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LÍNGUA PORTUGUESA
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Planejamento na Prática Educativa;........................................................................................................................................................... 01
ÍNDICE
Pessoa com Deficiência)................................................................................................................................................................................. 161
LÍNGUA PORTUGUESA
Resposta: Letra A.
Em “a”, as dívidas dos clientes são o que sustenta os
bancos = correta
Em “b”, todo o dinheiro que os bancos emprestam é
imaginário = nem todo
Em “c”, quem pede um empréstimo deve a outros
clientes = deve ao banco, este paga/empresta a outros
clientes
Em “d”, o pagamento de dívidas depende do “livre-
mercado” = não só: (...) preciso ir até o dito “livre-
mercado” e trabalhar, lutar, talvez trapacear.
Em “e”, os bancos confi scam os bens dos clientes
endividados = desde que não paguem a dívida
entre si, os seguintes aspectos: o professor deve fazer uma sondagem sobre a realidade
1) Considerar os alunos não como uma turma que se encontram os seus alunos, qual é o nível de
homogênea, mas a forma singular de apreender de aprendizagem em que estão e quais as dificuldades
cada um, seu processo, suas hipóteses, suas perguntas existentes. Antes de começar o seu trabalho, o professor
a partir do que já aprenderam e a partir das suas deve considerar, segundo Turra et alii, alguns aspectos,
histórias; tais como:
- as reais possibilidades do seu grupo de alunos, a fim É por meio da avaliação que, segundo Lück, poder-se-á:
de melhor orientar suas realizações e sua integração a) demonstrar que a ação produz alguma diferença quanto
à comunidade; ao desenvolvimento dos alunos;
- a realidade de cada aluno em particular, objetivando b) promover o aprimoramento da ação como consequência
oferecer condições para o desenvolvimento de sugestões resultantes da avaliação. Além disso, toda
harmônico de cada um, satisfazendo exigências e avaliação deve estar intimamente ligada ao processo de
necessidades biopsicossociais; preparação do planejamento, principalmente com seus
objetivos. Não se espera que a avaliação seja
simplesmente um resultado final, mas acima de tudo,
seja analisada durante todo o processo; é por isso que se
deve planejar todas as ações antes de iniciá-las,
1 definindo cada objetivo em termos dos resultados
- os pontos de referência comuns, envolvendo o que se esperam alcançar, e que de fato possa ser
ambiente escolar e o ambiente comunitário; atingível pelo aluno. As atividades devem ser
- suas próprias condições, não só como pessoa, coerentes com
mas como profissional responsável pela
orientação adequada do trabalho escolar.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Numa perspectiva construtivista, há que se levar em registrada pelos professores.
conta os conhecimentos prévios dos alunos, a A escrita é, sem dúvida, a mais comum e acessível.
aprendizagem a partir da necessidade, do conflito, da O registro diário de suas observações, impressões,
inquietação e do desequilíbrio tão falado na teoria de ideias etc. pode compor um rico material de reflexão e
Piaget. E é aí que o professor, como mediador do ajuda para o planejamento educativo. Outras formas de
processo de ensino-aprendizagem, precisa definir registro também podem ser consideradas, como a
objetivos e os rumos da ação pedagógica, gravação em áudio e vídeo; produções das crianças ao
responsabilizando-se pela qualidade do ensino. longo do tempo; fotografias etc.
Essa forma de planejar considera a processualidade A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sancionada
da aprendizagem cujo avanço no processo se dá a em dezembro de 1996, estabelece, na Seção II,
partir de desafios e problematizações. Para tanto, é referente à educação infantil, artigo 31 que: “... a avaliação
necessário, além de considerar os conhecimentos far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu
prévios, compreender o seu pensamento sobre as desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo
questões propostas em sala de aula. para o acesso ao ensino fundamental”.
O ato de aprender acontece quando o indivíduo Existem ainda no Brasil práticas na educação infantil que
atualiza seus esquemas de conhecimento, quando os possuem um entendimento equivocado da avaliação nessa
compara com o que é novo, quando estabelece etapa da educação, o que vem gerando sérios problemas,
relações entre o que está aprendendo com o que já com consequências preocupantes, sobretudo, para as
sabe. E, isso exige que o professor proponha atividades crianças de determinadas camadas da sociedade. A mais
que instiguem a curiosidade, o questionamento e a grave é a existência das chamadas “classes de alfabetização”
reflexão frente aos conteúdos. Além disso, ao propiciar que conferem à educação infantil o caráter de terminalidade.
