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Vinícius Vanir Venturini - professor.venturini@gmail.com - CPF: 812.694.630-04


Você acaba de adquirir o Legislação Mapeada de Língua Portuguesa para o Concurso
de TRE - Unificado.

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concursos anteriores do TRE - Unificado.

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questionamentos para o seguinte e-mail: cadernomapeado@gmail.com

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Oficial MP MG - Questões Comentadas - Pós-Edital

Bons estudos

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Vinícius Vanir Venturini - professor.venturini@gmail.com - CPF: 812.694.630-04
CONSIDERAÇÕES INICIAIS .......................................................................................................................... 6
ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................ 7
1) TONICIDADE .............................................................................................................................................. 7
2) ACENTUAÇÃO ........................................................................................................................................... 7
2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa: .............................................................. 8
2.2) Outras regras: ........................................................................................................................................ 8
3) HÍFEN .......................................................................................................................................................... 9
3.1) Hífen com prefixos ............................................................................................................................... 9
3.2) Hífen entre palavras ........................................................................................................................... 10
3.3) Hífen: mal/bem ................................................................................................................................... 10
3.4) Hífen: não/quase................................................................................................................................. 11
CLASSES DE PALAVRAS ............................................................................................................................. 11
1) EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS ........................................................................................... 11
1.1) Classificação das classes de palavras:............................................................................................. 12
2) COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS ......................................................................................... 14
2.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos ..................................................................................... 15
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ................................................................................................... 16
1) COESÃO TEXTUAL .................................................................................................................................. 16
2) TIPOS DE COESÃO TEXTUAL................................................................................................................ 16
2.1) Coesão referencial .............................................................................................................................. 16
2.2) Coesão por substituição .................................................................................................................... 16
2.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical) ..................................................................................... 17
2.4) Coesão sequencial............................................................................................................................... 17
2.5) Coesão por elipse ................................................................................................................................ 17
2.6) Coesão por Conjunção ....................................................................................................................... 17
3) CONECTORES TEXTUAIS ....................................................................................................................... 18
3.1) Conectores Coordenativos................................................................................................................ 18
3.2) Conectores Subordinativos .............................................................................................................. 18
4) RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO ................ 19
4.1) Orações Coordenadas Assindéticas: ............................................................................................... 19
4.2) Orações Coordenadas Sindéticas: ................................................................................................... 19

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5) RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO .............. 20
5.1) Orações Subordinadas Substantivas .............................................................................................. 20
5.2) Orações Subordinadas Adjetivas..................................................................................................... 20
5.3) Orações Subordinadas Adverbiais .................................................................................................. 21
CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ................................................................................................. 21
1) CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................................................................... 21
2) CONCORDÂNCIA NOMINAL................................................................................................................ 23
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL .............................................................................................................. 25
1) REGÊNCIA VERBAL ................................................................................................................................. 25
2) REGÊNCIA NOMINAL ............................................................................................................................ 26
USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ................................................................................................. 26
1) EMPREGO DO SINAL DE CRASE .......................................................................................................... 26
1.1) Utilizações da crase: ........................................................................................................................... 26
1.2) Não utilizações da crase: ................................................................................................................... 26
1.3) Crase facultativa .................................................................................................................................. 27
PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................ 27
1) Ponto (.) .................................................................................................................................................... 27
2) Vírgula (,) ................................................................................................................................................. 28
3) Ponto e Vírgula (;) .................................................................................................................................. 28
4) Dois Pontos (:)......................................................................................................................................... 28
5) Ponto de Exclamação (!) ....................................................................................................................... 28
6) Ponto de Interrogação (?) .................................................................................................................... 28
7) Reticências (...) ........................................................................................................................................ 28
8) Aspas (" ") ................................................................................................................................................ 29
9) Parênteses ( ( ) ) ...................................................................................................................................... 29
10) Travessão (—) ....................................................................................................................................... 29
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ............................................................................................................... 29
1) SEMÂNTICA E A SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS ........................................................................... 29
1.1) Sinonímia e Antonímia ...................................................................................................................... 30
1.2) Paronímia e Homonímia ................................................................................................................... 30
1.3) Polissemia ............................................................................................................................................. 30
1.4) Conotação e Denotação .................................................................................................................... 30
2) SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO ........................................................ 31
2.1) Sinônimos ............................................................................................................................................. 31
2.2) Antônimos ............................................................................................................................................ 31

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2.3) Locução verbal ..................................................................................................................................... 31
2.4) Verbo por substantivo e vice-versa ................................................................................................ 31
2.5) Voz verbal ............................................................................................................................................. 31
2.6) Conectivos com mesmo valor semântico ...................................................................................... 31
3) REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO ....................... 32
3.1) Frase ....................................................................................................................................................... 32
3.2) Oração.................................................................................................................................................... 32
3.3) Período .................................................................................................................................................. 32
3.4) Funções sintáticas dos termos ......................................................................................................... 32
4) REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE.................... 33
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ................................................................................. 33
1) COMPREENSÃO DE TEXTOS ................................................................................................................ 33
2) INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS .............................................................................................................. 33
TIPOLOGIA TEXTUAL .................................................................................................................................. 34
1) TIPOS TEXTUAIS ..................................................................................................................................... 34
1.1) Narrativo ............................................................................................................................................... 35
1.2) Descritivo .............................................................................................................................................. 35
1.3) Expositivo (informativo) ................................................................................................................... 35
1.4) Argumentativo (dissertativo) .......................................................................................................... 35
1.5) Injuntivo ................................................................................................................................................ 35
ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO ......................................................................................................... 36
2) GÊNEROS TEXTUAIS .............................................................................................................................. 36
2.1) Crônica ................................................................................................................................................... 36
2.2) Conto ..................................................................................................................................................... 37
2.3) Artigo de opinião ................................................................................................................................ 37
2.4) Editorial ................................................................................................................................................. 37
2.5) Notícia ................................................................................................................................................... 37
2.6) Reportagem.......................................................................................................................................... 37
ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO ......................................................................................................... 37

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Pessoal!

Antes de iniciarmos o estudo da Língua Portuguesa, apresentaremos os assuntos que foram mais
cobrados nos concursos anteriores do TRE - Unificado.

ASSUNTOS DO EDITAL

Ortografia oficial.

Acentuação gráfica.

Flexão nominal e verbal.

Pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação.

Advérbios.

Conjunções coordenativas e subordinativas.

Emprego de tempos e modos verbais.

Vozes do verbo.

Concordância nominal e verbal.

Regência nominal e verbal.

Sintaxe.

Ocorrência de crase.

Pontuação.

Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e incorretas).

Intelecção de texto.

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ORTOGRAFIA OFICIAL E ACENTUAÇÃO GRÁFICA

1) TONICIDADE

Tonicidade se refere à sílaba que apresenta maior projeção sonora em uma palavra, sendo essa sílaba
chama de tônica ou acentuada.

As sílabas, quando pronunciadas com mais intensidade, classificam-se como tônicas, e quando ditas
de maneira mais sutil, como átonas.

Quanto à tonicidade, as palavras da nossa língua são classificadas em três grupos:

Oxítonas: quando a última sílaba é a tônica;

Paroxítonas: quando a penúltima sílaba é a tônica;

Proparoxítonas: quando a antepenúltima sílaba é a tônica.

