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FERNANDES
Avaliações e Perícias de Engenharia
LAUDO TÉCNICO
__________________________________________
FÁBIO COSTA FERNANDES
Engenheiro Civil – CREA 060134.5895
Rua José Senno, 160 – casa 71 – Cep. 11630-000 – Ilhabela – São Paulo – Fone: (12) 3896.6527; Cel. (11) 9 8556 8579
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ÍNDICE
1. PRELIMINARES .................................................................................................. 4
2. VISTORIA .............................................................................................................. 7
4. LOCALIZAÇÃO .................................................................................................... 8
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LISTA DE FOTOS
Fotos 2 e 3: Vista da sacada do apartamento 162, uma das fontes de infiltrações para
a unidade 152. ............................................................................................................. 18
Foto 3: Detalhe das tubulações que vêm do barrilete, para alimentar prumadas de
água fria. ..................................................................................................................... 18
Fotos 4 e 5: Detalhe dos ralos executados na sacada durante reforma, pelo co-réu
Geraldo. ...................................................................................................................... 19
Fotos 11 e 12: Teste que comprovou que a água captada pelo ralo da cobertura (área
comum) é lançada na sacada do apartamento 162 (área privativa). ......................... 21
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1. PRELIMINARES
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existente devido à sua diferente configuração (duplex), e que sofreu reparos em sua
impermeabilização, sendo, portanto, de exclusiva responsabilidade daquela unidade
privativa e do co-réu Sr. Gilberto.
Foi realizada perícia, com o Laudo Técnico encartado às fls. 330/413. Além
deste, há diversos pareceres técnicos encartados aos Autos, conforme analisado ao longo
deste trabalho.
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2. VISTORIA
Ressalta o técnico que o exame pericial se aterá aos documentos existentes nos
autos bem como àqueles colhidos por ocasião da vistoria empreendida.
3. OBJETIVO DA PERÍCIA
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4. LOCALIZAÇÃO
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Mais detalhes das construções objetivadas poderão ser melhor apreciados pelas fotos
do “Relatório Fotográfico”, capítulo 7.
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6. INTRODUÇÃO TEÓRICA
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Canalização de Sucção – que é a parte da tubulação que conduz água do reservatório inferior,
até a bomba e a Canalização de Recalque – é a que conduz a água da bomba ao reservatório
superior.
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Instalações de esgoto sanitário: São instalações destinadas à retirada das águas servidas
nas edificações, desde os aparelhos ou ralos até a rede coletora pública, ou outro destino
final qualquer. Dividem-se em três partes: esgoto secundário, esgoto primário e ventilação.
Esgoto Secundário – é a parte que não está em contato com os gases provenientes do
coletor público ou fossa séptica, ou seja, que vai dos aparelhos de utilização até a caixa
sifonada.
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Esgoto Primário – é a parte que está em contato com os gases provenientes do coletor
público ou fossa, ou seja, após a caixa sifonada no sentido do escoamento, as partes
componentes da rede de esgoto primário são: ramal de descarga, ramal de esgoto, tubo de
queda, subcoletor, coletor predial, caixa de gordura, caixa de inspeção e caixa coletora.
Ramal de Esgoto – parte da tubulação que recebe os efluentes dos ramais de descarga e
conduz a um subcoletor, ou mesmo a um tubo de queda.
Subcoletor – tubulação que recebe efluentes dos ramais de esgoto e conduz a um tubo
de queda e/ou destes ao coletor predial.
Tubo de Queda (Coluna de Esgoto) – é a tubulação vertical que conduz o esgoto dos
diversos pavimentos até os subcoletores situados no teto do subsolo ou no terreno.
Caixa de Gordura – utilizada para esgotos com resíduos gordurosos proveniente de pias
de cozinhas, a fim de retê-las, protegendo assim a tubulação da rede quanto à deposição em
suas paredes. Devido a fermentação da gordura retida devem ser hermeticamente fechadas,
porém com tampas removíveis. Recomenda-se o uso dos sifões nas pias, principalmente,
para evitar o mau cheiro proveniente da gordura retida, embora a limpeza deva ser periódica.
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Caixa Coletora - caixa onde se reúnem os efluentes líquidos, cuja disposição exija elevação
mecânica, devido às condições do terreno e o partido arquitetônico adotado muitas vezes,
no todo ou em parte, as instalações se situam em nível inferior ao coletor público (tubulação
da rede coletora que recebe contribuição de esgoto dos coletores prediais em qualquer ponto
ao longo do seu comprimento), assim a condução deste esgoto ao coletor, só se fará através
de dispositivo mecânico de elevação.
Ventilação – sua finalidade é dar escape aos gases provenientes da rede pública ou mesmo
da rede interna do edifício e também manter a pressão atmosférica dentro da tubulação
quando das descargas nos aparelhos.
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Calha: canal que recolhe a água de coberturas, terraços e similares e a conduz a um ponto de
destino.
