibida de promover discriminações gratui- a legalidade e a eficiência dos atos administrativos. Os
tas. Discriminar é tratar alguém de forma diferente instrumentos para proteção são o direito de petição e
dos demais, privilegiando ou prejudicando. Segun- as certidões (art. 5°, XXXIV, CF), além do habeas data e -
do este princípio, a administração pública deve tra- residualmente - do mandado de segurança. Neste viés,
tar igualmente todos aqueles que se encontrem na ainda, prevê o artigo 37, CF em seu §3º:
mesma situação jurídica (princípio da isonomia ou
igualdade). Por exemplo, a licitação reflete a im- Artigo 37, §3º, CF. A lei disciplinará as formas de par-
pessoalidade no que tange à contratação de servi- ticipação do usuário na administração pública direta
ços. O princípio da impessoalidade correlaciona-se e indireta, regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços
ao princípio da finalidade, pelo qual o alvo a ser
públicos em geral, asseguradas a manutenção de ser-
alcançado pela administração pública é somente o
viços de atendimento ao usuário e a avaliação perió-
interesse público. Com efeito, o interesse particular
dica, externa e interna, da qualidade dos serviços;
não pode influenciar no tratamento das pessoas, II - o acesso dos usuários a registros administrativos
já que deve-se buscar somente a preservação do e a informações sobre atos de governo, observado o
interesse coletivo. disposto no art. 5º, X e XXXIII;
c) Princípio da moralidade: A posição deste princí- III - a disciplina da representação contra o exercício
pio no artigo 37 da CF representa o reconhecimen- negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função
to de uma espécie de moralidade administrativa, na administração pública.
intimamente relacionada ao poder público. A ad-
ministração pública não atua como um particular, e) Princípio da eficiência: A administração pública
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de modo que enquanto o descumprimento dos deve manter o ampliar a qualidade de seus servi-
preceitos morais por parte deste particular não é ços com controle de gastos. Isso envolve eficiência
punido pelo Direito (a priori), o ordenamento jurí- ao contratar pessoas (o concurso público selecio-
dico adota tratamento rigoroso do comportamen- na os mais qualificados ao exercício do cargo), ao
to imoral por parte dos representantes do Estado. manter tais pessoas em seus cargos (pois é possí-
O princípio da moralidade deve se fazer presente vel exonerar um servidor público por ineficiência)
não só para com os administrados, mas também e ao controlar gastos (limitando o teto de remu-
no âmbito interno. Está indissociavelmente ligado neração), por exemplo. O núcleo deste princípio
é a procura por produtividade e economicidade.
36 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito adminis- Alcança os serviços públicos e os serviços adminis-
trativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010. trativos internos, se referindo diretamente à con-
37 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São Paulo: duta dos agentes.
Método, 2011.

34
Além destes cinco princípios administrativo-constitu- com respaldo no art. 50 da Lei n. 9.784/98, aponta inclu-
cionais diretamente selecionados pelo constituinte, po- sive a superação de tais discussões doutrinárias, pois o
dem ser apontados como princípios de natureza ética re- referido artigo exige a motivação para todos os atos nele
lacionados à função pública a probidade e a motivação: elencados, compreendendo entre estes, tanto os atos
discricionários quanto os vinculados.
a) Princípio da probidade: um princípio constitucio-
nal incluído dentro dos princípios específicos da 2) Regras mínimas sobre direitos e deveres dos
licitação, é o dever de todo o administrador pú- servidores
blico, o dever de honestidade e fidelidade com o O artigo 37 da Constituição Federal estabelece os
Estado, com a população, no desempenho de suas princípios da administração pública estudados no tópico
funções. Possui contornos mais definidos do que anterior, aos quais estão sujeitos servidores de quaisquer
a moralidade. Diógenes Gasparini38 alerta que al- dos Poderes em qualquer das esferas federativas, e, em
guns autores tratam veem como distintos os prin- seus incisos, regras mínimas sobre o serviço público:
cípios da moralidade e da probidade administrati-
va, mas não há características que permitam tratar
Artigo 37, I, CF. Os cargos, empregos e funções públi-
os mesmos como procedimentos distintos, sendo
cas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
no máximo possível afirmar que a probidade ad-
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos es-
ministrativa é um aspecto particular da moralidade
trangeiros, na forma da lei.
administrativa.
b) Princípio da motivação: É a obrigação conferida
ao administrador de motivar todos os atos que Aprofundando a questão, tem-se o artigo 5º da Lei nº
edita, gerais ou de efeitos concretos. É considera- 8.112/1990, que prevê:
do, entre os demais princípios, um dos mais impor-
tantes, uma vez que sem a motivação não há o de- Artigo 5º, Lei nº 8.112/1990. São requisitos básicos
vido processo legal, uma vez que a fundamentação para investidura em cargo público:
surge como meio interpretativo da decisão que le- I - a nacionalidade brasileira;
vou à prática do ato impugnado, sendo verdadeiro II - o gozo dos direitos políticos;
meio de viabilização do controle da legalidade dos III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
atos da Administração. IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício
do cargo;
Motivar significa mencionar o dispositivo legal apli- V - a idade mínima de dezoito anos;
cável ao caso concreto e relacionar os fatos que concre- VI - aptidão física e mental.
tamente levaram à aplicação daquele dispositivo legal. § 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigên-
Todos os atos administrativos devem ser motivados para cia de outros requisitos estabelecidos em lei. [...]
que o Judiciário possa controlar o mérito do ato admi- § 3º As universidades e instituições de pesquisa cientí-
nistrativo quanto à sua legalidade. Para efetuar esse con- fica e tecnológica federais poderão prover seus cargos
trole, devem ser observados os motivos dos atos admi- com professores, técnicos e cientistas estrangeiros, de
nistrativos. acordo com as normas e os procedimentos desta Lei.
Em relação à necessidade de motivação dos atos ad-
ministrativos vinculados (aqueles em que a lei aponta Destaca-se a exceção ao inciso I do artigo 5° da Lei
um único comportamento possível) e dos atos discricio- nº 8.112/1990 e do inciso I do artigo 37, CF, prevista no
nários (aqueles que a lei, dentro dos limites nela previs- artigo 207 da Constituição, permitindo que estrangeiros
tos, aponta um ou mais comportamentos possíveis, de assumam cargos no ramo da pesquisa, ciência e tecno-
acordo com um juízo de conveniência e oportunidade), a
logia.
doutrina é uníssona na determinação da obrigatoriedade
de motivação com relação aos atos administrativos vin-
Artigo 37, II, CF. A investidura em cargo ou emprego
culados; todavia, diverge quanto à referida necessidade
público depende de aprovação prévia em concurso pú-
quanto aos atos discricionários.
Meirelles39 entende que o ato discricionário, editado blico de provas ou de provas e títulos, de acordo com a
sob os limites da Lei, confere ao administrador uma mar- natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
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gem de liberdade para fazer um juízo de conveniência e


oportunidade, não sendo necessária a motivação. No en- cargo em comissão declarado em lei de livre nomea-
tanto, se houver tal fundamentação, o ato deverá condi- ção e exoneração.
cionar-se a esta, em razão da necessidade de observância
da Teoria dos Motivos Determinantes. O entendimento Preconiza o artigo 10 da Lei nº 8.112/1990:
majoritário da doutrina, porém, é de que, mesmo no ato
discricionário, é necessária a motivação para que se saiba Artigo 10, Lei nº 8.112/90. A nomeação para cargo de
qual o caminho adotado pelo administrador. Gasparini40, carreira ou cargo isolado de provimento efetivo de-
38 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª ed. São Paulo: pende de prévia habilitação em concurso público de
Saraiva, 2004. provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de
39 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São classificação e o prazo de sua validade.
Paulo: Malheiros, 1993.
40 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

35
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso Observa-se o seguinte quadro comparativo41:
e o desenvolvimento do servidor na carreira, median-
te promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as Função de Confiança Cargo em Comissão
diretrizes do sistema de carreira na Administração Pú-
blica Federal e seus regulamentos. Exercidas exclusivamente Qualquer pessoa, obser-
por servidores ocupantes vado o percentual mínimo
No concurso de provas o candidato é avaliado ape- de cargo efetivo. reservado ao servidor de
nas pelo seu desempenho nas provas, ao passo que nos carreira.
concursos de provas e títulos o seu currículo em toda sua Com concurso público, já Sem concurso público,
atividade profissional também é considerado. Cargo em que somente pode exer- ressalvado o percentual
comissão é o cargo de confiança, que não exige concurso cê-la o servidor de cargo mínimo reservado ao ser-
público, sendo exceção à regra geral. efetivo, mas a função em vidor de carreira.
si não prescindível de
Artigo 37, III, CF. O prazo de validade do concurso pú- concurso público.
blico será de até dois anos, prorrogável uma vez, por Somente são conferidas É atribuído posto (lugar)
igual período. atribuições e responsabi- num dos quadros da
lidade Administração Pública,
Artigo 37, IV, CF. Durante o prazo improrrogável pre- conferida atribuições e
visto no edital de convocação, aquele aprovado em responsabilidade àquele
concurso público de provas ou de provas e títulos será que irá ocupá-lo
convocado com prioridade sobre novos concursados Destinam-se apenas às Destinam-se apenas às
para assumir cargo ou emprego, na carreira. atribuições de direção, atribuições de direção,
chefia e assessoramento chefia e assessoramento
Prevê o artigo 12 da Lei nº 8.112/1990:
De livre nomeação e exo- De livre nomeação e exo-
Artigo 12, Lei nº 8.112/1990. O concurso público terá neração no que se refere neração
validade de até 2 (dois) anos, podendo ser prorrogado à função e não em relação
uma única vez, por igual período. ao cargo efetivo.
§1º O prazo de validade do concurso e as condições de
sua realização serão fixados em edital, que será publi- Artigo 37, VI, CF. É garantido ao servidor público civil
cado no Diário Oficial da União e em jornal diário de o direito à livre associação sindical.
grande circulação.
A liberdade de associação é garantida aos servidores
§ 2º Não se abrirá novo concurso enquanto houver
públicos tal como é garantida a todos na condição de
candidato aprovado em concurso anterior com prazo
direito individual e de direito social.
de validade não expirado.
Artigo 37, VII, CF. O direito de greve será exercido nos
O edital delimita questões como valor da taxa de ins-
termos e nos limites definidos em lei específica.
crição, casos de isenção, número de vagas e prazo de
validade. Havendo candidatos aprovados na vigência do
O Supremo Tribunal Federal decidiu que os servidores
prazo do concurso, ele deve ser chamado para assumir
públicos possuem o direito de greve, devendo se aten-
eventual vaga e não ser realizado novo concurso. tar pela preservação da sociedade quando exercê-lo. En-
quanto não for elaborada uma legislação específica para
Destaca-se que o §2º do artigo 37, CF, prevê: os funcionários públicos, deverá ser obedecida a lei geral
de greve para os funcionários privados, qual seja a Lei n°
Artigo 37, §2º, CF. A não-observância do disposto 7.783/89 (Mandado de Injunção nº 20).
nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a pu-
nição da autoridade responsável, nos termos da lei. Artigo 37, VIII, CF. A lei reservará percentual dos car-
gos e empregos públicos para as pessoas portadoras
Com efeito, há tratamento rigoroso da responsabi- de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.
lização daquele que viola as diretrizes mínimas sobre o
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ingresso no serviço público, que em regra se dá por con- Neste sentido, o §2º do artigo 5º da Lei nº 8.112/1990:
curso de provas ou de provas e títulos.
Artigo 5º, Lei nº 8.112/90. Às pessoas portadoras de
Artigo 37, V, CF. As funções de confiança, exercidas ex- deficiência é assegurado o direito de se inscrever em
clusivamente por servidores ocupantes de cargo efeti- concurso público para provimento de cargo cujas atri-
vo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por buições sejam compatíveis com a deficiência de que
servidores de carreira nos casos, condições e percentu- são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até
ais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas no con-
atribuições de direção, chefia e assessoramento. curso.
41 http://direitoemquadrinhos.blogspot.com.br/2011/03/quadro-
-comparativo-funcao-de-confianca.html

36
Prossegue o artigo 37, CF: aspecto de direito social, por estar prevista no artigo 6º,
da Constituição Federal. A segurança do caput, do artigo
Artigo 37, IX, CF. A lei estabelecerá os casos de con- 5º, CF, todavia, se refere à “segurança jurídica”. Já a segu-
tratação por tempo determinado para atender a ne- rança do artigo 6º, CF, se refere à “segurança pública”, a
cessidade temporária de excepcional interesse público. qual encontra disciplinamento no artigo 144, da Consti-
tuição da República.
A Lei nº 8.745/1993 regulamenta este inciso da Cons- Ademais, enquanto a Lei Fundamental pátria precei-
tituição, definindo a natureza da relação estabelecida tua que a educação e a saúde são “direitos de todos e
entre o servidor contratado e a Administração Pública, dever do Estado”, fala, por outro lado, que a segurança
para atender à “necessidade temporária de excepcional pública, antes mesmo de ser direito de todos, é um “de-
interesse público”. ver do Estado”. Com isso, isto é, ao colocar a segurança
“Em se tratando de relação subordinada, isto é, de pública antes de tudo como um dever do Estado, e só
relação que comporta dependência jurídica do servidor depois como um direito do todos, denota o compromis-
perante o Estado, duas opções se ofereciam: ou a rela- so dos agentes estatais em prevenir a desordem, e, con-
ção seria trabalhista, agindo o Estado iure gestionis, sem sequencialmente, evitar a justiça por próprias mãos.
usar das prerrogativas de Poder Público, ou institucional, Neste prumo, no art. 144, caput, da Constituição Fe-
estatutária, preponderando o ius imperii do Estado. Me- deral, se afirma que “a segurança pública, dever do Esta-
lhor dizendo: o sistema preconizado pela Carta Política do, direito e responsabilidade de todos, é exercida para
de 1988 é o do contrato, que tanto pode ser trabalhista a preservação da ordem pública e da incolumidade das
(inserindo-se na esfera do Direito Privado) quanto ad- pessoas e do patrimônio [...]”. Conforme enumera o pró-
ministrativo (situando-se no campo do Direito Público). prio artigo 144, CF em seus incisos, os órgãos responsá-
[...] Uma solução intermediária não deixa, entretanto, de veis pela garantia da segurança pública, compondo sua
ser legítima. Pode-se, com certeza, abonar um sistema estrutura, são: polícia federal; polícia rodoviária federal;
híbrido, eclético, no qual coexistam normas trabalhistas e polícia ferroviária federal; polícias civis; e polícias milita-
estatutárias, pondo-se em contiguidade os vínculos pri- res e corpos de bombeiros militares.
vado e administrativo, no sentido de atender às exigên-
cias do Estado moderno, que procura alcançar os seus Os parágrafos do artigo 144 regulamentam cada um
objetivos com a mesma eficácia dos empreendimentos destes órgãos que devem garantir a segurança pública,
não-governamentais”42. com suas respectivas competências:

Artigo 37, X, CF. A remuneração dos servidores públi- Artigo 144, § 1º, CF. A polícia federal, instituída por lei
cos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente como órgão permanente, organizado e mantido pela
poderão ser fixados ou alterados por lei específica, ob- União e estruturado em carreira, destina-se a:
servada a iniciativa privativa em cada caso, assegura- I - apurar infrações penais contra a ordem política e
da revisão geral anual, sempre na mesma data e sem social ou em detrimento de bens, serviços e interesses
distinção de índices. da União ou de suas entidades autárquicas e empre-
sas públicas, assim como outras infrações cuja prática
Artigo 37, XV, CF. O subsídio e os vencimentos dos tenha repercussão interestadual ou internacional e
ocupantes de cargos e empregos públicos são irredu- exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
tíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I. e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem
prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públi-
Artigo 37, §10, CF. É vedada a percepção simultânea cos nas respectivas áreas de competência;
de proventos de aposentadoria decorrentes do art. III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportu-
40 ou dos arts. 42 e 142 com a remuneração de car- ária e de fronteiras;
go, emprego ou função pública, ressalvados os cargos IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia
acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos judiciária da União.
eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de
livre nomeação e exoneração. Artigo 144, § 2º, CF. A polícia rodoviária federal, órgão
permanente, organizado e mantido pela União e es-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

SEGURANÇA PÚBLICA NA CONSTITUIÇÃO FEDE- truturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao


RAL. patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

A segurança tem um duplo aspecto na Constituição Artigo 144, § 3º, CF. A polícia ferroviária federal, órgão
Federal, a saber, o aspecto de direito e garantia indivi- permanente, organizado e mantido pela União e es-
dual e coletivo, por estar prevista no caput, do artigo 5º, truturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao
da Constituição Federal (ao lado do direito à vida, da li- patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.
berdade, da igualdade, e da propriedade), bem como o
Artigo 144, § 4º, CF. Às polícias civis, dirigidas por de-
42 VOGEL NETO, Gustavo Adolpho. Contratação de servidores para legados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
atender a necessidade temporária de excepcional interesse públi- competência da União, as funções de polícia judiciária
co. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/revista/
e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
Rev_39/Artigos/Art_Gustavo.htm>. Acesso em: 23 dez. 2014.

37
Artigo 144, § 1º, CF. Às polícias militares cabem a po-
lícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos ______. DECRETO-LEI 2.848/40. INSTITUI O
corpos de bombeiros militares, além das atribuições
CÓDIGO PENAL (ART. 2º, 4º, 6º, 14, 18, 23 A
definidas em lei, incumbe a execução de atividades de
28, 100 A 106, 121 A 183, 213 A 234-B, 244 A
defesa civil.
Artigo 144, § 6º, CF. As polícias militares e corpos de 247, 286 A 359)
bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do
Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias
civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito Fede- DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE
ral e dos Territórios”. Sendo que, nos termos do artigo 1940.
42, CF, “os membros das Polícias Militares e Corpos
de Bombeiros Militares, instituições organizadas com Código Penal.
base na hierarquia e disciplina, são militares dos Esta-
dos, do Distrito Federal e dos Territórios. § 1º Aplicam-
Lei penal no tempo
-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei
disposições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art.
posterior deixa de considerar crime, cessando em vir-
142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dis-
tude dela a execução e os efeitos penais da sentença
por sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo
condenatória.   (Redação dada pela Lei nº 7.209, de
as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos
11.7.1984)
governadores. § 2º Aos pensionistas dos militares dos
Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios aplica-se
o que for fixado em lei específica do respectivo ente modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos ante-
estatal. riores, ainda que decididos por sentença condenató-
Artigo 144, § 7º, CF. A lei disciplinará a organização e ria transitada em julgado.  (Redação dada pela Lei nº
o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segu- 7.209, de 11.7.1984)
rança pública, de maneira a garantir a eficiência de
suas atividades. Tempo do crime
Artigo 144, § 8º, CF. Os Municípios poderão consti-
tuir guardas municipais destinadas à proteção de seus Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei. da ação ou omissão, ainda que outro seja o momen-
Artigo 144, § 9º, CF. A remuneração dos servidores po- to do resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de
liciais integrantes dos órgãos relacionados neste arti- 1984)
go será fixada na forma do § 4º do art. 39.
Artigo 144, § 10, CF. A segurança viária, exercida para Lugar do crime (Redação dada pela Lei nº 7.209,
a preservação da ordem pública e da incolumidade de 1984)
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em
de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte,
que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade ur- bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
bana eficiente; e resultado.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 1984)
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Fede- Art. 14 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº
ral e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entida- 7.209, de 11.7.1984)
des executivos e seus agentes de trânsito, estruturados Art. 18 - Diz-se o crime: (Redação dada pela Lei nº
em Carreira, na forma da lei. 7.209, de 11.7.1984)
Exclusão de ilicitude (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o
fato: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - em estado de necessidade; (Incluído pela Lei nº
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

7.209, de 11.7.1984)
II - em legítima defesa;(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exer-
cício regular de direito.(Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Excesso punível (Incluído pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipó-
teses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou
culposo.(Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Estado de necessidade

38
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez
pratica o fato para salvar de perigo atual, que não completa, proveniente de caso fortuito ou força maior,
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente
evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas cir- incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de
cunstâncias, não era razoável exigir-se. (Redação dada determinar-se de acordo com esse entendimento.(Re-
pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) dação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se
tinha o dever legal de enfrentar o perigo. (Redação o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortui-
dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) to ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do da omissão, a plena capacidade de entender o cará-
direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um ter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de esse entendimento.(Redação dada pela Lei nº 7.209,
11.7.1984) de 11.7.1984)

Legítima defesa TÍTULO VII


DA AÇÃO PENAL
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando
moderadamente dos meios necessários, repele injusta Ação pública e de iniciativa privada
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de ou-
trem.(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 100 - A ação penal é pública, salvo quando a lei
expressamente a declara privativa do ofendido.  (Re-
TÍTULO III dação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
DA IMPUTABILIDADE PENAL § 1º - A ação pública é promovida pelo Ministério Pú-
blico, dependendo, quando a lei o exige, de represen-
Inimputáveis tação do ofendido ou de requisição do Ministro da Jus-
tiça.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença § 2º - A ação de iniciativa privada é promovida me-
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou re- diante queixa do ofendido ou de quem tenha quali-
tardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, intei- dade para representá-lo.  (Redação dada pela Lei nº
ramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato 7.209, de 11.7.1984)
ou de determinar-se de acordo com esse entendimen- § 3º - A ação de iniciativa privada pode intentar-se
to. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) nos crimes de ação pública, se o Ministério Público
não oferece denúncia no prazo legal.  (Redação dada
Redução de pena pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º - No caso de morte do ofendido ou de ter sido
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a declarado ausente por decisão judicial, o direito de
dois terços, se o agente, em virtude de perturbação oferecer queixa ou de prosseguir na ação passa ao
de saúde mental ou por desenvolvimento mental in- cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.(Redação
completo ou retardado não era inteiramente capaz de dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se
de acordo com esse entendimento.(Redação dada pela A ação penal no crime complexo
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou
Menores de dezoito anos circunstâncias do tipo legal fatos que, por si mesmos,
constituem crimes, cabe ação pública em relação
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penal- àquele, desde que, em relação a qualquer destes, se
mente inimputáveis, ficando sujeitos às normas esta- deva proceder por iniciativa do Ministério Público.(Re-
belecidas na legislação especial. (Redação dada pela dação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Irretratabilidade da representação
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Emoção e paixão
Art. 102 - A representação será irretratável depois
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: (Reda- de oferecida a denúncia.  (Redação dada pela Lei nº
ção dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 7.209, de 11.7.1984)
I - a emoção ou a paixão; (Redação dada pela Lei nº
7.209, de 11.7.1984) Decadência do direito de queixa ou de represen-
tação
Embriaguez
Art. 103 - Salvo disposição expressa em contrário, o
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ofendido decai do direito de queixa ou de representa-
ou substância de efeitos análogos.(Redação dada pela ção se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) meses,
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) contado do dia em que veio a saber quem é o autor

39
do crime, ou, no caso do § 3º do art. 100 deste Código, II - por motivo futil;
do dia em que se esgota o prazo para oferecimento III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia,
da denúncia.   (Redação dada pela Lei nº 7.209, de tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que
11.7.1984) possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimula-
Renúncia expressa ou tácita do direito de queixa ção ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel
a defesa do ofendido;
Art. 104 - O direito de queixa não pode ser exercido V - para assegurar a execução, a ocultação, a impuni-
quando renunciado expressa ou tacitamente. (Reda-
dade ou vantagem de outro crime:
ção dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Parágrafo único - Importa renúncia tácita ao direito
de queixa a prática de ato incompatível com a vonta- Feminicídio (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
de de exercê-lo; não a implica, todavia, o fato de re- VI - contra a mulher por razões da condição de sexo
ceber o ofendido a indenização do dano causado pelo feminino:(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
crime.  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts.
142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do
Perdão do ofendido sistema prisional e da Força Nacional de Segurança
Pública, no exercício da função ou em decorrência
Art. 105 - O perdão do ofendido, nos crimes em que dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
somente se procede mediante queixa, obsta ao pros- consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condi-
seguimento da ação. (Redação dada pela Lei nº 7.209, ção:  (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
de 11.7.1984) Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Art. 106 - O perdão, no processo ou fora dele, ex- § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo
presso ou tácito:  (Redação dada pela Lei nº 7.209, de feminino quando o crime envolve:(Incluído pela Lei nº
11.7.1984) 13.104, de 2015)
I - se concedido a qualquer dos querelados, a to- I - violência doméstica e familiar;(Incluído pela Lei nº
dos aproveita;   (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 13.104, de 2015)
11.7.1984)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mu-
II - se concedido por um dos ofendidos, não prejudica
lher.(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
o direito dos outros;  (Redação dada pela Lei nº 7.209,
de 11.7.1984)
III - se o querelado o recusa, não produz efeito. (Reda- Homicídio culposo
ção dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 3º Se o homicídio é culposo: (Vide Lei nº 4.611, de
§ 1º - Perdão tácito é o que resulta da prática de ato 1965)
incompatível com a vontade de prosseguir na ação. Pena - detenção, de um a três anos.
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 2º - Não é admissível o perdão depois que passa em Aumento de pena
julgado a sentença condenatória.(Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3
(um terço), se o crime resulta de inobservância de re-
PARTE ESPECIAL gra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente
TÍTULO I deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procu-
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA ra diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para
CAPÍTULO I evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio,
DOS CRIMES CONTRA A VIDA a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é
praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou
Homicídio simples
maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei
nº 10.741, de 2003)
Art. 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos. § 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá
deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da in-
Caso de diminuição de pena fração atingirem o próprio agente de forma tão grave
que a sanção penal se torne desnecessária. (Incluído
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977)
de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio § 6o  A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a me-
de violenta emoção, logo em seguida a injusta pro- tade se o crime for praticado por milícia privada, sob
vocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou
sexto a um terço. por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720,
de 2012)
Homicídio qualificado § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um
terço) até a metade se o crime for praticado:(Incluído
§ 2° Se o homicídio é cometido: pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posterio-
outro motivo torpe; res ao parto;(Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

40
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é prece-
de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de dido de consentimento da gestante ou, quando inca-
doenças degenerativas que acarretem condição limi- paz, de seu representante legal.
tante ou de vulnerabilidade física ou mental;(Redação
dada pela Lei nº 13.771, de 2018) CAPÍTULO II
III - na presença física ou virtual de descendente ou DAS LESÕES CORPORAIS
de ascendente da vítima;(Redação dada pela Lei nº
13.771, de 2018) Lesão corporal
IV - em descumprimento das medidas protetivas de
urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde
22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006.(Incluído de outrem:
pela Lei nº 13.771, de 2018) Pena - detenção, de três meses a um ano.

Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio Lesão corporal de natureza grave

Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou § 1º Se resulta:


prestar-lhe auxílio para que o faça: I - Incapacidade para as ocupações habituais, por
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se mais de trinta dias;
consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da ten- II - perigo de vida;
tativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza III - debilidade permanente de membro, sentido ou
grave. função;
Parágrafo único - A pena é duplicada: IV - aceleração de parto:
Aumento de pena Pena - reclusão, de um a cinco anos.
I - se o crime é praticado por motivo egoístico; § 2° Se resulta:
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qual-
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
quer causa, a capacidade de resistência.
II - enfermidade incuravel;
Infanticídio
III perda ou inutilização do membro, sentido ou fun-
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal,
ção;
o próprio filho, durante o parto ou logo após:
IV - deformidade permanente;
Pena - detenção, de dois a seis anos.
V - aborto:
Aborto provocado pela gestante ou com seu consen-
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
timento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir
que outrem lho provoque:  (Vide ADPF 54) Lesão corporal seguida de morte
Pena - detenção, de um a três anos.
Aborto provocado por terceiro § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da que o agente não quís o resultado, nem assumiu o
gestante: risco de produzí-lo:
Pena - reclusão, de três a dez anos. Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da
gestante:  (Vide ADPF 54) Diminuição de pena
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo
se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alie- de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de
nada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido violenta emoção, logo em seguida a injusta provoca-
mediante fraude, grave ameaça ou violência ção da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto
a um terço.
Forma qualificada
Substituição da pena
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos ante-
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

riores são aumentadas de um terço, se, em conseqüên-


cia do aborto ou dos meios empregados para provocá- substituir a pena de detenção pela de multa, de du-
-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; zentos mil réis a dois contos de réis:
e são duplicadas, se, por qualquer dessascausas, lhe I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo an-
sobrevém a morte. terior;
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médi- II - se as lesões são recíprocas.
co:  (Vide ADPF 54)
Lesão corporal culposa
Aborto necessário
§ 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965)
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

41
Aumento de pena Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto
a um terço se a exposição da vida ou da saúde de
§ 7o  Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se ocorrer outrem a perigo decorre do transporte de pessoas
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do art. 121 deste para a prestação de serviços em estabelecimentos de
Código.(Redação dada pela Lei nº 12.720, de 2012) qualquer natureza, em desacordo com as normas le-
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do gais. (Incluído pela Lei nº 9.777, de 1998)
art. 121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990)
Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de Abandono de incapaz
2004)
§ 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, des- Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuida-
cendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com do, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer
quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevale- motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes
cendo-se o agente das relações domésticas, de coabi- do abandono:
tação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº Pena - detenção, de seis meses a três anos.
11.340, de 2006) § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natu-
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Re- reza grave:
dação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se § 2º - Se resulta a morte:
as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
aumenta-se a pena em 1/3 (um terço). (Incluído pela
Lei nº 10.886, de 2004) Aumento de pena
§ 11. Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será au-
mentada de um terço se o crime for cometido contra § 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se
pessoa portadora de deficiência. (Incluído pela Lei nº de um terço:
11.340, de 2006) I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
§ 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge,
irmão, tutor ou curador da vítima.
agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Fe-
III – se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos (Incluído
deral, integrantes do sistema prisional e da Força Na-
pela Lei nº 10.741, de 2003)
cional de Segurança Pública, no exercício da função
ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, com-
Exposição ou abandono de recém-nascido
panheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,
em razão dessa condição, a pena é aumentada de um
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para
a dois terços.  (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
ocultar desonra própria:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
CAPÍTULO III § 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE grave:
Pena - detenção, de um a três anos.
Perigo de contágio venéreo § 2º - Se resulta a morte:
Pena - detenção, de dois a seis anos.
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexu-
ais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia Omissão de socorro
venérea, de que sabe ou deve saber que está conta-
minado: Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando pos-
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. sível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia: ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao de-
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. samparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir,
§ 2º - Somente se procede mediante representação. nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Perigo de contágio de moléstia grave Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e


Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem triplicada, se resulta a morte.
moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de Condicionamento de atendimento médico-hospi-
produzir o contágio: talar emergencial (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 135-A. Exigir cheque-caução, nota promissória ou
Perigo para a vida ou saúde de outrem qualquer garantia, bem como o preenchimento prévio
de formulários administrativos, como condição para o
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo atendimento médico-hospitalar emergencial: (Incluí-
direto e iminente: do pela Lei nº 12.653, de 2012).
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e
constitui crime mais grave. multa. (Incluído pela Lei nº 12.653, de 2012).

42
Parágrafo único. A pena é aumentada até o dobro se Exceção da verdade
da negativa de atendimento resulta lesão corporal de
natureza grave, e até o triplo se resulta a morte. (In- Parágrafo único - A exceção da verdade somente se
cluído pela Lei nº 12.653, de 2012). admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa
é relativa ao exercício de suas funções.
Maus-tratos
Injúria
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa
sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade
educação, ensino, tratamento ou custódia, quer pri- ou o decoro:
vando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequa- § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
do, quer abusando de meios de correção ou disciplina: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.
diretamente a injúria;
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza
II - no caso de retorsão imediata, que consista em ou-
grave:
tra injúria.
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
§ 2º - Se resulta a morte: § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado,
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é se considerem aviltantes:
praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa,
(Incluído pela Lei nº 8.069, de 1990) além da pena correspondente à violência.
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elemen-
CAPÍTULO IV tos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem
DA RIXA ou a condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência:(Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Rixa Pena - reclusão de um a três anos e multa.(Incluído
pela Lei nº 9.459, de 1997)
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os con-
tendores: Disposições comuns
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou mul-
ta. Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumen-
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal tam-se de um terço, se qualquer dos crimes é come-
de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação tido:
na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. I - contra o Presidente da República, ou contra chefe
de governo estrangeiro;
CAPÍTULO V II - contra funcionário público, em razão de suas fun-
DOS CRIMES CONTRA A HONRA ções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que
Calúnia facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da
injúria.
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamen-
IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou por-
te fato definido como crime:
tadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Inclu-
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
ído pela Lei nº 10.741, de 2003)
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a
imputação, a propala ou divulga. Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena
em dobro.
Exceção da verdade
Exclusão do crime
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação pu-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

privada, o ofendido não foi condenado por sentença nível:


irrecorrível; I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa,
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indi- pela parte ou por seu procurador;
cadas no nº I do art. 141; II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de
ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário
Difamação público, em apreciação ou informação que preste no
cumprimento de dever do ofício.
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofen- Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde
sivo à sua reputação: pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publici-
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. dade.

43
Retratação Seqüestro e cárcere privado

Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se re- Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante
trata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica seqüestro ou cárcere privado: (Vide Lei nº 10.446, de
isento de pena. 2002)
Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha Pena - reclusão, de um a três anos.
praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se de § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se as- I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou
sim desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta)
se praticou a ofensa.(Incluído pela Lei nº 13.188, de anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
2015) II - se o crime é praticado mediante internação da ví-
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere tima em casa de saúde ou hospital;
calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido III - se a privação da liberdade dura mais de quinze
pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa dias.
a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoi-
responde pela ofensa. to) anos;  (Incluído pela Lei nº 11.106, de 2005)
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente V – se o crime é praticado com fins libidinosos.  (Inclu-
se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do ído pela Lei nº 11.106, de 2005)
art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal. § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos
Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico
Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. ou moral:
141 deste Código, e mediante representação do ofen- Pena - reclusão, de dois a oito anos.
dido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como
no caso do § 3o do art. 140 deste Código. (Redação Redução a condição análoga à de escravo
dada pela Lei nº 12.033. de 2009)
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de es-
CAPÍTULO VI cravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições de-
SEÇÃO I gradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL meio, sua locomoção em razão de dívida contraída
com o empregador ou preposto:(Redação dada pela
Constrangimento ilegal Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou pena correspondente à violência.(Redação dada pela
grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a § 1o Nas mesmas penas incorre quem:  (Incluído pela
não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
manda: I – cerceia o uso de qualquer meio de transporte por
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de
trabalho; (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
Aumento de pena II – mantém vigilância ostensiva no local de trabalho
ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho.
dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem (Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
mais de três pessoas, ou há emprego de armas. § 2o A pena é aumentada de metade, se o crime é
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as cor- cometido:(Incluído pela Lei nº 10.803, de 11.12.2003)
respondentes à violência. I – contra criança ou adolescente;  (Incluído pela Lei nº
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste ar- 10.803, de 11.12.2003)
tigo: II – por motivo de preconceito de raça, cor, etnia,
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consen- religião ou origem.  (Incluído pela Lei nº 10.803, de
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

timento do paciente ou de seu representante legal, se 11.12.2003)


justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio. Tráfico de Pessoas (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016)  (Vigência)
Ameaça
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, recrutar, transportar,
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, median-
gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar- te grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso,
-lhe mal injusto e grave: com a finalidade de:(Incluído pela Lei nº 13.344, de
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 2016)  (Vigência)
Parágrafo único - Somente se procede mediante re- I - remover-lhe órgãos, tecidos ou partes do corpo; (In-
presentação. cluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência)

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II - submetê-la a trabalho em condições análogas à II - aposento ocupado de habitação coletiva;
de escravo; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vi- III - compartimento não aberto ao público, onde al-
gência) guém exerce profissão ou atividade.
III - submetê-la a qualquer tipo de servidão; (Incluído § 5º - Não se compreendem na expressão «casa»:
pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência) I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habita-
IV - adoção ilegal; ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de ção coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º
2016)  (Vigência) II do parágrafo anterior;
V - exploração sexual. (Incluído pela Lei nº 13.344, de II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.
2016)  (Vigência)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e mul- SEÇÃO III
ta. (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência) DOS CRIMES CONTRA A
§ 1o A pena é aumentada de um terço até a metade INVIOLABILIDADE DE CORRESPONDÊNCIA
se: (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência)
I - o crime for cometido por funcionário público no
Violação de correspondência
exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-
-las; (Incluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência)
Art. 151 - Devassar indevidamente o conteúdo de cor-
II - o crime for cometido contra criança, adolescente
respondência fechada, dirigida a outrem:
ou pessoa idosa ou com deficiência; (Incluído pela Lei
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
nº 13.344, de 2016)  (Vigência)
III - o agente se prevalecer de relações de parentesco,
Sonegação ou destruição de correspondência
domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de de-
pendência econômica, de autoridade ou de superio-
ridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, § 1º - Na mesma pena incorre:
cargo ou função; ou (Incluído pela Lei nº 13.344, de I - quem se apossa indevidamente de correspondência
2016)  (Vigência) alheia, embora não fechada e, no todo ou em parte, a
IV - a vítima do tráfico de pessoas for retirada do sonega ou destrói;
território nacional. (Incluído pela Lei nº 13.344, de
2016)  (Vigência) Violação de comunicação telegráfica, radioelétrica
§ 2o A pena é reduzida de um a dois terços se o agente ou telefônica
for primário e não integrar organização criminosa.(In-
cluído pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vigência) II - quem indevidamente divulga, transmite a outrem
ou utiliza abusivamente comunicação telegráfica ou
SEÇÃO II radioelétrica dirigida a terceiro, ou conversação tele-
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DO fônica entre outras pessoas;
DOMICÍLIO III - quem impede a comunicação ou a conversação
referidas no número anterior;
Violação de domicílio IV - quem instala ou utiliza estação ou aparelho ra-
dioelétrico, sem observância de disposição legal.
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astu- § 2º - As penas aumentam-se de metade, se há dano
ciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de para outrem.
quem de direito, em casa alheia ou em suas depen- § 3º - Se o agente comete o crime, com abuso de fun-
dências: ção em serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou te-
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. lefônico:
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lu- Pena - detenção, de um a três anos.
gar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, § 4º - Somente se procede mediante representação,
ou por duas ou mais pessoas: salvo nos casos do § 1º, IV, e do § 3º.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da
pena correspondente à violência. Correspondência comercial
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é co-
metido por funcionário público, fora dos casos legais,
Art. 152 - Abusar da condição de sócio ou empregado
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ou com inobservância das formalidades estabelecidas


de estabelecimento comercial ou industrial para, no
em lei, ou com abuso do poder. (Vide Lei nº 13.869, de
todo ou em parte, desviar, sonegar, subtrair ou supri-
2019)(Vigência)
mir correspondência, ou revelar a estranho seu con-
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência
em casa alheia ou em suas dependências: teúdo:
I - durante o dia, com observância das formalidades Pena - detenção, de três meses a dois anos.
legais, para efetuar prisão ou outra diligência; Parágrafo único - Somente se procede mediante re-
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum presentação.
crime está sendo ali praticado ou na iminência de o
ser.
§ 4º - A expressão «casa» compreende:
I - qualquer compartimento habitado;

45
SEÇÃO IV § 4o  Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS dois terços se houver divulgação, comercialização ou
SEGREDOS transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou
informações obtidos.(Incluído pela Lei nº 12.737, de
Divulgação de segredo 2012) Vigência
§ 5o  Aumenta-se a pena de um terço à metade se o
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conte- crime for praticado contra:(Incluído pela Lei nº 12.737,
údo de documento particular ou de correspondência de 2012)  Vigência
confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja I - Presidente da República, governadores e
divulgação possa produzir dano a outrem: prefeitos;(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigên-
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. cia
§ 1º Somente se procede mediante representação. (Pa- II - Presidente do Supremo Tribunal Federal;(Incluído
rágrafo único renumerado pela Lei nº 9.983, de 2000) pela Lei nº 12.737, de 2012)  Vigência
§ 1o-A. Divulgar, sem justa causa, informações sigilo- III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Sena-
sas ou reservadas, assim definidas em lei, contidas ou do Federal, de Assembleia Legislativa de Estado, da
não nos sistemas de informações ou banco de dados Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara
da Administração Pública: (Incluído pela Lei nº 9.983, Municipal; ou(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vi-
de 2000) gência
Pena – detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e mul- IV - dirigente máximo da administração direta e in-
ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) direta federal, estadual, municipal ou do Distrito Fe-
§ 2o Quando resultar prejuízo para a Administração deral.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
Pública, a ação penal será incondicionada. (Incluído
pela Lei nº 9.983, de 2000) Ação penal (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)  Vi-
Violação do segredo profissional gência
Art. 154 - Revelar alguém, sem justa causa, segredo,
de que tem ciência em razão de função, ministério, Art. 154-B. Nos crimes definidos no art. 154-A, so-
ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir mente se procede mediante representação, salvo se o
dano a outrem: crime é cometido contra a administração pública di-
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. reta ou indireta de qualquer dos Poderes da União,
Parágrafo único - Somente se procede mediante re- Estados, Distrito Federal ou Municípios ou contra em-
presentação. presas concessionárias de serviços públicos.(Incluído
pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigência
Invasão de dispositivo informático (Incluído pela
Lei nº 12.737, de 2012)Vigência TÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, co- CAPÍTULO I
nectado ou não à rede de computadores, mediante DO FURTO
violação indevida de mecanismo de segurança e com
o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou infor- Furto
mações sem autorização expressa ou tácita do titu-
lar do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa
obter vantagem ilícita:(Incluído pela Lei nº 12.737, de alheia móvel:
2012)  Vigência Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é
multa.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)  Vigência praticado durante o repouso noturno.
§ 1o  Na mesma pena incorre quem produz, oferece, § 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor
distribui, vende ou difunde dispositivo ou programa a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclu-
de computador com o intuito de permitir a prática da são pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços,
conduta definida no caput.(Incluído pela Lei nº 12.737, ou aplicar somente a pena de multa.
de 2012)  Vigência § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

§ 2o  Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da qualquer outra que tenha valor econômico.
invasão resulta prejuízo econômico.(Incluído pela Lei
nº 12.737, de 2012)  Vigência Furto qualificado
§ 3o  Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo
de comunicações eletrônicas privadas, segredos co- § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e mul-
merciais ou industriais, informações sigilosas, assim ta, se o crime é cometido:
definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado I - com destruição ou rompimento de obstáculo à sub-
do dispositivo invadido:(Incluído pela Lei nº 12.737, de tração da coisa;
2012)  Vigência II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, es-
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e calada ou destreza;
multa, se a conduta não constitui crime mais grave. III - com emprego de chave falsa;
(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)  Vigência IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.

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§ 4º-A A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) I – se a violência ou ameaça é exercida com emprego
anos e multa, se houver emprego de explosivo ou de de arma de fogo; (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018)
artefato análogo que cause perigo comum. (Incluído II – se há destruição ou rompimento de obstáculo me-
pela Lei nº 13.654, de 2018) diante o emprego de explosivo ou de artefato análogo
§ 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a que cause perigo comum. (Incluído pela Lei nº 13.654,
subtração for de veículo automotor que venha a ser de 2018)
transportado para outro Estado ou para o exterior.(In- § 3º Se da violência resulta: (Redação dada pela Lei nº
cluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 13.654, de 2018)
§ 6o  A pena é de reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos I – lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7
se a subtração for de semovente domesticável de pro- (sete) a 18 (dezoito) anos, e multa;  (Incluído pela Lei
dução, ainda que abatido ou dividido em partes no lo- nº 13.654, de 2018)
cal da subtração. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016) II – morte, a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10 (dez) (trinta) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 13.654, de
anos e multa, se a subtração for de substâncias explo- 2018)
sivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, Extorsão
possibilitem sua fabricação, montagem ou empre- Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou
go. (Incluído pela Lei nº 13.654, de 2018) grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para
outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar
Furto de coisa comum que se faça ou deixar de fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas,
para si ou para outrem, a quem legitimamente a de- ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um
tém, a coisa comum: terço até metade.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violên-
§ 1º - Somente se procede mediante representação. cia o disposto no § 3º do artigo anterior.  Vide Lei nº
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fun- 8.072, de 25.7.90
gível, cujo valor não excede a quota a que tem direito § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da
o agente. liberdade da vítima, e essa condição é necessária para
a obtenção da vantagem econômica, a pena é de re-
CAPÍTULO II clusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se
DO ROUBO E DA EXTORSÃO resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as
penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamen-
Roubo te.  (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009)

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para Extorsão mediante seqüestro
outrem, mediante grave ameaça ou violência a pes-
soa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzi- Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter,
do à impossibilidade de resistência: para si ou para outrem, qualquer vantagem, como
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de 25.7.90 (Vide Lei nº 10.446, de 2002)
subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada
grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro)
§ 2º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até meta- horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou
de: (Redação dada pela Lei nº 13.654, de 2018) maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é come-
I – (revogado);(Redação dada pela Lei nº 13.654, de tido por bando ou quadrilha.Vide Lei nº 8.072, de
2018) 25.7.90  (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; Pena - reclusão, de doze a vinte anos.(Redação dada
III - se a vítima está em serviço de transporte de valo- pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
res e o agente conhece tal circunstância. § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza
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IV - se a subtração for de veículo automotor que ve- grave: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
nha a ser transportado para outro Estado ou para o Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
exterior;(Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, res- § 3º - Se resulta a morte:Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90
tringindo sua liberdade.(Incluído pela Lei nº 9.426, de Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.  (Re-
1996) dação dada pela Lei nº 8.072, de 25.7.1990)
VI – se a subtração for de substâncias explosivas ou de § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concor-
acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibili- rente que o denunciar à autoridade, facilitando a li-
tem sua fabricação, montagem ou emprego. (Incluído bertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de
pela Lei nº 13.654, de 2018) um a dois terços.(Redação dada pela Lei nº 9.269, de
§ 2º-A A pena aumenta-se de 2/3 (dois terços): (Inclu- 1996)
ído pela Lei nº 13.654, de 2018) Extorsão indireta

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Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívi- Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou
da, abusando da situação de alguém, documento que histórico
pode dar causa a procedimento criminal contra a víti-
ma ou contra terceiro: Art. 165 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tom-
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. bada pela autoridade competente em virtude de valor
artístico, arqueológico ou histórico:
CAPÍTULO III Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
DA USURPAÇÃO
Alteração de local especialmente protegido
Alteração de limites
Art. 166 - Alterar, sem licença da autoridade compe-
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou tente, o aspecto de local especialmente protegido por
qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para
lei:
apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem: Ação penal
Usurpação de águas
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de ou- Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu
trem, águas alheias; parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante
Esbulho possessório queixa.
II - invade, com violência a pessoa ou grave amea-
ça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, CAPÍTULO V
terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho pos- DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA
sessório.
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na Apropriação indébita
pena a esta cominada.
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que
de violência, somente se procede mediante queixa. tem a posse ou a detenção:
Supressão ou alteração de marca em animais Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em
gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de Aumento de pena
propriedade:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o
agente recebeu a coisa:
CAPÍTULO IV I - em depósito necessário;
DO DANO II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário,
inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
Dano III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Lei nº 9.983, de 2000)
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça; Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as
II - com emprego de substância inflamável ou explosi- contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo
va, se o fato não constitui crime mais grave e forma legal ou convencional: (Incluído pela Lei nº
III - contra o patrimônio da União, de Estado, do Dis- 9.983, de 2000)
trito Federal, de Município ou de autarquia, fundação Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e mul-
pública, empresa pública, sociedade de economia ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
mista ou empresa concessionária de serviços públi- § 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de: (In-
cos; (Redação dada pela Lei nº 13.531, de 2017) cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável I – recolher, no prazo legal, contribuição ou outra im-
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para a vítima: portância destinada à previdência social que tenha


Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, sido descontada de pagamento efetuado a segurados,
além da pena correspondente à violência. a terceiros ou arrecadada do público;  (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000)
Introdução ou abandono de animais em proprie- II – recolher contribuições devidas à previdência social
dade alheia que tenham integrado despesas contábeis ou custos
relativos à venda de produtos ou à prestação de servi-
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em proprie- ços;  (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
dade alheia, sem consentimento de quem de direito, III - pagar benefício devido a segurado, quando as res-
desde que o fato resulte prejuízo: pectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou mul- à empresa pela previdência social.  (Incluído pela Lei
ta. nº 9.983, de 2000)

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§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontane- § 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor
amente, declara, confessa e efetua o pagamento das o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o dis-
contribuições, importâncias ou valores e presta as in- posto no art. 155, § 2º.
formações devidas à previdência social, na forma de- § 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
finida em lei ou regulamento, antes do início da ação
fiscal. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Disposição de coisa alheia como própria
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou
aplicar somente a de multa se o agente for primário e I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou
de bons antecedentes, desde que:  (Incluído pela Lei nº em garantia coisa alheia como própria;
9.983, de 2000)
I – tenha promovido, após o início da ação fiscal e Alienação ou oneração fraudulenta de coisa pró-
antes de oferecida a denúncia, o pagamento da con- pria
tribuição social previdenciária, inclusive acessórios;
ou  (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garan-
II – o valor das contribuições devidas, inclusive aces- tia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou li-
tigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro,
sórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
mediante pagamento em prestações, silenciando
previdência social, administrativamente, como sendo
sobre qualquer dessas circunstâncias;
o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fis-
cais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Defraudação de penhor
§ 4o  A faculdade prevista no § 3o deste artigo não
se aplica aos casos de parcelamento de contribuições III - defrauda, mediante alienação não consentida
cujo valor, inclusive dos acessórios, seja superior àque- pelo credor ou por outro modo, a garantia pigno-
le estabelecido, administrativamente, como sendo o ratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais.
(Incluído pela Lei nº 13.606, de 2018) Fraude na entrega de coisa

Apropriação de coisa havida por erro, caso fortui- IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de
to ou força da natureza coisa que deve entregar a alguém;

Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda Fraude para recebimento de indenização ou valor
ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natu- de seguro
reza:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa pró-
Parágrafo único - Na mesma pena incorre: pria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava
as conseqüências da lesão ou doença, com o intui-
Apropriação de tesouro to de haver indenização ou valor de seguro;

I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, Fraude no pagamento por meio de cheque
no todo ou em parte, da quota a que tem direito o
proprietário do prédio; VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos
em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
Apropriação de coisa achada § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é co-
metido em detrimento de entidade de direito público
ou de instituto de economia popular, assistência social
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apro-
ou beneficência.
pria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la
ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à Estelionato contra idoso
autoridade competente, dentro no prazo de quin-
ze dias. § 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometi-
Art. 170 - Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica- do contra idoso.(Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015)
-se o disposto no art. 155, § 2º.
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Duplicata simulada
CAPÍTULO VI
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda
que não corresponda à mercadoria vendida, em quan-
Estelionato tidade ou qualidade, ou ao serviço prestado. (Redação
dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e mul-
ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo al- ta.  (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
guém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle
outro meio fraudulento: que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de qui- Registro de Duplicatas. (Incluído pela Lei nº 5.474. de
nhentos mil réis a dez contos de réis. 1968)

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Abuso de incapazes II - o diretor, o gerente ou o fiscal que promove, por
qualquer artifício, falsa cotação das ações ou de ou-
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de tros títulos da sociedade;
necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da III - o diretor ou o gerente que toma empréstimo à
alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo sociedade ou usa, em proveito próprio ou de terceiro,
qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir dos bens ou haveres sociais, sem prévia autorização
efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro: da assembléia geral;
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. IV - o diretor ou o gerente que compra ou vende,
por conta da sociedade, ações por ela emitidas, salvo
Induzimento à especulação quando a lei o permite;
V - o diretor ou o gerente que, como garantia de cré-
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da dito social, aceita em penhor ou em caução ações da
inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade própria sociedade;
mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou
VI - o diretor ou o gerente que, na falta de balanço,
aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias,
em desacordo com este, ou mediante balanço falso,
sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa:
distribui lucros ou dividendos fictícios;
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
VII - o diretor, o gerente ou o fiscal que, por interposta
Fraude no comércio pessoa, ou conluiado com acionista, consegue a apro-
vação de conta ou parecer;
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comer- VIII - o liquidante, nos casos dos ns. I, II, III, IV, V e VII;
cial, o adquirente ou consumidor: IX - o representante da sociedade anônima estrangei-
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria ra, autorizada a funcionar no País, que pratica os atos
falsificada ou deteriorada; mencionados nos ns. I e II, ou dá falsa informação ao
II - entregando uma mercadoria por outra: Governo.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. § 2º - Incorre na pena de detenção, de seis meses a
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a quali- dois anos, e multa, o acionista que, a fim de obter
dade ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, vantagem para si ou para outrem, negocia o voto nas
pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor va- deliberações de assembléia geral.
lor; vender pedra falsa por verdadeira; vender, como
precioso, metal de ou outra qualidade: Emissão irregular de conhecimento de depósito
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa. ou “warrant”
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou war-
Outras fraudes rant, em desacordo com disposição legal:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em
hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor Fraude à execução
de recursos para efetuar o pagamento:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou mul- Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando,
ta. destruindo ou danificando bens, ou simulando dívidas:
Parágrafo único - Somente se procede mediante re-
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
presentação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias,
Parágrafo único - Somente se procede mediante quei-
deixar de aplicar a pena.
xa.
Fraudes e abusos na fundação ou administração
de sociedade por ações CAPÍTULO VII
DA RECEPTAÇÃO
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por
ações, fazendo, em prospecto ou em comunicação ao Receptação
público ou à assembléia, afirmação falsa sobre a cons-
tituição da sociedade, ou ocultando fraudulentamente Art. 180 - Adquirir, receber, transportar, conduzir ou
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fato a ela relativo: ocultar, em proveito próprio ou alheio, coisa que sabe
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de
fato não constitui crime contra a economia popular. boa-fé, a adquira, receba ou oculte: (Redação dada
§ 1º - Incorrem na mesma pena, se o fato não constitui pela Lei nº 9.426, de 1996)
crime contra a economia popular: (Vide Lei nº 1.521, Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Reda-
de 1951) ção dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
I - o diretor, o gerente ou o fiscal de sociedade por Receptação qualificada   (Redação dada pela Lei nº
ações, que, em prospecto, relatório, parecer, balan- 9.426, de 1996)
ço ou comunicação ao público ou à assembléia, faz § 1º - Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar,
afirmação falsa sobre as condições econômicas da so- ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender,
ciedade, ou oculta fraudulentamente, no todo ou em expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em pro-
parte, fato a elas relativo; veito próprio ou alheio, no exercício de atividade co-

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mercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto III – se o crime é praticado contra pessoa com idade
de crime:(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) igual ou superior a 60 (sessenta) anos.(Incluído pela
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa.  (Redação Lei nº 10.741, de 2003)
dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 2º - Equipara-se à atividade comercial, para efeito TÍTULO VI
do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL
irregular ou clandestino, inclusive o exercício em re- (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
sidência.  (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
§ 3º - Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza CAPÍTULO I
ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL
condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
por meio criminoso: (Redação dada pela Lei nº 9.426,
de 1996)
Estupro
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa, ou
ambas as penas.(Redação dada pela Lei nº 9.426, de
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou
1996)
grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou
§ 4º - A receptação é punível, ainda que desconhecido
ou isento de pena o autor do crime de que proveio a permitir que com ele se pratique outro ato libidino-
coisa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) so: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
§ 5º - Na hipótese do § 3º, se o criminoso é primário, Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.  (Redação
pode o juiz, tendo em consideração as circunstâncias, dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
deixar de aplicar a pena. Na receptação dolosa aplica- § 1o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza
-se o disposto no § 2º do art. 155. (Incluído pela Lei nº grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior
9.426, de 1996) de 14 (catorze) anos:(Incluído pela Lei nº 12.015, de
§ 6o Tratando-se de bens do patrimônio da União, 2009)
de Estado, do Distrito Federal, de Município ou de au- Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos. (Incluído
tarquia, fundação pública, empresa pública, socieda- pela Lei nº 12.015, de 2009)
de de economia mista ou empresa concessionária de § 2o Se da conduta resulta morte: (Incluído pela Lei nº
serviços públicos, aplica-se em dobro a pena previs- 12.015, de 2009)
ta no caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos(Incluído
13.531, de 2017) pela Lei nº 12.015, de 2009)
Receptação de animal Art. 214 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir,
ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de Violação sexual mediante fraude (Redação dada
produção ou de comercialização, semovente domesti- pela Lei nº 12.015, de 2009)
cável de produção, ainda que abatido ou dividido em
partes, que deve saber ser produto de crime:  (Incluído Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato li-
pela Lei nº 13.330, de 2016) bidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e mul- que impeça ou dificulte a livre manifestação de von-
ta. (Incluído pela Lei nº 13.330, de 2016) tade da vítima: (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009)
CAPÍTULO VIII Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.  (Redação
DISPOSIÇÕES GERAIS
dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Se o crime é cometido com o fim de
Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos
obter vantagem econômica, aplica-se também mul-
crimes previstos neste título, em prejuízo: (Vide Lei nº
10.741, de 2003) ta.  (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco Importunação sexual(Incluído pela Lei nº 13.718, de
legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural. 2018)
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Art. 182 - Somente se procede mediante representa-


ção, se o crime previsto neste título é cometido em Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anu-
prejuízo:  (Vide Lei nº 10.741, de 2003) ência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a
I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; própria lascívia ou a de terceiro:  (Incluído pela Lei nº
II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 13.718, de 2018)
III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato
Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos não constitui crime mais grave. (Incluído pela Lei nº
anteriores: 13.718, de 2018)
I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, Art. 216.  (Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)
quando haja emprego de grave ameaça ou violência
à pessoa;
II - ao estranho que participa do crime.

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Assédio sexual  (Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 § 4o Se da conduta resulta morte:(Incluído pela Lei nº
de 2001) 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.(Inclu-
Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter ído pela Lei nº 12.015, de 2009)
vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se § 5º As penas previstas no caput e nos §§ 1º, 3º e 4º
o agente da sua condição de superior hierárquico ou deste artigo aplicam-se independentemente do con-
ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo sentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido re-
ou função.(Incluído pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001) lações sexuais anteriormente ao crime.  (Incluído pela
Pena – detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.(Incluído Lei nº 13.718, de 2018)
pela Lei nº 10.224, de 15 de 2001)
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº Corrupção de menores
10.224, de 15 de 2001)
§ 2o A pena é aumentada em até um terço se a vítima Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a
é menor de 18 (dezoito) anos.  (Incluído pela Lei nº satisfazer a lascívia de outrem:(Redação dada pela Lei
12.015, de 2009) nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. (Redação
CAPÍTULO I-A dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
(Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018)
Parágrafo único.   (VETADO). (Incluído pela Lei nº
DA EXPOSIÇÃO DA INTIMIDADE SEXUAL
12.015, de 2009)
Registro não autorizado da intimidade sexual
Satisfação de lascívia mediante presença de crian-
Art. 216-B. Produzir, fotografar, filmar ou registrar, ça ou adolescente(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
por qualquer meio, conteúdo com cena de nudez ou
ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de
sem autorização dos participantes:  (Incluído pela Lei 14 (catorze) anos, ou induzi-lo a presenciar, conjun-
nº 13.772, de 2018) ção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e lascívia própria ou de outrem: (Incluído pela Lei nº
multa. 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem reali- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos.  (Incluí-
za montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer do pela Lei nº 12.015, de 2009)
outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de
nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo. Favorecimento da prostituição ou de outra forma
(Incluído pela Lei nº 13.772, de 2018) de exploração sexual de criança ou adolescente ou de
vulnerável. (Redação dada pela Lei nº 12.978, de 2014)
CAPÍTULO II
DOS CRIMES SEXUAIS CONTRA VULNERÁVEL Art. 218-B. Submeter, induzir ou atrair à prostituição
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) ou outra forma de exploração sexual alguém menor
de 18 (dezoito) anos ou que, por enfermidade ou de-
Sedução ficiência mental, não tem o necessário discernimento
para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar
Art. 217 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) que a abandone: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos.  (Inclu-
Estupro de vulnerável(Incluído pela Lei nº 12.015, de ído pela Lei nº 12.015, de 2009)
2009) § 1o Se o crime é praticado com o fim de obter van-
tagem econômica, aplica-se também multa. (Incluído
Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato
pela Lei nº 12.015, de 2009)
libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: (Incluído
§ 2o Incorre nas mesmas penas:  (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 12.015, de 2009)
12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.(Incluí-
I - quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidi-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

do pela Lei nº 12.015, de 2009)


noso com alguém menor de 18 (dezoito) e maior de
§ 1o Incorre na mesma pena quem pratica as ações
14 (catorze) anos na situação descrita no caput deste
descritas no caput com alguém que, por enfermidade
artigo; (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
ou deficiência mental, não tem o necessário discerni-
II - o proprietário, o gerente ou o responsável pelo lo-
mento para a prática do ato, ou que, por qualquer ou-
cal em que se verifiquem as práticas referidas no ca-
tra causa, não pode oferecer resistência.  (Incluído pela
put deste artigo.(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Lei nº 12.015, de 2009)
§ 3o Na hipótese do inciso II do § 2o, constitui efeito
§ 2o  (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
obrigatório da condenação a cassação da licença de
§ 3o Se da conduta resulta lesão corporal de natureza
localização e de funcionamento do estabelecimento.
grave: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de 10 (dez) a 20 (vinte) anos. (Incluí-
do pela Lei nº 12.015, de 2009)

52
Divulgação de cena de estupro ou de cena de es- Ação penal
tupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornogra-
fia  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018) Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II des-
te Título, procede-se mediante ação penal pública in-
Art. 218-C.   Oferecer, trocar, disponibilizar, transmi- condicionada.  (Redação dada pela Lei nº 13.718, de
tir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou 2018)
divulgar, por qualquer meio - inclusive por meio de Parágrafo único. (Revogado). (Redação dada pela Lei
comunicação de massa ou sistema de informática ou nº 13.718, de 2018)
telemática -, fotografia, vídeo ou outro registro audio-
visual que contenha cena de estupro ou de estupro de Aumento de pena
vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prá-
tica, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, Art. 226. A pena é aumentada: (Redação dada pela Lei
nudez ou pornografia:   (Incluído pela Lei nº 13.718,
nº 11.106, de 2005)  
de 2018)
I – de quarta parte, se o crime é cometido com o con-
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato
curso de 2 (duas) ou mais pessoas;  (Redação dada
não constitui crime mais grave.(Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 11.106, de 2005)
13.718, de 2018)
II - de metade, se o agente é ascendente, padrasto
Aumento de pena(Incluído pela Lei nº 13.718, de ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor,
2018) curador, preceptor ou empregador da vítima ou por
qualquer outro título tiver autoridade sobre ela;  (Re-
§ 1º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 dação dada pela Lei nº 13.718, de 2018)
(dois terços) se o crime é praticado por agente que III -(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é
com a vítima ou com o fim de vingança ou humilha- praticado:(Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
ção.(Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Estupro coletivo(Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
Exclusão de ilicitude(Incluído pela Lei nº 13.718, de a) mediante concurso de 2 (dois) ou mais
2018) agentes;(Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)

§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condu- Estupro corretivo(Incluído pela Lei nº 13.718, de
tas descritas no caput deste artigo em publicação de 2018)
natureza jornalística, científica, cultural ou acadêmica b) para controlar o comportamento social ou sexual
com a adoção de recurso que impossibilite a identi- da vítima.  (Incluído pela Lei nº 13.718, de 2018)
ficação da vítima, ressalvada sua prévia autorização,
caso seja maior de 18 (dezoito) anos.  (Incluído pela CAPÍTULO V
Lei nº 13.718, de 2018) DO LENOCÍNIO E DO TRÁFICO DE PESSOA PARA
FIM DE
CAPÍTULO III PROSTITUIÇÃO OU OUTRA FORMA DE
DO RAPTO EXPLORAÇÃO SEXUAL
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Rapto violento ou mediante fraude
Mediação para servir a lascívia de outrem
Art. 219 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)
Art. 227 - Induzir alguém a satisfazer a lascívia de ou-
Rapto consensual
trem:
Art. 220 -  (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1o Se a vítima é maior de 14 (catorze) e menor de
Diminuição de pena 18 (dezoito) anos, ou se o agente é seu ascendente,
descendente, cônjuge ou companheiro, irmão, tutor ou
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Art. 221 -(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) curador ou pessoa a quem esteja confiada para fins
de educação, de tratamento ou de guarda: (Redação
Concurso de rapto e outro crime dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Art. 222 -(Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005) § 2º - Se o crime é cometido com emprego de violên-
cia, grave ameaça ou fraude:
CAPÍTULO IV Pena - reclusão, de dois a oito anos, além da pena
DISPOSIÇÕES GERAIS correspondente à violência.
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, apli-
Art. 223 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) ca-se também multa.
Art. 224 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009)

53
Favorecimento da prostituição ou outra forma de Promoção de migração ilegal
exploração sexual (Redação dada pela Lei nº 12.015, de
2009) Art. 232-A. Promover, por qualquer meio, com o fim
de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de
Art. 228. Induzir ou atrair alguém à prostituição ou estrangeiro em território nacional ou de brasileiro
outra forma de exploração sexual, facilitá-la, impedir em país estrangeiro:Incluído pela Lei nº 13.445, de
ou dificultar que alguém a abandone: (Redação dada 2017Vigência
pela Lei nº 12.015, de 2009) Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017Vigência
(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1º Na mesma pena incorre quem promover, por
§ 1o Se o agente é ascendente, padrasto, madras- qualquer meio, com o fim de obter vantagem eco-
ta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou
nômica, a saída de estrangeiro do território nacional
curador, preceptor ou empregador da vítima, ou se
para ingressar ilegalmente em país estrangeiro.Incluí-
assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuida-
do, proteção ou vigilância: (Redação dada pela Lei nº do pela Lei nº 13.445, de 2017Vigência
12.015, de 2009) § 2º A pena é aumentada de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos. (Redação terço) se:Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017Vigência
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) I - o crime é cometido com violência; ouIncluído pela
§ 2º - Se o crime, é cometido com emprego de violên- Lei nº 13.445, de 2017Vigência
cia, grave ameaça ou fraude: II - a vítima é submetida a condição desumana ou de-
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, além da pena gradante.Incluído pela Lei nº 13.445, de 2017Vigência
correspondente à violência. § 3º A pena prevista para o crime será aplicada sem
§ 3º - Se o crime é cometido com o fim de lucro, apli- prejuízo das correspondentes às infrações conexas. In-
ca-se também multa. cluído pela Lei nº 13.445, de 2017Vigência

Casa de prostituição CAPÍTULO VI


DO ULTRAJE PÚBLICO AO PUDOR
Art. 229. Manter, por conta própria ou de terceiro,
estabelecimento em que ocorra exploração sexual, Ato obsceno
haja, ou não, intuito de lucro ou mediação direta do
proprietário ou gerente:  (Redação dada pela Lei nº
Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou
12.015, de 2009)
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. aberto ou exposto ao público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Rufianismo
Escrito ou objeto obsceno
Art. 230 - Tirar proveito da prostituição alheia, par-
ticipando diretamente de seus lucros ou fazendo-se Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou ter sob
sustentar, no todo ou em parte, por quem a exerça: sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. de exposição pública, escrito, desenho, pintura, estam-
§ 1o Se a vítima é menor de 18 (dezoito) e maior de pa ou qualquer objeto obsceno:
14 (catorze) anos ou se o crime é cometido por as- Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
cendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, côn- Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem:
juge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou I - vende, distribui ou expõe à venda ou ao público
empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei qualquer dos objetos referidos neste artigo;
ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou II - realiza, em lugar público ou acessível ao público,
vigilância:(Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) representação teatral, ou exibição cinematográfica de
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e mul- caráter obsceno, ou qualquer outro espetáculo, que te-
ta. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
nha o mesmo caráter;
§ 2o Se o crime é cometido mediante violência, grave
III - realiza, em lugar público ou acessível ao público,
ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte
a livre manifestação da vontade da vítima:(Redação ou pelo rádio, audição ou recitação de caráter obsce-
dada pela Lei nº 12.015, de 2009) no.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, sem prejuí-


zo da pena correspondente à violência.(Redação dada CAPÍTULO VII
pela Lei nº 12.015, de 2009) DISPOSIÇÕES GERAIS
(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Tráfico internacional de pessoa para fim de explo-
ração sexual  (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009) Aumento de pena(Incluído pela Lei nº 12.015, de
2009)
Art. 231. (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vi-
gência) Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena é
Art. 231-A. (Revogado pela Lei nº 13.344, de 2016)  (Vi- aumentada:(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
gência) I – (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 232 -(Revogado pela Lei nº 12.015, de 2009) II – (VETADO);(Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)

54
III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta I - freqüente casa de jogo ou mal-afamada, ou conviva
gravidez;  (Redação dada pela Lei nº 13.718, de 2018) com pessoa viciosa ou de má vida;
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente II - freqüente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de
transmite à vítima doença sexualmente transmissível ofender-lhe o pudor, ou participe de representação de
de que sabe ou deveria saber ser portador, ou se a ví- igual natureza;
tima é idosa ou pessoa com deficiência.(Redação dada III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
pela Lei nº 13.718, de 2018) IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a co-
Art. 234-B. Os processos em que se apuram crimes miseração pública:
definidos neste Título correrão em segredo de justi- Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
ça. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Art. 234-C.  (VETADO).(Incluído pela Lei nº 12.015, de TÍTULO IX
2009) DOS CRIMES CONTRA A PAZ PÚBLICA
CAPÍTULO III Incitação ao crime
DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Abandono material Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Art. 244. Deixar, sem justa causa, de prover a subsis- Apologia de crime ou criminoso
tência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito)
anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente in- Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato crimi-
válido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes pro- noso ou de autor de crime:
porcionando os recursos necessários ou faltando ao Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
pagamento de pensão alimentícia judicialmente acor-
dada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de Associação Criminosa
socorrer descendente ou ascendente, gravemente en-
fermo: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa,
o fim específico de cometer crimes:   (Redação dada
de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no
pela Lei nº 12.850, de 2013)  (Vigência)
País. (Redação dada pela Lei nº 5.478, de 1968)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.  (Redação
Parágrafo único - Nas mesmas penas incide quem,
dada pela Lei nº 12.850, de 2013)  (Vigência)
sendo solvente, frustra ou ilide, de qualquer modo,
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade
inclusive por abandono injustificado de emprego ou
se a associação é armada ou se houver a participação
função, o pagamento de pensão alimentícia judicial-
mente acordada, fixada ou majorada. (Incluído pela de criança ou adolescente.  (Redação dada pela Lei nº
Lei nº 5.478, de 1968) 12.850, de 2013)  (Vigência)

Entrega de filho menor a pessoa inidônea Constituição de milícia privada  (Incluído dada pela
Lei nº 12.720, de 2012)
Art. 245 - Entregar filho menor de 18 (dezoito) anos a
pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que o Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter
menor fica moral ou materialmente em perigo: (Reda- ou custear organização paramilitar, milícia particu-
ção dada pela Lei nº 7.251, de 1984) lar, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar
Pena - detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos. (Redação qualquer dos crimes previstos neste Código: (Incluído
dada pela Lei nº 7.251, de 1984) dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de reclu- Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos. (Incluído
são, se o agente pratica delito para obter lucro, ou se dada pela Lei nº 12.720, de 2012)
o menor é enviado para o exterior.  (Incluído pela Lei
nº 7.251, de 1984) TÍTULO X
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo anterior DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
quem, embora excluído o perigo moral ou material, CAPÍTULO I
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

auxilia a efetivação de ato destinado ao envio de me- DA MOEDA FALSA


nor para o exterior, com o fito de obter lucro.  (Incluído
pela Lei nº 7.251, de 1984) Moeda Falsa

Abandono intelectual Art. 289 - Falsificar, fabricando-a ou alterando-a, mo-


eda metálica ou papel-moeda de curso legal no país
Art. 246 - Deixar, sem justa causa, de prover à instru- ou no estrangeiro:
ção primária de filho em idade escolar: Pena - reclusão, de três a doze anos, e multa.
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. § 1º - Nas mesmas penas incorre quem, por conta
Art. 247 - Permitir alguém que menor de dezoito anos, própria ou alheia, importa ou exporta, adquire, vende,
sujeito a seu poder ou confiado à sua guarda ou vigi- troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circula-
lância: ção moeda falsa.

55
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como verda- II - papel de crédito público que não seja moeda de
deira, moeda falsa ou alterada, a restitui à circulação, curso legal;
depois de conhecer a falsidade, é punido com deten- III - vale postal;
ção, de seis meses a dois anos, e multa. IV - cautela de penhor, caderneta de depósito de caixa
§ 3º - É punido com reclusão, de três a quinze anos, econômica ou de outro estabelecimento mantido por
e multa, o funcionário público ou diretor, gerente, ou entidade de direito público;
fiscal de banco de emissão que fabrica, emite ou auto- V - talão, recibo, guia, alvará ou qualquer outro do-
riza a fabricação ou emissão: cumento relativo a arrecadação de rendas públicas
I - de moeda com título ou peso inferior ao determi- ou a depósito ou caução por que o poder público seja
nado em lei; responsável;
II - de papel-moeda em quantidade superior à auto- VI - bilhete, passe ou conhecimento de empresa de
rizada. transporte administrada pela União, por Estado ou por
§ 4º - Nas mesmas penas incorre quem desvia e faz Município:
circular moeda, cuja circulação não estava ainda au- Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
torizada. § 1o Incorre na mesma pena quem: (Redação dada
pela Lei nº 11.035, de 2004)
Crimes assimilados ao de moeda falsa I – usa, guarda, possui ou detém qualquer dos papéis
falsificados a que se refere este artigo; (Incluído pela
Art. 290 - Formar cédula, nota ou bilhete representa- Lei nº 11.035, de 2004)
tivo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou II – importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, em-
bilhetes verdadeiros; suprimir, em nota, cédula ou bi- presta, guarda, fornece ou restitui à circulação selo
lhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, falsificado destinado a controle tributário; (Incluído
sinal indicativo de sua inutilização; restituir à circula- pela Lei nº 11.035, de 2004)
ção cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já III – importa, exporta, adquire, vende, expõe à venda,
recolhidos para o fim de inutilização: mantém em depósito, guarda, troca, cede, empres-
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
ta, fornece, porta ou, de qualquer forma, utiliza em
Parágrafo único - O máximo da reclusão é elevado a
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade
doze anos e multa, se o crime é cometido por funcio-
comercial ou industrial, produto ou mercadoria: (In-
nário que trabalha na repartição onde o dinheiro se
cluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
achava recolhido, ou nela tem fácil ingresso, em razão
a) em que tenha sido aplicado selo que se destine a
do cargo.(Vide Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
controle tributário, falsificado; (Incluído pela Lei nº
11.035, de 2004)
Petrechos para falsificação de moeda
b) sem selo oficial, nos casos em que a legislação tri-
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso butária determina a obrigatoriedade de sua aplica-
ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, apare- ção. (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
lho, instrumento ou qualquer objeto especialmente § 2º - Suprimir, em qualquer desses papéis, quando le-
destinado à falsificação de moeda: gítimos, com o fim de torná-los novamente utilizáveis,
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. carimbo ou sinal indicativo de sua inutilização:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Emissão de título ao portador sem permissão legal § 3º - Incorre na mesma pena quem usa, depois de
alterado, qualquer dos papéis a que se refere o pará-
Art. 292 - Emitir, sem permissão legal, nota, bilhete, grafo anterior.
ficha, vale ou título que contenha promessa de paga- § 4º - Quem usa ou restitui à circulação, embora reci-
mento em dinheiro ao portador ou a que falte indica- bo de boa-fé, qualquer dos papéis falsificados ou alte-
ção do nome da pessoa a quem deva ser pago: rados, a que se referem este artigo e o seu § 2º, depois
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. de conhecer a falsidade ou alteração, incorre na pena
Parágrafo único - Quem recebe ou utiliza como di- de detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
nheiro qualquer dos documentos referidos neste arti- § 5o Equipara-se a atividade comercial, para os fins do
go incorre na pena de detenção, de quinze dias a três inciso III do § 1o, qualquer forma de comércio irregular
meses, ou multa. ou clandestino, inclusive o exercido em vias, praças ou
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

outros logradouros públicos e em residências. (Incluí-


CAPÍTULO II do pela Lei nº 11.035, de 2004)
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS PAPÉIS PÚ-
BLICOS Petrechos de falsificação

Falsificação de papéis públicos Art. 294 - Fabricar, adquirir, fornecer, possuir ou guar-
dar objeto especialmente destinado à falsificação de
Art. 293 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: qualquer dos papéis referidos no artigo anterior:
I – selo destinado a controle tributário, papel selado Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
ou qualquer papel de emissão legal destinado à arre- Art. 295 - Se o agente é funcionário público, e comete
cadação de tributo; (Redação dada pela Lei nº 11.035, o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena
de 2004) de sexta parte.

56
CAPÍTULO III Falsificação de documento particular (Redação
DA FALSIDADE DOCUMENTAL dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência

Falsificação do selo ou sinal público Art. 298 - Falsificar, no todo ou em parte, documento
particular ou alterar documento particular verdadeiro:
Art. 296 - Falsificar, fabricando-os ou alterando-os: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
I - selo público destinado a autenticar atos oficiais da
União, de Estado ou de Município; Falsificação de cartão(Incluído pela Lei nº 12.737, de
II - selo ou sinal atribuído por lei a entidade de direito 2012)  Vigência
público, ou a autoridade, ou sinal público de tabelião:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, equi-
§ 1º - Incorre nas mesmas penas: para-se a documento particular o cartão de crédito ou
I - quem faz uso do selo ou sinal falsificado; débito.(Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)  Vigência
II - quem utiliza indevidamente o selo ou sinal verda-
deiro em prejuízo de outrem ou em proveito próprio Falsidade ideológica
ou alheio.
III - quem altera, falsifica ou faz uso indevido de mar- Art. 299 - Omitir, em documento público ou particular,
cas, logotipos, siglas ou quaisquer outros símbolos uti- declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou
lizados ou identificadores de órgãos ou entidades da fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia
Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 9.983, de ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obri-
2000) gação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente
§ 2º - Se o agente é funcionário público, e comete o relevante:
crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
de sexta parte. documento é público, e reclusão de um a três anos, e
multa, se o documento é particular.
Falsificação de documento público Parágrafo único - Se o agente é funcionário público, e
comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a fal-
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento sificação ou alteração é de assentamento de registro
público, ou alterar documento público verdadeiro: civil, aumenta-se a pena de sexta parte.
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
§ 1º - Se o agente é funcionário público, e comete o Falso reconhecimento de firma ou letra
crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena
de sexta parte. Art. 300 - Reconhecer, como verdadeira, no exercício
§ 2º - Para os efeitos penais, equiparam-se a docu- de função pública, firma ou letra que o não seja:
mento público o emanado de entidade paraestatal, Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o
o título ao portador ou transmissível por endosso, as documento é público; e de um a três anos, e multa, se
ações de sociedade comercial, os livros mercantis e o o documento é particular.
testamento particular.
§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz Certidão ou atestado ideologicamente falso
inserir: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
I – na folha de pagamento ou em documento de in- Art. 301 - Atestar ou certificar falsamente, em razão
formações que seja destinado a fazer prova perante a de função pública, fato ou circunstância que habilite
previdência social, pessoa que não possua a qualidade alguém a obter cargo público, isenção de ônus ou de
de segurado obrigatório;(Incluído pela Lei nº 9.983, de serviço de caráter público, ou qualquer outra vanta-
2000) gem:
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do Pena - detenção, de dois meses a um ano.
empregado ou em documento que deva produzir efei-
to perante a previdência social, declaração falsa ou Falsidade material de atestado ou certidão
diversa da que deveria ter sido escrita; (Incluído pela
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Lei nº 9.983, de 2000) § 1º - Falsificar, no todo ou em parte, atestado ou


III – em documento contábil ou em qualquer outro do- certidão, ou alterar o teor de certidão ou de atestado
cumento relacionado com as obrigações da empresa verdadeiro, para prova de fato ou circunstância que
perante a previdência social, declaração falsa ou di- habilite alguém a obter cargo público, isenção de ônus
versa da que deveria ter constado. (Incluído pela Lei ou de serviço de caráter público, ou qualquer outra
nº 9.983, de 2000) vantagem:
§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos do- Pena - detenção, de três meses a dois anos.
cumentos mencionados no § 3o, nome do segurado § 2º - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-
e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do -se, além da pena privativa de liberdade, a de multa.
contrato de trabalho ou de prestação de serviços.(In-
cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

57
Falsidade de atestado médico Art. 308 - Usar, como próprio, passaporte, título de
eleitor, caderneta de reservista ou qualquer documen-
Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, to de identidade alheia ou ceder a outrem, para que
atestado falso: dele se utilize, documento dessa natureza, próprio ou
Pena - detenção, de um mês a um ano. de terceiro:
Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de Pena - detenção, de quatro meses a dois anos, e multa,
lucro, aplica-se também multa. se o fato não constitui elemento de crime mais grave.

Reprodução ou adulteração de selo ou peça fila- Fraude de lei sobre estrangeiro


télica
Art. 309 - Usar o estrangeiro, para entrar ou permane-
Art. 303 - Reproduzir ou alterar selo ou peça filatélica cer no território nacional, nome que não é o seu:
que tenha valor para coleção, salvo quando a repro- Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
dução ou a alteração está visivelmente anotada na Parágrafo único - Atribuir a estrangeiro falsa qualida-
face ou no verso do selo ou peça: de para promover-lhe a entrada em território nacio-
Pena - detenção, de um a três anos, e multa. nal: (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, para Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. (Inclu-
fins de comércio, faz uso do selo ou peça filatélica. ído pela Lei nº 9.426, de 1996)
Art. 310 - Prestar-se a figurar como proprietário ou
Uso de documento falso possuidor de ação, título ou valor pertencente a es-
trangeiro, nos casos em que a este é vedada por lei a
Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsifica- propriedade ou a posse de tais bens: (Redação dada
dos ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. Pena - detenção, de seis meses a três anos, e mul-
ta.  (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Supressão de documento
Adulteração de sinal identificador de veículo auto-
Art. 305 - Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício motor (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, docu-
mento público ou particular verdadeiro, de que não Art. 311 - Adulterar ou remarcar número de chassi ou
podia dispor:
qualquer sinal identificador de veículo automotor, de
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o do-
seu componente ou equipamento:(Redação dada pela
cumento é público, e reclusão, de um a cinco anos, e
Lei nº 9.426, de 1996))
multa, se o documento é particular.
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.  (Redação
dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
CAPÍTULO IV
§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da fun-
DE OUTRAS FALSIDADES
ção pública ou em razão dela, a pena é aumentada de
Falsificação do sinal empregado no contraste de um terço.  (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
metal precioso ou na fiscalização alfandegária, ou § 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário públi-
para outros fins co que contribui para o licenciamento ou registro do
veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevi-
Art. 306 - Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, damente material ou informação oficial.(Incluído pela
marca ou sinal empregado pelo poder público no con- Lei nº 9.426, de 1996)
traste de metal precioso ou na fiscalização alfandegá-
ria, ou usar marca ou sinal dessa natureza, falsificado CAPÍTULO V
por outrem: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa. DAS FRAUDES EM CERTAMES DE INTERESSE PÚ-
Parágrafo único - Se a marca ou sinal falsificado é BLICO
o que usa a autoridade pública para o fim de fisca- (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
lização sanitária, ou para autenticar ou encerrar de-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

terminados objetos, ou comprovar o cumprimento de Fraudes em certames de interesse público(Incluído


formalidade legal: pela Lei 12.550. de 2011)
Pena - reclusão ou detenção, de um a três anos, e mul-
ta. Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o
fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer
Falsa identidade a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: (In-
cluído pela Lei 12.550. de 2011)
Art. 307 - Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa iden- I - concurso público; (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)
tidade para obter vantagem, em proveito próprio ou II - avaliação ou exame públicos; (Incluído pela Lei
alheio, ou para causar dano a outrem: 12.550. de 2011)
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, III - processo seletivo para ingresso no ensino superior;
se o fato não constitui elemento de crime mais grave. ou (Incluído pela Lei 12.550. de 2011)

58
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei: (In- ca com o fim de obter vantagem indevida para si ou
cluído pela Lei 12.550. de 2011) para outrem ou para causar dano: (Incluído pela Lei
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e mul- nº 9.983, de 2000))
ta. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e mul-
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou fa- ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
cilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não au-
torizadas às informações mencionadas no caput. (In- Modificação ou alteração não autorizada de siste-
cluído pela Lei 12.550. de 2011) ma de informações (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administra-
ção pública: (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionário, siste-
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e mul- ma de informações ou programa de informática sem
ta. (Incluído pela Lei 12.550. de 2011) autorização ou solicitação de autoridade competen-
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato te: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
é cometido por funcionário público.(Incluído pela Lei Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos, e
12.550. de 2011) multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Parágrafo único. As penas são aumentadas de um ter-
TÍTULO XI ço até a metade se da modificação ou alteração re-
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLI- sulta dano para a Administração Pública ou para o
CA administrado.(Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
CAPÍTULO I
DOS CRIMES PRATICADOS Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou do-
POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO cumento
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documen-
to, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo
Peculato
ou inutilizá-lo, total ou parcialmente:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de di-
constitui crime mais grave.
nheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou
particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário pú-
diversa da estabelecida em lei:
blico, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído,
em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facili- Concussão
dade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou in-
Peculato culposo diretamente, ainda que fora da função ou antes de
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida:
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
crime de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano. Excesso de exação
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação
do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue § 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição
a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando
pena imposta. devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gra-
voso, que a lei não autoriza:  (Redação dada pela Lei
Peculato mediante erro de outrem nº 8.137, de 27.12.1990)
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e mul-
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utili-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ta. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)


dade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou
outrem: de outrem, o que recebeu indevidamente para reco-
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. lher aos cofres públicos:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Inserção de dados falsos em sistema de informa-
ções (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) Corrupção passiva

Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário auto- Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem,
rizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou
indevidamente dados corretos nos sistemas informa- antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem in-
tizados ou bancos de dados da Administração Públi- devida, ou aceitar promessa de tal vantagem:

59
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e mul- § 1º - Se do fato resulta prejuízo público:
ta. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em con- § 2º - Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa
seqüência da vantagem ou promessa, o funcionário de fronteira:
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
o pratica infringindo dever funcional.
§ 2º - Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou Exercício funcional ilegalmente antecipado ou
retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, prolongado
cedendo a pedido ou influência de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes
de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exer-
Facilitação de contrabando ou descaminho cê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente
que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso:
Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa.
prática de contrabando ou descaminho (art. 334):
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e mul- Violação de sigilo funcional
ta. (Redação dada pela Lei nº 8.137, de 27.12.1990)
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do
Prevaricação cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-
-lhe a revelação:
Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevida- Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa,
mente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição se o fato não constitui crime mais grave.
expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem: (In-
pessoal:
cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
I – permite ou facilita, mediante atribuição, forneci-
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou
mento e empréstimo de senha ou qualquer outra for-
agente público, de cumprir seu dever de vedar ao pre-
ma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas
so o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar,
de informações ou banco de dados da Administração
que permita a comunicação com outros presos ou com
o ambiente externo: (Incluído pela Lei nº 11.466, de Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
2007). II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. (Inclu-
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. ído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administra-
Condescendência criminosa ção Pública ou a outrem: (Incluído pela Lei nº 9.983,
de 2000)
Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e mul-
responsabilizar subordinado que cometeu infração no ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
exercício do cargo ou, quando lhe falte competência,
não levar o fato ao conhecimento da autoridade com- Violação do sigilo de proposta de concorrência
petente:
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concor-
rência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de
Advocacia administrativa devassá-lo:
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interes-
se privado perante a administração pública, valendo- Funcionário público
-se da qualidade de funcionário:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os
Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da remuneração, exerce cargo, emprego ou função pú-
multa. blica.
§ 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Violência arbitrária cargo, emprego ou função em entidade paraestatal,


e quem trabalha para empresa prestadora de serviço
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou contratada ou conveniada para a execução de ativida-
a pretexto de exercê-la: de típica da Administração Pública.(Incluído pela Lei
Pena - detenção, de seis meses a três anos, além da nº 9.983, de 2000)
pena correspondente à violência. § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando
os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem
Abandono de função ocupantes de cargos em comissão ou de função de di-
reção ou assessoramento de órgão da administração
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos direta, sociedade de economia mista, empresa pública
permitidos em lei: ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído
Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. pela Lei nº 6.799, de 1980)

60
CAPÍTULO II Descaminho
DOS CRIMES PRATICADOS POR
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GE- Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de
RAL direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou
pelo consumo de mercadoria (Redação dada pela Lei
Usurpação de função pública nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Redação
Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública: dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa. § 1o  Incorre na mesma pena quem:  (Redação dada
Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vanta- pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
gem: I - pratica navegação de cabotagem, fora dos casos
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa. permitidos em lei;  (Redação dada pela Lei nº 13.008,
de 26.6.2014)
Resistência II - pratica fato assimilado, em lei especial, a descami-
nho;  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante
III - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou,
violência ou ameaça a funcionário competente para
de qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
alheio, no exercício de atividade comercial ou indus-
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
trial, mercadoria de procedência estrangeira que in-
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se exe-
cuta: troduziu clandestinamente no País ou importou frau-
Pena - reclusão, de um a três anos. dulentamente ou que sabe ser produto de introdução
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuí- clandestina no território nacional ou de importação
zo das correspondentes à violência. fraudulenta por parte de outrem; (Redação dada pela
Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Desobediência IV - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou
alheio, no exercício de atividade comercial ou indus-
Art. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário trial, mercadoria de procedência estrangeira, desa-
público: companhada de documentação legal ou acompanha-
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. da de documentos que sabe serem falsos.  (Redação
dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Desacato § 2o Equipara-se às atividades comerciais, para os efei-
tos deste artigo, qualquer forma de comércio irregular
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício ou clandestino de mercadorias estrangeiras, inclusive
da função ou em razão dela: o exercido em residências.  (Redação dada pela Lei nº
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 13.008, de 26.6.2014)
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de descami-
Tráfico de Influência (Redação dada pela Lei nº nho é praticado em transporte aéreo, marítimo ou flu-
9.127, de 1995) vial.  (Redação dada pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
Art. 332 - Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou Contrabando
para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a
pretexto de influir em ato praticado por funcionário Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibi-
público no exercício da função: (Redação dada pela Lei
da:  (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
nº 9.127, de 1995)
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.  (Incluído
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e mul-
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
ta. (Redação dada pela Lei nº 9.127, de 1995)
§ 1o Incorre na mesma pena quem:  (Incluído pela Lei
Parágrafo único - A pena é aumentada da metade, se
o agente alega ou insinua que a vantagem é também nº 13.008, de 26.6.2014)
destinada ao funcionário.  (Redação dada pela Lei nº I - pratica fato assimilado, em lei especial, a contra-
9.127, de 1995) bando;  (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)
II - importa ou exporta clandestinamente mercadoria
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Corrupção ativa que dependa de registro, análise ou autorização de ór-


gão público competente;  (Incluído pela Lei nº 13.008,
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida de 26.6.2014)
a funcionário público, para determiná-lo a praticar, III - reinsere no território nacional mercadoria bra-
omitir ou retardar ato de ofício: sileira destinada à exportação;  (Incluído pela Lei nº
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e mul- 13.008, de 26.6.2014)
ta. (Redação dada pela Lei nº 10.763, de 12.11.2003) IV - vende, expõe à venda, mantém em depósito ou, de
Parágrafo único - A pena é aumentada de um terço, qualquer forma, utiliza em proveito próprio ou alheio,
se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário no exercício de atividade comercial ou industrial, mer-
retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo cadoria proibida pela lei brasileira;  (Incluído pela Lei
dever funcional. nº 13.008, de 26.6.2014)

61
V - adquire, recebe ou oculta, em proveito próprio ou III – omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros
alheio, no exercício de atividade comercial ou indus- auferidos, remunerações pagas ou creditadas e de-
trial, mercadoria proibida pela lei brasileira.  (Incluído mais fatos geradores de contribuições sociais previ-
pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014)§ 2º - Equipara-se denciárias: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
às atividades comerciais, para os efeitos deste artigo, Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e mul-
qualquer forma de comércio irregular ou clandestino ta. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
de mercadorias estrangeiras, inclusive o exercido em § 1o É extinta a punibilidade se o agente, espontane-
residências.  (Incluído pela Lei nº 4.729, de 14.7.1965) amente, declara e confessa as contribuições, impor-
§ 3o A pena aplica-se em dobro se o crime de contra- tâncias ou valores e presta as informações devidas à
bando é praticado em transporte aéreo, marítimo ou previdência social, na forma definida em lei ou regu-
fluvial. (Incluído pela Lei nº 13.008, de 26.6.2014) lamento, antes do início da ação fiscal. (Incluído pela
Lei nº 9.983, de 2000)
Impedimento, perturbação ou fraude de concor- § 2o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou
aplicar somente a de multa se o agente for primário e
rência
de bons antecedentes, desde que: (Incluído pela Lei nº
9.983, de 2000)
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência
I – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
pública ou venda em hasta pública, promovida pela II – o valor das contribuições devidas, inclusive aces-
administração federal, estadual ou municipal, ou sórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela
por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar previdência social, administrativamente, como sendo
concorrente ou licitante, por meio de violência, grave o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fis-
ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: cais. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, § 3o Se o empregador não é pessoa jurídica e sua fo-
além da pena correspondente à violência. lha de pagamento mensal não ultrapassa R$ 1.510,00
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz poderá reduzir
abstém de concorrer ou licitar, em razão da vantagem a pena de um terço até a metade ou aplicar apenas a
oferecida. de multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
§ 4o O valor a que se refere o parágrafo anterior será
Inutilização de edital ou de sinal reajustado nas mesmas datas e nos mesmos índices
do reajuste dos benefícios da previdência social. (In-
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou cluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
conspurcar edital afixado por ordem de funcionário
público; violar ou inutilizar selo ou sinal empregado, CAPÍTULO II-A
por determinação legal ou por ordem de funcionário (Incluído pela Lei nº 10.467, de 11.6.2002)
público, para identificar ou cerrar qualquer objeto: DOS CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CON-
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. TRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTRANGEIRA

Subtração ou inutilização de livro ou documento Corrupção ativa em transação comercial interna-


cional
Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente,
livro oficial, processo ou documento confiado à custó- Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indi-
retamente, vantagem indevida a funcionário público
dia de funcionário, em razão de ofício, ou de particular
estrangeiro, ou a terceira pessoa, para determiná-lo a
em serviço público:
praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não
transação comercial internacional:  (Incluído pela Lei
constitui crime mais grave. nº 10467, de 11.6.2002)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e multa. (In-
Sonegação de contribuição previdenciária (Incluí- cluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
do pela Lei nº 9.983, de 2000) Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um ter-
ço), se, em razão da vantagem ou promessa, o funcio-
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social nário público estrangeiro retarda ou omite o ato de
previdenciária e qualquer acessório, mediante as se- ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. (Inclu-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

guintes condutas: (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) ído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
I – omitir de folha de pagamento da empresa ou de
documento de informações previsto pela legislação Tráfico de influência em transação comercial in-
previdenciária segurados empregado, empresário, tra- ternacional (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002)
balhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este
equiparado que lhe prestem serviços; (Incluído pela Lei Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si
nº 9.983, de 2000) ou para outrem, direta ou indiretamente, vantagem
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios ou promessa de vantagem a pretexto de influir em
da contabilidade da empresa as quantias descontadas ato praticado por funcionário público estrangeiro no
dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo exercício de suas funções, relacionado a transação co-
tomador de serviços; (Incluído pela Lei nº 9.983, de mercial internacional: (Incluído pela Lei nº 10467, de
2000) 11.6.2002)

62
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e mul- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e mul-
ta. (Incluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) ta.  (Redação dada pela Lei nº 12.850, de 2013)  (Vi-
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se gência)
o agente alega ou insinua que a vantagem é também § 1o As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se
destinada a funcionário estrangeiro. (Incluído pela Lei o crime é praticado mediante suborno ou se cometido
nº 10467, de 11.6.2002) com o fim de obter prova destinada a produzir efeito
Funcionário público estrangeiro (Incluído pela Lei nº em processo penal, ou em processo civil em que for
10467, de 11.6.2002)
parte entidade da administração pública direta ou in-
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estran-
geiro, para os efeitos penais, quem, ainda que tran- direta.(Redação dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
sitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, em- § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença
prego ou função pública em entidades estatais ou em no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se re-
representações diplomáticas de país estrangeiro. (In- trata ou declara a verdade.(Redação dada pela Lei nº
cluído pela Lei nº 10467, de 11.6.2002) 10.268, de 28.8.2001)
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público es- Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qual-
trangeiro quem exerce cargo, emprego ou função em quer outra vantagem a testemunha, perito, contador,
empresas controladas, diretamente ou indiretamente, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, ne-
pelo Poder Público de país estrangeiro ou em orga- gar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálcu-
nizações públicas internacionais. (Incluído pela Lei nº los, tradução ou interpretação: (Redação dada pela Lei
10467, de 11.6.2002) nº 10.268, de 28.8.2001)
Pena - reclusão, de três a quatro anos, e multa.(Reda-
CAPÍTULO III ção dada pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA
JUSTIÇA Parágrafo único. As penas aumentam-se de um sexto
a um terço, se o crime é cometido com o fim de obter
Reingresso de estrangeiro expulso prova destinada a produzir efeito em processo penal
ou em processo civil em que for parte entidade da ad-
Art. 338 - Reingressar no território nacional o estran- ministração pública direta ou indireta. (Redação dada
geiro que dele foi expulso: pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001)
Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de
nova expulsão após o cumprimento da pena. Coação no curso do processo

Denunciação caluniosa Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com


o fim de favorecer interesse próprio ou alheio, contra
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação po- autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que fun-
licial, de processo judicial, instauração de investigação
ciona ou é chamada a intervir em processo judicial,
administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade
administrativa contra alguém, imputando-lhe crime policial ou administrativo, ou em juízo arbitral:
de que o sabe inocente: (Redação dada pela Lei nº Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além
10.028, de 2000) da pena correspondente à violência.
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o agente Exercício arbitrário das próprias razões
se serve de anonimato ou de nome suposto.
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a imputação Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para sa-
é de prática de contravenção. tisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a
lei o permite:
Comunicação falsa de crime ou de contravenção Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa,
além da pena correspondente à violência.
Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, comunican- Parágrafo único - Se não há emprego de violência, so-
do-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que
mente se procede mediante queixa.
sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa
própria, que se acha em poder de terceiro por deter-
Auto-acusação falsa minação judicial ou convenção:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.


Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime
inexistente ou praticado por outrem: Fraude processual
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
Art. 347 - Inovar artificiosamente, na pendência de
Falso testemunho ou falsa perícia processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de
coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a ou o perito:
verdade como testemunha, perito, contador, tradutor Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir
inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada efeito em processo penal, ainda que não iniciado, as
pela Lei nº 10.268, de 28.8.2001) penas aplicam-se em dobro.

63
Favorecimento pessoal Evasão mediante violência contra a pessoa

Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o in-
pública autor de crime a que é cominada pena de re- divíduo submetido a medida de segurança detentiva,
clusão: usando de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. Pena - detenção, de três meses a um ano, além da
§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão: pena correspondente à violência.
Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa.
§ 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente, descen- Arrebatamento de preso
dente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de
pena. Art. 353 - Arrebatar preso, a fim de maltratá-lo, do
poder de quem o tenha sob custódia ou guarda:
Favorecimento real Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena
correspondente à violência.
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos de co-
-autoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar Motim de presos
seguro o proveito do crime:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a or-
Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar, auxiliar dem ou disciplina da prisão:
ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comu- Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da
nicação móvel, de rádio ou similar, sem autorização pena correspondente à violência.
legal, em estabelecimento prisional. (Incluído pela Lei
nº 12.012, de 2009). Patrocínio infiel
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano. (Inclu-
ído pela Lei nº 12.012, de 2009).
Art. 355 - Trair, na qualidade de advogado ou pro-
curador, o dever profissional, prejudicando interesse,
Exercício arbitrário ou abuso de poder
cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de
liberdade individual, sem as formalidades legais ou
Patrocínio simultâneo ou tergiversação
com abuso de poder:
Pena - detenção, de um mês a um ano.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre o funcio- Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o ad-
nário que: vogado ou procurador judicial que defende na mesma
I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a causa, simultânea ou sucessivamente, partes contrá-
estabelecimento destinado a execução de pena priva- rias.
tiva de liberdade ou de medida de segurança;
II - prolonga a execução de pena ou de medida de Sonegação de papel ou objeto de valor probatório
segurança, deixando de expedir em tempo oportuno
ou de executar imediatamente a ordem de liberdade; Art. 356 - Inutilizar, total ou parcialmente, ou deixar
III - submete pessoa que está sob sua guarda ou cus- de restituir autos, documento ou objeto de valor pro-
tódia a vexame ou a constrangimento não autorizado batório, que recebeu na qualidade de advogado ou
em lei; procurador:
IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência. Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.

Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de Exploração de prestígio


segurança
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer
Art. 351 - Promover ou facilitar a fuga de pessoa le- outra utilidade, a pretexto de influir em juiz, jurado,
galmente presa ou submetida a medida de segurança órgão do Ministério Público, funcionário de justiça, pe-
detentiva: rito, tradutor, intérprete ou testemunha:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Pena - detenção, de seis meses a dois anos. Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é praticado a mão armada, ou por Parágrafo único - As penas aumentam-se de um ter-
mais de uma pessoa, ou mediante arrombamento, a ço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou
pena é de reclusão, de dois a seis anos. utilidade também se destina a qualquer das pessoas
§ 2º - Se há emprego de violência contra pessoa, apli- referidas neste artigo.
ca-se também a pena correspondente à violência.
§ 3º - A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se Violência ou fraude em arrematação judicial
o crime é praticado por pessoa sob cuja custódia ou
guarda está o preso ou o internado. Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação
§ 4º - No caso de culpa do funcionário incumbido da judicial; afastar ou procurar afastar concorrente ou li-
custódia ou guarda, aplica-se a pena de detenção, de citante, por meio de violência, grave ameaça, fraude
três meses a um ano, ou multa. ou oferecimento de vantagem:

64
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa, Art. 207. São proibidas de depor as pessoas que, em
além da pena correspondente à violência. razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam
Desobediência a decisão judicial sobre perda ou sus- guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte in-
pensão de direito teressada, quiserem dar o seu testemunho.
Art. 359 - Exercer função, atividade, direito, autori- Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude
dade ou múnus, de que foi suspenso ou privado por o art. 203 aos doentes e deficientes mentais e aos me-
decisão judicial: nores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa. refere o art. 206.
Art. 209. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir
outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
______. DECRETO-LEI 3.689/41. INSTITUI O § 1o Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL (ART. 197 A pessoas a que as testemunhas se referirem.
200, 202 A 225, 231 A 238, 240 A 250, 301 A § 2o Não será computada como testemunha a pessoa
316) que nada souber que interesse à decisão da causa.
Art. 210. As testemunhas serão inquiridas cada uma
de per si, de modo que umas não saibam nem ouçam
os depoimentos das outras, devendo o juiz adverti-las
CAPÍTULO IV das penas cominadas ao falso testemunho. (Redação
DA CONFISSÃO dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
Parágrafo único. Antes do início da audiência e du-
Art. 197. O valor da confissão se aferirá pelos critérios rante a sua realização, serão reservados espaços se-
adotados para os outros elementos de prova, e para parados para a garantia da incomunicabilidade das
a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as testemunhas. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
demais provas do processo, verificando se entre ela e Art. 211. Se o juiz, ao pronunciar sentença final, reco-
estas existe compatibilidade ou concordância. nhecer que alguma testemunha fez afirmação falsa,
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confis- calou ou negou a verdade, remeterá cópia do depoi-
são, mas poderá constituir elemento para a formação
mento à autoridade policial para a instauração de in-
do convencimento do juiz.
quérito.
Art. 199. A confissão, quando feita fora do interroga-
Parágrafo único. Tendo o depoimento sido prestado
tório, será tomada por termo nos autos, observado o
em plenário de julgamento, o juiz, no caso de proferir
disposto no art. 195.
decisão na audiência (art. 538, § 2o), o tribunal (art.
Art. 200. A confissão será divisível e retratável, sem
561), ou o conselho de sentença, após a votação dos
prejuízo do livre convencimento do juiz, fundado no
quesitos, poderão fazer apresentar imediatamente a
exame das provas em conjunto.
testemunha à autoridade policial.
CAPÍTULO VI Art. 212. As perguntas serão formuladas pelas par-
DAS TESTEMUNHAS tes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz
aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem
Art. 202. Toda pessoa poderá ser testemunha. relação com a causa ou importarem na repetição de
Art. 203. A testemunha fará, sob palavra de honra, a outra já respondida. (Redação dada pela Lei nº 11.690,
promessa de dizer a verdade do que souber e Ihe for de 2008)
perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o
seu estado e sua residência, sua profissão, lugar onde juiz poderá complementar a inquirição. (Incluído pela
exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de Lei nº 11.690, de 2008)
alguma das partes, ou quais suas relações com qual- Art. 213. O juiz não permitirá que a testemunha ma-
quer delas, e relatar o que souber, explicando sempre nifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inse-
as razões de sua ciência ou as circunstâncias pelas paráveis da narrativa do fato.
quais possa avaliar-se de sua credibilidade. Art. 214. Antes de iniciado o depoimento, as partes
Art. 204. O depoimento será prestado oralmente, não poderão contraditar a testemunha ou argüir circuns-
sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito. tâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parciali-
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, en- dade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contra-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

tretanto, breve consulta a apontamentos. dita ou argüição e a resposta da testemunha, mas só


Art. 205. Se ocorrer dúvida sobre a identidade da tes- excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromis-
temunha, o juiz procederá à verificação pelos meios so nos casos previstos nos arts. 207 e 208.
ao seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o de- Art. 215. Na redação do depoimento, o juiz deverá
poimento desde logo. cingir-se, tanto quanto possível, às expressões usadas
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obri- pelas testemunhas, reproduzindo fielmente as suas
gação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fa- frases.
zê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha Art. 216. O depoimento da testemunha será reduzido
reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a termo, assinado por ela, pelo juiz e pelas partes. Se a
a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando testemunha não souber assinar, ou não puder fazê-lo,
não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar- pedirá a alguém que o faça por ela, depois de lido na
-se a prova do fato e de suas circunstâncias. presença de ambos.

65
Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu po- § 3o Na hipótese prevista no caput deste artigo, a oiti-
derá causar humilhação, temor, ou sério constrangi- va de testemunha poderá ser realizada por meio de vi-
mento à testemunha ou ao ofendido, de modo que deoconferência ou outro recurso tecnológico de trans-
prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição missão de sons e imagens em tempo real, permitida a
por videoconferência e, somente na impossibilidade presença do defensor e podendo ser realizada, inclu-
dessa forma, determinará a retirada do réu, prosse- sive, durante a realização da audiência de instrução
guindo na inquirição, com a presença do seu defensor. e julgamento. (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008) Art. 222-A. As cartas rogatórias só serão expedidas se
Parágrafo único. A adoção de qualquer das medidas demonstrada previamente a sua imprescindibilidade,
previstas no caput deste artigo deverá constar do ter- arcando a parte requerente com os custos de envio.
mo, assim como os motivos que a determinaram. (In- (Incluído pela Lei nº 11.900, de 2009)
cluído pela Lei nº 11.690, de 2008) Parágrafo único. Aplica-se às cartas rogatórias o dis-
Art. 218. Se, regularmente intimada, a testemunha posto nos §§ 1o e 2o do art. 222 deste Código. (Incluído
deixar de comparecer sem motivo justificado, o juiz pela Lei nº 11.900, de 2009)
poderá requisitar à autoridade policial a sua apre- Art. 223. Quando a testemunha não conhecer a lín-
sentação ou determinar seja conduzida por oficial de gua nacional, será nomeado intérprete para traduzir
justiça, que poderá solicitar o auxílio da força pública. as perguntas e respostas.
Art. 219. O juiz poderá aplicar à testemunha faltosa Parágrafo único. Tratando-se de mudo, surdo ou sur-
a multa prevista no art. 453, sem prejuízo do proces- do-mudo, proceder-se-á na conformidade do art. 192.
so penal por crime de desobediência, e condená-la ao Art. 224. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro
pagamento das custas da diligência. (Redação dada de um ano, qualquer mudança de residência, sujeitan-
pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) do-se, pela simples omissão, às penas do não-compa-
Art. 220. As pessoas impossibilitadas, por enfermidade recimento.
ou por velhice, de comparecer para depor, serão inqui- Art. 225. Se qualquer testemunha houver de ausentar-
ridas onde estiverem. -se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio
Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da Repú- de que ao tempo da instrução criminal já não exista,
blica, os senadores e deputados federais, os ministros o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer
de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento.
secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal
e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legis- CAPÍTULO IX
lativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os DOS DOCUMENTOS
ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União,
dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tri- Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes
bunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora poderão apresentar documentos em qualquer fase do
previamente ajustados entre eles e o juiz. (Redação processo.
dada pela Lei nº 3.653, de 4.11.1959) Art. 232. Consideram-se documentos quaisquer escri-
§ 1o O Presidente e o Vice-Presidente da República, os tos, instrumentos ou papéis, públicos ou particulares.
presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Depu- Parágrafo único. À fotografia do documento, devida-
tados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar mente autenticada, se dará o mesmo valor do original.
pela prestação de depoimento por escrito, caso em Art. 233. As cartas particulares, interceptadas ou ob-
que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas tidas por meios criminosos, não serão admitidas em
pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício. (Redação juízo.
dada pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em ju-
§ 2o Os militares deverão ser requisitados à autori- ízo pelo respectivo destinatário, para a defesa de seu
dade superior. (Redação dada pela Lei nº 6.416, de direito, ainda que não haja consentimento do signa-
24.5.1977) tário.
§ 3o Aos funcionários públicos aplicar-se-á o disposto Art. 234. Se o juiz tiver notícia da existência de docu-
no art. 218, devendo, porém, a expedição do mandado mento relativo a ponto relevante da acusação ou da
ser imediatamente comunicada ao chefe da reparti- defesa, providenciará, independentemente de requeri-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ção em que servirem, com indicação do dia e da hora mento de qualquer das partes, para sua juntada aos
marcados. (Incluído pela Lei nº 6.416, de 24.5.1977) autos, se possível.
Art. 222. A testemunha que morar fora da jurisdição Art. 235. A letra e firma dos documentos particulares
do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residên- serão submetidas a exame pericial, quando contesta-
cia, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com da a sua autenticidade.
prazo razoável, intimadas as partes. Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem
§ 1o A expedição da precatória não suspenderá a ins- prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário,
trução criminal. traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pes-
§ 2o Findo o prazo marcado, poderá realizar-se o jul- soa idônea nomeada pela autoridade.
gamento, mas, a todo tempo, a precatória, uma vez Art. 237. As públicas-formas só terão valor quando
devolvida, será junta aos autos. conferidas com o original, em presença da autoridade.

66
Art. 238. Os documentos originais, juntos a processo § 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará
findo, quando não exista motivo relevante que justifi- previamente sua qualidade e o objeto da diligência.
que a sua conservação nos autos, poderão, mediante § 2o Em caso de desobediência, será arrombada a por-
requerimento, e ouvido o Ministério Público, ser en- ta e forçada a entrada.
tregues à parte que os produziu, ficando traslado nos § 3o Recalcitrando o morador, será permitido o em-
autos. prego de força contra coisas existentes no interior da
casa, para o descobrimento do que se procura.
CAPÍTULO XI § 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando
DA BUSCA E DA APREENSÃO ausentes os moradores, devendo, neste caso, ser inti-
mado a assistir à diligência qualquer vizinho, se hou-
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. ver e estiver presente.
§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando funda- § 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai
das razões a autorizarem, para: procurar, o morador será intimado a mostrá-la.
a) prender criminosos; § 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios cri- imediatamente apreendida e posta sob custódia da
minosos; autoridade ou de seus agentes.
c) apreender instrumentos de falsificação ou de con- § 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto
trafação e objetos falsificados ou contrafeitos; circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas
d) apreender armas e munições, instrumentos utiliza- presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o.
dos na prática de crime ou destinados a fim delituoso; Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou anterior, quando se tiver de proceder a busca em com-
à defesa do réu; partimento habitado ou em aposento ocupado de ha-
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao bitação coletiva ou em compartimento não aberto ao
acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de público, onde alguém exercer profissão ou atividade.
que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa pro-
elucidação do fato; curada, os motivos da diligência serão comunicados a
g) apreender pessoas vítimas de crimes; quem tiver sofrido a busca, se o requerer.
h) colher qualquer elemento de convicção. Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo
§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver que não moleste os moradores mais do que o indis-
fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma pensável para o êxito da diligência.
proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e le- Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mu-
tra h do parágrafo anterior. lher, se não importar retardamento ou prejuízo da di-
Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou ju- ligência.
diciária não a realizar pessoalmente, a busca domici- Art. 250. A autoridade ou seus agentes poderão pene-
liar deverá ser precedida da expedição de mandado. trar no território de jurisdição alheia, ainda que de ou-
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou tro Estado, quando, para o fim de apreensão, forem no
a requerimento de qualquer das partes. seguimento de pessoa ou coisa, devendo apresentar-se
Art. 243. O mandado de busca deverá: à competente autoridade local, antes da diligência ou
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em após, conforme a urgência desta.
que será realizada a diligência e o nome do respectivo § 1o Entender-se-á que a autoridade ou seus agentes
proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, vão em seguimento da pessoa ou coisa, quando:
o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a) tendo conhecimento direto de sua remoção ou
a identifiquem; transporte, a seguirem sem interrupção, embora de-
II - mencionar o motivo e os fins da diligência; pois a percam de vista;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autori- b) ainda que não a tenham avistado, mas sabendo,
dade que o fizer expedir. por informações fidedignas ou circunstâncias indici-
§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio árias, que está sendo removida ou transportada em
texto do mandado de busca. determinada direção, forem ao seu encalço.
§ 2o Não será permitida a apreensão de documento § 2o Se as autoridades locais tiverem fundadas razões
em poder do defensor do acusado, salvo quando cons- para duvidar da legitimidade das pessoas que, nas re-
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tituir elemento do corpo de delito. feridas diligências, entrarem pelos seus distritos, ou da
Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, legalidade dos mandados que apresentarem, poderão
no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita exigir as provas dessa legitimidade, mas de modo que
de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou não se frustre a diligência.
de objetos ou papéis que constituam corpo de delito,
ou quando a medida for determinada no curso de bus- CAPÍTULO II
ca domiciliar. DA PRISÃO EM FLAGRANTE
Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de
dia, salvo se o morador consentir que se realizem à Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades
noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores policiais e seus agentes deverão prender quem quer
mostrarão e lerão o mandado ao morador, ou a quem que seja encontrado em flagrante delito.
o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a porta. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:

67
I - está cometendo a infração penal; Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da
II - acaba de cometê-la; autoridade, ou contra esta, no exercício de suas fun-
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ções, constarão do auto a narração deste fato, a voz
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que de prisão, as declarações que fizer o preso e os de-
faça presumir ser autor da infração; poimentos das testemunhas, sendo tudo assinado pela
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, ar- autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido
mas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele au- imediatamente ao juiz a quem couber tomar conheci-
tor da infração. mento do fato delituoso, se não o for a autoridade que
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o houver presidido o auto.
agente em flagrante delito enquanto não cessar a Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se
permanência. tiver efetuado a prisão, o preso será logo apresentado
Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competen- à do lugar mais próximo.
te, ouvirá esta o condutor e colherá, desde logo, sua Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em
liberdade, depois de lavrado o auto de prisão em fla-
assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo
grante.
de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o
das testemunhas que o acompanharem e ao interro-
juiz deverá fundamentadamente: (Redação dada pela
gatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita,
Lei nº 12.403, de 2011).
colhendo, após cada oitiva suas respectivas assinatu- I - relaxar a prisão ilegal; ou (Incluído pela Lei nº
ras, lavrando, a autoridade, afinal, o auto. (Redação 12.403, de 2011).
dada pela Lei nº 11.113, de 2005) II - converter a prisão em flagrante em preventiva,
§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita con- quando presentes os requisitos constantes do art. 312
tra o conduzido, a autoridade mandará recolhê-lo à deste Código, e se revelarem inadequadas ou insufi-
prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar cientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
fiança, e prosseguirá nos atos do inquérito ou proces- (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
so, se para isso for competente; se não o for, enviará os III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
autos à autoridade que o seja. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão
o auto de prisão em flagrante; mas, nesse caso, com o em flagrante, que o agente praticou o fato nas condi-
condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas ções constantes dos incisos I a III do caput do art. 23
que hajam testemunhado a apresentação do preso à do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
autoridade. Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não sou- ao acusado liberdade provisória, mediante termo de
ber ou não puder fazê-lo, o auto de prisão em flagran- comparecimento a todos os atos processuais, sob pena
te será assinado por duas testemunhas, que tenham de revogação. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
ouvido sua leitura na presença deste. (Redação dada 2011).
pela Lei nº 11.113, de 2005)
§ 4o Da lavratura do auto de prisão em flagrante de- CAPÍTULO III
verá constar a informação sobre a existência de filhos, DA PRISÃO PREVENTIVA
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e
o nome e o contato de eventual responsável pelos cui- Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou
do processo penal, caberá a prisão preventiva decre-
dados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído
tada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou
pela Lei nº 13.257, de 2016)
a requerimento do Ministério Público, do querelante
Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão,
ou do assistente, ou por representação da autoridade
qualquer pessoa designada pela autoridade lavrará o
policial. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
auto, depois de prestado o compromisso legal. Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde como garantia da ordem pública, da ordem econômi-
se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz ca, por conveniência da instrução criminal, ou para
competente, ao Ministério Público e à família do preso assegurar a aplicação da lei penal, quando houver
ou à pessoa por ele indicada. (Redação dada pela Lei prova da existência do crime e indício suficiente de
nº 12.403, de 2011).
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autoria. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).


§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realiza- Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá
ção da prisão, será encaminhado ao juiz competente o ser decretada em caso de descumprimento de qual-
auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não in- quer das obrigações impostas por força de outras me-
forme o nome de seu advogado, cópia integral para a didas cautelares (art. 282, § 4o). (Incluído pela Lei nº
Defensoria Pública. (Redação dada pela Lei nº 12.403, 12.403, de 2011).
de 2011). Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, me- admitida a decretação da prisão preventiva: (Redação
diante recibo, a nota de culpa, assinada pela autorida- dada pela Lei nº 12.403, de 2011).
de, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os I - nos crimes dolosos punidos com pena privativa de
das testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 12.403, liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; (Reda-
de 2011). ção dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

68
II - se tiver sido condenado por outro crime doloso, em Seção II
sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto Dos Crimes em Espécie
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei no 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; (Redação Art. 228. Deixar o encarregado de serviço ou o dirigen-
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). te de estabelecimento de atenção à saúde de gestante
III - se o crime envolver violência doméstica e familiar de manter registro das atividades desenvolvidas, na
contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo forma e prazo referidos no art. 10 desta Lei, bem como
ou pessoa com deficiência, para garantir a execução de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por
das medidas protetivas de urgência; (Redação dada ocasião da alta médica, declaração de nascimento,
pela Lei nº 12.403, de 2011). onde constem as intercorrências do parto e do desen-
IV - (revogado). (Revogado pela Lei nº 12.403, de volvimento do neonato:
2011). Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Também será admitida a prisão pre- Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
ventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil
Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de
da pessoa ou quando esta não fornecer elementos su-
estabelecimento de atenção à saúde de gestante de
ficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser coloca-
identificar corretamente o neonato e a parturiente,
do imediatamente em liberdade após a identificação,
por ocasião do parto, bem como deixar de proceder
salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da aos exames referidos no art. 10 desta Lei:
medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011). Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 314. A prisão preventiva em nenhum caso será Parágrafo único. Se o crime é culposo:
decretada se o juiz verificar pelas provas constantes Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
dos autos ter o agente praticado o fato nas condições Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua li-
previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 23 do De- berdade, procedendo à sua apreensão sem estar em
creto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem es-
Penal. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011). crita da autoridade judiciária competente:
Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar Pena - detenção de seis meses a dois anos.
a prisão preventiva será sempre motivada. (Redação Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que
dada pela Lei nº 12.403, de 2011). procede à apreensão sem observância das formalida-
Art. 316. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, des legais.
no correr do processo, verificar a falta de motivo para Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela
que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobre- apreensão de criança ou adolescente de fazer imedia-
vierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela ta comunicação à autoridade judiciária competente e
Lei nº 5.349, de 3.11.1967) à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua au-
toridade, guarda ou vigilância a vexame ou a cons-
______. LEI 8.069/90. DISPÕE SOBRE trangimento:
O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO Pena - detenção de seis meses a dois anos.
ADOLESCENTE E DÁ OUTRAS Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa
PROVIDÊNCIAS. (ART. 225 A 258-C) causa, de ordenar a imediata liberação de criança ou
adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegali-
dade da apreensão:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Título VII
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixa-
Dos Crimes e Das Infrações Administrativas
do nesta Lei em benefício de adolescente privado de
liberdade:
Capítulo I Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Dos Crimes Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade
judiciária, membro do Conselho Tutelar ou represen-
Seção I
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tante do Ministério Público no exercício de função pre-


Disposições Gerais vista nesta Lei:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 225. Este Capítulo dispõe sobre crimes praticados Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de
contra a criança e o adolescente, por ação ou omissão, quem o tem sob sua guarda em virtude de lei ou or-
sem prejuízo do disposto na legislação penal. dem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:
Art. 226. Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
normas da Parte Geral do Código Penal e, quanto ao     Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou
processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal. pupilo a terceiro, mediante paga ou recompensa:
Art. 227. Os crimes definidos nesta Lei são de ação Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
pública incondicionada. Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem ofe-
rece ou efetiva a paga ou recompensa.

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Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato § 2o Não há crime se a posse ou o armazenamento
destinado ao envio de criança ou adolescente para o tem a finalidade de comunicar às autoridades com-
exterior com inobservância das formalidades legais ou petentes a ocorrência das condutas descritas nos arts.
com o fito de obter lucro: 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comuni-
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa. cação for feita por:
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave I – agente público no exercício de suas funções;
ameaça ou fraude: II – membro de entidade, legalmente constituída, que
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebi-
pena correspondente à violência. mento, o processamento e o encaminhamento de no-
tícia dos crimes referidos neste parágrafo;
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar
III – representante legal e funcionários responsáveis
ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de
ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:   rede de computadores, até o recebimento do material
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Minis-
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facili- tério Público ou ao Poder Judiciário.
ta, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia § 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo deverão
a participação de criança ou adolescente nas cenas manter sob sigilo o material ilícito referido.
referidas no caputdeste artigo, ou ainda quem com
esses contracena.   Art. 241-C. Simular a participação de criança ou ado-
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente lescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por
comete o crime:   meio de adulteração, montagem ou modificação de
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pre- fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de repre-
texto de exercê-la;   sentação visual:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabi-
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem
tação ou de hospitalidade; ou  
vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica
III – prevalecendo-se de relações de parentesco con- ou divulga por qualquer meio, adquire, possui ou ar-
sangüíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, mazena o material produzido na forma do caput des-
de tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou te artigo.
de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade so- Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger,
bre ela, ou com seu consentimento.   por qualquer meio de comunicação, criança, com o
Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo fim de com ela praticar ato libidinoso:
ou outro registro que contenha cena de sexo explícito Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. I – facilita ou induz o acesso à criança de material
Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com
distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, in- o fim de com ela praticar ato libidinoso;
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo
clusive por meio de sistema de informática ou telemá-
com o fim de induzir criança a se exibir de forma por-
tico, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha
nográfica ou sexualmente explícita.
cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei,
criança ou adolescente:   a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica”
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. compreende qualquer situação que envolva criança
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem: ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais
I – assegura os meios ou serviços para o armazena- ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma
mento das fotografias, cenas ou imagens de que trata criança ou adolescente para fins primordialmente se-
o caput deste artigo; xuais.
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
de computadores às fotografias, cenas ou imagens de entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente
que trata o caput deste artigo. arma, munição ou explosivo:
§ 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
1o deste artigo são puníveis quando o responsável le- Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entre-
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gar, ainda que gratuitamente, de qualquer forma, a


gal pela prestação do serviço, oficialmente notificado,
criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem jus-
deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que ta causa, outros produtos cujos componentes possam
trata o caput deste artigo. causar dependência física ou psíquica:
Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qual- Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,
quer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro se o fato não constitui crime mais grave.
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou
envolvendo criança ou adolescente: entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescen-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. te fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles
§ 1o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de
se de pequena quantidade o material a que se refere provocar qualquer dano físico em caso de utilização
o caput deste artigo. indevida:

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Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa. nar a apreensão da publicação ou a suspensão da pro-
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como gramação da emissora até por dois dias, bem como
tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostitui- da publicação do periódico até por dois números. (Ex-
ção ou à exploração sexual: pressão declarada inconstitucional pela ADIN 869-2).
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além Art. 248. Deixar de apresentar à autoridade judiciária
da perda de bens e valores utilizados na prática crimi- de seu domicílio, no prazo de cinco dias, com o fim de
nosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do regularizar a guarda, adolescente trazido de outra co-
Adolescente da unidade da Federação (Estado ou Dis- marca para a prestação de serviço doméstico, mesmo
trito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado que autorizado pelos pais ou responsável:
o direito de terceiro de boa-fé. Pena - multa de três a vinte salários de referência,
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o ge- aplicando-se o dobro em caso de reincidência, inde-
rente ou o responsável pelo local em que se verifique a pendentemente das despesas de retorno do adoles-
submissão de criança ou adolescente às práticas refe- cente, se for o caso.
ridas no caputdeste artigo. Art. 249. Descumprir, dolosa ou culposamente, os de-
§ 2o Constitui efeito obrigatório da condenação a cas- veres inerentes ao poder familiar ou decorrente de
sação da licença de localização e de funcionamento tutela ou guarda, bem assim determinação da autori-
do estabelecimento. dade judiciária ou Conselho Tutelar:
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de me- Pena - multa de três a vinte salários de referência,
nor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
penal ou induzindo-o a praticá-la: Art. 250. Hospedar criança ou adolescente desacom-
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. panhado dos pais ou responsável, ou sem autorização
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo escrita desses ou da autoridade judiciária, em hotel,
quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se pensão, motel ou congênere:
de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de ba- Pena – multa.
te-papo da internet. § 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são au-
de multa, a autoridade judiciária poderá determinar
mentadas de um terço no caso de a infração cometi-
o fechamento do estabelecimento por até 15 (quinze)
da ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei
dias.
no 8.072, de 25 de julho de 1990.
§ 2º Se comprovada a reincidência em período infe-
rior a 30 (trinta) dias, o estabelecimento será definiti-
Capítulo II
vamente fechado e terá sua licença cassada.
Das Infrações Administrativas
Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qual-
quer meio, com inobservância do disposto nos arts. 83,
Art. 245. Deixar o médico, professor ou responsável
por estabelecimento de atenção à saúde e de ensi- 84 e 85 desta Lei:
no fundamental, pré-escola ou creche, de comunicar Pena - multa de três a vinte salários de referência,
à autoridade competente os casos de que tenha co- aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
nhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetá-
maus-tratos contra criança ou adolescente: culo público de afixar, em lugar visível e de fácil acesso,
Pena - multa de três a vinte salários de referência, à entrada do local de exibição, informação destacada
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa
Art. 246. Impedir o responsável ou funcionário de enti- etária especificada no certificado de classificação:
dade de atendimento o exercício dos direitos constan- Pena - multa de três a vinte salários de referência,
tes nos incisos II, III, VII, VIII e XI do art. 124 desta Lei: aplicando-se o dobro em caso de reincidência.
Pena - multa de três a vinte salários de referência, Art. 253. Anunciar peças teatrais, filmes ou quaisquer
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. representações ou espetáculos, sem indicar os limites
Art. 247. Divulgar, total ou parcialmente, sem auto- de idade a que não se recomendem:
rização devida, por qualquer meio de comunicação, Pena - multa de três a vinte salários de referência, du-
nome, ato ou documento de procedimento policial, plicada em caso de reincidência, aplicável, separada-
administrativo ou judicial relativo a criança ou ado- mente, à casa de espetáculo e aos órgãos de divulga-
ção ou publicidade.
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lescente a que se atribua ato infracional:


Pena - multa de três a vinte salários de referência, Art. 254. Transmitir, através de rádio ou televisão, es-
aplicando-se o dobro em caso de reincidência. petáculo em horário diverso do autorizado ou sem
§ 1º Incorre na mesma pena quem exibe, total ou par- aviso de sua classificação:
cialmente, fotografia de criança ou adolescente envol- Pena - multa de vinte a cem salários de referência; du-
vido em ato infracional, ou qualquer ilustração que plicada em caso de reincidência a autoridade judiciá-
lhe diga respeito ou se refira a atos que lhe sejam atri- ria poderá determinar a suspensão da programação
buídos, de forma a permitir sua identificação, direta da emissora por até dois dias.
ou indiretamente. Art. 255. Exibir filme, trailer, peça, amostra ou con-
§ 2º Se o fato for praticado por órgão de imprensa ou gênere classificado pelo órgão competente como ina-
emissora de rádio ou televisão, além da pena prevista dequado às crianças ou adolescentes admitidos ao
neste artigo, a autoridade judiciária poderá determi- espetáculo:

71
Pena - multa de vinte a cem salários de referência; na
reincidência, a autoridade poderá determinar a sus-
pensão do espetáculo ou o fechamento do estabeleci- EXERCÍCIO COMENTADO
mento por até quinze dias.
Art. 256. Vender ou locar a criança ou adolescente fita 1. (Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - CES-
de programação em vídeo, em desacordo com a clas- PE/2014) Acerca de ato infracional e medidas socioe-
sificação atribuída pelo órgão competente: ducativas, bem como dos crimes e infrações praticados
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em contra a criança e o adolescente, julgue o item a seguir.
caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá Caso um adolescente que faça parte de um grupo for-
determinar o fechamento do estabelecimento por até mado por adultos e que já tenha praticado, comprova-
quinze dias. damente, diversos roubos com uso de arma de fogo seja
Art. 257. Descumprir obrigação constante dos arts. 78 apreendido, a ele deverá ser imposta – após o devido
e 79 desta Lei: procedimento judicial – a medida socioeducativa deno-
Pena - multa de três a vinte salários de referência, minada liberdade assistida.
duplicando-se a pena em caso de reincidência, sem
( ) CERTO ( ) ERRADO
prejuízo de apreensão da revista ou publicação.
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento
Resposta: Errado. Nos termos do artigo 118, ECA, “a
ou o empresário de observar o que dispõe esta Lei so-
liberdade assistida será adotada sempre que se afigu-
bre o acesso de criança ou adolescente aos locais de
rar a medida mais adequada para o fim de acompa-
diversão, ou sobre sua participação no espetáculo:
nhar, auxiliar e orientar o adolescente”. Ocorre que o
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em adolescente praticou crimes com violência ou grave
caso de reincidência, a autoridade judiciária poderá ameaça, razão pela qual cabe internação, conforme
determinar o fechamento do estabelecimento por até artigo 122, I, ECA: “A medida de internação só pode-
quinze dias. rá ser aplicada quando: I - tratar-se de ato infracional
Art. 258-A.  Deixar a autoridade competente de pro- cometido mediante grave ameaça ou violência a pes-
videnciar a instalação e operacionalização dos cadas- soa”.
tros previstos no art. 50 e no § 11 do art. 101 desta Lei:
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00
(três mil reais).
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autori- ______. DECRETO-LEI 1.001/69. INSTITUI O
dade que deixa de efetuar o cadastramento de crian- CÓDIGO PENAL MILITAR. (ART. 9º, 149 A 166,
ças e de adolescentes em condições de serem adota- 187 A 196, 202, 203, 298 E 299)
das, de pessoas ou casais habilitados à adoção e de
crianças e adolescentes em regime de acolhimento
institucional ou familiar.   DECRETO-LEI Nº 1.001, DE 21 DE OUTUBRO DE
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente 1969.
de estabelecimento de atenção à saúde de gestante
de efetuar imediato encaminhamento à autoridade Código Penal Militar
judiciária de caso de que tenha conhecimento de mãe
ou gestante interessada em entregar seu filho para Crimes militares em tempo de paz
adoção:  
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de
(três mil reais). paz:
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcioná- I - os crimes de que trata êste Código, quando defini-
dos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não
rio de programa oficial ou comunitário destinado à
previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição
garantia do direito à convivência familiar que deixa de
especial;
efetuar a comunicação referida no caput deste artigo.
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na
Art. 258-C. Descumprir a proibição estabelecida no
legislação penal, quando praticados:(Redação dada
inciso II do art. 81:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

pela Lei nº 13.491, de 2017)


Pena - multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ a) por militar em situação de atividade ou assemelha-
10.000,00 (dez mil reais); do, contra militar na mesma situação ou assemelhado;
Medida Administrativa - interdição do estabelecimen- b) por militar em situação de atividade ou assemelha-
to comercial até o recolhimento da multa aplicada. do, em lugar sujeito à administração militar, contra
militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou
civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da fun-
ção, em comissão de natureza militar, ou em forma-
tura, ainda que fora do lugar sujeito à administração
militar contra militar da reserva, ou reformado, ou ci-
vil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996)

72
d) por militar durante o período de manobras ou exer- Crimes militares em tempo de guerra
cício, contra militar da reserva, ou reformado, ou as-
semelhado, ou civil; TÍTULO II
e) por militar em situação de atividade, ou assemelha- DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE
do, contra o patrimônio sob a administração militar, OU DISCIPLINA MILITAR
ou a ordem administrativa militar; CAPÍTULO I
f) revogada.(Redação dada pela Lei nº 9.299, de DO MOTIM E DA REVOLTA
8.8.1996)
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou re- Motim
formado, ou por civil, contra as instituições militares,
considerando-se como tais não só os compreendidos Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados:
no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou negando-se a cumpri-la;
contra a ordem administrativa militar; II - recusando obediência a superior, quando estejam
b) em lugar sujeito à administração militar contra agindo sem ordem ou praticando violência;
militar em situação de atividade ou assemelhado, ou III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou
em resistência ou violência, em comum, contra supe-
contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça
rior;
Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo;
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou
c) contra militar em formatura, ou durante o período
estabelecimento militar, ou dependência de qualquer
de prontidão, vigilância, observação, exploração, exer- dêles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou via-
cício, acampamento, acantonamento ou manobras; tura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles lo-
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração cais ou meios de transporte, para ação militar, ou prá-
militar, contra militar em função de natureza militar, tica de violência, em desobediência a ordem superior
ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar:
e preservação da ordem pública, administrativa ou ju- Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento
diciária, quando legalmente requisitado para aquêle de um têrço para os cabeças.
fim, ou em obediência a determinação legal superior.
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos Revolta
contra a vida e cometidos por militares contra civil,
serão da competência do Tribunal do Júri. (Redação Parágrafo único. Se os agentes estavam armados:
dada pela Lei nº 13.491, de 2017) Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolo- um têrço para os cabeças.
sos contra a vida e cometidos por militares das Forças
Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Organização de grupo para a prática de violência
Militar da União, se praticados no contexto:(Incluído
pela Lei nº 13.491, de 2017) Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou as-
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem semelhados, com armamento ou material bélico, de
estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo propriedade militar, praticando violência à pessoa ou
Ministro de Estado da Defesa;(Incluído pela Lei nº à coisa pública ou particular em lugar sujeito ou não
13.491, de 2017) à administração militar:
II – de ação que envolva a segurança de instituição Pena - reclusão, de quatro a oito anos.
militar ou de missão militar, mesmo que não belige-
rante; ou(Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) Omissão de lealdade militar
III – de atividade de natureza militar, de operação de
Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao
paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição
conhecimento do superior o motim ou revolta de cuja
subsidiária, realizadas em conformidade com o dis-
preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato
posto no art. 142 da Constituição Federal e na for- criminoso, não usar de todos os meios ao seu alcance
ma dos seguintes diplomas legais:(Incluído pela Lei nº para impedi-lo:
13.491, de 2017) Pena - reclusão, de três a cinco anos.
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Brasileiro de Aeronáutica;(Incluída pela Lei nº 13.491, Conspiração


de 2017)
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;(In- Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados
cluída pela Lei nº 13.491, de 2017) para a prática do crime previsto no artigo 149:
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Pena - reclusão, de três a cinco anos.
Código de Processo Penal Militar; e(Incluída pela Lei
nº 13.491, de 2017) Isenção de pena
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Elei-
toral.(Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) Parágrafo único. É isento de pena aquêle que, antes
da execução do crime e quando era ainda possível
evitar-lhe as conseqüências, denuncia o ajuste de que
participou.

73
Cumulação de penas Formas qualificadas

Art. 153. As penas dos arts. 149 e 150 são aplicáveis § 1º Se a violência é praticada com arma, a pena é
sem prejuízo das correspondentes à violência. aumentada de um têrço.
§ 2º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se,
CAPÍTULO II além da pena da violência, a do crime contra a pessoa.
DA ALICIAÇÃO E DO INCITAMENTO § 3º Se da violência resulta morte:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
Aliciação para motim ou revolta
Ausência de dôlo no resultado
Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática
de qualquer dos crimes previstos no capítulo anterior: Art. 159. Quando da violência resulta morte ou lesão
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. corporal e as circunstâncias evidenciam que o agente
não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-
Incitamento -lo, a pena do crime contra a pessoa é diminuída de
metade.
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à
prática de crime militar: CAPÍTULO IV
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. DO DESRESPEITO A SUPERIOR E A
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem in- SÍMBOLO NACIONAL OU A FARDA
troduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à admi-
nistração militar, impressos, manuscritos ou material Desrespeito a superior
mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se
contenha incitamento à prática dos atos previstos no Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar:
artigo. Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não
constitui crime mais grave.
Apologia de fato criminoso ou do seu autor
Desrespeito a comandante, oficial general ou ofi-
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar con- cial de serviço
sidera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito
à administração militar: Parágrafo único. Se o fato é praticado contra o co-
Pena - detenção, de seis meses a um ano. mandante da unidade a que pertence o agente, ofi-
cial-general, oficial de dia, de serviço ou de quarto, a
CAPÍTULO III pena é aumentada da metade.
DA VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR OU
MILITAR DE SERVIÇO Desrespeito a símbolo nacional

Violência contra superior Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lu-
gar sujeito à administração militar, ato que se traduza
Art. 157. Praticar violência contra superior: em ultraje a símbolo nacional:
Pena - detenção, de três meses a dois anos. Pena - detenção, de um a dois anos.

Formas qualificadas Despojamento desprezível

§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração mili-
pertence o agente, ou oficial general: tar, insígnia ou distintivo, por menosprêzo ou vilipên-
Pena - reclusão, de três a nove anos. dio:
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é Pena - detenção, de seis meses a um ano.
aumentada de um têrço. Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, fato é praticado diante da tropa, ou em público.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

além da pena da violência, a do crime contra a pessoa.


§ 4º Se da violência resulta morte: CAPÍTULO V
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. DA INSUBORDINAÇÃO
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime
ocorre em serviço. Recusa de obediência

Violência contra militar de serviço Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sôbre
assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a de-
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de ver impôsto em lei, regulamento ou instrução:
serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não
plantão: constitui crime mais grave.
Pena - reclusão, de três a oito anos.

74
Oposição a ordem de sentinela Deserção especial

Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela: Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momen-
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não to da partida do navio ou aeronave, de que é tripulan-
constitui crime mais grave. te, ou do deslocamento da unidade ou força em que
serve:  (Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
Reunião ilícita Pena - detenção, até três meses, se após a partida ou
deslocamento se apresentar, dentro de vinte e quatro
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela to- horas, à autoridade militar do lugar, ou, na falta desta,
mar parte, para discussão de ato de superior ou assun- à autoridade policial, para ser comunicada a apresen-
to atinente à disciplina militar: tação ao comando militar competente.(Redação dada
Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem pro- pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
move a reunião; de dois a seis meses a quem dela par- § 1º Se a apresentação se der dentro de prazo superior
ticipa, se o fato não constitui crime mais grave. a vinte e quatro horas e não excedente a cinco dias:
Pena - detenção, de dois a oito meses.
Publicação ou crítica indevida § 2o Se superior a cinco dias e não excedente a oito
dias:  (Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licen- Pena - detenção, de três meses a um ano.
ça, ato ou documento oficial, ou criticar públicamente § 2o-A. Se superior a oito dias: (Incluído pela Lei nº
ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina 9.764, de 18.12.1998)
militar, ou a qualquer resolução do Govêrno: Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato Aumento de pena
não constitui crime mais grave. § 3o A pena é aumentada de um terço, se se tratar de
sargento, subtenente ou suboficial, e de metade, se ofi-
CAPÍTULO II cial. (Redação dada pela Lei nº 9.764, de 18.12.1998)
DA DESERÇÃO
Concêrto para deserção
Deserção
Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unida-
deserção:
de em que serve, ou do lugar em que deve permane-
I - se a deserção não chega a consumar-se:
cer, por mais de oito dias:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial,
a pena é agravada.
Modalidade complexa
Casos assimilados
II - se consumada a deserção:
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que: Pena - reclusão, de dois a quatro anos.
I - não se apresenta no lugar designado, dentro de oito
dias, findo o prazo de trânsito ou férias; Deserção por evasão ou fuga
II - deixa de se apresentar a autoridade competente,
dentro do prazo de oito dias, contados daquele em que Art. 192. Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de
termina ou é cassada a licença ou agregação ou em recinto de detenção ou de prisão, ou fugir em seguida
que é declarado o estado de sítio ou de guerra; à prática de crime para evitar prisão, permanecendo
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, ausente por mais de oito dias:
dentro do prazo de oito dias; Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
IV - consegue exclusão do serviço ativo ou situação de
inatividade, criando ou simulando incapacidade. Favorecimento a desertor
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III:
Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu servi-
ço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe transporte ou
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Atenuante especial
meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para sa-
I - se o agente se apresenta voluntàriamente dentro ber que cometeu qualquer dos crimes previstos neste
em oito dias após a consumação do crime, a pena capítulo:
é diminuída de metade; e de um têrço, se de mais Pena - detenção, de quatro meses a um ano.
de oito dias e até sessenta;
Isenção de pena
Agravante especial
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, des-
II - se a deserção ocorre em unidade estacionada em cendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento
fronteira ou país estrangeiro, a pena é agravada de de pena.
um têrço.

75
Omissão de oficial Agravação de pena

Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, Parágrafo único. A pena é agravada, se o superior é
sabendo, ou devendo saber encontrar-se entre os seus oficial general ou comandante da unidade a que per-
comandados: tence o agente.
Pena - detenção, de seis meses a um ano.
Desacato a militar
CAPÍTULO III
DO ABANDONO DE PÔSTO E DE OUTROS Art. 299. Desacatar militar no exercício de função de
CRIMES EM SERVIÇO natureza militar ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato
Abandono de pôsto não constitui outro crime.

Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o pôsto ou


lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o ______. DECRETO-LEI 1.002/69. INSTITUI O
serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo:
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
(ART. 243 A 276, 302 A 364)
Descumprimento de missão

Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão DECRETO-LEI Nº 1.002, DE 21 DE OUTUBRO DE


que lhe foi confiada: 1969.
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato
não constitui crime mais grave. Código de Processo Penal Militar
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um
têrço.
SEÇÃO II
Da prisão em flagrante
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é
aumentada de metade.
Pessoas que efetuam prisão em flagrante
Modalidade culposa
Art. 243. Qualquer pessoa poderá e os militares deve-
rão prender quem fôr insubmisso ou desertor, ou seja
§ 3º Se a abstenção é culposa: encontrado em flagrante delito.
Pena - detenção, de três meses a um ano.
Sujeição a flagrante delito
Embriaguez em serviço
Art. 244. Considera-se em flagrante delito aquêle que:
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, a) está cometendo o crime;
ou apresentar-se embriagado para prestá-lo: b) acaba de cometê-lo;
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. c) é perseguido logo após o fato delituoso em situação
que faça acreditar ser êle o seu autor;
Dormir em serviço d) é encontrado, logo depois, com instrumentos, ob-
jetos, material ou papéis que façam presumir a sua
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como participação no fato delituoso.
oficial de quarto ou de ronda, ou em situação equiva-
lente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, Infração permanente
vigia, plantão às máquinas, ao leme, de ronda ou em
qualquer serviço de natureza semelhante: Parágrafo único. Nas infrações permanentes, consi-
Pena - detenção, de três meses a um ano. dera-se o agente em flagrante delito enquanto não
cessar a permanência.
TÍTULO VII
DOS CRIMES CONTRA
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Lavratura do auto
A ADMINISTRAÇÃO MILITAR
CAPÍTULO I Art. 245. Apresentado o prêso ao comandante ou ao
DO DESACATO E DA DESOBEDIÊNCIA oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou autoridade
correspondente, ou à autoridade judiciária, será, por
Desacato a superior qualquer dêles, ouvido o condutor e as testemunhas
que o acompanharem, bem como inquirido o indicia-
Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a digni- do sôbre a imputação que lhe é feita, e especialmente
dade ou o decôro, ou procurando deprimir-lhe a au- sôbre o lugar e hora em que o fato aconteceu, lavran-
toridade: do-se de tudo auto, que será por todos assinado.
Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não consti- § 1º Em se tratando de menor inimputável, será apre-
tui crime mais grave. sentado, imediatamente, ao juiz de menores.

76
Ausência de testemunhas Registro das ocorrências

§ 2º A falta de testemunhas não impedirá o auto de Art. 248. Em qualquer hipótese, de tudo quanto ocor-
prisão em flagrante, que será assinado por duas pes- rer será lavrado auto ou têrmo, para remessa à auto-
soas, pelo menos, que hajam testemunhado a apre- ridade judiciária competente, a fim de que esta confir-
sentação do preso. me ou infirme os atos praticados.

Recusa ou impossibilidade de assinatura do auto Fato praticado em presença da autoridade

§ 3º Quando a pessoa conduzida se recusar a assinar, Art. 249. Quando o fato fôr praticado em presença da
não souber ou não puder fazê-lo, o auto será assina- autoridade, ou contra ela, no exercício de suas fun-
do por duas testemunhas, que lhe tenham ouvido a ções, deverá ela própria prender e autuar em flagrante
o infrator, mencionando a circunstância.
leitura na presença do indiciado, do condutor e das
testemunhas do fato delituoso.
Prisão em lugar não sujeito à administração mi-
litar
Designação de escrivão
Art. 250. Quando a prisão em flagrante fôr efetuada
§ 4º Sendo o auto presidido por autoridade militar, de- em lugar não sujeito à administração militar, o auto
signará esta, para exercer as funções de escrivão, um poderá ser lavrado por autoridade civil, ou pela auto-
capitão, capitão-tenente, primeiro ou segundo-tenen- ridade militar do lugar mais próximo daquele em que
te, se o indiciado fôr oficial. Nos demais casos, poderá ocorrer a prisão.
designar um subtenente, suboficial ou sargento.
Remessa do auto de flagrante ao juiz
Falta ou impedimento de escrivão
Art. 251. O auto de prisão em flagrante deve ser reme-
§ 5º Na falta ou impedimento de escrivão ou das pes- tido imediatamente ao juiz competente, se não tiver
soas referidas no parágrafo anterior, a autoridade de- sido lavrado por autoridade judiciária; e, no máximo,
signará, para lavrar o auto, qualquer pessoa idônea, dentro em cinco dias, se depender de diligência pre-
que, para êsse fim, prestará o compromisso legal. vista no art. 246.

Recolhimento a prisão. Diligências Passagem do prêso à disposição do juiz

Art. 246. Se das respostas resultarem fundadas suspei- Parágrafo único. Lavrado o auto de flagrante delito,
tas contra a pessoa conduzida, a autoridade mandará o prêso passará imediatamente à disposição da au-
recolhê-la à prisão, procedendo-se, imediatamente, se toridade judiciária competente para conhecer do pro-
fôr o caso, a exame de corpo de delito, à busca e apre- cesso.
ensão dos instrumentos do crime e a qualquer outra
diligência necessária ao seu esclarecimento. Devolução do auto

Art. 252. O auto poderá ser mandado ou devolvido


Nota de culpa
à autoridade militar, pelo juiz ou a requerimento do
Ministério Público, se novas diligências forem julgadas
Art. 247. Dentro em vinte e quatro horas após a prisão,
necessárias ao esclarecimento do fato.
será dada ao prêso nota de culpa assinada pela auto-
ridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e Concessão de liberdade provisória
os das testemunhas.
Art. 253. Quando o juiz verificar pelo auto de prisão
Recibo da nota de culpa em flagrante que o agente praticou o fato nas condi-
ções dos arts. 35, 38, observado o disposto no art. 40,
§ 1º Da nota de culpa o prêso passará recibo que será e dos arts. 39 e 42, do Código Penal Militar, poderá
assinado por duas testemunhas, quando êle não sou-
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conceder ao indiciado liberdade provisória, mediante


ber, não puder ou não quiser assinar. têrmo de comparecimento a todos os atos do processo,
sob pena de revogar a concessão.
Relaxamento da prisão
SEÇÃO III
§ 2º Se, ao contrário da hipótese prevista no art. 246, Da prisão preventiva
a autoridade militar ou judiciária verificar a manifesta
inexistência de infração penal militar ou a não parti- Competência e requisitos para a decretação
cipação da pessoa conduzida, relaxará a prisão. Em se
tratando de infração penal comum, remeterá o prêso Art 254. A prisão preventiva pode ser decretada pelo
à autoridade civil competente. auditor ou pelo Conselho de Justiça, de ofício, a re-
querimento do Ministério Público ou mediante repre-

77
sentação da autoridade encarregada do inquérito po- Execução da prisão preventiva
licial-militar, em qualquer fase dêste ou do processo,
concorrendo os requisitos seguintes: Art. 260. A prisão preventiva executar-se-á por man-
a) prova do fato delituoso; dado, com os requisitos do art. 225. Se o indiciado ou
b) indícios suficientes de autoria. acusado já se achar detido, será notificado do despa-
cho que a decretar pelo escrivão do inquérito, ou do
No Superior Tribunal Militar
processo, que o certificará nos autos.
Parágrafo único. Durante a instrução de processo
originário do Superior Tribunal Militar, a decretação Passagem à disposição do juiz
compete ao relator.
Art. 261. Decretada a prisão preventiva, o prêso passa-
Casos de decretação rá à disposição da autoridade judiciária, observando-
-se o disposto no art. 237.
Art. 255. A prisão preventiva, além dos requisitos do
artigo anterior, deverá fundar-se em um dos seguintes CAPÍTULO IV
casos: DO COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO
a) garantia da ordem pública;
b) conveniência da instrução criminal; Tomada de declarações
c) periculosidade do indiciado ou acusado;
d) segurança da aplicação da lei penal militar; Art. 262. Comparecendo espontâneamente o indicia-
e) exigência da manutenção das normas ou princípios
do ou acusado, tomar-se-ão por têrmo as declarações
de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem
ameaçados ou atingidos com a liberdade do indiciado que fizer. Se o comparecimento não se der perante a
ou acusado. autoridade judiciária, a esta serão apresentados o têr-
mo e o indiciado ou acusado, para que delibere acêrca
Fundamentação do despacho da prisão preventiva ou de outra medida que entender
cabível.
Art. 256. O despacho que decretar ou denegar a prisão Parágrafo único. O têrmo será assinado por duas tes-
preventiva será sempre fundamentado; e, da mesma temunhas presenciais do ocorrido; e, se o indiciado ou
forma, o seu pedido ou requisição, que deverá preen- acusado não souber ou não puder assinar, sê-lo-á por
cher as condições previstas nas letras a e b , do art. uma pessoa a seu rôgo, além das testemunhas men-
254. cionadas.
Desnecessidade da prisão CAPÍTULO V
DA MENAGEM
Art. 257. O juiz deixará de decretar a prisão preventi-
va, quando, por qualquer circunstância evidente dos
autos, ou pela profissão, condições de vida ou inte- Competência e requisitos para a concessão
rêsse do indiciado ou acusado, presumir que êste não
fuja, nem exerça influência em testemunha ou perito, Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz,
nem impeça ou perturbe, de qualquer modo, a ação nos crimes cujo máximo da pena privativa da liber-
da justiça. dade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em
Modificação de condições atenção a natureza do crime e os antecedentes do
Parágrafo único. Essa decisão poderá ser revogada a acusado.
todo o tempo, desde que se modifique qualquer das
condições previstas neste artigo. Lugar da menagem
Proibição Art. 264. A menagem a militar poderá efetuar-se no
lugar em que residia quando ocorreu o crime ou seja
Art. 258. A prisão preventiva em nenhum caso será
sede do juízo que o estiver apurando, ou, atendido o
decretada se o juiz verificar, pelas provas constantes
seu pôsto ou graduação, em quartel, navio, acampa-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

dos autos, ter o agente praticado o fato nas condições


dos arts. 35, 38, observado o disposto no art. 40, e dos mento, ou em estabelecimento ou sede de órgão mili-
arts. 39 e 42, do Código Penal Militar. tar. A menagem a civil será no lugar da sede do juízo,
ou em lugar sujeito à administração militar, se assim
Revogação e nova decretação o entender necessário a autoridade que a conceder.

Art. 259. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, Audiência do Ministério Público
no curso do processo, verificar a falta de motivos para
que subsista, bem como de nôvo decretá-la, se sobre- § 1º O Ministério Público será ouvido, prèviamente,
vierem razões que a justifiquem. sôbre a concessão da menagem, devendo emitir pare-
Parágrafo único. A prorrogação da prisão preventiva cer dentro do prazo de três dias.
dependerá de prévia audiência do Ministério Público.

78
Pedido de informação Suspensão

§ 2º Para a menagem em lugar sujeito à administra- Art. 271. A superveniência de qualquer dos motivos
ção militar, será pedida informação, a respeito da sua referidos no art. 255 poderá determinar a suspensão
conveniência, à autoridade responsável pelo respecti- da liberdade provisória, por despacho da autoridade
vo comando ou direção. que a concedeu, de ofício ou a requerimento do Mi-
nistério Público.
Cassação da menagem
CAPÍTULO VII
Art. 265. Será cassada a menagem àquele que se re- DA APLICAÇÃO PROVISÓRIA DE MEDIDAS DE SE-
tirar do lugar para o qual foi ela concedida, ou faltar, GURANÇA
sem causa justificada, a qualquer ato judicial para que
tenha sido intimado ou a que deva comparecer inde- Casos de aplicação
pendentemente de intimação especial.
Art. 272. No curso do inquérito, mediante representa-
Menagem do insubmisso ção do encarregado, ou no curso do processo, de ofício
ou a requerimento do Ministério Público, enquanto
Art. 266. O insubmisso terá o quartel por menagem, não fôr proferida sentença irrecorrível, o juiz poderá,
independentemente de decisão judicial, podendo, en- observado o disposto no art. 111, do Código Penal
tretanto, ser cassada pela autoridade militar, por con- Militar, submeter às medidas de segurança que lhes
veniência de disciplina. forem aplicáveis:
a) os que sofram de doença mental, de desenvolvi-
Cessação da menagem mento mental incompleto ou retardado, ou outra gra-
ve perturbação de consciência;
Art. 267. A menagem cessa com a sentença condena- b) os ébrios habituais;
tória, ainda que não tenha passado em julgado. c) os toxicômanos;
Parágrafo único. Salvo o caso do artigo anterior, o juiz d) os que estejam no caso do art. 115, do Código Penal
Militar.
poderá ordenar a cessação da menagem, em qualquer
tempo, com a liberação das obrigações dela decorren-
Interdição de estabelecimento ou sociedade
tes, desde que não a julgue mais necessária ao inte-
rêsse da Justiça.
§ 1° O juiz poderá, da mesma forma, decretar a inter-
dição, por tempo não superior a cinco dias, de estabe-
Contagem para a pena
lecimento industrial ou comercial, bem como de socie-
dade ou associação, que esteja no caso do art. 118, do
Art. 268. A menagem concedida em residência ou ci-
Código Penal Militar, a fim de ser nela realizada busca
dade não será levada em conta no cumprimento da
ou apreensão ou qualquer outra diligência permitida
pena. neste Código, para elucidação de fato delituoso.
Reincidência Fundamentação
Art. 269. Ao reincidente não se concederá menagem. § 2° Será fundamentado o despacho que aplicar qual-
quer das medidas previstas neste artigo.
CAPÍTULO VI
DA LIBERDADE PROVISÓRIA Irrecorribilidade de despacho

Casos de liberdade provisória Art. 273. Não caberá recurso do despacho que decre-
tar ou denegar a aplicação provisória da medida de
Art. 270. O indiciado ou acusado livrar-se-á sôlto no segurança, mas esta poderá ser revogada, substituída
caso de infração a que não fôr cominada pena priva-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ou modificada, a critério do juiz, mediante requeri-


tiva de liberdade. mento do Ministério Público, do indiciado ou acusado,
Parágrafo único. Poderá livrar-se sôlto: ou de representante legal de qualquer dêstes, nos ca-
a) no caso de infração culposa, salvo se compreendida sos das letras a e c do artigo anterior.
entre as previstas no Livro I, Título I, da Parte Especial,
do Código Penal Militar; Necessidade da perícia médica
b) no caso de infração punida com pena de detenção
não superior a dois anos, salvo as previstas nos arts. Art. 274. A aplicação provisória da medida de segu-
157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, rança, no casos da letra a do art. 272 não dispensa
187, 192, 235, 299 e 302, do Código Penal Militar. nem supre realização da perícia médica, nos têrmos
dos arts. 156 e 160.

79
Normas supletivas Forma e requisitos do interrogatório

Art. 275. Decretada a medida, atender-se-á, no que Art. 306. O acusado será perguntado sôbre o seu
fôr aplicável, às disposições relativas à execução da nome, naturalidade, estado, idade, filiação, residên-
sentença definitiva. cia, profissão ou meios de vida e lugar onde exerce a
sua atividade, se sabe ler e escrever e se tem defensor.
Suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela Respondidas essas perguntas, será cientificado da acu-
sação pela leitura da denúncia e estritamente interro-
Art. 276. A suspensão provisória do exercício do pátrio gado da seguinte forma:
poder, da tutela ou da curatela, para efeito no juízo a) onde estava ao tempo em que foi cometida a infra-
penal militar, deverá ser processada no juízo civil. ção e se teve notícia desta e de que forma;
b) se conhece a pessoa ofendida e as testemunhas ar-
CAPÍTULO II roladas na denúncia, desde quando e se tem alguma
DA QUALIFICAÇÃO E DO INTERROGATÓRIO DO coisa a alegar contra elas;
ACUSADO c) se conhece as provas contra êle apuradas e se tem
alguma coisa a alegar a respeito das mesmas;
Tempo e lugar do interrogatório d) se conhece o instrumento com que foi praticada a
infração, ou qualquer dos objetos com ela relaciona-
Art. 302. O acusado será qualificado e interrogado dos e que tenham sido apreendidos;
num só ato, no lugar, dia e hora designados pelo juiz, e) se é verdadeira a imputação que lhe é feita;
após o recebimento da denúncia; e, se presente à ins- f) se, não sendo verdadeira a imputação, sabe de al-
trução criminal ou prêso, antes de ouvidas as teste- gum motivo particular a que deva atribuí-la ou co-
munhas. nhece a pessoa ou pessoas a que deva ser imputada a
prática do crime e se com elas esteve antes ou depois
Comparecimento no curso do processo desse fato;
g) se está sendo ou já foi processado pela prática de
Parágrafo único. A qualificação e o interrogatório do outra infração e, em caso afirmativo, em que juízo, se
acusado que se apresentar ou fôr prêso no curso do foi condenado, qual a pena imposta e se a cumpriu;
processo, serão feitos logo que ele comparecer perante h) se tem quaisquer outras declarações a fazer.
o juiz.
Nomeação de defensor ou curador
Interrogatório pelo juiz
§ 1º Se o acusado declarar que não tem defensor, o
Art. 303. O interrogatório será feito, obrigatòriamente, juiz dar-lhe-á um, para assistir ao interrogatório. Se
pelo juiz, não sendo nêle permitida a intervenção de menor de vinte e um anos, nomear-lhe-á curador, que
qualquer outra pessoa. poderá ser o próprio defensor.

Questões de ordem Caso de confissão

Parágrafo único. Findo o interrogatório, poderão as § 2º Se o acusado confessar a infração, será especial-
partes levantar questões de ordem, que o juiz resolve- mente interrogado:
rá de plano, fazendo-as consignar em ata com a res- a ) sôbre quais os motivos e as circunstâncias da in-
pectiva solução, se assim lhe fôr requerido. fração;
b) sôbre se outras pessoas concorreram para ela, quais
Interrogatório em separado foram e de que modo agiram.

Art. 304. Se houver mais de um acusado, será cada um Negativa da imputação


dêles interrogado separadamente.
§ 3º Se o acusado negar a imputação no todo ou em
Observações ao acusado parte, será convidado a indicar as provas da verdade
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

de suas declarações.
Art. 305. Antes de iniciar o interrogatório, o juiz ob-
servará ao acusado que, embora não esteja obrigado CAPÍTULO III
a responder às perguntas que lhe forem formuladas, DA CONFISSÃO
o seu silêncio poderá ser interpretado em prejuízo da
própria defesa. Validade da confissão

Perguntas não respondidas Art. 307. Para que tenha valor de prova, a confissão
deve:
Parágrafo único. Consignar-se-ão as perguntas que o a) ser feita perante autoridade competente;
acusado deixar de responder e as razões que invocar b) ser livre, espontânea e expressa;
para não fazê-lo. c) versar sôbre o fato principal;

80
d) ser verossímil; Determinação
e) ter compatibilidade e concordância com as demais
provas do processo. Art 315. A perícia pode ser determinada pela autori-
Silêncio do acusado dade policial militar ou pela judiciária, ou requerida
Art. 308. O silêncio do acusado não importará confis- por qualquer das partes.
são, mas poderá constituir elemento para a formação
do convencimento do juiz. Negação

Retratabilidade e divisibilidade Parágrafo único. Salvo no caso de exame de corpo de


delito, o juiz poderá negar a perícia, se a reputar des-
Art. 309. A confissão é retratável e divisível, sem preju- necessária ao esclarecimento da verdade.
ízo do livre convencimento do juiz, fundado no exame
das provas em conjunto. Formulação de quesitos

Confissão fora do interrogatório Art 316. A autoridade que determinar perícia formu-
lará os quesitos que entender necessários. Poderão,
Art. 310. A confissão, quando feita fora do interro- igualmente, fazê-lo: no inquérito, o indiciado; e, du-
gatório, será tomada por têrmo nos autos, observado o rante a instrução criminal, o Ministério Público e o
disposto no art. 304. acusado, em prazo que lhes fôr marcado para aquêle
fim, pelo auditor.
CAPÍTULO IV
DAS PERGUNTAS AO OFENDIDO Requisitos
Qualificação do ofendido. Perguntas Art 317. Os quesitos devem ser específicos, simples
e de sentido inequívoco, não podendo ser sugestivos
Art. 311. Sempre que possível, o ofendido será quali-
nem conter implícita a resposta.
ficado e perguntado sôbre as circunstâncias da infra-
ção, quem seja ou presuma ser seu autor, as provas
Exigência de especificação e esclarecimento
que possa indicar, tomando-se por têrmo as suas de-
clarações.
§ 1º O juiz, de ofício ou a pedido de qualquer dos pe-
ritos, poderá mandar que as partes especifiquem os
Falta de comparecimento
quesitos genéricos, dividam os complexos ou esclare-
çam os duvidosos, devendo indeferir os que não sejam
Parágrafo único. Se, notificado para êsse fim, deixar de
comparecer sem motivo justo, poderá ser conduzido à pertinentes ao objeto da perícia, bem como os que
presença da autoridade, sem ficar sujeito, entretanto, sejam sugestivos ou contenham implícita a resposta.
a qualquer sanção.
Esclarecimento de ordem técnica
Presença do acusado
§ 2º Ainda que o quesito não permita resposta decisi-
Art. 312. As declarações do ofendido serão feitas na va do perito, poderá ser formulado, desde que tenha
presença do acusado, que poderá contraditá-las no por fim esclarecimento indispensável de ordem técni-
todo ou em parte, após a sua conclusão, bem como re- ca, a respeito de fato que é objeto da perícia.
querer ao juiz que o ofendido esclareça ou torne mais
precisa qualquer das suas declarações, não podendo, Número dos peritos e habilitação
entretanto, reperguntá-lo.
Art. 318. As perícias serão, sempre que possível, feitas
Isenção de resposta por dois peritos, especializados no assunto ou com ha-
bilitação técnica, observado o disposto no art. 48.
Art. 313. O ofendido não está obrigado a responder
Resposta aos quesitos
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

pergunta que possa incriminá-lo, ou seja estranha ao


processo.
Art. 319. Os peritos descreverão minuciosamente
CAPÍTULO V o que examinarem e responderão com clareza e de
DAS PERÍCIAS E EXAMES modo positivo aos quesitos formulados, que serão
transcritos no laudo.
Objeto da perícia
Fundamentação
Art. 314. A perícia pode ter por objeto os vestígios
materiais deixados pelo crime ou as pessoas e coisas, Parágrafo único. As respostas poderão ser fundamen-
que, por sua ligação com o crime, possam servir-lhe tadas, em seqüência a cada quesito.
de prova.

81
Apresentação de pessoas e objetos Liberdade de apreciação

Art. 320. Os peritos poderão solicitar da autoridade Art. 326. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo
competente a apresentação de pessoas, instrumen- aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
tos ou objetos que tenham relação com crime, assim
como os esclarecimentos que se tornem necessários à Perícias em lugar sujeito à administração militar
orientação da perícia. ou repartição
Requisição de perícia ou exame
Art. 327. As perícias, exames ou outras diligências
que, para fins probatórios, tenham que ser feitos em
Art. 321. A autoridade policial militar e a judiciária
poderão requisitar dos institutos médico-legais, dos quartéis, navios, aeronaves, estabelecimentos ou re-
laboratórios oficiais e de quaisquer repartições téc- partições, militares ou civis, devem ser precedidos de
nicas, militares ou civis, as perícias e exames que se comunicações aos respectivos comandantes, diretores
tornem necessários ao processo, bem como, para o ou chefes, pela autoridade competente.
mesmo fim, homologar os que nêles tenham sido re-
gularmente realizados. Infração que deixa vestígios

Divergência entre os peritos Art. 328. Quando a infração deixar vestígios, será in-
dispensável o exame de corpo de delito, direto ou in-
Art. 322. Se houver divergência entre os peritos, serão direto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
consignadas no auto de exame as declarações e res-
postas de um e de outro, ou cada um redigirá sepa- Corpo de delito indireto
radamente o seu laudo, e a autoridade nomeará um
terceiro. Se êste divergir de ambos, a autoridade pode- Parágrafo único. Não sendo possível o exame de corpo
rá mandar proceder a nôvo exame por outros peritos. de delito direto, por haverem desaparecido os vestí-
gios da infração, supri-lo-á a prova testemunhal.
Suprimento do laudo
Oportunidade do exame
Art. 323. No caso de inobservância de formalidade ou
no caso de omissão, obscuridade ou contradição, a au-
toridade policial militar ou judiciária mandará suprir Art. 329. O exame de corpo de delito poderá ser feito
a formalidade, ou completar ou esclarecer o laudo. em qualquer dia e a qualquer hora.
Poderá igualmente, sempre que entender necessário,
ouvir os peritos, para qualquer esclarecimento. Exame nos crimes contra a pessoa

Procedimento de nôvo exame Art. 330. Os exames que tiverem por fim comprovar a
existência de crime contra a pessoa abrangerão:
Parágrafo único. A autoridade poderá, também, orde- a) exames de lesões corporais;
nar que se proceda a nôvo exame, por outros peritos, b) exames de sanidade física;
se julgar conveniente. c) exames de sanidade mental;
d) exames cadavéricos, precedidos ou não de exuma-
Ilustração dos laudos ção;
e) exames de identidade de pessoa;
Art. 324. Sempre que conveniente e possível, os laudos f) exames de laboratório;
de perícias ou exames serão ilustrados com fotogra- g) exames de instrumentos que tenham servido à prá-
fias, microfotografias, desenhos ou esquemas, devida-
tica do crime.
mente rubricados.