Para efeito de conhecimento complementar, segue a distribuição percentual da quantidade de


palavras na língua portuguesa, conforme a tonicidade:

Palavras da língua portuguesa (USP, 2017)

1%

12%
25%

62%
Oxítonas
Paróxitonas
Proparóxitona
Monossílabos

2) ACENTUAÇÃO

A acentuação consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou
marcar a sílaba tônica de uma palavra. Os acentos gráficos da língua portuguesa são:

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Acento agudo (´);

Acento grave (`);

Acento circunflexo (^).

Fique atento! O til (~) não se trata de acento, é um sinal.

2.1) Principais regras de acentuação na língua Portuguesa:

Regra 1: Todas as proparoxítonas são acentuadas (ex.: exército, árvore, ácaro);

Regra 2: Acentuam-se as oxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns) - (ex.:


após, cafés, jiló, armazéns);

Regra 3: NÃO se acentuam as paroxítonas terminadas em: A, E, O, EM seguidas ou não de S (ns)


- (ex.: cadeira, parede, quadro, itens, polens, himens).

Fique atento! Paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas (ex.: bactéria, série,
necessário).

Ademais outras regras acerca da acentuação gráfica:

2.2) Outras regras:

Regra 1: Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o” seguidas ou não de
S (ex.: chás, fé, só);

Obs.: Os monossílabos átonos, como: “me”, “te”, “se”, “lhe”, “o”, “a”, “os”, “as”, e as preposições como
“de” e “com” NÃO são acentuados.

Regra 2: Acentuam-se os ditongos abertos EU, EI, OI, quando estiverem em posição oxítona. (ex.:
chapéu, pastéis, herói).

Regra 3: Acentuam-se as vogais I e U, quando forem a segunda vogal de um hiato (ex.: saúde,
país).

Regra 4: Com o novo acordo ortográfico as palavras com o acento diferencial que pertencem às
classes gramaticais distintas têm o acento retirado, entretanto, as palavras que pertencem às classes
gramaticais iguais têm o acento mantido:

Retirados Mantidos

Para Tem/Têm

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Pelo Vem/Vêm

Pera Pode/Pôde

Polo Por/Pôr

Regra 5: NÃO são acentuadas palavras com vogais redobradas (ex.: voo, veem, leem, enjoo).

Regra 6: NÃO são acentuadas as vogais “I” e “U”, quando formam hiato e são seguidos de M, N,
NH, R ou Z. (ex.: juiz, ruim, ruir, constituinte, rainha).

3) HÍFEN

O hífen é um sinal em forma de um pequeno traço horizontal (-), e tem como função:

Unir elementos de palavras compostas;

Separar sílabas em final de linha;

Marcar ligações enclíticas e mesoclíticas (colocações de pronomes).

3.1) Hífen com prefixos

Prefixos: são elementos que formam palavras a partir de um morfema


que antecede o radical, alterando o sentido básico da palavra.

Regra 1: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo (terminado em r, b ou vogais) somado com


uma palavra que inicia com a letra H (ex.: Anti-histamínico, super-homem, sub-hepático).

Tome nota: A palavra sub-humano admite as duas formas, pois o novo acordo trouxe como
possibilidade o uso da forma subumano em que se exclui o H e unem-se as duas palavras.

Regra 2: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em vogal + palavra base em que
as vogais são iguais (ex.: micro-ondas, anti-inflamatório), mas se as vogais são diferentes, NÃO se
usa o hífen (ex.: autoescola).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “-co”, “-pro”, “-re”, mesmo que a segunda palavra
comece com a mesma vogal que termina o prefixo, NÃO se usa o hífen (ex.: coocupar,
preenchimento, reescrever)

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Regra 3: Utiliza-se o HÍFEN na hipótese de Prefixo terminado em consoante + palavra base em
que as consoantes são iguais (ex.: inter-racial, super-revista, sub-brigadeiro), mas se as consoantes
são diferentes, NÃO se usa o hífen (ex.: supermercado).

Exceção: A palavra “Sub-raça”, apesar de haver consoantes diferentes, utiliza-se o HÍFEN, porque o
B com o R forma uma nova sonoridade, o que prejudicaria a escrita da palavra.

Regra 4: Utiliza-se o HÍFEN para os Prefixos sem, além, ex, sota, soto, aquém, recém, pós, pré,
pró, vice, independentemente do que vier na palavra base (ex.: pré-história, vice-presidente, ex-
namorado).

Regra 5: NÃO se utiliza o HÍFEN quando o segundo elemento começa com s ou r; nesse caso,
duplicam-se as consoantes (ex.: antirreligioso, minissaia, ultrassom).

Exceção: Tal regra não se aplica aos prefixos “hiper”, “inter” e “super”, nestes casos deve-se utilizar
o HÍFEN (ex.: hiper-realista, super-racional, inter-racial)

Regra 6: Utiliza-se o HÍFEN quando o primeiro elemento terminado em “m” ou “n” e o segundo
elemento começa com vogais, “h”, “m” ou “n” (ex.: pan-americano, pan-hispânico, circum-meridiano,
circum-navegação).

Regra 7: Utiliza-se o HÍFEN com sufixo de origem tupi, quando a pronúncia exige (ex.: capim-
açu, amoré-guaçu, anajá-mirim).

3.2) Hífen entre palavras

O hífen pode ser utilizado entre duas palavras a fim de modificar o sentido de ambas, tem-se como
exemplo:

A palavra sexta se refere a um numeral ordinário, e a palavra feira é um substantivo. Ao unir ambas
as palavras com hífen e formar sexta-feira, perde-se tanto a ideia do numeral quanto a ideia do
substantivo feira, e passa a haver um sentido novo, que é o dia da semana.

Outro exemplo, se trata da palavra mesa que é um substantivo e a palavra redonda que é um
adjetivo. Ao unir ambas as palavras com hífen e formar mesa-redonda, perde-se tanto a ideia do
substantivo e objeto, quanto a ideia do adjetivo e formato, e passa a haver um novo significado à
palavra, que é o debate.

3.3) Hífen: mal/bem

MAL: emprega-se o hífen quando a palavra a seguir for iniciada por vogal, H ou L. (ex.: mal-estar;
mal-humorado; mal-limpo; malcriação; malcheiroso)

BEM: emprega-se o hífen (ex.: bem-aventurado, bem-estar, bem-vindo, bem-casado, bem-nascido).

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Exceção 1: as palavras benfazer, benquerer e bendizer (estão empregados verbos no infinitivo),
porém são formas alternativas, sendo facultativo.

Exceção 2: outras palavras com “bem” que já eram grafadas sem hífen, e continuam sendo, são:
benfazejo, benfeitor, benquerença, benquerente, benquisto, benfeito, benquerer e benquerido.

Exceção 3: quando o prefixo bem ou mal não formar uma unidade semântica com a palavra
seguinte não caberá hífen (ex.: em “Ele foi bem educado pelos avós”, não há hífen porque “bem”
não forma com a palavra seguinte uma unidade semântica. O que temos é um advérbio (bem)
modificando um verbo/particípio (educada).

3.4) Hífen: não/quase

Sempre dispensam o hífen (ex.: quase crime, quase nada, não cumprimento, não engajado).