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7. RELATÓRIO FOTOGRÁFICO
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Foto 3: Detalhe das tubulações que vêm do barrilete, para alimentar prumadas de
água fria.
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Fotos 4 e 5: Detalhe dos ralos executados na sacada durante reforma, pelo co-réu
Geraldo.
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Fotos 11 e 12: Teste que comprovou que a água captada pelo ralo da cobertura (área
comum) é lançada na sacada do apartamento 162 (área privativa).
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Neste capítulo são relatados os documentos técnicos constantes nos Autos e analisados
pelo Jurisperito, com breve síntese de cada.
1. Parecer Técnico elaborado pelo Engº Fábio Callia – fls. 34/77 – 15/12/1998.
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3. Laudo de Vistoria elaborado pelo Engº Cassiano Martins – fls. 90/93 e 254/256
– 28/04/2009.
Neste relatório, o técnico analisou a infiltração na sacada menor, descartando
problemas de impermeabilização e nas tubulações do ralo, levantando suspeitas sobre a
fachada.
Há também relato de infiltração no banheiro da unidade 152, possivelmente
proveniente do banheiro do apartamento 162.
Sobre as infiltrações na suíte, levantou-se a possibilidade de problemas nas fachadas.
Nestas folhas estão encartadas diversas fotografias dos danos no apartamento dos
Autores, unidade 152.
Neste trabalho o técnico relatou infiltrações no teto do apartamento 152, na laje e forro
de gesso da sala de estar, suítes, corredor, banheiro da primeira suíte (junto à sala de estar) e
teto da varanda da sala de estar. Segundo relatos, as anomalias estariam relacionadas à
incidência de chuvas.
Há ainda relato de obras de impermeabilização na sacada do apartamento 162, com teste
de estanqueidade aprovado. Porém, com irregularidades nos detalhes de impermeabilização
nos ralos, sem a descida da manta, o que permitiria infiltrações.
Também relata o técnico da existência de irregularidades em conexões de tubulações,
algumas apenas posicionadas justapostas. O diâmetro dos tubos era de 75mm.
Há breve citação da possibilidade de infiltrações pelas arandelas, não estanques e mal
fixadas.
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6. Laudo Técnico elaborado pelo Ilustre 1º Perito nomeado pelo EXMO. Juízo,
Engº Claudio Garcia Gomes– fls. 330/413 – 16/04/2010.
8. Parecer técnico elaborado pelo Engº José Carlos Gavião Almeida – fls. 446/471
– 10/05/2010.
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Por fim, apresenta algumas conclusões próprias. Destaca que durante a vistoria
foram constatadas anomalias que se apresentam em forma de infiltrações e ocorrem
tanto em áreas úmidas (banheiros) como na varanda. Assinala que não foram
observadas infiltrações no apto 162.
Concordando com as conclusões do 1º perito nomeado, ressalta que não pode
haver outro entendimento para a origem das infiltrações na unidade 152 que não seja
o apartamento 162, pois as águas agem por gravidade e sobre o apto 152 existe apenas
o apto 162.
Conclui concordando com o Laudo Técnico do 1º Perito, sendo as
infiltrações oriundas de uma anormalidade de comportamento do sistema
hidráulico e da impermeabilização da varanda do apartamento 162.
Neste trabalho técnico, o Assistente técnico dos Autores concorda com as conclusões
do 1º Perito nomeado, de que o apartamento 152 “vem padecendo com infiltrações crônicas
(....) todas de origem descendente, a partir da unidade 162 localizada acima” e de que “a
origem das animálias (...) está em deficiências crônicas existentes nos sistemas de
impermeabilização de lajes das varandas, do lavabo e do banheiro e em vazamentos em redes
hidráulicas de uso privativo da unidade 162”. O AT apenas discorda “da forma genérica com
que o Ilustre Perito Judicial conclui seu trabalho, deixando de, objetivamente, condenar ou
garantir a estanqueidade do sistema de impermeabilização existente na unidade 162...”.
Na sequência, o AT dos Autores faz uma análise quanto ao sistema de impermeabilização
de lajes de cobertura exercer a mesma função do telhado, portanto, podendo ser considerado
um item de uso/manutenção comum, ou seja, de responsabilidade do condomínio.
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10. Laudo Complementar elaborado pelo Ilustre 1º Perito nomeado pelo EXMO.
Juízo, Engº Claudio Garcia Gomes– fls. 519/539
Nos dias 14/07/2010 e 09/08/2010 o 1º Perito nomeado realizou novas vistorias nos
apartamentos envolvidos na lide, constatando a ocorrência de infiltrações acentuadas na sala
e banheiro adjacente, provocadas pelo entupimento de tubulação e lavagem da parte superior
da cobertura do apartamento 162. Além disso, aquele Perito também constatou o retorno
de infiltrações no outro banheiro do apartamento 152, com origem no teto, vindas do
banheiro do apartamento 162.