essas condições, ele exerce um papel ativo de mediador São classes que atendem crianças a partir de seis anos,
no processo de aprendizagem do aluno, intervindo retendo-as até que estejam alfabetizadas. As crianças que
pedagogicamente na construção que o mesmo realiza. frequentam essas classes não ingressam na primeira série do
Para que de fato, isso aconteça, o professor deve ensino fundamental, até que tenham atingido os padrões
usar o planejamento como ferramenta básica e eficaz, a desejáveis de aprendizagem da leitura e escrita. A essas
fim de fazer suas intervenções na aprendizagem do crianças têm sido vedado, assim, o direito constitucional de
aluno. É através do planejamento que são definidos e serem matriculadas na primeira série do ensino fundamental
articulados os conteúdos, objetivos e metodologias são aos sete anos de idade. Outras práticas de avaliação
propostas e maneiras eficazes de avaliar são definidas. conferem às produções das crianças: notas, conceitos,
O planejamento de ensino, portanto, é de suma estrelas, carimbos com desenhos de caras tristes ou alegres
importância para uma prática eficaz e conforme o julgamento do professor. A avaliação nessa
consequentemente para a concretização dessa prática, etapa deve ser processual e destinada a auxiliar o processo
que acontece com a aprendizagem do aluno. de aprendizagem, fortalecendo a autoestima das crianças.
Se de fato o objetivo do professor é que o aluno Neste documento, a avaliação é entendida,
aprenda, através de uma boa intervenção de ensino, prioritariamente, como um conjunto de ações que auxiliam
planejar aulas é um compromisso com a qualidade de o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem
suas ações e a garantia do cumprimento de seus oferecidas e ajustar sua prática às necessidades colocadas
objetivos. pelas crianças. É um elemento indissociável do processo
educativo que possibilita ao professor definir critérios para
Referência: planejar as atividades e criar situações que gerem avanços
KLOSOUSKI, S. S.; REALI, K. M. Planejamento de na aprendizagem das crianças. Tem como função
Ensino como Ferramenta Básica do Processo Ensino- acompanhar, orientar, regular e redirecionar esse processo
Aprendizagem. UNICENTRO - Revista Eletrônica Lato como um todo. No que se refere às crianças, a avaliação
Sensu, 2008. deve permitir que elas acompanhem suas conquistas, suas
dificuldades e suas possibilidades ao longo de seu processo
de aprendizagem. Para que isso ocorra, o
professor deve compartilhar com elas aquelas
observações que sinalizam seus avanços e suas educação infantil - Introdução/Ministério da Educação e
possibilidades de superação das dificuldades. do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. —
Brasília: MEC/SEF, 1998.
São várias as situações cotidianas nas quais isso já
ocorre, como, por exemplo, quando o professor diz:
“Olhe que bom, você já está conseguindo se servir
sozinho”, ou quando torna observável para as crianças o METODOLOGIA E AVALIAÇÃO; METODO-
que elas sabiam fazer quando chegaram na instituição LOGIA E AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSI-
com o que sabem até aquele momento. Nessas NO/APRENDIZAGEM;
situações, o retorno para as crianças se dá de forma
contextualizada, o que fortalece a função formativa que
deve ser atribuída à avaliação. Além dessas, existem
MÉTODOS DE ENSINO
outras situações que podem ser aproveitadas ou criadas
com o objetivo de situar a criança frente ao seu Libâneo traz contribuição tratando de uma questão
processo de aprendizagem. É importante que o mais específica: as implicações da relação conteúdo-
professor tenha consciência disso, para que possa atuar forma nos métodos de ensino, dentro da questão
de forma cada vez mais intencional. Isso significa definir central da Didática que e a relação entre objetivos-
melhor a quem se dirige a avaliação — se ao grupo todo conteúdos-métodos. As investigações no campo
ou às crianças em particular; qual o melhor momento técnicas da Didática têm se desenvolvido bastante nos
para explicitá-la e como deve ser feito. Esses momentos últimos anos, especialmente na busca de uma
de retorno da avaliação para a criança devem incidir estruturação mais explícita de categorias e conceitos e
prioritariamente sobre as suas conquistas. Apontar de métodos de pesquisa. Este texto ingere-se nessa
aquilo que a criança não consegue realizar ou não sabe, busca, de modo que as questões trazidas aqui são
só faz sentido numa perspectiva de possível superação, matéria de discussão e de mais investigações pelos
quando o professor detém conhecimento sobre as reais estudiosos da área.