CLASSES DE PALAVRAS

1) EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

A classe de palavras se divide em variáveis e invariáveis. Logo, podem se alterar em gênero


(masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo, comparativo e
superlativo). E os verbos variam em: tempo (presente, pretérito e futuro), modo (indicativo,
subjuntivo e imperativo) e voz (ativa, passiva e reflexiva), conforme demonstrado a seguir:

CLASSE CONCEITO/FUNÇÃO FLEXÕES

Substantivo Nomear os seres em geral, ações, Variável: gênero, número e grau


aspectos emocionais e psicológicos,
fenômenos, lugares, qualidades, e etc.

Verbo São ações, estados ou fenômenos da Variável: modo, tempo, número,


natureza pessoa e voz

Adjetivo São as características dos substantivos Variável: gênero, número e grau

Pronome Relação das pessoas do discurso Variáveis: gênero, número,


pessoa e caso

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Artigo Vem antes do substantivo e serve para o Variável: gênero e número
especificar ou generalizar

Numeral Indica posição ou número de elementos Variável: gênero, número e grau


(alguns)

Preposição Liga dois elementos da oração Invaríavel

Conjunção Liga dois termos ou duas orações de Invaríavel


mesmo valor gramatical

Interjeição Exprime emoções e sentimentos Invaríavel

Advérbio Exprime circustâncias de tempo, modo, Variável: grau (alguns)


intensidade, etc.

1.1) Classificação das classes de palavras:

a) Substantivos:

Comuns: nomeiam algo na sua generalidade (ex.: bola).

Próprios: nomeiam algo específico (ex.: Brasil).

Simples: formados por um radical (ex.: sol).

Compostos: formados por dois ou mais radicais (ex.: guarda-chuva).

Primitivos: NÃO são formados por outra palavra (ex.: casa).

Derivados: são formados por outra palavra (ex.: casebre).

Concretos: nomeiam seres reais ou imaginários (ex.: cachorro).

Abstratos: nomeiam qualidades, sentimentos, estrados ou ações (ex.: felicidade).

Coletivos: nomeiam seres que pertencem ao mesmo conjunto (ex.: alcateia).

b) Verbos:

Regulares: conjugados de acordo com um paradigma. Isso quer dizer que existe um modelo de
terminação seguido pelos verbos, sem que haja alteração no seu radical (ex.: canto, cantei, cantarei).

Irregulares: não obedecem um modelo de conjugação, e tanto o radical como a terminação do


verbo pode ser alterados (ex.: sei, soube, saberei).

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Defetivos: não são conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos, ou seja, quando não
têm conjugação completa (ex.: abolir - eu ***, tu aboles, ele abole).

Abundantes: têm particípio duplo, ou seja, quando apresentam uma forma de conjugação
regular e uma irregular (ex.: secado/seco, entregado/entregue).

c) Adjetivos:

Primitivos: NÃO são formados por derivação de outra palavra (ex.: rosa, mal).

Derivados: formados por derivação de outra palavra (ex.: rosado, maldoso).

Simples: formados por um radical (ex.: verde).

Compostos: formados por dois ou mais radicais (ex.: verde-esmeralda).

Pátrios: caracterizam algo conforme sua origem (ex.: mineiro, holandês).

d) Pronomes:

Pessoais: indicam as pessoas do discurso e dividem-se em: do caso reto (eu, tu, ele/ela(s), nós,
vós); do caso oblíquo (átonos: me, te, o/a(s), se, lhe(s), nos, vos); tônicos (mim, ti, ele/ela(s), si, nós,
vós).; de tratamento (Vossa Majestade, Vossa Senhoria)).

Possessivos: indicam posse (meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso/a(s), vosso/a(s)).

Demonstrativos: indicam as posições dos seres (este(s), esta(s), isto, esse(s), essa(s), isso,
aquele(s), aquela(s), aquilo).

Relativos: se referem a um termo anterior e dividem-se em variáveis (o qual, os quais, a qual, as


quais, cujo(s), cuja(s), quanto(s), quantas) e invariáveis (que, quem, quando, como, onde).

Indefinidos: se referem de forma imprecisa à terceira pessoa do discurso dividem-se em variáveis


(o qual, os quais, a qual, as quais, cujo(s), cuja(s), quanto(s), quantas) e invariáveis (que, quem,
quando, como, onde).

Interrogativos: utilizados em interrogações diretas ou indiretas (que, quem, qual, quais,


quanto/a(s)).

e) Artigos:

Definidos: especifica ou particulariza algo (o, a, os, as).

Indefinidos: generaliza algo (um, uma, uns, umas).

f) Numerais:

Cardinais: indicam quantidade determinada de seres (ex.: um, dois).

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Ordinais: indicam posição relativa de um ou mais seres numa sequência (ex.: primeiro, segundo).

Multiplicativos: indicam o número de vezes em que o ser é multiplicado (ex.: duplo, triplo).

Fracionários: indicam em quantas partes se divide uma quantidade (ex.: meio, terço).

g) Preposições:

Essenciais: só atuam como preposição (ex.: Não o vejo desde o último inverno).

Acidentais: pertencem a outras classes gramaticais, mas assumem o papel de preposição em


determinado contexto (ex.: A conta só pode ser fechada mediante entrega dos documentos)

h) Conjunções:

Coordenativas: Unem termos semelhantes ou orações independentes (ex.: Já passei, portanto


posso falar).

Subordinativas: Unem orações dependentes de outras (ex.: Se ele for, eu vou).

i) Interjeições:

São classificadas em advertência (Cuidado!), alegria (Uhu!), alívio (Ufa!), ânimo (Vamos!), apelo
(Socorro!), chamamento (Psiu!), desejo (Tomara!), dor (Ai!), espanto (Nossa!), satisfação (Oba!),
saudação (Oi!), silêncio (Psiu!).

j) Advérbios:

São classificados em lugar (aqui), tempo (sempre), modo (bem), afirmação (realmente), negação
(não), intensidade (muito), dúvida (talvez), entre outros.

2) COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS

Pronomes oblíquos átonos ou pronome pessoal oblíquo átono são pronomes que indicam pessoas
e funcionam nas orações como objeto direto, objeto indireto ou complemento nominal.

Pelo fato de serem pronunciados com menos força são átonos, sendo assim chamados de pronomes
oblíquos átonos.

Os pronomes oblíquos podem ter funções sintáticas de complemento verbal (objeto direto ou
indireto) ou complemento nominal, e assim são divididos e classificados:

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Pronomes Função Exemplos

me, te, nos, de objeto direto ou de objeto Deu-me os parabéns.


vos indireto
Isto não vos pertence.

Já te chamei várias vezes.

Conhece-nos?

o, a, os, as apenas de objeto direto Foi ele quem o (os) convidou.

Não a (as) chamei.

lhe e lhes apenas de objeto indireto Atirem-lhe a bola!

Eu disse-lhes a verdade.

se de objeto direto ou de objeto Ela penteou-se.

indireto, mas é sempre usado


Ele olhou-se no espelho.
na voz reflexiva

2.1) Colocação de pronomes oblíquos átonos

Os pronomes oblíquos átonos podem assumir as seguintes posições com relação ao verbo:

Próclise - quando o pronome é colocado antes do verbo. (ex.: Não me fale isso!).

É usada quando a oração contém: palavras que expressam negação (não, ninguém), pronomes
relativos (que, quem), indefinidos (alguém, tudo) e demonstrativos (este, essa), advérbios (muito, ali),
conjunções subordinativas (embora, conforme).