11. Laudo de Vistoria elaborado pelo Engº Cassiano Martins – fls. 577/580 –
07/10/2010.
12. Laudo Complementar elaborado pelo Ilustre 1º Perito nomeado pelo EXMO.
Juízo, Engº Claudio Garcia Gomes– fls. 617/619.
Neste documento, além das já citadas vistorias dos dias 14/07/2010 e 09/08/2010, o 1º
perito relata uma nova vistoria, realizada em 18/01/2011, onde constata que as infiltrações
na sala, dormitórios e banheiros do apartamento 152 continuavam. Relata ainda que estavam
em execução correções em tubulações e na sacada do apartamento 162.
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14. Parecer técnico elaborado pelo Engº Cassiano Martins – fls. 715/729–
07/10/2010.
Neste trabalho técnico, o nobre colega Assistente Técnico do co-réu Geraldo, descreve
os serviços que foram executados para cessar as infiltrações no apartamento 152, atendendo
a determinação do D. Juízo (fls. 656/662).
A princípio, há explicação sobre a tubulação não concluída e com gotejamento, embutida
na parede da sala e que lançava água sobre a laje, já mencionada em documento anterior (fls.
577/580). A solução deste problema foi obtida com o desvio desta tubulação para a sacada,
onde é lançada a água que goteja dessa tubulação. Novamente há menção à correta execução
da manta asfáltica na descida dos ralos, tubulação amassada com junção feita a quente e
subdimensionamento dos ralos para receber águas da área comum de cobertura.
Além disso foi encontrada uma nova fonte de infiltração, uma tubulação do ralo da sacada
que estava conectada a quente (sem colagem), e posicionada abaixo da manta asfáltica,
provocando infiltrações no apartamento dos Autores. Esta tubulação foi corrigida. Por fim,
na sacada, foram instalações novos ralos, com dimensões maiores para poder suportar as
águas que são lançadas na sacada, e refeita toda a impermeabilização, seguida dos testes de
estanqueidade.
Além da sacada maior, foram executados trabalhos nos banheiros (impermeabilização
dos boxes) e na sacada menor (caimento nos balaústres e impermeabilização) e iniciados os
reparos dos danos no apartamento 152.
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15. Laudo Complementar elaborado pelo 1º Perito nomeado pelo EXMO. Juízo,
Engº Claudio Garcia Gomes– fls. 735/754 – 25/10/2011.
Estes são os principais documentos para o entendimento da lide. Além destes há ainda
um Parecer Técnico elaborado pelo AT do co-réu Geraldo com o histórico e uma análise
holística do processo (fls. 1129/1175) e, ainda, dois “Pareceres complementares” elaborados
por profissionais alheios ao processo, pelo Engº Marcos Pandolfi (fls. 1179/1183) e pelo
Engº Samir Soliaman (fls. 1198/1205). Todos estes trabalhos foram também apreciados pelo
Jurisperito, mas não há necessidade de maiores explanações neste momento, visto que
basicamente corroboraram com as conclusões já propostas pelo assistente técnico do co-réu
Geraldo.
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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
10. CONCLUSÕES
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descoberta a função desta tubulação, que também não aparece nos projetos
(fls. 1695/1696), porém foi constatado pelo jurisperito que esta tubulação
apresenta um gotejamento lento e constante e, segundo relatos, com maior
intensidade durante as chuvas. A água que gotejava desta tubulação era uma
das causas das infiltrações no apartamento dos Autores. A solução adotada
pelo co-réu Geraldo foi desviar esta tubulação em direção à sacada de seu
imóvel (fls. 577/580). Embora seja de origem e função desconhecidas, esta
tubulação não atende nenhum ponto privativo da unidade 162 e, além disto,
possui características (verticalidade e diâmetro) compatíveis com uma
tubulação de prumada. Assim, a responsabilidade por esta tubulação foi
atribuída, pelo signatário, ao co-réu Condomínio.
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• Por fim, além dos problemas já apresentados, que causavam infiltrações durante as
chuvas, existiram também infiltrações com origem nos banheiros da unidade 162
(proveniente do uso), conforme relatam os documentos: i) Parecer Técnico
elaborado pelo Engº Fábio Callia – fls. 34/77; ii) Laudo de Vistoria elaborado pelo
Engº Cassiano Martins – fls. 254/256 ; iii) Laudo Técnico elaborado pelo 1º Perito
nomeado Engº Claudio Garcia Gomes– fls. 330/413; iv) Laudo Complementar
elaborado pelo 1º Perito nomeado Engº Claudio Garcia Gomes– fls. 519/539. A
origem exata destes vazamentos não foi revelada nos Autos, porém conforme
documento de fls. 715/729, foram realizadas novas impermeabilizações nos boxes
dos banheiros. De qualquer maneira, para os vazamentos nos banheiros a
responsabilidade recai sobre o apartamento 162.