Prazo para apresentação do laudo Exame pericial incompleto

Art. 325. A autoridade policial militar ou a judiciária, Art. 331. Em caso de lesões corporais, se o primeiro
exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a
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tendo em atenção a natureza do exame, marcará pra-


zo razoável, que poderá ser prorrogado, para a apre- exame complementar, por determinação da autorida-
sentação dos laudos. de policial militar ou judiciária, de ofício ou a requeri-
mento do indiciado, do Ministério Público, do ofendido
Vista do laudo ou do acusado.

Parágrafo único. Do laudo será dada vista às partes, Suprimento de deficiência


pelo prazo de três dias, para requererem quaisquer
esclarecimentos dos peritos ou apresentarem quesitos § 1º No exame complementar, os peritos terão pre-
suplementares para êsse fim, que o juiz poderá admi- sente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a
tir, desde que pertinentes e não infrinjam o art. 317 e deficiência ou retificá-lo.
seu § 1º.

82
Exame de sanidade física Identidade do cadáver

§ 2º Se o exame complementar tiver por fim verificar a Art. 337. Havendo dúvida sôbre a identidade do ca-
sanidade física do ofendido, para efeito da classifica- dáver, proceder-se-á ao reconhecimento pelo Instituto
ção do delito, deverá ser feito logo que decorra o prazo de Identificação e Estatística, ou repartição congêne-
de trinta dias, contado da data do fato delituoso. re, pela inquirição de testemunhas ou outro meio de
direito, lavrando-se auto de reconhecimento e identi-
Suprimento do exame complementar dade, no qual se descreverá o cadáver, com todos os
sinais e indicações.
§ 3º A falta de exame complementar poderá ser supri-
Arrecadação de objetos
da pela prova testemunhal.
Parágrafo único. Em qualquer caso, serão arrecadados
Realização pelos mesmos peritos e autenticados todos os objetos que possam ser úteis
para a identificação do cadáver.
§ 4º O exame complementar pode ser feito pelos mes-
mos peritos que procederam ao de corpo de delito. Exumação

Exame de sanidade mental Art. 338. Haverá exumação, sempre que esta fôr ne-
cessária ao esclarecimento do processo.
Art. 332. Os exames de sanidade mental obedecerão,
em cada caso, no que fôr aplicável, às normas prescri- Designação de dia e hora
tas no Capítulo II, do Título XII.
§ 1º A autoridade providenciará para que, em dia e
Autópsia hora prèviamente marcados, se realize a diligência e o
exame cadavérico, dos quais se lavrará auto circuns-
Art 333. Haverá autópsia: tanciado.
a) quando, por ocasião de ser feito o corpo de delito, os
Indicação de lugar
peritos a julgarem necessária;
b) quando existirem fundados indícios de que a morte
§ 2º O administrador do cemitério ou por êle respon-
resultou, não da ofensa, mas de causas mórbidas an- sável indicará o lugar da sepultura, sob pena de deso-
teriores ou posteriores à infração; bediência.
c) nos casos de envenenamento.
Pesquisas
Ocasião da autópsia
§ 3º No caso de recusa ou de falta de quem indique
Art. 334. A autópsia será feita pelo menos seis horas a sepultura, ou o lugar onde esteja o cadáver, a auto-
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos ridade mandará proceder às pesquisas necessárias, o
sinais da morte, julgarem que possa ser feita antes da- que tudo constará do auto.
quele prazo, o que declararão no auto.
Conservação do local do crime
Impedimento de médico
Art. 339. Para o efeito de exame do local onde hou-
Parágrafo único. A autópsia não poderá ser feita por ver sido praticado o crime, a autoridade providenciará
médico que haja tratado o morto em sua última do- imediatamente para que não se altere o estado das
ença. coisas, até a chegada dos peritos.  (Vide Lei nº 6.174,
de 1974)
Casos de morte violenta
Perícias de laboratório
Art. 335. Nos casos de morte violenta, bastará o sim-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Art. 340. Nas perícias de laboratório, os peritos guar-


ples exame externo do cadáver, quando não houver darão material suficiente para a eventualidade de
infração penal que apurar, ou quando as lesões exter- nova perícia.
nas permitirem precisar a causa da morte e não hou-
ver necessidade de exame interno, para a verificação Danificação da coisa
de alguma circunstância relevante.
Art. 341. Nos crimes em que haja destruição, danifica-
Fotografia de cadáver ção ou violação da coisa, ou rompimento de obstáculo
ou escalada para fim criminoso, os peritos, além de
Art. 336. Os cadáveres serão, sempre que possível, fo- descrever os vestígios, indicarão com que instrumen-
tografados na posição em que forem encontrados. tos, por que meios e em que época presumem ter sido
o fato praticado.

83
Avaliação direta Precatória

Art. 342. Proceder-se-á à avaliação de coisas destruí- Art. 346. Se a perícia ou exame tiver de ser feito em
das, deterioradas ou que constituam produto de crime. outra jurisdição, policial militar ou judiciária, expedir-
-se-á precatória, que obedecerá, no que lhe fôr apli-
Avaliação indireta cável, às prescrições dos artigos 283, 359, 360 e 361.
Parágrafo único. Os quesitos da autoridade deprecan-
Parágrafo único. Se impossível a avaliação direta, os te e os das partes serão transcritos na precatória.
peritos procederão à avaliação por meio dos elemen-
CAPÍTULO VI
tos existentes nos autos e dos que resultem de pesqui-
DAS TESTEMUNHAS
sas ou diligências.
Notificação de testemunhas
Caso de incêndio
Art. 347. As testemunhas serão notificadas em decor-
Art. 343. No caso de incêndio, os peritos verificarão rência de despacho do auditor ou deliberação do Con-
a causa e o lugar em que houver começado, o perigo selho de Justiça, em que será declarado o fim da notifi-
que dêle tiver resultado para a vida e para o patri- cação e o lugar, dia e hora em que devem comparecer.
mônio alheio, e, especialmente, a extensão do dano
e o seu valor, quando atingido o patrimônio sob ad- Comparecimento obrigatório
ministração militar, bem como quaisquer outras cir-
cunstâncias que interessem à elucidação do fato. Será § 1º O comparecimento é obrigatório, nos têrmos da
recolhido no local o material que os peritos julgarem notificação, não podendo dêle eximir-se a testemunha,
necessário para qualquer exame, por êles ou outros salvo motivo de fôrça maior, devidamente justificado.
peritos especializados, que o juiz nomeará, se enten-
der indispensáveis. Falta de comparecimento

§ 2º A testemunha que, notificada regularmente, dei-


Reconhecimento de escritos
xar de comparecer sem justo motivo, será conduzida
por oficial de justiça e multada pela autoridade no-
Art. 344. No exame para o reconhecimento de escritos, tificante na quantia de um vigésimo a um décimo do
por comparação de letra, observar-se-á o seguinte: salário mínimo vigente no lugar. Havendo recusa ou
a) a pessoa a quem se atribua ou se possa atribuir o resistência à condução, o juiz poderá impor-lhe prisão
escrito, será intimada para o ato, se fôr encontrada; até quinze dias, sem prejuízo do processo penal por
b) para a comparação, poderão servir quaisquer docu- crime de desobediência.
mentos que ela reconhecer ou já tiverem sido judicial-
mente reconhecidos como de seu punho, ou sôbre cuja Oferecimento de testemunhas
autenticidade não houver dúvida;
Art. 348. A defesa poderá indicar testemunhas, que
Requisição de documentos deverão ser apresentadas independentemente de inti-
mação, no dia e hora designados pelo juiz para inqui-
c) a autoridade, quando necessário, requisitará, para o rição, ressalvado o disposto no art. 349.
exame, os documentos que existirem em arquivos ou
repartições públicas, ou nêles realizará a diligência, se Requisição de militar ou funcionário
dali não puderem ser retirados;
d) quando não houver escritos para a comparação ou Art. 349. O comparecimento de militar, assemelhado,
ou funcionário público será requisitado ao respectivo
forem insuficientes os exibidos, a autoridade mandará
chefe, pela autoridade que ordenar a notificação.
que a pessoa escreva o que lhe fôr ditado;
Militar de patente superior
Ausência da pessoa
Parágrafo único. Se a testemunha fôr militar de paten-
e) se estiver ausente a pessoa, mas em lugar certo, esta
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te superior à da autoridade notificante, será compeli-


última diligência poderá ser feita por precatória, em da a comparecer, sob as penas do § 2º do art. 347, por
que se consignarão as palavras a que a pessoa será intermédio da autoridade militar a que estiver imedia-
intimada a responder. tamente subordinada.

Exame de instrumentos do crime Dispensa de comparecimento

Art. 345. São sujeitos a exame os instrumentos empre- Art. 350. Estão dispensados de comparecer para depor:
gados para a prática de crime, a fim de se lhes verifi- a) o presidente e o vice-presidente da República, os
car a natureza e a eficiência e, sempre que possível, a governadores e interventores dos Estados, os ministros
origem e propriedade. de Estado, os senadores, os deputados federais e esta-
duais, os membros do Poder Judiciário e do Ministério

84
Público, o prefeito do Distrito Federal e dos Municí- Inquirição separada
pios, os secretários dos Estados, os membros dos Tri-
bunais de Contas da União e dos Estados, o presidente Art. 353. As testemunhas serão inquiridas cada uma
do Instituto dos Advogados Brasileiros e os presidentes de per si , de modo que uma não possa ouvir o depoi-
do Conselho Federal e dos Conselhos Secionais da Or- mento da outra.
dem dos Advogados do Brasil, os quais serão inquiri-
dos em local, dia e hora prèviamente ajustados entre Obrigação e recusa de depor
êles e o juiz;
b) as pessoas impossibilitadas por enfermidade ou por Art. 354. A testemunha não poderá eximir-se da obri-
gação de depor. Excetuam-se o ascendente, o descen-
velhice, que serão inquiridas onde estiverem.
dente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que des-
quitado, e o irmão de acusado, bem como pessoa que,
Capacidade para ser testemunha
com êle, tenha vínculo de adoção, salvo quando não
fôr possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a
Art. 351. Qualquer pessoa poderá ser testemunha. prova do fato e de suas circunstâncias.

Declaração da testemunha Proibição de depor

Art. 352. A testemunha deve declarar seu nome, idade, Art. 355. São proibidas de depor as pessoas que, em
estado civil, residência, profissão e lugar onde exerce razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam
atividade, se é parente, e em que grau, do acusado e do guardar segrêdo, salvo se, desobrigadas pela parte in-
ofendido, quais as suas relações com qualquer dêles, e teressada, quiserem dar o seu testemunho.
relatar o que sabe ou tem razão de saber, a respeito do
fato delituoso narrado na denúncia e circunstâncias Testemunhas suplementares
que com o mesmo tenham pertinência, não podendo
limitar o seu depoimento à simples declaração de que Art. 356. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir
confirma o que prestou no inquérito. Sendo numerária outras testemunhas, além das indicadas pelas partes.
ou referida, prestará o compromisso de dizer a verda-
Testemunhas referidas
de sôbre o que souber e lhe fôr perguntado.
§ 1º Se ao juiz parecer conveniente, ainda que não
Dúvida sôbre a identidade da testemunha
haja requerimento das partes, serão ouvidas as pesso-
as a que as testemunhas se referirem.
§ 1º Se ocorrer dúvida sôbre a identidade da testemu-
nha, o juiz procederá à verificação pelos meios ao seu Testemunha não computada
alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimen-
to desde logo. § 2º Não será computada como testemunha a pessoa
que nada souber que interesse à decisão da causa.
Não deferimento de compromisso
Manifestação de opinião pessoal
§ 2º Não se deferirá o compromisso aos doentes e de-
ficientes mentais, aos menores de quatorze anos, nem Art. 357. O juiz não permitirá que a testemunha ma-
às pessoas a que se refere o art. 354. nifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inse-
paráveis da narrativa do fato.
Contradita de testemunha antes do depoimento
Caso de constrangimento da testemunha
§ 3º Antes de iniciado o depoimento, as partes pode-
Art. 358. Se o juiz verificar que a presença do acusado,
rão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias
pela sua atitude, poderá influir no ânimo de testemu-
ou defeitos que a tornem suspeita de parcialidade ou
nha, de modo que prejudique a verdade do depoimen-
indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou
to, fará retirá-lo, prosseguindo na inquirição, com a
argüição e a resposta da testemunha, mas só não lhe
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presença do seu defensor. Neste caso, deverá constar


deferirá compromisso ou a excluirá, nos casos previs- da ata da sessão a ocorrência e os motivos que a de-
tos no parágrafo anterior e no art. 355. terminaram.

Após o depoimento Expedição de precatória

§ 4º Após a prestação do depoimento, as partes pode- Art. 359. A testemunha que residir fora da jurisdição
rão contestá-lo, no todo ou em parte, por intermédio do juízo poderá ser inquirida pelo auditor do lugar da
do juiz, que mandará consignar a argüição e a respos- sua residência, expedindo-se, para êsse fim, carta pre-
ta da testemunha, não permitindo, porém, réplica a catória, nos têrmos do art. 283, com prazo razoável,
essa resposta. intimadas as partes, que formularão quesitos, a fim de
serem respondidos pela testemunha.

85
Sem efeito suspensivo
______. LEI COMPLEMENTAR 893/01. INSTITUI
§ 1º A expedição da precatória não suspenderá a ins-
trução criminal. O REGULAMENTO DISCIPLINAR DA POLÍCIA
MILITAR (RDPM)
Juntada posterior

§ 2º Findo o prazo marcado, e se não fôr prorrogado, LEI COMPLEMENTAR Nº 893, DE 09 DE MARÇO DE
poderá realizar-se o julgamento, mas, a todo tempo,
2001
a carta precatória, uma vez devolvida, será junta aos
autos.
(Atualizada até a Lei Complementar nº 915, de 22
Precatória a juiz do fôro comum de março de 2002)

Art. 360. Caso não seja possível, por motivo relevante, Institui o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar
o comparecimento da testemunha perante auditor, a
carta precatória poderá ser expedida a juiz criminal O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
de comarca onde resida a testemunha ou a esta seja Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu
acessível, observado o disposto no artigo anterior. promulgo a seguinte lei complementar:
Precatória a autoridade militar CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
Art. 361. No curso do inquérito policial militar, o seu
encarregado poderá expedir carta precatória à auto-
ridade militar superior do local onde a testemunha Artigo 1º - A hierarquia e a disciplina são as bases da
estiver servindo ou residindo, a fim de notificá-la e organização da Polícia Militar.
inquiri-la, ou designar oficial que a inquira, tendo em Artigo 2º - Estão sujeitos ao Regulamento Disciplinar
atenção as normas de hierarquia, se a testemunha fôr da Polícia Militar os militares do Estado do serviço ati-
militar. Com a precatória, enviará cópias da parte que vo, da reserva remunerada, os reformados e os agre-
deu origem ao inquérito e da portaria que lhe deter- gados, nos termos da legislação vigente.
minou a abertura, e os quesitos formulados, para se- Parágrafo único - O disposto neste artigo não se apli-
rem respondidos pela testemunha, além de outros da- ca:
dos que julgar necessários ao esclarecimento do fato. 1 - aos militares do Estado, ocupantes de cargos pú-
blicos ou eletivos;
Inquirição deprecada do ofendido 2 - aos Magistrados da Justiça Militar.
Artigo 3º - Hierarquia policial-militar é a ordena-
Parágrafo único. Da mesma forma, poderá ser ouvido
ção progressiva da autoridade, em graus diferentes,
o ofendido, se o encarregado do inquérito julgar des-
necessário solicitar-lhe a apresentação à autoridade da qual decorre a obediência, dentro da estrutura da
competente. Polícia Militar, culminando no Governador do Estado,
Chefe Supremo da Polícia Militar.
Mudança de residência da testemunha § 1º - A ordenação da autoridade se faz por postos e
graduações, de acordo com o escalonamento hierár-
Art. 362. As testemunhas comunicarão ao juiz, dentro quico, a antigüidade e a precedência funcional.
de um ano, qualquer mudança de residência, sujeitan- § 2º - Posto é o grau hierárquico dos oficiais, conferido
do-se, pela simples omissão, às penas do não compa- por ato do Governador do Estado e confirmado em
recimento. Carta Patente ou Folha de Apostila.
§ 3º - Graduação é o grau hierárquico das praças, con-
Antecipação de depoimento ferida pelo Comandante Geral da Polícia Militar.
Artigo 4º - A antigüidade entre os militares do Estado,
Art. 363. Se qualquer testemunha tiver de ausentar-
em igualdade de posto ou graduação, será definida
-se ou, por enfermidade ou idade avançada, inspirar
receio de que, ao tempo da instrução criminal, esteja pela:
I - data da última promoção;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

impossibilitado de depor, o juiz poderá, de ofício ou a


requerimento de qualquer das partes, tomar-lhe ante- II - prevalência sucessiva dos graus hierárquicos an-
cipadamente o depoimento. teriores;
III - classificação no curso de formação ou habilitação;
Afirmação falsa de testemunha IV - data de nomeação ou admissão;
V - maior idade.
Art. 364. Se o Conselho de Justiça ou o Superior Tribu- Parágrafo único - Nos casos de promoção a aspiran-
nal Militar, ao pronunciar sentença final, reconhecer te-a-oficial, a aluno-oficial, a 3º sargento, a cabo ou
que alguma testemunha fêz afirmação falsa, calou nos casos de nomeação de oficiais, alunos-oficiais ou
ou negou a verdade, remeterá cópia do depoimento admissão de soldados prevalecerá, para efeito de anti-
à autoridade policial competente, para a instauração güidade, a ordem de classificação obtida nos respecti-
de inquérito. vos cursos ou concursos.

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Artigo 5º - A precedência funcional ocorrerá quando, deste Regulamento;
em igualdade de posto ou graduação, o oficial ou a V - atuar com devotamento ao interesse público, colo-
praça: cando-o acima dos anseios particulares;
I - ocupar cargo ou função que lhe atribua superiori- VI - atuar de forma disciplinada e disciplinadora, com
dade funcional sobre os integrantes do órgão ou servi- respeito mútuo de superiores e subordinados, e preo-
ço que dirige, comanda ou chefia; cupação com a integridade física, moral e psíquica de
II - estiver no serviço ativo, em relação aos inativos. todos os militares do Estado, inclusive dos agregados,
envidando esforços para bem encaminhar a solução
CAPÍTULO II dos problemas apresentados;
Da Deontologia Policial-Militar VII - ser justo na apreciação de atos e méritos dos su-
SEÇÃO I bordinados;
Disposições Preliminares VIII - cumprir e fazer cumprir, dentro de suas atribui-
ções legalmente definidas, a Constituição, as leis e as
Artigo 6º - A deontologia policial-militar é constituída ordens legais das autoridades competentes, exercendo
pelos valores e deveres éticos, traduzidos em normas suas atividades com responsabilidade, incutindo-a em
de conduta, que se impõem para que o exercício da seus subordinados;
profissão policial-militar atinja plenamente os ideais IX - dedicar-se integralmente ao serviço policial-mili-
de realização do bem comum, mediante a preserva- tar, buscando, com todas as energias, o êxito e o apri-
ção da ordem pública. moramento técnico-profissional e moral;
§ 1º - Aplicada aos componentes da Polícia Militar, X - estar sempre preparado para as missões que de-
independentemente de posto ou graduação, a deon- sempenhe;
tologia policial-militar reúne valores úteis e lógicos XI - exercer as funções com integridade e equilíbrio,
a valores espirituais superiores, destinados a elevar a segundo os princípios que regem a administração pú-
profissão policial-militar à condição de missão. blica, não sujeitando o cumprimento do dever a influ-
§ 2º - O militar do Estado prestará compromisso de ências indevidas;
honra, em caráter solene, afirmando a consciente XII - procurar manter boas relações com outras cate-
aceitação dos valores e deveres policiais-militares e a gorias profissionais, conhecendo e respeitando-lhes os
firme disposição de bem cumpri-los. limites de competência, mas elevando o conceito e os
padrões da própria profissão, zelando por sua compe-
SEÇÃO II tência e autoridade;
Dos Valores Policiais-Militares XIII - ser fiel na vida policial-militar, cumprindo os
compromissos relacionados às suas atribuições de
Artigo 7º - Os valores fundamentais, determinantes agente público;
da moral policial-militar, são os seguintes: XIV - manter ânimo forte e fé na missão policial-mi-
I - o patriotismo; litar, mesmo diante das dificuldades, demonstrando
II - o civismo; persistência no trabalho para solucioná-las;
III - a hierarquia; XV - zelar pelo bom nome da Instituição Policial-Mi-
IV - a disciplina; litar e de seus componentes, aceitando seus valores e
V - o profissionalismo; cumprindo seus deveres éticos e legais;
VI - a lealdade; XVI - manter ambiente de harmonia e camaradagem
VII - a constância; na vida profissional, solidarizando-se nas dificuldades
VIII - a verdade real; que esteja ao seu alcance minimizar e evitando co-
IX - a honra; mentários desairosos sobre os componentes das Insti-
X - a dignidade humana; tuições Policiais;
XI - a honestidade; XVII - não pleitear para si, por meio de terceiros, cargo
XII - a coragem. ou função que esteja sendo exercido por outro militar
do Estado;
SEÇÃO III XVIII - proceder de maneira ilibada na vida pública e
Dos Deveres Policiais-Militares particular;
XIX - conduzir-se de modo não subserviente sem ferir
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Artigo 8º - Os deveres éticos, emanados dos valores os princípios de respeito e decoro;


policiais-militares e que conduzem a atividade profis- XX - abster-se do uso do posto, graduação ou cargo
sional sob o signo da retidão moral, são os seguintes: para obter facilidades pessoais de qualquer natureza
I - cultuar os símbolos e as tradições da Pátria, do Es- ou para encaminhar negócios particulares ou de ter-
tado de São Paulo e da Polícia Militar e zelar por sua ceiros;
inviolabilidade; XXI - abster-se, ainda que na inatividade, do uso das
II - cumprir os deveres de cidadão; designações hierárquicas em:
III - preservar a natureza e o meio ambiente; a) atividade político-partidária, salvo quando candi-
IV - servir à comunidade, procurando, no exercício da dato a cargo eletivo;
suprema missão de preservar a ordem pública, pro- b) atividade comercial ou industrial;
mover, sempre, o bem estar comum, dentro da estrita c) pronunciamento público a respeito de assunto poli-
observância das normas jurídicas e das disposições cial, salvo os de natureza técnica;

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d) exercício de cargo ou função de natureza civil; matéria pertinente ao interesse público, devendo ob-
XXII - prestar assistência moral e material ao lar, con- servar os preceitos da ética policial-militar e preservar
duzindo-o como bom chefe de família; os valores policiais-militares em suas manifestações
XXIII - considerar a verdade, a legalidade e a respon- essenciais.
sabilidade como fundamentos de dignidade pessoal;
XXIV - exercer a profissão sem discriminações ou res- CAPÍTULO III
trições de ordem religiosa, política, racial ou de con- Da Disciplina Policial-Militar
dição social;
XXV - atuar com prudência nas ocorrências policiais, Artigo 9º - A disciplina policial-militar é o exato cum-
evitando exacerbá-las; primento dos deveres, traduzindo-se na rigorosa ob-
XXVI - respeitar a integridade física, moral e psíquica servância e acatamento integral das leis, regulamen-
da pessoa do preso ou de quem seja objeto de incri- tos, normas e ordens, por parte de todos e de cada
minação; integrante da Polícia Militar.
XXVII - observar as normas de boa educação e ser dis- § 1º - São manifestações essenciais da disciplina:
creto nas atitudes, maneiras e na linguagem escrita 1 - a observância rigorosa das prescrições legais e re-
ou falada; gulamentares;
XXVIII - não solicitar ou provocar publicidade visando 2 - a obediência às ordens legais dos superiores;
a própria promoção pessoal; 3 - o emprego de todas as energias em benefício do
XXIX - observar os direitos e garantias fundamentais, serviço;
agindo com isenção, eqüidade e absoluto respeito pelo 4 - a correção de atitudes;
ser humano, não usando sua condição de autoridade 5 - as manifestações espontâneas de acatamento dos
pública para a prática de arbitrariedade; valores e deveres éticos;
XXX - exercer a função pública com honestidade, não 6 - a colaboração espontânea na disciplina coletiva e
aceitando vantagem indevida, de qualquer espécie; na eficiência da Instituição.
XXXI - não usar meio ilícito na produção de trabalho § 2º - A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser
intelectual ou em avaliação profissional, inclusive no mantidos, permanentemente, pelos militares do Esta-
âmbito do ensino;
do, tanto no serviço ativo, quanto na inatividade.
XXXII - não abusar dos meios do Estado postos à sua
§ 3º - A camaradagem é indispensável à formação e
disposição, nem distribuí-los a quem quer que seja,
ao convívio na Polícia Militar, incumbindo aos coman-
em detrimento dos fins da administração pública, coi-
dantes incentivar e manter a harmonia e a solidarie-
bindo ainda a transferência, para fins particulares, de
dade entre os seus comandados, promovendo estímu-
tecnologia própria das funções policiais;
los de aproximação e cordialidade.
XXXIII - atuar com eficiência e probidade, zelando
§ 4º - A civilidade é parte integrante da educação
pela economia e conservação dos bens públicos, cuja
policial-militar, cabendo a superiores e subordinados
utilização lhe for confiada;
atitudes de respeito e deferência mútuos.
XXXIV - proteger as pessoas, o patrimônio e o meio
ambiente com abnegação e desprendimento pessoal; Artigo 10 - As ordens legais devem ser prontamente
XXXV - atuar onde estiver, mesmo não estando em executadas, cabendo inteira responsabilidade à auto-
serviço, para preservar a ordem pública ou prestar so- ridade que as determinar.
corro, desde que não exista, naquele momento, força § 1º - Quando a ordem parecer obscura, compete ao
de serviço suficiente. subordinado, ao recebê-la, solicitar os esclarecimentos
§ 1º - Ao militar do Estado em serviço ativo é vedado necessários ao seu total entendimento.
exercer atividade de segurança particular, comércio ou § 2º - Cabe ao executante que exorbitar no cumpri-
tomar parte da administração ou gerência de socie- mento da ordem recebida a responsabilidade pelo
dade comercial ou dela ser sócio ou participar, exceto abuso ou excesso que cometer.
como acionista, cotista ou comanditário.
§ 2º - Compete aos Comandantes de Unidade e de CAPÍTULO IV
Subunidade destacada fiscalizar os subordinados que Da Violação dos Valores, dos Deveres e da Disci-
apresentarem sinais exteriores de riqueza, incompatí- plina
veis com a remuneração do respectivo cargo, fazendo-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

-os comprovar a origem de seus bens, mediante ins- SEÇÃO I


tauração de procedimento administrativo, observada Disposições Preliminares
a legislação específica.
§ 3º - Aos militares do Estado da ativa são proibidas Artigo 11 - A ofensa aos valores e aos deveres vul-
manifestações coletivas sobre atos de superiores, de nera a disciplina policial-militar, constituindo infração
caráter reivindicatório e de cunho político-partidário, administrativa, penal ou civil, isolada ou cumulativa-
sujeitando-se as manifestações de caráter individual mente.
aos preceitos deste Regulamento. § 1º - O militar do Estado é responsável pelas decisões
§ 4º - É assegurado ao militar do Estado inativo o di- ou atos que praticar, inclusive nas missões expressa-
reito de opinar sobre assunto político e externar pen- mente determinadas, bem como pela não-observância
samento e conceito ideológico, filosófico ou relativo a ou falta de exação no cumprimento de seus deveres.

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§ 2º - O superior hierárquico responderá solidaria- 6 - reter o preso, a vítima, as testemunhas ou partes
mente, na esfera administrativa disciplinar, incorren- não definidas por mais tempo que o necessário para
do nas mesmas sanções da transgressão praticada por a solução do procedimento policial, administrativo ou
seu subordinado quando: penal (M);
1 - presenciar o cometimento da transgressão deixan- 7 - faltar com a verdade (G);
do de atuar para fazê-la cessar imediatamente; 8 - ameaçar, induzir ou instigar alguém para que não
2 - concorrer diretamente, por ação ou omissão, para declare a verdade em procedimento administrativo,
o cometimento da transgressão, mesmo não estando civil ou penal (G);
presente no local do ato. 9 - utilizar-se do anonimato para fins ilícitos (G);
§ 3º - A violação da disciplina policial-militar será tão 10 - envolver, indevidamente, o nome de outrem para
mais grave quanto mais elevado for o grau hierárqui- esquivar-se de responsabilidade (G);
co de quem a cometer. 11 - publicar, divulgar ou contribuir para a divulgação
irrestrita de fatos, documentos ou assuntos adminis-
SEÇÃO II trativos ou técnicos de natureza policial, militar ou
Da Transgressão Disciplinar judiciária, que possam concorrer para o desprestígio
da Polícia Militar, ferir a hierarquia ou a disciplina,
Artigo 12 - Transgressão disciplinar é a infração ad- comprometer a segurança da sociedade e do Estado
ministrativa caracterizada pela violação dos deveres ou violar a honra e a imagem de pessoa (G);
policiais-militares, cominando ao infrator as sanções 12 - espalhar boatos ou notícias tendenciosas em pre-
previstas neste Regulamento. juízo da boa ordem civil ou policial-militar ou do bom
§ 1º - As transgressões disciplinares compreendem: nome da Polícia Militar (M);
1 - todas as ações ou omissões contrárias à disciplina 13 - provocar ou fazer-se, voluntariamente, causa ou
policial-militar, especificadas no artigo 13 deste Re- origem de alarmes injustificados (M);
gulamento; 14 - concorrer para a discórdia, desarmonia ou culti-
2 - todas as ações ou omissões não especificadas no var inimizade entre companheiros (M);
artigo 13 deste Regulamento, mas que também vio- 15 - liberar preso ou detido ou dispensar parte de
lem os valores e deveres policiais-militares. ocorrência sem competência legal para tanto (G);
§ 2º - As transgressões disciplinares previstas nos itens 16 - entender-se com o preso, de forma velada, ou dei-
1 e 2 do § 1º, deste artigo, serão classificadas como xar que alguém o faça, sem autorização de autoridade
graves, desde que venham a ser: competente (M);
1 - atentatórias às instituições ou ao Estado; 17 - receber vantagem de pessoa interessada no caso
2 - atentatórias aos direitos humanos fundamentais; de furto, roubo, objeto achado ou qualquer outro tipo
3 - de natureza desonrosa. de ocorrência ou procurá-la para solicitar vantagem
§ 3º - As transgressões previstas no item 2 do § 1º e (G);
não enquadráveis em algum dos itens do § 2º, deste 18 - receber ou permitir que seu subordinado receba,
artigo, serão classificadas pela autoridade competente em razão da função pública, qualquer objeto ou valor,
como médias ou leves, consideradas as circunstâncias mesmo quando oferecido pelo proprietário ou respon-
do fato. sável (G);
§ 4º - Ao militar do Estado, aluno de curso da Polícia 19 - apropriar-se de bens pertencentes ao patrimônio
Militar, aplica-se, no que concerne à disciplina, além público ou particular (G);
do previsto neste Regulamento, subsidiariamente, o 20 - empregar subordinado ou servidor civil, ou des-
disposto nos regulamentos próprios dos estabeleci- viar qualquer meio material ou financeiro sob sua
mentos de ensino onde estiver matriculado. responsabilidade ou não, para a execução de ativida-
§ 5º - A aplicação das penas disciplinares previstas des diversas daquelas para as quais foram destinadas,
neste Regulamento independe do resultado de even- em proveito próprio ou de outrem (G);
tual ação penal. 21 - provocar desfalques ou deixar de adotar provi-
Artigo 13 - As transgressões disciplinares são classi- dências, na esfera de suas atribuições, para evitá-los
ficadas de acordo com sua gravidade em graves (G), (G);
médias (M) e leves (L). 22 - utilizar-se da condição de militar do Estado para
Parágrafo único - As transgressões disciplinares são: obter facilidades pessoais de qualquer natureza ou
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

1 - desconsiderar os direitos constitucionais da pessoa para encaminhar negócios particulares ou de terceiros


no ato da prisão (G); (G);
2 - usar de força desnecessária no atendimento de 23 - dar, receber ou pedir gratificação ou presente com
ocorrência ou no ato de efetuar prisão (G); finalidade de retardar, apressar ou obter solução favo-
3 - deixar de providenciar para que seja garantida a rável em qualquer ato de serviço (G);
integridade física das pessoas que prender ou detiver 24 - contrair dívida ou assumir compromisso supe-
(G); rior às suas possibilidades, desde que venha a expor o
4 - agredir física, moral ou psicologicamente preso sob nome da Polícia Militar (M);
sua guarda ou permitir que outros o façam (G); 25 - fazer, diretamente ou por intermédio de outrem,
5 - permitir que o preso, sob sua guarda, conserve em agiotagem ou transação pecuniária envolvendo as-
seu poder instrumentos ou outros objetos proibidos, sunto de serviço, bens da administração pública ou
com que possa ferir a si próprio ou a outrem (G); material cuja comercialização seja proibida (G);

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26 - exercer ou administrar, o militar do Estado em 48 - retirar-se da presença do superior hierárquico
serviço ativo, a função de segurança particular ou sem obediência às normas regulamentares (L);
qualquer atividade estranha à Instituição Policial- 49 - deixar, tão logo seus afazeres o permitam, de
-Militar com prejuízo do serviço ou com emprego de apresentar-se ao seu superior funcional, conforme
meios do Estado (G); prescrições regulamentares (L);
27 - exercer, o militar do Estado em serviço ativo, o co- 50 - deixar, nas solenidades, de apresentar-se ao supe-
mércio ou tomar parte na administração ou gerência rior hierárquico de posto ou graduação mais elevada
de sociedade comercial com fins lucrativos ou dela ser e de saudar os demais, de acordo com as normas re-
sócio, exceto como acionista, cotista ou comanditário gulamentares (L);
(G); 51 - deixar de fazer a devida comunicação disciplinar
28 - deixar de fiscalizar o subordinado que apresentar (M);
sinais exteriores de riqueza incompatíveis com a re- 52 - tendo conhecimento de transgressão disciplinar,
muneração do cargo (G); deixar de apurá-la (G);
29 - não cumprir, sem justo motivo, a execução de 53 - deixar de punir o transgressor da disciplina, salvo
qualquer ordem legal recebida (G); se houver causa de justificação (M);
30 - retardar, sem justo motivo, a execução de qual- 54 - não levar fato ilegal ou irregularidade que pre-
quer ordem legal recebida (M); senciar ou de que tiver ciência, e não lhe couber re-
31 - dar, por escrito ou verbalmente, ordem manifes- primir, ao conhecimento da autoridade para isso com-
tamente ilegal que possa acarretar responsabilidade petente (M);
ao subordinado, ainda que não chegue a ser cumprida 55 - deixar de comunicar ao superior imediato ou, na
(G); ausência deste, a qualquer autoridade superior toda
32 - deixar de assumir a responsabilidade de seus atos informação que tiver sobre iminente perturbação da
ou pelos praticados por subordinados que agirem em ordem pública ou grave alteração do serviço ou de sua
cumprimento de sua ordem (G); marcha, logo que tenha conhecimento (G);
33 - aconselhar ou concorrer para não ser cumprida 56 - deixar de manifestar-se nos processos que lhe fo-
qualquer ordem legal de autoridade competente, ou
rem encaminhados, exceto nos casos de suspeição ou
serviço, ou para que seja retardada, prejudicada ou
impedimento, ou de absoluta falta de elementos, hi-
embaraçada a sua execução (G);
pótese em que essas circunstâncias serão fundamen-
34 - interferir na administração de serviço ou na exe-
tadas (M);
cução de ordem ou missão sem ter a devida compe-
57 - deixar de encaminhar à autoridade competente,
tência para tal (M);
no mais curto prazo e pela via hierárquica, documento
35 - deixar de comunicar ao superior a execução de
ou processo que receber, se não for de sua alçada a
ordem dele recebida, no mais curto prazo possível (L);
36 - dirigir-se, referir-se ou responder a superior de solução (M);
modo desrespeitoso (G); 58 - omitir, em boletim de ocorrência, relatório ou
37 - recriminar ato legal de superior ou procurar des- qualquer documento, dados indispensáveis ao escla-
considerá-lo (G); recimento dos fatos (G);
38 - ofender, provocar ou desafiar superior ou subordi- 59 - subtrair, extraviar, danificar ou inutilizar docu-
nado hierárquico (G); mentos de interesse da administração pública ou de
39 - promover ou participar de luta corporal com su- terceiros (G);
perior, igual, ou subordinado hierárquico (G); 60 - trabalhar mal, intencionalmente ou por desídia,
40 - procurar desacreditar seu superior ou subordina- em qualquer serviço, instrução ou missão (M);
do hierárquico (M); 61 - deixar de assumir, orientar ou auxiliar o atendi-
41 - ofender a moral e os bons costumes por atos, pa- mento de ocorrência, quando esta, por sua natureza
lavras ou gestos (G); ou amplitude, assim o exigir (G);
42 - desconsiderar ou desrespeitar, em público ou pela 62 - retardar ou prejudicar o serviço de polícia judici-
imprensa, os atos ou decisões das autoridades civis ou ária militar que deva promover ou em que esteja in-
dos órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciá- vestido (M);
rio ou de qualquer de seus representantes (G); 63 - desrespeitar medidas gerais de ordem policial,
43 - desrespeitar, desconsiderar ou ofender pessoa por judiciária ou administrativa, ou embaraçar sua exe-
palavras, atos ou gestos, no atendimento de ocorrên- cução (M);
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

cia policial ou em outras situações de serviço (G); 64 - não ter, pelo preparo próprio ou de seus subordi-
44 - deixar de prestar a superior hierárquico continên- nados ou instruendos, a dedicação imposta pelo senti-
cia ou outros sinais de honra e respeito previstos em mento do dever (M);
regulamento (M); 65 - causar ou contribuir para a ocorrência de aciden-
45 - deixar de corresponder a cumprimento de seu su- te de serviço ou instrução (M);
bordinado (M); 66 - consentir, o responsável pelo posto de serviço ou
46 - deixar de exibir, estando ou não uniformizado, a sentinela, na formação de grupo ou permanência de
documento de identidade funcional ou recusar-se a pessoas junto ao seu posto (L);
declarar seus dados de identificação quando lhe for 67 - içar ou arriar, sem ordem, bandeira ou insígnia de
exigido por autoridade competente (M); autoridade (L);
47 - evadir-se ou tentar evadir-se de escolta, bem 68 - dar toques ou fazer sinais, previstos nos regula-
como resistir a ela (G); mentos, sem ordem de autoridade competente (L);

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69 - conversar ou fazer ruídos em ocasiões ou lugares 93 - tomar parte em jogos proibidos ou jogar a dinhei-
impróprios (L); ro os permitidos, em local sob administração policial-
70 - deixar de comunicar a alteração de dados de qua- -militar, ou em qualquer outro, quando uniformizado
lificação pessoal ou mudança de endereço residencial (L);
(L); 94 - portar ou possuir arma em desacordo com as nor-
71 - apresentar comunicação disciplinar ou represen- mas vigentes (G);
tação sem fundamento ou interpor recurso disciplinar 95 - andar ostensivamente armado, em trajes civis,
sem observar as prescrições regulamentares (M); não se achando de serviço (G);
72 - dificultar ao subordinado o oferecimento de re- 96 - disparar arma por imprudência, negligência, im-
presentação ou o exercício do direito de petição (M); perícia, ou desnecessariamente (G);
73 - passar a ausente (G); 97 - não obedecer às regras básicas de segurança ou
74 - abandonar serviço para o qual tenha sido desig- não ter cautela na guarda de arma própria ou sob sua
nado ou recusar-se a executá-lo na forma determina- responsabilidade (G);
da (G); 98 - ter em seu poder, introduzir, ou distribuir em lo-
75 - faltar ao expediente ou ao serviço para o qual cal sob administração policial-militar, substância ou
esteja nominalmente escalado (G); material inflamável ou explosivo sem permissão da
76 - faltar a qualquer ato em que deva tomar parte ou autoridade competente (M);
assistir, ou ainda, retirar-se antes de seu encerramento 99 - dirigir viatura policial com imprudência, imperí-
sem a devida autorização (M); cia, negligência, ou sem habilitação legal (G);
77 - afastar-se, quando em atividade policial-militar 100 - desrespeitar regras de trânsito, de tráfego aéreo
com veículo automotor, aeronave, embarcação ou a ou de navegação marítima, lacustre ou fluvial (M);
pé, da área em que deveria permanecer ou não cum- 101 - autorizar, promover ou executar manobras pe-
prir roteiro de patrulhamento predeterminado (G); rigosas com viaturas, aeronaves, embarcações ou ani-
78 - afastar-se de qualquer lugar em que deva estar mais (M);
por força de dispositivo ou ordem legal (M); 102 - conduzir veículo, pilotar aeronave ou embarca-
79 - chegar atrasado ao expediente, ao serviço para o ção oficial, sem autorização do órgão competente da
qual esteja nominalmente escalado ou a qualquer ato Polícia Militar, mesmo estando habilitado (L);
em que deva tomar parte ou assistir (L); 103 - transportar na viatura, aeronave ou embarca-
80 - deixar de comunicar a tempo, à autoridade com- ção que esteja sob seu comando ou responsabilidade,
petente, a impossibilidade de comparecer à Organiza- pessoal ou material, sem autorização da autoridade
ção Policial Militar (OPM) ou a qualquer ato ou serviço competente (L);
de que deva participar ou a que deva assistir (L); 104 - andar a cavalo, a trote ou galope, sem necessi-
81 - permutar serviço sem permissão da autoridade dade, pelas ruas da cidade ou castigar inutilmente a
competente (M); montada (L);
82 - simular doença para esquivar-se ao cumprimento 105 - não ter o devido zelo, danificar, extraviar ou inu-
do dever (M); tilizar, por ação ou omissão, bens ou animais perten-
83 - deixar de se apresentar às autoridades competen- centes ao patrimônio público ou particular, que este-
tes nos casos de movimentação ou quando designado jam ou não sob sua responsabilidade (M);
para comissão ou serviço extraordinário (M); 106 - negar-se a utilizar ou a receber do Estado far-
84 - não se apresentar ao seu superior imediato ao damento, armamento, equipamento ou bens que lhe
término de qualquer afastamento do serviço ou, ain- sejam destinados ou devam ficar em seu poder ou sob
da, logo que souber que o mesmo tenha sido inter- sua responsabilidade (M);
rompido ou suspenso (M); 107 - retirar ou tentar retirar de local sob administra-
85 - dormir em serviço de policiamento, vigilância ou ção policial-militar material, viatura, aeronave, em-
segurança de pessoas ou instalações (G); barcação ou animal, ou mesmo deles servir-se, sem
86 - dormir em serviço, salvo quando autorizado (M); ordem do responsável ou proprietário (G);
87 - permanecer, alojado ou não, deitado em horário 108 - entrar, sair ou tentar fazê-lo, de OPM, com tropa,
de expediente no interior da OPM, sem autorização de sem prévio conhecimento da autoridade competente,
quem de direito (L); salvo para fins de instrução autorizada pelo comando
88 - fazer uso, estar sob ação ou induzir outrem ao uso (G);
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

de substância proibida, entorpecente ou que determi- 109 - deixar o responsável pela segurança da OPM de
ne dependência física ou psíquica, ou introduzi-las em cumprir as prescrições regulamentares com respeito a
local sob administração policial-militar (G); entrada, saída e permanência de pessoa estranha (M);
89 - embriagar-se quando em serviço ou apresentar- 110 - permitir que pessoa não autorizada adentre pré-
-se embriagado para prestá-lo (G); dio ou local interditado (M);
90 - ingerir bebida alcoólica quando em serviço ou 111 - deixar, ao entrar ou sair de OPM onde não sir-
apresentar-se alcoolizado para prestá-lo (M); va, de dar ciência da sua presença ao Oficial-de-Dia
91 - introduzir bebidas alcoólicas em local sob admi- ou de serviço e, em seguida, se oficial, de procurar o
nistração policial-militar, salvo se devidamente auto- comandante ou o oficial de posto mais elevado ou seu
rizado (M); substituto legal para expor a razão de sua presença,
92 - fumar em local não permitido (L); salvo as exceções regulamentares previstas (M);

91
112 - adentrar, sem permissão ou ordem, aposentos 130 - recorrer a outros órgãos, pessoas ou instituições,
destinados a superior ou onde este se encontre, bem exceto ao Poder Judiciário, para resolver assunto de
como qualquer outro lugar cuja entrada lhe seja ve- interesse pessoal relacionados com a Polícia Militar
dada (M); (M);
113 - abrir ou tentar abrir qualquer dependência da 131 - assumir compromisso em nome da Polícia Mili-
OPM, desde que não seja a autoridade competente ou tar, ou representá-la em qualquer ato, sem estar devi-
sem sua ordem, salvo em situações de emergência (M); damente autorizado (M);
114 - permanecer em dependência de outra OPM ou 132 - deixar de cumprir ou fazer cumprir as normas
local de serviço sem consentimento ou ordem da au- legais ou regulamentares, na esfera de suas atribui-
toridade competente (M); ções (M).
115 - permanecer em dependência da própria OPM
ou local de serviço, desde que a ele estranho, sem con- CAPÍTULO V
sentimento ou ordem da autoridade competente (L); Das Sanções Administrativas Disciplinares
116 - entrar ou sair, de qualquer OPM, por lugares que
não sejam para isso designados (L); SEÇÃO I
117 - deixar de exibir a superior hierárquico, quando Disposições Gerais
por ele solicitado, objeto ou volume, ao entrar ou sair
de qualquer OPM (M); Artigo 14 - As sanções disciplinares aplicáveis aos mi-
118 - ter em seu poder, introduzir ou distribuir, em litares do Estado, independentemente do posto, gra-
local sob administração policial-militar, publicações, duação ou função que ocupem, são:
estampas ou jornais que atentem contra a disciplina, I - advertência;
a moral ou as instituições (L); II - repreensão;
119 - apresentar-se, em qualquer situação, mal uni- III - permanência disciplinar;
formizado, com o uniforme alterado ou diferente do IV - detenção;
previsto, contrariando o Regulamento de Uniformes V - reforma administrativa disciplinar;
da Polícia Militar ou norma a respeito (M); VI - demissão;
120 - usar no uniforme, insígnia, medalha, condeco- VII - expulsão;
ração ou distintivo, não regulamentares ou de forma VIII - proibição do uso do uniforme.
indevida (M); Parágrafo único - Todo fato que constituir transgres-
121 - usar vestuário incompatível com a função ou são deverá ser levado ao conhecimento da autoridade
descurar do asseio próprio ou prejudicar o de outrem competente para as providências disciplinares.
(L);
122 - estar em desacordo com as normas regulamen- SEÇÃO II
tares de apresentação pessoal (L); Da Advertência
123 - recusar ou devolver insígnia, salvo quando a re-
gulamentação o permitir (L); Artigo 15 - A advertência, forma mais branda de san-
124 - comparecer, uniformizado, a manifestações ou ção, é aplicada verbalmente ao transgressor, podendo
reuniões de caráter político-partidário, salvo por mo- ser feita particular ou ostensivamente, sem constar de
tivo de serviço (M); publicação ou dos assentamentos individuais.
125 - freqüentar ou fazer parte de sindicatos, asso- Parágrafo único - A sanção de que trata o “caput”
ciações profissionais com caráter de sindicato, ou de aplica-se exclusivamente às faltas de natureza leve.
associações cujos estatutos não estejam de conformi-
dade com a lei (G); SEÇÃO III
126 - autorizar, promover ou participar de petições Da Repreensão
ou manifestações de caráter reivindicatório, de cunho
político-partidário, religioso, de crítica ou de apoio a Artigo 16 - A repreensão é a sanção feita por escri-
ato de superior, para tratar de assuntos de natureza to ao transgressor, publicada de forma reservada ou
policial-militar, ressalvados os de natureza técnica ou ostensiva, devendo sempre ser averbada nos assenta-
científica havidos em razão do exercício da função po- mentos individuais.
licial (M); Parágrafo único - A sanção de que trata o “caput”
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127 - aceitar qualquer manifestação coletiva de su- aplica-se às faltas de natureza leve e média.
bordinados, com exceção das demonstrações de boa e
sã camaradagem e com prévio conhecimento do ho- SEÇÃO IV
menageado (L); Da Permanência Disciplinar
128 - discutir ou provocar discussão, por qualquer ve-
ículo de comunicação, sobre assuntos políticos, milita- Artigo 17 - A permanência disciplinar é a sanção em
res ou policiais, excetuando-se os de natureza exclusi- que o transgressor ficará na OPM, sem estar circuns-
vamente técnica, quando devidamente autorizado (L); crito a determinado compartimento.
129 - freqüentar lugares incompatíveis com o decoro Parágrafo único - O militar do Estado nesta situação
social ou policial-militar, salvo por motivo de serviço comparecerá a todos os atos de instrução e serviço,
(M); internos e externos.

92
Artigo 18 - A pedido do transgressor, o cumprimento SEÇÃO VI
da sanção de permanência disciplinar poderá, a juízo Da Reforma Administrativa Disciplinar
devidamente motivado, da autoridade que aplicou a
punição, ser convertido em prestação de serviço ex- Artigo 22 - A reforma administrativa disciplinar pode-
traordinário, desde que não implique prejuízo para a rá ser aplicada, mediante processo regular:
manutenção da hierarquia e da disciplina. I - ao oficial julgado incompatível ou indigno profis-
§ 1º - Na hipótese da conversão, a classificação do sionalmente para com o oficialato, após sentença pas-
comportamento do militar do Estado será feita com sada em julgado no tribunal competente, ressalvado o
base na sanção de permanência disciplinar. caso de demissão;
§ 2º - Considerar-se-á 1 (um) dia de prestação de ser- II - à praça que se tornar incompatível com a função
viço extraordinário equivalente ao cumprimento de 1 policial-militar, ou nociva à disciplina, e tenha sido jul-
(um) dia de permanência. gada passível de reforma.
§ 3º - O prazo para o encaminhamento do pedido de Parágrafo único - O militar do Estado que sofrer refor-
conversão será de 3 (três) dias, contados da data da ma administrativa disciplinar receberá remuneração
publicação da sanção de permanência. proporcional ao tempo de serviço policial-militar.
§ 4º - O pedido de conversão elide o pedido de recon-
sideração de ato. SEÇÃO VII
Artigo 19 - A prestação do serviço extraordinário, nos Da Demissão
termos do “caput” do artigo anterior, consiste na reali-
zação de atividades, internas ou externas, por período Artigo 23 - A demissão será aplicada ao militar do
nunca inferior a 6 (seis) ou superior a 8 (oito) horas, Estado na seguinte forma:
nos dias em que o militar do Estado estaria de folga.
I - ao oficial quando:
§ 1º - O limite máximo de conversão da permanên-
a) for condenado a pena restritiva de liberdade supe-
cia disciplinar em serviço extraordinário é de 5 (cinco)
rior a 2 (dois) anos, por sentença passada em julgado;
dias.
b) for condenado a pena de perda da função pública,
§ 2º - O militar do Estado, punido com período supe-
por sentença passada em julgado;
rior a 5 (cinco) dias de permanência disciplinar, so-
c) for considerado moral ou profissionalmente inidô-
mente poderá pleitear a conversão até o limite pre-
neo para a promoção ou revelar incompatibilidade
visto no parágrafo anterior, a qual, se concedida, será
para o exercício da função policial-militar, por senten-
sempre cumprida na fase final do período de punição.
ça passada em julgado no tribunal competente;
§ 3º - A prestação do serviço extraordinário não po-
derá ser executada imediatamente após o término de II - à praça quando:
um serviço ordinário. a) for condenada, por sentença passada em julgado,
a pena restritiva de liberdade por tempo superior a 2
SEÇÃO V (dois) anos;
Da Detenção b) for condenada, por sentença passada em julgado, a
pena de perda da função pública;
Artigo 20 - A detenção consiste na retenção do militar c) praticar ato ou atos que revelem incompatibilidade
do Estado no âmbito de sua OPM, sem participar de com a função policial-militar, comprovado mediante
qualquer serviço, instrução ou atividade. processo regular;
§ 1º - Nos dias em que o militar do Estado permane- d) cometer transgressão disciplinar grave, estando há
cer detido perderá todas as vantagens e direitos de- mais de 2 (dois) anos consecutivos ou 4 (quatro) anos
correntes do exercício do posto ou graduação, tempo alternados no mau comportamento, apurado median-
esse não computado para efeito algum, nos termos da te processo regular;
legislação vigente. e) houver cumprido a pena conseqüente do crime de
§ 2º - A detenção somente poderá ser aplicada quan- deserção;
do da reincidência no cometimento de transgressão f) considerada desertora e capturada ou apresentada,
disciplinar de natureza grave. tendo sido submetida a exame de saúde, for julgada
Artigo 21 - A detenção será aplicada pelo Secretário incapaz definitivamente para o serviço policial-militar.
da Segurança Pública, pelo Comandante Geral e pelos Parágrafo único - O oficial demitido perderá o posto e
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demais oficiais ocupantes de funções próprias do pos- a patente, e a praça, a graduação.


to de coronel.
§ 1º - A autoridade que entender necessária a aplica- SEÇÃO VIII
ção desta sanção disciplinar providenciará para que a Da Expulsão
documentação alusiva à respectiva transgressão seja
remetida à autoridade competente. Artigo 24 - A expulsão será aplicada, mediante pro-
§ 2º - Ao Governador do Estado compete conhecer cesso regular, à praça que atentar contra a segurança
desta sanção disciplinar em grau de recurso, quando das instituições nacionais ou praticar atos desonrosos
tiver sido aplicada pelo Secretário da Segurança Pú- ou ofensivos ao decoro profissional.
blica.

93
SEÇÃO IX § 3º - Conhecendo a manifestação preliminar e consi-
Da Proibição do Uso de Uniformes derando praticada a transgressão, a autoridade com-
petente elaborará termo acusatório motivado, com as
Artigo 25 - A proibição do uso de uniformes policiais- razões de fato e de direito, para que o militar do Es-
-militares será aplicada, nos termos deste Regulamen- tado possa exercitar, por escrito, o seu direito a ampla
to, temporariamente, ao inativo que atentar contra o defesa e ao contraditório, no prazo de 5 (cinco) dias.
decoro ou a dignidade policial-militar, até o limite de § 4º - Estando a autoridade convencida do cometi-
1 (um) ano. mento da transgressão, providenciará o enquadra-
mento disciplinar, mediante nota de culpa ou, se de-
CAPÍTULO VI terminar outra solução, deverá fundamentá-la por
Do Recolhimento Disciplinar despacho nos autos.
§ 5º - Poderá ser dispensada a manifestação prelimi-
Artigo 26 - O recolhimento de qualquer transgressor nar quando a autoridade competente tiver elementos
à prisão, sem nota de punição publicada em boletim, de convicção suficientes para a elaboração do termo
poderá ocorrer quando: acusatório, devendo esta circunstância constar do res-
I - houver indício de autoria de infração penal e for pectivo termo.
necessário ao bom andamento das investigações para
Artigo 29 - A solução do procedimento disciplinar é
sua apuração;
da inteira responsabilidade da autoridade competen-
II - for necessário para a preservação da ordem e da
te, que deverá aplicar sanção ou justificar o fato, de
disciplina policial-militar, especialmente se o militar
acordo com este Regulamento.
do Estado mostrar-se agressivo, embriagado ou sob
ação de substância entorpecente. § 1º - A solução será dada no prazo de 30 (trinta) dias,
§ 1º - São autoridades competentes para determinar o contados a partir do recebimento da defesa do acusa-
recolhimento disciplinar aquelas elencadas no artigo do, prorrogável no máximo por mais 15 (quinze) dias,
31 deste Regulamento. mediante declaração de motivos no próprio enqua-
§ 2º - A condução do militar do Estado à autoridade dramento.
competente para determinar o recolhimento somente § 2º - No caso de afastamento regulamentar do trans-
poderá ser efetuada por superior hierárquico. gressor, os prazos supracitados serão interrompidos,
§ 3º - As decisões de aplicação do recolhimento dis- reiniciada a contagem a partir da sua reapresentação.
ciplinar serão sempre fundamentadas e comunicadas § 3º - Em qualquer circunstância, o signatário da co-
ao Juiz Corregedor da polícia judiciária militar. municação deverá ser notificado da respectiva solu-
§ 4º - O militar do Estado preso nos termos deste arti- ção, no prazo máximo de 90 (noventa) dias da data
go poderá permanecer nessa situação pelo prazo má- da comunicação.
ximo de 5 (cinco) dias. § 4º - No caso de não cumprimento do prazo do pa-
rágrafo anterior, poderá o signatário da comunicação
CAPÍTULO VII solicitar, obedecida a via hierárquica, providências a
Do Procedimento Disciplinar respeito da solução.
SEÇÃO I
Da Comunicação Disciplinar SEÇÃO II
Da Representação
Artigo 27 - A comunicação disciplinar dirigida à auto-
ridade policial-militar competente destina-se a relatar Artigo 30 - Representação é toda comunicação que se
uma transgressão disciplinar cometida por subordina- referir a ato praticado ou aprovado por superior hie-
do hierárquico. rárquico ou funcional, que se repute irregular, ofensi-
Artigo 28 - A comunicação disciplinar deve ser clara, vo, injusto ou ilegal.
concisa e precisa, contendo os dados capazes de iden-
§ 1º - A representação será dirigida à autoridade fun-
tificar as pessoas ou coisas envolvidas, o local, a data e
cional imediatamente superior àquela contra a qual é
a hora do fato, além de caracterizar as circunstâncias
atribuída a prática do ato irregular, ofensivo, injusto
que o envolveram, bem como as alegações do faltoso,
ou ilegal.
quando presente e ao ser interpelado pelo signatário
§ 2º - A representação contra ato disciplinar será feita
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das razões da transgressão, sem tecer comentários ou


opiniões pessoais. somente após solucionados os recursos disciplinares
§ 1º - A comunicação disciplinar deverá ser apresenta- previstos neste Regulamento e desde que a matéria
da no prazo de 5 (cinco) dias, contados da constatação recorrida verse sobre a legalidade do ato praticado.
ou conhecimento do fato, ressalvadas as disposições § 3º - A representação nos termos do parágrafo an-
relativas ao recolhimento disciplinar, que deverá ser terior será exercida no prazo estabelecido no § 1º, do
feita imediatamente. artigo 62.
§ 2º - A comunicação disciplinar deve ser a expressão § 4º - O prazo para o encaminhamento de representa-
da verdade, cabendo à autoridade competente enca- ção será de 5 (cinco) dias contados da data do conhe-
minhá-la ao acusado para que, por escrito, manifes- cimento do ato ou fato que a motivar.
te-se preliminarmente sobre os fatos, no prazo de 3
(três) dias.

94
CAPÍTULO VIII SEÇÃO III
Da Competência, do Julgamento, da Aplicação e Do Julgamento
do Cumprimento das Sanções Disciplinares
Artigo 33 - Na aplicação das sanções disciplinares se-
SEÇÃO I rão sempre considerados a natureza, a gravidade, os
Da Competência motivos determinantes, os danos causados, a persona-
lidade e os antecedentes do agente, a intensidade do
Artigo 31 - A competência disciplinar é inerente ao dolo ou o grau da culpa.
cargo, função ou posto, sendo autoridades competen- Artigo 34 - Não haverá aplicação de sanção discipli-
tes para aplicar sanção disciplinar: nar quando for reconhecida qualquer das seguintes
causas de justificação:
I - o Governador do Estado: a todos os militares do
I - motivo de força maior ou caso fortuito, plenamente
Estado sujeitos a este Regulamento;
comprovados;
II - o Secretário da Segurança Pública e o Comandante II - benefício do serviço, da preservação da ordem pú-
Geral: a todos os militares do Estado sujeitos a este blica ou do interesse público;
Regulamento, exceto ao Chefe da Casa Militar; III - legítima defesa própria ou de outrem;
III - o Subcomandante da Polícia Militar: a todos os IV - obediência a ordem superior, desde que a ordem
integrantes de seu comando e das unidades subordi- recebida não seja manifestamente ilegal;
nadas e às praças inativas; V - uso de força para compelir o subordinado a cum-
IV - os oficiais da ativa da Polícia Militar do posto de prir rigorosamente o seu dever, no caso de perigo, ne-
coronel a capitão: aos militares do Estado que estive- cessidade urgente, calamidade pública ou manuten-
rem sob seu comando ou integrantes das OPM subor- ção da ordem e da disciplina.
dinadas. Artigo 35 - São circunstâncias atenuantes:
§ 1º - Ao Secretário da Segurança Pública e ao Co- I - estar, no mínimo, no bom comportamento;
mandante Geral da Polícia Militar compete conhecer II - ter prestado serviços relevantes;
das sanções disciplinares aplicadas aos inativos, em III - ter admitido a transgressão de autoria ignorada
grau de recurso, respectivamente, se oficial ou praça. ou, se conhecida, imputada a outrem;
§ 2º - Aos oficiais, quando no exercício interino das IV - ter praticado a falta para evitar mal maior;
funções de posto igual ou superior ao de capitão, fica- V - ter praticado a falta em defesa de seus próprios
direitos ou dos de outrem;
rá atribuída a competência prevista no inciso IV deste
VI - ter praticado a falta por motivo de relevante valor
artigo.
social;
VII - não possuir prática no serviço;
SEÇÃO II VIII - colaborar na apuração da transgressão discipli-
Dos Limites de Competência das Autoridades nar.
Artigo 36 - São circunstâncias agravantes:
Artigo 32 - O Governador do Estado é competente I - mau comportamento;
para aplicar todas as sanções disciplinares previstas II - prática simultânea ou conexão de duas ou mais
neste Regulamento, cabendo às demais autoridades transgressões;
as seguintes competências: III - reincidência específica;
I - ao Secretário da Segurança Pública e ao Coman- IV - conluio de duas ou mais pessoas;
dante Geral: todas as sanções disciplinares exceto a V - ter sido a falta praticada durante a execução do
demissão de oficiais; serviço;
II - ao Subcomandante da Polícia Militar: as sanções VI - ter sido a falta praticada em presença de subordi-
disciplinares de advertência, repreensão, permanência nado, de tropa ou de civil;
disciplinar, detenção e proibição do uso de uniformes VII - ter sido a falta praticada com abuso de autorida-
de até os limites máximos previstos; de hierárquica ou funcional.
III - aos oficiais do posto de coronel: as sanções dis- § 1º - Não se aplica a circunstância agravante prevista
no inciso V quando, pela sua natureza, a transgressão
ciplinares de advertência, repreensão, permanência
seja inerente à execução do serviço.
disciplinar de até 20 (vinte) dias e detenção de até 15
§ 2º - Considera-se reincidência específica o enqua-
(quinze) dias;
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dramento da falta praticada num mesmo item dos


IV - aos oficiais do posto de tenente-coronel: as san-
previstos no artigo 13 ou no item II do § 1º do artigo
ções disciplinares de advertência, repreensão e per- 12.
manência disciplinar de até 20 (vinte) dias;
V - aos oficiais do posto de major: as sanções discipli- SEÇÃO IV
nares de advertência, repreensão e permanência dis- Da Aplicação
ciplinar de até 15 (quinze) dias;
VI - aos oficiais do posto de capitão: as sanções dis- Artigo 37 - A aplicação da sanção disciplinar abrange
ciplinares de advertência, repreensão e permanência a análise do fato, nos termos do artigo 33 deste Regu-
disciplinar de até 10 (dez) dias. lamento, a análise das circunstâncias que determina-
ram a transgressão, o enquadramento e a decorrente
publicação.

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Artigo 38 - O enquadramento disciplinar é a descrição Artigo 43 - O início do cumprimento da sanção dis-
da transgressão cometida, dele devendo constar, resu- ciplinar dependerá de aprovação do ato pelo Co-
midamente, o seguinte: mandante da Unidade ou pela autoridade funcional
I - indicação da ação ou omissão que originou a trans- imediatamente superior, quando a sanção for por ele
gressão; aplicada, e prévia publicação em boletim, salvo a ne-
II - tipificação da transgressão disciplinar; cessidade de recolhimento disciplinar previsto neste
III - discriminação, em incisos e artigos, das causas Regulamento.
de justificação ou das circunstâncias atenuantes e ou Artigo 44 - A sanção disciplinar não exime o puni-
agravantes; do da responsabilidade civil e criminal emanadas do
IV - decisão da autoridade impondo, ou não, a sanção; mesmo fato.
V - classificação do comportamento policial-militar Parágrafo único - A instauração de inquérito ou ação
em que o punido permaneça ou ingresse; criminal não impede a imposição, na esfera adminis-
VI - alegações de defesa do transgressor; trativa, de sanção pela prática de transgressão disci-
VII - observações, tais como: plinar sobre o mesmo fato.
a) data do início do cumprimento da sanção discipli- Artigo 45 - Na ocorrência de mais de uma transgres-
nar; são, sem conexão entre elas, serão impostas as san-
b) local do cumprimento da sanção, se for o caso; ções correspondentes isoladamente; em caso contrá-
c) determinação para posterior cumprimento, se o rio, quando forem praticadas de forma conexa, as de
transgressor estiver baixado, afastado do serviço ou à menor gravidade serão consideradas como circuns-
disposição de outra autoridade; tâncias agravantes da transgressão principal.
d) outros dados que a autoridade competente julgar Artigo 46 - Na ocorrência de transgressão disciplinar
envolvendo militares do Estado de mais de uma Uni-
necessários;
dade, caberá ao comandante do policiamento da área
VIII - assinatura da autoridade.
territorial onde ocorreu o fato apurar ou determinar a
Artigo 39 - A publicação é a divulgação oficial do ato
apuração e, ao final, se necessário, remeter os autos à
administrativo referente à aplicação da sanção disci-
autoridade funcional superior comum aos envolvidos.
plinar ou à sua justificação, e dá início a seus efeitos.
Artigo 47 - Quando duas autoridades de níveis hierár-
Parágrafo único - A advertência não deverá constar
quicos diferentes, ambas com ação disciplinar sobre o
de publicação em boletim, figurando, entretanto, no transgressor, conhecerem da transgressão disciplinar,
registro de informações de punições para os oficiais, competirá à de maior hierarquia apurá-la ou determi-
ou na nota de corretivo das praças. nar que a menos graduada o faça.
Artigo 40 - As sanções de oficiais, aspirantes-a-oficial, Parágrafo único - Quando a apuração ficar sob a in-
alunos-oficiais, subtenentes e sargentos serão publi- cumbência da autoridade menos graduada, a punição
cadas somente para conhecimento dos integrantes resultante será aplicada após a aprovação da autori-
dos seus respectivos círculos e superiores hierárquicos, dade superior, se esta assim determinar.
podendo ser dadas ao conhecimento geral se as cir- Artigo 48 - A expulsão será aplicada, em regra, quan-
cunstâncias ou a natureza da transgressão e o bem da do a praça policial-militar, independentemente da
disciplina assim o recomendarem. graduação ou função que ocupe, for condenado judi-
Artigo 41 - Na aplicação das sanções disciplinares cialmente por crime que também constitua infração
previstas neste Regulamento, serão rigorosamente ob- disciplinar grave e que denote incapacidade moral
servados os seguintes limites: para a continuidade do exercício de suas funções.
I - quando as circunstâncias atenuantes prepondera-
rem, a sanção não será aplicada em seu limite máxi- SEÇÃO V
mo; Do Cumprimento e da Contagem de Tempo
II - quando as circunstâncias agravantes preponde-
rarem, poderá ser aplicada a sanção até o seu limite Artigo 49 - A autoridade que tiver de aplicar sanção
máximo; a subordinado que esteja a serviço ou à disposição de
III - pela mesma transgressão não será aplicada mais outra autoridade requisitará a apresentação do trans-
de uma sanção disciplinar. gressor.
Artigo 42 - A sanção disciplinar será proporcional à Parágrafo único - Quando o local determinado para o
gravidade e natureza da infração, observados os se- cumprimento da sanção não for a respectiva OPM, a
guintes limites: autoridade indicará o local designado para a apresen-
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I - as faltas leves são puníveis com advertência ou tação do punido.


repreensão e, na reincidência específica, com perma- Artigo 50 - Nenhum militar do Estado será interroga-
nência disciplinar de até 5 (cinco) dias; do ou ser-lhe-á aplicada sanção se estiver em estado
II - as faltas médias são puníveis com permanência de embriaguez, ou sob a ação de substância entorpe-
disciplinar de até 8 (oito) dias e, na reincidência espe- cente ou que determine dependência física ou psíqui-
cífica, com permanência disciplinar de até 15 (quinze) ca, devendo, se necessário, ser, desde logo, recolhido
dias; disciplinarmente.
III - as faltas graves são puníveis com permanência Artigo 51 - O cumprimento da sanção disciplinar, por
de até 10 (dez) dias ou detenção de até 8 (oito) dias e, militar do Estado afastado do serviço, deverá ocorrer
na reincidência específica, com permanência de até 20 após a sua apresentação na OPM, pronto para o ser-
(vinte) dias ou detenção de até 15 (quinze) dias, desde viço policial-militar, salvo nos casos de interesse da
que não caiba demissão ou expulsão. preservação da ordem e da disciplina.

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Parágrafo único - A interrupção de afastamento regu- CAPÍTULO X
lamentar, para cumprimento de sanção disciplinar, so- Dos Recursos Disciplinares
mente ocorrerá quando determinada pelo Governador
do Estado, Secretário da Segurança Pública ou pelo Artigo 56 - O militar do Estado, que considere a si pró-
Comandante Geral. prio, a subordinado seu ou a serviço sob sua respon-
Artigo 52 - O início do cumprimento da sanção dis- sabilidade prejudicado, ofendido ou injustiçado por
ciplinar deverá ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco) ato de superior hierárquico, poderá interpor recursos
dias após a ciência, pelo punido, da sua publicação. disciplinares.
§ 1º - A contagem do tempo de cumprimento da san- Parágrafo único - São recursos disciplinares:
ção começa no momento em que o militar do Estado 1 - pedido de reconsideração de ato;
iniciá-lo, computando-se cada dia como período de 24 2 - recurso hierárquico.
(vinte e quatro) horas. Artigo 57 - O pedido de reconsideração de ato é recur-
§ 2º - Não será computado, como cumprimento de so interposto, mediante parte ou ofício, à autoridade
sanção disciplinar, o tempo em que o militar do Esta- que praticou, ou aprovou, o ato disciplinar que se re-
do passar em gozo de afastamentos regulamentares, puta irregular, ofensivo, injusto ou ilegal, para que o
interrompendo-se a contagem a partir do momento reexamine.
de seu afastamento até o seu retorno. § 1º - O pedido de reconsideração de ato deve ser en-
§ 3º - O afastamento do militar do Estado do local de caminhado, diretamente, à autoridade recorrida e por
cumprimento da sanção e o seu retorno a esse local, uma única vez.
após o afastamento regularmente previsto no § 2º, de- § 2º - O pedido de reconsideração de ato, que tem
verão ser objeto de publicação. efeito suspensivo, deve ser apresentado no prazo má-
ximo de 5 (cinco) dias, a contar da data em que o mi-
CAPÍTULO IX litar do Estado tomar ciência do ato que o motivou.
Do Comportamento § 3º - A autoridade a quem for dirigido o pedido de
reconsideração de ato deverá, saneando se possível o
Artigo 53 - O comportamento da praça policial-mili- ato praticado, dar solução ao recurso, no prazo máxi-
tar demonstra o seu procedimento na vida profissional
mo de 10 (dez) dias, a contar da data de recebimento
e particular, sob o ponto de vista disciplinar.
do documento, dando conhecimento ao interessado,
Artigo 54 - Para fins disciplinares e para outros efeitos,
mediante despacho fundamentado que deverá ser pu-
o comportamento policial-militar classifica-se em:
blicado.
I - excelente - quando, no período de 10 (dez) anos,
§ 4º - O subordinado que não tiver oficialmente co-
não lhe tenha sido aplicada qualquer sanção discipli-
nhecimento da solução do pedido de reconsideração,
nar;
após 30 (trinta) dias contados da data de sua solici-
II - ótimo - quando, no período de 5 (cinco) anos, lhe
tação, poderá interpor recurso hierárquico no prazo
tenham sido aplicadas até 2 repreensões;
previsto no item 1 do § 3º, do artigo 58.
III - bom - quando, no período de 2 (dois) anos, lhe
§ 5º - O pedido de reconsideração de ato deve ser re-
tenham sido aplicadas até 2 (duas) permanências dis-
ciplinares; digido de forma respeitosa, precisando o objetivo e as
IV - regular - quando, no período de 1 (um) ano, lhe razões que o fundamentam, sem comentários ou insi-
tenham sido aplicadas até 2 (duas) permanências dis- nuações, podendo ser acompanhado de documentos
ciplinares ou 1 (uma) detenção; comprobatórios.
V - mau - quando, no período de 1 (um) ano, lhe te- § 6º - Não será conhecido o pedido de reconsideração
nham sido aplicadas mais de 2 (duas) permanências intempestivo, procrastinador ou que não apresente
disciplinares ou mais de 1 (uma) detenção. fatos novos que modifiquem a decisão anteriormente
§ 1º - A contagem de tempo para melhora do compor- tomada, devendo este ato ser publicado, obedecido o
tamento se fará automaticamente, de acordo com os prazo do § 3º deste artigo.
prazos estabelecidos neste artigo. Artigo 58 - O recurso hierárquico, interposto por uma
§ 2º - Bastará uma única sanção disciplinar acima dos única vez, terá efeito suspensivo e será redigido sob
limites estabelecidos neste artigo para alterar a cate- a forma de parte ou ofício e endereçado diretamente
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

goria do comportamento. à autoridade imediatamente superior àquela que não


§ 3º - Para a classificação do comportamento fica es- reconsiderou o ato tido por irregular, ofensivo, injusto
tabelecido que duas repreensões equivalerão a uma ou ilegal.
permanência disciplinar. § 1º - A interposição do recurso de que trata este ar-
§ 4º - Para efeito de classificação, reclassificação ou tigo, a qual deverá ser precedida de pedido de recon-
melhoria do comportamento, ter-se-ão como base as sideração do ato, somente poderá ocorrer depois de
datas em que as sanções foram publicadas. conhecido o resultado deste pelo requerente, exceto
Artigo 55 - Ao ser admitida na Polícia Militar, a praça na hipótese prevista pelo § 4º do artigo anterior.
policial-militar será classificada no comportamento § 2º - A autoridade que receber o recurso hierárquico
“bom”. deverá comunicar tal fato, por escrito, àquela contra a
qual está sendo interposto.

97
§ 3º - Os prazos referentes ao recurso hierárquico são: Artigo 64 - Atenuação é a redução da sanção proposta
1 - para interposição: 5 (cinco) dias, a contar do co- ou aplicada, para outra menos rigorosa ou, ainda, a
nhecimento da solução do pedido de reconsideração redução do número de dias da sanção, nos limites do
pelo interessado ou do vencimento do prazo do § 4º artigo 42, se assim o exigir o interesse da disciplina e a
do artigo anterior; ação educativa sobre o militar do Estado.
2 - para comunicação: 3 (três) dias, a contar do proto- Artigo 65 - Agravação é a ampliação do número dos
colo da OPM da autoridade destinatária; dias propostos para uma sanção disciplinar ou a apli-
3 - para solução: 10 (dez) dias, a contar do recebimen- cação de sanção mais rigorosa, nos limites do artigo
to da interposição do recurso no protocolo da OPM da 42, se assim o exigir o interesse da disciplina e a ação
autoridade destinatária. educativa sobre o militar do Estado.
§ 4º - O recurso hierárquico, em termos respeitosos, Parágrafo único - Não caberá agravamento da sanção
precisará o objeto que o fundamenta de modo a es- em razão da interposição de recurso disciplinar.
clarecer o ato ou fato, podendo ser acompanhado de Artigo 66 - Anulação é a declaração de invalidade da
documentos comprobatórios. sanção disciplinar aplicada pela própria autoridade ou
§ 5º - O recurso hierárquico não poderá tratar de as- por autoridade subordinada, quando, na apreciação
sunto estranho ao ato ou fato que o tenha motivado, do recurso, verificar a ocorrência de ilegalidade, de-
nem versar sobre matéria impertinente ou fútil. vendo retroagir à data do ato.
§ 6º - Não será conhecido o recurso hierárquico in-
tempestivo, procrastinador ou que não apresente fatos CAPÍTULO XII
novos que modifiquem a decisão anteriormente toma- Das Recompensas Policiais-Militares
da, devendo ser cientificado o interessado, e publicado
o ato em boletim, no prazo de 10 (dez) dias. Artigo 67 - As recompensas policiais-militares cons-
Artigo 59 - Solucionado o recurso hierárquico, encer- tituem reconhecimento dos bons serviços prestados
ra-se para o recorrente a possibilidade administrativa pelo militar do Estado e consubstanciam-se em prê-
de revisão do ato disciplinar sofrido, exceto nos casos mios concedidos por atos meritórios e serviços rele-
de representação previstos nos §§ 3º e 4º do artigo 30. vantes.
Artigo 60 - Solucionados os recursos disciplinares e Artigo 68 - São recompensas policiais-militares:
havendo sanção disciplinar a ser cumprida, o militar I - elogio;
do Estado iniciará o seu cumprimento dentro do prazo II - cancelamento de sanções.
de 3 (três) dias: Parágrafo único - O elogio individual, ato administra-
I - desde que não interposto recurso hierárquico, no tivo que coloca em relevo as qualidades morais e pro-
caso de solução do pedido de reconsideração; fissionais do militar, poderá ser formulado indepen-
II - após solucionado o recurso hierárquico. dentemente da classificação de seu comportamento e
Artigo 61 - Os prazos para a interposição dos recursos será registrado nos assentamentos.
de que trata este Regulamento são decadenciais. Artigo 69 - A dispensa do serviço não é uma recom-
pensa policial-militar e somente poderá ser concedida
CAPÍTULO XI quando houver, a juízo do Comandante da Unidade,
Da Revisão dos Atos Disciplinares motivo de força maior.
Parágrafo único - A concessão de dispensas do servi-
Artigo 62 - As autoridades competentes para aplicar ço, observado o disposto neste artigo, fica limitada ao
sanção disciplinar, exceto as ocupantes do posto de máximo de 6 (seis) dias por ano, sendo sempre publi-
major e capitão, quando tiverem conhecimento, por cada em boletim.
via recursal ou de ofício, da possível existência de ir- Artigo 70 - O cancelamento de sanções disciplinares
regularidade ou ilegalidade na aplicação da sanção consiste na retirada dos registros realizados nos as-
imposta por elas ou pelas autoridades subordinadas, sentamentos individuais do militar do Estado, relativos
podem praticar um dos seguintes atos: às penas disciplinares que lhe foram aplicadas.
I - retificação; § 1º - O cancelamento de sanções é ato do Coman-
II - atenuação; dante Geral, praticado a pedido do interessado, e o
III - agravação; seu deferimento deverá atender aos bons serviços por
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

IV - anulação. ele prestados, comprovados em seus assentamentos, e


§ 1º - A anulação de sanção administrativa disciplinar depois de decorridos 10 (dez) anos de efetivo serviço,
somente poderá ser feita no prazo de 5 (cinco) anos, a sem qualquer outra sanção, a contar da data da últi-
contar da data da publicação do ato que se pretende ma pena imposta.
invalidar. § 2º - O cancelamento de sanções não terá efeito re-
§ 2º - Os atos previstos neste artigo deverão ser moti- troativo e não motivará o direito de revisão de outros
vados e publicados. atos administrativos decorrentes das sanções cance-
Artigo 63 - A retificação consiste na correção de irre- ladas.
gularidade formal sanável, contida na sanção discipli-
nar aplicada pela própria autoridade ou por autorida-
de subordinada.

98
CAPÍTULO XIII Artigo 78 - O Conselho será composto por 3 (três) ofi-
Do Processo Regular ciais da ativa.
SEÇÃO I § 1º - O mais antigo do Conselho, no mínimo um capi-
Disposições Gerais tão, é o presidente, e o que lhe seguir em antigüidade
ou precedência funcional é o interrogante, sendo o re-
Artigo 71 - O processo regular a que se refere este lator e escrivão o mais moderno.
Regulamento, para os militares do Estado, será: § 2º - Entendendo necessário, o presidente poderá no-
I - para oficiais: o Conselho de Justificação; mear um subtenente ou sargento para funcionar como
II - para praças com 10 (dez) ou mais anos de serviço escrivão no processo, o qual não integrará o Conselho.
policial-militar: o Conselho de Disciplina; Artigo 79 - O Conselho poderá ser instaurado, inde-
III - para praças com menos de 10 (dez) anos de serviço pendentemente da existência ou da instauração de
policial-militar: o Processo Administrativo Disciplinar. inquérito policial comum ou militar, de processo cri-
Artigo 72 - O militar do Estado submetido a processo
minal ou de sentença criminal transitada em julgado.
regular deverá, quando houver possibilidade de pre-
Parágrafo único - Se no curso dos trabalhos do Con-
juízo para a hierarquia, disciplina ou para a apuração
do fato, ser designado para o exercício de outras fun- selho surgirem indícios de crime comum ou militar, o
ções, enquanto perdurar o processo, podendo ainda a presidente deverá extrair cópia dos autos, remetendo-
autoridade instauradora proibir-lhe o uso do unifor- -os por ofício à autoridade competente para início do
me, como medida cautelar. respectivo inquérito policial ou da ação penal cabível.
Artigo 80 - Será instaurado apenas um processo quan-
SEÇÃO II do o ato ou atos motivadores tenham sido praticados
Do Conselho de Justificação em concurso de agentes.
§ 1º - Havendo dois ou mais acusados pertencentes a
Artigo 73 - O Conselho de Justificação destina-se a OPM diversas, o processo será instaurado pela autori-
apurar, na forma da legislação específica, a incapaci- dade imediatamente superior, comum aos respectivos
dade do oficial para permanecer no serviço ativo da comandantes das OPM dos acusados.
Polícia Militar. § 2º - Existindo concurso ou continuidade infracional,
Parágrafo único - O Conselho de Justificação aplica-se deverão todos os atos censuráveis constituir o libelo
também ao oficial inativo presumivelmente incapaz acusatório da portaria.
de permanecer na situação de inatividade. § 3º - Surgindo, após a elaboração da portaria, ele-
Artigo 74 - O oficial submetido a Conselho de Justi- mentos de autoria e materialidade de infração disci-
ficação e considerado culpado, por decisão unânime,
plinar conexa, em continuidade ou em concurso, esta
poderá ser agregado disciplinarmente mediante ato
poderá ser aditada, abrindo-se novos prazos para a
do Comandante Geral, até decisão final do tribunal
competente, ficando: defesa.
I - afastado das suas funções e adido à Unidade que Artigo 81 - A decisão da autoridade instauradora,
lhe for designada; devidamente fundamentada, será aposta nos autos,
II - proibido de usar uniforme; após a apreciação do Conselho e de toda a prova pro-
III - percebendo 1/3 (um terço) da remuneração; duzida, das razões de defesa e do relatório, no prazo
IV - mantido no respectivo Quadro, sem número, não de 15 (quinze) dias a contar do seu recebimento.
concorrendo à promoção. Artigo 82 - A autoridade instauradora, na sua decisão,
Artigo 75 - Ao Conselho de Justificação aplica-se o considerará a acusação procedente, procedente em
previsto na legislação específica, complementarmente parte ou improcedente, devendo propor ao Coman-
ao disposto neste Regulamento. dante Geral, conforme o caso, a aplicação das sanções
administrativas cabíveis.
SEÇÃO III Parágrafo único - A decisão da autoridade instaura-
Do Conselho de Disciplina dora será publicada em boletim.
Artigo 83 - Recebidos os autos, o Comandante Geral,
Artigo 76 - O Conselho de Disciplina destina-se a de- dentro do prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, fun-
clarar a incapacidade moral da praça para permane- damentado seu despacho, emitirá a decisão final, da
cer no serviço ativo da Polícia Militar e será instaurado:
qual não caberá recurso, salvo na hipótese do que dis-
I - por portaria do Comandante da Unidade a que per-
põe o § 3º do artigo 138 da Constituição do Estado.
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tencer o acusado;
II - por ato de autoridade superior à mencionada no (NR)
inciso anterior. - Artigo 83 com redação dada pela Lei Complementar
Parágrafo único - A instauração do Conselho de Disci- nº 915, de 22/03/2002.
plina poderá ser feita durante o cumprimento de san-
ção disciplinar. SEÇÃO IV
Artigo 77 - As autoridades referidas no artigo anterior Do Processo Administrativo Disciplinar
podem, com base na natureza da falta ou na incon-
sistência dos fatos apontados, considerar, desde logo, Artigo 84 - O Processo Administrativo Disciplinar se-
insuficiente a acusação e, em conseqüência, deixar de guirá rito próprio ao qual se aplica o disposto nos inci-
instaurar o Conselho de Disciplina, sem prejuízo de sos I, II e parágrafo único do artigo 76 e os artigos 79,
novas diligências. 80 e 82 deste Regulamento.

99
Parágrafo único - Recebido o processo, o Comandante
Geral emitirá a decisão final, da qual não caberá re- ______. PMESP. I-7-PM - INSTRUÇÕES PARA
curso, salvo na hipótese do que dispõe o § 3º do artigo CORRESPONDÊNCIA NA POLÍCIA MILITAR
138 da Constituição do Estado. (NR)
- Parágrafo único com redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 915, de 22/03/2002.
INSTRUÇÕES PARA CORRESPONDÊNCIA NA POLÍ-
CIA MILITAR
CAPÍTULO XIV
Disposições Finais
CAPÍTULO I
Das Finalidades
Artigo 85 - A ação disciplinar da Administração pres-
creverá em 5 (cinco) anos, contados da data do come-
Artigo 1º - Estas Instruções têm por finalidade esta-
timento da transgressão disciplinar. belecer normas gerais para a correspondência oficial
§ 1º - A punibilidade da transgressão disciplinar tam- em uso na Polícia Militar e visam sua padronização e
bém prevista como crime prescreve nos prazos estabe- simplificação.
lecidos para o tipo previsto na legislação penal, salvo
se esta prescrição ocorrer em prazo inferior a 5 (cinco) CAPÍTULO II
anos. Dos Conceitos Básicos
§ 2º - A interposição de recurso disciplinar interrom-
pe a prescrição da punibilidade até a solução final do Artigo 2º - Para os efeitos destas Instruções, conside-
recurso. ra-se correspondência oficial todos os meios de co-
Artigo 86 - Para os efeitos deste Regulamento, consi- municação escrita que constituem os diversos tipos de
dera-se Comandante de Unidade o oficial que estiver documentos, pondo em ligação duas ou mais pessoas,
exercendo funções privativas dos postos de coronel e servidores públicos ou não, que tenham a obrigação, a
de tenente-coronel. intenção ou o interesse direto na prática de atos pró-
Parágrafo único - As expressões diretor, corregedor prios dos órgãos da administração pública.
e chefe têm o mesmo significado de Comandante de Artigo 3º - Correspondência policial-militar são todos
Unidade. os meios de comunicação escrita que visam estabele-
Artigo 87 - Aplicam-se, supletivamente, ao Conselho cer uma ligação entre militares, ou entre estes e civis
de Disciplina as disposições do Código de Processo Pe- ou autoridades públicas, e constituem-se em tipos de
nal Militar. correspondência oficial que apresentam peculiarida-
Artigo 88 - O Comandante Geral baixará instruções des específicas da vivência policial militar.
complementares, necessárias à interpretação, orienta-
ção e fiel aplicação do disposto neste Regulamento. CAPÍTULO III
Artigo 89 - Esta lei complementar entra em vigor na Da Classificação da Correspondência
data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário. Artigo 4º - A correspondência oficial em uso na Polícia
Palácio dos Bandeirantes, aos 09 de março de 2001. Militar classifica-se:
Geraldo Alckmin I - quanto ao TRÂNSITO: interna ou externa;
Marco Vinicio Petrelluzzi II - quanto à NATUREZA: ostensiva ou sigilosa, poden-
Secretário da Segurança Pública do esta ser secreta, confidencial ou reservada;
João Caramez III - quanto à TRAMITAÇÃO: normal ou urgente;
Secretário - Chefe da Casa Civil IV - quanto ao DESTINATÁRIO: funcional ou pessoal.
Antonio Angarita
Secretário do Governo e Gestão Estratégica CAPÍTULO IV
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 09 de Dos Conceitos Específicos
março de 2001.
Artigo 5º - Correspondência policial-militar externa é
a que tramita entre autoridades da Polícia Militar e o
público externo.
Artigo 6º - Correspondência policial-militar interna é
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

a que tramita no âmbito da Instituição.


Artigo 7º - Correspondência sigilosa é aquela que tra-
ta de assuntos que, por sua natureza, devem ser de
conhecimento restrito e, portanto, requerem medidas
especiais de salvaguarda para a sua custódia e divul-
gação.
Parágrafo único - A especificação dos assuntos clas-
sificados nos diferentes graus de sigilo (secreto, con-
fidencial e reservado) e as normas para o seu trato
estão estabelecidas em legislação específica, relacio-
nada na bibliografia destas Instruções.

100
Artigo 8º - Correspondência ostensiva é a que trata - MENSAGEM - documento elaborado de forma sim-
de assuntos que, por sua natureza, não requerem me- plificada para uso restrito nos canais técnicos e de
didas especiais de salvaguarda para sua divulgação, Estado-Maior.
podendo seu conteúdo tornar-se do conhecimento de - NOTA PARA BOLETIM - documento elaborado e ex-
outras pessoas, além do destinatário original. pedido obedecendo características próprias e ins-
Artigo 9º - Correspondência normal é a que tem sua truções específicas, destinado à publicação, extrato
tramitação realizada de forma habitual, dentro da ou transcrição de atos administrativos em Boletim
realidade, das características e das rotinas do órgão Interno ou Geral (Anexo 16); (Revogado pelo Bol
onde deva ser processada. G PM nº 074/10)
Artigo 10 - Correspondência urgente é a que, em face - OFÍCIO - documento destinado a tramitar entre as
da natureza do assunto, considerado indispensável ou autoridades da Instituição e entre estas e o público
imprescindível, tem tratamento preferencial sobre a externo, no qual são fornecidos por solicitação ou
correspondência normal, exigindo que sua tramitação iniciativa própria, elementos informativos ou escla-
se faça com rapidez e no menor prazo possível. recimentos cuja veracidade possa ser comprovada
Artigo 11 - Correspondência funcional é a destinada ou confrontada com a realidade do assunto abor-
ao conhecimento da pessoa ou autoridade que esteja dado (Anexo 2);
no exercício, efetivo ou interino, do cargo ou função - ORDEM DE SERVIÇO - documento por meio do qual
do órgão destinatário ou respondendo pelo cargo ou a autoridade policial-militar competente determi-
função. na a seus subordinados a adoção de providências
Artigo 12 - Correspondência pessoal é a que, por estar de seus misteres ou a execução de atividades ou
indicando o nome da pessoa a quem se destina, deve serviços (Anexo 2);
ser do conhecimento restrito ou exclusivo desta, cujo - PARTE - documento por meio do qual o policial-
nome constará no envelope e no cabeçalho do docu- -militar comunica, relata ou informa atos ou fatos,
mento elaborado. ou solicita a adoção de providências à autoridade
policial-militar a que estiver diretamente subordi-
CAPÍTULO V nado (Anexo 2);
Do Tipo e da Conceituação de Documentos - REQUERIMENTO - documento por meio do qual
o signatário solicita à autoridade policial-militar
Artigo 13 - Os documentos comumente utilizados na competente, observadas as formalidades legais, a
correspondência oficial da Polícia Militar são denomina-
satisfação de alguma pretensão ou o reconheci-
dos de:
mento de um direito (Anexo 3).
- ATESTADO - documento firmado por autoridade
Artigo 14 - Obedecerão normas e instruções próprias
policial-militar, na esfera de suas atribuições, por
os seguintes documentos:
meio do qual afirma a veracidade de certo ato ou
fato de que tenha conhecimento (Anexo 1);
- CARTA ou CARTÃO - documento que encerra forma I - apostilas;
especial de manifestação de pensamento, destina- II - atas;
do ao encaminhamento de assunto de cunho pes- III - atos;
soal, em geral elaborado ou expedido pela autori- IV - boletins;
dade por motivo social; V - boletins de ocorrências;
- CERTIDÃO - documento revestido de formalidades VI - contratos e licitações;
legais, podendo constituir-se em cópia autêntica, VII - convênios;
ou resumida, desde que expresse fielmente o que VIII - documentos de Estado-Maior;
contém no original de onde foram extraídas e fir- IX - editais;
mado pela autoridade policial-militar no âmbito de X - escalas de serviço;
suas atribuições, no qual são descritos de maneira XI - publicações policiais-militares;
clara e precisa, os fatos consignados em registros XII - outros, de acordo com a necessidade e não es-
oficiais (Anexo 1);(NR) (Nova redação dada pelo pecificados.
Bol G PM nº 074/10)
- DESPACHO - documento redigido de forma simpli- CAPÍTULO VI
ficada e sucinta, que solicita ou determina provi- Do Fluxo da Correspondência
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dências ou complementação de documento em


trânsito (Anexo 2); Artigo 15 - A correspondência interna na Instituição
- INFORMAÇÃO - documento no qual são fornecidos tramitará pelos seguintes canais de comunicação:
por solicitação, ordem ou iniciativa própria, ele- - canal de comando - via de tramitação de corres-
mentos informativos ou esclarecimentos cuja vera- pondência interna que permite a ligação entre au-
cidade possa ser comprovada ou confrontada com toridades da Polícia Militar, observada a cadeia de
a realidade do assunto abordado (Anexo 2); comando;
- MEMORANDO - documento elaborado de forma - canal técnico - via de tramitação de correspondên-
simplificada para uso restrito no âmbito do órgão, cia interna que permite a ligação entre autoridades
no qual é dada ciência de ordens, instruções, de- dos sistemas de administração, em razão do as-
cisões, recomendações, esclarecimentos ou infor- sunto técnico específico, entre si ou com as demais
mações rotineiras (Anexo 2); autoridades da Polícia Militar;

101
- canal de estado-maior - via de tramitação de cor- I - clareza: necessária ao seu perfeito entendimento;
respondência interna que permite a ligação entre II - sobriedade: redação simples, sem ser vulgar;
autoridades integrantes de Estados-Maiores. III - precisão: emprego exato dos vocábulos para evitar
diferentes interpretações;
§ 1º - A tramitação de correspondência por meio dos IV - concisão: a redação deve ater-se a fatos, eliminan-
canais referidos neste artigo obedecerá às normas do-se aspectos subjetivos.
previstas nos Regulamentos e Manuais de Comando Artigo 25 - Todas as decisões devem ser fundamen-
e Estado-Maior. tadas com suas razões de fato e de direito, indican-
§ 2º - A utilização dos canais técnicos ou de Estado- do com clareza o seu caráter afirmativo ou negativo,
-Maior importará na ligação direta, em ambos os sen- evitando-se expressões redundantes ou evasivas.
tidos, entre as autoridades interessadas. Artigo 26 - Na correspondência com autoridades es-
Artigo 16 - Compete a cada comandante, diretor ou trangeiras, usar-se-á o idioma Português, devendo,
chefe regular, na esfera de suas atribuições, o fluxo da
quando possível, fazê-la acompanhar de versão do
correspondência, com o objetivo de, sempre que possí-
respectivo idioma do destinatário, realizada por tra-
vel, simplificar e racionalizar a rotina de trabalho, ob-
dutor habilitado.
servado o disposto no parágrafo 1º do artigo anterior.
Parágrafo único - Para atender ao disposto neste ar- Artigo 27 - Na correspondência que só deva tramitar
tigo, poderão ser emitidos despachos manuscritos nos na Instituição e nas Forças Armadas dispensam-se as
documentos em trânsito, os quais serão redigidos de fórmulas de pura cortesia e outras cuja ausência, não
forma simplificada e sucinta, determinando ou solici- denotando desatenção pessoal, tornam mais simples e
tando providências ou complementação de dados ou sucinta a exposição.
informações imprescindíveis à resolução do assunto.
Artigo 17 - A correspondência classificada como ur- CAPÍTULO IX
gente deverá, sempre que possível, ser encaminhada Do Tratamento
diretamente à autoridade responsável pela sua solu-
ção, dando-se ciência, concomitantemente, aos de- Artigo 28 - O tratamento usado na correspondência
mais órgãos interessados. policial-militar é o da terceira pessoa, sendo emprega-
Artigo 18 - A cópia de correspondência, expedida para dos os pronomes Vossa Senhoria (V. S.ª), Senhora (Sr.ª)
simples conhecimento e que não demande nenhuma e Senhor (Sr.).
outra providência, deverá conter o carimbo “PARA CO- § 1º - Utilizar-se-á o tratamento de Vossa Excelência
NHECIMENTO”, carimbado ou impresso (Anexo 12). ou Excelentíssimo Senhor quando a correspondência
se destinar às autoridades que, de acordo com a legis-
CAPÍTULO VII lação em vigor, a essas formas tenham direito.
Dos Prazos § 2º - Em se tratando de correspondência externa, a
expressão de tratamento será escrita por extenso.
Artigo 19 - O prazo para a tramitação da correspon- § 3º - As autoridades eclesiásticas serão tratadas de:
dência na Polícia Militar varia em decorrência da ur- 1. “Vossa Eminência” para os cardeais;
gência e da complexidade dos assuntos tratados, con- 2. “Vossa Excelência Reverendíssima” para os arcebis-
forme dispõem os artigos 9º e 10 destas Instruções. pos e bispos;
Artigo 20 - Compete ao comandante, diretor ou chefe 3. “Vossa Reverência” para os demais eclesiásticos.
de OPM, no âmbito de suas atribuições, fixar prazo
§ 4º - As autoridades não referidas nos parágrafos an-
para a adoção das providências solicitadas ou deter-
teriores, se civis, receberão o tratamento de Ilustríssi-
minadas, desde que este não esteja estipulado na cor-
mo Senhor; se militares, de Senhor (Sr.).
respondência recebida ou em legislação pertinente ao
assunto. § 5º - Em se tratando de Juiz de Direito, utilizar-se-á
Artigo 21 - A contagem do prazo tem início com o o termo Meritíssimo (a) antes da palavra Juiz (a), sem
registro de entrada da correspondência na OPM e tér- prejuízo do tratamento de Excelentíssimo (a) a que
mino no ato de sua expedição. tem direito.
Artigo 22 - O prazo poderá ser ampliado quando o as- Artigo 29 - Nas referências às autoridades no texto da
sunto exigir maior tempo para ser estudado, mediante correspondência emprega-se apenas o título do cargo
estipulação expressa no próprio texto da correspon- ou função.
dência ou quando solicitado pelo interessado. Parágrafo único - O título de representante diplomáti-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Artigo 23 - Na tramitação de correspondência classifi- co deve seguir-se ao nome pessoal.


cada como urgente, sempre que possível, far-se-á uso
dos meios de telecomunicações disponíveis na Institui- CAPÍTULO X
ção (telefone, rádio, “fac-símile”, “e-mail”, etc.). Das Regras de Apresentação e Cabeçalho

CAPÍTULO VIII Artigo 30 - Constará no cabeçalho dos documentos,


Das Regras de Redação abaixo do Brasão do Estado, na correspondência in-
terna e externa, o endereço eletrônico da página da
Artigo 24 - A redação da correspondência policial- Polícia Militar na Internet e o endereço de “e-mail” da
-militar deve ser clara, sóbria, precisa e concisa, uti- OPM, com fonte “Times New Roman”, de tamanho 8
lizando-se linguagem corrente tão completa quanto (oito), (Anexos 1, 2, 4, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 14 e
possível, destacando-se os seguintes aspectos: 15).

102
Parágrafo único - Na correspondência externa, abaixo XIII - as folhas de documentos da correspondência se-
do endereço de “e-mail” constará o endereço e telefo- rão confeccionados nos impressos citados no caput ou
ne da OPM responsável pela confecção do documento, em tamanho A4.
com fonte “Times New Roman”, de tamanho 8 (oito). Parágrafo único - Nos documentos manuscritos uti-
lizar-se-á folha de papel almaço adaptando, no que
SEÇÃO I couber, a definição referente à máquina de escrever.
Dos Documentos Elaborados em Máquinas de Es- Artigo 32 - A forma do cabeçalho varia conforme a
crever espécie do documento, devendo a sua redação obede-
cer às seguintes regras para elaboração de documen-
Artigo 31 - A correspondência policial-militar deve ser tos com máquinas de escrever, salvo as peculiaridades
apresentada de forma estética, utilizando-se os im- constantes nos respectivos anexos a estas Instruções:
pressos PM C-35, 36 e 37, obedecendo às seguintes I - primeira linha - SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚ-
regras para elaboração de documentos com máquinas BLICA, já impressa; (NR) (nova redação dada pelo Bol
de escrever (Anexo 4): G PM 017/19).
I - o entrelinhamento (espaço vertical entre as linhas) II - segunda linha - POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE
deverá ser de 5 (cinco) mm, no mínimo, e de 8 (oito) SÃO PAULO, já impressa;
mm, no máximo, o que corresponde, normalmente, ao III - terceira linha - o nome da localidade (município,
espaço 2 (dois) nas máquinas manuais e elétricas; separado por vírgula do dia, mês (por extenso) e ano
II - a margem esquerda deverá observar o limite de em que o documento foi elaborado) e ponto final;
um espaço horizontal da linha impressa na margem IV - quarta linha - a designação do tipo do documento
esquerda. Caso inexista, a 3 (três) cm ou 13 (treze) es- em letras maiúsculas, seguindo-se-lhe:
paços horizontais; a) a abreviatura de número maiúscula;
III - a margem direita deverá estar a um espaço ho- b) a sigla da OPM, que deverá ser aquela estabelecida
rizontal da linha de margem direita impressa. Caso na legislação vigente sem indicação de sinal gráfico
inexista, a 1,5 (um e meio) cm ou 6 (seis) espaços ho-
(hífen, barra inclinada, etc.), seguida de hífen;
rizontais;
c) o número do documento separado por barra;
IV - para a margem inferior deverá ser observado o
d) o prefixo numérico do órgão elaborador separado
limite de 3 (três) cm ou 5 (cinco) espaços verticais;
por barra;
V - o documento será datilografado utilizando-se fita
e) os dois últimos algarismos do ano;
preta ou azul;
f) a palavra CIRCULAR, quando for o caso, separado
VI - nos documentos em que o texto, pela sua exten-
do ano por hífen e sem ponto final;
são, não couber na primeira folha, serão as demais
V - quinta linha - a palavra “Do”, seguida do cargo
numeradas, sucessivamente, no canto superior direito
e conterão apenas esta indicação após a abreviatura do signatário e da denominação da OPM remetente,
do vocábulo folha - “fl.” (Anexo 4); abreviadamente na correspondência interna, e por
extenso na externa, sem ponto final. Deve-se evitar a
VII - a indicação prevista no inciso anterior terá mar- redundância (Comandante do Comando, Diretor da
gem superior de 2 espaços verticais e deverá terminar Diretoria) (Anexo 17);
no alinhamento previsto para a margem direita (Ane- VI - sexta linha - a palavra “Ao”, seguida da expressão
xo 4); de tratamento adequada, da denominação do cargo
VIII - a continuação do texto, nas folhas de continua- do destinatário e do nome da organização a que é
ção do documento, será iniciada a dois espaços verti- dirigido o documento, abreviadamente na correspon-
cais abaixo da indicação de que trata o inciso anterior dência interna, e por extenso na externa, e ponto final.
(Anexo 4); Deve-se evitar a redundância (Comandante do Co-
IX - o verso dos documentos de que tratam estas ins- mando, Diretor da Diretoria) (Anexo 17);
truções não deve ser utilizado para continuação do VII - sétima linha - a palavra “Assunto”, seguida de
texto; dois pontos e de um breve resumo, tão exato quanto
X - o verso da folha única ou da última do documento possível, do que se trata, iniciando com letra maiúscu-
poderá ser utilizada para os despachos manuscritos la e terminando com ponto final;
ou carimbos, apostos em ordem cronológica; VIII - oitava linha - quando for o caso, a palavra “Refe-
rência”, seguida de dois pontos e da menção à peça ou
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

XI - os impressos utilizados na correspondência da Po-


lícia Militar serão, sempre que possível, de cor branca documento que se quer referenciar terminando com
para a primeira via dos documentos, podendo ter cor um ponto final:
diferente para as demais; terão também cores dife- a) sempre que possível deverão ser citados o tipo, o
rentes os impressos específicos de EM, os envelopes de número, a classificação e a data da correspondência
processo ou de correspondência volumosa, bem como referenciada;
os formulários desenvolvidos de acordo com as regras b) quando houver mais de uma referência, estas de-
contidas nas Instruções para os Impressos Policiais- vem ser colocadas em ordem cronológica e designa-
-Militares (I-11-PM); das por números, seguido do sinal de fechar parêntese
XII - as dimensões dos impressos oficiais serão estabe- e ponto e vírgula ao final da indicação, não devendo
lecidas pela Diretoria de Telemática, considerando-se, ser colocada a conjunção aditiva „e‟ após o penúltimo
inclusive, a utilização em impressoras; documento referenciado;

103
IX - nona linha - quando for o caso, a palavra “Ane- XI - a continuação do texto, nas folhas de continuação
xo”, seguida de dois pontos e da menção da corres- do documento, será iniciada com observância das me-
pondência anexada, devendo ser especificado o tipo, didas estabelecidas no inciso II (Anexo 2);
o número, a classificação e a data da correspondência XII – o verso dos documentos oficiais, de trâmite ex-
anexada; clusivamente interno, poderá ser utilizado para conti-
a) quando houver mais de uma correspondência, estas nuação do texto. (NR) (nova redação dada pelo Bol G
devem ser colocadas em ordem cronológica e desig- PM 056/12).
nadas por números, seguidos do sinal de fechar pa- XIII - o verso da folha única ou da última do documen-
rêntese e ponto e vírgula ao final da indicação, não to poderá ser utilizado para os despachos manuscritos
devendo ser colocada a conjunção aditiva „e‟ após o ou carimbos, apostos em ordem cronológica;
penúltimo documento relacionado ao anexo; XIV - o BRASÃO DO ESTADO será impresso em pre-
X - décima linha - quando for o caso, a palavra “Inte- to, no canto superior esquerdo da página a 20 (vinte)
ressado”, seguida de dois pontos e a menção do posto mm da borda superior e a 17 (dezessete) mm da borda
ou graduação, Registro Estatístico (RE), nome, apenas lateral esquerda, com as medidas de 26 (vinte e seis)
com as iniciais em letras maiúsculas, e OPM do poli- mm de largura e 30 (trinta) mm de altura;
cial militar que será diretamente afetado pelas deci- XV - nos cartões ou cartas o BRASÃO DO ESTADO,
sões tomadas a partir de tal documentação; será impresso em preto, no canto superior esquerdo.
a) quando houver mais de um interessado acrescen- XVI - as OPM certificadas nos critérios de excelência
tar-se-á, após a qualificação do mais antigo, a frase de Gestão da Polícia Militar poderão imprimir, em
“e outro(s)”. preto, em seus documentos o selo do Prêmio Polícia
§ 1º - Anexo é o documento apresentado juntamente Militar da Qualidade, correspondente ao grau da cer-
tificação, com as medidas de 15 mm de largura e 20
com o documento elaborado no próprio órgão ou pelo
mm de altura, abaixo do Brasão e endereços da OPM,
interessado que estiver prestando a informação, ou es-
observando o período correspondente à validade da
clarecimento, ou cumprindo a determinação recebida.
certificação.
§ 2º - O documento relacionado como anexo deve,
Artigo 34 - A forma do cabeçalho varia conforme a es-
obrigatoriamente, estar logo após ao documento que
pécie do documento, devendo a sua redação obedecer
o indica, de modo a integrar o processo elaborado.
às seguintes regras para elaboração de documentos
§ 3º - Referência é a menção feita no cabeçalho indi- com editor de texto (Anexo 2);
cando documento que tenha relação com a informa- I - primeira linha - SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚ-
ção ou esclarecimento prestado, ou estudo realizado, BLICA; com tipo de fonte Times New Roman, de tama-
pela pessoa ou órgão interessado. nho 14 (quatorze), negrito; (NR) (nova redação dada
§ 4º - O documento referenciado, sendo original e es- pelo Bol G PM 017/19).
sencial para o entendimento do processo, deverá inte- II - segunda linha - POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE
grá-lo como documento inicial, portanto, não deverá SÃO PAULO; com tipo de fonte Times New Roman, de
ser relacionado ou tratado como sendo documento tamanho 14 (quatorze), negrito;
anexo. III - terceira linha - o nome da localidade (município,
separado por vírgula do dia, mês (por extenso) e ano
SEÇÃO II em que o documento foi elaborado) e ponto final;
Dos Documentos Elaborados em Editores de Texto IV - quarta linha - a designação do tipo do documento
em letras maiúsculas, seguindo-se lhe:
Artigo 33 - A correspondência policial-militar deve ser a) a abreviatura de número maiúscula;
apresentada de forma estética, utilizando-se o papel b) a sigla da OPM, que deverá ser aquela estabelecida
A4, obedecendo as seguintes regras para elaboração na legislação vigente sem indicação de sinal gráfico
de documentos em editores de textos (Anexo 2): (hífen, barra inclinada, etc.), seguida de hífen;
I - o entrelinhamento (espaço vertical entre as linhas) c) o número do documento separado por barra;
será de 1,5 (um e meio); d) o prefixo numérico do órgão elaborador separado
II - a margem superior será de 20 (vinte) mm; por barra;
III - a margem inferior será de 17 (dezessete) mm; e) os dois últimos algarismos do ano;
IV - a margem esquerda será de 30 (trinta) mm; f) a palavra CIRCULAR, quando for o caso, separado
V - a margem direita será de 15 (quinze) mm; do ano por hífen e sem ponto final;
VI - o cabeçalho ficará à 11 (onze) mm do Brasão; V - quinta linha - a palavra “Do”, seguida do cargo
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

VII - o rodapé ficará à 9 (nove) mm; do signatário e da denominação da OPM remetente,


VIII - o documento será, sempre que possível, impresso abreviadamente na correspondência interna e por
com tinta preta ou azul; extenso na externa, sem ponto final. Deve-se evitar a
IX - nos documentos em que o texto, pela sua exten- redundância (Comandante do Comando, Diretor da
são, não couber na primeira folha, serão as demais Diretoria) (Anexo 17);
numeradas, sucessivamente, no canto superior direito VI - sexta linha - a palavra “Ao”, seguida da expressão
e conterão apenas esta indicação após a abreviatura de tratamento adequada, da denominação do cargo
do vocábulo folha - “fl.” (Anexo 2); do destinatário e do nome da organização a que é
X - a indicação prevista no inciso anterior terá mar- dirigido o documento, abreviadamente na correspon-
gem superior de 11 (onze) mm e deverá terminar no dência interna e por extenso na externa e ponto final,
alinhamento previsto para a margem direita (Anexo devendo-se evitar a redundância (Comandante do Co-
2); mando, Diretor da Diretoria) (Anexo 17);

104
VII - sétima linha - a palavra “Assunto”, seguida de CAPÍTULO XI
dois pontos e de um breve resumo, tão exato quanto Do Texto
possível do que se trata e ponto final;
VIII - oitava linha - quando for o caso, a palavra “Refe- Artigo 35 - A elaboração do texto do documento deve-
rência”, por extenso, seguida de dois pontos e da men- rá obedecer às seguintes regras:
ção à peça que se quer referenciar e ponto final: I - o texto poderá ser desdobrado em itens, subitens e
a) sempre que possível deverão ser citados o tipo, o divisões destes, de modo que as idéias se apresentem
número, a classificação e a data da correspondência definidas em cada um deles e em correlação com as
referenciada; anteriores (Anexo 2);
b) quando houver mais de uma referência, estas de- II - o primeiro item deve ser destinado à exposição
vem ser colocadas em ordem cronológica e designa- concisa e precisa do fato, apresentação do problema
das por números, seguido do sinal de fechar parêntese ou comunicação de uma situação existente;
e ponto e vírgula ao final da indicação, não devendo III - os textos terão itens numerados em algarismos
ser colocada a conjunção aditiva „e‟ após o penúltimo arábicos, seguidos de ponto e espaço em branco, após
documento referenciado”. o que será grafada a primeira letra da linha, em letra
IX - nona linha - quando for o caso, a palavra “Ane- maiúscula, sendo facultativo o uso dessa numeração
xo”, seguida de dois pontos e da menção da corres- para documentos externos à Instituição:
pondência anexada, devendo ser especificado o tipo, a) quando o item for único dispensa-se a numeração;
o número, a classificação e a data da correspondência porém, se o item único for composto de vários subi-
anexada e ponto final: tens, então receberá o numero 1.
a) quando houver mais de uma correspondência, estas IV - os subitens serão designados por dois algarismos
devem ser colocadas em ordem cronológica e desig- arábicos, sendo o primeiro igual ao do item a que está
nadas por números, seguidos do sinal de fechar pa- vinculado, seguido de ponto e do segundo algarismo
arábico que indicará o número do subitem, seguido de
rêntese e ponto e vírgula ao final da indicação, não
ponto e espaço em branco;
devendo ser colocada a conjunção aditiva „e‟ após a
V - a primeira divisão do subitem será designada por
menção do penúltimo documento anexado;
três algarismos arábicos, sendo os dois primeiros, res-
X - décima linha - quando for o caso, a palavra “Inte-
pectivamente iguais ao do item e do subitem a que
ressado”, seguida de dois pontos e a menção do posto
estão vinculados, conforme descrito no item anterior,
ou graduação, Registro Estatístico (RE), nome, apenas
seguido de ponto e do terceiro algarismo arábico, que
com as iniciais em letras maiúsculas, e OPM do poli-
indicará o número dessa primeira divisão a que refere,
cial militar que será diretamente afetado pelas deci-
seguido de ponto e espaço em branco;
sões tomadas a partir de tal documentação:
VI - a segunda divisão do subitem será designada por
a) quando houver mais de um interessado acrescen- quatro algarismos arábicos, sendo os três primeiros,
tar-se-á, após a qualificação do mais antigo, a frase respectivamente iguais ao do item, do subitem e da
“e outro(s)”. primeira divisão a que estão vinculados, conforme
§ 1º - A fonte utilizada na confecção do item III ao X, descrito no item anterior, seguido de ponto e do quar-
deverá ser Times New Roman, tamanho 12 (doze). to algarismo arábico, que indicará o número dessa
§ 2º - O alinhamento vertical do cabeçalho é estabe- segunda divisão a que se refere, seguindo de ponto e
lecido pela primeira letra da expressão “SECRETARIA espaço em branco;
DA SEGURANÇA PÚBLICA”, que deve estar grafada à VII - a terceira divisão do subitem será designada por
30 (trinta) mm da margem esquerda, de acordo com a cinco algarismos arábicos, sendo os quatro primeiros,
descrição do Artigo 33. (NR) (nova redação dada pelo respectivamente iguais ao do item, do subitem, da pri-
Bol G PM 017/19). meira e da segunda divisão a que estão vinculados,
§ 3º - Anexo é o documento apresentado juntamente conforme descrito no item anterior, seguido de ponto
com o documento elaborado no próprio órgão ou pelo e do quinto algarismo arábico, que indicará o núme-
interessado que estiver prestando a informação, ou es- ro dessa terceira divisão a que se refere, seguindo de
clarecimento, ou cumprindo a determinação recebida. ponto e espaço em branco;
§ 4º O documento relacionado como anexo deve, obri- VIII - os subitens e divisões de subitens terão seus tex-
gatoriamente, estar logo após ao documento que o tos iniciados com letras minúsculas;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

indica, de modo a integrar o processo elaborado. -IX a letra inicial da primeira linha dos itens, subitens
§ 5º - Referência é a menção feita no cabeçalho indi- e suas divisões, deverá ser grafada após o ponto e es-
cando documento que tenha relação com a informa- paço em branco existente após a numeração;
ção ou esclarecimento prestado, ou estudo realizado, -X a letra inicial da segunda e demais linhas dos itens,
pela pessoa ou órgão interessado. subitens e suas divisões deverá ser grafada na distân-
§ 6º - O documento referenciado, sendo original e es- cia estabelecida para a margem esquerda;
sencial para o entendimento do processo, deverá inte- XI - os textos dos subitens e divisões de subitens serão
grá-lo como documento inicial, portanto, não deverá encerrados por ponto e vírgula (;), não devendo ser co-
ser relacionado ou tratado como sendo documento locada a conjunção aditiva “e” no penúltimo subitem
anexo. e devendo o último subitem ou divisão ser encerrado
por um ponto.

105
§ 1º - O tipo de fonte utilizada para a confecção do Artigo 40 - Na ausência fortuita do comandante, dire-
corpo do documento será Times New Roman de ta- tor ou chefe, a correspondência urgente, observado o
manho 12, devendo o primeiro item ficar 3 espaços disposto no § 1º do artigo 42, poderá ser assinada pelo
verticais da última linha do cabeçalho nos documen- substituto daquela autoridade, que lhe apresentará na
tos elaborados nos editores de textos. primeira oportunidade cópia do respectivo documen-
§ 2º - Nos documentos elaborados a máquina de es- to, com observância das seguintes regras:
crever ficará a 4 espaços verticais da última linha do I - empregar-se-á a expressão “No impedimento de”,
cabeçalho (Anexo 4). manuscrita no local em que deveria assinar a autori-
§ 3º - A citação literal de texto de obras, decisões ou dade titular do cargo ou função;
pareceres que ultrapasse 3 linhas será feita, sem as- II - a assinatura do substituto deverá situar-se na me-
pas, utilizando a fonte “Times New Roman”, de tama- tade direita do documento e será aposta a distância
nho 11, e à distancia de 40 mm da margem esquerda. equivalente a 2 (dois) espaços verticais da última linha
com os dados da autoridade titular e do cargo;
§ 4º - Quando a citação literal for de até três linhas
III - sob a assinatura deverá ser grafado, em letras
será disposta sequencialmente no texto, entre aspas,
maiúsculas, o nome do substituto, em uma linha; em
na mesma fonte, “Times New Roman” de tamanho 12.
outra, logo abaixo a abreviatura do posto, seguida da
§ 5º - No rodapé haverá a inscrição “Nós, Policiais Mi- função ou cargo por extenso, sem citação da OPM; ou
litares, sob a proteção de Deus, estamos compromis- ainda, admitir-se-á a utilização de carimbo ou ma-
sados com a defesa da Vida, da Integridade Física e da nuscrito em letra de forma.
Dignidade da Pessoa Humana.”, com fonte “Time New Artigo 41 - No documento que tiver mais de uma fo-
Roman”, de tamanho 7, em negrito, itálico, centraliza- lha, o signatário deverá lançar rubricas no ângulo su-
do, entre aspas e sob um traço, sendo inserida apenas perior direito de cada uma, a exceção da última, que
na última folha (Anexo 1). (Com nova redação dada conterá o fecho e a assinatura.
pelo Bol G PM nº 063/09). Parágrafo único - A assinatura ou despacho do signa-
tário não pode estar em folha que não contenha pelo
CAPÍTULO XII menos parte do conteúdo do documento.
Do Fecho e Assinatura
CAPÍTULO XIII
Artigo 36 - A correspondência, em todos os escalões, Da Delegação
é da responsabilidade dos respectivos comandantes,
diretores ou chefes e deve por eles ser assinada. Artigo 42 - Os comandantes, diretores ou chefes de
Artigo 37 - A correspondência dirigida a autoridades OPM poderão delegar a Oficiais subordinados atri-
externas deverá conter frase de cortesia, respeitando, buições relativas à prática de atos de expediente que
em cada caso, as regras previstas no Cerimonial Pú- originariamente lhes competiam.
blico. § 1º - Não será objeto de delegação de competência
Artigo 38 - O fecho dos documentos deverá obedecer a expedição de documentos relativos a assuntos dou-
às seguintes regras: trinários, de política do órgão, de justiça e disciplina e
I - a assinatura será aposta à distância equivalente a 2 outros que impliquem tomada de posição ou decisão,
(dois) espaços verticais da última linha do texto; bem como os que devam ser remetidos a autoridade
II - a assinatura deverá situar-se na metade direita do superior do delegante ou de natureza pessoal.
§ 2º - Toda a delegação de competência deverá ser
documento;
formalizada em documento próprio do órgão, no qual
- sob a assinatura deverá ser grafado, em letras mai-
se defina com precisão o que e a quem deve ser de-
úsculas, o nome do signatário, em uma linha; em ou-
legado, publicando-se sempre que possível o ato em
tra, logo abaixo, a abreviatura do posto ou graduação, boletim interno.
seguida da função ou cargo por extenso, sem citação § 3º - O documento expedido por delegação produzirá
da OPM; os efeitos decorrentes como se emanado da própria
- nas correspondências manuscritas, poder-se-á usar autoridade delegante, e quando der lugar a qualquer
o carimbo com o nome completo e função ou cargo resposta ou solução, esta será dirigida à autoridade
do signatário; responsável pela delegação.
- quando o substituto assumir interinamente as fun- § 4º - Deverá ser utilizada a forma inicial “Incumbiu-
ções de comandante, diretor ou chefe, o seu nome será -me o . . .(comandante, diretor ou chefe) . . . de solicitar
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

escrito em letras maiúsculas, em uma linha; em outra, de V.S.ª.....”


logo abaixo, as abreviaturas do seu posto e da função § 5º - O documento será assinado pela autoridade de-
ou cargo que substitui, seguida da expressão “Interi- legada na forma prevista nos incisos I, II e III do artigo
no”; 38 destas Instruções.
- a assinatura deverá ser feita utilizando-se caneta
com tinta de cor preta ou azul. CAPÍTULO XIV
Artigo 39 - Quando o substituto responder pelas fun- Das Abreviaturas
ções de comandante, diretor ou chefe, o seu nome será
escrito em letras maiúsculas em uma linha; em outra, Artigo 43 - Abreviaturas são representações reduzidas
logo abaixo, a abreviatura do posto e a abreviatura da de uma palavra ou expressão e devem obedecer às
expressão “respondendo pelo” (Resp p/), acrescidas do regras ortográficas estabelecidas para a Língua Por-
cargo ou da função. tuguesa.

106
Parágrafo único - As abreviaturas militares não se fle- I - cada tipo de documento do órgão (OFÍCIO, INFOR-
xionam no plural e serão grafadas sem pontos. MAÇÃO, PARTE etc.) recebe uma numeração;
Artigo 44 - Siglas são abreviaturas formadas pelas II - a numeração segue a ordem crescente dos núme-
letras iniciais das palavras de um nome ou título. De- ros naturais.
vem obedecer às seguintes regras de emprego: Artigo 51 - O prefixo numérico identificador da fração
I - são grafadas sem pontos, não se flexionando no ou subfração da OPM é fixado pelos comandantes, di-
plural; retores ou chefes e conterá dois ou três algarismos,
II - utilizam-se letras maiúsculas se compostas unica- sendo vedada a utilização de letras.
mente das iniciais dos nomes dos órgãos; Artigo 52 - A numeração de processos que tramita-
III - apenas a inicial será grafada maiúscula se com- rem pelo Protocolo Geral será procedida pela Seção
postas por outras letras dos nomes dos órgãos. de Correio e Arquivo do DSA/CG, obedecendo-se as
Artigo 45 - Na correspondência da Polícia Militar em- regras dos artigos 62, § 2º; 77 e 78.
pregar-se-ão as abreviaturas e siglas constantes:
I - no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa; CAPÍTULO XVI
II - nas leis, decretos e resoluções; III - nos regulamen- Das Cópias
tos e manuais.
Parágrafo único - Impõem-se aos policiais militares, Artigo 53 - De toda correspondência expedida dever-
em todos os níveis hierárquicos, utilizarem-se das -se-á tirar cópia a carbono de cor preta ou azul, ou
abreviaturas e siglas em conformidade com as in- reprográfica, ou impressão de 2a via destinada ao ar-
dicações constantes das leis, decretos e demais atos quivo da OPM.
normativos expedidos pelas autoridades competentes Artigo 54 - Pode-se enviar cópia dos expedientes às
(Anexo 17). autoridades que, embora não sendo as destinatárias,
Artigo 46 - As abreviaturas e siglas podem ser empre- tenham interesse direto no assunto neles tratados.
gadas livremente no texto da correspondência interna Parágrafo único - Neste caso, a cópia deverá conter a
ou com outras Polícias Militares, Bombeiros Militares e expressão PARA CONHECIMENTO, datilografada, im-
com as Forças Armadas.
pressa ou carimbada no alto da folha.
Artigo 47 - É vedado o uso de abreviaturas na cor-
Artigo 55 - Ao lado esquerdo, 2 (dois) espaços abaixo
respondência externa podendo, entretanto, emprega-
da assinatura, deve ser grafada a palavra DISTRIBUI-
rem-se as siglas, desde que, na primeira vez em que
ÇÃO, onde serão indicados os destinatários que devem
forem utilizadas, venham precedidas de seu significa-
recebê-las e a quantidade de cópias remetidas a cada
do por extenso.
um (Anexo 5).
Artigo 48 - O emprego de data deverá obedecer às
§ 1º - Nessa indicação devem constar todas as cópias,
seguintes regras:
I - o nome dos meses será abreviado com as três pri- incluindo as destinadas a arquivo, para conhecimento
meiras letras, todas maiúsculas; e distribuição interna.
II - o ano será representado pelos algarismos da de- § 2º - No caso de documento destinado a autoridade
zena e unidade; estranha à Instituição, a relação das cópias não cons-
III - o dia será representado por dois algarismos; tará do documento a ela expedido.
IV - a data será escrita na seguinte ordem: dia, mês Artigo 56 - Na correspondência designada como “CIR-
e ano; CULAR”, a relação de difusão só integrará a cópia,
V - a hora será indicada utilizando-se número de 4 sendo vedado para tal indicação o uso de colagem
(quatro) algarismos, dos quais os dois primeiros cor- para definir os destinatários.
respondem às horas e os dois últimos aos minutos; Artigo 57 - Os ofícios e outros documentos circulares,
VI - o grupo data-hora deve ser escrito da seguinte exceto os documentos de Estado-Maior, reproduzidos
maneira: 060830JUN02 (dia seis, oito horas e trinta por qualquer processo de cópia, deverão ter assinatura
minutos, junho do ano de 2002). de próprio punho do signatário quando tal correspon-
Parágrafo único - No texto da documentação externa dência for dirigida à autoridade de posto superior ao
a indicação de datas será feita por extenso e na do- do signatário.
cumentação interna a essa indicação será pelo grupo Artigo 58 - A autoridade signatária da correspondên-
data ou data-hora, conforme o caso. cia, quando comandante, diretor ou chefe de OPM,
ressalvadas as disposições do artigo 57, poderá limi-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

CAPÍTULO XV tar-se a assinar apenas os originais dos documentos,


Da Numeração delegando competência para a rubrica das cópias e
anexos a uma ou mais autoridades subordinadas.
Artigo 49 - Os documentos são identificados pelo con- Artigo 59 - As cópias que não estejam acompanhadas
junto de caracteres estabelecidos nas alíneas do inciso dos correspondentes anexos ao documento, terão este
IV dos artigos 32 e 34 destas Instruções: fato indicado com a expressão SEM ANEXOS, grafada
Parágrafo único - A sigla da OPM deverá ser grafada entre parênteses, após a indicação do destino da cópia
de conformidade com a que estiver estabelecida na correspondente (Anexo 5).
legislação vigente, com supressão da denominação Artigo 60 - As cópias de correspondência podem ser:
própria pelas OPM que a possuírem. I - simples - quando reproduzidas por qualquer meio
Artigo 50 - A numeração do documento obedece às de copiagem, eletrônica ou não, contendo o carimbo
seguintes regras: ou impressão da palavra “CÓPIA” no seu alto;

107
II - autenticada - quando reproduzida por copiagem § 1º - No despacho final, deverá constar a data e a
eletrônica contendo o carimbo de autenticação de có- assinatura da autoridade que determinou o arquiva-
pias de documento, datado e assinado (Anexo 12); mento.
III - autêntica - quando o documento for datilografado § 2º - O responsável pelo protocolo e arquivo poderá
ou digitado em “inteiro teor” (Anexo 6). ser responsabilizado pelo arquivamento de documen-
Artigo 61 - O fornecimento de cópia ou informação tos sem o respectivo despacho.
de qualquer documento singular ou assunto pertinen- Artigo 68 - Serão responsáveis pelos danos causados
te ao órgão, deverá ser precedido de autorização do à Administração, as autoridades que determinarem o
Chefe da respectiva repartição a que se refere o tema. arquivamento de documentos ainda pendentes de so-
lução administrativa.
CAPÍTULO XVII Artigo 69 - As cópias dos documentos serão arquiva-
Do Registro, Controle e Arquivo e da Destruição de das segundo os seus tipos; os documentos recebidos,
Documentos e Processos segundo a natureza do assunto ou por órgão de ori-
gem.
Artigo 62 - Toda correspondência deverá ser conve- § 1º - O arquivo de documentos far-se-á em ordem
nientemente registrada e controlada nos órgãos em cronológica e em pastas próprias, contendo em suas
que tramitar. lombadas a designação de seu tipo ou a indicação do
§ 1º - Consiste o registro em apor no documento o órgão de origem.
carimbo de registro, que deverá conter as seguintes § 2º - A correspondência sigilosa terá um protocolo e
anotações: número de registro, data de entrada, desti- arquivo especial a cargo do Oficial de Informações ou,
no e rubrica do protocolista. na inexistência deste, do Oficial especialmente desig-
§ 2º - O canto superior direito do documento não deve nado e na forma estabelecida em legislação específica.
receber carimbos ou despachos dos órgãos, ficando § 3º - A correspondência será conservada em móveis
reservado para uso exclusivo da Seção de Correio e adequados, sob a guarda e responsabilidade dos res-
Arquivo do DSA/CG. pectivos detentores.
§ 3º - Os requerimentos não devem receber carimbos § 4º - A correspondência arquivada somente poderá
ou despachos dos órgãos, no espaço compreendido sair do arquivo mediante requisição regular ou para
entre a última linha do cabeçalho e o texto. juntada de quaisquer documentos a ela referentes.
Artigo 63 - A correspondência que tramitar pelos ór- Artigo 70 - Os documentos ostensivos, não referentes
gãos de Direção e entre os Comandos de Policiamento a finanças, material permanente, justiça e disciplina,
e de Bombeiros, mesmo aquela trazida em mão, deve- instrução, operações e históricos, já solucionados e que
rá ser protocolada pela Seção de Correio e Arquivo do dispensem ulteriores consultas, poderão ser descarre-
DSA/CG. (Revogado pelo Bol G PM 098, de 24MAI13 gados, decorridos 1 (um) ano de seu arquivamento,
(Anexo A) obedecendo-se ao seguinte:
Artigo 64 - Todos os órgãos deverão designar pessoas - compete ao comandante, diretor ou chefe do órgão
em sua organização para o trato de documentos, vi- julgar da conveniência ou não da descarga;
sando o recebimento, controle, registro, expedição e - documentos serão descarregados de acordo com as
arquivo. disposições da legislação em vigor.
§ 1º - A correspondência permanecerá com essas pes- Artigo 71 - A descarga dos documentos referentes a
soas apenas o tempo necessário para o seu registro. finanças, material permanente, justiça e disciplina,
§ 2º - A correspondência URGENTE terá precedência depende de autorização da autoridade superior, pro-
para registro e andamento imediato. vocada pelo comandante, diretor ou chefe do órgão.
§ 3º - Os recibos, após preenchidos e assinados pelo Parágrafo único - Os documentos descarregados de-
destinatário, serão devolvidos à autoridade expedido- verão ser incinerados. (Revogado pelo Bol G PM 098,
ra. de 24MAI13 (Anexo A)
Artigo 65 - A correspondência expedida por meio de Artigo 72 - Os documentos de natureza sigilosa serão
serviço postal deve ser relacionada e entregue à agên- destruídos, obedecidas as precauções de segurança
cia local da empresa utilizada, atendendo à sistemáti- estabelecidas na legislação específica. (Revogado pelo
ca por ela estabelecida. Bol G PM 098, de 24MAI13 (Anexo A)
Artigo 66 - Em todo órgão haverá um arquivo onde Artigo 73 - Os documentos que não possam ser des-
será guardada, ao término de sua tramitação, a cor- carregados, após a permanência de cinco anos no ar-
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respondência oficial que lhe disser respeito. quivo do órgão, poderão ser relacionados e recolhidos
§ 1º - Os documentos serão arquivados na sede do ao arquivo central da Instituição, de acordo com suas
destinatário ou da autoridade que emitir o despacho normas. (Revogado pelo Bol G PM 098, de 24MAI13
final. (Anexo A)
§ 2º - Os processos registrados no Protocolo Geral, Parágrafo único - Permanecerão obrigatoriamente no
exceto os que tenham regulamentação própria, serão arquivo da OPM, os boletins e documentos relativos a
arquivados na Seção de Correio e Arquivo Geral do operações, instrução e histórico. (Revogado pelo Bol G
DSA/CG. PM 098, de 24MAI13 (Anexo A)
Artigo 67 - Para o arquivamento, a correspondência Artigo 74 - Os documentos descarregados serão pu-
deverá conter o despacho final decisório, indicando a blicados em Boletim Interno, procedendo-se as anota-
solução adotada antes desse ato, seguida da expres- ções nos respectivos livros de registro. (Revogado pelo
são ARQUIVE-SE em letras maiúsculas. Bol G PM 098, de 24MAI13 (Anexo A)

108
CAPÍTULO XVIII XI - o processo que receber juntada ou apensamento
Dos Processos de documento catalogado pela legislação específica,
deverá obedecer, em seu trâmite, à natureza de sua
SEÇÃO I classificação.
Do Início Artigo 79 - A correspondência de tramitação interna
de um órgão será organizada em conformidade com o
Artigo 75 - Entende-se por processo a sucessão sis- disposto nesta Seção e, embora também constitua um
temática de procedimentos em uma direção defini- processo, fica facultada a colocação de capa.
da, que formam um conjunto de peças destinadas a
instruir a decisão da autoridade competente para pôr SEÇÃO II
termo à questão. Do Fichamento dos Processos
Artigo 76 - O processo deve ser iniciado com o ex-
pediente que a ele deu origem, sendo que os demais Artigo 80 - Todo processo que se enquadrar no artigo
documentos que o instruem devem ser juntados na se- 63 será fichado pela Seção de Correio e Arquivo do
qüência, com observância da ordem cronológica. DSA/CG para efeito de controle e tramitação.
Artigo 77 - Toda autoridade ao receber expediente, Artigo 81 - A ficha de controle será elaborada em fun-
mesmo que uma simples parte, que tramitará nos di- ção do número de registro e do nome do interessado
versos escalões da Instituição ou entre os órgãos que ou procedência, segundo a classificação numérica e
compõem a OPM, e nele se manifestar, dará início ao alfabética.
processo, observando as disposições dos §§ 3º e 4º do Artigo 82 - Quando o processo tiver que ser referen-
artigo 32, e dos §§ 5º e 6º do artigo 34. ciado, citar-se-á sempre o número atribuído pela Se-
Artigo 78 - Toda correspondência policial-militar que ção de Correio e Arquivo do DSA/CG ou, na sua falta,
se constituir num processo deverá obedecer ao seguin- o seu conjunto de identificação.
te:
I - o órgão cuja autoridade primeiro se manifestar SEÇÃO III
no documento dará início ao processo, que receberá Da Correspondência Referenciada
capa, conforme formulário PM C-3, devendo ser pre-
enchidos os itens referentes ao interessado, procedên- Artigo 83 - A correspondência que se referir a pro-
cia e assunto; cesso anterior, versando sobre o mesmo assunto, não
II - a folha número 1 (um) constituirá a capa do pro- constituirá novo processo, devendo ser juntada ao já
cesso; existente.
III - os documentos serão colocados em ordem crono- § 1º - A correspondência de outros órgãos públicos
lógica crescente, respeitando a ordem do documento será apensada ao processo e, quando solucionado o
motivador; assunto, será desapensada e restituída, conforme o
IV - as folhas serão numeradas seguidamente no can- caso, à repartição de origem, lavrando-se termo deste
to superior direito, em algarismos arábicos, e, logo ato.
abaixo, rubricadas pela autoridade que organizar o § 2º - As informações que forem prestadas no processo
processo ou por quem tiver recebido delegação para serão anexadas, por cópia, à correspondência apensa.
fazê-lo;
V - os processos serão presos em dois pontos iguais e SEÇÃO IV
distantes 8 (oito) centímetros um do outro, eqüidis- Da Instrução do Processo
tantes dos lados superior e inferior esquerdo do papel,
usando-se para tal fim colchetes de metal, sendo que Artigo 84 - Os documentos que se fizerem necessá-
as pontas serão dobradas de maneira a ficarem cober- rios à instrução do processo serão datilografados ou
tas pela folha inferior da capa; digitados, salvo motivo de força maior plenamente
VI - o documento de encaminhamento de um proces- justificável.
so, depois de numerado e rubricado, será incluído em Parágrafo único - Os documentos de informações
seu corpo, na ordem cronológica; subsidiárias juntados aos processos de outros órgãos
VII - cada volume de processo terá no máximo 200 públicos serão desapensados pelo órgão responsável
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(duzentas) folhas, abrindo-se novo volume e lavran- pela providência solicitada, no ato de devolução.
do-se os competentes Termos de Abertura e Encerra- Artigo 85 - Todas as referências feitas a documentos
mento, ao atingir este limite; constantes de um processo devem indicar o número
VIII - os volumes de processo só poderão tramitar con- da folha respectiva.
juntamente; Artigo 86 - A correspondência que instruir um proces-
IX - no Termo de Encerramento do último volume so limitar-se-á ao seu assunto e quando fizer menção
deverá constar, obrigatoriamente, quantos volumes à legislação, ou outro documento, será instruída com
compõem o processo; a transcrição do texto invocado ou cópia deste.
X - a frente das capas não poderá ser carimbada, rece- Artigo 87 - Será obrigatória a total utilização da folha
ber notas ou escritas de qualquer natureza, salvo para (frente e verso) para informações e despachos, salvo
a indicação de urgente e novos protocolos; quando ocorrer prejuízos à clareza do texto.

109
Artigo 88 - Caso seja necessário dar-se-á destaque a SEÇÃO VII
determinadas partes do texto dos documentos, deven- Da Incorporação e Desincorporação de Processos
do tal procedimento ser feito por meio de sublinha-
mento, evitando-se a inutilização destes para fins de Artigo 99 - Entende-se por incorporação de proces-
reprodução, como ocorre quando da aplicação de ca- so a juntada de um processo ao outro quando ambos
neta com tinta luminescente. versarem sobre o mesmo assunto e o interessado for
Artigo 89 - Os processos com capas dilaceradas não o mesmo, observada a ordem cronológica, prevale-
poderão circular, devendo ser sobreposta uma nova cendo, para todos os efeitos, o número do processo
capa. mais antigo; extinto assim o processo, que em outro se
Artigo 90 - As retificações na capa de um processo integra, serão suas folhas remuneradas e rubricadas
serão procedidas pelo órgão de origem. (Anexo 9).
Artigo 91 - Os processos incompletos, ou que exijam Artigo 100 - Sob o número do processo que receber
retificações, serão devolvidos aos órgãos responsáveis a juntada, na capa, será posto à tinta e de maneira
para as devidas providências. legível, separado por um traço horizontal, o número
do processo juntado.
SEÇÃO V Artigo 101 - Havendo necessidade de um processo ser
Do Fornecimento de Cópias Reprográficas e Cer- desincorporado, por juntada indevida, lavrar-se- ão os
tidões termos constantes no Anexo 10.
Parágrafo único - No caso do presente artigo, a nu-
Artigo 92 - As cópias reprográficas e certidões refe- meração das folhas de ambos os processos obedecerá
rentes a processos serão fornecidas mediante requeri- à ordem original.
mento do interessado, após deferimento da autorida- Artigo 102 - Da incorporação e desincorporarão de
de competente e recolhimento da taxa de prestação de processos serão lavrados os termos constantes nos
serviço respectivo, se for o caso. Anexos 9 e 10, respectivamente.
Parágrafo único - O órgão responsável pela expedição
requisitará o processo e fará entrega do requerido. SEÇÃO VIII
Do Apensamento e Desapensamento de Processos
SEÇÃO VI
Da Juntada e Desentranhamento de Documentos Artigo 103 - Apensamento é a união de um processo
ao outro em caráter temporário (Anexo 11).
Artigo 93 - A juntada de documentos ao processo obe- § 1º - Será feito o apensamento quando o processo
decerá à ordem da data de apresentação e será prece- apensado contiver matéria útil ao exame do que esti-
dida do Termo de Juntada (Anexo 7). ver sendo estudado.
Artigo 94 - A juntada de prova documental, quando § 2º - Não se fará o apensamento quando desse ato
decorrente de dispositivo legal expresso, poderá ser resultar prejuízo para a marcha do processo que deve-
feita em seu original, cópia autenticada por tabelião, rá ser apensado ou quando a juntada da cópia dessas
cópia autenticada por militar ou servidor público ou, peças for suficiente para esclarecimentos do assunto
ainda, pela transcrição ou cópia da publicação em ór- objeto de estudo.
gão oficial. § 3º - Todas as informações prestadas no processo ori-
§ 1º - A cópia autenticada por tabelião dispensa qual- ginal deverão ser reproduzidas nos apensados. Artigo
quer conferência com o documento original. 104 - Solucionado o assunto do processo principal os
§ 2º - A autenticação de cópia por servidor será feita demais serão desapensados.
mediante cotejo da cópia com o original pelo próprio Artigo 105 - Do apensamento e desapensamento de
servidor a quem o documento deva ser apresentado. processos lavrar-se-ão os termos constantes no Anexo
§ 3º - A transcrição em órgão oficial deverá ser jun- 11.
tada em páginas inteiras, podendo ser apresentada
cópia autenticada, nos termos do § 1º, ou a ser auten- SEÇÃO IX
ticada, nos termos do § 2º deste artigo. Da Requisição de Processos
Artigo 95 - A exigência da juntada de documento ori-
ginal restringe-se aos casos expressamente previstos Artigo 106 - Quando um órgão tiver necessidade de
em lei. um processo para juntada de documentos, apensa-
Artigo 96 - O desentranhamento de documentos só mento ou consulta, conservará o processo ou docu-
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poderá ser feito após o despacho final e mediante or- mento que tiver em seu poder, requisitando o que se
dem da autoridade competente, expressa no corpo do achar em andamento ou arquivado, cuja localização
processo (Anexo 8). será obtida por meio da Seção de Correio e Arquivo
Artigo 97 - Da juntada e desentranhamento de docu- do DSA/CG.
mentos lavrar-se-ão os termos constantes nos Anexos § 1º - Os processos serão requisitados e devolvidos,
7 e 8, respectivamente. observando-se o disposto nos artigos 15 a 18.
Artigo 98 - Os documentos indispensáveis ao processo § 2º - Cada requisição efetuada por meio de ofício ou
não serão, em regra, desentranhados, cabendo à parte parte fará referência apenas a um processo.
interessada requerê-los por certidão ou cópia. § 3º - O órgão que estiver de posse do processo e rece-
Parágrafo único - A certidão ou cópia, se convier, po- ber requisição, caso não haja impedimento, remeterá
derá ficar no processo, substituindo o original; nesse o processo, solicitando a sua oportuna devolução, se
caso, lavrar-se-á o respectivo termo. assim exigirem as necessidades do serviço.

110
Artigo 107 - Nenhum processo em andamento poderá I - DESPACHO: impresso próprio (PM C-36) no qual é
permanecer em poder do órgão requisitante por mais grafado livremente o seu texto (artigo 13, inciso IV);
de 5 (cinco) dias úteis, salvo se lei, decreto ou regula- II - CARIMBO-DESPACHO: carimbo efetuado na conti-
mento prever outro prazo. nuação ou no verso do documento, no qual o signatá-
rio grafa a complementação do seu texto.
SEÇÃO X Artigo 115 - O encaminhamento da correspondência
Do Extravio de Processo e sua Restauração interna da OPM, sempre que possível, deve ser feito
mediante DESPACHO, por meio da aplicação de ca-
Artigo 108 - Todo processo extraviado, ou mesmo des- rimbo ou manuscrito.
truído, será obrigatoriamente restaurado, com obser- Artigo 116 - Os DESPACHOS podem ser:
vância das seguintes normas: I - decisório ou final - quando põe termo à questão;
I - a restauração far-se-á por determinação do co- II - interlocutório ou parcial - quando não resolve de-
mandante, diretor ou chefe do órgão interessado; finitivamente a questão;
II - se existir certidão ou cópia autenticada do processo III - ordenatório - quando concernente ao andamento
do processo.
será uma ou outra considerada como original; III - em
Artigo 117 - Os DESPACHOS poderão ser manuscritos
existindo informações prestadas por qualquer OPM,
e firmados no documento ou em sua continuação.
serão requisitadas as necessárias cópias.
Artigo 109 - Localizados os autos originais durante o CAPÍTULO XX
curso do processo de restauração, este será arquivado Do Requerimento
na OPM restauradora.
Artigo 118 - Os REQUERIMENTOS (Anexo 3) obedece-
CAPÍTULO XIX rão às seguintes prescrições:
Do Encaminhamento I - devem ser feitos em papel sulfite A4;
II - podem ser digitados ou datilografados conforme
Artigo 110 - O recebimento de correspondência que o Anexo 3;
ensejar resposta à origem deverá ser restituído infor- III - é permitido o uso de modelo de requerimento im-
mado, juntamente com todos os documentos originais presso, específico para determinados assuntos;
que componham o protocolizado. IV - todo REQUERIMENTO já deve sair da OPM de ori-
Artigo 111 - Deve-se atentar para o exato encaminha- gem devidamente instruído, com as informações ou
mento à autoridade competente, evitando-se assim a documentos necessários ao seu estudo e decisão;
perda de tempo pelo encaminhamento indevido a ór- V - o REQUERIMENTO assinado por procurador deverá
gãos que não tenham atribuição para manifestar- se ser acompanhado do respectivo instrumento de man-
sobre o assunto. dato e, o assinado pelos herdeiros de pessoa falecida,
Artigo 112 - O encaminhamento da correspondência por comprovantes dessa condição;
poderá ser feito, conforme o caso, por meio de OFÍCIO, VI - todo REQUERIMENTO que satisfizer as exigências
INFORMAÇÃO, PARTE ou DESPACHO. legais deve ser encaminhado à autoridade que deve
§ 1º - O OFÍCIO será usado quando o documento for exarar o despacho final, mesmo que não tenha pare-
encaminhado a autoridade estranha à Instituição e, cer favorável das autoridades intermediárias;
eventualmente, entre os órgãos. VII - constará de cabeçalho, texto e fecho;
§ 2º - A INFORMAÇÃO será usada para encaminhar VIII - o REQUERIMENTO de civil ou inativo deverá con-
REQUERIMENTOS, ao mesmo tempo em que se pres- ter o endereço do interessado e o número de telefone
para facilitar a comunicação.
tam elementos informativos sobre o requerido.
Artigo 119 - O cabeçalho do REQUERIMENTO cons-
§ 3º - A PARTE será usada para o encaminhamento
tará de:
de expediente de subordinado para superior, dentro de
I - primeira linha: tratamento e cargo da autoridade
um mesmo órgão. a quem é dirigido, por extenso e em letras maiúscu-
§ 4º - O DESPACHO será usado para o encaminha- las, a 4 (quatro) espaços verticais abaixo da margem
mento de expediente entre órgãos de direção, destes superior;
para os demais órgãos e de superior para subordina- II - segunda linha: a palavra “OBJETO”, em letras mai-
do, dentro de um mesmo órgão. úsculas, seguida de dois pontos e da menção resumida
Artigo 113 - Será dispensado o encaminhamento de do que se requer, em letras minúsculas.
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correspondência por meio dos documentos menciona- Artigo 120 - O texto do REQUERIMENTO obedecerá às
dos no artigo 112 quando: seguintes regras:
I - não couber a determinação ou a solicitação de I - deve começar a 12 (doze) espaços verticais da últi-
qualquer providência na correspondência encaminha- ma linha do cabeçalho;
da, servindo esta apenas para conhecimento, controle II - o tratamento é sempre o da terceira pessoa do sin-
e arquivo do destinatário; gular e a forma é a do discurso indireto;
II - se tratar de encaminhamento de impressos oficiais. III - deverá conter nome completo do requerente, em
Parágrafo único - O encaminhamento da correspon- letras maiúsculas, registro estatístico, posto ou gradu-
dência mencionada nos incisos I e II deste artigo será ação, quadro a que pertence, órgão em que se encon-
efetuado por meio de GUIA DE DOCUMENTOS. tra ou encontrava servindo, o que requer e os dispo-
Artigo 114 - Os DESPACHOS poderão ser revestidos sitivos legais em que se julga amparado e baseia sua
das seguintes formas: pretensão;

111
IV - no caso de requerente civil deverão ser mencio- Artigo 127 - Na frente do envelope devem ser grafa-
nados o nome, registro de identidade, a filiação e a dos os seguintes sobrescritos: I - abaixo da expressão
residência; POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
V - o texto comportará itens, conforme a necessidade a expressão URGENTE, se for o caso;
da exposição, sendo que, no último item, o requerente o conjunto de identificação do documento, nos termos
deverá declarar se é a primeira vez que requer e, em do artigo 49 destas Instruções;
caso contrário, o despacho dado nos requerimentos a expressão RESERVADO ou CONFIDENCIAL, se for o
anteriores, bem como as datas e onde está publicado; caso.
II - no endereçamento:
VI - quando o texto for longo, não cabendo em uma só a) a forma de tratamento;
página, serão anexadas outras folhas. b) posto ou graduação, cargo ou função do destina-
Artigo 121 - O fecho dos requerimentos obedecerá às tário;
seguintes regras: c) endereço, quando for o caso;
d) cidade e Estado;
I - a localidade e a data na primeira linha e a dois
e) o código de endereçamento postal, no campo cor-
espaços verticais do final do texto;
respondente.
II - a assinatura do requerente a dois espaços verticais
III - nos documentos de caráter pessoal, o nome do
da primeira linha do fecho, por baixo da qual deve
destinatário deve constar logo após o posto ou gradu-
vir o nome completo e, abaixo deste, o seu posto ou ação, ficando o cargo ou a função em continuação, ou
graduação ou o registro de identidade, para os civis. em outra linha;
IV - o envelope e o documento de caráter pessoal de-
CAPÍTULO XXI verão também conter o termo “PESSOAL” e outros re-
Da Tramitação Via Fax lativos à classificação de sua natureza, se for o caso;
V - os envelopes classificados como pessoal somente
Artigo 122 - A transmissão via fax se presta ao envio serão abertos pelo destinatário.
de cópia de documento original para conhecimento Artigo 128 - O verso do envelope deve ter impresso,
do órgão interessado, de modo a possibilitar que este em sua parte inferior, as expressões remetente e en-
venha, antecipada e imediatamente, iniciar as provi- dereço, bem como o campo para o código de ende-
dências de sua competência, enquanto aguarda a che- reçamento postal, sendo facultativa a utilização de
gada do documento original (Anexo 15). carimbo (Anexo 12).
Parágrafo único - Não deverão ser transmitidos via Parágrafo único - No verso do envelope devem ser
fax documentos cujo prazo para manifestação ou ou- grafados:
tras providências possibilita o uso normal da corres- I - posto, graduação, cargo ou função do remetente;
pondência. II - endereço, quando for o caso;
Artigo 123 - A OPM recebedora não deve utilizar a III - o código de endereçamento postal.
cópia recebida para instrução em processos. Artigo 129 - Os documentos secretos serão encerrados
Artigo 124 - Para as cópias recebidas via fax, em papel em envelopes duplos, observando-se as seguintes con-
termo-sensível, serão observadas as seguintes prescri- dições previstas na legislação específica:
ções: I - no envelope interno serão grafados o cargo ou a
I - não devem ficar expostas ao sol, a fontes de calor, função e o endereço do destinatário e, claramente
claridade ou locais úmidos; marcada, a classificação do documento, de modo a
II - não se deve escrever ou colocar objetos pesados ser visto logo que removido o envelope externo;
II - o envelope externo conterá apenas o nome, fun-
sobre eles;
ção ou cargo e endereço do destinatário, não devendo
III - não devem ter contato com material adesivo (fita
constar anotação que indique a classificação do con-
crepe, adesiva, etc), destacador de texto, canetas com
teúdo;
tintas luminescentes ou à base de álcool.
III - o envelope interno será lacrado após receber o
documento acompanhado de recibo.
CAPÍTULO XXII Artigo 130 - Ao se envelopar um documento, este de-
Do Envelopamento verá ser dobrado o menos possível e o lado que con-
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tém o texto deverá estar voltado para a parte interna


Artigo 125 - A correspondência deve ser envelopada da dobra e não do envelope.
quando:
I - for externa; CAPÍTULO XXIII
II - for remetida por meio do serviço postal; Das Disposições Gerais
III - for remetida por meio de estafeta ou mensageiro;
IV - for sigilosa. Artigo 131 - Todos os integrantes da Polícia Militar, na
Artigo 126 - A frente do envelope deve ter impresso, esfera de suas atribuições, são responsáveis pela fiel
em sua parte superior, o Brasão do Estado, seguido observância destas Instruções.
da expressão SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA, Artigo 132 - O cancelamento de despachos apostos
abaixo POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. em qualquer documento será feito com dois riscos
(NR) (nova redação dada pelo Bol G PM 017/19). transversais sobre o seu texto, com a expressão “CAN-

112
CELADO” entre eles e a rubrica abaixo (Anexo 12).
Artigo 133 - Em documentos oficiais não serão permitidos rasuras, rabiscos ou outros artifícios destinados a alterar
o texto.
Artigo 134 - Os processos que tenham tratamento especial, decorrente de normas particulares e sistemas definido por
órgãos externos à Instituição, obedecerão às prescrições a eles atinentes.
Artigo 135 - A divulgação, pela imprensa, de assuntos constantes da correspondência policial-militar obedecerá às
prescrições particulares do Comando Geral.
Artigo 136 - É facultada a utilização de carimbos para a lavratura dos termos mencionados nestas Instruções (Anexo
12).
Parágrafo único - Com exceção do carimbo de classificação de grau de sigilo do documento, que deverá ser posicio-
nado na margem superior e inferior do documento, os demais carimbos deverão ser posicionados na margem superior
distribuídos e alinhados ao lado do carimbo de grau de sigilo.
Artigo 137 - O nome de personalidade ou vulto histórico que homenageia OPM somente constará dos documentos
elaborados pela própria OPM homenageada, dispensando-se sua inserção nos documentos elaborados pelas demais
OPM, bem como, nos atos dos Órgãos de Direção publicados em Diário Oficial e Boletim Geral.
Parágrafo único - A forma de apresentação do nome que homenageia OPM será a constante no Decreto de Organi-
zação da Policia Militar.
Artigo 138 - Estas Instruções apresentam anexos, exemplos e modelos de documentos de correspondência e de carim-
bos (Anexo 12) de uso mais freqüentes na Instituição.
Artigo 139 - Compete à 1ª EM/PM o desenvolvimento de estudos necessários à atualização destas Instruções, bem
como a apreciação de casos omissos ou duvidosos e sua remessa para publicação e disponibilização na Intranet da
Polícia Militar.

Anexo I – Atestado ou Certidão. Dimensão do papel: A4

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”

113
Anexo II – Modelo de Despacho, Informação, Memorando, Ofício, Ordem de Serviço e Parte. Dimensão do papel: A4
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

114
(13) fl. 2

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.” CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

115
Anexo III – Requerimento. Dimensão do Papel: A4

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

116
Anexo IV – Modelo de Despacho, Informação, Memorando, Ofício, Ordem, Serviço e Parte Dimensão do papel A4

MODELO PARA FEITURA COM USO DE MÁQUINA DE ESCREVER.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

117
“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.” (15)
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

118
Anexo V – Distribuição de Cópias.

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”

Anexo VI – Cópia Autêntica. Dimensão do papel: A4


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”

119
Anexo VII – Termo de Juntada de Documentos. Dimensão do papel: A4

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

120
Anexo VIII – Termo de Desentranhamento de Documento. Dimensão do papel: A4

“”Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade
Física e da Dignidade da Pessoa Humana.”

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

121
Anexo IX – Termo de Incorporação de Processo. Dimensão do papel: A4

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

122
Anexo X – Termo de Desincorporação de Processo. Dimensão do papel: A4

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

123
Anexo XI – Termo de Apensamento e Desapensamento de Processo. Dimensão do papel: A4

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

124
Anexo XII - Carimbos.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

125
Anexo XIII – Modelo de montagem de processos
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

126
Anexo XIV – Termo de Encerramento e Abertura de Processo. Dimensão do papel: A4

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade
Física e da Dignidade da Pessoa Humana.”

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

127
Anexo XV – Folha de Encaminhamento de Documento por FAX.

Dimensão do Papel A4
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

128
Anexo XVI – Modelo de Nota para Boletim Geral - (Revogado pelo Bol G PM nº 231/08)

Dimensão do papel: A4

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

129
Anexo XVII – Abreviaturas de Cargos e Funções. (NR dada pelo Bol G PM 054, de 21MAR19)

CARGO OU FUNÇÃO ABREVIATURA


Comandante Geral Cmt G
Subcomandante PM Subcmt PM
Chefe do Estado-Maior da Polícia Militar Ch EM/PM
Chefe do Estado-Maior Especial Ch EM/E
Subchefe do Estado-Maior da Polícia Militar Subch EM/PM
Chefe de Gabinete do Comandante Geral Ch Gab Cmt G
Corregedor PM Correg PM
Chefe do Centro de Inteligência da Polícia Militar Ch CIPM
Chefe do Centro de Comunicação Social Ch CComSoc
Coordenador Operacional da Polícia Militar Coord Op PM
Coordenador de Assuntos Jurídicos Coord Ass Jur
Diretor de Ensino e Cultura Dir Ens Cult
Diretor de Finanças Dir Fin
Diretor de Logística Dir Log
Diretor de Pessoal Dir Pes
Diretor de Polícia Comunitária e de Direitos Humanos Dir Pol Com Dir
Hum
Diretor de Saúde Dir Saúde
Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação Dir TIC
Chefe do Centro de Operações da Polícia Militar Ch COPOM
Comandante do Policiamento da Capital Cmt Pol Cap
Comandante do Policiamento Metropolitano Cmt Pol Metropol
Comandante do Policiamento do Interior (1 a ...) Cmt Pol Int-1
Comandante do Corpo de Bombeiros Cmt CB
Comandante de Bombeiros Metropolitano Cmt Bomb
Metropol
Comandante de Bombeiros do Interior Cmt Bomb Int
Comandante do Policiamento de Choque Cmt Pol Chq
Comandante do Policiamento Rodoviário Cmt Pol Rv
Comandante do Policiamento Ambiental Cmt Pol Amb
Comandante do Policiamento de Trânsito Cmt Pol Tran
Comandante da Aviação da Polícia Militar Cmt Av PM
Comandante do Policiamento de Área Metropolitana (1 a ...) Cmt Pol Área M-1
Comandante do (1º ao ...) Batalhão de Polícia Militar Metropolitano Cmt 46º BPM/M
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Comandante do (1º ao ...) Batalhão de Polícia Militar do Interior Cmt 19º BPM/I
Comandante do (1º ao ...) Batalhão de Ações Especiais de Polícia Cmt 8º BAEP
Comandante do (1º ao ...) Batalhão de Polícia de Choque Cmt 1º BPChq
Comandante do (1º ao ...) Grupamento de Bombeiros Cmt 3º GB
Comandante do Grupamento de Bombeiros Marítimo Cmt GBMar
Comandante do Regimento de Polícia Montada Cmt RPMon
Comandante do (1º ao ...) Batalhão de Polícia Rodoviária Cmt 2º BPRv
Comandante do (1º ao ...) Batalhão de Polícia Ambiental Cmt 1º BPAmb

130
Comandante do (1º ao ...) Batalhão de Polícia de Trânsito Cmt 2º BPTran
Subdiretor de OPM Subdir
Subcomandante de OPM Subcmt
Subchefe de OPM Subch
Chefe do Estado-Maior de OPM Ch EM
Coordenador Operacional de OPM Coord Op
Órgão de Apoio: designação de Comandante ou Chefe, prevista Cmt APMBB Ch
em QPO, seguida da sigla da OPM CIAF
Chefe de Departamento ou Divisão Ch Dpt ou Div
Chefe de Seção, Subseção, Serviço ou Setor Ch Seç, Sseç, Sv
ou St
Comandante da (1ª à ...) Companhia Cmt 1ª Cia PM
Chefe de Assessoria Policial Militar: designação de Chefe, seguida Ch APMTJ
da sigla constante em QPO

“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a Defesa da Vida, da Integridade Física
e da Dignidade da Pessoa Humana.”

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

131
Quadro demonstrativo das alterações formuladas Seção II
nas I-7-PM - 7ª Edição Das Generalidades

Artigo 13, Artigo 33, Artigo 34, Artigo 40, Artigo 2º - O cerimonial militar tem por objetivo de-
VII; VI, IX, a); II; senvolver o sentimento de disciplina, a coesão e o es-
pírito de corpo, pela execução em conjunto de movi-
Artigo 23; Artigo 33, Artigo 35, Artigo 40, mentos que exijam energia, precisão e marcialidade.
VIII; III; III; Artigo 3º - Para continências e honras, visando à uni-
Artigo 30; Artigo 33, Artigo 35, Artigo 41, formidade de entendimento, são as seguintes as defi-
XII; III, a); p. único; nições das expressões e termos constantes no R Cont:
I - “superior”, “mais antigo” ou “de maior antiguida-
Artigo 30, Artigo 33, Artigo 35, Artigo 43, de” - designação comum aplicada ao militar de maior
p. único; XV; XI; p. único; precedência hierárquica;
Artigo 31, Artigo 33, Artigo 35, Artigo II - “pares” - militares cujos postos ou graduações es-
XII; XVI; § 3º; 44, I; tão situados no mesmo grau hierárquico;
III - “subordinado”, “mais moderno” ou “de menor an-
Artigo 32, Artigo 34, Artigo 35, Artigo 46; tiguidade” - designação comum aplicada ao militar de
IV, b); IV, b); § 4º; menor precedência hierárquica;
Artigo 32, Artigo 34, Artigo 35, Artigo 48, IV - “autoridade” - pessoa civil ou militar, exercendo
VII; VII; § 5º; p. único; quaisquer dos cargos citados no artigo 15 do R Cont;
V - “comandante ou comando de Organização Poli-
Artigo 32, Artigo 34, Artigo 38, Artigo 56; cial-Militar (OPM)” - designação genérica aplicada a
VIII; VIII; V; oficial que exerce o cargo de comandante, chefe ou
Artigo 32, Artigo 34, Artigo 39; Artigo diretor de OPM.
VIII, b); VIII, b); 137. Artigo 4º - Para falar, formalmente, ao Comandante
Geral, o tratamento é “Vossa Excelência”.
Artigo 32, Artigo 34, Parágrafo único - Para falar, formalmente, com o Co-
IX, a); IX; mandante, Diretor ou Chefe de OPM, o tratamento é
“Senhor Comandante”, “Senhor Diretor”, “Senhor Che-
(NOTA PM1-22/02/06). fe”, conforme o caso; nas relações correntes de serviço
é admitido o tratamento de “Comandante”, “Diretor”
ou “Chefe”.
______.______. I-21-PM - INSTRUÇÕES PARA CAPÍTULO II
CONTINÊNCIAS, HONRAS, SINAIS DE DA CONTINÊNCIA
RESPEITO E CERIMONIAL MILITAR NA
POLÍCIA MILITAR Artigo 5º - Além das autoridades mencionadas no
artigo 15 do R Cont, têm direito à continência as au-
toridades civis do Estado de São Paulo, abaixo discri-
INSTRUÇÕES PARA CONTINÊNCIAS, HONRAS, SI- minados:
NAIS DE RESPEITO E CERIMONIAL NA POLÍCIA MILI- I - o Vice-Governador;
TAR II - o Presidente da Assembleia Legislativa;
III - o Presidente do Tribunal de Justiça;
IV - o Presidente do Tribunal de Justiça Militar;
CAPÍTULO I V - o Secretário da Segurança Pública.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES § 1° - Autoridades equivalentes de outro Estado, de
Territórios Federais e do Distrito Federal, quando em
Seção I visita de caráter oficial ao Estado de São Paulo, terão
Da Finalidade tratamento à semelhança das enumeradas acima.
§ 2° - No caso de autoridades não especificadas no
Artigo 1º - As presentes Instruções destinam-se a
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“caput” deste artigo, o Comando Geral estabelecerá a


adotar e regulamentar a aplicação do Regulamento continência devida;
de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimo-
Artigo 6º - O militar fardado descobre-se ao entrar em
nial Militar das Forças Armadas (R Cont), publicado
um recinto coberto, observadas as prescrições conti-
na Portaria Normativa nº 660/MD, de 19 de maio de
2009, alterada pela Portaria Normativa nº 849 do Mi- das nos § 1º e § 2º do artigo 35 do R Cont.
nistério da Defesa, de 4 de abril de 2013, no âmbito da Parágrafo único - No interior dos aquartelamentos,
Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP). fica a critério do comandante, chefe ou diretor a de-
Parágrafo único - As prescrições destas Instruções finição das áreas consideradas recintos cobertos para
aplicam-se às situações diárias da vida castrense, es- efeitos do previsto no caput deste artigo.
tando o policial militar de serviço ou não em área mi- Artigo 7º - Os Aspirantes a Oficial são equiparados
litar ou em sociedade, nas cerimônias e solenidades de aos oficiais subalternos para efeito de continência in-
natureza militar ou cívica. dividual.