Mesóclise - quando o pronome é colocado no meio do verbo. (ex.: Contar-te-ei uma história).

É usada com verbos que estejam no futuro do presente ou no futuro do pretérito (contarei, contaria).

Ênclise - quando o pronome é colocado depois do verbo. (ex.: Falaram-te algo?).

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SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

A sintaxe é o ramo da gramática que estuda a estrutura da frase, analisando as funções que as
palavras desempenham numa oração e as relações que estabelecem entre si. A sintaxe estuda
também as relações existentes entre as diversas orações que formam um período.

1) COESÃO TEXTUAL

Coesão textual é o mecanismo linguístico que permite uma conexão lógico-semântica entre trechos
de um texto.

Assegura a ligação entre palavras e frases, interligando as diferentes partes de um texto por meio
de conjunções, preposições, advérbios ou locuções adverbiais.

É notada ao verificar que as frases e os parágrafos estão amarrados no texto, de forma que um
elemento é sequencial ao outro, ocasionando a transição das ideias presentes no texto.

Importante ainda diferenciar coesão textual de coerência textual. Em suma, a coesão se trata da
estrutura e organização de um texto. Logo, todas as suas partes devem estar interligadas por meio
de elementos conectivos. De outro lado, a coerência refere-se ao encadeamento lógico de ideias e
ao sentido interno e externo ao texto.

2) TIPOS DE COESÃO TEXTUAL

2.1) Coesão referencial

É uma das mais usadas e consiste na menção de anáforas (refere-se aos termos já citados no texto)
e catáforas (refere-se aos termos que serão citados na sequência do texto);

Anuncia ou retoma as frases, sequências e palavras presentes em um texto, por meio de termos
conectivos (pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos ou expressões adverbiais de lugar);

Evita o uso de diversas repetições no mesmo texto usando um termo para fazer referência a outro.
Reitera algo que já foi dito antes, substituindo uma palavra por outra que possui com ela alguma
relação semântica.

2.2) Coesão por substituição

Consiste na substituição de uma palavra por outra ou por uma locução adverbial;

Emprega palavras e expressões que retomam termos por meio da anáfora, conforme outros tipos
de coesão;

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Acontece ao passo que substantivos, verbos, períodos ou trechos de textos são substituídos por
conectivos ou expressões que resumem ou fazem menção ao que já foi dito.

2.3) Coesão por repetição/reiteração (lexical)

Ocorre quando um termo é substituído por outro dentro do texto.

Estabelece uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hiperonímia, por meio de sinônimos,
pronomes, heterônimos ou hipônimos, que estabelecem uma corrente de sentido fazendo remissão
às mesmas ideias por meio de diferentes termos;

Usa palavras ou expressões análogas para substituir termos já utilizados e para identificar e nomear
elementos textuais que já forma citados;

É essencial para manutenção da unidade temática do texto que necessita de uma carga de
redundância;

Constrói uma cadeia de sentidos fazendo remissão das mesmas ideias através diferentes expressões.

2.4) Coesão sequencial

Faz uso de conjunções, conectivos e expressões que dão sequência aos assuntos, estabelecendo uma
continuidade em relação ao que já foi dito;

Usa expressões como: diante do exposto, a partir dessas considerações, embora, logo, com o fim de,
diante desse quadro, em vista disso, tudo o que foi dito, esse quadro, por conseguinte, caso, entre
outras;

Dá sequência ao texto por meio das relações semânticas que ligam as orações.

2.5) Coesão por elipse

Ocorre quando há a omissão de algumas palavras sem que o entendimento das ideias da oração
seja comprometido;

Consiste na supressão de elementos que são facilmente identificados ou que já tenham sido
mencionados no texto;

A omissão dos termos acontece, geralmente, com a substituição por uma vírgula, que pode ser usada
em lugar de um pronome, um verbo, nomes e frases inteiras.

2.6) Coesão por Conjunção

Estabelece relação entre os elementos do texto através de conjunções.

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3) CONECTORES TEXTUAIS

Conectores textuais são palavras ou locuções empregadas para ligar ou articular ideias, expressas
em palavras ou orações:

3.1) Conectores Coordenativos

RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES

ADIÇÃO e, nem, não só, mas/como, ou

ADVERSIDADE mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, e

ALTERNATIVA ou, ou ... ou, ora ... ora, quer... quer, seja .... seja

CONCLUSÃO logo, portanto, por conseguinte, destarte/ dessarte, então, pois

EXPLICAÇÃO que, pois, porque, porquanto

3.2) Conectores Subordinativos

RELAÇÃO DE SENTIDO CONECTORES

CAUSA pois, porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, na
medida em que, como, por + infinitivo

COMPARAÇÃO como, mais/menos... que/ do que, tanto... quanto

CONCESSÃO embora, conquanto, posto que, mesmo que, ainda que, não
obstante, apesar de, malgrado

CONDIÇÃO se, caso, desde que, contato que, a menos que, a não ser que

CONFORMIDADE como, conforme, segundo, consoante

CONSEQUÊNCIA tão/tanto... que, de modo que, de maneira que

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FINALIDADE para que, a fim de que, para + infinitivo, a fim de + infinitivo

PROPORCIONALIDADE à medida que, à proporção que, quanto mais... mais

TEMPO quando, enquanto, desde que/quando, ao + infinitivo

4) RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

A frase, oração e período são compostos por coordenação quando têm orações equivalentes, mas
sem dependência uma da outra. São sintaticamente independentes e são classificadas em dois tipos:

4.1) Orações Coordenadas Assindéticas:

São caracterizadas pelo período composto justaposto, ou seja, NÃO são ligadas através de nenhum
conectivo. (ex.: Chegamos na praia, nadamos, jogamos, comemos).

4.2) Orações Coordenadas Sindéticas:

São caracterizadas pelo período composto ligado através de uma conjunção ou locução
coordenativa. Assim, dependendo dos conectivos presentes nas orações, elas são classificadas em:
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, conforme ilustrado na tabela a seguir:

Classificação Função Conectivos Exemplo

Aditiva transmite uma ideia de e, nem, não só, mas também, Chegamos à praia e
adição, soma mas ainda, como, assim, etc. nadamos.

Adversativa transmite uma ideia de e, mas, contudo, todavia, Trabalha, mas nunca
oposição ou de entretanto, porém, no entanto, guarda dinheiro.
contraste. ainda, assim, senão, etc

Alternativa enfatiza uma escolha ou, ou … ou; ora … ora; quer … Ora gosta de
dentre as opções quer; seja … seja, etc. vestidos, ora gosta
existentes de sapatos.

Conclusiva expressam conclusões logo, portanto, por fim, por São adolescentes,
conseguinte, pois, então, logo irão namorar.
consequentemente, etc.

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Explicativa expressam uma isto é, ou seja, a saber, na Descemos do carro,
explicação sobre algo verdade, porque, que, pois, etc. porque o trânsito
que foi referido estava parado.
anteriormente

5) RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO

As orações subordinadas são aquelas que exercem função sintática sobre outras, ou seja, a oração
que subordina ou depende da outra.

A depender da função que desempenham, os tipos de oração subordinada


são substantivas, adjetivas ou adverbiais.

5.1) Orações Subordinadas Substantivas

São aquelas que exercem função de substantivo.