Em resumo:
• As falhas de impermeabilização, antes da sua correção em 1997, e nos detalhes da
manta asfáltica nos ralos, corrigidos posteriormente durante a lide, são de
responsabilidade do co-requerido Geraldo.
• A tubulação embutida na parede da sala do apartamento 162, não concluída e com
gotejamento, foi um erro executivo da construtora e é caracterizada como
tubulação de prumada, portanto de responsabilidade do co-requerido
Condomínio.
• O vazamento proveniente do ramal do ralo da sacada do apartamento 162,
independentemente da posição do vazamento, é de responsabilidade do co-
requerido Geraldo, porém com contribuição de água da área comum, fato que
deverá ser juridicamente analisado pelo MM. Juízo de direito.
• As infiltrações provenientes dos banheiros são de responsabilidade do co-
requerido Geraldo.
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4. Se sim, como será realizada essa nova perícia? Ela será feita de maneira indireta
sobre os documentos juntados aos autos? Quais documentos dos autos serão
utilizados? Qual a metodologia que será aplicada para identificação da origem dos
vazamentos?
Reposta do Jurisperito: Perícia indireta com base em todos os documentos juntados aos
Autos, somados às informações colhidas durante a vistoria.
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única de documentos?
Reposta do Jurisperito: Como os documentos foram elaborados por diversos técnicos,
durante a ocorrência dos problemas, é possível a elaboração de perícia indireta precisa.
7. O Réu Condomínio Edifício Acapulco despeja água da parte comum em uma das
sacadas do apartamento 162 em que ocorriam problemas de infiltração no
apartamento 152?
Reposta do Jurisperito: Sim, a água de parte da cobertura do edifício (área comum) é
lançada na sacada do apartamento 162 (área privativa), de forma errônea. Uma vez na sacada,
esta água é captada pelo ralo e encaminhada à prumada de águas pluviais, onde deveria ser
lançada desde o início, sem a “passagem” pela sacada do apartamento 162.
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aparece nos projetos e não foi possível identifica-la através de testes. Pode-se concluir,
entretanto, que não atende privativamente o apartamento 162, e que possui características
(verticalidade e diâmetro) de tubulação de prumada, de uso comum. Assim, considera-se esta
tubulação de uso comum, e de responsabilidade do condomínio. Já o ramal do ralo da sacada,
embora receba erroneamente água de área comum do edifício (cobertura), ele tem a função
de escoar a água que cai sobre a sacada do apartamento 162, sendo um ramal e, portanto, de
responsabilidade do co-réu Geraldo.
10. A manta asfáltica anterior à demanda estava em boas condições, atingindo o seu
objetivo de impermeabilização adequadamente?
Reposta do Jurisperito: Em termos, conforme relatos nos documentos 78/88, já havia sido
realizado teste de estanqueidade e com resultado satisfatório. Existia, entretanto, erros nos
detalhes da manta asfáltica nos ralos, que só foram corrigidas durante a lide, conforme
constatado no Laudo técnico de fls. 330/413 (é possível notar diferenças nos pisos ao redor
dos ralos).
11. O contato pessoal do senhor perito com a manta asfáltica anterior aplicada nas
sacadas da unidade 162 e a realização de testes de estanqueidade naquela época
seriam necessários para elaborar um parecer técnico preciso sobre o caso? Explique
detalhadamente.
Reposta do Jurisperito: Outros técnicos tiveram a oportunidade de realização destes testes.
12. É possível que haja infiltrações no banheiro com chuveiro, da suíte 1 da unidade
162, utilizado normalmente, sendo que só infiltrava na unidade 152 em dias de fortes
chuvas? Nesse caso as infiltrações são decorrentes das fortes chuvas?
Reposta do Jurisperito: Nem todas as infiltrações estavam relacionadas com as chuvas.
Segundo o laudo técnico do 1º perito nomeado, houve um período em que as chuvas não
causaram infiltrações, porém os banheiros continuavam a apresentar infiltrações,
provenientes “do piso, do sistema hidráulico de águas frias ou de esgoto”. Posteriormente,
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no documento de fls. 715/729, além dos reparos realizados nas tubulações, aquele técnico
também relata terem sido realizadas recuperações nas impermeabilizações dos boxes
banheiros. Conclui-se que os banheiros também contribuíram para as infiltrações no imóvel
dos Autores.
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17. Poderia o senhor perito detalhar o memorial descritivo dos apartamentos 152 e
162, bem como da área comum do condomínio, inclusive a planta hidráulica
existente?
Reposta do Jurisperito: As fotos contidas no Relatório Fotográfico podem elucidar os
materiais que foram empregados nos imóveis. Os revestimentos de piso externo e fachada
são em materiais cerâmicos. Há impermeabilização em manta asfáltica. As tubulações são
compostas de PVC.
18. Poderia o senhor perito esclarecer quais as áreas e equipamentos que devem ser
objeto de obras de natureza preventiva e de manutenção? Se positivo, elas foram
realizadas antes dessa demanda judicial? Quando?