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CAPÍTULO III - § 1º - A apresentação ao Chefe da Casa Militar, ao
DA APRESENTAÇÃO PESSOAL Comandante Geral e às autoridades mencionadas no
artigo 5º destas Instruções será realizada sempre na
Artigo 8º - Para efeito da apresentação individual, o posição de “apresentar-arma”, mesmo que a tropa es-
policial militar além do que está prescrito no artigo 41 teja formada sem a cobertura.
do R Cont, declinará ao superior hierárquico: § 2º - Para a continência da tropa a pé firme a ser
I - quando de sua OPM: prestada a uma praça, o comandante da tropa, obede-
a) posto ou graduação, nome de guerra e sua Cia ou cida a precedência hierárquica, comandará “sentido” e
Seção; prestará a continência individual.
II - quando de outra OPM: § 3º O policial militar não enquadrado na tropa, no
a) posto ou graduação, nome de guerra e sua OPM; ato da continência, volta-se para a autoridade que
III - de outra Corporação: preside a cerimônia e presta a saudação policial-mili-
a) posto ou graduação, nome de guerra e “da Polícia tar quando da execução do seu exórdio.
Militar do Estado de São Paulo”. Artigo 13 - No caso da continência ser prestada à Ban-
deira de outro país ou a uma autoridade estrangeira, a
CAPÍTULO IV - banda de música, se houver, tocará o Hino do respecti-
DA APRESENTAÇÃO DOS OFICIAIS DA ORGANIZA- vo país, seguido do Hino Nacional Brasileiro.
ÇÃO POLICIAL-MILITAR Artigo 14 - Quando uma tropa armada estiver pres-
tando a continência regulamentar na posição de
Artigo 9º - Para a apresentação solene à autoridade “apresentar-arma”, o comando para desfazer a conti-
visitante, estando os oficiais da OPM formados num nência deverá ser o de “ombro-arma”.
dispositivo em “U”, o comandante da OPM dará início Artigo 15 - Para os desfiles de tropa a pé, a cadência
ao evento, chamando nominalmente o subcoman- será de 116 passos por minuto e deverá ser obedecido
dante. Os demais oficiais seguir-se-ão, dentro de suas o previsto no Manual de Ordem Unida a Pé (M-12-
frações constituídas (Exemplo: oficial de recursos hu- -PM).
manos, oficial de informações, oficial de planejamento § 1º - Na continência da tropa em desfile, regulada na
e operações, comandante da 1ª Companhia…). seção IV, capítulo V do título II do RCont, padronizar-
§ 1º - Os oficiais tomarão, individualmente, a posição -se-á 1 (um) metro a medida de um passo.
de “sentido” em seu próprio local, darão um passo à § 2º - A demarcação de um local para o desfile de
frente, com o pé esquerdo, e, encarando energicamen- uma tropa obedecerá à figura 1 do anexo 1 a estas
te a autoridade, apresentar-se-ão, sem fazer a con- Instruções.
tinência individual, declarando seu posto, nome de Artigo 16 - A continência da tropa nos desfiles obede-
guerra e função principal. cerá às prescrições do M-12-PM, além da seção IV do
§ 2º - Feita a apresentação, cada oficial retornará ao capítulo V do título II do R Cont.
lugar de origem, independentemente de qualquer or- Artigo 17 - Nos desfiles, após a continência da tropa,
dem, dando um passo à retaguarda, com o pé esquer- estando ou não a Bandeira Nacional incorporada, o
do, e retomando a posição de “descansar”. seu comandante e o Estado-Maior seguirão destino
Artigo 10º - Ao final das palavras da autoridade vi- sem aguardar o seu escoamento.
sitante ou dos seus cumprimentos, o subcomandante
ou equivalente comanda a voz: “OFICIAIS, SENTIDO!”, CAPÍTULO VI
“APRESENTAR ARMA!” (se for o caso); após, desloca- DA CONTINÊNCIA DA GUARDA E DA SENTINELA
se até a frente da autoridade inspecionadora e apre-
senta-se à mesma, anunciando: “OFICIAIS PRONTOS Artigo 18 - A guarda formada prestará continência
POR TÉRMINO DE APRESENTAÇÃO”, e, autorizado aos símbolos, às autoridades e à tropa formada, men-
pela autoridade, comanda: “OFICIAIS, DESCANSAR cionados no artigo 70 do R Cont, ao Chefe da Casa
ARMA!” (se for o caso), permanecendo no local até Militar, ao Comandante Geral e às autoridades men-
que a autoridade inspecionadora e a sua comitiva se cionadas nos incisos do artigo 5º destas Instruções.
retirem ou que seja liberado pela autoridade. § 1º - A guarda não formará no período compreendido
Artigo 11 - Os procedimentos descritos neste capítu- entre o arriar da Bandeira Nacional e o toque de alvo-
lo são prerrogativas da autoridade visitante, cabendo rada do dia seguinte, exceto para prestar continência
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a esta dispensá-los, devendo a assessoria de relações à Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente
públicas da OPM entrar em contato com a assessoria da República, às bandeiras e hinos de outras nações e
da autoridade visitante, informando dos procedimen- à tropa formada, quando comandada por oficial.
tos, para fins de deliberação. § 2º - Estando presente, em uma OPM, o seu coman-
dante, a guarda só formará para prestar continência a
CAPÍTULO V oficial de posto superior ao desta autoridade.
DA CONTINÊNCIA DA TROPA Artigo 19 - A continência da guarda para autoridade
inspecionadora ou visitante será executada da seguin-
Artigo 12 - Para os símbolos e as autoridades enume- te forma: o comandante da guarda toma a posição de
radas no artigo 43 do R Cont, a continência da tropa sentido, executa ombro-arma e comanda: “GUARDA,
será a prescrita nas seções II, III e IV do capítulo V do SENTIDO!, OMBRO-ARMA!”; o corneteiro ou clarim
título II daquele regulamento. tocará o indicativo do posto e função da autorida-

133
de; caso a autoridade seja o Chefe da Casa Militar, § 3º - Nas solenidades com a presença de público ex-
Comandante-Geral, ou Oficial-General, após o toque terno, deverá ser cantado, preferencialmente, o Hino
indicativo do posto e função, o comandante da guar- Nacional para permitir maior participação dos con-
da comandará á voz: “APRESENTAR-ARMA!, OLHAR A vidados.
DIREITA!” e executará os movimentos conjuntamente Artigo 26 - No canto do Hino Nacional pela tropa ou
com sua guarda, sendo então executado o exórdio. público, acompanhado de execução instrumental, as
Artigo 20 - Quando da saída de autoridade superior bandas e as fanfarras deverão obedecer ao andamen-
ao comandante da OPM, este deverá posicionar-se to metronômico de uma semínima igual a 120, con-
dentro do quartel, à esquerda e um passo à retaguar- forme determina o artigo 24, inciso I, da Lei federal nº
da do local onde a autoridade receberá a continência 5.700, de 1º de setembro de 1971, que dispõe sobre a
da guarda, acompanhando-a por ocasião da revista. forma e a apresentação dos símbolos nacionais.
Parágrafo único - Procedimento análogo será seguido
quando a autoridade superior chegar a uma OPM, já CAPÍTULO IX
acompanhada do seu comandante, cabendo ao oficial DAS BANDEIRAS HISTÓRICAS E ESTANDARTES
de dia recepcioná-la no interior do aquartelamento,
permanecendo o comandante da OPM junto da au- Artigo 27 - Com o intuito de cultuar as nossas tra-
toridade. dições, as bandeiras históricas do Brasil poderão ser
Artigo 21 - Para efeito de continência consideram-se conduzidas nos desfiles, participar de solenidades e ser
funções equivalentes a de sentinela aquelas exercidas apresentadas em panóplia no salão de honra ou no
por policiais militares de “permanência” ou serviço si- gabinete do comandante da OPM.
milar, aplicando-se, no que couber, o contido na seção § 1º - As bandeiras históricas deverão obedecer os
VII do capítulo V do R Cont. movimentos previstos para os estandartes históricos
das OPM, tendo em vista o destaque a ser atribuído à
CAPÍTULO VII Bandeira Nacional.
DOS TOQUES DE CORNETA OU DE CLARIM § 2º - As bandeiras históricas não serão hasteadas.
Artigo 28 - Quanto ao estandarte, à adoção, guarda
Artigo 22 - Os toques de corneta ou de clarim, em
e condução, em quaisquer solenidades, formaturas ou
uso na Polícia Militar do Estado de São Paulo, são os
eventos, deverá seguir:
constantes do Manual de Toques do Exército (C 20-5).
I - a OPM que pretender adotar estandarte poderá,
§ 1º - Os toques de corneta ou de clarim podem ser
conjuntamente, ter aprovado o seu cântico represen-
compostos por duas ou mais partituras, conforme o
tativo de seus valores e ideais;
previsto no C 20-5, para anunciar a presença de sím-
II - o estandarte poderá ser guardado no gabinete do
bolos e de autoridades, ou para continências, cerimô-
comandante da unidade, juntamente com a Bandeira;
nias e outras atividades militares.
III - exceto o porta-bandeira, o porta-estandarte será o
§ 2º - Nas OPM de cavalaria, todos os toques deverão
oficial com CFO ou Aspirante a Oficial mais moderno
ser executados por clarim, conforme o previsto no C
20-5. da unidade; o Comandante da OPM poderá determi-
Artigo 23 - Quando a autoridade retirar-se do local da nar que seja outro oficial, em caso de impossibilidade;
solenidade ou formatura, após o desfile da tropa, e for na APMBB será o aluno 1º colocado do último ano do
permanecer na OPM, não será executado o toque para CFO;
indicar que deixará o palanque, devendo as honras ser IV - em todas as formaturas em que tomar parte a
prestadas por ocasião de sua saída do quartel. unidade completa, formando com a Bandeira, o es-
Artigo 24 - Após o toque indicativo do posto e função tandarte também deverá formar, neste caso, formará
da autoridade, a banda de música ou a de corneteiros à esquerda da Bandeira;
ou a de clarins executará a marcha prevista no C 20-5. V - o comandante da escolta da Bandeira é o porta
bandeira mais antigo;
CAPÍTULO VIII VI - o estandarte não tomará parte das formaturas
DOS HINOS, CANÇÕES E DOBRADOS parciais da unidade;
VII - na data de aniversário da unidade, haverá uma
Artigo 25 - As marchas e dobrados para bandas de formatura geral, dela tomando parte o estandarte,
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corneteiros ou de clarins, para fanfarras e para bandas cuja guarda é idêntica à da Bandeira; nesse dia, a
de música, utilizados na PMESP, são os constantes do Bandeira não formará e será cantado, na solenidade,
Manual de Toques do Exército (C 20-5) e outros even- o Hino Nacional ou cântico da OPM; nas OPM que
tualmente referentes à Instituição. não possuírem cântico próprio, será cantado o Hino
§ 1º - Outras marchas e dobrados poderão ser execu- Nacional ou a Canção da PMESP;
tados, em cerimônias militares, pelas bandas de músi- VIII - quando formar apenas o estandarte, o oficial
ca, desde que sejam músicas marciais e não resultem (Aspirante a Oficial) mais moderno o conduzirá;
de arranjos ou de adaptações de canções populares. IX - nas solenidades esportivas em que a unidade
§ 2º - Nas formaturas solenes, deverá ser dada a prio- desfilar em uniforme de educação física, o estandarte
ridade à execução de música e de dobrado nacionais, deverá formar com o porta-estandarte e sua guarda
com o objetivo de valorizar e estimular nossa cultura. nesse uniforme;

134
§ 1º - O estandarte, quando em forma, tem direito autoridade, sob a direção do Secretário da Seguran-
à continência de todos os oficiais de igual posto do ça Pública ou Comandante Geral, sendo observada a
comandante da unidade que o conduz, embora mais precedência estabelecida nas “Normas do Cerimonial
antigos do que ele. O estandarte não corresponde à Público e Ordem Geral da Precedência”.
continência individual que lhe fazem os policiais mili- Parágrafo único - Essas visitas poderão ser realizadas
tares; o porta-estandarte, sim, tomando a posição de em idênticas condições na posse do Secretário da Se-
sentido; gurança Pública, ficando a apresentação a cargo do
§ 2º - No caso da tropa estar prestando continência Comandante Geral, ou, por motivo de força maior, a
à autoridade que vai passar revista, ou que assume o cargo do Subcomandante PM.
comando do dispositivo que faz parte, ou ainda nas
grandes paradas, a Bandeira se mantém perfilada e CAPÍTULO XI -
desfraldada, durante a continência, ao passo que o DAS SOLENIDADES EM GERAL
estandarte é abatido; quando a tropa, após essa con-
tinência, faz ombro-arma, a Bandeira e o estandarte Artigo 35 - Deverão ser evitadas a execução repetida
executam também esse movimento; de movimentos, evoluções e citações desnecessárias,
§ 3º - Nos desfiles o estandarte é abatido em conti- bem como alocuções extensas, para não tornar a ce-
nência à autoridade, obedecendo ao prescrito no M- rimônia excessivamente longa, monótona e cansativa,
12-PM. particularmente quando houver a presença de convi-
dados civis.
CAPÍTULO X Artigo 36 - Deverão também ser evitados não só o
DAS HONRAS MILITARES excesso de citações de autoridade, por ocasião da che-
gada ao palanque principal, mas também a repetição
Artigo 29 - Além das autoridades previstas no artigo sistemática dos termos “excelentíssimo senhor”.
100 do R Cont, têm direito às honras militares aquelas § 1º - Se a citação de outras autoridades for imperiosa,
constantes do artigo 5° destas Instruções, bem como deverá ocorrer antes do início da formatura, como por
os integrantes da Polícia Militar. exemplo:
Parágrafo único - Excepcionalmente, o Governador do I - “a presente cerimônia destina-se a comemorar a
Estado ou o Secretário da Segurança Pública, podem
Revolução Constitucionalista. Encontram-se presentes
determinar que sejam prestadas Honras Militares às
as seguintes autoridades...”;
outras autoridades não especificadas neste artigo.
II - “chega ao local da cerimônia o Excelentíssimo Se-
Artigo 30 - Ao chegar ao local em que será prestada
nhor Comandante-Geral da Polícia Militar do Estado
as Honras Militares, conforme subseção I do capítulo
de São Paulo...”.
IV do título III do R Cont, a autoridade homenageada
§ 2º - Após o início da solenidade, somente deverá ser
será recebida pelo comandante da OPM visitada.
anunciado autoridade com precedência a que se faz
Artigo 31 - Durante a continência, a autoridade ho-
presente.
menageada e os demais militares, não pertencentes
ao dispositivo formado, permanecerão na posição de Artigo 37 - Os eventos da solenidade poderão ser
sentido e prestarão a continência individual, até o fim anunciados e realçados, de modo a orientar os convi-
do exórdio, quando deverão desfazê-la. dados, contudo seus tópicos não deverão ser mencio-
Artigo 32 - A autoridade anfitriã ou seu representan- nados; por exemplo: o locutor, ao invés de dizer: “can-
te poderá acompanhar a autoridade homenageada, to da Canção da Polícia Militar” e em seguida repetir
colocando-se à sua direita e à retaguarda. “a tropa cantará a Canção da Polícia Militar, letra de
Parágrafo único - Os acompanhantes da autoridade Guilherme de Almeida, música do Maj PM Mus Alci-
homenageada e demais integrantes da comitiva de- des Jacomo Degobbi”, dirá apenas: “a tropa cantará a
verão ser conduzidos antecipadamente para o local de Canção da Polícia Militar, letra de Guilherme de Al-
onde será assistido o desfile ou deslocar-se pela reta- meida, música do Maj PM Mus Alcides Jacomo De-
guarda do dispositivo. gobbi”.
Artigo 38 - Nas solenidades, formaturas e eventos si-
Seção I milares, deverão ser enunciados os numerais ordinais
Das Comissões de Cumprimentos correspondentes às OPM citadas nos roteiros das res-
pectivas cerimônias, como por exemplo: “Quinquagé-
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Artigo 33 - Excepcionalmente, pode ser determinado simo Primeiro Batalhão de Polícia Militar Metropoli-
pelo Comandante Geral, Subcomandante PM, e pelos tano”.
oficiais do posto de Cel PM, cumprimentos mencio- Artigo 39 - Na apresentação à autoridade, a altura da
nados na seção I capítulo III do título III do R Cont, às voz deverá ser compatível com o local da cerimônia
autoridades em dias não especificados naquele regu- e com a distância em que se encontra a autoridade,
lamento. evitando-se exageros.
Artigo 34 - Na posse do Governador do Estado de São Artigo 40 - Não deverão ser usadas expressões desne-
Paulo, a oficialidade da Polícia Militar, representada cessárias, por exemplo: “devidamente autorizado pelo
por comissões de cumprimentos compostas por Cel Senhor Comandante da Polícia Militar do Estado de
PM, em princípio aqueles que servem na Grande São São Paulo”, uma vez que não seria autorizado inde-
Paulo, podem fazer a visita de apresentação àquela vidamente.

135
Artigo 41 - Mesmo com o intuito de alertar a tropa e XII - o Teto de Aço/Teto de Honra será constituído de,
prevenir eventuais erros na execução dos movimentos, mínimo 10 (dez) policiais militares, dispostos em duas
não deverão ser anunciados pelo locutor da cerimônia colunas, com o mesmo número de policiais militares
os toques a serem dados. de cada lado, postadas na entrada principal do local
Artigo 42 - Serão adotados, unicamente, os comandos da cerimônia, devidamente alinhada. O intervalo en-
previstos nos regulamentos e manuais. tre cada policial militar deverá ser ajustada em função
do local e da quantidade de participantes;
CAPÍTULO XII XIII - mediante comandamento do policial militar mais
DO TETO DE AÇO/TETO DE HONRA antigo, os oficiais entrarão em forma, à retaguarda da
noiva, coluna por dois, desembainharão suas espadas,
Artigo 43 - O Teto de Aço, para oficiais da ativa ou da tomarão a posição de descansar. Instantes antes da
reserva remunerada, e o Teto de Honra, para as pra- entrada da noiva, os oficiais tomarão posição de senti-
ças da ativa, da reserva ou reformados, consistem em do e perfilarão suas espadas. Após a entrada da noiva,
homenagens aos nubentes, a fim de dar boas-vindas tendo alcançado o local principal da cerimônia e já
à família policial-militar por conta das cerimônias de acolhida pelo noivo, os policiais militares adentrarão
enlace matrimonial. ao local percorrendo o mesmo itinerário da noiva, e,
Parágrafo único - Para sua execução observar-se-á o ao atingir o limite máximo do corredor que dá acesso
que segue, além do previsto no R Cont: ao local de onde será conduzida a cerimônia, farão
I - a realização do Teto de Aço/Teto de Honra está auto, descansarão as armas, e tomarão a posição de
condicionada à autorização do Comandante, Chefe ou descansar, de onde assistirão a cerimônia. Ao finali-
Diretor, ao qual esteja subordinado; zar a cerimônia, momentos antes da saída dos noivos,
II - o Teto de Aço/Teto de Honra é executado exclusi- os policiais militares, até então formados em colunas,
vamente para a passagem de nubentes. Quando estes tomarão a posição de sentido, voltar-se-ão ao centro
deixarem o local da cerimônia acompanhados dos pa- (duas fileiras), perfilarão suas espadas e executarão,
drinhos, a estes se estenderá; simultaneamente, acerca de 3 (três) passos de distân-
cia dos noivos, os movimentos do Teto de Aço, na se-
III - o Teto de Aço/Teto de Honra será realizado por
guinte conformidade:
ocasião de cerimônia religiosa ou civil;
a) após o comandamento do policial militar mais an-
IV - a participação dos policiais militares convidados
tigo – “PARA O TETO DE AÇO, APRESENTAR- ARMA!”:
para a realização do Teto de Aço/Teto de Honra é vo-
os oficiais executarão o 1º tempo (a mão direita trará
luntária e deve ser do conhecimento dos respectivos
a espada a frente do rosto, com o copo à altura do
Comandantes, Chefes ou Diretores, aos quais estejam
queixo e lâmina na vertical); o 2º tempo (braço direito
subordinados;
distendido para cima); o 3º tempo (o braço distendi-
V - a participação dos policiais militares para a reali-
do baixará a lâmina à frente até tocar na lâmina do
zação do Teto de Aço/Teto de Honra deve ser corres-
oficial que estiver a sua frente (as espadas formarão
pondente aos nubentes, sendo: se oficial, por oficiais um “V” invertido). As lâminas serão tocadas repetidas
e Aspirantes a Oficial, se praça-especial, por alunos- vezes até que os cônjuges concluam o percurso;
-oficiais e, se praça, por praças; b) caso os noivos estejam acompanhados dos padri-
VI - o policial militar nubente masculino deverá usar nhos à retaguarda, estes também passarão pelo Teto
uniforme de Gala, conforme prescrito no Regulamento de Aço. Quando a saída dos padrinhos ocorrer em
de Uniformes (R-5-PM) da PMESP; tempo diverso a dos noivos, não ocorrerá o Teto de
VII - o policial militar nubente feminino, poderá usar o Aço, oportunidade em que os policiais militares per-
vestido tradicional de noiva ou o uniforme, conforme manecerão em perfilar espadas;
prescrito no R-5-PM da PMESP (túnica branca); XIV - à medida que os cônjuges ou o último casal de
VIII - os oficiais participantes do Teto de Aço deverão padrinhos, (caso da alínea b – subitem acima) pas-
usar o uniforme Gala, Rigor ou Social, desde de que sar pelas duplas de policiais militares, estes perfilarão
padronizado, de acordo com o preconizado no R-5- (dois-a-dois) suas espadas e iniciarão marcha, sempre
-PM da PMESP, além da espada, fiador e luvas (não partindo dos dois mais antigos, pelo centro das fileiras,
portarão cobertura); iniciando-se duas colunas, de maneira sucessiva até a
IX - os alunos-oficiais participantes do Teto de Aço última dupla de policiais militares, em direção à saída.
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deverão usar o uniforme Gala, Rigor ou Social, desde Ao deixarem o local da cerimônia, descansarão suas
de que padronizado, de acordo com o preconizado no espadas e sairão de forma. Já fora de forma, indivi-
R-5-PM da PMESP, além do espadim e luvas (não por- dualmente, embainharão suas espadas, colocando-as
tarão cobertura); nas respectivas guias, quando descalçarão suas luvas;
X - os praças participantes do Teto de Honra deverão XV - as praças-especiais, a fim de realizarem o Teto de
usar o uniforme Social ou Passeio, desde que padroni- Aço, deverão proceder, no que couber, conforme des-
zado, de acordo com o preconizado no R-5-PM; crito acima, utilizando o espadim.
XI - o Teto de Aço/Teto de Honra será comandado pelo XVI - as praças, a fim de realizarem o Teto de Honra,
policial militar integrante mais antigo, responsável deverão proceder, no que couber, conforme descrito no
pela verificação da apresentação individual dos inte- Teto de Aço. Em virtude de a espada ser a arma do
grantes; oficial, para o Teto de Honra será observado:

136
a) ao ser dado o comandamento, pelo militar mais Parágrafo único - Terminada a arriação, a Bandeira
antigo, - “PARA O TETO DE HONRA, POSIÇÃO!” - as Nacional será retirada das adriças, dobrada e trans-
praças executarão o 1º tempo (a mão direita segura portada sobre os braços à frente do corpo, em regra,
a aba do quepe); o 2º tempo (braço direito distendido pelo Sargento Adjunto, ladeado por outros dois mili-
para cima; o 3º tempo (o braço distendido abaixará tares, respeitosamente, em passo ordinário, até o local
o quepe à frente sem tocar no quepe da praça que em que será guardada.
estiver a sua frente); Artigo 46 - A cerimônia para o culto à Bandeira Na-
XVII - durante todo o processo do Teto de Aço/Teto cional, realizada no dia 19 de novembro, constará dos
de Honra os militares integrantes deverão manter a atos prescritos pela Seção II do Capítulo III do Título
marcialidade e a postura militar; IV do R Cont, e ocorrerá de acordo com a seguinte
XVIII - a extensão do Teto de Aço/Teto de Honra será sequência:
variável e dependerá do espaço disponível. I - hasteamento da Bandeira Nacional pelo coman-
dante da OPM;
CAPÍTULO XIII II - incineração da Bandeira Nacional e o canto do
DA BANDEIRAS Hino à Bandeira:
a) tomada do dispositivo pela tropa;
Seção I b) incineração das Bandeiras se for o caso;
Da Bandeira Nacional c) canto do Hino à Bandeira, conduzido pelo regente
da banda de música, com toda a tropa na posição de
Artigo 44 - A Bandeira Nacional será hasteada, diaria- sentido e armas descansadas, realizado ao final da in-
mente, quando da assunção do serviço administrativo cineração;
ou operacional. Em princípio, a solenidade de hastea- d) tomada do dispositivo para o desfile em continência
mento da bandeira deverá ser realizada com formatu- à Bandeira Nacional.
ra da guarda do quartel, e constará dos seguintes atos: III - desfile em continência à Bandeira Nacional;
I - formatura de efetivo de serviço;
IV – a solenidade poderá ser conduzida em logradouro
II - toque de “sentido”, “ombro-armas”;
público com a presença da comunidade.
III - o policial militar designado, em regra, o Sargento
Parágrafo único - A Bandeira Nacional será hasteada
Adjunto, ladeado por outros dois militares, conduzi-
às 12h00min, de acordo com o que prescreve o § 2º do
rá, respeitosamente, a Bandeira Nacional, dobrada 6
artigo 152 do R Cont.
vezes, sobre os braços à frente do corpo, e em passo
ordinário até o mastro principal;
Seção II
IV - o policial militar afixará a Bandeira nas adriças;
Da Incorporação da Bandeira Nacional
V - ao comando do Oficial de Dia, ou do responsá-
vel pela revista, ou do comandante do dispositivo,
será dado o comando de “em continência à Bandeira, Artigo 47 - Nos atos solenes de incorporação e desin-
APRESENTAR-ARMA”; o efetivo e todos os presentes corporação, a aproximação e a retirada da Bandeira
obedecem ao comando e, em ato contínuo, olham Nacional do local em que deva receber a continência
energicamente à Bandeira Nacional; da tropa, serão executadas com o acompanhamento
VI - o policial militar designado executa o hasteamen- do refrão previsto no dispositivo constante da figura
to lentamente ao som da “marcha batida” ou do Hino 2 do anexo 1 a estas Instruções bem como às normas
Nacional, se houver banda de música, sendo que neste da seção IV do capítulo III do título IV do R Cont e as
caso a banda tocará a primeira parte do Hino Nacio- prescrições seguintes, com as adaptações necessárias:
nal, e o hasteamento deverá se iniciar após o prelúdio, I - por ocasião da aproximação:
junto ao início do toque da primeira estrofe, sendo a) a Bandeira Nacional deverá ser retirada do relicário
executado lentamente, de forma que atinja o topo do pelo porta-bandeira e conduzida até uma posição de
mastro ao término da execução do Hino. espera, à frente e à esquerda da tropa, onde se encon-
§ 1º - Para arriação da Bandeira Nacional idêntica ce- tra a sua guarda, entrando em forma no local previsto;
rimônia deve ser observada, sendo admissível o com- b) durante a execução da Alvorada de Lo Schiavo, a
parecimento de apenas parte da guarda. guarda-bandeira permanecerá imóvel, em ombro-
§ 2º - Nos Órgãos de Apoio de Ensino Superior (OAES), arma, ainda na posição de espera;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

pelo menos uma vez por semana, a cerimônia de has- c) ao iniciar a Canção do Expedicionário, a guarda-
teamento da Bandeira Nacional deverá coincidir com -bandeira marcará passo;
a formatura geral. d) após uma ligeira interrupção na execução da Can-
§ 3º - Quando for hasteada em solenidade ou forma- ção do Expedicionário, seguida de um solo de pratos,
tura geral da OPM, a Bandeira Nacional poderá ser haverá uma forte batida de bumbo, sinal convencio-
previamente afixada nas adriças, quando da tomada nal para a guarda-bandeira seguir em frente, na ca-
do dispositivo, antecedendo ao início da solenidade. dência oficial de 100 passos por minuto;
Artigo 45 - Para a arriação diária da Bandeira Na- e) a banda continuará executando a Canção do Expe-
cional, normalmente às 18h00min, idêntica cerimônia dicionário e, nos dois últimos compassos, haverá uma
deverá ser observada, sendo admissível o compareci- ponte modulante que conduzirá ao Hino à Bandeira,
mento de apenas uma parte do pessoal de serviço. onde terá início a coda do refrão;

137
f) ao atingir a posição em que deverá ser prestada a Artigo 52 - Qualquer policial militar de serviço poderá
continência à Bandeira Nacional, a sua guarda deve- hastear o Pavilhão Paulista.
rá fazer conversão à direita até ficar de frente para a Artigo 53 - A Bandeira Paulista será conduzida nas
tropa, marcar passo, fazer alto ao término do refrão, formaturas juntamente com a Bandeira Nacional e o
permanecendo na posição de ombro-arma; Estandarte da OPM, por oficial QOPM ou Aspirante a
g) após a continência, deverá formar junto à tropa, Oficial.
conforme figura 2 do anexo 1; Artigo 54 - A Bandeira Paulista é recebida pela tropa
II - por ocasião da retirada: juntamente com o Pavilhão Nacional; retirando-se da
a) terminada a continência à Bandeira Nacional, sua mesma forma, sendo obedecido o cerimonial prescrito
guarda permanecerá em ombro-arma, à frente da tro- no R Cont para a Bandeira Nacional.
pa, durante a execução da Alvorada de Lo Schiavo; Artigo 55 - A Bandeira Paulista, quando conduzida
b) ao iniciar a Canção do Expedicionário, a guarda- por tropa, no território do Estado, não será abatida,
-bandeira marcará passo e fará conversão à esquerda; sendo desfraldada nas situações em que o R Cont pre-
c) após uma ligeira interrupção na execução da Can- ver este procedimento à Bandeira Nacional.
ção do Expedicionário, seguida de um solo de pratos,
haverá uma forte batida de bombo, sinal convencional Seção IV
para a guarda-bandeira seguir em frente, na cadência Das Datas Comemorativas
oficial de 100 passos por minuto;
d) a banda continuará executando a Canção do Expe- Artigo 56 - Além das datas previstas no inciso I do ar-
dicionário e, nos dois últimos compassos, haverá uma tigo 166 do R Cont, são consideradas datas comemo-
ponte modulante que conduzirá ao Hino à Bandeira, rativas as que seguem abaixo, quando o hasteamento
onde terá início a coda do refrão; dos Pavilhões Nacional e Paulista ocorrerá com maior
e) ao atingir a posição em que a Bandeira Nacional gala e de forma obrigatória:
deverá deixar a sua guarda, esta marcará passo e fará I - 21 de Abril - Dia das Polícias Militares;
alto ao término do refrão, permanecendo na posição II - 12 de Maio - Morte do Cap PM Alberto Mendes
de ombro-arma; Júnior - dia do Herói Policial-Militar;
f) o porta-bandeira sairá de forma e conduzirá a Ban-
III - 2 de Julho - Dia do Bombeiro Brasileiro;
deira Nacional de volta ao seu relicário.
IV - 9 de Julho - Revolução Constitucionalista de 32;
§ 1º Caso as condições de execução da solenidade im-
V - 25 de Agosto - Dia do Soldado;
possibilitem que a banda faça parte da desincorpora-
VI - 4 de Outubro - Nascimento do Brigadeiro Rafael
ção da Bandeira, deverá ser feito os procedimentos de
Tobias de Aguiar;
posicionamento e continência por conta da desincor-
poração. VII - 19 de Novembro - Dia da Bandeira;
§ 2º Nas formaturas gerais e grandes solenidades, o VIII - 15 de Dezembro - Data de criação da PMESP;
procedimento de desincorporação da bandeira poderá IX - por ocasião do aniversário da OPM.
ser feito por parte do efetivo, respeitado o limite míni- Artigo 57 - As comemorações poderão ter caráter cívi-
mo de uma subunidade (companhia). co-militar, visando à integração de todo o pessoal da
§ 3º - Nas OPM que não dispuserem de banda de mú- Polícia Militar e poderão compreender:
sica, a execução musical, para os atos de incorporação I - apoio a solicitações externas;
e de desincorporação, poderá ser feita com sonoriza- II - atos sociais de confraternização;
ção gravada. III - canto do Hino Nacional, do Hino à Bandeira, do
Artigo 48 - Por ocasião da continência, a pé firme ou Hino da Independência, do Hino da Proclamação da
em marcha, ao desfraldar a Bandeira Nacional, o por- República, Canção da Polícia Militar ou da Canção da
ta-bandeira empunhará apenas a lança, deixando o OPM;
pano completamente solto. IV - competições desportivas;
V - compromisso dos novos policiais militares ou do
Seção III primeiro posto;
Da Bandeira Estadual VI - concursos;
VII - demonstrações;
Artigo 49 - O culto à Bandeira Estadual reger-se-á VIII - desfile militar na OPM;
na conformidade do artigo 18 do Decreto Estadual IX - divulgação alusiva às datas;
11.074, de 5 de janeiro de 1978 (Normas do Cerimo- X - entrega de condecorações e diplomas; XI - expo-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

nial Público do Estado de São Paulo) devendo ser has- sições;


teada diariamente nas sedes das OPM de escalão até XII - formatura da tropa;
Companhia. XIII - hasteamento da Bandeira Nacional;
Artigo 50 - A Bandeira Paulista será hasteada ao lado XIV - leitura da ordem do dia ou boletim alusivo à
do Pavilhão Nacional, observando-se o cerimonial data;
previsto na legislação federal que rege o uso desta úl- XV - ofícios religiosos;
tima, bem como o disposto nas presentes instruções XVI - palestras;
sobre o assunto. XVII - participação de ex-combatentes, de autoridades
Artigo 51 - No dia 19 de Novembro, dia da Bandeira, locais, estudantes e convidados;
o hasteamento da Bandeira Paulista será realizado às XVIII - recepção aos conscritos e familiares;
12h00min, simultaneamente com as solenidades es- XIX - solenidades cívico-militares;
peciais para o hasteamento da Bandeira Nacional. XX - visitas às instalações da OPM.

138
Seção V § 1º - Compromisso do oficial promovido e/ou nome-
Da Apresentação da Bandeira Nacional aos Novos ado ao primeiro porto: “Perante a Bandeira do Brasil
Policiais Militares / e pela minha Honra / prometo cumprir os deveres
de Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo /
Artigo 58 - A apresentação da Bandeira Nacional aos e dedicar-me inteiramente ao serviço da Sociedade”.
novos policiais militares dar-se-á logo após a posse, § 2º - Os policiais militares que prestarem o compro-
em data oportuna e deliberada pelo comandante da misso por conta da promoção e/ou nomeação ao pri-
respectiva OPM, observando-se os artigos 170 e 171 meiro posto o farão armados de espada e com esta
do R Cont. desembainhada.

CAPÍTULO XIV CAPÍTULO XV


DOS COMPROMISSOS DA PASSAGEM DE COMANDO
Seção I Artigo 62 - Nas passagens de comando de OPM, o
Do Uso do Primeiro Uniforme evento de transmissão do cargo será conduzido pela
autoridade imediatamente superior na cadeia de co-
Artigo 59 - A solenidade de compromisso do uso do mando, que fixará a data e hora da solenidade, deter-
primeiro uniforme, seguirá, no que couber, o disposto minando a publicação, em boletim, dos atos de exo-
na Seção I do Capítulo IV do Título IV do R Cont. neração e nomeação de comandante, da data, hora e
Parágrafo único - Compromisso do primeiro uso do local da solenidade e do comparecimento dos coman-
uniforme: “Ao envergar pela primeira vez / o uniforme dantes das OPM subordinadas.
da Polícia Militar do Estado de São Paulo / prome- Parágrafo único - Para maior destaque da solenida-
to solenemente / honrá-lo e dignificá-lo / zelar pelas de e oportunidade de congraçamento, o comandante
tradições e pela autoridade que ele representa / e dele sucedido convidará as pessoas de suas relações e as
fazer sempre / um instrumento da lei / da ordem / e indicadas pelo comandante sucessor, além de perso-
da justiça”. nalidades da sociedade local.
Artigo 63 - A passagem de comando será realizada
Seção II em local amplo, no interior de OPM ou em logradou-
Da Conclusão de Curso de Formação
ro próximo, podendo, ainda, ser realizada no salão de
honra ou no gabinete do comandante.
Artigo 60 - Os policiais militares ao concluírem o
Artigo 64 - Para a passagem do Comando Geral da
Curso de Formação de Oficiais, Curso de Formação
Corporação, formará, em princípio, um grupamento
de Sargentos ou o Curso de Formação de Soldados,
de tropa a pé, comandado por oficial superior, com a
deverão prestar compromisso perante a Bandeira Na-
seguinte constituição:
cional, seguindo, no que couber, o disposto na seção I
do capítulo IV do título IV do R Cont, exceto o inciso V I - banda de música;
do artigo 176. II - comando da tropa constituído pelo comandante,
§ 1º - Compromisso de conclusão do curso: corneteiro, porta-símbolo e estado-maior;
“Declarado (Aspirante a Oficial, 3º Sargento, Soldado) III - Bandeira Nacional com sua guarda;
da Polícia Militar do Estado de São Paulo / prometo IV - uma subunidade de Guarda de Honra; V - subuni-
empenhar todos os meus esforços / para garantir o dades representativas da PMESP; VI - Estandartes das
cumprimento da lei / a preservação da ordem pública OPM.
/ a defesa da vida / da integridade física / e da digni- Parágrafo único - Nos demais escalões formará, no
dade da pessoa humana / com honra / coragem / e se mínimo, um pelotão por unidade subordinada, com a
necessário / com o sacrifício da própria vida”. Bandeira Nacional, Paulista e Estandarte e sua guar-
§ 2º - Os policiais militares que prestarem o compro- da, ao comando de oficial superior.
misso por conta da conclusão do Curso de Formação Artigo 65 - A Bandeira Nacional será incorporada pela
de Oficiais o farão armados de espada e com esta de- tropa em forma dez minutos antes da hora prevista
sembainhada. para o início da solenidade, e deslocar-se á para o seu
local no dispositivo da passagem de comando, confor-
Seção III me a figura 3 do anexo 1 a estas Instruções.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Do Oficial Promovido ao Primeiro Posto Artigo 66 - A tropa poderá formar com todos os meios
materiais, a fim de proporcionar maior brilhantismo
Artigo 61 - Todo oficial recém-nomeado ou recém- à solenidade.
-promovido ao primeiro posto será obrigado a pres- Artigo 67 - Quando estiver impossibilitada de con-
tar o compromisso de oficial, em cerimônia revestida duzir o evento de transmissão do cargo, a autoridade
de especial gala que comportará os atos que seguem prevista no artigo 62 destas Instruções deverá solicitar
abaixo, além do constante da seção III do capítulo IV ao comando superior a indicação de uma autoridade
do título IV do R Cont, no que couber: militar da ativa para fazê-lo.
I - formatura geral da OPM; Artigo 68 - A maior autoridade e as da cadeia de co-
II - canto do Hino Nacional; mando deverão ser recebidas por aquela que irá con-
- leitura de tópico do boletim alusivo ao ato; duzir o evento de transmissão do cargo e pelos co-
- desfile da tropa em continência à maior autoridade. mandantes sucedido e sucessor.

139
Parágrafo único - A autoridade que conduzirá o even- funções mais expressivas desempenhadas; estado civil
to de transmissão do cargo e as demais autoridades e nome do cônjuge, se for o caso, e outros dados re-
serão recebidas pelos comandantes sucedido e suces- levantes.
sor. Artigo 74 - O evento de transmissão do cargo seguirá
Artigo 69 - A inauguração do retrato do comandan- as seguintes prescrições:
te sucedido na galeria de retratos dos comandantes, I - ao ser convidada, juntamente com os comandan-
chefes ou diretores da OPM, poderá ser conduzida tes sucessor e sucedido, para tomar o dispositivo, a
pelo comandante sucessor, em ambiente reservado e autoridade que conduzirá o evento deverá solicitar
apropriado, devendo ocorrer antes da solenidade de permissão para iniciá-lo à autoridade que preside a
passagem de comando, em intervalo não inferior a 45 cerimônia;
minutos do horário previsto para início do ato formal. II - o comandante sucedido e seu sucessor, este à es-
Artigo 70 - A solenidade constará dos seguintes even- querda daquele, acompanharão a autoridade que irá
tos:
conduzir o evento e colocar-se-ão em seus lugares,
I - recepção à mais alta autoridade e apresentação
voltados para a Bandeira Nacional e para a tropa, dis-
da tropa;
tanciados de três metros, de modo que a autoridade
II - canto da Canção da Polícia Militar;
fique no centro, três metros à retaguarda da linha dos
III - exoneração do comandante sucedido;
IV - nomeação do comandante sucessor; dois oficiais, conforme figura 3 do anexo 1 a estas Ins-
V - transmissão do cargo; truções;
VI - apresentação dos comandantes sucedido e suces- III - ocupados os locais previstos, a autoridade que
sor à autoridade que conduz o evento de transmissão conduzirá o evento e os comandantes sucedido e su-
do cargo; cessor desembainharão suas espadas e seguirão os
VII - revista da tropa, nas passagens de comando de toques de “sentido” e de “ombro-arma” determinados
unidade e subunidade isolada; VIII - discurso de posse à tropa;
do comandante sucessor; IV - o ato será realizado conforme o previsto no artigo
IX - pronunciamento da autoridade que preside a ce- 185, inciso II, do R Cont;
rimônia; V - os comandantes sucedido e sucessor, voltando-se
X - desfile da tropa em continência ao comandante um para o outro, abaterão as espadas; enquanto que
sucessor; autoridade que conduz o evento, permanecerá com a
XI - saída da autoridade do local da solenidade, caso a espada perfilada;
mesma for se retirar do aquartelamento. VI - banda de música executará o exórdio correspon-
Parágrafo único - O canto será facultativo, na passa- dente ao comando que acaba de ser assumido;
gem de comando, quando realizada no salão de honra VII - após a continência, os dois oficiais perfilarão
ou no gabinete do comandante da OPM. as espadas, voltar-se-ão para a Bandeira Nacional e
Artigo 71 - O evento de exoneração do comandante embainharão as espadas, mantendo-se com as luvas
sucedido constará de: calçadas;
I - leitura do ato oficial de exoneração; VIII - a autoridade que conduz o evento, se militar,
II - leitura de elogio consignado ao comandante su- embainhará a espada simultaneamente com os co-
cedido. mandantes sucedido e sucessor, mantendo-se com as
Parágrafo único - Na leitura do ato oficial de exone- luvas calçadas.
ração deverá ser eliminada a citação de artigos, itens, Parágrafo único - No caso de repartições militares,
parágrafos e demais prescrições legais de enquadra-
após a passagem da chefia ou direção, os dois oficiais
mento daquele ato.
voltar-se-ão um para o outro e prestarão, simultane-
Artigo 72 - A leitura do elogio concedido ao coman-
amente, a continência individual, cumprimentando-se
dante sucedido poderá ser realizada pelo comandante
com um aperto de mão e, após o cumprimento, retor-
imediato ou por um oficial do estado-maior do co-
mandante imediatamente superior. narão à posição inicial.
Artigo 73 - O evento de nomeação do comandante Artigo 75 - Encerrada a transmissão do cargo, a Ban-
sucessor constará da: deira Nacional, acompanhada de sua guarda, retor-
I - leitura do ato oficial de nomeação; nará ao seu local no dispositivo para desfile, após o
que serão dados os toques de “DESCANSAR-ARMA” e
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II - leitura do curriculum vitae do comandante suces-


sor. “DESCANSAR”.
§ 1º - Na leitura do ato oficial de nomeação deve- Artigo 76 - Após o evento mencionado no artigo ante-
rão ser cumpridas as observações referentes ao ato de rior, os comandantes sucedido e sucessor, nesta ordem,
exoneração. apresentar-se-ão à autoridade que conduz o evento,
§ 2º - Poderão constar do curriculum vitae: posto e por haverem entregado e assumido, respectivamente,
nome completo; procedência (OPM onde servia); data o cargo.
e local de nascimento; filiação; data de inclusão na Artigo 77 - Terminada a apresentação, a autoridade
Força, se oriundo das fileiras; data de declaração de que conduz o evento de transmissão do cargo retirar-
Aspirante a Oficial; data da última promoção; cursos se-á para o local destinado às autoridades e os co-
que possui com os respectivos anos de conclusão; me- mandantes sucessor e sucedido deslocar-se-ão para a
dalhas e condecorações recebidas de uso autorizado; revista à tropa.

140
Parágrafo único - No caso de não haver revista, o co- Artigo 83 - O comandante sucedido deverá expedir
mandante sucedido retornará ao palanque, acompa- nota de serviço regulando detalhadamente a soleni-
nhando a autoridade que conduz o evento de trans- dade, com as adaptações necessárias.
missão do cargo, e o novo Comandante fará o uso da Artigo 84 - A autoridade que conduzirá o evento de
palavra. transmissão do cargo e os comandantes sucessor e
Artigo 78 - A revista à tropa seguirá as seguintes pres- sucedido formarão, de preferência, com o mesmo uni-
crições: forme.
I - será realizada apenas nas passagens de comando
de unidade; CAPÍTULO XVI
II - serão ordenados os toques de “sentido” e “ombro- CERIMÔNIA MENSAL DE VALORIZAÇÃO PROFIS-
-arma”; SIONAL
III - o comandante sucessor, com sua espada perfilada,
deslocar-se-á pela frente da tropa acompanhado do Artigo 85 - A fim de motivar, reconhecer e incentivar
comandante sucedido, este à sua direita com a espa- o engajamento dos policiais militares ao trabalho pro-
da embainhada, simbolizando o cumprimento de sua fícuo, cada Cmt/Ch/Dir, deverá realizar mensalmente
missão; um evento destinado a enaltecer os méritos dos inte-
IV - ao atingirem a altura onde estiver postada a Ban- grantes de sua Unidade, contemplando, no mínimo:
deira Nacional, os dois comandantes farão alto, pres- I - a premiação ao “PM do Mês” no âmbito de sua
tarão a continência individual à Bandeira Nacional e, competência;
depois, prosseguirão na revista; II - a equipe escolhida pela Ocorrência de Destaque do
V - para a continência deverá ser observado, no que Mês, dentre as OPM sob seu comando;
couber, o artigo 53 do R Cont; e para passagem de III - homenagem aos aniversariantes do mês em que
Comando Geral deverá ser observado ainda o § 1º ar- a cerimônia é realizada, quando houver; IV - home-
tigo 12; nagem de despedida aos novos veteranos, quando
VI - a banda tocará a marcha correspondente do co- houver;
mandante sucessor, enquanto durar o deslocamento V - outras menções de destaque sazonais ou que se
fizerem necessárias deverão ser realizadas na cerimô-
dos dois oficiais.
nia mensal.
Artigo 79 - Terminada a revista, os comandantes
Parágrafo único - A cerimônia mensal é obrigatória e
cumprimentar-se-ão e deslocar-se-ão para o local
deverá contar com registros audiovisuais com recursos
destinado às autoridades e convidados, quando o
próprios, a fim de compor memorial histórico da OPM,
novo Comandante fará o uso da palavra. Após o pro-
podendo ainda ser objeto de divulgação à sociedade
nunciamento da autoridade que preside à cerimônia,
pelas diversas mídias sociais ou cobertura jornalística,
caso ocorra, o comandante sucessor ocupará lugar de com o fito de fortalecer a imagem institucional diante
destaque, a frente do palanque, para receber a conti- das ações reconhecidas.
nência da tropa em desfile, retornando ao palanque
após este evento. Seção I
Artigo 80 - A apresentação formal dos oficiais da OPM Da Homenagem de Despedida aos Novos Vetera-
ao comandante sucessor será conduzida pelo coman- nos
dante sucedido, no salão de honra, em ato restrito,
adotando-se o procedimento mencionado no capítulo Artigo 86 - Na ocorrência de passagem para a inati-
IV destas Instruções, podendo ser realizada antes da vidade mediante ato formal publicado, a justa home-
passagem de comando ou após a retirada dos convi- nagem em reconhecimento pelos relevantes serviços
dados. prestados ao policial militar que deixa a missão ativa,
Artigo 81 - Em caso de mau tempo, luto nacional ou será realizada na própria OPM do homenageado, na
se a OPM estiver com seu efetivo reduzido, a solenida- cerimônia mensal de valorização profissional.
de, que seria realizada ao ar livre, poderá ocorrer em Artigo 87 - A homenagem será presidida pelo coman-
recinto coberto, devendo ser adotado, em princípio, o dante, chefe ou diretor da OPM, que poderá desig-
dispositivo constante da figura 3 do anexo 1 a estas nar um oficial mais antigo que o homenageado para
Instruções. representá-lo, a quem competirá à coordenação da
§ 1º - A presença dos símbolos das OPM subordinadas cerimônia de despedida, inclusive a formalização do
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

e da Bandeira Nacional, esta sem a sua guarda, nas convite ao Veterano para o comparecimento à ceri-
solenidades em recinto coberto, será fixada a critério mônia, se possível, acompanhado de seus familiares
da autoridade que conduzir o evento de transmissão mais próximos.
do cargo, quando for possível a execução dos movi- Artigo 88 - A homenagem de despedida aos novos ve-
mentos previstos. teranos, quando houver tais circunstâncias, será reali-
§ 2º - Nas solenidades em recinto coberto o substitu- zada na cerimônia mensal de valorização profissional,
to e o substituído estarão armados de espadas, que prevista no Capítulo XVI destas instruções, contando
permanecerão embainhadas; a Bandeira Nacional com a participação de tropa formada e obedecerá ao
formará sem sua guarda. seguinte sequência:
Artigo 82 - Na assunção interina e substituição tem- I - leitura da síntese histórica das OPM em que serviu
porária, em que o oficial for responder pela função, o Veterano homenageado, principais funções desem-
não ocorrerá solenidade de passagem de comando. penhadas e condecorações recebidas;

141
II - leitura da publicação de passagem para a inativi- VII - não deverá ser executada salva de gala;
dade do homenageado; VIII - a guarda de honra e a escolta de honra poderão
III – mensagem breve do comandante, chefe ou diretor ser realizadas, porém com as restrições descritas an-
da OPM em que serve o homenageado; IV - entrega teriormente.
de certificado de agradecimento ao Veterano home-
nageado; Seção II
V - desfile militar, em caso de boas condições climá- Do Luto Policial-Militar
ticas ou apresentação da tropa para o encerramento
da cerimônia; Artigo 95 - Nos casos de morte de policial militar em
VI - encerramento. serviço e/ou no cumprimento do dever, será decretado
Artigo 83 - O militar que deixa o serviço ativo poderá por oficial, do posto de Coronel, o “Luto Policial” de 3
dispensar as homenagens que lhe seriam prestadas, (três) dias no âmbito da Unidade a qual pertencia o
cabendo-lhe, nesse caso, notificar previamente, o co- policial militar falecido, nos seguintes termos:
mandante, chefe ou diretor da OPM. I - suspensão de solenidade, paradas, eventos festivos
e comemorativos próprios da Polícia Militar;
CAPÍTULO XVII II - suspensão da apresentação da Banda de Música
DAS CONDECORAÇÕES e Regimental, exceto os já citados na seção anterior;
III - hasteamento do estandarte da Unidade em meio
Artigo 90 - Obedecido o que prescreve o capítulo VII mastro, permanecendo nesta posição durante o “Luto
do título IV do R Cont, as cerimônias para entrega de Policial-Militar”, sem prejuízo dos hasteamentos do
condecorações, no âmbito da PMESP, deverão ser re- Pavilhão Nacional e Paulista.
alizadas observado o dispositivo constante da figura Artigo 96 - Fica autorizado o uso do sinal de luto nos
4 do anexo 1 a estas Instruções, com as adaptações uniformes operacionais e uniformes de passeio, quan-
necessárias devido ao local e às circunstâncias. do do falecimento de policial militar em serviço, ob-
Artigo 91 - A OPM que indicar a autoridade não per-
servando-se as seguintes regras:
tencente aos quadros da corporação para receber con-
I - seu uso será facultativo e somente os policiais mi-
decoração, deverá obter aquiescência do Subcoman-
litares da unidade a que pertencia o PM falecido e os
dante da Polícia Militar.
policiais militares em representação poderão prestar
Artigo 92 - A condecoração à Bandeira Nacional ou
tal homenagem;
ao Estandarte, na conformidade do disposto no artigo
II - o policial militar poderá ostentar o sinal de luto
197 do R Cont, proceder-se-á em data comemorativa
desde a comunicação oficial do óbito até a data do
estabelecida nos incisos I e II do artigo 166 do R Cont
sepultamento, de modo a fortalecer o sentimento de
e no artigo 59 destas Instruções.
Artigo 93 - O cerimonial para entrega de condecora- companheirismo e de valorização da atividade poli-
ções obedece ao prescrito nos artigos 195 e 196 do R cial- militar;
Cont, e na figura 4 do anexo 1 destas Instruções. III - o sinal de luto será constituído de uma faixa de
tecido elástico, na cor preta, medindo 4 cm (quatro
CAPÍTULO XVIII centímetros) de largura, para ser disposto em toda a
DOS DIAS DE LUTO circunferência do braço esquerdo do portador, sem so-
brepor a logomarca da PMESP.
Seção I
Dos Dias de Luto Oficial e Finados Seção III -
Do Minuto De Sirene
Artigo 94 - As seguintes medidas devem ser tomadas
nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados (dia 2 Artigo 97 - Trata-se de homenagem póstuma prestada
de novembro): pela tropa aos policiais tombados no cumprimento do
I - a Bandeira Nacional é mantida a meio mastro: dever, que tem por objetivo demonstrar publicamente
a) por ocasião do hasteamento, a Bandeira Nacional o sentimento de pesar.
é conduzida ao topo do mastro, descendo em seguida Parágrafo único - Concomitantemente ao horário de
até a meio mastro; sepultamento do herói policial-militar, todos os poli-
ciais militares de serviço no patrulhamento motoriza-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

b) no momento da arriação, a Bandeira Nacional sobe


ao topo do mastro, e em seguida arriada; II - os símbo- do, que não estiverem no atendimento de ocorrências,
los e as insígnias de comando permanecem também deverão estacionar seu veículo em local seguro e bem
a meio mastro; visível, e acionar os dispositivos luminosos e sonoros
III - as bandas de música permanecem em silêncio, da viatura por um minuto.
exceto para marcação de cadência por tarol e bumbo; Artigo 98 - Durante a homenagem a equipe deverá
IV - o corneteiro realiza todos os toques previstos, in- desembarcar da viatura, permanecer na posição de
clusive a marcha batida; sentido e prestar continência.
V - a Bandeira Nacional, transportada por tropa, tem Artigo 99 - As viaturas que estiverem no Serviço de
como sinal de luto um laço de crepe negro colocado Dia das OPM, Bases e Postos Policiais também deve-
na lança; rão prestar a homenagem.
VI - a tropa não cantará hinos ou canções militares;

142
CAPÍTULO XIX -
DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Artigo 100 - Além das pessoas consideradas como autoridades no artigo 15 do R Cont e as mencionadas no artigo 5º
destas Instruções, nenhuma outra, ainda que esteja enumerada nas Normas para o Cerimonial Público e Ordem Geral
de Precedência, terá direito ao preito da tropa.
Artigo 101 - Além das autoridades previstas no artigo 34 do R Cont, todo policial militar é obrigado a conhecer o
Governador, Vice-Governador do Estado, o Secretário da Segurança Pública, assim como o Subcomandante da Polícia
Militar.
Artigo 102 - A interpretação do artigo 35 do R Cont é restritiva, devendo entender-se por recintos cobertos: gabinetes
de trabalho, salas em geral, salões sociais, auditórios em recinto coberto, refeitórios, vestiários, alojamentos, cabinas
de aeronaves civis e de veículos civis de transporte coletivo não-urbano.
Parágrafo único - Somente para instalações de uso militar, exceto as escolares, consideram-se como extensões das
dependências previstas neste artigo, estritamente, os seus meios de ligação (corredores, escadarias, rampas), desde
que fechados e cobertos.
Artigo 103 - Para fins de aplicação dos artigos 51 e 78 do R Cont, nas visitas e inspeções de autoridades e para os
oficiais da OPM, as continências serão prestadas a partir do toque de alvorada.
Artigo 104 - Não se admitem, em lugar sujeito à administração militar, ou por parte de militar fardado, qualquer que
seja o local, cumprimentos constituídos de gestos de intimidade como beijos e carícias faciais.
Parágrafo único - Excluem-se desta proibição os gestos afetuosos de militar para com civis a si ligados por estreitos
laços familiares. Também é admissível, somente em ocasiões informais, o abraço fraternal, discreto, entre iguais, ou
quando a iniciativa parte de superior.
Artigo 105 - Os casos omissos nestas Instruções serão submetidos à apreciação do Comandante-Geral da Polícia Mi-
litar do Estado de São Paulo a quem caberá disciplinar o assunto.
Artigo 106 - Ficam revogadas todas as demais publicações referentes ao assunto.

ANEXO - I

Figura 1 - Demarcação de um Local para Desfile

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

143
Figura 2 - Incorporação da Bandeira
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

144
Figura 3 - Dispositivo para Passagem de Comando

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

145
Figura 4 - Dispositivo para Entrega de Condecorações e Medalhas

______.______. I-30-PM - INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DA REDE MUNDIAL DE


COMPUTADORES (INTERNET) E REDE INTERNA (INTRANET) PELA PMESP

INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES (INTERNET) E REDE INTERNA


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

(INTRNET) PELA PMESP

CAPÍTULO III
DAS NORMAS DE SEGURANÇA

Artigo 8º Quanto às normas de segurança para a utilização da Internet pelas OPM, deverá ser observado:
I - visando conscientizar o público interno quanto ao contido nestas Instruções, devem ser realizadas palestras ou
outras atividades afins pelos Oficiais de Telemática, ressaltando-se a necessidade de comprometimento de todos os
integrantes da OPM quanto à segurança na utilização da Internet;
II - em havendo suspeição da ocorrência de violação da segurança, por motivos direta ou indiretamente ligados à
Internet, os serviços baseados naquela rede devem ser imediatamente suspensos e o fato comunicado ao escalão su-
perior e à DTel para as providências cabíveis;

146
III - mediante planejamento da DTel, por meio do CPD, mente em razão do serviço;
devem ocorrer, a atualização de versões e a eventual VII - reportar imediatamente à sua Chefia ou ao Ofi-
correção de sistemas operacionais e aplicativos, res- cial de Telemática, em caso de violação, acidental ou
peitadas as restrições impostas pela legislação em não, da sua senha, e providenciar a sua substituição;
vigor quanto à necessidade de licenças de uso de pro- VIII - solicitar o cancelamento de sua senha quando
gramas (softwares); cessar a necessidade de sua utilização
IV - qualquer obtenção de arquivos da Internet limi-
tar-se-á aos casos de interesse da Instituição;
V - todo usuário é responsável pela segurança da in- ______.______. I-31-PM - INSTRUÇÕES PARA
formação que manipular, bem como pelos recursos de UTILIZAÇÃO DO CORREIO ELETRÔNICO
informática ou de comunicação que utilizar; (E-MAIL) NA PMESP
VI - é vedado o uso de recursos de criptografia (har-
dwares e/ ou softwares) não homologados pela
PMESP, sendo que a regulamentação desses sistemas,
INSTRUÇÕES PARA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMEN-
assim como a definição dos parâmetros, deve ser de
TAS ELETRÔNICAS DE COMUNICAÇÃO NA POLÍCIA
responsabilidade da DTel, cabendo ao CPD e ao CSM/
MTel, a aquisição, implantação e treinamento; MILITAR
VII - sistemas de proteção e controle de fluxo de dados
e detecção de intrusão, denominado firewall, além de CAPÍTULO I
outros similares, quando utilizados, devem ser proje- DAS GENERALIDADES
tados, adquiridos, implementados e mantidos segun-
do requisitos mínimos definidos pelo CSM/ MTel; Artigo 1° Estas Instruções têm por finalidade regular
VIII - as informações eletrônicas disponíveis ao público as condições de utilização das ferramentas eletrôni-
interno e externo e deles recebidas devem ser subme- cas de comunicação no âmbito da Polícia Militar do
tidas a processos de detecção e remoção de códigos Estado de São Paulo (PMESP), no que diz respeito à
maléficos, tais como vírus de computador, por meio de correição dos procedimentos do usuário, no desempe-
programas, homologados pelo CPD e constantemente nho de suas funções, em particular ao utilizar recursos
atualizados; de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), de
IX - o CSM/MTel executará os procedimentos voltados propriedade da PMESP, colocados sob a responsabi-
para a interação entre a Intranet corporativa e a In- lidade desses servidores, em consonância com o De-
ternet, em particular no tocante às estruturas físicas creto Federal nº 4.553 de 27DEZ02, com as alterações
e lógicas utilizadas para interconexão e controle de do Decreto Federal nº 5.301, de 09DEZ04 e normas
acesso, de forma a preservar a segurança das infor- contidas no Bol G PM nº 142/09, de 04AGO09.
mações. § 1º Todo Policial Militar deverá ser usuário da fer-
Artigo 9º Não são permitidas ligações remotas aos ramenta de comunicação determinada pela Corpora-
equipamentos da rede interna da OPM, oriundas de ção, visando o acesso rápido e universalizado às infor-
pontos externos à rede corporativa da PMESP, mesmo mações de caráter Institucional.
que para fins de administração por parte do responsá- § 2º - são consideradas ferramentas eletrônicas de
vel pela gerência da rede, exceto nos casos de acesso comunicação:
por meio VPN e/ou nos demais casos devidamente I - e-mail corporativo;
autorizados pela D Tel.
II - serviço de mensageria instantânea.
Artigo 10 A fim de controlar a utilização do sistema
Artigo 2º Para a elaboração do texto, fluxo de trans-
informatizado da PMESP, todos os usuários devem
missão, prazos e regras de redação, deverão ser obser-
possuir senha de acesso individual corporativa.
Artigo 11 Compete ao usuário: vadas, no que couberem, as Instruções para Corres-
I - observar rigorosamente os procedimentos de se- pondência na Polícia Militar (I-7-PM).
gurança estabelecidos quanto à confidencialidade da Artigo 3º Constitui objetivo destas Instruções, regular
sua senha, a qual é pessoal e intransferível, através o conteúdo das informações ou dados armazenados
da qual pode efetuar operações a ele designadas nos ou veiculados em pastas, arquivos ou mensagens,
recursos computacionais que acesse; utilizando ativos de TIC de propriedade da PMESP, de
II - não divulgar a sua senha a outras pessoas, man- modo a coibir a inserção de assunto ou matéria consi-
tendo-a em segurança; derada ilícita, contrária à disciplina militar, à moral e
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

III - de maneira alguma ou sobre qualquer pretexto, bons costumes, bem como atentatória à ordem públi-
procurar descobrir as senhas de outros usuários; ca ou que viole qualquer direito de terceiros, buscando
IV - somente utilizar o seu acesso para os fins relacio- a utilização mais adequada daqueles ativos, abran-
nados com o serviço policial militar e para os quais gendo ainda a padronização do correio eletrônico, nos
estiver devidamente autorizado, em razão de suas seguintes itens:
funções; I- formatação do cabeçalho e da mensagem numera-
V - responder em todas as instâncias, pelas consequ- da; II criptografia da mensagem e anexos;
ências das ações ou omissões de sua parte que possam III- assinatura e certificação digital;
pôr em risco ou comprometer a exclusividade de co- IV - controle do fluxo;
nhecimento de sua senha ou das transações que tenha V - confirmação, recebimento e leitura;
acesso; VI - controle e padronização de anexos;
VI - utilizar as informações as quais tenha acesso so- VII - compactação (regras/ferramentas);

147
VIII - e-mail pessoal, funcional e organizacional; usuário sob seu comando, sempre que necessário,
IX - normas para abertura e encerramento de contas; atentando após para os procedimentos cabíveis, no
X - regras para a exclusão da mensagem; caso de constatação de alguma infração.
XI - regras de uso e manuseio do correio eletrônico. Artigo 8º Como medida cautelar, diante do surgimen-
to de indício substancial de cometimento de infração,
CAPÍTULO II observado o princípio de direito da proporcionalidade,
DOS CONCEITOS E DA CLASSIFICAÇÃO poderão ser providenciados:
Artigo 9º Para a transmissão de documentos por meio
Seção I do correio eletrônico e, conforme o grau de sigilo, o
Dos Conceitos Centro de Processamento de Dados (CPD) proverá for-
ma de criptografia específica e homologada para toda
I - a imediata apreensão, lacre do equipamento e re- PMESP, garantido a segurança das mensagens.
messa ao CPD para emissão de laudo;
II - o bloqueio da(s) senha(s) correspondente(s); Seção II –
III - histórico de acesso a sistemas e serviços. Da Assinatura digital

CAPÍTULO IV Artigo 10 O CPD proverá a assinatura digital nas fer-


DA SEGURANÇA NA UTILIZAÇÃO DOS CORREIOS ramentas de correio eletrônico da Instituição, garanti-
ELETRÔNICOS do a integridade das mensagens.

Seção I Seção III –


Da Criptografia Da Conta do usuário, senha e segurança

Artigo 4º Compreende-se como ativo de TIC, para os Artigo 11 Será conferido ao usuário somente uma
conta com senha, pessoal e intransferível, para acesso
efeitos destas Instruções, todo e qualquer equipamen-
aos serviços de correio eletrônico.
to eletrônico ou software que processe ou armazene
Artigo 12 O usuário, ao receber sua conta de correio,
dados, colocados à disposição dos usuários, para uso
deverá imediata e obrigatoriamente alterar sua se-
exclusivo como ferramenta de trabalho.
nha padrão, obedecendo aos critérios alfanuméricos
de cada Sistema, em relação à quantidade mínima de
Seção II
caracteres.
Da Classificação Artigo 13 O usuário é inteiramente responsável pela
confidencialidade de sua conta e senha, bem como de
Artigo 5º O e-mail corporativo classifica-se em Orga- qualquer atividade que ocorra na utilização da sua
nizacional, Funcional e Pessoal, obedecendo aos se- conta.
guintes padrões: Artigo 14 O usuário deverá notificar imediatamente o
I - Organizacional: próprio da Organização Policial Oficial de Telemática de sua OPM, para que este adote
Militar (OPM); as providências necessárias junto ao CPD referente a
Ex: dtel@policiamilitar.sp.gov.br. qualquer uso não autorizado de sua conta ou qual-
II - Funcional: próprio da função ou atividade exercida; quer violação de segurança que seja ou não de seu
Ex: 13bpmmcmt@policiamilitar.sp.gov.br. conhecimento.
III - Pessoal: de uso individualizado; § 1º As contas de correio eletrônico da PMESP são
Ex: jose@policiamilitar.sp.gov.br. para uso exclusivo e em função do trabalho realizado.
§ 2º Caso seja recebida alguma mensagem de cará-
CAPÍTULO III ter pornográfico, ofensiva ou discriminatória o usuá-
DA PROIBIÇÃO E DA AUDITORIA rio deverá informar de imediato seu Cmt/Ch/Dir para
que sejam adotadas as devidas providências, sendo
Seção I terminantemente proibida a sua propagação.
Da Proibição
CAPÍTULO V
Artigo 6º É expressamente proibido manter, distribuir DA ELABORAÇÃO DA MENSAGEM
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ou veicular arquivos contendo matéria considerada


ilícita, contrária à disciplina militar, à moral e bons Seção I –
costumes, bem como atentatória à ordem pública, ou Das Regras gerais
que viole qualquer direito de terceiros.
Artigo 15 Na elaboração da mensagem do correio ele-
Seção II trônico deverão ser observadas as seguintes regras:
Da Auditoria I - não deverá ter plano de fundo, papel de carta, te-
mas ou figuras;
Artigo 7º Compete ao Comandante, Chefe ou Diretor II - a fonte a ser utilizada é “Arial”, tamanho 12;
de OPM realizar pessoalmente, ou por delegação, a III - a opção de incluir o texto original na resposta de-
auditoria dos arquivos hospedados em ativos de TIC, verá ser utilizada preferencialmente, para tornar ágil
de propriedade da PMESP, sob a responsabilidade de e precisa a sequência das mensagens e/ou despachos;

148
IV- a opção de solicitar a confirmação de envio e lei- II - terceira linha: a palavra “Ao”, seguida da expressão
tura deverá estar habilitada, e caberá ao destinatário de tratamento adequada, da denominação do cargo
confirmar o recebimento em qualquer circunstância; do destinatário e do nome da organização a que é
V - sempre que possível deverá ser evitada a anexação dirigido à mensagem, abreviadamente na correspon-
de arquivos, dando-se preferência à inserção do texto dência interna e por extenso na externa e ponto final,
na composição da mensagem; devendo-se evitar a redundância (Comandante do Co-
VI - em sendo necessário o envio de anexos, estes po- mando, Diretor da Diretoria);
derão estar compactados, de acordo com o tamanho III - quarta linha a palavra “Assunto”, seguida de dois
do arquivo a ser enviado. pontos e de um breve resumo, tão exato quanto possí-
vel do que se trata e ponto final;
Seção II – IV - quinta linha: quando for o caso, a palavra “Refe-
Da Formatação das mensagens rência”, por extenso, seguida de dois pontos e da men-
ção à peça que se quer referenciar e ponto final:
Artigo 16 As mensagens enviadas por meio de correio a) sempre que possível deverão ser citados o tipo, o
eletrônico são divididas em: número, a classificação e a data da correspondência
I - mensagem numerada, que deve seguir o rito de referenciada;
formatação do Artigo 17 destas Instruções; b) quando houver mais de uma referência, estas de-
II - mensagem não numerada, que mesmo não pos- vem ser colocadas em ordem cronológica e designa-
suindo rito específico deverá atentar para os critérios das por números, seguido do sinal de fechar parêntese
de lógica e pertinência, observando o conteúdo e as- e ponto e vírgula ao final da indicação, não devendo
sunto tratados. ser colocada a conjunção aditiva „e‟ após o penúltimo
Parágrafo único Os e-mails organizacionais e fun- documento referenciado”.
cionais deverão utilizar mensagem numerada, sendo V - sexta linha: quando for o caso, a palavra “Anexo”,
que, os e-mails pessoais, dentro dos critérios de con- seguida de dois pontos e da menção da correspon-
dência anexada, devendo ser especificado o tipo, o
veniência e oportunidade do usuário, poderão utilizar
número, a classificação e a data da correspondência
as mensagens não numeradas.
anexada e ponto final:
Artigo 17 As mensagens numeradas deverão seguir o
a) quando houver mais de uma correspondência, estas
seguinte trâmite de formatação, observados em con-
devem ser colocadas em ordem cronológica e desig-
junto aos critérios estabelecidos pela I-7-PM:
nadas por números, seguidos do sinal de fechar pa-
I primeira linha: a designação do termo MENSAGEM
rêntese e ponto e vírgula ao final da indicação, não
em letras maiúsculas, seguindo:
devendo ser colocada a conjunção aditiva „e‟ após a
a) a abreviatura de número maiúscula;
menção do penúltimo documento anexado.
b) a sigla da OPM, que deverá ser aquela estabelecida
VI - sétima linha: quando for o caso, a palavra “Inte-
na legislação vigente sem indicação de sinal gráfico, ressado”, seguida de dois pontos e a menção do posto
seguida de hífen; ou graduação, Registro Estatístico (RE), nome, apenas
c) o número do documento separado por barra; com as iniciais em letras maiúsculas, e OPM do poli-
d) o prefixo numérico do órgão elaborador separado cial militar que será diretamente afetado pelas deci-
por barra; sões tomadas a partir de tal documentação:
e) os dois últimos algarismos do ano; a) quando houver mais de um interessado acrescen-
f) a palavra CIRCULAR, quando for o caso, separado tar-se-á, após a qualificação do mais antigo, a frase
do ano por hífen e sem ponto final: “e outro(s)”.
Exemplo: “MENSAGEM nº DTel-001/01/02, de § 1º A fonte utilizada na confecção da mensagem, de-
10SET02--CIRCULAR”. verá ser “Arial”, tamanho 12 (doze).
g) a classificação quanto à tramitação, normal ou ur- § 2º O alinhamento vertical do cabeçalho é estabele-
gente: cido pela primeira letra da expressão «MENSAGEM»,
Exemplos: que deve estar alinhada a esquerda da caixa de digi-
1) normal: “MENSAGEM nº DTel-001/01/02, de tação.
10SET02”; Artigo 18 A elaboração do texto deverá obedecer às
2) urgente: “MENSAGEM nº DTel-001/01/02, de regras previstas pelas I-7-PM, no que diz respeito aos
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

10SET02-URGENTE”. itens, seus desdobramentos em subitens, tratamento,


h) a classificação quanto à natureza, ostensiva ou sigi- etc.
losa, conforme legislação vigente. Artigo 19 O fecho da mensagem deverá indicar o
Exemplo: 1) reservada: “MENSAGEM nº DTel- nome do signatário e, logo abaixo, a abreviatura do
001/01/02, de 10SET02-RESERVADA”. posto ou graduação, seguida da função, endereço e
I - segunda linha: a palavra “Do”, seguida do cargo telefone da OPM, bem como e-mail funcional do re-
do signatário e da denominação da OPM remetente, metente, tudo em letra “Arial” tamanho 12, finalizan-
abreviadamente na correspondência interna e por do com a imagem padrão para correio eletrônico da
extenso na externa, sem ponto final. Deve-se evitar a PMESP.
redundância (Comandante do Comando, Diretor da
Diretoria);

149
Exemplo: 1.2.4. concluída a escala, a divulgação aos policiais
Nome do PM (com nome de guerra em letras maiús- militares que a executarão, conforme subitens
culas) “1.6.” e “1.6.1.”, deverá ocorrer em período anterior
Posto/Graduação e Função Identificação da OPM En- às 24 horas que antecedem o horário previsto para
dereço Completo da OPM Fone da OPM o início da Ativ DEJEM. (Incluído pela O Comp nº
E-mail funcional PM3- 003/02/18)
1.3. Lei Complementar nº 1.287, de 26ABR16 (Alte-
ra dispositivos da Lei Complementar nº 1.227, de
19DEZ13);
1.4. Portaria nº PM1-003/02/16, de 23MAI16 (Dispõe
sobre Diária Especial por Jornada Extraordinária de
Trabalho Policial-Militar – DEJEM aos integrantes
da PMESP e dá outras providências).

2. FINALIDADE
______.______. DIRETRIZ PM3-002/02/16
- DIÁRIA ESPECIAL POR JORNADA
Regular a sistemática referente ao emprego de poli-
EXTRAORDINÁRIA DE TRABALHO cial militar em atividades de polícia ostensiva e de preser-
POLICIAL-MILITAR - DEJEM vação da ordem pública, da área de saúde, de bombeiros
e de defesa civil passíveis de remuneração pela Diária
Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial-
DIRETRIZ Nº PM3-002/02/16 -Militar (DEJEM).

Com as alterações promovidas pelas Ordens Com- 3. SITUAÇÃO


plementares nº PM3-007/02/16, de 29AGO16, PM3-
008/02/16, de 21SET16, PM3-003/02/18, de 26MAR18 e 3.1. a Lei Complementar nº 1.227/13 (referência “1.2.”)
PM3-007/02/18, de 19JUL18. permitiu ao policial-militar ser remunerado pelo
Estado por ocasião de sua atuação em atividades
1. REFERÊNCIAS de polícia ostensiva, durante seus períodos regula-
mentares de folga;
1.1. Diretriz nº PM3-008/02/06, de 01AGO06 [Normas 3.2. com a publicação da Lei Complementar nº
para o Sistema Operacional de Policiamento PM 1.287/16 (referência “3”), alterando dispositivos do
(NORSOP)]; supramencionado diploma, ampliou-se o rol de
1.2. o Cmt/Ch/Dir/Correg da OPM responsável pela atividades executadas pela Instituição a serem re-
Ativ DEJEM estruturará e disponibilizará na Intra- muneradas por meio de DEJEM, inserindo-se nesse
net PM (Sistema On-line – aba “Procedimentos”) os bojo, além de outros serviços inerentes à polícia
dados gerais relativos às escalas de serviço (dias, ostensiva, os relacionados às áreas de saúde, de
locais, horários, fardamento, equipamento, etc.), bombeiros e de defesa civil;
observando o seguinte: (NR dada pela O Comp nº 3.3. diante disso, torna-se necessário ajustar as nor-
PM3-003/02/18) mas que regulam o assunto no âmbito da Polícia
1.2.1. o período de tempo mínimo a ser disponibiliza- Militar, de acordo com o novo regramento jurídico.
do para a realização das inscrições pelos policiais
militares interessados deverá ser de 48 horas; (In- 4. OBJETIVOS
cluído pela O Comp nº PM3- 003/02/18)
1.2.2. em havendo situação emergencial ou circuns- Incrementar as atividades de polícia ostensiva e de
tância excepcional que impossibilite fixar, ou man- preservação da ordem pública, da área de saúde, de
ter em aberto, período de inscrições em intervalo bombeiros e de defesa civil realizadas pela Polícia Militar,
igual ou superior a 48 horas, o responsável pela e, com isso:
elaboração da escala deverá indicar, dentre as pos-
sibilidades apresentadas automaticamente pelo 4.1. no âmbito dos Órgãos de Execução:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Sistema On-line, a razão de tal medida; (Incluído 4.1.1. diminuir os índices criminais e aumentar a per-
pela O Comp nº PM3-003/02/18) cepção de segurança da população;
1.2.3. uma vez indicado/registrado o motivo, o Sis- 4.1.2. reduzir o número de eventos que ensejam o
tema On-line enviará automaticamente notifica- remanejamento dos meios empregados rotinei-
ção eletrônica aos e-mails funcionais do Subcmt, ramente pelas OPM no policiamento ostensivo,
Coord Op e Oficial P/1, ou autoridades policial- aumentando, assim, a eficácia da atuação desses
-militares equivalentes, da OPM responsável pela recursos nas missões que lhes são originariamente
Ativ DEJEM, objetivando dar-lhes ciência do fato, afetas.
bem como permitirá, ao responsável, a continuida- 4.2. no âmbito dos órgãos que atuam na área da saú-
de dos trabalhos de formalização e divulgação das de, aumentar a efetividade dos serviços de atendi-
escalas; (Incluído pela O Comp nº PM3- 003/02/18) mento prestados ao público interno da Instituição;

150
4.3. no âmbito dos órgãos que atuam nas áreas de 6.4. Princípios gerais de emprego:
bombeiro e defesa civil, aumentar quantitativa e 6.4.1. área territorial:
qualitativamente os serviços prestados à socieda- - Todo policial militar, independentemente do local
de. onde trabalha, poderá se inscrever em Ativ DEJEM
(vide subitem “6.2.” e divisões) desenvolvidas por
5. MISSÃO qualquer OPM do Estado, desde que preencha os
requisitos para emprego naquelas atividades (vide
As OPM deverão, nos termos desta Dtz, implementar subitem “6.7.” e divisões).
e desenvolver a sistemática atinente ao planejamento, 6.4.2.6.4.2. limites técnico-profissionais de emprego:
execução e remuneração das atividades de polícia os- - Os efetivos do CPC, CPM, CPI, Órgãos de Direção
tensiva e de preservação da ordem pública, da área de e Apoio, Assessorias e Casa Militar poderão ser
saúde, de bombeiros e de defesa civil passíveis de remu- empregados nas atividades desenvolvidas pelo
neração pela DEJEM. CPChq, CPAmb, CPRv, CPTran, CCB, GRPAe, Correg
PM, CIPM, UOp AEP, bem como nas executadas na
área de saúde e defesa civil, somente quando per-
6. EXECUÇÃO
mitido pela autoridade responsável pela escala e
desde que habilitados e treinados (aptos) para o
6.1. Conceituação: A Diária Especial por Jornada Ex-
exercício da Ativ DEJEM dessas OPM. O Cmt/Ch/
traordinária de Trabalho Policial-Militar (DEJEM)
Dir/Correg da OPM responsável pela Ativ DEJEM
consiste em valor pecuniário pago pelo Governo
deverá, no ato de criação da escala, esclarecer os
do Estado de São Paulo ao policial militar que, du-
conhecimentos e ou habilidades técnicas neces-
rante seus períodos regulamentares de folga, vo- sárias ao cumprimento da atividade (vide subitem
luntariar-se para atuar em atividades de polícia os- “6.7.2.”).
tensiva e de preservação da ordem pública, da área 6.5. Das vagas disponibilizadas para emprego:
de saúde, de bombeiros e de defesa civil, conforme 6.5.1. as vagas da DEJEM serão distribuídas por dia
vagas disponibilizadas pelo Cmdo G, nos termos (vagas/dia);
desta Dtz. Cada DEJEM corresponde a 8 horas con- 6.5.2. as vagas/dia serão divididas em turnos de 8 ho-
tínuas de atividade extraordinária, e o policial mili- ras;
tar voluntário está limitado ao recebimento de, no 6.5.3. o somatório das vagas/dia ao longo do mês
máximo, 10 diárias mensais. considerado será designado vagas/mês;
6.2. Atividades passíveis de remuneração pela DEJEM 6.5.4. os Coord Ativ DEJEM poderão redistribuir, entre
(Ativ DEJEM): os dias da semana, a quantidade de vagas/dia des-
As atividades de polícia ostensiva e de preservação tinada à realização de Ativ DEJEM, conforme suas
da ordem pública, de saúde, de bombeiros e de necessidades operacionais, até o limite das vagas/
43
defesa civil, cujo exercício em horário extraordiná- mês ;
rio ensejarão o pagamento da DEJEM, compreen- 6.5.5. os critérios técnicos para a distribuição das
derão: vagas/dia e a parcela destinada aos Coord Ativ
6.2.1. transporte, escolta armada e custódia de presos; DEJEM para a execução de Ativ DEJEM serão es-
6.2.2. segurança escolar dos estabelecimentos de en- tabelecidos pelo Subcmt PM, por intermédio do
sino estaduais; Coord Op PM, e divulgados, a priori, através de ato
6.2.3. participação em ações e operações policiais vol- próprio.
tadas para áreas de interesse de segurança pública; 6.6. Dos locais para a realização de Ativ DEJEM:
6.2.4. atuação em reforço ao serviço de atendimento 6.6.1. os Coord Ativ DEJEM, depois de receberem do
a chamados de emergência e despacho de ocor- Coord Op PM as vagas para a realização de Ativ
rências; DEJEM, poderão determinar os locais em que essas
6.2.5. execução das atividades da área de saúde da vagas deverão ser empregadas e ou delegar essa
Polícia Militar; faculdade aos escalões subordinados;
6.2.6. missões de prevenção e extinção de incêndios, 6.6.2. em casos excepcionais de perturbação da or-
de busca e salvamento e de defesa civil no territó- dem pública, ocorrência de desastres ou realiza-
rio estadual; ção inopinada de evento que requeira reforço e
6.2.7. outras determinadas pelo Secretário de Segu- ou apoio de efetivo empregado em Ativ DEJEM a
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rança Pública ou Governador do Estado de São autoridade competente poderá deslocar esse con-
Paulo. tingente para atender a referida demanda;
6.3. Coordenador de Ativ DEJEM (Coord Ativ DEJEM): 6.6.3. se, no período entre a data de encerramento
- Os G Cmdo [CPC, CPM (estes por intermédio dos das inscrições e a do efetivo cumprimento da esca-
respectivos CPA/M), CPI, CPChq, CPAmb, CPRv, CP- la da Ativ DEJEM, for noticiado evento que requeira
Tran, GRPAe e CCB], Diretorias, Correg PM, CIPM, o emprego do contingente, a autoridade compe-
Assessorias e DSA/CG serão os Coord Ativ DEJEM. tente poderá remanejar os voluntários e escalá-los
Essas autoridades policial-militares, mediante pla- em outro local e horário, desde que:
nejamento conjunto com as OPM subordinadas,
43 Exemplo: Se ao CPA/M-1 foram destinadas 100 vagas/dia, en-
devem adotar todas as medidas que se fizerem
tão ele terá 2.800, 2.900, 3.000 ou 3.100 vagas/mês, disponíveis,
necessárias para a consecução e sucesso dessa sis- conforme o mês considerado [fevereiro (28 ou 29 dias) ou mês de
temática. 30 ou 31 dias].

151
6.6.3.1. a variação entre o horário de início dessa ati- Ensino a Distância (EaD) ou, quando parcialmente
vidade em relação ao horário originariamente es- em EaD, durante a fase exclusivamente virtual; (NR
tabelecido para a Ativ DEJEM seja de, no máximo, dada pela O Comp nº PM3-007/02/16)
1 hora; 6.7.1.10. não estar submetido a Estágio Probatório, no
6.6.3.2. certifique-se de que o policial militar será em- caso de Asp Of PM e Sd PM 2ª Cl. (Incluído pela O
pregado em seu horário de folga e que estará apto Comp nº PM3-007/02/16)
a cumprir ininterruptamente o turno de serviço es- 6.7.1.11. não estar frequentando tanto o EEP – Desen-
tabelecido em escala; volvimento Psicoemocional quanto o EEP – Proce-
6.6.3.3. certifique-se de que todo o efetivo que foi vo- dimentos de Menor Potencial Ofensivo, este último
luntário e ou escalado para atuar em determinada somente nos casos de policiais militares vinculados
Ativ DEJEM tome ciência da alteração do horário, à 4ª fase do PAAPM (ou programa que o substitua);
local e tipo de atividade que será desenvolvida. (Incluído pela O Comp nº PM3-007/02/18)
6.6.4. o Coord Op PM, conforme planejamento pró- 6.7.1.12. não possuir prescrição decorrente de par-
prio, poderá determinar aos Coord Ativ DEJEM o ticipação no PAAPM, atribuída pelo CAPS/NAPS,
emprego de certo número de vagas em locais e correspondente aos Níveis I, II ou III referentes
ou atividades específicas, as quais só poderão ser ao subitem “6.5.8.” da Nota de Instrução nº PM3-
modificadas mediante autorização daquele Coor- 002/03/14, de 22JUL14 (ou dispositivo regulamen-
denador Operacional. tar que o substitua). (Incluído pela O Comp nº
6.7. Requisitos para o emprego do efetivo policial- PM3-007/02/18)
-militar: 6.7.2. para participar de Ativ DEJEM remunerada
6.7.1. para participar da atividade, o policial militar por verba originária de outro órgão público, bem
deve cumprir todos os requisitos previstos nos su- como naquelas sob a responsabilidade do CPChq,
bitens a seguir, tanto no momento de sua inscrição CPAmb, CPRv, CPTran, CCB, GRPAe, Correg PM,
quanto no período de cumprimento da escala. A CIPM, COPOM/CAD, UOp AEP, Assessoria ou de
responsabilidade por atestar o cumprimento dos OPM que prestam serviços na área de saúde ou
requisitos é exclusiva do policial militar voluntário, defesa civil, além dos requisitos enumerados nos
que o fará ao preencher a planilha “Critérios para subitens anteriores, os respectivos Cmt/Ch/Dir/
emprego do efetivo PM em Ativ DEJEM” disponível Correg poderão exigir do policial militar voluntário
no Sistema On-line (Intranet PM ou Internet) ou, se outros conhecimentos e ou habilidades, de acordo
acaso a inscrição já tiver sido feita, no contato com com a especificidade da atividade a ser desenvol-
a OPM responsável pela escala: vida (vide subitens “6.4.2.” e “6.14.4.”).
6.7.1.1 ser voluntário; 6.7.3. o 3º Sgt PM recém-formado, durante o período
6.7.1.2. estar de folga; de adaptação a que será submetido em sua OPM
6.7.1.3. estar, no mínimo, no comportamento “bom”; de destino, poderá ser empregado em Ativ DEJEM,
6.7.1.4. estar apto no TAF e TAT, no ato da inscrição desde que observado o disposto nas normas ins-
e no período de cumprimento da escala, exceto titucionais que preconizam a necessidade de seu
para as atividades descritas nos subitens “6.2.4.” acompanhamento, no período em questão, por
e “6.2.5.”. Para as atividades citadas no subitem policial militar de posto ou graduação mais antiga.
“6.2.6.”, exigir-se-á a aptidão apenas no TAF; (Incluído pela O Comp nº PM3-007/02/16)
6.7.1.5. estar habilitado e treinado (apto) para execu- 6.8. Escalas de Serviço:
tar a Ativ DEJEM, especialmente aquelas que exi- 6.8.1. inscrição, inclusão, exclusão e emissão de re-
gem curso ou especialização para sua realização; latórios: os procedimentos e as regras gerais para
6.7.1.6. não estar em gozo de afastamento regula- elaboração das escalas de serviço, inclusão e ex-
mentar de qualquer natureza, exceto Licença- Prê- clusão de policiais militares e emissão de relatórios
mio (LP); das Ativ DEJEM estão inseridos no Anexo a esta
6.7.1.7. não possuir restrição (de natureza médica, ad- Dtz;
ministrativa ou judicial) que inviabilize a atuação 6.8.2. critério de seleção do efetivo e elaboração da
na Ativ DEJEM, considerando, para tanto, as dis- escala:
posições contidas nas normas institucionais que 6.8.2.1. uma vez cumpridos os critérios para emprego
tratam do emprego de policiais militares com res- do efetivo policial-militar estabelecidos no subi-
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trição; tem “6.7.” e divisões, as escalas serão elaboradas


6.7.1.8. não estar cumprindo pena por cometimento automaticamente pelo Sistema On-line, desenvol-
de crime de qualquer natureza, mesmo que lhe vido pelo CPD e disponibilizado na Intranet PM ou
seja concedido qualquer benefício, bem como em home page do Coord Ativ DEJEM, com base no nú-
menagem ou liberdade provisória; mero de inscritos e vagas disponíveis;
6.7.1.9. não estar frequentando curso de formação, 6.8.2.2. a prioridade para o preenchimento das vagas
habilitação, aperfeiçoamento, adaptação ou de es- destinadas a determinada OPM levará em consi-
pecialização do ensino superior desenvolvido na deração a OPM de origem do policial e a especia-
Polícia Militar, conforme preconizado na Diretriz lidade em que atua em relação à Unidade que está
Geral de Ensino [DGE (D-5-PM)] e previsto no Ca- disponibilizando a vaga, primando-se, sempre que
lendário de Cursos e Estágios (CCE), exceto quando possível, pelo critério territorial, de acordo com os
o curso for realizado integralmente no processo de seguintes parâmetros:

152
6.8.2.2.1. âmbito do CPC e CPM: 6.8.2.4.1. na Capital (âmbito do CPC), o remanejamen-
6.8.2.2.1.1. a prioridade para inclusão do efetivo nas to estará limitado à área do Btl para o qual o volun-
escalas da Ativ DEJEM levará em consideração a tário se inscreveu;
OPM de origem do policial militar, na seguinte dis- 6.8.2.4.2. na Região Metropolitana e Interior (âmbito
posição: do CPM e CPI), o remanejamento estará limitado à
6.8.2.2.1.1.1. Cia PM territorial em cuja subárea será área do município para o qual o voluntário se ins-
realizada a Ativ DEJEM (policial militar do serviço creveu. Caso o município seja sede de mais de uma
operacional ou administrativo); OPM de escalão Btl, o remanejamento estará limi-
6.8.2.2.1.1.2. BPM/M territorial em cuja área será re- tado também à área do Btl responsável pela escala;
alizada a Ativ DEJEM (policial militar do serviço 6.8.2.4.3. no âmbito do CPChq, CPRv, CPAmb, CPTran,
operacional ou administrativo) e das demais OPM GRPAe, CCB, Correg PM, CIPM, COPOM/CAD, As-
subordinadas; sessoria e OPM que prestam serviços na área de
6.8.2.2.1.1.3. efetivo do CPA em cuja região será re- saúde ou defesa civil, o remanejamento seguirá os
alizada a Ativ DEJEM (policial militar do serviço mesmos parâmetros estabelecidos para a Região
operacional ou administrativo) e das demais OPM Metropolitana e Interior descritos no subitem an-
subordinadas; terior.
6.8.2.2.1.1.4. efetivo das demais OPM da PMESP, inde- 6.8.2.5. na hipótese de a atividade exigir um contin-
pendentemente do local onde estão sediadas, bem gente maior de policiais militares do que o núme-
como o efetivo das Assessorias e C Mil, formando ro de vagas disponibilizadas à OPM, o respectivo
um único bloco e todos concorrendo em igualda- Cmt/Ch deverá solicitar ao escalão imediatamen-
de de condições. te superior o remanejamento de vagas de outras
6.8.2.2.2. âmbito dos CPI: OPM a ele subordinados. Caso a insuficiência de
6.8.2.2.2.1. a prioridade para inclusão do efetivo nas vagas seja referente às disponibilizadas ao Coord
escalas da Ativ DEJEM levará em consideração a Ativ DEJEM, este deverá reportar-se ao Coord Op
OPM a qual o policial está subordinado, na seguin- PM;
te prioridade: 6.8.2.6. se, pela peculiaridade e tecnicidade da ativi-
6.8.2.2.2.1.1. efetivo das OPM subordinadas ao CPI dade, houver necessidade de empenho de efetivos
em cuja região será realizada a Ativ DEJEM (policial subordinados a outros Cmt/Ch/Dir/Correg, o Co-
militar do serviço operacional ou administrativo), ord Ativ DEJEM interessado deverá:
formando um único bloco e todos concorrendo 6.8.2.6.1. solicitar ao Coord Op PM o direcionamento
em igualdade de condições; do contingente requerido, discriminando as espe-
6.8.2.2.2.1.2. efetivo das demais OPM da PMESP, inde- cialidades em questão, de forma a fazer frente à
pendentemente do local onde estão sediadas, bem demanda prevista no seu âmbito de atuação;
como o efetivo das Assessorias e C Mil, formando 6.8.2.6.2. descrever, no ato da solicitação, a forma de
um único bloco e todos concorrendo em igualda- emprego do efetivo solicitado e outras particula-
de de condições. ridades decorrentes do planejamento vinculado à
6.8.2.2.3. âmbito do CPChq, CPRv, CPAmb, CPTran, atividade a ser desenvolvida;
GRPAe, CCB, Correg PM, CIPM, COPOM/CAD, UOp 6.8.2.6.3. nestes casos, o empenho de diárias DEJEM
AEP, Assessorias e OPM que prestam serviços na recairá sobre o Coord Ativ DEJEM requisitado, res-
área de saúde ou defesa civil: ressalvadas as exi- peitada a proporcionalidade mensal de vagas de
gências técnicas inerentes à especificidade da ati- acordo com o montante a ele disponibilizado.
vidade a ser desenvolvida, a prioridade para inclu- 6.8.3. cumprimento da escala:
são do efetivo nas escalas da Ativ DEJEM levará em 6.8.3.1. uma vez escalado, o policial militar deverá
consideração os parâmetros estabelecidos para o cumprir integralmente o turno de serviço determi-
CPC e CPM descritos no subitem “6.8.2.2.1.” e di- nado em escala;
visões. 6.8.3.2. elaborada e divulgada, via Sistema On-line, na
6.8.2.3. uma vez considerados os critérios descritos no Intranet PM, a escala de serviço passará a ser obri-
subitem anterior e remanescendo empate entre os gatória para o policial militar, sujeitando-o às san-
policiais militares voluntários, a quantidade de ho- ções administrativas, disciplinares, penais e penais
ras trabalhadas no mês considerado será utilizada militares que seu descumprimento, total ou parcial,
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como critério de desempate para o preenchimento implicar.


das vagas; 6.9. Regime de Trabalho:
6.8.2.4. se o número de inscritos for superior ao nú- 6.9.1. o policial militar empregado em Ativ DEJEM,
mero de vagas para determinada localidade, o sis- para o recebimento do valor respectivo, deverá
tema permitirá o remanejamento dos voluntários cumprir carga horária de 8 horas diárias e não po-
excedentes para outras áreas, respeitando as op- derá ultrapassar o teto de 80 horas mensais, den-
ções iniciais dos voluntários quanto ao dia e ho- tro do mês considerado;
rário escolhidos e, em situações excepcionais, ao 6.9.2. o policial militar que porventura realizar, num
contido no subitem “6.6.3.” e divisões desta Dtz. O período inferior a 8 horas, a atividade que lhe foi
remanejamento dos voluntários excedentes obe- atribuída, não receberá a DEJEM correspondente a
decerá às seguintes regras: tal atividade;

153
6.9.3. para fins de atribuição dos valores a serem 6.12.1. o uniforme a ser utilizado para o desenvolvi-
pagos ao policial militar, não será considerada a mento da Ativ DEJEM é o correspondente à ativi-
continuidade do turno de serviço (extrapolação do dade ordinária executada pela OPM responsável
limite de horas diárias) em decorrência da rotina pela escala de serviço, conforme preconizado no
operacional ordinária ou vinculada às Ativ DEJEM; Regulamento de Uniformes da Polícia Militar (R-5-
6.9.4. nos termos do artigo 4º da Lei Complementar -PM). O Coord Ativ DEJEM deverá, no ato de cria-
de referência “3”, no período em que o policial ção da escala, especificar o uniforme e respectivo
militar estiver exercendo Ativ DEJEM, ele não fará complemento a ser utilizado pelo efetivo escalado;
jus à percepção da Diária de Alimentação, pre- 6.12.2. o CPChq, CPRv, CPAmb, CPTran, GRPAe, CCB,
vista na alínea “h” do artigo 91 do Decreto-Lei nº Correg PM, COPOM/CAD, CIPM, UOp AEP, Asses-
15.620/46, e do auxílio alimentação, previsto na Lei sorias e OPM que prestam serviços na área de saú-
nº 7.524/91; de e defesa civil deverão utilizar o uniforme e com-
6.9.5. considerando que a participação do policial mi- plementos (equipamentos/armamentos) que lhes
litar em Ativ DEJEM é voluntária e ocorre fora de são peculiares ao realizarem as atividades próprias
seu horário normal de trabalho, seu emprego em de sua especialização;
tal atividade não lhe confere direito à diária de dili- 6.12.3. os Coord Ativ DEJEM devem buscar, conforme
gência, concedida pelo Decreto nº 48.292/03. as exigências da atividade, a uniformidade da tro-
6.10. Escalonamento: pa a ser empregada;
6.10.1. o contingente destinado à realização de Ativ 6.12.4. quanto à comunicação por meio de rádio por-
DEJEM poderá ser empregado em “apoio” e ou tátil HT, ficará a cargo do Coord Ativ DEJEM res-
“reforço” às atividades desenvolvidas ordinaria- ponsável pela escala, com apoio da DTel, providen-
mente pela OPM, atentando-se para que: ciar os meios necessários para o desenvolvimento
6.10.1.1. quando o efetivo destinado à Ativ DEJEM da atividade;
for empregado em apoio à OPM, deverão ser de- 6.12.5. o colete refletivo será utilizado pelo policial
terminados níveis de comandamento/chefia e su- militar em Ativ DEJEM somente no período notur-
pervisão próprios para esse contingente e corres- no e quando a OPM tiver disponibilidade desse
pondente à fração de tropa empregada, segundo material.
critérios estabelecidos pelas normas da Instituição; 6.13. Atribuições Particulares:
6.10.1.2. quando esse efetivo for empregado como re- 6.13.1. Coord Op PM
forço ao efetivo da OPM, o comandamento/chefia 6.13.1.1. na condição de Coordenador Geral das Ativ
e ou supervisão deverão ser realizados por Oficiais DEJEM, monitorar o desenvolvimento de todas as
e ou Graduados escalados no serviço ordinário; Ativ DEJEM realizadas pela Polícia Militar;
6.10.1.3. em ambos os casos, o policial militar de 6.13.1.2. apresentar ao Subcmt PM proposta de crité-
maior posto ou graduação pertencente ao contin- rios técnicos e de distribuição das vagas destina-
gente vinculado à Ativ DEJEM será o responsável das a cada Coord Ativ DEJEM para a execução de
pela coordenação, fiscalização, controle, conferên- Ativ DEJEM;
cia da escala e demais atividades afetas à função 6.13.1.3. providenciar os ajustes necessários no apli-
(vide roteiro descrito no Anexo a esta Dtz). cativo SICoordOp visando ao registro do mapa-
6.10.2. as ações de comandamento/chefia devem ser -força referente aos meios empregados nas Ativ
exercidas integralmente, de acordo com os turnos DEJEM, os locais de execução, bem como os resul-
de serviço e locais estabelecidos em escala. tados operacionais decorrentes;
6.11. Escrituração: 6.13.1.4. informar ao CPD a terminologia técnica ade-
6.11.1. o desenvolvimento da Ativ DEJEM deverá ser quada a integrar a funcionalidade “cadastro de
registrado de acordo com a metodologia e relató- escala – Ativ DEJEM”, em cada ação (operação/
rios utilizados para as atividades que são ordina- atividade) realizada pelas diversas OPM envolvidas
riamente executadas pelas OPM. Assim, o policial na sistemática, com a finalidade de criar padrões
militar mais antigo escalado na Ativ DEJEM deverá: necessários ao controle e obtenção de relatórios
6.11.1.1. no início do turno de serviço, conferir o efe- gerenciais vinculados às rotinas que ensejarão o
tivo escalado na atividade e registrar as alterações pagamento de DEJEM.
havidas em relatório próprio (vide Anexo a esta 6.13.2. 3ª EM/PM
Analisar eventuais propostas de alteração relaciona-
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Dtz);
6.11.1.2. em seguida, transmitir ao Serviço de Dia (ou das à presente Dtz, assessorando o Cmdo G na de-
equivalente) da OPM local o mapa-força para que liberação acerca da necessidade de ajustes a serem
este seja inserido no SICoordOp, o qual se encon- procedidos.
tra disponível na aba “Aplicações” na Intranet PM 6.13.3. DFP, por intermédio do CIAF
(vide Anexo a esta Dtz); 6.13.3.1. estabelecer, em conjunto com a DTel, as ro-
tinas necessárias para efetivar o pagamento do
6.11.1.3. após o término dos trabalhos, providenciar
efetivo policial-militar empregado nas Ativ DEJEM,
para que os resultados operacionais sejam encami-
bem como determinar a autoridade responsável
nhados ao Oficial P/3 (ou equivalente) da OPM res-
pela sua execução, disponibilizando-as aos Cmt/
ponsável pela Ativ DEJEM (vide subitem “6.13.6.4.”),
Ch/Dir/Correg das OPM;
para registro no aplicativo citado.
6.13.3.2. auditar mensalmente, em âmbito institucio-
6.12. Uniformes e equipamentos:
nal, o montante pago referente às DEJEM visando

154
a compatibilizar a verba disponibilizada pelo Go- ção em Ativ DEJEM (vide subitem “6.7.” e divisões);
verno do Estado com as vagas empregadas na re- 6.13.6.4. lançar, no Sistema On-line, as informações
alização das Ativ DEJEM; relativas ao desenvolvimento da Ativ DEJEM no
6.13.3.3. criar, no SIPA, mecanismos de controle de âmbito de seu comando/direção/chefia, especial-
lançamento da DEJEM de modo a garantir que o mente quanto às diárias a que fazem jus os po-
policial militar receba as diárias a que faz jus nos liciais militares empregados, independentemente
limites e condições estabelecidos nas Leis Com- das OPM a que pertençam (vide subitem “6.11.” e
plementares de referência “1.2.” e “1.3.” (vide su- Anexo);
bitem “6.1.”, combinado com os subitens “6.7.1.6.” 6.13.6.5. no âmbito do CPC, CPM, CPI, CPChq, CPRv,
e “6.9.1.”). CPAmb, CPTran e GRPAe, por intermédio do efetivo
6.13.4. DTel empregado ordinariamente no policiamento os-
6.13.4.1. de acordo com as necessidades manifesta- tensivo, prestar os apoios necessários às patrulhas
das pelos Coord Ativ DEJEM, providenciar, por in- vinculadas às Ativ DEJEM relacionadas às ativida-
termédio do CSM/M-Tel, rádios portáteis HT para des de polícia ostensiva e preservação da ordem
suporte de comunicação nas Ativ DEJEM, bem pública, bem como às de bombeiro e defesa civil,
como outros recursos de sua área de atuação que mormente em razão de conduções a Distrito Poli-
se fizerem necessários; cial, sem prejuízo aos atendimentos emergenciais
6.13.4.2. por intermédio do CPD: e ordinários despachados pelo COPOM ou CAD.
6.13.4.2.1. desenvolver e aperfeiçoar software (Siste- 6.13.7. OPM de origem do policial militar voluntário
ma On-line) que possibilite a implementação da 6.13.7.1. fiscalizar, por amostragem, as informações
sistemática prevista nesta Dtz, permitindo, dentre prestadas pelo policial militar subordinado em
outras ações, a inscrição do policial militar volun- relação ao cumprimento dos critérios para a par-
tário, a elaboração das escalas e sua divulgação; ticipação em Ativ DEJEM (vide subitem “6.7.” e di-
6.13.4.2.2. desenvolver o Manual do Usuário – Ativ visões);
DEJEM e, em decorrência dos aperfeiçoamentos 6.13.7.2. anotar, no SIPA, as DEJEM a que fazem jus
necessários no software, mantê-lo atualizado, dis- os policiais militares pertencentes ao seu efetivo,
ponibilizando-o no Sistema On-line; independentemente da OPM em que ele foi es-
6.13.4.2.3. receber e processar as informações advin- calado, bem como fiscalizar o número máximo de
das do Coord Op PM, por ocasião de padronização escalas trabalhadas no mês considerado (vide su-
de terminologias relativas ao desenvolvimento de bitem “6.9.1.”);
cada ação (operação/atividade) que enseje o pa- 6.13.7.3. caso haja a movimentação de policial militar
gamento de DEJEM, inserindo-as na funcionalida- para outra OPM, registrar, no Ofício de apresenta-
de “Cadastro de escala – Ativ DEJEM”. ção, as DEJEM a que ele tem direito.
6.13.5. CPC e CPM (por intermédio dos respectivos 6.14. Prescrições Diversas:
CPA/M), CPI, CPTran, CPChq, CPAmb, CPRv, GRPAe, 6.14.1. as Ativ DEJEM devem ser consideradas como
CCB, Diretorias, Correg PM, CIPM, Assessorias e complementares às realizadas ordinariamente pe-
DSA/CG las OPM, pois estão vinculadas à disponibilidade
6.13.5.1. desenvolver estratégias de emprego dos re- orçamentária do Estado para serem executadas.
cursos humanos de acordo com a quantidade de Portanto, o planejamento das atividades que farão
vagas disponibilizadas para a Ativ DEJEM; jus à DEJEM deve ser pautado pela transitoriedade
6.13.5.2. fiscalizar o número de policiais militares em- ou temporariedade de sua execução;
pregados mensalmente em Ativ DEJEM no âmbito 6.14.2. no mesmo sentido, o atendimento às deman-
de seu comando/direção/chefia, garantindo o em- das operacionais das OPM de policiamento, que,
prego de efetivo em conformidade com as vagas por sua natureza, exigem o emprego de efetivo
disponibilizadas pelo Coord Op PM; que extrapola o contingente de serviço, não pode
6.13.5.3. monitorar as Ativ DEJEM desenvolvidas em estar vinculado à disponibilização de vagas de Ativ
suas respectivas áreas de atribuição; 6.13.5.4.edi- DEJEM, devendo, portanto, serem atendidas com
tar, se for o caso, documento de Estado-Maior re- o empenho de recursos próprios, de serviço e ou
gulando a sistemática inerente ao de folga, ou postos à disposição pelo escalão su-
desenvolvimento das Ativ DEJEM no âmbito de seu perior;
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comando/direção/chefia, respeitando as prescri- 6.14.3. com relação às atividades de defesa civil:


ções contidas nesta Dtz. 6.14.3.1. as vagas para a realização de Ativ DEJEM na
6.13.6. OPM responsável pela Ativ DEJEM área de defesa civil serão definidas pelo Coord Ativ
6.13.6.1. no âmbito de suas atribuições, desenvolver a DEJEM, em cuja área de responsabilidade ou região
operacionalização de emprego das vagas disponi- de comando for detectada a necessidade de exe-
bilizadas para a Ativ DEJEM; cutar ações nessa seara. Tais vagas serão disponi-
6.13.6.2. disponibilizar vagas para preenchimento no bilizadas dentre aquelas previamente distribuídas
limite estabelecido pelo escalão superior para o para a execução de outras atividades elencadas no
mês considerado; subitem “6.2.” e divisões (vide subitem “6.5.5.”);
6.13.6.3. fiscalizar, por amostragem, as informações 6.14.3.2. considerando que as ações de defesa civil no
prestadas pelo policial militar voluntário em rela- Estado de São Paulo são coordenadas pela Casa
ção ao cumprimento dos critérios para a participa- Militar, por intermédio do Departamento de De-

155
fesa Civil, as atividades próprias dessa área, o nú- 1.2. o Cmt/Ch/Dir/Correg da OPM responsável pela
mero necessário de vagas para cada atividade e os Ativ DEJEM estruturará e disponibilizará na Intra-
conhecimentos e ou habilidades indispensáveis ao net PM (Sistema On-line – aba “Procedimentos”) os
cumprimento dessas ações deverão ser definidas dados gerais relativos às escalas de serviço (dias,
em conjunto com aquele departamento (vide su- locais, horários, fardamento, equipamento, etc.),
bitem “6.4.2” e “6.7.2”). (NR dada pela O Comp nº observando o seguinte: (NR dada pela O Comp nº
PM3-008/02/16) PM3-003/02/18)
6.14.4. em havendo demanda ou repasse de verba 1.2.1. o período de tempo mínimo a ser disponibiliza-
do para a realização das inscrições pelos policiais
advinda de outro órgão público, as vagas necessá-
militares interessados deverá ser de 48 horas; (NR
rias para atender ao pedido ou as correspondentes dada pela O Comp nº PM3- 003/02/18)
ao valor convencionado deverão ser destinadas es- 1.2.2. em havendo situação emergencial ou circuns-
pecificamente à realização de atividades de polícia tância excepcional que impossibilite fixar, ou man-
ostensiva relacionadas aos serviços prestados pelo ter em aberto, período de inscrições em intervalo
respectivo órgão, em conformidade com o acordo igual ou superior a 48 horas, o responsável pela
firmado. Nesses casos, consoante as características elaboração da escala deverá indicar, dentre as pos-
das Ativ DEJEM acordadas e respeitados os parâ- sibilidades apresentadas automaticamente pelo
metros gerais estabelecidos nesta Dtz, o Subcmt Sistema On-line, a razão de tal medida; (NR dada
PM, por meio do Coord Op PM, poderá, por ato pela O Comp nº PM3-003/02/18)
próprio, determinar as regras específicas para o 1.2.3. uma vez indicado/registrado o motivo, o Sis-
emprego do efetivo policial-militar em tais ativi- tema On-line enviará automaticamente notificação
dades; eletrônica aos e-mails funcionais do Subcmt, Co-
ord Op e Oficial P/1, ou autoridades policial-mili-
6.14.5. fica liberado o canal técnico entre as OPM en-
tares equivalentes, da OPM responsável pela Ativ
volvidas para a elaboração dos planejamentos e
DEJEM, objetivando dar-lhes ciência do fato, bem
detalhamentos necessários; como permitirá, ao responsável, a continuidade
6.14.6. tendo em vista os constantes aperfeiçoamen- dos trabalhos de formalização e divulgação das es-
tos do aplicativo relativo à execução da presente calas; (NR dada pela O Comp nº PM3- 003/02/18)
sistemática, todos os policiais militares usuários 1.2.4. concluída a escala, a divulgação aos policiais
do sistema deverão manter atualizados os seus militares que a executarão, conforme subitens
conhecimentos nessa seara consultando periodi- “1.6.” e “1.6.1.”, deverá ocorrer em período anterior
camente o tutorial do aplicativo na home page do às 24 horas que antecedem o horário previsto para
CPD; o início da Ativ DEJEM. (NR dada pela O Comp nº
6.14.7. esta Dtz deve ser amplamente divulgada em PM3-003/02/18)
todos os escalões operacionais e administrativos, 1.3. o policial militar voluntário para participar da ati-
devendo os Cmt/Ch/Dir/Correg, em todos os ní- vidade acessará a Intranet PM e fará sua inscrição,
preenchendo todos os dados contidos na respec-
veis, zelar para que seja fielmente cumprida;
tiva planilha disponibilizada pelo Sistema On-line.
6.14.8. a 3ª EM/PM disponibilizará esta Dtz no sítio
Caso tenha dificuldade para realizar sua inscrição,
eletrônico na Intranet PM, por meio de suahome o policial militar poderá consultar o Manual do
page; ficam revogadas todas as disposições que Usuário - DEJEM disponível na Intranet PM;
contrariem a presente Diretriz, em especial a Dtz 1.4. realizada a inscrição, o Sistema On-Line a proces-
nº PM3-005/02/14, de 21MAI14. sará de forma a possibilitar a montagem automáti-
ca da escala em cuja localidade será desenvolvida
ANEXO À DIRETRIZ Nº PM3-002/02/16 a atividade, com base no número de inscritos e va-
gas disponíveis, utilizando como recurso de sele-
Com as alterações promovidas pela Ordem Comple- ção as condições definidas nos subitens “6.8.2.2.”,
mentar nº PM3-003/02/18. e divisões, e “6.8.2.3.” da Dtz;
1.5. o responsável pela elaboração da escala, poderá:
ESCALA DE SERVIÇO, INCLUSÃO E EXCLUSÃO DE 1.5.1. realizar a exclusão de PM, inserindo o motivo
POLICIAIS MILITARES E EMISSÃO DE RELATÓRIOS – deste procedimento no próprio Sistema On- line;
1.5.2. preencher as vagas disponíveis, em decorrência
REGRAS GERAIS
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

do não completamento da escala, utilizando-se do


recurso “remanejar”, por meio do qual serão veri-
1. Inscrição, escalas de serviço e relatórios de ativida- ficados os policiais militares aprovados que se ins-
de passível de DEJEM: creveram para outras escalas no âmbito da mesma
1.1. definido pelo Cmdo G o montante de vagas a se- OPM ou município (vide subitem “6.8.2.4.” e divi-
rem disponibilizadas para a execução de Ativ DE- sões da Dtz), dia e horário.
JEM pela Polícia Militar, o Coord Op PM registrará 1.6. a escala dos policiais militares selecionados será
no Sistema On-line a quantidade de vagas que se- disponibilizada na própria Intranet PM, pelo Sis-
rão destinadas a cada Coord Ativ DEJEM, o qual tema On-line, na opção “Consulta de Escalas”, de
poderá redistribuí-las aos escalões subordinados, forma que o próprio PM voluntário tenha ciência
conforme as demandas existentes em sua área de das informações referentes à atividade. Além disso:
atribuição; 1.6.1. o Sistema On-line enviará um e-mail ao PM

156
quando este for escalado ou excluído da atividade; supervenientes relacionadas à preservação da or-
1.6.2. a escala informatizada será então estruturada dem pública implicarão a adoção prévia das me-
no formato de “Relatório de Presença de Escala didas estabelecidas no subitem “6.6.3.” e divisões
(RPE)”, contendo os dados relativos à atividade: lo- da Dtz.
cal, dia e horários de início e de término do serviço,
posto ou graduação, RE, nome completo e OPM Assinado o original
do policial militar voluntário, além de outros cam- FRANCISCO ALBERTO AIRES MESQUITA
pos julgados necessários; Cel PM Subcomandante
1.6.3. esse “RPE” será impresso pelo responsável pela
elaboração da escala e entregue ao policial militar
de maior posto ou graduação dentre aqueles esca- ______.______. DIRETRIZ PM3-002/02/14 -
lados, o qual deverá: ATIVIDADE DELEGADA
1.6.3.1. conferir todas as informações constantes,
principalmente no que tange ao número de horas
trabalhadas;
DIRETRIZ Nº PM3-002/02/14
1.6.3.2. registrar eventuais atrasos ou ausências ocor-
ridas;
1.6.3.3. restituí-lo, após a devida conferência, ao po- Com as alterações promovidas pelas Ordens Com-
licial militar responsável pela escala, o qual, após plementares nº PM3-001/02/18, de 18JAN18, PM3-
verificá-la, deverá, no expediente subsequente ao 004/02/18, de 05MAR18, PM3-006/02/18, de 19JUL18,
cumprimento da escala: PM3-003/02/19, de 27MAR19, e PM3-006/02/19, de
1.6.3.3.1. acessar o sistema de escala e, na tela “Confir- 03JUN19.
mação de Presença”, preencher os campos dispo-
nibilizados com os dados obtidos do RPE. A con- 1. REFERÊNCIAS
firmação do cumprimento da escala, no sistema, é
necessária para o lançamento das diárias no SIPA; 1.1. Diretriz nº PM3-008/02/06, de 01AGO06 [Normas
1.6.3.3.2. no caso de eventuais atrasos e ou ausências para o Sistema Operacional de Policiamento PM
ocorridas, cientificar o Coord Ativ DEJEM visando (NORSOP)];
à deliberação acerca do encaminhamento de do- 1.2. Lei Complementar nº 1.188, de 27NOV12 (Alte-
cumentação à OPM de origem do policial militar ra dispositivos da Lei nº 10.291, de 26NOV68, que
que deu azo à irregularidade, com o intuito de que instituiu o Regime Especial de Trabalho Policial);
sejam adotadas as providências apuratórias e dis- 1.3. Portaria nº PM1-003/02/13 (Regula o regime de
ciplinares pertinentes. trabalho policial-militar).
1.6.4. inseridos os dados do RPE no Sistema On-line, 1.4. Resolução SSP nº 68, de 23JUN14 (Estabelece
eles ficarão disponíveis aos interessados para con- minuta padrão para a celebração de convênios
sulta e viabilização dos pagamentos das diárias, com os municípios paulistas, visando o exercício
conforme rotina e graus de acesso determinados de “atividade delegada” com o emprego de poli-
conjuntamente pela DTel e DFP, por intermédio, ciais militares). (Incluído pela O Comp nº PM3-
respectivamente, do CPD e CIAF; 006/02/18)
1.6.5. a OPM de origem dos policiais militares empre-
gados em Ativ DEJEM, por intermédio do respon-
2. FINALIDADE
sável pelo SIPA, acessará o Sistema On-line e ex-
trairá os dados necessários (tela “Relatório DEJEM”)
Disciplinar as regras gerais para que sejam planeja-
para o lançamento das diárias a que os PM de seu
efetivo fazem jus, independentemente das OPM dos e realizados os serviços e atividades, cuja execução
em que eles foram empregados. possa ser atribuída, mediante delegação municipal, à Po-
1.7. eventuais ajustes nas escalas de serviço da Ativ lícia Militar, em decorrência de convênio firmado entre o
DEJEM (casos em que o PM se tornar inapto por Estado e os municípios da Região Metropolitana, Interior
não atender aos requisitos para cumprimento da e Capital.
escala, por exemplo), que não possam ser realiza-
dos diretamente no Sistema On-line (a título de 3. SITUAÇÃO
exemplo, até o último dia da inscrição – data limite,
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

o policial militar poderá desistir da atividade pela 3.1. desde a implantação do Programa de Combate
via Intranet PM), originários de situações super- ao Comércio Ambulante Irregular ou Ilegal no Mu-
venientes, deverão ser comunicados pelo policial nicípio de São Paulo, em 2010, a Polícia Militar vem
militar voluntário diretamente à OPM responsável, executando diversas atividades municipais delega-
desde que com a antecedência mínima necessária das, em decorrência dos convênios firmados entre
à reestruturação da escala. Para esses casos, cada o Governo do Estado de São Paulo e os demais
Coord Ativ DEJEM disciplinará a rotina de desistên- municípios do Estado;
cia da participação em atividade passível de DEJEM 3.2. o dinamismo e a diversidade de atividades munici-
em sua região comando, disponibilizando-a na pais delegadas, que atualmente são desenvolvidas
respectiva home page para amplo conhecimento; pela Instituição, aliado ao fato da expansão destes
1.8. por outro âmbito, eventuais ajustes nas escaladas serviços para diversos municípios do Estado, re-
de serviço da Ativ DEJEM decorrentes de situações quer constante aprimoramento e aperfeiçoamento

157
da doutrina e de procedimentos para implantação lecidos respectivamente ao CPC, CPM ou CPI, de
e desenvolvimento de Atividades Delegadas, moti- acordo com a área onde a atividade for desenvol-
vando, desta forma, a edição da presente Diretriz. vida; (NR dada pela O Comp nº PM3-006/02/18)
6.1.2.4. a CPCAD tem a responsabilidade precípua de
4. OBJETIVOS acompanhar o desenvolvimento do convênio e so-
lucionar os problemas não previstos no convênio e
4.1. incrementar o policiamento ostensivo-preventivo plano de trabalho. Possui ainda, dentre outras, as
nas localidades onde a Atividade Delegada for de- seguintes atribuições:
senvolvida, buscando aumentar a percepção de 6.1.2.4.1. acompanhar a execução do convênio;
segurança das respectivas comunidades; 6.1.2.4.2. propor alterações no plano de trabalho que
4.2. reduzir os índices de criminalidade, com ênfase integra o convênio;
nas atividades de prevenção primária, por meio de 6.1.2.4.3. avaliar a quantidade necessária de efetivo
parceria com os municípios na realização de ativi- para o desempenho da Ativ Del;
dades por eles delegadas. 6.1.2.4.4. conferir o emprego do pessoal disponibili-
zado pela PMESP, atestando o número de horas
5. MISSÃO despendidas por militar estadual no exclusivo
exercício da Ativ Del, bem como o montante total
Os G Cmdo alvo do desenvolvimento de atividades a ser transferido pelo município;
delegadas pelo poder público municipal, deverão adotar 6.1.2.4.5. propor as adequações que se fizerem neces-
as medidas estabelecidas para instituição da Atividade
sárias à plena execução da Ativ Del.
Delegada, por força de convênio, mediante o emprego
6.2. Princípios gerais para o desenvolvimento da Ativ
de policiais militares em atividades municipais delegadas
Del:
ao Estado.
6.2.1. os G Cmdo, em cujos territórios de responsabi-
6. EXECUÇÃO lidade serão realizadas as atividades, poderão de-
signar os Cmt de OPM, escalão mínimo Btl, como
6.1. Conceituação: coordenadores da Ativ Del. Essas autoridades poli-
6.1.1. Atividade Delegada (Ativ Del): cial-militares devem adotar todas as medidas que
Para os efeitos desta Dtz, Ativ Del consiste na execu- se fizerem necessárias para a consecução e suces-
ção de serviços de competência municipal delega- so dessa sistemática;
dos ao Estado, mediante convênio celebrado entre 6.2.2. a Ativ Del será desenvolvida em locais previa-
o Governo de São Paulo, por meio da Secretaria da mente estabelecidos pela CPCAD e no plano de
Segurança Pública (SSP), com a interveniência da trabalho anexo ao convênio que formalizará o
Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), e os ajuste;
municípios do Estado, objetivando o emprego de 6.2.3. o efetivo policial-militar designado para a Ativ
policiais militares, voluntários, fardados, armados Del será prioritariamente empregado nas missões
e munidos de equipamento de proteção individu- definidas como objeto do convênio celebrado com
al, de acordo com escala especial extraordinária, e o respectivo município, não podendo ser designa-
abrangendo, simultaneamente, o desenvolvimento do previamente em outras atividades e ou opera-
de atividades próprias de preservação da ordem ções policial- militares ordinárias;
pública. 6.2.4. por conseguinte, o policiamento escalado or-
6.1.2. Comissão Paritária de Controle da Atividade De- dinariamente nas mesmas localidades não deverá
legada (CPCAD): atuar nas missões definidas no convênio celebra-
6.1.2.1. no âmbito do CPC: do, salvo se houver solicitação deliberada dos poli-
Comissão composta por 2 Oficiais Superiores desig- ciais militares empenhados na Ativ Del, para apoio,
nados pelo Cmt Pol Cap, em razão das peculiari- nos casos de cometimento de delitos (vide subi-
dades e quantidade de OPM existentes na Capital, tem “6.11.2.2.”);
além de 2 servidores indicados pelo Chefe do Po- 6.2.5. a execução da Ativ Del poderá ser suspensa em
der Executivo Municipal. (NR dada pela O Comp nº
situações excepcionais de grave perturbação da
PM3- 006/02/18)
ordem pública local ou geral, até o retorno da nor-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

6.1.2.2. no âmbito do CPM e dos CPI:


malidade.
Comissão composta pelo Cmt e Subcmt Btl em cuja
6.3. Critérios para o emprego do efetivo policial-mi-
área encontra-se o município a ser conveniado, e
por 2 servidores indicados pelo respectivo Chefe litar:
do Poder Executivo Municipal. No caso de haver 6.3.1. para participar da atividade, o policial militar
mais de um Btl em determinado município, caberá deve obedecer aos requisitos previstos nos subi-
ao G Cmdo indicar qual será o Btl responsável pela tens a seguir, tanto no momento de sua inscrição
composição da respectiva CPCAD. (NR dada pela O quanto no período de cumprimento da escala. A
Comp nº PM3-006/02/18) responsabilidade por atestar a obediência a esses
6.1.2.3. no âmbito de outras OPM não descritas nos requisitos é exclusiva do policial militar interessa-
subitens “6.1.2.1.” e “6.1.2.2.”, a comissão deverá do, que o fará ao preencher a planilha “Critérios
ser constituída conforme os parâmetros estabe- para emprego do efetivo PM em atividade dele-

158
gada” no momento em que acessar o Sistema On- ao subitem “6.5.8.” da Nota de Instrução nº PM3-
-line para sua inscrição, ou, se a inscrição já tiver 002/03/14, de 22JUL14 (ou dispositivo regulamen-
sido realizada, por outro meio eficaz: tar que o substitua). (Incluído pela O Comp nº
6.3.1.1. ser voluntário; PM3-006/02/18)
6.3.1.2. estar, no mínimo, no comportamento “bom”; 6.3.1.13. não se encontrar, no momento da execução
6.3.1.3. estar apto no TAF e TAT, no ato da inscrição e da escala da Ativ Del, em cumprimento de Perma-
no período de cumprimento da escala; nência Disciplinar ou Detenção, sejam elas relacio-
6.3.1.4. não estar em gozo de Dispensa do Serviço nadas ou não ao exercício da Ativ Del. (Incluído
(DS) ou afastado da atividade policial-militar em pela O Comp nº PM3-003/02/19)
decorrência de Licença para Tratamento de Saú- 6.3.2. os coordenadores da Ativ Del, observando os
de (LTS) ou, ainda, de Licença para Tratamento de termos do convênio firmado e a demanda admi-
Saúde em Pessoa da Família, além de não possuir nistrativa dele decorrente, poderão autorizar o em-
qualquer restrição para emprego em serviço ope- penho de até 6 (seis) policiais militares voluntários
racional; do contingente administrativo da OPM responsá-
6.3.1.5. não estar respondendo a Processo Regular vel pelo desenvolvimento da atividade delegada
[Processo Administrativo Disciplinar (PAD), Conse- para, em determinados períodos de suas folgas re-
lho de Disciplina (CD) e Conselho de Justificação gulamentares, executarem as atividades eminente-
(CJ)] ou Procedimento Administrativo Exoneratório mente administrativas a ela inerentes [elaboração
(PAE); das escalas, estruturação dos “Relatórios de Pre-
6.3.1.6. não ter sido submetido à sanção administra- sença de Escala”, emissão do Relatório Diário de
tiva pelo cometimento de falta disciplinar relacio- Escala da Atividade Delegada” (vide anexo), etc.]. O
nada diretamente com a Ativ Del, exceto a sanção emprego de efetivo administrativo nessas funções
de “Advertência”. Nesses casos, em decorrência da ocorrerá na proporção de 1 (um) policial militar
sanção administrativa, o PM terá restrita sua par- para cada grupo mínimo de 30 (trinta) vagas dis-
ticipação na Ativ Del, na seguinte conformidade: ponibilizadas em Ativ Del por dia; (NR dada pela O
6.3.1.6.1. primeira falta disciplinar: restrição de 30 Comp nº PM3-004/02/18)
(trinta) dias, a contar da data da publicação do 6.3.3. os policiais militares mencionados no subitem
anterior farão jus à retribuição pecuniária pelas ho-
cumprimento da sanção disciplinar;
ras trabalhadas, desde que respeitados os limites
6.3.1.6.2. a partir da segunda falta disciplinar: restri-
impostos no subitem “6.6”.
ção de 60 (sessenta) dias para cada falta, a contar
6.4. confecção e cumprimento da escala da Ativ Del:
da data da publicação do cumprimento da sanção
6.4.1. uma vez cumpridos os critérios para emprego
disciplinar ou, no caso cumulativo de faltas, a partir
do efetivo policial-militar estabelecidos no subi-
do cumprimento integral da restrição anterior.
tem “6.3.” e divisões, as escalas serão elaboradas
6.3.1.7. estar capacitado, conforme previsto no subi-
automaticamente pelo Sistema On- line, desenvol-
tem “6.12.” e divisões; vido pelo CPD, e disponibilizadas na Intranet PM
6.3.1.8. estar de folga ou em gozo dos seguintes afas- ou home page do G Cmdo ou OPM de escalão mí-
tamentos regulares: Licença-Prêmio, Férias ou Dis- nimo Btl, com base no número de inscritos e vagas
pensa Recompensa; disponíveis;
6.3.1.9. não estar cumprindo pena por cometimento 6.4.2. para a elaboração das escalas, o Sistema utiliza-
de crime de qualquer natureza, mesmo que lhe rá, como recurso de seleção, as condições defini-
seja concedido qualquer benefício, bem como em das a seguir, conforme a região onde será desen-
menagem ou liberdade provisória; volvida a Ativ Del:
6.3.1.10. não estar, durante o período de realização, 6.4.2.1. Capital (âmbito do CPC):
frequentando curso ou estágio de formação, ha- 6.4.2.1.1. a prioridade para inclusão do efetivo nas es-
bilitação, aperfeiçoamento ou adaptação desen- calas da Ativ Del levará em consideração a OPM de
volvido na Polícia Militar, bem como nos períodos origem do policial militar, na seguinte disposição
correspondentes aos estágios probatórios referen- (equivale a dizer, será empregado prioritariamente
tes aos Asp Of PM e Sd PM 2ª Cl, exceto quando o PM que pertença ao efetivo):
o curso for realizado integralmente no processo 6.4.2.1.1.1. Cia PM territorial em cuja subárea será re-
de Educação à Distância (EaD) ou, quando parcial- alizada a Ativ Del (policial militar do serviço opera-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

mente em EaD, durante a fase exclusivamente vir- cional ou administrativo);


tual; (NR pela O Comp nº PM3-006/02/19) 6.4.2.1.1.2. BPM/M territorial em cuja área será reali-
6.3.1.11. não estar frequentando tanto o EEP – Desen- zada a Ativ Del (policial militar do serviço operacio-
volvimento Psicoemocional quanto o EEP nal ou administrativo);
Procedimentos de Menor Potencial Ofensivo, este 6.4.2.1.1.3. efetivo do CPA em cuja região será reali-
último somente nos casos de policiais militares zada a Ativ Del e das demais OPM subordinadas;
vinculados à 4ª fase do PAAPM (ou programa 6.4.2.1.1.4. efetivo das demais OPM de Direção, Apoio,
que o substitua); (Incluído pela O Comp nº PM3- Execução e Especiais de Execução sediadas na Ca-
006/02/18) pital, Região Metropolitana e Interior, bem como
6.3.1.12. não possuir prescrição decorrente de par- o efetivo das Assessorias e Casa Militar, formando
ticipação no PAAPM, atribuída pelo CAPS/NAPS, um único bloco e todos concorrendo em igualda-
correspondente aos Níveis I, II ou III referentes de de condições.

159
6.4.2.2. Região Metropolitana e Interior (âmbito do tenta) horas mensais, dentro do mês considerado,
CPM e CPI): independente da quantidade de convênios a que
6.4.2.2.1. a prioridade para inclusão do efetivo nas se voluntariou;
escalas da Ativ Del levará em consideração o mu- 6.6.2. para fins de atribuição dos valores a serem pa-
nicípio onde serão desenvolvidos os serviços, na gos ao policial militar, não será considerada como
seguinte prioridade: emprego decorrente do previsto no convênio a
6.4.2.2.1.1 efetivo das OPM de Execução e Especiais continuidade do turno de serviço (extrapolação do
de Execução com sede no município onde será re- limite de horas diárias), em decorrência da rotina
alizada a Ativ Del, formando um único bloco e to- operacional vinculada à Ativ Del;
dos concorrendo em igualdade de condições; 6.6.3. para o exercício da Ativ Del, em consonância
6.4.2.2.1.2. efetivo das demais OPM de Direção, com o disposto na Lei Complementar de referência
Apoio, Execução e Especiais de Execução, Asses- “1.2.”, deve ser observado o disposto na Portaria nº
sorias e Casa Militar, sediados fora do município, PM1-003/02/13, que regula o regime de trabalho
formando um único bloco e todos concorrendo
policial-militar, especialmente no que concerne ao
em igualdade de condições.
descanso mínimo do policial militar decorrente do
6.4.2.3. âmbito do CCB e dos Órgãos Especiais de Exe-
cumprimento de escalas de serviço;
cução:
6.6.4. para o horário de expediente administrativo
A prioridade para a seleção do efetivo deve seguir os
mesmos parâmetros estabelecidos para a região não se aplica o previsto no subitem anterior.
metropolitana e interior do Estado, ressalvadas as 6.7. Escalonamento:
exigências técnicas inerentes à especificidade da 6.7.1. o comandamento do efetivo designado para a
atividade a ser desenvolvida. Ativ Del será, sempre que possível, o correspon-
6.4.3. uma vez obervadas as regras estabelecidas nos dente à fração de tropa empregada, segundo cri-
subitens anteriores (critério de territorialidade) e térios estabelecidos pelas normas da Instituição,
remanescer igualdade de condições entre policiais em especial a Matriz Organizacional, podendo ser
militares voluntários, a quantidade de horas tra- ajustado pelo Oficial ou Subten/Sgt PM (quando
balhadas no mês considerado será utilizada como se tratar de Gp PM) responsável pela elaboração
critério de desempate; da escala, a seu critério ou conforme a necessidade
6.4.4. se o número de inscritos for superior ao número do serviço, para a adequada fiscalização da tropa;
de vagas para determinada localidade, o sistema 6.7.2. dentre os policiais militares escalados para a
permitirá o remanejamento dos interessados exce- Ativ Del, aquele de maior patente ou graduação
dentes para outras localidades, dentro da mesma será o Cmt, sendo o responsável pela coordena-
área onde é desenvolvida a atividade, respeitando ção, fiscalização, controle, conferência da escala e
as opções iniciais dos voluntários quanto ao dia e demais atividades afetas à função;
horário escolhidos; 6.7.3. as ações de comandamento anteriormente cita-
6.4.5. se, pela peculiaridade e tecnicidade da ativida- das devem ser exercidas integralmente e in loco, de
de, houver necessidade de empenho de efetivos acordo com os turnos de serviço e regiões críticas
subordinados a outros G Cmdo, o Cmt da OPM estabelecidas em escala de serviço.
responsável pela área onde se der a Ativ Del es- 6.8. Uniforme e equipamentos:
pecial, deverá: 6.8.1. os policiais militares escalados em Ativ Del de-
6.4.5.1. contatar a DTel para que seja incluído esse de- verão se apresentar para o serviço devidamente
talhamento nos dispositivos eletrônicos de inscri-
fardados, em uniforme B-3.5 (exceto aqueles lo-
ção voltados ao serviço a ser executado;
tados em Órgãos Especiais de Execução, que po-
6.4.5.2. contatar o G Cmdo responsável pelo efetivo
derão usar o fardamento característico de suas
específico, solicitando divulgação da atividade a
Unidades), no local designado na escala de serviço
ser executada.
6.4.6. uma vez escalado, o policial militar deverá cum- e munidos dos equipamentos obrigatórios elenca-
prir integralmente e in loco o turno de serviço de- dos a seguir, originários de suas respectivas OPM,
terminado em escala; exceção feita aos convênios cujas atividades exijam
6.4.7. elaborada e divulgada, via Sistema On-line, na configuração diversa de equipamento e uniforme:
Intranet PM, a escala de serviço passará a ser obri- 6.8.1.1. EPI completo;
6.8.1.2. pistola .40;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

gatória para o policial militar, sujeitando-o às san-


ções administrativas, disciplinares, penais e penais 6.8.1.3. colete balístico;
militares que seu descumprimento, total ou parcial, 6.8.1.4. algemas;
implicar. 6.8.1.5. tonfa.
6.5. Inscrição, escalas de serviço e relatórios da Ativ 6.8.2. quanto à comunicação por meio de rádio por-
Del: tátil HT, ficará a cargo do coordenador da Ativ Del,
As atribuições e procedimentos administrativos rela- com apoio da DTel, providenciar os meios necessá-
tivos à Ativ Del estão inseridos no Anexo a esta Dtz. rios às patrulhas para o desenvolvimento da Ope-
6.6. Regime de Trabalho: ração.
6.6.1. o policial militar empregado em Ativ Del estará 6.9. Viaturas: coordenador, em cuja área de respon-
sujeito à carga horária limite de até 8 (oito) horas sabilidade será desencadeada a Ativ Del, poderá
diárias e não poderá ultrapassar o teto de 80 (oi- empregar, em apoio ao efetivo escalado, viaturas

160
próprias ou de OPM subordinadas, desde que pro- nibilizar na Intranet PM a metodologia de habili-
cedentes do status “reserva”, de forma a não pre- tação para os demais policiais militares, potenciais
judicar o montante de viaturas rotineiramente em- voluntários;
pregadas e a demanda de atendimentos relativos 6.12.3. caberá ao policial militar voluntário que pre-
ao policiamento ordinário. tenda concorrer à determinada Ativ Del buscar sua
6.10. Planejamento: qualificação junto à OPM responsável pelo convê-
6.10.1. o espaço físico estabelecido para o desenvol- nio correspondente;
vimento da Ativ Del pela CPCAD e constante no 6.12.4. a capacitação deverá ocorrer de forma a não
plano de trabalho anexo ao convênio deverá ser causar prejuízos aos serviços e atividades ordiná-
dividido em Áreas de Interesse de Segurança Pú- rias da PMESP.
blica (AISP), que servirão como referência terri-
6.13. Atribuições Particulares:
torial para as ações policial-militares delegadas e
6.12.1.1. conhecer as ocorrências mais relevantes e ou
distribuição das patrulhas;
passíveis de repercussão decorrentes da Ativ Del,
6.10.2. o planejamento dar-se-á mediante constante
além das situações que, eventualmente, por razão
fluxo de informações entre o coordenador da Ativ
Del e o respectivo órgão municipal ao qual estão de grave perturbação da ordem pública, ensejem
vinculadas as atividades a serem delegadas, bem a suspensão das rotinas atreladas à atividade em
como mediante a utilização do Sistema de Infor- questão, mantendo o Subcmt PM informado; (NR
mações Operacionais da Polícia Militar (SIOPM), dada pela O Comp nº PM3-001/02/18)
Sistemas Inteligentes (COPOM ON-LINE, FOTO- 6.13.1.2. centralizar os dados e informações afetos ao
CRIM e INFOCRIM) e outras fontes julgadas per- desenvolvimento de Ativ Del, estabelecendo siste-
tinentes. mática destinada ao recebimento e organização de
6.11. Atuação do Policial Militar na execução da Ativ tais conhecimentos das OPM, atualizando-os men-
Del: salmente e mantendo o Subcmt PM informado.
6.11.1. conforme o objeto do respectivo convênio, o (NR dada pela O Comp nº PM3-001/02/18)
coordenador da Ativ Del deverá elaborar o rol de 6.13.2. CIPM
atividades a serem executadas na Ativ Del, diante Conhecer todas as ocorrências graves e ou passíveis
dos serviços delegados à PMESP, a fim de orientar de repercussão decorrentes da Ativ Del, adotando
a forma de atuação do efetivo empregado; as medidas decorrentes necessárias.
6.11.2. no atendimento de ocorrências: 6.13.3. CComSoc
6.11.2.1. as ocorrências irradiadas, via COPOM ou 6.13.3.1. conhecer todas as ocorrências graves e ou
CAD, para as patrulhas policial-militares designa- passíveis de repercussão decorrentes da Ativ Del,
das para a Ativ Del, deverão restringir-se às situa- adotando as medidas de sua competência;
ções que envolvam a execução da atividade oriun- 6.13.3.2. propor estratégias para promover a divulga-
da do convênio firmado; ção das ações vinculadas à Ativ Del para a mídia
6.11.2.2. se, no entanto, forem constatados ilícitos estadual e público interno.
criminais de qualquer natureza na localidade onde 6.13.4. ª EM/PM
está sendo desenvolvida a Ativ Del, essas patru- Analisar eventuais propostas de alteração relaciona-
lhas, após efetuarem o primeiro atendimento, e das à presente Dtz, assessorando o Cmdo G na de-
excetuando-se os casos de flagrante delito, deve-
liberação acerca da necessidade de ajustes a serem
rão acionar a viatura do respectivo subsetor, via
procedidos.
COPOM ou CAD, para eventual prosseguimento na
6.13.5. 4ª EM/PM
ocorrência, de forma que esse contingente possa
Receber dos G Cmdo as relações das necessidades
retomar suas atividades;
6.11.2.3. todas as ocorrências graves e ou passíveis de de recursos materiais das OPM responsáveis pela
repercussão, decorrentes da Ativ Del, deverão ser execução da Ativ Del, adotando as medidas neces-
comunicadas, de imediato, à Sala de Situação do sárias para a aquisição e ou remanejamento, con-
CIPM, à Sala de imprensa do CComSoc e à Coord forme o caso, e respectiva distribuição.
Op PM, além de outras providências pertinentes. 6.13.6. DEC
6.12. Instrução e treinamento: Dar suporte ao coordenador de Ativ Del visando a
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

6.12.1. sempre que os serviços delegados à Institui- estabelecer, em comunhão com a CPCAD, práticas
ção, pelos municípios, constituírem atribuições pedagógicas voltadas à instrução e treinamento
estranhas às que são encargos do policial militar dos policiais militares que atuarão na Ativ Del.
em suas ações de rotina, haverá a necessidade de 6.13.7. DP
capacitação visando à preparação dos policiais mi- Manter atualizada a base de dados do Sistema Inte-
litares voluntários; grado de Recursos Humanos (SIRH) no que se re-
6.12.2. caberá ao coordenador da Ativ Del, com o as- fere, principalmente, às informações de conta-cor-
sessoramento da CPCAD e apoio da DEC, valen- rente, OPM, nome completo e posto ou graduação
do-se também de profissionais especializados do dos policiais militares empregados na Ativ Del.
respectivo órgão municipal, providenciar a capa- 6.13.8. DFP
citação necessária de seu efetivo, além de dispo- 6.13.8.1. por meio do CIAF:

161
6.13.8.1.1. desenvolver estratégia que permita à Ins- fluxo e os prazos das documentações afins. No que
tituição, diante de todos os convênios de Ativ Del concerne ao pagamento dos policiais militares,
havidos no Estado de São Paulo, viabilizar o mon- observar e adotar a sistemática desenvolvida pela
tante a ser pago aos policiais militares que atuarem DFP, por intermédio do CIAF, mantendo contato
na Ativ Del; com aquela OPM, se for o caso, para os ajustes ne-
6.13.8.1.2. estabelecer os processos e tarefas necessá- cessários ao cumprimento desta missão (vide subi-
rias para efetivar o pagamento do efetivo policial- tem “6.13.8.” e respectivas divisões);
-militar empregado na Ativ Del, independente- 6.13.10.7. adotar medidas para que as ocorrências
mente do objeto do convênio ou do município em graves e ou passíveis de repercussão sejam comu-
que se exerça a atividade; nicadas imediatamente ao CIPM, por meio da Sala
6.13.8.1.3. responsabilizar-se pela prestação de con- de Situação, ao CComSoc, por meio da Sala de Im-
tas previstas nos convênios, estabelecendo as me- prensa, e à Coord Op PM.
didas de auditoria e controle que se fizerem neces- 6.13.11. para os BPM (região do CPC, CPM e CPI) da
sárias para o cumprimento desta missão. área onde será desenvolvida a Ativ Del
6.13.9. DTel 6.13.11.1. por meio de suas respectivas Cia PM terri-
6.13.9.1. de acordo com as necessidades manifesta- toriais subordinadas, prestar os apoios necessários
das pelos coordenadores de Ativ Del, providenciar
às patrulhas vinculadas à Ativ Del, mormente em
rádios portáteis HT para suporte de comunicação,
razão de conduções a Distrito Policial, sem prejuízo
bem como outros recursos de sua área de atuação
aos atendimentos emergenciais e ordinários des-
que se fizerem necessários;
pachados pelo COPOM ou CAD;
6.13.9.2. por meio do CPD:
6.13.9.2.1. realizar as manutenções necessárias no 6.13.11.2. administrar e controlar a distribuição de
software (Sistema On-line) que possibilite a imple- armamento e demais equipamentos de proteção
mentação da sistemática prevista nesta Diretriz, o individual aos policiais militares pertencentes à sua
qual deverá, dentre outras ações necessárias, pos- OPM (contingente operacional ou administrativo)
sibilitar o controle da quantidade de horas traba- e escalados na Ativ Del, sem que, no entanto, haja
lhadas por policial militar, de forma a não permitir prejuízos aos recursos materiais destinados às ati-
a inscrição daqueles que já tiverem ultrapassado vidades ordinárias de policiamento ostensivo;
os limites previstos no subitem “6.6.1.”, observan- 6.13.11.3. em havendo dificuldades relativas ao cum-
do as condições para confecção das escalas, con- primento do subitem anterior, comunicar sobre as
forme Anexo; carências materiais ao escalão superior a que for
6.13.9.2.2. em decorrência dos aperfeiçoamentos ne- subordinado.
cessários no software, manter o Manual do Usuário 6.13.12. Órgãos de Direção, de Apoio, de Execução,
da Atividade Delegada atualizado, disponibilizan- Especiais de Execução, Assessorias e CMil
do-o na Intranet PM. Administrar e controlar a distribuição de armamen-
6.13.10. Coordenador de Ativ Del to e demais equipamentos de proteção individual
6.13.10.1. se necessário, editar documento de Esta- para o policial militar (do contingente operacional
do-Maior regulando a Ativ Del no âmbito de seu e ou administrativo) escalado para a Ativ Del, sem
Cmdo, visando a atender as peculiaridades locais, que, no entanto, haja prejuízos à execução das ati-
respeitando as prescrições contidas nesta Dtz; vidades ordinárias de policiamento ostensivo ou
6.13.10.2. envidar os esforços necessários para evitar outras atividades operacionais de sua respectiva
solução de continuidade na execução das ações área de atuação;
afetas à Ativ Del, de acordo com os termos de cada 6.13.13. G Cmdo
convênio; Providenciar o encaminhamento mensal à Coord Op
6.13.10.3. ocorrendo a suspensão da Ativ Del, confor- PM, até o dia 10 de cada mês, dos dados e informa-
me previsão contida no subitem “6.2.5.”, comuni-
ções relativos ao desenvolvimento de Ativ Del em
car o fato, imediatamente, via canal de comando,
sua região de comando (vide subitem “6.13.1.2.”).
ao Coord Op PM, bem como ao órgão municipal
(Incluído pela O Comp nº PM3-001/02/18)
pertinente;
6.13.10.4. criar Planos de Ação para cada localidade, 6.14. Prescrições Diversas:
6.14.1. encontra-se na home page da 1ª EM/PM na
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

referentes ao desenvolvimento da Ativ Del, reme-


tendo-os ao G Cmdo para conhecimento e con- Intranet PM a relação de documentos necessários
trole; à instrução dos processos para a instituição de Ativ
6.13.10.5. propor, em comum acordo com a CPCAD, Del, mediante a celebração de convênios de dele-
ajuste no número de policiais militares necessários gação de competências entre o Governo do Estado
para a consecução da Ativ Del, de acordo com a de São Paulo e os municípios do Estado;
dinâmica de seu desenvolvimento; 6.14.2. o policial militar voluntário de maior posto ou
6.13.10.6. estabelecer, mediante entendimento em graduação em locais de atuação da Ativ Del será
conjunto com o órgão municipal correspondente, designado o Cmt e deverá:
as rotinas administrativas necessárias ao controle 6.14.2.1. proceder à revista dos policiais militares,
da Ativ Del como um todo (ações de natureza ope- conforme “Relatório de Presença de Escala” (vide
racional, administrativa, financeira, etc.), fixando o Anexo), realizando, dentre outras medidas julga-

162
das pertinentes, a conferência do efetivo, dos ma- 6.14.9. fica liberado o canal técnico entre as OPM en-
teriais e dos equipamentos de proteção individual volvidas para a elaboração dos planejamentos e
necessários à atividade (no início do serviço) e a detalhamentos necessários;
verificação das novidades ocorridas durante a exe- 6.14.10. revogam-se as disposições em contrário,
cução da Ativ Del (ao término do serviço), transcre- especialmente a Diretriz nº PM3-003/02/13, de
vendo as respectivas anotações no próprio Relató- 25JUL13, e a Ordem Complementar nº PM3-
rio e adotando outras providências que se fizerem 005/02/13, de 21AGO13.
necessárias;
Assinado no original
6.14.2.2. distribuir as patrulhas nos locais de atuação BENEDITO ROBERTO MEIRA
da Ativ Del, conforme planejamento; Cel PM Comandante-Geral
6.14.2.3. havendo multiplicidade de locais de ativida-
de delegada na área do CPA ou BPM/I, observado ANEXO “A” À DIRETRIZ Nº PM3-002/02/14
o contido nesta diretriz, o Oficial de maior posto,
dentre os que se voluntariaram para o serviço, será ESCALA DE SERVIÇO, INCLUSÃO E EXCLUSÃO DE
destacado como “Supervisor de Atividade Delega- POLICIAIS MILITARES VOLUNTÁRIOS E EMISSÃO DE
da” o qual, suprido com viatura da OPM responsá- RELATÓRIOS DA ATIVIDADE DELEGADA (Ativ Del) –
vel, fiscalizará o desenvolvimento da atividade em REGRAS GERAIS
todos os locais de sua atuação;
1. Inscrição, escalas de serviço e relatórios da Ativ Del:
6.14.2.4. se for o caso, contatar o órgão municipal 1.1. o coordenador da Ativ Del estruturará e disponi-
correspondente com o intuito de dirimir possíveis bilizará na Intranet PM ou em sua home page (Sis-
dúvidas e também para prestar apoios necessários tema On-line) os dados gerais relativos às escalas
ao desenvolvimento da Ativ Del. de serviço (dias, locais, horários, etc.);
6.14.3. nos convênios cujo objeto seja a fiscalização e 1.2. o policial militar interessado em participar da Ativ
eventual apreensão de mercadorias: Del acessará a Intranet PM e fará sua inscrição, pre-
6.14.3.1. todo material apreendido deverá ser apro- enchendo todos os dados contidos na respectiva
priadamente acondicionado em invólucro lacrado planilha disponibilizada pelo Sistema On-line. Caso
(mediante auxílio de servidor ocupante de cargo tenha dificuldade para realizar sua inscrição, o po-
ou função de agente de apoio vinculado ao Po- licial militar poderá consultar o Manual do Usuário
da Ativ Del disponível na Intranet PM, por meio do
der Público Municipal) e imediatamente recolhido
link “Autoatendimento de Tecnologia”;
às dependências da Prefeitura, por intermédio de 1.3. realizada a inscrição, o Sistema On-line a proces-
veículo apropriado do órgão municipal, a quem sará, de forma a possibilitar a montagem automá-
compete relacionar a quantidade de material apre- tica da escala em cuja localidade será desenvolvi-
endida, sua guarda, conservação e adoção de pro- da a Ativ Del, com base no número de inscritos
vidências decorrentes; e vagas disponíveis, utilizando como recurso de
6.14.3.2. a responsabilidade pela inviolabilidade dos seleção as condições definidas nos subitens “6.4.”
lacres, durante o transporte das mercadorias até a e divisões da Dtz;
Prefeitura, é dos servidores ocupantes de cargo ou 1.4. o Oficial ou Subten/Sgt PM (quando se tratar de
função de agente de apoio, ficando, no entanto, Gp PM ou equivalente), designado como respon-
sável pela elaboração da escala poderá apenas:
a cargo do coordenador da Ativ Del, estabelecer
1.4.1. realizar a exclusão de PM, inserindo o motivo
as providências necessárias para a escolta ou não deste procedimento no próprio Sistema
dessas mercadorias. On-line;
6.14.4. a apuração de responsabilidade civil por even- 1.4.2. preencher as vagas disponíveis, em decorrên-
tuais danos materiais causados por policiais mili- cia do não completamento da escala, utilizando-se
tares em bens do município deverá ser apurada do recurso “acionar remanejamento”, por meio do
conforme definido em convênio; qual serão verificados os policiais militares apro-
6.14.5. toda a rotina informatizada referente ao ca- vados que se inscreveram para outras escalas no
dastramento e inscrição do policial militar voluntá- âmbito de comando do respectivo coordenador de
rio, bem como a estruturação da escala de serviço Ativ Del, dia e horário.
e relatórios provenientes da Ativ Del, está balizada, 1.5. a escala dos policiais militares selecionados será
disponibilizada na própria Intranet PM, pelo Siste-
passo a passo, no Manual do Usuário da Ativ Del,
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ma On-line, no link “Consulta de Escalas”, de forma


disponibilizado pelo CPD na Intranet PM; que o próprio PM voluntário tenha ciência das in-
6.14.6. esta Diretriz deve ser amplamente divulgada formações referentes à Ativ Del. Além disso:
em todos os escalões operacionais e administra- 1.5.1. o Sistema On-line enviará um e-mail ao PM
tivos, devendo os Cmt/Ch/Dir, em todos os níveis, quando este for escalado ou excluído da Ativ Del;
zelar para que seja fielmente cumprida; 1.5.2. a escala informatizada será então estruturada
6.14.7. a 3ª EM/PM disponibilizará esta Diretriz na In- no formato de “Relatório de Presença de Escala”
tranet PM, por meio de sua home page; (RPE), contendo os dados relativos à Ativ Del: local,
6.14.8. as OPM que receberem esta Diretriz, confor- dia e horários de início e término do serviço, posto
me lista de distribuição, deverão redistribuí- la às ou graduação, RE, nome completo e OPM do poli-
Unidades subordinadas que dela devam tomar co- cial militar voluntário, número de horas a trabalhar,
nhecimento; além de outros campos julgados necessários;

163
1.5.3. esse RPE será impresso pelo Oficial ou Subten/ policial militar voluntário diretamente ao Oficial ou
Sgt PM designado como responsável pela elabo- Subten/Sgt PM responsável pela escala, desde que
ração da escala e entregue ao policial militar de com a antecedência mínima necessária à reestru-
maior posto ou graduação dentre aqueles escala- turação da escala. A OPM responsável pela produ-
dos (Cmt Op), o qual deverá: ção da escala disciplinará a rotina de desistência
1.5.3.1. conferir todas as informações constantes, da participação da Ativ Del, estabelecendo prazos
principalmente no que tange ao número de horas e outros pormenores, disponibilizando-a em sua
trabalhadas; home page para amplo conhecimento;
1.5.3.2. registrar eventuais atrasos ou ausências ocor- 1.6.4. no caso de atividade extraordinária no âmbito
ridas; da OPM de origem, que determine o emprego dos
1.5.3.3. restituí-lo, após a devida conferência, ao Ofi- policiais militares de folga e voluntários escalados
cial ou Subten/Sgt PM designado como responsá- em Ativ Del, a referida Unidade deverá comunicar
vel pela elaboração da escala, o qual, após verificá- o coordenador responsável pela atividade delega-
-la, deverá: da acerca do fato excepcional, de forma que seja
1.5.3.3.1. emitir o “Relatório Diário de Escala da Ativi- ajustada a escala de acordo com o banco de dados
dade Delegada” (RDEAD), documento que conterá disponível;
os dados essenciais do policial militar voluntário e 1.6.5. em ocorrendo situações excepcionais de grave
o valor pecuniário a que faz jus em função da ativi- perturbação da ordem pública, o efetivo emprega-
dade desenvolvida; do na Ativ Del poderá, a critério do G Cmdo res-
1.5.3.3.2. no caso de eventuais atrasos e ou ausências pectivo, ser remanejado para os focos críticos.
ocorridas, cientificar o coordenador de Ativ Del
visando à deliberação acerca do encaminhamen- LEÔNIDAS PANTA LEÃO DE SANTANA
to de documentação à OPM de origem do policial Cel PM Subcomandante
militar que deu azo à irregularidade, com o intuito
de que sejam adotadas as providências apuratórias
e disciplinares pertinentes.
______.______. NOTA DE INSTRUÇÃO PM3-
1.5.4. ato contínuo, o Oficial ou Subten/Sgt PM desig-
002/02/17 - SISTEMÁTICA DE PREVENÇÃO
nado como responsável pela elaboração da escala
disponibilizará o RDEAD no Sistema On-line e ado- DE ACIDENTES DE TRÂNSITO ENVOLVENDO
tará as demais providências necessárias para que POLICIAIS MILITARES
ele seja validado por parte do respectivo prefeito
municipal;
1.5.5. ao final de cada mês, o Sistema On-line gerará o SISTEMÁTICA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE
“Relatório Mensal da Atividade Delegada” (RMAD), TRÂNSITO ENVOLVENDO POLICIAIS MILITARES
o qual ficará disponível no referido Sistema e con-
terá todas as informações necessárias (relação de NOTA DE INSTRUÇÃO (NI) N° PM3-002/02/17
PM e respectivas horas trabalhadas, valores a rece-
ber, etc.) para viabilizar os pagamentos a que cada 1. REFERÊNCIAS
PM fizer jus;
1.5.6. o Oficial ou Subten/Sgt PM designado como 1.1. Resolução SSP-21 (Dispõe sobre diligências de
responsável pela elaboração da escala deverá ado- perseguição à pessoa ou veículo, objetivando res-
tar as providências necessárias para que o RMAD guardar os direitos individuais, as liberdades públi-
seja conferido e validado pelo respectivo prefeito cas e a segurança física dos policiais civis, militares
municipal e, na sequência, pelos membros da Co- e cidadãos), de 11ABR90;
missão Paritária, para que haja a viabilização do 1.2. Lei federal nº 9.503 (Institui o Código de Trânsito
pagamento aos policiais militares. Brasileiro – CTB), de 23SET97, e alterações poste-
1.6. as escalas de serviço da Ativ Del: riores;
1.6.1. serão estruturadas de modo a não gerar pre- 1.3. Diretriz nº PM6-001/30/03 (Sistema de Supervi-
juízos às escalas rotineiras da OPM de origem do são e Padronização Operacional nos Serviços Poli-
policial militar voluntário; cial-Militares - SISUPA), de 17DEZ03;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

1.6.2. devem considerar a possibilidade de que essa 1.4. Ordem de Serviço nº PM3-006/02/05 (Cautela no
atribuição especial venha a diminuir as capacida- deslocamento para atendimento de ocorrências),
des físicas e cognitivas do PM na execução de suas de 13JUL05;
atividades normais na Instituição; 1.5. Diretriz nº PM3-008/02/06 (Normas para o Siste-
1.6.3. eventuais ajustes na escala (trocas de serviço ma Operacional de Policiamento PM – NORSOP),
ou não atendimento aos requisitos para o cumpri- de 01AGO06;
mento da escala, por exemplo), que não possam 1.6. Ordem de Serviço nº PM3-023/02/08 [Uso de dis-
ser realizados diretamente no Sistema On-line (a positivos luminosos (faróis/giroflex) e ou sonoros
título de exemplo, até o último dia da inscrição - (sirenes/buzinas) pelas viaturas], de 30DEZ08;
data limite, o policial militar poderá desistir da es- 1.7. Nota de Instrução nº PM3-002/03/14 (Programa
cala pela via Intranet PM), originários de situações de Acompanhamento e Apoio ao Policial Militar –
supervenientes, deverão ser comunicados pelo PAAPM), de 22JUL14.