São classificadas em: Subjetiva, Predicativa, Completiva Nominal, Objetiva Direta, Objetiva Indireta e
Apositiva:

Classificação Função Exemplo

Subjetiva Sujeito É provável que ela venha jantar.

Predicativa Predicativo do Meu desejo era que me dessem um presente.

sujeito

Completiva Nominal Complemento Temos necessidade de que nos apoiem.

nominal

Objetiva Direta Objeto direto Nós desejamos que sua vida seja boa.

Objetiva Indireta Objeto indireto Recordo-me de que tu me amavas.

Apositiva Aposto Desejo-te uma coisa: que tenhas muita sorte.

5.2) Orações Subordinadas Adjetivas

São aquelas que exercem função de adjetivo. São classificadas em:

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a) Explicativa - Destaca um detalhe do termo antecedente. Exemplo: A África, que é o terceiro maior
continente, tem um alto índice de pobreza.

b) Restritiva - Restringe a significação de seu antecedente. Exemplo: As pessoas que são alegres
vivem melhor.

5.3) Orações Subordinadas Adverbiais

São aquelas que exercem função de advérbio. São classificadas em:

a) Causal - Exprime a causa. Exemplo: Já que está nevando ficaremos em casa.

b) Comparativa - Estabelece comparação entre a oração principal e a oração subordinada. Exemplo:


Maria era mais estudiosa que sua irmã.

c) Concessiva - Indica permissão (concessão) entre as orações. Exemplo: Alguns se retiraram da


reunião apesar de não terem terminado a exposição.

d) Condicional - Exprime condição. Exemplo: Você fará uma boa prova desde que se esforce.

e) Conformativa - Exprime concordância. Exemplo: Realizamos nosso projeto conforme as


especificações da biblioteca.

f) Consecutiva - exprime a consequência referente a oração principal. Exemplo: Gritei tanto, que
fiquei sem voz.

g) Final - Exprime finalidade. Exemplo: Todos trabalham para que possam vencer.

h) Temporal - Indica circunstância de tempo. Exemplo: Fico feliz sempre que vou visitar minha mãe.

i) Proporcional - Exprime proporção entre as orações: principal e subordinada. Exemplo: À medida


que o tempo passa, a chuva aumenta.

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL

A concordância verbal e nominal é a relação que garante que as palavras concordem umas com as
outras.

1) CONCORDÂNCIA VERBAL

A concordância verbal se pauta na ideia de que os verbos concordem com os sujeitos.

De tal forma é necessário respeitar as relações de número e pessoa entre verbo e sujeito, a seguir
algumas regras:

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Regra 1: Concordância de sujeito composto antes do verbo

Quando o sujeito é composto e vem antes do verbo, esse verbo deve estar sempre no plural. (ex.:
Pedro e Lúcia conversaram até de madrugada).

Regra 2: Concordância de sujeito composto depois do verbo

Quando o sujeito composto vem depois do verbo, o verbo pode ficar tanto no plural como pode
concordar com o sujeito mais próximo (ex.: Discursaram coordenador e professores/ Discursou
coordenador e professores).

Regra 3: Concordância de sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes

Quando o sujeito é composto, mas as pessoas gramaticais são diferentes, o verbo deve ficar no
plural. No entanto, ele concordará com a pessoa que, a nível gramatical, tem prioridade.

Ou seja, a 1.ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2.ª (tu, vós) e a 2.ª tem prioridade em
relação à 3.ª (ele, eles). (ex.: Nós, vós e eles vamos ao encontro).

Regras Especiais

a) Expressão “Mais de um”: o verbo concorda com o núcleo do sujeito. (ex.: Mais de um senador
será candidato à reeleição).

b) Expressões partitivas (uma parte de, a metade de, uma porção de etc.):

O verbo concorda com o núcleo do sujeito ou com o seu especificante, quando o núcleo do
sujeito estiver no singular e o especificante do núcleo estiver no plural. (ex.: Uma parte das mulheres
reclamou/reclamaram da festa).

O verbo concorda com o núcleo do sujeito e com o seu especificante, quando ambos estiverem
no singular. (ex.: A maioria da torcida torce por nossos amigos).

c) Quantidades aproximadas: o verbo concorda com o núcleo do sujeito. (ex.: cerca de 10 pessoas
falaram os prisioneiros).

d) SE = partícula apassivadora: o verbo concorda com o sujeito. (ex.: solicitaram-se os


documentos).

e) Sujeito = QUE (pronome relativo): “que” é um pronome neutro que tem função de sujeito, logo
o verbo concorda com o pronome relativo. (ex.: Os moradores que reclamaram são novos aqui).

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f) Sujeito = QUEM (pronome relativo): “quem” não é um pronome neutro e tem embutida a
terceira pessoa do singular, tendo mais uma possibilidade de concordância. Quando o “quem” é
antecedido de um pronome pessoal do caso reto, também é possível fazer a concordância com ele.
(ex.: Fomos nós quem fez/fizemos a comida).

g) Sujeito com numerais percentuais e fracionários:

O verbo concorda com o percentual ou com o especificante. (ex.: 10% de todo o montante serão
dados/será doado àquela instituição).

Na fração, o verbo concorda com o numerador ou com o especificante. (ex.: 1/3 dos dentistas
está/estão em greve).

i) Verbos impessoais: verbo sempre no singular. (ex.: Há uma cadeira vaga na sala).

j) Verbo SER, quando:

O sujeito é um dos pronomes o, isto, isso, aquilo, tudo: o verbo ser concorda com o
predicativo. (ex.: Tudo era felicidade quando morava na roça).

O predicativo for um pronome pessoal: o verbo concorda com este pronome pessoal. (ex.: O
presente que comprei hoje é para você).

O sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal: o verbo ser concordará com o sujeito. (ex.:
Paola é a aluna mais aplicada da sala).

O sujeito for uma expressão numérica que dá ideia de conjunto: o verbo ficará no singular.
(ex.: Quatro horas é pouco tempo para fazer as provas de vestibular).

A oração se iniciar com os pronomes interrogativos (Que, Quem): o verbo concorda com o
sujeito. (ex.: Quem é a pessoa que consegue fazer justiça com as próprias mãos?).

A oração indicar o dia do mês: o verbo concorda no singular ou no plural, dependerá da


intenção. (ex.: Hoje é (dia) 14 de agosto. (dia específico) / Hoje são 14 de agosto. (dias decorridos
até a data)).

2) CONCORDÂNCIA NOMINAL

A concordância nominal impõe que os substantivos concordem com adjetivos, artigos, numerais e
pronomes. Diante disso, é necessário respeitar as relações de gênero e número entre substantivos,
adjetivos, artigos, numerais e pronomes. A seguir algumas regras:

Regra 1: Concordância entre substantivo e mais do que um adjetivo

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Quando há mais do que um adjetivo para um substantivo, há duas formas de concordar:

Colocar o artigo ANTES do último adjetivo. (ex.: A língua francesa e a italiana são encantadoras).

Colocar o substantivo e o artigo que o acompanha no plural. (ex.: As línguas francesa e italiana
são encantadoras).

Regra 2: Concordância entre substantivos e um adjetivo

Quando há mais do que um substantivo e apenas um adjetivo, há duas formas de concordar:

Se o adjetivo vem ANTES dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.
(ex.: Lindo filho e bebê)

Se o adjetivo vem DEPOIS dos substantivos, o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
ou com todos os substantivos. (ex.: Pronúncia e vocabulário perfeito. Vocabulário e pronúncia
perfeitos).