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possibilidades de avanço da criança e sobre as Para discutir a questão dos métodos de ensino
possibilidades que ele tem para ajudá-la. Do contrário, frente a relação conteúdo-forma, pretendo ter como
ao invés de potencializar a ação das crianças e fortalecer interlocutores os professores de Didática e prática de
a sua autoestima, a avaliação pode provocar-lhes um ensino das disciplinas específicas dos cursos de
sentimento de impotência e fracasso. Outro ponto licenciatura.
importante de se marcar refere-se à representação que a
criança constrói sobre a avaliação. O professor deve ter
consciência de que a forma como a avaliação é
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compreendida, na instituição e por ele próprio, será de
fundamental importância para que a criança possa
construir uma representação positiva da mesma.
Entre esses professores vigoram algumas posições bem
A avaliação também é um excelente instrumento
conhecidas sobre a Didática e os métodos de ensino, a saber:
para que a instituição possa estabelecer suas prioridades
- Ensinar é transmitir o conteúdo da matéria, cabendo à
para o trabalho educativo, identificar pontos que
Didática proporcionar os elementos do planejamento
necessitam de maior atenção e reorientar a prática,
de ensino e os métodos e técnicas necessários.
definindo o que avaliar, como e quando em consonância
- Para ensinar, basta conhecer bem a ciência que dá a
com os princípios educativos que elege.
base da matéria, ou seja, o método de ensino decorre
Para que possa se constituir como um
do conteúdo e do método de investigação da ciência
instrumento voltado para reorientar a prática
que é ensinada.
educativa, a avaliação deve se dar de forma
- A metodologia de ensino de uma matéria e menos uma
sistemática e contínua, tendo como objetivo
questão de métodos e mais de inserção do professor na
principal a melhoria da ação educativa. O professor,
prática escolar, mediante a pesquisa-ação.
ciente do que pretende que as crianças aprendam,
pode selecionar determinadas produções das
A primeira posição mostra um reducionismo do campo
crianças ao longo de um período para obter com
de estudos da Didática, tomando-a como disciplina
mais precisão informações sobre sua
prescritiva de métodos e técnicas. A segunda não distingue a
aprendizagem. Os pais, também, têm o direito de
matéria de ensino e a ciência que lhe serve de base, como
acompanhar o processo de aprendizagem de suas
não distingue método da ciência e método de ensino. No
crianças, se inteirando dos avanços e conquistas,
ponto de vista do autor é o de que o conteúdo da matéria
compreendendo os objetivos e as ações
de ensino decorre da ciência que lhe serve de base, mas a
desenvolvidas pela instituição.
matéria de ensino implica uma seleção de conhecimentos
pautada por critérios pedagógicos e didáticos; do mesmo
Referência:
modo, método da ciência e método de ensino são conexos
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. mas não idênticos, porque a atividade de ensino implica uma
Secretaria de Educação Fundamental. relação pedagógica que lhe é peculiar,
Referencial curricular nacional para a
distinguindo-se daquela que ocorre na atividade
científica. A terceira posição também é insatisfatória
porque a questão dos métodos de ensino não pode ser
resolvida apenas no âmbito da prática. O processo de
ensino guarda semelhanças com o processo de
investigação, mas se distingue deste. A prática por si se
não é geradora de conhecimentos, requerendo uma
teoria que oriente sua apreensão e explicação.
Estas considerações iniciais já indicam o
entendimento da questão. A Didática é teoria e prática
do processo de ensino, incluindo a unidade entro
objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas
do ensino, bem como as regularidades e princípios
decorrentes das conexões entre ensino e aprendizagem
em condições específicas das situações didáticas. Os
métodos de ensino constituem, assim, uma categoria da
Didática, tendo uma magnitude própria em relação a
outros tipos de métodos, tais como o método do
processo do conhecimento (fundamentado numa
concepção do processo de conhecimento), os métodos
da cognição científica e os métodos particulares das
ciências. Entretanto, para falarmos de métodos de
ensino, são necessárias duas referências: a relação
objetivos-conteúdo-métodos e a relação conteúdo-
forma.
O entendimento da unidade objetivos-conteúdos-
métodos parte da premissa de que a finalidade da
escola, a finalidade imediata, é a instrução e a formação
intelectual, mediante a transmissão e assimilação de
conhecimentos científicos e o desenvolvimento de
habilidades, hábitos, capacidades, tendo em vista a
compreensão ampliada da realidade e a atuação prática
nela. Nesse sentido, os conteúdos formam a base
material da atividade escolar. Como se sabe, os
conteúdos consistem de conhecimento, hábitos,
habilidades e métodos de estudo e trabalho, atitudes e
convicções, conexos às matérias.