164
2. FINALIDADE 6. EXECUÇÃO

Disciplinar a sistemática de prevenção de acidentes 6.1. Conceituação:


de trânsito envolvendo policiais militares na condução 6.1.1. Procedimento de Análise de Acidente com Via-
de viaturas policiais de duas e quatro rodas. tura (PAAVI): consiste em um conjunto articulado
de atos destinados ao Estudo de Caso para:
6.1.1.1. prevenir a ocorrência de acidentes com viatu-
3. SITUAÇÃO
ras policiais;
6.1.1.2. instruir o policial militar no caso de inconsis-
3.1. as políticas de Gestão pela Qualidade preveem
tências no tocante ao cumprimento das normas
o controle dos processos com vistas à excelên-
referentes aos deslocamentos de viatura, seja para
cia nos serviços prestados, estando a prevenção o atendimento de ocorrência, realização do patru-
dos acidentes de trabalho e o risco zero inseridos lhamento ostensivo propriamente dito ou execu-
em tais processos, devendo os gestores policial- ção de atividade administrativa;
-militares, nesse contexto, mobilizar esforços para 6.1.1.3. avaliar, na atividade operacional, se o policial
aperfeiçoar condutas e procedimentos referentes à militar, durante o deslocamento para o atendimen-
segurança individual e coletiva dos efetivos sobre to de ocorrência, cumpriu os Procedimentos Ope-
os quais são responsáveis. Dentre as medidas pro- racionais Padrão (POP);
filáticas, destaca-se o aprimoramento das técnicas 6.1.1.4. definir medidas administrativas adequadas
de direção defensiva na condução de viaturas; para promover a correção das não conformidades
3.2. a repercussão negativa dos acidentes de trânsito em face dos policiais militares envolvidos em aci-
envolvendo viaturas policial-militares enseja a ne- dente de trânsito com viatura policial (participação
cessidade emergencial de adoção de medidas pre- em curso ou estágio, afastamento da função de
ventivas para corrigir comportamentos e aprimorar motorista/encarregado, etc.);
as técnicas de condução de viaturas, visando assim 6.1.1.5. adotar outras medidas julgadas oportunas, a
reduzir riscos e preservar a integridade física dos fim de reduzir a incidência de acidente de trânsito
militares do Estado e de terceiros eventualmente com viatura policial.
expostos a tais eventos; 6.1.2. Aquecimento prévio de condução de viatura
3.3. dentre as causas mais comuns dos acidentes de policial de duas rodas: são exercícios práticos de
trânsito, destacam-se a inobservância dos Proce- pilotagem realizados antes de iniciar o patrulha-
dimentos Operacionais Padrão e a realização de mento na via, visando à adaptação do condutor às
ações isoladas ante a conduta de pessoas sobre características peculiares da motocicleta;
as quais há suspeitas de estarem no cometimento 6.1.3. “QTC Legal - Trânsito Seguro”: são orientações
de crime, atitudes estas que têm gerado exposição básicas de segurança feitas por meio de frases cur-
desnecessária de policiais militares e interferência tas e transmitidas via rede de rádio, que buscam
a conscientização e o reforço no comportamento
desfavorável na sensação de segurança e na credi-
preventivo na condução de viatura durante o turno
bilidade dos serviços prestados pela Polícia Militar;
de serviço;
3.4. assim, o acidente de trânsito com viatura repre-
6.1.4. Campanha de prevenção de acidentes: conjunto
senta um elevado risco à vida e à integridade fí- de ações de comunicação social voltadas à cons-
sica do policial militar, bem como retira recurso cientização do policial militar acerca da importân-
material utilizado na atividade-fim, impactando, cia da prevenção de acidentes no trânsito;
assim, na capacidade operacional da Polícia Militar 6.1.5. Placar de acidente de trânsito envolvendo poli-
e, consequentemente, no controle dos indicadores cial militar de serviço: cartaz contendo os períodos
criminais. em que a OPM está trabalhando sem registros de
acidente de trânsito com viatura.
4. OBJETIVO 6.2. Condições de execução:
6.2.1. Procedimento de Análise de Acidente com Via-
Reduzir a incidência de acidente de trânsito envol- tura (PAAVI):
vendo viatura, preservando a integridade física do poli- 6.2.1.1. aplicabilidade e abrangência:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

cial militar, durante o desenvolvimento de suas missões PAAVI envolve o estudo de caso de acidente de trân-
institucionais, bem como de terceiros. sito, de qualquer natureza, envolvendo viatura da
Polícia Militar, com objetivo de identificar possíveis
5. MISSÃO não conformidades e propor medidas saneadoras
de cunho preventivo.
As OPM deverão implementar o conjunto de medi- 6.2.1.2. Comissão de Avaliação e Estudo de Caso:
das estabelecidas nesta NI, a fim de melhor preparar o 6.2.1.2.1. a Comissão de Avaliação e Estudo de Caso
policial militar para a execução de suas atribuições ro- deverá ser formada pelas seguintes autoridades:
tineiras e, assim, minimizar a incidência de fatores que 6.2.1.2.1.1. Cmt de Btl (ou equivalente): Presidente;
contribuem para o envolvimento em acidente de trânsito 6.2.1.2.1.2. Coord Op Btl (ou Oficial em função de
com viatura. Subch/dir): Coordenador; 6.2.1.2.1.3. Oficial P/3
(ou equivalente): Secretário;

165
6.2.1.3. membros que participarão da reunião de Es- 6.2.1.5. medidas de prevenção:
tudo de Caso: 6.2.1.5.1. as medidas de prevenção a serem aplicadas
6.2.1.3.1. Oficial na função de Cmt Cia PM (ou equi- aos policiais militares envolvidos em acidente de
valente) do policial militar envolvido no acidente; trânsito com viatura de quatro rodas (motorista e
6.2.1.3.2. Oficial na função de CFP, ou equivalente, de encarregado) e aos integrantes da patrulha de mo-
serviço no dia dos fatos; tocicletas, são as seguintes:
6.2.1.3.3. Graduado na função de CGP, ou equivalente, 6.2.1.5.1.1. Nível I: aplicável quando não houver a ne-
de serviço no dia dos fatos; cessidade de adoção de medidas de prevenção;
6.2.1.3.4. Policial Militar envolvido no acidente de 6.2.1.5.1.2. Nível II: emprego no policiamento osten-
trânsito com viatura (condutor da viatura e os de- sivo a pé, por um período de 15 a 30 dias, em re-
mais integrantes da Unidade de Serviço). gime de escala 5 x 2, submetendo o policial militar
6.2.1.4. realização da reunião de Estudo de Caso: a treinamento no formato EAD. Aplicável quando
6.2.1.4.1. a reunião ocorrerá até o 5º (quinto) dia útil não houver reincidência do condutor em acidente
subsequente ao do acidente; com viatura, mas que o fato decorreu da inobser-
6.2.1.4.2. caso os policiais militares envolvidos no aci- vância injustificável de um dos POP relacionados
dente não possam ser apresentados para a reunião à condução de viatura ou vinculados à atividade
no prazo previsto, o Presidente da Comissão deter- operacional que de alguma forma tenha contribu-
minará uma data posterior, tão logo cesse o impe- ído para o acidente;
dimento, para a realização dos trabalhos; 6.2.1.5.1.3. Nível III: emprego no policiamento os-
6.2.1.4.3. os policiais militares envolvidos no acidente tensivo a pé, por um período de 30 a 60 dias, em
não poderão exercer função de motorista de viatu- regime de escala de 5 x 2, submetendo o policial
ra até a realização do PAAVI. militar a treinamento no formato EAD. Aplicável
6.2.1.4.4. documentação necessária para subsidiar o quando não houver reincidência do condutor em
Estudo de Caso: 6.2.1.4.4.1. o Cmt Cia PM (ou equi- acidente com viatura, mas que o fato decorreu da
valente) deverá providenciar: 6.2.1.4.4.1.1. cópia da inobservância injustificável de 2 (dois) ou mais POP
escala de serviço; relacionados à condução de viatura ou vinculados
6.2.1.4.4.1.2. cópia do BO/PM; à atividade operacional que de alguma forma te-
6.2.1.4.4.1.3. cópia do Relatório de Serviço Operacio- nha contribuído para o acidente;
nal (RSO) ou da Ficha de Controle de Tráfego (FCT) 6.2.1.5.1.4. Nível IV: emprego no policiamento os-
da viatura envolvida no acidente; tensivo a pé, por um período de 60 a 90 dias, em
6.2.1.4.4.1.4. cópia do Cartão de Prioridade de Patru- regime de escala de 5 x 2, submetendo o policial
lhamento (CPP) da viatura envolvida no acidente; militar a treinamento no formato EAD e presencial,
6.2.1.4.4.1.5. replay da viatura acidentada, obtida por este último em conformidade com o Calendário de
meio do COPOM Online (se possível); 6.2.1.4.4.1.6. Cursos e Estágios (CCE) da Instituição (vide subi-
cópia do Relatório de Serviço do CGP, ou equiva- tem “6.3.11.4.”). Aplicável quando houver reinci-
lente. dência do condutor em acidente com viatura, num
6.2.1.4.4.2. o Oficial P/3 (ou equivalente) deverá pro- período de até 365 dias decorrente de inobservân-
videnciar: cia injustificável de POP relacionados à condução
6.2.1.4.4.2.1 mapa plotado com a indicação do local de viatura ou vinculados à atividade operacional
da ocorrência, obtido por meio do COPOM Online que de alguma forma tenha contribuído para o
ou via sítios eletrônicos disponíveis na rede mun- acidente.
dial de computadores, como Google Maps; 6.2.2. Aquecimento prévio de condução de viatura
6.2.1.4.4.2.2. cópia do relatório de serviço do CFP, ou policial de duas rodas:
equivalente; 6.2.2.1. é necessário realizar o aquecimento prévio de
6.2.1.4.4.2.3. gravação da comunicação da rede rádio, condução de motocicleta antes de iniciar o serviço,
obtida pelo COPOM/CAD; 6.2.1.4.4.2.4. fotografias, seja ele de natureza operacional ou administrativo,
croqui detalhado do local, etc. visando proporcionar uma rápida ambientação do
6.2.1.4.5. caberá ao Coordenador da Comissão ouvir condutor com as características peculiares do veí-
os policiais militares envolvidos no acidente, ava- culo oficial;
liar toda a documentação juntada e emitir parecer 6.2.2.2. para que esta condição mais favorável de pilo-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

sobre o caso; tagem seja rapidamente alcançada, o policial mili-


6.2.1.4.6. ao final da reunião, o Presidente da Comis- tar deverá realizar os exercícios de manobras (vide
são, após análise da documentação apresentada Anexo “B” a esta NI) no início do turno de serviço,
e das considerações expostas pelo Coordenador, com duração de 15 (quinze) minutos, sob a super-
emitirá a decisão sobre as medidas de prevenção visão de um Graduado ou Oficial, consignando o
que deverão ser aplicadas aos policiais militares treinamento em Relatório de Serviço Operacional
envolvidos no acidente de trânsito com viatu- (RSO) ou na Ficha de Controle de Tráfego (FCT);
ra, devendo elas serem consignadas no Relatório 6.2.2.3. o exercício de aquecimento deverá ser realiza-
constante no Anexo “A” a esta NI; do preferencialmente nas dependências da OPM.
6.2.1.4.7. finalizado o procedimento, o relatório deve- Em havendo impossibilidade, o Cmt/Ch/Dir de
rá ser digitalizado e enviado ao G Cmdo ou equi- OPM poderá indicar outro local compatível com os
valente da OPM que realizou o PAAVI. exercícios que serão realizados;

166
6.2.2.4. no aquecimento prévio, o policial militar de- 6.3.1.1. elaborar e atualizar QTC Legal - Trânsito Segu-
verá atentar ainda para a identificação de even- ro de caráter institucional, a ser divulgado mensal-
tuais inconsistências mecânicas na motocicleta, mente, na 1ª quinzena de cada mês, pelos COPOM,
como ruídos estranhos, vibrações excessivas, peças tanto da Capital quanto do Interior do Estado;
soltas, dentre outras, que passariam despercebidas 6.3.1.2. por intermédio do COPOM Capital, providen-
com a motocicleta estacionada. ciar a divulgação, na 2ª quinzena de cada mês, dos
QTC Legal - Trânsito Seguro”: QTC Legal - Trânsito Seguro encaminhados pelos
6.2.3.1. tem a finalidade de disseminar diariamen- Cmt Pol Área (vide subitem “6.3.13.5.”).
te orientações básicas de segurança, de modo a 6.3.2. CIPM:
contribuir com a conscientização do policial mili- 6.3.2.1. propor ao Coord Op PM as atualizações ne-
tar sobre a importância das técnicas de condução cessárias do SIOPM, referentes aos complementos
preventiva de viatura e a utilização dos POP, na se- do código específico de acidente de trânsito com
guinte forma: PM de serviço e de folga, visando melhor detalha-
6.2.3.1.1. o Graduado e ou Oficial de serviço deverá ir- mento do registro da ocorrência no sistema;
radiar, sempre que possível, as condições adversas 6.3.2.2. receber da Correg PM os dados das Sindicân-
de condução de veículo na via, utilizando-se como cias instauradas, solucionadas, bem como o re-
exemplo: sultado das medidas administrativas disciplinares
6.2.3.1.1.1. ... cautela no deslocamento devido ao tem- acerca dos acidentes de trânsito com viatura (vide
po chuvoso; subitem “6.3.3.”);
6.2.1.1.2. ... atenção no deslocamento devido aos efei- 6.3.2.3. receber da DS os dados relativos aos afasta-
mentos para tratamento de saúde de policiais mi-
tos da neblina na pista.
litares envolvidos em acidente de trânsito de qual-
6.2.3.1.2 o despachador do COPOM/CAD deverá irra-
quer natureza (vide subitem “6.3.12.”);
diar 2 (duas) mensagens por mês, sendo uma men-
6.3.2.4. receber dos Órgãos de Direção Geral, Direção
sagem na primeira quinzena e a outra na segun-
Setorial e G Cmdo os dados quantitativos de Estu-
da quinzena, para todas as Unidades de Serviço,
dos de Caso desenvolvidos no mês anterior (vide
com conteúdo de efeito que induzam à adoção de
subitem “6.3.13.4.”);
comportamento seguro por parte do patrulheiro, 6.3.2.5. consolidar os dados obtidos dos diversos
como, por exemplo: bancos de dados e os recebidos da Correg PM, DS,
6.2.3.1.2.1. Patrulheiro, dirija com cautela. Utilize o cin- Órgãos de Direção Geral, Órgãos Direção Setorial e
to de segurança. Ele pode salvar a sua vida; G Cmdo, produzindo os objetos de análise para as-
6.2.3.1.2.2. Patrulheiro, preserve sua segurança. Ao se sessoramento na tomada de decisões estratégicas;
deparar com veículo produto de ilícito, irradie e pro- 6.3.2.6. produzir RAC diariamente de todos os aciden-
mova condições seguras para a realização do cerco tes de trânsito de serviço e de folga envolvendo
policial. Um acompanhamento mal sucedido pode policiais militares;
levar a sua vida e de pessoas inocentes. Lembre-se 6.3.2.7. consolidar mensalmente a taxa de acidentes
disso; de viatura por OPM, distinguindo os programas
6.2.3.1.2.3. Policial Militar! Lembre-se: a sua vida é de policiamento aos quais pertencem as viaturas
muito importante para a sua família, amigos e para acidentadas.
a Instituição. Conduza a viatura e seu veículo com a 6.3.3. Correg PM:
máxima atenção e de forma segura. Providenciar envio ao CIPM (até o dia 10 de cada mês)
6.2.4. Campanha de prevenção de acidentes: dos dados referentes às Sindicâncias instauradas,
6.2.4.1. o CComSoc, em conjunto com os Oficiais de solucionadas, bem como o resultado das medidas
comunicação social das OPM, deverá desenvolver administrativas disciplinares acerca dos acidentes
campanha institucional permanente de prevenção de trânsito com viaturas ocorridas no mês anterior.
de acidentes, a fim de reforçar a conscientização 6.3.4. CComSoc:
do policial militar sobre a importância das técnicas 6.3.4.1. disponibilizar na página inicial do sítio eletrô-
de condução preventiva de viatura e a utilização nico da Polícia Militar as informações e orientações
dos procedimentos operacionais padrão. referentes à campanha de prevenção de acidentes
6.2.5. Placar de acidente de trânsito envolvendo poli- e placar de acidente de trânsito envolvendo poli-
cial militar de serviço: cial militar (vide Anexo “C” a esta NI);
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

6.2.5.1. os Cmt/Ch/Dir de Batalhão (ou equivalente) 6.3.4.2. estabelecer estratégia institucional de divul-
e Cia PM (ou equivalente) deverão fixar o cartaz gação da presente sistemática ao público interno,
(vide Anexo “C” a esta NI) nos quadros de aviso da prevendo também ações educativas quando o po-
Unidade, com a quantidade de dias em que estão licial militar estiver conduzindo seu veículo em ho-
trabalhando sem registro de acidente de trânsito rário de folga;
envolvendo viatura; 6.3.4.3. convidar mensalmente para o café com o Cmt
6.2.5.2. o cartaz será atualizado diariamente e, caso G os Cmt Cia com as melhores taxas de viaturas
ocorra o fato previsto no item anterior, a OPM de operando e com mais tempo sem acidentes de
maior escalão absorverá também a atualização da viatura, bem como os motoristas dessas OPM com
Unidade subordinada. maior tempo sem envolvimento nesse tipo de aci-
6.3. Atribuições particulares: dente.
6.3.1. Coord Op PM: 6.3.5. 3ª EM/PM:

167
6.3.5.1. analisar eventuais propostas de aprimora- 6.3.11.2. estabelecer roteiro de instruções com base
mento e alteração da sistemática descrita nesta NI, nas normatizações que integram a presente siste-
mantendo o Subcmt PM informado a respeito; mática, recomendando os conteúdos a serem mi-
6.3.5.2. revisar as propostas de atualização de todos nistrados e a distribuição das sessões de instrução
os conteúdos programáticos dos cursos e estágios e capacitação a todas as OPM envolvidas neste
da PMESP que contenham assuntos atinentes à di- processo;
reção veicular. 6.3.11.3. elaborar Instrução Continuada de Comando
6.3.6. 4ª EM/PM: (ICC) e Programa de Videotreinamento (PVT), bem
6.3.6.1. analisar estudo visando à definição e aquisi- como treinamento em EAD sobre os procedimen-
ção de fardamento e EPI para condutores de mo- tos disciplinados por esta NI;
tocicletas destinados a aumentar a segurança da 6.3.11.4. disponibilizar vagas para os policiais milita-
integridade física dos policiais militares em caso de res selecionados conforme subitem “6.2.1.5.1.4.”
envolvimento em acidente de trânsito; nos Estágios de Especialização Profissional (EEP)
Policiamento com Motocicletas – Programa de Ra-
6.3.6.2. viabilizar estudo visando à aquisição de via-
diopatrulha - Atendimento “190” e no EEP de Téc-
turas de quatro e duas rodas com itens que po-
nicas de Direção Policial Preventiva.
tencializem a segurança e o conforto dos policiais
6.3.12. DS:
militares.
6.3.12.1. Implementar alterações nos quadros estatís-
6.3.7. 6ª EM/PM:
ticos relativos aos afastamentos para tratamento
Analisar eventuais propostas de criação/atualização de saúde, abrangendo os procedimentos constan-
dos Procedimentos Operacionais Padrão. tes nesta NI;
6.3.8. DL: 6.3.12.2. providenciar o envio ao CIPM (até o dia 10
6.3.8.1. realizar estudos visando aquisição de viaturas de cada mês) dos dados relativos aos afastamen-
contendo os principais itens de segurança, como tos para tratamento de saúde, de policiais militares
controle de tração, controle de estabilidade, freios envolvidos em acidente de trânsito com viatura de
ABS, dentre outros; qualquer natureza, ocorridos no mês anterior.
6.3.8.2. promover estudos visando à aquisição de far- 6.3.13. Órgãos de Direção Geral, Direção Setorial e G
damento e EPI para condutores de motocicletas Cmdo:
destinados a aumentar a segurança da integridade 6.3.13.1. coordenar a instrução sobre o funcionamen-
física dos policiais militares em caso de envolvi- to das rotinas atinentes a presente NI ao efetivo
mento em acidente de trânsito; subordinado;
6.3.8.3. realizar estudos visando nova configuração 6.3.13.2. monitorar a atuação das OPM subordinadas
do cinto de segurança para as viaturas da Polícia no tocante à sistemática de prevenção de aciden-
Militar. tes de trânsito envolvendo policiais militares, enca-
6.3.9. DFP: minhando sugestões de melhorias necessárias ao
De acordo com os planejamentos desenvolvidos pelas aprimoramento das rotinas estabelecidas por esta
4ª e 6ª EM/PM, em conjunto com a DL, programar NI;
e prover, os recursos financeiros para aquisição de 6.3.13.3. fiscalizar a execução das medidas de preven-
viaturas contendo os principais itens de segurança, ção aplicada ao policial militar (condutor) envolvi-
fardamento e EPI para condutores de motocicletas. do em acidente de trânsito com viatura;
6.3.10. DTel: 6.3.13.4. enviar mensalmente, até o dia 25 de cada
6.3.10.1. adotar as medidas pertinentes destinadas ao mês, os dados quantitativos de Estudos de Caso
desenvolvidos no mês anterior ao CIPM;
controle e inclusão do formulário instituído pela
6.3.13.5. na Capital e Região Metropolitana, os Cmt
presente NI no rol de formulários oficiais da Po-
Pol Área deverão elaborar e atualizar os QTC Legal
lícia Militar, padronizando-as para impressão, nos
- Trânsito Seguro, encaminhando-os mensalmente,
termos das Instruções para os Formulários Policial-
até o dia 10, ao Coord Op PM para divulgação, via
-Militares (I-11-PM), e também disponibilizando-
COPOM Capital, na 2ª quinzena do respectivo mês
-os na Intranet para utilização pelas OPM que de- (vide subitem “6.2.3.1.2.”);
senvolverão a sistemática estabelecida por esta NI; 6.3.12.6. no Interior do Estado, os G Cmdo deverão
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

6.3.10.2. por intermédio do CPD: receber e processar elaborar e atualizar os QTC Legal - Trânsito Seguro,
as informações advindas do Coord Op PM, visan- mensalmente, até o dia 10, e, por intermédio dos
do aperfeiçoar o software (SIOPM) que possibilite respectivos COPOM Regionalizados/CAD, promo-
a implementação de complementos no código de ver divulgação na 2ª quinzena do mês (vide subi-
ocorrência relativo ao acidente de trânsito envol- tem “6.2.3.1.2.”).
vendo policial militar de serviço e de folga. 6.4. Prescrições diversas:
6.3.11. DEC: 6.4.1. as medidas previstas no subitem “6.2.1.” e di-
6.3.11.1. sistematizar a revisão e atualização de todos visões desta NI são de caráter preventivo e não
os conteúdos programáticos dos cursos e estágios podem ser utilizadas como suporte fático ou meio
da PMESP que contenham assuntos atinentes à di- de prova sobre procedimentos investigatórios, dis-
reção veicular; ciplinares ou de reparação de danos.

168
6.4.2. nos casos de acidente de trânsito com vítima 1.2. que a utilização dos dispositivos luminosos da
fatal, os procedimentos definidos nesta NI deverão viatura amplia, de forma bastante significativa, a
ser realizados sem prejuízo do Programa de Acom- ostensividade da Polícia Militar, refletindo direta-
panhamento e Apoio Policial Militar – PAAPM re- mente na prevenção criminal e na segurança do
gulado pela NI nº PM3-002/03/14, de 22JUL14; trânsito, contribuindo com a preservação da vida
6.4.3. com base nos dados disponibilizados pelo SIO- e da integridade física do policial militar e demais
PM de acidentes de trânsito envolvendo policial
pessoas da sociedade;
militar em horário de folga o Cmt Btl (ou equiva-
lente), deverá desenvolver ações preventivas vi- 1.3. que os atuais sistemas elétricos contemplam dis-
sando à conscientização e mudança de comporta- positivo de segurança que reserva, automatica-
mento de seu efetivo; mente, carga suficiente para realizar a partida do
6.4.4. até que seja providenciado pela DEC o treina- motor, desligando o sistema luminoso e, assim,
mento em EAD sobre os procedimentos disciplina- não causando a descarga total da bateria das via-
dos nesta NI (vide subitem “6.3.11.3.”), os Órgãos turas;
de Direção Geral, Órgãos de Direção Setorial e G 1.4. que a constante melhoria da qualidade dos servi-
Cmdo deverão adotar medidas para que suas OPM ços prestados pela Polícia Militar do Estado de São
subordinadas possam transmitir aos policiais mi- Paulo ocorre, dentre outras medidas, por meio da
litares que forem submetidos a uma das medidas padronização de procedimentos e da implemen-
de prevenção, descritas nos subitens “6.2.1.5.1.2.” tação de sistemáticas visando à valorização de seu
a “6.2.1.5.1.4.”, conteúdo similar ao que será pro- efetivo, notadamente as que objetivam o aumento
duzido e ministrado em EAD. Para tanto, deverão
da visibilidade e da própria segurança do policial
consultar a DEC para obterem os assuntos a serem
abordados; militar;
6.4.5. os Cmt/Ch/Dir podem editar Notas de Instrução 1.5. a necessidade de se atualizar as normas da Insti-
complementares visando adequar as prescrições tuição atinentes ao assunto.
contidas nesta NI às peculiaridades de cada região 2. Determino que o uso de dispositivos luminosos e/
de comando e especialidades; ou sonoros de todas as viaturas policial-militares
6.4.6. as OPM que receberem a presente NI, conforme caracterizadas (operacionais e administrativas)
lista de distribuição, deverão redistribuí- la para passa a ser regulado por esta O Sv na seguinte
conhecimento de suas Unidades subordinadas, conformidade:
para que dela tomem conhecimento e orientem 2.1. o uso do dispositivo luminoso de emergência (gi-
seu efetivo; roflex) deverá ocorrer,
6.4.7. esta NI encontra-se disponível na homepage da durante o dia e à noite, em todos os deslocamentos e
a
3 EM/PM na Intranet. estacionamentos preventivos;
Assinado no original 2.2. o uso de sirenes poderá ocorrer, durante o dia ou
NIVALDO CESAR RESTIVO à noite, nos deslocamentos para atendimento de
Cel PM Comandante-Geral ocorrências e em outros deslocamentos/situações,
desde que caracterizada a condição de emergência
“Nós, Policiais Militares, sob a proteção de Deus, esta- e ou for recomendável sua utilização;
mos compromissados com a defesa da Vida, da Integrida- 2.3. quanto ao acionamento dos faróis das viaturas:
de Física e da Dignidade da Pessoa Humana.” 2.3.1. todas as viaturas caracterizadas da Instituição
(operacionais e administrativas), nos seus desloca-
mentos, independentemente de local ou horário,
______.______. O SV PM3-011/02/18- deverão trafegar com os faróis baixos (luzes bai-
CIRCULAR - USO DE DISPOSITIVOS xas) ligados;
LUMINOSOS (FARÓIS/GIROFLEX) E/OU 2.3.2. nas situações de emergência, poderão utilizar
SONOROS (SIRENES/BUZINAS) PELAS também os faróis altos, além dos dispositivos lumi-
VIATURAS nosos e sonoros de emergência (“giroflex” e sire-
ne), nos termos do subitem “2.1” e “2.2” desta O Sv.
3. É proibido, no período compreendido entre 22h00
ORDEM DE SERVIÇO Nº PM3-011/02/18-CIRCU- e 06h00, o acionamento da sirene e/ou da buzi-
LAR na das viaturas para fins de testes e demais situa-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ções que contrariem o disposto nesta Ordem, bem


Do Subcmt PM como a promoção de alaridos, gritarias, algazarras,
Ao Sr. acelerações violentas dos motores das viaturas e
Assunto: Uso de dispositivos luminosos (faróis/giro- outros ruídos que, por seu exagero e inutilidade,
flex) e/ou sonoros (sirenes/buzinas) pelas viaturas. tornem-se incômodos para a população.
4. Quando da constatação de defeitos no funciona-
1. Considerando: mento dos dispositivos luminosos e ou sonoros
1.1. o aperfeiçoamento tecnológico dos dispositivos de emergência das viaturas, o fato deverá ser co-
luminosos e ou sonoros adquiridos pela PMESP, os municado de imediato ao Cmt F Ptr (Comandante
quais passaram a utilizar o “LED” (Light Emmitting de Força Patrulha), ao Cmt Gp Ptr (Comandante de
Diode – Diodo Emissor de Luz) como fonte lumi- Grupo de Patrulha) e ao Oficial ou Seção responsá-
nosa; vel pela manutenção dos referidos equipamentos,

169
a fim de que os reparos sejam efetuados com a 2. Neste alinho, consigna-se que:
máxima urgência, constando-se em RSO (Relatório
de Serviço Operacional). 2.1. o Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu em
5. Há situações específicas que demandam a utiliza- sede de Recurso Extraordinário (RE) nº 603.616/
ção dos dispositivos luminosos e ou sonoros de Rondônia (RO), julgado em 05NOV15 (excerto de
emergência das viaturas diferentemente da norma Tese de repercussão geral nº 280):
geral ora estabelecida, podendo ser adotados pro- A entrada forçada em domicílio sem mandado judi-
cedimentos diferenciados, se necessário, mediante cial só é lícita, mesmo em período noturno, quando am-
autorização dos Oficiais responsáveis, constando- parada em fundadas razões, devidamente justificadas a
-se, porém, tal fato nos respectivos RSO. posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre si-
6. Os COPOM/CAD deverão promover a difusão dos tuação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade
pontos citados nos itens “2.1” e “2.2” via rede rádio, disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de
3 (três) vezes por turno de serviço, desde que o nulidade dos atos praticados;
fluxo de comunicações assim o permita. [...]
7. Os Oficiais e Graduados em função de comando A entrada forçada em domicílio, sem uma justificativa
e supervisão instruirão os policiais militares acer- prévia conforme o direito, é arbitrária. Não será a cons-
ca dos conteúdos e procedimentos previstos nesta tatação de situação de flagrância, posterior ao ingresso,
Ordem de Serviço, bem como fiscalizarão seu fiel que justificará a medida.
cumprimento, adotando as medidas administrati- [...]
vas e disciplinares pertinentes quando constatada controle judicial da investigação criminal serve para
qualquer inconformidade e/ou seu descumpri- compatibilizar os direitos de liberdade com os interes-
mento. ses da segurança pública. Esse controle pode ser a priori
8. Ficam revogadas todas as disposições que con- – antes da adoção da medida que afeta direitos funda-
trariarem a presente normatização, em especial a mentais ou a posteriori – após a adoção da medida. No
Ordem de Serviço nº PM3-023/02/08-Circular, de controle prévio, a adoção da medida deve ser precedida
30DEZ08, e a Ordem de Serviço nº PM3-006/02/18- da expedição de uma ordem judicial. O juiz, terceiro im-
-Circular, de 04MAI18. parcial, analisa a presença dos requisitos da medida e, se
for o caso, autoriza sua realização.
Assinado no original [...]
FERNANDO ALENCAR MEDEIROS No caso da inviolabilidade domiciliar, em geral, é ne-
Cel PM Subcomandante cessário o controle judicial prévio – expedição de man-
dado judicial de busca e apreensão. O juiz analisa a exis-
tência de justa causa para a medida – na forma do art.
240, §1º, do CPP, verifica se estão presentes as “fundadas
______.______. ORDEM DE SERVIÇO PM3- razões” para a medida – e, se for o caso, determina a ex-
002/02/18-CIRCULAR - BUSCA DOMICILIAR pedição do mandado de busca e apreensão.
[...]
Por outro lado, provas ilícitas, informações de inteli-
gência policial – denúncias anônimas, afirmações de “in-
ORDEM DE SERVIÇO Nº PM3-002/02/18 – CIRCU-
formantes policiais” (pessoas ligadas ao crime que repas-
LAR
sam informações aos policiais, mediante compromisso
de não serem identificadas), por exemplo – e, em geral,
Do Subcmt PM elementos que não têm força probatória em juízo não
Ao Sr. servem para demonstrar a justa causa.
Assunto: Busca domiciliar. [...]
Referência: Outra questão não apreciada é a validade do con-
Recurso Extraordinário (RE) nº 603.616/Rondônia sentimento do morador. As hipóteses concretas podem
(RO); revelar desdobramentos complexos, seja quanto à prova
Ofício nº 15680/2017 (PR-SP-00101787/2017), de do consentimento, seja quanto a sua validade e suficiên-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

09NOV17; cia.
Sessão do Conselho Superior da Magistratura, em [...]
17OUT17. Em suma, proponho seja fixada a interpretação de
que a entrada forçada em domicílio sem mandado ju-
1. O art. 5º, XI da Constituição Federal de 1988 con- dicial só é lícita, mesmo em período noturno, quando
signa que a casa é asilo inviolável do indivíduo, amparada em fundadas razões, devidamente justificadas
ninguém nela podendo penetrar sem consentimen- a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre si-
to do morador, contemplando-se quatro exceções tuação de flagrante delito, sob pena de responsabilidade
à inviolabilidade de domicílio: flagrante, desastre, disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade, e de
prestação de socorro e determinação judicial. nulidade dos atos praticados.
[...]

170
2.2. a Procuradoria da República em São Paulo, ao e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou
analisar a adoção de medidas pela Polícia Militar no à defesa do réu;
tocante à invasão de domicílio, expediu no Inquéri- f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao
to Policial nº 0094/2017-13 o Ofício nº 15680/2017 acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de
(PR-SP-00101787/2017), de 09NOV17, ressaltando que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à
(excerto do conteúdo): elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
[...] essa faculdade dada pela Constituição, em seu art. h) colher qualquer elemento de convicção. [...]
5°, inciso XI, ao agente público das forças de seguran-
ça, para invadir domicílio sem, mandado na situação de 2.4. cabe trazer à baila a Sessão do Conselho Superior
flagrância, vem sendo usada há tempos de uma forma da Magistratura, ocorrida em 17OUT17, cujo resul-
ilegal e inconstitucional pela Polícia Militar do Estado de tado foi publicado no Diário da Justiça Eletrônico
São Paulo. (Edição nº 2.453, p. 65), de 19OUT17, autorizando
[...] é importante que fique assentada uma premissa. os Juízes a tomar conhecimento de solicitações de
Postular a expedição de um mandado judicial para in- mandados de busca e apreensão feitos pela Polícia
vadir domicílio de um cidadão não é uma faculdade do Militar:
agente da força policial, mas sim uma obrigação. 02) Nº 461/2000 – DICOGE 2 – OFÍCIO do Desem-
[...] rotina de obtenção de autorizações pela Polícia Mi- bargador JOSÉ DAMIÃO PINHEIRO MACHADO
litar que não são conseguidas pela Polícia Federal merece COGAN, com assento na 5ª Câmara Criminal, so-
análise cuidadosa. No Inquérito Policial n° 0032/2017-13; licitando ao E. Conselho Superior da Magistratura
por exemplo, policiais armados conseguiram autorização que, a teor do Provimento nº 758/2001 e com o
para invadir a residência na qual só se encontrava uma fim de embasar decisões de Magistrados, deter-
mulher. Não é difícil imaginar a dificuldade que uma mu- mine que “os Juízes estão autorizados a tomar
lher sozinha teria para oferecer efetiva resistência a um conhecimento de solicitações de mandados de
grupo de homens armados do Estado que demonstra- busca e apreensão feitos pela Polícia Militar, de-
vam veemente intuito de invadir a respectiva residência. vendo ser cumprido por Oficial da mesma, sempre
[...]
que forem hipóteses fora de inquérito policial em
Por fim, esclareço que invasões de domicílio sem
andamento”. – Aprovaram, nos termos do voto do
mandado de busca e apreensão feitas por policiais; sejam
Desembargador Xavier de Aquino, pela inexistên-
militares, sejam federais, serão alvo de uma detida análi-
cia de óbice para que se atribua aos magistrados a
se deste Parquet frente a possibilidade de caracterização
possibilidade de expedirem mandados de busca e
do crime de abuso de autoridade, decorrente da não, ob-
apreensão a serem cumpridos por policiais milita-
servância da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
res, em situações de urgência específicas, expedin-
E será apurada a responsabilidade tanto do policial que
do-se comunicado, v.u.
invadiu a residência sem mandado de busca e apreensão
quanto do superior hierárquico que eventualmente não 3. Ressalte-se que a expressão “fundadas razões” é
venha adotando as medidas necessárias para impedir polissêmica, não havendo consenso jurídico (dou-
referida inconstitucionalidade, já que a leniência com o trina e jurisprudência) hábil a indicar, de forma
ilícito caracteriza ato de improbidade administrativa nos objetiva, a JUSTA CAUSA necessária a justificar a
termos da lei 8.249/1992. (g.n.). busca domiciliar desprovida de mandado judicial
por policiais militares.
2.3. no que concerne à decisão do STF, salienta-se 4. Num caso concreto, na hipótese dos policiais mili-
que caberá à autoridade judiciária, no controle a tares optarem pela busca domiciliar sem mandado
posteriori da ação, exigir dos policiais a demons- judicial, deverão ter pleno conhecimento de que,
tração de que a medida foi adotada mediante justa por decisão do STF, a busca domiciliar, sem uma
causa. Ou seja, que havia elementos para caracte- justificativa prévia, conforme o direito, é ARBI-
rizar a suspeita de que uma situação que autoriza TRÁRIA, e não será a constatação de situação de
o ingresso forçado em domicílio estava presente. O flagrância, posterior ao ingresso, que justificará a
modelo probatório é o mesmo da busca e apreensão medida. Nessa esteira, oportuno ressaltar que as
domiciliar – fundadas razões, art. 240 §1º, do CPP provas obtidas por meio de violação arbitrária se-
rão consideradas ILÍCITAS, por estarem em desa-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

(grifo nosso):
cordo com o ordenamento jurídico.
Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal. 5. Depreende-se, portanto, que a regra é a busca
§ 1º - Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fun- domiciliar sem mandado judicial somente em si-
dadas razões (grifo nosso) a autorizarem, para: tuações amparadas pela Constituição Federal (fla-
a) prender criminosos; grante, desastre, prestação de socorro e determi-
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios cri- nação judicial).
minosos; 6. Diante disso, com vistas à preservação da ordem
c) apreender instrumentos de falsificação ou de pública e, concomitantemente, à proteção indivi-
contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; dual do policial militar contra eventual responsa-
d) apreender armas e munições, instrumentos utiliza- bilização penal, civil e administrativa nessa seara,
dos na prática de crime ou destinados a fim delituoso; determino:

171
6.1. a busca domiciliar sem mandado judicial somente que breves, sejam realizadas diligências de modo a
estará autorizada nas hipóteses previstas na Cons- propiciar o embasamento para eventual busca do-
tituição Federal, em especial as situações de FLA- miciliar sem mandado judicial.
GRANTE E DETERMINAÇÃO JUDICIAL: 6.2.2. tais circunstâncias envolvem a análise dos fatos
a) FLAGRANTE: nos termos do art. 302 do Código de observados in loco, percebidos necessariamente
Processo Penal (e, de forma equivalente, no art. a olho nu (podendo ser registrados com auxílio
244 do Código de Processo Penal Militar), a saber: de equipamento de gravação de imagens), bem
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: como das informações recebidas de testemunhas
I - está cometendo a infração penal; em potencial, com a consequente e imediata averi-
II - acaba de cometê-la; guação, mesmo que sumária, dessas informações.
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo Na sequência, após a devida diligência, o policial
ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que militar poderá vislumbrar os eventuais prejuízos
faça presumir ser autor da infração; que a postergação da busca domiciliar será capaz
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, ar- de trazer à vítima do delito ou à conservação das
mas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele provas que podem incriminar o infrator da lei (art.
autor da infração. 240, §1º, do CPP). Desse modo:
b) DETERMINAÇÃO JUDICIAL: ato escrito, emanado 6.2.2.1. havendo fundadas razões, verificadas a partir
de autoridade judicial competente, determinando da análise dos dados e informações obtidas no lo-
a prática de ato ou diligência, cujo cumprimento, cal, que levam à conclusão de que há infrator em
hodiernamente, poderá ser executado pela Polícia condição de ser autuado em flagrante delito, po-
Militar, conforme os termos da Sessão do Conse- derá entrar na residência em busca do indivíduo,
lho Superior da Magistratura (vide subitem “2.4.”). sem a necessidade de prévia autorização judicial;
6.2. EXTRAORDINARIAMENTE, e preferencialmente 6.2.2.2. se remanescer dúvidas sobre a existência de
com a presença de um Oficial ou Subten/Sgt PM, prática delituosa em andamento ou de indivíduo
a busca domiciliar sem mandado judicial, mesmo
em fuga devido ao cometimento de crime, seja
em período noturno, somente estará autorizada se
pela insuficiência ou inconsistência das informa-
amparada em fundadas razões, devidamente jus-
ções obtidas ou dos fatos observados, as medidas
tificadas a posteriori, que indiquem que dentro da
possíveis são:
casa ocorre situação de flagrante delito, sob pena
6.2.2.2.1. sendo possível com os meios de que dis-
de responsabilidade disciplinar, civil e penal dos
põe a OPM local ou advindos de apoio prestado
policiais militares que adentraram e do Oficial ou
pelo escalão superior ou outra OPM, deverá cer-
Subten/Sgt PM presente à ação:
car/monitorar a residência e em seguida adotar
6.2.1. nesse contexto, ressaltam-se as seguintes dis-
tinções doutrinárias entre crime instantâneo e cri- as medidas pertinentes à obtenção de mandado
me permanente: de busca e apreensão junto à autoridade judiciária
6.2.1.1. crime instantâneo: é aquele que se consuma competente;
em momento determinado (consumação imedia- 6.2.2.2.2. caso contrário, deverá deixar o local, regis-
ta), sem qualquer prolongação. Não significa que trar os fatos em BO/PM e transmitir as informações
ocorre rapidamente, mas que, uma vez reunidos à delegacia de polícia para adoção das medidas in-
seus elementos, a consumação ocorre perempto- vestigativas pertinentes.
riamente, como, por exemplo, roubo de veículo, 6.3. NÃO SERVIRÃO PARA DEMONSTRAR A JUSTA
em que a consumação do delito ocorre no mo- CAUSA provas ilícitas, denúncias anônimas (via
mento em que, empregada a violência, a grave 190, 181 ou outro meio em que o denunciante
ameaça ou outro meio capaz de reduzir a vítima à não pode ser identificado), afirmações de “infor-
impossibilidade de resistência, deu-se a subtração. mantes” e, em geral, elementos que não têm força
Nesse caso, diante do exaurimento imediato das probatória em juízo;
condutas descritas no tipo penal, torna-se muito 6.4. qualquer ocorrência de natureza criminal, seja
mais difícil a eventual coleta prévia de elementos ela flagrante delito ou não, cujo desdobramento
probatórios aptos a embasar as fundadas razões (prisão do infrator, averiguação posterior à ação
para a busca domiciliar sem mandado judicial. delituosa, etc.) sugere ao policial militar a possi-
bilidade de entrar em residência, deverá ele, além
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

6.2.1.2. crime permanente (art. 303 do CPP): é aquele


em que a execução se protrai no tempo por deter- das providências operacionais e administrativas
minação do sujeito ativo. É a modalidade de crime pertinentes ao caso, registrar no respectivo BO/
em que a ofensa ao bem jurídico se dá de manei- PM, bem como fazer registrar nos procedimentos
ra constante e cessa de acordo com a vontade do de polícia judiciária eventualmente efetuados pelo
agente, como, por exemplo, a extorsão mediante Delegado de Polícia, as razões pelas quais aden-
sequestro, o tráfico de produtos entorpecentes, a trou ou deixou de adentrar o domicílio, motivando
receptação, a posse ilegal de arma de fogo. Nes- sua decisão por meio de relato sucinto acerca dos
se caso, a consumação prolongada no tempo ga- fatos observados ou das informações obtidas no
rante maior oportunidade para que informações local;
cheguem ao conhecimento dos policiais militares 6.5. CONSENTIMENTO DO MORADOR: atentar para
por meio de testemunhas confiáveis, e que, ainda o fato de que:

172
6.5.1. o consentimento do morador é retratável, e, portanto, caso ele se arrependa da autorização concedida, os
policiais militares deverão se retirar imediatamente;
6.5.2. nos casos em que há o consentimento do morador para adentrar a residência, proceder ao registro da autori-
zação no BO/PM relativo à ocorrência, colhendo a assinatura do morador e/ou de testemunhas que presenciaram
a permissão concedida (vide subitem “2.2.”, terceiro parágrafo);
6.5.3. caso resida no local mais de uma pessoa plenamente capaz, a autorização para a entrada deverá ser dada por
todas elas e, em havendo divergências, deve-se optar por não ingressar na moradia;
6.5.4. caso o local contemple ambientes plurifamiliares ou terrenos com mais de uma moradia (cortiço ou pensões),
a autorização dada por um dos responsáveis abrange somente o espaço privativo ocupado por ele, devendo o
policial militar abster-se de realizar buscas naqueles em que não obteve autorização do respectivo possuidor.

Assinado no original
MAURO CEZAR DOS SANTOS RICCIARELLI
Cel PM Subcomandante

______. PROCESSO 1.01.00 ABORDAGEM DE PESSOA À PÉ

MAPA DESCRITIVO DO PROCES SO Nº Processo: 1.01.00


NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM DE PESSOA(S) A PÉ
MATERIAL NECESSÁRIO
- Rádio portátil, móvel ou estação fixa.
- Relatório de Serviço Operacional.
- Caneta.

Obs 1: Para utilização dos materiais acima indicados, observarem as normas internas e as especificações
estabelecidas pela Corporação, conforme programa de policiamento. Obs 2: A relação acima se refere a um
rol mínimo de materiais que o policial militar deverá utilizar para execução dos procedimentos envolvendo
este processo.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento 1. Conhecimento do fato.
Deslocamento 2. Deslocamento para o local do fato.
Chegada ao local 3. Chegada ao local do fato.
Localização da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abord-
agem.
Abordagem de pessoa(s) a pé. Busca pessoal.

Condução 7. Condução da(s) parte(s).


8.
Apresentação da ocorrência Apresentação da ocorrência na Repartição Pública competen-
te.
Encerramento 9. Encerramento da ação.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

173
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.01.01

ESTABELECIDO EM: 2002

CONHECIMENTO DO FATO
REVISADO EM: 08/01/19 Nº DA
REVISÃO: 4

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Coleta de dados do fato.
- Contato com a(s) pessoa(s) indicada(s) pelo COPOM/CAD ou com o(s) solicitante(s).
- Posicionamento dos policiais militares e/ou da viatura policial.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Atender ao chamado do COPOM/CAD ou do(s) solicitante(s).
- Atender ao(s) solicitante(s) sempre desembarcado da viatura.

Figura 1
- Permanecer atento à(s) pessoa(s) que esteja(m) ou transita(m) pelo local, resguardando sempre a segurança
pessoal e de terceiro(s).
- Constatar se o(s) solicitante(s) possui(em) algum tipo de deficiência ou não compreende(m) o idioma português.
- Atender ao(s) solicitante(s) adotando sempre uma postura balizada pelos padrões de respeito e dignidade,
transmitindo segurança e confiança acerca de sua ação.
- Coletar ou observar dados acerca dos fatos, locais, características físicas, vestuário do(s) envolvido(s), sentido
tomado e outros necessários, de maneira que possa saber sobre: “O quê”, “Quem”, “Onde”, “Quando” e
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

“Por quê”, além de pontos de referência e dados particulares do local.


- Registrar as informações necessárias para contato com o(s) solicitante(s) em Relatório de Serviço Operacional.
- Transmitir ao COPOM/CAD os dados coletados.

174
RESULTADOS ESPERADOS
- Que o policial militar obtenha todos os dados necessários ao conhecimento da natureza do fato e as
circunstâncias das ações a serem praticadas, bem como seu grau de risco, a fim de agir com segurança,
eficiência e profissionalismo.
- Que o policial militar identifique o tipo de deficiência da pessoa atendendo-a de acordo com suas
necessidades, seja através de comunicação verbal ou por sinais, adotando sempre uma postura balizada
pelos padrões de respeito e dignidade, possibilitando a interação com o cidadão e consequente-
mente a obtenção dos dados necessários ao conhecimento da natureza do fato.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se o rádio estiver com problemas de transmissão, procurar outro local, de preferência, mais alto e livre de
obstáculos, como: prédios, túneis etc.
- Se houver dificuldades de comunicação entre o COPOM/CAD e uma determinada equipe (guarnição),
outra viatura poderá servir de “ponte” de comunicações entre eles.
- Se houver impossibilidade de contato com o COPOM/CAD, fazer uso do telefone mais próximo.
- Se houver dúvidas quanto à veracidade dos dados, deslocar-se para a ocorrência, preparado para o grau
máximo de risco possível, solicitando o apoio necessário do CGP (Comandante de Grupo de Patrulha).
- Se constatando que o(s) solicitante(s) trata(m)-se de pessoa(s) com deficiência ou que se comunica(m) em
idioma diverso da Língua Portuguesa, adotar as seguintes ações:
- para pessoa(s) com deficiência auditiva:
- cenar ou tocar levemente em seu braço para estabelecer uma comunicação;
- uma vez que a deficiência poderá ser parcial, utilizar um tom normal de voz, a não ser que lhe peça(m)
para falar mais alto;
- falar direta e frontalmente à(s) pessoa(s) para facilitar a leitura labial;
- enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual. Se desviar o olhar, a pessoa com defi-
ciência auditiva pode achar que a conversa terminou;
- utilizar como apoio a comunicação por sinais;
- sabendo utilizar, o policial militar poderá fazer uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras);
- para pessoa(s) com deficiência visual:
- verbalizar informando que é policial militar e coletar as informações necessárias;
- falar diretamente com ela e não com seu acompanhante;
- quando for deixar o ambiente, avise o cego;
- para pessoa(s) com deficiência intelectual:
- falar pausadamente a fim de facilitar a comunicação;
- utilizar como apoio a comunicação por sinais;
- para pessoa(s) com transtorno do espectro autista (TEA):
- falar pausadamente, de forma clara e objetiva, evitar gírias, formular frases curtas e se necessário,
repetir quantas vezes for necessário, para ter certeza que a informação foi compreendida;
- se necessário, utilizar estímulos visuais para reforçar o que está sendo expressado verbalmente;
- pessoa com TEA pode apresentar sensibilidades tátil, auditiva e visual, por isso:

- evitar movimentos bruscos e contato físico;


- falar em um tom normal de voz, ou seja, sem gritar;
- abaixar o volume do rádio portátil, móvel ou estação fixa.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- para pessoa(s) que se comuniquem em idioma diverso da Língua Portuguesa:


- tentar identificar o idioma com o qual a(s) pessoa(s) está se comunicando;
- tentar identificar um policial militar que possua conhecimento no idioma identificado, e que possa auxiliar
na comunicação;
- na impossibilidade de identificação do idioma ou de algum policial militar que tenha condições de
realizar a comunicação, utilizar como apoio a comunicação por sinais;
- Se constatado que o(s) solicitante(s) simulou a existência de uma deficiência, com o objetivo de retardar
ou impedir algumas ações do policial militar, adotar as ações previstas no POP nº 1.01.05 – Abordagem
policial de pessoa(s) a pé e no POP nº
- Busca Pessoal.

175
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar obter informações incorretas quanto aos dados do fato.
- O policial militar coletar dados insuficientes.
- O policial militar utilizar o rádio fora da técnica de comunicação.
- O policial militar não ter segurança durante a coleta de dados, quando junto ao solicitante.
- O policial militar não conseguir entrar em contato com o COPOM/CAD.
- O policial militar não atender a(s) pessoa(s) com deficiência de acordo com suas necessidades.
- O policial militar deixar de transmitir ao COPOM/CAD, os dados fornecidos pelo solicitante.

ESCLARECIMENTOS

- Atender o chamado do COPOM/CAD: É o ato de resposta do patrulheiro, em serviço na viatura,


no setor de policiamento, disponibilizando-se para o atendimento da ocorrência. Deve ser utilizada a
linguagem técnica de comunicação, exclusivamente, sem variações impróprias ou gírias, primando pela
clareza e agilidade no uso do rádio. Ao receber a mensagem, via rádio, o patrulheiro deve responder:
“viatura (prefixo ou tipo de patrulha), no QAP”. Em seguida, deve anotar o horário da comunicação e
o nº da ocorrência passado pelo COPOM/CAD e quando tudo estiver anotado, falar ao microfone
do rádio: “QSL, a caminho”.
- Deficiência: é entendida como todo e qualquer comprometimento que afeta a integridade da pessoa
e traz prejuízos na sua locomoção, coordenação de movimentos, fala, compreensão de informações,
orientação espacial ou percepção e contato com as outras pessoas.
- Deficiência física: é todo comprometimento da mobilidade, da coordenação motora geral, causada
por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou ainda por má formação congênita ou
adquirida;
- Deficiência auditiva: é a perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus
e níveis que afetam o entendimento e a compreensão para comunicação oral utilizada socialmente;
- Deficiência visual: é a perda ou a redução de capacidade visual em ambos os olhos, em caráter
definitivo e que não possa ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e tratamento clínico ou
cirúrgico;
- Deficiência intelectual: é o funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifes-
tação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas,
tais como: comunicação, cuidado pessoal, habilidades sociais, utilização dos recursos da comunidade,
saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.
- Transtorno do espectro autista: é caracterizado pelo déficit nas habilidades de comunicação e interação
social, por exemplo, não olhar nos olhos de que fala; padrões restritos e repetitivos de comportamento,
ou seja, movimento constante, balanço do corpo, repetição de frases ou termos aparentemente sem sen-
tido; interesses e atividades, o seja, pode parecer distraído ou desatento. Podem apresentar transtornos
adicionais como:
- Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – caracterizado por impulsividade, excesso de agitação
ou desatenção;
- Transtorno bipolar – caracterizado por alternância de sentimentos, agitação, euforia, raiva, agressividade,
irritabilidade e impulsividade;
- Transtorno opositivo desafiador – caracterizado por rebeldia, desobediência, hostilidade e explosões de
fúria;
-. Transtorno obsessivo-compulsivo – caracterizado por pensamentos e medos irracionais (obsessões) que
levam a comportamentos compulsivos.
- Por conta dessas características, o portador de transtorno do espectro autista pode tentar tocar em você,
policial.
- Normalmente, o portador de TEA está acompanhado de um familiar, se este for o caso, procure confirmar
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

sua condição com o familiar.


- Comunicação verbal: comunicação estabelecida por meio da fala, formada por palavras e frases.
- Comunicação por sinais: é a forma do ser humano se expressar através das mãos e do corpo.

176
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

DATA: NOME DA TAREFA:


Nº PROCESSO: 1.01.00 Nº POP: 1.01.01
/_ / Conhecimento do fato

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. A solicitação do COPOM/CAD foi atendida dentro do
procedimento previsto?
2. O policial militar e viatura estavam posicionados de
forma segura?
3. O policial conseguiu estabelecer uma comunica-
ção e colher os dados necessários, mesmo quando
constatado que o(s) solicitante(s) se tratava(m) de
pessoa(s) com deficiência ou comunicando-se em
outro idioma?

4. Foram colhidos todos os dados necessários para o


atendimento seguro e eficaz do fato?

5. Foram registradas as informações necessárias para


contato com o(s) solicitante(s) em Relatório de Ser-
viço Operacional?

6. Foram transmitidos os dados relatados ao COPOM/


CAD?

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

177
POP: 1.01.02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

DESLOCAMENTO PARA O LOCAL DO FATO REVISADO EM: 08/01/19 Nº DA


REVISÃO: 4

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Escolha do melhor itinerário até o local do fato.
- Deslocamento a pé ou de viatura para o local do fato.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Identificar o local de origem e o local onde deseja chegar.
- Traçar itinerário para o local da ocorrência, bem como, os caminhos alternativos.
- Acionar dispositivos de luz intermitente (“high light”), faróis baixos e sirene, quando estiver de viatura, de
acordo com norma vigente.
- Utilizar velocidade compatível com a via e a segurança do trânsito.
- Atravessar avenidas, ruas etc, observando o fluxo de trânsito.
- Deslocar-se pela faixa esquerda da via (viatura), sempre que estiver em serviço de urgência.
- Para os deslocamentos a pé, quando em serviço de urgência, atentar para possíveis locais de abrigo e
cobertura.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que os policiais militares cheguem ao local com segurança e no menor tempo possível.

AÇÕES CORRETIVAS
- Havendo dúvidas quanto ao itinerário, buscar informações junto ao COPOM/CAD, a outras pessoas ou
outros policiais militares de serviço.
- Se houver algum acidente ou incidente durante o deslocamento, informar ao COPOM/CAD para que acio-
ne o Comando de imediato e solicitar que a ocorrência seja redistribuída para outra equipe.
- Se houver problemas nos dispositivos luminosos ou sonoros, reduzir a velocidade.
- Se houver evento que impossibilite a chegada ao local, informar de imediato ao COPOM/CAD.
- Se for constatado problema durante o deslocamento, registrar em documentação própria.

POSSIBILIDADES DE ERROS
- O policial militar utilizar velocidade elevada colocando em risco a integridade física própria e de outras
pessoas no trânsito.
- O policial militar ter falta de atenção, deixando de usar os recursos sonoros e luminosos disponíveis.
- O policial militar escolher inadequadamente o itinerário.
- O policial militar deixar de avisar o COPOM/CAD sobre algo que impossibilite a chegada ao local para
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

que novas alternativas sejam determinadas.

178
ESCLARECIMENTOS

1. Melhor itinerário: é aquele pelo qual a viatura poderá chegar ao local do fato com rapidez e segurança,
evitando congestionamentos e pistas, cujas más condições de conservação poderão danificar a viatura
ou aumentar o risco no deslocamento.
2. Dispositivo luminoso intermitente: também chamado de sistema emergencial luminoso da viatura ou
“high-light”, é aquele que mantém a luz, predominantemente da cor vermelha, piscando periodicamente,
com o propósito de chamar a atenção das pessoas.
3. Serviço de urgência: é aquele em que há risco iminente à vida ou à integridade física dos usuários do
serviço.
4. Velocidade compatível: é a velocidade dada ao veículo, levando-se em consideração a fluidez do trânsito,
as características da via, o grau de urgência, as condições climáticas dentre outros critérios do motorista
e do encarregado da guarnição.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
DATA: Nº POP:
Nº PROCESSO: 1.01.00 Deslocamento para o local
/_ / 1.01.02
do fato.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES

1. Foi identificado o local de origem e o local para a


chegada da viatura?
2. Foi traçado itinerário para o local do fato, bem como,
dos caminhos alternativos, se necessário?

3. Foi adotada a velocidade compatível com a via?

4. Foi observado o fluxo de trânsito, quando da necessi-


dade de atravessar ruas, avenidas etc?

5. Deslocou-se próximo a local de abrigo e cobertura


quando no serviço de urgência (a pé)?
6. Foram acionados corretamente os dispositivos de luz,
sirene e faróis?
7. Cometeu infrações de trânsito?
8. Deslocou-se pela faixa da esquerda da via, quando em
serviço de urgência?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

9. Elementos impeditivos foram comunicados imediata-


mente ao COPOM/CAD?

179
POP: 1.01.03
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM: 2002

REVISADO EM: 08/01/19 Nº DA


CHEGADA AO LOCAL DO FATO
REVISÃO: 4

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS

- Primeiros contatos com o(s) indicado(s) na ocorrência.


- Posicionamento adequado dos policiais militares e da viatura no local.
- Confirmação dos dados obtidos referentes ao fato.
- Verificação da necessidade de reforço policial.
- Atentar para a Área de Segurança.
- Atentar para a Área de Perigo.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Informar o COPOM/CAD a chegada ao local.
- Posicionar-se em local visível e seguro, atentando para não adentrar na Área de Perigo.
- Observar pessoa(s) e/ou veículo(s), segundo as características e atitude(s) apontada(s) pelo COPOM/
CAD ou solicitante(s).
- Constatar o número de pessoas envolvidas e espectadores.
- Julgar a necessidade de pedir reforço, permanecendo na Área de Segurança, não agindo até que este
chegue ao local, se for o caso.
- Utilizar o processo de varredura e vistoria pelo local, e atentar para a possível existência de cerca
eletrificada e animais ferozes, comumente utilizados como ofendículos e obstáculos.
- Chegar ao local transpondo, se for o caso, os obstáculos naturais e artificiais com atenção e segurança,
devendo o elemento surpresa ser utilizado a seu favor.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que o fato irradiado seja verificado e confirmado.
- Que a chegada ao local do fato seja feita em condições ideais de segurança, até que a(s) pessoa(s) a
ser(em) abordada(s), seja(m) localizada(s), abordada(s) e identificada(s), conforme o caso.
- Que o policial tenha plena consciência do número de pessoas envolvidas, observando se estão armadas
ou não.
- Que sejam obtidos dados precisos para melhor avaliação do risco.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se o fato irradiado não corresponder à constatação, cientificar o COPOM/CAD.
- Se constatar que o número de pessoas envolvidas é maior do que o esperado e anunciado pelo CO-
POM/CAD ou solicitante(s), pedir imediatamente o reforço policial, protegendo-se suficientemente.
- Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito
de Área de Segurança.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

180
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar deixar de informar ao COPOM/CAD a chegada ao local.
- O policial militar fixar-se cegamente nas informações recebidas do COPOM/CAD ou solicitante(s) e não
levar em consideração as possíveis variações que possam existir.
- O policial militar desconsiderar o grau de periculosidade da ocorrência, agindo com desatenção, apatia e
sem técnica.
- O policial militar patrulhar de forma insegura, não possibilitando a visualização da(s) pessoa(s) a
ser(em) abordada(s).
- O policial militar deixar de considerar as vulnerabilidades do local do fato.
- O policial militar não se posicionar em local visível e seguro.
- O policial militar adentrar na Área de Perigo.

ESCLARECIMENTOS
- Local visível e seguro: é aquele local visível a todos e que propicie retirada rápida da equipe (guarnição),
se for o caso.
- Protegendo-se suficientemente: situações na rua que antecedem a abordagem, são ações a serem
adotadas pelo patrulheiro com o propósito de minimizar os possíveis riscos no atendimento de uma
ocorrência policial, considerando:
- local aberto – buscar progredir, utilizando coberturas naturais ou artificiais, como: postes, paredes, a
própria viatura, árvore, etc. O policial deve ter sua retaguarda protegida todo o tempo;
- local fechado - buscar progredir, usando as coberturas existentes (parede, pilares e outros), evitar posi-
cionar-se atrás de portas ou janelas de edificações, observando acessos;
- local íngreme – considerar que em uma subida ou descida acentuada, uma surpresa pode dificultar
a reação de defesa, por isso, o patrulheiro deve progredir no terreno pelas laterais, mais próximo dos
abrigos.
-. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e posi-
cionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a
possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de
Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para
a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplo das figuras 1, 2 e 3.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

181
Na via: Em edificações:

Figura 1

Figura 3
4. Área de Perigo: é considerada como o local
em que o suposto agressor está localizado ou
confinado, bem como o “cone da morte”, ou
seja, áreas que possibilitam o contato visual com
o agressor e podem comprometer a integridade
do policial. Dada à iminência de confronto, o poli-
cial militar nunca deve adentrá-la, indicando-se a
verbalização como o recurso mais adequado até
que o criminoso abandone essa área e eventual
arma que esteja em seu poder, colocando-se em
condições visuais para a abordagem e detenção
seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de
Figura 2 OPM especializada. Esse conceito serve também
para edificações, portanto, só se adentra em um
recinto se houver certeza de que nele não existe
ameaça, ou realizando a varredura a fim de veri-
ficar se o local está seguro, quando estritamen-
te necessário, lembrando-se de que a partir do
momento em que se encontra a Área de Perigo,
ou seja, aquela onde se encontra o infrator, deve
ser criada a Área de Segurança, onde o policial
deve permanecer. Os exemplos das figuras 4, 5
e 6 mostram ações equivocadas de policiais que
adentram na Área de Perigo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

182
Na via:

Figura 4

Figura 5

Em edificações:

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 6

183
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO
OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
DATA: Nº PROCESSO: 1.01.00 Nº POP: NOME DA TAREFA:
/_ / 1.01.03 Chegada ao local do fato.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar posicionou-se ou posicionou
a viatura em local visível e seguro?

2. O policial militar irradiou ao COPOM/CAD a


chegada ao local?
3. O policial militar avaliou se era necessário refor-
ço para o local?
4. O policial militar, ao irradiar a chegada ao local,
cientificou o COPOM/CAD sobre a necessidade
de reforço?

5. Os dados do fato irradiado pelo COPOM/CAD


ou transmitidos pelo solicitante foram confron-
tados com os verificados no local?

6. O policial militar verificou a existência de pes-


soas supostamente armadas no local?
7. O policial militar adentrou na Área de Perigo?

8. O policial militar, durante o processo de var-


redura e vistoria pelo local, atentou para a exis-
tência de ofendículos, obstáculos, coberturas e/
ou abrigos?

9. O policial militar utilizou o elemento surpresa a


seu favor?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

184
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO PROCESSO: 1.01.04

ESTABELECIDO EM: 2002


LOCALIZAÇÃO DA(S) PESSOA(S) A SER(EM)
SUBMETIDA(S) À ABORDAGEM REVISADO EM: 8/01/19
Nº DA REVISÃO: 4
AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Reconhecimento da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais militares de serviço,
à(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s) e do público presente.
- Percepção e reconhecimento de eventual abordagem de pessoa(s) com deficiência, ou que se comu-
nique em idioma diverso à Língua Portuguesa.
- Atentar para a Área de Segurança.
- Atentar para a Área de Perigo.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Identificar visualmente a(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Identificar se a(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem necessitará(ão) de procedimen-
tos específicos pessoa(s) com deficiência ou que se comunique(m) em idioma diverso da Língua
Portuguesa.
- Observar se o local possui grande circulação de pessoas, para que não haja riscos a terceiros.
- Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, atentando para permanecer
na Área de Segurança e não adentrar na Área de Perigo.
- Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam acompanhando a(s) pessoa(s)
a ser(em) submetida(s) à abordagem ou dando- lhe(s) cobertura à distância.
RESULTADOS ESPERADOS
- Que seja efetuada a identificação da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Que o policial militar efetue a análise adequada do ambiente, a fim de que a abordagem seja
realizada no melhor domínio possível dos fatores de risco, próprios da atividade policial.

AÇÕES CORRETIVAS
1. Se o local não for adequado para a abordagem, evitar executá-la, até que seja possível uma ação com
maior segurança.
2. Se houver grande número de pessoas a abordar, solicitar apoio policial, aguardando a chegada deste
para iniciar a abordagem, exceto se a situação exigir intervenção imediata.
3. Se observar a presença de terceiros que possam oferecer riscos à ação policial, solicitar e esperar apoio.
4. Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito
de Área de Segurança.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar deixar de observar se existem pessoas dando cobertura.
- O policial militar escolher local impróprio para a abordagem.
- O policial militar não observar se no local há grande circulação de pessoas.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- O policial militar deixar de identificar se a(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem necessi-
tará(ão) de procedimentos específicos.
- O policial militar adentrar na Área de Perigo.

ESCLARECIMENTOS:
1. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e posi-
cionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a
possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de
Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para
a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplo das figuras 1, 2 e 3.

185
Na via: Em edificações:

Figura 1

Figura 3

2. Área de Perigo: é considerada como o local em


que o suposto agressor está localizado ou confinado,
bem como o “cone da morte”, ou seja, áreas que
possibilitam o contato visual com o agressor e podem
comprometer a integridade do policial. Dada à iminên-
cia de confronto, o policial militar nunca deve adentrá-
-la, indicando-se a verbalização como o recurso mais
adequado até que o criminoso abandone essa área e
eventual arma que esteja em seu poder, colocando-
-se em condições visuais para a abordagem e deten-
ção seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de
OPM especializada. Esse conceito serve também para
edificações, portanto, só se adentra em um recinto se
houver certeza de que nele não existe ameaça, ou rea-
Figura 2 lizando a varredura a fim de verificar se o local está
seguro, quando estritamente necessário, lembrando-
-se de que a partir do momento em que se encontra
a Área de Perigo, ou seja, aquela onde se encontra o
infrator, deve ser criada a Área de Segurança, onde o
policial deve permanecer. Os exemplos das figuras 4, 5
e 6 mostram ações equivocadas de policiais que aden-
tram na Área de Perigo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

186
Na via:

Figura 4

Figura 5

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

187
Em edificações:

Figura 6

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


NAL

SUPERVISOR:
SUPERVISIONADO:
N° POP: NOME DA TAREFA:
N° PROCESSO: 1.01.00 1.01.04 Localização da(s) pessoa(s) a
DATA: /_ / ser(em) submetida(s) à abor-
dagem.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar identificou a(s) pessoa(s) a
ser(em) submetida(s) à abordagem?

2. Foi escolhido local propício e seguro para a abor-


dagem?
3. Foi verificada a existência de terceiros que pos-
sam oferecer riscos à ação policial da aborda-
gem?

4. O policial militar adentrou na Área de Perigo?


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

5. Foi identificado se a(s) pessoa(s) a ser(em) sub-


metida(s) à abordagem necessitará(ão) de pro-
cedimentos específicos para ser(em) submetido(s)
ao procedimento policial?

188
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.01.05

ESTABELECIDO EM:
2002
ABORDAGEM POLICIAL DE PESSOA(S) A PÉ REVISADO EM: 08/01/19
Nº DA REVISÃO: 4
AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Atentar para a Área de Segurança.
- Comando verbal do policial militar.
- Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Verificação da idoneidade da(s) pessoa(s) abordada(s).
- Reorientação da intervenção policial, se for o caso.
- Abordagem da(s) pessoa(s).

SEQÜÊNCIA DE AÇÕES
- Por ser ação planejada, certificar-se das condições de segurança do ambiente, permanecendo na
Área de Segurança e pré-determinar quem irá realizar a segurança e quem irá fazer a busca
pessoal, atentando sempre para o princípio da superioridade numérica e/ou superioridade de meios
(efetivo, equipamento e treinamento) para que se iniba qualquer reação da(s) pessoa(s) envolvida(s)
na abordagem policial.
- Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de aproxi-
madamente 5m (metros), preferencialmente onde tenha um anteparo (abrigo ou cobertura), como
por exemplo, muro, poste, veículos estacionados, etc.) e que possam servir de proteção aos policiais
e formar a Área de Segurança.
- Verbalizar por meio de um comando de voz firme, alto e claro, emitindo as seguintes palavras:
“Cidadão! Pare! É a Polícia!”.
- Adotar o escalonamento do uso da força, as armas devem estar empunhadas de acordo com o tipo
de abordagem, conforme itens abaixo:
- ABORDAGEM DE PESSOA(S) SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA.
- armas devem estar no coldre, conforme figura 1.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 1

189
- determinar de forma simples e clara, que o(s) abordado(s) se dirija(m) à área segura, onde o fluxo de
transeuntes seja o mínimo possível.
- aproximar-se da(s) pessoa(s) abordada(s) e após o policial militar deverá iniciar conversação com a(s)
aquela(s).
- manter a calma durante todo o momento da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s) de
maneira objetiva, clara e firme.
- solicitar de forma respeitosa que o(s) abordado(s) se identifique(m).
- realizar a fiscalização de polícia, adotando as providências necessárias conforme a natureza da ocor-
rência.
-. anotar em relatório, os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem.
-. após a realização da abordagem, informar que:
-. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando à Segurança do Cidadão;
- agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome). Conte
sempre com a Polícia Militar”.
-. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE(S) SOB FUNDADA(S) SUSPEITA(S)
-. as armas devem estar na posição “SUL” (descoberta ou coberta), conforme figura 2 e 3.

Figura 2 Figura 3

-. Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de aproxima-


damente 5m (metros), preferencialmente onde tenha um anteparo (abrigo ou cobertura), como por
exemplo, muro, poste, veículos estacionados, etc. e que possam servir de proteção aos policiais e
formar a Área de Segurança, conforme figura 4.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 4

190
-. determinar de forma simples e clara, porém enérgica, que o(s) abordado(s) se dirija(m) para a área
determinada, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao máximo o potencial de reação ofen-
siva do(s) abordado(s).
-. determinar ao(s) abordado(s) que coloque(m) o(s) objeto(s) que tenha(m) às mãos, no chão ou em
outro local mais apropriado à segurança da ação; após o policial encarregado da busca pessoal de-
terminará: “Cidadão! Coloque(m) as mãos sobre a cabeça, cruze(m) os dedos (dedos entrelaçados),
fique(m) de costas para mim, afaste(m) os pés (preferencialmente um pouco maior que a largura dos
ombros)”.
-. aguardar a(s) pessoa(s) voltar(em)-se de costas para os policiais militares. Após, o policial militar re-
sponsável pela segurança se posicionará a 90º (noventa graus) em relação ao encarregado da busca
pessoal, mantendo-se a uma distância de aproximadamente 2m (dois metros), evitando posicionar
o parceiro em sua linha de tiro, devendo olhar atentamente para a(s) pessoa(s), chamando sempre
a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo sua vigilância sobre as mãos e linha
da cintura do(s) abordado(s), bem como, sobre as imediações da Área de Segurança, durante toda a
abordagem, conforme figura 5.

Figura 5

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

191
-. o policial militar responsável pela busca pessoal, antes de se dirigir à pessoa a ser abordada, deverá
colocar seu armamento, travado, no coldre e abotoá-lo. Após realizar o procedimento de busca pes-
soal (vide POP nº 1.01.06), conforme figura 6.

Figura 6

-. nos casos em que a pessoa a ser submetida à busca pessoal for do sexo feminino, solicitar a presença
de um policial militar feminino para realizar tal tarefa, entretanto, se não for possível a presença de
um policial militar feminino, o policial militar deverá solicitar a uma pessoa, preferencialmente do
sexo feminino (se houver), que servirá de testemunha, selecionada dentre o público presente, que
acompanhe, visualmente de posição segura, a realização da busca pessoal, dando prosseguimento
à ação.
-. após a realização da busca pessoal, solicitar e conferir a documentação junto ao COPOM/CAD, sem
que o(s) abordado(s) ouça(m) a comunicação da rede rádio.
-. anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório.
- se nada houver de irregular, após a realização da abordagem, informar que:
- a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão;
- agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome). Conte
sempre com a Polícia Militar”.
-. ABORDAGEM DA(S) PESSOA(S) INFRATORA(S) DA LEI.
-. as armas devem estar na posição “3º olho”, conforme figura 7.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 7

192
- Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de aproximada-
mente 5m (cinco metros), preferencialmente onde tenha um anteparo (abrigo ou cobertura), como
por exemplo, muro, poste, veículos estacionados, etc. e que possam servir de proteção aos policiais e
formar a Área de Segurança, conforme figura 4.
- determinar de forma simples e clara, porém enérgica, que o(s) abordado(s) se dirija(m) à área segura,
onde será realizado o ato de algemar (quando necessário) e busca pessoal, reduzindo ao máximo o
potencial de reação ofensiva do(s) mesmo(s).
- determinar, primeiramente, que o(s) abordado(s) coloque(m) no chão os objetos que tenha(m) nas
mãos, ou em outro local mais apropriado.
- aguardar a(s) pessoa(s) voltar(em)-se de costas para os policiais militares. Após, o policial militar res-
ponsável pela segurança se posicionará a 90º (noventa graus) em relação ao encarregado da busca
pessoal, mantendo-se a uma distância de aproximadamente 2m (dois metros), evitando posicionar
o parceiro em sua linha de tiro, devendo olhar atentamente para a(s) pessoa(s), chamando sempre
a atenção, quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo sua vigilância sobre as mãos e linha
da cintura do(s) abordado(s), bem como, sobre as imediações da Área de Segurança, durante toda a
abordagem.
- o policial militar responsável pela busca pessoal, antes de se dirigir ao infrator da lei, deverá colocar seu
armamento, travado, no coldre e abotoá-lo.
- se não houver necessidade de algemar, o policial militar encarregado da busca pessoal determinará:
“Coloque(m) as mãos sobre a cabeça, cruze(m) os dedos (dedos entrelaçados), fique(m) de costas para
mim, afaste(m) os pés (preferencialmente um pouco maior que a largura dos ombros). Após aproxi-
mará e realizará a busca pessoal (conforme POP nº 1.01.06).
- havendo necessidade do uso de algemas, o policial encarregado da busca pessoal determinará:
“Coloque(m) as mãos sobre a cabeça, cruze(m) os dedos (dedos entrelaçados), fique(m) de costas
para mim, ajoelhe(m)-se, cruze(m) as pernas” (preferencialmente determinar para sentar-se sobre os
calcanhares), conforme figura 8.

Figura 8

- se houver necessidade, realizar o algemamento (POP nº 5.01.02) para após efetuar a busca pessoal
(conforme POP nº 1.01.06).
- nos casos que a pessoa a ser submetida à busca pessoal for do sexo feminino, solicitar a presença de
um policial militar feminino para realizar tal tarefa, entretanto, se não for possível a presença de um
policial militar feminino, o policial militar deverá solicitar a uma pessoa, preferencialmente do sexo
feminino (se houver), que servirá de testemunha, selecionada dentre o público presente, que acom-
panhe, visualmente de posição segura, a realização da busca pessoal, dando prosseguimento à ação.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

193
ABORDAGEM DE PESSOA(S) COM DEFICIÊNCIA:
- pessoa(s) com deficiência auditiva:
- um dos policiais militares se aproximará da(s) pessoa(s) com deficiência auditiva e sinalizará para esta-
belecer uma comunicação. O outro policial militar permanecerá atento à(s) pessoa(s) que transita(m)
pelo local, resguardando sempre a segurança pessoal e de terceiro(s);
- uma vez que a deficiência poderá ser parcial, falar direta e frontalmente à(s) pessoa(s), de modo a
facilitar a leitura labial;
- utilizar tom normal de voz para fazer com que a(s) pessoa(s) compreenda(m) as ações que devam ser
executadas; se necessário, utilizar a comunicação por sinais;
- manter o contato visual até o final da conversa. Ao desviar o olhar a(s) pessoa(s) com deficiência audi-
tiva entenderá(ão) que a conversa encerrou;
- adotar os procedimentos previstos conforme o tipo de abordagem (fiscalização de polícia, atitude sob
fundada suspeita ou infrator da lei);
- sabendo utilizar, o policial militar poderá fazer uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
- pessoa(s) com deficiência visual:
- informar que é policial militar e que a pessoa será submetida ao procedimento policial de abordagem,
conduzindo-a para Área de Segurança, conforme item 4.1.2. deste POP.
- informar verbal e antecipadamente, quais ações o policial militar adotará na pessoa abordada.
- adotar os procedimentos previstos conforme o tipo de abordagem (fiscalização de polícia, atitude sob
fundada suspeita ou infrator da lei).
- pessoa(s) com deficiência intelectual:
- falar pausadamente a fim de facilitar a comunicação e manter o controle da situação;
- utilizar a comunicação por sinais, caso entenda necessário;
- adotar os procedimentos previstos conforme o tipo de abordagem (fiscalização de polícia, atitude sob
fundada suspeita ou infrator da lei).
- pessoa(s) com transtorno do espectro autista:
- aproximar-se com cautela e evitar movimentos bruscos;
- falar pausadamente, de forma clara e objetiva, não utilizar gírias ou expressões dúbias, se necessário
utilizar estímulos visuais para facilitar a compreensão;
- caso esteja agitada, procure acalmá-la antes de iniciar a abordagem, evite alterar o tom de voz, segurar
ou pressionar demais, descreva passo a passo o que será feito, reduzindo a ansiedade e possíveis
reações agressivas;

ABORDAGEM DE PESSOA(S) QUE SE COMUNICA(M) EM IDIOMA DIVERSO DA LÍNGUA PORTUGUESA:

- se tiver habilidade com a língua inglesa, dar preferência pela sua utilização.
- na inexistência desta habilidade, utilizar a comunicação por sinais;
- adotar os procedimentos previstos conforme o tipo de abordagem (fiscalização de polícia, atitude sob
fundada suspeita ou infrator da lei).
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

194
RESULTADOS ESPERADOS
- Que a ação policial seja coordenada, respeitosa, segura e eficaz.
- Que a(s) técnica(s) de aproximação, abordagem, busca pessoal, ou da utilização de algemas, sejam
empregadas de formas corretas.
- Que o policial militar verifique sempre a segurança do público, do próprio policial militar e das pessoas
a serem submetidas à abordagem.
- Que haja proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
abordada(s).
- Que todas as pessoas infratoras da lei sejam abordadas, submetidas à busca pessoal e devidamente
conduzidas a repartição competente.
- Que a intervenção policial seja norteada pelos princípios básicos de respeito à cidadania.
- Que tão logo verifique ser(em) o(s) abordado(s) pessoa(s) idônea(s), o policial militar reoriente sua
ação policial, adequando-se à situação apresentada.
- Que o(s) abordado(s), ao término da ação policial, não se sinta(m) humilhado(s) e/ou discriminado(s),
mas que incorpore(m) a sensação de segurança, sabendo que a Polícia Militar está naquele local,
protegendo-o(s), através de suas ações de Polícia e de presença.
- Na abordagem de pessoa(s) com deficiência, que o policial atue conforme a necessidade do(s)
abordado(s).
- Que o policial militar não subestime o potencial ofensivo da(s) pessoa(s) abordada(s).

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

195
- Que sejam utilizados os meios moderados para a ação policial.
- Que ao final, a(s) pessoa(s) abordada(s), não fique(m) com imagem negativa da Instituição, mas uma
imagem positiva, tendo a certeza que ele(s) pode(m) e deve(m) contar com a ajuda do(s) policial(is)
militar(es), a qualquer hora e lugar.
- Que todos os policiais militares envolvidos tenham por lema: “Na abordagem policial prende-se um
infrator da lei ou conquista-se um amigo”.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não estiver(em) es-
boçando resistência, considerar a possibilidade dela(s) ser(em) pessoa(s) com deficiência(s)(física,
auditiva, visual, intelectual etc.) ou que não compreenda o idioma português.
- Se o local tiver barulho em excesso (veículos, vendedores, feiras etc), ao determinar que a pessoa
pare, aumentar o volume da voz, para que o abordado possa ouvir os policiais militares, quando da
ordem legal.
- Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o
procedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes:
- reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos;
- solicitar calma ao(s) abordado(s);
- manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s);
- informar quais foram as atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão esclare-
cidas ao final do procedimento.
- Se o policial militar for indagado quanto à legitimidade de sua ação, informar que a abordagem
policial tem fundamentação legal, com base no Poder de Polícia.
- Se pelas circunstâncias os policiais militares abordarem indivíduos em quantidade superior ao
número de policiais presentes, deverão:
- determinar que os abordados se dirijam à Área de Segurança, conforme item
- deste POP;
- Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no
conceito de Área de Segurança.
- determinar que se posicionem de costas para os policiais, de modo que o policial militar re-
sponsável pela segurança consiga visualizar todas as pessoas a serem submetidas à abordagem,
atentando para que o policial militar responsável pela busca pessoal não fique na linha de tiro;
- o policial responsável pela busca pessoal irá realizar o procedimento sempre no indivíduo que estiver
no lado mais distante do policial na função de segurança, conforme sequência 1 da figura 9:
- deslocar a pessoa a ser submetida à busca pessoal para trás para dar início ao procedimento de
busca pessoal (POP nº1.01.06);
- após realizar a busca pessoal, conduzir o abordado à posição inicial, conforme sequência 2 da figura 9:
- o policial militar responsável pela busca pessoal deverá voltar à posição sul e solicitar que os abor-
dados mudem de posição, ainda com as mãos sobre a cabeça, de forma que o próximo abordado
a ser vistoriado permaneça no lado mais distante do policial na função de segurança, conforme
sequência 3 da figura 9:
- reiniciando o procedimento para o próximo abordado, até que todos os indivíduos sejam submetidos
ao procedimento.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

196
Figura 9

- Se durante o procedimento de busca pessoal for localizado objeto ilícito em posse de algum dos
indivíduos, adotar os procedimentos descritos para abordagem de pessoa infratora da lei e, na sequ-
ência, determinar que todos se ajoelhem, prosseguindo com o procedimento de busca pessoal nos
demais indivíduos que ainda não foram submetidos à busca pessoal.
- Se os policiais militares necessitarem algemar um número maior de indivíduos que o número de al-
gemas existentes, poderão utilizar outros objetos que sirvam para imobilizar os braços do infrator.
- Caso haja fuga de algum dos abordados, determinar que os indivíduos que permaneceram no local se
ajoelhem e proceder à busca pessoal conforme sequência de ação voltada para pessoas infratoras da
lei. Em nenhuma hipótese, os policiais militares poderão se separar. Após, informar ao COPOM/CAD
o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a busca do indivíduo que fugiu.
- Se o policial militar, através de elementos objetivos, constatar que se trata de pessoa(s) idônea(s),
deverá reavaliar e reorientar sua ação. Se durante a abordagem observar que o(s) outro(s) policial(is)
militar(es) não conseguiu(ram) perceber que se trata(m) de pessoa(s) idônea(s), deverá tomar a frente
da ação e alertar os demais.
- Se a(s) pessoa(s) abordada(s) não cumprir(em) a ordem legal (abordagem), utilizar o escalonamento
do uso da força, ou seja, se a arma estiver no coldre, adotar a posição sul e se mesmo assim persistir
o não cumprimento da ordem, adotar a posição 3º olho.
- Se o abordado estiver de alguma forma oferecendo perigo na abordagem (exemplo: mãos para trás),
o policial militar poderá adotar a posição 3º olho, independente do tipo da abordagem.
- Se o local for de alto risco, o policial militar poderá utilizar-se da posição 3º olho, independente do
tipo da ocorrência.
- Se a pessoa(s) abordada(s) estiver(em) sob influência de álcool ou drogas e não compreender(em) a
ordem emanada, o policial militar deverá repetir as determinações, adotando o escalonamento no
uso da força.
- Se a(s) pessoa(s) abordada(s) reagir(em) de forma agressiva (sem o emprego de arma de fogo e/ou
branca) e houver necessidade da utilização de força física, o policial militar deverá adotar as técnicas
existentes sobre o uso de equipamentos de baixa letalidade (gás pimenta, bastão tonfa, arma de
incapacitação neuromuscular) com o objetivo de imobilizá-lo, bem como técnicas de defesa pessoal,
de forma proporcional à agressão.
- Se a(s) pessoa(s) abordada(s), desde o início da ação policial, já alegar(em) sua condição social, pro-
fissional, de parentesco, etc; o policial militar não deve motivar nenhuma reação verbal ou física,
aproveitando essas alegações como um fator a mais para orientar suas atitudes, sempre de forma
respeitosa, até o final da ação policial.
- Se a pessoa abordada, alegar imunidade parlamentar ou diplomática, proceder conforme POP 3.02.01
- Identificação do nível funcional da Autoridade envolvida na ocorrência.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

197
POSSIBILIDADES DE ERRO

1. O policial militar deixar de observar as regras de segurança na sua ação (ficar constantemente na linha
de tiro, por exemplo).
2. O policial militar adentrar na Área de Perigo.
3. O policial militar não utilizar escalonamento no uso da força.
4. O policial militar utilizar desnecessariamente a força, agredindo verbal e fisicamente as pessoas abor-
dadas.
5. O policial militar não perceber a necessidade da(s) pessoa(s) com deficiência(s).
6. O policial militar praticar ação policial descoordenada, sem a observância do padrão ou com mais de
um policial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando-lhe confusão e embaraço.
7. O policial militar não manter a serenidade, submetendo o(s) abordado(s) a uma situação vexatória
desnecessariamente.
8. O policial militar utilizar os meios não letais de forma incorreta ou desproporcional.
9. O policial militar não observar, durante a abordagem, que o(s) abordado(s) é(são) pessoa(s) idônea(s).
10. O policial militar observar durante a abordagem que o(s) abordado(s) é(são) pessoa(s) idônea(s),
porém, não reorientar sua ação.
11. O policial militar deixar de observar se o(s) abordado(s) estão ou não acreditando nas explicações e
orientações do(s) policial(is), através de seu(s) comportamento(s) e/ou atitude(s).
12. O policial militar deixar de explicar a ação policial.
13. O policial militar, nos diálogos, praticar discriminação atentatória aos direitos e liberdades funda-
mentais, em especial à: condição social, raça, cor, crença religiosa, convicção filosófica, convicção
política ou outra qualquer de caráter pessoal.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

198
ESCLARECIMENTOS
1. Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa, funda-
mentada no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional.
2. Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal, re-
alizada toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo 240 §2º do CPP) de que alguém oculte
consigo arma proibida e munição; coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; instrumentos de
falsificação ou contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; instrumentos utilizados na prática
de crime ou destinados a fim delituoso; objetos necessários à prova de infração ou a defesa de réu;
cartas, abertas ou não, destinadas a acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhe-
cimento de seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato.
3. Abordagem de infrator da lei: Abordagem realizada quando houver a certeza de que o indivíduo
cometeu um crime ou contravenção penal.
4. Infrator da lei: Pessoa sobre a qual se tem a certeza ou forte suspeita de que tenha cometido qual-
quer crime e/ou contravenção penal, ou seja procurada pela Justiça, ou ainda que seja encontrada
no local de crime ou próximo dele com objetos ou vestígios que indiquem que tenha cometido uma
ação delituosa.
5. Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada sus-
peita de que alguém oculte consigo arma proibida, objetos ou papéis que constituam corpo de
delito.
6. Superioridade numérica: É a adequação do número de policiais militares empregados em um proce-
dimento operacional de maneira que sejam garantidos a estes as melhores condições de segurança
visando à preservação da integridade física de todos os envolvidos na ação policial.
7. Superioridade de meios: É a adequação da quantidade de meios a serem disponibilizados para a
resolução de um procedimento operacional a ser desenvolvido pelos policiais militares de modo
que neste desenvolvimento a resposta seja proporcional à quantidade de meios apresentados pelos
infratores da lei, evitando-se os excessos.
8. Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o máximo possível,
utilizando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de acordo com o fato ou situação.
9. Uso de algemas O emprego de algemas será feito mediante a constatação de uma das situações pre-
vistas na Súmula Vinculante nº 11 do STF, ou do Decreto Estadual nº 19.903, de 30OUT50:
9.1. condução à presença da autoridade dos delinquentes detidos em flagrante, em virtude de pronún-
cia ou nos demais casos previstos em lei, desde que ofereçam resistência ou tentem fuga;
9.2. condução à presença da autoridade dos ébrios, viciosos e turbulentos, recolhidos na prática de
infração e que devam ser postos em custódia, nos termos do regulamento Policial do Estado, desde
que o seu estado extremo de exaltação torne indispensável o emprego da força;
9.3. transporte, de uma para outra dependência, ou remoção, de um para outro presídio, dos presos
que, pela sua conhecida periculosidade, possam tentar a fuga, durante a diligência ou a tenham ten-
tado, ou oferecido resistência quando de sua detenção.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

199
10. Poder de Polícia: conforme artigo 78, do Código Tributário Nacional, é a faculdade de que dispõe
a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia tem atributos
específicos e peculiares ao seu exercício, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a
coercibilidade.
10.1. discricionariedade: traduz-se na livre escolha, pela Administração, da oportunidade e conveniência
de exercer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar os meios conducentes a
atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público;
10.2. autoexecutoriedade: é a faculdade de a Administração decidir e executar diretamente a sua deci-
são, por seus próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário;
10.3. coercibilidade: é a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração.
11. Posição sul da arma: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano
perpendicularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, cotovelo flexionado e projetado para
cima, mão fraca estendida com a palma da mão voltada para o peito, podendo estar sob a arma (po-
sição descoberta) ou sobre a arma (posição coberta), cotovelo flexionado próximo à linha da cintura.
12. Posição 3º olho: arma empunhada com as duas mãos (dupla empunhadura), mão forte empurra a
arma e a mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho, erguida na altura dos olhos, abertos, braços
semiestendidos, posição do corpo frontal ou lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A posi-
ção 3º olho também pode ser empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente assim
necessitar, o cano da arma sempre será direcionado para o local onde se vistoria, a direção do cano
acompanha o olhar.
13. Linha de tiro: é o estabelecimento de uma linha imaginária que parte da alça de mira até a massa
de mira com a finalidade, a princípio de se atingir-se um alvo. É o ponto que, sob hipótese nenhuma,
o policial que realiza a revista deverá cruzar, para não ser atingido no caso de uma reação de quem
está sendo submetido a este procedimento.
14. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e
posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de
modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional.
A Área de Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e
própria para a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplo das figuras 10, 11 e 12.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

200
Na via: Em edificações:

Figura 10

Figura 12

15. Área de Perigo: é considerada como o local


em que o suposto agressor está localizado ou
confinado, bem como o “cone da morte”, ou
seja, áreas que possibilitam o contato visual com
o agressor e podem comprometer a integridade
do policial. Dada a iminência de confronto, o
policial militar nunca deve adentrá-la, indican-
do-se a verbalização como o recurso mais ade-
quado até que o criminoso abandone essa área e
eventual arma que esteja em seu poder, colocan-
do-se em condições visuais para a abordagem e
Figura 11 detenção seguras, e caso isso não ocorra, acio-
nar apoio de OPM especializada. Esse conceito
serve também para edificações, portanto, só se
adentra em um recinto se houver certeza de
que nele não existe ameaça, ou realizando a
varredura a fim de verificar se o local está segu-
ro, quando estritamente necessário, lembrando-
-se de que a partir do momento em que se en-
contra a Área de Perigo, ou seja, aquela onde se
encontra o infrator, deve ser criada a Área de Se-
gurança, onde o policial deve permanecer. Os
exemplos das figuras 13, 14 e 15 mostram ações
equivocadas de policiais que adentram na Área
de Perigo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

201
Na via:

Figura 13

Figura 14
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

202
Em edificações:

Figura 15

16. Comunicação por sinais: é a forma do ser humano se expressar através das mãos e do corpo.
17. Língua de Sinais: códigos contextualizados em torno de símbolos que resultam em diálogos inte-
rativos linguísticos. No Brasil, utilizamos a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

Comandos utilizados para realização de abordagem por meio de LIBRAS.


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

203
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERA-
CIONAL

SUPERVISOR:
SUPERVISIONADO:
N° POP: NOME DA TAREFA:
DATA: N° PROCESSO: 1.01.00 1.01.05 Abordagem de Pessoas
/_ / a Pé.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar observou as condições de segurança
do ambiente antes de se aproximar da(s) pessoa(s) a
ser(em) abordada(s)?

2. A aproximação foi feita de forma segura?

3. O policial manteve a calma durante todo o momento


da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s)
de maneira objetiva, clara e firme?

4. A ação policial foi coordenada, harmoniosa e segura?

5. O posicionamento dos policiais militares foi feito de


forma correta e segura?
6. O policial militar utilizou o armamento de forma
correta?
7. O policial militar adentrou na Área de Perigo?

8. Foi observado o escalonamento do uso da força?

9. O policial militar observou, através de elementos obje-


tivos, que se tratava(m) de pessoa(s) idônea(s)?

10. O policial atentou para as necessidades das pessoas


com deficiência?

11. O policial militar tentou acalmar a(s) pessoa(s)


abordada(s)?
12. O policial militar agradeceu a colaboração da(s)
pessoa(s) submetida(s) à abordagem?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

204
2.4. caso seja detectado algum objeto ilícito durante a busca pessoal, retirar imediatamente da posse do
abordado e, havendo necessidade de algemar, colocar a(s) pessoa(s) na posição de joelhos, conforme
POP 1.01.05 – Abordagem de pessoa(s) a pé, nas ações voltadas para infrator da lei – e iniciar uma busca
pessoal minuciosa.
3. Relacionar os objetos ilícitos encontrados.
4. Requisitar ao indivíduo abordado sua identificação por meio de documentos e conferir sua autenticidade.
5. Anotar os dados pessoais do(s) abordado(s).
6. Após a realização da busca pessoal, solicitar e conferir a documentação junto ao COPOM/CAD, sem que
o(s) abordado(s) ouça(m) a comunicação da rede rádio.
7. Ao constatar a situação de flagrante delito ou que se trata de procurado pela Justiça, buscar efetivamente,
arrolar e qualificar testemunha(s) que possa(m) ser devidamente convocada(s) a depor a respeito dos
fatos.
8. Poderá fazer perguntas ao abordado, tais como: “Machucou-se ou feriu-se durante esta abordagem?”;
“Os seus objetos pessoais estão todos aí?”; “Desapareceu algum pertence?”.
9. Se constatado que a(s) pessoa(s) abordada(s) trata-se de um cadeirante, adotar as ações indicadas a
seguir:
9.1. posicionar-se atrás do cadeirante e deslocar as mãos do abordado para trás da nuca, com os dedos
cruzados sobre a cabeça;
9.2. a busca pessoal se dará inicialmente com a verificação dos membros superiores, costas e abdômen,
conforme figuras 3 e 4:

Figura 3 Figura 4

9.3. perguntar se a pessoa tem condições de erguer o corpo com auxílio dos próprios braços, de modo a
retirar seu corpo do assento ou se necessitará de apoio do policial;
9.3.1. havendo condições, o policial responsável pela busca pessoal prosseguirá com a busca na região dos
glúteos, genitálias, pernas e vistoria na cadeira, buscando objetos que possam estar ali escondidos;

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

205
9.3.2. não havendo condições, um dos policiais solicitará que a pessoa cruze os braços, e se posicionará
atrás do abordado para que possa levantá-lo levemente da cadeira; o outro policial realizará a busca nos
glúteos, genitálias, nas pernas e na cadeira, buscando objetos que possam estar ali escondidos, conforme
figuras 5 e 6:

Figura 5 Figura 6

9.4. durante a busca pessoal, é importante que o policial, ao sustentar o abordado, trave os braços a partir
das costas até atingir o tórax do cadeirante e que mantenha os braços do abordado imóveis e cruzados
para evitar reações contra o policial que realiza a busca pessoal, conforme figura 7:

Figura 7

9.5. Adotar os mesmos procedimentos descritos nos itens 3 ao 8 deste POP.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que os direitos e a integridade física da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem seja(m) preservado(s).
- Que todo objeto ilegal portado pelo(s) indivíduos(s) seja detectado e apreendido.
- Que o(s) indivíduo(s) abordado(s) seja(m) identificado(s) e seus antecedentes criminais pesquisados, bem
como seus documentos conferidos quanto à veracidade e autenticidade.
- Que pessoas fugitivas da justiça e/ou condenadas sejam presas.
- Que a(s) pessoa(s) com deficiência física não seja(m) lesionada(s) durante a ação policial.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

206
AÇÕES CORRETIVAS
- Se o policial militar encarregado da busca verificar que o policial militar que estiver na cobertura está
desatento, chamar sua atenção para a tarefa, dizendo: “Cobertura”.
- Se o indivíduo abordado esboçar reação, o policial encarregado da busca deve afastar-se e iniciar
novamente a verbalização.
- Se o abordado investir contra o policial militar que estiver realizando a busca pessoal, o policial
militar que estiver na cobertura deverá estar pronto para agir rapidamente, observando o escalona-
mento do uso da força.
- Se a pessoa abordada for do sexo feminino, e não for possível a presença de um policial militar femi-
nino, o policial militar deverá solicitar a uma pessoa, preferencialmente do sexo feminino (se houver),
que servirá de testemunha, selecionada dentre o público presente, que acompanhe, visualmente, de
posição segura, a realização da busca pessoal, dando prosseguimento à ação.
- Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem não quiser(em) se identificar ou não responder(em) a alguma
pergunta pertinente durante o ato de identificação, alertá- la(as) sobre os aspectos legais de tal desobe-
diência.
- Se houver indícios de que o documento seja falso, conduzir o indivíduo ao Distrito Policial, a fim de que
sejam adotadas outras providências policiais cabíveis.
- Se por qualquer motivo não for possível ou conveniente que a busca pessoal seja realizada com o abor-
dado em pé, poderá ser adotada outra posição (deitado, ajoelhado), conforme o caso.
- Se ao término da busca a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem reagir(em) com desaprovação ao pro-
cedimento policial, de forma educada, procurar elucidar sobre a importância, a necessidade e o amparo
legal da ação.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar não verbalizar corretamente as determinações sequenciais a serem executadas pelo
abordado.
- O policial militar não executar suas tarefas com cautela e atenção, tanto o que estiver na cobertura
como o encarregado da busca pessoal.
- O policial militar encarregado da busca permanecer sem atenção na linha de tiro do policial militar que
estiver na cobertura.
- O policial militar não se posicionar corretamente para fazer a cobertura da ação.
- O policial militar realizar busca pessoal e deixar de encontrar algo ilícito que estaria de posse do
abordado.
- O policial militar não verificar antecedentes criminais do(s) abordado(s).
- O policial militar deixar de retirar com cautela quaisquer objetos encontrados nos bolsos das roupas
usadas pela(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem.
- O policial militar deixar de proceder à busca pessoal em pessoas com deficiências conforme o procedi-
mento previsto.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

207
ESCLARECIMENTOS

- Local visível e seguro: é aquele local visível a todos e que propicie retirada rápida da guarnição, se houver
necessidade, bem como possui o maior número de abrigos e coberturas:
- local aberto: abrigar-se utilizando coberturas naturais ou artificiais como: postes, paredes, a própria via-
tura, árvore etc. O policial deve ter sua retaguarda protegida todo o tempo;
- local fechado: buscar progredir, usando as coberturas existentes (paredes, pilares e outros), evitar posi-
cionar-se atrás de portas ou janelas de edificações, observar acessos;
local íngreme: considerar que numa subida ou descida acentuada, uma surpresa pode dificultar a reação
de defesa, por isso, o patrulheiro deve progredir no terreno pelas laterais, mais próximo dos abrigos.
- 2. Sequência ascendente ou descendente: o policial militar deve adotar uma sequência lógica para exe-
cutar a busca pessoal, de forma que não perca o sentido do deslizamento pelo corpo da pessoa sob
fundada suspeita ou infratora da lei, a ser submetida à busca pessoal, ou seja, da cabeça aos pés ou
vice-versa, pois é muito comum fazê-lo aleatoriamente e alguns pontos ou regiões do corpo passarem
despercebidos. Evitar apalpações, pois objetos podem deixar de ser detectados, contudo, elas devem ser
utilizadas para verificações externas de bolsos em geral. Não se deve introduzir a mão no bolso do revis-
tado, mas sim, palpá-lo externamente, pois ele pode conter agulhas ou objetos cortantes contaminados,
os quais podem infectar o policial militar com diversas e graves doenças. Como já foi dito, a região da
cintura abdominal deve ser sempre priorizada, pois dá fácil acesso ao armamento possivelmente portado
pela pessoa. Verificar se não há cheiro característico de substância entorpecente nas mãos da pessoa
submetida à busca pessoal.
3. Busca pessoal minuciosa: é aquela realizada quando, mesmo após a busca pessoal, ainda restarem dúvidas
quanto a um possível objeto ilícito escondido com a pessoa abordada, logo, trata-se de uma revista
mais detalhada. Adotar o seguinte procedimento: deverá ser feita sempre que possível na presença de
testemunha e em local isolado do público, retirar todas as roupas e sapatos do revistado, se estiver com
ataduras ou gesso, verificar se são falsos, verificar todo o corpo e vestes, caso o cabelo seja muito grande
ou espesso, passar um pente, e indagar sobre cicatrizes e tatuagens.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACION-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
AL

SUPERVISOR:
SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
DATA: /_ /_ N° PROCESSO: 1.01.00 N° POP: 1.01.06
Busca Pessoal.
ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. A busca pessoal foi cumprida dentro da sequência corre-
ta?
2. O local escolhido foi adequado?
3. Os bolsos das roupas foram inspecionados com cautela?

4. Foram relacionados os objetos ilícitos encontrados?


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

5. Foi solicitada a exibição de documento da pessoa abor-


dada?
6. Com os dados pessoais, foi solicitado ao COPOM/CAD os
seus antecedentes criminais (DVC)?

208
POP: 1.01.07
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

CONDUÇÃO DA(S) PARTE(S) REVISADO EM: 08/01/19


Nº DA REVISÃO: 4

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.


ATIVIDADES CRÍTICAS
- Coletar dados e apreender objetos.
- Conduzir o(s) preso(s) para o interior da viatura e deslocar-se até a Repartição Pública competente.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Conduzir e auxiliar o embarque do(s) preso(s) na viatura, e quando estiver algemado, fazê-lo de
forma que o conduzido não venha a se autolesionar em portas ou janelas, conforme figura 1.

Figura 1

- Se a pessoa a ser conduzida tratar-se de um cadeirante, a condução deverá ser em viatura que dispo-
nha de cinto de segurança no banco traseiro e adotar as ações indicadas a seguir:
- para condução na viatura, solicitar que a pessoa posicione-se paralela à porta da viatura;
- pergunte se a pessoa consegue entrar no banco traseiro sozinho ou necessita de ajuda; havendo neces-
sidade de apoio, proceder com a posição utilizada para abordagem a cadeirante (travamento das
costas e tórax).
- Ao acomodar os objetos do conduzido, (muletas, cadeiras etc.), acondicioná-los de forma segura para não
acarretar danos, visto que estes objetos estarão sob sua custódia até a chegada ao destino.
- Reunir dados e partes da ocorrência, inclusive testemunhas, informando o Delegado de Polícia acerca
de: “O quê...?”, “Quem...?”, “Quando...?”, “Onde...?”, “Como...?” “Por quê...?”.
- Verificar qual o Distrito Policial, comum ou especializado ou outro órgão competente (Polícia Federal,
Juizado da Infância e Juventude), responsável pela respectiva área.
- Deslocar-se para a Repartição Pública competente, conduzindo o infrator em separado de testemu-
nhas e vítimas.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

209
RESULTADOS ESPERADOS
- Que todo(s) o(s) preso(s) tenham sua(s) integridade(s) física e moral preservadas.
- Que os presos embarcados na viatura não sejam lesionados em virtude do embarque.
- Que todos os dados necessários sejam obtidos e registrados.
- Que as vítimas e testemunhas sejam conduzidas separadamente do(s) infrator(es) da lei.
- Que todos os objetos, instrumentos de crime sejam apreendidos e apresentados à autoridade correspon-
dente.
AÇÕES CORRETIVAS
- Se houver dúvidas quanto à Repartição Pública competente para o atendimento da ocorrência, solicitar
esclarecimentos ao COPOM/CAD.
- Se alguma das pessoas envolvidas estiver lesionada, arrolar testemunhas do fato e providenciar socorro.
- Se o cadeirante for paraplégico e houver necessidade de condução à Repartição Pública competente,
e a viatura não possuir cinto de segurança no banco traseiro, providenciar viatura com o acessório de
segurança.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar deixar de reunir os dados necessários à apresentação da ocorrência.
- O policial militar deixar de apresentar partes à Repartição Pública competente (testemunhas, vítimas,
autor).
- O policial militar não providenciar socorro ao(s) preso(s) lesionado(s).
- O policial militar deixar de apresentar instrumentos ou objetos ligados à ocorrência.
- O policial militar conduzir, na mesma viatura, o(s) preso(s) e as demais partes (vítimas e testemunhas)
da ocorrência.
- O policial militar reter documentos sem a devida previsão legal.
- O policial militar deixar de certificar-se de que o preso não está armado antes de colocá-lo no interior
da viatura.
- O policial militar transportar paraplégico no banco traseiro da viatura, sem o cinto de segurança.

ESCLARECIMENTOS

- Reunir dados e partes da ocorrência: ocorre quando o policial observa todos os detalhes do local,
apreende todo(s) objeto(s) ilícito(s) encontrado(s), identifica quem é (são) o(s) infrator(es), vítima(s) e
testemunha(s), se houver.

OBS: com relação à(s) vítima(s) e à(s) testemunha(s), o, policial deverá qualificá- la(s), retendo momen-
taneamente seu(s) documento(s) e conduzi-la(s) em viatura policial diferente da viatura que irá levar o(s)
infrator(es).

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

Nº POP: NOME DA TAREFA:


Nº PROCESSO: 1.01.00
DATA: /_ /_ 1.01.07 Condução da(s) parte(s).
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ATIVIDADES CRÍTICAS OBSERVAÇÕES


SIM NÃO
1. Foram arrolados todos os dados necessários para ser-
em tomadas as providências junto à Repartição Pública
competente?

2. Foram identificadas todas as partes da ocorrência?

210
3. Todos os dados da ocorrência foram transmitidos para
o COPOM/CAD?
4. Os procedimentos com o uso de algemas foram toma-
dos com acerto?
5. O embarque e a condução das partes da ocorrência
foram realizados com acerto?

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.01.08

ESTABELECIDO EM: 2002


APRESENTAÇÃO DA OCORRÊNCIA NA
REPARTIÇÃO PÚBLICA COMPETENTE REVISADO EM: 08/01/19
Nº DA REVISÃO: 4

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Apresentar a ocorrência na Repartição Pública competente, narrando-a de forma clara, precisa e concisa.
- Segurança dos Policiais Militares e de “terceiros”, quando da apresentação do infrator da lei.

SEQUÊNCIA DAS AÇÕES

- O condutor da ocorrência deve organizar os dados antes de sua apresentação ao órgão competente.
- Informar o Delegado de Polícia de plantão no Distrito Policial competente acerca dos dados da ocor-
rência, esclarecendo: “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”, “Onde?”, “Como?” e “Por quê?”.
- Informar também a respeito do que foi constatado no local, as consultas feitas e seus resultados.
- Esclarecer se o local foi preservado e se há necessidade ou não de perícias no local.
- Apresentar as partes e os objetos apreendidos (se houver).
- Se o(s) infrator(es) estiver(em) algemados, retirar as algemas somente após entrega definitiva do(s) in-
frator(es) da lei para o responsável da Repartição Pública competente, se o infrator estiver algemado.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que haja fácil compreensão dos fatos pelo Delegado de Polícia ou ainda pelo responsável pela Re-
partição Pública competente.
- Que todos os dados e partes sejam apresentados às autoridades acima mencionadas.
- Que todos os objetos apreendidos sejam apresentados.
- Que o local de ocorrência seja preservado, se for o caso.
- Que haja segurança para todos até o término da apresentação do infrator da lei.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se algum dado relevante da ocorrência for omitido, que seja recuperado a tempo.
- Se alguma parte importante não estiver presente, que seja providenciada a sua localização.
- Se algum objeto envolvido na ocorrência não for apresentado, que sejam esclarecidos os motivos e
que, se for o caso, seja providenciada a sua localização.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Se na Repartição Pública competente, houver estacionamento próprio ou garagem com segurança da


repartição, a viatura policial-militar deverá ser estacionada no local.

211
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar deixar de fornecer informações indispensáveis à apresentação da ocorrência ao Delega-
do de Polícia ou ainda ao responsável pela Repartição Pública competente.
- O policial militar envolver-se emocional e parcialmente durante a apresentação da ocorrência.
- O policial militar deixar de apresentar objetos apreendidos.
- O policial militar permitir que o(s) infrator(es) da lei permaneça(m) sem as algemas durante a apresentação
da ocorrência, se a situação exigir a sua utilização.
- O policial militar deixar de socorrer vítimas e/ou infratores que tenham lesões corporais, antes de
comparecer à autoridade competente.
- Não atentar para a segurança, durante a apresentação do infrator da lei na Repartição pública competente.
- Retirar as algemas do infrator da lei, antes do término da apresentação formal da ocorrência na Repar-
tição Pública Competente bem como em situações que não ofereçam segurança.
- Não estacionar a viatura policial-militar no estacionamento ou garagem (se houver) da Repartição Pública
competente.

ESCLARECIMENTOS
- Condutor da ocorrência: condutor, do latim duce (conduzir), é aquela pessoa que conduz as partes
à presença da Autoridade de Polícia Judiciária para que esta tome ciência de um fato delituoso ou
passível de investigação.
- Envolver-se emocional e parcialmente: falta de isenção de ânimo na ocorrência ou durante a apresen-
tação da ocorrência, é a expressão de sua opinião sobre o envolvimento das partes, seu grau de
culpa ou inocência, não se limitando a tomar as providências para a preservação da ordem pública,
registro dos dados e fatos observados, interferindo assim nos níveis de esclarecimento da verdade real
dos fatos e prejudicando a determinação de responsabilidades das partes pelo Poder Judiciário.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
Apresentação da ocorrência
DATA: Nº PROCESSO: 1.01.00 Nº POP: na Repartição Pública com-
/_ / 1.01.08 petente.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Houve a organização de todos os dados da ocor-
rência, antes de sua apresentação ao órgão compe-
tente?

2. O responsável pela Repartição Pública competente


foi informado sobre: “O quê...?”; “Quem...?”; “Quan-
do...?”; “Onde...?”; “Como...?” e “Por quê...?”, de for-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ma coerente e educada?

3. O policial militar informou sobre o que constatou


no local, as consultas feitas e seus resultados?

4. Houve esclarecimento sobre o local estar ou não


preservado e a necessidade ou não de perícias no
local?

5. Todos os objetos conduzidos foram devidamente


apreendidos ou entregues aos seus proprietários?

212
6. Se o(s) infrator(es) estiver(em) algemado(s), as alge-
mas foram retiradas somente após entrega defini-
tiva do(s) infrator(es) da lei para o responsável da
Repartição Pública competente?

7. O responsável pela Repartição Pública competente


foi informado acerca do que foi constatado no
local, das consultas (se necessárias) e resultados?

POLÍCIA MILTAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.01.09


ESTABELECIDO EM:2002

ENCERRAMENTO DA AÇÃO
REVISADO EM: 08/01/19
Nº DA REVISÃO: 4

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Encerrar a ação policial junto ao COPOM/CAD para registro dos dados.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Encerrar a ação policial junto ao COPOM/CAD, transmitindo basicamente o nome da(s) testemunha(s)
e/ou abordado(s) e da(s) providência(s) adotada(s), preenchendo o PM O-58 (Registro de Ocorrência).
- Transmitir ao COPOM/CAD o KM final da viatura.
- Anotar o horário de término passado pelo COPOM/CAD, no RSO (Relatório de Serviço Operacional).
- Anotar o horário de término passado pelo COPOM/CAD.
- Preencher o QPAE (Qualificação de Presos, Armas e Entorpecentes).
RESULTADOS ESPERADOS
- Que a ação seja encerrada junto ao COPOM/CAD, tão logo tenha sido concluída.
- Que o Oficial de serviço esteja ciente do encerramento da ocorrência e das providências adotadas.
- Que os dados da ocorrência estejam devidamente registrados, tanto nos documentos internos, quanto na
Repartição Pública competente.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se houver dúvidas quanto ao registro dos dados da ocorrência, saná-las de imediato junto às partes e/
ou Delegado de Polícia ou ainda o responsável pela repartição pública competente.
- Se houver grande quantidade de dados a serem transmitidos para o COPOM/CAD, fazê-lo via telefone,
deixando a rede-rádio livre.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar deixar de encerrar a ocorrência junto ao COPOM/CAD.
- O policial militar registrar a ocorrência de forma incompleta.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- O policial militar deixar de entregar a documentação devida, ao término do serviço ou no mais rápido
período possível.
- O policial militar ocupar demasiadamente a rede-rádio encerrando ocorrência com grande volume de
dados.

213
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO RABALHO OPERACION-
AL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
DATA: /_ /_ Nº PROCESSO: 1.01.00 Nº POP: Encerramento da Ação.
1.01.09

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES

1. A ação foi encerrada junto ao COPOM/CAD?

2. Foi anotado o horário de término passado pelo


COPOM/CAD, bem como, constado uma síntese
da ocorrência no RSO (Relatório de Serviço Ope-
racional)?

DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: ABORDAGEM DE PESSOA(S) A PÉ

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e “c”
do art. 3º do Decreto Lei 667/69 (redação pelo Decreto-lei nº 2010);
LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento da
Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do
Atribuições das Policias Militares Estado de São Paulo. Nº 5,. jan/mar, 1995

Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII,XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII,
Preceitos constitucionais LXIII, LXIV e LXV da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres Indi-
viduais e Coletivos.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,


São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Nacional;
Poder de Polícia
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública.
3.ed. Rio de Janeiro:Forense, 1998
LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista A
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem públi-
Arbitrariedade e discricionariedade da ca. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998; MAURÍCIO GARIBE e CEL
ação policial PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia.
Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Nº 23.

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º


Condução das Partes do Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo
Tribunal Federal de nº 011; Decreto Estadual nº 57.783/12.

214
Condução de partes envolvidas em in-
fração penal de menor Art. 69 e seu parágrafo único da Lei nº 9.099/95.
potencial ofensivo.
Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código Penal;
Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10.259/01 (dispõe sobre
a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da
Apresentação de ocorrência na repartição Justiça Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03 de
pública competente 24JUL03 (consolida as normas relativas aos Juizados Informais de
Conciliação, Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Crim-
inais); Resoluções de nº 2.076, de 22JUL77 e 2.010/16, de 13MAI77,
ambas do Conselho Econômico e Social da

ONU (Organização das Nações Unidas); Decreto Estadual nº 57.783,


de 10FEV12.

Acompanhamento e cerco de
Resolução SSP nº 21, de 11ABR90.
Automóvel

Testemunha Art. 202 e art.206 do Código de Processo Penal.

Art. 106, artigo 172 e § único, artigos 178 e 262, todos da Lei Federal
nº 8.069, de 13JUL90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
Condução de criança e adolescente
Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02 (altera o parágrafo único do art.
69 da Lei federal de 9.099/95); Lei Federal 8.063, de 13OUT90.

Normas Operacionais de Policiamento


Diretriz nº PM3-008/02/06, de 01AGO06.
PM – NORSOP

Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº


Comunicação Social PM5-001/05/09, de 09DEZ09 e pela Portaria nº PM5-003/511/11,
publicada no Boletim Geral nº 105, de 06JUN11.

Cautela no Deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-005/02/99, de 26JAN99.

Reiteração na cautela no deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-006/02/05, de 13JUL05.

Uso de Dispositivos luminosos e sonoros Ordem de Serviço nº PM3-011/02/18-Circular, de 29AGO18.

Disparo de Arma de Fogo em Acompan-


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

hamento Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 08-003, de 11AGO08;


ICC nº 14, de 13JUL09.

Técnica de Direção/Pilotagem Policial Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 77, de12NOV12.


Preventiva

215
Mortes, afastamentos temporários ou
definitivos de Policiais Militares nos
Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 83, de 31JAN13.
deslocamentos de Emergência com
Viaturas

Uso de Luzes Intermitentes Resolução CONTRAN nº 268, de 15FEV2008.

§ 1º, § 2º e § 3º do art. 1º do Decreto nº 19.903/50; parágrafo 1ª


Emprego de algemas
do art. 234 c/c art.242 do CPPM;

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º


do Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo
Registro e Uso de algemas Tribunal Federal de nº 11; Decreto Estadual nº 57.783/12; Decreto nº
8.858, de 26SET16; Lei nº 13.434 de 12ABR17 que altera o Código
de Processo Penal.

Protocolo do Estado de São Paulo de Diagnóstico Tratamento e


Encaminhamento de Pacientes com Transtorno do Espectro Autista
(TEA) http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/perfil/profissional
Pacientes com Transtorno do Espectro
Autista (TEA) -da-saude/homepage//protocolo_tea_sp_2014.pdf

Lei Nº 12.764, de 27DEZ12, institui a Política Nacional de Proteção


dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 230, de 22AGO18 e


Área de Segurança e Área de Perigo
Programa Vídeo Treinamento (PVT) de AGO/2018.

______. PROCESSO 1.02.00 ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA “4 RODAS”

MAPA DESCRITIVO DO POCESSO Nº Processo: 1.02.00

NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA QUATRO RODAS.

MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Cinturão preto com os equipamentos de proteção individual.


- Algemas com a chave.
- Relatório de Serviço Operacional.
- PM O-58 (Registro de Ocorrência).
- Caneta.
- Colete balístico.
- Folhas para anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Fiel retrátil.

216
Obs 1: Para utilização dos materiais acima indicados, observarem as normas internas e as especificações
estabelecidas pela Corporação, conforme programa de policiamento.
Obs 2: A relação acima se refere a um rol mínimo de materiais que o policial militar deverá utilizar
para execução dos procedimentos envolvendo este processo.

ETAPAS PROCEDIMENTOS

Abordagem de veículo
1. Abordagem de pessoa(s) em automóvel.
2. Abordagem de pessoa(s) em motocicleta.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


POP: 1.02.01

ESTABELECIDO
ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM AUTOMÓVEL EM: 2002
REVISADO EM:

Nº DA REVISÃO: 4
AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Definição correta das características da ocorrência, possibilitando a adoção do escalonamento do
uso da força proporcional ao grau de periculosidade real que a situação impõe.
- Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais militares de serviço,
à(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s) e ao público presente.
- Realização da verbalização para a retirada da(s) pessoa(s) de dentro do veículo e sua condução para o
local da busca pessoal.
- Posicionamento do(s) abordado(s) para a busca pessoal.
- Aproximação da guarnição com relação à(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Atenção a fatos novos que possam modificar a avaliação inicial da situação.
- Atentar para a Área de Segurança.
- Atentar para a Área de Perigo.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Inspecionar visualmente o(s) veículo(s) e, havendo possibilidade, verificar a quantidade de pessoa(s)
no seu interior.
- Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, a fim de identificar a possibili-
dade de riscos à guarnição e a outras pessoas, evitando locais de grande circulação de veículos e
de pessoas ou com muitas alternativas de fuga, atentando para manter-se na Área de Segurança
e não adentrar na Área de Perigo.
- Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam dando cobertura ao veículo
que será submetido à abordagem policial.
- Cientificar o COPOM/CAD, sempre que possível e antecedendo à abordagem, e fornecer a placa do
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

veículo e local em que se encontram.


- INÍCIO DA ABORDAGEM:
- Determinar a parada do veículo, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
- O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás do veículo a ser vistoriado, a uma distância de no
mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com o centro da traseira do veículo (em direção à placa), conforme figura 1.

217
Figura 1

6. TIPOS DE ABORDAGEM:
6.1. EQUIPE COMPOSTA POR DOIS INTEGRANTES:
6.1.1. ABORDAGEM DE PESSOA(S) SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA:
6.1.1.1. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura
abertas, o motor ligado, e as armas no coldre;
6.1.1.2. A retirada do(s) integrante(s) do automóvel deverá ser realizada por um dos policiais milita-
res (preferencialmente o encarregado), que irá verbalizar: “Cidadão! É a polícia! Desligue o veículo!
Desça(m) do veículo!”;
6.1.1.3. Aproximar-se da(s) pessoa(s) que será(ão) fiscalizada(s), atentando também para o interior do
veículo;
6.1.1.4. Manter a calma durante todo o momento da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s)
de maneira objetiva, clara e firme;
6.1.1.5. Solicitar de forma respeitosa que a(s) pessoas(s) se identifique(m);
6.1.1.6. Realizar a fiscalização de polícia, adotando as providências necessárias conforme a natureza da
ocorrência;
6.1.1.7. Anotar os dados do veículo e da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório;
6.1.1.8. Após a realização da abordagem, informar que:
6.1.1.8.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão;
6.1.1.9. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.
6.1.2. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE SOB FUNDADA SUSPEITA:
6.1.2.1. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura
abertas, o motor ligado, e as armas na posição “Sul”, conforme figura 2;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 2

218
6.1.2.2. A retirada dos integrantes do automóvel e sua condução para a Área de Segurança deverão ser
realizadas por um dos policiais militares (preferencialmente o encarregado), que irá verbalizar:

- “Cidadão! É a polícia! Desligue o veículo! Desça(m) do veículo!


- Deixe(m) a(s) porta(s) aberta(s)! Ponha(m) as mãos em cima da cabeça e cruzem (entrelacem) os dedos!
- Venha(m) para trás do veículo junto ao porta-malas!
- Vire(m) de costas para nós.
- Há mais alguém dentro do veículo?

6.1.2.3. A aproximação, após a retirada das pessoas para a Área de Segurança, deverá ser realizada com
as armas na posição “Sul”, sendo que na visualização do interior do veículo deverá ser feita com a arma
na posição “3º Olho”, utilizando-se da “técnica de tomada de ângulo” (fatiamento), conforme figura 3;

Figura 3

6.1.2.4. Após constatar que não há mais ninguém no interior do veículo, o policial que fez a visualização
interna no veículo deverá recuar e assumir a função de segurança (cobertura), com sua arma na posi-
ção “Sul”, posicionando-se lateralmente ao(s) abordado(s) em ângulo aproximado de 90º, mantendo-
-se a uma distância de aproximadamente 2m (dois metros), evitando posicionar o parceiro em sua
linha de tiro, devendo olhar atentamente para a(s) pessoa(s) abordada(s), chamando sempre a atenção
quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância sobre as mãos e linha da cintura do(s)
abordado(s), bem como sobre as imediações da Área de Segurança, durante toda a abordagem;
6.1.2.5. Nesse momento, o outro policial deverá travar seu armamento, colocá-lo no coldre e manter
abotoado para iniciar o procedimento de Busca Pessoal (POP nº 1.01.06) e Vistoria de Veículos (POP
nº 1.05.04);

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

219
Figura 4

6.1.2.6. Após a realização da busca pessoal e da vistoria no veículo, solicitar e conferir os documentos
da(s) pessoa(s) e do veículo junto ao COPOM/CAD, de maneira a evitar que o(s) abordado(s) ouça(m)
a comunicação da rede rádio;
6.1.2.7. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório.
6.1.2.8. Não havendo irregularidades, informar que:
6.1.2.8.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão;
6.1.2.9. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.
6.1.3. ABORDAGEM A INFRATOR DA LEI:
6.1.3.1. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura
abertas, o motor ligado, e as armas na posição “3º Olho”, conforme figura 5;

Figura 5

6.1.3.2. O procedimento de verbalização de retirada do infrator da lei e deslocamento dos policiais mil-
itares será o mesmo da abordagem de pessoa(s) em atitude sob fundada suspeita, sendo que no
presente caso o abordado deverá ser posicionado na Área de Segurança (defronte ao porta-malas do
veículo), ajoelhado, com as pernas cruzadas (preferencialmente sentado sobre os calcanhares) e mãos
sobre a cabeça, com os dedos entrelaçados, conforme figura 6;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 6

220
6.1.3.3. Se houver necessidade do uso de algemas no(s) infrator(es) da lei, algemar conforme POP nº 5.03.02 - Ato
de Algemar e após, submetê-lo(s) à busca pessoal, conforme POP nº 1.01.06 - Busca Pessoal;
6.1.3.4. Em seguida, a guarnição deverá colocar o infrator da lei no compartimento de presos da viatura;
6.1.3.5. Proceder à vistoria do veículo, conforme POP nº 1.05.04;
6.1.3.6. Adotar as ações previstas nos POP nº 1.01.07 – Condução da(s) parte(s), POP nº 1.01.08 - Apresentação de
Ocorrência à Repartição Pública competente e POP nº 1.01.09 - Encerramento da Ação.
6.2. EQUIPE COM TRÊS INTEGRANTES:
6.2.1. ABORDAGEM DE PESSOA(S) SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA:
6.2.1.1. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura abertas, o
motor ligado, e as armas no coldre. O 3º homem será o responsável pela segurança da retaguarda da equipe;
6.2.1.2. A aproximação dos policiais, após a retirada das pessoas para a Área de Segurança, deve ser realizada
pelo Cmt da Equipe e 3º Homem. Enquanto isso, o motorista deverá dar a volta por trás da viatura e passará
a ser o responsável pela segurança da retaguarda de toda equipe, atento ao rádio e às determinações do Cmt
de Equipe;
6.2.1.3. Adotar as mesmas providências previstas nos subitens do item 6.1.1.2. ao 6.1.1.9. deste POP, para as ações
de retirada do(s) integrantes do veículo, providências de fiscalização de polícia, verbalização e encerramento
da abordagem.
6.2.2. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE SOB FUNDADA SUSPEITA:
6.2.2.1. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura abertas,
o motor ligado, e as armas na posição “Sul”. O 3º homem será o responsável pela segurança da retaguarda da
equipe, conforme figura 7;

Figura 7

6.2.2.2. A retirada dos integrantes do automóvel e sua condução para a Área de Segurança deverá ser realizada
por um dos policiais militares (preferencialmente o encarregado), que irá verbalizar:

- “Cidadão! É a polícia! Desligue o veículo! Desça(m) do veículo!


- Deixe(m) a(s) porta(s) aberta(s)! Ponha(m) as mãos em cima da cabeça e cruzem (entrelacem) os dedos!
- Venha(m) para trás do veículo junto ao porta-malas!
- Vire(m) de costas para nós.
- Há mais alguém dentro do veículo?

6.2.2.3. Estando o(s) abordado(s) posicionado(s), o Cmt de Equipe, juntamente com o 3º homem, após a retirada
das pessoas para a Área de Segurança, aproximar-se-ão ao mesmo tempo, com a arma na posição “Sul”, de-
vendo o 3º homem permanecer na segurança, junto ao(s) abordado(s), enquanto o Cmt de Equipe avança na
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

direção do veículo. Para a visualização interna do veículo, deverá ser adotada a posição “3º olho”, pelo lado do
passageiro, utilizando-se da “técnica de tomada de ângulo” (fatiamento), a fim de verificar se há mais alguém
em seu interior. Enquanto isso, o motorista dará a volta por trás da viatura, posicionando-se de acordo com a
figura 8, com a arma na posição “Sul”, onde deverá permanecer com vistas à segurança da retaguarda de toda
equipe, atento ao rádio e às determinações do Cmt de Equipe;
6.2.2.4. Após constatar que não há mais ninguém no interior do veículo, o policial que fez a visualização interna
no veículo deverá recuar e assumir a função de segurança (cobertura), com sua arma na posição “Sul, posi-
cionando-se lateralmente ao(s) abordado(s) em ângulo aproximado de 90º, mantendo-se a uma distância de
aproximadamente 2m (dois metros).

221
Figura 8

6.2.2.4. Após constatar que não há mais ninguém no interior do veículo, o policial que fez a visualização
interna no veículo deverá recuar e assumir a função de segurança (cobertura), com sua arma na posição
“Sul, posicionando-se lateralmente ao(s) abordado(s) em ângulo aproximado de 90º, mantendo-se a
uma distância de aproximadamente 2m (dois metros), evitando posicionar o parceiro em sua linha de
tiro, devendo olhar atentamente para a(s) pessoa(s) abordada(s), chamando sempre a atenção quando
desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância sobre as mãos e linha da cintura do(s) abor-
dado(s), bem como sobre as imediações da Área de Segurança, durante toda a abordagem;
6.2.2.5. Neste momento, o 3º homem deverá travar seu armamento, colocá-lo no coldre e manter abo-
toado para iniciar o procedimento de Busca Pessoal, conforme POP nº 1.01.06 e Vistoria de Veículos
(POP nº 1.05.04);

Figura 9

6.2.2.6. Após a realização da busca pessoal e da vistoria no veículo, solicitar e conferir os documentos
da(s) pessoa(s) e do veículo junto ao COPOM/CAD, se possível, sem que o(s) abordado(s) ouça(m) a
comunicação da rede rádio;
6.2.2.7. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório;
6.2.2.8. Não havendo irregularidades, informar que:
6.2.2.8.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

6.2.2.9. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.

222
6.2.3. ABORDAGEM A INFRATOR DA LEI:
6.2.3.1. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura
abertas, o motor ligado, e as armas na posição “3º Olho”. O 3º homem será o responsável pela segu-
rança da retaguarda da equipe, conforme figura 10, com sua arma na posição “Sul”;

Figura 10

6.2.3.2. O procedimento de verbalização de retirada do infrator da lei e deslocamento dos policiais mili-
tares será o mesmo da abordagem de pessoa(s) em atitude sob fundada suspeita por equipe composta
por três integrantes, sendo que no presente caso o(s) abordado(s) deverá(ão) ser posicionado(s) na
Área de Segurança (defronte ao porta-malas do veículo), ajoelhado, com as pernas cruzadas (preferen-
cialmente sentado sobre os calcanhares) e mãos sobre a cabeça, com os dedos entrelaçados, conforme
figura 11;

Figura 11
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

223
6.2.3.3. Se houver necessidade do uso de algemas no(s) infrator(es) da lei, o 3º Homem deverá realizar o alge-
mamento conforme POP nº 5.03.02 - Ato de Algemar e após, submetê-lo(s) à busca pessoal, conforme POP
nº 1.01.06 - Busca Pessoal;
6.2.3.4. Em seguida, a guarnição deverá colocar o infrator da lei no compartimento de presos da viatura;
6.2.3.5. Proceder à vistoria do veículo conforme POP nº 1.05.04;
6.2.3.6. Adotar as ações previstas nos POP nº 1.01.07 – Condução da(s) parte(s), POP nº 1.01.08 - Apresentação
de Ocorrência à Repartição Pública competente e POP nº 1.01.09 - Encerramento da Ação.
6.3. ABORDAGEM POLICIAL EM VEÍCULO CONTENDO PESSOA(S) COM DEFICIÊNCIA:
6.3.1. Pessoa(s) com deficiência auditiva:
6.3.1.1. Identificado que o condutor do veículo trata-se de pessoa com deficiência auditiva (através de adesivos
identificadores no veículo), adotar a mesma sequência de ação descrita neste procedimento, com as seguin-
tes adaptações:
6.3.1.1.1. para determinar a parada do veículo, o policial militar deverá dar sinal de farol e sirene (a deficiência
poderá ser parcial);
6.3.1.1.2. Após a parada do veículo, a viatura retornará à posição inicial de abordagem, conforme descrito no
subitem 5.2. deste procedimento, distância entre 2m (dois metros) a 5m (cinco metros), e através de gestos e
verbalização (a deficiência poderá ser parcial), solicitar que desligue o veículo e desça do mesmo, adotando-
-se a sequência de ação conforme o caso (Fiscalização de Polícia, Fundada Suspeita ou Infrator da Lei);
6.3.1.1.3. Adotar as ações previstas na abordagem de pessoas com deficiência auditiva, conforme POP 1.01.05
- Abordagem Policial de Pessoa(s) a pé.
6.3.2. Pessoa(s) com deficiência física:
6.3.2.1. Identificado que a pessoa na condução de veículo trata-se de pessoa com deficiência física, (através de
adesivos identificadores no veículo), adotar a mesma sequência de ação descrita neste procedimento, com
as seguintes adaptações:
6.3.2.2. o policial militar, após a parada do veículo verbalizará: “Cidadão é a polícia! Desligue o veículo! Você
consegue descer e se deslocar para trás do veículo?”.
6.3.2.2.1. se a resposta for afirmativa: adotar as sequência de ações referentes a este POP conforme o caso (Fis-
calização de Polícia, Fundada Suspeita ou Infrator da Lei) e, havendo necessidade de realizar a vistoria pesso-
al, atender ao contido no POP nº 1.01.06 – Busca Pessoal, nas ações voltadas a pessoas com deficiência física;
6.3.2.2.2. se a resposta for negativa: solicitar que o condutor retire as chaves do contato e as coloque em cima
do veículo e prosseguir com as seguintes ações:
6.3.2.2.2.1. determinar a saída dos demais ocupantes do veículo, posicionando-os na lateral direita do veículo,
de modo a permanecer em seu interior somente a pessoa com deficiência física;
6.3.2.2.2.2. na impossibilidade de chegada do apoio, um dos policiais militares (preferencialmente o encarre-
gado) se posicionará de tal forma que mantenha em seu campo visual, tanto as pessoas que desceram do
veículo, quanto o policial militar que realizará a busca pessoal no cadeirante;
6.3.2.2.2.3. o policial militar responsável pela busca pessoal no condutor (preferencialmente o motorista) se
aproximará do veículo, com o armamento em posição 3º olho;
6.3.2.2.2.4. solicitar que o ocupante (pessoa com deficiência) coloque suas mãos na cabeça e entrelace os dedos;
6.3.2.2.2.5 travar o armamento, colocá-lo no coldre e abotoá-lo para realizar o procedimento de busca pessoal
bem como vistoria veicular nas áreas próximas ao cadeirante;
6.3.2.2.2.6. retornar aos demais ocupantes que se encontram no lado externo do veículo para iniciar o procedi-
mento de busca pessoal; neste momento, o policial militar responsável pela segurança se posicionará de tal
sorte que possa observar também as atitudes tomadas pelo deficiente no interior do veículo;
6.3.2.2.2.7. proceder à vistoria veicular;
6.3.2.2.2.8. adotar os procedimentos previstos conforme o tipo de abordagem (fiscalização de polícia, atitude
sob fundada suspeita ou infrator da lei).
6.4. ABORDAGEM POLICIAL A VEÍCULO DE TRANSPORTE DE VALORES:
6.4.1. Havendo fundada suspeita que justifique uma ação de abordagem policial bem como o risco inerente
a ela, o policial militar deverá manter contato com o COPOM/CAD, fornecendo o número do veículo bem
como suas placas de identificação, solicitando que o Centro de Operações entre em contato com a empresa
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

prestadora de serviço, buscando confrontar informações que confirme a situação de anormalidade;


6.4.2. Não sendo afastada a hipótese de suspeição, acionar o CFP para coordenar a ação;
6.4.3. Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, a fim de identificar a possibilidade
de riscos à guarnição e a outras pessoas, evitando locais de grande circulação de veículos e de pessoas ou
com muitas alternativas de fuga, atentando para manter-se na Área de Segurança e não adentrar na Área
de Perigo;
6.4.4. Acompanhar o veículo a fim de isolá-lo, segundo as ações descritas no POP nº 4.01.01 – Acompanhamen-
to e Cerco a Veículo produto de ilícito ou suspeito;
6.4.5. Estabelecer um canal de comunicação com os suspeitos e iniciar as negociações para que saiam do veí-
culo, sem que ocorra exposição dos policiais;
6.4.6. Adotar as técnicas de gerenciamento de crise necessárias para a contenção da crise.

224
RESULTADOS ESPERADOS
- Que as ações dos policiais sejam em todos os momentos pautadas pela lei, pelas normas e pela
ética policial-militar.
- Que todas as pessoas infratoras da lei envolvidas na ocorrência sejam capturadas e presas pelos poli-
ciais militares.
- Que todas as armas, objetos e materiais que possuam vínculo probatório com ações ilícitas relacio-
nadas à ocorrência sejam apreendidos.
- Que a cada momento os policiais estejam atuando em condição de máxima segurança com relação
a uma possível agressão por parte dos abordados ou de terceiros, não adentrando na Área de Perigo.
- Que a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) abordada(s) seja reduzida ao mínimo possível.
- Que a ação policial resulte em atitude favorável à PMESP por parte dos cidadãos envolvidos na ocor-
rência.
- Na abordagem de pessoa(s) com deficiência em veículo, que o policial atue conforme a necessi-
dade do(s) abordado(s).

AÇÕES CORRETIVAS
- Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou a acatar as determinações mas não estiver(em) esbo-
çando resistência, considerar a possibilidade de se tratar de pessoa(s) com algum tipo de deficiência
(auditiva, visual, intelectual ou ainda, não compreender o idioma português).
- Se ao abordar veículo com adesivo indicando que o motorista é portador de deficiência auditiva,
este não obedecer à ordem de parada (farol e sirene), os policiais militares deverão emparelhar a
viatura com o veículo, com atenção redobrada (segurança e fluxo de trânsito) e através de gestos,
indicar para que o condutor estacione o veículo.
- Se o veículo tiver película nos vidros (ex.: insul-film), os policiais militares deverão redobrar a atenção
e utilizar as técnicas de tomada de ângulo (fatiamento), quando forem se aproximar do veículo para
verificar a existência ou não de pessoas no seu interior.
- Se durante a visualização interna do veículo, o policial militar for surpreendido pela presença de
outra(s) pessoa(s), deverá retornar à Área de Segurança e iniciar a conversação desde o início
para retirá-la(s) do veículo.
- Se não houver o cumprimento das determinações emitidas pelo policial militar (ex: os abordados
não saírem do veículo) utilizar o escalonamento do uso da força, solicitando apoio; havendo dispo-
nibilidade do escudo balístico, utilizá-lo para a aproximação.
- Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito
de Área de Segurança.
- Na ação corretiva, ao parar a viatura a menos de 5 metros o policial deve aumentar a atenção
durante a abordagem, lembrando de se abrigar, caso necessário, nos anteparos da própria viatura
policial-militar, principalmente colunas, bloco do motor e caixas de rodas ou abrigos e coberturas
disponíveis no ambiente.
- Se algum policial atravessar inadvertidamente a linha de tiro, o policial militar que tem sua arma
apontada deverá adotar a posição “Sul”,alertando-o, dizendo: “Mesma Linha”.
- Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o
procedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes:
- Reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos;
- solicitar calma ao(s) abordado(s);
- manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s);
- informar quais foram as atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão es-
clarecidas ao final do procedimento.
- Se o ânimo do(s) abordado(s) estiver alterado, tentar acalmá-lo(s) para que a situação se normalize
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

rapidamente, não revidando possíveis agressões verbais.


- Se a(s) pessoa(s) abordada(s) reagir(em) de forma agressiva (sem o emprego de arma de fogo e/ou
branca) e houver necessidade da utilização de força física, o policial militar deverá adotar as técnicas
existentes sobre o uso de equipamentos de baixa letalidade (gás pimenta, bastão tonfa, arma de
incapacitação neuromuscular) com o objetivo de imobilizá-lo, bem como técnicas de defesa pessoal.

225
- Se alguma pessoa abordada afirmar ser autoridade pública (Militar, Policial, membro da Ma-
gistratura ou do Ministério Público, Diplomata, Parlamentar, Integrantes do SIPOM, Integrantes de
Corregedorias em serviço etc.), deve ser identificado imediatamente, adotando-se, a seguir, os
procedimentos previstos nos POP do Processo de Ocorrência envolvendo Autoridade(s) (nº 3.02.00).
- Se o local não for adequado para a abordagem, adiar o início da ação (desde que possível), proce-
dendo-se ao acompanhamento do veículo até que seja possível agir com segurança.
- Se no decorrer da abordagem algum policial constatar fato que modifique a percepção inicial das
características da ocorrência, deverá alertar seu(s) companheiro(s) para a necessidade de adaptar
os procedimentos (posição da arma “Sul” ou “3º olho” e tratamento do(s) envolvido(s), adotando
postura mais rígida ou mais branda, conforme o caso exigir.
- Se o local for de alto risco, o policial militar poderá utilizar-se da posição 3º olho, independente do tipo
da ocorrência.
- Se o número de pessoas a serem submetidas à abordagem policial sob fundada suspeita for igual ou
superior em relação aos policiais militares, solicitar apoio e esperar a chegada para o início da
ação; se, por razões de segurança, não houver condições de aguardar a chegada do apoio, neste
caso, adotar a força máxima, posicionando seus armamentos na posição 3º Olho.
- Caso haja fuga de algum dos abordados, determinar que o(s) indivíduo(s) que permaneceu(ram)
no local se ajoelhe(m), para que se proceda à busca pessoal, utilizando-se a sequência de ação
voltada para as pessoas infratoras da lei. Em nenhuma hipótese, os policiais militares poderão se
separar. Após, informar ao COPOM/CAD o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a
busca do(s) indivíduo(s) que empreendeu(ram) fuga.
- Se durante a abordagem a veículos de transporte de valores seus ocupantes recusarem-se a
descer, o Cmt Força Patrulha deverá reforçar a segurança e isolar o local, impedindo que civis
transitem na área de atuação, além de adotar as ações de gerenciamento de crise.
- Se a distância adotada no momento da abordagem dificultar a comunicação dos policiais para com
os abordados, devem-se buscar outras posições de cobertura e abrigo no ambiente que permitam o
entendimento.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar deixar de realizar a busca em pessoa ou veículo, quando existirem indicativos
para tal.
- O policial militar escolher local impróprio para a abordagem, colocando pessoas em risco desneces-
sariamente.
- O policial militar não sinalizar corretamente a parada do veículo a ser abordado.
- O policial militar posicionar incorretamente a viatura atrás do veículo a ser abordado.
- O policial militar deixar de observar as regras de segurança na sua ação e adentrar na Área
de Perigo (aproximar-se do veículo antes da retirada das pessoas ou permanecer na linha de
tiro, por exemplo).
- O policial militar utilizar escalonamento do uso da força desproporcional à situação.
- Os policiais militares agirem descoordenadamente, sem a observância do padrão ou com mais de
um policial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando confusão e embaraço.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

226
- O policial militar, nos diálogos, agredir verbalmente as pessoas, praticar discriminação atentatória
aos direitos e liberdades fundamentais, em especial à condição social, de raça, cor, crença reli-
giosa, convicção filosófica, convicção política ou outra qualquer de caráter pessoal.
- O policial militar realizar procedimentos com o dedo no gatilho da arma, exceto no momento em que
necessite repelir injusta agressão proporcional.
- O policial militar sacar a arma e apontá-la desnecessariamente para as pessoas.
- Ao perceber tratar-se de pessoa(s) idônea(s), deixar o policial militar de amenizar o rigor das ações,
conforme o previsto no procedimento.
- O policial militar retirar do veículo a pessoa com deficiência que não tenha possibilidade de se
levantar sozinho do veículo.
- O policial militar deixar de agradecer a colaboração pela abordagem, bem como deixar de esclarecer
algum questionamento da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem ao final da ação.

ESCLARECIMENTO
- Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa, funda-
mentada no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional.
- Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal, reali-
zada toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo 240
- §2º do CPP) de que alguém oculte consigo arma proibida e munição; coisas achadas ou obtidas por
meios criminosos; instrumentos de falsificação ou contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; objetos necessários à
prova de infração ou a defesa de réu; cartas, abertas ou não, destinadas a acusado ou em seu pod-
er, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa ser útil a elucidação do fato.
- Abordagem de infrator da lei: Abordagem realizada quando houver a certeza de que o indivíduo co-
meteu um crime ou contravenção penal.
- Infrator da lei: Pessoa sobre a qual se tem a certeza ou forte suspeita de que tenha cometido qual-
quer crime e/ou contravenção penal, ou seja procurada pela Justiça, ou ainda que seja encontrada
no local de crime ou próximo dele com objetos ou vestígios que indiquem que tenha cometido uma
ação delituosa.
- Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada sus-
peita de que alguém oculte consigo arma proibida ou de objetos ou de papéis que constituam
corpo de delito.
- Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o máximo possível,
utilizando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de acordo com o fato ou situação.
- Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de
riscos e posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla
visibilidade, de modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade
operacional. A Área de Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada,
afastada, segura e própria para a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplos
das figuras 12, 13 e 14.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

227
Na via: Em edificações:

Figura 12

Figura 14

8. Área de Perigo: é considerada como o local em


que o suposto agressor está localizado ou con-
finado, bem como o “cone da morte”, ou seja,
áreas que possibilitam o contato visual com o
agressor e podem comprometer a integridade do
policial. Dada a iminência de confronto, o poli-
cial militar nunca deve adentrá-la, indicando-se a
verbalização como o recurso mais adequado até
que o criminoso abandone essa área e eventual
arma que esteja em seu poder, colocando-se em
condições visuais para a abordagem e detenção
Figura 13 seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de
OPM especializada. Esse conceito serve também
para edificações, portanto, só se adentra em um
recinto se houver certeza de que nele não existe
ameaça ou realizando a varredura a fim de veri-
ficar se o local está seguro, quando estritamente
necessário, lembrando-se de que a partir do mo-
mento em que se encontra a Área de Perigo, ou
seja, aquela onde se encontra o infrator, deve ser
criada a Área de Segurança, onde o policial deve
permanecer. Os exemplos das figuras 15, 16 e
17 mostram ações equivocadas de policiais que
adentram a Área de Perigo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

228
Na via:

Em edificações:

Figura 15

Figura 17

9. Uso de algemas O emprego de algemas far-se-


-á mediante a constatação de uma das situações
previstas na Súmula Vinculante nº 11 do STF, ou
do Decreto Estadual nº 19.903, de 30OUT50:
9.1. Condução, à presença da autoridade, dos de-
linquentes detidos em flagrante, em virtude de
pronúncia ou nos demais casos previstos em lei,
desde que ofereçam resistência ou tentem fuga;
9.2. Condução, à presença da autoridade, dos
ébrios, viciosos e turbulentos, recolhidos na
prática de infração e que devam ser postos em
custódia, nos termos do regulamento Policial do
Estado, desde que o seu estado extremo de exal-
tação torne indispensável o emprego da força;
Figura 16 9.3. transporte, de uma para outra dependência, ou
remoção, de um para outro presídio, dos presos
que, pela sua conhecida periculosidade, possam
tentar a fuga, durante a diligência ou a tenham
tentado, ou oferecido resistência quando de sua
detenção.
10. Poder de Polícia: conforme artigo 78, do Código
Tributário Nacional, é a faculdade de que dispõe
a Administração Pública para condicionar e res-
tringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
individuais, em benefício da coletividade ou do
próprio Estado. O poder de polícia tem atributos
específicos e peculiares ao seu exercício, e tais
são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e
a coercibilidade.
10.1. discricionariedade: traduz-se na livre escolha,
pela Administração, da oportunidade e conveni-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ência de exercer o poder de polícia, bem como


de aplicar as sanções e empregar os meios con-
ducentes a atingir o fim colimado, que é a prote-
ção de algum interesse público;

229
10.2. auto executoriedade: é a faculdade de a Administração decidir e executar diretamente a sua decisão,
por seus próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário;
10.3. coercibilidade: é a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração.
11. Posição sul da arma: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano
perpendicularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, cotovelo flexionado e projetado para
cima, mão fraca estendida com a palma da mão voltada para o peito, podendo estar sob a arma (po-
sição descoberta) ou sobre a arma (posição coberta), cotovelo flexionado próximo à linha da cintura.
12. Posição 3º olho: arma empunhada com as duas mãos (dupla empunhadura), mão forte empurra a
arma e a mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho, erguida na altura dos olhos, abertos, braços
semi-estendidos, posição do corpo frontal ou lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A po-
sição 3º olho também pode ser empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente assim
necessitar, o cano da arma sempre será direcionado para o local onde se vistoria, a direção do cano
acompanha o olhar.
13. Linha de tiro: É o estabelecimento de uma linha imaginária que parte da alça de mira até a massa de
mira com a finalidade, a princípio de se atingir-se um alvo. É o ponto que, sob hipótese nenhuma, o
policial que realiza a revista deverá cruzar para não ser atingido no caso de uma reação de quem está
sendo submetido a este procedimento.
14. Técnica de tomada de ângulo ou Fatiamento: Técnica utilizada para aproximação de um local onde
haja perigo, de modo a permitir que o Policial Militar, esteja sempre abrigado ou coberto, a fim de evi-
tar sua fácil visualização por parte dos agressores ou infratores da lei”, conforme previsto no M-19-PM.

OBS: Quando o Policial Militar utilizar este tipo de técnica, deverá estar com sua arma na posição “3º
olho”, conforme figura 18:

Figura 18

15. Veículo de Transporte de Valores (Carro forte)

Segundo o art. 29, inciso VIII, do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), os veículos prestadores de utilidade
pública gozam de livre parada e estacionamento, quando em efetiva operação. A Resolução CONTRAN nº
268, de 15FEV08, em seu artigo 3º, §1º, inciso IV, classifica os veículos de transportes de valores (carro-forte)
como prestadores de utilidade pública.
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230
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
N° POP: 1.02.01 NOME DA TAREFA:
DATA: N° PROCESSO: 1.02.00 Abordagem Policial
/_ / de Pessoa(s) em Au-
tomóvel.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar observou as condições de segu-
rança do ambiente antes de se aproximar do veículo
a ser abordado?

2. A determinação de parada do veículo foi realizada


corretamente?
3. A verbalização para a retirada das pessoas de den-
tro do veículo visando sua condução para o local
da busca pessoal (Área de Segurança junto ao por-
ta-malas) foi realizada de forma clara, em tom
audível, de forma objetiva e pausada, possibilitando
que não houvesse confusão de atitudes por parte
do(s) abordado(s)?

4. As pessoas submetidas à abordagem foram posi-


cionadas na Área de Segurança de acordo com o
previsto neste procedimento?

5. O posicionamento dos policiais militares foi feito de


forma correta e segura?
6. O policial militar utilizou o armamento de forma
correta?
7. A aproximação do policial em direção aos abordados
foi realizada segundo os padrões de segurança pre-
vistos neste procedimento?
8. Na verificação do veículo, a fim de detectar a pre-
sença de outras pessoas no seu interior, foi utilizada
a técnica de “tomada de ângulo (fatiamento)”?

9. Caso o policial militar tenha constatado caracte-


rísticas da ocorrência diversas da avaliação inicial,
exigindo a reorientação da intervenção policial, isso
foi feito corretamente?
10. Caso alguma pessoa tenha se exaltado durante a
ocorrência, o policial militar soube conduzir o diálo-
go visando acalmá- la?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

11. O policial militar atentou para as necessidades das


pessoas com deficiência?

12. O policial militar agradeceu a colaboração da(s) pes-


soa(s) submetida(s) à abordagem

231
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
POP: 1.02.02
ESTA-
ABORDAGEM POLICIAL DE PESSOA(S) EM BELECIDO
MOTOCICLETA
EM:.2002
REVISADO EM:
Nº DA REVISÃO: 4
AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Definição correta das características da ocorrência, possibilitando a adoção do escalonamento do uso
da força proporcional ao grau de periculosidade real que a situação impõe.
- Observância das condições de segurança do local, em relação aos policiais militares de serviço, à(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s) e ao público presente.
- Realização da verbalização para a retirada da(s) pessoa(s) em cima da motocicleta e sua condução
para o local da busca pessoal.
- Posicionamento do(s) abordado(s) para a busca pessoal atentando para a Área de Segurança e Área
de Perigo.
- Aproximação da guarnição com relação à(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Atenção a fatos novos que possam modificar a avaliação inicial da situação.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
INÍCIO DA ABORDAGEM:
Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, a fim de identificar a possibi-
lidade de riscos à guarnição e a outras pessoas, evitando locais de grande circulação de veículos e
de pessoas ou com muitas alternativas de fuga;
Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam dando cobertura ao veículo que
será submetido à abordagem policial;
Cientificar o COPOM/CAD, fornecendo os dados da placa da motocicleta e do local que se encontra.
Após o retorno da informação, determinar ao motorista que pare a motocicleta, por meio de toque
de sirene e sinal de farol;
Determinar a parada do veículo, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância de
no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (na direção da placa), conforme figura 1:
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Figura 1

232
2. TIPOS DE ABORDAGEM:
2.1. EQUIPE COMPOSTA POR DOIS INTEGRANTES:
2.1.1. ABORDAGEM EM SITUAÇÃO SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA:
2.1.1.1. Determinar a parada da motocicleta, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
2.1.1.2. O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância
de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (direção à placa), conforme figura 2:

Figura 2

2.1.1.3. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura


abertas, o motor ligado, e as armas no coldre;
2.1.1.4. A retirada do(s) ocupantes(s) da motocicleta deverá ser realizada por um dos policiais militares
(preferencialmente o encarregado), que irá verbalizar: “Cidadão! É a polícia! Desligue a motocicleta!
Coloque-a no pé de apoio e desça!”;
2.1.1.5. Aproximar-se da(s) pessoa(s) que serão fiscalizadas e iniciar a conversação com a(s) mesma(s);
2.1.1.6. Solicitar que retire(m) o capacete;
2.1.1.7. Manter a calma, durante todo o momento da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s)
de maneira objetiva, clara e firme;
2.1.1.8. Solicitar de forma respeitosa que a(s) pessoas(s) se identifique(m);
2.1.1.9. Realizar a fiscalização de polícia, adotando as providências necessárias conforme a natureza da
ocorrência;
2.1.1.10. Anotar os dados da motocicleta e da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório;
2.1.1.11. Após a realização da abordagem, informar que:
2.1.1.11.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando à Segurança do Cidadão;
2.1.1.12. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.
2.1.2. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE SOB FUNDADA SUSPEITA:
2.1.2.1. Determinar a parada da motocicleta, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
2.1.2.2. O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância
de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (direção à placa);
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

233
2.1.2.3. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura abertas,
o motor ligado, e as armas na posição “Sul”, conforme figura 3:

Figura 3

2.1.2.4. A retirada do(s) ocupantes(s) da motocicleta deverá ser realizada por um dos policiais militares (preferen-
cialmente o encarregado), que irá verbalizar:
- “Cidadão! É a polícia!
- Desligue a motocicleta! Coloque-a no pé de apoio e desça!
- Ponha(m) as mãos em cima do capacete, cruzem (entrelacem) os dedos!
- Vire(m) de frente para a moto”;
2.1.2.5. A aproximação, após o posicionamento das pessoas na Área de Segurança, deverá ser realizada com as
armas na posição “Sul”;
2.1.2.6. Um dos policiais militares (preferencialmente o encarregado) assumirá a função de segurança (cobertura),
posicionando-se lateralmente ao(s) abordado(s), com sua arma na posição “Sul”, mantendo-se a uma distância
de aproximadamente 2m (metros), evitando posicionar o parceiro em sua linha de tiro, devendo olhar atenta-
mente para a(s) pessoa(s) abordada(s), chamando sempre a atenção quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não
perdendo a vigilância sobre as mãos e linha da cintura do(s) abordado(s), bem como sobre as imediações da
Área de Segurança, durante toda a abordagem;
2.1.2.7. Nesse momento, o outro policial deverá travar seu armamento, colocá-lo no coldre e manter abotoado
para iniciar o procedimento de Busca Pessoal (POP nº 1.01.06), conforme figura 4;

Figura 4
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

2.1.2.8. Após a realização da busca pessoal, solicitar que a(s) pessoa(s) retire(m) o capacete, e vistoriá-lo, a fim de
conferir a existência de qualquer objeto ilícito em seu interior. Após, realizar a vistoria na motocicleta;
2.1.2.9. Solicitar e conferir os documentos da(s) pessoa(s) e da motocicleta junto ao COPOM/CAD, se possível, sem
que o(s) abordado(s) ouça(m) a comunicação da rede rádio;
2.1.2.10. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório;
2.1.2.11. Não havendo irregularidades, informar que:
2.1.2.11.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão;

234
2.1.2.12. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.
2.1.3. ABORDAGEM A INFRATOR DA LEI:
2.1.3.1. Determinar a parada da motocicleta, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
2.1.3.2. O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância
de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (direção à placa);
2.1.3.3 Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura
abertas, o motor ligado, e as armas na posição “3º Olho”;
2.1.3.4. O procedimento de verbalização, de desembarque do(s) infrator(es) da lei e deslocamento dos
policiais militares, após o posicionamento das pessoas na Área de Segurança, será o mesmo da abor-
dagem em situação de fundada suspeita, sendo que no presente caso o infrator da lei deverá ser posi-
cionado em frente à motocicleta, ajoelhado, com as pernas cruzadas (preferencialmente sentado sobre
os calcanhares) e mãos sobre o capacete, com os dedos entrelaçados, conforme figura 5;

Figura 5

2.1.3.5. Se houver necessidade do uso de algemas no(s) infrator(es) da lei, realizar o algemamento confor-
me POP nº 5.03.02 - Ato de Algemar e após, submetê-lo(s) à busca pessoal, conforme POP nº 1.01.06
- Busca Pessoal;
2.1.3.6. Após a realização da busca pessoal, retirar o capacete e vistoriá-lo, a fim de conferir a existência
de qualquer objeto ilícito em seu interior;
2.1.3.7. Em seguida, a guarnição deverá colocar o infrator da lei no compartimento de presos da viatura;
2.1.3.8. Proceder à vistoria da motocicleta;
2.1.3.9. Adotar as ações previstas nos POP nº 1.01.07 – Condução da(s) parte(s), POP nº 1.01.08 - Apre-
sentação de Ocorrência à Repartição Pública competente e POP nº 1.01.09 - Encerramento da Ação.
2.2. EQUIPE COM TRÊS INTEGRANTES:
2.2.1. ABORDAGEM EM SITUAÇÃO SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA:
2.2.1.1. Determinar a parada do veículo, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
2.2.1.2. O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância
de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (na direção da placa), conforme figura 6;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

235
Figura 6

2.2.1.3. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura


abertas, o motor ligado, e as armas no coldre. O 3º homem será o responsável pela segurança da re-
taguarda da equipe;
2.2.1.4. A aproximação dos policiais, após o posicionamento das pessoas na Área de Segurança, deve ser
realizada pelo Cmt da Equipe e 3º Homem. Enquanto isso, o motorista deverá dar a volta por trás da
viatura e passará a ser o responsável pela segurança da retaguarda de toda equipe, atento ao rádio e
às determinações do Cmt de Equipe;
2.2.1.5. Adotar as mesmas providências previstas nos subitens do item 2.1.1.4. ao 2.1.1.12. deste POP, para
as ações de retirada do(s) integrantes da motocicleta, providências de fiscalização de polícia, verbaliza-
ção e encerramento da abordagem.
2.2.2. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE SOB FUNDADA SUSPEITA:
2.2.2.1. Determinar a parada da motocicleta, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
2.2.2.2. O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância
de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (direção à placa), conforme figura 7:

Figura 7
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

236
2.2.2.3. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura
abertas, o motor ligado, e as armas na posição “Sul”. O 3º homem será o responsável pela segurança
da retaguarda da equipe, conforme figura 8;

Figura 8

2.2.2.4. A retirada do(s) ocupantes(s) da motocicleta deverá ser realizada por um dos policiais militares
(preferencialmente o encarregado), que irá verbalizar:
- “Cidadão! É a polícia!
- Desligue a motocicleta! Coloque-a no pé de apoio e desça!
- Ponha(m) as mãos em cima do capacete, cruzem (entrelacem) os dedos!
- Vire(m) de frente para a moto”.
2.2.2.5. Estando o(s) abordado(s) posicionado(s), o Cmt de Equipe e o 3º Homem se aproximarão ao mes-
mo tempo, com a arma na posição “Sul”;
2.2.2.6. Um dos policiais militares (preferencialmente o encarregado) assumirá a função de segurança
(cobertura), posicionando-se lateralmente ao(s) abordado(s), com sua arma na posição “Sul”, man-
tendo-se a uma distância de aproximadamente 2m (metros), evitando posicionar o parceiro em sua
linha de tiro, devendo olhar atentamente para a(s) pessoa(s) abordada(s), chamando sempre a atenção
quando desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância sobre as mãos e linha da cintura do(s)
abordado(s), bem como sobre as imediações da Área de Segurança, durante toda a abordagem. En-
quanto isso, o motorista dará a volta por trás da viatura, posicionando-se de acordo com a figura 9,
com a arma na posição “Sul”, onde permanecerá com vistas à segurança da retaguarda de toda equipe,
atento ao rádio e às determinações do Cmt de Equipe;

Figura 9.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

2.2.2.7. Nesse momento, o outro policial (neste caso, o 3º Homem) deverá travar seu armamento, colocá-
-lo no coldre e manter abotoado para iniciar o procedimento de Busca Pessoal (POP nº 1.01.06);
2.2.2.8. Após a realização da busca pessoal, solicitar que a(s) pessoa(s) retire(m) o capacete, e vistoriá-
-lo, a fim de conferir a existência de qualquer objeto ilícito em seu interior. Após, realizar a vistoria na
motocicleta;

237
2.2.2.9. Solicitar e conferir os documentos da(s) pessoa(s) e da motocicleta junto ao COPOM/CAD, se
possível, sem que o(s) abordado(s) ouça(m) a comunicação da rede rádio;
2.2.2.10. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório;
2.2.2.11. Não havendo irregularidades, informar que:
2.2.2.11.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando à Segurança do Cidadão;
2.2.2.12. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.
2.2.3. ABORDAGEM A INFRATOR DA LEI:
2.2.3.1. Determinar a parada da motocicleta, por meio de toque de sirene e sinal de farol;
2.2.3.2. O motorista deverá estacionar a viatura logo atrás da motocicleta a ser vistoriada, a uma distância
de no mínimo 5m (metros), aproximadamente, de modo que o farol dianteiro direito da viatura fique
alinhado com a lanterna traseira da motocicleta (direção à placa);
2.2.3.3. Os policiais militares se posicionarão de maneira “semidesembarcada”, com as portas da viatura
abertas, o motor ligado, e as armas na posição “3º Olho”, conforme figura 10;

Figura 10

2.2.3.4. O procedimento de verbalização, de desembarque do(s) infrator(es) da lei e deslocamento dos


policiais militares será o mesmo da abordagem em situação de fundada suspeita, sendo que no pre-
sente caso o abordado deverá ser posicionado em frente à motocicleta, ajoelhado, com as pernas
cruzadas (preferencialmente sentado sobre os calcanhares) e mãos sobre o capacete, com os dedos
entrelaçados;
2.2.3.5. Estando o(s) abordado(s) posicionado(s), o Cmt de Equipe e o 3º Homem, após o posicionamento
da(s) pessoa(s) na Área de Segurança, irão se aproximar ao mesmo tempo com suas armas na posição
“3º Olho”, devendo um permanecer na segurança, junto ao(s) infrator(es). Enquanto isso, o motorista
dará a volta por trás da viatura, posicionando-se de acordo com a figura 11, com a arma na posição
“Sul”, onde permanecerá com vistas à segurança da retaguarda de toda equipe, atento ao rádio e às
determinações do Cmt de Equipe;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

238
Figura 11.

2.2.3.6. Se houver necessidade do uso de algemas no(s) infrator(es) da lei, realizar o algemamento confor-
me POP nº 5.03.02 - Ato de Algemar e após, submetê-lo(s) à busca pessoal, conforme POP nº 1.01.06
- Busca Pessoal;
2.2.3.7..Após a realização da busca pessoal, retirar o capacete e vistoriá-lo, a fim de conferir a existência
de qualquer objeto ilícito em seu interior;
2.2.3.8. Em seguida, a guarnição deverá colocar o infrator da lei no compartimento de presos da viatura;
2.2.3.9. Proceder à vistoria da motocicleta;
2.2.3.10. Adotar as ações previstas nos POP nº 1.01.07 – Condução da(s) parte(s), POP nº 1.01.08 - Apre-
sentação de Ocorrência à Repartição Pública competente e POP nº 1.01.09 - Encerramento da Ação.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que as ações dos policiais sejam em todos os momentos pautadas pela lei, pelas normas e pela
ética policial-militar.
- Que todas as pessoas infratoras da lei envolvidas na ocorrência sejam capturadas e presas pelos
policiais militares.
- Que todas as armas, objetos e materiais que possuam vínculo probatório com ações ilícitas relacio-
nadas à ocorrência sejam apreendidos;
- Que a cada momento os policiais estejam atuando em condição de máxima segurança com relação
a uma possível agressão por parte dos abordados ou de terceiros, não adentrando na Área de Perigo.
- Que a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) abordada(s) seja reduzida ao mínimo possível.
- Que a ação policial resulte em atitude favorável à PMESP por parte das pessoas não infratoras da lei
envolvidas na ocorrência.
- Que sejam utilizados os meios moderados para a ação policial.
AÇÕES CORRETIVAS
- Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não estiver(em) esbo-
çando resistência, considerar a possibilidade de se tratar de pessoa(s) com algum tipo de deficiência
(auditiva, visual, intelectual, etc.) ou, ainda, não compreender o idioma português.
- Se o local não for adequado para a abordagem, adiar o início da ação (desde que possível), proce-
dendo-se ao acompanhamento da motocicleta até que seja possível agir com segurança.
- Se não houver o cumprimento das determinações emitidas pelo policial militar (ex: descer da moto-
cicleta, etc) utilizar o escalonamento do uso da força, solicitando apoio; havendo disponibilidade do
escudo balístico, utilizá-lo para a aproximação.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Se algum policial atravessar inadvertidamente a linha de tiro, o policial militar que tem sua arma
apontada deverá adotar a posição “Sul”, alertando-o, dizendo: Mesma Linha”.

239
- Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o pro-
cedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes:
- reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos;
- solicitar calma ao(s) abordado(s);
- manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s);
- informar quais foram às atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão esclare-
cidas ao final do procedimento.
- Se durante a abordagem observar que o(s) outro(s) policial(is) militar(es) não perceber(am) que se
trata(m) de pessoa(s) idônea(s), deverá tomar a frente da ação e alertar os demais;
- Se o ânimo do(s) abordado(s) estiver alterado, tentar acalmá-lo(s) para que a situação se normalize
rapidamente, não revidando possíveis agressões verbais.
- Se a(s) pessoa(s) abordada(s) reagir(em) de forma agressiva (sem o emprego de arma de fogo e/ou
branca) e houver necessidade da utilização de força física, o policial militar deverá adotar as técnicas
existentes sobre o uso de equipamentos de baixa letalidade (gás pimenta, bastão tonfa, arma de
incapacitação neuromuscular) com o objetivo de imobilizá-lo, bem como técnicas de defesa pessoal.
- Se no decorrer da abordagem algum policial constatar fato que modifique a percepção inicial das
características da ocorrência, deverá alertar seu(s) companheiro(s) para a necessidade de adaptar
os procedimentos (arma na posição “Sul” ou “3º olho” e tratamento dos envolvidos), adotando pos-
tura mais rígida ou mais branda, conforme o caso exigir.
- Se o local for de alto risco, o policial militar poderá utilizar-se da posição 3º olho, independente do tipo
da ocorrência.
- Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito
de Área de Segurança.
- Se a pessoa(s) abordada(s) estiver(em) sob influência de álcool ou drogas e não compreender(em) a
ordem emanada, o policial militar deverá repetir as determinações, adotando o escalonamento no
uso da força.
- Se alguma pessoa abordada afirmar ser autoridade pública (Militar, Policial, membro da Magis-
tratura ou do Ministério Público, Diplomata, Parlamentar, Integrantes do SIPOM, Integrantes de
Corregedorias em serviço etc.), deve ser identificada imediatamente, adotando-se, a seguir, os pro-
cedimentos previstos no Processo Específico (Ocorrência envolvendo Autoridade).
- Caso haja fuga de algum dos abordados, determinar que o indivíduo que permaneceu no local se
ajoelhe, para que se proceda à busca pessoal, utilizando-se a sequência de ação voltada para as
pessoas infratoras da lei. Em nenhuma hipótese, os policiais militares poderão se separar. Após, in-
formar ao COPOM/CAD o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a busca do indivíduo
que empreendeu fuga.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar escolher local impróprio para a abordagem, colocando pessoas em risco desnecessa-
riamente.
- O policial militar não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada.
- O policial militar utilizar escalonamento do uso da força desproporcional à situação, para mais ou para
menos.
- Os policiais militares agirem descoordenadamente, sem a observância do padrão ou com mais de um
policial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando confusão e embaraço.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

240
- O policial militar adentrar na Área de Perigo.
- O policial militar, nos diálogos, agredir verbalmente as pessoas, praticar discriminação atentatória
aos direitos e liberdades fundamentais, em especial à condição social, de raça, cor, crença religiosa,
convicção filosófica, convicção política ou outra qualquer de caráter pessoal.
- O policial militar realizar procedimentos com o dedo no gatilho da arma, exceto no momento em que
necessite revidar injusta agressão proporcional.
- O policial militar sacar a arma e apontá-la desnecessariamente para as pessoas.
- Ao perceber tratar-se de pessoa(s) idônea(s), deixar o policial militar de amenizar o rigor das ações,
conforme o previsto no procedimento.
ESCLARECIMENTO
- Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa, funda-
mentada no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional.
- Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal, rea-
lizada toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo
- 240 §2º do CPP) de que alguém oculte consigo arma proibida e munição; coisas achadas ou
obtidas por meios criminosos; instrumentos de falsificação ou contrafação e objetos falsificados
ou contrafeitos; instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; objetos
necessários à prova de infração ou a defesa de réu; cartas, abertas ou não, destinadas a acusado
ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa ser útil a
elucidação do fato.
- Abordagem de infrator da lei: Abordagem realizada quando houver a certeza de que o indivíduo
cometeu um crime ou contravenção penal.
- Infrator da lei: Pessoa sobre a qual se tem a certeza ou forte suspeita de que tenha cometido qualquer
crime e/ou contravenção penal, ou seja procurada pela Justiça, ou ainda que seja encontrada no
local de crime ou próximo dele com objetos ou vestígios que indiquem que tenha cometido uma
ação delituosa.
- Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada suspeita
de que alguém oculte consigo arma proibida, objetos ou papéis que constituam corpo de delito.
- Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o máximo possível,
utilizando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de acordo com o fato ou situação.
- Semi desembarcado: É a posição que o policial militar adota no início da abordagem, utilizando-se
da viatura como cobertura inicial, podendo estar na posição sentado, em pé ou abaixado atrás da
porta da viatura, de acordo com a situação tática exigida.
- Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos
e posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade,
de modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional.
A Área de Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura
e própria para a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplos das figuras 12,
13 e 14.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

241
Na via: Em edificações:

Figura 12

Figura 14

9. Área de Perigo: é considerada como o local


em que o suposto agressor está localizado ou
confinado, bem como o “cone da morte”, ou seja,
áreas que possibilitam o contato visual com o
agressor e podem comprometer a integridade do
policial. Dada a iminência de confronto, o policial
militar nunca deve adentrá-la, indicando-se a
verbalização como o recurso mais adequado até
que o criminoso abandone essa área e eventual
arma que esteja em seu poder, colocando-se em
condições visuais para a abordagem e detenção
seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de
Figura 13 OPM especializada. Esse conceito serve também
para edificações, portanto, só se adentra em
um recinto se houver certeza de que nele não
existe ameaça, ou realizando a varredura a
fim de verificar se o local está seguro, quando
estritamente necessário, lembrando-se de que a
partir do momento em que se encontra a Área
de Perigo, ou seja, aquela onde se encontra o
infrator, deve ser criada a Área de Segurança,
onde o policial deve permanecer. Os exemplos
das figuras 15, 16 e
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

242
Em edificações:

Figura 17

10. Uso de algemas O emprego de algemas será feito mediante a constatação de uma das situações pre-
vistas na Súmula Vinculante nº 11 do STF, ou do Decreto Estadual nº 19.903, de 30OUT50:
10.1. condução, à presença da autoridade, dos delinquentes detidos em flagrante, em virtude de pronún-
cia ou nos demais casos previstos em lei, desde que ofereçam resistência ou tentem fuga;
10.2. condução, à presença da autoridade, dos ébrios, viciosos e turbulentos, recolhidos na prática de in-
fração e que devam ser postos em custódia, nos termos do regulamento Policial do Estado, desde que
o seu estado extremo de exaltação torne indispensável o emprego da força;
10.3. transporte, de uma para outra dependência, ou remoção, de um para outro presídio, dos presos que,
pela sua conhecida periculosidade, possam tentar a fuga, durante a diligência ou a tenham tentado, ou
oferecido resistência quando de sua detenção.
11. Poder de Polícia: conforme artigo 78, do Código Tributário Nacional, é a faculdade de que dispõe a
Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos indivi-
duais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia tem atributos específicos
e peculiares ao seu exercício, e tais são a discricionariedade, a auto executoriedade e a coercibilidade.
11.1. discricionariedade: traduz-se na livre escolha, pela Administração, da oportunidade e conveniência
de exercer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar os meios conducentes a
atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público;
11.2. autoexecutoriedade: é a faculdade de a Administração decidir e executar diretamente a sua decisão,
por seus próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário;
11.3. coercibilidade: é a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração.
12. Posição sul da arma: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano
perpendicularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, cotovelo flexionado e projetado para
cima, mão fraca estendida com a palma da mão voltada para o peito, podendo estar sob a arma (po-
sição descoberta) ou sobre a arma (posição coberta), cotovelo flexionado próximo à linha da cintura.
13. Posição 3º olho: arma empunhada com as duas mãos (dupla empunhadura), mão forte empurra a
arma e a mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho, erguida na altura dos olhos, abertos, braços
semi-estendidos, posição do corpo frontal ou lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A po-
sição 3º olho também pode ser empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente assim
necessitar, o cano da arma sempre será direcionado para o local onde se vistoria, a direção do cano
acompanha o olhar.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

14. Linha de tiro: É o estabelecimento de uma linha imaginária que parte da alça de mira até a massa
de mira com a finalidade, a princípio de se atingir um alvo. É o ponto que, sob hipótese nenhuma, o
policial que realiza a revista deverá cruzar para não ser atingido no caso de uma reação de quem está
sendo submetido a este procedimento.

243
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
N° POP: NOME DA TAREFA:
DATA: N° PROCESSO: 1.02.00 1.02.02 Abordagem policial de pes-
/_ / soa(s) em motocicleta.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar observou as condições de segurança
do ambiente antes de se aproximar da(s) pessoa(s)
a ser(em) abordada(s)?

2. A determinação de parada da motocicleta foi reali-


zada corretamente?
3. A verbalização para a descida das pessoas da mo-
tocicleta foi realizada de forma clara, em tom audí-
vel, de forma objetiva e pausada, possibilitando que
não houvesse confusão de atitudes por parte do(s)
abordado(s)?

4. A aproximação foi feita de forma segura?


5. O posicionamento dos policiais militares foi feito de
forma correta e segura dentro da Área de Segu-
rança de acordo com o previsto neste procedimen-
to?

6. O policial militar utilizou o armamento de forma


correta?
7. O policial manteve a calma durante todo o mo-
mento da abordagem, expressando-se com o(s)
abordado(s) de maneira objetiva, clara e firme?