Regras Especiais

a) Concordância entre números ordinais:

Quando há números ordinais ANTES do substantivo, este pode ser usado tanto no singular como
plural. (ex.: A primeira e a terceira sala / A segunda e a terceira salas).

Quando há números ordinais DEPOIS do substantivo, este pode ser usado tanto no singular
como plural. (ex.: As salas segunda e terceira / Os lugares primeiro e segundo).

b) Anexo/em anexo:

A palavra "anexo" concorda em gênero e número com o substantivo. (ex.: Segue anexo o
documento/Segue anexa a fatura).

Porém, a expressão "em anexo" não varia. (ex.: Segue em anexo o documento/ Segue em anexo
a fatura).

c) Bastante(s)

Quando tem a função de adjetivo, a palavra "bastante" concorda em gênero e número com o
substantivo. (ex.: Recebemos bastantes ligações).

Quando tem a função de advérbio, a palavra "bastante" não varia. (ex.: Eles dançam bastante
bem/ Fomos bastante amigos)

d) Meio

Quando tem a função de adjetivo, a palavra "meio" concorda em gênero e número com o
substantivo. (ex.: Atrasado, tomou meio copo de leite e saiu correndo/ Atrasado, tomou meia xícara
de leite e saiu correndo).

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Quando tem a função de advérbio, a palavra "meio" não varia. (ex.: Ele é meio doido/ Ela é meio
doida).

e) Menos: A palavra "menos" não varia. (ex.: Hoje, tenho menos alunos/ Hoje, tenho menos alunas).

f) É proibido, é bom, é necessário: Estas expressões não variam, exceto que sejam acompanhadas
por determinantes que as modifiquem. (ex.: É proibido entrada/ É proibida a entrada; Verdura é
bom/ A verdura é boa; Paciência é necessário/ A paciência é necessária).

REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL

Entende-se por regência à relação estabelecida, na oração, entre um termo regente e um termo
regido.

A regência pode ser classificada em regência verbal ou regência nominal, de acordo com a natureza
do termo regente:

Na regência verbal o termo regente é um verbo, e o termos regidos são: objeto e objeto indireto.

Na regência nominal o termo regente é um nome., e o termo regido é um complemento nominal.

O termo regente depende do termo regido. O sentido do termo regente permanece incompleto sem
a presença do termo regido.

1) REGÊNCIA VERBAL

Se o verbo regente for transitivo direto, o termo regido será um objeto direto (não preposicionado).
(ex.: Bebeu o vinho.)

Se o verbo regente for transitivo indireto, o termo regido será um objeto indireto
(preposicionado). (ex.: Desobedeceu aos avós).

Quando a regência verbal é estabelecida por meio de uma preposição, as mais utilizadas são: a, de,
com, em, para, por, sobre. (ex.: agradar a / trocar por / alertar sobre).

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2) REGÊNCIA NOMINAL

O nome que atua como termo regente pode ser um substantivo, um adjetivo ou um advérbio. O
complemento nominal, que atua como termo regido, pode ser um substantivo, um pronome ou um
numeral. (ex.: acessível a todos/ mau para a saúde/ ansioso por férias).

A regência nominal é estabelecida por meio de uma preposição, sendo a, de, com, em, para, por as
preposições mais utilizadas (ex.: livre de/ pronto para/ descontente com).

USO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE

A crase é assinalada pelo acento grave (`), e serve para evitar a repetição (a + a) nas situações em
que precisamos utilizar “a”, com a função de artigo, juntamente com “a”, com a função de preposição
(a + a = à).

1) EMPREGO DO SINAL DE CRASE

1.1) Utilizações da crase:

a) Antes de palavras femininas. (ex.: Fui à escola).

b) Quando acompanham verbos que indicam destino (ir, voltar, vir). (ex.: Vou à padaria).

c) Nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas. (ex.: À medida que o tempo passa as amizades
aumentam).

d) Antes dos Pronomes demonstrativos aquilo, aquela, aquele. (ex.: No verão, voltamos àquela
praia).

e) Antes da locução "à moda de" quando ela estiver subentendida. (ex.: Dribla à (moda de) Pelé).

f) Na indicação das horas. (ex.: Termino meu trabalho às cinco horas da tarde).

g) Antes de numeral cardinal que indicam as horas exatas (ex.: Saio da escola às 12h30).

1.2) Não utilizações da crase:

a) Horas exatas quando acompanhadas de preposições (para, desde, após, perante, com), não se
utiliza a crase (ex.: Ficamos na reunião desde as 12h);

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b) Entre palavras repetidas (ex.: dia a dia, frente a frente, cara a cara, gota a gota, ponta a ponta).

c) Antes de palavras masculinas (ex.: Jorge tem um carro a álcool).

d) Antes de verbos que não indiquem destino (ex.: Estava disposto a salvar a menina)

e) Antes de pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo (ex.: Falamos a ela sobre o ocorrido)

f) Antes dos pronomes demonstrativos isso, esse, este, esta, essa (ex.: Era a isso que nos referíamos.)

1.3) Crase facultativa

a) Depois da preposição “até” (ex.: fui até à praça, ou fui até a praça).

b) Antes de nomes próprio femininos (ex.: entrega à Lara, ou entrega a Lara).

c) Antes de pronomes possessivos (ex.: Mandou presentes de natal à sua família, ou mandou
presentes de natal a sua família).

Ressalta-se que não se usa crase antes da maior parte dos pronomes

Tome nota!

Macete para identificar se há crase nos verbos de destino:


“Vou a, volto da, crase há! Vou a, volto de, crase pra quê?”

Vou à Europa, volto da Europa


Vou a Roma, volto de Roma

PONTUAÇÃO

Sinais de Pontuação são sinais gráficos que contribuem para a coerência e a coesão de textos, bem
como têm a função de desempenhar questões de ordem estilística.

São eles e suas respectivas funções:

1) Ponto (.)

É utilizado para terminar a ideia ou discurso e indicar o final de um período. (ex.: Eu comi ontem.)

Ainda, utilizado nas abreviações (ex.: Sr. João, lamentamos informar que o seu voo foi cancelado.)

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2) Vírgula (,)

Indica uma pausa no discurso (ex.: Gritei tanto, que fiquei sem voz).

Separa termos com a mesma função sintática (ex.: Vou precisar de farinha, ovos, leite e açúcar).

Separa o aposto (ex.: Rose Maria, apresentadora do programa da manhã, falou sobre as receitas
vegetarianas).

Separa o vocativo (ex.: Desta maneira, Maria, não posso mais acreditar em você).

Obs.: Sua utilização é tão importante que pode mudar o significado quando não utilizada ou
utilizada de modo incorreto

3) Ponto e Vírgula (;)

Separa várias orações dentro de uma mesma frase. (ex.: Os empregados, que ganham pouco,
reclamam; os patrões, que não lucram, reclamam igualmente).

Separa uma relação de elementos. (ex.: Os conteúdos da prova são: Geografia; História;
Português).

Obs.: É um sinal que muitas vezes gera confusão nos leitores, já que ora representa uma pausa mais
longa que a vírgula e ora mais breve que o ponto.