Reposta do Jurisperito: Todos os sistemas de um edifício necessitam de manutenção. Para
as áreas comum, o condomínio deve elaborar um plano de manutenção. Já nas áreas
privativas, seus proprietários são responsáveis pela manutenção. Não há nenhum relato de
manutenção preventiva de nenhuma das partes. Há relato de tentativas de manutenção
corretiva (na impermeabilização da sacada do apto 162) que remontam ao ano 1997. Porém,
os problemas só foram totalmente sanados em 2013, conforme parecer técnico às fls.
715/729.
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Condomínio Edifício Acapulco realiza algum controle disso? Como ele Condomínio
faz isso? Esse meio de controle é seguro, sério e suficiente?
Reposta do Jurisperito: Vide respostas aos quesitos 16 e 18.
22. As partes tomaram providências após a apresentação deste parecer? Quais foram
elas?
Reposta do Jurisperito: Conforme declaração às fls. 97/100, ambos os requeridos
tomaram medidas após o parecer citado, destacando-se a substituição das tubulações de ferro
galvanizado e testes de estanqueidade.
23. De acordo com a farta documentação juntada aos autos, na opinião do senhor
perito trata-se de caso complexo envolvendo problemas de infiltração? Por quê?
Reposta do Jurisperito: Não se trata de caso complexo, os problemas são simples e de fácil
solução. O que ocorreu foi uma falta de investigação adequada, pois são necessários
processos destrutivos, com quebra de piso e paredes.
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Reposta do Jurisperito: Não, não é um trabalho complexo, porém pode ser moroso,
devido a necessidade de quebras, por exemplo.
25. De acordo com a farta documentação juntada aos autos, antes da presente
demanda, foram feitos inúmeros reparos sempre sob a orientação de profissionais
especializados na unidade 162 na tentativa de solucionar problemas de infiltração?
Reposta do Jurisperito: Há relato de nova impermeabilização feita na sacada maior do
apartamento 162, antes da propositura da ação (depoimento fls. 859).
26. Na visão do senhor perito, a dimensão da tubulação existente, antes dos reparos
realizados durante essa demanda, era adequada para os dias das fortes chuvas que
atingiam as cidades em geral naquela época? Favor esclarecer.
Reposta do Jurisperito: Não, visto que a tubulação fora dimensionada apenas para receber
as águas que caem na sacada, e há um excesso de água devido ao lançamento de águas da
cobertura do edifício (área comum). Entretanto, este fato por si só não causaria as
infiltrações no apartamento 152 e ressalta-se que não há relatos de transbordamentos, com
exceção do episódio da bomba d’água.
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impermeabilização da sacada foi substituída em 1997, afim de tentar sanar estes problemas,
ou seja, conclui-se que as infiltrações iniciaram ainda antes de 1997.
30. Quais foram os responsáveis técnicos pelas referidas trocas? Quem os contratou?
Tal obra atendeu às normas técnicas e resolveu os problemas apresentados no
apartamento 152?
Reposta do Jurisperito: Conforme depoimento de fls. 859, o responsável por estes serviços
foi o Engº Carlos Alberto Torelli, contratado pelo co-réu Geraldo. Estes serviços não
solucionaram os problemas de infiltrações no apartamento 152, porém os diminuíram.
31. Quanto tempo em média dura uma manta asfáltica para impermeabilização?
Reposta do Jurisperito: O sistema de impermeabilização com manta asfáltica pode ter uma
durabilidade média entre 5 e 20 anos, dependendo dos materiais empregados e da qualidade
de sua execução.
32. Qual a função da bomba da caixa d´água e como a água é drenada da laje superior
do Condomínio Edifício Acapulco?
Reposta do Jurisperito: A função da bomba d’água é elevar a água do nível da rua
(reservatório inferior) até o reservatório superior (caixa d’água). A laje superior conta com
ralo para a drenagem das águas pluviais.
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35. A inicial afirma que no dia 16/12/2007 houve “(...) um defeito no comando da
bamba que abastece a caixa de água do prédio (18º andar) (...)”, o que teria
provocado novas infiltrações. Poderia o senhor perito esclarecer o motivo desse
defeito e se tal situação poderia ter sido evitada? Como?
Reposta do Jurisperito: Este episódio foi provocado por uma falha no sistema de comando
da bomba d’água, que continuou enchendo a caixa d’água além de seu limite. Falhas no
comando são passíveis de ocorrer, pois não há sistema a prova de falhas. Porém deve-se
prever proteções contra as falhas, por exemplo, adotando uma tubulação de extravasão
(ladrão da caixa d’água) que seja capaz de drenar a água em vazão maior do que a bomba é
capaz de fornecer, evitando transbordamentos da caixa d’água. O extravasor, por sua vez,
deve lançar as águas em tubulação capaz de receber aquele volume, e não na sacada de uma
unidade privativa, como ocorria.