8. Foi observado o escalonamento do uso da força?

9. Caso o policial militar tenha constatado caracterís-


ticas da ocorrência diversas da avaliação inicial,
exigindo a reorientação da intervenção policial, isso
foi feito corretamente?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

10. O policial militar agradeceu a colaboração da(s)


pessoa(s) submetida(s) à abordagem?

244
DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: ABORDAGEM POLICIAL COM VIATURA QUATRO RODAS

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO

Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e “c”
do art. 3º do Decreto Lei 667/69 (redação pelo Decreto-lei nº 2010);
Atribuições das Policias Militares LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento da
Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do
Estado de São Paulo. Nº 5,. jan/mar, 1995

Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII,XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII,
Preceitos constitucionais
LXIII, LXIV e LXV da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres
Individuais e Coletivos.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª


Edição, São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Na-
Poder de Polícia
cional; LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem
pública. 3.ed. Rio de Janeiro:Forense, 1998

LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista A


Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem
Arbitrariedade e discricionariedade da pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998; MAURÍCIO GARIBE e CEL
ação policial PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia.
Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Nº 23.

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º


Condução das Partes
do Decreto Estadual nº 19.903/50 e
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal de nº 011; Decreto


Estadual nº 57.783/12.

Condução de partes envolvidas em in- Art. 69 da Lei 9.099/95; parágrafo único do art. 69 da Lei 9.099/95.
fração penal de menor potencial ofensivo. (vide também Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02)

245
Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código Penal;
Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10.259/01 (dispõe sobre
a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da
Justiça Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03 de
Apresentação de ocorrência na repartição
24JUL03 (consolida as normas relativas aos Juizados Informais de
pública competente
Conciliação, Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Crim-
inais); Resoluções de nº 2.076, de 22JUL77 e 2.010/16, de 22JUL10,
ambas do Conselho Econômico e Social da ONU (Organização das
Nações Unidas); Decreto Estadual nº 57.783, de 10FEV12.

Perseguição a pessoa e veículo Resolução SSP nº 21, de 11ABR90.

Testemunha Art. 202 e art.206 do Código de Processo Penal.

Art. 106, artigo 172 e § único, artigos 178 e 262, todos da Lei federal
nº 8.069, de 13JUL90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
Condução de criança e adolescente
Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02 (altera o parágrafo único do art.
69 da Lei federal de 9.099/95); Lei Federal 8.063, de 13OUT90.

Normas Operacional de Policiamento PM


Diretriz nº PM3-008/02/06, de 01AGO06.
- NORSOP

Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº


Comunicação Social PM5-001/05/90 e pela Portaria nº PM5-003/511/11, publicada no
Boletim Geral nº 105, de 06JUN11.

Cautela no Deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-005/02/99, de 26JAN99.

Reiteração na cautela no deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-006/02/05, de 13JUL05.

Uso de Dispositivos luminosos Ordem de Serviço nº PM3-011/02/18-Circular, de


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

sonoros 29AGO18.
Disparo de Arma de Fogo em Acompan-
hamento Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 08-003, de 11AGO08;
ICC nº 14, de 13JUL09.

Técnica de Direção/Pilotagem Policial


Preventiva Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 77, de12Nov12.

246
Mortes, afastamentos temporários ou
definitivos de Policiais Militares nos des- Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 83, de 31Jan13.
locamentos de Emergência com Viaturas

Uso de Luzes Intermitentes Resolução CONTRAN nº 268, de 15FEV08.

Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 230, de 22AGO18 e


Área de Segurança e Área de Perigo
Programa Vídeo Treinamento de AGO/2018.

______. PROCESSO 1.05.00 VISTORIA EM VEÍCULO

MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO Nº Processo: 1.05.00


NOME DO PROCESSO: VISTORIA EM VEÍCULO
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
- Colete de proteção balística.
- Cinturão com complementos.
- Pistola calibre .40 com 3(três) carregadores.
- Algemas com a chave.
- Lanterna.
- Canivete.
- PM O-58 (Registro de Ocorrência).
- Caneta.
- Folhas para anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Transceptor móvel (rádio de comunicação móvel) e Terminal Móvel de Dados (TMD) ou transceptor portátil
(rádio de comunicação portátil) e Terminal Portátil de Dados (TPD), quando aplicável.
- Luvas de látex descartáveis.
- MIP (Manual Interno de Procedimento), AIT/AIIP (Auto de Infração de Trânsito/ Auto de Infração e Impo-
sição de Penalidade) e CR (Certificado de Recolhimento).

ETAPAS PROCEDIMENTOS
Adoção de medidas específicas
1. Vistoria em automóvel.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

2. Vistoria em motocicleta.

247
POP: 1.05.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM: 02/01/01

VISTORIA EM AUTOMÓVEL
REVISADO EM:
Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Identificação e inspeção da numeração da placa e/ou chassi estampado em partes específicas do veículo,
conferindo-a com o documento.
- Abertura do porta-malas do veículo.
- Apreensão de armas, drogas e ou objetos ilícitos, eventualmente localizados no interior do veículo.
- Atentar para a Área de Segurança.
- Atentar para a Área de Perigo.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
- Assim que os policiais estiverem na Área de Segurança, abrigados e posicionados a uma distância segura
e com ampla visibilidade, iniciar os procedimentos de abordagem e busca pessoal, previstos nos
POP de nº 1.02.01 – Abordagem de pessoa(s) em automóvel e nº 1.01.06 – Busca pessoal, solicitar ao
condutor/proprietário que acompanhe visualmente a vistoria do veículo.
- Um dos policiais permanecerá com o condutor/proprietário em frente à porta dianteira direita do
veículo, distante aproximadamente 3m (metros) para o acompanhamento da vistoria a ser realizada
pelo outro policial, conforme figura 1:

Figura 1 – Distância do abordado com relação ao veículo


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás (região da lombar) durante todo o
processo de vistoria, garantindo a segurança da ação.
- O policial responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o início do procedimento
no interior do veículo.
- Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e ou objetos ilícitos no
interior do veículo:
- confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta aos demais integrantes da equipe
e adotar as providências previstas no POP de Abordagem de Infrator da lei;

248
5.2. após, prosseguir com as ações descritas a partir do item 7 deste POP.
6. Perguntar ao condutor/proprietário se há objetos de valor, carteiras, celulares, talões de cheques, dentre
outros.
7. Questionar onde se encontra(m) tal(is) objeto(s) e retirá-lo(s), na presença do condutor/proprietário,
colocando-os em local visível no interior do veículo.
8. Iniciar a vistoria interna do veículo seguindo a ordem sequencial dos 6 quadrantes, indicados na figura 2.

Figura 2 – Sequência de quadrantes para a vistoria interna de veículos.

9. A vistoria no quadrante seguinte deverá ocorrer somente após a checagem de todos os itens existentes
no local, conforme descrito abaixo:
9.1. portas (quadrantes 1, 2, 3 e 4, conforme número de portas existentes):
9.1.1. abrir a porta ao máximo e verificar se os cantos apresentam pintura encoberta ou retocada;
9.1.2. com os vidros fechados, chacoalhar levemente cada porta, a fim de verificar, pelo barulho, se existe
algum objeto solto em seu interior;
9.1.3. visualmente, verificar a numeração de chassi gravada nos vidros, bem como a etiqueta de coluna de
porta, se houver;
9.1.4. as portas deverão ser fechadas após cada checagem, a fim de se evitar acidentes, com exceção da-
quelas voltadas para o condutor/proprietário, as quais deverão permanecer abertas, permitindo que
acompanhe visualmente toda a vistoria.
9.2. teto (quadrantes 1, 2, 3 e 4):
9.2.1. verificar objeto(s) escondido(s) ou guardado(s) entre o forro e a lataria, bem como nos compartimen-
tos desta área.
9.3. painel: (quadrantes 1 e 4):
9.3.1. difusor de ar, porta fusível e cinzeiros: iluminar com a lanterna verificando se há objeto(s) escondido(s)
em seu interior;
9.3.2. console de rádio e console central: verificar se estão soltos ou com indícios de que já tenham sido
removidos;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

9.3.3. porta-luvas e compartimentos de objetos: retirar e examinar os objetos existentes; verificar possíveis
adulterações no interior que possam servir como esconderijo; após a verificação, devolver os objetos em
seu local de origem;
9.3.4. volante: verificar a eventual presença de objeto(s) escondido(s) em toda a peça, tomando o devido
cuidado de não comprometer o funcionamento do sistema air bag;
9.3.5. air bag: verificar se há sinais de violação;
9.3.6. coifa da alavanca de câmbio e do freio de estacionamento (freio de mão): se possível, removê-los e
verificar a existência de objetos escondidos;
9.3.7. traseira do painel: verificar a presença de objetos escondidos em locais como o recipiente do filtro do
ar condicionado.
9.4. assoalho (quadrantes 1, 2, 3 e 4):
9.4.1. tapetes: verificar a presença de objetos sobre os tapetes ou eventualmente escondidos debaixo deles;

249
9.4.2. compartimentos de objetos e extintores: retirar e examinar os objetos existentes; verificar possíveis adul-
terações no interior que possam servir como esconderijo; após a verificação, devolver os objetos em seu local
de origem;
9.4.3. carpete: mediante pressão com as mãos, verificar saliências que sugerem a presença de objetos escondidos.
Observação: quando houver numeração do chassi gravado no assoalho, verificar se há sinais de adulteração, bem
como se a numeração confere com a dos vidros.
9.5. bancos (quadrantes 1, 2, 3 e 4):
9.5.1. mediante pressão com as mãos, vistoriar todos os assentos e encostos, inclusive os de cabeça;
9.5.2. vistoriar porta-objeto (bolsa canguru) existente atrás dos bancos.
9.6. caixas e colunas (quadrantes 1, 2, 3 e 4):
9.6.1. se possível, verificar a existência de objetos entre a lataria e os acabamentos;
9.6.2. utilizar lanterna para verificar os espaços e aberturas existentes;
9.6.3. puxar os cintos de segurança até o final, na busca de eventuais invólucros escondidos.
9.7. Ao término da vistoria no quadrante de número 4 (quatro), ou seja, do motorista, o policial militar vistoriador
deverá retirar a chave e destravar o capô.
9.8. porta-malas (quadrante 5):
9.8.1. na existência de dispositivo automático para a abertura, o policial deverá efetuar o destravamento e, em ato
contínuo, posicionar-se ao lado do veículo, conforme figura 2, com o armamento na posição de empunhadura
simples e abrir vagarosamente o porta-malas;
9.8.2. nos casos em que a abertura do porta-malas for manual, o policial poderá solicitar ao condutor/proprietário
que efetue o destravamento e retorne ao seu local de origem. O policial vistoriador se posicionará ao lado do
veículo, conforme figura 3, com o armamento na posição de empunhadura simples e abrirá vagarosamente o
porta-malas.

Figura 3 - Posicionamento do policial para abertura do porta-malas.

9.8.3. no interior, verificar:


9.8.3.1. compartimento do estepe;
9.8.3.2. sob o tapete;
9.8.3.3. os espaços, aberturas e forros laterais;
9.8.3.4. bolsa de ferramentas (equipamentos obrigatórios);
9.8.3.5. caixas de som, quando houver.
9.9. capô e compartimento do motor (quadrante 6):
9.9.1. utilizar lanterna para verificar os espaços e aberturas existentes (filtro de ar, caixa de ar, atrás da bateria,
caixa de fusível, capô, dentre outros);
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

9.9.2. verificar marcas de soldas atípicas e retoques na lataria e pintura;


9.9.3. se possível, verificar a numeração do motor;
9.9.4. verificar numeração de chassi, se apresenta sinais de adulteração, bem como se aquela confere com a nu-
meração dos vidros e da etiqueta autodestrutiva (coluna de porta, torre da suspensão dianteira, embaixo do
banco dos passageiros, dentre outros).

250
10. Prosseguir na vistoria externa, obedecendo ao sentido horário, conforme figura 4:

Figura 4 – Sequência da vistoria externa

10.1. após o fechamento do capô, e de posse do Certificado de Licenciamento Anual (CLA), verificar se a
placa dianteira apresenta sinais de adulteração;
10.2. observar indícios de crime, como: marcas de sangue, perfurações na lataria por disparos de arma de
fogo, avarias recentes que indiquem provável acidente de trânsito, dentre outros;
10.3. vistoriar locais como: espaço entre pneu e para-lama, tampa do combustível, para-choque, embaixo
do veículo, dentre outros;
10.4. verificar se a placa traseira apresenta sinais de adulteração e conferir o lacre;
10.5. encerrada a vistoria no veículo, verificar a área mediata da abordagem, na busca de objetos ilícitos que
possam ter sido dispensados.
11. Documentação:
11.1. verificar visualmente a existência de irregularidades ou sinais de adulteração, como: erro de português,
numeração desalinhada, rasuras, dentre outras;
11.2. verificar, quando possível, a numeração do chassi e motor e confrontá-las com o Certificado de Licen-
ciamento Anual (CLA);
11.3. verificar a validade da documentação (licenciamento e exame médico);
11.4. consultar, via TMD, TPD ou COPOM/CAD, as informações necessárias para conferência com a docu-
mentação em mãos.
12. Confirmar se há providências previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e adotar as medidas ca-
bíveis.
13. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório.
14. Entregar a chave e toda documentação ao condutor/proprietário e solicitar que este confira todos os
seus pertences.
15. Não havendo irregularidades, informar que:
15.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando à Segurança do Cidadão.
16. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome). Conte
sempre com a Polícia Militar”.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

251
RESULTADOS ESPERADOS
- Proceder à vistoria, buscando a localização de armas, drogas e ou objetos ilícitos, eventualmente local-
izados no interior do veículo.
- Constatar efetivamente a condição do veículo, ao apresentar qualquer tipo de adulteração ou irre-
gularidade, tomando as providências cabíveis.
- Que nenhum pertence do condutor/proprietário se extravie ou haja dano por conta da vistoria.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se o local não permitir que o(s) ocupante(s) permaneça(m) ao lado direito do veículo, posicioná-lo(s)
em local que ofereça maior segurança para todos envolvidos.
- Se o veículo estiver ocupado por várias pessoas, solicitar que somente o condutor ou proprietário
acompanhe a vistoria do veículo, posicionado conforme descrito na sequência de ações deste POP.
- Se houver suspeita de pessoas no interior do porta-malas, a vistoria poderá ser iniciada por este local.
- Ao final da vistoria, havendo bolsas/malas no interior do veículo ou do porta-malas, identificar o proprie-
tário dos pertences e proceder a esta vistoria em sua presença.
- Se houver dúvidas quanto à procedência das peças do veículo, verificar se o ano de fabricação
estampado em locais como etiqueta do cinto de segurança, reservatório de água, caixa do filtro de
ar, dentre outros, condizem com o ano de fabricação do veículo.
- Se, durante a vistoria, houver aproximação do condutor com o vistoriador, aquele que estiver reali-
zando a segurança deverá solicitar imediatamente ao condutor que retome a distância de segurança.
- Se durante a vistoria interna do veículo, a(s) pessoas submetida(s) à abordagem empreender(em) fuga,
os policiais militares deverão informar via rádio o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a
busca do(s) indivíduo(s). Em nenhuma hipótese os policiais militares poderão se separar e adentrar na
Área de Perigo.
- As causas, circunstâncias, efeitos, consequências ou detalhes de qualquer natureza relativos a fato no qual
houve ou deve haver a intervenção da Polícia Militar deverão ser objeto de pedido de informação, o
qual deve ser dirigido ao Centro de Comunicação Social (CComSoc) da Polícia Militar do Estado de
São Paulo.
POSSIBILIDADE DE ERROS
- Deixar de posicionar o condutor ou proprietário em local adequado para o acompanhamento da vistoria.
- Proceder à inspeção externa antes da interna.
- Proceder à vistoria na sequência diferente da prevista, ou sem qualquer sequência, perdendo-se parâmet-
ros do que foi ou não vistoriado.
- Deixar de vistoriar compartimentos do veículo.
- Não observar a segurança da guarnição e do condutor/proprietário, enquanto se realiza a vistoria do
veículo.
- Deixar que o condutor/proprietário do veículo circule livremente enquanto é realizada a vistoria.
- Deixar de confrontar os dados do veículo com a documentação e com as informações do TMD, TPD ou
COPOM/CAD.
- Passar desatentamente pelas adulterações de chassis ou falsificações das documentações.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

252
ESCLARECIMENTOS

1. Empunhadura simples: Arma empunhada com uma só mão (Manual de Tiro Defensivo (M-19-PM).
2. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e po-
sicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a
possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de Se-
gurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para a
verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplos das figuras 5,6 e 7.

NA VIA:

FIGURA 5

FIGURA 6
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

253
Em edificações:

Figura 7 Figura 9

3. Área de Perigo: é considerada como o local em


que o suposto agressor está localizado ou confinado,
bem como o “cone da morte”, ou seja, áreas que possi- Em edificações:
bilitam o contato visual com o agressor e podem com-
prometer a integridade do policial. Dada a iminência
de confronto, o policial militar nunca deve adentrá-la,
indicando-se a verbalização como o recurso mais ade-
quado até que o criminoso abandone essa área e even-
tual arma que esteja em seu poder, colocando-se em
condições visuais para a abordagem e detenção segu-
ras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de OPM es-
pecializada. Esse conceito serve também para edifica-
ções, portanto, só se adentra em um recinto se houver
certeza de que nele não existe ameaça, ou realizando
a varredura a fim de verificar se o local está seguro,
quando estritamente necessário, lembrando-se de que
a partir do momento em que se encontra a área de pe-
rigo, ou seja, aquela onde se encontra o infrator, deve
ser criada a Área de Segurança, onde o policial deve
permanecer, Os exemplos das figuras 8, 9 e 10 mos-
tram ações equivocadas de policiais que adentram na
Área de Perigo. Figura 10

Na via:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 8

254
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
DATA: _- Nº PROCESSO: 1.05.00 Nº POP: NOME DA TAREFA:
/ /_ 1.05.01 Vistoria em automóvel.
ATIVIDADES CRÍTICAS: SIM NÃO OBSERVAÇÕES:
1. Os policiais permaneceram na Área de Segurança du-
rante a vistoria do veículo?
2. Foi solicitado que o condutor/proprietário acompa-
nhasse a vistoria?
3. O condutor/proprietário foi posicionado em local
adequado, a fim de acompanhar a vistoria?

4. O condutor/proprietário permaneceu com as mãos


para trás?
5. O proprietário/condutor foi inquirido sobre a exis-
tência de armas, drogas ou objetos ilícitos?

6. Na existência de armas, drogas ou objetos ilícitos


foram adotadas as providências previstas no POP de
Abordagem a infrator da lei?
7. Foi iniciada a vistoria interna seguindo a ordem se-
quencial dos seis quadrantes?
8. Foram vistoriados todos os itens previstos neste POP
referentes às portas do veículo?
9. Foram vistoriados todos os itens previstos neste POP
referentes ao teto do veículo?
10. Foram vistoriados todos os itens previstos neste POP
referentes ao painel do veículo?
11. Foram vistoriados todos os itens previstos neste POP
referentes ao assoalho do veículo?
12. Foram vistoriados todos os itens previstos neste
POP referentes às caixas e colunas do veículo?

13. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes ao porta-malas do veículo?

14. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes ao capô e motor do veículo?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

15. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes à vistoria externa do veículo?

16. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes à documentação do veículo?

17. Houve consulta via TMD, TPD ou COPOM/CAD para


conferência da documentação em mãos?

255
POP: 1.05.02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 02/01/01

VISTORIA EM MOTOCICLETA
REVISADO EM:
Nº DA REVISÃO: 3

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Identificação e inspeção da numeração da placa e/o chassi, conferindo-a com o documento.
- Apreensão de armas, drogas e ou objetos ilícitos, eventualmente localizados na motocicleta.
- Atentar para a Área de Segurança.
- Atentar para a Área de Perigo.

SEQUÊNCIA DAS AÇÕES


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

256
- Assim que os policiais estiverem na Área de Segurança, abrigados e posicionados a uma distância segura
e com ampla visibilidade, iniciar os procedimentos de abordagem e busca pessoal, previstos nos
POP de nº 1.02.02 – Abordagem de pessoa(s) em motocicleta e nº 1.01.06 – Busca pessoal, solicitar
ao condutor/proprietário que acompanhe visualmente a vistoria da motocicleta.
- Um dos policiais permanecerá com o condutor/proprietário ao lado direito da motocicleta, distante
aproximadamente 3m (metros) para o acompanhamento da vistoria a ser realizada pelo outro policial,
conforme figura 1:

Figura 1 – Distância do abordado com relação ao veículo

- Determinar que o(s) abordado(s) permaneça(m) com as mãos para trás (região da lombar) durante todo o
processo de vistoria, garantindo a segurança da ação.
- O policial responsável pela vistoria informará o condutor/proprietário sobre o início do procedimento.
- Inquirir o condutor/proprietário sobre a existência de armas ilegais, drogas e ou objetos ilícitos
deixado(s) na motocicleta:
- confirmada a existência de tais objetos, informar de maneira discreta aos demais integrantes da equipe
e adotar as providências previstas no POP de Abordagem de Infrator da lei;
- O policial responsável pela vistoria deverá:
- retirar a chave do contato;
- verificar sinais aparentes de dano na ignição (miolo) e chave;
-. confirmar se a chave é original ou trata-se de “chave micha”;
-. entregar a chave ao encarregado da equipe;
-. observar se a motocicleta apresenta indícios de crime, como: marcas de sangue, perfurações na lataria por
disparos de arma de fogo, avarias recentes que indiquem provável acidente de trânsito, dentre outros;
-. verificar se o painel apresenta espaços que possam ocultar objetos ilícitos. Observar ainda detalhes de
fixação e sinais de adulteração;
- verificar se o tanque apresenta sinais de adulteração ou compartimentos falsos encobertos por adesivos
ou capas. Observar ainda sua correta fixação;
- no banco:
- pressionar, com as mãos, a região da espuma, na busca de objetos ilícitos;
- verificar adesivos e capas removíveis;
- caso o banco seja removível, retirá-lo para verificar a parte debaixo.
- verificar a existência de numeração do chassi nesta região. Observar se apresenta sinais de adulteração;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

257
6.9. lateral direita:
6.9.1. verificar se há sinais de adulteração na carenagem, como a fixação por velcron ou material similar que
facilite a acomodação ou acesso a objetos ilícitos, inclusive armas;
6.9.2. na impossibilidade de remoção da carenagem, utilizar lanterna para vistoriar os espaços existentes
que possam acomodar objetos ilícitos;
6.9.3. sendo possível a remoção da carenagem, verificar locais como: compartimento do filtro de ar, caixa
de ferramenta, bateria, caixa de fusível, bem como outros espaços;
6.9.4. traseira:
6.9.5. se houver baú ou similares, verificar seu interior;
6.9.6. verificar a fixação da carenagem traseira, os espaços entre: o para-lama e quadro, embaixo do baú,
entre a placa e suporte, e demais vãos que possam acondicionar objetos ilícitos;
6.9.7. observar a fixação da placa, bem como lacre e sinais de adulteração;
6.10. lateral esquerda:
6.10.1. seguir a sequência de ações previstas no subitem 6.9, para a vistoria na lateral direita;
6.11. quadro:
6.11.1. verificar se apresenta sinais de adulteração, como marcas de solda, pintura irregular, entre outras;
6.11.2. observar o alinhamento, o grafismo dos caracteres e possíveis sinais de adulteração do chassi;
6.11.3. verificar a numeração do chassi nesta região. Observar se confere com a etiqueta debaixo do banco,
se houver;
6.11.4. motor: verificar numeração suprimida, alinhamento e grafismo dos caracteres, além de sinais de
adulteração;
6.12. documentação:
6.12.1. verificar visualmente a existência de irregularidades ou sinais de adulteração, tais como: erro de por-
tuguês, numeração desalinhada, rasuras, entre outras;
6.12.2. verificar a numeração do chassi e motor e confrontá-las com o Certificado de Licenciamento Anual
(CLA);
6.12.3. verificar a validade da documentação (licenciamentos e exames);
6.12.4. consultar via TMD, TPD ou COPOM/CAD as informações necessárias para conferência da documen-
tação em mãos;
7. Confirmar se há providências previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e adotar as medidas cabí-
veis.
8. Anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório.
9. Entregar a chave e toda documentação ao condutor/proprietário e solicitar que este confira todos os
seus pertences.
10. Não havendo irregularidades, informar que:
11. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando à Segurança do Cidadão.
12. Agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome). Conte
sempre com a Polícia Militar”.

RESULTADOS ESPERADOS
- Proceder à vistoria, buscando a localização de armas, drogas e ou objetos ilícitos, eventualmente localiza-
dos na motocicleta.
- Constatar efetivamente a condição da motocicleta, ao apresentar qualquer tipo de adulteração ou irregu-
laridade, tomando as providências cabíveis.
- Que nenhum pertence do condutor/proprietário se extravie ou haja dano por conta da vistoria.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

258
AÇÕES CORRETIVAS
- Se o local não permitir que o(s) ocupante(s) permaneça(m) ao lado direito da motocicleta, posicioná-lo(s)
em local que ofereça maior segurança para todos envolvidos.
- Se houver dúvidas quanto à procedência das peças da motocicleta, verificar se as peças que possuem
ano de fabricação estampadas condizem com o ano de fabricação da motocicleta.
- Se, durante a vistoria, houver aproximação do condutor com o vistoriador, aquele que estiver reali-
zando a segurança deverá solicitar imediatamente ao condutor que retome a distância de segurança.
- Se, durante a vistoria, a(s) pessoas submetida(s) à abordagem empreender(em) fuga, os policiais militares
deverão informar via rádio o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a busca do indivíduo. Em
nenhuma hipótese os policiais militares poderão se separar e adentrar na Área de Perigo.
- As causas, circunstâncias, efeitos, consequências ou detalhes de qualquer natureza relativos a fato no qual
houve ou deve haver a intervenção da Polícia Militar deverão ser objeto de pedido de informação, o
qual deve ser dirigido ao Centro de Comunicação Social (CComSoc) da Polícia Militar do Estado de
São Paulo.

POSSIBILIDADE DE ERROS
- Deixar de posicionar o condutor ou proprietário em local adequado para o acompanhamento da vistoria.
- Proceder à vistoria na sequência diferente da prevista, ou sem qualquer sequência, perdendo-se parâmet-
ros do que foi ou não vistoriado.
- Não observar a segurança da guarnição e do condutor/proprietário, enquanto se realiza a vistoria da
motocicleta.
- Deixar que o condutor/proprietário da motocicleta circule livremente enquanto é realizada a vistoria.
- Deixar de confrontar os dados da motocicleta com a documentação e com as informações do TMD, TPD
ou COPOM/CAD.
- Passar desatentamente pelas adulterações de chassis ou falsificações das documentações.

ESCLARECIMENTOS
1. Área de segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e
posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo
a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de
Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para a
verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplos das figuras 2, 3 e 4.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

259
Na via: Em edificações:

Figura 2

Figura 4

2. Área de Perigo: é considerada como o local em


que o suposto agressor está localizado ou con-
finado, bem como o “cone da morte”, ou seja,
áreas que possibilitam o contato visual com o
agressor e podem comprometer a integridade do
policial. Dada a iminência de confronto, o poli-
cial militar nunca deve adentrá-la, indicando-se a
verbalização como o recurso mais adequado até
que o criminoso abandone essa área e eventual
arma que esteja em seu poder, colocando-se em
condições visuais para a abordagem e detenção
seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de
OPM especializada. Esse conceito serve também
Figura 3 para edificações, portanto, só se adentra em um
recinto se houver certeza de que nele não existe
ameaça, ou realizando a varredura a fim de veri-
ficar se o local está seguro, quando estritamen-
te necessário, lembrando-se de que a partir do
momento em que se encontra a Área de Perigo,
ou seja, aquela onde se encontra o infrator, deve
ser criada a Área de Segurança, onde o policial
deve permanecer. Os exemplos das figuras 5, 6
e 7 mostram ações equivocadas de policiais que
adentram na Área de Perigo
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

260
Na via:

Figura 5

Figura 6

Em edificações:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 7

261
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
DATA: _- Nº PROCESSO: 1.05.00 Nº POP: NOME DA TAREFA:
/ /_ 1.05.02 Vistoria em motocicleta.
ATIVIDADES CRÍTICAS: SIM NÃO OBSERVAÇÕES:
1. Os policiais permaneceram na Área de Segurança du-
rante a vistoria da motocicleta?
2. Foi solicitado que o condutor/proprietário acompa-
nhasse a vistoria?
3. O condutor/proprietário foi posicionado em local
adequado, a fim de acompanhar a vistoria?

4. O condutor/proprietário permaneceu com as mãos


para trás?
5. O proprietário/condutor foi inquirido sobre a exis-
tência de armas, drogas ou objetos ilícitos?

6. Na existência de armas, drogas ou objetos ilícitos


foram adotadas as providências previstas no POP de
Abordagem a infrator da lei?

7. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes ao banco da motocicleta?

8. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes à lateral direita da motocicleta?

9. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes à traseira da motocicleta?

10. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes à lateral esquerda da motocicleta?
11. Foram vistoriados todos os itens previstos neste
POP referentes ao quadro da motocicleta?

12. Foram vistoriados todos os itens previstos neste


POP referentes à documentação da motocicleta?

13. Houve consulta via TMD, TPD ou COPOM/CAD,


para conferência da documentação em mãos?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

262
DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: VISTORIA EM VEÍCULO

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e “c”
do art. 3º do Decreto Lei nº 667/69 (redação dada pelo Decreto-Lei nº
Atribuições das Policias 2010, de 12JAN83); LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aper-
Militares feiçoamento da Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo:
Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 5 JAN/MAR de 1995.

Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII, XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII, LXIII, LXIV e LXV
Preceitos constitucionais da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres Individuais e Cole-
tivos.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,
São Paulo: Malheiros, 2001; Art. 78 do Código Tributário Nacional;
Poder de Polícia LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública.
3.ed. Rio de Janeiro:Forense, 1998.

LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista


A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem públi-
Arbitrariedade e discricionariedade ca. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998;
da ação policial MAURÍCIO GARIBE e CEL PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia.
Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Nº 23.

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º do


Condução das Partes Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo Tribunal
Federal de nº 011; Decreto Estadual nº 57.783/12.

Condução de partes envolvidas em Art. 69 e seu parágrafo único da Lei nº 9.099/95.


infração penal de menor potencial
ofensivo.

Artigo 106, artigo 172 e § único, artigos 178 e 262, todos da Lei Fed-
Condução de criança e adolescente eral nº 8.069, de 13JUL90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”.

Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código Penal;


Lei Federal nº 9.099/95 cc Lei Federal nº 10.259/01 (dispõe sobre a in-
stituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça
Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03 de 24JUL03
(consolida as normas relativas aos Juizados Informais de Conciliação,
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Apresentação de ocorrência na Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Criminais); Resoluções


repartição pública competente de nº 2.076, de 13MAI77 e 2.010/16, de 22JUL10, ambas do Con-
selho Econômico e Social da ONU (Organização das Nações Unidas);
Decreto Estadual nº 57.783, de 10FEV12.

Exame de corpo de delito Art. 158 e 167 do Código de Processo Penal.

Testemunha Art. 202 e 206 do Código Processo Penal.

263
Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº
Comunicação Social PM5-001/05/09, de 09DEZ09 e pela Portaria nº PM5- 003/511/11, publi-
cada no Boletim Geral nº 105, de 06JUN11.
Artigos 240, 241, 242, 243, 244 e 245 do Decreto-Lei nº 3.689/41
Fundada Suspeita e Busca Pessoal e
e suas alterações posteriores.
Veicular

Ordem de Serviço nº DTel-008/110/11-Circular, de 04NOV11.


Emprego e Controle de Terminal
Móvel de Dados (TMD)

Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 230, de 22AGO18 e


Área de Segurança e Área de Perigo Programa Vídeo Treinamento (PVT) de AGO/2018.

______. PROCESSO 1.10.00 POLICIAMENTO COM MOTOCICLETA

MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO Nº Processo: 1.10.00


NOME DO PROCESSO: POLICIAMENTO COM MOTOCICLETA
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional de motociclista.
- Rádio portátil, móvel ou estação fixa.
- Relatório de Serviço Operacional.
- Luvas de couro.
- Apito.
- Guia de ruas ou GPS.
- Capa de chuva.
Obs: 1) Para utilização desses materiais, observar as normas internas e as especificações estabelecidas
pela Corporação, conforme programa de policiamento.
2) A relação acima se refere a um rol mínimo de materiais que o policial militar deverá utilizar para
execução dos procedimentos envolvendo este processo.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Manutenção de 1º escalão 1. Manutenção e reparos de motocicleta. para motocicleta 2. Limpeza de moto-
cicleta.

- Deslocamento de motocicleta durante


- Deslocamento de motocicleta para o local de
ocorrência.
- Deslocamento Patrulhamento
- Estacionamento de motocicleta em ponto de Estacionamento
- Estacionamento ou local de ocorrência.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Abordagem policial com motocicleta de pessoa(s) a pé.


- Abordagem policial com motocicleta de pessoa(s) em veículo.
- Abordagem policial com motocicleta de pessoa(s) em moto.

264
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.10.01

ESTABELECIDO EM: 15/06/2011

MANUTENÇÃO E REPAROS DE MOTOCICLETA REVISADO EM:


Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Detectar irregularidades, danos e defeitos provenientes do uso da motocicleta.
- Relacionar, discriminadamente, todas as irregularidades apresentadas em documento ou relatório próprio.

SEQUÊNCIA DAS AÇÕES


- Ao receber a motocicleta, o policial militar deverá conduzi-la a um local reservado à manutenção de 1º
escalão, existente na OPM.
- No local, realizar:
- a verificação do nível do óleo lubrificante, que deverá estar entre as duas marcações presentes na vareta
de medição (mínimo e máximo);
- a verificação do nível do fluído de freio;
- a verificação do nível da solução de bateria;
- a verificação do sistema de freio: condições dos discos de freio e inspeção visual das pastilhas;
- a verificação dos pneus, por meio da marcação TWI no pneu, observando se há necessidade de trocá-
-lo(s);
- a calibragem dos pneus de acordo com a indicação dos manuais de cada motocicleta;
- a verificação e os apertos necessários dos parafusos da carroceria, suspensão e rodas;
- lubrificação da corrente;
- a verificação do funcionamento das setas, do farol (alto e baixo) e da luz de freio;
- a verificação do funcionamento dos sinais luminosos e sonoros;
- pequenos reparos, se necessários.
- Reabastecer a viatura.
RESULTADOS ESPERADOS
- Que o policial militar tenha a motocicleta em perfeitas condições de uso para realizar o patrulha-
mento.
- Que qualquer irregularidade seja constatada antes de iniciar o serviço operacional.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se constatado que o nível de óleo do motor, de freio ou da solução da bateria estiver abaixo do
adequado, providenciar o recompletamento.
- Se constatado irregularidades que fogem à competência do patrulheiro, constar em relatório próprio
e acionar a equipe de motomecanização para solução do problema mecânico.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Realizar a manutenção em local diverso do determinado.
- Não efetuar a manutenção necessária.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Não utilizar ferramentas ou métodos adequados para tal manutenção.


- Deixar de providenciar o reparo necessário, junto ao setor de motomecanização

265
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
Nº POP:
Nº PROCESSO: 1.10.00 Manutenção e reparos de
DATA: /_ /_ 1.10.01
motocicleta

ATIVIDADES CRÍTICAS OBSERVAÇÕES


SIM NÃO
1. O policial militar, ao receber a motocicleta, realizou a
manutenção de 1º Escalão?
2. O policial militar constou em relatório de forma discri-
minada, quando pertinente, as novidades observadas
na motocicleta?

3. O policial militar verificou os níveis de fluidos (freio,


óleo do motor, combustível e água) da motocicleta?

4. O policial militar verificou a calibragem e o desgaste


dos pneus?
5. O policial militar adotou as medidas corretivas quan-
do pertinentes (completou os fluidos de freio, óleo do
motor, combustível e água e calibrou os pneus)?

6. O policial militar verificou funcionamento dos sinais


sonoros e luminosos da motocicleta?

7. O policial militar encaminhou, quando pertinente,


a motocicleta para manutenção ao detectar falhas
mecânicas, elétricas ou substituição de componentes?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

266
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
POP: 1.10.02
ESTABELECIDO EM: 15/06/2011

LIMPEZA DE MOTOCICLETA REVISADO EM:


Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Utilizar produtos corretos para a limpeza.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
- Ao receber a motocicleta, o policial militar deverá conduzi-la a um local reservado à limpeza, existente na
OPM.
- Estar em posse dos seguintes materiais:
- sabão neutro ou xampu automotivo;
- esponja ou pano que não risque a pintura e as partes metálicas;
- máquina de lavar autos, quando disponível;
- produto de limpeza para utilizar nos pneus, evitando o excesso do produto para não comprometer a
estabilidade e aderência dos pneus ao solo;
- silicone;
- cera automotiva, quando disponível;
- estopa ou algodão.
- Efetuar a limpeza propriamente dita.
- Evitar jogar água nos componentes eletrônicos da motocicleta, bem como diretamente nas partes da
carenagem para que o grafismo da viatura não se solte.
- Evitar direcionar o jato de água nos cabos (chicote) da motocicleta, bem como na vela do motor.
- Tirar o excesso de óleo ou graxa da corrente de transmissão e lubrificá-la novamente (jamais utilizar pro-
duto à base de querosene para esta finalidade, o que poderá ocasionar ressecamento dos rolamentos
de elo da transmissão).
- Constatar o funcionamento da motocicleta, após a limpeza.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que a motocicleta esteja limpa para início do patrulhamento.
- Que durante a limpeza não seja danificada nenhuma peça ou componente eletrônico.
AÇÕES CORRETIVAS
- Havendo dúvidas quanto à limpeza da motocicleta, o policial militar deverá procurar a seção de motome-
canização da sua Unidade.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Realizar a limpeza em local diverso do determinado.
- Não efetuar a limpeza necessária.
- Não utilizar materiais ou métodos adequados.
- Danificar alguma peça ou componente eletrônico da motocicleta durante a limpeza.
- Utilizar produto à base de querosene para limpeza da corrente.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

267
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

Nº POP: NOME DA TAREFA:


Nº PROCESSO: 1.10.00
DATA: /_ /_ 1.10.02 Limpeza de motocicleta

ATIVIDADES CRÍTICAS OBSERVAÇÕES


SIM NÃO
1. O policial militar, ao receber a motocicleta, realizou
sua limpeza?
2. O policial militar utilizou os produtos corretos para a
limpeza da motocicleta?
3. O policial militar tomou as devidas precauções evitan-
do jogar água nas partes eletrônicas da motocicleta?

4. O policial militar tomou as devidas precauções para


não danificar nenhuma peça da motocicleta durante
a limpeza?

5. O policial militar, após a limpeza, constatou o funcio-


namento da motocicleta?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

268
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.10.03

ESTABELECIDO EM: 15/06/2011


DESLOCAMENTO DE MOTOCICLETA DURANTE
PATRULHAMENTO REVISADO EM:
Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Deslocamento das motocicletas em meio ao trânsito da maneira mais visível e segura possível.
- Acompanhamento, pela rede-rádio, dos desdobramentos ou irradiação de ocorrências.
- Posicionamento das motocicletas na via.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
- Acionar o farol baixo da motocicleta.
- Ajustar os espelhos retrovisores.
- Deslocar em fila indiana, mantendo a distância de segurança (onde passar a primeira motocicleta deverá
passar a segunda, sempre uma atrás da outra), que permita reação segura em caso de frenagem ou
manobra, com o Comandante da Patrulha sempre à frente, controlando a velocidade e orientando o
destino a ser seguido.
- Acionar os sinais luminosos e sonoros, conforme normas vigentes.
- Posicionar as motocicletas na via, considerando alguns fatores como: possibilidade de visualização do
contra fluxo, vias de trânsito rápido, quantidade de veículos que transitam na via, campo visual para pa-
trulhamento, entre outros.
- Manter constante contato visual com o outro integrante da equipe.
- Manter velocidade compatível com a estabelecida para a via (o Código de Trânsito Brasileiro fixa a veloci-
dade mínima como igual à metade da velocidade máxima da via).
- Respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista.
- Observar a possível desatenção de pedestres e condutores de veículos.
- Manter sempre o campo visual adequado ao local por onde se passa.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que sejam seguidos os preceitos de segurança.
- Que não ocorram acidentes nem infrações tipificadas no Código de Trânsito Brasileiro, durante o desloca-
mento.
- Que o policial militar permaneça atento à fluidez do trânsito, de pedestres e de veículos que o ultra-
passarem.

AÇÕES CORRETIVAS
- Redimensionar o posicionamento na via, caso haja risco iminente de acidente.
- Em tempo com chuvisco, se houver condições de patrulhamento com segurança, o policial militar deve-
rá colocar a capa de chuva e ter cautela durante os deslocamentos necessários. Em caso de chuva
torrencial, estacionar em local coberto, cientificar o CAD/COPOM e aguardar até que a via esteja em
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

condições para continuar o patrulhamento com segurança.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não posicionar adequadamente a patrulha na via, aumentando a probabilidade de ocorrência de acidente.
- Não prestar atenção à fluidez do trânsito e de pedestres.
- Não dar preferência a outros veículos.
- Não ter atenção aos veículos que ultrapassam a viatura.
- Não respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista.
- Não manter distância de segurança do veículo imediatamente à frente.

269
ESCLARECIMENTOS
- Fila Indiana: Onde passar a primeira motocicleta deverão passar as demais. Embora os integrantes da
patrulha desloquem-se em coluna por um, devem observar um leve escalonamento em relação ao com-
panheiro da frente, ou seja, deslocar levemente à esquerda ou à direita, dependendo da situação, para
que tenham tempo e espaço hábeis, a fim de evitar colisões.
- Distância de segurança: Espaço entre as motocicletas, durante o deslocamento, que permita, em caso
de necessidade, uma reação segura mediante frenagem e ou manobra. Usa-se a regra dos 3 (três) se-
gundos. Consiste em estabelecer um ponto fixo à frente (ex.: poste, árvore, placa de sinalização, dentre
outros), assim que o policial que estiver imediatamente à frente, passar por esse ponto, inicia-se uma
contagem (mil e um, mil e dois, mil e três). Ao final desta contagem, o policial que vem à retaguarda não
deverá ter passado por este ponto.

- Sinais luminosos: a utilização dos sinais luminosos deve obedecer:


durante o estacionamento, em se tratando de viaturas equipadas com sistema de iluminação de emergência
dotados de LED, deverá ela estar com o dispositivo
-lum ino so d e e me rgê ncia “giro f lex” e o rád io liga d o s, e com o motor desligado. No entanto, o tempo
máximo nessa condição não deverá ultrapassar o limite de 3 (três) horas para viaturas de 2 (duas) rodas;
- durante o estacionamento, em se tratando de viaturas equipadas com sistema de iluminação de emergên-
cia dotados de lâmpadas incandescentes ou halógenas,
-deverá ela estar com o dispositivo luminoso de emergência “giroflex” e o rádio ligados, e com o motor
desligado. No entanto, o tempo máximo nessa condição não deverá ultrapassar o limite de 30 (trinta)
minutos para viaturas de 2 (duas) rodas;
- na permanência em pontos de estacionamento, no período noturno, ligar o dispositivo luminoso de
emergência “giroflex”, obedecidos os parâmetros estabelecidos no subitem anterior.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: /_ /_ Nº PROCESSO: 1.10.00 Deslocamento de motocicleta
1.10.03
durante patrulhamento

ATIVIDADES CRÍTICAS OBSERVAÇÕES


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

SIM NÃO
1. O farol baixo foi acionado corretamente?

2. As motocicletas se deslocaram pelos corredores em fila


indiana?
3. Foi mantido contato visual entre os integrantes da pa-
trulha?
4. O deslocamento das motocicletas em meio ao trânsito
foi da maneira mais visível e segura possível?

270
5. Foi mantida a velocidade compatível com o estabele-
cido para a via?
6. Foi observada a distância de segurança entre as moto-
cicletas?
7. Houve algum acidente durante o deslocamento?

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.10.04

ESTABELECIDO EM: 15/06/2011


DESLOCAMENTO DE MOTOCICLETA PARA O LO-
CAL DE OCORRÊNCIA REVISADO EM:
Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Ouvir atentamente a natureza e o local da ocorrência, a fim de verificar a necessidade de deslocamento
para o destino.
- Acompanhamento, pela rede de rádio, dos desdobramentos e ou irradiação de ocorrências.
- Posicionamento das motocicletas na via.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
- O policial que estiver portando o rádio tomará ciência da ocorrência e transmitirá ao(s) integrante(s)
da patrulha.
- O Comandante da equipe decidirá qual o percurso e a velocidade que deslocará para a ocorrência.
- Acionamento, por todos os integrantes da patrulha, dos sinais luminosos (giroflex) da motocicleta, con-
forme normas vigentes.
- Deslocar em fila indiana.
- Havendo necessidade de deslocamento em emergência, a distância de segurança deverá, obrigatoria-
mente, ser aumentada.
- Manter contato visual entre a equipe.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que o Comandante da patrulha decida adequadamente o modo de deslocamento para o local dos fatos.
- Que todos tenham ciência do local e do caminho a percorrer.
- Que cada policial se preocupe com o outro, conhecendo e respeitando os limites dos demais integrantes
da patrulha;
- Que a equipe se mantenha coesa em um itinerário condizente com a necessidade e urgência.
- Que o tempo-resposta seja o menor possível, desde que não seja descumprido o limite técnico de atu-
ação profissional (colocar em risco a vida dos integrantes da equipe e de terceiros).

AÇÕES CORRETIVAS
- Caso o local não seja do conhecimento da patrulha, solicitar ao COPOM/CAD se há alguma referência
do local da ocorrência.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Se o Comandante de equipe desconhecer o itinerário a ser percorrido, outro policial militar poderá assumir
a frente da equipe, indicando o caminho correto.
- Caso haja pane em algum equipamento da motocicleta, avisar o COPOM/CAD e parar em local seguro
para sanar o problema, solicitando que outra equipe assuma o talão da ocorrência.
- Em caso de perda de contato visual entre integrantes da equipe a velocidade e ritmo deverão ser
diminuídos, até que o problema seja solucionado.
- Se houver necessidade de realizar o acompanhamento de um veículo, observar as ações prescritas no
POP nº 4.01.01- Acompanhamento de veículo produto de ilícito ou suspeito.

271
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O Comandante decidir pela forma inadequada de deslocamento.
- Não posicionar adequadamente a patrulha na via, aumentando a probabilidade de ocorrência de aci-
dente.
- Não prestar atenção à fluidez do trânsito e de pedestres.
- Não dar preferência a outros veículos.
- Não ter atenção aos veículos que ultrapassam a viatura.
- Não respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista.
- Não manter distância de segurança do veículo imediatamente à frente.
- Assumir grau de risco altamente desproporcional ao propósito da ação.

ESCLARECIMENTOS:
- Fila Indiana: Onde passar a primeira motocicleta deverão passar as demais. Embora os integrantes da
patrulha desloquem-se em coluna por um, devem observar um leve escalonamento em relação ao
companheiro da frente, ou seja, deslocar levemente à esquerda ou à direita, dependendo da situação,
para que tenham tempo e espaço hábeis, a fim de evitar colisões.
- Distância de segurança: Espaço entre as motocicletas, durante o deslocamento, que permita em caso de
necessidade, uma reação segura mediante frenagem e ou manobra. Usa-se a regra dos 3 (três) segun-
dos. Consiste em estabelecer um ponto fixo à frente (ex.: poste, árvore, placa de sinalização, dentre
outros), assim que o policial que estiver imediatamente à frente, passar por esse ponto, inicia-se uma
contagem (mil e um, mil e dois, mil e três). Ao final desta contagem, o policial que vem à retaguarda não
deverá ter passado por este ponto.

- Tempo-resposta: é o intervalo entre a solicitação e o efetivo atendimento da ocorrência, conforme a


Diretriz Básica de “Responsividade” inserta nas NORSOP.
- Sinais luminosos: a utilização dos sinais luminosos deve obedecer:
- durante o estacionamento, em se tratando de viaturas equipadas com sistema de iluminação de emer-
gência dotados de LED, deverá ela estar com o dispositivo
-lum ino so d e e me rgê ncia “giro f lex” e o rád io liga d o s, e com o motor desligado. No entanto, o tempo
máximo nessa condição não deverá ultrapassar o limite de 3 (três) horas para viaturas de 2 (duas) rodas;
- durante o estacionamento, em se tratando de viaturas equipadas com sistema de iluminação de emergên-
cia dotados de lâmpadas incandescentes ou halógenas, deverá ela estar com o dispositivo luminoso d
e emergência “giroflex” e o rádio ligados, e com o motor desligado. No entanto, o tempo máximo nessa
condição não deverá ultrapassar o limite de 30 (trinta) minutos para viaturas de 2 (duas) rodas;
- na permanência em pontos de estacionamento, no período noturno, ligar o dispositivo luminoso de emer-
gência “giroflex”, obedecidos os parâmetros estabelecidos no subitem anterior.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

272
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: /_ /_ Nº PROCESSO: 1.10.00 Deslocamento de motocicleta
1.10.04
para o local de ocorrência

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES

1. Houve ciência a todos os integrantes da patrulha sobre


a ocorrência?
2. Foram acionados os dispositivos sonoros e luminosos
da viatura para realização do deslocamento?

3. O deslocamento foi realizado em fila indiana?

4. Durante o deslocamento a equipe manteve contato


visual?

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 1.10.05

ESTABELECIDO EM: 15/06/2011


ESTACIONAMENTO DE MOTOCICLETA EM PON-
TO DE ESTACIONAMENTO OU LOCAL DE OCOR- REVISADO EM:
RÊNCIA Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Chegada ao ponto de estacionamento ou de local de ocorrência.
- Desembarque dos policiais militares.
- Manutenção da atenção ao ambiente.

SEQUÊNCIA DAS AÇÕES


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

273
- Aproximar-se do local onde serão estacionadas as motocicletas, observando o movimento de pessoas
e o fluxo de trânsito.
- O Comandante da patrulha escolherá um local de estacionamento apropriado às motocicletas, consid-
erando as regras de segurança para o local, terreno e fluxo de trânsito da via.
- Para cada condição da via haverá uma forma de estacionamento, podendo ser:
- perpendicular;
- oblíqua;
- paralela ao meio fio.
- Estacionar as motocicletas preferencialmente afastadas do local do evento, da seguinte maneira:
- em declives ou aclives, as motocicletas poderão ser estacionadas de forma diagonal 45º (oblíqua) em
relação ao meio fio;
- em vias de grande circulação as motocicletas deverão ser estacionadas de forma
- paralela ao meio fio;
- em geral, as motocicletas deverão ser estacionadas de forma perpendicular
(- 90º) em relação ao meio fio;
- qualquer que seja a forma de estacionamento, a frente da motocicleta deverá estar voltada para a via.

Figura 1 – Formas de estacionamento

- Para o desembarque das motocicletas, um dos policiais militares realizará a segurança da equipe enquanto
o Comandante realizará o desembarque, que só poderá ser feito após certificado de que não há risco
para a segurança da equipe:

- o Comandante da patrulha desligará a motocicleta e a colocará no pé de apoio;


- efetuar o desembarque e, sendo o caso, retirar o capacete, substituindo-o pela cobertura adequada à
modalidade de policiamento;
- acomodar o capacete no retrovisor direito da motocicleta;
- após o desembarque, o Comandante da equipe realizará então a segurança do(s) policial(is) que compõe(m)
a patrulha para que este(s) siga(m) as ações para o desembarque.
- Sempre permanecer(em) desembarcado(s) durante todo o estacionamento.
- Manter durante todo o estacionamento os sinais luminosos acionados, conforme normas em vigor.
- Cientificar o Centro de Operações quando do início do estacionamento da motocicleta.
- Permanecer atento no que ocorre ao seu redor, mormente quanto à atitude das pessoas que transitam
próximo ao local estacionado.
- Manter postura, sem apoiar-se na motocicleta, ou ainda, esconder-se atrás de anteparos, exceto quando
for para garantir sua segurança pessoal.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

274
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a viatura e o(s) policial(is) esteja(m) sempre visíveis aos transeuntes locais.
2. Que o(s) policial(is) transmita(m) a sensação de segurança e esteja(m) apto(s) para uma pronta resposta
a qualquer solicitação ou situação de perigo.
3. Que o local para o estacionamento seja geograficamente o mais adequado para as motocicletas, evitando
a queda destas.
4. Que o local onde as motocicletas forem estacionadas não interfira demasiadamente no trânsito local
(pessoas e veículos), nem ofereça risco à integridade física dos policiais, bem como, danos às motocicle-
tas.
5. Sendo local de atendimento de ocorrência, que os policiais tenham ampla visão dos fatos e pessoas
envolvidas.

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja a necessidade de realização de abordagens em pessoas próximas aos pontos de estaciona-
mento, cientificar antecipadamente ao COPOM/CAD. Neste caso, se o policial estiver no patrulhamento
integrado de motocicleta, solicitar apoio.
2. Se o local de estacionamento apresentar terreno irregular, procurar posicionar a motocicleta de forma
adequada para que não caia.
3. Se durante o atendimento de ocorrência, o local para o estacionamento das motocicletas for distante do
local dos fatos, os policiais militares deverão pedir apoio para que outra equipe fique na segurança do
estacionamento enquanto a equipe de atendimento deslocará para o local.

POSSIBILIDADES DE ERRO

1. Estacionar a viatura irregularmente causando risco à população, ao trânsito local e ao(s) policial(is).
2. Estacionar a viatura sem dar ciência ao Centro de Operações (COPOM/CAD).
3. Durante o estacionamento, manter a viatura com os sinais luminosos desligados.
4. Apoiar-se na motocicleta, ou em outros locais, ou esconder-se atrás de anteparos, exceto para garantir
sua segurança pessoal.
5. Deixar de realizar a segurança durante o desembarque.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

275
ESCLARECIMENTOS
1. Regras de segurança para o local de estacionamento:
1.1. que a viatura não atrapalhe o fluxo seguro de pedestres;
1.2. que a viatura não constitua vetor de risco para o trânsito local;
1.3. que a viatura permaneça ostensiva aos transeuntes;
1.4. que as condições de segurança de trabalho estejam presentes;
1.5. que o ponto de estacionamento a ser executado seja estrategicamente escolhido (incidência criminal,
circulação de pessoas, ocorrência de eventos públicos, etc.), a fim de que ocorra efetivamente a preser-
vação da ordem pública local.
2. Sinais luminosos: a utilização dos sinais luminosos deve obedecer:

2.1. durante o estacionamento, em se tratando de viaturas equipadas com sistema de iluminação de emer-
gência dotados de LED, deverá ela estar com o dispositivo luminoso de emergência “giroflex” e o rádio
ligados, e com o motor desligado. No entanto, o tempo máximo nessa condição não deverá ultrapassar
o limite de 3 (três) horas para viaturas de 2 (duas) rodas;
2.2. durante o estacionamento, em se tratando de viaturas equipadas com sistema de iluminação de emer-
gência dotados de lâmpadas incandescentes ou halógenas, deverá ela estar com o dispositivo luminoso
de emergência “giroflex” e o rádio ligados, e com o motor desligado. No entanto, o tempo máximo nessa
condição não deverá ultrapassar o limite de 30 (trinta) minutos para viaturas de 2 (duas) rodas;
2.3. na permanência em pontos de estacionamento, no período noturno, ligar o dispositivo luminoso de
emergência “giroflex”, obedecidos os parâmetros estabelecidos no subitem anterior.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP: Estacionamento de motoci-
DATA: /_ /_ Nº PROCESSO: 1.10.00
1.10.05 cleta em ponto de estaciona-
mento ou local de ocorrência

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES

1. Foi escolhido local apropriado para o estacionamento


das motocicletas?
2. O policial atentou para as regras de segurança no local?

3. Os sinais luminosos foram mantidos acionados durante


o estacionamento?
4. As condições de segurança do local escolhido foram
satisfatórias?
5. As motocicletas foram estacionadas de forma apropria-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

da às condições do terreno?
6. Foi feita a segurança dos componentes da equipe?

7. O policial permaneceu desembarcado durante todo o


estacionamento?

276
POP: 1.10.06
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE
SÃO PAULO ESTABELECIDO
EM: 15/06/2011
ABORDAGEM POLICIAL COM MOTOCI-
REVISADO EM:
CLETA DE PESSOA(S) A
Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL
DE PADRONIZAÇÃO: Geral.
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Posicionamento da motocicleta.
- Comando verbal do policial militar.
- Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Verificação da idoneidade da(s) pessoa(s) abordada(s).
- Abordagem da(s) pessoa(s).
- Atenção para a Área de Segurança.
- Atenção para a Área de Perigo.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Atender ao POP nº 1.01.04 – Localização da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Certificar-se das condições de segurança do ambiente e pré-determinar quem irá realizar a segu-
rança e quem irá fazer a busca pessoal, visto que as funções da equipe podem se alternar, atentan-
do para manter-se na Área de Segurança e para o princípio da superioridade numérica e ou
superioridade de meios (efetivo, equipamento e treinamento) para que se iniba qualquer reação
da(s) pessoa(s) envolvida(s) na abordagem policial.
- O policial militar que identificar a(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem sinalizará por
meio de gestos pré-definidos pela equipe, de modo a alertar o outro policial da equipe para o
início do procedimento. Aquele que identificou a(s) pessoa(s) verbalizará enquanto o outro poli-
cial que foi alertado permanecerá na segurança da equipe.
- Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de no míni-
mo 5 metros aproximadamente, lembrando-se de permanecer na Área de Segurança.
- Levantar a queixeira ou viseira do capacete para que a verbalização se torne audível e o(s)
abordado(s) compreenda(m) as ordens do policial.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

277
6. Nos casos de abordagem com 2 (duas) motocicletas, posicionar a 1ª motocicleta (policial que ver-
balizará) paralela ao(s) abordado(s), enquanto a 2ª motocicleta (policial que realizará a segurança)
posicionará a 45º (quarenta e cinco graus) em relação à primeira motocicleta, tendo a sua frente
voltada para a traseira da 1ª motocicleta, conforme figura 1.

Figura 1

7. Nos casos de abordagem com 3 (três) motocicletas, posicionar a 1ª motocicleta (policial que verba-
lizará) a uma distância de no mínimo 5 metros aproximadamente, lembrando-se de permanecer na
Área de Segurança, a 2ª motocicleta atrás desta, enquanto a 3ª motocicleta (policial que realizará a
segurança) será posicionada a 45º (quarenta e cinco graus) em relação à primeira, tendo a sua frente
voltada para a traseira da 2ª motocicleta, conforme figura 2.

Figura 2

8. Desligar a motocicleta, permanecendo na marcha que se encontra.


9. Verbalizar por meio de um comando de voz firme, alto e claro, emitindo as seguintes palavras:
“Cidadão(s)! Pare(m) é a Polícia!”.
10. Adotar o escalonamento do uso da força, sendo que as armas devem estar posicionadas de acordo
com o tipo de abordagem, conforme itens abaixo:
10.1. ABORDAGEM DE PESSOA(S) SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA:
10.1.1. Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de no mí-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

nimo 5 m (cinco metros), preferencialmente onde tenha um anteparo (abrigo ou cobertura), como
por exemplo, muro, poste, veículos estacionados, etc.) e que possam servir de proteção aos policiais
e formar a Área de Segurança.
10.1.2. Determinar de forma simples e clara, que o(s) abordado(s) se dirija(m) à área determinada (local
onde o fluxo de transeuntes seja o mínimo possível e ofereça adequada condição para a abordagem
segura).
10.1.3. As armas devem permanecer no coldre.
10.1.4. O policial militar responsável pela segurança desembarcará pela esquerda, de maneira a pos-
sibilitar a utilização da motocicleta como anteparo, e assumirá a função de segurança, enquanto o
policial responsável pela verbalização permanecerá sob a motocicleta, conforme figura 3.

278
Figura 3

10.1.5. O policial que verbalizou descerá da motocicleta, conforme figura 4 e se aproximará da(s) pessoa(s)
abordada(s), de modo a iniciar conversação, conforme figura 5.

Figura 4

A figura 5 demonstra que o policial vai conduzir a pessoa abordada para a área determinada. A seta de-
monstra claramente que no momento da abordagem a distância é de no mínimo 5 metros e depois ele
conduz a pessoa para a área determinada.

Figura 5

10.1.6. Adotar as providências descritas no POP 1.01.05 - Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé, com rela-
ção à fiscalização de pessoas sob fiscalização de polícia, entre elas:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

10.1.6.1. manter a calma durante todo o momento da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s)
de maneira objetiva, clara e firme;
10.1.6.2. solicitar de forma respeitosa que o(s) abordado(s) se identifique(m);
10.1.6.3. realizar a fiscalização de polícia, adotando as providências necessárias conforme a natureza da
ocorrência;
10.1.6.4. anotar em relatório, os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem;
10.1.6.5. após a realização da abordagem, informar que:
10.1.6.5.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão;
10.1.6.6. agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.

279
10.2. ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE(S) SOB FUNDADA(S) SUSPEITA(S):
10.2.1. Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de no mínimo 5
m (cinco metros), preferencialmente onde tenha um anteparo (abrigo ou cobertura), como por exemplo,
muro, poste, veículos estacionados, etc.) e que possa servir de proteção aos policiais e formar a Área de
Segurança, conforme figura 6:

Figura 6

10.2.2. As armas deverão ser empunhadas na posição Sul (segurando com uma das mãos);
10.2.3. Determinar de forma simples e clara, porém enérgica, que o(s) abordado(s) se dirija(m) à área deter-
minada (local onde o fluxo de transeuntes seja o mínimo possível e ofereça adequada condição para a
abordagem segura) e vire(m)-se de costas, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao máximo o
seu potencial de reação ofensiva;
10.2.4. Determinar ao(s) abordado(s) que coloque(m) o(s) objeto(s) que tenha(m) às mãos, no chão ou em
outro local mais apropriado à segurança da ação;
10.2.5. Após, o policial encarregado da busca pessoal determinará: “Cidadão(s)! Coloque(m) as mãos sobre a
cabeça, cruze(m) os dedos (dedos entrelaçados), fique(m) de costas para mim, afaste(m) os pés (preferen-
cialmente um pouco maior que a largura dos ombros)”;
10.2.6. O policial militar responsável pela segurança deverá travar seu armamento e colocá-lo no coldre para
desembarcar, “realizar a segurança do outro policial militar que ainda se encontra na motocicleta”, após
descer da motocicleta, empunhar novamente a arma na posição Sul, conforme figura 7:

Figura 7
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

280
10.2.7. O policial militar responsável pela verbalização adotará as mesmas providências para descer da mo-
tocicleta;
10.2.8. O policial militar responsável pela busca pessoal, antes de se dirigir à pessoa(s) a ser(em) abordada(s),
deverá travar seu armamento, colocá-lo no coldre e abotoá-lo. Após, adotar as providências descritas no
POP 1.01.05 - Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé, com relação à abordagem de pessoas sob fundada
suspeita e no POP nº 1.01.06 - Busca Pessoal.
10.3. ABORDAGEM DE(S) PESSOA(S) INFRATORA(S) DA LEI:
10.3.1. As armas deverão ser empunhadas na “empunhadura simples”;
10.3.2. Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de no mínimo 5
m (cinco metros), preferencialmente onde tenha um anteparo (abrigo ou cobertura), como por exemplo,
muro, poste, veículos estacionados, etc.) e que possam servir de proteção aos policiais e formar a Área de
Segurança, conforme figura 8;

Figura 8

10.3.3. Determinar de forma simples e clara, porém enérgica, que o(s) infrator(es) se dirija(m) à área deter-
minada (local onde o fluxo de transeuntes seja o mínimo possível e ofereça adequada condição para a
abordagem segura) e vire(m)-se de costas, onde será realizada a busca pessoal e uso de algema (se for o
caso), reduzindo ao máximo o seu potencial de reação ofensiva;
10.3.4. O procedimento de verbalização e deslocamento dos policiais militares será o mesmo da abor-
dagem em situação de fundada suspeita, sendo que no presente caso o(s) abordado(s) deverá(ão) ser
posicionado(s) na zona de segurança, ajoelhado(s), com as pernas cruzadas (preferencialmente sentado
sobre os calcanhares) e mãos sobre a cabeça, com os dedos entrelaçados;
10.3.5. O policial militar responsável pela segurança deverá travar seu armamento, colocá-lo no coldre para
desembarcar e após, realizar a segurança do outro policial militar que ainda se encontra na motocicleta,
empunhando novamente o armamento na posição “3º Olho”;
10.3.6. O policial militar responsável pela verbalização adotará as mesmas providências para descer da mo-
tocicleta;
10.3.7. Adotar as providências descritas no POP 1.01.05 - Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé, com relação
ao infrator da lei;
10.3.8. Solicitar apoio de viatura quatro rodas para a condução do(s) infrator(s) até a repartição pública com-
petente.
10.4. ABORDAGEM DE PESSOA (S) COM DEFICIÊNCIA OU QUE SE COMUNICA(M) EM IDIOMA DIVERSO DA
LÍNGUA PORTUGUESA:
10.4.1. Adotar as ações descritas no POP nº 1.01.05 – Abordagem de pessoa(s) a pé, com relação ao tema
específico.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

281
RESULTADOS ESPERADOS
- Que a ação policial seja coordenada, respeitosa, segura e eficaz.
- Que a(s) técnica(s) de aproximação, abordagem, busca pessoal, ou da utilização de algemas, sejam
empregadas de formas corretas.
- Que o policial militar verifique sempre a sua própria segurança, a do público e da(s) pessoa(s) a
ser(em) submetida(s) à abordagem, atentando para manter- se na Área de Segurança.
- Que todas as pessoas infratoras da lei sejam abordadas, submetidas à busca pessoal e devidamente
conduzidas a repartição competente.
- Que a intervenção policial seja norteada pelos princípios básicos de respeito à cidadania.
- Que tão logo verifique ser(em) o(s) abordado(s) pessoa(s) idônea(s), o policial militar reoriente sua
ação policial, adequando-se com a situação apresentada.
- Que o(s) abordado(s), ao término da ação policial, não se sinta(m) humilhado(s) ou discriminado(s),
mas que incorpore(m) a sensação de segurança, sabendo que a Polícia Militar está naquele local,
protegendo-o(s), através de suas ações de Polícia e de presença.
- Que o policial militar não subestime o potencial ofensivo da(s) pessoa(s) abordada(s).
- Que sejam utilizados os meios moderados para a ação policial.
- Que ao final, a(s) pessoa(s) abordada(s), não fique(m) com imagem negativa da Instituição, mas
uma imagem positiva, tendo a certeza que ele(s) pode(m) e deve(m) contar com a ajuda do(s)
policial(is) militar(es), a qualquer hora e lugar.
- Que todos os policiais militares envolvidos tenham por lema: “Na abordagem policial, prende-se
um infrator da lei ou conquista-se um amigo”.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não estiver(em) esbo-
çando resistência, considerar a possibilidade dela(s) ser(em) pessoa(s) com deficiência(s) (física,
auditiva, visual, intelectual etc.) ou que não compreenda o idioma português.
- Se por qualquer motivo não for possível parar a motocicleta nos moldes previstos para este POP,
estacioná-la de acordo com as condições do trânsito, atentando para a segurança e fluidez da via.
- Se houver resistência armada insuperável por parte dos abordados, os policiais militares poderão
utilizar minimamente a motocicleta como abrigo.
- Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no
conceito de Área de Segurança.
- Se o policial militar, através de elementos objetivos, constatar que se trata de pessoa(s) idônea(s),
deverá reavaliar e reorientar sua ação. Se, durante a abordagem, observar que o(s) outro(s)
policial(is) militar(es) não conseguiu(ram) perceber que se trata(m) de pessoa(s) idônea(s), deverá
tomar a frente da ação e alertar os demais.
- Atentar para outras ações corretivas, contidas no POP 1.01.05 – Abordagem Policial de Pessoa(s)
a Pé, bem como as situações envolvendo abordagem de pessoa com deficiência ou que não se
comunica no idioma português.
- Se por qualquer motivo a motocicleta venha a sofrer uma queda, durante o ato de parar ou desem-
barcar, o policial deverá ignorar o acidente e continuar com o procedimento e levantar a moto-
cicleta somente após o término da abordagem.
- Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o
procedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes:
- reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos;
- solicitar calma ao(s) abordado(s);
- manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s);
- informar quais foram às atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão esclare-
cidas ao final do procedimento.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

282
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar deixar de observar as regras de segurança na sua ação (ficar constantemente na
linha de tiro, por exemplo).
- O policial adentrar na Área de Perigo.
- O policial militar não utilizar o escalonamento no uso da força.
- O policial militar utilizar desnecessariamente a força, agredindo verbal ou fisicamente as pessoas
abordadas.
- O policial militar não perceber a necessidade da(s) pessoa(s) com deficiência(s).
- O policial militar praticar ação policial descoordenada, sem a observância do padrão ou com mais
de um policial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando-lhe confusão e embaraço.
- O policial militar não manter a serenidade, submetendo o(s) abordado(s) a uma situação vexatória
desnecessariamente.
- O policial militar não observar durante a abordagem, que o(s) abordado(s) é(são) pessoa(s)
idônea(s).
- O policial militar observar durante a abordagem que o(s) abordado(s) é(são) pessoa(s) idônea(s),
porém, não reorientar sua ação.
- O policial militar deixar de explicar a ação policial.
- O policial militar, nos diálogos, praticar discriminação atentatória aos direitos e liberdades funda-
mentais, em especial à: condição social, raça, cor, crença religiosa, convicção filosófica, con-
vicção política ou outra qualquer de caráter pessoal.
- Posicionar a motocicleta em desconformidade as prescrições deste POP.

ESCLARECIMENTOS
- Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa,
fundamentada no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional.
- Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal,
realizada toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo 240 §2º do CPP) de que alguém oculte
consigo arma proibida e munição; coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; instrumentos
de falsificação ou contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; instrumentos utilizados na
prática de crime ou destinados a fim delituoso; objetos necessários à prova de infração ou a
defesa de réu; cartas, abertas ou não, destinadas a acusado ou em seu poder, quando haja
suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa ser útil a elucidação do fato.
- Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada
suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou de objetos ou de papéis que constituam
corpo de delito.
- Superioridade numérica: É a adequação do número de policiais militares empregados em um pro-
cedimento operacional de maneira que sejam garantidos a estes as melhores condições de segu-
rança visando à preservação da integridade física de todos os envolvidos na ação policial.
- Superioridade de meios: É a adequação da quantidade de meios a serem disponibilizados para
a resolução de um procedimento operacional a ser desenvolvido pelos policiais militares de modo
que neste desenvolvimento a resposta seja proporcional a quantidade de meios apresentados
pelos infratores da lei, evitando-se os excessos.
- Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o máximo possível,
utilizando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de acordo com o fato ou situação.
- Linha de tiro: É o estabelecimento de uma linha imaginária que parte da alça de mira até a massa
de mira com a finalidade, a princípio, de se atingir-se um alvo. É a linha que em nenhuma hipótese
deverá ser cruzada pelo policial que realiza a vistoria, para não ser atingido no caso de uma reação
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

de quem está sendo submetido a este procedimento.


- Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e
posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de
modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional.
A Área de Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, se-
gura e própria para a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplo das figuras
9, 10 e 11.

283
Na via:

Figura 9

Figura 10

Em edificações:

Figura 11

9. Área de Perigo: é considerada como o local em que o suposto agressor está localizado ou confinado,
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

bem como o “cone da morte”, ou seja, áreas que possibilitam o contato visual com o agressor e
podem comprometer a integridade do policial. Dada a iminência de confronto, o policial militar
nunca deve adentrá-la, indicando-se a verbalização como o recurso mais adequado até que o cri-
minoso abandone essa área e eventual arma que esteja em seu poder, colocando-se em condições
visuais para a abordagem e detenção seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de OPM espe-
cializada. Esse conceito serve também para edificações, portanto, só se adentra em um recinto se
houver certeza de que nele não existe ameaça, ou realizando a varredura a fim de verificar se o local
está seguro, quando estritamente necessário, lembrando-se de que a partir do momento em se que
encontra a Área de Perigo, ou seja, aquela onde se encontra o infrator, deve ser criada a Área de
Segurança, onde o policial deve permanecer. Os exemplos das figuras 12, 13 e 14 mostram ações
equivocadas de policiais que adentram na Área de Perigo.

284
Na via:

Figura 12

Figura 13

Em edificações:

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 14

285
10. Posição sul da arma: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano
perpendicularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, cotovelo flexionado, mão fraca es-
tendida com a palma da mão voltada para o peito, podendo estar sob a arma (posição descoberta)
ou sobre a arma (posição coberta), cotovelo flexionado próximo à linha da cintura.
11. Posição 3º olho: arma empunhada com as duas mãos (dupla empunhadura), mão forte empurra a
arma e a mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho, erguida na altura dos olhos, abertos, braços
semi-estendidos, posição do corpo frontal ou lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A
posição 3º olho também pode ser empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente
assim necessitar, o cano da arma sempre será direcionado para o local onde se vistoria, a direção
do cano acompanha o olhar.
12. Empunhadura simples: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, dedo fora do gatilho,
em direção aos infratores ou local de perigo.
13. Uso de algemas:O emprego de algemas far-se-á mediante a constatação de uma das situações
previstas na Súmula Vinculante nº 11 do STF, e ou do Decreto Estadual nº 19.903, de 30OUT50:
13.1. condução à presença da autoridade dos delinqüentes detidos em flagrante, em virtude de pro-
núncia ou nos demais casos previstos em lei, desde que ofereçam resistência ou tentem fuga;
13.2. condução à presença da autoridade dos ébrios, viciosos e turbulentos, recolhidos na prática de
infração e que devam ser postos em custódia, nos termos do regulamento Policial do Estado, desde
que o seu estado extremo de exaltação torne indispensável o emprego da força;
13.3. transporte, de uma para outra dependência, ou remoção, de um para outro presídio, dos presos
que, pela sua conhecida periculosidade, possam tentar a fuga, durante a diligência ou a tenham
tentado, ou oferecido resistência quando de sua detenção.
14. Poder de Polícia: conforme artigo 78, do Código Tributário Nacional, é a faculdade de que dispõe
a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia tem atributos
específicos e peculiares ao seu exercício, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e
a coercibilidade.
14.1. discricionariedade: traduz-se na livre escolha, pela Administração, da oportunidade e conveni-
ência de exercer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar os meios condu-
centes a atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público;
14.2. autoexecutoriedade: é a faculdade da Administração decidir e executar diretamente a sua deci-
são, por seus próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário;
14.3. coercibilidade: é a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERA-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
N° POP: Abordagem Policial com
DATA:
N° PROCESSO: 1.10.00 1.10.06 motocicleta de pessoa(s)
/_ /
a pé.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar observou as condições de segurança
do ambiente antes de se aproximar da(s) pessoa(s) a
ser(em) abordada(s)?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

2. A aproximação foi feita de forma segura atentando


para a Área de Segurança e Área de Perigo?

3. O policial manteve a calma durante todo o momento


da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s)
de maneira objetiva, clara e firme?

4. Foi observado o escalonamento do uso da força?

286
5. O policial militar observou a disposição das motocicle-
tas durante a abordagem?
6. A ação policial foi coordenada, harmoniosa e segura?

7. O posicionamento dos policiais militares foi feito de


forma correta e segura?
8. O policial militar utilizou o armamento de forma
correta?
9. O policial militar observou através de elementos obje-
tivos que se tratava(m) de pessoa(s) idônea(s)?

10.O policial militar agradeceu a colaboração da(s) pes-


soa(s) abordada(s) referente à ação policial?

POP: 1.10.07
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM:
15/06/2011
ABORDAGEM POLICIAL COM MOTOCICLETA
DE PESSOA(S) EM VEÍCULO REVISADO EM:
Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Definição correta das características da ocorrência, possibilitando a adoção do escalonamento do uso
da força proporcional ao grau de periculosidade real que a situação impõe.
- Realização da verbalização para a retirada da(s) pessoa(s) de dentro do veículo e sua condução para o
local da busca pessoal.
- Verificação do veículo, a fim de detectar a presença de outra(s) pessoa(s) no seu interior.
- Atenção a fatos novos que possam modificar a avaliação inicial da situação.
- Posicionamento da motocicleta.
- Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Verificação da idoneidade da(s) pessoa(s) abordada(s).
- Abordagem da(s) pessoa(s).
- Atenção para a Área de Segurança.
- Atenção para a Área de Perigo.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
INÍCIO DA ABORDAGEM

- O policial militar que identificar o veículo a ser submetido à abordagem, sinalizará por meio de gestos
pré-definidos pela equipe, de modo a alertar o outro policial da equipe para o início do procedimento.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Aquele que identificar o veículo verbalizará enquanto o outro policial permanecerá na segurança da
equipe, atentando para manter-se na Área de Segurança.
- Cientificar o COPOM/CAD, sempre que possível e antecedendo à abordagem, fornecendo a placa do
veículo e local em que se encontram.
- Após o retorno da informação, determinar ao motorista que pare o veículo, por meio de toque de
sirene e sinal de farol.
- Levantar a queixeira ou viseira para que a verbalização se torne audível e o(s) abordado(s) compre-
endam as ordens do policial.

287
1.5. Posicionar a 1ª motocicleta (policial militar que irá verbalizar) a uma distância de no mínimo 5 metros
aproximadamente da traseira do veículo, de modo que fique direcionada à esquerda com relação à lan-
terna traseira esquerda do veículo; enquanto a 2ª motocicleta (policial militar que irá realizar a segurança),
deverá ser posicionda a 45º (quarenta e cinco graus) em relação à primeira motocicleta, com sua frente
voltada para a traseira desta, conforme figura 1.

Figura 1

TIPOS DE ABORDAGEM:

ABORDAGEM DE PESSOA(S) SOB FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA:

- permanecer com a motocicleta ligada e engatada, na marcha em que se encontrar.


- as armas permanecem no coldre.
- um dos policiais irá verbalizar: “Cidadão! É a polícia! Desligue o veículo! Desça(m) do veículo!”
- após a retirada dos integrantes, os policiais militares irão desligar a motocicleta e desembarcar, na seguinte
conformidade:
- o policial militar responsável pela segurança desembarcará pela esquerda, de maneira a possibilitar a
utilização da motocicleta como anteparo, e assumirá a função de segurança, enquanto o policial re-
sponsável pela verbalização permanecerá sob a motocicleta;
- o policial que verbalizou descerá da motocicleta e aproximará da(s) pessoa(s) abordada(s), para iniciar
conversação com a(s) mesma(s).
- adotar as providências descritas no POP 1.01.05 - Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé, com relação à
fiscalização de pessoas sob fiscalização de polícia, entre elas:
- manter a calma durante todo o momento da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s) de
maneira objetiva, clara e firme;
- solicitar de forma respeitosa que o(s) abordado(s) se identifique(m);
- realizar a fiscalização de polícia, adotando as providências necessárias conforme a natureza da ocorrência;
- anotar em relatório, os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem.
- após a realização da abordagem, informar que:
- a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão;
- agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou o(a) (Posto/ Graduação e Nome). Conte sem-
pre com a Polícia Militar”.

ABORDAGEM DE PESSOA(S) EM ATITUDE(S) SOB FUNDADA(S) SUSPEITA(S):

- permanecer com a motocicleta ligada e engatada, na marcha em que se encontrar.


- as armas deverão ser empunhadas na posição Sul (segurando com uma das mãos).
- a retirada dos integrantes do automóvel e sua condução para a Área de Segurança deverão ser realizadas
por um dos policiais militares, que irá verbalizar:
“Cidadão! É a polícia! Desligue o veículo! Desça(m) do veículo! Deixe(m) a(s) porta(s) aberta(s)! Ponha(m) as
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

mãos em cima da cabeça e cruzem (entrelacem) os dedos! Venha(m) para trás do veículo junto ao porta-
-malas! Vire(m) de costas para nós.
Há mais alguém dentro do veículo?”

288
- após a retirada dos integrantes, o policial militar responsável pela segurança deverá desligar a motocicleta,
travar seu armamento, colocá-lo no coldre e desembarcar. Após, realizará a segurança do outro policial
militar que ainda se encontra na motocicleta, empunhando novamente o armamento na posição Sul.
-. o policial militar responsável pela verbalização adotará as mesmas providências para descer da motocicleta,
conforme figura 2:

Figura 2

- a aproximação deverá ser realizada com as armas na posição Sul, sendo que o policial responsável pela se-
gurança realizará a visualização do interior do veículo, com a arma na posição “3º Olho”, conforme figura 3.

Figura 3

- após constatar que não há mais ninguém no interior do veículo, o policial que fez a visualização interna no
veículo deverá recuar e assumir a função de segurança (cobertura), posicionando-se lateralmente ao(s)
abordado(s) em ângulo aproximado de 90º, com sua arma na posição Sul, conforme figura 4.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

289
- após constatar que não há mais ninguém no interior do veículo, o policial que fez a visualização interna no
veículo deverá recuar e assumir a função de segurança (cobertura), posicionando-se lateralmente ao(s)
abordado(s) em ângulo aproximado de 90º, com sua arma na posição Sul, conforme figura 4.

Figura 4

- nesse momento, o policial responsável pela busca pessoal deverá travar seu armamento, colocá-lo no coldre
e manter abotoado para iniciar os POP nº 1.01.06 - Busca Pessoal e nº 1.05.01/1.05.02 - Vistoria de Veículos.
- adotar as providências descritas no POP 1.01.05 - Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé, com relação à ati-
tude sob fundada suspeita.

ABORDAGEM A INFRATOR DA LEI:


- permanecer com a motocicleta ligada e engatada, na marcha em que se encontrar.
- as armas deverão ser empunhadas na posição “Empunhadura Simples”.
- o procedimento de verbalização de retirada do infrator da lei e deslocamento dos policiais militares será
o mesmo da abordagem em situação de fundada suspeita, sendo que no presente caso o(s) abordado(s)
deverá(ao) ser(em) posicionado(s) na zona de segurança (defronte ao porta-malas do veículo), ajoelhado(s),
com as pernas cruzadas (preferencialmente sentado sobre os calcanhares) e mãos sobre a cabeça, com os
dedos entrelaçados.
-. o policial militar responsável pela segurança deverá desligar a motocicleta, travar seu armamento, colocá-
-lo no coldre e após, realizar a segurança do outro policial militar que ainda se encontra na motocicleta,
empunhando o armamento na posição “3º Olho”.
- o policial militar responsável pela verbalização adotará as mesmas providências para descer da motocicleta.
- a aproximação deverá ser realizada com as armas na posição “3º Olho”.
- o policial na função de segurança irá realizar a visualização do interior do veículo, conforme figura 5.

Figura 5
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

290
-. após constatar que não há mais ninguém no interior do veículo, o policial que fez a visualização interna
no veículo deverá recuar e assumir a função de segurança (cobertura), posicionando-se lateralmente ao(s)
abordado(s) em ângulo aproximado de 90º, mantendo sua arma na posição “3º Olho”, conforme figura 6.

Figura 6

-. se houver necessidade do uso de algemas no(s) infrator(es) da lei, o policial militar que verbalizou (neste
momento com a arma travada e no coldre abotoado) realizará o procedimento conforme POP nº 5.01.02 –
Uso de Algemas e após, submetê-lo(s) à busca pessoal, conforme POP nº 1.01.06 – Busca Pessoal.
- adotar as providências descritas no POP nº 1.01.05 de Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé, com relação à
abordagem a infrator da lei.
- solicitar apoio de viatura quatro rodas para a condução do(s) infrator(s) até a repartição pública competente.
- proceder à vistoria do veículo, conforme POP nº 1.05.01 – Vistoria em automóvel e POP nº 1.05.02 Vistoria
em motocicleta.
- após a vistoria, deverá proceder conforme o previsto no POP nº 1.01.08 - Apresentação de Ocorrência à
Repartição Pública Competente.

RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as ações dos policiais sejam em todos os momentos pautadas pela lei, pelas normas e pela ética
policial-militar.
2. Que seja preservada a vida, a integridade física, os direitos e ou o patrimônio das pessoas envolvidas
(incluindo-se aqui os próprios policiais).
3. Que todas as pessoas infratoras da lei envolvidas na ocorrência sejam capturadas e presas pelos policiais
militares.
4. Que todas as armas, objetos e materiais que possuam vínculo probatório com ações ilícitas relacionadas à
ocorrência sejam apreendidos.
5. Que os policiais atuem com a máxima segurança com relação a uma possível agressão por parte dos abor-
dados ou de terceiros, atentando para manter- se na Área de Segurança.
6. Que a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) abordada(s) seja reduzida ao mínimo possível.
7. Que a ação policial resulte em atitude favorável à Instituição por parte das pessoas não infratoras da lei
envolvidas na ocorrência.
8. Que haja o posicionamento correto das motocicletas.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

291
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não estiver(em) esboçando
resistência, considerar a possibilidade dela(s) ser(em) portadora(s) de necessidade especial (idoso, auditiva,
visual, mental e etc.), ou estrangeira(s). Neste caso, o policial deve permanecer atento, respeitando a con-
dição do(s) abordado(s) e proceder conforme POP nº 1.01.01 – Abordagem de Pessoa(s) à Pé, nas orien-
tações voltadas para abordagem de pessoa(s) com deficiência ou que não dominem a língua portuguesa.
2. Se por qualquer motivo não for possível parar a motocicleta nos moldes previstos para este POP, estacioná-
-la de acordo com as condições da via, atentando para a segurança e fluidez da via.
3. Se, durante o ato de parar ou desembarcar, a motocicleta venha a sofrer uma queda, o policial deverá ig-
norar o acidente e continuará com o procedimento. Deverá levantar a motocicleta somente após o término
da abordagem.
4. Se houver resistência armada insuperável por parte dos abordados, os policiais militares poderão utilizar
minimamente a motocicleta como abrigo.
5. Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito de
Área de Segurança.
6. Se os policiais militares perceberem que o motorista do veículo abordado engatou a ré, deverão de imedia-
to, saírem da direção da traseira do veículo, priorizando a integridade física dos policiais. Sendo possível,
retirar a motocicleta.
7. Se o policial militar for surpreendido pela presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo, durante a
inspeção visual interna, deverá retornar à Área de Segurança e iniciar a conversação para retirá-la(s) do
veículo.
8. Se não houver o cumprimento das determinações emitidas pelo policial militar, solicitar apoio e adotar a
doutrina de gerenciamento de crises.
9. Se algum policial atravessar inadvertidamente pela “linha de tiro”, o policial militar que tiver sua arma apon-
tada para outro policial deverá adotar a posição “Sul”, alertando-o, dizendo: “Mesma Linha”.
10. Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o procedi-
mento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes:
10.1. reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos;
10.2. solicitar calma ao(s) abordado(s);
10.3. manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s);
10.4. informar quais foram às atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão esclarecidas
ao final do procedimento.
11. Se durante a abordagem observar que o(s) outro(s) policial(is) militar(es) não percebeu(ram) que se
trata(m) de pessoa(s) idônea(s), deverá tomar a frente da ação e alertar os demais;
12. Se o local não for adequado para a abordagem, adiar o início da ação (desde que possível), procedendo-
-se ao acompanhamento do veículo até que seja possível agir com segurança.
13. Se no decorrer da abordagem algum dos policiais constatar fato que modifique a percepção inicial das
características da ocorrência, deverá alertar seu(s) companheiro(s) para a necessidade de adaptar os pro-
cedimentos, adotando a postura pertinente ao caso.
14. Caso haja fuga de algum dos abordados, determinar aos indivíduos que permaneceram no local que se
ajoelhem e, em seguida, proceder à busca pessoal utilizando-se a sequência de ação voltada para as pes-
soas infratoras da lei. Em nenhuma hipótese, os policiais militares poderão se separar e adentrar na Área
de Perigo. Após, informar ao COPOM/CAD o ocorrido, fornecendo os dados necessários para a busca do
indivíduo que empreendeu fuga.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

292
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. O policial militar deixar de realizar a busca em pessoa ou veículo, quando existirem indicativos para tal.
2. O policial militar escolher local impróprio para a abordagem, colocando pessoas em risco desnecessaria-
mente.
3. O policial militar não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado.
4. O policial militar posicionar incorretamente a viatura (motocicleta) atrás do veículo a ser abordado.
5. O policial militar deixar de observar as regras de segurança na sua ação e adentrar na Área de Perigo
(aproximar-se do veículo antes de as pessoas serem retiradas e adequadamente posicionadas ou ficar
constantemente na linha de tiro, por exemplo).
6. O policial militar utilizar escalonamento do uso da força desproporcional à situação.
7. O policial militar não perceber que a(s) pessoa(s) não cumpre(m) as determinações por tratar(em)-se
de pessoa(s) com deficiência, por estar(em) nervosa(s), pelo excesso de barulho no local ou por ser(em)
estrangeira(s).
8. Os policiais militares agirem descoordenadamente, sem a observância do padrão ou com mais de um po-
licial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando confusão e embaraço.
9. O policial militar realizar procedimentos com o dedo no gatilho da arma, exceto no momento em que ne-
cessite revidar injusta agressão proporcional.
10.Ao perceber tratar-se de pessoa(s) idônea(s), deixar o policial militar de amenizar o rigor das ações, con-
forme o previsto no procedimento.

ESCLARECIMENTOS
1. Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa, fundamenta-
da no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional.
2. Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal, realizada
toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo 240 §2º do CPP) de que alguém oculte consigo arma
proibida e munição; coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; instrumentos de falsificação ou con-
trafação e objetos falsificados ou contrafeitos; instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados
a fim delituoso; objetos necessários à prova de infração ou a defesa de réu; cartas, abertas ou não, desti-
nadas a acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu conteúdo possa
ser útil a elucidação do fato.
3. Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada suspeita
de que alguém oculte consigo arma proibida ou de objetos ou de papéis que constituam corpo de delito.
4. Superioridade numérica: É a adequação do número de policiais militares empregados em um procedimento
operacional de maneira que sejam garantidos a estes as melhores condições de segurança visando à
preservação da integridade física de todos os envolvidos na ação policial.
5. Superioridade de meios: É a adequação da quantidade de meios a serem disponibilizados para a resolução
de um procedimento operacional a ser desenvolvido pelos policiais militares de modo que neste
desenvolvimento a resposta seja proporcional a quantidade de meios apresentados pelos infratores da lei,
evitando-se os excessos.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

293
6. Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o
máximo possível, utilizando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de
acordo com o fato ou situação.
7. Linha de tiro: É o estabelecimento de uma linha imaginária que parte da alça
de mira até a massa de mira com a finalidade, a princípio, de se atingir-se um
alvo. É a linha que em nenhuma hipótese deverá ser cruzada pelo policial que
realiza a vistoria, para não ser atingido no caso de uma reação de quem está
sendo submetido a este procedimento.
8. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais
protegidos de riscos e posicionados a uma distância segura em relação ao
suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a possibilitar intervenções
coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de
Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada,
afastada, segura e própria para a verbalização, até que o criminoso se
entregue, conforme exemplo das figuras 7, 8 e 9.

Na via:

Figura 7
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

294
Figura 8

Em edificações:

Figura 9

9. Área de Perigo: é considerada como o local em que o suposto agressor


está localizado ou confinado, bem como o “cone da morte”, ou seja, áreas
que possibilitam o contato visual com o agressor e podem comprometer
a integridade do policial. Dada a iminência de confronto, o policial militar
nunca deve adentrá-la, indicando-se a verbalização como o recurso mais
adequado até que o criminoso abandone essa área e eventual arma que
esteja em seu poder, colocando-se em condições visuais para a aborda-
gem e detenção seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de OPM es-
pecializada. Esse conceito serve também para edificações, portanto, só se
adentra em um recinto se houver certeza de que nele não existe ameaça,
ou realizando a varredura a fim de verificar se o local está seguro, quando
estritamente necessário, lembrando-se de que a partir do momento em se
que encontra a Área de Perigo, ou seja, aquela onde se encontra o infrator,
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

deve ser criada a Área de Segurança, onde o policial deve permanecer. Os


exemplos das figuras 10, 11 e 12 mostram ações equivocadas de policiais
que adentram a Área de Perigo.

295
Na via:

Figura 10

Figura 11

Em edificações:

Figura 12
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

296
10. Posição sul da arma: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano perpendi-
cularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, cotovelo flexionado, mão fraca estendida com a palma
da mão voltada para o peito, podendo estar sob a arma (posição descoberta) ou sobre a arma (posição cober-
ta), cotovelo flexionado próximo à linha da cintura.
11. Posição 3º olho: arma empunhada com as duas mãos (dupla empunhadura), mão forte empurra a arma e a
mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho, erguida na altura dos olhos, abertos, braços semi-estendidos,
posição do corpo frontal ou lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A posição 3º olho também pode
ser empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente assim necessitar, o cano da arma sempre
será direcionado para o local onde se vistoria, a direção do cano acompanha o olhar.
12. Empunhadura simples: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, dedo fora do gatilho, em direção
aos infratores ou local de perigo.
13. Uso de algemas:O emprego de algemas far-se-á mediante a constatação de uma das situações previstas na
Súmula Vinculante nº 11 do STF, e ou do Decreto Estadual nº 19.903, de 30OUT50:
13.1. condução à presença da autoridade dos delinqüentes detidos em flagrante, em virtude de pronúncia ou nos
demais casos previstos em lei, desde que ofereçam resistência ou tentem fuga;
13.2. condução à presença da autoridade dos ébrios, viciosos e turbulentos, recolhidos na prática de infração e
que devam ser postos em custódia, nos termos do regulamento Policial do Estado, desde que o seu estado
extremo de exaltação torne indispensável o emprego da força;
13.3. transporte, de uma para outra dependência, ou remoção, de um para outro presídio, dos presos que, pela
sua conhecida periculosidade, possam tentar a fuga, durante a diligência ou a tenham tentado, ou oferecido
resistência quando de sua detenção.
14. Poder de Polícia: conforme artigo 78, do Código Tributário Nacional, é a faculdade de que dispõe a Administra-
ção Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da
coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia tem atributos específicos e peculiares ao seu exercício,
e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade.
14.1. discricionariedade: traduz-se na livre escolha, pela Administração, da oportunidade e conveniência de exer-
cer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar os meios conducentes a atingir o fim coli-
mado, que é a proteção de algum interesse público;
14.2. autoexecutoriedade: é a faculdade da Administração decidir e executar diretamente a sua decisão, por seus
próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário;
14.3. coercibilidade: é a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

297
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERA-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
CIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
N° POP: Abordagem policial
DATA:
N° PROCESSO: 1.10.00 1.10.07 com motocicleta de
/_ /
pessoa(s) em veículo.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar observou as condições de segurança
do ambiente antes de se aproximar da(s) pessoa(s) a
ser(em) abordada(s)?

2. A aproximação foi feita de forma segura atentando


para a Área de Segurança e Área de Perigo?

3. O policial militar manteve a calma durante todo o


momento da abordagem, expressando-se com o(s)
abordado(s) de maneira objetiva, clara e firme?

4. Foi observado o escalonamento do uso da força?

5. O policial militar observou a disposição das motocicle-


tas durante a abordagem?
6. A verbalização para a retirada das pessoas de den-
tro do veículo visando sua condução para o local
da busca pessoal (Área de Segurança junto ao por-
ta-malas) foi realizada de forma clara, em tom
audível, de forma objetiva e pausada, possibilitan-
do que não houvesse confusão de atitudes por parte
do(s) abordado(s)?
7. A ação policial foi coordenada, harmoniosa e segura?

8. O posicionamento dos policiais militares foi feito de


forma correta e segura?
9. O policial militar utilizou o armamento de forma
correta?
10. O policial militar soube identificar objetivamente a
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

condição do (s) abordado(s) [pessoa(s) idônea(s) ou


não]?

11. O policial militar agradeceu a colaboração da(s) pes-


soa(s) abordada(s) referente à ação policial?

298
POP: 1.10.08
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 15/07/2011

ABORDAGEM POLICIAL COM MOTOCICLETA


DE PESSOA(S) EM MOTO REVISADO EM:
Nº DA REVISÃO: 03

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Definição correta das características da ocorrência, possibilitando a adoção do escalonamento do uso
da força proporcional ao grau de periculosidade real que a situação impõe.
- Verbalização.
- Posicionamento do(s) abordado(s) para a busca pessoal.
- Aproximação da guarnição com relação à(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem.
- Atenção para a Área de Segurança.
- Atenção para a Área de Perigo.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Verificar as condições gerais do local onde a abordagem será realizada, a fim de identificar a possibil-
idade de riscos à guarnição e a outras pessoas, evitando locais de grande circulação de veículos e
de pessoas ou com muitas alternativas de fuga, atentando para manter-se na Área de Segurança
e não adentrar na Área de Perigo.
- Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam dando cobertura ao veículo
que será submetido à abordagem policial.
- Pré-determinar quem irá realizar a segurança e quem irá fazer a busca pessoal, visto que as funções
da equipe podem se alternar, atentando sempre para o princípio da superioridade numérica e/
ou superioridade de meios (efetivo, equipamento e treinamento) para que se iniba qualquer reação
da(s) pessoa(s) envolvida(s) na abordagem policial.
- Nos casos de abordagem sob fundada suspeita, consultar sempre que possível o COPOM/CAD, forne-
cendo os dados da placa do veículo suspeito e local em que se encontra.
- INÍCIO DA ABORDAGEM:
- o policial militar que identificar a motocicleta a ser submetida à abordagem sinalizará ao outro
policial da equipe, por meio de gestos pré-definidos, de modo a alertá-lo para o início do
procedimento. Aquele que identificou a(s) pessoa(s) verbalizará enquanto o outro policial que foi
alertado permanecerá na segurança.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

299
- determinar a parada da motocicleta, por meio de toque de sirene ou sinal de farol.
- levantar a queixeira ou viseira para que a verbalização se torne audível e o(s) abordado(s) compreenda(m)
as ordens do policial.
- Aproximar-se da(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à abordagem em uma distância de no mínimo 5 m
(cinco metros), preferencialmente onde tenha um anteparo (abrigo ou cobertura), como por exemplo,
muro, poste, veículos estacionados, etc.) e que possam servir de proteção aos policiais e formar a Área de
Segurança.
- Ordenar de forma simples e clara, que o(s) abordado(s) se dirija(m) à área determinada (local onde o fluxo
de transeuntes seja o mínimo possível e ofereça adequada condição para a abordagem segura).
- posicionar a 1ª motocicleta (policial que irá verbalizar) à esquerda da motocicleta a ser abordada, a uma
distância de no mínimo 5 metros aproximadamente de sua traseira.
- a 2ª motocicleta (policial que realizará a segurança) deverá ser posicionada a 45º (quarenta e cinco graus)
em relação à primeira motocicleta da equipe policial, tendo a sua frente voltada para o fluxo do trânsito,
conforme figura 1.

Figura 1

- adotar o escalonamento do uso da força, sendo que as armas devem estar posicionadas de acordo com o
tipo de abordagem.

TIPOS DE ABORDAGEM:

- ABORDAGEM EM SITUAÇÃO DE FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA:


- permanecer com a motocicleta ligada e engatada na marcha em que se encontrar.
- as armas devem permanecer no coldre.
- um dos policiais irá verbalizar: “Cidadão! É a polícia! Desligue a motocicleta! Coloque-a no pé de apoio e
desça!”.
- o policial militar responsável pela segurança desembarcará pela esquerda, de maneira a possibilitar a utili-
zação da motocicleta como anteparo, e assumirá a função de segurança, enquanto o policial responsável
pela verbalização permanecerá sobre a motocicleta, conforme figura 2.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 2

300
6.1.5. após, o policial que verbalizou descerá da motocicleta se aproximará da(s) pessoa(s) abordada(s),
para iniciar conversação com a(s) mesma(s).
6.1.6. solicitar que retire o capacete em seguida, adotar as providências descritas no procedimento de
Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé (POP 1.01.05), com relação à abordagem, entre elas:
6.1.7. manter a calma, durante todo o momento da abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s) de
maneira objetiva, clara e firme.
6.1.8. solicitar, de forma respeitosa, que o(s) abordado(s) se identifique(m).
6.1.9. realizar a fiscalização de polícia, adotando as providências necessárias conforme a natureza da
ocorrência.
6.1.10. anotar em relatório, os dados do veículo e da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem.
6.1.11. após a realização da abordagem, informar que:
6.1.11.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando a Segurança do Cidadão.
6.1.12. agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.
6.2. ABORDAGEM EM ATITUDE SOB FUNDADA SUSPEITA:
6.2.1. permanecer com a motocicleta ligada e engatada, preferencialmente na 1ª marcha.
6.2.2. adotar a posição sul (segurando somente com uma das mãos).
6.2.3. um dos policiais irá verbalizar: “Cidadão! É a polícia! Desligue a motocicleta! Coloque-a no pé de
apoio e desça! Ponha(m) as mãos em cima do capacete e cruze(m) os dedos! Vire(m) de frente para a
moto!”
6.2.4. o policial militar responsável pela segurança deverá travar seu armamento e colocá-lo no coldre
para desembarcar e após, realizar a segurança do outro policial militar que ainda se encontra na mo-
tocicleta, empunhando novamente a arma na posição sul, conforme figura 3.
6.2.5. o policial militar responsável pela verbalização adotará as mesmas providências para descer da
motocicleta.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

301
Figura 3

6.2.6. a aproximação deverá ser realizada com as armas na posição “Sul”.


6.2.7. o policial militar responsável pela verbalização, antes de se dirigir à pessoa a ser abordada, deverá
travar seu armamento, colocá-lo no coldre e abotoá-lo. Após realizar o procedimento de busca pessoal
(vide POP nº 1.01.06), conforme figura 4.

Figura 4

6.2.8. adotar as providências descritas no procedimento de Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé (POP


1.01.05), com relação à atitude sob fundada suspeita, entre elas:
6.2.8.1. anotar os dados da(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem em relatório;
6.2.8.2. após a vistoria do veículo, se nada houver de irregular, informar que:
6.2.8.2.1. a abordagem é um procedimento policial preventivo visando à segurança do cidadão.
6.2.8.3. agradecer pela colaboração, reforçando com os dizeres: “Sou_____ (Posto/ Graduação e Nome).
Conte sempre com a Polícia Militar”.
6.3. ABORDAGEM A INFRATOR DA LEI
6.3.1. permanecerá com a motocicleta ligada e engatada preferencialmente na 1ª marcha.
6.3.2. retirar o armamento do coldre, adotando a posição “Empunhadura Simples”.
6.3.3. o procedimento de verbalização, de retirada do infrator da lei e deslocamento dos policiais milita-
res será o mesmo da abordagem em situação de fundada suspeita, sendo que no presente caso o(s)
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

abordado(s) deverá(ao) ser posicionado(s), ajoelhado(s), com as pernas cruzadas (preferencialmente


sentado sobre os calcanhares) e mãos sobre a cabeça, com os dedos entrelaçados

302
6.3.4. o policial militar responsável pela segurança deverá desligar a motocicleta, travar seu armamento,
colocá-lo no coldre para desembarcar e após, realizar a segurança do outro policial militar que ainda
se encontra na motocicleta, empunhando o armamento na posição “3º Olho”.
6.3.5. o policial militar responsável pela verbalização adotará as mesmas providências para descer da
motocicleta.
6.3.6. a aproximação deverá ser realizada com as armas na posição “3º Olho”.
6.3.7. adotar as providências descritas no procedimento de Abordagem Policial de Pessoa(s) a Pé (POP
1.01.05), com relação ao infrator da lei.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que a ação policial seja coordenada, respeitosa, segura e eficaz.
- Que a(s) técnica(s) de aproximação, abordagem, busca pessoal, ou da utilização de algemas, sejam
empregadas de forma correta.
- Que o policial militar verifique sempre a segurança do público, do próprio policial militar e das pessoas
a serem submetidas à abordagem, atentando para manter- se na Área de Segurança.
- Que haja proporcionalidade no uso da força em relação ao risco apresentado pela(s) pessoa(s)
abordada(s).
- Que todas as pessoas infratoras da lei sejam abordadas, submetidas à busca pessoal e devidamente
conduzidas a repartição competente.
- Que a intervenção policial seja norteada pelos princípios básicos de respeito à cidadania.
- Que tão logo verifique ser(em) o(s) abordado(s) pessoa(s) idônea(s), o policial militar reoriente sua
ação policial, adequando-se com a situação apresentada.
- Que a ação policial resulte em atitude favorável à PMESP por parte das pessoas não infratoras da lei
envolvidas na ocorrência.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

303
AÇÕES CORRETIVAS
- Se a(s) pessoa(s) demorar(em) a responder ou acatar as determinações, mas não estiver(em) esbo-
çando resistência, considerar a possibilidade de se tratar de pessoa(s) com algum tipo de deficiência
(auditiva, visual, intelectual, etc) ou ainda, não compreender o idioma português.
- Se o local não for adequado para a abordagem, adiar o início da ação (desde que possível), proce-
dendo-se o acompanhamento da motocicleta até que seja possível agir com segurança.
- Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no conceito
de Área de Segurança.
- Se o local tiver barulho em excesso (veículos, vendedores, feiras, etc), ao determinar que a pessoa pare,
aumentar o volume da voz, para que o abordado possa ouvir os policiais militares, quando da ordem
legal.
- Se a(s) pessoa(s) submetida(s) à abordagem apresentar(em) nervosismo (inconformismo) com o
procedimento, o policial militar deverá acalmá-la(s) com o seguinte escalonamento de atitudes:
- reduzir a tonalidade de voz para minimizar os ânimos;
- solicitar calma ao(s) abordado(s);
- manter equilíbrio independente da alteração da(s) pessoa(s) abordada(s);
- informar quais foram às atitudes que levaram à abordagem e que todas as dúvidas serão esclarecidas
ao final do procedimento.
- Se o policial militar for indagado quanto à legitimidade de sua ação, informar que a abordagem policial
tem fundamentação legal, com base no Poder de Polícia.
- Se o policial militar, através de elementos objetivos, constatar que se trata de pessoa(s) idônea(s), deverá
reavaliar e reorientar sua ação. Se durante a abordagem observar que o(s) outro(s) policial(is) militar(es)
não conseguiu(ram) perceber que se trata(m) de pessoa(s) idônea(s), deverá tomar a frente da ação e
alertar os demais.
- Se a(s) pessoa(s) abordada(s) não cumprir(em) a ordem legal (abordagem), utilizar o escalonamento do
uso da força, ou seja, se a arma estiver no coldre, adotar a posição sul e se mesmo assim persistir o não
cumprimento da ordem, adotar a posição 3º olho.
- Se a(s) pessoa(s) abordada(s) reagir(em) de forma agressiva (sem o emprego de arma de fogo e/ou
branca) e houver necessidade da utilização de força física, o policial militar deverá adotar as técnicas
existentes sobre o uso de equipamentos de baixa letalidade (gás pimenta, bastão tonfa, arma de cho-
que elétrico) com o objetivo de imobilizá-lo, bem como técnicas de defesa pessoal.
- Se o abordado, estiver, de alguma forma, oferecendo perigo na abordagem (exemplo: mãos para trás),
o policial militar poderá adotar a posição 3º olho, independente do tipo da abordagem.
- Se o local for de alto risco, o policial militar poderá utilizar-se da posição 3º olho, independente do tipo
da ocorrência.
- Se a(s) pessoa(s) abordada(s) estiver(em) sob influência de álcool ou drogas e não compreender(em) a
ordem emanada, o policial militar deverá repetir as determinações, adotando o escalonamento no uso
da força.
- Se algum policial atravessar inadvertidamente pela “Linha de Tiro”, o policial militar que tem sua arma
apontada deverá adotar a posição “Sul”, alertando-o, dizendo: “Mesma Linha”.

- Se em algum momento no decorrer da abordagem algum dos policiais constatar fato que modifique a
percepção inicial das características da ocorrência, deverá alertar seu(s) companheiro(s) para a necessi-
dade de adaptar os procedimentos (posição da arma “SUL” ou “3º olho” e tratamento dos envolvidos),
adotando postura mais rígida ou mais branda, conforme o caso e outras providências que o caso exigir.
- Se durante o ato de parar ou desembarcar, por qualquer motivo, a motocicleta do policial venha a sofrer
uma queda, o policial deverá ignorar o acidente e continuar com o procedimento, levantando a moto-
cicleta somente após o término da abordagem.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

304
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar escolher local impróprio para a abordagem, colocando pessoas em risco desneces-
sariamente, adentrando na Área de Perigo.
- O policial militar não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada.
- O policial militar utilizar escalonamento do uso da força desproporcional à situação, para mais ou para
menos.
- Os policiais militares agirem descoordenadamente, sem a observância do padrão ou com mais de um
policial determinando à mesma pessoa o que deve fazer, causando confusão e embaraço.
- O policial militar, nos diálogos, agredir verbalmente as pessoas, praticar discriminação atentatória
aos direitos e liberdades fundamentais, em especial à condição social, raça, cor, crença religiosa,
convicção filosófica, convicção política ou outra qualquer de caráter pessoal.
- O policial militar realizar procedimentos com o dedo no gatilho da arma, exceto no momento em que
necessite revidar injusta agressão proporcional.
- O policial militar sacar a arma e apontá-la desnecessariamente para as pessoas.
- Ao perceber tratar-se de pessoa(s) idônea(s), deixar o policial militar de amenizar o rigor das ações,
conforme o previsto no procedimento.
- Posicionar a motocicleta em desconformidade as prescrições deste POP.
- O policial militar deixar de agradecer a colaboração pela abordagem.

ESCLARECIMENTOS
1. Abordagem sob fiscalização de polícia: Abordagem realizada para fiscalização administrativa, funda-
mentada no poder de polícia, a que alude o artigo 78 do Código Tributário Nacional.
2. Abordagem sob fundada suspeita: Abordagem que antecede o procedimento de busca pessoal, reali-
zada toda vez que houver uma fundada suspeita (artigo 240 §2º do CPP) de que alguém oculte consigo
arma proibida e munição; coisas achadas ou obtidas por meios criminosos; instrumentos de falsificação
ou contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos; instrumentos utilizados na prática de crime ou
destinados a fim delituoso; objetos necessários à prova de infração ou a defesa de réu; cartas, abertas
ou não, destinadas a acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento de seu
conteúdo possa ser útil a elucidação do fato.
3. Abordagem de infrator da lei: Abordagem realizada quando houver a certeza de que o indivíduo come-
teu um crime ou contravenção penal.
4. Infrator da lei: Pessoa sobre a qual se tem a certeza de que tenha cometido qualquer crime e/ou con-
travenção penal, ou seja procurada pela Justiça, ou ainda que seja encontrada no local de crime ou
próximo dele com objetos ou vestígios que indiquem que tenha cometido uma ação delituosa.
5. Busca pessoal: procedimento que consiste na revista de um indivíduo, quando houver fundada suspeita
de que alguém oculte consigo arma proibida ou de objetos ou de papéis que constituam corpo de
delito.
6. Superioridade numérica: É a adequação do número de policiais militares empregados em um
procedimento operacional de maneira que sejam garantidos a estes as melhores condições de
segurança visando à preservação da integridade física de todos os envolvidos na ação policial.
7. Superioridade de meios: É a adequação da quantidade de meios a serem disponibilizados para a
resolução de um procedimento operacional a ser desenvolvido pelos policiais militares de modo
que neste desenvolvimento a resposta seja proporcional a quantidade de meios apresentados pelos
infratores da lei, evitando-se os excessos.
8. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e
posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo
a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de
Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplo das figuras 5, 6 e 7.

305
Na via:

Figura 5

Figura 6

Em edificações:

Figura 7
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

9. Área de Perigo: é considerada como o local em que o suposto agressor está localizado ou confinado,
bem como o “cone da morte”, ou seja, áreas que possibilitam o contato visual com o agressor e
podem comprometer a integridade do policial. Dada a iminência de confronto, o policial militar nunca
deve adentrá-la, indicando-se a verbalização como o recurso mais adequado até que o criminoso abandone
essa área e eventual arma que esteja em seu poder, colocando-se em condições visuais para a aborda-
gem e detenção seguras, e caso isso não ocorra, acionar apoio de OPM especializada. Esse conceito serve
também para edificações, portanto, só se adentra em um recinto se houver certeza de que nele não
existe ameaça, ou realizando a varredura a fim de verificar se o local está seguro, quando estritamente
necessário, lembrando-se de que a partir do momento em se que encontra a Área de Perigo, ou seja,
aquela onde se encontra o infrator, deve ser criada a Área de Segurança, onde o policial deve permanecer.
Os exemplos das figuras 8, 9 e 10 mostram ações equivocadas de policiais que adentram a Área de Perigo.

306
Na via:

Figura 8

Figura 9

Em edificações:

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 10

307
10. Escalonamento do uso da força: Emprego do mínimo de força possível para o máximo possível, utili-
zando-se proporcionalmente dos meios disponíveis de acordo com o fato ou situação.
11. Posição sul da arma: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano
perpendicularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, cotovelo flexionado e projetado para
cima, mão fraca estendida com a palma da mão voltada para o peito, podendo estar sob a arma (po-
sição descoberta) ou sobre a arma (posição coberta), cotovelo flexionado próximo à linha da cintura.
12. Posição 3º olho: arma empunhada com as duas mãos (dupla empunhadura), mão forte empurra a
arma e a mão fraca puxa a arma, dedo fora do gatilho, erguida na altura dos olhos, abertos, braços
semi-estendidos, posição do corpo frontal ou lateral, em pé, ajoelhado, agachado ou deitado. A po-
sição 3º olho também pode ser empregada com os cotovelos flexionados, quando o ambiente assim
necessitar, o cano da arma sempre será direcionado para o local onde se vistoria, a direção do cano
acompanha o olhar.
13. Empunhadura simples: arma empunhada pela mão forte, na altura do peito, posicionada com o cano
perpendicularmente voltado para o solo, dedo fora do gatilho, em direção aos infratores ou local de
perigo.
14. Uso de algemas: O emprego de algemas far-se-á mediante a constatação de uma das situações pre-
vistas na Súmula Vinculante nº 11 do STF, ou do Decreto Estadual nº 19.903, de 30OUT50:
14.1. condução à presença da autoridade dos delinqüentes detidos em flagrante, em virtude de pronúncia
ou nos demais casos previstos em lei, desde que ofereçam resistência ou tentem fuga;
14.2. condução à presença da autoridade dos ébrios, viciosos e turbulentos, recolhidos na prática de in-
fração e que devam ser postos em custódia, nos termos do regulamento Policial do Estado, desde que
o seu estado extremo de exaltação torne indispensável o emprego da força;
14.3. transporte, de uma para outra dependência, ou remoção, de um para outro presídio, dos presos que,
pela sua conhecida periculosidade, possam tentar a fuga, durante a diligência ou a tenham tentado, ou
oferecido resistência quando de sua detenção.
15. Poder de Polícia: conforme artigo 78, do Código Tributário Nacional, é a faculdade de que dispõe a Ad-
ministração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais,
em benefício da coletividade ou do próprio Estado. O poder de polícia tem atributos específicos e
peculiares ao seu exercício, e tais são a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade.
15.1. discricionariedade: traduz-se na livre escolha, pela Administração, da oportunidade e conveniência
de exercer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar os meios conducentes a
atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público;
15.2. autoexecutoriedade: é a faculdade de a Administração decidir e executar diretamente a sua deci-
são, por seus próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário;
15.3. coercibilidade: é a imposição coativa das medidas adotadas pela Administração.
16. Linha de tiro: É o estabelecimento de uma linha imaginária que parte da alça de mira até a massa de
mira com a finalidade, a princípio de se atingir-se um alvo. É o ponto que, sob hipótese nenhuma, o
policial que realiza a revista deverá cruzar para não ser atingido no caso de uma reação de quem está
sendo submetido a este procedimento.
17. Nas abordagens com 3 motocicletas (Vtr): Nos casos em que houver abordagem com 03 (três) moto-
cicletas “Vtr”, os policiais militares adoram os mesmos procedimentos previstos neste POP, de modo
que a 2º motocicleta, fique imediatamente atrás da 1º motocicleta (policial que irá verbalizar), sendo
que a 3º motocicleta adotará a posição de segurança posicionada a 45º “quarenta e cinco graus” em
relação à segunda motocicleta da equipe policial, tendo a sua frente voltada para o fluxo do trânsito.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

308
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR:
SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
N° POP: Abordagem Policial com mo-
DATA:
N° PROCESSO: 1.10.00 1.10.08 tocicleta de pessoas (s) em
/_ /
moto.
ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. O policial militar observou as condições de segurança do
ambiente antes de se aproximar da(s) pessoa(s) a ser(em)
abordada(s)?

2. A aproximação foi feita de forma segura atentando para


a Área de Segurança e Área de Perigo?

3. O policial manteve a calma durante todo o momento da


abordagem, expressando-se com o(s) abordado(s) de
maneira objetiva, clara e firme?

4. Foi observado o escalonamento do uso da força?

5. O policial militar observou a disposição das motocicletas


durante a abordagem?

6. A verbalização para a descida das pessoas da motocicleta


foi realizada de forma clara, em tom audível, de for-
ma objetiva e pausada, possibilitando que não houvesse
confusão de atitudes por parte do(s) abordado(s)?

7. A aproximação do policial em direção aos abordados foi


realizada segundo os padrões de segurança previstos
neste procedimento?

8. Caso o policial militar tenha constatado características


da ocorrência diversas da avaliação inicial, exigindo a re-
orientação da intervenção policial, isso foi feito corre-
tamente?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

9. Caso alguma pessoa tenha se exaltado durante a ocor-


rência, o policial militar soube conduzir o diálogo visan-
do acalmá-la?

10. O policial militar utilizou o armamento de forma correta?

309
DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: POLICIAMENTO COM MOTOCICLETA

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO

Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e “c” do
art. 3º do Decreto Lei 667/69 (redação pelo Decreto- lei nº 2010);
Atribuições das Policias Militares LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento da
Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do
Estado de São Paulo. Nº 5,. jan/mar, 1995

Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII,XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
Preceitos constitucionais LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII, LXIII, LXIV e LXV
da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,


São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Nacional;
Poder de Polícia
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública.
3.ed. Rio de Janeiro:Forense, 1998

LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista A


Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública.
Arbitrariedade e discricionariedade 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998;
da ação policial MAURÍCIO GARIBE e CEL PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia.
Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Nº 23.

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º


Condução das Partes do Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo
Tribunal Federal de nº 011; Decreto Estadual nº 57.783/12.

Condução de partes envolvidas em in-


fração penal de menor Art. 69 da Lei 9.099/95; parágrafo único do art. 69 da Lei 9.099/95.
potencial ofensivo. (vide também Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02)
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código Penal;


Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10.259/01 (dispõe sobre
Apresentação de ocorrência na repartição a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da
pública competente Justiça Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03
de 24JUL03

310
(consolida as normas relativas aos Juizados Informais de Concil-
iação, Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Criminais); Res-
oluções de nº 2.076, de 22JUL77 e 2.010/16, de 22JUL10, ambas do
Conselho Econômico e Social da ONU (Organização das Nações
Unidas); Decreto Estadual nº 57.783, de 10FEV12.

Perseguição a pessoa e veículo Resolução SSP nº 21, de 11ABR90.

Testemunha Art. 202 e art.206 do Código de Processo Penal.

Art. 106, artigo 172 e § único, artigos 178 e 262, todos da Lei federal
nº 8.069, de 13JUL90 – Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA);
Condução de criança e adolescente
Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02 (altera o parágrafo único do art. 69
da Lei federal de 9.099/95); Lei Federal 8.063, de 13OUT90.

Normas Operacional de Policiamento PM


Diretriz nº PM3-008/02/06, de 01AGO06.
- NORSOP

Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº


Comunicação Social PM5-001/05/90 e pela Portaria nº PM5-003/511/11, publicada no
Boletim Geral nº 105, de 06JUN11.

Cautela no Deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-005/02/99, de 26JAN99.

Reiteração na cautela no deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-006/02/05, de 13JUL05.

Uso de Dispositivos luminosos e


Ordem de Serviço nº PM3-011/02/18-Circular, de 29AGO18.
sonoros
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 08-003 - Comple-


Disparo de Arma de Fogo em Acompan-
mentar, de 19AGO08 e Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 14,
hamento
de 13JUL09.

Técnica de Direção/Pilotagem Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 77, de12NOV12.

311
Policial Preventiva

Mortes, afastamentos tem-


porários ou definitivos de
Policiais Instrução Continuada de Comando (ICC) nº
Militares nos deslocamen- 83, de 31JAN13.
tos de Emergência com
Viaturas

Uso de Luzes Intermitentes Resolução CONTRAN nº 268, de 15FEV2008.

Instrução Continuada de Comando (ICC) nº


Área de Segurança e Área
230, de 22AGO18 e Programa Vídeo Treina-
de Perigo
mento (PVT) de AGO/2018.

______. PROCESSO 2.05.00 PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME

MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO Nº Processo: 2.05.00


NOME DO PROCESSO: PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
- Colete balístico.
- Cinturão preto com os equipamentos de proteção individual.
- Pistola calibre .40 S&W, com 3 carregadores.
- Algemas com a chave.
- Fiel retrátil.
- BOPM.
- Relatório de Serviço Operacional.
- Caneta.
- Folhas para anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Rádio portátil (Policiamento a pé ou Integrado).
- Luvas descartáveis.
- Fita de isolamento.
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ETAPAS PROCEDIMENTOS
Preservação do local Ação do PM para preservar o local de crime.

312
POP: 2.05.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

AÇÃO DO POLICIAL MILITAR PARA PRESERVAR


O LOCAL DE CRIME REVISADO EM: 16/05/2013 Nº
DA REVISÃO: 6

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Isolar e preservar o local de crime.
- Evitar que pessoas não autorizadas entrem ou permaneçam no local de crime.
- Registro das pessoas que realizaram o levantamento do local de crime e daqueles que ficaram responsáveis
pelas coisas, objetos do crime (cadáver, armas, instrumentos, veículos, etc.).
SEQÜÊNCIA DE AÇÕES
- Verificar se há necessidade de apoio para aproximar-se do local de crime.
- Aproximar-se do local de crime com cautela, sem que seja alterado seu estado e disposição do corpo de delito.
- Contatar o solicitante e buscar informações que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos.
- Identificar se há vítimas feridas e providenciar, por meio do acionamento imediato do SAMU, serviço local
de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros, o pronto e imediato socorro das
vítimas;
- O policial militar deverá proceder ao transporte imediato da vítima para pronto socorro ou unidade hospitalar,
sempre que:
- não existir na localidade Unidade de Resgate, SAMU ou outro serviço de emergência;
- autorizado pelo COPOM/CAD, quando o tempo previsto de resposta da Unidade de Resgate, SAMU ou serviço
de emergência, não for adequado para a situação.
- Informar ao COPOM o número de feridos para o encaminhamento.
- Se houver sinais de morte evidente, não remover o corpo de local e providenciar o acionamento da perícia e das
autoridades competentes, via COPOM/CAD..
- Avaliar o local em que o corpo de delito se encontra e dimensionar as proporções do campo pericial que deverá
ser preservado.
- Transmitir ao COPOM/CAD as informações necessárias para que seja providenciado o acionamento da perícia e
das autoridades competentes.
- Isolar o local de crime (de preferência utilizando fita apropriada), cuidando para que não ocorram, salvo nos
casos previstos em lei, modificações por sua própria iniciativa ou por terceiros, impedindo o acesso ou perma-
nência de qualquer pessoa, mesmo familiar da vítima ou de outros policiais que não façam parte da equipe
especializada, exceto o delegado do Distrito Policial e ou da Divisão de Homicídio do DHPP, peritos do Insti-
tuto de Criminalística e ou Instituto Médico-Legal.
- Para sair da cena de crime, adotar o mesmo trajeto da entrada, observando onde pisa.
- Preservar a área imediata e, se possível, também a área mediata, não lhe alterando a forma em nenhuma hipó-
tese, salvo quando absolutamente necessário para preservar outras provas, para tanto o policial militar deverá:
- não tentar localizar objetos (do crime ou ilícitos) na cena do crime;
- em nenhuma hipótese, mexer em qualquer objeto que componha a cena de crime: não revirar os bolsos das
veste do cadáver, não recolher pertences, não mexer nos instrumentos do crime, principalmente armas; não
tocar no cadáver, principalmente movê-lo de sua posição original; não tocar nos objetos que estão sob
guarda, não fumar, não beber e nem comer no local, não utilizar telefone nem sanitário da cena de crime, ou
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

qualquer objeto existente no local de crime;


- manter portas, janelas, mobiliário, eletrodomésticos, utensílios, tais como foram encontrados, não abrindo ou
fechando, ligando ou desligando, salvo o estritamente necessário para conter risco eventualmente existente.
- Verificar se há testemunhas que possam ajudar na elucidação dos fatos e qualificá-las.
- Permanecer no local até a chegada da perícia ou da autoridade competente.
- Passar todos os dados do local de crime para as autoridades competentes que comparecerem no local

313
- Aguardar a conclusão dos trabalhos da Polícia Técnico-Científica (IC, IML), e a liberação do local por parte
da autoridade competente.
- Registrar as pessoas que realizaram a perícia do local de crime e aqueles que ficaram com a res-
ponsabilidade pelas coisas, ou objetos relacionados ao crime (cadáver, armas, objetos, etc.).
- Informar ao COPOM/CAD que o local foi liberado.
- Relacionar corretamente os objetos envolvidos na preservação do campo pericial.
- Providenciar o registro no respectivo Distrito Policial.
- Elaborar o BOPM e registro no RSO.
RESULTADOS ESPERADOS
- Isolamento correto do local, sem tocar ou alterar o estado das coisas e disposição do corpo de delito.
- Preservação do local até a chegada da perícia ou das autoridades competentes.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Se houver dúvidas quanto ao estado de saúde da vítima, providenciar seu socorro por meio do SAMU,
serviço local de emergência ou Unidade de Resgate (UR), inclusive, se necessário, acionar o Corpo de
Bombeiros para que providencie o envio de outros recursos destinados ao atendimento do(s) ferido(s):
1.1. sem prejuízo da providência acima, será permitido ao policial ou a terceiro que se sinta habilitado apli-
car primeiros socorros a(s) vitima(s).
2. Se ao chegar ao local, a vítima localizada já estiver sendo socorrida por familiares ou terceiros, os policiais
militares deverão:
2.1. permitir o socorro por familiares e/ou terceiros e escoltar o veículo que realizará o transporte da vítima;
2.2. verificar qual o destino que a vítima será encaminhada;
2.3. arrolar os nomes das pessoas que estão socorrendo;
2.4. informar o COPOM/CAD que o socorro está sendo realizado por familiares ou terceiros;
2.5. solicitar que outra equipe policial realize as atividades de preservação do local de crime, conforme
descrito neste POP.
3. Se houver necessidade de deslocamento de viatura para uma diligência, condução ao Distrito Policial ou
outra missão ligada ao evento delituoso, o local de crime deverá ser guarnecido por outra equipe policial.
4. Caso não tenha fita para isolar o local, utilizar outros meios (corda, barbante, etc.).
5. Se o local for de difícil acesso, acionar o Corpo de Bombeiros.
6. Se o policial militar perceber que no local de crime há duas ou mais áreas interligadas, providenciar seu
isolamento, considerando como mesmo local de crime.
7. Se houver a suspeita da prática de crime militar, além das providências elencadas neste POP, deverá
comunicar imediatamente o Comando de Força Patrulha, para que sejam acionados o Plantão de Polícia
Judiciária Militar (PPJM) e a Corregedoria PM.
8. Se a preservação do local envolver vias de trânsito, sinalizar o local para evitar novos acidentes e acionar
eventuais órgãos de apoio que sejam necessários, como equipes de trânsito, Bombeiros, guincho, etc.
9. Se por motivos de força maior (intempéries, socorro imediato, perigo de novos acidentes, etc) o policial
observar que a perícia poderá ser prejudicada, adotar as ações necessárias para proteger o corpo de
delito e informar a perícia e Delegado de Polícia a alteração do local.
10. Se houver necessidade de rendição da equipe, transmitir ao sucessor as informações necessárias, para
que haja continuidade a preservação do local.
11. Se o local já tiver sido violado, cientificar os responsáveis pela perícia e ou autoridade competente,
constando o fato em BOPM.
12. Se houver pedido de informação por parte de órgãos da mídia, o policial militar de maior grau hie-
rárquico, responsável pelo gerenciamento dos trabalhos, poderá fornecer dados básicos do fato (são
considerados dados básicos: a natureza da ocorrência, quantidade de vítimas, detidos e de materiais
apreendidos).
13. As causas, circunstâncias, efeitos, consequências ou detalhes de qualquer natureza relativos a fato no
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

qual houve ou deve haver a interveniência da Polícia Militar deverá ser objeto de pedido de informação,
o qual deve ser dirigido ao Centro de Comunicação Social (CComSoc) da Polícia Militar do Estado de São
Paulo.
14. Se houver pessoas exaltadas, procurar entender os sentimentos dos parentes, amigos ou conhecidos
da(s) vítima(s), sem, contudo deixá-las prejudicar o campo pericial.

314
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Alterar a posição da(s) pessoa(s), (cadáver) ou objeto(s), sem necessidade.
2. Revistar os bolsos das vestes da vítima.
3. Deixar resíduos pessoais durante e após a preservação, como: papéis de bala, cigarro, etc.
4. Mexer nos instrumentos e ou objetos do crime (armas principalmente)
5. Não proteger o local de crime de intempéries.
6. Deixar parentes ou outras pessoas entrarem no local de crime.
7. Não isolar corretamente o local de crime.
8. Não solicitar apoio quando necessário.
9. Considerar morte da vítima a ausência de pulso ou respiração.
10. Não realizar registro ou fazê-lo de forma irregular.
11. Não registrar os apoios e quem ficou responsável por coisas, objetos do crime.

ESCLARECIMENTO
1. COPOM/CAD: deve ser compreendido como toda a rede de apoio ao policial militar no atendimento
da ocorrência, cabendo ao despachador viabilizar o contato com os superiores de serviço, responsáveis
pelas providências a serem adotadas.
2. Local de crime: é todo sítio onde tenha ocorrido uma infração penal que necessite de providência da
Polícia Técnico Cientifica, na busca de vestígios produzidos ou deixados durante a prática do delito,
indispensável à persecução penal.
3. Local de crime interno: é todo sítio que abrange ambiente fechado.
4. Local de crime externo: é todo sítio não coberto.
5. Área Mediata: local de crime que cobre as adjacências ou cercanias de onde ocorreu o evento.
6. Área Imediata: local de crime em que ocorreu o evento.
7. Morte Evidente: Decapitação, rigidez cadavérica, estado de putrefação, carbonização, seccionamento do
tronco, e etc.
8. Autoridades competentes: Delegado do Distrito Policial e ou da Divisão de Homicídio do DHPP, peritos
do Instituto de Criminalística e ou Instituto Médico-Legal, responsáveis pela equipe de socorro especia-
lizado.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
N° POP:
DATA: / / N° PROCESSO: 2.05 Ação do policial militar para
2.05.02
preservar o local de crime.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar aproximou-se do local de crime
com cautela, preocupando-se para que não fosse
alterado o estado das coisas e a disposição do corpo
de delito?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

2. Foi verificado a existência de vítimas e seu estado?

3. Na existência de vítimas decorrentes de lesões cor-


porais graves, homicídio, tentativa de homicídio, la-
trocínio e extorsão mediante sequestro com resul-
tado morte, inclusive decorrentes de intervenção
policial, foi providenciado o acionamento do SAMU
ou serviço local de emergência, ou ainda, a Unidade
de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros, para o
pronto e imediato socorro da(s) vítima(s)?

315
4. Nos casos de morte evidente, houve remoção do
cadáver?
5. Foram transmitidas as informações necessárias ao
COPOM/CAD para acionamento da perícia e auto-
ridades competentes?
6. Houve o isolamento da área, procurando não haver
modificações no local?
7. Foi feita a preservação da área mediata do local de
crime?
8. O policial militar permaneceu no local até chegada
da perícia e liberação pela autoridade competente ou
chegada de outra guarnição?
9. Foi realizado o registro das pessoas que realizaram
a perícia do local de crime e aqueles que ficaram
com a responsabilidade pelas coisas, ou objetos re-
lacionados ao crime?

DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e “c”
do art. 3º do Decreto Lei 667/69 (redação pelo Decreto-lei nº 2010);
Atribuições das Policias Militares LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento da Polícia
no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de
São Paulo. Nº 5,. jan/mar, 1995
Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII,XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII, LXIII, LXIV e
Preceitos constitucionais
LXV da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,
São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Nacional; LA-
Poder de Polícia
ZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública. 3.ed.
Rio de Janeiro:Forense, 1998

LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista A


Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública.
Arbitrariedade e discricionariedade 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998;
da ação policial MAURÍCIO GARIBE e CEL PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia. Re-
vista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Nº 23.

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º do


Condução das Partes Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo Tribunal
Federal de nº 011; Decreto Estadual nº 57.783/12.

316
Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código Penal;
Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10.259/01 (dispõe sobre a
instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça
Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03 de 24JUL03
Apresentação de ocorrência na
(consolida as normas relativas aos Juizados Informais de Conciliação,
repartição pública competente
Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Criminais); Resoluções
de nº 2.076, de 22JUL77 e 2.010/16, de 22JUL10, ambas do Conselho
Econômico e Social da ONU (Organização das Nações Unidas); Decreto
Estadual nº 57.783, de 10FEV12.

DIOGO DE FIGUEIREDO MOREIRA NETO, HELY LOPES


MEIRELLES, LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da
ordem pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
Ocorrência de ilícito penal
LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento da
Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do
Estado de São Paulo. Nº 5.

Socorro de vítimas Art. 1º da Resolução SSP nº 5, de 07JAN13.


Preservação do local de crime Art. 169 do Código de Processo Penal; art.1º da Res. 382/99
Permanência no local de crime Art.4º da Resolução SSP-382/99 e 496/06.

Transmissão da ocorrência Art.2º da Resolução SSP 382, de 01SET99 e seus incisos I e II.

Registro da ocorrência Art.3º da Res SSP 382; §§ 1º e 2º do art.2º da Res. 382.

Atuação do policial militar Art.5º da Resolução SSP 382, de 01SET99

Remoção de vítimas fatais Parágrafo único do art.5º da Resolução. 382, de 01SET99.

Lei Federal nº 5.970, de 11DEZ73 e Art. 2º da Resolução nº SSP- 19,


Acidente de trânsito
de 31JUL74.
Parágrafo 2º do art. 2º e art. 3º e 4º da Resolução SSP nº 19, de
Acidente de trânsito com vítima
31JUL74;

Acidente de trânsito sem vítima Parágrafo 1º do art. 5º e art. 7º da Resolução SSP nº 19, de 31JUL74;

Inciso LVI do art. 5º da Constituição Federal; art.10 da Lei nº 9.296/96;


Obtenção de prova
Lei 11.343/06; art. 171 e 172 e parágrafo do Código de Processo Penal.

Exame de corpo de delito Art. 158 e art.167 do Código de Processo Penal.


Testemunha Art. 202 e art.206 do Código de Processo Penal.
POP Constatação de óbito em local
CCB – RES-01/05 – revisão 1.
de ocorrência
Regras mínimas para tratamento de Resolução 2.076, de 13MAI77 e 2.010/16, de 22JUL10, do Conselho
preso (ONU) Econômico e Social (ONU).
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Condução de partes envolvidas em


Art. 69 da Lei 9.099/95; parágrafo único do art. 69 da Lei 9.099/95.
infração penal de menor potencial
(vide também Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02)
ofensivo.
Art. 106, artigo 172 e § único, artigos 178 e 262, todos da Lei
federal nº 8.069, de 13JUL90 – Estatuto da Criança e do Adolescente
Condução de criança e adolescente
(ECA); Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02 (altera o parágrafo único do
art. 69 da Lei federal de 9.099/95); Lei Federal 8.063, de 13Ul90
Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº
Comunicação Social PM5-001/05/90 e pela Portaria nº PM5-003/511/11, publicada no
Boletim Geral nº 105, de 06JUN11.

317
RELAÇÃO DOS POLICIAIS MILITARES QUE PARTICIPARAM DA REVISÃO Nº 2, EM 10OUT12:

- Cap PM 891175-4 Marco Antonio de Oliveira Faria, da Coord Op PM


- 1º Ten PM 940617-4 Luciano Simões Alves, da DEC
- 1º Ten PM 880258-A Marcos Maciel Galindo, do 1º BPChq
- 1º Ten PM 900583-8 José Donizetti Gomes de Oliveira, do 3º BPM/I
- 1º Ten PM 933765-2 Milton Luis da Silva Farias, do 1º BPRv
- 1º Ten PM 942806-4 Divaldi de Souza Rocha Segundo, do 7º BPM/I
- 1º Ten PM 107973-5 Herbert Honorato dos Santos, do 6º BPM/M
- 1º Ten PM 117569-6 Bruno Pettan Viegas de Carvalho, do 8º BPM/I
- 1º Ten PM 118481-4 Eduardo Yajima Nishimura Peres, do 1º BPAmb
- 1º Ten PM 118426-1 José Antônio Marciano Neto, do 8º BPM/I
- 2º Ten PM 127654-9 Felipe Justo Pereira de Carvalho, do 7º BPM/M
- Subten PM 852629-0 Marcos Antonio Tobias, do 1º BPChq
- 1º Sgt PM 871390-1 Mauro Roberto de Oliveira Santos, do 1º BPChq
- 2º Sgt PM 902768-8 Carlos Eduardo Ferreira, do 7º BPM/M
- 2º Sgt PM 933740-7 Fabiano Monteiro Ribeiro, do 1º BPRv
- 2º Sgt PM 953293-5 Anderson Estevo de Oliveira, do 6º BPM/M
- 3º Sgt PM 971111-2 Marcio Roberto Dias, do 51º BPM/I
- Sd PM 913046-2 La-Hire Evangelista da Silva, do 7º BPM/I
- Sd PM 930177-1 Maurício da Silva, do 8º BPM/I
- Sd PM 104290-4 José Roberto Mota Ferreira, do 22º BPM/M
- Sd PM 122487-5 Robson Amorim Steagall, do 1º BPAmb.

______. PROCESSO 2.09.00 OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E/OU


DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETIVAS;

MAPA DESCRITIVO DE PROCESS O N.º Processo: 2.09.00


NOME DO PROCESSO: OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E/OU DESCUMPRIMENTO DE MEDI-
DAS PROTETIVAS
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
- Colete balístico.
- Cinturão preto com os equipamentos de proteção individual.
- Pistola calibre .40 com 3 carregadores.
- Algemas com a chave.
- Fiel retrátil.
- Formulário PM O-58 (Registro de Ocorrência);
- Transceptor portátil, móvel ou estação fixa.
- Luvas descartáveis.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Atendimento de ocorrência de violência doméstica e / ou


Atendimento da ocorrência
descumprimento de medidas protetivas.

318
POP: 2.09.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM:
21/03/2019

ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA


DOMÉSTICA E/OU DESCUMPRIMENTO DE
MEDIDAS PROTETIVAS REVISADO EM:

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral

ATIVIDADES CRÍTICAS
Identificação de que se trata realmente de descumprimento de Medida Protetiva.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Identificar se a ocorrência foi gerada por meio de Aplicativo de Emergência Medidas Protetivas ou por intermé-
dio de contato telefônico (190).
- Localizar o solicitante, a fim de prioritariamente resguardar a integridade física dele.
- Se houver necessidade, socorrer imediatamente a vítima a um estabelecimento de saúde ou acionar uma Uni-
dade de Resgate (UR), para cuidados médicos, conforme o caso.
- Em contato com o solicitante, buscar informações que possam contribuir para o esclarecimento dos fatos e,
se for o caso, transmitir os dados obtidos por meio da rede de rádio.
- Localizar o suspeito, realizar abordagem e busca pessoal, conforme previsto no POP 1.01.05 - Abordagem de
pessoa(s) a pé e POP 1.01.06 - Busca Pessoal.
- Posicionar-se de modo a não perder vigilância sobre as mãos e cintura do(s) abordado(s), bem como ime-
diações do local.
- Confirmar se é caso de descumprimento de medida protetiva, pedindo ao solicitante o documento compro-
batório da existência da determinação judicial.
- Constatado o cometimento de alguma infração penal, conduzir infrator(es) para a Área de Segurança, prefer-
encialmente fora do local onde se encontra(m), para minimizar eventual reação ofensiva;
- Havendo necessidade de utilizar algemas, adotar as ações previstas no POP
- Ato de algemamento;
- Qualificar infrator(es) e vítima(s), arrolar testemunha(s) e, em seguida, pesquisar antecedente(s) criminal(is);
- Conduzir as partes à Delegacia da Polícia Civil, para o respectivo registro.
- Elaborar o registro por meio do Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOe) ou, na ausência de funcionamento
deste último, confeccionar o Formulário PM O-58.
- Se o solicitante não possuir o Aplicativo, orientá-lo a instalar (baixar) no aparelho de telefonia celular (smart-
phone), caso tenha a referida ordem judicial decretada.
- Se o suspeito/infrator não for localizado, proceder conforme previsto nos itens “12” e “13” deste POP e orientar
o solicitante quanto à possibilidade também de acionamento da Polícia Militar por telefone (190).
- Sempre orientar o solicitante no tocante aos direitos conferidos pela Lei N.º 11.340, de 07AGO06 (Lei Maria da
Penha). CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

319
RESULTADOS ESPERADOS
- Que a integridade física e psicológica da(s) vítima(s) seja(m) preservada(s).
- Que o autor do crime de descumprimento de medida protetiva seja conduzido à Delegacia de Polícia
(DP).
- Que os fatos sejam devidamente registrados pelas autoridades competentes, principalmente, os pertinen-
tes à Polícia Militar (BOe ou Formulário PM O-58).

AÇÕES CORRETIVAS
Nos casos de acionamento da Polícia Militar, por meio do telefone (190), consultar o COPOM, a fim de
que seja verificada a existência e/ou validade da ordem judicial concessiva de medida protetiva, invocada
pela solicitante/vítima.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Deixar de socorrer a vítima para um estabelecimento de saúde ou deixar de acionar a Unidade de
Resgate.
- Deixar de conduzir as partes à DP, se for caso de descumprimento de medida protetiva.
- Conduzir o suspeito à DP, em razão de descumprimento de medida protetiva expirada ou revogada.

ESCLARECIMENTOS
1. Medidas Protetivas: são medidas de assistência e proteção às pessoas em situação de violência domés-
tica. São medidas protetivas:
1.1. suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos ter-
mos da Lei N.º 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
1.2. afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
1.3. proibição de determinadas condutas, entre as quais:
1.3.1. aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância
entre estes e o agressor;
1.3.2. contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
1.3.3. frequentar determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
1.3.4. restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multi-
disciplinar ou serviço similar;
1.3.5. prestação de alimentos provisionais ou provisórios;
1.4. encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade;
1.5. orientação, apoio e acompanhamento temporários;
1.6. matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental;
1.7. inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e promoção da família,
da criança e do adolescente;
1.8. requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial;
1.9. inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxi-
cômanos;
1.10. inclusão em programa de acolhimento familiar;
1.11. colocação em família substituta.
2. Aplicativo de Emergência Medidas Protetivas: aplicativo desenvolvido pela Polícia Militar do Estado de
São Paulo para o atendimento de emergência das pessoas que possuem Medidas Protetivas concedidas
pelo Poder Judiciário do Estado de São Paulo.
3. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e po-
sicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo a
possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não-conformidade operacional.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

4. Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência: é a conduta prevista na Lei N.º 13.641,
de 03ABR18, que torna crime o descumprimento de decisão judicial que defere medidas protetivas de
urgência previstas na Lei N.º 11.340, de 07AGO06 (Lei Maria da Penha).

320
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Atendimento de ocorrência de
N° POP:
DATA: /_ /_ N° PROCESSO: 2.09 violência doméstica e/ou des-
2.09.01
cumprimento de medidas pro-
tetivas.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar socorreu a vítima de violência
doméstica ou acionou o socorro especializado?

2. O policial militar localizou o suspeito/infrator?

3. O policial militar executou as providências para


certificar-se de que se tratava de crime de des-
cumprimento de medida protetiva?

4. O policial militar adotou as providências para


identificar se foi cometido outro crime, princi-
palmente, os que são praticados no contexto da
violência doméstica?

5. No caso de confirmação de que se tratava de


crime de descumprimento de medida protetiva
ou outra infração penal, as partes foram con-
duzidas à Delegacia de Polícia?

6. O policial militar orientou o solicitante em rela-


ção aos direitos decorrentes da Lei N.º 11.340,
de 07AGO06 (Lei Maria da Penha)?
7. O policial militar orientou o solicitante quanto
à instalação do App Emergência Medidas Pro-
tetivas?

8. O policial militar efetuou o registro da ocorrên-


cia, por meio do BOe ou do Formulário PM O-58?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

321
DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: OCORRÊNCIA DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E/OU DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS PROTETI-


VAS

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO

Descumprimento de Medidas Protetivas Art. 24-A da Lei Nº 13.641, de 03ABR18

Medidas de assistência e proteção às mulheres em situ- Art. 11 da Lei 11.340, de 07AGO18 (Lei Maria da
ação de violência doméstica. Penha).

Medidas de proteção aplicáveis à criança e ao adoles- Art. 98 a 102, da Lei 8.069, de 13JUL90
cente (Estatuto da Criança e Adolescente)

______. PROCESSO 3.02.00 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADES

MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO Nº Processo: 3.02.00


NOME DO PROCESSO: OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
- Colete de proteção balística.
- Cinturão com complementos.
- Pistola calibre .40 com 3 carregadores.
- Algemas com a chave.
- Fiel retrátil.
- BOPM.
- Relatório de Serviço Operacional.
- Caneta.
- Folhas para anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Rádio portátil e TPD (onde aplicável).

ETAPAS PROCEDIMENTOS
Atendimento de ocorrência envolvendo autoridades com imunida-
Atendimento da ocorrência
de diplomática ou parlamentar.

Atendimento de ocorrência envolvendo Magistrados e Membros do Ministério Público.


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

322
POP: 3.02.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM:
2002

ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AU- REVISADO EM:


TORIDADES COM IMUNIDADE DIPLOMÁTICA OU 14/03/2013
PARLAMENTAR Nº DA REVISÃO: 1

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Determinação do nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência.
- Adequação do procedimento ao nível funcional da autoridade.
- Fornecer informação jornalística devidamente autorizada, preservando, porém a imagem institucional,
sem exteriorizar juízo de valor sobre os atos da autoridade.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Conhecer a natureza da ocorrência.
- Impedir a continuação do cometimento do crime.
- Identificar se há vítimas e providenciar, por meio do acionamento imediato do SAMU, serviço local
de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros, o pronto e imediato socorro
das vítimas; na ausência dos meios indicados, o socorro poderá ser providenciado pelos policiais
militares.
- Solicitar que a autoridade se identifique, preferencialmente, por documento de conhecimento pú-
blico, como passaporte, RG, CPF, CNH.
- Constatar o nível funcional da autoridade e agir de acordo com o previsto para os diferentesgraus
de imunidade e prerrogativas funcionais.
- Avaliar a condição da autoridade na ocorrência, ou seja, se vítima, testemunha ou autora do fato mo-
tivador da ação policial.
- Se a autoridade configurar como AUTOR do delito, os policiais deverão:
- cientificar o COPOM/CAD e transmitir as informações referentes ao envolvimento da autoridade na
ocorrência.
- solicitar a presença do Oficial de serviço, informando-o a respeito da situação da autoridade.
- para autoridades com imunidade diplomática, também chamada de imunidade absoluta (ver campo
esclarecimentos):
- qualificar a autoridade, anotando inclusive, função e país que representa;
- liberar a autoridade, pois estas autoridades não podem ser detidas ou presas, nem mesmo em flagrante
delito;
- apreender objeto(s) relacionado(s) ao corpo de delito, quando houver;
- qualificar vítima(s) e testemunha(s), quando houver;
- conduzir testemunha(s), eventuais objetos apreendidos e a(s) vítima(s) à Delegacia de Polícia, Civil ou
Federal, dependendo da natureza da infração penal, para o registro dos fatos. para autoridades com
imunidade parlamentar, também chamada de imunidade relativa (ver campo esclarecimentos):
- qualificar a autoridade, anotando inclusive, função e mandato que exerce;
- esta autoridade, somente poderá ser presa em flagrante de crime inafiançável;
- confirmar o enquadramento do crime junto ao Oficial de serviço, ou na impossibilidade deste,
COPOM/CAD: se crime afiançável: liberar a autoridade;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- se crime inafiançável: conduzir a autoridade parlamentar à Delegacia de Polícia, Civil ou Feder-


al, dependendo da natureza da infração penal, para o registro dos fatos. apreender objeto(s)
relacionado(s) ao corpo de delito, quando houver;
- qualificar vítima(s) e testemunha(s), quando houver;

323
- conduzir testemunha(s), eventuais objetos apreendidos e a(s) vítima(s) à Delegacia de Polícia, Civil ou
Federal, dependendo da natureza da infração penal, para o registro dos fatos.
- Transmitir ao COPOM/CAD, informações sobre as providências adotadas.
- Encerrar a ocorrência junto ao COPOM/CAD.
- Elaborar BOPM.
- Nos casos em que houver cometimento de infração de trânsito envolvendo veículo oficial de au-
toridade com imunidade diplomática, o policial não poderá aplicar as medidas administrativas e
penalidades previstas no CTB, tais como: recolhimento de documentos de veículos e condutores,
retenção, remoção, apreensão, dentre outras.
- anotar os dados visíveis do veículo oficial (placa e nº chassi nos vidros), dados do condutor,
local, horário e as infrações cometidas, para que se proponham as medidas cabíveis ao Órgão de
Trânsito local.
- Providenciar documentação apartada relatando o ocorrido, que será encaminhada pelo Oficial de
serviço, via administração, aos órgãos pertinentes.
- Todo profissional de mídia que solicitar informações sobre os fatos, deverá ser orientado a buscar
informações diretamente com a Sala de Imprensa da PMESP.
RESULTADOS ESPERADOS
- Atendimento compatível com as prerrogativas funcionais da autoridade, de acordo com a lei.
- Atendimento da ocorrência pautado pelo respeito e isenção de ânimo.
- Ciência ao Oficial de serviço, para que saiba, o mais breve possível, do envolvimento das auto-
ridades descritas, na ocorrência.
- Que a imprensa tome conhecimento da ocorrência, oficialmente, por meio da Sala de Imprensa.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se a autoridade apresentar documento que não seja de conhecimento público ou não portar
documento no momento da abordagem, solicitar ao COPOM/CAD que auxilie na constatação da
identidade.
- Se a autoridade investida de imunidade diplomática, em situação de testemunha ou vítima, se recusar
prestar depoimento, o policial militar deverá somente constar o fato em documento apartado.
- Se a autoridade estiver agressiva (causando perigo iminente a sua própria integridade física ou de ou-
trem), o policial deverá utilizar meios e métodos de contenção.
- Caso a ocorrência, por sua natureza, tenha sido apresentada na Delegacia de Polícia Federal, cien-
tificar o fato à delegacia de Polícia Civil da jurisdição.
- As causas, circunstâncias, efeitos, conseqüências, detalhes ou mesmo divulgação de fatos de
qualquer natureza, face à necessidade de intervenção da Polícia Militar, envolvendo autoridades com
imunidade diplomática ou parlamentar, objeto de pedido de informação por profissional da mídia,
deverá ser divulgado apenas pela Sala de Imprensa da PMESP, que funciona 24hs ininterruptas.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não determinar o nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência.
- A autoridade investida de imunidade diplomática, ser obrigada pelo policial militar a prestar de-
poimento como testemunha.
- Comportamento do policial militar incompatível com as normas referentes ao tipo de imunidade que
a autoridade é investida.
- Desconsiderar a imunidade que a autoridade está sujeita.
- Falta de atitude respeitosa e isenta de ânimo no atendimento da ocorrência.
- O policial militar prestar informações sobre a ocorrência, ao profissional da mídia, declarando deta-
lhes sobre do fato e opinião pessoal.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

324
ESCLARECIMENTOS
- Graus de imunidades e prerrogativas funcionais de autoridades: Imunidade funcional significa invio-
labilidade, isenção de certas pessoas em vista do cargo ou função que ocupam ou exercem. Há dois
tipos de imunidades:
- Imunidade diplomática (absoluta): não podem ser presas, nem mesmo em flagrante delito de crimes
inafiançáveis.

Seus domicílios, particular e Oficial, bem como seus bens são invioláveis.

Condutores de veículos dessas autoridades não podem ser autuados em AIT normal, bem como os
documentos e veículos não podem ser retidos, removidos ou apreendidos. Caso ocorra qualquer irregula-
ridade de trânsito, anotar todos os dados possíveis para que se proponham as medidas cabíveis ao órgão
de trânsito local.
A documentação produzida a respeito de ocorrência envolvendo autoridade com imunidade diplomáti-
ca deve ser encaminhada ao Comando Geral, via canal hierárquico, para remessa ao Governo do Estado, que
adotará as medidas políticas decorrentes, tendo em vista que os crimes cometidos pelos agentes diplomá-
ticos devem ser levados ao conhecimento dos respectivos governos, únicos competentes para o respectivo
processo e julgamento.
O mesmo trâmite deve ser adotado em relação à documentação que versa sobre ocorrência envolvendo
autoridades com imunidade parlamentar, para remessa ao respectivo chefe de Poder ou Instituição.

Autoridades que gozam deste tipo de imunidade:


- Soberanos;
- Chefes de Estado e de Governo;
- Agentes Diplomáticos (Embaixadores, Legados, Núncios apostólicos, Embaixadores extraordinários,
Ministros Plenipotenciários, Internúncios, Ministros residentes e Encarregados de Negócios);
- Cônsules, quando investidos nas missões diplomáticas especiais;
- Pessoal, com caráter oficial, componente das delegações e embaixadas (Secretários, Intérpretes, Con-
selheiros, Adidos Civis e Militares, Correios e Funcionários subalternos da administração);
- Pessoal sem caráter oficial (familiares do diplomata ou dos funcionários e os empregados no serviço
doméstico – quando em exercício imediato da função).
- Imunidade parlamentar (relativa): Só poderão ser presos quando estiverem em flagrante delito e só nos
casos de crimes inafiançáveis.

Autoridades que gozam deste tipo de imunidade:

- Senadores da República;
- Deputados Federais;
- Deputados Estaduais (por todo país).
- Vereadores gozam de imunidade relativa nos casos de crime de opinião (injúria, calúnia, difamação,
etc.), quando exercendo seus mandatos dentro de seus Municípios.
- São crimes inafiançáveis:
- crimes de tortura;
- o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
- o terrorismo;
- os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;
- a prática do racismo;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
(Artigo 5.º, inciso XLII, XLIII e XLIV, CF/88).
- Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que
faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração. (Art. 302, do Código de Processo Penal).

325
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
Atendimento de ocorrên-
DATA: N° POP: cia envolvendo autori-
N° PROCESSO: 3.02.00
// 3.02.01 dades com imunidade
diplomática ou parlam-
entar
ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. O policial militar impediu a continuação do crime?
2. Na existência de vítimas, foi providenciado o socorro
por meio do acionamento imediato do SAMU, serviço
local de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do
Corpo de Bombeiros?
3. Em caso de dúvida ou na falta da apresentação de
documentos, foi realizada consulta pelo COPOM/CAD?

4. Foi constatado o nível funcional da autoridade en-


volvida na ocorrência?
5. O policial militar adotou a ação correta com relação ao
grau de imunidade e prerrogativa funcional da autori-
dade?
6. O Oficial de serviço foi acionado para o local?
7. Foram arroladas testemunhas, quando existia a presen-
ça delas?
8. Caso a ocorrência tenha sido apresentada na Delegacia
de Polícia Federal, houve ciência do fato à delegacia
de Polícia Civil?
9. Foi providenciada documentação apartada relatando o
ocorrido?
10. O profissional de mídia que solicitou informações so-
bre os fatos foi orientado a buscar informações direta-
mente com a Sala de Imprensa da PMESP?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

326
POP: 3.02.02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM: 2002

ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA ENVOLVENDO REVISADO EM:


MAGISTRADOS E MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLI- 14/03/2013
CO Nº DA REVISÃO: 1

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Determinação do nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência.
- Adequação do procedimento ao nível funcional da autoridade.
- Fornecer informação jornalística devidamente autorizada, preservando, porém a imagem institucional,
sem exteriorizar juízo de valor sobre os atos da autoridade.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Conhecer a natureza da ocorrência.
- Impedir a continuação do cometimento do crime.
- Identificar se há vítimas e providenciar, por meio do acionamento imediato do SAMU, serviço local
de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros, o pronto e imediato socorro
das vítimas; na ausência dos meios indicados, o socorro poderá ser providenciado pelos policiais
militares.
- Solicitar para a autoridade que se identifique, preferencialmente, por documento de conheci-
mento público, como RG, CPF, CNH.
- Constatar o nível funcional da autoridade e agir de acordo com o previsto para os diferentes graus
de imunidade e prerrogativas funcionais.
- Avaliar a condição da autoridade na ocorrência, ou seja, se vítima, testemunha ou autora do fato mo-
tivador da ação policial.
- Se a autoridade configurar como AUTOR do delito, os policiais deverão: cientificar o COPOM/CAD e
transmitir as informações referentes ao envolvimento da autoridade na ocorrência. Solicitar a presen-
ça do Oficial de serviço, informando-o a respeito da situação da autoridade.
- Magistrados ou Membros do Ministério Público só podem ser presos em flagrante por
crime inafiançável. Confirmar o enquadramento do crime junto ao Oficial de serviço, ou na impossi-
bilidade deste, COPOM/CAD. Para os crimes inafiançáveis, os policiais militares deverão:
- Se magistrado:
- qualificar a autoridade:
- aguardar as instruções que serão colhidas pelo COPOM/CAD, por meio da Comissão de Segurança
Pessoal e de Defesa das Prerrogativas dos Magistrados;
- adotar as providências determinadas para a solução da ocorrência.
- se houver condução, o magistrado jamais poderá ser encaminhado à Delegacia de Polícia, devendo
ser providenciada sua apresentação ao Presidente do Tribunal de Justiça;
- se Membros do Ministério Público:
- qualificar a autoridade:
- aguardar as instruções que serão colhidas pelo COPOM/CAD, por meio do Procurador Geral da
Justiça:
- na capital do Estado, a apresentação poderá ser feita diretamente ao Procurador Geral da Justiça,
exceto se houver determinação em contrário deste;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- nas cidades do interior do Estado, a apresentação poderá ser feita ao Diretor do Fórum, exceto se
houver determinação em contrário por parte do Procurador Geral de Justiça.

327
- as partes envolvida(s) e objetos apreendidos acompanharão as apresentações acima.
- adotar as providências determinadas para a solução da ocorrência.
-. No caso de crime afiançável, os policiais deverão liberar a autoridade e conduzir testemunha(s),
eventuais objetos apreendidos e a(s) vítima(s) à Delegacia de Polícia, Civil ou Federal, dependendo
da natureza da infração penal, para o registro dos fatos.
- Transmitir ao COPOM/CAD, informações sobre as providências adotadas.
- Encerrar a ocorrência junto ao COPOM/CAD.
- Elaborar BOPM.
- Comparecer ao Distrito Policial para cientificar o ocorrido.
- Providenciar documentação apartada relatando o ocorrido, que será encaminhada pelo Oficial de
serviço, via administração, aos órgãos pertinentes.
- Todo profissional de mídia que solicitar informações sobre os fatos, deverá ser orientado a buscar
informações diretamente com a Sala de Imprensa da PMESP.

RESULTADOS ESPERADOS
- Atendimento compatível com as prerrogativas funcionais da autoridade, de acordo com a lei.
- Atendimento da ocorrência pautado pelo respeito e isenção de ânimo.
- Ciência ao Oficial de serviço, para que saiba, o mais breve possível, do envolvimento das auto-
ridades descritas, na ocorrência.
- Que a imprensa tome conhecimento da ocorrência, oficialmente, por meio da Sala de Imprensa.
- Que a autoridade seja encaminhada ao órgão indicado pela Comissão de Segurança Pessoal e de
Defesa das Prerrogativas dos Magistrados ou Procurador Geral de Justiça.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se a autoridade apresentar documento que não seja de conhecimento público ou não portar
documento no momento da abordagem, solicitar ao COPOM/CAD que auxilie na constatação da
identidade.
- Se a autoridade estiver agressiva (causando perigo iminente a sua própria integridade física ou de
outrem), o policial deverá utilizar meios e métodos de contenção.
- As causas, circunstâncias, efeitos, consequências, detalhes ou mesmo divulgação de fatos de
qualquer natureza, face à necessidade de intervenção da Polícia Militar, envolvendo autoridades com
imunidade diplomática ou parlamentar, objeto de pedido de informação por profissional da mídia,
deverá ser divulgado apenas pela Sala de Imprensa da PMESP, que funciona 24hs ininterruptas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não determinar o nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência.
- Conduzir Magistrado e/ou Membro do Ministério Público, diretamente ao Distrito Policial.
- Comportamento do policial militar incompatível com as normas referentes ao tipo de imunidade que
a autoridade é investida.
- Desconsiderar a imunidade que a autoridade está sujeita.
- Falta de atitude respeitosa e isenta de ânimo no atendimento da ocorrência.
- O policial militar prestar informações sobre a ocorrência, ao profissional da mídia, declarando deta-
lhes sobre do fato e opinião pessoal.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

328
ESCLARECIMENTOS
1. São crimes inafiançáveis:
1.1. crimes de tortura;
1.2. o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins;
1.3. o terrorismo;
1.4. os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem;
1.5. a prática do racismo;
1.6. a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
(Artigo 5.º, inciso XLII, XLIII e XLIV, CF/88).

2. Considera-se em flagrante delito quem:

I - está cometendo a infração penal;


II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que
faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele
autor da infração. (Art. 302, do Código de Processo Penal).
3. Por meio da OS Nº PM3-005/02/12-Circular, o COPOM/CAD, deverá, tão logo receba as informa-
ções acerca dos fatos envolvendo magistrado, deverá incontinente, retransmitir a Sala de Situação
do CIPM, ficando, em seguida, no aguardo das orientações que deverão ser repassada aos policiais
militares no local da ocorrência. O CIPM por sua vez, deverá telefonar, imediatamente, para um dos
desembargadores integrantes da Comissão de Segurança e de Defesa das Prerrogativas dos Magis-
trados, assim que receber as orientações, retransmitir de imediato ao COPOM/CAD.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
Atendimento de ocor-
N° POP:
DATA: rência envolvendo Mag-
N° PROCESSO: 3.02.00 3.02.02
// istrados e Membros do
Ministério Público.
ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. O policial militar impediu a continuação do crime?
2. Na existência de vítimas, foi providenciado o socorro
por meio do acionamento imediato do SAMU, serviço
local de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do
Corpo de Bombeiros?
3. Em caso de dúvida ou na falta da apresentação de
documentos, foi realizada consulta pelo COPOM/CAD?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

4. Foi constatado o nível funcional da autoridade en-


volvida na ocorrência?
5. O policial militar adotou a ação correta com relação ao
grau de imunidade e prerrogativa funcional da autori-
dade?
6. O Oficial de serviço foi acionado para o local?
7. Nos crimes envolvendo magistrados, houve consulta,
por meio do COPOM/CAD, à Comissão de Segurança
Pessoal e de Defesa das Prerrogativas dos Magistrados
sobre as determinações que deveriam ser seguidas?

329
8. Nos casos de condução, a autoridade foi encaminhada
ao órgão correspondente?
9. Foram arroladas testemunhas, quando existia a presen-
ça delas?
10. Houve comunicação ao órgão da Polícia Civil?
11. Foi providenciada documentação apartada relatando
o ocorrido?
12. O profissional de mídia que solicitou informações so-
bre os fatos foi orientado a buscar informações direta-
mente com a Sala de Imprensa da PMESP?

DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO

Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e “c” do
art. 3º do Decreto Lei 667/69 (redação dada pelo Decreto-Lei 2.010,
Atribuições das Policias Militares de 12JAN83); LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoa-
mento da Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia
Militar do Estado de São Paulo. Nº 5,. jan/mar, 1995.

Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII, XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII, LXIII, LXIV e
Preceitos constitucionais
LXV da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,
São Paulo: Malheiros, 2001; Art. 78 do Código Tributário Nacional; LA-
Poder de Polícia
ZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública. 3.ed.
Rio de Janeiro:Forense, 1998.

LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista A


Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública.
Arbitrariedade e discricionariedade 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998;
da ação policial MAURÍCIO GARIBE e CEL PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia. Re-
vista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Nº 23.

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º do


Condução das Partes Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo Tribunal
Federal de nº 011; Decreto Estadual nº 57.783/12.

Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código Penal;


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10.259/01 (dispõe sobre a


instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da
Justiça Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03 de
Apresentação de ocorrência na
24JUL03 (consolida as normas relativas aos Juizados Informais de Con-
repartição pública competente
ciliação, Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Criminais);
Resoluções de nº 2.076, de 22JUL77 e 2.010/16, de 22JUL10, ambas do
Conselho Econômico e Social da ONU (Organização das Nações Unidas);
Decreto Estadual nº 57.783, de 10FEV12.

330
Convenção de Viena, aprovada pelo Decreto Legislativo 103/64 e
Imunidade Diplomática ratificada em 23.02.65; Decreto Legislativo nº 134/1964 (ratifica o pro-
mulgado pelo Decreto Federal nº 56.435/86).

Inciso VIII, do art. 29 e parágrafo 2º do art. 53, da Constituição


Federal.
Imunidade Parlamentar
Ordem de Serviço da PM3-005/02/12 – Circular “Criação da Comis-
são de Segurança Pessoal e Defesa das Prerrogativas dos Magistrados.

Inciso II do Art. 33 da Lei Complementar nº 35 (LOMAN), de


Prisão de Juiz de Direito 14MAR79 e ARt. 90 a Art. 94 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça
de São Paulo (RITJSP), aprovado em 04NOV09.
Inciso VII e VIII do art. 20 da Lei Complementar nº 40, de 14DEZ81;
art. 40 do inciso III, da Lei nº 8.625/93; art. 224, inciso III da Lei Com-
Prisão de Promotor de Justiça plementar Estadual nº 734/93; art. 242, letra “f” e seu parágrafo único
do Decreto nº 1.002/69 e art. 295, inciso V e 296, do Decreto-Lei nº
4.689/41.

Letra “f” do art. 242 do Código de Processo Penal Militar; inciso V


Prisão de Militar Militar do Estado do art. 295 do Código Processo Penal; parágrafo único do art. 242 do
Código Processo Penal Militar; art. 296 do Código de Processo Penal).