4) Dois Pontos (:)

É utilizado antes de uma explicação, para:

Introduzir uma fala (ex.: Joana explicou: — Não devemos pisar na grama do parque).

Iniciar uma enumeração. (ex.: Na matemática, as quatro operações essenciais são: adição,
subtração, multiplicação e divisão).

5) Ponto de Exclamação (!)

É utilizado para exclamar. Assim, é colocado em frases que denotam sentimentos como surpresa,
desejo, susto, ordem, entusiasmo, espanto. (ex.: Que horror! Ganhei! Quieto!)

6) Ponto de Interrogação (?)

É utilizado para interrogar, perguntar. (ex.: Quer ir ao cinema comigo?).

7) Reticências (...)

Suprime palavras, textos. (ex.: Ana gosta de comprar sapatos, bolsas, calças…).

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Indica que o sentido vai muito mais além do que está expresso na frase. (ex.: "A vida é uma
tempestade (...) Um dia você está tomando sol e no dia seguinte o mar te lança contra as rochas." (O
Conde de Monte Cristo, Alexandre Dumas)).

8) Aspas (" ")

Enfatiza palavras ou expressões (ex.: Satisfeito com o resultado do vestibular, se sentia "o bom”).

Delimita citações de obras. (ex.: Brás Cubas dedica suas memórias a um verme: "Ao verme que
primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias
póstumas.").

9) Parênteses ( ( ) )

Isola explicações (ex.: Saiu às pressas (como sempre) e esqueceu o lanche na cozinha.

Acrescenta informação acessória. (ex.: Cheguei à casa cansada, jantei (um sanduíche e um suco)
e adormeci no sofá).

10) Travessão (—)

Indica os diálogos do texto no início de frases diretas. (ex.: Perguntei: — Onde é o ponto de
ônibus?)

Substitui os parênteses ou dupla vírgula. (ex.: Maria - funcionária da prefeitura - aconselhou-me


que fizesse assim).

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

1) SEMÂNTICA E A SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

A semântica (do grego: semantiká = “sinal”) é a área da linguística que estuda os significados e/ou
sentido das palavras da língua e é dividida em:

Semântica Descritiva (sincrônica): indica o estudo da significação das palavras na atualidade.

Semântica Histórica (diacrônica): se encarrega de estudar o significado das palavras em


determinado espaço de tempo.

A fim de conhecer as palavras apropriadas para inseri-las em determinados discursos, recorremos à


semântica, ou seja, a significação dos termos.

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Diante disso, alguns conceitos são base para o estudo das significações, a saber:

1.1) Sinonímia e Antonímia

Os sinônimos (do grego = “semelhante nome”) designam as palavras que possuem significados
semelhantes e são classificados de acordo com a semelhança que compartilham com o outro termo:

Os sinônimos perfeitos possuem significados idênticos (após e depois; léxico e vocabulário).

Já os sinônimos imperfeitos possuem significados parecidos (gordo e obeso; córrego e riacho).

Os antônimos (do grego = “nome oposto, contrário) designam as palavras que possuem
significados contrários (ex.: claro e escuro / triste e feliz)

1.2) Paronímia e Homonímia

Homônimos são palavras que ou possuem a mesma pronúncia (palavras homófonas), ou possuem
a mesma grafia (palavras homógrafas), entretanto, possuem significados diferentes.

São chamados de "homônimos perfeitos", as palavras que têm a mesma grafia e a mesma sonoridade
na pronúncia (ex.: O pelo do gato é curto / Pelo caminho da cidade).

Parônimos são palavras que têm significados diferentes, porém se assemelham na pronúncia e na
escrita (ex.: soar (produzir som) e suar (transpirar); acento (sinal gráfico) e assento (local para sentar);
acender (dar luz) e ascender (subir)).

1.3) Polissemia

A polissemia retrata a multiplicidade de significados de uma palavra. Com o decorrer do tempo,


determinado termo adquiriu um novo significado, entretanto, ainda se relaciona com o original (ex.:
O garoto quebrou a perna no acidente/ A perna da cadeira é preta).

1.4) Conotação e Denotação

A conotação caracteriza o sentido virtual, figurado e subjetivo da palavra, aumentando o seu campo
semântico. Logo, depende do contexto. No geral, a conotação é utilizada nos textos poéticos com o
objetivo de produzir sensações no leitor. (ex.: Agiu como um porco).

A denotação caracteriza o sentido real, literal e objetivo da palavra. E estuda uma linguagem mais
informativa, ao contrário de uma linguagem mais poética (conotativa).

É frequentemente utilizada nos trabalhos acadêmicos, jornais, manuais de instruções, e outros. (ex.:
No sítio do meu avô há um porco).

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2) SUBSTITUIÇÃO DE PALAVRAS OU DE TRECHOS DE TEXTO

A Reescrita pode ser feita por meio de substituição de palavras ou de trechos de textos utilizando:

2.1) Sinônimos

Palavras que têm significados iguais ou semelhantes (ex.: Aquele carro está com problema /
Aquele automóvel está com defeito).

2.2) Antônimos

Palavras que possuem significados diferentes, ou seja, significados opostos (ex.:


O homem estava bravo / O sujeito não estava tranquilo).

2.3) Locução verbal

É a união de verbos com a função de apenas um. (ex.: Vou ler este livro para minha neta /
Lerei este livro para minha neta).

2.4) Verbo por substantivo e vice-versa

Você transforma uma oração verbal em oração nominal ou vice-versa. (ex.: O trabalho é essencial
para a vida / Trabalhar é essencial para a vida).

2.5) Voz verbal

voz assumida pelo verbo que indica se o sujeito é agente ou paciente da ação. (ex.: Eu vi a mulher
na festa/ A mulher foi vista por mim na festa).

2.6) Conectivos com mesmo valor semântico

conjunção, preposição e advérbio são conectivos que auxiliam a dar sentido às orações.

a) Conectivos de adição: além disso, ainda mais, também, e…

b) Conectivos de certeza: por certo, certamente, com certeza…

c) Conectivos de condição: caso, eventualmente, se.

d) Conectivos de conclusão: em suma, em conclusão, enfim…

e) Conectivos de tempo: enfim, logo, então, logo depois, logo após…

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f) Dentre outros conectivos: por certo, eu vencerei este duelo / certamente, eu vencerei este
duelo.

3) REORGANIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ORAÇÕES E DE PERÍODOS DO TEXTO

Sintaxe da oração e do período

É uma parte da gramática que estuda a relação entre as palavras de uma frase, ou seja, é a função
das palavras na formação dos períodos para que as frases tenham sentido.

3.1) Frase

É uma sequência de palavras (pode ser formada por uma palavra apenas) com sentido completo,
que pode expressar emoções, ordens, ideias e etc.

Tipos de frases:

a) Frases interrogativas: Uma pergunta (ex.: Você vai jogar futebol?)

b) Frases imperativas: Ordem ou pedido (ex.: Hoje à noite você vai lavar a louça).

c) Frases exclamativas: Mostra um momento afetivo (ex.: Bons ventos o levem!).

d) Frases declarativas: constatação de um fato, ou seja, afirmam ou negam algo de maneira


concreta. (ex.: Ela acabou de sair/ Ele não foi trabalhar).

e) Frases optativas: expressam desejo (ex.: Espero que você consiga o trabalho).