36. Com base na resposta ao quesito anterior, poderia o senhor perito indicar a
função da bomba que abastece a caixa d´água do Condomínio Edifício Acapulco?
Reposta do Jurisperito: Vide resposta ao quesito 32.
37. Ainda com relação à bomba que abastece a caixa d´água do referido Condomínio,
o proprietário do apartamento 162 teve alguma participação sobre a ocorrência
havida no dia 16/12/2007?
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38. O apartamento 162 também foi afetado por conta desse defeito na bomba da caixa
d´água? Em caso afirmativo, favor, detalhar as consequências.
Reposta do Jurisperito: Não há nos Autos documentação acerca dos danos causados no
apartamento 162 por este episódio.
39. Antes dos reparos determinados por esse Juízo, houve falha de
impermeabilização do apartamento 162 e suas dependências, especialmente no
terraço e varandas externos? Se sim, favor detalhar.
Reposta do Jurisperito: Segundo o documento de fls. 34/77, com a intervenção na
impermeabilização realizada em torno de 1997, os problemas de infiltrações no apartamento
152 diminuíram, mas não cessaram. Conclui-se que anteriormente a esta data a
impermeabilização também se apresentava com desempenho insatisfatório, contribuindo
para os problemas.
41. Com base na resposta ao quesito anterior, poderia o senhor perito esclarecer se a
impermeabilização da unidade 162 à época era suficiente para impedir as infiltrações
mencionadas na inicial? Favor explicar, bem como detalhar.
Reposta do Jurisperito: Não, pois conforme documento de fls. 715/729 existiam outras
causas para as infiltrações.
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42. Poderia o senhor perito esclarecer se na época, antes dessa demanda, a manta
estava embutida dentro da tubulação e que a dobra dela em referência ao piso é de,
mais ou menos, 30 centímetros de altura em toda a sua extensão? Está correta essa
aplicação de manta asfáltica?
Reposta do Jurisperito: Não, segundo relatório do Eng. Cesar Rivelli (fl. 124), a
impermeabilização não possuía descidas nos ralos. Estes detalhes foram corrigidos
posteriormente, conforme constatado no Laudo Ténico de fls. 330/413. Quanto à virada da
manta nas paredes laterais não há relatos da situação antes da demanda.
43. Detalhe como é a estrutura sequenciada que separa as unidades 162 e 152,
especialmente na área da varanda da unidade 162. Chão apartamento 162, manta
asfáltica, caixão perdido, laje, teto do apartamento 152?
Reposta do Jurisperito: Piso apartamento 162 – manta asfáltica – regularização – caixão
perdido com tubulações – laje – teto apartamento 152.
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46. Poderia o senhor perito afirmar categoricamente se, antes dessa demanda, a
fachada apresentava pontos em que a cerâmica estava solta e com trincas na parede?
Se positivo, favor detalhar e quantificar.
Reposta do Jurisperito: Impertinente, vide resposta ao quesito anterior.
50. Antes dessa demanda, foi constatado vazamento no ralo da piscina? Em caso
positivo, ele afetou e poderia afetar o imóvel do Autores? Em que proporção?
Reposta do Jurisperito: Não há nenhum relato de vazamento no ralo da piscina, causando
infiltrações no apartamento 152.
51. Antes da presente demanda, houve relação direta entre eventuais problemas no
ralo, piso, balaústre e parapeito da unidade 162 com as infiltrações havidas no
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apartamento 152? Se positivo, pode-se afirmar que a origem delas seriam na falha da
drenagem do fluxo de vazão de água?
Reposta do Jurisperito: Não.
52. Com base na resposta ao quesito anterior, poderia o senhor perito informar,
precisamente, quais as consequências que tais problemas ocasionariam ao
apartamento 152 e em quais proporções?
Reposta do Jurisperito: Vide resposta ao quesito anterior.
53. Poderia o senhor perito afirmar se antes dessa demanda o Réu Geraldo realizou
inúmeros reparos na unidade 162? Se positivo, quais e quando? Tais reparos são
suficientes para sanar os problemas de infiltração no apartamento 152? Justificar.
Reposta do Jurisperito: Há relatos da substituição da manta asfáltica da sacada maior, antes
da presente demanda. Todos os reparos anteriores foram incapazes de cessar as infiltrações,
que só foram resolvidas após os serviços relatados no parecer de fls. 715/729.
54. O senhor perito pode afirmar que houve a colocação de silicone entre a fiação e
o conduite nas luminárias que estão na fachada do apartamento 162 antes da
presente demanda? Isso pode ser considerado como medida correta e eficaz para
tentar solucionar os problemas de infiltração apresentados no apartamento 152? Por
quê?
Reposta do Jurisperito: Não, este trabalho de calafetação foi realizado apenas após a
instalação da demanda, conforme documento de fls. 392/398.