Relacionamento Polícia Militar e


Art.1º e 4º da Portaria Nº CorregPM-2/130, de 08Set92.
Polícia Civil

Art. 53, parágrafo 2 c/c os Art. 27, parágrafo 1º e Art. 32, parágrafo
Imunidade de Deputados Estaduais 3º, todos da Constituição Federal. (verbete nº 3 da Súmula do Supremo
Tribunal Federal, de 13DEZ63).
Facultativo de prestar depoimento
Nº 2, Art. 31, da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, de
como testemunha (autoridades c/
18ABR61, promulgada pelo Decreto Federal nº 56.435/65.
imunidade diplomática)
Regras mínimas para tratamento de Resolução 2.076, de 13MAI77 e 2.010/16, de 22JUL10, do Conselho
preso (ONU) Econômico e Social (ONU).
Artigo 234 do Código de Processo Penal – Decreto lei nº 1.002, de
Direito à prisão especial – veda uso
21OUT69. É importante considerar a aplicação do mesmo dispositivo,
de algemas
por analogia, aos presos sujeitos à Justiça Comum.
Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº
Comunicação Social PM5-001/05/09 e pela Portaria nº PM5-003/511/11, publicada no
Boletim Geral nº 105, de 06JUN11.
Lei Federal nº 12.403/11 – altera dispositivos do Decreto-Lei
nº 3.689/41 – Código de Processo Penal, relativos à prisão processual,
Fiança
fiança, liberdade provisória, demais medidas cautelares, e dá outra
providências.
Emprego e Controle de Terminal
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Móvel de Dados e Terminal Portátil Ordem de Serviço nº DTel-008/110/11-Circular.


de Dados

331
RELAÇÃO DOS POLICIAIS MILITARES QUE PARTICIPARAM DESTA REVISÃO:

- Cap PM 891175-4 Marco Antonio de Oliveira Faria, da Coord Op PM


- 1º Ten PM 940617-4 Luciano Simões Alves, da DEC
- 1º Ten PM 880258-A Marcos Maciel Galindo, do 1º BPChq
- 1º Ten PM 900583-8 José Donizetti Gomes de Oliveira, do 3º BPM/I
- 1º Ten PM 933765-2 Milton Luis da Silva Farias, do 1º BPRv
- 1º Ten PM 942806-4 Divaldi de Souza Rocha Segundo, do 7º BPM/I
- 1º Ten PM 107973-5 Herbert Honorato dos Santos, do 6º BPM/M
- 1º Ten PM 117569-6 Bruno Pettan Viegas de Carvalho, do 8º BPM/I
- 1º Ten PM 118481-4 Eduardo Yajima Nishimura Peres, do 1º BPAmb
- 1º Ten PM 118426-1 José Antônio Marciano Neto, do 8º BPM/I
- 2º Ten PM 127654-9 Felipe Justo Pereira de Carvalho, do 7º BPM/M
- Subten PM 852629-0 Marcos Antonio Tobias, do 1º BPChq
- 1º Sgt PM 871390-1 Mauro Roberto de Oliveira Santos, do 1º BPChq
- 2º Sgt PM 902768-8 Carlos Eduardo Ferreira, do 7º BPM/M
- 2º Sgt PM 933740-7 Fabiano Monteiro Ribeiro, do 1º BPRv
- 2º Sgt PM 953293-5 Anderson Estevo de Oliveira, do 6º BPM/M
- 3º Sgt PM 971111-2 Marcio Roberto Dias, do 51º BPM/I
- Sd PM 913046-2 La-Hire Evangelista da Silva, do 7º BPM/I
- Sd PM 930177-1 Maurício da Silva, do 8º BPM/I
- Sd PM 104290-4 José Roberto Mota Ferreira, do 22º BPM/M
- Sd PM 122487-5 Robson Amorim Steagall, do 1º BPAmb.

______. PROCESSO 3.03.00 TRANSPORTE, ESCOLTA E GUARDA DE PRESO

APA DESCRITIVO DE PROCESSO Nº Processo: 3.03.00


NOME DO PROCESSO: TRANSPORTE, ESCOLTA E GUARDA DE PRESO.
MATERIAL NECESSÁRIO
- Armas portáteis (fuzil ou carabina ou metralhadora e espingarda Cal. 12).
- Armas de menor potencial ofensivo (tonfa e espargidor de gás pimenta e ou arma de incapacitação
neuromuscular e ou espingarda cal. 12 com munição de elastômero e ou munições explosivas e ou
lacrimogêneas).
- Algemas de tornozelo.
- Prancheta.
- Escudo balístico ou de policarbonato.
- Canivete multiuso.
- Caneta.
- Folhas para anotações.
- Veículo apropriado para transporte de pessoas sob custódia dos estabelecimentos prisionais do Estado.
- Viatura para escolta (com rádio de frequência livre).
- Veículo modelo station wagon ou sport utility para o transporte de gestante ou presa acompanhada de filho
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

menor com cadeira apropriada para o transporte de menores, conforme prescreve o CTB.
- Transceptor móvel (rádio de comunicação móvel) e Terminal Móvel de Dados (TMD) ou transceptor portátil
(rádio de comunicação portátil) e Terminal Portátil de Dados (TPD), quando aplicável.
- Aparelho celular funcional.
- Lanterna.
- GPS e ou mapa ou guia.
- Luvas descartáveis.
- Máscaras descartáveis.
- Material de higiene para uso pessoal.

332
ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Preparação - Planejamento de escolta e guarda de preso.
- Chegada e análise de local antes do embarque de preso.
- Embarque de preso em estabelecimento prisional.
2. Execução dos deslocamentos - Deslocamento terrestre.
- Deslocamento aéreo em aeronave comercial.
- Desembarque de preso.

- Apresentação de preso em juízo.


3. Apresentação do preso no local deter- - Escolta de preso em locais de tratamento de saúde.
minado - Guarda de preso em locais de tratamento de saúde.
- Escolta de preso em velório.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


POP: 3.03.01

PLANEJAMENTO DE ESCOLTA E GUARDA DE


PRESO. ESTABELECIDO EM: 2002

RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 03SET18 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 4

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Conferência da documentação referente ao preso e destino.
- Planejamento do itinerário.
- Definição do grau de periculosidade do(s) preso(s).
- Contato com os responsáveis pela escolta de outro Estado, quando pertinente.
- Conhecimento prévio dos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas
no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o
uso de algemas:
- Verificação da existência do transporte de presas grávidas.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

333
- O oficial responsável pelo planejamento da escolta de cada OPM deverá verificar toda a documentação
referente à solicitação de transporte, escolta e guarda de presos, observando a identificação do preso,
quantidade de presos, grau de periculosidade, destino e motivo da escolta, encaminhando-a ao P/2 da
Unidade.
- Na solicitação para o transporte e escolta de presa grávida, o oficial responsável pelo planejamento da
escolta de cada OPM deverá verificar, antecipadamente, se está especificado o período de gestação, a ser
ofertado pela Administração do Presídio, para ajustes necessários, bem como se há informações sobre o
estado clínico da presa ou ainda algum tipo de risco na gestação.
- é vedado o emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário
nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade
hospitalar e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada;
- O P/2 de cada OPM deverá utilizar os meios disponíveis para verificar o grau de periculosidade de cada
preso e outras informações necessárias.
- O Oficial responsável pelo planejamento definirá os recursos necessários (materiais e humanos) para a mis-
são, respeitando o mínimo de recursos recomendados em cada POP.
- Nos deslocamentos terrestres, dentro do território estadual:
- adotar as providências elencadas nos itens 1, 2 e 3;
- programação do itinerário principal e alternativo;
- nos casos de longo percurso, sendo necessário, planejar o local para reabastecimento e para efetuar ne-
cessidades fisiológicas de maneira segura;
- Nos deslocamentos terrestres, fora do território estadual:
- adotar as providências elencadas nos itens 1, 2 e 3, 4 e 5;
- oficiar as autoridades responsáveis pela solicitação da escolta;
- elaborar termo de recebimento e de entrega do(s) preso(s);
- solicitar recursos financeiros para realização da escolta, por meio da UGE pertinente;
- regularizar a saída do Estado dos policiais militares.
- Nos deslocamentos aéreos em aeronaves comerciais:
- adotar as providências elencadas nos itens 1, 2, e 3, observando a documentação necessária para a escolta
interestadual, conforme legislação vigente;
- oficiar as autoridades responsáveis pela solicitação da escolta;
- solicitar apoio de escolta armada para deslocamentos terrestres, dentro ou fora do território estadual, do
aeroporto até o local determinado pela autoridade judiciária, solicitando previamente a identificação
dos agentes que apoiarão;
- oficiar as autoridades federais responsáveis pela autorização da escolta na jurisdição do aeroporto, bem
como sobre o porte de arma de fogo da equipe dentro da aeronave;
- oficiar as Unidades Prisionais de origem e destino do preso informando datas de retirada e inclusão do
preso, respectivamente;

- solicitar aquisição de passagens para realização do transporte aéreo, bem como recursos financeiros, por
meio da UGE pertinente;
- regularizar a saída do estado dos policiais militares;
- deverá a equipe de escolta, em todos os casos acima mencionados, constar nominalmente em relatório,
todos os dados da presa grávida, do médico responsável e do Dirigente máximo da unidade de custódia;
- elaborar termo de recebimento e de entrega do(s) preso(s).
RESULTADOS ESPERADOS
- Que a operação de transporte e escolta de presos seja realizada da forma mais segura e eficaz.
- Que se preveja a quantidade adequada de policiais militares e equipamentos conforme o número e grau
de periculosidade do(s) preso(s) a ser(em) escoltado(s).
Que se providencie com antecedência, toda documentação necessária para o cumprimento da escolta.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Que se certifique sobre o transporte de presa grávida.

AÇÕES CORRETIVAS
- Confirmar os dados junto ao órgão solicitante, caso sejam constatadas irregularidades na documen-
tação requisitória.
- Havendo realização de escolta, transporte ou guarda de presos que possa repercurtir na opinião pú-
blica, o oficial responsável pelo planejamento deverá comunicar o Centro de Comunicação Social.
- Não havendo disponibilidade do veículo apropriado para o transporte de presos, recomenda-se a OPM
utilizar 2 (duas) viaturas policiais compostas por 2 (dois) policiais militares em cada viatura. A primeira
transportará até 3 (três) presos, enquanto a segunda viatura fará o procedimento de escolta.

334
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Deixar de verificar corretamente a documentação.
- Deixar de levantar as informações necessárias referentes ao número de presos, grau de periculosidade,
destino e motivo da escolta.
- Deixar de verificar autorização médica ou do dirigente máximo da unidade de custódia para o deslo-
camento da presa grávida e seu estado gestacional.
- Deixar de solicitar viatura adequada para o transporte da presa gestante.
- Não prever a quantidade adequada de policiais militares e equipamentos para realização da missão.
- Não planejar o local para reabastecimento e para efetuar necessidades fisiológicas de maneira segura.
- Deixar de oficiar os órgãos externos envolvidos na missão.
- Deixar de elaborar a documentação necessária no âmbito da Instituição.
- Deixar de solicitar apoio de escolta armada para os deslocamentos terrestres em outros Estados.

ESCLARECIMENTOS
- Nomenclaturas utilizadas:
- SSP – Secretaria de Segurança Pública;
- SAP – Secretaria de Administração Penitenciária;
- ASP – Agente de Segurança Penitenciária;
- AEVP – Agente Especial de Escolta e Vigilância Penitenciária.
- Em todos os procedimentos contidos neste processo, recomenda-se ser respeitada a quantidade mín-
ima de viaturas e policiais militares a serem empregados, cabendo ao responsável pelo planejamento,
adequar a quantidade de meios às necessidades em virtude do número de presos, grau de periculosidade,
motivação e destino da escolta.
- Na escolta de presos custodiados em estabelecimentos prisionais subordinados à SAP, recomenda-se: 1
(uma) viatura policial composta por 4 (quatro) policiais militares.
- Na escolta de presos custodiados em estabelecimentos prisionais subordinados à SSP (cadeia pública),
recomenda-se: 1 (um) veículo apropriado para o transporte, composto por no mínimo 2 (dois) policiais
militares, seguido de uma viatura policial composta por no mínimo 2 (dois) policiais militares para a escolta
do veículo.
- Na escolta de presos em velório, recomenda-se: 2 (duas) viaturas, com 4 (quatro) policiais militares em cada
veículo.
- Recomenda-se, nas escoltas programadas em estabelecimento prisional feminino, que a equipe de escolta
contenha, no mínimo, uma policial feminina.
- Preso doente deverá ser transportado por viatura do estabelecimento prisional penal ou ambulância, con-
forme estado de saúde e tipo de doença.
- A escolta deverá ser realizada em grupo do mesmo gênero.

- No transporte de presa custodiada em estabelecimento prisional da SSP, com seu filho recém nascido
recomenda-se a adoção das seguintes ações:
- o Cmt da escolta solicitará a liberação do neonato, por escrito, do responsável pelo atendimento, nos casos
de internação hospitalar ou atendimento ambulatorial;
- a mãe detenta, presa custodiada na SSP, no período de até 30 dias após o parto será transportada sem alge-
mas, juntamente com o filho recém-nascido, em viatura apropriada, com banco traseiro, que disponha de
condições de transporte capaz de garantir a integridade física dela, do neonato e dos policiais militares, em
conformidade com o descrito no subitem 5.4 da sequencia de ações deste POP . O neonato devidamente
fixado nos dispositivos de retenção exigidos em lei. Nos casos de paradas emergenciais a equipe vistoriará
o ambiente para depois desembarcar a presa;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- a mãe detenta, custodiada na SAP, e o respectivo filho serão transportados em viaturas adequadas apresen-
tadas por aquele órgão, respeitando-se os dispositivos legais existentes.

- Definições:
- dispositivo de retenção para crianças é o conjunto de elementos que contém uma combinação de tiras com
fechos de travamento, dispositivo de ajuste, partes de fixação e, em certos casos, dispositivos como: um
berço portátil porta-bebê, uma cadeirinha auxiliar ou uma proteção anti-choque que devem ser fixados ao
veículo, mediante a utilização dos cintos de segurança ou outro equipamento apropriado instalado pelo
fabricante do veículo com tal finalidade.

335
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00 Planejamento de escolta e
3.03.01
guarda de preso.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Foram analisados os documentos referentes ao trans-
porte e escolta de presos?
2. Foi levado em consideração o número de presos,
grau de periculosidade, destino e motivo da escolta?

3. Foi realizada a programação do itinerário e ca-


minhos alternativos para realização da escolta?
4. Foi planejada a quantidade necessária de recursos
(humanos e materiais) para realização da missão?

5. Foram elaborados os documentos necessários para


realização da missão?
6. No transporte de presas com recém-nascido, foram
adotadas as providências existentes neste POP?
7. A presa grávida custodiada pela SSP foi transportada
no banco de trás da viatura?
8. Foi verificada a existência de transporte de presas
grávidas?

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


POP: 3.03.02

CHEGADA E ANÁLISE DE LOCAL ANTES DO EMBARQUE DE PRESO


ESTABELECIDO EM: 2002

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 08NOV17 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 2
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Certificar-se das condições de segurança nas imediações do local.
- Observar o fluxo de trânsito no local.
- Certificar-se das condições de segurança no interior do estabelecimento prisional.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Antes de entrar no estabelecimento prisional, os policiais militares deverão desembarcar da viatura e realizar
vistoria nas imediações, a fim de detectar pessoas em atitudes sob fundada suspeita e intervenções que
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

possam obstruir a via na saída das viaturas de escolta.


- Sintonizar o rádio da viatura na frequência do policiamento local.
- Um dos policiais militares entrará no estabelecimento, atentando para a movimentação das pessoas que
ali estarão e realizará contato com os funcionários do local, orientando-os sobre os procedimentos
que serão realizados.
- Após, a equipe entrará no local.
- Nos casos de presas em estado gestacional a equipe deverá observar o contido no POP 3.03.01 deste pro-
cesso.
RESULTADOS ESPERADOS
- Adoção de medidas preventivas de segurança, antes da entrada no estabelecimento prisional.
- Preparo para acontecimentos inesperados.

336
AÇÕES CORRETIVAS
- Se a equipe de escolta identificar pessoas em atitudes sob fundada suspeita, adotar as ações previstas no
POP nº 01.01.05 - Abordagem policial de pessoa(s) a pé.
- Se houver intervenção na via pública como acidente de trânsito ou obras que impossibilitem a pas-
sagem da(s) viatura(s), adotar rotas alternativas, quando houver.
- Se por normas internas do estabelecimento prisional não for permitido a entrada da(s) viatura(s), estas fica-
rão do lado de fora, próximo ao local de saída e o motorista deverá permanecer desembarcado, aten-
tando para as normas de segurança, enquanto os demais policiais militares entrarão no presidido para o
embarque dos presos.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não certificar-se das condições de segurança.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00 Nº POP: Chegada e análise de local
3.03.02 antes do embarque de preso

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Foram certificadas as condições de segurança nas
imediações do local antes da entrada da equipe no
estabelecimento?
2. Foi observada a existência de intervenções na via
pública que impossibilite o fluxo de trânsito?

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

337
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
POP: 3.03.03

EMBARQUE DE PRESO EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL


ESTABELECIDO EM: 2002

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 03SET18 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 4
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Varredura no local onde acontecerá o embarque dos presos.
- Orientação aos funcionários.
- Inspeção do veículo de transporte (compartimento de presos).
- Posicionamento e revista dos presos.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES

Ao entrar no local, a equipe irá realizar varredura em todo o ambiente de embarque dos presos.
Vistoriar o compartimento do veículo que transportará os presos e anotar o(s) dado(s) do(s) agente(s) quer
irão compor o comboio.
Posicionar a equipe em linha formando um ângulo de aproximadamente 45º em relação à porta de saída
dos presos e aguardar a liberação dos presos.
O policial militar “motorista” ficará desembarcado, ao lado da viatura, com seu armamento na posição
“sul”.
Os demais policiais militares formarão a equipe para a realização de vistoria dos presos.
Um dos policiais deverá estar com escudo posicionando à frente dos demais policiais.
O encarregado da equipe e auxiliar deverão posicionar-se atrás do escudeiro e manter seus armamentos na
posição sul.
O encarregado determinará que os presos saiam um a um, em fileira, com aproximadamente 1 (um) metro de
distância entre eles, com as mãos sobre a cabeça e dedos entrelaçados.
Determinar que se posicionem em local seguro, colocando-se um ao lado do outro, conforme exemplo a
seguir:

Figura 1- Exemplo de posicionamento da equipe e dos presos

- Solicitar que os agentes penitenciários retirem as algemas dos presos, caso estejam algemados.
- Determinar para que os presos fiquem de frente para a parede e a um passo atrás.
- Determinar para que os presos tirem toda a roupa.
- Determinar para que virem de frente para os policiais militares com os braços levantados e mãos abertas;
ordenar para abrirem a boca e colocar a língua para fora e agachar 3 (três) vezes.
- Após, determinar para que fiquem de frente para a parede, apóiem as mãos na parede e mostrem a sola
dos pés aos policiais, posteriormente agachando 3 (três) vezes.
- Determinar para que retirem pulseiras, óculos, correntes ou qualquer outro objeto que estejam usando,
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

deixando-os com os agentes penitenciários.

338
- Determinar para que peguem suas cuecas, amassem-nas, chacoalhem acima da cabeça e posteriormente
vistam-nas.
- Determinar para que peguem suas calças, desfaçam a barra, quando houver, retirem quaisquer pertences
ou objetos que estiverem nos bolsos, retirem barbante ou elástico, quando houver, e sacudam para
posteriormente vestirem.
- Determinar para que peguem suas blusas, amassando-as, virando-as do avesso e sacudindo-as. Após,
determinar que vistam suas vestes.
- Determinar para que peguem seus chinelos, mostrem a sola elevando-os acima da cabeça e posteriormente
juntem os dois chinelos, dobrando-os e torcendo-os, calçando em seguida; caso esteja de sapato ou
tênis, ordenar para que tirem seus cordões e palmilhas, mostrar a sola e amassar a “língua” do calçado, bater
a parte do calcanhar do calçado no chão, com a abertura de entrada do pé voltada para baixo e após dobrar
e torcer para depois calçar.
- Proceder à conferência nominal dos presos.
- Solicitar que os agentes penitenciários algemem novamente os presos, atentando aos aspectos legais que
autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula
Vinculante nº 11, STF, de 2008.
- é vedado o emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário nacional
durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar e
após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada;
- Determinar para que entrem no veículo de transporte de presos, um a um, em fila indiana.
- Após a entrada do último preso, certificar-se que a porta do compartimento de presos encontra-se devid-
amente trancada.
RESULTADOS ESPERADOS
- Adoção de medidas preventivas de segurança durante o embarque do(s) preso(s).
- Conferência nominal do(s) preso(s).
- Certificação de que o(s) preso(s) não esteja(m) com a posse de objetos ilícitos ou que venha(m) trazer risco
a integridade física das pessoas.
- Constatação visual da integridade e higidez física do(s) preso(s) antes do embarque.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se durante o deslocamento dos presos, da carceragem para o local de realização da vistoria, um ou mais
presos tentarem fuga, os policiais militares deverão adotar medidas de contenção como a utilização de
equipamentos de menor potencial ofensivo, técnicas de defesa pessoal ou de gerenciamento de crise ( Uso
do bastão tonfa, Uso do espargidor de gás pimenta, Uso de arma de incapacitação neuromuscular), solicitar
apoio e ao final, cancelar a escolta do(s) preso(s) revolto(s), comunicando o fato aos seus Comandantes,
bem como ao Diretor do estabelecimento prisional e registrar. no impresso PMO-58 Registro de Ocorrência.
- Se for(em) encontrado(s) objeto(s) lícito(s) sob posse do preso, o policial militar deverá solicitar que o agente
retire-o e que seja entregue ao responsável pelo estabelecimento prisional.
- Se for(em) encontrado(s) objeto(s) ilícito(s) sob posse do preso, o policial militar deverá solicitar que o
agente retire-o e, em seguida, acionar apoio de uma patrulha do policiamento local para conduzir o
agente até a Delegacia, a fim de que se registre o ocorrido. O agente será o condutor da ocorrência.
- Caso seja constatada lesão corporal no preso, o Comandante da equipe deverá recusar o transporte ou a
escolta do preso lesionado; deverá ainda, acionar o Diretor do estabelecimento prisional para que sejam
adotadas as medidas pertinentes, registrando no impresso PMO-58 Registro de Ocorrência.
- Nas escoltas emergenciais de presas, recomenda-se a presença de pelo menos um policial militar feminino
para realizar o procedimento visual de revista. Para tanto, deverá ser providenciado local discreto, de forma
que a agente penitenciária realize as etapas de busca pessoal e o policial militar acompanhe visualmente.
Durante toda a revista, o policial militar feminino deverá estar no ângulo de visão de outro policial militar,
de sorte que este só consiga visualizar o policial feminino.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

339
Figura 2- Exemplo de posicionamento da equipe para procedimento de busca pessoal em presa

- Se houver discordância entre a documentação e o(s) preso(s), o comandante da equipe deverá entrar em
contato com a direção do local para sanar o problema e registrar no impresso PMO-58 Registro de Ocor-
rência.
- Preso doente será transportado por viatura do estabelecimento prisional penal e ou ambulância, con-
forme estado de saúde e tipo de doença.
- Se houver reação física, passiva ou ativa, por parte do preso, o policial militar deverá adotar medidas
de contenção como a utilização de equipamentos de menor potencial ofensivo e técnicas de defesa pes-
soal ou de gerenciamento de crise ( uso do bastão tonfa, uso do espargidor de gás pimenta, uso de
arma de incapacitação neuromuscular, solicitar apoio e ao final, cancelar a escolta do(s) preso(s) revolto(s),
comunicando o fato aos seus Comandantes, bem como para ao Diretor do estabelecimento prisional, de-
vendo ainda, registrar o fato no Distrito Policial e no impresso PMO- 58 Registro de Ocorrência.
- Havendo a necessidade de o preso transportar medicamento, que se faça na quantidade necessária, fi-
cando sob a responsabilidade de o agente ministrar a dose. A exceção será o broncodilatador que será
levado junto com o preso, após inspecionado pelo policial militar.
- Se houver presos que apresentem necessidades especiais e carecerem de aparelhos específicos, estes de-
verão ser vistoriados.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Deixar de realizar a varredura do local, bem como a vistoria do compartimento de veículo de trans-
porte de presos.
- Abster-se de orientar o funcionário do estabelecimento quanto aos procedimentos que serão adotados pela
equipe policial.
- Não realizar a vistoria dos presos.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Deixar de conferir o trancamento do compartimento de presos.


- Não atentar aos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas no De-
creto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o uso
de algemas.
- Algemar o preso em estrutura da viatura.
- Conduzir no mesmo veículo presos de sexo diferente ou doente.
- Deixar de constatar a existência de presos que apresentem lesões corporais visíveis.
- Apontar o armamento em direção aos presos sem que haja necessidade.

ESCLARECIMENTOS

340
- Varredura: procedimento desenvolvido pela equipe policial, com intuito de constatar a presença de
pessoas em atitudes sob fundada suspeita ou ainda objetos que possam ser utilizados pelos presos e que
ofereçam perigo à equipe policial ou a terceiros.
- Broncodilatador: medicamentos que apresentam substâncias farmacologicamente ativas que promovem a
dilatação dos brônquios, usadas na crise asmática, inalados por meio de dispositivos conhecidos popular-
mente por “bombinha”.
- Súmula Vinculante nº 11, do STF:
“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de
responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro-
cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.
- Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:
“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepciona-
lidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário na-
cional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar e
após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00 Embarque de preso em
3.03.03
estabelecimento prisional

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Foi realizada a varredura do local?

2. Foi realizada a vistoria no compartimento de veículo


de transporte antes do embarque dos presos?

3. A equipe policial posicionou-se adequadamente para


a liberação dos presos?

4. Os presos foram posicionados em local adequado


para a vistoria?

5. O comando verbal dos policiais militares foi feito de


forma clara?
6. Os presos foram revistados adequadamente?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

7. Foi realizada a vistoria das vestimentas?


8. Foi verificado se há presos que apresentem lesões
corporais visíveis?
9. Foi determinado algemar os presos antes do embar-
que no veículo?
10. Foi conferido o trancamento do compartimento de
presos?

341
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
POP: 3.03.04

DESLOCAMENTO TERRESTRE ESTABELECIDO EM: 2002

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 08NOV17 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 2
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Posicionamento das viaturas durante o deslocamento.
- Parada ou redução de velocidade nos cruzamentos e nas cabines de pedágios.
- Constatação de panes elétricas ou mecânicas nos veículos que integram a escolta.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Sintonizar a mesma frequência do rádio de comunicação nas viaturas envolvidas.
- Acionar dispositivos luminosos do veículo, a fim de que as viaturas tenham prioridade de passagem.
- Manter a distância de segurança entre as viaturas, conforme técnica dos 2 (dois) segundos.
- Manter a velocidade compatível com o limite permitido para a categoria do veículo, situação da via e tráfego
durante o trajeto.
- Manter a formação do comboio até a chegada ao local de destino.
- Deslocar prioritariamente pela faixa de segurança da via, ou seja, faixa esquerda.
- Ao aproximar-se de praças de pedágios, as viaturas do comboio deverão diminuir a velocidade e acionar
os dispositivos sonoros, de modo a facilitar a liberação das cancelas.
- Redobrar a atenção nos lugares onde houver necessidade de redução da velocidade, face ao maior risco
de abordagem ao comboio.
- Tipos de formação de comboio:
- Formação do comboio com 1 (uma) viatura: a viatura de escolta ficará atrás do veículo de transporte de
preso(s);

Figura 3 - Formação de comboio com 1 (uma) viatura

- Formação do comboio com 2 (duas) viaturas: o veículo de transporte de preso(s) ficará entre as viaturas
da escolta. A viatura do Comandante da escolta se posicionará atrás do veículo de transporte de preso(s);
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 4 - Formação de comboio com 2 (duas) viaturas

342
9.3. formação do comboio com 3 (três) viaturas: o veículo de transporte de preso(s) ficará entre duas viaturas
da escolta, sendo que a terceira viatura será a viatura precursora, ou seja, deverá se posicionar a uma dis-
tância aproximada de 4(quatro) km à frente do comboio;

Figura 5 - Formação de comboio com 3 (três) viaturas

9.4. formação do comboio com 4 (quatro) ou mais viaturas: o veículo de transporte de presos ficará entre
duas viaturas da escolta. A terceira viatura será a viatura precursora, enquanto as demais viaturas farão a
segurança lateral do veículo de transporte, posicionando-se à direita deste. A última viatura será a cerra-fila
que se deslocará na faixa direita do comboio, controlando o fluxo de ultrapassagem;

Figura 6 - Formação de comboio com 4 (quatro) ou mais viaturas

10. Após a entrega dos presos e retorno ao local de origem, as viaturas manterão a formação do comboio.
Neste caso, o Comandante da escolta assume a frente do comboio, conforme figura abaixo.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 7- Retorno do comboio

343
RESULTADOS ESPERADOS
- Não ocorrência de acidentes de trânsito durante a missão.
- Realização do transporte do local de saída até o destino com a maior segurança possível.
- Formação do comboio durante todo o deslocamento.
AÇÕES CORRETIVAS
- Durante o deslocamento, se observadas situações que venham a obstruir o fluxo de trânsito, o Cmt da es-
colta deverá adotar caminhos alternativos, e na impossibilidade, deverá retornar ao local de origem ou se
dirigir ao estabelecimento prisional mais próximo. Comunicando o fato a todos os interessados (Cmt de
Cia PM, Cmt da OPM responsável pela escolta, Diretor do Estabelecimento Prisional de destino).
- Havendo tentativa de resgate, os policiais militares deverão repelir a ação agressora e solicitar apoio, não
interrompendo o deslocamento do comboio.
- Durante o deslocamento, se houver problemas que impeçam a locomoção de um dos veículos da escolta,
o comandante da escolta deverá adotar as seguintes providências:
- problemas com a viatura de escolta:
- nas escoltas com 1 (uma) viatura: solicitar apoio e abrigar-se, redobrando a atenção. Neste caso o veículo
de transporte de preso permanecerá junto com a viatura de escolta;
- nas escoltas com 2 (duas) ou mais viaturas: a viatura que apresentou problemas de locomoção ficará no
local e solicitará apoio, sendo que as demais prosseguirão no deslocamento juntamente com o veículo de
transporte de presos;
- problemas com o veículo de transporte de preso: o Comandante da escolta solicitará apoio e providen-
ciará a substituição do veículo quebrado junto à autoridade responsável pelo estabelecimento penal do
preso. Durante o aguardo da substituição, os policiais militares devem permanecer fora das viaturas e
abrigados.
- Durante a passagem do comboio nas vias de pedágios e havendo a participação de viatura precursora,
esta deverá aguardar até que todas as viaturas passem pela cabine do pedágio e somente após retornar
à sua posição original [distância aproximada de 4 (quatro) km à frente do comboio].:

- O comboio que trafegar por via de mão única, as viaturas deverão se dividir, de modo que a metade fique a
frente do veículo de transporte de preso(s) e a outra metade atrás, conforme figura a seguir:

Figura 8- Deslocamento de comboio em via de mão única

- Caracterizada a urgência na atividade de transporte e ou escolta de presos e adotando-se de toda a cau-


tela necessária (dispositivos sonoros e luminosos acionados, redução da velocidade antes de passar pelos
cruzamentos e pleno controle visual do fluxo de veículos), o Comandante da escolta, avaliando a situação,
poderá utilizar-se da prioridade de trânsito conforme previsão nas normas do Código de Trânsito Brasileiro,
a fim de garantir a fluidez e segurança ao comboio de escolta.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

344
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não atentar para a distância de segurança entre as viaturas.
- Não acionar os dispositivos luminosos da viatura.
- Não deslocar o comboio pela faixa de segurança, ou seja, faixa da via do lado esquerdo.
- Realizar parada durante o trajeto, sem a devida necessidade.
- Deslocar em velocidade incompatível com a via.
- Não realizar a formação de comboio conforme previsão neste POP.

ESCLARECIMENTOS
Técnica dos 2 (dois) segundos: Método para avaliar a distância correta de segurança entre veículos.
Primeiro, observa-se o veículo que está à frente passe por um ponto fixo qualquer (um poste, um viaduto, uma
árvore, etc.). Conta-se 2 (dois) segundos e até que o veículo de trás passe pelo mesmo obstáculo.
Função das viaturas:
Viatura cerra-fila: responsável pelo controle do tráfego de veículos no final do comboio. Atuará de modo que
nenhum veículo ultrapasse o último carro do comboio e deve manter uma distância de segurança que variará
de acordo com a velocidade de deslocamento.
Viatura do Comandante de escolta: será responsável pela fiscalização e manutenção do comboio. Nos re-
tornos dos deslocamentos, quando não houver preso a ser escoltado, a viatura assume a frente do comboio.
Viaturas laterais: fazem a segurança lateral da escolta. Não atravessam pelo meio do comboio. O número de
viaturas laterais dependerá da quantidade de viaturas empregadas.
Viatura precursora: desloca-se a aproximadamente 4 (quatro) Km à frente do comboio, de modo a constatar
eventuais problemas que possam interferir no deslocamento do restante da escolta (acidentes de trânsito, pes-
soas em atitudes sob fundada suspeita, congestionamento de trânsito, liberação antecipada das cabines de
pedágios, etc.).

Súmula Vinculante nº 11, do STF:

“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integri-
dade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito,
sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou
do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:

“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou
de perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua
excepcionalidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário
nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospi-
talar e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Nº POP: NOME DA TAREFA:


DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00
3.03.04 Deslocamento terrestre

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Foi adotada a formação de comboio prevista?

2. Foram acionados os dispositivos de emergência


(faróis e giroflex, e ou sirenes ou buzinas)?

345
3. Foi mantida a velocidade compatível com a via?

4. Foi mantida a distância de segurança entre as viatu-


ras?
5 Houve atenção nos lugares de redução da ve-
locidade?

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO


POP: 3.03.05

DESLOCAMENTO AÉREO EM AERONAVE


COMERCIAL ESTABELECIDO EM: 2002 REVISADO
EM: 03SET18
NOME DO PROCEDIMENTO:
AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM.
NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.
Nº DA REVISÃO: 4
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Atenção durante todo o trajeto, até a chegada ao local de destino.
- Contato no aeroporto com o órgão da Polícia Federal.
- Contato com os responsáveis pelo recebimento do preso.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

346
- A equipe será composta por, no mínimo, 2 (dois) policiais militares para cada preso, que deverão estar civil-
mente trajados (com colete dissimulado), assim como o preso, e respeitando o número máximo de presos
que a legislação vigente permite dentro de uma aeronave.
- Chegar ao aeroporto com 2 (duas) horas de antecedência do horário de partida da aeronave.
- Para os procedimentos de embarque em aeronave comercial, deverão ser observadas as normas previstas
pela Polícia Federal sobre porte de arma de fogo para policiais em aeronaves, conforme legislação vigente.
- A bagagem de cada policial e do(s) preso(s) deverá(ao) se restringir ao permitido para a bagagem de mão nos
embarques em aeronave comercial.
- Levar todas as cópias de documentos expedidos para a realização da escolta.
- Escolta aérea de preso com destino para outro Estado:
- ao chegar ao aeroporto, os policiais militares deverão se dirigir até o posto da Polícia Federal e realizar con-
tato com o responsável pelo local, onde permanecerão até o momento do embarque na aeronave;
- um dos policiais deverá se dirigir até o balcão da companhia aérea a fim de realizar o check-in, tanto dos
policiais quanto do preso, devendo informar ao funcionário da companhia aérea que se trata de uma escolta.
O(s) outro(s) policial(is) permanecerá(ão) na guarda do(s) preso(s), dentro do posto da Polícia Federal;
- realizados os procedimentos de check-in, retornar ao Posto da Polícia Federal e aguardar o embarque;
- havendo aspectos legais que autorizem o uso de algemas, conforme disposições contidas no Decreto nº 8.858,
de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o uso de algemas, o preso
deverá estar algemado com as mãos para frente. As algemas devem estar cobertas, a fim de evitar constrang-
imento. Todos os procedimentos devem ser realizados da forma mais discreta possível;
- Além da documentação prevista, nos casos de presas em estado gestacional, a administração do Batalhão no
qual o policial militar estiver lotado, deverá encaminhar Ofício com laudo médico anexado às autoridades
competentes, informando antecipadamente tratar-se de presa gestante.
- a presa em estado gestacional deverá ser transportada durante todo o trajeto sem algemas, salvo se constatada
alguma hipótese de exceção prevista na Súmula Vinculante nº 11, do STF;
- é vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário nacional
durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar e após
o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada.
- ao realizar o check-in, informar as autoridades envolvidas sob o estado gestacional da presa;
- questionar ao preso se ele tem necessidade de usar o banheiro para atender as suas necessidades fisiológicas,
evitando sua utilização dentro da aeronave
- o deslocamento entre o posto da Polícia Federal e o local de embarque será realizado com apoio das equipes
de policiais federais e ou funcionários da Infraero;
- a equipe de escolta embarcará antes dos demais passageiros e tomará os últimos assentos, já determinados
pela companhia aérea, de forma que o preso tome a poltrona do centro e fique entre os policiais;
- todas as orientações ao preso deverão ser transmitidas antes do embarque;
- durante o voo, os policiais não deverão dialogar com o preso, a menos que seja necessário, nem mesmo per-
mitir conversa do preso com outros passageiros;

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

347
- evitar conversa entre os policiais, principalmente sobre a escolta que estão realizando.
- Ao desembarcar:
- a equipe de escolta será a última a desembarcar da aeronave;
- aguardar a equipe de policiais federais e ou funcionários da Infraero, para o deslocamento até o Posto
da Polícia Federal, onde aguardará a chegada da equipe de apoio que realizará a escolta armada até
o local de destino;
- identificar os agentes responsáveis pela escolta armada do Estado de destino, confirmando se tratam
dos agentes previamente indicados;
- embarcar na viatura de apoio, juntamente com o(s) preso(s) escoltado(s) para deslocamento até o local
determinado pela autoridade judiciária;
- entregar o preso e toda documentação da tutela à autoridade responsável;
- nos casos de presas grávidas, entregar também o laudo médico informando o estado da presa;
- colher assinatura no recibo de entrega do(s) preso(s).
- Recebimento de preso de outro Estado nos aeroportos do estado de São Paulo:
- a equipe de escolta armada (Planejamento da escolta e guarda de presos) deverá esperar a equipe de
escolta com o(s) preso(s) no posto da Polícia Federal;
- identificar os policiais militares responsáveis pela escolta do(s) preso(s) confirmando se tratam dos previa-
mente indicados;
- acompanhar os agentes responsáveis pela escolta até o local estabelecido pela autoridade judiciária;
- realizar a busca pessoal no preso ( Busca Pessoal);
- prosseguir até o local de destino determinado, conforme constante na requisição, adotando-se os pro-
cedimentos pertinentes (POP nº 3.03.04 - Deslocamento terrestre e POP nº 3.03.06 - Desembarque de
presos).
- se for presa grávida observar o contido nos POP de transporte, escolta e guarda de presos, solicitando
no ato da assinatura do mesmo o recebimento do laudo médico da presa.
- Recebimento de preso em outro Estado:
- adotar as ações previstas no Planejamento da escolta e guarda de presos;
- aguardar no posto da Polícia Federal a chegada da equipe de apoio de escolta;
- identificar os agentes responsáveis pela equipe de apoio de escolta confirmando se tratam dos pre-
viamente indicados;
- deslocar com a equipe de apoio de escolta até o local determinado pela autoridade judiciária para início
da escolta de preso;
- adotar as ações previstas no embarque do preso em estabelecimento prisional (POP nº 3.03.03), naquilo
que couber;
- embarcar com o preso na viatura de apoio de escolta para retorno ao aeroporto.
- adotar as demais ações previstas neste POP para embarque de preso em aeronave comercial.

RESULTADOS ESPERADOS
- Realização da escolta de forma discreta.
- Não oferecimento de oportunidades de reação do(s) preso(s).
- Impossibilidade de resgate do(s) preso(s)
- Garantia de segurança aos demais passageiros.
AÇÕES CORRETIVAS
- O preso entregue por policiais de outra Corporação que ofereça resistência ou qualquer outro aspecto
legal que autorizem o uso de algemas, deverá ser algemado conforme disposições contidas no Decreto nº
8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008.
- Nas aeronaves que dispuserem de fileiras com dois assentos, o preso escoltado deverá tomar o assento
da janela e um dos policiais militares ocupará a cadeira do corredor. O outro policial militar deverá
posicionar-se preferencialmente, na fileira ao lado, no assento do corredor.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Se o preso tentar fuga ou agir de forma agressiva, os policiais militares deverão adotar medidas de con-
tenção (emprego de arma não letal permitida em aeronave pela regulamentação pertinente e técnicas
de imobilização). Sendo necessário, lembrar que as aeronaves comerciais dispõem de mecanismos de
controle para passageiros que se encontram em situações de agressividade.
- Se no desembarque em aeroporto de outro estado, os agentes responsáveis pelo apoio da escolta armada
não se encontrarem no posto da Polícia Federal ou tratarem-se de agentes diferentes ao especificado
previamente, a equipe deverá entrar em contato com sua OPM, relatando o ocorrido, devendo aguardar
as devidas orientações para a solução do problema.

348
- Durante o voo, havendo necessidade de o preso ir ao banheiro, um dos policiais militares irá acompa-
nhá-lo. Se algemado, em nenhum momento será permitida a retirada das algemas.
- Na impossibilidade de reportar-se à Polícia Federal dentro dos aeroportos, comunicar ao órgão de segu-
rança pública responsável pelas atividades de polícia no aeroporto.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Embarcar na aeronave comercial com tonfa, gás lacrimogêneo ou similar, pois são equipamentos vedados
por legislação vigente.
- Permitir que se sirva, dentro da aeronave, bebidas alcoólicas ao preso.
- Autorizar que o preso utilize utensílios de metal para alimentação.
- Não realizar contato com os agentes da Polícia Federal.
- Não atentar aos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas no Decreto
nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o uso de
algemas.
- Algemar o preso de forma inadequada.
- Agir de forma indiscreta.
- Permitir comunicação do preso com os policiais, passageiros ou tripulantes da aeronave.
- Não colher assinatura no recibo de entrega do preso.
- Embarcar depois dos passageiros.
- Desembarcar antes dos passageiros.
- Não identificar os agentes responsáveis pelo apoio da escolta armada.
- Deixar de realizar revista no preso ao recebê-lo de outros agentes.
- Deixar de receber o laudo que ateste o estado físico da presa grávida.

ESCLARECIMENTOS
- Súmula Vinculante nº 11, do STF:

“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob
pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do
ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

- Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:

“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcio-
nalidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário na-
cional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospi-
talar e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00 Deslocamento aéreo em
3.03.05
aeronave comercial.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. A equipe de escolta chegou ao aeroporto com ante-
cedência a partida da aeronave?
2. Foi realizado check-in dos policias militares e do pre-
so?

349
3. O preso foi algemado corretamente?

4. O deslocamento foi feito de forma discreta?

5. O preso utilizou utensílios de metal para alimentação


dentro da aeronave?
6. Houve comunicação do preso com as pessoas dentro
da aeronave?
7. O preso foi entregue à autoridade responsável com-
petente?
8. Houve identificação dos agentes responsáveis pela
escolta de apoio armada?

9. O preso foi revistado ao ser entregue por outros


agentes?

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 3.03.06

DESEMBARQUE DE PRESO ESTABELECIDO EM: 2002

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 03SET18 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 3

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Conhecimento prévio dos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas
no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o
uso de algemas.
- Avaliação do local para o desembarque de presos.
- Segurança durante o desembarque do preso.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

350
- Chegando ao local de destino, observar os arredores a fim de constatar a existência de veículos ou pes-
soas em atitude suspeita e procurar local adequado para estacionar.
- Posicionar a viatura de maneira a fornecer maior segurança à equipe policial-militar e aos presos, bem como
permitir uma saída rápida em situações emergenciais (com a frente da viatura voltada para a saída).
- Antes da abertura do compartimento de presos, fazer uma varredura entre o local de desembarque e onde
o preso será apresentado.
- Desembarcar o preso e conduzi-lo para o local destinado.
- Quando o desembarque tratar de mais de 1 (um) preso, o procedimento de retirada do veículo deverá ser
da seguinte forma:
- desembarcar um preso por vez e se algemados, retirar momentaneamente as algemas formando gru-
pos de no máximo 4 (quatro) presos e algemá-los novamente com os braços entrelaçados uns aos outros,
conforme figuras a seguir:

Figura 9 - Forma correta de algemar grupos de preso Figura 10 – Grupo de presos

Figura 11 - Posição correta para colocação das algemas

- Conduzir o(s) preso(s) diretamente para o local destinado.


- Passar a custódia do(s) preso(s) ao responsável.
- Colher a assinatura no recibo de entrega do preso.

RESULTADOS ESPERADOS
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Garantia de desembarque do(s) preso(s) com segurança.


- Não oferecimento de oportunidades de reação do(s) preso(s).
- Impossibilidade de resgate do(s) preso(s).
- Algemamento correto do(s) preso(s).
AÇÕES CORRETIVAS

351
- Se constatar no local de desembarque ou arredores pessoa(s) em atitude(s) sob fundada suspeita, soli-
citar apoio de patrulha local para realizar o procedimento de abordagem e busca pessoal.
- Se algum preso se recusar a descer do veículo de transporte, retirá-lo coercitivamente, adotando me-
didas de extração com a utilização de equipamentos não letais, técnicas de defesa pessoal ou de geren-
ciamento de crise (POP Uso do bastão tonfa, POP Uso do espargidor de gás pimenta, Uso da arma de
Incapacitação Neuromuscular), registrando no impresso PMO-58 Registro de Ocorrência.
- Se algum preso tentar fuga, adotar medidas de contenção, conforme as medidas citadas no item an-
terior.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Posicionar a viatura de maneira a não oferecer segurança as pessoas que se encontram nas imediações do
desembarque.
- Deixar de estacionar a viatura de forma a permitir uma saída rápida.
- Não algemar os presos em grupos de no máximo 4 (quatro), com os braços entrelaçados.
- Permitir que o preso tenha contato com outras pessoas.
- Deixar de realizar a varredura do trajeto entre o local de desembarque e onde o preso será apresentado.
ESCLARECIMENTOS
Varredura: procedimento desenvolvido pela equipe policial, com intuito de constatar a presença de pessoas
em atitudes sob fundada suspeita ou ainda objetos que possam ser utilizados pelos presos e que ofereçam
perigo à equipe policial ou a terceiros.

Súmula Vinculante nº 11, do STF:

“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro-
cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:

“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcio-
nalidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário
nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar
e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

Nº POP: NOME DA TAREFA:


DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00
3.03.06 Desembarque de preso

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Foi constatada a segurança do local para o desembar-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

que do(s) preso(s)?


2. A viatura foi posicionada em local seguro, permi-
tindo uma saída rápida em situações emergenciais?
3. Os presos desembarcaram um a um?
4. Os presos foram algemados adequadamente?

5. Foi realizada a varredura do trajeto entre o local de


desembarque e onde o preso será apresentado?

352
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 3.03.07

APRESENTAÇÃO DE PRESO EM JUÍZO. ESTABELECIDO EM: 2002

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 03SET18 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 3

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Varredura do trajeto a ser percorrido até apresentação à autoridade competente.
- Conhecimento prévio dos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas
no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o
uso de algemas.
SEQÜÊNCIA DE AÇÕES
- Neste procedimento, recomenda-se o emprego de no mínimo 2 (dois) policiais militares.
- Havendo aspectos legais que autorizem o uso de algemas, conforme disposições contidas no Decreto nº
8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o uso de alge-
mas, manter o preso constantemente algemado. Havendo disponibilidade de algemas para tornozelo,
o equipamento poderá ser utilizado.
- Realizar a varredura, com antecedência, do trajeto que será realizado com o preso até a sala de au-
diência.
- Durante o deslocamento no fórum, o preso deverá ser conduzido pelo lado oposto ao do armamento do
policial militar.
- Não permitir contato ou aproximação de pessoas do preso.
- Conduzir o preso ao local determinado para a realização da audiência.
- Na audiência de preso sob custódia do estabelecimento prisional da SSP, um policial militar permanecerá
junto com o preso, no interior da sala de audiência, enquanto o outro ficará do lado de fora.
- Na audiência de preso sob custódia do estabelecimento prisional da SAP, os policiais militares ficarão
do lado de fora da sala de audiência, fazendo segurança externa do local, enquanto o agente penitenci-
ário acompanhará o preso no interior do recinto.

RESULTADOS ESPERADOS
- Condução do(s) preso(s) ao local e ao horário previamente determinado.
- Atendimento das necessidades de segurança das pessoas durante a audiência.
AÇÕES CORRETIVAS
- Se o policial militar for requisitado pelo juiz para permanecer no interior da sala de audiência, deverá
estar com sua atenção voltada ao preso.
- Caso alguma pessoa se aproxime do preso, procurar afastá-la educada e energicamente.
- Se a audiência for prolongada, sempre que possível, deverá ser providenciado substituição dos policiais
militares, além de informar e apresentar, à autoridade competente, laudo sobre o estado físico e de
gravidez da presa.
- Se antes da audiência o preso apresentar problema de saúde, o policial militar deverá:
- se for preso sob custódia da SAP, o policial militar irá acompanhar o agente na prestação de socorro;
- se for preso sob custódia da SSP, providenciar a prestação de socorro e cientificar a autoridade judiciária.
- Quando a condução de presos para o local de audiência for feita em grupo, o algemamento observará o
POP - Desembarque do preso. Ao chegar à sala de audiência, se o preso estiver algemado, o policial
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

retirará a(s) algema(s) do(s) preso(s) conforme forem sendo solicitados a participar da instrução. Neste
caso, será efetuado o algemamento individual com as mãos para frente.
- Se houver determinação do juiz para retirar as algemas, o policial militar poderá orientar a autoridade
quanto aos aspectos de segurança. Persistindo a determinação, atendê-la imediatamente, registrando no
impresso PMO-58 Registro de Ocorrência.
- O advogado poderá comunicar-se com seu cliente, pessoal e reservadamente, cabendo ao policial avaliar
se o local onde se dará a conversa oferece condições de segurança para todos os presentes na localidade,
ficando vedado ouvir o conteúdo da conversa, conforme dispõe o Estatuto da OAB. Havendo perda do
contato visual com o preso, após a visita do advogado, realizar nova busca pessoal no preso

353
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar intervir em situações surgidas no interior da sala de audiência sem a devida solici-
tação da autoridade judiciária.
- Não apresentar o preso no recinto e ou horário determinados.
- Permitir o contato do preso com pessoas durante o trajeto ate a sala de audiência.
- Aguardar por longo período o início da audiência, em local inseguro que ofereça risco às pessoas.
- Não algemar o preso com as mãos para frente nas apresentações para audiências.
- Não atentar aos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas no De-
creto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o uso de
algemas.
- Deixar de algemar o preso nos casos em que haja aspectos legais que autorizem o uso de algemas ou por
determinação do juiz.
- Deixar de informar a autoridade sobre a situação da presa.
- Conduzir o preso do lado em que estiver seu armamento.

ESCLARECIMENTOS
Varredura: procedimento desenvolvido pela equipe policial, com intuito de constatar a presença de pes-
soas em atitudes sob fundada suspeita ou ainda objetos que possam ser utilizados pelos presos e que ofereçam
perigo à equipe policial ou a terceiros.

Súmula Vinculante nº 11, do STF:

“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro-
cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:

“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcio-
nalidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário
nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar
e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00 Apresentação de preso em
3.03.07
juízo

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Foi realizada a varredura, com antecedência, do
trajeto onde o(s) preso(s) se encontrava(m) até a
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

sala de audiência?
2. Foi permitida conversa de pessoas com o(s) preso(s),
durante o deslocamento para a audiência?

3. O(s) preso(s) foi(ram) algemado(s) adequadamente?

4. Durante a audiência, os policiais militares estavam


postados adequadamente para garantir a segurança
do local?

354
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 3.03.08

ESCOLTA DE PRESO EM LOCAIS DE TRATAMENTO DE SAÚDE. ESTABELECIDO EM: 2002

NOME DO PROCEDIMENTO:
REVISADO EM: 03SET18 Nº DA
AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM.
REVISÃO: 3
NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Certificar-se das condições de segurança nas imediações do local.
- Contato com os funcionários responsáveis pelo atendimento do preso.
- Atenção do policial militar durante o tratamento do preso.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Nos procedimentos de tratamento de saúde do preso (tratamento médico, psicológico, odontológico ou
hospitalar), por determinação judicial ou nas situações emergenciais, por decisão fundamentada do di-
retor de estabelecimento prisional, ou por decisão do agente condutor, consoante manifestação escrita e
fundamentada do médico no interior do estabelecimento de saúde, adotar as seguintes ações:
- nos casos em que haja aspectos legais que autorizem o uso de algemas conforme disposições contidas no
Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008 manter o preso constantemente
algemado, exceto a presa em período gestacional, a partir da 20ª semana até o período de 30 dias após o
parto. Havendo disponibilidade de algemas para tornozelo, o equipamento poderá ser utilizado;
- é vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário nacio-
nal durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar
e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada.
- antes de entrar no estabelecimento de saúde, a equipe de escolta deverá realizar prévia vistoria dos arre-
dores e atentar para os procedimentos de segurança de chegada ao local (POP nº 3.03.02);
- verificar onde o preso será atendido, fazendo uma prévia vistoria no local;
- contatar o profissional de saúde responsável pelo atendimento e orientá-lo sobre as ações policiais de segu-
rança e ou vigilância a serem desenvolvidas;
- providenciar a retirada de pessoas ao redor da sala de atendimento, de maneira a permanecer apenas a
equipe responsável pelo atendimento;
- desembarcar o preso somente no momento da consulta;
- conduzir o preso até a sala preparada para o atendimento, sempre pelo lado oposto ao do armamento;
- um dos policiais acompanhará o atendimento, enquanto os outros manterão a vigilância, permanecendo
atentos às imediações;
- após a consulta e ou exame, o preso deverá ser conduzido imediatamente ao veículo de transporte para
retorno ao local de destino;
- nos casos em que o preso estiver sob custódia da SAP, a condução do preso será realizada pelo agente
penitenciário, devendo os policiais militares realizar a escolta do agente.

RESULTADOS ESPERADOS
- Adoção de medidas preventivas de segurança.
- Não oferecimento de oportunidade de reação do preso.
- Impossibilidade de resgate do preso.
- Algemamento correto do preso.
- A presa grávida permanecer, durante a consulta e a internação, sem estar algemada, salvo se constatada
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

alguma hipótese de exceção prevista na Súmula Vinculante nº 11, do STF.


AÇÕES CORRETIVAS
- Nas escoltas de presos com doença infectocontagiosa, o policial militar deverá utilizar materiais de prote-
ção individual (luvas, máscaras, etc.);
- Caso seja solicitada, pelo profissional de saúde, a retirada do policial militar no interior da sala de consultas
e ou exames, o policial militar deverá orientar o funcionário sobre a inconveniência da medida.
- Havendo necessidade de internação, proceder conforme a guarda de presos em local de tratamento de
saúde (POP nº 3.03.09).

355
- Nos casos das consultas rotineiras ou agendadas, se não houver atendimento médico, qualificar o fun-
cionário do estabelecimento de saúde e retornar ao local de origem, registrando no impresso PMO- 58
Registro de Ocorrência. Se a escolta for para uma situação de emergência médica, a equipe da escolta
deverá, além de anotar os dados do primeiro nosocômio, apresentar o detento em outro pronto socorro ou
hospital para atendimento médico.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não realizar vistoria no local antes do desembarque do preso.
- Desembarcar o preso sem a confirmação do atendimento.
- Não realizar antecipadamente o contato com os funcionários do local.
- Permitir contato de pessoas com o preso, exceto aquelas responsáveis pelo atendimento.
- Permanecer desatento antes, durante e depois do atendimento.
- Não atentar aos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas no De-
creto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos para o uso de
algemas.
- Se o preso estiver algemado, retirar as algemas durante o atendimento médico.
- Manter a presa algemada durante a consulta ou internação.

ESCLARECIMENTOS
Súmula Vinculante nº 11, do STF:

“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro-
cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:

“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcio-
nalidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário
nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar
e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00 Escolta de preso em locais
3.03.08
de tratamento de saúde.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Foi realizada prévia vistoria dos arredores do estabe-
lecimento de saúde?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

2. Foi realizado contato antecipado com os funcionários


do hospital?
3. Foi providenciada a retirada de pessoas ao redor da
sala de atendimento?
4. Houve necessidade do preso permanecer algemado
durante a consulta?
5. A presa durante o trabalho de parto e no período
de internação em estabelecimento de saúde perma-
neceu sem o uso de algemas?

356
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 3.03.09

GUARDA DE PRESO EM LOCAIS DE TRATAMENTO DE SAÚDE. ESTABELECIDO EM: 2002

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 03SET18 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 3

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Conhecimento prévio dos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições con-
tidas no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que apontam os
casos para o uso de algemas.
- Atendimento do preso.
- Visita ao preso.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- O número de policiais militares empregados para este procedimento deverá ser o adequado em re-
lação à quantidade de presos internados, condição de saúde, periculosidade, distribuição dos presos nas
dependências e características da edificação, atentando sempre ao princípio da superioridade de meios
(efetivo, equipamento e treinamento). Deve inibir principalmente a ação do(s) preso(s) ou de terceiro(s)
ligado(s) a este(s).
- Preso sob custódia do estabelecimento prisional da SAP – a guarda é responsabilidade legal dos ASP e dos
AEVP, entretanto não excluirá a participação da Polícia Militar, na execução dessa atividade;
- Preso sob custódia do estabelecimento prisional da SSP – a guarda é de responsabilidade exclusiva da Polí-
cia Militar, para tanto, o policial militar deverá adotar as seguintes ações:
- havendo aspectos legais que autorizem o uso de algemas, conforme disposições contidas no Decreto nº
8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, o preso permanecerá algemado na maca
e ou cama (preferencialmente mão forte); havendo disponibilidade de algemas para tornozelo, o equipa-
mento poderá ser utilizado, com exceção da presa em período gestacional, a partir da 20ª semana até
o período de 30 dias após o parto que permanecerá sem algemas.
- é vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário nacio-
nal durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar
e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada.
- realizar vistoria no local toda vez que o preso tiver contato com algum funcionário da equipe médica, a fim
de certificar-se de que nenhum instrumento, eventualmente deixado, possa oferecer perigo;
- acompanhar qualquer deslocamento do preso ao sanitário, precedendo vistoria no local. Nos casos de presa,
solicitar que uma atendente de saúde acompanhe;
- o advogado poderá comunicar-se com seu cliente, pessoal e reservadamente, cabendo ao policial avaliar
se o local onde se dará a conversa oferece condições de segurança para todos os presentes na localidade,
ficando vedado ouvir o conteúdo da conversa.
- em princípio, somente serão permitidas as visitas que forem autorizadas, previamente e por escrito, pelo
diretor do estabelecimento prisional. Em qualquer caso, o policial militar responsável pela guarda do
preso poderá impedir a realização da visita, se entender que a segurança do local, bem como das pes-
soas que lá circulam esteja comprometida, devendo, neste caso, informar o seu superior imediato para
comunicação do fato à direção do hospital e ao diretor do estabelecimento prisional, registrando no
impresso PMO-58 Registro de Ocorrência.
- se o policial militar entender conveniente a visita, que deverá observar as normas existentes da SSP e do
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

hospital em que estiver internado, adotar as seguintes ações:


- submeter o visitante à busca pessoal;
- permanecer no interior do local onde o preso se encontrar, durante o tempo da visita.
RESULTADOS ESPERADOS
- Cumprimento dos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas no De-
creto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008.
- Número adequado de policiais militares empregados na guarda.
- A guarda do preso não interfira na rotina de internação.
- Presa em período gestacional, a partir da 20ª semana até o período de 30 dias após o parto sem estar al-
gemada

357
AÇÕES CORRETIVAS
- Nas escoltas de presos com doença infectocontagiosa, o policial militar deverá utilizar materiais de pro-
teção individual (luvas, máscaras, etc.).
- Se o preso estiver algemado, ao retirar as algemas, quando absolutamente necessário para procedimentos
médicos, redobrar a atenção e solicitar o apoio de outro policial militar.
- Se o policial militar perder o contato visual do preso com o seu advogado, após a visita, deverá sub-
meter o preso a nova busca pessoal.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não atentar aos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas no De-
creto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que apontam os casos para o
uso de algemas.
- Manter a presa parturiente, durante o trabalho de parto e no subsequente período de sua internação,
algemada, salvo quando incidir em uma das situações previstas pela Súmula Vinculante nº 11, do STF.
- Deixar de vistoriar o local, após atendimento da equipe médica.
- Ficar desatento em relação à comunicação dos funcionários com o preso, bem como com a passagem de
pessoas pelo local.
- Deixar de realizar busca pessoal nos visitantes devidamente autorizados.
- Não realizar busca pessoal no preso após a visita do advogado.
- Não permanecer no interior do local onde o preso se encontrar, durante o tempo da visita.
ESCLARECIMENTOS
Súmula Vinculante nº 11, do STF:

“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro-
cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:

“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcio-
nalidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário
nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade
hospitalar e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP: Guarda de preso em locais
Nº PROCESSO: 3.03.00
DATA: / /_ 3.03.09 de tratamento de saúde.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Houve necessidade do preso permanecer algemado?
2. A presa em período gestacional, a partir da 20ª semana
até o período de 30 dias após o parto permaneceu al-
gemada?
3. Foram realizadas vistorias após contato do preso com
os funcionários?
4. O policial militar permaneceu atendo às comunicações
de funcionários com o preso?

358
5. O policial militar permaneceu atendo a passagem de
pessoas pelo local?
6. As visitas, devidamente autorizadas, foram submetidas à
busca pessoal?
7. Houve acompanhamento do preso ao sanitário?

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 3.03.10

ESCOLTA DE PRESO EM VELÓRIO ESTABELECIDO EM: 2002

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. REVISADO EM: 03SET18 Nº DA


NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral. REVISÃO: 3

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Conhecimento prévio dos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições contidas
no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que apontam os casos para
o uso de algemas.
- Desocupação do local onde está ocorrendo o velório.
- Controle da aproximação de familiares e amigos ao preso.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Efetuar a escolta do preso ao velório somente no período diurno.
- Uma equipe do P/2 ou policiamento local deverá realizar prévia análise do local onde acontecerá o velório,
de maneira a transmitir informações do local, como quantidade aproximada de pessoas e outros dados
necessários para a segurança da escolta.
- Uma das patrulhas (equipe precursora) irá antecipar a chegada ao local, para verificar se houve altera-
ção das informações prestadas anteriormente, decidindo pela continuidade ou não da escolta.
- A viatura precursora deverá ficar posicionada em local seguro em posição que permita aos policiais uma
visão ampla da segurança do local.
- Encarregado da escolta da equipe precursora deverá fazer contato com os familiares, explicando a neces-
sidade de desocupar a sala velatória, bem como outras medidas necessárias com relação à segurança.
- Após a desocupação da sala onde se encontra o féretro, um dos policiais militares deverá realizar var-
redura na sala do velório.
- Informar à outra equipe que o local já está pronto para a chegada do preso.
- Se necessário, desembarcar o preso algemado com as mãos para trás, atentando- se aos aspectos legais
que autorizam o uso de algemas.
- O tempo de permanência do detento junto ao féretro ficará ao cargo do policial militar responsável pela
escolta, ressaltando que se o local não apresentar condições necessárias de segurança, a escolta poderá
ser cancelada.
- Retorno ao estabelecimento prisional, conforme deslocamento terrestre (POP nº 3.03.04).

RESULTADOS ESPERADOS
- Adoção de medidas preventivas de segurança.
- Não oferecimento de oportunidade de reação do preso.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Impossibilidade de o resgate do preso.


- Não haja tumulto durante a permanência do preso no velório.
AÇÕES CORRETIVAS

359
- Caso a sala velatória não seja desocupada, esclarecer aos familiares e ou responsáveis que a escolta po-
derá ser cancelada por falta de segurança, registrando no impresso PMO-58 Registro de Ocorrência
caso isso ocorra.
- Havendo aproximação de pessoas junto ao preso, afastá-las educada e energicamente.
- O comandante da escolta diante de situações suspeitas, de alto risco, plenamente justificáveis, não de-
sembarcará o preso, cancelando a escolta para o retorno ao estabelecimento prisional, registrando no
impresso PMO-58 Registro de Ocorrência.
- Se for constado que o local trata-se de residência, cancelar a escolta por falta de segurança, registrando no
impresso PMO-58 Registro de Ocorrência.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Realizar a escolta no período noturno.
- Estacionar inadequadamente a viatura.
- Não providenciar a desocupação da sala velatória.

- Deixar pessoas se aproximarem do preso.


- Não manter o preso algemado durante sua presença no velório, caso haja a necessidade.
- Realizar escolta em residência.
- Não verificar as imediações do local, bem como a sala velatória.
ESCLARECIMENTOS
- Varredura: procedimento desenvolvido pela equipe policial no intuito de constatar a presença, no local, de
pessoas em atitudes sob fundada suspeita bem como objetos que possam ser utilizados pelos presos, que
ofereçam perigo à equipe policial e a terceiros.
- Féretro: caixão de defunto. Súmula Vinculante nº 11, do STF:

“Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade
física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena
de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato pro-
cessual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”.

Decreto Federal nº 8.858, de 26SET16:

“Art. 2º É permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excepcio-
nalidade por escrito;
“Art. 3º É vedado emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário
nacional durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade
hospitalar e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada”.

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

Nº POP: NOME DA TAREFA:


DATA: / /_ Nº PROCESSO: 3.03.00
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

3.03.10 Escolta de preso em velório.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Houve a prévia análise do local onde aconteceu
o velório pelo P/2 ou patrulha de policiamento da
área?
2. A equipe precursora antecipou sua chegada ao local
para ratificação das informações transmitidas ante-
riormente?

360
3. As viaturas estacionaram adequadamente?
4. O policial militar realizou contato com familiares
para desocupação da sala velatória?
5. Houve necessidade do preso permanecer algemado?
6. A presa em período gestacional, a partir da 20ª se-
mana até o período de 30 dias após o parto perma-
neceu algemada?
7. O policial militar permitiu comunicação de pessoas
com o preso?

DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: TRANSPORTE, ESCOLTA E GUARDA DE PRESO

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Abusos no uso de algemas Letra “b” do art.4º da Lei 4.898/65.
Decreto nº 19.903/50, art. 284 e 292 do Código de Processo Penal
Ato de algemar
(Lei 13.434, de 12ABR17).

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 41ª Edição,


Atributos do poder de polícia
São Paulo: Malheiros, 2015, (Págs. 127,128 e 130).

- respeitar e proteger a dignidade humana: Art.1º, III, da CF.


- empregar força quando estritamente necessária: Art.284 CCP; art.
Código de conduta do 25 CP.
Responsável pela aplicação da lei - não infligir tortura ou tratamento degradante: Art.5.2. CADH.
- garantir a proteção da saúde de pessoa sob guarda: art. 5º, XLIX,
CF; art. 10.1 – PIDCP; art. 5.1 – CADH

Art. 5º, XLIX, CF; PIDCP, art. 10.1; CADH, art. 5.1. CADH, art.
Direito à integridade pessoal
5.2; Princípio 36.2 - PIDCP.

Art. 1º do Decreto nº 19.903/50; § 1º, § 2º e § 3º art. 1º do Decreto nº


Emprego de algemas
19.903/50; parágrafo 1ª do art. 234 c/c art.242 do CPPM;

Art. 178 do ECA; letra “i” do art. 3º da Lei 4.898/65; letra “b” do art.
Emprego de algemas em adoles-
4º da Lei 4.898/65; § 6º do art. 1º do AVISO nº 22/92 da Procuradoria
cente
Geral Justiça.
Emprego de força art. 284 do CPP.

JOSÉ CRETELLA JÚNIOR, LAZZARINI, Álvaro e outros.


Direito Administrativo da ordem pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Foren-
Limites e barreiras do poder de polí- se, 1998, (Págs. 118, 119 e 130).
cia. LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº


30 (Pág. 12).

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 41ª Edição,


São Paulo: Malheiros, 2015; Art 78 do Código Tributário Nacional; LAZ-
Poder de Polícia
ZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública. 3.ed.
Rio de Janeiro: Forense, 1998. (Págs. 108 e 112).

Art. 5º e os incisos XLIX e LXV da Constituição Federal, dos Direitos e


Preceitos constitucionais
Deveres Individuais e Coletivos.

361
Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º
do Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo Tri-
Registro e Uso de algemas bunal Federal de nº 11; Decreto Estadual nº 57.783/12; Decreto nº
8.858, de 26SET16; Lei nº 13.434 de 12ABR17 que altera o Código
de Processo Penal.

- Penal: Art. 3º, i, da Lei 4.898/65 (Abuso de Autoridade).


Responsabilidade - Disciplinar: Lei Complementar Nº 893/01 (Regulamento Disciplinar
na Polícia Militar).

______. PROCESSO 3.04.00 ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA EM HORÁRIO DE FOLGA

MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO Nº Processo: 3.04.00

NOME DO PROCESSO: ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA EM HORÁRIO DE FOLGA


MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme da Instituição.
- Trajes Civis.

ETAPAS PROCEDIMENTOS
1. Policial Militar envolvido na ocorrência.

Adoção das medidas específicas 2. Policial Militar presencia/solicitado para


atendimento de ocor- rência.

POP: 3.04.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM: 2002

REVISADO EM: 11FEV14 Nº DA


POLICIAL MILITAR ENVOLVIDO NA OCORRÊNCIA
REVISÃO: 01

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Análise situacional.
- Busca de segurança pessoal.
- Identificação de riscos potenciais.
- Tomada de decisão.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

SEQUÊNCIA DE AÇÕES

362
- Verificar, preliminarmente, o que está ocorrendo no ambiente, quantidade de infratores, locais em que se
encontram e, se possível, armamento utilizado.
- Buscar, se possível, local seguro (cobertura/abrigo), atentando para a sua retaguarda e segurança das
demais pessoas.
- Visualizar rotas de fuga, as quais, se possível, poderão ser utilizadas para solicitação de apoio, sem perder
o contato visual com o local da crise.
- Procurar identificar aspectos do local e circunstâncias que permitam, se necessário, uma interven- ção
eficaz, como por exemplo, quantidade de infratores, se há reféns, tipo de armamento, veículos, dentre
outros.
- Analisar se foi identificado como policial militar pelos agressores no ambiente de crise e a neces- sidade
e oportunidade de atuação imediata, considerando a desvantagem numérica e/ou de meios.
- Policial Militar fardado (situação em que não foi identificado pelos infratores):
- comunicar, sempre que possível, com o COPOM/CAD, solicitando apoio e transmitindo o má- ximo de
informações, inclusive o fato de estar fardado;
- aguardar a chegada do apoio, sempre que possível;
- atuar em conjunto com os patrulheiros, se possível, inclusive após a crise, conforme previsto nos POP
de Uso de Algemas, Busca Pessoal e apresentação de Infrator na Repartição Pública competente;
- comunicar o fato ao seu Comandante imediato.

- Policial Militar em trajes civis (situação em que não foi identificado pelos infratores):
- comunicar, sempre que possível, com o COPOM/CAD, solicitando apoio e transmitindo o má- ximo de
informações, principalmente, o fato de estar civilmente trajado, detalhando as caracte- rísticas de suas
vestes e outras informações;
- se possível, aguardar a chegada da equipe de apoio;
- identificar-se como policial militar e passar as informações complementares, se possível;
- sendo superior hierárquico, permitir que os policiais de serviço adotem as providências perti- nentes;
- prosseguir com os policiais militares ao Distrito Policial;
- comunicar o fato ao seu Comandante imediato.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que o policial militar tenha convicção de que uma prática criminal está em curso, num local, certo e sabido.
- Que o policial militar (fardado ou não) verifique se foi identificado como policial pelos agressores.
- Sempre que possível, procurar abrigo/cobertura.
- Que o policial militar, observe a quantidade de infratores, armamento utilizado, características pessoais,
vestimentas e se possível características dos veículos utilizados.
- Que o policial militar, entre em contato com o COPOM/CAD.
- Que o policial militar, antes de adotar medidas de reação (física ou através de arma de fogo) leve em
consideração as seguintes questões:

- é possível reagir e obter resultado positivo?


- há possibilidade de atingir pessoas inocentes em um eventual disparo?
- Tenho habilidade suficiente e oportunidade de reação?
AÇÕES CORRETIVAS
- Se não for possível entrar imediatamente em contato com o COPOM/CAD, fazê-lo quando houver opor-
tunidade.
- Se for identificado como Policial Militar, verificar a possibilidade de reação (seja física ou por meio de
arma de fogo) e REAGIR quando houver possibilidade de êxito ou não houver outra al- ternativa.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Se for identificado como Policial Militar verificar locais de abrigo/cobertura e utilizá-los, se possí- vel.
- Se durante a ação vislumbrar que os policiais de serviço necessitam de ajuda, poderá fazê-lo, toda- via,
somente após ter sido reconhecido pelos patrulheiros como policial militar.
- Se durante a ação o superior hierárquico vislumbrar que os policiais de serviço estão agindo em de-
sacordo com a legislação ou com os regulamentos internos vigentes deverá emitir as determina- ções
necessárias para o correto desfecho da ocorrência.
- Todo profissional de mídia que solicitar informações sobre os fatos, deverá ser orientado a buscar infor-
mações diretamente com a Sala de Imprensa da PMESP.

POSSIBILIDADES DE ERRO

363
- Não observar quantidade de infratores, armamentos, características pessoais, vestes e se possível, veí-
culos utilizados.
- Não verificar se foi reconhecido como policial.
- Não observar possíveis locais de abrigo/cobertura e/ou de fuga.
- Não entrar em contato com o COPOM/CAD, quando houver possibilidade.
- Não se identificar aos patrulheiros, quando houver oportunidade.
- Em trajes civis, conduzir a ocorrência, tomando a frente à ação dos patrulheiros.
- Reagir sem que haja necessidade e/ou oportunidade.
- Quando chegar o apoio, portar a arma de modo visível (ostensiva), antes de identificar-se como policial
militar.
- Não comparecer ao Distrito Policial juntamente com os patrulheiros, quando necessário.
- Não comunicar a ocorrência ao seu Comandante imediato.

ESCLARECIMENTOS
1. Se houver confronto, resultando em infratores feridos, deverão ser observadas as providências elencadas
no processo de preservação de local de crime.
2. É extremamente importante que, antes de REAGIR, o policial militar atente para algumas circuns-tâncias:
2.1. desvantagem numérica;
2.2. desvantagem de meios (armas, equipamentos, treinamento, condicionamento, dentre outras ca-racte-
rísticas da função);
2.3. obrigação de preservar a vida das vítimas/testemunhas.
3. Se houver confronto, resultando em infratores feridos, deverão ser observadas as providências elencadas
no processo de preservação de local de crime.
4. Se houver confronto, resultando em infratores feridos, deverão ser observadas as providências elencadas
no processo de preservação de local de crime.
5. É extremamente importante que, antes de REAGIR, o policial militar atente para algumas circuns-tâncias:
5.1. desvantagem numérica;
5.2. desvantagem de meios (armas, equipamentos, treinamento, condicionamento, dentre outras ca-racte-
rísticas da função);
5.3. obrigação de preservar a vida das vítimas/testemunhas.
6. Possibilidade de êxito – quando houver a possibilidade de reagir, sem que ao final da ação venha a ser
morto e/ou que pessoas inocentes venham a ser atingidas.
7. Não houver alternativa – situação em que, segundo julgamento do policial militar, os infratores esti-
-verem na eminência de praticar homicídio (seja contra sua vida ou de terceiros).
8. As causas, circunstâncias, efeitos, conseqüências, detalhes ou mesmo divulgação de fatos de qual-quer
natureza, face à necessidade de intervenção da Polícia Militar, objeto de pedido de informação por
profissional da mídia, deverá ser divulgado apenas pela Sala de Imprensa da PMESP, que funci-ona 24h
ininterruptas.
9. Dados básicos: são informações fornecidas à imprensa, tais como, a natureza da ocorrência e as quanti-
dade de vítimas, de detidos e de materiais apreendidos.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

1. NOME DA TAREFA: Não se


Nº POP:
DATA: / _/ identificar aos patru- lheiros,
Nº PROCESSO: 3.04.00 3.04.01
quando houver oportu- nidade.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial estava fardado?

2. O policial aproximou-se de forma segura?

364
3. O policial localizou um ponto estratégico para posi-
cionamento?

4. Foram colhidos, preliminarmente, os dados per- ti-


nentes a ocorrência?

5. O policial solicitou apoio junto ao COPOM/CAD?

6. O policial foi identificado pelos infratores?

7. Foi observada a condição hierárquica do polici- al


solicitante em relação ao de apoio?

8. O policial aguardou a chegada do apoio?

9. O policial permaneceu em local seguro e aten- to?

10. Foram verificadas possíveis rotas de fuga?

11. Todas as informações colhidas foram repassa- das à


equipe policial que compareceu no apoio?

12. Houve necessidade de reação por parte do poli- cial?

13. O policial pode agir em conjunto com os polici- ais


de apoio?

14. O compareceu juntamente com a equipe de ser- viço


ao Distrito Policial?
15. O policial comunicou o fato ao seu Comandan- te?

POP: 3.04.02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM: 2002

POLICIAL MILITAR PRESENCIA/ SOLICITADO PARA REVISADO EM: 11FEV14 Nº


ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIA DA REVISÃO: 01

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Chegada às proximidades do local do suposto crime.
- Escolha de local adequado para observação.
- Contato com o COPOM/CAD.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Aguardar a chegada do apoio.


SEQUÊNCIA DE AÇÕES

365
- Aproximar-se de forma segura do local da ocorrência.
- Localizar um ponto estratégico para posicionamento e observação.
- Constatar pela observação e/ou outro meio:
- a existência do fato;
- o número de pessoas envolvidas;
- a existência de reféns;
- a existência de agentes externos;
- meios de transportes utilizados;
- armas empregadas;
- vítimas feridas;
- qual o tipo de local (residência, banco, supermercado, repartição, dentre outros).
- Entrar em contato com o COPOM/CAD, informar o fato, em especial, sua condição (fardado ou em trajes
civis), solicitar apoio e aguardar sua chegada.
- Policial militar fardado:
- quando chegar o apoio apresentar-se, observando a condição hierárquica.
- informar os detalhes da ocorrência:
- se subordinado, aguardar as determinações do superior hierárquico para participar das ações que serão
adotadas;
- se superior hierárquico, determinar quais ações serão adotadas e prosseguir.
- Policial militar em trajes civis:
- quando chegar o apoio deverá apresentar-se, observando as devidas cautelas (ex: não portar a arma de
forma ostensiva) e a condição hierárquica;
- informar se está ou não armado;
- deixar os policiais militares de serviço atuarem de forma direta, não interferindo nas ações, in- clusive de
outros profissionais (SAMU, bombeiros, peritos, dentre outros).

RESULTADOS ESPERADOS
- Que a aproximação do local dos fatos ocorra de forma segura e discreta.
- Que haja a escolha de um local seguro e estratégico para obter o máximo de informações da ocor- rên-
cia, aguardando a chegada do reforço.
- Que se obtenham todas as informações necessárias para o planejamento da ação.
- Que seja solicitado apoio ao COPOM/CAD e aguardada a sua chegada.
- Que haja a identificação aos policiais militares de serviço.
- Que o policial de folga permaneça até o final da ocorrência, se necessário, acompanhando os polici- ais
militares de serviço ao Distrito Policial.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se não houver local que permita observação segura, não deverá ser prejudicada a segurança para obter
as informações, devendo ser relatado ao COPOM/CAD os dados disponíveis.
- Se enquanto observa, verificar a existência de disparo de arma de fogo ou pessoas feridas, manter-se
abrigado e colher informações úteis, atualizando o COPOM/CAD.
- Após providenciar o socorro, se possível, acompanhar os infratores à distância, atualizando o CO- POM/
CAD sobre o rumo tomado.
- Se o problema for de extrema urgência, nos casos de legítima defesa, o policial militar poderá agir antes
da chegada do apoio, sempre analisando os riscos inerentes à ação, conforme mencionado no campo
de esclarecimentos do POP 3.04.01 - Policial Militar Envolvido na Ocorrência.
- Se houver pedidos de informações detalhadas por parte de órgãos da mídia, esta solicitação deverá ser
dirigida diretamente ao Centro de Comunicação Social da Polícia Militar do Estado de São Pau- lo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Se houver pedido de informação por parte de órgãos da mídia, o policial militar de maior grau hie-
rárquico, responsável pelo gerenciamento dos trabalhos, poderá fornecer dados básicos do fato (são
considerados dados básicos: a natureza da ocorrência, quantidade de vítimas, detidos e de materiais
apreendidos).
POSSIBILIDADES DE ERRO

366
- Aproximar-se de forma desprotegida e facilitar sua visibilidade pelo(s) criminoso(s).
- Escolher local de observação inseguro ou de difícil ação de coleta de informações.
- Agir de forma impulsiva, querendo resolver o problema, sem a presença de apoio.
- Não solicitar apoio ao COPOM/CAD.
- Não aguardar apoio, nas situações possíveis.
- Quando em trajes civis, mesmo na condição de superior hierárquico, tomar a frente das ações, não
permitindo que os policiais militares de serviço resolvam a situação, salvo se, os policiais de servi- ço,
estiverem adotando condutas ou procedimentos equivocados.

ESCLARECIMENTOS
- Ponto estratégico - Local que ofereça coberta/abrigo, não permitindo aos infratores perceberem sua
presença.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR SUPERVISIONADO
NOME DA TAREFA:
Policial Militar presen- cia/so-
DATA: / / Nº PROCESSO: 3.04.00 Nº POP:
licitado para atendimen- to de
3.04.02
ocorrência.
ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. O policial estava fardado?
2. O policial aproximou-se de forma segura?

3. O policial localizou um ponto estratégico para posi-


cionamento?

4. Foram colhidos, preliminarmente, os dados per- ti-


nentes a ocorrência?

5. O policial solicitou apoio junto ao COPOM/CAD?

6. O policial foi identificado pelos infratores?

7. Foi observada a condição hierárquica do policial soli-


citante em relação ao de apoio?
8. O policial aguardou a chegada do apoio?

9. O policial permaneceu em local seguro e atento?

10. Foram verificadas possíveis rotas de fuga?


11. Todas as informações colhidas foram repassadas à
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

equipe policial que compareceu no apoio?


12. Houve necessidade de reação por parte do poli- cial?
13. O policial pode agir em conjunto com os polici- ais
de apoio?
14. O compareceu juntamente com a equipe de ser- viço
ao Distrito Policial?

15. O policial comunicou o fato ao seu Comandan- te?

367
DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: ATENDIMENTO DE OCORÊNCIA EM HORÁRIO DE FOLGA

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
cumprir o dever
letras “a” e “c” do art. 3º do Decreto Lei 667/69; § 3º do art. 10 do
que a lei impõe
Decreto nº 88.777/83 (R-200)); art. 37 da CF; art. 111 da CE; art. 301 do
(art. 1º do código
Código de Processo Penal.
de conduta)
respeitar e pro-
te- ger a dignidade
Art.144 da CF; art.1º, III, da CF; art.4º, II, da CF; art 5º da CF; art. 2º,
humana
Item 1. do Decreto Federal nº 592/92 - PIDCP; art. 1º, item 1 do Decreto
(art. 2 º do
Federal nº 678/92 - CADH; art. 1º do Decreto nº 40/91.
Código de con-
duta)
empregar força
quando estrita-
mente necessária Art. 37 da CF, art. 111 da CE e art. 2º da Lei 9.784/99; art.284 e art.
Código de 292, ambos do CPP; art. 25 do CP.
conduta para (art. 3 º do Código
os Funcioná- de conduta)
rios Responsá-
Manter sigilo
veis pela apli-
das informações
cação da lei
(art. 4 º do art. 5º, incisos XIV e XXXIII, ambos da CF.
Código de con-
duta)
não infligir tor-
tura ou tratamento
de- gradante art. 5º, III, da CF; art. 5º, XLII da CF; art. 1º do Decreto nº 40/91; art.
(art. 5 º do 7 do PIDCP; art. 5º, item 2. da CADH.
Código de con-
duta)
garantir a
proteção da saúde
de pes- soa sob art. 5º, XLIX da CF; art. 10, item 1 do PIDCP; art. 5º, item 1 do
guarda (art. 6 º do CADH; art.135 do Código Penal.
Código de con-
duta)
combater atos
de corrupção
(art. 7 º do art. 37, caput e § 4º, da CF; art. 316 e 317, ambos do Código Penal.
Código de con-
duta)
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,
São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Nacional; LA-
Poder de Polícia ZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública. 3.ed.
Rio de Janeiro:Forense, 1998
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,


Atributos do poder de polícia
São Paulo: Malheiros, 2001.
JOSÉ CRETELLA JÚNIOR, LAZZARINI, Álvaro e outros. Direi- to Ad-
ministrativo da ordem pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
Limites e barreiras do poder de po- LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revis- ta A
lícia. Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº 30.

368
DIOGO DE FIGUEIREDO MOREIRA NETO, HELY LOPES
MEIRELLES, LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administra- tivo da
ordem pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998.
Ocorrência de ilícito penal LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento da
Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do
Estado de São Paulo. Nº 5.

LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revis- ta A


Discricionariedade da ação policial
Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São

Paulo. Nº 30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem
pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998;
MAURÍCIO GARIBE e CEL PMESP ALAOR SILVA BRAN-
DÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia. Re-
vista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Nº 23.

Emprego de força art. 284 do CPP.


Necessidade do escalonamento
Art. 37 da CF, art. 111 da CE e art. 2º da Lei 9.784/99.
no emprego de força
Art. 234, § 2º do CPPM – analogia; art. 284 do CPP; art. 25 do CP;
art. 292. do CPP; item 3, 4 e 12. do anexo A do Manual de Tiro De-
fensivo M-19-PM; art. 1º c/c art. 3º da Resolução SSP-21/90; art. 3º
Emprego de armas de fogo da Lei 4.898/65; art. 188 e seu parágrafo único do Código Civil, Lei nº
10.406/02 .

Limites e controle para emprego


Art. 37 da CF, art. 111 da CE e art. 2º da Lei 9.784/99.
da força e de arma de fogo

Casos em que a busca pessoal in-


Art 244, 302 do CPP.
depende de mandado
Condução das Partes Inciso LXIII do art.5º da CF;
Apresentação de ocorrência na
Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do CP;
re- partição pública competente
Penal Art. 5º, inciso XLV, da CF; art. 3º, a, b, i da Lei 4.898/65 (Abuso de
Autoridade); art. 4º, a,b,c, h da Lei 4.898/65.
Civil Art. 5º, inciso XLV, da CF; arts. 935, 186, 927, 188, parágrafo
único do art. 188, 948, 949, 950, parágrafo único do art. 953, 954
Responsabilidade do Código Civil; artigo 37, § 6º, da CF.
Disciplinar Inciso LV, do art.5º, da CF; HELY LOPES MEIRELLES, Direito Ad-
ministrativo Brasileiro, 26ª Edição, São Paulo: Malheiros, 2001, página
461; Lei Complementar Nº 893/01 (Regulamento Disciplinar na Polícia
Militar).
Busca Pessoal em Mulher Art 249 do CPP.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Inciso LVI do art. 5º da CF; art.10 da Lei nº 9.296/96; art. 25 da Lei


Obtenção de prova
6.368/76; art. 171 e 172 e parágrafo do CPP.
Nota de Instrução Nº PM5-001/55/07 (Notícias positivas); Diretriz
Nº PM5-001/55/06 com alterações da ordem Complementar PM5-
Comunicação Social 01/05/09 de 09DEZ09 (Porta voz); Diretriz N.º PM5-001/55/09 (Comitê
de Administração de Crise de Imagem)

369
APERFEIÇOAMENTOS PROCESSADOS NESTA REVISÃO
1. Atualização das ações procedimentais com base nas legislações e normas recentes.
2. Readequação da estrutura com base nas novas ações.

______. PROCESSO 3.05.00 MORTE DE PM

MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO 3.05.00

NOME DO PROCESSO: MORTE DE PM


ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento 1. Conhecimento da ocorrência (Vide POP Nº 1.01.01).
Deslocamento 2. Deslocamento para o local da ocorrência (Vide POP Nº 1.01.02).

Chegada ao local 3. Chegada ao local da ocorrência (Vide POP Nº 1.01.03).


Adoção de medidas específicas 4. Atendimento de ocorrência, envolvendo morte de PM
Condução 5. Condução da(s) parte(s) (Vide POP Nº 1.01.07).

Apresentação da ocorrência 6. Apresentação da ocorrência na Repartição Pública competente


(Vide POP Nº 1.01.08).
.Encerramento 7. Encerramento da ocorrência (Vide POP Nº 1.01.09).

PROCESSO: 3.05
POLÍCIA MILITAR DO ES-
MORTE DE PM PADRÃO N.º 3.05.04 ESTABELECIDO
TADO DE SÃO PAULO
EM:

NOME DO PROCEDIMENTO: Atendimento de ocorrência envol-


vendo morte de Policial Militar. RESPONSÁVEL: Autoridade Policial REVISADO EM: N.º DA REVISÃO:
Militar

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Confirmação da pessoa morta tratar-se de Policial Militar.
- Preenchimento do Relatório Preliminar.
- Encaminhamento a todos os órgãos relacionados.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Constatação pela autoridade Policial Militar que realmente se trata Policial Militar morto, através de veri-
ficação junto ao Centro de Operações.
- Acionar Oficial PM ao qual esta funcionalmente vinculado.
- Chegando no local o Oficial analisará se há ou não indícios de crime.
- Coleta dados das testemunhas do acontecimento.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Preservação do local, se for o caso, provas materiais, até a chegada da perícia.


- Preencher relatório preliminar.
- Encaminhar relatório a órgãos relacionados.
- Verificar se é necessário permanecer autoridade policial militar no local até a chegada do carro de
cadáver .
- Em caso de morte clínica, providenciar constatação do óbito por um médico responsável.

RESULTADOS ESPERADOS

370
- Que o caso tenha o encaminhamento o mais rápido possível, mediante comunicação ao Oficial de serviço.
- Que o local seja preservado para que possa ser feita a perícia. (vide POP respectivo).
- Que a constatação do óbito, em caso clínico, seja feita por um médico da família ou ou responsável pelo
caso.
- Que todos os dados referentes à ocorrência sejam coletados e informados a quem de direito.

AÇÕES CORRETIVAS
- Caso não se tenha certeza da pessoa estar morta, socorrê-la prontamente.
- Havendo dúvidas quanto a identificação da vítima, buscar todos os meios para a certeza de que se trata
de policial militar.
- Caso haja indícios de crime, preservar o local desde primeiro momento do conhecimento da ocorrência.
- Caso não seja possível o contato com o Oficial de serviço, fazê-lo através do Centro de Operações e
para que informe o escalão superior.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Não socorrer a vítima em caso de dúvidas sobre sua morte.
- Não verificar a identidade da vítima, deixando de informar ao Centro de Operações sobre a suspeita de a
vítima tratar-se de policial militar.
- Não preservar o local do fato para posterior perícia.
- Não informar ao escalão superior sobre os dados da ocorrência.

ESCLARECIMENTOS

Constatação: através de documentos, verificar realmente se trata-se de policial militar.

Oficial funcionalmente vinculado: é o Oficial, normalmente no Posto de Tenente, ou Aspirante-Oficial, a quem a


Autoridade Policial Militar está subordinado diretamente quando em serviço.

Encaminhar relatório aos órgãos relacionados através de fax-símile ou e-mail:


Corregedoria da Polícia Militar;
2ª EM/PM;
5ª EMIPM;
SJD do local onde ocorreram os fatos ou PPJM caso o fato tenha ocorrido fora do horário de expediente; e
P/5 ou setor equivalente da OPM do policial militar morto.

Carro de cadáver: Necessário determinar que se espere a chegada do carro de cadáver: caso o PM morto se localize
em hospitais, necrotérios ou equivalente, tal procedimento é desnecessário. Se for em áreas externas e houver paren-
tes, após a atuação da perícia, também se faz desnecessário. Se não houver responsáveis e for em local externo é neces-
sário aguardar a chegada do carro de cadáver ou de algum policial da OPM do policial morto para que aguarde no local

DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACION-


POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
AL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
Nº POP:
Ocorrência envolvendo Morte de
DATA: / / Nº PROCESSO: 3.05 3.05.04
PM.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ATIVIDADES CRÍTICAS: SIM NÃO OBSERVAÇÕES:


1. Identificação correta da pessoa?

2. Oficial analisou corretamente?

3. Houve o preenchimento correto do relatório?


4. Relatório encaminhado corretamente aos órgãos rela-
cionados?

371
______. PROCESSO 4.01.00 ACOMPANHAMENTO E CERCO DE AUTOMÓVEL

MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO Nº Processo: 4.01.00


NOME DO PROCESSO: ACOMPANHAMENTO E CERCO DE VEÍCULO
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
- Colete de proteção balística.
- Cinturão com complementos.
- Pistola calibre .40 com 3 carregadores.
- Algemas com a chave.
- Fiel retrátil.
- Lanterna.
- Canivete.
- PM O-58 (Registro de Ocorrência)
- Relatório de Serviço Operacional.
- Caneta.
- Folhas para anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Rádio portátil e Terminal Portátil de Dados (TPD), (quando aplicável).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Atendimento Acompanhamento de veículo. Cerco de veículo.

POP: 4.01.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

ACOMPANHAMENTO DE VEÍCULO REVISADO EM: Nº DA RE-


VISÃO: 3

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Deslocamento da viatura, com os dispositivos luminosos e sonoros acionados, mantendo-se a visão
sobre o veículo acompanhado, desde que não seja descumprido o limite técnico de atuação profis-
sional (colocar em risco a vida dos integrantes da equipe e de terceiros).
- Comunicação, pela rede-rádio, do desenvolvimento do acompanhamento e da conduta dos ocupantes
do veículo e seus posicionamentos.
- Atenção para a Área de Segurança.
- Atenção para a Área de Perigo.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

372
- Comunicar ao COPOM/CAD o início do acompanhamento, informando:
- localização da viatura;
- características do veículo;
- quantidade de ocupantes no veículo, quando possível;
- direção que está sendo tomada.
- Consultar as placas do veículo, por meio do COPOM/CAD e/ou TMD (terminal móvel de dados) para
constatar a sua situação.
- Manter as viaturas informadas do trajeto percorrido pelo veículo em fuga.
- Atentar para eventuais objetos que possam ser arremessados pelos ocupantes.
- Solicitar priorização da rede rádio, disponibilizando-a ao coordenador do cerco (CFP ou CGP) e para
a(s) viatura(s) que estiver(em) envolvida(s) diretamente no acompanhamento ou cerco do veículo.
- Fazer o acompanhamento com distância segura, com maior cautela nos cruzamentos, principalmente,
quando os semáforos estiverem com o sinal vermelho e houver a necessidade de transitar na con-
tramão de direção.
- Deslocar com os dispositivos sonoros e luminosos da viatura acionados, evitando riscos desnecessári-
os.
- Realizar o procedimento de abordagem, conforme POP específico, assim que houver a parada do veí-
culo em fuga, atentando para manter-se na Área de Segurança e não adentrar na Área de Perigo.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que o policial militar que estiver realizando o acompanhamento tenha calma na transmissão dos da-
dos, informando-os com clareza e precisão.
- Que o acompanhamento do veículo ocorra com a devida cautela, visando não dar causa a acidentes.
- Que não haja disparo de arma de fogo por parte dos policiais militares, durante o acompanha-
mento.

AÇÕES CORRETIVAS
- Sempre que o condutor do veículo não obedecer à ordem de parada, e empreender fuga, quando
possível, solicitar apoio de uma aeronave da Polícia Militar.
- Se o policial militar não souber o nome da rua em que se encontra, deverá utilizar pontos de refe-
rência (nomes de ruas transversais, praças, nomes de escolas, supermercados, igrejas e outros dados
físicos do ambiente), para possibilitar sua localização.
- Se os policiais militares perderem contato visual com o veículo em fuga, avisar imediatamente ao co-
ordenador do cerco o último destino tomado pelo automóvel:

- atentar para vestígios deixados pelos infratores, tais como, marca de frenagem no asfalto, locais com
sinal de danos recentes, garagens, galpões, estacionamentos ou locais ermos que possam ser utiliza-
dos para esconder o veículo;
- solicitar informações de outros condutores e/ou pedestres sobre o possível destino tomado pelo
veículo.
- Se os policiais militares identificarem algum objeto sendo arremessado pelos ocupantes do veículo,
deverão informar o COPOM/CAD a localização, solicitando que outra viatura faça a vistoria no local.
- Havendo disparos de arma de fogo por parte dos infratores, enquanto os veículos estiverem em
movimento, o policial deverá:
- aumentar a distância da viatura com relação ao veículo acompanhado;
- não revidar, pois não há possibilidade de controlar os disparos e, dessa forma, pessoas inocentes po-
derão ser atingidas nas cercanias do trajeto, inclusive no interior do veículo ou porta- malas;
- informar ao COPOM/CAD, que houve disparos efetuados e, se possível, o tipo de armamento.
- Cessado o movimento dos veículos, caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança,
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

deverá criar uma, com base no conceito de Área de Segurança e proceder conforme o POP de abor-
dagem a veículo.
- Se for(em) constatada(s) pessoa(s) ferida(s) e não houver disponibilidade de nenhuma outra equipe
para permanecer com a vítima até a chegada das equipes de socorro, adotar as providências previstas
no POP 2.05.01 - Ação do policial militar para preservar o local de crime, informando ao COPOM/CAD
a última direção tomada pelo veículo e a necessidade de socorro:
- havendo mais de uma viatura no acompanhamento, somente uma permanecerá junto à vítima.

POSSIBILIDADES DE ERRO

373
- Não comunicar o início do acompanhamento ao COPOM/CAD.
- Deixar de informar características importantes como localização da viatura, características do veículo,
quantidade de ocupantes no veículo (quando possível), entre outras.
- Deixar de consultar o COPOM/CAD e/ou TMD (terminal móvel de dados) sobre a placa do veículo.
- Não manter a distância segura.
- Policial adentrar na Área de Perigo.
- Deslocar sem os dispositivos sonoros e luminosos da viatura acionados.
- Constatando pessoas feridas, deixar de solicitar ao COPOM/CAD que providencie o socorro por meio
do acionamento imediato do SAMU, serviço local de emergência ou Unidade de Resgate (UR) do
Corpo de Bombeiros, ou, na ausência destes, pela própria equipe.
- Chocar, propositadamente, a viatura contra o veículo em fuga, com o intuito de desestabilizá-lo.
- Os policiais militares dispararem, intencional ou acidentalmente, ou ainda revidarem disparos de arma
de fogo contra o veículo acompanhado, em deslocamento.

ESCLARECIMENTOS
- Distância de segurança: é a distância que deve ser mantida do veículo que está em fuga, pela via-
tura que está realizando o acompanhamento, tanto frontal quanto lateral. Deve ser mantida para evitar
colisões em caso de frenagem de emergência e aumentada no caso de disparos contra a viatura.
Para cálculo desta distância um dos métodos é o dos “três segundos”: Localize na via, um ponto fixo
qualquer (árvore, poste, ponte) e observe a passagem do veículo que segue à sua frente. Tão logo
ele passe pelo local escolhido comece a contagem mentalmente (mil e um, mil e dois, mil e três). Se
o seu veículo atingir o referido ponto antes do término da contagem é que a distância existente não
oferece segurança. Nesse caso, diminua a velocidade procurando aumentar a distância. No caso de
viaturas 2 rodas, a distância de segurança deverá ser maior.
- Devemos considerar também, outros fatores para aumento da distância, dentre eles, condições da via,
do veículo, climáticas, habilidade e situação psicofísica do condutor, sempre readequando a distância
e velocidade da viatura, conforme o caso (artigo 29, inciso II, combinado com o artigo 192 do CTB).
- COPOM/CAD: deve ser compreendido como toda a rede de apoio ao policial militar no atendimento
da ocorrência, cabendo ao despachador viabilizar o contato com os superiores de serviço, respon-
sáveis pelas providências a serem adotadas.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

374
. Por que não há possibilidade de controlar o disparo embarcado em veículo em movimento?

Primeiramente é necessário desconstruir a crença de que uma pessoa em fuga pare ou se entregue ao
ouvir o som de um disparo de arma de fogo. Além de não haver fundamentação técnica, o racional é que
a pessoa em fuga adote um comportamento muito mais evasivo potencializando os riscos da ação policial.
O segundo aspecto é que quando se está embarcado, num veículo em movimento são muitas as variá-
veis que interferem na qualidade e efetividade de um disparo de arma de fogo. Além de serem muitas, estas
variáveis estão fora do controle de quem dispara a arma de fogo. Citem-se algumas delas como exemplo:

- Não há controle sobre o tipo de piso sobre o qual o veículo se desloca, ou ainda se haverá buracos,
lombadas, irregularidades, etc.
- Não há controle sobre quais ações o motorista vai tomar na direção da viatura policial. Ele pode frear ou
acelerar bruscamente, guinar à esquerda ou à direita, etc.
- Não há controle sobre as ações do motorista do veículo em fuga. Ele pode frear ou acelerar o veículo,
passar por piso irregular, buracos, lombadas, guinar à esquerda ou direita, etc.

Note que todas estas variáveis têm influência fundamental na efetividade do tiro. Veja as considerações
abaixo:

As angulações produzidas no eixo do cano pela empunhadura da arma de fogo são fundamentais para o
disparo policial. Consideremos uma arma de fogo sendo disparada a 10 metros de distância contra um alvo.
Observe a figura 1. A circunferência apresenta a distância de 10 metros como o seu raio, pois é justamente a
distância entre o cano da arma de fogo e o alvo. Para se saber a quantos centímetros equivale cada grau des-
sa circunferência, aplica-se a fórmula do comprimento da circunferência. Como resultado, temos que cada
grau de variação do cano da arma, a uma distância de 10 metros, equivale a 17,45 centímetros de desvio no
alvo. Isso mesmo! A dez metros, se houver a variação de 11,25 graus, o desvio no alvo será de 1,96 metros!

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 1

375
Agora, pense nas variáveis exemplificadas na figura 1, acima, e como elas podem imprimir
desvios angulares no cano da arma. Note que se a distância for maior, os desvios também. No exemplo da
figura acima, se a arma de fogo estivesse a 20 metros de distância do alvo, o desvio de 11,25 graus produziria
um desvio de quase 4 metros (3,93m)!
A figura 2, abaixo, apresenta um veículo em fuga e a distância entre os veículos é de dez metros. Note as
angulações grafadas na figura. Uma angulação de apenas 5,62 graus no cano da arma de fogo pode produzir
um desvio de cerca de 1 metro. Como se pode ver na figura, um policial que, pensando em parar o veículo,
dispare sua arma de fogo contra os pneus, poderá acertar o parabrisa do veículo, tão somente com uma
angulação mínima de 5 graus!!!! Se a distância entre os veículos for maior, como por exemplo 20 metros, o
desvio para os mesmos 5,62 graus será de 2 metros!
Assim, quando o policial não tem controle de todas as variáveis que interferem na sua empunhadura o
disparo não deve ser realizado, como é o caso do disparo embarcado em veículo em movimento.

Figura 2

4. Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e
posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de modo
a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional. A Área de
Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura e própria para
a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme as figuras 3, 4 e 5.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

376
Na via: Em edificações:

Figura 3

Figura 5

5. Área de Perigo: é considerada como o local em


que o suposto agressor está localizado ou confinado,
bem como o “cone da morte”, ou seja, áreas que
possibilitam o contato visual do policial desabrigado
com o agressor e podem comprometer a integridade
do policial. Dada a iminência de confronto, o policial
militar nunca deve adentrá-la, indicando-se a
verbalização como o recurso mais adequado até que
o criminoso abandone essa área e eventual arma que
esteja em seu poder, colocando-se em condições
visuais para a abordagem e detenção seguras, e caso
Figura 4 isso não ocorra, acionar apoio de OPM especializada.
Esse conceito serve também para edificações,
portanto, só se adentra em um recinto se houver
certeza de que nele não existe ameaça ou realizando
a varredura a fim de verificar se o local está seguro,
quando estritamente necessário, lembrando-se de
que a partir do momento em se que encontra a Área
de Perigo, ou seja, aquela onde se encontra o infrator,
deve ser criada a Área de Segurança, onde o policial
deve permanecer. As figuras 6, 7 e 8 demostram a
ação equivocada de policiais que adentram na Área
de Perigo. CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

377
Na via:

Figura 6

Figura 7

Em edificações:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 8

378
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
DATA: N° POP:
N° PROCESSO: 4.01.00 Acompanhamento de veí-
// 4.01.01
culo.
ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. O COPOM/CAD foi comunicado sobre o início do
acompanhamento?
2. Foram informados os dados importantes como loca-
lização da viatura, características do veículo e direção
que está sendo tomada?
3. Foi consultada a placa do veículo, por meio do CO-
POM/CAD, a fim de constatar sua situação?
4. As demais viaturas foram informadas sobre o trajeto
percorrido pelo veículo em fuga?
5. O policial militar esteve atento para eventuais objetos
que arremessados pelos ocupantes do veículo em
fuga?
6. Durante o acompanhamento, foi mantida a distância
de segurança?
7. O deslocamento da viatura foi realizado com os dis-
positivos sonoros e luminosos da viatura acionados?

8. O policial militar adentrou na Área de Perigo?


9. Na constatação de pessoas feridas durante o trajeto
do acompanhamento, foi solicitado ao COPOM/CAD
o acionamento imediato do SAMU, serviço local de
emergência ou Unidade de Resgate (UR) do Corpo
de Bombeiros, ou, na ausência destes, pela própria
equipe?

10. Houve disparos de advertência?

11. Houve disparos contra o veículo, na tentativa de


fazê-lo parar? CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

379
POP: 4.01.02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

CERCO DE VEÍCULO REVISADO EM: 04/06/2013


Nº DA REVISÃO: 2

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Posicionamento da viatura, conforme determinação do coordenador do cerco.
- Cerco do veículo a ser abordado, de forma técnica, eficiente e eficaz.
- Parada dos veículos que transitam pela via.
- Parada do veículo em fuga.
- Atenção para a Área de Segurança.
- Atenção para a Área de Perigo.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Com base nas informações transmitidas pela viatura que está acompanhando o veículo em fuga, o
coordenador do cerco determinará o posicionamento da(s) viatura(s):
- o posicionamento deverá visar à obstrução da via (total ou parcialmente) utilizada pelo veículo em
fuga, além de outras rotas possíveis;
- poderão ser utilizados cones, cavaletes, a própria viatura ou meios de fortuna.
- A(s) viatura(s) que participar(em) da obstrução da via deverá(ão) fazê-la na seguinte conformidade:
- posicionar a viatura no acostamento ou próximo à calçada, com os dispositivos luminosos e sonoros
acionados, de forma que os usuários da via consigam visualizá-la em tempo hábil para a redução
de velocidade;
- desembarcar e sinalizar a parada dos veículos que transitam pela via;
- efetuar o fechamento das faixas, da direita para esquerda, diminuindo o fluxo de veículos até a sua
parada total ou parcial.
- após a parada dos veículos, permitir o escoamento gradativo do fluxo da via, até que os policiais mil-
itares possam visualizar a aproximação do veículo em fuga;
- assim que houver a parada do veículo em fuga, manter-se na Área de Segurança e realizar o
procedimento de abordagem conforme POP específico, atentando sempre para a segurança dos
demais usuários da via.
- Havendo disponibilidade, utilizar os dispositivos de retenção que atuam diretamente nos eixos de
tração dos veículos, como redes, que contribuem para a diminuição da velocidade e aumentam a
segurança na ação policial, além de evitar acidentes.

RESULTADOS ESPERADOS
- Posicionamento adequado das viaturas, a fim de propiciar a obstrução da via utilizada pelo ve-
ículo em fuga.
- Contenção do veículo em fuga, propiciando condições adequadas à abordagem.
AÇÕES CORRETIVAS
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

380
- Se o veículo em fuga conseguir transpor o “bloqueio” (fechamento das faixas da via pública), os po-
liciais militares deverão continuar o acompanhamento, informando ao coordenador do cerco, para
que seja feito um novo planejamento e tentativa de parada do automóvel.
- Caso o policial militar não identifique uma Área de Segurança, deverá criar uma, com base no con-
ceito de Área de Segurança.
- Nas ocorrências com desfecho envolvendo confronto (tendo ou não pessoas feridas ou mortas),
apreensão de drogas, armas, pessoas procuradas pela justiça, ou ainda, ocorrências que poderão
ter repercussão na imprensa, meio político e sociedade, acionar a Agência de Inteligência para que
tome conhecimento acerca das informações necessárias.
- As causas, circunstâncias, efeitos, consequências, detalhes ou mesmo divulgação de fatos de
qualquer natureza, face à necessidade de intervenção da Polícia Militar, envolvendo o acompanha-
mento do veículo, objeto de pedido de informação por profissional da mídia, deverá ser divulgado
apenas pela Sala de Imprensa da PMESP, que funciona 24hs ininterruptas.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Deixar de posicionar a viatura conforme determinação do coordenador do cerco.
- Posicionar a viatura sem os dispositivos luminosos e sonoros acionados.
- Policial adentrar a Área de Perigo.
- Posicionar a viatura em local de difícil visualização para os demais usuários da via.
- Utilizar dispositivo de retenção para parada de veículos de forma a causar acidentes.

ESCLARECIMENTOS
- Cerco: Posicionamento das viaturas disponíveis em possíveis vias ou locais que possam ser utili-
zados para interromper o fluxo de veículos, total ou parcialmente.
- Cerco de forma técnica, eficiente e eficaz: Realizar o cerco de forma que as possíveis vias de fuga
sejam abrangidas pelas viaturas designadas para fazê-lo, resultando condição impeditiva para a
continuidade de deslocamento do veículo em fuga, de forma a permitir o adequado procedi-
mento de abordagem.
- Obstrução da via: Medida que consiste no controle de uma determinada via para isolamento (total
ou parcial) utilizando-se cones, cavaletes, viatura ou outros meios de fortuna, com a atuação do
Policial com o objetivo de reduzir a velocidade dos veículos, para isolar e conter o problema em
uma determinada área, mantendo-se o controle sobre esta.
- Área de Segurança: é o local mediato onde os policiais militares estão mais protegidos de riscos e
posicionados a uma distância segura em relação ao suposto agressor, com ampla visibilidade, de
modo a possibilitar intervenções coordenadas, nas situações de não conformidade operacional.
A Área de Segurança, portanto, possui algumas características essenciais: isolada, afastada, segura
e própria para a verbalização, até que o criminoso se entregue, conforme exemplo das figuras
1, 2 e 3.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

381
Na via: Em edificações:

Figura 1

Figura 3

5. Área de Perigo: é considerada como o local


em que o suposto agressor está localizado
ou confinado, bem como o “cone da morte”,
ou seja, áreas que possibilitam o contato vi-
sual com o agressor e podem comprometer
a integridade do policial. Dada a iminência
de confronto, o policial militar nunca deve
adentrá-la, indicando-se a verbalização
como o recurso mais adequado até que o
Figura 2 criminoso abandone essa área e eventual
arma que esteja em seu poder, colocando-
-se em condições visuais para a abordagem
e detenção seguras. Esse conceito serve
também para edificações, portanto, só se
adentra em um recinto se houver certeza de
que nele não existe ameaça, ou realizando
a varredura a fim de verificar se o local está
seguro, quando estritamente necessário,
lembrando-se de que a partir do momen-
to em se que encontra a Área de Perigo,
ou seja, aquela onde se encontra o infrator,
deve ser criada a zona de segurança, onde
o policial deve permanecer. As figuras 4, 5 e
6 demostram a ação equivocada de policiais
que adentram a Área de Perigo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

382
Na via:

Figura 4

Figura 5

Em edificações:

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 6

383
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
NAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

DATA: N° POP: NOME DA TAREFA:


N° PROCESSO: 4.01.00
// 4.01.02 Cerco de veículo.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar posicionou-se conforme determina-
ção do coordenador do cerco?
2. Nas vias obstruídas, o policial militar permaneceu
com os dispositivos luminosos e sonoros da viatura
acionados?
3. Nas vias obstruídas, o policial militar realizou o fecha-
mento das faixas, da direita para a esquerda?
4. O policial militar adentrou na Área de Perigo?

5. Após a parada dos veículos, houve a necessidade de


permitir o escoamento gradativo do fluxo da via, até
a visualização do veículo em fuga?

6. Houve disponibilidade e ou oportunidade, para utili-


zar os dispositivos de retenção, como redes?

7. Quando da parada do veículo em fuga e conseqüente


abordagem, houve a preocupação com segurança
dos usuários da via?

DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: ACOMPANHAMENTO E CERCO DE VEÍCULO

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO

Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e “c”
do art. 3º do Decreto Lei 667/69 (redação pelo Decreto-lei nº 2010);
Atribuições das Policias Militares LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento da
Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do
Estado de São Paulo. Nº 5,. jan/mar, 1995
Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII,XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII, LXIII, LXIV e
Preceitos constitucionais
LXV da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres Individuais e
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Coletivos.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª
Edição, São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Na-
Poder de Polícia
cional; LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem
pública. 3.ed. Rio de Janeiro:Forense, 1998.

384
LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista
A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº
30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem
Arbitrariedade e discricionariedade da
pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998;
ação policial
MAURÍCIO GARIBE e CEL PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia.
Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Nº 23.

Excludente de ilicitude Art. 23 do Decreto-Lei Nº 2.848, de 07DEZ40 (Código Penal).

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art.


Condução das Partes 1º do Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Su-
premo Tribunal Federal de nº 011; Decreto Estadual nº 57.783/12.

Condução de partes envolvidas em


Art. 69 da Lei 9.099/95; parágrafo único do art. 69 da Lei 9.099/95.
infração penal de menor potencial
(vide também Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02).
ofensivo.

Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código


Penal; Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10.259/01 (dispõe so-
bre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito
da Justiça Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03
Apresentação de ocorrência na repar-
de 24JUL03 (consolida as normas relativas aos Juizados Informais de
tição pública competente
Conciliação, Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Crimi-
nais); Resoluções de nº 2.076, de 22JUL77 e 2.010/16, de 22JUL10,
ambas do Conselho Econômico e Social da ONU (Organização das
Nações Unidas); Decreto Estadual nº 57.783, de 10FEV12.

Perseguição a pessoa e veículo Resolução SSP nº 21, de 11ABR90.

Testemunha Art. 202 e art.206 do Código de Processo Penal.

Art. 106, artigo 172 e § único, artigos 178 e 262, todos da Lei
federal nº 8.069, de 13JUL90 – Estatuto da Criança e do Adolescente
Condução de criança e adolescente
(ECA); Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02 (altera o parágrafo único do
art. 69 da Lei federal de 9.099/95); Lei Federal 8.063, de 13OUT90.

Normas Operacional de Policiamento


Diretriz nº PM3-008/02/06, de 01AGO06.
PM - NORSOP

Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº


Comunicação Social PM5-001/05/90 e pela Portaria nº PM5-003/511/11, publicada no Bo-
letim Geral nº 105, de 06JUN11.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Cautela no Deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-005/02/99, de 26JAN99.

Reiteração na cautela no deslocamento Ordem de Serviço nº PM3-006/02/05, de 13JUL05.

Uso de Dispositivos luminosos e


Ordem de Serviço nº PM3-011/02/18-Circular, de 19AGO18.
sonoros
Emprego e Controle de Terminal
Ordem de Serviço nº DTel-008/110/11 - Circular, de 04NOV11.
Móvel de Dados (TMD)

385
Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 08-003 - Complemen-
Disparo de Arma de Fogo em Acompan-
tar, de 19AGO08 e Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 14,
hamento
de 13JUL09.

Técnica de Direção/Pilotagem Policial


Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 77, de 12NOV12.
Preventiva

Mortes, afastamentos temporários ou


definitivos de Policiais Militares nos des- Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 83, de 31JAN13.
locamentos de Emergência com Viaturas

Uso de Luzes Intermitentes Resolução CONTRAN nº 268, de 15FEV08.

Instrução Continuada de Comando (ICC) nº 230, de 22AGO18 e


Área de Segurança e Área de Perigo
Programa Vídeo Treinamento (PVT) de AGO/18.

______. PROCESSO 4.04.00 CUMPRIMENTO DE MANDADO JUDICIAL

MAPA DESCRITIVO DO PROCESSO Nº Processo: 4.04.00


NOME DO PROCESSO: CUMPRIMENTO DE MANDADO JUDICIAL
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
- Colete de proteção balística.
- Cinturão com complementos.
- Pistola calibre .40 com 3 carregadores.
- Algemas com a chave.
- Fiel retrátil.
- Lanterna.
- Canivete.
- BOPM.
- Relatório de Serviço Operacional.
- Caneta.
- Folhas para anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Rádio portátil e Terminal Portátil de Dados (TPD), (quando aplicável).

ETAPAS PROCEDIMENTOS
Planejamento da Ação Planejamento do cumprimento do mandado judicial.

Atendimento da ocorrência
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Cumprimento do mandado judicial (prisão, busca ou apreensão).

386
POP: 4.04.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

PLANEJAMENTO DO CUMPRIMENTO DO MAN-


DADO JUDICIAL REVISADO EM: 06/06/2013 Nº
DA REVISÃO: 01

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Levantar informações.
- Estabelecer o efetivo necessário para o cumprimento do mandado judicial.
- Estabelecer recursos materiais necessários para o cumprimento do mandado judicial.
- Estabelecer cronograma.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Receber o mandado judicial e conferir toda documentação, certificando-se do local exato, pessoa(s) e/
ou objeto(s) que será(ão) apreendido(s), observando (campo doutrina operacional) a norma que versa
sobre o cumprimento de requisições oriundas do Poder Judiciário ou Ministério Público, no que couber.
- Verificar junto ao P/2 da OPM, a disponibilidade de informações que possam contribuir para o cum-
primento do mandado judicial, o que poderá ser feito por meio dos Sistemas Inteligentes (COPOM
On-Line, Infocrim, Infoseg, Fotocrim, etc).
- Havendo tempo hábil, obter informações nas proximidades do local, como: situação do imóvel (edi-
fício, habitação coletiva, local de difícil acesso), contato com vizinhança, possíveis rotas de fuga,
número de morados no imóvel, presença de crianças, pessoas portadoras de deficiência, escadas,
tamanho de porta e janelas, saída pelos fundos, dentre outras.
- Diante das informações obtidas, prever o efetivo mínimo necessário para que a ação ocorra de forma se-
gura e efetiva.
- Estabelecer as funções e posicionamentos de cada integrante no momento da ação, definindo o co-
mandante da equipe, aquele(s) que ficará(ão) na segurança, o(s) responsável(is) pelas anotações acerca
da ação e/ou comunicações, a(s) equipe(s) responsável(is) pela vistoria interna do local, os responsáveis
pela segurança do Oficial de Justiça, dentre outros.
- Verificar ainda, quais serão os materiais necessários para o cumprimento do mandado.
- Confirmar se haverá necessidade de apoio especializado: GATE, Bombeiro, Sistema “Olho de Águia”
para captação de imagens em tempo real, Canil, ou ainda o apoio de outros órgãos públicos, como é o
caso da equipe de zoonoses, para a captura de animais domésticos, dentre outros.
RESULTADOS ESPERADOS
- Obtenção das informações necessárias para o êxito da missão.
- Adequação da quantidade de policiais militares empregados com as informações previamente levantadas.
- Previsão adequada dos materiais que serão utilizados no local, bem como da necessidade de apoio
especializado.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

387
AÇÕES CORRETIVAS
- Se houver dúvida quanto ao conteúdo do mandado judicial, buscar esclarecimentos junto à autoridade
judiciária que o expediu.
- Se houver falta de alguma informação necessária no mandado judicial e a autoridade judiciária não sou-
ber informar, ratificar com a mesma o cumprimento da ordem.
- Se a OPM não dispuser de algum tipo de material necessário para o cumprimento da ação, verificar a
possibilidade de obter junto a OPM especializadas.
- Se no mandado judicial não especificar e/ou discriminar a quantidade de objeto(s) a ser(em) apreendido(s),
os policiais militares deverão realizar vistoria no local, bem como as buscas pessoais necessárias.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Deixar de levantar informações que possam contribuir para o cumprimento do mandado judicial.
- Prever efetivo menor ou acima do necessário.
- Não distribuir as funções e posicionamentos dos policiais militares que cumprirão o mandado.
- Não prever material necessário para o cumprimento do mandado.
ESCLARECIMENTOS
- Busca e apreensão domiciliar:
Art. 5º, inciso XI da Constituição Federal de 1988, esclarece: “ser a casa asilo inviolável do indivíduo;
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou de-
sastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial”.
Observação:
O presente processo teve sua numeração alterada, ou seja, até a presente data constava como PRO-
CESSO 1.07.00 - BUSCA E APREENSÃO.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: / _/ Nº PROCESSO: 4.04.00 Planejamento do cumprimen-
4.04.01
to de mandado judicial

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES

1. Ao receber o mandado judicial, foi conferida toda


documentação, certificando-se do local exato,
pessoa(s) e/ou objeto(s) que seria apreendido(s)?

2. Foi verificado junto ao P/2 da OPM, a disponibilidade


de informações que pudessem contribuir para o
cumprimento do mandado judicial?

3. Diante das informações obtidas, foi previsto o efeti-


vo mínimo necessário para que a ação ocorresse de
forma segura e efetiva?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

4. Foram verificados os materiais necessários para o


cumprimento do mandado?

5. Foi verificado necessidade de apoio especializado?

388
POP: 4.04.02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

CUMPRIMENTO DO MANDADO JUDICIAL


(PRISÃO, BUSCA OU APREENSÃO) REVISADO EM: 06/06/2013 Nº
DA REVISÃO: 1

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Preleção e instrução ao efetivo.
- Chegada e aproximação do local.
- Contato com morador ou responsável pelo local.
- Vistoria dos compartimentos existentes no imóvel.
- Apreensão da(s) pessoa(s) ou bem(ns) determinado(s).

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- Reunir a equipe que cumprirá o mandado e prelecioná-la sobre a execução da ação, realizando, inclu-
sive, a leitura do documento judicial.
- Informar o COPOM/CAD sobre o cumprimento do mandado e a(s) equipe(s) envolvida(s).
- Deslocar-se para o local determinado no documento judicial. Adotar o POP nº 1.01.03 – Chegada ao
local do fato.
- Identificar por meio de vizinhos ou moradores locais, informações que possam auxiliar as diligências,
como: número de moradores no imóvel, presença de crianças, presença de pessoas com necessidades
especiais, quantidade e tamanho de portas e janelas, existência de escadas, saída pelos fundos, dentre
outras.
- Por meio da disciplina de ruído, posicionar os policiais militares em pontos vulneráveis e de perigo,
que devam ser vigiados e cobertos durante todo ou maior parte do tempo.
- O responsável pelo cumprimento do mandado (Oficial de justiça ou Comandante da Operação) deverá
deslocar-se com segurança, até a entrada do imóvel.
- Acionar o morador ou o responsável pelo local, informando-o a respeito da ordem judicial, intimando-o
para que abra a porta e que fique em local seguro.
- Mostrar e ler o mandado judicial ao morador ou responsável.
- Determinar ao morador ou responsável pelo local que apresente o(s) objeto(s) ou pessoa(s) descritos no
mandado.
- Apresentando a pessoa ou objeto (este deverá ser preservado, se possível com a utilização de luvas e
invólucros para guardá-los), estes deverão ser conduzidos ao Distrito Policial para confecção de Boletim
de Ocorrência e Auto de Exibição e Apreensão.
- O Comandante da Operação deverá elaborar o BOPM e dar ciência ao seu Comandante imediato a res-
peito do cumprimento do mandado judicial.
- Nos casos em que o morador/responsável ou ocupante(s) do imóvel não acatar(em) a determinação
judicial:
- buscar a negociação com o morador/responsável pelo imóvel, esclarecendo-o sobre a possibilidade do
uso da força para o cumprimento do mandado.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- se possível, arrolar testemunhas da negativa do cumprimento da ordem judicial.

389
- empregar a força necessária para transpor obstáculo, vencer a resistência ou impedir a tentativa de fuga
do preso.
- Submeter o infrator aos procedimentos de busca pessoal e uso de algemas (se for necessário), conforme
POP específicos.
- controlar a entrada de policiais, a fim de que não haja excesso ou falta de efetivo policial.
- solicitar que o morador/responsável ou testemunha(s) acompanhe(m) a vistoria.
- vistoriar os compartimentos do local, de modo a não importunar os moradores mais do que o indispen-
sável para o êxito da diligência.
- ao abrir portas, posicionar-se do lado da fechadura, abrindo-a lentamente.
-. acautelar-se:
- ao percorrer as dependências do imóvel, empregar as técnicas de “fatiamento/tomada de ângulo” e “olha-
da rápida”, evitando, desta forma, a exposição desnecessária e insegura do corpo. Havendo disponibili-
dade, utilizar o espelho antes de se expor;
-. ao abrir portas de armários que possam ser utilizados como esconderijos;
- ao vistoriar sob camas ou móveis altos, bem como subida de escadas, que podem oferecer alto risco e
dificultar uma eventual retirada rápida. Havendo disponibilidade, utilizar o espelho antes de se expor.
- no quintal, vasos de plantas, copas e troncos de árvores (do lado interno e externo da residência), muros,
viveiro de animais e casas de cachorro não devem ser esquecidos.
- comunicar aos demais integrantes da equipe, a situação dos compartimentos (com ou sem risco).
- atentar para a existência de computadores, celulares, chip, agendas eletrônicas, pen drives e outros ma-
teriais que possam conter informações importantes, restringindo-se a apreender somente o relacionado
no mandado.
- dos objetos verificados e que não serão alvo de apreensão, mantê-los no local de origem.
- descoberta a(s) pessoa(s) ou coisa(s) que se procura(m), será(ão) imediatamente presa(s)/apreendida(s) e
posta(s) sob custódia da autoridade.
- o(s) objeto(s) apreendido(s) deverá(ão) ser preservado(s), possibilitando exame pericial posterior. Para
tanto, utilizar luvas descartáveis e invólucros (sacos) de plástico para embalá-lo(s), quando possível.
- conduzir a(s) pessoa(s) ou objeto(s) ao Distrito Policial para confecção de Boletim de Ocorrência e Auto
de Exibição e Apreensão.
- o policial militar de maior patente deverá elaborar o BOPM e dar ciência ao seu Cmt do cumprimento do
mandado judicial.
- Nas situações em que o morador ou responsável estiver ausente ou ainda, havendo presença de pessoa
deficiente e/ou incapaz (pessoa com impossibilidade de locomoção e/ou incapaz de compreender o
fato):
- se possível, arrolar testemunha (preferencialmente vizinhos), a fim de acompanhar a diligência.
- buscar os materiais necessários para franquear a entrada no local.
- adotar a seqüência de ações descritas nos subitens 12.3 ao 12.17 deste POP.
- Nas situações em que o Oficial de Justiça for executar o mandado, caberá aos policiais militares acompa-
nhá-lo, resguardando sua integridade e garantindo o cumprimento da ordem judicial.
- Nas situações em que o cumprimento do mandado for realizado somente pela Polícia Militar, sem a par-
ticipação do Oficial de Justiça, o Comandante da Operação deverá confeccionar um relatório acerca do
cumprimento da ordem judicial, o qual será endereçado à autoridade jurisdicional expedidora, por seu
Comandante imediato.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

390
RESULTADOS ESPERADOS
- Prisão ou apreensão de pessoa(s) determinada pela Justiça.
- Apreensão do objeto descrito no mandado judicial.
- Cumprimento da ação de forma segura aos policiais militares e demais envolvidos.
AÇÕES CORRETIVAS
- Nos casos em que o Oficial de Justiça solicitar apoio para o cumprimento de um mandado di-
retamente a uma equipe, solicitar imediatamente a presença do superior de serviço para que co-
munique o Cmt de Força Patrulha, ou equivalente, que analisará e avaliará a existência de meios para o
atendimento.
- Se for à noite, buscar a autorização do morador, na presença de testemunha. Se não houver autor-
ização, aguardar o horário possível para realizá-la, cercando os pontos vulneráveis.
- Chegando ao local, se constatado a existência de elevadores, os policiais militares deverão mantê- lo
parado no andar térreo e sob controle policial, antes de iniciar as buscas.
- Nos casos de locais de habitação coletiva ou em compartimento não aberto ao público, onde al-
guém exerça profissão ou atividade, deverão ser adotados os mesmos procedimentos previstos para
o cumprimento de mandado de busca em domicílio.
- Não sendo encontrada a pessoa ou objeto (previsto no mandado) será comunicado ao proprietário ou
morador do local, de maneira clara, que nada está sendo levado.
- Havendo a localização de outros objetos, não constantes no mandado judicial e que sejam produtos de
crime, deverão ser apreendidos, bem como presas as pessoas que estavam na posse.
- Se durante o cumprimento do mandado judicial for constatada a necessidade de apoio especializado,
contatar as OPM disponíveis (Canil, GRPAe, GATE, Bombeiros, etc).
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Deixar de prelecionar o efetivo e instruí-lo sobre a ação que será executada.
- Executar a busca sem o devido mandado judicial ou fora das exceções previstas em lei.
- Executar a busca sem coordenação colocando em risco as pessoas envolvidas.
- Não se atentar para os pontos de maior risco no local.
- Deixar de encontrar a(s) pessoa(s) ou o(s) objeto(s) que poderia(m) ter sido localizado(s) caso a ação
fosse melhor executada.
- Agir com abuso ou excesso durante ação policial.
- Não arrolar testemunhas, quando possível e necessário à ação policial.
- Alterar a forma como o objeto (corpo de algum delito) foi recolhido.

ESCLARECIMENTOS
- As buscas domiciliares serão executadas durante o dia, podendo permanecer após esse período o estrito
tempo para o término da diligência.
- Se à noite, buscar o consentimento do morador, na presença de testemunha, se possível, arrolando-a.

Busca e apreensão domiciliar:

Art. 5º, inciso XI da Constituição Federal de 1988, esclarece: “ser a casa asilo inviolável do indivíduo;
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou durante o dia, por determinação judicial”.

O artigo 150 do Código Penal determina: [...]

§ 4º A expressão “casa” que compreende: I - qualquer compartimento habitado,


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- aposento ocupado de habitação coletiva,


- compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade

391
§ 5º Não se compreendem na expressão “casa”:
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do nº II do
parágrafo anterior;
II – taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

- Nos casos em que for necessário franquear a entrada ao local de difícil acesso, havendo disponibilidade,
habilidade e conhecimento técnico, o policial militar poderá fazer uso de outros materiais, tais como:
explosivo, pé de cabra, etc.
- Os policiais militares, para o cumprimento do mandado de prisão e ou de busca e apreensão, somente
poderão adentrar em residências se estiver citado no corpo do mandado o local e a data (ou período)
do seu cumprimento.
- Deficiência: perda ou anormalidade de estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, tempo-
rária ou permanente.
- Incapacidade: restrição, resultante de uma deficiência da habilidade para desempenhar uma atividade
considerada normal para o ser humano.
- Disciplina de ruído – é o conjunto de recomendações que deve ser empregado para reduzir ou eliminar
qualquer tipo de som, de modo que possa ter seu posicionamento em anonimato.

Recomendações:

-. antes da ação, inspecionar suas vestes e aparelhos, tais como celular, chaves em bolsos e etc;
- ao progredir no terreno, pisar de modo a que não faça barulho ou que seja o mínimo possível, atentando
para o local (piso de taco, chão batido, pedregulhos, folhagem e etc);
-. combinar previamente sinais ou gestos para se comunicarem entre si.
- Observação:

O presente processo teve sua numeração alterada, ou seja, até a presente data constava como PROCESSO
1.07.00 - BUSCA E APREENSÃO.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
Nº POP: Cumprimento do mandado
DATA: / _/ Nº PROCESSO: 4.04.00
4.04.02 judicial (prisão, busca ou
apreensão)

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O COPOM/CAD foi informado sobre o cumprimento
do mandado e as equipes envolvidas?
2. Foi dado cumprimento ao POP nº 1.01.03 – Chega-
da ao local do fato?
3. Os policiais militares foram posicionados em pontos
vulneráveis e de perigo, que deviam ser vigiados e
cobertos durante todo ou maior parte do tempo?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

4. Houve deslocamento com segurança, até a entrada


do imóvel?
5. O morador foi informado a respeito da ordem ju-
dicial e intimado para que abrisse a porta e se
posicionasse em local seguro?
6. Foi determinado ao morador ou responsável pelo
local que apresentasse o(s) objeto(s) ou pessoa(s)
descritos no mandado?

392
7. A(s) pessoa(s) ou objeto(s) apreendido(s) foram con-
duzidos/encaminhados ao Distrito Policial?
8. Nos casos em que o morador deixou de acatar a
decisão judicial, foram arroladas testemunhas?
9. Nas situações em que o morador deixou de acatar a
decisão judicial, foi utilizada a força proporcional
necessária para o seu cumprimento?
10. Quando ausente o morador, foi(ram) arrolada(s)
testemunha(s) a fim de acompanhar a diligência?

DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: CUMPRIMENTO DE MANDADO JUDICIAL

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO

Art. 144, § 5º, 1ª parte, da Constituição Federal; letra “a”, “b” e


“c” do art. 3º do Decreto Lei 667/69 (redação pelo Decreto-lei nº
Atribuições das Policias Militares 2010); LAZZARINI, Álvaro. A Segurança Pública e o Aperfeiçoamento
da Polícia no Brasil. Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar
do Estado de São Paulo. Nº 5,. jan/mar, 1995

Art. 5º e os incisos II, III, XIII, XV, XVI, XXII,XXXIX, XLII, XLIII, XLIX,
LIV, LVI, LVII, LVIII, LXI, LXII, LXIII, LXIV e
Preceitos constitucionais
LXV da Constituição Federal, dos Direitos e Deveres Individuais e
Coletivos.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª
Edição, São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Na-
Poder de Polícia
cional; LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem
pública. 3.ed. Rio de Janeiro:Forense, 1998
LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista A
Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº
30;
LAZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública.
Arbitrariedade e discricionariedade
3.ed. Rio de Janeiro: Forense, 1998;
da ação policial
MAURÍCIO GARIBE e CEL PMESP ALAOR SILVA
BRANDÃO. Os Limites da Discricionariedade do Poder de Polícia.
Revista A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São
Paulo. Nº 23.
Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º
Condução das Partes do Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo
Tribunal Federal de nº 011; Decreto Estadual nº 57.783/12.
Condução de partes envolvidas em
Art. 69 da Lei 9.099/95; parágrafo único do art. 69 da Lei 9.099/95.
infração penal de menor
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

(vide também Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02)


potencial ofensivo.

Art.66, inciso I, das Contravenções Penais; art. 319 do Código Penal;


Lei Federal Nº 9.099/95 cc Lei Federal Nº 10.259/01 (dispõe sobre a
instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da
Justiça Federal); Resolução 233, de 09SET09; Provimento 806/03 de
Apresentação de ocorrência na
24JUL03 (consolida as normas relativas aos Juizados Informais de
repartição pública competente
Conciliação, Juizados Especiais Cíveis e Criminais e Juizados Crimi-
nais); Resoluções de nº 2.076, de 22JUL77 e 2.010/16, de 22JUL10,
ambas do Conselho Econômico e Social da ONU (Organização das
Nações Unidas); Decreto Estadual nº 57.783, de 10FEV12.

393
Diretriz PM5-001/55/06, alterada pela Ordem Complementar nº
Comunicação Social PM5-001/05/90 e pela Portaria nº PM5-003/511/11, publicada no Bo-
letim Geral nº 105, de 06JUN11.
Artigo 5º, incisos X e XI da Constituição Federal, Disciplinados no
Busca Domiciliar
Código de Processo Civil (art. 839 a 843), Código de Processo

Penal Militar (art. 170 a 189) e no Código de Processo Penal (artigos


240 a 250).
No caso de prisão em flagrante (art. 294 do CPP), se o executor
verificar, com segurança, que o réu (infrator) entrou ou se encontra em
alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem
de prisão (voz de prisão). Se não for obedecido imediatamente, o exec-
utor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa,
arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois de
intimar o morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas,
tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as
portas e efetuará a prisão (art. 293 do CPP).
No caso de pratica de crime no interior da casa, à noite, perde a
proteção legal, podendo o policial militar adentrar a casa e prender em
flagrante delito o infrator (art. 5º, XI, da CF)

Artigos 170 e 189 do Código de Processo Penal Militar.


Rito de Busca
Artigo 179, III, parágrafo 2º do Código de Processo Penal Militar.

Definição de pessoas Artigos 3º ao 5º do Código Civil

Inciso LVI do art. 5º da Constituição Federal; art.10 da Lei nº 9.296/96;


Obtenção de prova
Lei 11.343/06; art. 171 e 172 e parágrafo do Código de Processo Penal.

Testemunha Art. 202 e art.206 do Código de Processo Penal.

Art. 106, artigo 172 e § único, artigos 178 e 262, Estatuto da Criança
Condução de criança e adolescente e do Adolescente (ECA); Lei Federal nº 10.455, de 13MAI02 (altera o
parágrafo único do art. 69 da Lei federal de 9.099/95).

Emprego e Controle de Terminal


Ordem de Serviço nº DTel-008/110/11-Circular, de 04Nov11.
Móvel de Dados (TMD)
Cumprimento de Requisições
Despacho PM3-022/02/11, de 27Dez11.
Judiciais
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

394
RELAÇÃO DOS POLICIAIS MILITARES QUE PARTICIPARAM DESTA REVISÃO:
- Maj PM 880342-A Cenise Araujo Calasans, do 31º BPM/I;
- 1º Ten PM 880258-A Marcos Macial Galindo, do 1º BPChq;
- 1º Ten PM 100341-A Bruno Mandaliti Scarp, do 4º BPM/I;
- 1º Ten PM 104661-6 Thiago De Oliveira Pedroso, do 3º BPM/I;
- 1º Ten PM 118386-9 Gustavo José Dos Santos Ferreira, do 23º BPM/I;
- 1º Ten PM 118426-1 José Antonio Marciano Neto, do 22º BPM/M;
- 2º Ten PM 912233-8 Vandemir Ribeiro Coelho Junior, do CIPM;
- 2º Ten PM 115019-7 Marcos Vinícius Carbanel e Silva, do 32º BPM/M;
- 2º Ten PM 121969-3 Adriano Oleari Bianchi, do 29º BPM/M;
- Subten PM 852629-0 Marcos Antonio Tobias, do 1º BPCHQ;
- 3º Sgt PM 111632-A Edson Alves De Lima, do 32º BPM/M;
- Cb PM 843327-5 Celso Dinarte Rochacesar, do 23º BPM/I;
- Cb PM 123987-2 Renato Novelo Soares De Moraes, DO 22º BPM/M;
- Sd PM 980573-7 Leandro Tomazinho Cortez, do 3º BPM/I;
- Sd PM 991036-A Hélio Venâncio Ferreira, do 4º BPM/I, e
- Sd PM 118714-7 Lucas Nunes Da França, do 29º BPM/M.

______. PROCESSO 4.06.00 ATUAÇÃO EM MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS

MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO Nº Processo: 4.06.00


NOME DO PROCESSO: ATUAÇÃO EM MANIFESTAÇÕES PÚBLICAS
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Viatura policial.
- Colete de proteção balística.
- Cinturão preto com complementos.
- Pistola calibre .40, com 3 (três) carregadores. (conforme função exercida pelo policial militar no evento).
- Algemas.
- Formulário PM O-58 (Registro de Ocorrência).
- Relatório de Serviço Operacional.
- Caneta.
- Folhas para anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Transceptor Portátil.
- Espingarda cal. 12 Gauge com munição de elastômero.
- Granadas.
- Lançador de granadas.
- Escudo de acrílico.
- Escudo de proteção balística.
- Capacete antitumulto.
- Perneiras antitumulto.
- Espargidores individual e coletivo.
- Cassetete/tonfa.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Colete refletivo.
- Exoesqueleto.
- Equipamento antichama.
- Equipamento de foto/filmagem.
- Colete indicativo da função de Porta-voz.

ETAPAS PROCEDIMENTOS
Planejamento Planejamento da operação.
Execução Disposição dos meios e atuação do efetivo.

395
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 4.06.01

ESTABELECIDO EM: 2017


PLANEJAMENTO DA OPERAÇÃO
REVISADO EM: 29/07/19 Nº
DA REVISÃO: 1
AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do EM/PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Disponibilidade de tempo para realizar o planejamento.
- Estimativa da quantidade de pessoas que participarão da manifestação, tempo estimado e averigua-
ção da motivação e da animosidade dos manifestantes.
- Identificação das características do local apontado pelos manifestantes como ponto de encontro, per-
curso e ponto de dispersão, bem como estimativa do efetivo policial-militar necessário para o evento.
- Identificação dos pontos críticos que poderão ser alvos de vandalismo, durante o percurso.
- Disponibilidade de efetivo necessário para cada manifestação.
- Quantidade necessária de equipamentos, conforme o número de policiais militares que serão emprega-
dos.
- Definição da forma de atuação, de acordo com as informações obtidas.
- Convite às lideranças organizadoras, órgãos de imprensa, bem como demais órgãos de apoio, a fim de
participar de reunião prévia.
SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- O Cmt da OPM deverá, quando se tratar de manifestação programada e identificada com antecedência
mínima de cinco dias úteis:
- determinar à Agência de Inteligência (AI) da OPM que providencie informações sobre o número
aproximado de manifestantes, identificação da liderança, tipo, motivação, objetivo, reivindicações,
presença de grupos antagônicos e/ou radicais, uso de artefatos que resultem lesões, arma de fogo,
histórico de ações, riscos e ameaças, locais de concentração, itinerários e horário da manifestação,
entre outros dados pertinentes;
- realizar estudo de caso das manifestações anteriores, relacionado à técnica e tática aplicadas;
- definir o nível de comandamento, baseado na complexidade da manifestação e efetivo alocado, desig-
nando previamente o Cmt da Operação, que participará de todo o planejamento, cientificando, sempre,
o Comando imediatamente superior;
- definir, de acordo com a dimensão da operação, a estrutura para gerenciamento e acompanhamento
da manifestação (sala de gerenciamento de crises em havendo necessidade);
- convocar o EM da respectiva OPM para:
- definir a logística e o efetivo policial-militar, bem como a metodologia de atuação, atentando para os 3
(três) níveis de atuação], os quais não são excludentes;
- prever a disponibilidade de policiais com conhecimento específico em defesa pessoal, habilitados
no uso de armas de menor potencial ofensivo, granadas, dentre outros;
- verificar recursos materiais e humanos disponíveis das OPM subordinadas;
- convocar os Oficiais das OPM subordinadas para reunião.
- os pedidos de informações e/ou solicitações de jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas, profissionais de im-
prensa ou comunicadores em geral, nos casos planejados, devem ser tratados pelo Porta-voz de-
signado pelo Cmt da Operação que fará contato com o Oficial de plantão na Sala de Imprensa
do Centro de Comunicação Social da PMESP para delineamento do plano de ações específico
na operação em tela.
- Convidar as lideranças (organizadores), órgãos de imprensa, entidades públicas e privadas para reunião
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

prévia, com a finalidade de planejar uma ação conjunta, sendo que ao final da reunião deverá
ser elaborada ata que será assinada por todos os presentes.
- Solicitar apoio de outras OPM e serviços (CPChq, CPTran, CAvPM, Corpo de Bombeiros, CO-
POM-Olho de Águia, METRÔ, CPTM, SAMU, entre outros conforme a necessidade e cenário) para
reunião.
- Elaborar documento de EM que discipline os procedimentos para a execução da operação, discrimi-
nando o pessoal e recursos materiais empregados, comando da operação, formas de atuação, grupos
de imobilização, grupo de policiais militares mediadores dentre outros.
- Divulgar o conteúdo do documento de EM, de forma que todos os envolvidos tenham pleno
conhecimento das ordens e formas de atuação antes da operação;
- Elaborar e divulgar escala de serviço com os locais de atuação, com base no planejamento do EM.

396
RESULTADOS ESPERADOS
- Que a Agência de Inteligência (AI) da OPM responsável pelo território onde o evento será realizado
providencie as informações necessárias para a atuação da tropa na manifestação.
- Que seja realizado o planejamento e a definição de meios, efetivo e a metodologia de atuação.
- Que sejam apresentados, na escala de serviço, os locais e a missão de cada OPM.
- Que os Oficiais das OPM subordinadas sejam convocados para a reunião.
- Que o EM elabore a documentação necessária para a mobilização de pessoal e meios materiais.
- Que as lideranças, imprensa e demais órgãos públicos e privados sejam convidados a participar da
reunião de planejamento das ações.

AÇÕES CORRETIVAS
- Caso ocorra manifestação sem o prévio conhecimento, o Comando de Força Patrulha (CFP) ou Oficial
de serviço/sobreaviso deverá ser informado de imediato, tomando as seguintes providências:
- informar o COPOM/CAD;
- informar seu superior imediato (Supervisor Regional/Cmt Cia PM/Coord Op/Cmt OPM);
- remanejar imediatamente os meios e o efetivo disponíveis sob seu comando redirecionando o CPP
(Cartão de Prioridade de Patrulhamento);
- solicitar o apoio da Agência de Inteligência (AI), que deverá transmitir dados do evento para Sala de
Situação-CIPM;
- avaliar a necessidade do acionamento do plano de chamada, cientificando o escalão superior;
- em havendo condições, fará contato com os responsáveis pela organização do ato para a coleta de
informações, sobretudo relacionadas à motivação, previsão de público e intenção de deslocamentos e
iniciará tratativas a fim de minimizar o impacto da manifestação no cotidiano da população;
- atentar para o escalonamento dos três níveis de atuação.
- Caso ocorra aumento da complexidade da operação, o CFP ou Oficial de serviço/sobreaviso, de
imediato, deverá solicitar deliberação do escalão superior para realocação de efetivo de outras OPM.
- Caso o Cmt da OPM, nas manifestações sem prévio conhecimento, entender necessário, poderá soli-
citar, por meio do canal de comando, o efetivo de reforço e/ou apoio de outras OPM (FT, ROCAM,
Choque, Trânsito, CAvPM, Bombeiro, dentre outras).
- Nas manifestações sem o prévio conhecimento, o Cmt da OPM poderá utilizar o perfil oficial da
Unidade na rede social Twitter, para transmissão de informações úteis e atualizadas em tempo real,
a fim de contribuir para o exercício profissional dos comunicadores em geral. Para tanto, competirá ao
mesmo indicar a evolução do ato público, sendo a fonte oficial das postagens. Nas manifestações de
grandes proporções, poderá ainda solicitar apoio da Agência de Notícias do CComSoc para tal finali-
dade, pelo perfil da Polícia Militar, cabendo ao Chefe do Centro a deliberação.
- Os pedidos de entrevistas e/ou informações por parte dos comunicadores em manifestações ou
atos públicos realizados sem o prévio conhecimento deverão seguir a tramitação ordinária, direcio-
nados à Sala de Imprensa da PMESP

POSSIBILIDADES DE ERRO
- A Agência de Inteligência (AI) não disponibilizar os dados necessários.
- Desconsiderar o número aproximado de manifestantes, liderança/organizadores, perfil do público, vias
de fuga, dentre outros.
- Empregar policiais em missões específicas em desacordo com suas especialidades.
- Não convocar liderança/organizadores, profissionais de imprensa, bem como os demais órgãos
públicos e privados, para a reunião de planejamento de ações, quando se tratar de manifestação
programada.
- Não realizar planejamento adequado, quando possível.
- Deixar de prever apoio.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Não prever o efetivo necessário.


- Deixar de utilizar algum equipamento necessário.

397
ESCLARECIMENTOS
- Efetivo de reforço/apoio: efetivo administrativo, efetivo de outras OPM, e em casos excepcionais, policiais
militares de folga.
- Equipamento antichamas: cobertor/Manta antichamas, extintores individuais para líquidos inflamáveis,
extintores para líquidos inflamáveis de uso coletivo conduzido por MOB (Moto Operacional de Bombei-
ro) ou por outra viatura do Corpo de Bombeiros.
- Exoesqueleto: equipamento de proteção individual que preserva a integridade do pescoço, protege
ombros, braços, mãos, tronco, cintura e pernas.
- Granadas: são artefatos bélicos de menor potencial ofensivo, que têm como objetivo diminuir a capaci-
dade combativa e operativa do agente através de sua explosão, emissão fumígena (lacrimogênea
ou de cobertura) ou de seu efeito misto (explosão seguida de formação fumígena lacrimogênea).
Para tanto, o Policial Militar escalado nesta função deve conhecer os tipos, o funcionamento e o objeti-
vo de cada granada policial para exercer a atividade de lançador. Além disto, deve conhecer as formas
de lançamento, as distâncias de segurança (ponto de funcionamento da granadas até as pessoas mais
próximas deste local) e os efeitos de cada granada.
- Níveis de atuação:
- 1º Estágio – consiste no emprego do Policiamento de Área e reforço/apoio;
- 2º Estágio – consiste no emprego da Força Tática;
- 3º Estágio – consiste no emprego do Policiamento de Choque;

Observação: vide mapeamento abaixo:

- Nível de comandamento: O Cmt da Operação será definido de acordo com a complexidade da manifesta-
ção e efetivo alocado para a operação, na seguinte conformidade:
- (um) grupo de até 19 (dezenove) policiais, comandado por, no mínimo, 1 (um) Subten ou Sgt PM;
- (um) ou até 2 (dois) grupos de 20 (vinte) policiais, comandados por, no mínimo, 1 (um) Ten PM;
- de 3 (três) a 6 (seis) grupos de 20 (vinte) policiais, comandados por, no mínimo, 1 (um) Cap PM;
- acima de 6 (seis) grupos de 20 (vinte) policiais, comandados por Oficial Superior;
- para cada grupo recomenda-se a previsão de policiais militares com conhecimento em técnicas de defesa
pessoal (Tropa de Apoio Policial Especial).
- SAMU: Serviço de Atendimento Médico de Urgência.
- Tropa de Apoio Policial Especial: Policiais Militares treinados e munidos com equipamentos de prote-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ção apropriados para retirar do meio da manifestação indivíduo(s) que porventura esteja(m) portando
objeto(s) que possa(m) causar perigo à manutenção da ordem e risco à integridade física das pessoas.
-Imprensa: as informações de jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas, comunicadores ou profissionais de im-
prensa em geral, devem ser tratadas pelo porta voz designado pelo Cmt da Operação que fará contato
com o Chefe da Divisão de Informações Institucionais do Centro de Comunicação Social da PMESP para
o plano de ações específico para a operação em tela.

398
DIAGNÓSTICO DO TRABALHO
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
DATA: N° POP:
N° PROCESSO: 4.06.00 Planejamento da
/_ / _ 4.06.01
Operação

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. Houve tempo hábil para realização do planejamento da
ação?
2. Foi solicitado efetivo necessário para a atuação?

3. Os materiais disponibilizados são em número suficiente


para a ação?
4. Foi definido o método de atuação a ser adotado?

5. A Agência de Inteligência providenciou os dados neces-


sários para a atuação policial?
6. Foi prevista a disponibilidade de policiais com conheci-
mentos específicos para a ação?
7. As OPM subordinadas foram cientificadas sobre as or-
dens definidas?
8. As demais OPM envolvidas na ação participaram da
reunião de definição das ações?
9. A documentação de EM correspondente apresentou os
locais de atuação e a missão de cada OPM atentando
para a atuação em 3 (três) níveis?
10.Foi realizado estudo de caso das manifestações anterio-
res?
11.A(s) liderança(s)/organizador(es), imprensa, bem como
demais órgãos de apoio, foram convidados para a
reunião de planejamento das ações?
12.O evento foi cientificado, bem como seu itinerário por
parte dos manifestantes?

POP: 4.06.02
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO
ESTABELECIDO EM: 2017

DISPOSIÇÃO DOS MEIOS E ATUAÇÃO DO EFETI- REVISADO EM: 29/07/19 Nº


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

VO DA REVISÃO: 1

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do EM/PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS

399
- Preleção à tropa, principalmente a de reforço/apoio.
- Conferência e distribuição dos materiais.
- Estabelecimento do canal de comunicação.
- Montagem e distribuição das equipes.
- Contato com organizador(es)/liderança(s).
- Obtenção de dados complementares.
- Implementação das formas de acompanhamento.
- Readequação do efetivo em casos de quebra da ordem.
- Socorro aos policiais militares lesionados.
- Condução de partes ao DP/PS.
- Uso de máscaras ou outro paramento que oculte o rosto por manifestantes.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES
- O Cmt da Operação deverá:
- reunir-se com todos os Oficiais (modalidade e tipo de atuação) antes do início da manifestação, para
ajustes operacionais;
- determinar que cada Cmt coloque seu efetivo em forma, por modalidade de policiamento e tipo
de atuação;
- determinar a conferência do efetivo;
- conferir os níveis de comandamento (Oficiais e Sargentos);
- alinhar as formas de atuação de cada fração de tropa, conforme planejado;
- determinar a distribuição de materiais e equipamentos, priorizando o uso das câmeras pelos Cmt
de fração de tropa;
- estabelecer a frequência do rádio a ser utilizada, bem como outras formas de comunicação;
- determinar ao COPOM/CAD que o empenho de unidades de serviço em ocorrências geradas nas
imediações da manifestação tenham sua prévia anuência;
- por meio da Agência de Inteligência (AI) manter a Sala de Situação-CIPM atualizada com os dados cor-
rentes do evento;
- orientar de forma geral o efetivo, sobre a missão;
- orientar os comandantes de fração de tropa sobre a importância da identificação dos organizadores, bem
como da imprensa, para:
- organizadores identificados:
- qualificá-los;
- estabelecer um canal de comunicação;
- obter informações sobre o horário de início, destino, itinerário e tempo previsto para a manifestação;
- verificar se ocorrerão protestos diante de órgãos públicos;
- negociar para que haja o mínimo possível de interferência no trânsito;
- analisar o perfil dos manifestantes, a fim de identificar possíveis grupos agressivos;
- questionar se haverá o apoio de outros grupos de manifestantes.
- organizadores não identificados:
- orientar o maior número possível de manifestantes, na área de concentração sobre os motivos da presença
da Polícia Militar, visando:
- garantir o direito da manifestação;
- garantir que a ordem pública seja preservada;
- acompanhar o manifesto;
- garantir a integridade física dos manifestantes;
- coibir abusos ao direito coletivo e individual;
- realizar prisões/detenções dos envolvidos em infrações penais.
- imprensa:
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- identificar, se possível, os órgãos de imprensa que acompanham o evento, com registro do profissional
e qual veículo representa (considerando atuação dos freelancers);
- orientar coletivamente os profissionais comunicadores quanto aos locais de maior segurança para acom-
panhamento do evento, evitando permanecerem entre os manifestantes e a Polícia Militar, ressaltando
que se possível, realizar registro em vídeo do momento de transmissão dessas instruções;
- orientar coletivamente os profissionais comunicadores sobre o fornecimento de informações por meio
do Porta-voz da OPM, indicando sua localização e referência visual, no caso do uso de colete indicativo
da função.

400
- Com base no planejamento, conferir a distribuição e emprego do efetivo, na seguinte conformidade:
- Efetivo Motorizado (Viatura 4 rodas – Radiopatrulha, Ronda Escolar e Orgânica):
- estacionará com prejuízo de ocorrência e de forma ostensiva utilizando os dispositivos luminosos (gi-
roflex), em locais próximos do possível itinerário dos manifestantes, evitando que nestes pontos
possam ocorrer depredações (bancos, concessionárias, estações de metrô, terminais de ônibus,
dentre outros), mudando de local mediante determinação do Cmt da Operação;
- realizará policiamento ostensivo com foco na preservação de patrimônios públicos ou privados;
- deverá portar conjunto mínimo para ação de CDC, composto por escudo de acrílico e capacete de pro-
teção, mantendo-se preparado para os casos de possível quebra da ordem;
- será composto por motorista e encarregado, podendo agregar, no caso de quebra da ordem, com efe-
tivo do policiamento ostensivo a pé.
- Efetivo de Força Tática:
- em princípio, ficará posicionado à retaguarda da manifestação, podendo ocupar suas viaturas de
serviço ou, excepcionalmente, micro-ônibus ou similar, para minimizar a quantidade de viaturas
empregadas, conforme planejamento;
- poderão atuar, também, no balizamento (acompanhamento lateral) da manifestação.
- havendo mais pelotões, estes ficarão posicionados em pontos mediatos (próximos e de fácil acesso) ao
local da manifestação ou demais locais passíveis de outros focos de manifestação;
- poderá ser utilizado como tropa de intervenção rápida, imediatamente ao lado da tropa de contenção/
acompanhamento, nos casos em que não houver efetivo específico para essa função;

Figura 1: posicionamento que a Força Tática/Tropa de Apoio Especial poderá ocupar

- os pelotões de FT atuarão conforme previsto no POP - Atuação de Força Tática em ações de Contenção,
Persuasão e Dissuasão Coletiva;
- nos casos em que seja necessária atuação para dispersão dos manifestantes, sugere-se que os lançado-
res escolhidos possuam um dos seguintes Cursos de Especialização: Controle de Distúrbios Civis, Força
Tática, Tecnologia e Procedimento de Menor Potencial Ofensivo, Operações Especiais ou Ações Táticas
Especiais, dentre outros, sendo que os atiradores, obrigatoriamente, devem possuir no mínimo o curso
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

de Controle de Distúrbios Civis e/ou o de Força Tática, ou ainda o Estágio de elastômero ministrado pelo
3º BPChq.
- Efetivo de ROCAM/RPM:
- fará o acompanhamento da manifestação, posicionando-se nas ruas transversais por onde a manifestação
poderá passar;
- irá controlar o fluxo de trânsito, liberando a passagem de veículos assim que a manifestação passar.

401
- Efetivo da Base Comunitária/Micro-ônibus/similar:
- será empregado no transporte de tropa, equipamentos e eventuais detidos;
- poderá ficar posicionado em pontos sensíveis (bancos, concessionárias, estações de metrô, terminais de
ônibus, dentre outros);
- será posicionado, também, quando necessário, à retaguarda da manifestação, com a FT;
- poderá ainda, ser posicionado nos distritos policiais, como apoio administrativo, no registro de pessoas
conduzidas e atos de polícia judiciária lavrados.
- Efetivo do Policiamento Ostensivo a pé, basicamente, atuará de duas formas:
- visibilidade:
- ficará posicionado em postos fixos ou em extensão, conforme CPP;
- poderá ser posicionado, também, em grupos de policiais militares e em conjunto com as viaturas estacio-
nadas;
- poderá ainda, ocupar pontos de acesso para a manifestação, realizando abordagens com vistas a objetos
que possam comprometer a segurança;
- realizar abordagens de pessoas em atitudes sobre fundada suspeita.
- contenção/acompanhamento:
- ficará posicionado nas laterais das manifestações que assim permitirem, fazendo o acompanhamento e
ação de presença;
-. deverá portar, obrigatoriamente, escudos na proporção de um para cada dois policiais empregados (es-
cudeiro e auxiliar), devidamente treinados;

Figura 2: posicionamento dos Pelotões de Contenção/Acompanhamento

-. delimitará de forma visual o local de presença dos manifestantes;


-. agirá na identificação de pessoas que estejam praticando atos de desordem;
- agirá na detenção de infratores da lei, em momento oportuno, conforme análise preliminar do Cmt da
operação sobre o impacto da intervenção (lembrar da necessidade de autor, vítima, testemunhas e prova
material);
-. nos casos de perda parcial do controle ou sua iminência, utilizar de forma coordenada, a técnica do en-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

velopamento até o restabelecimento da ordem;

402
Figura 3: ilustração da técnica de envelopamento

- havendo possibilidade, poderá ser empregada uma fração de tropa de apoio policial especial;
- a tropa de apoio policial especial será utilizada como tropa de intervenção rápida, imediatamente ao lado
da tropa de contenção/acompanhamento, nos casos em que houver policiais militares treinados para
essa função (vide Figura 1);
- em caso de quebra da ordem, os policiais militares que estão fazendo o acompanhamento lateral, se fra-
cionarão em grupos e atuarão nos focos de desordem.
- Efetivo do Policiamento de Trânsito:
-deverá bloquear as vias transversais, por onde a manifestação irá passar (conforme previsto em reunião),
fazendo as interdições necessárias, visando à fluidez das pessoas, segurança e minimizando os transtor-
nos do trânsito no local;
- caso haja necessidade, poderão acompanhar a manifestação à retaguarda, preferencialmente com motos,
posicionando-se a uma distância segura de modo a possibilitar a dispersão de multidões (vide Figura 4.);
- manterá o perímetro de segurança evitando que veículos cheguem ao local da manifestação;
- quando possível e necessário, fará a fiscalização e remoção de veículos envolvidos direta ou indiretamente
na manifestação, providenciando assim a liberação das vias.
- Efetivo do Corpo de Bombeiros:
- ficará posicionado no Posto de Bombeiros ou em local mais próximo, à disposição do Cmt da Operação,
para eventual emprego;
- nos casos em que houver focos de incêndio, as viaturas de Bombeiros se deslocarão para o local;
- posicionar viaturas a retaguarda, para os casos de condução de feridos.
- as Motos Operacionais de Bombeiro-MOB, farão acompanhamento, à retaguarda da manifestação, logo
após à FT, para pronto emprego.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

403
RESULTADOS ESPERADOS
- Que haja preleção à tropa, principalmente a de apoio e reforço.
- Que seja realizada a distribuição dos materiais necessários para a atuação.
- Que o efetivo (quantidade de pelotões) seja o ideal para a operação.
- Que as lideranças/organizadores sejam identificadas.
- Que haja policiais com experiência em defesa pessoal.
- Que haja policiais militares treinados e habilitados para a utilização de munição química e elastômetro.
- Que os policiais estejam utilizando equipamentos de proteção individual conforme previsto neste pro-
cesso.
- Que seja realizada a readequação do efetivo, caso seja necessário.
- Que as viaturas de Radiopatrulha, Ronda Escolar e Administrativas permaneçam estacionadas, com
prejuízo de ocorrência e de forma ostensiva, em locais próximos ao itinerário da manifestação, bem
como compostas, no mínimo, por motorista e encarregado.
- Que as viaturas de Força Tática fiquem posicionadas à retaguarda da manifestação.
- Que as equipes de ROCAM/RPM fiquem posicionadas nas ruas transversais por onde passará a mani-
festação.
- Que os profissionais de imprensa e os comunicadores em geral exerçam seus ofícios com liberdade
e proteção, atentando para as orientações de segurança emanadas pela tropa policial em atuação

AÇÕES CORRETIVAS
- Caso ocorram imprevistos na apresentação de policiais militares, conforme o planejado, deverá ser prio-
rizada a tropa de contenção/acompanhamento dos manifestantes.
- Quando os policiais militares do policiamento ostensivo a pé não forem suficientes para fazer a con-
tenção/acompanhamento lateral da manifestação, deverá priorizar parcela(s) da manifestação que
represente(m) maior(es) risco(s) ou, excepcionalmente, poderão ser utilizados outros policiais militares
dos programas de policiamento;
- Nas manifestações em que o número de pessoas supere o previsto no planejamento, de forma a
impossibilitar a contenção/acompanhamento, o Cmt da Operação poderá distribuir, ao longo da via,
os grupos de policiais militares anteriormente definidos, atentando sempre para a unidade de comando.
- Caso a quantidade de rádios seja insuficiente para a tropa, deverá: equacionar a distribuição de forma
que haja proximidade de comunicação das patrulhas desprovidas do equipamento;
- Vincular as patrulhas a pontos de estacionamento de viaturas.
- Caberá ao oficial ou graduado de serviço, cuja missão seja o comandamento da tropa que prestou
o primeiro atendimento à manifestação, exercer o comando inicial da operação, o qual poderá ser
transmitido conforme determinação funcional do escalão superior.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

404
POSSIBILIDADES DE ERRO
- Que os organizadores/lideranças não sejam identificados.
- Que não ocorra preleção à tropa, principalmente a de apoio ou reforço.
- Não reunir o efetivo e definir as funções individuais.
- Que não seja realizada a distribuição dos equipamentos necessários para a atuação.
- Que o efetivo (quantidade de pelotões) não seja o ideal para a Operação.
- Que não haja policiais treinados ou com experiência em defesa pessoal.
- Que os policiais não estejam utilizando equipamentos de proteção individual, conforme previsto neste
processo.
- Que não seja realizada a readequação do efetivo, caso seja necessário.
- Não ter equipamentos de proteção individual para todos policiais militares.
- Não haver a presença de policiais femininas no efetivo do policiamento ostensivo a pé, de forma a invia-
bilizar a busca pessoal em mulheres.
- Empregar o efetivo diretamente envolvido no acompanhamento de manifestação sem o devido treina-
mento e equipamento adequado.
- Que as viaturas de Radiopatrulha, Ronda Escolar e Administrativas não permaneçam estacionadas, com
prejuízo de ocorrência, e de forma ostensiva, em locais próximos ao itinerário da manifestação, ou
não estejam compostas, no mínimo, por motorista e encarregado.
- Que a Força Tática não fique posicionada à retaguarda da manifestação.
- Que as equipes de ROCAM/RPM não fiquem posicionadas nas ruas transversais por onde passará a
manifestação.
- Que o Micro-ônibus ou similar não seja empregado no transporte de tropa, equipamentos e detidos.
- Que os policiais responsáveis pelo envelopamento não fiquem posicionados nas laterais das manifes-
tações.

ESCLARECIMENTOS DE ERRO
1. Envelopamento: Kettling = “envelopamento”, deriva do alemão Kessel, com
significado de caldeira ou chaleira: é uma tática policial usada para controlar multidões durante manifesta-
ções, com a formação de largos cordões de policiais que se movem envolvendo a multidão delimitando-
-a em uma determinada área.
2. Pontos mediatos: Os demais pelotões de FT ficarão dispostos no entorno da concentração, acompanhan-
do sua movimentação no terreno, à distância, formando perímetros de controle e atuação.
3. Relatório Circunstanciado: Nos casos em que não houver comunicação antecipada, por parte da liderança
do movimento ou subsistir quebra da ordem pública, do presente documento deve, no mínimo, constar:
3.1. vídeos de reportagens veiculadas pela imprensa;
3.2. Formulário PM O-58 (Registro de Ocorrência) e BOPC;
3.3. relação de pessoas abordadas;
3.4. relação de pessoas detidas/conduzidas ao DP;
3.5. relação de objetos aprendidos;
3.6. fotografias e vídeos produzidos durante o evento;
3.7. descrição de eventuais problemas envolvendo profissionais de imprensa, autoridades ou advogados;
3.8. quantidade e tipos de munições químicas utilizadas;
3.9. cópia dos ofícios/convite para reuniões preparatórias;
3.10. Nota de Serviço;
3.11. apresentação do planejamento preparado em power point (.ppt ou .pptx);
3.12. atas de reuniões realizadas (preparatórias e de execução envolvendo outras OPM e órgãos externos);
3.13. pauta dos assuntos tratados;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

3.14. lista de presença das reuniões;


3.15. outros, conforme necessidade.

405
______. PROCESSO 5.03.00 USO DE ALGEMAS

MAPA DE DESCRITIVO DO PROCESSO Nº Processo: 5.03.00


NOME DO PROCESSO: USO DE ALGEMAS
MATERIAL NECESSÁRIO
- Uniforme operacional.
- Cinturão de couro preto com complementos.
- Colete de proteção balística.
- Pistola calibre .40, com 3 (três) carregadores.
- Algemas com a chave.
- Apito.
- BO/PM.
- Caneta.
- Espargidor de gás-pimenta.
- Folhas de anotações.
- Lanterna pequena para cinto preto.
- Transceptor móvel (rádio de comunicação móvel) e Terminal Móvel de Dados (TMD) ou transceptor portátil
(rádio de comunicação portátil) e Terminal Portátil de Dados (TPD), quando aplicável.
- Bastão Tonfa.
- Canivete multi-uso.
- Luvas descartáveis.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Preparação Posicionamento das algemas no porta algemas
Execução Ato de algemamento. Retirada das Algemas

POP: 5.03.01
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002


POSICIONAMENTO DAS ALGEMAS NO POR-
TA-ALGEMAS REVISADO EM: 08Nov17 Nº DA
REVISÃO: 04

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Posicionamento do porta-algemas no cinturão preto.
- Posicionamento das algemas no interior do porta-algemas.
- Guarda da chave das algemas.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

406
SEQUÊNCIA DE AÇÕES

1. Manter seu cinturão preto de forma que o porta-algemas fique sempre do mesmo lado que sua mão-forte ou do
mesmo lado do coldre, conforme fig.1.