3.2) Oração

É uma frase que contém um verbo ou uma locução verbal. (ex.: Minha tia está brava comigo).

3.3) Período

É uma frase com uma ou mais orações, podendo ser:

a) Período simples: é formado por uma única oração. (ex.: O jantar hoje será pizza).

b) Período composto: é formado por duas ou mais orações. (ex.: Comprarei aquela cadeira para
dar para meu filho).

3.4) Funções sintáticas dos termos

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a) Termos essenciais da oração: São considerados fundamentais e são formados pelo sujeito e
predicados na oração.

b) Termos integrantes da oração:


Completam o sentido da oração (verbos e nomes);
São formados pelo complemento verbal (objeto direto e indireto);
Complemento nominal e o Agente da passiva.

c) Termos acessórios da oração: Tem uma função secundária na oração e são formados pelo
adjunto adnominal, adjunto adverbial e o aposto.

4) REESCRITA DE TEXTOS DE DIFERENTES GÊNEROS E NÍVEIS DE FORMALIDADE

Para reescrever frases e parágrafos de um texto, deve-se ter muita atenção na gramática, ou seja,
nos erros de pontuação, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, o uso da crase e
a colocação pronominal (ex.: uma troca de posição da vírgula, pode alterar o sentido da frase).

Os termos reescritos devem manter a informação essencial do texto utilizando vocabulários e


expressões do texto original, mantendo a ordem das palavras para que o texto conserve seu sentido.
Deve-se, por fim, também se atentar ao tempo verbal.

COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

1) COMPREENSÃO DE TEXTOS

A compreensão de um texto é a decodificação da mensagem apresentada, ou seja, é a análise


objetiva do que está no explícito no texto.

2) INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

A interpretação de textos compreende a capacidade de chegar a determinadas conclusões, por


meio da conexão de ideias, após realizar a leitura de algum tipo de texto (visual, auditivo, escrito,
oral), de forma a ir além do texto propriamente dito. Neste sentido, a interpretação de texto é algo
subjetivo e que pode variar de leitor para leitor. A seguir exemplifica-se por uma questão:

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(FCC, 2022)

Comentário da questão:

Resposta: (B) personificação. Esta é a alternativa correta.

O enunciado acima exemplifica a compreensão e interpretação de um texto visual.

A função da personificação é atribuir características humanas a seres não humanos ou inanimados.

Tão logo, o humor da tirinha se dá no último quadrinho, pois o personagem (inseto) ao dizer que o
“livro prende o leitor” provoca um duplo sentido na história, pois ele quis dizer que o livro prende a
atenção do leitor, mas como o inseto foi também preso fisicamente pelo livro é estabelecido um
novo sentido ao verbo prender, personificando o objeto. Em suma, a construção ambígua acerca do
verbo prender gerou o humor na tirinha.

TIPOLOGIA TEXTUAL

1) TIPOS TEXTUAIS

Os tipos textuais são o conjunto de estruturas que constituem textos de diferentes gêneros textuais,
em outras palavras, é o modo como um texto se apresenta.

Eles se dividem em cinco: narrativo, descritivo, expositivo (informativo), argumentativo


(dissertativo) e injuntivo.

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1.1) Narrativo

O texto narrativo retrata uma sucessão de fatos, e é composto pelos seguintes elementos:
personagens, tempo, espaço e enredo (sucessão de acontecimentos).

É o relato de uma história vivida por personagens ao longo do tempo e do espaço, trazendo consigo
sempre uma progressão temporal.

No texto narrativo, contém, ainda, trechos descritivos.

1.2) Descritivo

O texto descritivo faz menção as características ou qualidades de alguém ou de alguma coisa.


Características são atributos específicos ao ser, enquanto qualidades determinam a essência ou a
natureza de um ser ou coisa a serem descritos.

A tipologia textual na forma de descrição pode se referir, por exemplo, a uma pessoa, um ambiente,
um processo, ou uma cena, de forma simultânea.

1.3) Expositivo (informativo)

O texto expositivo apresenta um assunto sem apresentar uma opinião ou uma tese.

Esta tipologia textual se pauta numa linguagem objetiva, isto é, uma linguagem direcionada ao
objeto apresentado, e não ao sujeito em questão.

1.4) Argumentativo (dissertativo)

No texto argumentativo o assunto é apresentado sob a perspectiva do autor, trazendo trechos


expositivos ou informativos para compor uma análise.

Neste tipo texto identifica-se os seguintes elementos: uma introdução (tese), argumentos
(desenvolvimento) e uma conclusão, a fim de consolidar os argumentos.

Diferentemente dos textos descritivos e expositivos onde há predominantemente fatos, o texto


argumentativo contém uma opinião a partir dos fatos apresentados.

1.5) Injuntivo

O texto injuntivo (ou conhecido como instrucional), que se propõe a orientar, prescrever e instruir.

Frequentemente há verbos no imperativo.

Utilizado também para apontar acontecimentos e comportamentos.

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ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

TIPO OBJETIVO CARACTERÍSTICAS

Narrativo Retratar uma sucessão de Apresenta uma progressão temporal


fatos

Descritivo Retratar uma realidade Apresenta fatos e ações


estática simultaneamente

Expositivo Informar Linguagem objetiva, sem opinião do


(informativo) autor

Argumentativo Desenvolver um tema a partir Apresenta fatos e argumentos a fim de


(dissertativo) da perspectiva do autor fundamentar uma tese

Injuntivo Orientar, prescrever e instruir Linguagem imperativa

2) GÊNEROS TEXTUAIS

Os gêneros textuais são as classificações utilizadas para definir os textos de acordo com as
características comuns em relação à linguagem e ao conteúdo.

São identificados com base no objetivo, função e no contexto do texto.

Há diversos gêneros textuais, os quais estabelecem uma interação entre os interlocutores (emissor e
receptor) de determinado enunciado. Abaixo os principais exemplos:

2.1) Crônica

É um texto curto na forma de prosa que retrata acontecimentos cotidianos.

A linguagem utilizada é subjetiva (uso de primeira pessoa e juízo de valor).

Geralmente produzido para meios de comunicação (jornais, revistas, etc.).

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2.2) Conto

É um texto de narrativa curta, que contém enredo, personagens, tempo e espaço.

2.3) Artigo de opinião

Texto que retrata de temas da atualidade e é veiculado geralmente nos meios de comunicação
(televisão, rádio, jornais ou revistas).

2.4) Editorial

Dispõe sobre a opinião de um jornal ou revista em relação a um relevante assunto.

2.5) Notícia

Texto que informa sobre fatos e acontecimentos da atualidade.

2.6) Reportagem

Retrata fenômenos sociais ou políticos e acontecimentos gerados no espaço público e que são de
interesse de todos.

Apresenta reiteradamente polifonia (participação de outras pessoas em entrevistas, além do autor).

As opiniões, quando apresentadas, geralmente não são do autor, mas sim dos entrevistados.

ESQUEMATIZANDO O CONTEÚDO

A seguir o tipo textual correspondente a cada gênero textual apresentado:

Narrativo Descritivo Expositivo Argumentativo Injuntivo

Conto,
Manual de
crônica e Cardápio Texto didático Carta aberta
instrução
romance

Relato Tese, editorial


Notícia Palestra Propaganda
descritivo e crônica

Artigo de
Biografia /
Reportagem Reportagem opinião/ Receita
Autobiografia
científico

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