55. O senhor perito poderia apontar o motivo para eventual infiltração nas luminárias
na época, antes dos reparos exigidos por esse Juízo?
Reposta do Jurisperito: Existiam frestas entre as arandelas e as paredes, o que poderia
causar eventual infiltração. Porém, caso realmente ocorressem estas infiltrações,
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59. As inúmeras providências adotadas antes da presente demanda pelo Réu Geraldo
na unidade 162 estão corretas e tecnicamente adequadas para resolver as infiltrações
na unidade 152? Se negativo, esclarecer.
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64. Por fim, tem o senhor perito algum esclarecimento adicional conveniente a fazer
para a elucidação desse caso?
Reposta do Jurisperito: Vide item conclusão.
65. As plantas apresentadas pelo Condomínio Edifício Acapulco são as built? Qual
a data das plantas de hidráulica apresentadas? Elas estão condizentes com as
instalações hidráulicas atualmente observadas nas unidades 152 e 162?
Reposta do Jurisperito: Não são “As Built”. São plantas da época da construção, datadas
de 1985. Não condizem com a situação fática in loco.
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71. A forma da conexão da tubulação do ralo da sacada maior da unidade 162 (que
se encontra abaixo do caixão perdido, dentro da laje teto da unidade 152) onde a
tubulação de cima (que leva a água para a tubulação abaixo) estava por fora da
tubulação abaixo (que recebe a água do ralo acima) é tecnicamente correta
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72. Este e o próximo quesito referem-se ao 71. A conexão conforme constatada, por
aquecimento do tubo, é tecnicamente correta para esta finalidade? Quem seriam os
responsáveis por a ter realizado dessa maneira? Ela se encontrava na laje teto da
unidade 152, acima do banheiro da suíte 1 de solteiro (152), ao lado da sala da unidade
152 e do quarto dessa suíte?
Reposta do Jurisperito: A conexão por aquecimento do tubo é inadequada. Foi executada
pela construtora. Ela se encontrava no interior da laje que separa os apartamentos 152 e 162,
porém é uma tubulação pertencente a unidade 162.
73. Qual a influência do bocal (conexão) mal conectado exatamente na laje teto da
unidade 152 (abaixo do caixão perdido da unidade 162) nas infiltrações que
ocorreram na unidade 152? Seria esta condição a principal causa das infiltrações na
unidade 152? Quem seriam os responsáveis por a ter realizado dessa maneira? Este
problema ocorria desde a construção do edifício, observado em 1998 pelo parecer da
Mercatto Assessoria & Projetos, fls. 38, item III, 3º parágrafo, corroborado pelos
autores a fls.03, item I, 3º parágrafo, mas só descoberto e solucionado pelo o
engenheiro Cassiano em 2011? Após essa solução do engenheiro Cassiano em 2011
cessaram todas as infiltrações da unidade 152?
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Reposta do Jurisperito: O bocal das tubulações mal conectado pode causar vazamentos.
A mal conexão é originária da construção, ou seja, existia desde a construção do prédio e foi
executado pela construtora, porém o vazamento pode ter iniciado apenas após alguns anos.
Sendo um erro de origem, executado pela construtora, a determinação da responsabilidade
jurídica deste fato recai ao MM. Juiz de direito. Antes da execução de nova
impermeabilização, em 1997, havia falha na impermeabilização, conforme se extrai do
documento às fls. 34/77, que relata que os problemas diminuíram após a nova
impermeabilização, mas não cessaram. Além disso, existiam erros nos detalhes das mantas
asfálticas nos ralos, que só foram corrigidos durante a lide. Além da ineficiência da
impermeabilização, ainda haviam duas principais origens dos vazamentos, a tubulação mal
conectada questionada neste quesito e a tubulação inacabada embutida na parede da sala.
Ambas contribuíram para os danos no apartamento dos Autores.
74. Os ralos na sacada maior da unidade 162 (quartos e sala), 16º andar, que também
recebem as águas pluviais da área comum do edifício (18º andar, teto onde está
instalada antena de TV), possuíam dimensões e possuem tubulações adequadas
tecnicamente com a área de contribuição (área que contribui com água despejada
na região)? Quem são os responsáveis por isso?
Reposta do Jurisperito: Como as tubulações foram substituídas não é possível analisar qual
a situação anterior, porém presume-se que as tubulações não foram dimensionadas para
receber o acréscimo de volume de água lançadas das áreas comuns dos edifícios. O
responsável por este lançamento extra de água da área comum é o condomínio, embora
ressalta-se que este acréscimo de volume por si só não causaria os vazamentos na unidade
152 e que há apenas um relato de transbordamento, referente a defeito no comando da
bomba de recalque.
75. Após vistoria realizada em 26/06/2019 e relatos atuais, é possível afirmar que
todos os problemas de infiltração na unidade 152 foram sanados? Todas as
infiltrações da unidade 152 sanaram desde a correção da tubulação mal conectada
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dentro da sua laje teto, que era o principal foco das suas infiltrações desde a
construção do edifício?