Figura 1

2. Verificar se as algemas estão destravadas.


3. Determinar o elo de serviço a ser utilizado para o ato de algemar, pois será sempre o primeiro a ser manuseado
pelo policial militar, conforme fig. 2.

Figura 2

4. Verificar se a fechadura está voltada para a palma da mão, permanecendo o gancho de fechamento voltado para
o dedo indicador, conforme fig. 3.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 3

407
5. Segurar ambas algemas com as duas mãos, com os ganchos de fechamento voltados para frente e as fechaduras
voltadas para as palmas das mãos, conforme fig. 4, nas algemas das marcas ROSSI e SUPER-WALTER. Caso as alge-
mas sejam da marca ZORRO, as fechaduras estão dispostas em lados opostos.

Figura 4

6. Inserir as algemas com a corrente voltada para baixo no porta-algemas, presilhando-o logo em seguida, deixando
sempre a fechadura do elo de serviço voltada para o lado externo e os ganchos de fechamento voltados para o meio
do corpo do policial militar, seja ele destro ou canhoto, conforme fig. 5.

Figura 5

7. Guardar a chave das algemas em local de fácil acesso no lado da mão-fraca, com uma presilha colocada junto ao
porta-tonfa.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que o policial militar monte seu cinturão preto, posicionando o porta-algemas do lado correto.
- Que as algemas estejam destravadas e acondicionadas corretamente no porta-algemas, para um
saque rápido, seguro e preciso.
- Que o policial militar esteja condicionado a sempre fazer uso das algemas eficientemente, potencializan-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

do sua atuação de contenção e captura do infrator da lei.


- Que o policial militar porte a chave das algemas em local apropriado ao fácil acesso pela mão- fraca,
junto ao porta-tonfa.

AÇÕES CORRETIVAS

408
- Se o porta-algemas estiver avariado, descosturado ou sem botão de fechamento ou com defeito,
providenciar o reparo necessário ou até mesmo a substituição do material junto ao P/4 da OPM o
mais rápido possível.
- Se as algemas estiverem em péssimas condições de uso, providenciar sua limpeza e lubrificação sem-
pre que necessário, bem como, se não estiverem em boas condições de uso, trocá-las, junto ao P/4
da OPM.
- Se as algemas estiverem travadas, introduza a chave nas fechaduras e gire-a no sentido contrário ao
da abertura, liberando os ganchos de fechamento.
- Antes do início do serviço, verificar o posicionamento das algemas.
- Se a chave das algemas estiver em local inadequado, mude-a de posição, antes de sair para o
serviço.
- Se constatar que as fechaduras das algemas estão erroneamente posicionadas, verificar a marca das
algemas e arrumá-las para que, ao final, estejam corretamente posicionadas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial militar montar erroneamente o cinturão preto, de forma que o porta-algemas fique no lado
oposto ao da mão-forte, ensejando o saque cruzado.
- O policial militar permanecer com as algemas sem condições de uso, ou desconhecer o estado de
conservação do equipamento (algemas).
- O policial militar manter as algemas em posicionamento incorreto ou desconhecido, podendo
causar embaraço no momento de seu uso.
- O policial militar deixar de verificar o travamento das algemas no início do serviço.
- O policial militar perder as algemas por ter deixado o porta-algemas aberto.
- O policial militar guardar a chave em local não sabido ou de difícil acesso à mão-fraca, ensejando in-
clusive sua perda.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
NOME DA TAREFA:
Nº POP:
DATA: / /_ N° PROCESSO: 5.03.00 Posicionamento das algemas no por-
5.03.01
ta-algemas.
ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. O policial militar observou a montagem correta
de seu cinturão preto, de acordo com sua con-
dição de destro ou canhoto?
2. O policial militar posicionou suas algemas cor-
retamente no interior do seu porta- algemas?
3. O policial militar demonstrou saber qual a mar-
ca (Rossi, Zorro ou Super-Walter) das suas al-
gemas, a fim de posicioná-las de forma correta?

4. O policial militar demonstrou estar ciente do


estado de conservação e do posicionamento
correto de suas algemas no interior do porta-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

algemas?
5. O policial militar guardou a chave das algemas
em local de fácil acesso pela mão- fraca?

409
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO POP: 5.03.02

ESTABELECIDO EM: 2002


ATO DE ALGEMAR
REVISADO EM: 08Nov17
Nº DA REVISÃO: 04

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Conhecimento prévio dos aspectos legais que autorizam o uso de algemas, conforme disposições con-
tidas no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, STF, de 2008, que aponta os casos
para o uso de algemas:
- é permitido o emprego de algemas apenas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, causado pelo preso ou por terceiros, justificada a sua excep-
cionalidade por escrito;
- é vedado o emprego de algemas em mulheres presas em qualquer unidade do sistema penitenciário nacio-
nal durante o trabalho de parto, no trajeto da parturiente entre a unidade prisional e a unidade hospitalar
e após o parto, durante o período em que se encontrar hospitalizada.
- Posicionamento do capturado para o ato de algemar.
- Saque rápido das algemas na posição correta.
- Algemar o primeiro punho do capturado.
- Correção de um dos elos durante o processo.

SEQUÊNCIA DE AÇÕES

1. Quando a situação exigir o emprego de algemas, posicionar o infrator da lei conforme segue: “mãos sobre a
cabeça com os dedos entrelaçados (cruzados), de joelhos, pernas cruzadas” e preferencialmente sentado sobre os
calcanhares, conforme fig.1.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 1

2. Aproximar-se do infrator da lei, estando seu armamento no coldre e abotoado.


3. Apoiar um de seus pés sobre a sola do sapato do infrator da lei de modo que sua arma fique o mais distante
possível, conforme fig. 2.

410
Figura 5
Figura 2
6.2. caso as algemas sejam da marca ZORRO, o elo
4. Sacar suas algemas com a mão-forte, conforme fig. de serviço deverá ser colocado no sentido de baixo para
3, deixar o primeiro elo cair e segurar as algemas prontas cima, conforme fig. 06, de modo que as fechaduras fi-
para uso. quem sempre voltadas para o cotovelo do infrator da lei.

Figura 3
Figura 6
5. Segurar, com a mão-fraca, pelo menos três dedos
da mão do capturado, conforme fig. 4.
7. Torcer o corpo da algema de forma a conduzir o
punho do capturado para a região lombar, e, dando con-
tinuidade ao movimento, o policial militar passará sua
mão-forte por debaixo da mão algemada, conforme fig.
7, 8 e 9, e, simultaneamente, a mão-fraca do policial mi-
litar segurará um dos dedos da outra mão do infrator da
lei (que estará sobre a cabeça), aplicando um torção de
dedo.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 4

6. Para cada tipo de algemas, observar o procedimen-


to adequado:
6.1. caso as algemas sejam das marcas ROSSI ou SU-
PER-WALTER, o elo de serviço deverá ser colocado no Figura 7
sentido de cima para baixo, conforme fig. 05, de modo
que as fechaduras fiquem sempre voltadas para o coto-
velo do infrator da lei.

411
Figura 11

Figura 8

Figura 12

9. Verificar o grau de aperto dos ganchos de fecha-


mento, ajustando as algemas de forma a evitar quaisquer
lesões ao algemado.
Figura 9 10. Executar com a mão-fraca o travamento dos gan-
chos.
8. Posicionar o segundo elo da algema com o gancho 11. Após algemado, ajudar o infrator da lei a ficar em
de fechamento voltado diagonalmente para cima, e con- pé, da seguinte forma: descruzar as pernas do algema-
duzir o outro punho do infrator da lei com a mão-fraca do, colocando seu pé sob o pé do infrator, levantando-o,
do policial militar preferencialmente segurando o dedo conforme fig. 13.
do capturado até a algema, de modo que o punho fique
sobre a algema; prender as algemas, de tal forma que os
dorsos das mãos do algemado fiquem voltados um para
o outro, conforme fig. 10, 11 e 12.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 10 Figura 13

412
12. Segurar seu braço, ajudando-o a se levantar (a arma do policial militar deverá estar sempre do lado contrário
ao do infrator da lei).
13. Segurar com a mão-fraca entre os ganchos de fechamento das algemas, exercendo uma leve pressão para baixo,
sendo que a mão-forte poderá segurar próximo ao cotovelo para realizar a condução.

RESULTADOS ESPERADOS
- Que o policial militar conheça os aspectos legais que autorizam o uso de algemas, nos termos do pre-
visto no Decreto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, do STF, de 2008.
- Que o policial militar saque eficientemente as algemas, minimizando todas as possibilidades de re-
ação do agressor.
- Que não haja risco do capturado se lesionar desnecessariamente.
- Que o policial militar verifique antes do ato de algemar as possibilidades de reação do agressor, as quais
podem ensejar luta corporal ou disparo de arma de fogo.
- Que o policial militar tenha o domínio contínuo do agressor ao longo de todo o processo.
- Que após o processo, as fechaduras das algemas estejam travadas e voltadas para os cotovelos do
capturado, os dorsos das mãos voltados para o centro e as algemas perfeitamente ajustadas, a fim de
não causar lesões no capturado.
AÇÕES CORRETIVAS
- Se perceber que o elo de serviço foi posto incorretamente no capturado, continuar o ato de algemar,
todavia durante o trajeto para entregar o infrator da lei à autoridade competente, redobrar a atenção.
- Se tiver esquecido de travar os ganchos de fechamento, o policial militar deverá travá-los antes de con-
duzir o capturado à viatura policial, bem como verificar seu grau de aperto, a fim de evitar lesões
corporais no capturado.
- Se houver uma investida do capturado, o policial militar deverá afastar-se para que tenha possibili-
dade de defesa e utilização de outros meios de contenção, como: defesa pessoal, gás- pimenta,
bastão-tonfa, cassetete ou, em casos legitimamente justificáveis, o próprio armamento.
- Se o capturado tentar fugir, o policial militar deverá adotar as providências voltadas a impedi-lo, usan-
do moderadamente os meios necessários para a ação.
- Se o infrator da lei estiver impossibilitado de se ajoelhar ou se as circunstâncias de segurança ou restri-
ções de local o exigirem, o policial militar poderá algemá-lo em pé ou deitado, adotando o mesmo
procedimento de algemar ajoelhado.
- Se houver mais de um infrator da lei a ser algemado, o outro policial militar (cobertura) irá fazer a passa-
gem de suas algemas para o policial militar que está executando o mencionado procedimento, ou após
algemar o primeiro infrator, o policial militar que executou o ato de algemar, adotará a posição de
cobertura enquanto o outro policial militar irá algemar o outro infrator da lei.
- Se houver somente 01 (uma) algema, para prender 02 (dois) infratores da lei, o policial militar de-
verá solicitar apoio a outros policiais militares, utilizando as algemas dos mesmos, todavia, se houver
urgência, poderá fazê-lo, colocando uma algema no braço direito de um dos detidos e a outra algema
no braço esquerdo do outro detido. Também poderá utilizar outros meios, como: Barbante, cadarço
da bota, corda etc.

POSSIBILIDADE DE ERRO
- O policial militar desconhecer os aspectos legais que autorizam o uso de algemas, contidos no De-
creto nº 8.858, de 26SET16 e na Súmula Vinculante nº 11, do STF, de 2008.
- O policial militar não estar portando algemas.
- O policial militar iniciar o processo sem a devida cautela, sem segurança ou com a arma empunhada.
- O policial militar permitir que o capturado permaneça incorretamente posicionado, dando-lhe possibilida-
de de reação e agressão contra o policial militar.
- O policial militar sacar incorretamente as algemas, de forma lenta ou imprecisa.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- O policial militar não verificar se as algemas estão com seus ganchos de fechamento travados após o
ato de algemar.
- O policial militar algemar o indivíduo com as palmas das mãos para dentro.
- O policial militar algemar com as fechaduras das algemas voltadas para baixo.
- O policial militar conduzir de forma displicente a mão do capturado.
- O policial militar colocar as algemas muito apertadas, lesionando o capturado.
- O policial militar colocar as algemas folgadas, facilitando a fuga do capturado.
- O policial militar fazer uso das algemas em desacordo com a lei.

413
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIO-
NAL
SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

NOME DA TAREFA:
DATA: / _/ N° PROCESSO: 5.03.00 N°POP: 5.03.02
Ato de algemar.

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar tinha prévio conhecimento dos as-
pectos legais que envolvem o ato de algemar, con-
forme preceitua o Decreto nº 8.858, de 26SET16 e a
Súmula Vinculante nº 11, do STF, de 2008?
2. O policial militar posicionou corretamente o captu-
rado (ajoelhado, deitado, sentado, em pé) conforme
a situação correspondente para o ato de algemar?

3. O policial militar aproximou-se do capturado somente


após estar devidamente posicionado?
4. O policial militar estava com sua arma no coldre
abotoado durante o processo?
5. O policial militar sacou eficientemente suas algemas,
demonstrando preparo e condicionamento?
6. O policial militar observou o correto posicionamento
do elo de serviço e das fechaduras para o ato de
algemar?
7. O policial militar segurou firmemente as algemas,
conduzindo os punhos do capturado durante todo
o processo?
8. O policial militar verificou a situação das travas dos
ganchos de fechamento antes e após o processo?

9. As fechaduras, após o processo, ficaram voltadas para


cima (para o cotovelo do algemado)?

POP: 5.03.03
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

ESTABELECIDO EM: 2002

ATO DE RETIRADA DAS ALGEMAS REVISADO EM: 08Nov17


Nº DA REVISÃO: 04
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

AUTORIDADE RESPONSÁVEL: Chefe do Estado-Maior PM. NÍVEL DE PADRONIZAÇÃO: Geral.

ATIVIDADES CRÍTICAS
- Posicionamento do infrator da lei para a retirada das algemas.
- Ato da retirada das algemas.
- Justificação por escrito do ato de algemar no Relatório de Serviço Operacional (RSO) ou no Relató-
rio da Autoridade Policial (histórico) do BOPM, nos casos em que houver confecção deste formulário.

414
SEQUÊNCIA DE AÇÕES 8. Determinar: ”Permaneça com as mãos para trás, até
que eu retire a outra algema”.
1. Estar em local seguro (fechado) “dentro de Repar- 9. Permanecer com a mão-fraca segurando firme-
tição Pública competente”, fazendo a observação mente a corrente, enquanto a mão-forte retira o
das possíveis vias de fuga. segundo elo, conforme fig. 3.
2. Observar o fluxo ou quantidade de pessoas exis-
tente no ambiente, colocando o infrator em local
mais isolado possível.
3. Posicionar o infrator da lei voltado para uma pare-
de ou outro obstáculo, com o armamento no col-
dre, para retirar as algemas.
4. Os policiais militares deverão adotar posição idên-
tica à da abordagem a pessoa a pé, sendo que de-
verão ficar com o seu armamento no coldre.
5. Pegar as chaves das algemas.
6. Posicionar-se de modo semelhante ao do procedi-
mento de busca pessoal, para o início da retirada
das algemas, “atrás do infrator da lei”, de modo
que sua arma fique o mais longe possível do alcan-
ce do mesmo, segurando com a mão fraca entre as
algemas, conforme fig. 1.

Figura 3

10. Afastar-se um passo para trás após retirar as al-


gemas, colocando-as, então, no porta-algemas,
conforme o POP “Posicionamento das algemas no
porta-algemas”, bem como a chave.
11. Permanecer sempre atento a possíveis reações
evasivas ou agressivas por parte do infrator da lei.
12. Justificar, por escrito, o ato de algemar no Relató-
rio de Serviço Operacional (RSO) ou no Relatório
da Autoridade Policial (histórico) do BOPM, nos
casos em que houver confecção deste formulário.

Figura 1

7. Segurar firmemente a corrente das algemas com a


mão-fraca, enquanto a mão-forte segura a chave
das algemas, a fim de retirar o primeiro elo das
algemas, conforme fig. 2.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Figura 2

415
RESULTADOS ESPERADOS
- Que o policial militar tenha domínio contínuo do infrator da lei ao longo de todo o procedimento, mi-
nimizando as possibilidades de fuga ou reação.
- Que o policial militar justifique, por escrito, o ato de algemar no Relatório de Serviço Operacional (RSO)
ou no Relatório da Autoridade Policial (histórico) do BOPM/TC, nos casos em que houver confecção
deste formulário.

AÇÕES CORRETIVAS
- Se houver reação do infrator da lei, empurrá-lo contra a parede ou obstáculo, afastando-se em
seguida para ter (o policial militar) possibilidade de defesa e utilização de outros meios de menor
potencial ofensivo: defesa pessoal, espargidor de gás pimenta, bastão-tonfa ou, em último caso, o
armamento, desde que plena e legitimamente justificável.
- Se o infrator da lei tentar fugir, o policial deverá impedi-lo com o uso do grau necessário e su-
ficiente de força para contê-lo.
- Se o infrator da lei estiver agressivo, avisar ou orientar a autoridade competente sobre o estado
emocional do detido.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- O policial Militar realizar o ato de algemar fora das conformidades do Decreto nº 8.858, de
26SET16 e da Súmula Vinculante nº 11, do STF, de 2008.
- O policial militar retirar as algemas antes do término da apresentação do infrator da lei na
Repartição Pública competente, sem que haja prévia solicitação da autoridade competente.
- O policial militar iniciar o processo sem a devida cautela, em inferioridade numérica ou com a arma
empunhada.
- O policial militar permitir que o infrator da lei permaneça incorretamente posicionado, dando-lhe a
possibilidade de reagir ou de agredir ou de fugir do policial militar.
- O policial militar proceder à retirada das algemas de forma desatenta, displicente ou incorreta.
- O policial militar deixar de justificar, por escrito, o ato de algemar no Relatório de Serviço Op-
eracional (RSO) ou no Relatório da Autoridade Policial (histórico) do BOPM/TC, nos casos em que
houver confecção deste formulário.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:
N°POP: NOME DA TAREFA:
DATA: /_ / N° PROCESSO: 5.03.00
5.03.03 Ato de retirada das algemas.
ATIVIDADES CRITICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES
1. O policial militar realizou o ato de algemar dentro
do que preconiza o Decreto nº 8.858, de 26SET16 e
na Súmula Vinculante nº 11, do STF, de 2008?
2. O policial militar colocou o infrator em local adequa-
do para a retirada das algemas?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

3. O policial militar aproximou-se do infrator da lei


da forma correta?
4. O policial militar estava com a arma no coldre aboto-
ado durante o processo?
5. O policial militar pegou a chave das algemas com a
mão correta?
6. Caso tenha ocorrido reação por parte do infrator da
lei, o policial militar adotou os meios necessários e
suficientes para a sua contenção?

416
7. Após a reação, o policial militar conseguiu conter o
infrator da lei?
8. O policial militar justificou, por escrito, o ato de
algemar no Relatório de Serviço Operacional (RSO)
ou no Relatório da Autoridade Policial (histórico)
do BOPM, nos casos em que houver confecção deste
formulário?

DOUTRINA OPERACIONAL

PROCESSO: USO DE ALGEMAS

DESCRIÇÃO LEGISLAÇÃO
Art. 5º e os incisos XLIX e LXV da Constituição Federal, dos
Preceitos constitucionais
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.
- respeitar e proteger a dignidade humana: Art.1º, III, da CF.
- empregar força quando estritamente necessária: Art.284 CCP; art.
Código de conduta do 25 CP.
Responsável pela aplicação da lei - não infligir tortura ou tratamento degradante: Art.5.2. CADH.
- garantir a proteção da saúde de pessoa sob guarda: art. 5º,
XLIX, CF; art. 10.1 – PIDCP; art. 5.1 – CADH

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,


São Paulo: Malheiros, 2001; Art 78 do Código Tributário Nacional; LA-
Poder de Polícia
ZZARINI, Álvaro e outros. Direito Administrativo da ordem pública. 3.ed.
Rio de Janeiro: Forense, 1998. (Págs. 108 e 112).

MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 26ª Edição,


Atributos do poder de polícia
São Paulo: Malheiros, 2001, (Págs. 127,128 e 130).
JOSÉ CRETELLA JÚNIOR, LAZZARINI, Álvaro e outros.
Direito Administrativo da ordem pública. 3.ed. Rio de Janeiro: Forense,
Limites e barreiras do poder de 1998, (Págs. 118, 119 e 130).
polícia. LAZZARINI, Álvaro. Poder de Polícia e Direitos Humanos. Revista
A Força Policial. São Paulo: Polícia Militar do Estado de São Paulo. Nº
30 (Pág. 12).

Inciso LXIII do art.5º da Constituição Federal; §§ 1º e 2º do art. 1º do


Decreto Estadual nº 19.903/50 e Súmula Vinculante do Supremo Tribu-
Registro e Uso de algemas
nal Federal de nº 11; Decreto Estadual nº 57.783/12; Decreto nº 8.858,
de 26SET16.
Art. 5º, XLIX, CF; PIDCP, art. 10.1; CADH, art. 5.1. CADH, art.
Direito à integridade pessoal
5.2; Princípio 36.2 - PIDCP.
Emprego de força art. 284 do CPP.
Ato de algemar Decreto nº 19.903/50, art. 284 e 292 do Código de Processo Penal.
Art. 1º do Decreto nº 19.903/50; § 1º, § 2º e § 3º art. 1º do Decreto
Emprego de algemas
nº 19.903/50; parágrafo 1ª do art. 234 c/c art.242 do CPPM;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Abusos no uso de algemas Letra “b” do art.4º da Lei 4.898/65.


Art. 178 do ECA; letra “i” do art. 3º da Lei 4.898/65; letra “b” do art.
Emprego de algemas em adoles-
4º da Lei 4.898/65; § 6º do art. 1º do AVISO nº 22/92 da Procura-
cente
doria Geral Justiça.
- Penal: Art. 3º, i, da Lei 4.898/65 (Abuso de Autoridade).
Responsabilidade - Disciplinar: Lei Complementar Nº 893/01 (Regulamento Disciplinar
na Polícia Militar).

417
______. PROCESSO 5.09.00 USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA.

MAPA DESCRITIVO DE PROCESSO 5.09.00

NOME DO PROCESSO: USO DO ESPARGIDOR DE GÁS PIMENTA


MATERIAL ECESSÁRIO
- Uniforme operacional
- Revólver ou Pistola PT-100 com seus respectivos carregadores (Rev.-02 e PT.-03).
- Algemas com a chave.
- Apito.
- BO/PM.
- Caneta.
- Colete balístico.
- Espargidor de gás pimenta.
- Folhas de anotações (bloco ou agenda de bolso).
- Lanterna pequena para cinto preto.
- Rádio portátil, móvel ou estação fixa.
- Bastão Tonfa.
- Canivete multi-uso.
- Luvas descartáveis.

ETAPAS PROCEDIMENTOS
Uso do espargidor à base de oleoresina capsicum (oc) - Gás
Adoção de medidas específicas
Pimenta.

PROCESSO: 5.09
USO DO ESPARGIDOR DE
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO PADRÃO Nº 5.09.01
GÁS PIMENTA
ESTABELECIDO EM
NOME DO PROCEDIMENTO: Uso do espargidor à base de oleoresina capsicum REVISADO EM
(oc) – gás pimenta RESPONSÁVEL: PM em atividade operacional.
Nº REVISÃO
ATIVIDADES CRÍTICAS
- Identificar a situação em que será necessário o uso do espargidor.
- Dominar o agressor.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
- Após o esgotamento das negociações verbais e antes do uso de força física, uso do bastão tonfa e da arma de
fogo, caracterizam-se as situações em que se faze necessário o uso do espargidor com gás pimenta .
- Preferencialmente deve ser empregado em ambientes abertos ou arejados, a favor do
- vento e que permitam rápida descontaminação após o uso.
- Adotar uma distância mínima de 1,5m (um metro e meio) do agressor ou resistente alvo.
- Sacar o espargidor do porta-espargidor preso ao cinto.
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Levar o espargidor na direção do tórax do agressor ou resistente.


- Acionar o espargidor na durante um segundo, aproximadamente.
- Manter-se fora do alcance do agressor.
- Dominar o agressor através do uso das algemas.
- Após o domínio do agressor, descontaminá-lo, retirando-o do local impregnado pela substância e levando-o
para um ambiente arejado.
RESULTADOS ESPERADOS
- Fazer cessar a agressão, diminuindo ao máximo a possibilidade de danos físicos no policial militar, no agressor,
ou em terceiros.
- Que todo o uso do gás pimenta seja formalmente relatado após a ocorrência policial.

418
AÇÕES CORRETIVAS
- Orientar-se sobre o uso do material em caso de dúvidas.
- Ter sempre a consciência dos efeitos e reações fisiológicas causadas pelo gás pimenta. processos de descon-
taminação , técnicas de uso do espargidor, bem como das técnicas de domínio de um agressor.
- Saber sobre as conseqüências legais quando do mau uso ou uso abusivo do gás pimenta.
- Caso o tempo de exposição tenha provocado queimaduras, procurar auxílio médico com urgência.
- Enquanto o auxílio médico não for prestado, deverá o local das queimaduras ser lavado em água corrente e em
abundância.
- Utilizar se for o caso, solução de bicarbonato de sódio a 10%.

POSSIBILIDADES DE ERRO
- Ô policial militar não esgotar as negociações verbais.
- O policial militar fazer uso do gás pimenta após ter adotado força física ou letal.
- O policial militar não ter à sua disposição o espargidor.
- O policial militar analisar de forma errônea a situação em que deve usar o espargidor .
- O policial militar ser dominado antes de conseguir sacar o espargidor.
- O policial militar não saber acionar o espargidor.
- O policial militar acionar o espargidor a uma distância muito longa para que o gás tenha o efeito desejado.
- O policial militar usar o espargidor por um tempo muito curto ou muito longo, não atingindo os objetivos dese-
jados.
- O policial militar ser contaminado pelo gás pimenta.
- O policial militar permanecer em uma situação que possibilite ao agressor atingi-lo fisicamente ou mesmo
dominá-lo.
- O policial militar não dominar o agressor, por demorar a agir ou por não dominar as técnicas necessárias
para a situação.
- O policial militar usar de força física desnecessária após ter dominado o agressor, vindo a incorrer em ilícito
penal e administrativo.
- O policial militar deixar de descontaminar agressor, levando-o para ambiente arejado.
- O policial militar deixar de providenciar atendimento médico em casos de reações adversas ao gás pimenta
sofrida pelo agressor e resistente.

CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

419
ESCLARECIMENTOS:

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO DIAGNÓSTICO DO TRABALHO OPERACIONAL

SUPERVISOR: SUPERVISIONADO:

Nº POP: NOME DA TAREFA: Uso


DATA: Nº PROCESSO: 5.09
5.09.01 de Espargidor de Gás Pimenta

ATIVIDADES CRÍTICAS SIM NÃO OBSERVAÇÕES


1. O policial militar tinha à sua disposição o espargidor?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

2. O policial militar analisou corretamente a situação de


uso do espargidor?
3. O policial militar utilizou o espargidor da forma cor-
reta?
4. O PM conseguiu dominar o agressor, após o uso do
espargidor?
5. O policial militar foi agredido ou dominado?
6. Houve excesso por parte do PM após o agressor estar
dominado?

420
7. O policial militar informou a quem de direito o uso
do espargidor e constou na documentação que re-
gistrou o fato?
8. O policial militar providenciou auxílio médico ao
agressor, caso este tenha sofrido reações adversas
ao gás pimenta?

______.______. INSTRUÇÕES CONTINUADAS DE COMANDO (ICC): Nº 191, 193, 197, 201, 203,
209, 218, 220, 222, 225, 226, 227, 230, 234, 239 240, 244, 247, 248, 250, 254;

INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO


ICC Nº 191

1.TEMA: “ATUAÇÃO DA PMESP EM OCORRÊCIA DE ESTUPRO.”

3. ASSUNTO A SER LIDO:


Esta instrução tem a intenção de ampliar o sentimento e tato para o delicado momento em que o policial que se
deparar com uma vítima de violência sexual.
Estupro, é crime previsto no Art. 213 do Código Penal
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com
ele se pratique outro ato libidinoso:
Até 2009, o crime era constranger mulher, entendendo que o homem figurava como sujeito ativo da relação.
Agora, com a atual legislação, quando traz a expressão constranger alguém, entendemos que tanto homem como
mulher pode figurar como sujeito ativo e passivo na relação.

Lembre-se de alguns Pontos importantes a fim de preservar a dignidade da vítima como:


- atender a vítima sem posicionamentos pessoais;
- compreender que esse crime abrange pessoas que exercem a prostituição masculina e feminina;
- evitar constrangimentos à vitima com olhares, gestos e até mesmo o tom de voz. Evitar inclusive que outras pes-
soas o façam;
- perceber que a comunicação e o diálogo poderão ficar comprometidos, caso a vítima esteja em estado de choque;  
- Entender que a vítima poderá, por vergonha, não querer expor detalhes da situação vivenciada, tampouco regis-
trar a ocorrência. Neste caso informar sobre a importância do registro e do curto período de tempo para a coleta
de provas.
- Preservar eventuais provas do crime como local, roupas e pertences pessoais da vítima;
- Esclarecer à vítima que ela poderá ser conduzida para elaboração do Exame de Corpo de Delito;
- Orientar a vítima que o atendimento médico, psicológico e social são gratuitos em toda rede do SUS, onde um
profissional de saúde lhe ministrará medidas profiláticas contra a gravidez e Doenças Sexualmente Transmissíveis
- DST

Caso da vítima não desejar prosseguir com a ocorrência.

Se não envolver menores e vulneráveis, registrar os dados em BO/PM, incluindo todas as orientações fornecidas.
A recusa da vítima se dirigir ao DP e outros dados que possam subsidiar futuros questionamentos.
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ICC Nº 193

TEMA: “OCORRÊNCIA POLICIAL COM A PARTICIPAÇÃO DE ADVOGADO.”

3. ASSUNTO A SER LIDO:

Orientação ao policial a pautar suas ações no estrito cumprimento das leis, normas e regulamentos.
Para minimizar inconformidades nas intervenções policiais, ficar atento às medidas a serem adotadas quando hou-
ver a participação de advogados em ocorrências
A Constituição Federal prevê o advogado como indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício de sua profissão, no limite da lei.

421
Art. 133 da Constituição Federal INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
ICC Nº 197
O advogado é indispensável à administração da
justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações TEMA: “GRUPOS VULNERÁVEIS : MORADORES DE
no exercício da profissão, nos limites da lei. RUA.”

Estatuto da OAB – Lei 8906/94 ASSUNTO A SER LIDO:

Art. 7º São direitos do advogado: Policial Militar! Alguns grupos sociais são classifica-
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e reser- dos como “grupos vulneráveis”, que por questões ligadas
vadamente, mesmo sem procuração, quando estes se a gênero, idade, condição social, deficiência e orienta-
acharem presos, detidos ou recolhidos em estabeleci- ção sexual, tornam-se mais suscetíveis à violação de seus
mentos civis ou militares, ainda que considerados in- direitos, e que por serem tratados como diferentes da
comunicáveis; população em geral, são considerados como minorias.
No âmbito da segurança pública, é importante ter
Lembre-se o conhecimento de que todos os grupos socialmente
- Sempre exigir a apresentação da OAB quando al- vulneráveis devem ser protegidos e nós, Policiais Milita-
guém se apresentar como advogado; res, devemos conquistar seu reconhecimento, respeito e
- O detido deverá constituir o advogado como seu confiança.
defensor; A formulação de princípios ou padrões de con-
- O advogado não tem prerrogativa para adentrar ao duta diante da condição social do homem são elementos
local de crime que esteja sendo preservado; norteadores da convivência social. No decurso da histó-
- O advogado tem o direito de se comunicar com seu ria da humanidade e do amadurecimento das relações
cliente em viatura policial; sociais, as civilizações construíram diferentes sistemas e
- Em estabelecimentos civis ou militares, o advogado normas, objetivando estabelecer limites aceitáveis para
as relações humanas e comportamentos sociais. Neste
goza de plenos direitos de comunicação com seus
contexto, a Declaração Universal dos Direitos Humanos,
clientes;
de 10 de dezembro de 1948, aborda em seus 30 artigos,
os valores éticos básicos norteadores para a Proteção
Delitos ou Crimes Praticados por Advogados dos Direitos Humanos.
Os indivíduos desprovidos de família, emprego, re-
sidência e bens materiais passam a ser vistos como não
- No exercício da profissão – o advogado tem o direi- cidadãos e que são chamados por pessoas não familia-
to a um representante da OAB, quando preso em rizadas com a expressão de mendigos, indigentes, deso-
flagrante por motivo ligado a advocacia; cupados, vagabundos e uma série de adjetivos pejorati-
- Fora do exercício da profissão – neste caso respon- vos que contribuem para um papel coadjuvante desses
de pelos seus atos como qualquer pessoa, porém cidadãos.
a OAB ou sua seccional deerá ser comunicada ex- Desde o final da década de oitenta, estudiosos e
pressamente através do envio do APFD pela auto- pessoas envolvidas com o assunto vêm aprimorando o
ridade policial. complexo processo de conceituar e classificar os diversos
- Excesso na conduta do advogado – Deverão ser co- perfis associados ao tema.
municados à seção de ética profissional da OAB.
Silva (2006), classifica a população em situação de
Importante rua como:
“...grupo populacional heterogêneo que tem em co-
mum a pobreza, vínculos familiares quebrados ou inter-
- Sempre dispensar tratamento formal, educado e
rompidos, vivência de um processo de desfiliação social
respeitoso quando estiverem no exercício de suas
pela ausência de trabalho assalariado e das proteções
funções;
derivadas ou dependentes dessa forma de trabalho, sem
- O advogado, no exercício da função pode cometer
o crime de desacato, mas não injuria ou difamação, moradia convencional regular e tendo a rua como o es-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

pois possui imunidade profissional para o caso es- paço de moradia e sustento.”
pecífico em que esteja advogando, podendo res- Em uma pesquisa realizada pelo Ministério do De-
ponder por excessos perante a OAB. senvolvimento Social em 2008, sobre a população em
situação de rua no Brasil, constatou-se que:

- 71 % dos moradores de rua trabalham;


- apenas 16% dependem da mendicância para so-
breviver;
- alcoolismo e drogas são as principais razões que
levam a pessoa para a situação de rua, seguidapelo
desemprego e conflitos familiares;

422
O apoio governamental a estas pessoas tende a se di- INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
vidir em esferas estadual e municipal por, naturalmente, ICC Nº 201
os problemas serem maiores nas grandes cidades, com
consequente diferenciação da estrutura de atendimento. “ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO
Na Capital Paulista, a Coordenadoria de Proteção BALÕES - REEDIÇÃO.”
Social Especial possui uma rede de atendimento sócio
assistencial voltado à população adulta em situação de 3. ASSUNTO A SER LIDO:
rua, atuando no âmbito da criação de políticas públicas
em consonância ao Sistema Único de Assistência Social
- SUAS. Policial Militar! Soltar balão é proibido pela Lei de Cri-
Trabalham com abordagens sistemáticas nas ruas e mes Ambientais desde 1998. Mesmo assim, percebe-se a
ocorrência desta prática, principalmente na Capital, Re-
pontos de concentração desta população, encaminha-
gião Metropolitana de São Paulo e outros grandes cen-
mentos para os núcleos de serviços e convivência, cen-
tros urbanos, como a região da grande Campinas, alvo
tros de acolhida e centros de acolhida especiais (públicos momentâneo dos baloeiros, após as intensas apreensões
específicos como idosos, mulheres e catadores), além do da PMESP e ações de repressão na capital.
fomento à geração de renda e capacitação profissional Esta ação ilegal intensifica-se neste período de fes-
desse grupo. tividades juninas, estendendo-se até o mês de outubro.
Na área Estadual existe o Centro de Referência Es- Nesta época do ano, com ventos frios durante a noite
pecializado para pessoas em Situação de Rua - Centro e o tempo seco provocado pela baixa umidade relativa
POP - voltado para o atendimento especializado à popu- do ar, as condições climáticas tronam-se propícias para
lação em situação de rua. Trabalham com atendimentos soltura, colocando em risco residências, fábricas, aviação
individuais e coletivos, oficinas e atividades de convívio civil e os nossos remanescentes florestais, levando perigo
e socialização, além de ações que incentivam o protago- à integridade física de pessoas e de seu patrimônio.
nismo e a participação social das pessoas em situação
de rua. Aliado a isso, o CENIPA - Centro de Investigação e
Procure informar-se de quais serviços assistenciais Prevenção de Acidentes Aeronáuticos afirma que:
o Poder Público da sua região de atuação disponibiliza,
para o acionamento ou orientação da população sobre ...balões de ar quente, que invadem o espaço aéreo[
este tipo de atendimento. ..}, nem há autorização para a soltura. Eles são lançados
[ ..} sem nenhum controle. [ ..} significam risco para a na-
vegação aérea civil e militar, porque aeronaves e radares
Lembre-se:
não são capazes de detectá-los. Além disso, a tecnologia
empregada para conferir maior autonomia de voo, como
A Constituição Federal em seu art. 3°, inciso IV pro- botijão de gás baterias de carro, agrava operigo.”
move o bem sem preconceito de origem, raça, sexo, cor,
idade ou qualquer outra forma de discriminação;
Em seu art. 5°, garante a igualdade de todos perante Policial!
a lei, sem distinção de qualquer natureza;
O balão, propelido por mecha incandescente, pos-
Nos princípios fundamentais garante: sui em seu interior ar aquecido (balão normal) e pode-
rá ser objeto da prática de crime ambiental conforme
- Princípio da Dignidade da pessoa humana e da ve- as condutas típicas previstas no artigo 42 da Lei Federal
dação à discriminação; 9.605/981, a fabricação, venda, transporte ou soltura de
- Princípio da Justiça Social; balões.
- Princípio da Igualdade;
- Princípio da Legalidade; Existem artefatos que não possuem mecha incandes-
- Princípio da Vedação à Tortura e Tratamentos Desu- cente, os chamados balões ecológicos sem tocha, que
manos ou Degradantes; também são proibidos, portanto, passíveis de condutas
- Princípio da Inviolabilidade do Direito à Intimidade, típicas do crime, quando expõem a perigo a navegação
aérea, previsto no artigo 261 caput e seus parágrafos 1°
à Privacidade, à Honra, à Imagem.
e 2°, do
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Policial, a doutrina de emprego policial deve ser am-


Código Penal Brasileiro, e a soltura de balões pro-
parada na boa conduta, legalidade, cidadania, bom sen-
pelidos ou não por mecha incandescente e que possam
so e moderação. Você é um exemplo para a sociedade,
expor a perigo aeronaves, ou mesmo a tentativa de sol-
mesmo não se atentando para isso.
tar com o objetivo de impedir ou dificultar a navegação
aérea.
Além do crime ambiental e/ou crime de perigo, sol-
tar balões que possam provocar incêndios nas flores-
tas e demais formas de vegetação, áreas urbanas ou
em qualquer tipo de assentamento humano será objeto
de infração ambiental, ou seja, seu autor estará sujeito
à multa administrativa no valor R$ 5 .000,00 (cinco mil

423
reais) por balão apreendido, ou parte dele (boça,mecha, Observa-se claramente que as condutas praticadas
cangalha, bandeira) com base na Resolução SMA nº pelos chamados “baleeiros” ultrapassam o limite de ape-
48/142, podendo ser aplicada em dobro se a infra- nas uma tradição folclórica ou cultural, tornando-se uma
ção for praticada para obter vantagem pecuniária associação criminosa que lesiona bens jurídicos de difícil
reparação, ou até mesmo, irreparáveis, como acontece
e/ou ocorrer no interior do espaço territorial, especial- com a morte de pessoas e determinados desastres am-
mente protegido, quando afetar unidade de conserva- bientais. Importante salientar que tramita pela Câmara
ção ou sua zona de amortecimento e, ainda, aumentada dos Deputados, o Projeto de Lei nº 3693/2012, propondo
pela metade, quando a infração provocar incêndio e/ou a alteração da pena de “detenção de um a três anos ou
atingir vegetação que contenha espécies ameaçadas de multa” para “reclusão de dois a cinco anos e multa’’, para
extinção. quem praticar a conduta criminosa.
Nesse contexto, foi proposto pelo Comando de Po-
Por se tratar de um crime ambiental e/ou de perigo licia Ambiental, via Subcomandante PM, o encaminha-
à navegação aeronáutica, diante do princípio da univer- mento de estudo para juntada ao projeto, propondo a
salidade da nossa atividade, deve ser prevenido e repri- alteração do art. 42 da Lei 9.605/98, com a inclusão de
mido por todos, independentemente de estar prestando novas condutas e consequentemente, aumento de pena,
serviços no policiamento ambiental ou não. como forma de evidenciar uma eficaz prevenção, repres-
são aos criminosos
O atendimento dessa ocorrência demanda que o Po-
licial Militar reconheça os elementos que constituem o
balão - papel de seda já montado ou não, mechas, can- INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
galhas, varetas, bandeirolas, lâmpadas, entre outros - e
ICC Nº 203
que deverão ser recolhidos como prova material do cri- “TEMA –INSTRUÇÕES SOBRE O EXPLOSIVO TATP.
me. (triperóxido de triacetona)””
Todas as pessoas que concorreram para a prática do
crime (autor, coautor e partícipe), seja durante a fabrica- 3. ASSUNTO A SER LIDO:
ção, comercialização, transporte ou soltura, deverão ser
conduzidas ao DP, juntamente com os materiais e veí- Policial Militar! O setor de perícias do Esquadrão de
culos envolvidos, salvo quando, por orientação da auto- Bombas do GATE recebeu, em janeiro de 2017, mate-
ridade competente, a ocorrência deva ser encaminhada rial proveniente de ocorrência policial na cidade de São
Carlos/SP e que após análise, constatou-se tratar de um
para a Delegacia de Polícia Federal em razão de sua com-
explosivo improvisado, altamente sensível a estímulos
petência, para a lavratura do competente procedimento (choque, atrito e calor) conhecido mundialmente como
de polícia judiciária. TATP (triperóxido de triacetona).
Os policiais devem ter bastante atenção com as can- No caso em questão, seria empregado para o arrom-
galhas que levam centenas de materiais explosivos, como bamento de caixa eletrônico em crime de roubo/furto,
bombas, rojões ou morteiros e que podem, no momento possivelmente naquela região.
O TATP vem sendo amplamente empregado em ações
da ocorrência, causar explosões com possibilidade de fe- terroristas em diversos países, tendo seu uso comprova-
rimentos graves. do em ataques como os ocorridos em Madrid (março de
Ao atender a ocorrência, o Policial Militar deverá soli- 2004), Londres (julho de 2005), Paris (novembro de 2015)
citar a presença de guarnição do Policiamento Ambiental e Aeroporto de Bruxelas (março de 16). Pela facilidade
para a lavratura de multa administrativa. Caso não seja na aquisição dos componentes, aliado ao baixo custo e
facilidade na sintetização do explosivo, foi escolhido por
possível o pronto atendimento do Policiamento Am-
diversos grupos terroristas a exemplo do Estado Islâmi-
biental, principalmente em razão de não haver OPM am- co, como principal explosivo a ser empregado em seus
biental em todos os municípios do Estado de São Paulo, ataques.
deverá ser encaminhada ao Policiamento Ambiental do Por ser extremamente sensível ao choque, não se
local da ocorrência a cópia do procedimento realizado deve manipular o TATP sob NENHUMA HIPÓTESE e, em
no Distrito de Polícia, bem como o Boletim de Ocorrên- se deparando com seus componentes (peróxido de hi-
drogênio, acetona e ácidos) redobrar a atenção.
cia Policial Militar, caso haja, que contenha o nome dos
envolvidos para lavratura da respectiva multa administra-
tiva, com base na peça policial apresentada. Como identificar o TATP?
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

O Policial Militar deve estar atento, também, para as


fases que se seguem após a soltura dos balões. Em al- - Trata-se de um pó branco cristalino, similar ao sal ou
açúcar, podendo facilmente ser confundido com
guns casos, grupos de pessoas saem ao seu encalço e
cocaína durante uma abordagem ou intervenção
disputam, entre si, a posse do artefato. É comum ocorrer
policial;
danos ao patrimônio das pessoas como: quebra de telha-
- Tem como precursores (matéria-prima) na sua fabri-
dos, cercas, danos em veículos, etc. A intervenção policial cação os componentes químicos: acetperóxido de
é importante para a manutenção da ordem. hidrogênio (água oxigenada) e ácidos;
A captura de balões poderá ensejar a tipificação do - Os componentes utilizados na fabricação do explo-
crime ambiental, caso ocorra o transporte do local de sivo são de livre comercialização e fáci acesso;
captura, nova soltura ou tentativa de nova soltura e cri- - Extremamente sensível ao toque, batidas e variação
me de perigo, caso ocorra a soltura ou tentativa de nova de temperatura.
soltura do artefato.

424
Dicas importantes para o policial-militar ao se deparar com objeto suspeito:

- Jamais tente manipular ou tentar fabricar em casa;


- Em hipótese alguma tocar, mexer ou remover o objeto suspeito;
- Não cheire o produto a fim de identificá-lo pelo odor;
- Orientar as pessoas que se encontram pelo local sobre objeto suspeito encontrado;
- Proceder à desocupação da área de risco, de forma ordenada, calma e tranquila, sem provocar maiores alardes;
- Isolar o local (ponto crítico) onde o objeto foi encontrado;
- Acionar o GATE, fornecendo o máximo de informações possíveis;
- A extrema sensibilidade deste explosivo é motivo de preocupação para o GATE, por isso recomenda-se cautela;
- A maior causa de lesões e mortes decorrentes de uma explosão é a fragmentação (pedaços de materiais prove-
nientes do artefato explosivo - fragmentação primária ou proveniente de materiais existentes no ambiente da
explosão - fragmentação secundária), tais como vidro, pedaços de madeira, metais, etc.
- A distância é o fator de segurança de maior relevância em uma ocorrência envolvendo bombas/explosivos. Leve
em consideração um alerta dos esquadrão-bombas a respeito do assunto: “se você está vendo a bomba, ela
também está te vendo!” Vale dizer: “Procure abrigo e permaneça abrigado.

Foto do artefato explosivo apreendido em São Carlos, carga principal TATP.

Policial Militar, ao se deparar com ocorrências envolvendo artefatos explosivos ou objetos suspeitos, não deixe de
observar os procedimentos elencados no POP 3.06.01- ATUAÇÃO NO LOCAL DE OCORRÊNCIA COM BOMBA/EXPLO-
SIVO.
Não deixe se levar pela aparência! Por menor que seja tamanho do artefato, uma quantidade muito pequena de
explosivos pode causar morte ou graves lesões.
Isole o local, mantenha a maior distância possível do objeto e acione o GATE.

VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE MAIS VALIOSO!

INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO


CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ICC Nº 209
TEMA: “A POLÍCIA MILITAR NAS AUDIÊNCIAS DE CUSTÓDIA.”

3. ASSUNTO A SER LIDO:

POLICIAL MILITAR! O Pacto de São José da Costa Rica é um tratado celebrado pelos integrantes da Organização
de Estados Americanos (OEA), datado de 22 de novembro de 1969 e entrou em nosso ordenamento jurídico em 25 de
setembro de 1992, através do Decreto nº 678, de 6 de setembro de 1992, o qual estabelece que “toda pessoa presa,
detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz( ...)”.
Diante disso, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo editou o Provimento Conjunto nº 03/2015, de 27 de
janeiro de 2015, combinado com normas nacionais que regulam o assunto, para que toda Prisão em Flagrante Deli-

425
to fosse avaliada, pela autoridade judiciária, acerca das ço residencial, profissão, filiação, dados que por vezes
circunstâncias da prisão, a formalidade do Registro da podem não parecer tão importantes em relação ao fato
Ocorrência, sua legalidade e bem como algum tipo de propriamente dito, mas são de extrema relevância para o
abuso ou agressão no ato da prisão por parte dos agen- contexto da decisão a ser proferida.
tes que representam o Estado. Para o Policial Militar, o mais importante é assegu-
Durante a realização da Audiência de Custódia, o rar-se que tanto os fatos quanto a ação policial, durante
magistrado pergunta ao “custodiado” sobre diversas a ocorrência, sejam claramente descritos no Boletim de
informações pessoais (nome, idade, profissão, número Ocorrência (Militar e Civil.
de filhos, endereço fixo, antecedentes criminais, doença Portanto, o policial militar ao efetuar uma prisão em
grave, uso medicação controlada, se possui dependência flagrante delito deve atuar corretamente e conforme os
química ou alguma deficiência física), sendo informado protocolos em vigor, utilizar o conhecimento técnico
que não será julgado, naquela ocasião quanto ao mé- adquirido em sua formação profissional, dentro da lega-
rito, mas apenas quanto à legalidade da prisão. Neste lidade e, principalmente, efetuar o correto e amplo re-
momento se verifica a importância dos dados coleta- gistro, primando pela precisão e clareza das informações
dos pelo policial militar no ato da prisão e devidamente inseridas no BO/PM ou BO/PM-TC, constar, no momento
registrados no BOIPC, propiciando ao Juiz de Direito a do registro no Distrito Policial, as informações, de ma-
condição de comparação das versões apresentadas pelo neira detalhada no Auto de Prisão em Flagrante Delito,
custodiado. uma vez que são esses os documentos que resguardam
Cabe salientar que na AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA, o a ação policial.
BOIPC é o documento que servirá de base para que o Juiz Tais medidas visam dar suporte fático ao juiz que de-
de Direito tome ciência dos fatos, juntamente com repre- cidirá o destino do preso em flagrante delito por você
sentantes do Ministério Público e da Defensoria Pública. Policial Militar, evitando-se, assim, quaisquer dúvidas
Entende-se, em razão disso, que o preenchimento do quanto à idoneidade e legitimidade da sua atuação.
BO/PM - TC possui papel fundamental quanto ao des- Policial Militar, não se esqueça de preservar o docu-
fecho da ação do policial militar, anotando-se dados, mento de suma importância para o condutor do Flagran-
minuciosamente, relacionados à ocorrência - local exato te, o “Recibo de Entrega Preso’’, nos termos do Art. 304
da prisão, vítima(s) e autor(es), testemunha(s), circuns- do CPP.
tâncias da prisão e a individualização das condutas. Da- Policial Militar! Você é parte essencial para o exercício
dos estes que devem, preferencialmente, constar com a pleno da Justiça! O divisor de águas entre a cidadania e
mesma exatidão no registro da Polícia Judiciária (Civil), a barbárie.
devido Registro de Ocorrência (RDO ou BO/PC).
De posse das informações contidas na documentação INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
entregue ao Poder Judiciário, após ouvidos o Ministério ICC Nº 218
Público e a Defesa do preso, o Juiz de Direito decidirá
pelo(a): TEMA: “TRATAMENTO NOMINAL DAS PESSOAS
- Relaxamento da Prisão ilegal; TRANSEXUAIS E TRAVESTIS – ATUALIZAÇÃO NOR-
- Conversão da Prisão em Flagrante em Prisão Pre- MATIVA.”
ventiva;
- Concessão de Liberdade Provisória com ou sem 3. ASSUNTO A SER LIDO:
fiança - o preso é colocado em liberdade após re-
colhimento da fiança (quando arbitrada pelo juiz). Policial Militar, será abordado nessa instrução im-
portante tema que agrega conhecimento na área dos
direitos humanos, reforçando o profissionalismo e a res-
Observação:
ponsabilidade da Polícia Militar do Estado de São Paulo,
Além da concessão da liberdade provisória, o juiz po- bem como contribuindo para formar uma boa imagem
derá determinar o cumprimento de medidas cautelares da nossa Instituição.
(Exemplo: não se ausentar da comarca, comparecimento Sobre o tratamento nominal das pessoas transexuais
regular no fórum etc.), sendo estas constantes no Alvará e travestis, convém salientar que, visando garantir a iden-
de Soltura. tidade de gênero, o Decreto nº 55.588, de 17 de março
Ressalte-se que desde a efetiva implantação das Au- de 2010, assegura às travestis, mulheres e homens tran-
diências de Custódia, no período correspondente a feve- sexuais, o direito à escolha de tratamento nominal nos
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

reiro de 2015 até agosto de 2017, foram submetidos às atos e procedimentos promovidos no âmbito da Admi-
referidas audiências aproximadamente 50.000 (cinquenta nistração Direta e Indireta do Estado de São Paulo.
mil) pessoas, sendo 47% (quarenta e sete por cento) con-
vertidas em prisões preventivas, 44% (quarenta e quatro
por cento) colocadas em liberdade provisória (alvará de A norma, em seu artigo 2°, garante:
soltura) e 9% (nove por cento) impetrada fiança - dados
apenas da Capital paulista. Artigo 2° - A pessoa interessada indicará, no momen-
A finalidade da Audiência de Custódia é a análise da to do preenchimento do cadastro ou ao se apresen-
formalidade e não do mérito da conduta, com isso, to- tar para o atendimento, o prenome que corresponda
dos os dados referentes ao preso e a ocorrência são de à forma pela qual se reconheça, é identificada, reco-
extrema importância. Exemplo: pode-se citar o endere- nhecida e denominada por sua comunidade e em sua
inserção social.

426
1° - Os servidores públicos deverão tratar a pessoa 1° - Entende-se por nome civil aquele registrado na
pelo prenome indicado, que constará dos atos escritos. certidão de nascimento.
2° - Entende-se por nome social aquele adotado pela
2° - O prenome anotado no registro civil deve ser uti- pessoa e conhecido e identificado na comunidade.
lizado para os atos que ensejarão a emissão de docu-
mentos oficiais, acompanhado do prenome escolhido. Art. 3° - O nome social deverá ser usual na forma de
tratamento, e acompanhar o nome civil nos registros
3° - Os documentos obrigatórios de identificação e de
registro civil serão emitidos nos termos da legislação e documentos escolares internos.
própria.
Na área da Segurança Pública, a partir de novembro
Prevê ainda, em seu artigo 4°, que “o descumprimen- de 2015, foi inserido um novo campo no RDO - Regis-
to do disposto nos artigos 1° e 2° deste decreto ense- tro Digital de Ocorrências, específico para a inserção de
jará processo administrativo para apurar violação à Lei nome social, conforme previsto no Decreto nº 55.588/10,
nº 10.948, de 5 de novembro de 2001, sem prejuízo de portanto específico para travestis, mulheres e homens
infração funcional a ser apurada nos termos da Lei nº
transexuais. Foi inserido no campo “Provável Motivação
10.26 outubro de 1968 - Estatuto dos Funcionários Públi-
cos Civis do Estado”. do Crime” as palavras “Homofobia” e “Transfobia”, como
forma do Estado de São Paulo passar a ter estatísticas
Entende-se como Identidade de Gênero, a percep- oficiais sobre violência contra a população LGBT.
ção que uma pessoa tem de si, como sendo do gênero Na Polícia Militar do Estado de São Paulo ocorreu a
masculino, feminino, ou de alguma combinação dos dois, alteração do Formulário PM 0-58, Boletim de Ocorrência,
independente do sexo biológico. Trata-se, portanto, de através do item 41 do Bol G PM 103, de 1° de junho de
uma convicção íntima da pessoa em ser do gênero mas- 2017, acrescentando o campo identidade de gênero, de-
culino (homem) ou do gênero feminino (mulher). vendo ser observado como o indivíduo se identifica. Esta
alteração também já se encontra no Boletim de Ocorrên-
É importante frisar que a identidade de gênero tra- cia Eletrônico (BO-e).
duz o entendimento que a pessoa tem sobre ela mesma,
como ela se descreve e, acima de tudo, como ela deseja
ser reconhecida.
O Decreto 55.588 expandiu-se para outras áreas Não se aplica nome social para apelidos ou alcunhas.
como a Administração Penitenciária, a Educação e a pró-
Temos, ainda, a Instrução UCRH nº 10, de 1° de se-
pria Segurança Pública.
tembro de 2014 - A Unidade Central de Recursos Huma-
nos (UCRH), da Secretaria de Gestão Pública, expediu a
Como fruto da norma acima referenciada temos:
Instrução normatizando que:

Resolução SAP nº 11, de 30 de janeiro de 2014, que


- A elaboração de crachás de acesso e demais docu-
dispõe sobre a atenção às travestis e transexuais no
mentos de identificação funcional dos servidores
âmbito do Sistema Penitenciário.
da administração direta e indireta devem ser ela-
borados com a utilização do prenome social que
Artigo 1° - As pessoas privadas de liberdade ou que o servidor interessado indicar, correspondente à
integram o rol de visitas das pessoas presas devem ter forma pela qual se reconhece, é identificado, reco-
preservado o direito à sua orientação sexual e a iden- nhecido e denominado por sua comunidade e em
tidade de gênero. sua inserção social.
1° - Fica assegurado às travestis e transexuais o uso de - Os órgãos setoriais e subsetoriais de recursos hu-
peças íntimas, feminina ou masculina, conforme seu manos devem promover a divulgação do Decreto
gênero; nº 55.588, de 17 de março de 2010, aos seus servi-
dores, por meio de comunicados internos, capaci-
2º - Às travestis e transexuais femininas é facultada a tações e listas de e-mails, dentre outras formas, a
manutenção do cabelo na altura dos ombros; fim de que tenham ciência da correta utilização do
Deliberação CEE nº 125, de 30 de abril de 2014, que prenome social - tanto no âmbito interno quanto
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

dispõe sobre a inclusão de nome social nos registros no atendimento ao público em geral.
escolares das instituições públicas e privadas no Sis-
tema de Ensino do Estado de São Paulo e dá outras Por fim, a Lei estadual nº 10.948/01 proíbe a discri-
providências. minação em razão da orientação sexual e da identidade
de gênero e pune toda manifestação atentatória ou dis-
Art. 1° - As instituições vinculadas ao Sistema de En- criminatória praticada contra cidadão LGBT no Estado de
sino do Estado de São Paulo, em respeito à cidadania, São Paulo.
aos direitos humanos, à diversidade, ao pluralismo e
à dignidade humana, incluirão, a pedido dos interes- Em seu artigo 2°, a norma lista uma série de exemplos
sados, além do nome civil, o nome social de travestis e considerados atos discriminatórios:
transexuais nos registros escolares internos.

427
I - praticar qualquer tipo de ação violenta, constran- Quanto da abordagem, a intimidade e a imagem da
gedora, intimidatória ou vexatória, de ordem mo- pessoa deve ser preservada, evitando exposições desne-
ral, ética, filosófica ou psicológica; cessárias, atuando com respeito aos seus direitos funda-
II - proibir o ingresso ou permanência em qualquer mentais, agindo com imparcialidade, primando pela efi-
ambiente ou estabelecimento público ou privado, cácia no que se refere à observância do valor existencial
aberto ao público; intrínseco a cada ser.
III - praticar atendimento selecionado que não este-
ja devidamente determinado em lei; IV - preterir, Quando solicitado, o policial militar deverá observar o
sobretaxar ou impedir a hospedagem em hotéis, tratamento nominal das pessoas travestis e transexuais,
motéis, pensões ou similares; observando que tal situação não obsta a pessoa, quando
V - preterir, sobretaxar ou impedir a locação, compra, solicitada pela autoridade, de efetuar a sua identificação
aquisição, arrendamento ou empréstimo de bens civil, constante de documento obrigatório e de registro
civil, conforme a Lei Federal nº 7.116, de 29 de agosto de
móveis ou imóveis de qualquer finalidade;
1983 e o próprio Decreto Estadual nº 55.588, de 17 de
VI - praticar o empregador, ou seu preposto, atos de
março de 2010, em seu parágrafo 3°.
demissão direta ou indireta, em função da orienta-
ção sexual do empregado; Ressalta-se que a Lei nº 12.037, de 01 de outubro de
VII - inibir ou proibir a admissão ou o acesso pro- 2009, em seu artigo 2°, define identificação civil, como
fissional em qualquer estabelecimento público ou segue:
privado em função da orientação sexual do pro- Art. 2° A identificação civil é atestada por qualquer
fissional; dos seguintes documentos:
VIII - proibir a livre expressão e manifestação de afe-
tividade, sendo estas expressões e manifestações I - carteira de identidade;
permitidas aos demais cidadãos. - carteira de trabalho; III - carteira profissional; IV -
passaporte;
Ainda segundo a Lei acima, através de processo ad- V - carteira de identificação funcional;
ministrativo, pode ser punido todo cidadão, inclusive de- VI - outro documento público que permita a identi-
tentor de função pública, civil ou militar, e toda organiza- ficaçãodo indiciado.
ção social ou empresa, pública ou privada, por prática de
discriminação em razão de orientação sexual. As penas Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equipa-
são de advertência e multa, até suspensão e cassação do ram-se aos documentos de identificação civis os docu-
alvará estadual de funcionamento. mentos de identificação militares.
Assim: INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
ICC Nº 220
- Os servidores públicos deverão tratar a pessoa pelo
prenome indicado, que constará dos atos escritos; TEMA: “PROCEDIMENTOS EM OCORRÊNCIAS EN-
- O prenome anotado no registro civil deve ser uti- VOLVENDO DISPARO DE ARMA DE FOGO EM COLE-
lizado para os atos que ensejarão a emissão de TE BALÍSTICO E EM VIATURA POLICIAL-MILITAR.”
documentos oficiais, acompanhado do prenome
escolhido;
- Os documentos obrigatórios de identificação e de 3. ASSUNTO A SER LIDO:
registro civil serão emitidos nos termos da legisla- Policial Militar!! Será abordada nessa instrução a sis-
ção própria.
temática de procedimentos em ocorrências envolvendo
disparo de arma de fogo em colete balístico pertencente
ATENDIMENTO POLICIAL-MILITAR À POPULA-
ÇÃO LGBT à PMESP e em viatura policial-militar, assunto este pre-
conizado pela Nota de Instrução nº PM4-001/1.2/17, de
06SET17.
A Nota de Instrução mencionada foi elaborada com
Levando-se em conta a função policial-militar, com- a finalidade de estabelecer procedimentos, visando au-
plexa em sua origem, principalmente quanto à atuação mentar a proteção do policial militar contra disparos de
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

em um Estado democrático de direito, necessária à aná-


arma de fogo, por meio do aprimoramento da especifi-
lise objetiva de competências, com a ausência de ações
eivadas de qualquer discriminação ou preconceito, neste cação técnica dos coletes de proteção balística, buscar
caso estudado, por questões de sexo ou orientação se- soluções logísticas e padronizar os procedimentos ope-
xual. racionais no interior das viaturas.
Desse modo foram disciplinados procedimentos e
Quando do atendimento por parte do Policial Mili- atribuições para a coleta, catalogação e consolidação de
tar a transexuais ou travestis, deve observar o absoluto informações, técnicas e médicas, acerca de ocorrência
respeito à dignidade humana destas pessoas, buscando envolvendo o disparo de arma de fogo em colete balís-
promover o bem de todos, sem qualquer preconceito, tico e em viatura, além de análises no que tange à fre-
isto conforme o Inciso IV do artigo 3° da Constituição quência e as superfícies atingidas por disparos de arma
Federal. de fogo.

428
Nesse contexto, consagra-se a importante que os Estado, após realizada a perícia pelo Instituto de
policiais militares tenham conhecimento do processo e Criminalística, encaminhando o colete e cópia do
possam contribuir para sua plena eficácia. laudo de perícia ao CSM/ AM, acompanhado do
Vejamos, então, quais são procedimento em ocorrên- devido FMM, elaborado pelo Oficial P/4 da OPM;
cias em que houve disparo de arma de fogo em COLETE - O CSM/AM e CMed deverão, por convocação do Di-
de proteção balística: retor de Logística, reunir-se trimestralmente para
discussão de aspectos médicos e técnicos relacio-
nados ao grau de proteção balística, remetendo
Dados MÉDICOS do policial militar:
semestralmente o relatório, contendo os dados
- O Policial Militar atingido deverá ser socorrido a um consolidados e propostas de aperfeiçoamento, ao
hospital para avaliação clínica; Subcmt PM.
- O Policial Militar atendido e liberado, sem necessi-
dade de internação, deverá ser apresentado na UIS
Vejamos agora os procedimentos em ocorrências
que detém o seu prontuário médico, no 2° dia útil
em que a VIATURA policial-for atingida por disparo
após o encerramento da ocorrência, para reavalia-
de arma de fogo:
ção médica e preenchimento do formulário “Feri-
mento por projétil disparado de arma de fogo so-
bre balístico e lesões associadas”, que se encontra • Dados TÉCNICOS referentes à viatura alvejada:
anexo à NI nº PM4-001/1.2/17, de 06SET17. Este
formulário será remetido ao Centro Médico que
- O detentor executivo, findada a ocorrência e/ou a
consolidará as informações para subsidiar estudos
perícia técnico-científica, deverá apresentar a via-
em conjunto com o CSM/ AM;
tura na subfrota, ou seção equivalente, em até 2
- Caso o Policial Militar permaneça por qualquer mo-
(dois) dias úteis;
tivo internado em hospital diverso do HPM, as pro-
- A subfrota deverá realizar a vistoria, registrando a
vidências previstas no item anterior deverão ser
localização, trajetória e quantidade de disparos, no
adotadas pelo médico da UIS detentora do pron-
“Formulário de Impacto de Tiro Contra Viatura”,
tuário médico no próprio local da internação;
que se encontra anexo à NI nº PM4-001/l.2/17;
- Casos excepcionais deverão ser realizados por jun-
- O Oficial sindicante que instruir o feito em que apura
ta designada pelo Centro Médico, por meio do Ch
o dano em material do Estado (viatura), só poderá
Dep Per Med;
autorizar o reparo dos danos causados pelos dis-
- Na hipótese do Policial Militar ser socorrido ao HPM,
paros de arma de fogo, após ter sido cientificado
o preenchimento do formulário “Ferimento por de que a subfrota realizou a vistoria e preencheu
projétil disparado de arma de fogo sobre colete o “Formulário de Impacto de Tiro Contra Viatura”;
balístico e lesões associadas” será realizado pela - A subfrota encaminhará cópia do formulário preen-
equipe médica que o atender. chido à Agência Regional e Sala de Situação, a qual
remeterá cópia, via notes, ao CSM/MM;
- O CSM/MM receberá cópia do formulário preenchi-
Dados TÉCNICOS referentes à proteção balísti-
do para análise e catalogação dos dados colhidos,
ca do colete: a fim de subsidiar estudo técnico para aperfeiço-
amento da proteção policial-militar no interior de
viaturas, encaminhando, semestralmente, relatório
- O Policial Militar da Agência de Área da ocorrência com dados consolidados e as propostas ao Sub-
deverá dirigir-se ao local dos fatos para coletar os cmt PM.
dados e tirar as fotos das placas do colete de pro-
teção balística, conforme o “Formulário de Impacto
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
de Tiro Contra Colete”, que se encontra anexo à ICC Nº 222
NI nº PM4-001/l.2/17, de 06SET17. Após a coleta,
os dados e fotos serão encaminhados à Agência TEMA: “PROGRAMA VIZINHANÇA SOLIDÁRIA”
Regional e Sala de Situação, a qual dará ciência ao
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Chefe do CIPM e remeterá cópia, via notes, à Seção


de Materiais do CSM/AM para análise de desem- 3. ASSUNTO A SER LIDO:
penho do material; Policial Militar!!
- No caso de não haver Policial Militar da Agência de
Área de serviço no momento, excepcionalmente, Será abordada nessa instrução a sistemática do Pro-
uma Unidade de Serviço, designada pelo Cmdo grama Vizinhança Solidária (PVS), desenvolvido pelas
Fça Ptr, adotará as providências descritas no item OPM territoriais em todo Estado de São Paulo, assun-
anterior; to este preconizado pela Diretriz Nº PM3-002/02/13, de
- O Oficial sindicante que instruir o feito em que apura 13JUN13.
A Diretriz mencionada foi elaborada com a finalidade
o dano em material do Estado (colete) deverá ser
de regular o desenvolvimento do Programa Vizinhança
diligentes quanto à restituição do patrimônio do
Solidária (PVS), com objetivo de fornecer aos Coman-

429
dantes de OPM territoriais subsídios que lhes permitam MEDIDAS IMPORTANTES PARA O SUCESSO DO
a aproximação com integrantes de determinada comu- PVS
nidade para que possam conscientizá-los sobre a im-
portância da realização conjunta de ações de prevenção Com a implantação e desenvolvimento do PVS, o
primária, além da realização de instruções acerca das me- Comando-Geral se preocupou em adotar medidas que
didas básicas de segurança pessoal e comunitária, para visam demonstrar o comprometimento da Polícia Militar
que a comunidade em testilha seja mobilizada a adotar com os princípios da filosofia de Polícia Comunitária, por
posturas e realizar ações de segurança que favoreçam a meio do pronto-atendimento às solicitações emanadas
integração de vizinhos e desenvolvam o sentimento de pela comunidade, visitas periódicas e sistematizadas aos
pertencimento social e, ainda, intensificar a integração moradores e comerciantes, especialmente aquelas que
do policiamento ostensivo com a comunidade, objetivo foram vítimas de ações criminosas, divulgações na mí-
intrínseco da Polícia Comunitária, tudo em benefício da dia local acerca das ações contempladas pelo PVS, bem
segurança pública local. como desenvolvimento de campanhas preventivas e
Nesse contexto, consagra-se importante que os po- educativas que busquem o engajamento da comunidade
liciais militares tenham conhecimento do desenvolvi- na realização das ações de prevenção primária.
mento do programa e possam contribuir para sua plena Diversos gestores policial-militares tem mobilizado
eficácia. esforços em conjunto com determinados setores da co-
munidade para otimizar condutas e procedimentos re-
Vejamos, então, alguns princípios gerais de execução ferentes à segurança individual e coletiva. Dentre essas
para melhor entender o desenvolvimento do PVS: medidas de prevenção, destaca-se o monitoramento de
pessoas estranhas ao ambiente com vistas a dissuadir
- o PVS pode ser implantado em qualquer comunida- ações que possam atentar contra a ordem pública local.
de, independente das peculiaridades socioeconô- Nesse contexto, é preciso esclarecer à comunidade,
micas que a caracteriza, (bairro ou rua residencial, quem são os profissionais de polícia e as respectivas
condominial, comercial, bancária, industrial, rural, competências legais, contextualizando o papel da Polícia
etc), sendo necessária, dentre outros fatores, a pre- Militar nessa seara, ressaltando ainda que a segurança
disposição das pessoas que lá vivem/frequentam pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de
em realizar ações conjuntas e organizadas de pre- todos, ou seja, é um sistema que tende a ser mais efi-
venção primária naquela localidade. ciente quando passa a dispor da efetiva colaboração da
- É importante destacar que nas localidades onde é sociedade, sobretudo no processo de formação de ideias
desenvolvido o PVS, o policial militar no exercício e propostas para propiciar mecanismos voltados ao con-
das atividades de polícia ostensiva e de preserva- trole e ou redução dos indicadores criminais, melhoran-
ção da ordem pública, realize Visita Comunitária, a do assim os níveis de preservação da ordem pública e,
qual consiste no contato periódico por policial mi- consequentemente, estimulando níveis de excelência de
litar de qualquer programa de policiamento com qualidade de vida.
os integrantes da comunidade, com a finalidade Assim sendo, é preciso motivar a comunidade, inseri-
de estreitar relações e criar vínculos de confiança da no PVS, a desenvolver o sentimento de pertencimento
mútua, permitindo que a Instituição Policial-Militar social, dissipando a indiferença com o próximo, incenti-
conheça os reais problemas de segurança pública vando-os a acionar a Polícia Militar, por meio do telefone
que os afligem e adote as providências cabíveis vi- de emergência “190”, sempre que notar a presença de
pessoas em atitudes suspeitas em suas localidades, pois
sando solucioná-los.
o morador é a pessoa mais apropriada para relatar fatos
- Ainda sobre o estreitamento de relações e criação
com maior convicção sobre o que é suspeito ou não na-
de vínculos com a comunidade, é importante res-
quela via pública.
saltar a Visita Solidária, a qual consiste no contato
O PVS é identificado por meio de uma placa em acrí-
de policial militar com vítima de ocorrência policial, lico, ou material similar, custeada pela iniciativa priva-
previamente analisada pelo Comandante de OPM, da, refletindo a parceria entre a OPM local e entidades
visando demonstrar conhecimento do fato e soli- comunitárias, ressaltando que a placa do PVS constitui
dariedade frente ao ocorrido, esclarecendo os es- uma ferramenta inibidora para que as quadrilhas, no mo-
forços que a Polícia Militar envidará para manter a mento da realização de levantamento de informações no
segurança pública na região onde o delito ocorreu
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

local onde exista o PVS, sintam-se inibidas à medida que


e orientando acerca das medias de prevenção pri- consta em tais placas os dizeres: “Área vigiada pela co-
mária que poderão ser adotadas a partir de então. munidade - comunicamos toda atitude suspeita imedia-
- As medidas de prevenção primária consistem em tamente para a Polícia Militar”.
um conjunto de ações destinadas a evitar ou redu- Cabe ressaltar que a placa do PVS, além de ferramen-
zir a ocorrência e a intensidade de infrações penais ta inibidora, também deve servir de incentivo aos mora-
e perturbações da ordem, por meio da identifica- dores e comerciantes, que conhecendo a rotina da nor-
ção, avaliação, remoção ou redução das condições malidade no local onde estão inseridos, que denunciem
propícias ou fatores precursores, visando minimi- atitudes suspeitas para que possam ser averiguadas pela
zar o dano à vida e à integridade física da pessoa Polícia Militar, fator este importante na redução de indi-
humana, à propriedade e ao ambiente . cadores criminais e prevenção de delitos.

430
• Modelo da Placa do Programa Vizinhança Solidária Policial Militar!

Além das atividades próprias de segurança pública,


com ações preventivas e repressivas imediatas, encon-
tram-se também aquelas relacionadas à contenção de
toda e qualquer violação aos direitos das pessoas, sobre-
tudo na busca por melhor qualidade de vida.
Segundo a filosofia do Policiamento Comunitário de-
vem ser adotadas ações proativas no que concernem à
preservação da ordem pública em seus três aspectos -
segurança pública, salubridade pública e tranquilidade
pública;
O policial militar, quando no exercício de suas ativi-
dades de polícia ostensiva e de preservação da ordem
pública, de bombeiro e de defesa civil, ao ser comunica-
do ou constatar a existência de incidente administrativo
que, de alguma forma, possa afetar a ordem pública em
A placa deve ser elaborada em acrílico, ou material qualquer dos seus aspectos (segurança pública, salubri-
similar, em tamanho correspondente a uma folha de pa-
dade pública e ou tranquilidade pública), deverá elaborar
pel sulfite A4 (tamanho 21 cm de largura e 29~7 e altu-
rax210mm). o RAIA, sem prejuízo das medidas de caráter operacional
que, eventualmente, couberem.
Policial Militar!! Durante o patrulhamento preventivo,
ao se deparar com algum integrante da comunidade, e Formas de elaboração do RAIA e providências de-
este apresentar interesse em participar ou propor a im- correntes:
plantação do Programa Vizinhança Solidaria, você deve
orientá-lo a contatar os representantes das entidades
comunitárias (CONSEG, associações de bairros, etc.), os Por meio do Formulário PM 0-31:
quais realizarão uma parceria com a Polícia Militar e, jun-
tos, passarão a adotar um conjunto de ações de preven- - deverá ser preenchido e assinado pelo policial
ção primária em benefício da segurança local, lembran-
militar que constatou o ·incidente administrativo,
do que o PVS é de adesão voluntária, podendo qualquer
pessoa dele participar. não podendo conter rasuras, o que significa dizer
Por estas considerações, as instruções acima elen- que deverá ser refeito quando houver erro em seu
cadas corroboram com o propósito contínuo por parte preenchimento;
do Comando-Geral e, acima de tudo, a preocupação em - em seguida, o formulário deverá ser conferido e as-
proporcionar aos efetivos um alto nível de excelência na sinado pelo Oficial comandante imediato do PM
prestação de serviços à sociedade paulista. que elaborou o RAIA;
Atue sempre com base nos princípios e filosofia de - ato contínuo, o RAIA deverá ser encaminhado ao
Polícia Comunitária, respeitando o cidadão, iniciando e Cmt Cia PM, no caso de OPM territorial, ou ao
buscando sempre a parceria entre Polícia e Sociedade, Cmt/Ch/Dir/Correg PM das demais OPM, o qual
mantendo firme seu desempenho, profissionalismo e determinará a adoção das seguintes providências:
responsabilidade, pois as suas atitudes refletem a ima- - inserção das informações contidas no RAIA no mó-
gem de toda a Instituição. dulo “ocorrências” do SIOPM Web, seguindo as
instruções previstas no tutorial e manual de pre-
VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE MAIS
VALIOSO! enchimento;
- os municípios onde houver integração eletrônica
com a Prefeitura Municipal local ou, eventualmen-
te, com outro órgão público municipal, estadual
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO ou federal que tenha atribuição legal para conhe-
ICC Nº 225 cimento do incidente administrativo, o RAIA ou sua
síntese deverá ser remetido eletronicamente;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

TEMA: “RELATÓRIO SOBRE AVERIGUAÇÃO DE IN- - nos municípios onde não houver integração ele-
CIDENTE ADMINISTRATIVO- RAIA.” trônica, o RAIA será impresso e encaminhado por
meio de Ofício para o órgão público municipal, es-
3. ASSUNTO A SER LIDO: tadual ou federal que tenha atribuição legal para
conhecimento do incidente administrativo.
Policial Militar! - é proibida a inserção das informações constantes do
RAIA no SIOPM Web sem que haja a prévia con-
O Relatório sobre Averiguação de Incidente Adminis- ferência dos dados nele contidos pelo Oficial PM,
trativo (RAIA) destina-se ao registro da constatação de comandante do policial militar que o elaborou, o
incidente(s) administrativo(s) relacionado à violação de que implica, obrigatoriamente, o preenchimento e
normas administrativas, sanitárias, fiscais, trabalhistas, a conferência do formulário físico antes das infor-
civis, etc. mações serem inseridas no módulo eletrônico.

431
Via Terminal Móvel de Dados (TMD):

- o policial militar que constatar o incidente adminis-


trativo poderá acionar a funcionalidade “RAIA” no
TMD, gerando automaticamente o relatório do in-
cidente administrativo, o que, dada a condição de
georreferenciamento do policial militar, indicada
pelo próprio terminal e do rol taxativo de opções
que lhe são oferecidas quando do preenchimento
dos dados, permite o envio imediato do relatório
aos seus destinatários.

Lembre-se!

Assim, é possível gerar o RAIA de duas formas:

1. No SIOPM Web: gera ocorrências do tipo RAIA;


2. No TMD: permite que a Unidade de Serviço (US)
gere a ocorrência de RAIA no local do incidente.

VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE


MAIS VALIOSO!

INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO


ICC Nº 226

TEMA: “PORTE E POSSE LEGAL DE ARMAS DE


FOGO”

3. ASSUNTO A SER LIDO:


Policial Militar!
A Lei federal nº 10.826, de 22DEZ03, dispõe sobre re-
gistro, posse e comercialização de armas de fogo e mu-
nição, sobre o Sistema Nacional de Armas – SINARM e
define crimes.
É conhecida como “Estatuto do Desarmamento”
e traz informações importantes acerca do porte, posse e
transporte de armas.
Vamos aos pontos principais!
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

1º) Diferença entre posse e porte de arma:


a) A posse de arma significa possuir, sob sua guarda,
em sua residência ou local trabalho, arma de fogo;
b) O porte entende-se como trazer consigo, pronta
para o uso, arma de fogo;
c) Porte de trânsito de arma de fogo é a designação
dada para atividades desportivas e competidores,
onde fica autorizado o transporte de arma de por-
te municiada, com o intuito de conduzi-la para os
locais de treinamento.

432
2º) A posse de armas é autorizada na legislação brasi- Auditor Fiscal e Analista Tributário;
leira a todo brasileiro com mais de 25 (vinte e cinco) anos Magistrados;
de idade, sem antecedentes criminais, que comprove ne- Promotores de Justiça;
cessidade de manter sob sua guarda uma arma de fogo, Civil que comprove a necessidade de porte, seja para
capacidade psicológica e técnica para manuseio. Esta realização de segurança própria ou outro caso devida-
arma deve ser registrada no SINARM (Sistema Nacional mente comprovado.
de Armas), sob competência da Polícia Federal.
PORTE DE ARMA EM LOCAIS DE AGLOMERAÇÃO
3º) O porte de armas é proibido em todo o território DE PESSOAS
nacional, salvo nos casos onde o porte é inerente à fun-
ção, nos seguintes casos: O porte de arma de fogo em locais de aglomeração
de pessoas é regulado por normas internas das Institui-
ções, conforme Art. 34 do Decreto nº 6.146 de 03JUL07.
- Integrantes das Forças Armadas: Exército Brasileiro:
Em locais de aglomeração de pessoas e eventos, as
Lei nº 6.880, Artigo 50º, inciso IV, alíneas “q” e “r”,
Instituições regulamentaram da seguinte forma o porte
de 9 de dezembro de 1988
de arma de fogo:
- Oficiais (ativos e inativos): porte autorizado;
- Praças: de carreira (Subtenentes e Sargentos), porte Forças Armadas
autorizado, Portaria nº 01- D Log Artigos 22 e 23,
de 17 de janeiro de 2006; Exército Brasileiro: NÃO AUTORIZADO - Portaria nº
- Conscritos/Temporários: (Sargentos, Cabos e Solda- 01- D Log, Artigo 14º, de 17 de janeiro de 2006;
dos), porte não autorizado. Marinha do Brasil: NÃO AUTORIZADO -: Portaria nº 69
- Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira - Lei nº DGMM, de 10 de maio 2018 (item 6.6);
6.880, Artigo 50º, inciso IV, alíneas “q” e “r”, de Força Aérea do Brasil: NÃO AUTORIZADO - Portaria
09DEZ80; nº 986-T/GC3, Artigo 16º de 22 de setembro de 2004;
- MARINHA: Portaria nº 69 DGMM de 10MAI18 – item Polícia Federal: AUTORIZADO - Instrução Normativa
3 DPF nº 23, de 01 de setembro de 2005, no Artigo 27°;
Polícia Rodoviária Federal: AUTORIZADO - Instrução
Normativa PRF nº 22, Artigo 11º, de 19 de agosto de
FORÇA AÉREA- Portaria nº 986-T/GC3, DE
2013;
22SET04.
Polícia Ferroviária Federal: NÃO AUTORIZADO - não
possui normatização vigente, sendo assim proibido o
- Oficiais: porte autorizado; porte de armas;
- Praças: de carreira (Subtenentes e Sargentos), porte Polícia Civil – AUTORIZADO - Portaria DGP -30, Artigo
autorizado; 1º, de 17 de junho de 2010;
- Conscritos/Temporários: (Sargentos, Cabos e Solda- Guarda Civil Municipal de São Paulo: NÃO AUTORIZA-
dos), porte não autorizado. DO - Portaria nº 004/Comando-GCM/2004, Capítulo III,
inciso IX, de 08 de outubro de 2004;
Integrantes do Art. 144 da Constituição Fede- Agentes Prisionais: NÃO AUTORIZADO – Resolução
ral de 1988 autorizados a portarem armamento: SAP - 105, Artigo 17º, inciso I, de 8 de julho de 2016.

- Policial Federal A Polícia Militar do Estado de São Paulo AUTORIZA


- Policial Rodoviário Federal o porte de armas em ambientes com aglomeração de
- Policial Ferroviário Federal pessoas e eventos conforme preconizado na Portaria nº
- Policial Civil PM4-001/1.2/16, no Artigo 33, de 16 de junho de 2016,
- Policial Militar com as seguintes condições:
- Bombeiro Militar
- Não conduzir a arma ostensivamente;
- Cientificar o policiamento no local, se houver, for-
Integrantes das Guardas Municipais, em municípios necendo nome, posto ou graduação, unidade e a
com mais de 500.000 (quinhentos mil habitantes); identificação da arma;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Agentes da Agência Brasileira de Inteligência;


Agentes do Gabinete de Segurança da Presidência da Parágrafo Único - O policial militar que desejar in-
República; gressar em estabelecimentos privados, desde que não
Agentes Prisionais do quadro efetivo; seja para o atendimento de ocorrência policial, e caso
Guardas Portuários; seja solicitado pela segurança local, deverá fornecer
Empresas de Segurança e Transporte de Valores, so- seu nome, posto ou graduação, unidade e a identifi-
mente quando em serviço; cação da arma.
Integrantes das entidades de desporto legalmente
constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso
de arma de fogo, na forma do regulamento da lei.
Carreiras de Auditoria da Receita Federal;
Auditoria Fiscal do Trabalho;

433
Se autoridade não possui autorização para ingres- - Informar ao COPOM o número de feridos para o
sar armado no local e mesmo assim o faz: encaminhamento.
- Se houver sinais de morte evidente, não remover o
- Ao policial militar de serviço que não impede a en- corpo do local e providenciar o acionamento da
trada: poderá ser responsabilizado disciplinarmen- perícia e das autoridades competentes, via CO-
te ou, conforme o caso, civil e criminalmente. POM/CAD.
- Ao possuir sob sua guarda arma de fogo, a pessoa - Avaliar o local em que o corpo de delito se encon-
autorizada deve portar documentos que compro- tra e dimensionar as proporções do campo pericial
vem sua identidade e cargo na Instituição decla- que deverá ser preservado.
rada para informar ao policial militar, que deverá - Transmitir ao COPOM/CAD as informações necessá-
consultar via COPOM o documento respectivo. rias para que seja providenciado o acionamento da
perícia e das autoridades competentes.
- Isolar o local de crime (de preferência utilizando
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
fita apropriada), cuidando para que não ocorram,
ICC Nº 227
salvo nos casos previstos em lei, modificações por
sua própria iniciativa ou por terceiros, impedindo o
TEMA: “AÇÃO DO POLICIAL MILITAR PARA PRE-
acesso ou permanência de qualquer pessoa, mes-
SERVAR O LOCAL DE CRIME – ATUALIZAÇÃO
mo familiar da vítima ou de outros policiais que
não façam parte da equipe especializada, exceto
3. ASSUNTO A SER LIDO: o delegado do Distrito Policial e ou da Divisão de
Homicídio do DHPP, peritos do Instituto de Crimi-
Policial Militar! nalística e ou Instituto Médico-Legal.
O descumprimento de procedimentos relativos ao - Para sair da cena de crime, adotar o mesmo tra-
isolamento e à preservação de locais de crime durante jeto da entrada, observando sua trajetória.
o atendimento de ocorrência geram impactos significa- - Preservar a área imediata e, se possível, também a
tivos na elucidação dos delitos e prejudicam a identifi- área mediata, não lhe alterando a forma em ne-
cação de infratores da lei, que deixam vestígios no local nhuma hipótese, salvo quando absolutamente ne-
delitivo. cessário para preservar outras provas, para tanto
Então, hoje vamos tratar sobre as atividades críticas o policial militar deverá: não tentar localizar ob-
na ação do policial militar para preservar o local de crime jetos (do crime ou ilícitos) na cena do crime; em
(Procedimento Operacional Padrão: 2.05.01), elencando nenhuma hipótese, mexer em qualquer objeto que
os passos a serem seguidos: componha a cena de crime; não revirar os bolsos
das vestes do cadáver, não recolher pertences, não
- Isolar e preservar o local de crime. mexer nos instrumentos do crime, principalmente
- Evitar que pessoas não autorizadas entrem ou per- armas, não tocar no cadáver, principalmente não
maneçam no local de crime. movê-lo de sua posição original; não tocar nos ob-
- Registrar as pessoas que realizaram o levantamento jetos que estão sob guarda, não fumar, não beber
do local de crime e daqueles que ficaram respon- e nem comer no local, não utilizar telefone nem
sáveis pelas coisas, objetos do crime (cadáver, ar- sanitário da cena de crime ou qualquer objeto exis-
mas, instrumentos, veículos etc.). tente no local de crime;
- manter portas, janelas, mobiliários, eletrodomésti-
Ainda, temos a sequência de ações abaixo: cos, utensílios, tais como foram encontrados, não
abrindo ou fechando, ligando ou desligando, salvo
- Verificar se há necessidade de apoio para aproxi- o estritamente necessário para conter risco even-
mar-se do local de crime.
tualmente existente.
- Aproximar-se do local de crime com cautela, sem
- Verificar se há testemunhas que possam ajudar na
que seja alterado seu estado e disposição do cor-
elucidação dos fatos e qualificá-las.
po de delito.
- Permanecer no local até a chegada da perícia ou da
- Contatar o solicitante e buscar informações que
autoridade competente.
possam contribuir para o esclarecimento dos fa-
tos. - Passar todos os dados do local de crime para as au-
- Identificar se há vítimas feridas e providenciar, por toridades competente que comparecerem no local.
meio do acionamento imediato do SAMU, serviço - Aguardar a conclusão dos trabalhos da Polícia Téc-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

local de emergência ou Unidade de Resgate (UR) nico-Científica (IC, IML) e a liberação do local por
do Corpo de Bombeiros, o pronto e imediato so- parte da autoridade competente.
corro das vítimas: - Registrar as pessoas que realizaram a perícia do lo-
- o policial militar deverá proceder ao transporte cal de crime e aqueles que ficaram com a respon-
imediato da vítima para pronto socorro ou unida- sabilidade pelas coisas ou objetos relacionados ao
de hospitalar, sempre que: crime (cadáver, armas, objetos etc).
- não existir na localidade Unidade de Resgate, SAMU - Informar ao COPOM/CAD que o local foi liberado.
ou outro serviço de emergência; - Relacionar corretamente os objetos envolvidos na
- autorizado pelo COPOM/CAD, quando o tem- preservação do campo pericial.
po previsto de resposta da Unidade de Resgate, - Providenciar o registro no respectivo Distrito Poli-
SAMU ou serviço de emergência não for adequa- cial.
do para a situação. - Elaborar o BOPM e registro no RSO.

434
Desse modo os resultados esperados são: INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
ICC Nº 230
- Isolamento correto do local, sem tocar ou alterar o
TEMA: “ÁREA DE SEGURANÇA E ÁREA DE PERIGO.”
estado das coisas e disposição do corpo de delito.
- Preservação do local até a chegada dos peritos ou
3. ASSUNTO A SER LIDO:
das autoridades competentes.
- Mas também temos que tratar das possibilidades de
Policial Militar!
erro, conforme abaixo:
Hoje falaremos sobre conceitos e diferenças existen-
- Alterar, sem necessidade, a posição da(s) pessoa(s),
tes entre área de segurança e área de perigo, de acordo
(cadáver) ou objeto(s).
com fundamentos da doutrina técnica e tática policial-
- Revistar os bolsos das vestes da vítima.
militar.
- Deixar resíduos pessoais durante e após a preserva-
ção, como: papéis de bala, cigarro etc. A atividade policial, por si só, é bastante complexa e
- Mexer nos instrumentos e ou objetos do crime (ar- deve ser idealizada para proporcionar à população e à
mas principalmente) própria Instituição relações pautadas na segurança, con-
- Não proteger o local de crime de intempéries. fiança, transparência e legitimidade. Nesse sentido, todas
- Deixar parentes ou outras pessoas entrarem no local as atividades devem ser rigorosamente desencadeadas
de crime. de acordo com as premissas contidas nos Procedimentos
- Não isolar corretamente o local de crime. Operacionais Padrão, com especial atenção àquelas que
- Não solicitar apoio quando necessário. envolvem risco ao policial por conta da abordagem e de-
- Considerar morte da vítima a ausência de pulso ou tenção de criminosos em potencial.
respiração.
- Não registrar os apoios e as identidades dos res- ÁREA DE PERIGO é considerada como o local em que
ponsáveis por coisas, objetos do crime. o suposto agressor está localizado ou confinado. Dada
a iminência de confronto, o policial militar nunca deve
adentrá-la, indicando-se a verbalização como o recurso
Lembrando que um local de crime bem preservado mais adequado até que o criminoso abandone essa área
que possibilite a coleta de provas materiais é o início e
e eventual arma que esteja em seu poder, colocando-se
a diretriz segura para uma investigação de sucesso, uma
em condições visuais para a abordagem e detenção se-
vez que o policial deve se ater aos possíveis materiais ge-
guras.
néticos deixados pelos criminosos, principalmente suas
Na identificação da área de perigo, considerando os
impressões digitais.
Portanto, a ausência do uso de luvas descartáveis por procedimentos corretos de busca e varredura, os policiais
Policiais Militares em locais de crime traz a possibilida- militares deverão realizar tomadas de ângulo, olhadas rá-
de da impressão de suas digitais no local, dificultando a pidas, sempre abrigados, utilizando-se, caso disponham,
ação de perícia, que coleta impressões digitais com ob- de espelhos para certificar-se de que não há pessoas nos
jetivo de pesquisa no Sistema Automatizado de Identi- ambientes a serem tomados. Só se adentra em um recin-
ficação de Impressões Digitais, o qual detém banco de to se houver certeza de que nele não existe ameaça.
dados de papiloscopia de infratores da lei. São consideradas áreas de perigo: o local onde o
É de extrema relevância destacar que, por vezes, a criminoso está confinado no interior de residência ou
patrulha responsável pelo atendimento da ocorrência edificação; lateral ou traseira de veículo irradiado como
necessita encerrar o Boletim de Ocorrência Eletrônico - caráter geral, que, por condições diversas, durante o
BOe para retornar ao patrulhamento, mas não possui as acompanhamento, pare na via de tráfego; corredor es-
informações dos responsáveis pela perícia do local. Nes- treito onde o criminoso está confinado; área de alcance
te caso, os policiais militares deverão encerrar o BOe e de agressor portando arma branca ainda que os policiais
informar, de imediato, o Comandante de Cia, para que militares estejam em superioridade numérica e de meios.
este possa inserir os dados da aludida perícia antes de Nessas circunstâncias, os policiais militares devem
sua validação. informar o CGP e o CFP para apoiá-los e, se não conse-
guirem sucesso em convencer o criminoso a se render,
Policial Militar, vamos atentar para a correta execução deverão, via Centro de Operações (COPOM/CAD), so-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

dos Procedimentos Operacionais Padrão!! licitar apoio, desencadeando o acionamento de tropas


especializadas em situações adversas, com treinamento
VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE MAIS apurado e equipamentos adequados para atuações des-
VALIOSO! sa natureza, como o GATE e o COE.

Por sua vez, ÁREA DE SEGURANÇA é o local mediato


onde os policiais militares estão abrigados e posiciona-
dos a uma distância segura em relação ao suposto agres-
sor, com ampla visibilidade, de modo a possibilitar inter-
venções, se forem necessárias, sem maiores exposições à
Unidade de Serviço.

435
A área de segurança, portanto, possui algumas carac- INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
terísticas essenciais: isolada, afastada, segura e própria ICC Nº 234
para a verbalização, até que o criminoso se entregue.
Os princípios da verbalização seguem protocolos TEMA: “ATUAÇÃO POLICIAL MILITAR PAUTADA
bastante conhecidos do nosso público policial-militar, NO PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL DA PES-
tais como as práticas de Tiro Defensivo de Preservação SOA EM DESENVOLVIMENTO - CRIANÇA E ADO-
da Vida - Método Giraldi®, cujas simulações de ocorrên- LESCENTE”.
cia com desfechos de rendição do criminoso possuem a
clássica expressão: “Caminhe em minha direção com as
3. ASSUNTO A SER LIDO:
mãos para cima!’’. Esta frase caracteriza o conceito de
área de segurança e área de perigo. Policial Militar!
Nas vias públicas devem ser interpostos obstáculos
entre o perigo, representado pelo criminoso, e a equi- O tema a ser tratado nesta instrução agrega conheci-
pe policial-militar. Por exemplo, por intermédio da pró- mento na área dos direitos da criança e do adolescente,
pria viatura posicionada a uma distância segura, com os reforçando o profissionalismo e a responsabilidade da
policiais militares deslocados a sua retaguarda, para dar Polícia Militar do Estado de São Paulo, com intuito de
início ao procedimento de verbalização. Se a abordagem aumentar a sensação de segurança, e contribuindo para
for à pessoa no interior de automóvel, a verbalização formar uma boa imagem da nossa Instituição.
correta é a seguinte: “Cidadão! É a Polícia ! Desligue o A atuação policial militar quando envolver menores,
veículo! sob a ótica do princípio da proteção integral a pessoa
em desenvolvimento, previsto no Estatuto da Criança e
Desça(m) do veículo!”. do Adolescente, precisa
de uma apurada reflexão sobre os fatos.
É importante não ter pressa em resolver a ocorrência. Historicamente diversos institutos legais abordam
O tempo sempre está a favor da Unidade de Servi- a proteção à criança e ao adolescente, dentre eles, po-
ço. Além da verbalização em si, a equipe dispõe de ou- demos citar: Declaração Universal de Direitos Huma-
tras alternativas táticas, diferentes do confronto direto, nos, de 1.948; Declaração dos Direitos das Crianças, de
a serem utilizadas de acordo com os princípios de uso 1.959; Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais,
progressivo (escalonado ou diferenciado) da força, como: de 1.966; Convenção sobre os Direitos da Criança, da
espargidores de gás pimenta, munição de impacto con- ONU, de 1.989; Convenção sobre os Direitos da Criança e
trolado, bastão tonfa, escudo balístico, armas de eletro- Constituição Federal de 1.988.
choque (incapacitação neuromuscular). As normas legais citadas transformaram a doutrina de
situação irregular do menor, predominante no Brasil, até
Policial Militar! então, para o princípio da proteção integral, solidificando
o entendimento de que a criança e o adolescente são
Tenha sempre em mente que as técnicas e táticas po- pessoas em situação peculiar de desenvolvimento, preci-
liciais foram construídas, infelizmente, à custa de muitas sando ser protegidos pela sociedade, pela família e pelo
vidas, como resultado da observância a estudos de caso Estado, conforme o artigo 227 da CF.
baseados em ocorrências com não conformidades. Daí
a importância de conhecermos e treinarmos constante- 3.1. Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Ado-
mente os Procedimentos Operacionais Padrão, particu- lescente - ECA).
larmente, no que se refere às áreas de perigo e áreas de
segurança, os relativos à “Abordagem de pessoa(s) a pé, O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê direitos
“Abordagem policial com viatura quatro rodas”, “Policia- fundamentais oponíveis, ou seja, podem ser opostos ao
mento com motocicletas, e “Progressão, transposição de Estado, à pessoa jurídica ou física, a particular ou não,
obstáculos, entrada em ambientes fechados e varredu- enfim, a todos, sendo eles, o direito à vida e a saúde,
ras’’, todos disponíveis na página eletrônica da 6ª EM/ direito à liberdade, , ao respeito e à dignidade,direto à
PM. convivência familitar e comunitária, direito de
A título de comparação com os nossos Procedimentos personalidade, direito à educação, direito à cultura, es-
Operacionais, nota-se que a Aviação Civil é submetida a porte e lazer, direito à profissionalização e à proteção no
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

rígidas normas de segurança de voo, fruto de investiga- trabalho.


ções minuciosas de acidentes, objetivando que as falhas
humanas e materiais não se repitam, tudo com vistas a Policial Militar, todos estes direitos são importantíssi-
garantir o transporte seguro de milhares de passageiros mos e devem ser protegidos, porém cabe ressaltar dois
todos os dias. deles para que se observe a devida proteção do Estado,
quando em situação de ocorrências que tenham a pre-
Policial Militar! Conhecer e treinar técnicas e táticas é sença de crianças e adolescentes. São eles:
uma questão de inteligência e não uma mera obrigação!

VOCÊ É O QUE A POLÍCIA MILITAR POSSUI DE MAIS - Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade- ha-
VALIOSO! verá restrição da liberdade apenas se o menor for
submetido a situação de risco. A dignidade é bem

436
indisponível, não se podendo dela despojar o me- O artigo 103 do ECA estabelece que as condutas des-
nor sob qualquer pretexto; a proteção à dignidade critas como crime ou contravenção penal são considera-
abrange a imagem, o nome, a filiação, os valores, das como ato infracional, quando cometidas por meno-
os espaços próprios e os objetos pessoais; res de dezoito anos.
- Direito à convivência familiar e comunitária - a per- Diante de tais condutas, conforme as medidas sócio-
manência da criança e do adolescente com a sua -educativas, especificadas no artigo 112 do ECA, os ado-
família natural constitui regra (artigo 19 do ECA), lescentes poderão ser apreendidos quando em flagrante
sendo medida de exceção a sua retirada,e de for- de ato infracional ou por ordem escrita e fundamentada
ma legal, prevista em lei. da autoridade judiciária.
Em situação de flagrância (quando o adolescente está
cometendo a infração; acaba de cometê-la; é perseguido,
OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO CRIANÇA E ADO- logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qual-
LESCENTES AÇÕES POLICIAIS quer pessoa, em situação que faça presumir ser autor de
infração) o policial deverá:
Em ocorrências envolvendo crianças ou adolescentes,
o policial deverá sempre observar que se trata de pessoa - Conduzir o adolescente, de imediato, à Delegacia
em desenvolvimento, legalmente protegido e detentor de Polícia a quem incumbe a formalização do fla-
de respeito a sua dignidade, não podendo haver qual- grante de ato infracional, não sendo permitida, sob
quer espécie de discriminação. Deverá sim, empreender hipótese alguma, a realização de outras incursões
esforços para atingir a proteção integral devida pelo Es- ou investigações;
tado. - Solicitar o acompanhamento da vítima(s) e
Serão abordadas três situações que constituem atua- testemunha(s) até a Delegacia de Polícia, bem
ções em casos de criança em situação de abandono ou como providenciar a apreensão do produto e ins-
risco, de cometimento de ato infracional por adolescente trumentos de infração, já que a aplicação das me-
e cometimento de ato infracional por criança. didas sócio-educativas depende da existência de
provas suficientes da autoria e da materialidade da
Criança em estado de abandono atuação po- infração;
licial.
- Permitir que o adolescente tenha o direito de co-
nhecer a identidade de seus condutores;
Quando o policial se deparar com criança ou ado-
- Não conduzir crianças e adolescentes no compar-
lescente em situação de abandono ou de risco, deverá
timento fechado da viatura policial. Se for o caso,
providenciar o devido amparo e encaminhá-la, conforme
colocá-los no banco traseiro da viatura;
a situação:
- Não utilizar de algemas, somente sendo admitido
- Residência da criança ou adolescente, desde que em casos de extrema necessidade, quando coloca-
não necessite de atendimento emergencial, sendo da em risco à integridade física do Policial Militar
encaminhada então ao Pronto Socorro ou Hospi- de terceiro ou do próprio adolescente.
tal, com prioridade de atendimento;
- Conselho Tutelar ou à Autoridade Judiciária, nos ca- Ato infracional praticado por criança.
sos de ação ou omissão, da sociedade ou do Esta-
do, por falta, omissão ou abuso dos pais/responsá-
veis ou ainda, em razão da conduta da criança ou Quando houver o cometimento de ato infracional por
do adolescente, conforme artigo 98 do ECA; criança, deverá ser conduzida pelo policial ao Conselho
- Conselho Tutelar ou à Autoridade Judiciária, nos Tutelar do Município, elaborando-se o respectivo regis-
casos de prática de ato infracional cometido por tro policial. Na
criança, conforme artigo 105 do ECA; impossibilidade de contato com o Conselho Tutelar,
- Conselho Tutelar ou à Autoridade Judiciária em deverá encaminhá-la à autoridade Judiciária competente.
casos de negligência, exploração, abuso, crueldade Como já abordado anteriormente, o policial deverá
e opressão praticados contra crianças ou adoles- elaborar documentação policial minuciosa sobre o aten-
centes, conforme artigo 5° e 130 do ECA, e 136 do dimento dado à criança e adolescente, visando proteger
Código Penal. os direitos fundamentais previstos ao ser em desenvol-
vimento, detentor de proteção integral, bem como para
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Deve-se ainda efetuar os devidos registros policiais a segurança do próprio policial, comprovando o atendi-
de cada caso atendido, pautando-se sempre pela pre- mento pautado pela imparcialidade, legalidade, morali-
missa de que a criança e o adolescente tem o direito à dade e outros princípios essenciais ao aplicador da lei.
liberdade, não podendo simplesmente ser violado tal di-
reito, desde que ela não queira, não estando inserida nos Criança submetida à medida protetiva ou o ado-
casos previstos que permitem o encaminhamento. lescente submetido à medida protetiva ou/e medida
sócio-educativa
4.2. Ato Infracional e a ação policial.

Conforme o artigo 228 da Constituição Federal, os Outro ponto importante é que, estando a criança ou o
menores de dezoito anos são penalmente inimputáveis, adolescente submetido à medida protetiva e/ou medida
sujeitos à legislação especial. sócio-educativa, deverá sempre ser observado os prin-
cípios contidos nos artigos 99 e 100, em seus XII incisos

437
do parágrafo único, do ECA, com respeito a sua condição Considere 03 etapas:
como sujeitos de direito a proteção integral e prioritária,
responsabilidade primária e solidária do poder público, - Aproximação ao PM ferido, utilizando técnicas para
interesse superior da criança e do adolescente, privaci- a aproximação do local de alto risco para o socorro
dade, intervenção mínima, prevalência da família, entre ao PM;
outras. - Atendimento ao PM ferido, com a utilização das téc-
Mesmo cumprindo medida sócio-educativa, há a pre- nicas básicas de suporte à vida e, em casos graves,
valência do respeito aos direitos do adolescente, sob o a colocação do torniquete (último recurso) e ban-
dagem do tipo israelense; e
fundamento da proteção integral do ser em desenvolvi-
- Retirada do local de risco ou da zona quente e so-
mento, isto amparado ainda pelo artigo 5º do Estatuto,
corro do PM ferido, com a utilização de técnicas
no qual nenhuma criança ou adolescente será objeto de
de arrasto.
qualquer forma de negligência, discriminação, explora-
ção, violência, crueldade e opressão, punindo, na forma A APROXIMAÇÃO AO PM FERIDO
da lei, qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus
direitos fundamentais. Deve seguir um plano de gerenciamento básico para
alcançar adequadamente o ferido, siga a sequência abai-
OBSERVAÇÕES FINAIS xo:

Em observância ao parágrafo 4°, do artigo 227, da Responder à injusta agressão e providenciar a neces-
Constituição Federal, haverá punição severa quando sária sustentação do fogo pelo tempo necessário para
houver abuso, a violência e a exploração sexual da crian- neutralização da ação do agressor, que deve permanecer
ça e do adolescente. sempre abrigado;
O favorecimento da prostituição ou de outra forma. Os policiais militares deverão observar o cenário e o
poderio bélico dos agressores e assim, verificar qual a
de exploração sexual de criança ou adolescente ou de
melhor forma de progressão e quais os equipamentos
vulnerável tomou-se crime hediondo. serão utilizados, visando aumentar a capacidade de se-
Foi instituído o Estatuto da Juventude, por meio da gurança de todos os policiais militares durante os pro-
Lei nº 12.852, de 05 de agosto de 2013, considerando cedimentos;
jovens aqueles entre 15 (quinze) e 29 (vinte e nove) anos Orientar o policial militar ferido, caso reúna condi-
de idade. Aplica-se ao adolescente entre 15 (quinze) e 18 ções, a se mover para uma área protegida e abrigada e
(dezoito) anos, além do Estatuto da Criança e do Ado- a aplicar em si o torniquete, caso seja necessário, para
lescente, o Estatuto da Juventude, no que não conflitar. evitar que o po militar ferido sofra novas lesões;
Todo deslocamento em um ambiente hostil, onde já
houve disparos contra os policiais militares, será realiza-
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO do dentro do princípio da superioridade numérica, aten-
ICC Nº 239 tando para os pontos de perigo e não perdendo o conta-
to visual com sua equipe e com o policial ferido;
TEMA: “RESGATE TÁTICO AO POLICIAL MILITAR Neste cenário, o único auxílio que pode ser emprega-
FERIDO.” do é o deslocamento ou arrasto do policial militar até a
área abrigada mais próxima e a colocação de torniquete
nos casos de ferimento grave nos membros, com grande
3. ASSUNTO A SER LIDO: perda de sangue.

Policial Militar! 3.2. O ATENDIMENTO AO PM FERIDO

Falaremos sobre conceitos e condutas destinados ao Será realizado através da AÇÃO imediata, em ambien-
Resgate Tático do Policial Militar ferido, conforme o Pro- te relativamente seguro, onde após uma rápida inspeção
cedimento Operacional Padrão número 5.19.00. visual e contato com a vítima será identificado suas prio-
ridades de atendimento;
As atividades devem ser rigorosamente executadas,
No caso de constatação de ferimento grave localiza-
conforme preconizadas nos POP, inclusive aquelas que
do nos membros superiores e inferiores e com alto fluxo
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envolvam o atendimento ao policial militar ferido. Natu- de perda de sangue, a colocação correta do Torniquete
ralmente esse cenário gera estresse nos PM que estão ali de Aplicação em Combate (CAT), na raiz do membro atin-
presentes. gido, sobre o uniforme, conforme preconizado no POP,
visa conter o sangramento, que dependendo do local
O POP 5.19.00 transmite ao policial militar as técnicas atingido, pode levar o policial militar a óbito em minutos.
básicas para o seu próprio socorro ou para utilização em
outro policial militar nas situações de emergência, quan- Para a correta e rápida utilização do equipamento, o
do estiverem em locais de alto risco, em que o suporte de policial militar deverá acondicioná-lo de forma adequada
atendimento pré hositalar seja inviável naquele momen- e treinar sistematicamente sua colocação, considerando
to. Lembrem-se: o objetivo principal é o suporte básico que quanto mais rápida e obrigatoriamente correta seja
à vida. a sua aplicação, mais efetivo ele será na contenção do
sangramento.

438
Após alcançar área segura, o policial envolvido no INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
atendimento poderá continuar os procedimentos, pro- ICC Nº 240
piciando maior proteção ao ferimento, com a correta
utilização de bandagem e/ou gazes, se possível, utilize TEMA: “ATUALIZAÇÕES DA LEGISLAÇÃO PENAL”
a bandagem do tipo israelense, conforme demonstrado
no POP 5.19.03, que pode ser usada em diversas partes
do corpo. 3. ASSUNTO A SER LIDO:

Policial Militar!
3.3. A RETIRADA DO LOCAL DE RISCO E SOCORRO
Nesta data falaremos brevemente sobre as recentes e
AO PM FERIDO
importantes alterações da legislação penal ocorridas em
2018, as quais trazem impactos diretos em nossa ativida-
Para a condução do policial militar ferido até a área de operacional.
segura, a equipe deverá estar atenta aos riscos envolvi- Conhecer a legislação, bem como buscar a constante
dos, como a distância a ser coberta, o peso do policial atualização, constitui importante ferramenta auxiliadora
militar ferido e a capacidade de arrasto da equipe, além para a eficiente atuação operacional.
das possibilidades de cobertura ao longo do trajeto;
Vejamos as principais alterações:
Para facilitar e acelerar o processo de extração, técni-
cas auxiliares de arrasto e condução poderão ser even- Lei 13.715, de 24 de setembro de 2018
tualmente empregadas com a utilização ou não de ma-
teriais próprios ou adaptados. A lei trata sobre a perda do poder familiar, com alte-
Nos casos de extrema urgência, quando não estiver rações sobre o tema no Código Penal (CP), Estatuto da
disponível o transporte de socorro adequado e imediato Criança e Adolescente (ECA) e Código Civil (CC).
(Unidade de Resgate ou SAMU) a viatura policial-militar O Artigo 92, II, do CP, o qual discorre sobre os efeitos
poderá também ser utilizada para o transporte do po- extrapenais específicos da condenação, segundo doutri-
licial militar ferido, desde que não comprometa a inte- na majoritária, foi alterado no sentido de que o indivíduo
gridade física do PM, observando os tipos de lesões às condenado e que tenha cometido crime doloso, sujeito
quais levaram o PM aos ferimentos; à pena de reclusão, contra outrem igualmente titular do
mesmo poder familiar, filho, filha ou outro descendente,
Em todo o momento, o socorrido deverá permanecer tutelado ou curatelado, poderá perder o poder familiar,
com os braços e pernas para dentro do veículo a fim de a tutela ou curatela.
que se evitem novas lesões decorrentes de acidentes de
trânsito no deslocamento até o hospital mais apropria- Note:
do para o atendimento;
- contra outrem igualmente titular do mesmo poder
O policial militar ferido deverá ser conduzido no ban-
familiar é o crime cometido contra uma pessoa que
co traseiro da viatura, quando esse tipo de transporte for
também tenha o poder familiar em relação à vitima
indicado, evitando a utilização do guarda preso e, por (contra a mãe ou pai, por exemplo).
consequência ficar exposto a algum tipo de contamina- - Outro descendente: crime cometido contra neto(a)
ção eventualmente infecciosa. ou bisneto(a).
- Nos termos do artigo 93, parágrafo único, parte fi-
Durante o trajeto a equipe que conduz o PM ferido, nal: mesmo que o autor cumpra a pena, a perda do
poderá encontrar um socorro especializado, caso enten- poder familiar, desde que cumpridos os requisitos
dam oportuno, é possível que o PM seja transportado na no artigo 92, II, CP, será definitiva (doutrina majo-
ambulância. Os dados sobre o PM e o evento que levou ritária).
ao ferimento deverão ser repassados para a equipe que - os efeitos de que trata o inciso comentado não são
fará a condução. automáticos: devendo ser motivadamente decla-
rados na sentença.
A equipe deverá, no deslocamento de socorro, aten- - As alterações promovidas no ECA e no CC estão em
tar para as orientações contidas na ICC 233 “Providências consonância às alterações do CP
em ocorrências com PM ferido’’, transmitindo ao COPOM
as informações sobre o quadro clínico emergencial do Lei nº 13.718, de 24 de setembro de 2018:
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policial militar, solicitando as orientações acerca do local


a ser socorrido. A lei tipifica os crimes de importunação sexual e de
divulgação de cena de estupro, torna pública incondi-
Na ausência de determinação do COPOM, é necessá- cionada a natureza da ação penal dos crimes contra a
rio que os policiais militares conheçam os locais adequa- liberdade sexual e dos crimes sexuais contra vulnerável,
dos para a condução do socorrido. estabelece causas de aumento de pena para esses crimes
e define como causas de aumento de pena o estupro
Policial Militar! Conhecer e treinar técnicas é uma coletivo e o estupro corretivo e revoga o artigo 61, do
questão de sobrevivência, não uma mera obrigação. Decreto-Lei nº 3.688, de 030UT41 (Lei das Contravenções
Penais) conhecido como “Importunação Ofensiva ao Pu-
dor”.

439
Note: incondicionada, ou seja, não exigem mais a ma-
nifestação de vontade da vítima (que outrora era
- em 2017 houve diversos casos de condutas ilícitas, realizada por meio da queixa-crime e depois por
inclusive no interior de transportes públicos e que representação);
ofenderam a dignidade sexual das vítimas, sem uso - é fundamental que o policial militar durante o
da violência ou grave ameaça, como por exemplo, atendimento de ocorrências envolvendo a digni-
ejacular na vítima sem que esta percebesse, passar dade sexual, em especial, qualifique as partes com
as mãos nos seios, nádegas, etc; a maior precisão possível, bem como a versão
- o que antes era considerado contravenção penal apresentada com riqueza de detalhes uma vez que
de importunação ofensiva ao pudor (jurisprudên- a pena será aumentada se o agente é ascendente,
cia dominante) com a alteração da lei trata-se de padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, compa-
novo tipo penal: Importunação Sexual, conforme nheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador
artigo 215-A, CP, apenado com reclusão, de 1 (um) da vítima ou por qualquer outro título tiver autori-
a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime mais dade sobre ela, bem como se o estupro for coletivo
grave; (mediante concurso de 2 (dois) ou mais agentes)
- assim as condutas que eram tipificadas pela con- ou corretivo (para controlar o comportamento so-
travenção penal (bolinar em transporte público,
cial ou sexual da vítima) conforme artigo 226 ou se
por exemplo), portanto, regidas pela Lei 9.099/95
do crime resulta gravidez, bem como se o agente
(Termo Circunstanciado) passaram a ser tipificadas
transmite à vítima doença sexualmente transmis-
agora como crime;
sível de que sabe ou deveria saber ser portador,
- o crime praticado com vulnerável (ter conjun-
ção carnal ou praticar outro ato libidinoso com ou se a vítima é idosa ou pessoa com deficiência
menor de 14 (catorze) anos ou alguém que, por (artigo 234-A, CP).
enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode ofe- Lei nº 13.771, de 19 de dezembro de 2018:
recer resistência), com a nova redação
dada ao § Sº, do artigo 217-A, CP, mesmo que A lei alterou os incisos que tratam sobre as causas
exista o consentimento da vítima as penas serão de aumento de pena de feminicídio. Feminicídio é a “(...)
aplicadas; eliminação da vida da mulher, na forma do homicídio (...)
- assim, se um menor de 14 (anos), ainda gue Valendo-se da condição (...) e por razões da condição
conscientemente guis praticar conjunção carnal de sexo feminino”. (NUCCI, Guilherme de Souza, Manual
ou ato libidinoso (beijo lascivo, mãos nos seios, de Direito Penal, 12. ed., Rio de Janeiro: Forense, 2016,
etc) e mesmo que tenha autorizado, será crime; p. 617)
- o novo crime descrito no artigo 218-C, CP é fruto, A pena do feminicídio é aumentada de 113 até a me-
dentre outros aspectos, da tade se o crime for praticado nas hipóteses do § 7º do
- velocidade das informações que são transmitidas artigo 121.
por meio da Internet, muitas das vezes sem con-
trole quanto ao acesso e intimidade das pessoas. Note:
Assim é crime oferecer, trocar, disponibilizar, trans-
mitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar - foi acrescentada a possibilidade de aumento de
ou divulgar, por qualquer meio, fotografia, vídeo pena se no momento do alo ilícito o agente exe-
ou outro registro audiovisual que contenha cena cuta os atos contra mulher com deficiência ou por-
de estupro ou de estupro de vulnerável ou que tadora de doenças degenerativas que acarretem
faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o condição limitante ou de vulnerabilidade física
consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou ou mental a redação anterior do II, do§ 7° do arti-
pornografia; go 121 dispunha que aumenta a pena se o agente
- lembramos que se a vítima for maior de 18 (dezoito) pratica o crime na presença de descendente ou de
anos e consentir, a lei tratou tal hipótese como ex- ascendente da vítima: acrescentou-se a expressão
cludente de ilicitude e, se tiver o envolvimento de na presença “física ou virtual” ampliando-se a inci-
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crianças e/ou adolescentes poderá ser tipificado dência (crime “assistido” pela Internet, por exem-
nos artigos 241 e 241-A do ECA; plo)
- se estiver presente relação de confiança anterior
- acrescentou-se inciso IV: em descumprimento das
[companheiro(a), esposo(a), namorado(a) que o
medidas protetivas de urgência previstas nos inci-
agente mantém ou manteve relação intima] ou se
sos I, II e 111do caput do art. 22 da Lei nº 11.340,
a conduta do agente for a da pornografia da vin-
de 7 de agosto de 2006 (“Lei Maria da Penha”):
gança (chamado pela doutrina de revenge porn)
divulga as imagens (“nudes”) ou vídeos íntimos do hipótese em que agente, além de cometer o fe-
relacionamento; minicídio, descumpre uma medida protetiva de
- atenção! A nova redação do artigo 225 deixa claro urgência (como por exemplo não se aproximar da
que TODOS OS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE ofendida).
SEXUAL são regidos por ação penal pública

440
É fundamental que durante o atendimento da ocor- - Artigo 3° - O servidor da Segurança Pública deve-
rência (atos decorrentes da autoridade policial militar) os rá prestar atendimento à pessoa com deficiência,
dados e informações coletadas sejam transcritas com ri- preferencialmente, em local reservado, respeitan-
queza de detalhes no BO-e (BO/PM), de forma que possa do suas necessidades específicas e utilizando os
auxiliar na investigação, eventual processo e condenação recursos de tecnologia assistiva disponíveis, além
dos autores. de observar, no que for cabível, as seguintes orien-
tações:
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO - Em caso de pessoa com deficiência física ou mobi-
ICC Nº 244 lidade reduzida, o servidor tem o dever de facili-
tar a acessibilidade da pessoa ao local do registro
TEMA: “ OCORRÊNCIAS ENVOLVENDO PESSOAS policial e, na falta de acessibilidade arquitetônica,
COM DEFICIÊNCIA.” o servidor deverá se dirigir ao local onde a vítima
com deficiência se encontra;
- Em caso de pessoa surda ou com deficiência au-
3. ASSUNTO A SER LIDO: ditiva, o atendimento deverá ocorrer de acordo
com suas necessidades, seja utilizando a Língua
Policial Militar! Brasileira de Sinais (Libras) ou, quando possível,
a própria Língua Portuguesa, devendo o servidor
Pessoas com deficiência são, antes de mais nada, pes- oferecer alternativas de comunicação;
soas como quaisquer outras, com protagonismos, pecu- - Em caso de pessoas com deficiência intelectual ou
liaridades, contradições e singularidades. São pessoas aquelas com transtornos mentais, elas deverão ser
que lutam por seus direitos, que valorizam o respeito atendidas de forma reservada, permitindo que se
pela dignidade, pela autonomia individual, pela plena e expressem sem interrupções, visando a uma com-
efetiva participação e inclusão na sociedade, pela igual- preensão integral da realidade fática de suas de-
dade de oportunidades, evidenciando, portanto, que a clarações, atentando-se à coerência e evitando-se
deficiência é apenas mais uma característica da condição contrariar suas afirmações, ainda que pareçam in-
humana. congruentes;
- Em caso de pessoa com Transtorno do Espectro Au-
O Art. 2° do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei tista (TEA), o servidor deverá evitar, sempre que
nº 13.146, de 06 de julho de 2015) considera a pessoa possível, o contato físico, devendo o atendimento
com deficiência aquela que tem impedimento de longo ocorrer de forma conjunta com um interlocutor/
prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, acompanhante ou com um profissional habilitado;
o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode - Em caso de pessoa com deficiência visual, todas as
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em peças referentes ao registro policial deverão ser li-
igualdade de condições com as demais pessoas.
das em voz pausada e clara, antes da coleta da sua
Durante o serviço operacional, o Policial Militar pode-
assinatura;
rá se deparar com ocorrências envolvendo pessoas que
- Quando o depoente apresentar dificuldade de fala
apresentem condições de deficiência ou que necessitem
de algum cuidado especial, é nesse momento que deverá que possa prejudicar a plena expressão de sua von-
estar preparado e plenamente capacitado para atender tade, devem ser-lhe assegurados todos os meios
as expectativas de maneira satisfatória e eficaz. Nesse para uma comunicação alternativa e autônoma.
sentido, o desenvolvimento da atividade policial deve-se
pautar em defender e garantir a dignidade de todos os §1° - A pessoa com deficiência deverá ser informada
grupos de pessoas, em especial àquelas que apresentam dos serviços públicos disponíveis na rede de assistên-
alguma deficiência. cia psicossocial da sua região.
A Resolução Conjunta SSP-SEPCD 001/2018, publica- §2° - No caso de pessoa com aparente transtorno
da em Diário Oficial de 10 de abril de 2018, institui o Pro- mental ou em surto e que esteja colocando em risco a
tocolo Único de Atendimento a ser observado no âmbito si mesma ou a outros, o servidor deverá, sempre que
da Secretaria de Estado da Segurança Pública nas ocor- possível, buscar o contato com familiares ou responsá-
rências que envolvam violência contra as pessoas com veis e, na impossibilidade, solicitar apoio de profissio-
deficiência, sem prejuízo das normas regulamentares já nais da rede de assistência psicossocial.
existentes.
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§ 3° - Para fins de aplicação desta Resolução, consi-


deram-se:
Desta maneira, cabe ao Policial Militar, observar, a) Deficiência física - alteração completa ou parcial
conforme a Resolução, alguns aspectos: de um ou mais segmentos do corpo, acarretando o
comprometimento da função física; dificuldade per-
- Artigo 2° - O servidor da Segurança Pública deverá, manente de realizar atividades cotidianas como cami-
no atendimento ao público, observar a terminolo- nhar, subir degraus, manipular objetos.
gia adequada para se referir às pessoas com defi- b) Deficiência visual - dificuldade permanente de en-
ciências física e auditiva, intelectual ou múltipla, às xergar, mesmo usando óculos ou lente de contato,
pessoas com transtorno mental e às pessoas com incluindo-se a pessoa com perda total ou resíduo mí-
transtorno do espectro autista, conforme Artigo nimo de visão nos dois olhos e a com baixa visão que
3°da referida Resolução Conjunta. possui apenas resíduos visuais.

441
c) Deficiência auditiva - perda de audição ou diminui- Recomendações para procedimentos aos deficientes
ção na capacidade de escutar os sons, mesmo com o auditivos, visual e intelectual, casos mais comuns durante
aumento da intensidade da fonte sonora. as abordagens de deficientes.
d) Deficiência intelectual - funcionamento intelectual
significativamente inferior à média, o que pode limi-
Deficiência auditiva:
tara capacidade de entendimento, interação social e
comunicação.
e) Deficiência Múltipla - designa a pessoa que tem, - Acenar ou tocar levemente em seu braço para esta-
simultaneamente, dois ou mais tipos de deficiência, belecer uma comunicação;
cuja associação afeta, em maior ou menor grau, o - Uma vez que a deficiência poderá ser parcial, utilizar
desenvolvimento global, o relacionamento social e a um tom normal de voz, a não ser que lhe peça(m)
capacidade adaptativa. para falar mais alto;
f) Transtorno do Espectro Autista (TEA) - alteração no - Falar direta e frontalmente à(s) pessoa(s) para facili-
neurodesenvolvimento que interfere, com graus va- tar a leitura labial;
riados de gravidade, na capacidade de interagir e se - Enquanto estiver conversando, mantenha sempre
comunicar com outras pessoas. Não está, necessaria- contato visual. Se desviar olhar, apessoa com de-
mente, associado com a deficiência intelectual. ficiência auditiva pode achar que a conversa ter-
g) Surdocegueira - terminologia utilizada para refor- minou;
çar e esclarecer que o impacto da perda dupla (surdez - Utilizar como apoio a comunicação por sinais;
associada à cegueira) é multiplicativo e vai além da - Sabendo utilizar, o policial militar poderá fazer uso
simples soma das duas deficiências. da Língua Brasileira de Sinais (Libras);
h) Tecnologia Assistiva - área do conhecimento, de
característica interdisciplinar, que engloba produtos,
recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços Deficiência visual:
que objetivam promover a funcionalidade, relaciona- - Verbalizarinformando que é policial militar e coletar
da à atividade e participação de pessoas com defici- as informações necessárias;
ência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando - Falar diretamente com ela e não com seu acompa-
sua autonomia, independência, qualidade de vida e nhante;
inclusão social. - Quando for deixar o ambiente, avise o cego.
- Deficiência intelectual:
Na prática, o Policial Militar deverá atender ao dispos- - Falar pausadamente a fim de facilitar a comunica-
to no artigo 6° da Resolução, preconiza: ção;
- Utilizar como apoio a comunicação por sinais.
Ao atender a ocorrência envolvendo pessoa com
deficiência, deverá: Policial Militar! Tenha sempre em mente o fiel cum-
primento de toda a legislação vigente e Procedimentos
I - preservar o local de crime que envolva vítima com Operacionais Padrão, treine, aperfeiçoe-se, capacite-se,
deficiência, conforme previsão legal existente; para que possamos, cada vez mais, prestar um bom ser-
II - verificar, quando possível, se há risco no retorno do viço a sociedade e elevar em todos os momentos nossa
convívio da vítima com o suposto agressor, notificando Instituição
e instruindo os órgãos da rede pública acionados para
atendimento subsequente e imediato; INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO
Parágrafo Único - Quando possível e pertinente à ga- ICC Nº 247
rantia de direitos das pessoa com deficiência, o Policial
Militar poderá oferecer subsídios para acionamento de TEMA:” ATENDIMENTO DE OCORRENCIA ENVOL-
providências que envolvam outros órgãos da rede de VENDO DRONE OU AEROMODELO.”
atendimento por meio do Relatório de Averiguação de
Incidentes Administrativos (RAIA). 3. ASSUNTO A SER LIDO:
Relembro a você Policial Militar que além da legis- Policial Militar!
lação em vigor, a nossa Instituição tem à disposição o A evolução tecnológica é muito veloz e atualmente
Sistema Emergency-Short Message Service (Emergência- um equipamento que vem liderando o interesse das pes-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

-Serviço de Mensagens Curtas - E-SMS), para as Pessoas soas e as vendas no mundo são os “drones”.
com Deficiência (PcD) Auditiva, na Fala ou Surda, para A facilidade de sua operação, capacidade de integra-
acionar a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do Es- ção, aliado a custos acessíveis, tornaram os “drones” um
tado de São Paulo por meio dos números “190” e “193’’, dos equipamentos com maior diversidade funcional do
enviando mensagem de texto (SMS) de um telefone ce- mercado, sendo utilizado para diversos fins (profissio-
lular. nais, recreativos, etc), inclusive em eventos de Segurança
A ferramenta de emergência, E-SMS é a comunicação Pública e Defesa Civil.
de uma ocorrência policial ou de emergência ao COPOM, Para utilize-lo de forma regular é necessário atentar
via mensagem de texto, enviada do celular da pessoa para as normas publicadas pela ANAC (Agência Nacional
com deficiência, previamente cadastrada, que até então de Aviação Civil) e DECEA (Departamento de Controle
era dependente da ajuda de uma terceira pessoa para a do Espago Aéreo), pois são consideradas aeronaves pelo
solicitação dos serviços de emergência, via COPOM. Código Brasileiro de Aeronaves.

442
Um desconhecimento generalizado sobre tais nor- Pilotar em áreas restritas, proibidas ou sobre áreas
mas, gera consequentemente o acionamento de equipes críticas
da Policia Militar para constatação de possíveis crimes
ou infrações penais decorrente de operações irregulares. Art. 35 da Lei das Contravenções Penais
Dessa forma, é importante que o Policial Militar co-
nheça minimamente alguns requisitos específicos exi- Entregar-se na prática da aviação, a acrobacias ou a
gidos do operador de “drone” e aeromodelo, para que voos baixos, fora da zona em que a lei permite, ou fazer
seja possível identificar possíveis ilicitudes referentes a descer a aeronave fora dos lugares destinados a esse fim
sua operação, bem como, realizar uma fiscalização admi-
nistrativa dos documentos de porte obrigatório durante Abordagem e fiscalização do piloto de “Drone” ou
a operação.
Aeromodelo
Sua utilização irregular pode resultar em lesão cor-
poral, dano, entre outros delitos. Porém, alguns crimes
e infrações decorrentes da inobservância da legislação Fiscalização
específica demandam entendimentos particulares que
serão tratados a seguir: Devemos ressaltar que a fiscalização de “drones “
(fim não recreativo) e aeromodelos (fim recreativo) não é
atividade precípua da PMESP, porém, diante da suspeita
Crimes passíveis de ocorrer do cometimento de um ato ilícito ou acionamento para
atendimento de ocorrência, o Policial Militar deve realizar
Atentado contra a segurança de transportes maríti- a abordagem do suspeito da seguinte maneira:
mos, fluvial ou aéreo
Identifique quem está pilotando.
Art. 261 - Expor a perigo embarcação ou aeronave,
própria ou alheia, ou praticar qualquer ato tendente
a impedir ou dificultar navegação marítima, fluvial ou Caso o “drone” ou aeromodelo esteja em voo e o
aérea: operador não tenha sido indicado por testemunhas, bus-
car identificar alguém que esteja com algum controle de
Quando expõe efetivamente qualquer aeronave a voo em mãos. Caso não seja possível, mantenha o “dro-
situação de perigo ou impede/dificulta o trafego aéreo ne“ ou aeromodelo no seu campo visual, já que
quando voando próximo a aeroportos, helipontos e rotas normalmente estes equipamentos apresentam apro-
de aeronaves tripuladas, de forma irregular e não auto- ximadamente de 15 a 20 minutos de tempo de voo, e
rizada, desde que haja solicitação de órgao de controle aguarde o seu retorno, para conseguir identificar o piloto
de tráfego aéreo ou informação de piloto de aeronave remoto.
reportando o risco efetivo e o caso concreto causado por
“drone” Caso o piloto seja identificado com equipamento
ainda em voo
Perigo à vida ou a saúde de outrem Solicitar o pouso imediato, e buscar não intervir na
pilotagem para não gerar riscos de acidentes. Após o
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo pouso completo da aeronave, proceder a abordagem e
direto e iminente fiscalização, momento no qual o Policial Militar deverá
observar os itens a seguir:
A. ANAC, por meio do Regulamento Brasileiro de
Aviação Civil Especial (RBACE) nº 94, bem como o Depar- Itens obrigatórios para voos recreativos e não recrea-
tamento de Controle do Espago Aéreo (DECEA), determi- tivos
nam que a operação de “drones” deve manter a distância
horizontal mínima de 30 metros das pessoas que não Os documentos e itens obrigatórios são definidos
estejam envolvidas com sua operação e que não tenham pela finalidade do voo, que basicamente são divididos
expressamente autorizado (não anuentes).” em recreativos (aeromodelo) e não recreativos:

Pilotar sem a devida licença Selo ANATEL:


Todo “drone” deve ser homologado pela Agência Na-
cional de Telecomunicações( ANATEL), e possuir o res-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

Art. 33 da Lei das Contravenções Penais - Dirigir ae-


ronave sem estar devidamente licenciado”. pectivos selo na fuselagem do aparelho.

Para ‘’drones” com peso máximo de decolagem de Certidão de Cadastro:


até 25 kg, que pretendam realizar voos abaixo de 120 Todo “drone”, com peso máximo de decolagem de
metros, não é exigido licença ou habilitação específi- 250g até 25 kg, deve ser cadastrado no Sistema de Aero-
ca, bastando um simples cadastro do equipamento na naves não Tripuladas (SISANT) da ANAC.
ANAC, além do porte de uma série de documentos obri-
gatórios durante o voo (que serão discutidos a frente), Protocolo de Informação/Autorização SARPAS:
sendo que na falta de um destes, considerar-se-á que
piloto remoto está operando um “drone” sem a devida Todo voo deve ser informado para DECEA através da
Solicitação de Acesso de Aeronaves Remotamente Pilo-
licença.
tadas (SARPAS).

443
O piloto deve portar de forma impressa ou digital, o - Interesse Policial: são as circunstâncias em que ha-
protocolo de verá obrigatoriedade do acionamento da COP para
autorização/informação emitido, exceção feita quan- fins de gravação da ocorrência ou de conjuntura
do a operação realizada em áreas confinadas, como inte- que requeira a atuação policial.
rior de prédios, construções fachadas, ginásios, estádios
e arenas (até o limite vertical da sua estrutura), neces-
sitando, no entanto, de autorização do proprietário do Principais momentos em que se caracteriza a
local. existência de interesse policial, devendo ser acionada
a COP
Protocolo de Informação/Autorização SARPAS:

Outra exceção são voos em áreas adequadas - em todo atendimento de ocorrência despachada
(clubes de aeromodelismo ou outro local devidamen- pelo COPOM, ou quando acionado diretamente
te autorizado polo DECCA para tal fim). por populares, ou ainda, por iniciativa própria;
- em qualquer interação e m que haja necessidade do
Tais condições não desobrigam o operador a respei- uso da força, desde a fase de verbalização;
tar as demais exigências da ANAC e ANATEL. - em todas as abordagens policiais, até a liberação
da parte;
Itens obrigatórios para voos com fim não recreativos - sempre que estiver no apoio de ocorrências poli-
ciais;
Além dos itens citados acima, exclusivamente para - no encaminhamento de partes a locais intermediá-
voos não recreativos (“Drones”) serão exigidos também
rios de ocorrência (hospital, residência, delegada,
os itens a seguir, de acordo com o RBACE nº 94:
PJMD), até a liberação final da parte;
Manual de voo, Apólice de Seguro para Terceiros - nos acompanhamentos de veículos e pessoas a pé;
(portar a apólice de seguro ou o certificado de seguro - nas fiscalizações de trânsito ou ambientais, ou de
com comprovante de pagamento, dentro da validade) e qualquer natureza realizada pela PMESP;
Análise de Risco Operacional (documento padronizado - acidentes, catástrofes e calamidades em geral;
que contém a análise detalhada dos possíveis riscos da - em todas as situações de busca e varredura em edi-
operação de “drone “, bem como, descreve quais são as ficações ou terrenos, seja em área urbana ou rural,
medidas mitigadoras. mesmo que não motivadas por ocorrência policial,
incluindo, por exemplo, as incursões em comuni-
Envio de Documentação e materiais ao DECEA e à dades carentes;
ANAC - sempre e por qualquer motivo, quando terceiros fo-
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO rem colocados em viaturas policiais para qualquer
ICC Nº 248 fim;
- sempre que o policial perceber que uma interação
TEMA: “IMPLANTAÇÃO E USO DAS CÂMERAS OPE- poderá constituir fatos de interesse para o registro
RACIONAIS PORTÁTEIS (COP) NA PMESP policial;
.” - acompanhamento de manifestações públicas e rein-
tegrações de posse;
- qualquer operação policial;
3. ASSUNTO A SER LIDO:
- qualquer interação com pessoas emocionalmente
A presente ICC versa sobre uma nova tecnologia está abaladas ou com distúrbios mentais;
em implantação na Instituição Policial-Militar, as Câma- - sempre que houver dúvida quanto ao acionamento
ras Operacionais Portáteis - COP. ou não da COP.
Em vários países do mundo, as COP são utilizadas
como importante instrumento da atividade policial, con- Circunstâncias em que não existe o interesse
tribuindo com a resolução pacífica de impasses, redução policial, que não se deve acionar a COP
de indicadores criminais, transparência, legitimidade,
afirmação da cultura profissional diminuição do uso da
força e redução de reclamações e denúncias.
Em suma, as COP são câmaras individuais acopladas - patrulhamento em geral, orientação ao trânsito,
pontos de estacionamento e visibilidade, ativida-
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

ao fardamento ou EPI com o intuito de gravar imagens,


vídeos e sons nas circunstâncias de interesse policial, de- des cotidianas da rotina policial;
finidas de acordo com critérios técnicos estabelecidos. - pausa para refeições;
- necessidades fisiológicas;
- COP: câmara individual com recurso de captação de - resolução de assuntos administrativos;
imagens, vídeos e sons, acoplada ao fardamento - conversas informais entre os policiais militares e
ou EPI, visando sua utilização em circunstâncias de com a comunidade, mesmo que durante o serviço,
interesse policial; quando não reunir interesse policial;
- “Dock Station”: plataforma com múltiplos bocais - contato entre superiores e subordinados para tratar
que permite o encaixe das COP com o objetivo de de assuntos de serviço ou particulares;
recarga da bateria e “download” do material pro- - em reuniões de preparação tática, preleções, sala de
duzido ao longo do turno de serviço; aula, reuniões de serviço;

444
- em locais intermediário(hospitais, repartições pú- - acoplar a COP ao fardamento ou EPI, utilizando-se
blicas, etc.) enquanto as partes não estiverem sob de sistema próprio para tal finalidade fornecido à
responsabilidade dos policiais militares. Conside- sua OPM;
rando que a partir do momento em que as partes - uma vez ligada a COP, sempre que for seguro e pos-
retomarem à custódia dos policiais militares, a COP sível, o policial deve informar às partes que a cena
deverá ser ligada novamente; está sendo gravada e, nos equipamentos que dis-
- em delegacias, a partir do momento da apresenta- ponham de tela, esta deve estar voltada à frente,
ção da ocorrência e desde que as partes já estalam de forma a permitir que as pessoas percebam que
sob custódia da autoridade judiciária. Importante estão sendo filmadas, gerando o efeito civilizador;
ressaltar que se a custódia da parte retornar ao po- - é terminantemente proibido ao policial militar al-
licial militar, a COP deverá ser ligada novamente; terar, editar, copiar ou apagar qualquer gravação
- nas dependências dos quartéis; de áudio, vídeo ou imagem realizada por meio das
- nas salas de audiência do Poder Judiciário; COP;
- se, em qualquer dessas situações, surgir situação - caso a câmara passe à condição de inoperante (de-
conflituosa, de crime, de acusação, de má conduta, feito técnico, danos no equipamento, extravio,
reclamação de mau atendimento dos policiais mi- etc.) ao longo do serviço, o fato deve ser reportado
litares, a COP deverá ser imediatamente acionada, imediatamente ao respectivo CGP e CFP, devendo
gravando a justificativa para tal ato. ainda registrar-se em RSO o horário em que tal
fato ocorreu ou em BOe, em caso de atendimento
de ocorrência que exija a lavratura do documento.
Situações em que existe interesse policial ,mas
O policial militar deverá se equipar com outra câ-
poderá haver interrupção da gravação:
mera assim que possível;
- ao término do serviço, o policial militar deverá
entregar a COP no Serviço de Dia;
- se for solicitado ao policial militar, por parte envolvi- - O policial militar do Serviço de Dia deverá obser-
da em ocorrência, que a COP seja desligada, deve- var o estado de conservação do equipamento, seu
rá haver análise das circunstâncias. Se a solicitação funcionamento e coloca-lo na “dock station” para
encontrar respaldo na proteção de direitos funda- recarga da bateria, descarregamento dos dados e
mentais, o policial militar deverá desligar a câmara. “upload” ao servidor, além de controlar o livro de
Importante lembrar que o policial deve oferecer à entrega e recebimento das COP.
pessoa que não deseja ser filmada, a possibilidade
de gravar somente o áudio por meio de recurso
do próprio equipamento ou deslocando a câmara Por fim, lembre-se
individual para outro ponto;
- ressalta-se que nenhum autor de crime tem o direi-
to de não ser gravado. Todo o material produzido pela COP possui proteção
- nos casos que envolverem vítimas de crimes sexuais, especial da legislação, em especial frente à Lei de Aces-
crianças e adolescentes vítimas de agressão e abu- so à Informação (Lei nº 12.527/11), por conter precipua-
sos, caso a vítima solicite; mente informações atinentes ao treinamento e técnicas
- em casos de revistas íntimas (com necessidade de policiais, intimidade e honra da pessoa, exposição de
retirada de vestimentas), o local da revista deve ser locais confidenciais, entre outros.
filmado em 360º. Exceto nos casos em que o revis- Desta forma, as COP só podem ser utilizadas por
tado passe à condição de confronto ou surgir inte- Policiais Militares em serviço, sendo terminantemente
resse policial para fazer prova, devendo acionar a proibida a utilização das câmaras para gravação vídeos,
câmara imediatamente. áudios e imagens que não tenham correlação com o ser-
viço policial.
Tais aparelhos possuem a função “buffer” . Desta for-
Sequência de Ações a serem realizadas imedia- ma, a partir do momento em que a COP é acionada para
tamente após receber o equipamento pelo policial do uma gravação de vídeo, momentos imediatamente an-
Serviço de Dia teriores serão automaticamente incluídos no arquivo, de
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

modo que em todos os casos de acionamento, haverá


contextualização do motivo da gravação. Este “buffer”
- ligar a COP; Carrega apenas as imagens, ignorando o som das falas
- verificar o nível da bateria, trocando o equipamento dos policiais, pois assim a intimidade do policial se man-
caso não esteja carregada; terá integralmente preservada.
- realizar teste de gravação de aproximadamente 5
(cinco) segundos, apontando a COP para um local
onde não exista pessoas. Após o teste, revisar o ví-
deo e verificar se a gravação de vídeo, áudio e ima-
gem foram registradas. Caso negativo, restituir o
equipamento ao Serviço de Dia para substituição;

445
INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO excessivo ou indiscriminado desta, e também para
ICC Nº 250 assegurar assistência e assistência médica a qual-
quer ferido ou indiscriminado o mais cedo possível;
TEMA: “PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DOS DIREITOS - Apliquem os princípios de aplicação da lei, como
HUMANOS NO CONTEXTO DE MANIFESTAÇÕES necessidade e proporcionalidade, tendo em mente
PACÍFICAS” que a força letal só pode ser usada como último
recurso para proteger contra uma ameaça iminen-
te à vida e que não pode ser usada meramente
para dispersar um ameaça.
3. ASSUNTO A SER LIDO:

O tema abordado trata de instrução que agrega e re- Deve-se levar em consideração que, de acordo com a
força o conhecimento voltado à área da nossa atuação Declaração Universal dos Direitos Humanos, os Estados
em manifestações pacíficas, visando à promoção e pro- Membros das Nações Unidas se comprometeram a al-
cançar, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito
teção dos Direitos Humanos,
universal e a observância dos direitos humanos e liberda-
bem como as recomendações de condutas e procedi-
des fundamentais para todos, sem distinção de raça, cor,
mentos a serem adotados pelos funcionários responsá- sexo, língua, religião, opinião política, origem nacional ou
veis pela aplicação da lei. social, propriedade, nascimento ou outro status.
Em 29 de junho de 2018, foi editada uma Resolução Considerando também que, de acordo com a Decla-
pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU, que trata da ração Universal dos Direitos Humanos, em seu artigo 20,
promoção e proteção aos Direitos Humanos, traz a im- o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos(
portância e a necessidade de levar o conhecimento a to- PIDCP), em seu artigo 21, e a Convenção Internacional
dos os Funcionários Responsáveis pela Aplicação da Lei, sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação
a forma correta e esperada de agir frente o contexto de Racial, em seu artigo 4º, letra d, inciso IX, os direitos à
manifestações pacíficas, sempre pautadas em todas as liberdade de reunião pacífica, de expressão e de associa-
legislações de nosso ordenamento jurídico relacionado ção são direitos humanos, sendo garantido a todos.
ao assunto. Conforme a Resolução acima citada, algumas O exercício destes direitos pode estar sujeitos a cer-
formas corretas e esperadas de agir pelo Encarregado de tas restrições, de acordo com as obrigações os Estados,
sob os instrumentos internacionais aplicáveis de Direitos
Aplicação da Lei, sobre o contexto de manifestações pa-
Humanos fundamentais.
cíficas, podem ser exemplificadas como aquelas que: De acordo com o Manual de Direitos Humanos e Di-
reitos Internacional Humanitário para Forças Policiais e
- Propiciam que indivíduos e grupos exerçam seus di- de Segurança, de 2010, alguns direitos elencados no (PI-
reitos à liberdade de reunião pacífica, de expressão DCP), tais como, o direito de ter opiniões próprias sem
e de associação, observando a conformidade com interferência, o direito a liberdade de expressão, o direito
os compromissos internacionais em matéria de Di- à reunião pacífica e o direito à liberdade de associação,
reitos Humanos, protegendo tais direitos e colabo- têm limites e podem ser impostas restrições ao exercício
rando para que sejam implementados; desses direitos.
- Facilitem protestos pacíficos, proporcionando aos Deverá haver o reconhecimento pelos Governos e
manifestantes, na medida do possível, o acesso ao Organizações de Aplicação da Lei de que a utilização de
espaço público à vista e audição de seu público- força e de arma de fogo em reuniões pacíficas só ocorre-
alvo, protegendo-os sem discriminação, quando rá conforme os Princípios Básicos ali estabelecidos.
necessário, contra qualquer forma de ameaça ou Você, Policial Militar, como Funcionário Responsável
assédio; pela Aplicação da Lei, deve ter em mente que os Estados
- Prestem atenção especial à segurança e proteção têm a responsabilidade primária de promover e prote-
das mulheres e mulheres defensoras dos Direitos ger os Direitos Humanos, direitos, ou seja, os direitos e
Humanos de atos de intimidação e assédio, bem liberdades fundamentais, incluindo o cumprimento da
como à violência baseada no gênero, incluindo a lei para o exercício dos direitos à liberdade de reunião
violência sexual, no contexto de protestos pacífi- pacífica, direito de expressão e associação, sempre em
cos; conformidade com o Direito internacional dos Direitos
- Tomem medidas apropriadas para a segurança e Humanos.
Desta forma, vejamos o que preconiza o artigo 21 do
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

proteção das crianças, inclusive enquanto exerci-


tarem seus direitos à liberdade de reunião, expres- Pacto Interacional sobre os Direitos Civis e Políticos:
são e associação pacíficas, inclusive no contexto de 0 exercício desse direito estará sujeito apenas às res-
protestos pacíficos; trições previstas em lei e que se façam necessárias, em
- Prestem particular atenção à segurança dos jorna- uma sociedade democrática, no interesse da segurança
listas e trabalhadores dos meios de comunicação, nacional, da segurança e da ordem públicas, ou para
observando, monitorando e registrando protestos proteger a saúde ou a moral pública ou os direitos e li-
pacíficos, tendo em vista o seu papel específico, berdades das demais pessoas”
sua exposição e vulnerabilidade;
- Evitem o uso de força durante protestos pacíficos,
para garantir que, quando a força for absoluta-
mente necessária, ninguém esteja sujeito ao uso

446
Objetivos desta ICC - Os policiais deverão obter o máximo possível de in-
formações para tentar cessar a crise.
E importante destacar que, diante do acima expos-
to, o objetivo primordial desta “lCC” é demonstrar a im-
portância da atuação técnica do profissional responsável Através de pessoas ou vítimas
pela aplicação da lei, e que este execute suas ações pau-
tado nas leis e procedimentos operacionais estabeleci- - A equipe deverá informar imediatamente o ocorri-
dos pela Instituição. do a toda rede rádio, para que todos os policiais
Para tanto, esta “lCC” não esgota o teor do as- militares tenham conhecimento e possam receber
sunto, tomando-se necessário que o Policial Militar esteja apoio rápido de outras equipes;
sempre se atualizando, pois diante do tema referenciado, - Os demais integrantes da equipe envolvida também
a Instituição disponibiliza vasto acervo de materiais. deverão colher o máximo possível de informações
para transmitir à rede rádio;

INSTRUÇÃO CONTINUADA DO COMANDO Os policiais deverão colher as seguintes infor-


ICC Nº 254 mações:
TEMA: “ATIRADOR ATIVO
- O local exato da atuação do causador da crise;
3. ASSUNTO A SER LIDO: - A quantidade de pessoas na ação;
- As características físicas dos envolvidos;
Após os recentes acontecimentos o Brasil passou a - As roupas que estão usando;
fazer parte de um cenário mundial de ocorrências com - O tipo de arma ou utensílio que está sendo utilizado
atiradores ativos. para ferir as pessoas;
Os causadores desse tipo de crise são motivados pe- - Se o ambiente está seguro para permitir a ação
los mais diversos fatores e têm como objetivo matar ou policial ou se foi preparado com armadilhas para
ferir o máximo de pessoas possível em determinada área impedi-la;
ou local. - Número aproximado de vítimas (para que o COPOM
Esse acontecimento EXIGE UMA RÁPIDA RESPOSTA inicie o contato devido com os serviços de emer-
por parte das equipes policiais, visando cessar de manei- gências médicas);
ra urgente a ação do agressor e preservar o maior núme- - Outras informações julgadas úteis e necessárias a
ro de vidas. serem repassadas às demais viaturas.
Os Atiradores Ativos podem ter alvos específicos ou
aleatórios, mas sempre buscam matar ou ferir a maior AÇÕES A SEREM TOMADAS PELOS POLICIAIS MI-
quantidade de pessoas que puderem. LITARES
Dentre as motivações já identificadas, podemos citar:
religiosas, ideológicas, terroristas, criminais, derivadas de - Sempre deverão informar na rede rádio às ações
relações de trabalho, patológicas e bullying.
que irão tomar;
Diante desse universo de motivações, vários são os
- Sempre deverão atuar com, no mínimo, dois
locais com potencial para a eclosão de uma crise com
policiais (quando possível em quatro), atentando
Atirador Ativo , como: templos religiosos , empresas , es-
para as orientações e técnicas contidas no POP 5.
colas, sedes ou locais de reunião de partidos políticos ,
13.00 e no M-21 PM;
entre outros.
- Os policiais militares deverão atuar com o máximo
Em comum, são locais em que haja aglomeração de
de poderio bélico disponível para aumentar a ca-
pessoas e onde teoricamente eles não irão enfrentar
pacidade tática frente aos causadores da crise,
grandes resistências.
devendo também ter atenção ao carregamento
de munições sobressalentes para os armamentos,
Entendendo os Atiradores Ativos com finalidade de possíveis recargas;
- Se os policiais militares tiverem HT’s disponíveis
O Atirador Ativo gera uma crise que deve ser geren- em sua viatura, esses deverão ser levados para
ciada por meio de Gerenciamento de Crises Dinâmico,
que informem a toda rede rádio as ações e me-
pois se trata de situação cuja gravidade aumenta em
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

poucos minutos e pode não se restringir a um determi- didas tomadas dentro do local, bem como passar
nado local à medida que o Atirador possa se locomover, aos outros policiais informações pertinentes para
buscando atingir mais vítimas. eventuais apoios e medidas;
- A utilização de escudo balístico deverá ser mensu-
PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS PELOS POLI- rada pela equipe de intervenção, pois eles terão
CIAIS MILITARES AO TOMAREM CONHECIMENTO DE que analisar qual é o poderio bélico do agressor, a
AÇÃO DE ATIRADOR ATIVO sua capacidade física, o conhecimento técnico para
operar com ele e a disponibilidade do material;
Através da rede rádio: - Os policiais militares deverão saber identificar a zona
verde (local onde não haja a possibilidade imediata
- Se a equipe policial estiver próxima ao local de-
verá informar via rede rádio sua localização, so- de confronto), a zona amarela (local onde existe
licitando apoio imediato para uma ação repressiva; a possibilidade de confronto) e a zona vermelha

447
(local com perigo real, altíssima probabilidade de poderão obter registros fotográficos, mídias ou
confronto ou no qual já há o confronto); colher dados que não sejam pertinentes as suas
- Os policiais militares deverão fazer uso das in- respectivas funções;
formações colhidas, SEMPRE indo e direção ao - Os policiais que estiverem nas funções de coman-
som de disparos, pessoas gritando, correndo e etc, damento, deverão atuar de forma que a ação seja
visando atuar diretamente contra o causador da coordenada, lembrando das suas funções no cená-
crise e neutralizando sua capacidade letal; rio da crise;
- A forma de atuação dentro do cenário da crise - O ponto primordial para que se tenha uma resposta
deverá atentar para os procedimentos corretos a rápida e eficaz nesse tipo de ocorrência é o TRA-
serem adotados quanto à busca e à varredura, não BALHO EM EQUIPE e o conhecimento das suas
perdendo o contato visual com os integrantes da funções para uma intervenção rápida, cessando
equipe e tendo em mente a necessidade de fren- ação do agressor e preservando o maior número
tes múltiplas de enfrentamento contra o causador de vidas.
da crise, pois a equipe pode deparar-se com mais
de um atirador em mais de uma direção;
- A equipe que se deparar com pessoas fora do seu
estado normal deslocando-se em sua direção, de-
verá orientá-las a saírem do local da crise com as
mãos para cima obedecendo às ordens dos poli-
ciais que estiverem do lado de fora do local;
- Caso um dos policiais militares venha a se ferir du-
rante a atuação, observar as ações e técnicas des-
critas no POP 5.19.00 - Resgate Tático ao Policial
Militar Ferido;
- A equipe policial militar que cessar a ação do ati-
rador ativo, deverá informar o local exato para as
demais equipes, destacando que deverão perma-
necer em segurança e evitar aproximar-se do
agressor para que seja evitado possível artefato
explosivo contra os policiais;
- As demais equipes que estiverem no apoio deverão
realizar buscas em todos os ambientes para veri-
ficar se existem mais agressores e, se necessário,
evacuar o local;
- Quando todas as ameaças forem neutralizadas e os
locais vistoriados, os policiais militares deverão,
dentro das suas possibilidades, ajudar a conduzir
as pessoas feridas até local mais seguro para que
sejam atendidas pelas equipes específicas de so-
corro;
- Os policiais militares que estiverem do lado externo
poderão se deparar com um fluxo de pessoas sen-
do retiradas do local e, nesse caso, deverão orien-
tá-las a permanecerem com as mãos para cima
formando um bolsão com a finalidade de realizar
busca pessoal e identificação de possíveis atirado-
res tentando se evadir com as vítimas, garantindo
assim a segurança;
- Esses policiais militares deverão colher informações
para subsidiar ações de outras equipes policiais;
CONHECIMENTOS PROFISSIONAIS

- Todos os policiais militares envolvidos diretamen-


te ou indiretamente na ação, deverão atentar para
a totalidade gerencial do cenário como um local
de crime geral. A disciplina técnica de transitar no
ambiente será apenas de policiais que tiverem al-
gum objetivo específico de atuação, pois a colheita
de informações após o ocorrido é essencial para a
eventual elucidação e esclarecimentos;
- A colheita de provas se resume à funções específicas
dentro das polícias, dessa forma todos os demais
policiais que circularem no local do crime não

448
ÍNDICE

NOÇÕES DE INFORMÁTICA

MS-Excel: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração de tabelas e
gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras
e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados..................................................................................... 01
MS-PowerPoint: estrutura básica das apresentações, conceitos de slides, anotações, guias, cabeçalhos e rodapés, noções
de edição e formatação de apresentações, inserção de objetos, botões de ação, animação e transição entre slides............. 11
MS-Windows: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de transferência, manipulação de
arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos............................................................................................................................ 17
MS-Word: estrutura básica dos documentos, teclas de atalho, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos,
fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração de páginas,
índices, inserção de objetos, caixas de texto.......................................................................................................................................................... 26
______. ______. Nota de Instrução PM3-007/03/17. Boletim de Ocorrência Eletrônico........................................................................... 34
MS-EXCEL: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS,
COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE
FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS, IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS
PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, OBTENÇÃO DE
DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO DE DADOS

Excel 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 23: Tela Principal do Excel 2013

Barra de Títulos: EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da pasta de trabalho na janela. Ao iniciar o programa
aparece Pasta 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções:
Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções. Os co-
mandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade e,
para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 24: Faixa de Opções

1
Barra de Ferramentas de Acesso Rápido:
A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da tela e pode ser configurada com os botões
de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Figura 25: Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Adicionando e Removendo Componentes:


Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas de acesso rápido podemos clicar com o botão
direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será exibida uma janela com a opção de Adicionar
à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido. Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta bar-
ra, clicando na seta lateral. Na janela apresentada temos várias opções para personalizar a barra, além da opção Mais
Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do Excel.

Figura 26: Adicionando componentes à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

Para remoção do componente, selecione-o, clique com o botão direito do mouse e escolha Remover da Barra de
Ferramentas de Acesso Rápido.

Barra de Status:
Localizada na parte inferior da tela, a barra de status exibe mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas
teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom e os botões de “Modos de Exibição”.

Figura 27: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

2
Figura 30: Seleção de Coluna

Ao dar um clique com o botão direito do mouse so-


bre o cabeçalho de uma coluna, aparecerá o menu pop-
-up, onde as opções deste menu são as seguintes:

-Formatação rápida: a caixa de formatação rápida


permite escolher a formatação de fonte e formato
de dados, bem como mesclagem das células (será
abordado mais detalhadamente adiante).
-Recortar: copia toda a coluna para a área de trans-
ferência, para que possa ser colada em outro local
Figura 28: Personalizar Barra de Status determinado e, após colada, essa coluna é excluída
do local de origem.
Barras de Rolagem: Nos lados direito e inferior da -Copiar: copia toda a coluna para a área de transfe-
região de texto estão as barras de rolagem. Clique nas rência, para que possa ser colada em outro local
setas para cima ou para baixo para mover a tela vertical- determinado.
mente, ou para a direita e para a esquerda para mover a -Opções de Colagem: mostra as diversas opções de
tela horizontalmente, e assim poder visualizar toda a sua itens que estão na área de transferência e que te-
planilha. nham sido recortadas ou copiadas.
-Colar especial: permite definir formatos específicos
Planilha de Cálculo: A área quadriculada representa na colagem de dados, sobretudo copiados de ou-
uma planilha de cálculos, na qual você fará a inserção de tros aplicativos.
dados e fórmulas para colher os resultados desejados. -Inserir: insere uma coluna em branco, exatamente
Uma planilha é formada por linhas, colunas e células. antes da coluna selecionada.
As linhas são numeradas (1, 2, 3, etc.) e as colunas no- -Excluir: exclui toda a coluna selecionada, inclusive os
meadas com letras (A, B, C, etc.). dados nela contidos e sua formatação.

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


-Limpar conteúdo: apenas limpa os dados de toda a
coluna, mantendo a formatação das células.
-Formatar células: permite escolher entre diversas op-
ções para fazer a formatação das células (tal proce-
dimento será visto detalhadamente adiante).
-Largura da coluna: permite definir o tamanho da co-
luna selecionada.
-Ocultar: oculta a coluna selecionada. Muitas vezes
uma coluna é utilizada para fazer determinados
cálculos, necessários para a totalização geral, mas
Figura 29: Planilha de Cálculo desnecessários na visualização. Neste caso, utiliza-
-se esse recurso.
Cabeçalho de Coluna: Cada coluna tem um cabeça- -Re-exibir: reexibe colunas ocultas.
lho, que contém a letra que a identifica. Ao clicar na letra,
toda a coluna é selecionada. Cabeçalho de Linha: Cada linha tem também um ca-
beçalho, que contém o número que a identifica. Clicando
no cabeçalho de uma linha, esta ficará selecionada.

3
Figura 31: Cabeçalho de linha

#FicaDica
Célula: As células, são as combinações entre
linha e colunas. Por exemplo, na coluna
A, linha 1, temos a célula A1. Na Caixa de
Nome, aparecerá a célula onde se encontra Figura 33: Menu Planilhas
o cursor.
As funções deste menu são as seguintes:

Sendo assim, as células são representadas como mos- -Inserir: insere uma nova planilha exatamente antes
tra a tabela: da planilha selecionada.
-Excluir: exclui a planilha selecionada e os dados que
ela contém.
-Renomear: renomeia a planilha selecionada.
-Mover ou copiar: você pode mover a planilha para
outra posição, ou mesmo criar uma cópia da plani-
lha com todos os dados nela contidos.
-Proteger Planilha: para impedir que, por acidente
ou deliberadamente, um usuário altere, mova ou
exclua dados importantes de planilhas ou pastas
de trabalho, você pode proteger determinados
Figura 32: Representação das Células elementos da planilha (planilha: o principal docu-
mento usado no Excel para armazenar e trabalhar
Caixa de Nome: Você pode visualizar a célula na qual com dados, também chamado planilha eletrôni-
o cursor está posicionado através da Caixa de Nome, ou, ca. Uma planilha consiste em células organizadas
ao contrário, pode clicar com o mouse nesta caixa e digi- em colunas e linhas; ela é sempre armazenada em
tar o endereço da célula em que deseja posicionar o cur- uma pasta de trabalho.) ou da pasta de trabalho,
sor. Após dar um “Enter”, o cursor será automaticamente com ou sem senha (senha: uma forma de restrin-
posicionado na célula desejada. gir o acesso a uma pasta de trabalho, planilha ou
parte de uma planilha. As senhas do Excel podem
Guias de Planilhas: Em versões anteriores do Excel, ter até 255 letras, números, espaços e símbolos.
ao abrir uma nova pasta de trabalho no Excel, três pla- É necessário digitar as letras maiúsculas e minús-
nilhas já eram criadas: Plan1, Plan2 e Plan3. Nesta ver- culas corretamente ao definir e digitar senhas.). É
são, somente uma planilha é criada, e você poderá criar possível remover a proteção da planilha, quando
outras, se necessitar. Para criar nova planilha dentro da necessário.
pasta de trabalho, clique no sinal + ( ). Para -Exibir código: pode-se criar códigos de programação
alternar entre as planilhas, basta clicar sobre a guia, na em VBA (Visual Basic for Aplications) e vincular às
planilha que deseja trabalhar. guias de planilhas (trata-se de tópico de progra-
Você verá, no decorrer desta lição, como podemos mação avançada, que não é o objetivo desta lição,
cruzar dados entre planilhas e até mesmo entre pastas portanto, não será abordado).
de trabalho diferentes, utilizando as guias de planilhas. -Cor da guia: muda a cor das guias de planilhas.
Ao posicionar o mouse sobre qualquer uma das pla- -Ocultar/Re-exibir: oculta/reexibe uma planilha.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

nilhas existentes e clicar com o botão direito aparecerá -Selecionar todas as planilhas: cria uma seleção em
um menu pop up. todas as planilhas para que possam ser configura-
das e impressas juntamente.

Selecionar Tudo: Clicando-se na caixa Selecionar


tudo, todas as células da planilha ativa serão seleciona-
das.

4
Subtrair: A subtração será feita sempre entre dois va-
lores, por isso não precisamos de uma função específica.

Tendo dois valores em células diferentes, podemos


apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos)
e depois clicar na segunda célula. Usamos na figura a
seguir a fórmula = B2-B3.

Figura 34: Caixa Selecionar Tudo Multiplicar: Para realizarmos a multiplicação, proce-
demos de forma semelhante à subtração. Clicamos no
Barra de Fórmulas: Na barra de fórmulas são digita- primeiro número, digitamos o sinal de multiplicação que,
das as fórmulas que efetuarão os cálculos. para o Excel é o “*” asterisco, e depois, clicamos no último
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com valor. No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3.
o uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos Outra forma de realizar a multiplicação é através da
várias de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente seguinte função:
que, para qualquer fórmula que será inserida em uma =mult(B2;c2) multiplica o valor da célula B2 pelo va-
célula, temos que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, lor da célula C2.
oferece uma entrada no Excel que o faz diferenciar textos
ou números comuns de uma fórmula. Dividir: Para realizarmos a divisão, procedemos de
forma semelhante à subtração e multiplicação. Clicamos
Somar: Se tivermos uma sequência de dados numéri- no primeiro número, digitamos o sinal de divisão que,
cos e quisermos realizar a sua soma, temos as seguintes para o Excel é a “/” barra, e depois, clicamos no último
formas de fazê-lo: valor. No próximo exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.

Máximo: Mostra o maior valor em um intervalo de


células selecionadas. Na figura a seguir, iremos calcular
a maior idade digitada no intervalo de células de A2 até
A5. A função digitada será = máximo(A2:A5).
Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) –
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver
qual é o maior valor. No caso a resposta seria 10.
Figura 35: Soma simples
Mínimo: Mostra o menor valor existente em um in-
tervalo de células selecionadas.
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digi-
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células,
tado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será =
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência
mínimo (A2:A5).
até o último valor.
Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) –
Após a sequência de células a serem somadas, clicar
refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver
no ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
qual é o maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.
A última forma que veremos é a função soma digi-
tada. Vale ressaltar que, para toda função, um início é Média: A função da média soma os valores de uma

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


fundamental: sequência selecionada e divide pela quantidade de valo-
res dessa sequência.
= nome da função ( Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas
de quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4)
Foi digitado “= média )”, depois, foram selecionados
os valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter
for pressionada, o resultado será automaticamente colo-
cado na célula A6.
1 - Sinal de igual. Todas as funções, quando um de seus itens for altera-
2 – Nome da função. do, recalculam o valor final.
3 – Abrir parênteses.
Data: Esta fórmula insere a data automática em uma
Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno planilha.
lembrete sobre a função que iremos usar, e nele é possí-
vel clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo
a seguir, a função = soma(B2:B4).
Lembre-se, basta colocar a célula que contém o pri-
meiro valor, em seguida os dois pontos (:) e por último a
célula que contém o último valor.
Figura 36: Exemplo função hoje

5
Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da fun-
ção =hoje(), que aparece na barra de fórmulas.
Inteiro: Com essa função podemos obter o valor in-
teiro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2).
Lembramos que A2 é a célula escolhida e varia de acordo
com a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.
Figura 39: Exemplo função abs
Arredondar para cima: Com essa função, é possível
arredondar um número com casas decimais para o nú- Dias 360: Retorna o número de dias entre duas datas
mero mais distante de zero. com base em um ano de 360 dias (doze meses de 30
Sua sintaxe é: = ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_ dias). Sua sintaxe é:
dígitos) = DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde: Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredon- data_inicial = a data de início de contagem.
dar. Data_final = a data a qual quer se chegar.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se
deseja arredondar núm. No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias fal-
tam para chegar até a data de 14/06/2018, tendo como
data inicial o dia 05/03/2018. A função utilizada será
=dias360(A2;B2)

Figura 37: Início da função arredondar para cima

Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial


da função, o Excel nos mostra que temos que selecio-
nar o num, ou seja, a célula que desejamos arredondar
e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de
Figura 40: Exemplo função dias360
dígitos para a qual queremos arredondar.
Na próxima figura, para efeito de entendimento, dei-
Vamos usar a Figura abaixo para explicar as próximas
xaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos funções (Se, SomaSe, Cont.Se)
na coluna C:

A função Arredondar.para.Baixo segue exatamente o


mesmo conceito.
Resto: Com essa função podemos obter o resto de
uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
= mod (núm;divisor)
Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar
o resto.
divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o
número.

Figura 41: Exemplo (Se, SomaSe, Cont.se)

Função SE: O SE é uma função condicional, ou seja,


verifica SE uma condição é verdadeira ou falsa.
A sintaxe dessa função é a seguinte:
Figura 38: Exemplo de digitação da função MOD =SE(teste_lógico;“valor_se_verdadeiro”;“valor_se_fal-
so”)
Os valores do exemplo a cima serão, respectivamen- =: Significa a chamada para uma fórmula/função
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

te: 1,5 e 1. SE: função SE


Valor Absoluto: Com essa função podemos obter o teste_lógico: a pergunta a qual se deseja ter resposta
valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o nú- “valor_se_verdadeiro”: se a resposta da pergunta for
mero sem o sinal. A sintaxe da função é a seguinte: verdadeira, define o resultado “valor_se_falso” se a res-
=abs(núm) posta da pergunta for falsa, define o resultado.
Onde: aBs(núm) Usando a planilha acima como exemplo, na coluna ‘E’
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja queremos colocar uma mensagem se o funcionário rece-
obter. be um salário igual ou acima do valor mínimo R$ 724,00
ou abaixo do valor mínimo determinado em R$ 724,00.

6
Assim, temos a condição: SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
SE VALOR DE C3 FOR MAIOR OU IGUAL a 724, então TERVALO D3 ATÉ D10
ESCREVA “ACIMA”, senão ESCREVA “ABAIXO” MOSTRA O MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D17
RESULTADO NA CÉLULA E3 Traduzindo a condição em variáveis teremos:
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Resultado: será mostrado na célula D17, portanto é
Resultado: será mostrado na célula C3, portanto é onde devemos digitar a fórmula
onde devemos digitar a fórmula Intervalo para análise: C3:C10
Teste lógico: C3>=724 Critério: “FEMININO”
Valor_se_verdadeiro: “Acima” Intervalo para soma: D3:D10
Valor_se_falso: “Abaixo” Assim, com o cursor na célula D17, digitamos:
Assim, com o cursor na célula E3, digitamos: =SomaSE(D3:D10;”feminino”;C3:C10)
=SE(C3>=724;”Acima”;”Abaixo”)
Função CONT.SE: O CONT.SE é uma função de con-
Para cada uma das linhas, podemos copiar e colar as tagem condicionada, ou seja, CONTA a quantidade de
fórmulas, e o Excel, inteligentemente, acertará as linhas e registros, SE determinada condição for verdadeira. A sin-
colunas nas células. Nossas fórmulas ficarão assim: taxe desta função é a seguinte:
E4 ↑ =SE(C4>=724;”Acima”;”Abaixo”) =CONT.SE(intervalo;“critérios”)
E5 ↑ =SE(C5>=724;”Acima”;”Abaixo”) = : significa a chamada para uma fórmula/função
E6 ↑ =SE(C6>=724;”Acima”;”Abaixo”) CONT.SE: chamada para a função CONT.SE
E7 ↑ =SE(C7>=724;”Acima”;”Abaixo”) intervalo: intervalo de células onde será feita a análise
E8 ↑ =SE(C8>=724;”Acima”;”Abaixo”) dos dados
E9 ↑ =SE(C9>=724;”Acima”;”Abaixo”) “critérios”: critérios a serem avaliados nas células do
E10 ↑ =SE(C10>=724;”Acima”;”Abaixo”) “intervalo”
Usando a planilha acima como exemplo, queremos
Função SomaSE: A SomaSE é uma função de soma saber quantas pessoas ganham R$ 1.200,00 ou mais, e
condicionada, ou seja, SOMA os valores, SE determina- mostrar o resultado na célula D14, e quantas ganham
da condição for verdadeira. A sintaxe desta função é a abaixo de R$1.200,00 e mostrar o resultado na célula
seguinte: D15. Para isso precisamos criar a seguinte condição:
=SomaSe(intervalo;“critérios”;intervalo_soma)
=Significa a chamada para uma fórmula/função R$ 1.200,00 ou MAIS:
SomaSe: função SOMASE SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MAIOR
intervalo: Intervalo de células onde será feita a análise OU IGUAL A 1.200,00, ENTÃO
dos dados CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
“critérios”: critérios (sempre entre aspas) a serem ava- MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D14
liados a fim de chegar à condição verdadeira
intervalo_soma: Intervalo de células onde será verifi- Traduzindo a condição em variáveis teremos:
cada a condição para soma dos valores Resultado: será mostrado na célula D14, portanto é
Exemplo: usando a planilha acima, queremos somar onde devemos digitar a fórmula
os salários de todos os funcionários HOMENS e mostrar Intervalo para análise: C3:C10
o resultado na célula D16. E também queremos somar Critério: >=1200
os salários das funcionárias mulheres e mostrar o resul- Assim, com o cursor na célula D14, digitamos:
tado na célula D17. Para isso precisamos criar a seguinte =CONT.SE(C3:C10;”>=1200”)

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


condição: MENOS DE R$ 1.200,00:
SE SALÁRIO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR ME-
HOMENS: NOR QUE 1200, ENTÃO
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR MASCULI- CONTA REGISTROS NO INTERVALO C3 ATÉ C10
NO, ENTÃO MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D15
SOMA O VALOR DO SALÁRIO MOSTRADO NO IN-
TERVALO D3 ATÉ D10 Traduzindo a condição em variáveis teremos:
MOSTRA O RESULTADO NA CÉLULA D16 Resultado: será mostrado na célula D15, portanto é
onde devemos digitar a fórmula
Traduzindo a condição em variáveis teremos: Intervalo para análise: C3:C10
Resultado: será mostrado na célula D16, portanto é Critério: <1200
onde devemos digitar a fórmula Assim, com o cursor na célula D15, digitamos:
Intervalo para análise: C3:C10 =CONT.SE(C3:C10;”<1200”)
Critério: “MASCULINO”
Intervalo para soma: D3:D10 Observações: fique atento com o > (maior) e < (me-
Assim, com o cursor na célula D16, digitamos: nor), >= (maior ou igual) e <=(menor ou igual). Se tivés-
=SOMASE(D3:D10;”masculino”;C3:C10) semos determinado a contagem de valores >1200 (maior
MULHERES: que 1200) e <1200 (menor que 1200), o valor =1200
SE SEXO NO INTERVALO C3 ATÉ C10 FOR FEMINI- (igual a 1200) não entraria na contagem.
NO, ENTÃO

7
Formatação de Células: Ao observar a planilha abai- Para finalizar essa etapa vamos formatar a coluna C
xo, fica claro que não é uma planilha bem formatada, va- para moeda, que é o caso desse exemplo, porém pode
mos deixar ela de uma maneira mais agradável. ser realizado vários outros tipos de formatação, como,
porcentagem, data, hora, científico, basta clicar no dro-
pbox onde está escrito geral e escolher.

Figura 46: Formatando a planilha (Passo 3)

O resultado final nos traz uma planilha muito mais


agradável e de fácil entendimento:
Figura 42: Planilha sem Formatação

Vamos utilizar os 3(três) passos apontados na Figura


abaixo:

Figura 47: Planilha Formatada

Figura 43: Formatando a planilha Ordenando os dados: Você pode digitar os dados
em qualquer ordem, pois o Excel possui uma ferramenta
O primeiro passo é mesclar e centralizar o título, para muito útil para ordenar os dados.
isso utilizamos o botão Mesclar e Centralizar, entre ou- Ao clicar neste botão, você tem as opções para classi-
tras opções de alinhamento, como centralizar, direção do ficar de A a Z (ordem crescente), de Z a A (ordem decres-
texto, entre outras. cente) ou classificação personalizada.
Para ordenar seus dados, basta clicar em uma célula
da coluna que deseja ordenar, e selecionar a classificação
crescente ou decrescente. Mas cuidado! Se você selecio-
nar uma coluna inteira, nas versões mais antigas do Excel,
você irá classificar os dados dessa coluna, mas vai manter
os dados das outras colunas onde estão. Ou seja, seus
dados ficarão alterados. Nas versões mais novas, ele fará
Figura 44: Formatando a planilha (Passo 1) a pergunta, se deseja expandir a seleção e dessa forma,
fazer a classificação dos dados junto com a coluna de ori-
gem, ou se deseja manter a seleção e classificar somente
Em seguida, vamos colocar uma borda no texto digi- a coluna selecionada.
tado, vamos escolher a opção “Todas as bordas”, pode-
mos mudar o título para negrito, mudar a cor do fundo e/ Filtrando os dados: Ainda no botão temos a opção
ou de uma fonte, basta selecionar a(s) célula(s) e escolher FILTRO. Ao selecionar esse botão, cada uma das colunas
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

as formatações. da nossa planilha irá abrir uma seta para fazer a seleção
dos dados que desejamos visualizar. Assim, podemos fil-
trar e visualizar somente os dados do mês de Janeiro ou
então somente os gastos com contas de consumo, por
exemplo.

Grupo ferramentas de dados:


- Texto para colunas: separa o conteúdo de uma célu-
Figura 45: Formatando a planilha (Passo 2) la do Excel em colunas separadas.

8
- Remover duplicatas: exclui linhas duplicadas de uma
planilha - Validação de dados: permite especificar #FicaDica
valores inválidos para uma planilha. Por exemplo,
podemos especificar que a planilha não aceitará Importante mencionar que o conceito do
receber valores menores que 10. Excel 365 é o mesmo apontado no Word, ou
- Consolidar: combina valores de vários intervalos em seja, fazem parte do Office 365, que podem
um novo intervalo. ser comprados conforme figura 39.
- Teste de hipóteses: testa diversos valores para a fór-
mula na planilha.
LibreOffice Calc
Gráficos: Outra forma interessante de analisar os
dados é utilizando gráficos. O Excel monta os gráficos O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOf-
rapidamente e é muito fácil. Na Guia Inserir da Faixa de fice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open
Opções, temos diversas opções de gráficos que podem Document Spreadsheet).
ser utilizados. O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que
se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é ini-
ciada pelo sinal de igual (=) e seguido por uma sequência
de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:

Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-


Figura 48: Gráficos -se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6”
retornará a C3 e C4 (interseção entre os dois interva-
Utilizando a planilha da Concessionária Grupo Nova, los). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco
teremos o seguinte gráfico escolhido (B2:C4 C3:C6).

Figura 50: Exemplo de Operação no Calc

Para fazer referência a uma célula que esteja em ou-

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


tra planilha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_
da_planilha + . + célula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz re-
ferência a célula A1 da planilha chamada Plan2. No Excel,
isso é feito usando o sinal de exclamação ! (Plan2!A1).

Menus do Calc
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao do-
Figura 49: Gráfico de Colunas – 3D cumento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF.
Editar - contém comandos para editar o conteúdo
Redimensione o gráfico clicando com o mouse nas documento como, por exemplo, Desfazer, Localizar e
bordas para aumentar de tamanho. Reposicione o gráfi- Substituir, Cortar, Copiar e Colar.
co na página, clicando nas linhas e arrastando até o local Exibir - contém comandos para controlar a exibição
desejado. de um documento tais como Zoom, Tela Inteira e Nave-
gador.
Inserir - contém comandos para inserção de novos
elementos no documento como células, linhas, colunas,
planilhas, gráficos.
Formatar - contém comandos para formatar células
selecionadas, objetos e o conteúdo das células no do-
cumento.

9
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, 2. (Técnico Judiciário, VUNESP 2017) Tem-se, a seguir,
Atingir meta, Rastrear erro, etc. a seguinte planilha criada no Microsoft Excel 2010, em
Dados - contém comandos para editar os dados de sua configuração padrão
uma planilha. É possível classificar, utilizar filtros, validar,
etc.
Janela - contém comandos para manipular e exibir ja-
nelas no documento.
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do Li-
breOffice.

EXERCÍCIOS COMENTADOS
Assinale a alternativa que apresenta o resultado correto
1. (Engenheiro Civil, VUNESP 2018) Observe a tabela
da fórmula =CONTAR.SE (A2:D4;”<6”), inserida na célula
a seguir, extraída do MS-Excel 2010, em sua configura-
ção padrão. O intervalo B2:B5 contém valores no formato B5.
Moeda, com duas casas decimais.
A) 2
B) 4
C) 7
D) 12
E) 13

A função “CONTAR.SE” não existe no Excel 2010 esta


questão é passiva de anulação, o correto seria “CONT.
SE”, que conta a ocorrência de uma determinada con-
dição em um determinado intervalo. Para esta ques-
tão, no intervalo demonstrado pela figura existem 4
Assinale a alternativa que apresenta o novo valor da cé- células com valores menores que 6, são eles: 3 (em
lula B4, quando nela for aplicada, apenas uma vez, o re- A1), 4 (em A2), 1 (em B4) e 2 (em D4). Cuidado com o
curso associado ao botão , do grupo Número, da valor da célula B3, que é 6, a condição da função des-
guia Página Inicial. crita contará apenas se for menor que 6.
Obs.: Algumas páginas oficiais do MS Office foram tra-
A) R$ 2.323,34 duzidas “ao pé da letra” para o português, nestes casos
B) R$ 2.323,3 existem divergências nos nomes das funções, um dos
C) R$ 2.323 exemplos é pode ser visto em:: https://support.office.
D) R$ 2.323,0 com/pt-pt/article/contar-se-fun%C3%A7%C3%A3o-
E) R$ 2.323,00 -contar-se-e0de10c6-f885-4e71-abb4-1f464816df34,
onde pode-se perceber o nome “CONTAR.SE” porem
O botão destacado na pergunta serve para diminuir
foi traduzido de “COUNT.IF”
as casas decimais. Se a célula B4 estiver selecionada
Resposta Alternativa: B
o resultado caso o botão seja “clicado” uma vez é R$
2.323,34. Tal recurso utiliza as regras de arredonda-
3. (Soldado PM de 2ª Classe, VUNESP 2017) Observe a
mento matemático, ou seja, se o número for maior ou
igual a 5 ocorre arredondamento, caso contrário ocor- planilha a seguir, criada no Microsoft Excel 2010, em sua
re o truncamento. configuração original.
Resposta Alternativa: B
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

10
Assinale a alternativa que indica quantas colunas estão
com algum tipo de filtro aplicado.

A) 3.
B) 2.
C) 5.
D) 1. Descrevendo a fórmula: Se o número de dias entre a
E) Nenhuma. data de pagamento e a data de vencimento for maior
ou igual a 20 então o valor a ser exibido será 20 senão
Na imagem demostrada pela questão percebe-se que calcule o número de dias entre a data de pagamento e
há apenas uma coluna onde o filtro está aplicado. O a data de vencimento e multiplique por 0,2.
ícone pode ser visto na coluna Idade, este ícone Resposta Alternativa: D
aparece sempre que o filtro está em uso, quando não
está em uso com nas demais colunas pode-se perce-
ber o ícone
Resposta Alternativa: D MS-POWERPOINT: ESTRUTURA BÁSICA
DAS APRESENTAÇÕES, CONCEITOS DE
4. (BANCO DO BRASIL, 2015) Um escriturário, na fun- SLIDES, ANOTAÇÕES, GUIAS, CABEÇALHOS
ção eventual de caixa, ao examinar um boleto de paga- E RODAPÉS, NOÇÕES DE EDIÇÃO E
mento em atraso, encontrou os seguintes dados: FORMATAÇÃO DE APRESENTAÇÕES,
INSERÇÃO DE OBJETOS, BOTÕES DE AÇÃO,
data de vencimento: 13/04/2015
ANIMAÇÃO E TRANSIÇÃO ENTRE SLIDES
data de pagamento: 28/07/2015
taxa diária de juros por atraso (%): 0,2
máximo de juros a acrescer (%): 20

Se o escriturário tivesse disponível uma planilha eletrô- PowerPoint 2010, 2013 e detalhes gerais
nica do MS Excel 2013, poderia transcrever essas infor-
mações para um trecho de planilha, como o mostrado Na tela inicial do PowerPoint, são listadas as últimas
abaixo, e calcular os juros com os recursos do software. apresentações editadas (à esquerda), opção para criar
nova apresentação em branco e ainda, são sugeridos
modelos para criação de novas apresentações (ao cen-
tro).
Ao selecionar a opção de Apresentação em Branco
você será direcionado para a tela principal, composta
pelos elementos básicos apontados na figura abaixo, e
descritos nos tópicos a seguir.

Nesse caso, com que fórmula ele preencheria a célula de

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


juros a pagar (N14)?

A)=SE((DIAS(N11;N10)*N12)>=N13;(DIAS(N11;N10)
*N13); N12)
B) = (N11-N10)*0,2/30
C) =SE((N10;N11)*N12>=N13;N13;(N10:N11)*N12)
D) =SE((DIAS(N11;N10)*N12)>=N13;N13;(DIAS(N11;N10
)*N12))
E) = (N11;N10)*0,2

Entendendo a fórmula:
A fórmula utiliza duas funções. São elas:
• SE: retorna um valor de acordo com o seu teste lógi-
co. Sua sintaxe tem o seguinte formato:
• =SE( teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)
• DIAS: retorna o número de dias entre duas datas. Sua
sintaxe tem o seguinte formato:
• =DIAS(data final; data inicial);
Analisandoa fórmula SE((DIAS(N11;N10)*N12)>=N13;
N13;(DIAS(N11;N10)*N12)) temos:

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Figura 52: Tela Principal do PowerPoint 2013

Barra de Títulos: A linha superior da tela é a barra de títulos, que mostra o nome da apresentação na janela. Ao
iniciar o programa aparece Apresentação 1 porque você ainda não atribuiu um nome ao seu arquivo.

Faixa de Opções: Desde a versão 2007 do Office, os menus e barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de
Opções. Os comandos são organizados em uma única caixa, reunidos em guias. Cada guia está relacionada a um tipo
de atividade e, para melhorar a organização, algumas são exibidas somente quando necessário.

Figura 53: Faixa de Opções

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido: A Barra de Ferramentas de Acesso Rápido fica posicionada no topo da
tela e pode ser configurada com os botões de sua preferência, tornando o trabalho mais ágil.

Adicionando e Removendo Componentes: Para ocultar ou exibir um botão de comando na barra de ferramentas
de acesso rápido podemos clicar com o botão direito no componente que desejamos adicionar, em qualquer guia. Será
exibida uma janela com a opção de Adicionar à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Figura 54: Adicionando itens à Barra de Ferramentas de Acesso Rápido

12
Temos ainda outra opção de adicionar ou remover componentes nesta barra, clicando na seta lateral. É aberto o
menu Personalizar Barra de Ferramentas de Acesso Rápido, que apresenta várias opções para personalizar a barra, além
da opção Mais Comandos..., onde temos acesso a todos os comandos do PowerPoint.
Para remoção do componente, no mesmo menu selecione-o. Se preferir, clique com o botão direito do mouse sobre
o ícone que deseja remover e escolha Remover da Barra de Ferramentas de Acesso Rápido.
Barra de Status: Localizada na parte inferior da tela, a barra de status permite incluir anotações e comentários na
sua apresentação, mensagens, fornece estatísticas e o status de algumas teclas. Nela encontramos o recurso de Zoom
e os botões de ‘Modos de Exibição’.

Figura 55: Barra de Status

Clicando com o botão direito sobre a barra de status, será exibida a caixa Personalizar barra de status. Nela pode-
mos ativar ou desativar vários componentes de visualização.
Durante uma apresentação, os slides do PowerPoint vão sendo projetados no monitor do computador, lembrando
os antigos slides fotográficos.
O apresentador pode inserir anotações, observações importantes, que deverão ser abordadas durante a apresenta-
ção. Estas anotações serão visualizadas somente pelo apresentador quando, durante a apresentação, for selecionado
o Modo de Exibição do Apresentador (basta clicar com o botão direito do mouse e selecionar esta opção durante a
apresentação).

Modelos e Temas Online: Algumas vezes parece impossível iniciar uma apresentação. Você nem mesmo sabe
como começar. Nestas situações pode-se usar os modelos prontos, que fornecem sugestões para que você possa
iniciar a criação de sua apresentação. A versão PowerPoint 2013 traz vários modelos disponíveis online divididos por
temas (é necessário estar conectado à internet).

Figura 56: Modelos e temas online

Para utilizar um modelo pronto, selecione um tema. Em nosso exemplo, vamos selecionar ‘Negócios’. Aparecerão
vários modelos prontos que podem ser utilizados para a criação de sua apresentação, conforme mostra a figura abaixo.

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO

Figura 57: Apresentações Modelo ‘Negócios’

Procure conhecer os modelos, clicando sobre eles. Utilize as barras de rolagem para rolar a tela, visualizar as possi-
bilidades, e possivelmente escolher um modelo, dentre as inúmeras possibilidades fornecidas, para criar apresentações
profissionais com muita agilidade.
Ao escolher um modelo, clique no botão ‘Criar’ e aguarde o download do arquivo. Será criado um novo arquivo em
seu computador, que você poderá salvar onde quiser. A partir daí, basta customizar os dados e utilizá-lo como SUA
APRESENTAÇÃO.

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Tanto o layout como o padrão de formatação de fon- Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos: Este
tes, poderão ser alterados em qualquer momento, para modo de visualização é interessante principalmente du-
atender às suas necessidades. rante a construção do texto da apresentação. Você pode
ir digitando o texto do lado esquerdo e o PowerPoint
Apresentação de Slides: monta os slides pra você.

Antes de começarmos a trabalhar em um novo slide, Classificação de Slides: Este modo permite ver seus
ou nova apresentação, vamos entender um pouco me- slides em miniatura, para auxiliar na organização e estru-
lhor como funciona uma apresentação. Escolha um mo- turação de sua apresentação. No modo de classificação
delo pronto qualquer, faça o download, e inicie a apre- de slides, você pode reordenar slides, adicionar transi-
sentação, assim: ções e efeitos de animação e definir intervalos de tempo
Na barra ‘Modos de exibição de slides’, localizada na para apresentações eletrônicas de slides.
barra de status, clique no botão ‘Modo de Apresentação
de Slides’.
Dê cliques com o mouse para seguir ao próximo slide.
Ao clicar na apresentação, são exibidos botões de nave-
gação, que permitem que você siga para o próximo slide
ou volte ao anterior, conforme mostrado abaixo. Além
dos botões de navegação você também conta com ou-
tras ferramentas durante sua apresentação.

Figura 58: Botões de Navegação e Outras Ferramentas


Figura 60: Classificação de Slides
Exibição de Slides: Vamos agora começar a perso-
nalizar nossa apresentação, tendo como base o modelo Para alterar a sequência de exibição de slides, clique
criado. Se ainda estiver com uma apresentação aberta, no slide e arraste até a posição desejada. Você também
termine a apresentação, retornando à estrutura. Clique, pode ocultar um slide dando um clique com o botão di-
na faixa de opções, no menu ‘EXIBIÇÃO’. reito do mouse sobre ele e selecionando ‘Ocultar Slide’.
Alterando o Design:
Alternando entre os Modos de Exibição O design de um slide é a apresentação visual do mes-
mo, ou seja, as cores nele utilizadas, tipos de fontes, etc.
Modo Normal: No modo de exibição ‘Normal’, você O PowerPoint disponibiliza vários temas prontos para
trabalha em um slide de cada vez e pode organizar a es- aplicar ao design de sua apresentação.
trutura de todos os slides da apresentação. Para inserir um Tema de design pronto nos slides
acesse a guia ‘Design’ na Faixa de Opções. Clique na seta
lateral para visualizar todos os temas existentes.
Clique no tema desejado, para aplicar ao slide sele-
cionado. O tema será aplicado em todos os slides.
Variantes -> Cores e Variantes -> Fontes: ainda na
guia ‘Design’ podemos aplicar variações dos temas, al-
terando cores e fontes, criando novos temas de cores.
Clique na seta da caixa ‘Variantes’ para abrir as opções.
Passe o mouse sobre cada tema para visualizar o efeito
na apresentação. Após encontrar a variação desejada, dê
um clique com o mouse para aplicá-la à apresentação.

Figura 59: Modo de Exibição ‘Normal’.


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

#FicaDica
Para mover de um slide para outro clique
sobre o slide (do lado esquerdo) que deseja
visualizar na tela, ou utilize as teclas ‘PageUp’
e ‘PageDown’.

Figura 61: Variantes de Temas de Design

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Variantes -> Efeitos: os efeitos de tema especificam como os efeitos são aplicados a gráficos SmartArt, formas e
imagens. Clique na seta do botão ‘Efeitos’ para acessar a galeria de Efeitos. Aplicando o efeito alteramos rapidamente
a aparência dos objetos.

Layout de Texto:
O primeiro slide criado em nossa apresentação é um ‘Slide de título’. Nele não deve ser inserido o conteúdo da
palestra ou reunião, mas apenas o título e um subtítulo pois trata-se do slide inicial.
Clique no quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um título’, e escreva o título de sua apresentação.
A apresentação que criaremos será sobre ‘Grupo Nova”.
No quadro onde está indicado ‘Clique aqui para adicionar um subtítulo’ coloque seu nome ou o nome da empresa
em que trabalha, ou mesmo um subtítulo ligado ao tema da apresentação.
Formate o texto da forma como desejar, selecionando o tipo da fonte, tamanho, alinhamento, etc., clicando sobre a
‘Caixa de Texto’ para fazer as formatações.
Clique no botão novo slide da guia ‘PÁGINA INICIAL’. Será criado um novo slide com layout diferente do anterior.
Isso acontece porque o programa entende que o próximo slide não é mais de título, e sim de conteúdo, e assim suces-
sivamente para a criação da sua apresentação.
Layouts de Conteúdo:
Utilizando os layouts de conteúdo é possível inserir figura ou cliparts, tabelas, gráficos, diagramas ou clipe de mídia
(que podem ser animações, imagens, sons, etc.).
A utilização destes recursos é muito simples, bastando clicar, no próprio slide, sobre o recurso que deseja utilizar.
Salve a apresentação atual como ‘Ensino a Distância’ e, sem fechá-la, abra uma nova apresentação. Vamos ver a
utilização dos recursos de Conteúdo.
Na guia ‘Início’ da Faixa de Opções, clique na seta lateral da caixa Layout. Será exibida uma janela com várias opções.
Selecione o layout ‘Título e conteúdo’.
Aparecerá a caixa de conteúdo no slide como mostrado na figura a seguir. A caixa de conteúdos ao centro do slide
possui diversas opções de tipo de conteúdo que se pode utilizar.
As demais ferramentas da ‘Caixa de Conteúdo’ são:
• Escolher Elemento Gráfico SmartArt
• Inserir Imagem
• Inserir Imagens Online
• Inserir Vídeo

Explore as opções, utilize os recursos oferecidos para enriquecer seus conhecimentos e, em consequência, criar
apresentações muito mais interessantes. O funcionamento de cada item é semelhante aos já abordados.

Agora é com você!


Exercite: crie diversos slides de conteúdo, procurando utilizar todas as opções oferecidas para cada tipo de conteú-
do. Desta forma, você estará aprendendo ainda mais utilizar os recursos do PowerPoint e do Office.

Animação dos Slides: A animação dos slides é um dos últimos passos da criação de uma apresentação. Essa é
uma etapa importante, pois, apesar dos inúmeros recursos oferecidos pelo programa, não é aconselhável exagerar na
utilização dos mesmos, pois além de tornar a apresentação cansativa, tira a atenção das pessoas que estão assistindo,
ao invés de dar foco ao conteúdo da apresentação, passam a dar foco para as animações.

Transições: A transição dos slides nada mais é que a mudança entre um slide e outro. Você pode escolher entre EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO
diversas transições prontas, através da faixa de opções ‘TRANSIÇÕES’. Selecione o primeiro slide da nossa apresentação
e clique nesta opção.
Escolha uma das transições prontas e veja o que acontece. Explore os diversos tipos de transições, apenas clicando
sobre elas e assistindo os efeitos que elas produzem. Isso pode ser bastante divertido, mas dependendo do intuito da
apresentação, o exagero pode tornar sua apresentação pouco profissional.
Ainda em ‘TRANSIÇÕES’ escolha como será feito o avanço do slide, se após um tempo pré-definido ou ‘Ao Clicar
com o Mouse’, dentro da faixa ‘INTERVALO’. Você também pode aplicar som durante a transição.

Animações: As animações podem ser definidas para cada caixa de texto dos slides. Ou seja, durante sua apresen-
tação você pode optar em ir abrindo o texto conforme trabalha os assuntos.
Neste exemplo, selecionaremos o Slide 3 de nossa apresentação para enriquecer as explicações. Clique um uma das
caixas de texto do slide, e na opção ‘ANIMAÇÕES’ abra o ‘PAINEL DE ANIMAÇÃO’.

Figura 62: Animações

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Escolheremos a opção ‘Flutuar para Dentro’, mas você • Exibir - contém comandos para controlar a exibi-
pode explorar as diversas opções e escolher a que mais ção de um documento tais como Zoom, Apresen-
te agradar. Clique na opção escolhida. No Painel de Ani- tação de Slides, Estrutura de tópicos e Navegador;
mação, abra todas as animações clicando na seta para • Inserir - contém comandos para inserção de novos
baixo. slides e elementos no documento como figuras,
tabelas e hiperlinks;
• Formatar - contém comandos para formatar o la-
yout e o conteúdo dos slides, tais como Modelos
de slides, Layout de slide, Estilos e Formatação, Pa-
rágrafo e Caractere;
• Ferramentas - contém ferramentas como Orto-
grafia, Compactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para
Figura 63: Abrindo a lista do Painel de Animações controlar a apresentação de slides e adicionar efei-
tos em objetos e na transição de slides.
Cada parágrafo de texto pode ser configurado, bas-
tando que você clique no parágrafo desejado e faça a
opção de animação desejada. O parágrafo pode aparecer
somente quando você clicar com o mouse, ou juntamen- EXERCÍCIOS COMENTADOS
te com o anterior. Pode mantê-lo aberto na tela enquan-
to outros estão fechados, etc.
Em nosso exemplo, vamos animar da seguinte forma:
1. (Soldado PM de 2ª Classe, VUNESP 2017) No Mi-
os textos da caixa de texto do lado esquerdo vão apare-
crosoft PowerPoint 2010, em sua configuração padrão,
cer juntos após clicar. Os textos da caixa do lado direito um usuário criou uma apresentação com 20 slides, mas
permanecem fechados. Ao clicar novamente, os dois pa- deseja que o slide 5, sem ser excluído, não seja exibido na
rágrafos aparecerão ao mesmo tempo na tela. apresentação de slides. Assinale a alternativa que indica
Passo a passo: a ação correta a ser aplicada ao slide 5 para que ele não
Com a caixa de texto do lado esquerdo selecionada, seja exibido durante a apresentação.
clique em ‘Iniciar ao clicar’ no 1º parágrafo, mostrado no
Painel de Animações; A) Animação Desaparecer.
selecione o 2º parágrafo e selecione ‘Iniciar com an- B) Ocultar Slide.
terior’; C) Transição de slides Cortar.
selecione a caixa de texto do lado direito e aplique D) Plano de fundo Branco.
uma animação; E) Transição com duração de 0 segundo.
no Painel de Animações clique em ‘Iniciar ao clicar’ no
1º parágrafo da caixa de texto Ocultar um slide no PowerPoint é sempre uma boa
selecione o 2º parágrafo da caixa de texto e selecione ideia se caso for necessário fazer uma apresentação
‘Iniciar com anterior’. rápida, onde não quer mostrar um determinado slide,
mas também não se quer apagá-lo, deseja-se preser-
va-lo para um uso futuro em outra apresentação.
Impress
Resposta Alternativa: B

2. (Agente Previdenciário, VUNESP 2017) No Power-


É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu
Point 2010, a partir da sua configuração padrão, do guia
formato de arquivo padrão é o .odp (Open Document
“Apresentação de Slides” foram selecionados os seguin-
Presentations). tes ícones:
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Im-
press de duas formas:
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Sli-
des -> Iniciar do primeiro slide.
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação
de Slides -> Iniciar do slide atual.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Menu do Impress:
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao Assinale a alternativa que faz a correlação correta entre
documento inteiro como Abrir, Salvar e Exportar todos os ícones selecionados e a ação efetuada por cada
como PDF; um.
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo
documento como, por exemplo, Desfazer, Locali- A) Ícone-1: Inicia a Apresentação a partir do Slide Atual.
zar e Substituir, Cortar, Copiar e Colar; Ícone-2: permite Configurar Apresentação de Slides.
Ícone-3: permite Ocultar o Slide.

16
B) Ícone-1: Inicia a Apresentação a partir do Slide Atual. 5. (PERITO CRIMINAL – CESPE – 2013) Considere que
Ícone-2: permite Retirar os Intervalos da Apresenta- um usuário disponha de um computador apenas com Li-
ção. Ícone-3: permite Ocultar o Slide. nux e BrOffice instalados. Nessa situação, para que esse
C) Ícone-1: Inicia a Apresentação a partir do Começo. Íco- computador realize a leitura de um arquivo em formato
ne-2: permite Ocultar o Slide. Ícone-3: permite Confi- de planilha do Microsoft Office Excel, armazenado em
gurar Apresentação de Slides. um pendrive formatado com a opção NTFS, será neces-
D) Ícone-1: Inicia a Apresentação a partir do Começo. sária a conversão batch do arquivo, antes de sua leitura
Ícone-2: permite Configurar Apresentação de Slides. com o aplicativo instalado, dispensando-se a montagem
Ícone-3: permite Testar os intervalos da Apresentação. do sistema de arquivos presente no pendrive.
E) Ícone-1: Inicia a Apresentação a partir do Começo.
Ícone-2: permite Configurar Apresentação de Slides. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Ícone-3: permite Ocultar o Slide.
Resposta: ERRADO. Um pendrive formatado com o
Ícone 1: «DO SLIDE ATUAL»: Apresentação de slides a sistema de arquivos NTFS será lido normalmente pelo
partir do slide atual - Shift + F5. Inicia a apresentação Linux, sem necessidade de conversão de qualquer na-
de slides a partir do slide atual. tureza. E o fato do suposto arquivo estar em formato
Ícone 2: «CONFIGURAR APRESENTAÇÃO DE SLIDES»: Excel (xls ou xlsx) é indiferente também, já que o BrOf-
Configurar opções avançadas para a apresentação de fice é capaz de abrir ambos os formatos.
slides, como o modo de quiosque.
Ícone 3: «OCULTAR SLIDE»: Ocultar o slide atual da
apresentação. Ele não será mostrado durante a apre-
sentação de slides de tela inteira.
MS-WINDOWS: CONCEITO DE PASTAS,
Resposta Alternativa: A
DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA
DE TRABALHO, ÁREA DE TRANSFERÊNCIA,
3. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Ao se
clicar a opção , será exibida uma janela por MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS,
meio da qual se pode verificar diversas propriedades do USO DOS MENUS, PROGRAMAS E
arquivo, como o seu tamanho e os seus atributos. APLICATIVOS
Em computadores do tipo PC, a comunicação com peri-
féricos pode ser realizada por meio de diferentes interfa-
ces. Acerca desse assunto, julgue os seguintes itens.
Windows
( ) CERTO ( ) ERRADO
O Windows assim como tudo que envolve a informá-
Resposta: Certo. Dentre as diversas opções que po- tica passa por uma atualização constante, os concursos
dem ser consultadas ao se ativar as propriedades de públicos em seus editais acabam variando em suas ver-
um arquivo estão as opções: tamanho e os seus atri- sões, por isso vamos abordar de uma maneira geral tanto
butos. as versões do Windows quanto do Linux.
O Windows é um Sistema Operacional, ou seja, é um
4. (ESCRIVÃO – DE POLÍCIA – CESPE 2013) Título, as- software, um programa de computador desenvolvido por

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


sunto, palavras-chave e comentários de um documen- programadores através de códigos de programação. Os
to são metadados típicos presentes em um documento Sistemas Operacionais, assim como os demais softwares,
produzido por processadores de texto como o BrOffice e são considerados como a parte lógica do computador,
o Microsoft Office. uma parte não palpável, desenvolvida para ser utilizada
apenas quando o computador está em funcionamento. O
( ) CERTO ( ) ERRADO Sistema Operacional (SO) é um programa especial, pois é
o primeiro a ser instalado na máquina.
Resposta: CERTO. Quando um determinado docu- Quando montamos um computador e o ligamos pela
mento de texto produzido tanto pelo BrOffice quanto primeira vez, em sua tela serão mostradas apenas algu-
pelo Microsoft Office ele fica armazenado em forma mas rotinas presentes nos chipsets da máquina. Para uti-
de arquivo em uma memória especificada no momen- lizarmos todos os recursos do computador, com toda a
to da gravação deste. Ao clicar como botão direito do qualidade das placas de som, vídeo, rede, acessarmos a
mouse no arquivo de texto armazenado e clicar em Internet e usufruirmos de toda a potencialidade do hard-
propriedades é possível por meio da guia Detalhes ware, temos que instalar o SO.
perceber os metadados “Título, assunto, palavras-cha- Após sua instalação é possível configurar as placas
ve e comentários”. para que alcancem seu melhor desempenho e instalar
os demais programas, como os softwares aplicativos e
utilitários.
O SO gerencia o uso do hardware pelo software e ge-
rencia os demais programas.

17
A diferença entre os Sistemas Operacionais de 32 bits - Pressione qualquer tecla, quando solicitado a fazer
e 64 bits está na forma em que o processador do com- isso, e siga as instruções exibidas.
putador trabalha as informações. O Sistema Operacional - Na página de Instalação Windows, insira seu idioma
de 32 bits tem que ser instalado em um computador que ou outras preferências e clique em avançar.
tenha o processador de 32 bits, assim como o de 64 bits - Se a página de Instalação Windows não aparecer
tem que ser instalado em um computador de 64 bits. e o programa não solicitar que você pressione al-
Os Sistemas Operacionais de 64 bits do Windows, guma tecla, talvez seja necessário alterar algumas
segundo o site oficial da Microsoft, podem utilizar mais configurações do sistema. Para obter mais infor-
memória que as versões de 32 bits do Windows. “Isso mações sobre como fazer isso, consulte. Inicie o
ajuda a reduzir o tempo despendi- do na permuta de seu computador usando um disco de instalação do
processos para dentro e para fora da memória, pelo ar- Windows 7 ou um pen drive USB.
mazenamento de um número maior desses processos na - Na página Leia os termos de licença, se você aceitar
memória de acesso aleatório (RAM) em vez de fazê-lo os termos de licença, clique em aceito os termos
no disco rígido. Por outro lado, isso pode aumentar o de licença e em avançar.
desempenho geral do programa”. - Na página que tipo de instalação você deseja? cli-
que em Personalizada.
Windows 7 - Na página onde deseja instalar Windows? clique em
opções da unidade (avançada).
Para saber se o Windows é de 32 ou 64 bits, basta: - Clique na partição que você quiser alterar, clique na
1. Clicar no botão Iniciar , clicar com o botão direito opção de formatação desejada e siga as instruções.
em computador e clique em Propriedades. - Quando a formatação terminar, clique em avançar.
2. Em sistema, é possível exibir o tipo de sistema. - Siga as instruções para concluir a instalação do Win-
dows 7, inclusive a nomenclatura do computador
“Para instalar uma versão de 64 bits do Windows 7, e a configuração de uma conta do usuário inicial.
você precisará de um processador capaz de executar
uma versão de 64 bits do Windows. Os benefícios de um Conceitos de organização e de gerenciamento de in-
sistema operacional de 64 bits ficam mais claros quan- formações; arquivos, pastas e programas.
do você tem uma grande quantidade de RAM (memória
de acesso aleatório) no computador, normalmente 4 GB Pastas – são estruturas digitais criadas para organizar
ou mais. Nesses casos, como um sistema operacional de arquivos, ícones ou outras pastas.
64 bits pode processar grandes quantidades de memó- Arquivos – são registros digitais criados e salvos por
ria com mais eficácia do que um de 32 bits, o sistema meio de programas aplicativos. Por exemplo, quando
de 64 bits poderá responder melhor ao executar vários abrimos o Microsoft Word, digitamos uma carta e a sal-
programas ao mesmo tempo e alternar entre eles com vamos no computador, estamos criando um arquivo.
frequência”. Ícones – são imagens representativas associadas a
programas, arquivos, pastas ou atalhos.
Uma maneira prática de usar o Windows 7 (Win 7) é Atalhos – são ícones que indicam um caminho mais
reinstalá-lo sobre um SO já utilizado na máquina. Nesse curto para abrir um programa ou até mesmo um arquivo.
caso, é possível instalar:
Criação de pastas (diretórios)
- Sobre o Windows XP;
- Uma versão Win 7 32 bits, sobre Windows Vista (Win
Vista), também 32 bits;
- Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 32 bits;
- Win 7 de 32 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
- Win 7 de 64 bits, sobre Win Vista, 64 bits;
- Win 7 em um computador e formatar o HD durante
a instalação;
- Win 7 em um computador sem SO;

Antes de iniciar a instalação, devemos verificar qual


tipo de instalação será feita, encontrar e ter em mãos a
chave do produto, que é um código que será solicitado
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

durante a instalação.
Vamos adotar a opção de instalação com formatação
de disco rígido, segundo o site oficial da Microsoft Cor-
poration:
- Ligue o seu computador, de forma que o Windows
seja inicializado normalmente, insira do disco de Figura 64: Criação de pastas
instalação do Windows 7 ou a unidade flash USB e
desligue o seu computador.
- Reinicie o computador.

18
Em especial, na área de trabalho, encontramos a barra
#FicaDica de tarefas, que traz uma série de particularidades, como:
Clicando com o botão direito do mouse
em um espaço vazio da área de trabalho
ou outro apropriado, podemos encontrar a Figura 68: Barra de tarefas
opção pasta.
Clicando nesta opção com o botão esquerdo 1) Botão Iniciar: é por ele que entramos em contato
do mouse, temos então uma forma prática com todos os outros programas instalados, programas
de criar uma pasta. que fazem parte do sistema operacional e ambientes de
configuração e trabalho. Com um clique nesse botão,
abrimos uma lista, chamada Menu Iniciar, que contém
opções que nos permitem ver os programas mais aces-
sados, todos os outros programas instalados e os recur-
sos do próprio Windows. Ele funciona como uma via de
acesso para todas as opções disponíveis no computador.

Por meio do botão Iniciar, também podemos:


Figura 65: Criamos aqui uma pasta
chamada “Trabalho”. - desligar o computador, procedimento que encerra
o Sistema Operacional corretamente, e desliga efe-
tivamente a máquina;
- colocar o computador em modo de espera, que re-
duz o consumo de energia enquanto a máquina
estiver ociosa, ou seja, sem uso. Muito usado nos
casos em que vamos nos ausentar por um breve
período de tempo da frente do computador;
- reiniciar o computador, que desliga e liga automa-
ticamente o sistema. Usado após a instalação de
alguns programas que precisam da reinicialização
do sistema para efetivarem sua instalação, durante
congelamento de telas ou travamentos da máqui-
na.
- realizar o logoff, acessando o mesmo sistema com
nome e senha de outro usuário, tendo assim um
Figura 66: Tela da pasta criada
ambiente com características diferentes para cada
usuário do mesmo computador.
Clicamos duas vezes na pasta “Trabalho” para abrí-la
e agora criaremos mais duas pastas dentro dela:
Para criarmos as outras duas pastas, basta repetir o
procedimento: botão direito, Novo, Pasta.

Área de trabalho:

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO

Figura 67: Área de Trabalho

A figura acima mostra a primeira tela que vemos


quando o Windows 7 é iniciado. A ela damos o nome
de área de trabalho, pois a ideia original é que ela sir-
va como uma prancheta, onde abriremos nossos livros e Figura 69: Menu Iniciar – Windows 7
documentos para dar início ou continuidade ao trabalho.

19
Na figura acima temos o menu Iniciar, acessado com
um clique no botão Iniciar.

2) Ícones de inicialização rápida: São ícones coloca-


dos como atalhos na barra de tarefas para serem
acessados com facilidade.
3) Barra de idiomas: Mostra qual a configuração de
idioma que está sendo usada pelo teclado.
4) Ícones de inicialização/execução: Esses ícones são
configurados para entrar em ação quando o com- Figura 71: Restauração de arquivos
putador é iniciado. Muitos deles ficam em exe- enviados para a lixeira
cução o tempo todo no sistema, como é o caso
de ícones de programas antivírus que monitoram A restauração de objetos enviados para a lixeira pode
constantemente o sistema para verificar se não há ser feita com um clique com o botão direito do mouse
invasões ou vírus tentando ser executados. sobre o item desejado e depois, outro clique com o es-
5) Propriedades de data e hora: Além de mostrar o querdo em “Restaurar”. Isso devolverá, automaticamente
relógio constantemente na sua tela, clicando duas o arquivo para seu local de origem.
vezes, com o botão esquerdo do mouse nesse íco-
ne, acessamos as Propriedades de data e hora. #FicaDica
Outra forma de restaurar é usar a opção
“Restaurar este item”, após selecionar o
objeto.

Alguns arquivos e pastas, por terem um tamanho


muito grande, são excluídos sem irem antes para a Li-
xeira. Sempre que algo for ser excluído, aparecerá uma
mensagem, ou perguntando se realmente deseja enviar
aquele item para a Lixeira, ou avisando que o que foi se-
lecionado será permanentemente excluído. Outra forma
de excluir documentos ou pastas sem que eles fiquem
armazenados na Lixeira é usar as teclas de atalho Shif-
t+Delete.
A barra de tarefas pode ser posicionada nos quatro
cantos da tela para proporcionar melhor visualização de
outras janelas abertas. Para isso, basta pressionar o botão
Figura 70: Propriedades de data e hora
esquerdo do mouse em um espaço vazio dessa barra e
com ele pressionado, arrastar a barra até o local desejado
Nessa janela, é possível configurarmos a data e a hora,
(canto direito, superior, esquerdo ou inferior da tela).
determinarmos qual é o fuso horário da nossa região e
Para alterar o local da Barra de Tarefas na tela, temos
especificar se o relógio do computador está sincronizado que verificar se a opção “Bloquear a barra de tarefas” não
automaticamente com um servidor de horário na Inter- está marcada.
net. Este relógio é atualizado pela bateria da placa mãe,
que vimos na figura 26. Quando ele começa a mostrar
um horário diferente do que realmente deveria mostrar,
na maioria das vezes, indica que a bateria da placa mãe
deve precisar ser trocada. Esse horário também é sincro-
nizado com o mesmo horário do SETUP.
Lixeira: Contém os arquivos e pastas excluídos pelo
usuário. Para excluirmos arquivos, atalhos e pastas, po-
demos clicar com o botão direito do mouse sobre eles e
depois usar a opção “Excluir”. Outra forma é clicar uma
vez sobre o objeto desejado e depois pressionar o botão
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

delete, no teclado. Esses dois procedimentos enviarão


para lixeira o que foi excluído, sendo possível a restaura-
ção, caso haja necessidade. Para restaurar, por exemplo,
um arquivo enviado para a lixeira, podemos, após abri-la,
restaurar o que desejarmos.

Figura 72: Bloqueio da Barra de Tarefas

20
Propriedades da barra de tarefas e do menu iniciar:
Por meio do clique com o botão direito do mouse na bar-
ra de tarefas e do esquerdo em “Propriedades”, podemos
acessar a janela “Propriedades da barra de tarefas e do
menu iniciar”.

Figura 21: Barra de Ferramentas

Painel de controle

O Painel de Controle é o local onde podemos alte-


rar configurações do Windows, como aparência, idioma,
configurações de mouse e teclado, entre outras. Com ele
é possível personalizar o computador às necessidades do
usuário.
Para acessar o Painel de Controle, basta clicar no Bo-
tão Iniciar e depois em Painel de Controle. Nele encon-
tramos as seguintes opções:

- Sistema e Segurança: “Exibe e altera o status do


Figura 73: Propriedades da barra de sistema e da segurança”, permite a realização de
tarefas e do menu iniciar backups e restauração das configurações do sis-
tema e de arquivos. Possui ferramentas que per-
Na guia “Barra de Tarefas”, temos, entre outros: mitem a atualização do Sistema Operacional, que
- Bloquear a barra de tarefas – que impede que ela exibem a quantidade de memória RAM instalada
seja posicionada em outros cantos da tela que não seja o no computador e a velocidade do processador.
inferior, ou seja, impede que seja arrastada com o botão Oferece ainda, possibilidades de configuração de
esquerdo do mouse pressionado. Firewall para tornar o computador mais protegido.
- Ocultar automaticamente a barra de tarefas – ocul- - Rede e Internet: mostra o status da rede e possibili-
ta (esconde) a barra de tarefas para proporcionar maior ta configurações de rede e Internet. É possível tam-
aproveitamento da área da tela pelos programas abertos,
bém definir preferências para compartilhamento
e a exibe quando o mouse é posicionado no canto infe-
de arquivos e computadores.
rior do monitor.
- Hardware e Sons: é possível adicionar ou remover
hardwares como impressoras, por exemplo. Tam-
bém permite alterar sons do sistema, reproduzir
CDs automaticamente, configurar modo de eco-
nomia de energia e atualizar drives de dispositivos

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


instalados.
- Programas: através desta opção, podemos realizar
a desinstalação de programas ou recursos do Win-
dows.
- Contas de Usuários e Segurança Familiar: aqui alte-
ramos senhas, criamos contas de usuários, deter-
minamos configurações de acesso.
- Aparência: permite a configuração da aparência da
Figura 74: Guia Menu Iniciar e Personalizar Menu área de trabalho, plano de fundo, proteção de tela,
Iniciar menu iniciar e barra de tarefas.
- Relógio, Idioma e Região: usamos esta opção para
Pela figura acima podemos notar que é possível a alterar data, hora, fuso horário, idioma, formatação
aparência e comportamento de links e menus do menu de números e moedas.
Iniciar. - Facilidade de Acesso: permite adaptarmos o compu-
tador às necessidades visuais, auditivas e motoras
do usuário.

21
Computador anteriores, ficam com o nome na parte de cima e um pe-
queno ícone na parte inferior. Novos mosaicos possuem
tamanhos diferentes, cores diferentes e são atualizados
#FicaDica automaticamente.
A tela pode ser customizada conforme a conveniência
Através do “Computador” podemos consul- do usuário. Alguns utilitários não aparecem nessa tela,
tar e acessar unidades de disco e outros dis- mas podem ser encontrados clicando com o botão direi-
positivos conectados ao nosso computador. to do mouse em um espaço vazio da tela. Se deseja que
um desses aplicativos apareça na sua tela inicial, clique
com o botão direito sobre o ícone e vá para a opção Fixar
Para acessá-lo, basta clicar no Botão Iniciar e em na Tela Inicial.
Computador. A janela a seguir será aberta:
Charms Bar
O objetivo do Windows 8 é ter uma tela mais limpa
e esse recurso possibilita “esconder” algumas configura-
ções e aplicações. É uma barra localizada na lateral que
pode ser acessada colocando o mouse no canto direito e
inferior da tela ou clicando no atalho Tecla do Windows +
C. Essa função substitui a barra de ferramentas presente
no sistema e configurada de acordo com a página em
que você está.
Com a Charm Bar ativada, digite Personalizar na bus-
ca em configurações. Depois escolha a opção tela inicial
e em seguida escolha a cor da tela. O usuário também
pode selecionar desenhos durante a personalização do
papel de parede.

Redimensionar as tiles
Figura 76: Computador Na tela esses mosaicos ficam uns maiores que os ou-
tros, mas isso pode ser alterado clicando com o botão di-
Observe que é possível visualizarmos as unidades de reito na divisão entre eles e optando pela opção menor.
disco, sua capacidade de armazenamento livre e usada. Você pode deixar maior os aplicativos que você quiser
Vemos também informações como o nome do computa- destacar no computador.
dor, a quantidade de memória e o processador instalado
na máquina. Grupos de Aplicativos
Pode-se criar divisões e grupos para unir programas
Windows 8 parecidos. Isso pode ser feito várias vezes e os grupos
podem ser renomeados.
É o sistema operacional da Microsoft que substituiu o
Windows 7 em tablets, computadores, notebooks, celu- Visualizar as pastas
lares, etc. Ele trouxe diversas mudanças, principalmente
A interface do programas no computador podem ser
no layout, que acabou surpreendendo milhares de usuá-
vistos de maneira horizontal com painéis dispostos lado
rios acostumados com o antigo visual desse sistema.
a lado. Para passar de um painel para outro é necessário
A tela inicial completamente alterada foi a mudança
usar a barra de rolagem que fica no rodapé.
que mais impactou os usuários. Nela encontra-se todas
as aplicações do computador que ficavam no Menu Ini-
ciar e também é possível visualizar previsão do tempo, Compartilhar e Receber
cotação da bolsa, etc. O usuário tem que organizar as Comando utilizado para compartilhar conteúdo, en-
pequenas miniaturas que aparecem em sua tela inicial viar uma foto, etc. Tecle Windows + C, clique na opção
para ter acesso aos programas que mais utiliza. Compartilhar e depois escolha qual meio vai usar. Há
Caso você fique perdido no novo sistema ou dentro também a opção Dispositivo que é usada para receber
de uma pasta, clique com o botão direito e irá aparecer e enviar conteúdos de aparelhos conectados ao compu-
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

um painel no rodapé da tela. Caso você esteja utilizando tador.


uma das pastas e não encontre algum comando, clique Alternar Tarefas
com o botão direito do mouse para que esse painel apa-
reça. Com o atalho Alt + Tab, é possível mudar entre os
A organização de tela do Windows 8 funciona como programas abertos no desktop e os aplicativos novos do
o antigo Menu Iniciar e consiste em um mosaico com SO. Com o atalho Windows + Tab é possível abrir uma
imagens animadas. Cada mosaico representa um aplica- lista na lateral esquerda que mostra os aplicativos mo-
tivo que está instalado no computador. Os atalhos dessa dernos.
área de trabalho, que representam aplicativos de versões

22
Telas Lado a Lado Windows 10 Pro
Esse sistema operacional não trabalha com o concei- Além dos recursos da versão de entrada, fornece pro-
to de janelas, mas o usuário pode usar dois programas teção de dados avançada e criptografada com o BitLoc-
ao mesmo tempo. É indicado para quem precisa acom- ker, permite a hospedagem de uma Conexão de Área de
panhar o Facebook e o Twitter, pois ocupa ¼ da tela do Trabalho Remota em um computador, trabalhar com má-
computador. quinas virtuais, e permite o ingresso em um domínio para
realizar conexões a uma rede corporativa.
Visualizar Imagens
O sistema operacional agora faz com que cada vez
que você clica em uma figura, um programa específico Windows 10 Enterprise
abre e isso pode deixar seu sistema lento. Para alterar Baseada na versão 10 Pro, é disponibilizada por meio
isso é preciso ir em Programas – Programas Default – Se- do Licenciamento por Volume, voltado a empresas.
lecionar Windows Photo Viewer e marcar a caixa Set this
Program as Default. Windows 10 Education
Baseada na versão Enterprise, é destinada a atender
Imagem e Senha as necessidades do meio educacional. Também tem seu
O usuário pode utilizar uma imagem como senha ao método de distribuição baseado através da versão aca-
invés de escolher uma senha digitada. Para fazer isso, dêmica de licenciamento de volume.
acesse a Charm Bar, selecione a opção Settings e logo
em seguida clique em More PC settings. Acesse a opção Windows 10 Mobile
Usuários e depois clique na opção “Criar uma senha com Embora o Windows 10 tente vender seu nome fanta-
imagem”. Em seguida, o computador pedirá para você
sia como um sistema operacional único, os smartphones
colocar sua senha e redirecionará para uma tela com um
com o Windows 10 possuem uma versão específica do
pequeno texto e dando a opção para escolher uma foto.
Escolha uma imagem no seu computador e verifique se a sistema operacional compatível com tais dispositivos.
imagem está correta clicando em “Use this Picture”. Você
terá que desenhar três formas em touch ou com o mou- Windows 10 Mobile Enterprise
se: uma linha reta, um círculo e um ponto. Depois, finalize Projetado para smartphones e tablets do setor cor-
o processo e sua senha estará pronta. Na próxima vez, porativo. Também estará disponível através do Licencia-
repita os movimentos para acessar seu computador. mento por Volume, oferecendo as mesmas vantagens do
Windows 10 Mobile com funcionalidades direcionadas
Internet Explorer no Windows 8 para o mercado corporativo.
Se você clicar no quadrinho Internet Explorer da pá-
gina inicial, você terá acesso ao software sem a barra de Windows 10 IoT Core
ferramentas e menus. IoT vem da expressão “Internet das Coisas” (Internet
of Things). A Microsoft anunciou que haverá edições do
Windows 10
Windows 10 baseadas no Enterprise e Mobile Enterprise
O Windows 10 é uma atualização do Windows 8 que destinados a dispositivos como caixas eletrônicos, ter-
veio para tentar manter o monopólio da Microsoft no minais de autoatendimento, máquinas de atendimento
mundo dos Sistemas Operacionais, uma das suas mis- para o varejo e robôs industriais. Essa versão IoT Core
sões é ficar com um visual mais de smart e touch. será destinada para dispositivos pequenos e de baixo
custo.

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


Para as versões mais populares (10 e 10 Pro), a Micro-
soft indica como requisitos básicos dos computadores:
• Processador de 1 Ghz ou superior;
• 1 GB de RAM (para 32bits); 2GB de RAM (para
64bits);
• Até 20GB de espaço disponível em disco rígido;
• Placa de vídeo com resolução de tela de 800×600
ou maior.

Figura 77: Tela do Windows 10

O Windows 10 é disponibilizado nas seguintes ver-


sões (com destaque para as duas primeiras):

Windows 10
É a versão de “entrada” do Windows 10, que possui a
maioria dos recursos do sistema. É voltada para Desktops
e Laptops, incluindo o tablete Microsoft Surface 3.

23
Dentre as diversas funções de administração de arqui-
EXERCÍCIOS COMENTADOS vos e pastas do Windows Explorer é possível “Apagar
e renomear arquivos e pastas”; Para “Navegar na in-
ternet” é necessário um software web-browser; Por
1. (Engenheiro Civil, VUNESP 2018) Na Área de Tra- padrão não é possível ver a “Área de Transferência”
balho do MS-Windows 7, em sua configuração padrão, do Windows 7; Para Ligar o computador é necessária
o usuário pode desfazer o envio de um arquivo para a uma ação física, e para desligar é necessário utilizar o
Lixeira, que acaba de ser realizado, utilizando o atalho botão iniciar; Para “Editar textos simples sem recursos
de teclado de formatação” é necessário o Bloco de Notas.
Resposta Alteternativa: B
A) Ctrl+V
4. (Escriturário, VUNESP 2018) Observe os ícones a se-
B) Ctrl+C
guir, extraídos do Windows Explorer do MS-Windows 7,
C) Ctrl+X
na configuração de exibição de Ícones Médios. Os ícones
D) Ctrl+A
foram marcados de 1 a 5 e não foram modificados desde
E) Ctrl+Z
a sua criação.
A) Ctrl+V: colar algo que esteja na área de transfe-
rência
B) Ctrl+C: copiar algo que foi selecionado
C) Ctrl+X: recortar algo que foi selecionado
D) Ctrl+A: selecionar tudo
E) Ctrl+Z: desfazer uma ação
Resposta Alternativa: E
Assinale a alternativa que contém o número correspon-
2. (Técnico Judiciário, VUNESP 2017) Usando o Micro-
dente ao ícone de um atalho de uma pasta que não está
soft Windows 7, em sua configuração padrão, um usuário
vazia.
abriu o conteúdo de uma pasta no aplicativo Windows
Explorer no modo de exibição Detalhes. Essa pasta con-
A) 1
tém muitos arquivos e nenhuma subpasta, e o usuário
B) 2
deseja rapidamente localizar, no topo da lista de arqui-
C) 3
vos, o arquivo modificado mais recentemente. Para isso,
D) 4
basta ordenar a lista de arquivos, em ordem decrescente,
E) 5
por
1 - Ícone de atalho para pasta que não está vazia
A) Data de modificação.
2 - Ícone de uma pasta que não está vazia, contém
B) Nome.
vários arquivos
C) Tipo.
3 - ícone de uma pasta vazia
D) Tamanho.
4 - Ícone de uma pasta que não está vazia, contém
E) Ordem.
um arquivo
5 - Ícone de atalho para pasta que está vazia
Na configuração original as únicas opções que apare-
Resposta Alternativa: A
cem são: Nome, Data de modificação, Tipo e Tamanho.
Já é possível descartar a alternativa “E”.
5. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No
Se um usuário deseja ordenar os arquivos de uma de-
Windows, não há possibilidade de o usuário interagir
terminada pasta mostrando primeiro (topo) os arqui-
com o sistema operacional por meio de uma tela de
vos mais recentes, é necessário utilizar a opção “Data
computador sensível ao toque.
de Modificação”
Resposta Alternativa: A
( ) CERTO ( ) ERRADO
3. (Soldado PM de 2ª Classe, VUNESP 2017) Com rela-
Resposta: Errado. As versões mais recentes do Win-
ção ao Microsoft Windows 7, em sua configuração origi-
dows existe este recurso. Para usá-lo há a necessidade
nal, assinale a alternativa que indica funções que podem
de que a tela seja sensível ao toque.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

ser realizadas usando apenas recursos do aplicativo Win-


dows Explorer.
6. (AGENTE – CESPE – 2014) Comparativamente a
computadores com outros sistemas operacionais, com-
A) Navegar na internet.
putadores com o sistema Linux apresentam a vantagem
B) Apagar e renomear arquivos e pastas.
de não perderem dados caso as máquinas sejam desliga-
C) Ver o conteúdo da Área de Transferência.
das por meio de interrupção do fornecimento de energia
D) Ligar e desligar o computador.
elétrica.
E) Editar textos simples, sem recursos de formatação.
( ) CERTO ( ) ERRADO

24
Resposta: Errado. Nenhum sistema operacional possui a vantagem de não perder dados caso a máquina seja des-
ligada por meio de interrupção do fornecimento de energia elétrica.

7. (AGENTE – CESPE – 2014) As rotinas de inicialização GRUB e LILO, utilizadas em diversas distribuições Linux, podem
ser acessadas por uma interface de linha de comando.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. É possível acessar as rotinas de inicialização GRUB e LILO para realizar a sua configuração, assim
como é possível alterar as opções de inicialização do Windows (em Win+Pause, Configurações Avançadas do Siste-
ma, Propriedades do Sistema, Inicialização e Recuperação).

8. (ESCRIVÃO DE POLÍCIA – CESPE – 2013) Considere que um usuário de login joao_jose esteja usando o Windows
Explorer para navegar no sistema de arquivos de um computador com ambiente Windows 7. Considere ainda que,
enquanto um conjunto de arquivos e pastas é apresentado, o usuário observe, na barra de ferramentas do Windows
Explorer, as seguintes informações: Bibliotecas > Documentos > Projetos. Nessa situação, é mais provável que tais ar-
quivos e pastas estejam contidos no diretório C:\Bibliotecas\Documentos\Projetos que no diretório C:\Users\joao_jose\
Documents\Projetos.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Errado. O correto é “C:\Users\joao_jose\Documents\Projetos”. Há possibilidade das pastas estarem em


outro diretório, se forem feitas configurações customizadas pelo usuário. Mesmo na configuração em português o
diretório dos documentos do usuário continua sendo nomeado em inglês: “documents”. Portanto, a afirmação de
que o diretório seria “C:\biblioteca\documentos\projetos” não está correta. O item considera o comportamento
padrão do sistema operacional Windows 7, e, portanto, a afirmação não pode ser absoluta, devido à flexibilidade
inerente a este sistema software. A premissa de que a informação fosse apresentada na barra de ferramentas não
compromete o entendimento da questão.”

9. (AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE – 2014) No ambiente Linux, é possível utilizar comandos para copiar arqui-
vos de um diretório para um pen drive.

( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. No ambiente Linux, é permitida a execução de vários comandos por meio de um console. O co-
mando “cp” é utilizado para copiar arquivos entre diretórios e arquivos para dispositivos.

10. (DELEGADO DE POLÍCIA – CESPE – 2004) Ao se clicar a opção , será exibida uma janela por meio da
qual se pode verificar diversas propriedades do arquivo, como o seu tamanho e os seus atributos.
Em computadores do tipo PC, a comunicação com periféricos pode ser realizada por meio de diferentes interfaces.
Acerca desse assunto, julgue os seguintes itens.

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


( ) CERTO ( ) ERRADO

Resposta: Certo. Dentre as diversas opções que podem ser consultadas ao se ativar as propriedades de um arquivo
estão as opções: tamanho e os seus atributos.

25
MS-WORD: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, TECLAS DE ATALHO, EDIÇÃO
E FORMATAÇÃO DE TEXTOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS,
MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, TABELAS, IMPRESSÃO, CONTROLE DE
QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, ÍNDICES, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAIXAS DE
TEXTO

Word 2010, 2013 e detalhes gerais

Figura 6: Tela do Microsoft Word 2010

As guias foram criadas para serem orientadas por tarefas, já os grupos dentro de cada guia criam subtarefas para as
tarefas, e os botões de comando em cada grupo possui um comando.
As extensões são fundamentais, desde a versão 2007 passou a ser DOCX, mas vamos analisar outras extensões que
podem ser abordadas em questões de concursos na Figura 7.

Figura 7: Extensões de Arquivos ligados ao Word


NOÇÕES DE INFORMÁTICA

#FicaDica
As guias envolvem grupos e botões de comando, e são organizadas por tarefa. Os Gru-
pos dentro de cada guia quebram uma tarefa em subtarefas. Os Botões de comando em
cada grupo possuem um comando ou exibem um menu de comandos.

26
Existem guias que vão aparecer apenas quando um Na janela também temos o botão “Mais”. Neste bo-
determinado objeto aparecer para ser formatado. No tão, temos, entre outras, as opções:
exemplo da imagem, foi selecionada uma figura que
pode ser editada com as opções que estiverem nessa - Diferenciar maiúscula e minúscula: procura a pala-
guia. vra digitada na forma que foi digitada, ou seja, se
foi digitada em minúscula, será localizada apenas a
palavra minúscula e, se foi digitada em maiúscula,
será localizada apenas e palavra maiúscula.
- Localizar palavras inteiras: localiza apenas a pala-
vra exatamente como foi digitada. Por exemplo, se
tentarmos localizar a palavra casa e no texto tiver
a palavra casaco, a parte “casa” da palavra casaco
será localizada, se essa opção não estiver marcada.
Figura 8: Indicadores de caixa de diálogo Marcando essa opção, apenas a palavra casa, com-
pleta, será localizada.
Indicadores de caixa de diálogo – aparecem em al- - Usar caracteres curinga: com esta opção marcada,
guns grupos para oferecer a abertura rápida da caixa de usamos caracteres especiais. Por exemplo, é possí-
diálogo do grupo, contendo mais opções de formatação. vel usar o caractere curinga asterisco (*) para pro-
As réguas orientam na criação de tabulações e no curar uma sequência de caracteres (por exemplo,
ajuste de parágrafos, por exemplo. “t*o” localiza “tristonho” e “término”).
Determinam o recuo da primeira linha, o recuo de
deslocamento, recuo à esquerda e permitem tabulações Veja a lista de caracteres que são considerados curin-
esquerda, direita, centralizada, decimal e barra. ga, retirada do site do Microsoft Office:
Para ajustar o recuo da primeira linha, após posicionar
o cursor do mouse no parágrafo desejado, basta pres- Para localizar digite exemplo
sionar o botão esquerdo do mouse sobre o “Recuo da
primeira linha” e arrastá-lo pela régua. Qualquer caractere s?o localiza salvo e
?
Para ajustar o recuo à direita do documento, basta único sonho.
selecionar o parágrafo ou posicionar o cursor após a li- Qualquer sequência t*o localiza
nha desejada, pressionar o botão esquerdo do mouse no *
de caracteres tristonho e término.
“Recuo à direita” e arrastá-lo na régua.
Para ajustar o recuo, deslocando o parágrafo da es- <(org) localiza
querda para a direita, basta selecioná-lo e mover, na ré- organizar e
O início de uma
gua, como explicado anteriormente, o “Recuo desloca- < organização,
palavra
do”. mas não localiza
Podemos também usar o recurso “Recuo à esquerda”, desorganizado.
que move para a esquerda, tanto a primeira linha quanto (do)> localiza medo
O final de uma
o restante do parágrafo selecionado. > e cedo, mas não
palavra
Com a régua, podemos criar tabulações, ou seja, de- localiza domínio.
terminar onde o cursor do mouse vai parar quando pres- Um dos caracteres v[ie]r localiza vir e
sionarmos a tecla Tab. []
especificados ver

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


[r-t]ã localiza rã e sã.
Qualquer caractere Os intervalos devem
[-]
único neste intervalo estar em ordem
crescente.
Qualquer caractere
único, exceto F[!a-m]rro localiza
os caracteres no [!x-z] forro, mas não
Figura 9: Réguas intervalo entre localiza ferro.
4. Grupo edição colchetes

Permite localizar palavras em um documento, subs- Exatamente n


ca{2}tinga localiza
tituir palavras localizadas por outras ou aplicar formata- ocorrências do
{n} caatinga, mas não
ções e selecionar textos e objetos no documento. caractere ou
catinga.
Para localizar uma palavra no texto, basta clicar no expressão anterior
ícone Localizar , digitar a palavra na linha do localizar e Pelo menos n
clicar no botão Localizar Próxima. ocorrências do ca{1,}tinga localiza
{n,}
A cada clique será localizada a próxima palavra digi- caractere ou catinga e caatinga.
tada no texto. Temos também como realçar a palavra que expressão anterior
desejamos localizar para facilitar a visualizar da palavra
localizada.

27
De n a m ocorrências tilo e clicar na borda inferior; e assim colocar em
do 10{1,3} localiza 10, cada borda um tipo diferente de estilo, com cores
{n,m} e espessuras diferentes, se assim desejarmos.
caractere ou 100 e 1000.
expressão anterior
A guia “Borda da Página”, desta janela, nos traz re-
Uma ou mais cursos semelhantes aos que vimos na Guia Bordas. A di-
ocorrências do ca@tinga localiza ferença é que se trata de criar bordas na página de um
@
caractere ou catinga e caatinga. documento e não em uma tabela.
expressão anterior Outra opção diferente nesta guia, é o item Arte. Com
ele, podemos decorar nossa página com uma borda que
O grupo tabela é muito utilizado em editores de tex- envolve vários tipos de desenhos.
to, como por exemplo a definição de estilos da tabela. Alguns desses desenhos podem ser formatados
com cores de linhas diferentes, outros, porém não per-
mitem outras formatações a não ser o ajuste da largura.
Podemos aplicar as formatações de bordas da página
no documento todo ou apenas nas sessões que desejar-
mos, tendo assim um mesmo documento com bordas
Figura 10: Estilos de Tabela em uma página, sem bordas em outras ou até mesmo
bordas de página diferentes em um mesmo documento.
Fornece estilos predefinidos de tabela, com formata-
ções de cores de células, linhas, colunas, bordas, fontes 5. Grupo Ilustrações:
e demais itens presentes na mesma. Além de escolher
um estilo predefinido, podemos alterar a formatação do
sombreamento e das bordas da tabela.
Com essa opção, podemos alterar o estilo da borda,
a sua espessura, desenhar uma tabela ou apagar partes
de uma tabela criada e alterar a cor da caneta e ainda,
clicando no “Escolher entre várias opções de borda”, para
exibir a seguinte tela:

Figura 12: Grupo Ilustrações

1 – Inserir imagem do arquivo: permite inserir no teto


uma imagem que esteja salva no computador ou
em outra mídia, como pendrive ou CD.
2 – Clip-art: insere no arquivo imagens e figuras
que se encontram na galeria de imagens do Word.
3 – Formas: insere formas básicas como setas, cubos,
elipses e outras.
4 – SmartArt: insere elementos gráficos para co-
municar informações visualmente.
5 – Gráfico: insere gráficos para ilustrar e comparar
dados.
Figura 11: Bordas e sombreamento
6. Grupo Links:
Na janela Bordas e sombreamento, no campo “Defi-
nição”, escolhemos como será a borda da nossa tabela: Inserir hyperlink: cria um link para uma página da
- Nenhuma: retira a borda; Web, uma imagem, um e – mail. Indicador: cria um indi-
- Caixa: contorna a tabela com uma borda tipo caixa; cador para atribuir um nome a um ponto do texto. Esse
- Todas: aplica bordas externas e internas na tabela indicador pode se tornar um link dentro do próprio do-
iguais, conforme a seleção que fizermos nos de- cumento.
mais campos de opção; Referência cruzada: referência tabelas.
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Grade: aplica a borda escolhida nas demais opções Grupo cabeçalho e rodapé:
da janela (como estilo, por exemplo) ao redor da Insere cabeçal
tabela e as bordas internas permanecem iguais. hos, rodapés e números de páginas.
- Estilo: permite escolher um estilo para as bordas
da tabela, uma cor e uma largura.
- Visualização: através desse recurso, podemos defi-
nir bordas diferentes para uma mesma tabela. Por
exemplo, podemos escolher um estilo e, em visua-
lização, clicar na borda superior; escolher outro es-

28
Grupo texto: 5 – Dicionário de sinônimos: oferece a opção de alte-
rar a palavra selecionada por outra de significado
igual ou semelhante.
6 – Traduzir: faz a tradução do texto selecionado para
outro idioma.
7 – Ortografia e gramática: faz a correção ortográfica
e gramatical do documento. Assim que clicamos
na opção “Ortografia e gramática”, a seguinte tela
será aberta:

Figura 13: Grupo Texto

1 – Caixa de texto: insere caixas de texto pré-forma-


tadas. As caixas de texto são espaços próprios para
inserção de textos que podem ser direcionados
exatamente onde precisamos. Por exemplo, na fi-
gura “Grupo Texto”, os números ao redor da figura,
do 1 até o 7, foram adicionados através de caixas
de texto.
2 – Partes rápidas: insere trechos de conteúdos reuti-
lizáveis, incluindo campos, propriedades de docu-
mentos como autor ou quaisquer fragmentos de
texto pré-formado.
3 – Linha de assinatura: insere uma linha que serve
como base para a assinatura de um documento.
4 – Data e hora: insere a data e a hora atuais no do-
cumento.
5 – Insere objeto: insere um objeto incorporado.
6 – Capitular: insere uma letra maiúscula grande no
início de cada parágrafo. É uma opção de forma-
tação decorativa, muito usada principalmente, em
livros e revistas. Para inserir a letra capitular, bas-
ta clicar no parágrafo desejado e depois na opção Figura 15: Verificar ortografia e gramática
“Letra Capitular”. Veja o exemplo:
A verificação ortográfica e gramatical do Word, já
Neste parágrafo foi inserida a letra capitular busca trechos do texto ou palavras que não se enqua-
drem no perfil de seus dicionários ou regras gramaticais
7. Guia revisão e ortográficas. Na parte de cima da janela “Verificar orto-
grafia e gramática”, aparecerá o trecho do texto ou pa-
7.1. Grupo revisão de texto lavra considerada inadequada. Em baixo, aparecerão as
sugestões. Caso esteja correto e a sugestão do Word não
se aplique, podemos clicar em “Ignorar uma vez”; caso a

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


regra apresentada esteja incorreta ou não se aplique ao
trecho do texto selecionado, podemos clicar em “Ignorar
regra”; caso a sugestão do Word seja adequada, clicamos
em “Alterar” e podemos continuar a verificação de orto-
grafia e gramática clicando no botão “Próxima sentença”.
Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho,
indicando que o Word a considera incorreta, podemos
apenas clicar com o botão direito do mouse sobre ela e
Figura 14: Grupo revisão de texto verificar se uma das sugestões propostas se enquadra.

1 – Pesquisar: abre o painel de tarefas viabilizando


pesquisas em materiais de referência como jornais, #FicaDica
enciclopédias e serviços de tradução.
2 – Dica de tela de tradução: pausando o cursor sobre Por exemplo, a palavra informática. Se
algumas palavras é possível realizar sua tradução clicarmos com o botão direito do mouse
para outro idioma. sobre ela, um menu suspenso nos será
3 – Definir idioma: define o idioma usado para realizar mostrado, nos dando a opção de escolher
a correção de ortografia e gramática. a palavra informática. Clicando sobre ela, a
4 – Contar palavras: possibilita contar as palavras, os palavra do texto será substituída e o texto
caracteres, parágrafos e linhas de um documento. ficará correto.

29
8. Grupo comentário: - Impressão Rápida – envia o documento diretamente
para a impressora configurada como padrão e não
Novo comentário: adiciona um pequeno texto que abre opções de configuração.
serve como comentário do texto selecionado, onde é - Visualização da Impressão – promove a exibição do
possível realizar exclusão e navegação entre os comen- documento na forma como ficará impresso, para
tários. que possamos realizar alterações, caso necessário.

9. Grupo controle:

Figura 16: Grupo controle

1 – Controlar alterações: controla todas as alterações


feitas no documento como formatações, inclusões,
exclusões e alterações.
2 – Balões: permite escolher a forma de visualizar as
alterações feitas no documento com balões no
próprio documento ou na margem.
3 – Exibir para revisão: permite escolher a forma de
exibir as alterações aplicadas no documento.
4 – Mostrar marcações: permite escolher o tipo de
marcação a ser exibido ou ocultado no documen-
to. Figura 18: Imprimir
5 – Painel de revisão: mostra as revisões em uma tela
separada. As opções que temos antes de imprimir um arqui-
vo estão exibidas na imagem acima. Podemos escolher
10. Grupo alterações: a impressora, caso haja mais de uma instalada no com-
putador ou na rede, configurar as propriedades da im-
pressora, podendo estipular se a impressão será em alta
qualidade, econômica, tom de cinza, preto e branca, en-
tre outras opções.
Escolhemos também o intervalo de páginas, ou seja,
se desejamos imprimir todo o documento, apenas a pá-
gina atual (página em que está o ponto de inserção), ou
um intervalo de páginas. Podemos determinar o número
de cópias e a forma como as páginas sairão na impres-
Figura 17: Grupo alterações são. Por exemplo, se forem duas cópias, determinamos
se sairão primeiro todas as páginas de número 1, depois
1 – Rejeitar: rejeita a alteração atual e passa para a as de número 2, assim por diante, ou se desejamos que
próxima alteração proposta. a segunda cópia só saia depois que todas as páginas da
2 – Anterior: navega até a revisão anterior para que primeira forem impressas.
seja aceita ou rejeitada.
3 – Próximo: navega até a próxima revisão para que
possa ser rejeitada ou aceita. #FicaDica
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

4 – Aceitar: aceita a alteração atual e continua a nave-


gação para aceitação ou rejeição. Perguntas de intervalos de impressão são
constantes em questões de concurso!
Para imprimir nosso documento, basta clicar no bo-
tão do Office e posicionar o mouse sobre o ícone “Im-
primir”. Este procedimento nos dará as seguintes opções:
- Imprimir – onde podemos selecionar uma impresso-
ra, o número de cópias e outras opções de confi-
guração antes de imprimir.

30
Word 2013

Vejamos abaixo alguns novos itens implementados na plataforma Word 2013:


Modo de leitura: o usuário que utiliza o software para a leitura de documentos perceberá rapidamente a diferença,
pois seu novo Modo de Leitura conta com um método que abre o arquivo automaticamente no formato de tela cheia,
ocultando as barras de ferramentas, edição e formatação. Além de utilizar a setas do teclado (ou o toque do dedo nas
telas sensíveis ao toque) para a troca e rolagem da página durante a leitura, basta o usuário dar um duplo clique sobre
uma imagem, tabela ou gráfico e o mesmo será ampliado, facilitando sua visualização. Como se não bastasse, clicando
com o botão direito do mouse sobre uma palavra desconhecida, é possível ver sua definição através do dicionário
integrado do Word.
Documentos em PDF: agora é possível editar um documento PDF no Word, sem necessitar recorrer ao Adobe Acro-
bat. Em seu novo formato, o Word é capaz de converter o arquivo em uma extensão padrão e, depois de editado, sal-
vá-lo novamente no formato original. Esta façanha, contudo, passou a ser de extensa utilização, pois o uso de arquivos
PDF está sendo cada vez mais corriqueiro no ambiente virtual.
Interação de maneira simplificada: o Word trata normalmente a colaboração de outras pessoas na criação de um
documento, ou seja, os comentários realizados neste, como se cada um fosse um novo tópico. Com o Word 2013 é
possível responder diretamente o comentário de outra pessoa clicando no ícone de uma folha, presente no campo de
leitura do mesmo. Esta interação de usuários, realizada através dos comentários, aparece em forma de pequenos balões
à margem documento. Compartilhamento Online: compartilhar seus documentos com diversos usuários e até mesmo
enviá-lo por e-mail tornou-se um grande diferencial da nova plataforma Office 2013. O responsável por esta apresen-
tação online é o Office Presentation Service, porém, para isso, você precisa estar logado em uma Conta Microsoft para
acessá-lo. Ao terminar o arquivo, basta clicar em Arquivo / Compartilhar / Apresentar Online / Apresentar Online e
o mesmo será enviado para a nuvem e, com isso, você irá receber um link onde poderá compartilhá-lo também por
e-mail, permitindo aos demais usuários baixá-lo em formato PDF.
Ocultar títulos em um documento: apontado como uma dificuldade por grande parte dos usuários, a rolagem e
edição de determinadas partes de um arquivo muito extenso, com vários títulos, acabou de se tornar uma tarefa mais
fácil e menos desconfortável. O Word 2013 permite ocultar as seções e/ou títulos do documento, bastando os mesmos
estarem formatados no estilo Títulos (pré-definidos pelo Office). Ao posicionar o mouse sobre o título, é exibida uma
espécie de triângulo a sua esquerda, onde, ao ser clicado, o conteúdo referente a ele será ocultado, bastando repetir a
ação para o mesmo reaparecer.
Enfim, além destas novidades apresentadas existem outras tantas, como um layout totalmente modificado, focado
para a utilização do software em tablets e aparelhos com telas sensíveis ao toque. Esta nova plataforma, também, abre
um amplo leque para a adição de vídeos online e imagens ao documento. Contudo, como forma de assegurar toda
esta relação online de compartilhamento e boas novidades, a Microsoft adotou novos mecanismos de segurança para
seus aplicativos, retornando mais tranquilidade para seus usuários.
O grande trunfo do Office 2013 é sua integração com a nuvem. Do armazenamento de arquivos a redes sociais, os
softwares dessa versão são todos conectados. O ponto de encontro deles é o SkyDrive, o HD na internet da Microsoft.
A tela de apresentação dos principais programas é ligada ao serviço, oferecendo opções de login, upload e down-
load de arquivos. Isso permite que um arquivo do Word, por exemplo, seja acessado em vários dispositivos com seu
conteúdo sincronizado. Até a página em que o documento foi fechado pode ser registrada.
Da mesma maneira, é possível realizar trabalhos em conjunto entre vários usuários. Quem não tem o Office instala-
do pode fazer edições na versão online do sistema. Esses e outros contatos podem ser reunidos no Outlook.
As redes sociais também estão disponíveis nos outros programas. É possível fazer buscas de imagens no Bing ou

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


baixar fotografias do Flickr, por exemplo. Outro serviço de conectividade é o SharePoint, que indica arquivos a serem
acessados e contatos a seguir baseado na atividade do usuário no Office.
O Office 365 é um novo jeito de usar os tão conhecidos softwares do pacote Office da Microsoft. Em vez de comprar
programas como Word, Excel ou PowerPoint, você agora pode fazer uma assinatura e desfrutar desses aplicativos e de
muitos outros no seu computador ou smartphone.
A assinatura ainda traz diversas outras vantagens, como 1 TB de armazenamento na nuvem com o OneDrive, mi-
nutos Skype para fazer ligações para telefones fixos e acesso ao suporte técnico especialista da Microsoft. Tudo isso
pagando uma taxa mensal, o que você já faz para serviços essenciais para o seu dia a dia, como Netflix e Spotify. Porém,
aqui estamos falando da suíte de escritório indispensável para qualquer computador.

Veja abaixo as versões do Office 365

Figura 19: Versões Office 365

31
14. LibreOffice Writer

O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e de código aberto que foi desenvolvido tendo como
base o OpenOffice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows, Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou
seja, é multiplataforma. Os aplicativos dessa suíte são:

• Writer - editor de texto;


• Calc - planilha eletrônica;
• Impress - editor de apresentações;
• Draw - ferramenta de desenho vetorial;
• Base - gerenciador de banco de dados;
• Math - editor de equações matemáticas.

O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto chamado Open Document Format for Office Applications
(ODF), que é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os formatos para Writer, Calc e Impress utilizam o
mesmo “prefixo”, que é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é a última letra. Writer → .odt (Open
Document Text); Calc → .ods (Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document Presentations).
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o conceito de menus para agrupar as funcionalidades
do aplicativo. Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante. Veja no exemplo abaixo o aplicativo
Writer.

Figura 20: Tela do Libreoffice Writer

O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a
linguagem LibreOffice Basic).
O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text).
As principais teclas de atalho do Writer são:
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

32
Destacar essa tabela devido a recorrência em cair Assinale a alternativa que contém o nome das configura-
atalhos em concurso ções modificadas entre os dois momentos apresentados
nas figuras.

A) Recuo à Direita e Recuo Especial da Primeira linha.


B) Recuo à Direita e Espaçamento Antes.
C) Recuo à Direita e Alinhamento à Direita.
D) Recuo à Esquerda e Recuo Especial da Primeira linha.
E) Recuo à Esquerda e Alinhamento à Esquerda.

A imagem a seguir mostra os números 1, 2 e 3, eles


significam respectivamente: Recuo Especial de Primei-
ra Linha, Recuo à esquerda e Recuo deslocado:

A segunda figura da questão apresenta uma configu-


ração diferente da primeira figura, no que diz respeito
ao Recuo Especial da Primeira linha e o Recuo a es-
querda.
Resposta Alternativa: D

Figura 21: Atalhos Word x Writer 2. (Técnico Judiciário, VUNESP 2017) No Microsoft
Word 2010, em sua configuração padrão, um usuário
começou a desenhar uma tabela, conforme imagem a
seguir.
EXERCÍCIOS COMENTADOS

1. (Engenheiro Civil, VUNESP 2018) Observe as ima-


gens a seguir, extraídas do MS-Word 2010, em sua con-
figuração padrão. Elas apresentam um texto em dois
momentos: ANTES e DEPOIS da aplicação de novas con- Em seguida, ele executou o seguinte procedimento: sele-
figurações de parágrafo, que podem ser acessadas a par- cionou a primeira célula, cujo conteúdo é 100, clicou no

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


tir do iniciador de caixa de diálogo, do grupo Parágrafo, ícone Dividir Células, que é encontrado em Ferramentas
da guia Página Inicial. de Tabela, guia Layout, grupo Mesclar, e, na caixa de diá-
logo Dividir Células, informou 2 colunas e 1 linha. Final-
mente, clicou em Ok.

Assinale a alternativa que apresenta o resultado correto


dessa operação.

A)

B)

33
C) Alternativa “A” está incorreta, pois ao pressionar CTR-
L+C a frase não é eliminada do documento, ela vai
para a área de transferência.
Alternativa “B” está incorreta, pois ao pressionar CTR-
L+X a frase é eliminada do documento, ela vai para a
área de transferência, é possível colar posteriormente.
D) Alternativa “C” está incorreta, pois ao pressionar CTR-
L+C a frase não é eliminada do documento, ela vai
para a área de transferência.
Alternativa “D” está incorreta, pois ao pressionar De-
lete a frase é eliminada do documento, porém não irá
para a área de transferência, logo não poderá ser co-
lada.
E) Alternativa “E” está correta, pois se o usuário pressio-
nar as teclas CTRL+X, eliminará a frase selecionada do
documento e poderá usar as teclas CTRL+V para co-
lá-la em outro ponto do documento, mantendo todas
as formatações que estavam aplicadas
Resposta Alternativa: E
A alternativa “A” estaria correta, mas está incorreta,
pois a divisão de células não divide o valor da célula.
A alternativa “B” está incorreta, pois dividiu a célula
em 3 colunas, e separou os dígitos do número incor- ______. ______. NOTA DE INSTRUÇÃO PM3-
retamente. 007/03/17. BOLETIM DE OCORRÊNCIA
A alternativa “C” está incorreta, pois não há divisões ELETRÔNICO
de células e o valor 100 foi retirado da primeira para a
segunda célula da primeira linha.
A alternativa “D” está incorreta, pois a foi mesclada as BOLETIM DE OCORRÊNCIA ELETRÔNICO.
duas primeiras células da segunda coluna da tabela.
A alternativa “E” está correta, pois apresenta o resulta- 1. REFERÊNCIAS
do para “Dividir células”, marcando 1 linha e 2 colunas. 1.1. Diretriz nº PM3-008/02/06, de 01AGO06 – Nor-
Resposta Alternativa: E mas para o Sistema Operacional de Policiamento
PM (NORSOP);
3. (Soldado PM de 2ª Classe, VUNESP 2017) Um usuá- 1.2. Nota de Instrução nº PM3-002/02/12, de 30JAN12
rio selecionou uma frase de um texto editado no Micro- – Sistemática de Geração, Fechamento (ou para
soft Word 2010, em sua configuração padrão. Essa frase Encerramento), Encerramento e Auditoria de Ocor-
tinha palavras com formatação em negrito e sublinhado. rências no Sistema de Informações Operacionais
Assinale a alternativa correta. da Polícia Militar (SIOPM);
1.3. Diretriz nº PM3-001/02/12, de 26JAN12 – Siste-
A) Ao pressionar as teclas CTRL+C, a frase seleciona da ma de Computação Embarcada [Terminais Móveis
será eliminada do documento, e o usuário poderá co- de Dados (TMD)] e Portátil [Terminais Portáteis de
lá-la em outro ponto do documento usando a tecla Dados (TPD)];
Delete, porém sem as formatações feitas previamente. 1.4. Nota de Instrução (NI) nº PM3-001/02/15, de
B) Se o usuário pressionar as teclas CTRL+X, eliminará 03SET15 – Sistemática de atuação da Polícia Militar
a frase selecionada do documento e não conseguirá no atendimento e registro de ocorrências – Reso-
colá-la usando as teclas CTRL+V, pois a frase não terá lução SSP-57/2015;
sido copiada para a Área de Transferência. 1.5. Formulário de Registro de Ocorrência (BO/PM
C) Pressionando-se as teclas CTRL+C, a frase selecionada TCO/PM) – PMO-58 – e respectivos apensos.
será eliminada do documento, mas o usuário pode-
rá colá-la em outro ponto do documento, usando as 2. FINALIDADE
teclas CTRL+V, mantendo todas as formatações que Regular a sistemática de registro de ocorrências poli-
estavam aplicadas. ciais por meio do Boletim de Ocorrência Eletrônico (BOe),
D) Se o usuário pressionar a tecla Delete, a frase sele- utilizando-se de recursos de computação embarcada e
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

cionada será eliminada do documento, mas poderá portátil.


ser colada novamente em outra parte do documento,
usando-se as teclas CTRL+V, mantendo todas as for- 3. SITUAÇÃO
matações que lhe estavam aplicadas. 3.1. a Polícia Militar, em observância aos fundamen-
E) Se o usuário pressionar as teclas CTRL+X, eliminará tos de excelência na gestão pela qualidade, busca
a frase selecionada do documento e poderá usar as a adoção de processos e padrões com base em re-
teclas CTRL+V para colá-la em outro ponto do docu- cursos tecnológicos de última geração destinados
mento, mantendo todas as formatações que estavam ao planejamento, organização, liderança e controle
aplicadas das atividades;

34
3.2. esses processos e padrões devem ser periodica- 5. MISSÃO
mente atualizados em um ciclo de aperfeiçoamen- As Unidades Operacionais da PMESP, conforme cro-
to contínuo, de forma a priorizar o bom atendi- nograma de implantação (Anexo “A”), deverão registrar
mento à sociedade, bem como valorizar o trabalho as ocorrências policiais por intermédio do BOe, utilizan-
policial-militar; do-se, para tanto, dos Terminais Móveis de Dados (TMD)
3.3. nesse sentido, a Instituição prima pelo desenvol- e Terminais Portáteis de Dados (TPD).
vimento de soluções inteligentes na área de segu-
rança pública, em especial as alicerçadas em con- 6. EXECUÇÃO
ceitos, equipamentos e inovações proporcionadas 6.1. Considerações Preliminares:
pela Tecnologia da Informação e Comunicação 6.1.1. os Comandantes das OPM de Execução, em to-
(TIC); dos os escalões, com o auxílio de oficiais e gradu-
3.4. diante desse cenário, surge a possibilidade de ados, são responsáveis pelo treinamento, capacita-
registro de ocorrências policiais através de instru- ção, implementação, orientação e fiscalização do
efetivo operacional no que se refere ao registro de
mentos tecnológicos modernos, em substituição
ocorrências policiais por intermédio do BOe;
aos modelos derivados de formulários impressos
6.1.2. todos os policiais militares das respectivas OPM
até então existentes, de maneira a dinamizar a ati-
deverão ser orientados no sentido de, ao serem
vidade policial-militar, mormente pela resolução
acionados pelo Centro de Operações, surpreende-
mais célere, objetiva e qualitativa das demandas rem alguém na prática de delito, forem solicitados
que impactam a prestação de serviços voltada às a atuar em ocorrência que evidencie infração pe-
diversas comunidades paulistas. nal, ou, em face das normas em vigor, tiverem que
lavrar Boletins de Ocorrências, adotar as seguintes
4. OBJETIVOS providências:
4.1. reduzir o tempo de envolvimento de Unidades de 6.1.2.1. identificar e manter o autor da infração penal
Serviço (US) e de partes interessadas em ocorrên- sob custódia;
cias policiais, otimizando meios, reduzindo custos 6.1.2.2. providenciar a imediata preservação do local,
e tornando mais célere o atendimento à popula- isolando-o adequadamente, não permitindo sua
ção; violação, mesmo por familiares, imprensa ou ou-
4.2. aumentar a presença de policiais militares em tros policiais que não façam parte da ocorrência;
suas respectivas áreas de atuação; 6.1.2.3. identificar as vítimas, bem como o produto da
4.3. propiciar melhor acesso e maior agilidade à po- infração penal;
pulação nos serviços de segurança pública ofere- 6.1.2.4. arrolar testemunhas;
cidos; 6.1.2.5. identificar outras provas de interesse para a
4.4 reduzir a subnotificação de registros pertinentes a elucidação dos fatos, apreendendo objetos corre-
infrações penais, considerando a celeridade e des- lacionados, se houver;
burocratização do processo; 6.1.2.6. elaborar, minuciosamente, no próprio local
4.5. valorizar o policial militar, aperfeiçoando seus dos fatos, o BOe, atentando para que sejam, prin-
conhecimentos e aprimorando sua prestação de cipalmente no Relatório da Autoridade Policial,
serviços; respondidos os seguintes quesitos fundamentais:
4.6. aumentar a capacidade de gerar informações em 6.1.2.6.1. O QUÊ? - descrição do fato ocorrido;
tempo real, desde as elementares até as mais com- 6.1.2.6.2. POR QUÊ? - o motivo ou razão que levou à
ocorrência do fato;

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


plexas;
6.1.2.6.3. QUANDO? - exatamente o dia e a hora em
4.7. possibilitar o acesso direto aos bancos de dados
que se desenrolou o fato;
para fins de consulta (informações sobre pessoas,
6.1.2.6.4. ONDE? - local exato do ocorrido;
veículos, armas, aparelhos celulares, etc.), sem a
6.1.2.6.5. QUEM? - as partes envolvidas na ocorrência;
dependência e intermediação do controlador do
6.1.2.6.6. COMO? - o modo pelo qual se desenrolou
Centro de Operações, liberando a rede-rádio para o fato.
outras comunicações e exigências; 6.1.3. no caso da comprovada impossibilidade do re-
4.8. melhorar o monitoramento operacional-admi- gistro do BOe no local do fato, por questões de
nistrativo, por meio, principalmente, do gerencia- segurança ou condições climáticas desfavoráveis,
mento das US e da verificação do que foi realizado o policial militar poderá realizar, mediante prévia
durante o turno de serviço; autorização do Cmt Pel / Cmt F Ptr (ou equivalen-
4.9. fornecer informações que possibilitem a extração te) ou, na falta deste, do Cmt Gp PM / CGP (ou
de relatórios operacionais e administrativos [Rela- equivalente), deslocamento a local mais seguro ou
tório de Serviço Operacional (RSO), Impresso de abrigado das intempéries, evitando-se, ao máximo,
Controle de Tráfego, etc.] e a geração de estatís- os procedimentos de registro em OPM.
ticas; 6.4. encerramento da ocorrência e validação:
4.10. possibilitar a substituição, paulatina, de formu- 6.1.4.1. quando do encerramento da ocorrência pelo
lários impressos pelo registro eletrônico das ocor- usuário componente da US, será disponibilizado
rências. à(s) parte(s) interessada(s) um número de token1
1 Trata-se de dispositivo numérico ou alfanumérico de segu-

35
para acesso digital ao BOe no sítio eletrônico da 6.2.2. por se tratar de funcionalidade do TMD e TPD,
PMESP (www.policiamilitar.sp.gov.br – ícone: Bole- permite ao usuário pesquisas e inserções relacio-
tim de Ocorrência Eletrônico); nadas, por exemplo, a:
6.1.4.2. todavia, o BOe só poderá ser acessado pela(s) 6.2.2.1. pessoas: consulta ao nome e numeração do
parte(s) interessada(s) após validação (ver subitem Registro Geral, Cadastro de Pessoa Física e Título
“6.6.” e divisões); de Eleitor, indicando se o consultado possui ante-
6.1.4.3. as vítimas e testemunhas, quando se sentirem cedentes criminais ou se é procurado pela Justiça;
coagidas ou ameaçadas em decorrência do regis- 6.2.2.2. veículos: consulta aos dados de caracteriza-
tro de crimes, se assim postularem, poderão res- ção, identificação, situação legal e administrativa
tringir o acesso a seus dados e endereços no sítio do veículo (modelo, cor, ano, placas, numeração
eletrônico da PMESP; de chassis, falta ou atraso de licenciamento, roubo,
6.1.4.4. enquanto a solução tecnológica não possibili- furto, apropriação indébita, etc.);
tar diretamente a opção pela restrição descrita no 6.2.2.3. armas: consulta pelos números da arma e/ou
do certificado de registro e porte, nome do pro-
subitem anterior, a vontade das vítimas e testemu-
prietário e respectiva situação legal do armamento
nhas deverá ser consignada no próprio Relatório
e eventuais licenças.
da Autoridade Policial, comunicando-se direta-
6.2.3. de modo a dinamizar o atendimento da ocor-
mente o Suporte Técnico (vide subitem “6.9.1.6.”)
rência, os campos do BOe são manuseados na pró-
para intervenção no sistema; pria tela do terminal, tecnologia touchscreen, atra-
6.1.4.5. o número de token previsto no subitem vés de opção determinada por quadrículas. Uma
“6.1.4.1.” não deverá ser entregue ao autor de cri- vez realizada a opção, automaticamente o sistema
mes que resultarem em prisão em flagrante delito, conduz à sequência do registro, esmaecendo ou-
enquanto persistir a sua prisão. Nesses casos, o tros campos não relacionáveis com o fato em si;
acesso às informações e dados só poderá ser fran- 6.2.4. o próprio Relatório da Autoridade Policial já é
queado a seu defensor devidamente constituído; apresentado à US de acordo com modelo previa-
quando a(s) parte(s) interessada(s) na ocorrência, mente ajustado dentre as opções de natureza de
mesmo com o número de token, contatarem as ocorrência previstas no M-16-PM (históricos-pa-
OPM comunicando eventual indisponibilidade drão). Nesse sentido, embora o sistema permita
de acesso às informações e dados registrados ajustes e inclusões no relatório, conforme peculia-
ou problemas relativos à impressão do registro, ridades existentes em cada ocorrência, tenciona-se
deverá(ão) ser orientada(s) quanto à possibilidade minimizar o critério subjetivo de registro dos fatos
de extrair(írem) cópia física do registro na própria e uniformizar textos por conta de ocorrências afins;
sede da Cia PM responsável pelo registro ou em 6.2.5. caso ocorram problemas de ordem tecnológica
outra instalação policial-militar (neste último caso, que inviabilizem a elaboração digital do BOe no
a OPM demandada deverá entrar em contato com TMD ou TPD atrelado inicialmente a determinada
a OPM onde ocorreu o lavratura para o envio de US, deve-se vincular a ocorrência a um outro TMD
cópia do registro). ou TPD, preferencialmente reserva, da sede da Cia
6.2 Definição de BOe: PM;
6.2.1. trata-se de formulário eletrônico, interligado ao 6.2.6. nas circunstâncias em que houver indisponibi-
banco de dados do Sistema de Informações Ope- lidade do SIOPM que não permita a elaboração
racionais da Polícia Militar (SIOPM), hábil ao regis- digital do BOe, a US deverá preencher, em caráter
tro de ocorrências policiais em ambiente virtual, excepcional, o Formulário Impresso (PMO-58);
6.2.7. eventualmente, o registro da ocorrência poderá
incluídas, entre outras, as típicas de policiamento
ser feito diretamente nas instalações físicas [por
ambiental, policiamento de trânsito urbano e po-
procura da(s) parte(s) interessada(s) ou necessida-
liciamento de trânsito rodoviário. Além da página
de da US], ensejando sua elaboração também por
inicial de registro da ocorrência em si (PMO-58 –
meio de um TMD ou TPD disponível na sede da Cia
folha de rosto – Anexo “C”), é composto pelos se- PM e, quando a solução tecnológica assim referen-
guintes anexos: dar, diretamente no SIOPM Web.
6.2.1.1. Qualificação dos Envolvidos – Anexo “D”; Circunstâncias Passíveis de Registro em BOe:
6.2.1.2. Registro de Apreensões – Anexo “E”; 6.3.1. nos termos das NORSOP, deve ser objeto de re-
6.2.1.3. Requisição de Exames Periciais – Anexo “F”; gistro em BOe todo e qualquer atendimento de US
6.2.1.4. Relatório da Autoridade Policial – Anexo “G”; envolvendo infração penal ou dano patrimonial,
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

6.2.1.5. Notificação de Ocorrência (NOc) – Anexo “H”; ou, ainda, nos casos de preservação de direitos;
6.2.1.6. Registro de Ocorrência de Trânsito – Anexo “I”; 6.3.2. é dispensável a elaboração do BOe (exceto nas
6.2.1.7. Registro de Ocorrência Ambiental – Anexo “J”; ocorrências de trânsito e de preservação de direi-
6.2.1.8. Auto de Infração Ambiental – Anexo “K”; tos) quando a ocorrência tiver os seguintes resul-
6.2.1.9 Registro Fotográfico Ambiental – Anexo “L”; tados:
6.2.1.10. Controle de Aditamentos – Anex o “M”. (Re- 6.3.2.1. ocorrência sem infração penal: em que não há
vogado pela O Comp nº PM3-001/03/19) indícios de infração penal e os policiais militares,
rança pessoal que consiste em senha de proteção para aces- com sua atuação, solucionaram satisfatoriamente
so a determinado arquivo pelo usuário.
a circunstância;

36
6.3.2.2. sem intervenção: a US, ao chegar ao local, não 6.4.1.5. a composição da US, no caso do TMD, deve
atua por ser desnecessária sua intervenção. Neste estar em conformidade com a escala de serviço,
caso incluem-se os resultados “NADA MAIS HA- incluindo viatura, efetivo e território, no turno de
VIA” ou “NADA CONSTATADO”; serviço correspondente, e, quando houver, com
6.3.2.3. duplicidade de chamada: quando constatado suas alterações;
o duplo despacho de US para uma mesma ocor- 6.4.1.6. a composição da US, no caso do TPD, deve
rência, sendo um deles cancelado; estar em conformidade com a escala de serviço,
6.3.2.4. endereço inexistente: quando a US não locali- incluindo efetivo, o qual estará vinculado ao res-
za o endereço fornecido pelo solicitante; pectivo terminal, e território, no turno de serviço
6.3.2.5. trote com despacho: no local do fato, a US correspondente, e, quando houver, com suas alte-
rações;
verifica que ninguém solicitou a presença da Polí-
6.4.1.7. os terminais precisam estar patrimoniados;
cia Militar e o fato noticiado, portanto, não existe.
6.4.1.8. realizados esses procedimentos, será possível
Nesses casos, o Centro de Operações deve em-
acessar o sistema BOe e visualizar as ocorrências
penhar-se em tentar localizar o solicitante, confir- pendentes de atendimento.
mando-se o trote ou não; Definição dos Usuários do TMD e TPD:
6.3.2.6. encaminhamento de pessoas ou dados: quan- 6.5.1. usuário do Serviço de Dia ou equivalente:
do a US apenas encaminhou pessoas ou dados ao É o responsável pela inclusão dos componentes da
Distrito Policial, não havendo indícios de infração US no SIOPM diariamente, condição imprescindí-
penal; vel para o acesso e elaboração do BOe pela US.
6.3.2.7. condução a pronto socorro, hospital ou con- 6.5.2. usuário componente da US:
gênere: quando, não havendo indício de infração Possui acesso aos aplicativos do TMD ou TPD. Logo, é
penal, a US somente efetua auxílio ao público na quem elabora o BOe.
condução a Centro de Saúde; 6.5.3. usuário validador (oficial Cmt Cia PM ou equi-
6.3.2.8. condução a outros órgãos públicos: quando, valente):
não havendo indício de infração penal, a US ape- Possui acesso ao SIOPM Web – módulo composição
nas encaminha pessoas a outros órgãos públi- de US – e ao COPOM ON-LINE – módulo mapa-
cos (Polícia Federal, Juizados, Órgãos Assistenciais, -força –, aos aplicativos replay, rastro, relatório de
etc.). viaturas e relatório de consultas. Uma vez dispo-
nibilizado o BOe pela US (encerramento da ocor-
6.3.3. nas circunstâncias previstas no subitem “6.3.2.”
rência), o Cmt Cia PM (ou equivalente) deverá
e divisões, o registro dar-se-á por meio do Relató-
validá-lo, complementando-o, se necessário, para
rio de Serviço Operacional (RSO);
fins de disponibilização da ocorrência à(s) parte(s)
6.3.4. quando do registro de ocorrências policiais de- interessada(s). (Alterado pela O Comp nº PM3-
verá ser observado o preceituado no Manual de 001/03/19)
Codificação de Ocorrência da Polícia Militar (M-16- 6.5.4. usuário despachador do Centro de Operações:
-PM), mais especificamente na Tabela de Natureza Trata-se de policial militar com acesso aos Sistemas
de Ocorrências, publicada no Bol G PM nº 188, de Inteligentes e com atribuição para controlar, em
04OUT17, e eventuais alterações decorrentes; tempo real, a localização das US, a fim de verificar
6.3.5. a elaboração do BOe de preservação de direitos o recebimento dos dados iniciais de ocorrências
deve restringir-se ao relato do fato verificável pe- e realizar o empenho das US, nos casos de ino-
los integrantes da US, constando-se, no Relatório perância do TMD ou TPD, conforme as demandas
existentes. É também o responsável por colaborar

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


da Autoridade Policial, a expressão inicial “para fins
de preservação de direitos”. com o suporte de dados ofertados à US para a ela-
Condições para Registro de Ocorrências em BOe: boração final do BOe.
6.4.1. conforme anteriormente disposto, o BOe, por 6.6. Validação do BOe:
regra, será registrado através do TMD ou TPD, ou, 6.6.1. de competência do usuário validador, refere-se
se em instalação física, por meio do SIOPM Web à análise das informações e dados da ocorrência,
por meio das aplicações do SIOPM Web, visando
(quando disponível), o que requer as seguintes
verificar se a circunstância registrada corresponde
providências:
com precisão a um evento real, possibilitando a va-
6.4.1.1. as bases de dados do SIRH (cadastro dos po-
lidação e/ou o complemento dessas informações e
liciais militares e respectivas funções) e SIPL (TMD, dados, na seguinte conformidade: (Alterado pela O
TPD e cadastro de viaturas) deverão ser atualizadas Comp nº PM3-001/03/19)
pela própria OPM; 6.6.1.1. validação do BOe: ato por meio do qual há
6.4.1.2. todas as viaturas deverão ter prefixos cadas- a anuência do Cmt Cia PM (ou equivalente) acer-
trados no SIPL; ca das informações e dados registrados. Deve
6.4.1.3. a US precisa estar virtualmente criada no SIO- ocorrer até o 1º dia útil subsequente ao registro
PM, mediante registro pelo usuário do Serviço de em si, a partir do que a(s) parte(s) legitimamen-
Dia (ou equivalente) ou pelo próprio usuário com- te interessada(s) na ocorrência poderá(ão) ter
ponente da US, para a composição de mapa-foça; acesso ao registro por intermédio do número
6.4.1.4. quando da composição no SIOPM, deverá ser do token transmitido pela US na ocasião do aten-
indicado um titular para cada US; dimento;

37
6.6.1.2. complemento do BOe: será registrado por meio de BOe complementar e realizado, preferencialmente,
no ato de sua validação pelo Cmt Cia PM (ou equivalente). Entretanto, considerando dados e informações su-
pervenientes que possam impactar o registro inicial também poderá ser processado posteriormente ao prazo
indicado no subitem anterior. O complemento permite duas possibilidades, a saber: (NR dada pela O Comp nº
PM3-001/03/19)
6.6.1.2.1. complemento de informações e dados: quando for verificada pelo usuário validador eventual lacuna no
BOe não registrada originalmente pelo usuário componente da US;
6.6.1.2.2. retificação de informações e dados: quando for verificada pelo usuário validador eventual não conformi-
dade no registro processado pelo usuário componente da US.
6.6.2. além das duas possibilidades anteriormente destacadas, ambas de iniciativa do usuário validador, também há
a hipótese de o complemento ser proposto por uma da(s) parte(s) interessada(s) na ocorrência ou pelo próprio
usuário componente da US, ocasião em que a solicitação de complemento será encaminhada para análise do
Cmt Cia PM (ou equivalente), preferencialmente embasado por cópia de documentos comprobatórios. Convém
ressaltar que a decisão final pelo complemento é sempre do Cmt Cia PM (ou equivalente); (NR dada pela O Comp
nº PM3-001/03/19)
6.6.3. todos os campos alterados ou retificados deverão ser justificados no Relatório da Autoridade Policial, con-
signando, logo abaixo do histórico da ocorrência, os motivos pelos quais foram efetuadas as alterações, bem
como especificando “o quê” e “em qual formulário” a modificação foi processada. (NR dada pela O Comp nº
PM3-001/03/19)
6.6.4. qualquer que seja a natureza ou origem do complemento, este deverá ser registrado em novo BOe, contendo
a informação ou dado que será alterado ou retificado. Nesse caso, será(ão) preenchido(s) o(s) campo(s) do anexo
em que a não conformidade foi constatada, anulando-se os demais; (NR dada pela O Comp nº PM3-001/03/19)
6.6.5. ainda no que se refere à indisponibilidade do sistema, os BOe complementares só poderão ser elaborados ele-
tronicamente, tendo em vista a obrigatoriedade de se localizar os dados originais da ocorrência para efetivação
do complemento. Para tanto, o usuário deverá: (NR dada pela O Comp nº PM3-001/03/19)
6.6.5.1. informar, no sistema, se o registro refere-se a um novo BOe ou a um BOe complementar: (Incluído
pela O Comp nº PM3-001/03/19)

6.6.5.2. em seguida, constar os dados da ocorrência original que se deseja complementar:


(Incluído pela O Comp nº PM3-001/03/19)

6.6.6. os complementos ao BOe só poderão ser efetuados em relação à ocorrência original. O sistema não permitirá
complemento a outro BOe complementar; (Incluído pela O Comp nº PM3-001/03/19)
6.6.7. ao gerar um BOe complementar, o original passará a constar com a seguinte inscrição na parte superior da
folha de rosto: (Incluído pela O Comp nº PM3-001/03/19)
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

38
6.6.8. o BOe complementar presta-se exclusivamente à inclusão e correção de dados ou informações relacionadas
à ocorrência registrada originalmente. Eventuais não conformidades associadas ao uso da Língua Portuguesa
(grafia, sintaxe ou digitação) deverão ser efetuadas pelo Cmt Cia PM (ou equivalente), no campo “despacho”,
disponível na versão eletrônica; (Incluído pela O Comp nº PM3-001/03/19)
6.6.9. o registro original do usuário componente da US em hipótese alguma será modificado pelo usuário validador;
(Incluído pela O Comp nº PM3-001/03/19)
6.6.10. a validação do BOe somente poderá ser transferida a outro escalão de supervisão ou comandamento, que
não o Cmt Cia PM (ou equivalente), por deliberação expressa do G Cmdo correspondente, devendo ser comu-
nicada ao Coord Op PM para fins de controle e regulada em documento de Estado-Maior próprio. Nos casos
de transferência da competência pela validação, deve-se levar em conta o princípio da uniformidade, ou seja, a
nova disposição deverá ser válida para todas as OPM subordinadas ao G Cmdo. (Incluído pela O Comp nº PM3-
001/03/19)
Comunicação Formal das Ocorrências Tipificadas na Resolução SSP-57/15:
6.7.1. de acordo com a NI de referência “1.4.”, a comunicação formal dos fatos (que difere da apresentação pessoal)
ao Delegado de Polícia dar-se-á nas ocorrências criminais de mera transmissão de dados, que compreendem:
6.7.1.1. aquelas disponibilizadas no sítio eletrônico (link Delegacia Eletrônica) da Secretaria da Segurança Pública;
6.7.1.2. aquelas infrações penais que, exauridas as medidas da Polícia Militar, requeiram somente providências
da Polícia Civil (vide detalhamento na NI mencionada).
6.7.2. por comunicação formal entenda-se o envio do BOe, via SIOPM, em conexão com os Sistemas Informatiza-
dos da Polícia Civil, preferencialmente por meio do Registro Digital de Ocorrências (RDO), ao Distrito Policial
correspondente até o 1º dia útil posterior aos fatos registrados, sem necessidade de apresentação pessoal da
ocorrência;
6.7.3. enquanto a conexão descrita no subitem anterior não for efetivada, o registro em BOe, para as ocorrências
de mera transmissão de dados, deverá ser impresso e encaminhado ao respectivo Distrito Policial, via ofício, de
acordo com o prazo determinado no subitem anterior.

Formulário Impresso (PMO-58):

6.8.1. nas circunstâncias em que houver indisponibilidade do SIOPM, ou problemas de ordem tecnológica que in-
viabilizem a elaboração do BOe, a US deverá preencher o Formulário Impresso (PMO-58), vide referência “1.5.”,

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


para registro do fato;
6.8.2. nessa hipótese, os integrantes da US, dadas as características da ocorrência, deverão utilizar-se somente dos
anexos do formulário que possuam correlação com o atendimento em si;
6.8.3. tecnicamente, são comuns a qualquer ocorrência policial as seguintes partes do Formulário Impresso (PMO-
58): folha de rosto, qualificação dos envolvidos e relatório da autoridade policial;
6.8.4. nas ocorrências em que houver apreensão de objetos, deverá ser preenchido o correspondente registro de
apreensões;
6.8.5 quando, nos termos da Nota de Instrução de referência “1.4.”, tratar-se de registro de ocorrências de mera
transmissão de dados, flagrante facultativo e auto localizado mediante comparecimento do proprietário ao local
dos fatos, deverá ser preenchida a Notificação de Ocorrência (NOc) no BOe, a qual será entregue à(s) parte(s)
interessada(s) mediante formulário obtido por meio da impressora térmica instalada nas viaturas. Caso as viatu-
ras não disponham de impressora térmica, deverá ser preenchido o formulário físico da NOc, sendo entregue,
neste formato, à(s) parte(s) interessada(s). O recibo de entrega da NOc deverá ser arquivado, em formato físico
e digital, na sede da Cia PM;
6.8.6. nas ocorrências de trânsito urbano ou rodoviário atendidas por US de qualquer OPM autorizada à elaboração
do BOe, será elaborado o respectivo Registro de Ocorrência de Trânsito;
6.8.7. nas ocorrências típicas de infração ambiental, mediante apoio de policiais militares do CPAmb ou OPM subor-
dinadas, deverão ser preenchidos, no que couber, o Registro de Ocorrência Ambiental, Auto de Infração Ambien-
tal e Registro Fotográfico Ambiental;

39
6.8.8. por ocasião da complementação ou retificação de campos da ocorrência pelo usuário validador, nos termos
do subitem “6.6.” e divisões, as razões motivadoras deverão ser descritas no Relatório da Autoridade Policial, após
o histórico da ocorrência. (NR dada pela O Comp nº PM3-001/03/19)
6.8.8.1. todos os BOe complementares vinculados à ocorrência original serão automaticamente elencados pelo
sistema, em campo específico para fácil identificação, no Relatório da Autoridade Policial, onde constará o(s)
número(s) do(s) BOe complementar(es), a(s) data(s) de elaboração, seguido do número token disponibilizado ao
solicitante: (Incluído pela O Comp nº PM3-001/03/19)

6.9. Implantação do BOe:


6.9.1. a implantação do BOe seguirá o planejamento previsto no respectivo cronograma (Anexo “A”) e seu desen-
volvimento dar-se-á da seguinte forma:
6.9.1.1. Apoio e Regras de Negócio:
6.9.1.1.1. trata-se da definição de requisitos para a atualização constante do software relacionado à operacionaliza-
ção do BOe, cujo objetivo é recepcionar eventuais inconsistências relativas a aspectos operacionais, analisá-las e
apontar as soluções mais adequadas;
6.9.1.1.2. do mesmo modo, a equipe de Apoio e Regras de Negócio terá a incumbência de primeira análise de even-
tuais não conformidades doutrinárias e normativas apontadas pelos usuários do sistema, encaminhando-as, se
for o caso, à 3ª EM/PM para os ajustes necessários;
6.9.1.1.3. a equipe, entre outros, deverá verificar o status de cumprimento do cronograma de trabalho, mantendo o
Gerente do Projeto atualizado a respeito do desenvolvimento da implantação do BOe, além dos ajustes necessá-
rios relativos aos recursos materiais;
6.9.1.1.4. responsáveis: oficiais intermediários designados pela 3ª EM/PM, 6ª EM/PM e DTel (por intermédio do CPD),
os quais, para deliberação, deverão remeter os problemas e propostas de solução ao Gerente do Projeto.
6.9.1.2. Correção e Melhorias do Software:
6.9.1.2.1. problemas atinentes ao software em si, que requeiram análise e suporte técnico especializado, poderão
integrar atualizações a serem codificadas no sistema, pós- deliberação do Gerente do Projeto, de modo a otimi-
zar a operacionalização do BOe;
6.9.1.2.2. responsáveis: oficiais designados pela DTel (por intermédio do CPD).
6.9.1.3. Mediação:
6.9.1.3.1. trata-se da fase de planejamento, capacitação, desenvolvimento e cumprimento da sistemática de implan-
tação do BOe nas OPM;
6.9.1.3.2. responsável: oficial superior designado por cada G Cmdo (CPI, CPAmb, CPRv, CPTran, CPChq, CCB e GRPAe)
ou Cmdo (CPA);
6.9.1.3.3. o oficial em tela também terá a atribuição de:
6.9.1.3.3.1. planejar e operacionalizar as tarefas da Equipe de Implantação;
6.9.1.3.3.2. comunicar-se com a Equipe de Apoio e Regras de Negócio, reportando o desenvolvimento da sistemá-
tica nas OPM subordinadas e eventuais necessidades para sua operacionalização;
6.9.1.3.3.3. comunicar-se com a 6ª EM/PM para informar sobre as Operações Assistidas desencadeadas nas OPM
subordinadas ao G Cmdo ou Cmdo respectivo, nos termos do subitem “6.10.4.3.”.
6.9.1.4. Implantação:
6.9.1.4.1. referente à disseminação do conteúdo prático de preenchimento do BOe aos integrantes de todas as Cias
PM e sede das OPM pertencentes ao G Cmdo ou Cmdo, além da verificação da infraestrutura necessária para o
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

desenvolvimento da sistemática em cada local de implantação;


6.9.1.4.2. a equipe será composta por 3 integrantes, preferencialmente, 1 Sgt PM e 2 Cb/Sd PM, devidamente ca-
pacitados pelo CPD, vinculados ao Gabinete de Treinamento do Grande Comando ou Comando e empregados
exclusivamente para esta função durante a implantação e consolidação da sistemática;
6.9.1.4.3. para a função, deverão ser selecionados policiais militares que:
6.9.1.4.3.1. não tenham a previsão de afastar-se para a inatividade durante o processo de implantação e
consolidação da sistemática;
6.9.1.4.3.2. possuam boa capacidade de comunicação e conhecimento em telemática.
6.9.1.4.2. responsáveis:

40
6.9.1.4.2.1. DTel (por intermédio do CPD): deverá ca- 6.9.1.6.3. os problemas detectados na tecnologia de
pacitar as Equipes de Implantação, estabelecer pa- implantação, desde que não solucionados de acor-
drões, coordenar, orientar e assessorar os policiais do com os recursos empenhados, deverão ser al-
militares diretamente envolvidos na sistemática do çados pelo Suporte Técnico à equipe de Correção
BOe; e Melhorias do Software;
6.9.1.4.2.2. Equipe de Implantação: será estruturada 1 6.9.1.6.4. eventuais não conformidades doutrinárias
Equipe de implantação por CPA, CPI, CPAmb, CPRv e normativas deverão ser reportadas à equipe de
e CPTran. Apoio e Regras de Negócio para análise e, poste-
6.9.1.4.3. o treinamento da Equipe de Implantação, a riormente, remetidas à 3ª EM/PM para estudos e
se realizar em local designado pelo CPD, terá a du- solução.
ração de 5 dias e dar-se-á, seu início, 15 dias antes 6.9.1.6.5. responsáveis:
da data planejada para a respectiva implantação 6.9.1.6.5.1. DTel (por meio do CPD): deverá designar
(vide Anexo “A”). oficial intermediário para atuar, via canal técnico,
6.9.1.5. Capacitação: na assessoria das Equipes de Implantação, dos
6.9.1.5.1. a capacitação de policiais militares hábeis ao Mediadores e dos próprios Usuários componentes
das US;
registro de ocorrências por meio do BOe envolverá
6.9.1.6.5.2. CPC e CPM: deverão designar, cada, 2 Cb/
3 níveis, a saber:
Sd PM, que ficarão à disposição do CPD, através
6.9.1.5.1.1. Treinamento a Distância Propriamente
do help desk, a fim de auxiliar no atendimento dos
Dito (inicia-se, em regra, 10 dias antes da implan-
usuários.
tação nas OPM e perdura durante todo o período 6.9.1.7. Operação Assistida:
do projeto): como etapa preparatória para o nível 6.9.1.7.1. trata-se do acompanhamento, in loco, da
presencial, utilizando-se do processo de Educação atuação das US no registro de ocorrências por in-
a Distância (EaD), o treinamento deverá apresen- termédio do BOe;
tar aos policiais militares orientações básicas sobre 6.9.1.7.2. tem por finalidade supervisionar a execução
a utilização do software de registro de ocorrên- dos registros em BOe, prestar assistência naquilo
cias, bem como conscientizar os policiais militares que se fizer necessário e reafirmar a capacitação
quanto à importância do projeto em si e da efetiva dos policiais militares sobre as funcionalidades a
colaboração de cada um no processo de registro eles disponibilizadas, esclarecendo eventuais dúvi-
eletrônico das ocorrências; das, em especial durante o período inicial de ela-
6.9.1.5.1.2. Presencial (durante todo o período de im- boração do registro pelas Cia PM;
plantação): a capacitação presencial dos policiais 6.9.1.7.3. responsável: será planejada e acompanhada
militares será incumbência do Oficial Mediador e pelo Coord Op Btl, que deverá reportar-se ao Ofi-
da Equipe de Implantação do respectivo G Cmdo cial Mediador a fim de comunicar o andamento e o
ou Cmdo. Esta etapa deverá abordar as soluções resultado da implantação.
mais adequadas para as necessidades do software 6.9.1.8. Aquisições e Contratações:
de registro de ocorrência, além de esclarecer as US 6.9.1.8.1. as aquisições de equipamentos e tecno-
sobre os procedimentos relativos à implantação da logias, bem como as contratações de eventuais
nova sistemática, desenvolver canais de comunica- serviços de manutenção, serão processadas da se-
ção entre os usuários do sistema e divulgar a pos- guinte forma:
sibilidade de recurso ao Suporte Técnico; 6.9.1.8.1.1. aquisições de equipamentos e tecnologias:
6.9.1.5.1.3. Estágio de Atualização Profissional (EAP) UGE do CPD; 6.9.1.8.1.2. serviços de manutenção:

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


(a partir de janeiro de 2018): com foco no aprimo- UGE do CTel.
ramento e ajuste dos saberes assimilados pelos Atribuições Particulares:
6.10.1. Coord Op PM:
policiais militares nos níveis anteriores, a rigor será
6.10.1.1. supervisionar a atuação da Polícia Militar
realizado por meio do processo EaD, com previsão
no tocante à rotina de registro de ocorrências por
de uma única aula presencial para melhor elucidar
meio do BOe;
os procedimentos operacionais relativos à siste-
6.10.1.2. com o apoio da DTel, criar mecanismos para
mática do BOe. mensurar os resultados obtidos com a implantação
6.9.1.5.2. o Treinamento a Distância Propriamente do BOe, comparando os dados existentes antes e
Dito e o EAP ficarão a cargo da DEC; os apurados depois da implantação da sistemática
6.9.1.6. Suporte Técnico: regulada pela presente NI, em especial os referen-
6.9.1.6.1. trata-se da disponibilização diuturna de ser- tes à(ao):
viço de orientação aos policiais militares compo- 6.10.2.1. distância (média) percorrida pelas viaturas e
nentes das US e reparação de problemas por meio os custos desses deslocamentos;
do canal de comunicação 0800 [Central de Serviços 6.10.1.2.2. tempo (médio) de empenho das US nos
de TIC 0800 738 0190, SAU_BOe_1 (11) 95081-8146 atendimentos de ocorrências, considerando que o
e SAU_BOe_2 (11) 96403-6104]; BOe é, por regra, elaborado no local dos fatos;
6.9.1.6.2. o Suporte Técnico realizará, igualmente, a 6.10.1.2.3. impacto nos resultados obtidos da ativida-
manutenção periódica das tecnologias emprega- de executada rotineiramente pelas OPM Terr, Rv,
das no BOe; Tran e Amb com a implantação do BOe.

41
6.10.1.3. enviar, mensalmente, ao Subcmt PM relató- 6.10.5.3. sistematizar a revisão e atualização de todos
rio contendo os resultados obtidos com a implan- os conteúdos programáticos dos cursos e estágios
tação do BOe. da PMESP que possam ser influenciados pela pre-
6.10.2. C Com Soc: sente sistemática;
6.10.2.1. reforçar a elaboração de programas de atua- 6.10.5.4. por intermédio dos OAES subordinados, fo-
ção e divulgação junto à mídia; mentar a realização de reuniões didático- peda-
6.10.2.2. desenvolver programas de conscientização gógicas descentralizadas, envolvendo instrutores
para o público interno; de procedimentos operacionais padrão, visando
6.10.2.3. acompanhar a publicação de manifestações uniformizar os parâmetros operacionais regionais
acerca do preenchimento do BOe; ou especializados que tenham correlação com os
6.10.2.4. constituir Comitê de Administração de Crise assuntos tratados nesta NI;
6.10.5.5. disponibilizar, mediante concurso da DTel,
de Imagem (CACI), bem como adotar procedimen-
o Treinamento a Distância Propriamente Dito, na
tos de comunicação social diante de ocorrências
plataforma EaD, com interação assíncrona, para
e fatos relacionados ao BOe que possibilitem re- instrução dos policiais militares (vide subitem
sultados danosos à imagem da Polícia Militar, nos “6.9.1.5.1.1.”);
termos da Diretriz nº PM5-001/55/09, de 27ABR09. 6.10.5.6. organizar e disponibilizar conteúdos para
6.10.3. 3ª EM/PM: instrução dos policiais militares no EAP, reestru-
6.10.3.1. analisar eventuais propostas de aprimora- turando-o no que for necessário (vide subitem
mento e alteração desta NI, em especial aquelas “6.9.1.5.1.3.”);
decorrentes de problemáticas pontuadas pela 6.10.5.7. elaborar relatório mensal de avaliação da
equipe de Apoio e Regras de Negócio, assessoran- eficácia do aprendizado por meio da plataforma
do o Cmdo G na deliberação acerca da necessida- EaD (Treinamento a Distância Propriamente Dito
de de ajustes a serem procedidos; e EAP), contemplando os públicos capacitados,
6.10.3.2. designar oficial intermediário para compor a encaminhando-o ao Subcmt PM.
Equipe de Apoio e Regras de Negócio (vide subi- 6.10.6. DFP:
tem “6.9.1.1.” e divisões). Atender as necessidades das OPM envolvidas na sis-
6.10.4. 6ª EM/PM: temática de atuação regulada pela presente NI,
6.10.4.1. adotar as medidas necessárias à revisão/atu- provendo-as dos recursos necessários.
6.10.7. DL:
alização dos Procedimentos Operacionais Padrão
6.10.7.1. gerenciar o controle contábil e patrimonial
(POP) relacionados ao registro de ocorrências por
dos equipamentos adquiridos, remanejados ou
meio do BOe, procedendo aos ajustes necessários; disponibilizados em função da presente sistemá-
6.10.4.2. designar oficial intermediário para compor a tica;
Equipe de Apoio e Regras de Negócio (vide subi- 6.10.7.2. por intermédio do CSM/M Int:
tem “6.9.1.1.” e divisões); 6.10.7.2.1. conforme as OPM passarem a registrar
6.10.4.3. receber dos Oficiais Mediadores informações as ocorrências por intermédio do BOe (vide Cro-
sobre o início e término das Operações Assistidas, nograma de Implantação – Anexo “A”), não mais
início da elaboração do BOe nas Cia PM, além dos supri-las com os formulários PMO-3 (BO/PM-TC)
resultados das mencionadas operações, mantendo ou PMO-56 (Boletim de Ocorrência), considerando
o Subcmt PM informado sobre a evolução da sis- que todos os registros, doravante, se darão pelo
temática; BOe ou, na indisponibilidade do sistema, pelo for-
6.10.4.4. dar publicidade ao cronograma de implanta- mulário PMO-58 (BO/PM TCO/PM);
ção previsto no Anexo “A” em seu sítio eletrônico, 6.10.7.2.2. recolher os formulários PMO-3 e PMO-56
promovendo alterações ocasionais que se fizerem das OPM que passarem a registrar as ocorrências
necessárias sob a premissa de, além de lançá-las por intermédio do BOe, para fins de redistribuição
em sua página, também informar as OPM direta- e aproveitamento em outras OPM que ainda os
mente afetadas pela reorganização; utilizarem;
6.10.7.2.3. suprir as OPM que passarem a registrar as
6.10.4.5. propor modelo de pesquisa de satisfação
ocorrências por intermédio do BOe com formulá-
voltada ao público externo (destinatário da pres-
rios físicos PMO-58 dada a possibilidade de indis-
tação de serviços), a ser desenvolvido pelo CPD, ponibilidade do sistema para o registro eletrônico
quantificando os dados obtidos e informando, das ocorrências.
mensalmente, o Subcmt PM acerca dos resultados. 6.10.8. DTIC (Alterado pela O Comp nº PM3-
6.10.5. DEC: 001/03/19)
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

6.10.5.1. estabelecer roteiro de instruções com base 6.10.8.1. por intermédio do CPD:
nas normatizações que integram a presente dinâ- 6.10.8.1.1. prover as OPM envolvidas com suporte
mica, recomendando os conteúdos a serem minis- de informática necessário ao desenvolvimento da
trados e a distribuição das sessões de instrução e presente sistemática;
capacitação a todas as OPM envolvidas neste pro- 6.10.8.1.2. em conjunto com a Coord Op PM, preparar
cesso; rotina de extração de dados quantitativos e quali-
6.10.5.2. elaborar Instrução Continuada de Comando tativos para a elaboração de relatórios gerenciais
(ICC) e Programa de Videotreinamento (PVT) espe- de BOe, permitindo, mensalmente, o acompanha-
cíficos sobre os assuntos disciplinados por esta NI; mento estatístico pelo Cmdo G;

42
6.10.8.1.3. ajustar rotinas no SIOPM Web, de modo a 6.10.8.1.18. viabilizar, oportunamente, a assinatura di-
permitir que as OPM enviem digitalmente os BOe, gital dos usuários validadores no ato da validação
vinculando-os às ocorrências já lançadas no siste- ou complemento dos BOe; (Alterado pela O Comp
ma; nº PM3-001/03/19)
6.10.8.1.4. realizar estudos para viabilizar o envio à 6.10.8.1.19 realizar pesquisa de satisfação voltada ao
Polícia Civil de cópia digital dos BOe (nas hipóteses público externo (destinatário da prestação de ser-
de comunicação formal definidas no documento viços), coletando dados e remetendo-os, mensal-
de referência “1.4.”), por meio de integração com o mente, à 6ª EM/PM;
Sistema Informatizado da Polícia Civil, preferencial- 6.10.8.1.20. monitorar a utilização dos materiais e tec-
mente através do Registro Digital de Ocorrência nologias destinadas a suprir a presente sistemática
(RDO), evitando-se, ao máximo, o encaminhamen- (TMD, TPD, impressoras térmicas, linhas de dados,
to de documentos físicos; etc.), de acordo com as necessidades vislumbradas
6.10.8.1.5. inserir nos TMD das viaturas assistente de durante o período de implantação, remanejando,
atendimento de ocorrências; se for o caso, equipamentos e serviços para outras
6.10.8.1.6. programar e disponibilizar um software OPM.
tipo app de smartphone para consulta dos policiais 6.10.8.2. por intermédio do CTel: utilizando-se da UGE
militares, contendo o assistente de atendimento respectiva, mediante processo licitatório adequa-
de ocorrências; do, contratar eventuais serviços de manutenção
6.10.8.1.7. tratar as dúvidas mais frequentes na FAQ dos equipamentos e tecnologias, necessários à
constante em seu sítio eletrônico; operacionalização do BOe.
6.10.8.1.8. fornecer suporte para a plataforma EaD, de 6.10.9. CPC, CPM, CPI-1 a 10, CPA/M-1 a 12, CPRv,
acordo com os conteúdos estruturados pela DEC, CPTran, CPAmb, CPChq, CCB e GRPAe:
de modo a permitir o Treinamento a Distância Pro- 6.10.9.1. conforme cronograma de implantação (Ane-
priamente Dito (vide subitem “6.9.1.5.1.1.”); xo “A), adequar a atuação das OPM subordinadas
6.10.8.1.9. designar oficiais intermediários e/ou su- às normas que disciplinam o atendimento de ocor-
balternos para comporem a Equipe de Correção rências por intermédio do BOe;
e Melhorias do Software (vide subitem “6.9.1.2.” e 6.10.9.2. providenciar para que seu efetivo e das OPM
divisões); subordinadas se mantenham atualizados sobre
6.10.8.1.10. capacitar as Equipes de Implantação, bem a presente sistemática de atuação da Instituição,
como estabelecer padrões, coordenar, orientar e valendo-se, inclusive, de estudos de caso;
assessorar a realização de vistorias (vide subitem 6.10.9.3. estruturar Equipe de Implantação, composta
“6.9.1.4.” e divisões); por 3 integrantes, preferencialmente 1 Sgt PM e
6.10.8.1.11. capacitar os Mediadores dos G Cmdo 2 Cb/Sd PM, a fim de que sejam capacitados pelo
(CPI, CPAmb, CPRv, CPTran, CCB, CPChq e GRPAe) CPD, para que possam atuar no assessoramento
e Cmdo (CPA); direto das US empenhadas no registro do BOe, in-
6.10.8.1.12. elaborar e disponibilizar material de apoio clusive no que se refere ao acompanhamento das
às Equipes de Implantação e aos Mediadores dos Operações Assistidas;
G Cmdo e Cmdo, a fim de que seja utilizado no 6.10.9.4. designar oficial superior para atuar na função
decorrer das Operações Assistidas; de Mediador, nos termos do subitem “6.9.1.3.” e
6.10.8.1.13. no que se refere ao Suporte Técnico (subi- divisões;
tem “6.9.1.6.” e divisões), designar oficial interme- 6.10.9.5. especificamente para o CPC e CPM: desig-

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


diário para atuar, via canal técnico, na assessoria nar, cada, 2 Cb/Sd PM, que ficarão à disposição
das Equipes de Implantação, dos Mediadores dos do CPD, através do help desk, a fim de auxiliar no
G Cmdo e Cmdo e dos próprios usuários compo- atendimento dos usuários.
nentes das US, utilizando-se dos telefones descri- 6.10.10. Btl PM (Terr, Rv, Tran e Amb):
tos no subitem “6.9.1.6.1.”; 6.10.10.1. utilizando-se das estruturas já existentes,
6.10.8.1.14. do mesmo modo, recepcionar os Cb/Sd controlar as atividades relacionadas à elaboração
PM oriundos do CPC e CPM, os quais ficarão à dis- de BOe;
posição do CPD a fim de auxiliar no atendimento 6.10.10.2. realizar reuniões periódicas mensais para
aos usuários; avaliar e corrigir as ações desenvolvidas na siste-
6.10.8.1.15. utilizando-se da UGE respectiva, median- mática implementada;
te processo licitatório adequado, adquirir equipa- 6.10.10.3. designar o Coord Op Btl para as atividades
mentos e tecnologias necessários à operacionali- de planejamento e acompanhamento das Opera-
zação do BOe; ções Assistidas, na âmbito das OPM, nos termos do
6.10.8.1.16. designar oficial intermediário para com- subitem “6.9.1.7.” e divisões.
por a equipe de Apoio e Regras do Negócio, nos 6.10.11. Cia PM (Terr, Rv, Tran ou Amb):
termos do subitem “6.9.1.1.4.”; 6.10.11.1. manter o efetivo sob seu comando cons-
6.10.8.1.17. restringir o acesso aos dados e informa- tantemente apto e treinado para a elaboração do
ções das vítimas e testemunhas, na versão eletrô- BOe, valendo-se das preleções diárias, do treina-
nica, disponibilizada no sítio eletrônico da PMESP, mento durante o serviço, dentre outras modalida-
quando assim for por elas postulado; des de ensino e instrução de sua competência;

43
6.10.11.2. fiscalizar os procedimentos realizados para 6.11.8. para ilustrar o BOe poderão ser anexadas fo-
a lavratura do BOe, especialmente no que diz res- tos de veículos, objetos e locais, especialmente
peito: quando relacionadas a ocorrências de trânsito ou
6.10.11.2.1. ao tempo de empenho das US no atendi- atinentes ao meio ambiente, desde que, em hipó-
mento de ocorrência; 6.10.11.2.2. ao correto pre- tese alguma, haja o comprometimento do local
enchimento dos formulários; de crime. Por conta da preservação de direitos da
6.10.11.2.3. à elaboração do BOe e entrega do núme- pessoa humana (integridade moral, vida privada,
ro de token à(s) parte(s) interessada(s). intimidade, imagem, pundonor, direitos das crian-
6.10.11.3. promover validação dos BOe, aditando-os, ças e adolescentes, etc.) não poderão ser anexadas
se necessário for, nos termos do subitem “6.6.” e fotos de pessoas;
divisões. 6.11.9. caso as fotos não representem graficamente
Prescrições Diversas: a totalidade do local de crime e suas circunstân-
6.11.1. os Cmt Pol Cap, Cmt Pol Metropol, Cmt Pol Rv, cias (em especial nos casos de acidente de trân-
Cmt Pol Tran e Cmt Pol Amb deverão, no âmbito
sito), poderá ser anexado também um croqui do
de suas respectivas atuações, editar documento de
local mediante a própria confecção pelo usuário
Estado-Maior próprio, submetendo-o previamente
componente da US seguida do registro fotográfico
à análise do Cmdo G com vista a:
deste croqui (a ser igualmente anexado ao BOe);
6.11.1.1. com base na presente NI, estabelecer pro-
cedimentos de acordo com as peculiaridades de 6.11.10. as OPM que passarem a elaborar o BOe, con-
cada serviço; forme cronograma de implantação (Anexo “A”),
6.11.1.2. cumprir, de acordo com planejamento pre- deverão utilizar exclusivamente o padrão eletrôni-
definido, os cronogramas de capacitação e implan- co de registro ou, na sua impossibilidade, o formu-
tação referentes à presente sistemática. lário físico PMO-58. Outros formulários de registro
6.11.2. a elaboração do BOe não isenta a US do pre- físico (a exemplo do PMO-3 e PMO-56) não mais
enchimento de outros formulários decorrentes da deverão ser elaborados, havendo de ser encami-
atividade operacional, tal como o QPAE e o RSO; nhados ao CSM/M Int para redistribuição a outras
6.11.3. o cronograma de implantação da presente OPM e demais providências;
sistemática seguirá o disposto no Anexo “A”, de 6.11.11. enquanto a solução tecnológica não for de-
modo a permitir a adoção de providências pelos G finitivamente implantada, com a abrangência e
Cmdo e Cmdo envolvidos, mormente as relaciona- adequação necessárias, deverão ser observados
das à capacitação de recursos humanos e adequa- os seguintes procedimentos, os quais serão des-
ção das tecnologias; continuados conforme solucionados pela DTel (por
6.11.4. o cronograma previsto no Anexo “A” será tam- intermédio do CPD):
bém publicado no sítio eletrônico da 6ª EM/PM, 6.11.11.1. quando do despacho de ocorrências via
sendo que alterações ocasionais serão lançadas TMD ou TPD, toda e qualquer inserção de dados
diretamente no arquivo disponível na Intranet sem e informações no BOe será de atribuição direta e
necessidade de reedição do mencionado anexo; exclusiva dos integrantes da US atendente. Nesse
os aditamentos realizados pelo usuário validador de- sentido, objetivando não criar obstáculos à conti-
verão seguir o padrão estabelecido no formulário nuidade e encerramento do registro da ocorrência,
de Controle de Aditamentos ( Anex o “ M”); (Revo- qualquer eventual intervenção no sistema do BOe
gado pela O Comp nº PM3- 001/03/19) por parte do usuário despachador do Centro de
enquanto os aditamentos não forem incorporados ao Operações (a exemplo do registro de acionamento
sistema tecnológico disponível para as partes (por
do SAMU, acionamento do proprietário do veícu-
meio do número de token fornecido), o Cmt Cia
lo, etc.) deverá ser por este comunicada, por inter-
PM (ou equivalente) deverá adotar providências
médio da rede-rádio, à respectiva US para que os
para que os complementos e/ou retificações dos
policiais militares elaboradores do BOe processem
dados e informações sejam comunicados a todas
as pessoas interessadas no registro (partes legíti- o teor da comunicação no histórico do BOe, ela-
mas), via contato telefônico, e-mail ou por outro borado via TMD ou TPD;
mecanismo de comunicação convencionado, man- 6.11.11.2. do mesmo modo, o encerramento da ocor-
tendo registrado o contato realizado (data, horário rência gerada via TMD ou TPD, desde que tenha
e pessoa contatada); (Revogado pela O Comp nº resultado na elaboração do BOe, deverá ser re-
PM3-001/03/19) alizada pelos próprios integrantes da US, e não
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

tal medida igualmente deverá ser adotada para to- através do Centro de Operações. Caso os policiais
dos os aditamentos a ocorrências registradas em militares apresentem dificuldade no encerramento
BOe anteriores à publicação desta norma, do que da ocorrência via TMD ou TPD, deverão contatar
também o Cmt Cia PM (ou equivalente) deverá os serviços de atendimento 0800 previstos no su-
transportar o registro para o devido formulário de bitem “6.9.1.6.1.” para suporte técnico. Caso haja
Controle de Aditamentos (Anex o “M ”), comuni- complementações necessárias a serem processa-
cando-o às partes interessadas e arquivando-o, em das pelo usuário despachador, estas somente po-
cópia física e digitalizada, na sede da Cia PM; (Re- derão ocorrer após o encerramento da ocorrência,
vogado pela O Comp nº PM3- 001/03/19) acessando a aba “Auditoria” do SIOPM Web;

44
6.11.11.3. quando houver mais de uma infração pe- rência original foi elaborada, preferencialmente
nal vinculada a uma mesma ocorrência (ex.: lesão por meio digital, para que haja a análise e delibe-
corporal dolosa e rixa), por ora, o sistema permitirá ração dessa autoridade quanto ao complemento
a descrição de somente uma delas, diante do que a ser processado ao BOe, observados os subitens
se deverá optar pela infração mais grave (de acor- “6.6.2.” a “6.6.11.” (NR dada pela O Comp nº PM3-
do com a pena máxima). A complementação dos 001/03/19)
dados e informações relativos à(s) infração(ões) 6.11.15. os procedimentos previstos no subitem ante-
penal(is) acessória(as) deverá ser discriminada no rior têm por finalidade evitar duplicidade de regis-
Relatório da Autoridade Policial; tro de uma mesma ocorrência. Todavia, caso o po-
6.11.11.4. nas ocasiões em que não for possível inserir licial militar não consiga obter informações quanto
dados e informações no TMD ou TPD, a US deverá a outro registro referente ao mesmo fato, deverá
reiniciar a aplicação para: (i) inserir os dados e in- procedê-lo na íntegra como se fosse a primeira no-
formações faltantes caso tenha sido possível obter tícia da ocorrência;
conexão com o servidor (on-line) no momento da 6.11.16. ainda no que se refere ao registro de ocor-
elaboração do BOe; (ii) inserir novamente todos os rências de trânsito, informações complementares
dados e informações caso o registro tenha sido fei- relativas à remoção ou recolhimento de veículos
to sem conexão com o servidor (off-line); (incluindo número do CRR) deverão ser discrimina-
6.11.11.5. se houver indisponibilidade ou inconsis- das no Relatório da Autoridade Policial;
tência no lançamento de informações ou dados (a 6.11.17. no que tange ao registro de classificação de
exemplo da nacionalidade ou naturalidade de uma danos ou avarias em veículos, quando houver in-
das partes, categoria do veículo, etc.), discriminar o disponibilidade do sistema tecnológico, deverão
correto preenchimento do Relatório da Autorida- ser preenchidos os respectivos formulários físicos
de Policial, contatando os serviços de atendimento (PMO-52 a 55), os quais deverão ser vinculados à
0800 previstos no subitem “6.9.1.6.1.” para suporte ocorrência geradora do Boletim de Ocorrência e
técnico. arquivados, na versão física e digitalizada, junta-
6.11.12. as ocorrências transmitidas via TMD ou TPD mente com o formulário PMO-58, na sede da Cia
às US deverão ser confirmadas (seu recebimento), PM;
via rede-rádio, pelo usuário despachador do Cen- 6.11.18. quando os TMD ou TPD apresentarem pro-
tro de Operações, exceção feita àquelas ocorrên- blemas de funcionamento que inviabilizem sua
cias que ofereçam risco potencial à integridade utilização, deverão ser remetidos ao G Cmdo res-
pectivo para envio à DTel (por intermédio do CPD)
física dos policiais militares, ocasião em que o usu-
com vistas à manutenção corretiva ou substitui-
ário despachador transmitirá os dados (local e na-
ção. Especificamente acerca do TMD, poderá ser
tureza dos fatos) via rede-rádio a todos os policiais
atrelado outro equipamento de viatura em status
militares vinculados;
baixada pertencente à Cia PM, desde que tal pro-
6.11.13. quando a US solicitar ao Centro de Opera-
cedimento seja comunicado previamente ao CPD;
ções o encerramento da ocorrência, o Usuário Des-
6.11.19. as OPM que receberem a presente NI, con-
pachador deverá questionar sobre a elaboração ou
forme lista de distribuição, deverão redistribuí-la
não do BOe, sendo que:
para conhecimento de suas Unidades subordina-
em caso positivo: o usuário despachador deverá das, para que dela tomem conhecimento e orien-
orientar a US para que o encerramento se dê via tem seu efetivo.
TMD ou TPD pela própria equipe;

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


6.11.13.2 em caso negativo (vide subitem “6.3.2.”): a Assinado no original
ocorrência será encerrada pelo próprio Centro de NIVALDO CESAR RESTIVO
Operações, cabendo à US lançar informações e da- Cel PM Comandante-Geral
dos no RSO.
6.11.14. quando do registro de ocorrências de trân-
sito, considerando que as partes poderão fazê- lo
individualmente, a qualquer tempo, em OPM dis-
tintas, o policial militar elaborador do BOe deverá,
anteriormente ao processamento do registro em
si, pesquisar no SIOPM [através das placas dos veí-
culos envolvidos, local, data e horário do acidente,
dados das partes (nome completo, RG), etc.], para
acercar-se de que a outra parte envolvida já não o
fez. Caso assim seja apurado, o policial militar ela-
borador não deverá realizar novo registro, mas sim
complementar o já existente. Nessa circunstância,
ele preencherá os formulários físicos referentes às
folhas a serem complementadas, alçando-as a seu
Cmt Cia PM, que, ao receber esses documentos,
deverá encaminhá-los ao Cmt Cia PM onde a ocor-

45
5. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-
CUÇÃO DE MANDADOS) Beatriz trabalha em um es-
HORA DE PRATICAR! critório de advocacia e utiliza um computador com o
Windows 7 Professional em português. Certo dia notou
1. (LIQUIGÁS 2012 - CESGRANRIO - ASSISTENTE que o computador em que trabalha parou de se comu-
ADMINISTRATIVO) Um computador é um equipamen- nicar com a internet e com outros computadores ligados
to capaz de processar com rapidez e segurança grande na rede local. Após consultar um técnico, por telefone,
quantidade de informações. foi informada que sua placa de rede poderia estar com
Assim, além dos componentes de hardware, os compu- problemas e foi orientada a checar o funcionamento do
tadores necessitam de um conjunto de softwares deno- adaptador de rede. Para isso, Beatriz entrou no Painel de
minado: Controle, clicou na opção Hardware e Sons e, no grupo
Dispositivos e Impressoras, selecionou a opção:
a) arquivo de dados.
b) blocos de disco. a) Central de redes e compartilhamento.
c) navegador de internet. b) Verificar status do computador.
d) processador de dados.
c) Redes e conectividade.
e) Sistema operacional.
d) Gerenciador de dispositivos.
e) Exibir o status e as tarefas de rede.
2. (TJ/RR 2012 - CESPE - AGENTE DE PROTEÇÃO) Acer-
ca de organização e gerenciamento de informações, ar-
quivos, pastas e programas, de segurança da informação 6. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo) Um
e de armazenamento de dados na nuvem, julgue os itens funcionário precisa conectar um projetor multimídia a um
subsequentes. Um arquivo é organizado logicamente em computador. Qual é o padrão de conexão que ele deve usar?
uma sequência de registros, que são mapeados em blo-
cos de discos. Embora esses blocos tenham um tamanho a) RJ11
fixo determinado pelas propriedades físicas do disco e b) RGB
pelo sistema operacional, o tamanho do registro pode c) HDMI
variar. d) PS2
e) RJ45
( ) CERTO ( ) ERRADO
7. (IF-PA 2016 - FUNRIO - Técnico de Tecnologia da
3. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO- Informação) São dispositivos ou periféricos de entrada
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) Acerca dos ambientes Li- de um computador:
nux e Windows, julgue os itens seguintes.2No sistema
operacional Windows 8, há a possibilidade de integrar-se a) Câmera, Microfone, Projetor e Scanner.
à denominada nuvem de computadores que fazem parte b) Câmera, Mesa Digitalizadora, Microfone e Scanner.
da Internet. c) Microfone, Modem, Projetor e Scanner.
d) Mesa Digitalizadora, Monitor, Microfone e Projetor.
( ) CERTO ( ) ERRADO e) Câmera, Microfone, Modem e Scanner.
4. (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI- 8. (SABESP 2014 - FCC - Analista de Gestão - Adminis-
CA) Alguns programas do computador de Ana estão tração) Correspondem, respectivamente, aos elementos
muito lentos e ela receia que haja um problema com o placa de som, editor de texto, modem, editor de planilha
hardware ou com a memória principal. Muitos de seus
e navegador de internet:
programas falham subitamente e o carregamento de ar-
quivos grandes de imagens e vídeos está muito demo-
rado. Além disso, aparece, com frequência, mensagens a) software, software, hardware, software e hardware.
indicando conflitos em drivers de dispositivos. Como ela b) hardware, software, software, software e hardware.
utiliza o Windows 7, resolveu executar algumas funções c) hardware, software, hardware, hardware e software.
de diagnóstico, que poderão auxiliar a detectar as causas d) software, hardware, hardware, software e software.
para os problemas e sugerir as soluções adequadas. e) hardware, software, hardware, software e software.
Para realizar a verificação da memória e, em seguida do
hardware, Ana utilizou, respectivamente, as ferramentas: 9. (DEMAE/GO 2016 - UFG - Agente Administrativo)
Um computador à venda em um sítio de comércio ele-
a) Diagnóstico de memória do Windows e Monitor de trônico possui 3.2 GHz, 8 GB, 2 TB e 6 portas USB. Essa
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

desempenho. configuração indica que:


b) Monitor de recursos de memória e Diagnóstico de
conflitos do Windows. a) a velocidade do processador é 3.2 GHz.
c) Monitor de memória do Windows e Diagnóstico de b) a capacidade do disco rígido é 8 GB.
desempenho de hardware. c) a capacidade da memória RAM é 2 TB.
d) Mapeamento de Memória do Windows e Mapeamen- d) a resolução do monitor de vídeo é composta de 6 por-
to de hardware do Windows. tas USB.
e) Diagnóstico de memória e desempenho e Diagnóstico
de hardware do Windows.

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10. (IBGE 2016 - FGV - Analista - Análise de Sistemas 15. (CEITEC 2012 - FUNRIO - ADMINISTRAÇÃO/CIÊN-
- Desenvolvimento de Aplicações - Web Mobile) Um CIAS CONTÁBEIS/DIREITO/PREGOEIRO PÚBLICO) Na
desenvolvedor Android deseja inserir a funcionalidade internet o protocolo_________ permite a transferência de
de backup em uma aplicação móvel para, de tempos em mensagens eletrônicas dos servidores de _________para
tempos, armazenar dados automaticamente. A classe da
caixa postais nos computadores dos usuários. As lacunas
API de Backup (versão 6.0 ou superior) a ser utilizada é a:
se completam adequadamente com as seguintes expres-
a) BkpAgent; sões:
b) BkpHelper;
c) BackupManager; a) Ftp/ Ftp.
d) BackupOutputData; b) Pop3 / Correio Eletrônico.
e) BackupDataStream. c) Ping / Web.
d) navegador / Proxy.
11. (Prefeitura de Cristiano Otoni 2016 - INAZ do Pará e) Gif / de arquivos
- Psicólogo) Realizar cópia de segurança é uma forma de
prevenir perda de informações. Qual é o Backup que só
efetua a cópia dos últimos arquivos que foram criados 16. (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA
pelo usuário ou sistema? ADMINISTRATIVA) Após ministrar uma palestra sobre
Segurança no Trabalho, Iracema comunicou aos funcio-
a) Backup incremental nários presentes que disponibilizaria os slides referentes
b) Backup diferencial à palestra na intranet da empresa para que todos pudes-
c) Backup completo sem ter acesso. Quando acessou a intranet e tentou fazer
d) Backup Normal o upload do arquivo de slides criado no Microsoft Po-
e) Backup diário
werPoint 2010 (em português), recebeu a mensagem do
12. (CRO-PR 2016 - Quadrix - Auxiliar de Departa- sistema dizendo que o formato do arquivo era inválido
mento) Como é chamado o backup em que o sistema e que deveria converter/salvar o arquivo para o formato
não é interrompido para sua realização? PDF e tentar realizar o procedimento novamente. Para
realizar a tarefa sugerida pelo sistema, Iracema
a) Backup Incremental.
b) Cold backup. a) clicou no botão Iniciar do Windows, selecionou a op-
c) Hot backup. ção Todos os programas, selecionou a opção Micro-
d) Backup diferencial. soft Office 2010 e abriu o software Microsoft Office
e) Backup normal
Converter Professional 2010. Em seguida, clicou na
13. (Copergás 2016 - FCC – Técnico Operacional Segu- guia Arquivo e na opção Converter. Na caixa de di-
rança do Trabalho) A ferramenta Outlook : álogo que se abriu, selecionou o arquivo de slides e
clicou no botão Converter.
a) é um serviço de e-mail gratuito para gerenciar todos b )abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint
os e-mails, calendários e contatos de um usuário. 2010, clicou na guia Ferramentas e, em seguida, clicou
b) 2016 é a versão mais recente, sendo compatível com o na opção Converter. Na caixa de diálogo que se abriu,
Windows 10, o Windows 8.1 e o Windows 7. clicou na caixa de combinação que permite definir o
c) permite que todas as pessoas possam ver o calendá-
tipo do arquivo e selecionou a opção PDF. Em seguida,
rio de um usuário, mas somente aquelas com e-mail
Outlook.com podem agendar reuniões e responder a clicou no botão Converter.

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


convites. c )abriu a pasta onde o arquivo estava salvo, utilizando os
d) funciona apenas em dispositivos com Windows, não recursos do Microsoft Windows 7, clicou com o botão
funcionando no iPad, no iPhone, em tablets e em tele- direito do mouse sobre o nome do arquivo e selecio-
fones com Android. nou a opção Salvar como PDF.
e) versão 2015 oferece acesso gratuito às ferramentas do d) abriu o arquivo utilizando o Microsoft PowerPoint
pacote de webmail Office 356 da Microsoft. 2010, clicou na guia Arquivo e, em seguida, clicou na
opção Salvar Como. Na caixa de diálogo que se abriu,
14. (CRM-PI 2016 - Quadrix – Médico Fiscal) Em um
clicou na caixa de combinação que permite definir o
computador com o sistema operacional Windows insta-
lado, um funcionário deseja enviar 50 arquivos, que jun- tipo do arquivo e selecionou a opção PDF. Em seguida,
tos totalizam 2 MB de tamanho, anexos em um e-mail. clicou no botão Salvar.
Para facilitar o envio, resolveu compactar esse conjunto e) baixou da internet um software especializado em fazer
de arquivos em um único arquivo utilizando um softwa- a conversão de arquivos do tipo PPTX para PDF, pois
re compactador. Só não poderá ser utilizado nessa tarefa verificou que o PowerPoint 2010 não possui opção
o software: para fazer tal conversão.

a) 7-Zip.
b) WinZip.
c) CuteFTP.
d) jZip.
e) WinRAR.

47
17. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ADMINISTRADOR) 21. (MINISTÉRIO DA FAZENDA 2012 - ESAF - ASSIS-
Em um slide em branco de uma apresentação criada uti- TENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O BrOffice é uma
lizando-se o Microsoft PowerPoint 2010 (em português), suíte para escritório gratuita e de código aberto. Um dos
uma das maneiras de acessar alguns dos comandos mais aplicativos da suíte é o Calc, que é um programa de pla-
importantes é clicando-se com o botão direito do mouse nilha eletrônica e assemelha-se ao Excel da Microsoft. O
sobre a área vazia do slide. Dentre as opções presentes Calc é destinado à criação de planilhas e tabelas, permi-
nesse menu, estão as que permitem tindo ao usuário a inserção de equações matemáticas e
auxiliando na elaboração de gráficos de acordo com os
a) copiar o slide e salvar o slide. dados presentes na planilha. O Calc utiliza como padrão
b) salvar a apresentação e inserir um novo slide. o formato:
c) salvar a apresentação e abrir uma apresentação já exis-
tente. a) XLS.
d) apresentar o slide em tela cheia e animar objetos pre-
b) ODF.
sentes no slide.
c) XLSX.
e) mudar o layout do slide e a formatação do plano de
fundo do slide. d) PDF.
e) DOC.
18. (TRT 11ª 2012 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - JU-
DICIÁRIA) Em um slide mestre do BrOffice.org Apresen- 22. (SERGIPE GÁS S/A 2013 - FCC - ASSISTENTE TÉC-
tação (Impress), NÃO se trata de um espaço reservado NICO ADMINISTRATIVO - RH) Paulo utiliza em seu tra-
que se possa configurar a partir da janela Elementos balho o editor de texto Microsoft Word 2010 (em portu-
mestres: guês) para produzir os documentos da empresa. Certo
dia Paulo digitou um documento contendo 7 páginas de
a) Número da página. texto, porém, precisou imprimir apenas as páginas 1, 3, 5,
b) Texto do título. 6 e 7. Para imprimir apenas essas páginas, Paulo clicou no
c) Data/hora. Menu Arquivo, na opção Imprimir e, na divisão Configu-
d) Rodapé. rações, selecionou a opção Imprimir Intervalo Personali-
e) Cabeçalho. zado. Em seguida, no campo Páginas, digitou
19. (CNJ 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO - PRO- a) 1,3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
GRAMAÇÃO DE SISTEMAS) A respeito do Excel, para b) 1;3-5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
ordenar, por data, os registros inseridos na planilha, é
c) 1−3,5-7 e clicou no botão Imprimir.
suficiente selecionar a coluna data de entrada, clicar no
d) 1+3,5;7 e clicou na opção enviar para a Impressora.
menu Dados e, na lista disponibilizada, clicar ordenar
data. e) 1,3,5;7 e clicou no botão Imprimir.

( ) CERTO ( ) ERRADO 23. (TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO - EXE-


CUÇÃO DE MANDADOS) João trabalha no departamen-
20. (TRT 1ª 2013 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA to financeiro de uma grande empresa de vendas no vare-
ADMINISTRATIVA) A planilha abaixo foi criada utilizan- jo e, em certa ocasião, teve a necessidade de enviar a 768
do-se o Microsoft Excel 2010 (em português). clientes inadimplentes uma carta com um texto padrão,
na qual deveria mudar apenas o nome do destinatário e
a data em que deveria comparecer à empresa para nego-
ciar suas dívidas. Por se tratar de um número expressivo
de clientes, João pesquisou recursos no Microsoft Office
2010, em português, para que pudesse cadastrar apenas
os dados dos clientes e as datas em que deveriam com-
parecer à empresa e automatizar o processo de impres-
são, sem ter que mudar os dados manualmente. Após
imprimir todas as correspondências, João desejava ainda
imprimir, também de forma automática, um conjunto de
etiquetas para colar nos envelopes em que as correspon-
A linha 2 mostra uma dívida de R$ 1.000,00 (célula B2)
com um Credor A (célula A2) que deve ser paga em 2 dências seriam colocadas. Os recursos do Microsoft Offi-
meses (célula D2) com uma taxa de juros de 8% ao mês ce 2010 que permitem atender às necessidades de João
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

(célula C2) pelo regime de juros simples. A fórmula cor- são os recursos
reta que deve ser digitada na célula E2 para calcular o
montante que será pago é a) para criação de mala direta e etiquetas disponíveis na
guia Correspondências do Microsoft Word 2010.
a) =(B2+B2)*C2*D2. b) de automatização de impressão de correspondências
b) =B2+B2*C2/D2. disponíveis na guia Mala Direta do Microsoft Power-
c) =B2*C2*D2. Point 2010.
d) =B2*(1+(C2*D2)). c) de banco de dados disponíveis na guia Correspondên-
e) =D2*(1+(B2*C2)). cias do Microsoft Word 2010.

48
d) de mala direta e etiquetas disponíveis na guia Inserir d) suportam o aumento da capacidade dos recursos da
do Microsoft Word 2010. rede de computadores localmente.
e) de banco de dados e etiquetas disponíveis na guia e) suportam cópia de segurança remota de arquivos.
Correspondências do Microsoft Excel 2010.
29. (Polícia Civil - 2017 – Escrivão de Polícia Civil) Com
24. (TCE/SP 2012 - FCC - AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO relação à computação nas nuvens (cloud computing),
FINANCEIRA II) No editor de textos Writer do pacote BR analise as afirmativas a seguir.
Office, é possível modificar e criar estilos para utilização
no texto. Dentre as opções de Recuo e Espaçamento para I. Uma desvantagem é em relação ao custo.
um determinado estilo, é INCORRETO afirmar que é pos- II. Para sua utilização, é necessária uma conexão com a
sível alterar um valor para Internet.
III. A palavra nuvem se refere à Internet.
a) recuo da primeira linha. IV. Google, Amazon e Microsoft são exemplos de empre-
b) recuo antes do texto. sas líderes nesse serviço.
c) recuo antes do parágrafo.
d) espaçamento acima do parágrafo. Estão corretas as afirmativas:
e) espaçamento abaixo do parágrafo.
a) I. III e IV. apenas
b) I, II, III e IV.
25. (SUDECO 2013 - FUNCAB - Contador) No sistema c) I, II e III apenas.
operacional Linux,o comando que NÃO está relacionado d) II. III e IV. apenas
a manipulação de arquivos é: e) I. 11 e IV apenas.

a) kill 30. (Petrobrás - 2018 - Cesgranrio - Analista de Siste-


ma Júnior) A Virtual Private Network (VPN) permite o
b) cat
estabelecimento de um enlace seguro do tipo host-to-
c) rm
-host, host-to-gateway ou gateway-to-gateway. Existe
d) cp
uma técnica que permite o encapsulamento de um pa-
e) ftp
cote inteiro em outro pacote na VPN do tipo host-to-ga-
teway, de forma segura, usando criptografia.
26. (FHEMIG 2013 - FCC - TÉCNICO EM INFORMÁTI-
CA) No console do sistema operacional Linux, alguns
Essa técnica é o(a)
comandos permitem executar operações com arquivos
e diretórios do disco. a) empacotamento
Os comandos utilizados para criar, acessar e remover um b) encaminhamento
diretório vazio são, respectivamente, c) tunelamento
d) reflexão segura
a) pwd, mv e rm. e) inundação segura
b) md, ls e rm.
c) mkdir, cd e rmdir.
d) cdir, lsdir e erase.
e) md, cd e rd.

EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO EXEMPLO


27. (TRT 10ª 2013 - CESPE - TÉCNICO JUDICIÁRIO -
ADMINISTRATIVA) Acerca dos conceitos de sistema
operacional (ambientes Linux e Windows) e de redes de
computadores, julgue os itens.3Por ser um sistema ope-
racional aberto, o Linux, comparativamente aos demais
sistemas operacionais, proporciona maior facilidade de
armazenamento de dados em nuvem.

( ) Certo ( ) Errado

28. (TRT/MT - 2015 - CESPE - Analista Judiciário) Ser-


viços de cloud storage (armazenagem na nuvem)

a) aumentam a capacidade de processamento de com-


putadores remotamente.
b) aumentam a capacidade de memória RAM de compu-
tadores remotamente.
c) suportam o aumento da capacidade de processamen-
to e armazenamento remotamente.

49
ANOTAÇÕES
GABARITO

________________________________________________
01 E _________________________________________________
02 Certo
_________________________________________________
03 Certo
04 A _________________________________________________
05 D _________________________________________________
06 C
_________________________________________________
07 B
_________________________________________________
08 E
09 A _________________________________________________
10 C _________________________________________________
11 A
_________________________________________________
12 C
13 B _________________________________________________
14 C _________________________________________________
15 B _________________________________________________
16 D
_________________________________________________
17 E
18 B _________________________________________________
19 Errado _________________________________________________
20 D
_________________________________________________
21 B
_________________________________________________
22 A
23 A _________________________________________________
24 C _________________________________________________
25 A
_________________________________________________
26 C
27 Errado _________________________________________________
28 E _________________________________________________
29 D
_________________________________________________
30 C
_________________________________________________

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NOÇÕES DE INFORMÁTICA

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