Reposta do Jurisperito: Eram duas principais fontes de infiltrações, esta falha no encaixe
das tubulações e a tubulação inacabada embutida na parede da sala. Ambas foram
solucionadas simultaneamente. Conforme laudo técnico de fls. 735/754, todas as infiltrações
foram sanadas em 13/10/2011. Ressalta-se que além dos problemas nas tubulações,
anteriormente a 1997 a deficiência da impermeabilização também contribuía com as
infiltrações e posteriormente ainda persistiram erros nos detalhes das mantas nos ralos, que
só foram corrigidos durante a lide.
77. A piscina da unidade 162, localizada entre o 17º e 18º andar, poderia ter dado
origem as infiltrações relatadas pelos autores na inicial? Explicar.
Reposta do Jurisperito: Sim, seria possível, porém não há nenhum relato de vazamentos
originários da área da piscina.
80. O caixão perdido existe somente abaixo do chão do 16º andar ou é um padrão
existente em todos os demais andares?
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81. Na época dos fatos, as águas provenientes das infiltrações das tubulações de
prumada e de vazão do ladrão da caixa d´água (evento de 16/12/2007) ao entrarem
no caixão perdido do 16º andar espalhavam-se, ocasionando vários pontos de
infiltração na unidade 152?
Reposta do Jurisperito: Não apenas pela existência de caixão perdido, a própria estrutura
e saturação da laje poderia causar infiltrações em diferentes pontos.
82. O caixão perdido feito e preenchido pela Construtora Bela Vista com entulho,
restos de construção, existente abaixo do chão da unidade 162, 16º andar, foi um
complicador para localizar a origem das infiltrações? Por quê?
Reposta do Jurisperito: Não, a existência do caixão perdido pode até facilitar as buscas,
por ser mais fácil de remover que o concreto, por exemplo.
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86. A nova prumada construída pelo condomínio (que serve a todo lado par do
edifício com exceção da unidade 162) foi mal executada no rejunte com a parede da
sala da unidade 162 por onde infiltravam águas pluviais, que percolavam por toda a
extensão da tubulação e, consequentemente, atingiam a unidade 152 (vide fls.
720/721 e 1138/1139). Assim, pode-se concluir que também era responsável pelas
infiltrações na laje da unidade 152?
Reposta do Jurisperito: Não, se este fosse o caso, haveria problemas de umidade no
apartamento 162 antes da umidade atingir o apartamento 152. E estes danos seriam de
pequena monta, ou insignificantes, face às demais origens das infiltrações.
87. Consideraria que esses defeitos poderiam ser atribuídos a falhas na execução de
instalação por parte da construtora (quesitos 86 e 87) e condomínio (quesito 88)?
Reposta do Jurisperito: Não é o caso.
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despejadas nela águas pluviais da área comum do condomínio (18º andar, teto e
antena da TV)? Explique.
Reposta do Jurisperito: Um dos vazamentos tinha origem no ramal do ralo da sacada
maior, tubulação que é de responsabilidade do apartamento 162. Entretanto há uma situação
atípica, pois por esta tubulação passam águas que caem na sacada privativa do apartamento
162, bem como águas que caem na cobertura do edifício (área comum). Assim, a
responsabilidade jurídica desta situação cabe ao MM. Juiz de direito.
90. Na vistoria do dia 26/06/2019 o senhor perito constatou que o condomínio capta
águas pluviais da área comum (18º andar, teto e antena da TV) e as despeja
irregularmente na varanda maior da unidade 162 (16º andar, quartos e sala)?
Reposta do Jurisperito: Sim, vide fotos 11 e 12.
91. É correto o condomínio despejar as águas pluviais da sua área comum na varanda
da unidade 162? Tal conduta está de acordo com os padrões de engenharia civil?
Reposta do Jurisperito: Não. Não.
92. Qual a área do 18º andar (área comum do lado par, teto e antena da TV) que fica
acima da unidade 162? Qual a área onde está localizada a piscina (entre 17º e 18º
andar)? Qual área da varanda descoberta abaixo da piscina (17º andar)? Qual a área
da varanda maior da unidade 162 (16º andar, quartos e sala)? A varanda maior da
unidade 162 (16º andar, quartos e sala) recebe águas de quais áreas? Ela suportava e
suporta receber essas águas? Qual era e é a dimensão dos ralos e tubulações dessa
área? Os ralos e tubulações eram e são adequados para receber esse volume de água,
principalmente quando chove? Toda essa dinâmica é adequada e tecnicamente
correta? Quem são os responsáveis por isso?
Reposta do Jurisperito: Independentemente das áreas, não há relatos de transbordamentos
na sacada maior do apartamento 162, com exceção do episódio do defeito na bomba da
caixa d’água. Ou seja, apesar de provavelmente não dimensionados para tal, os ralos da
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93. Onde seria correto a construtora e/ou condomínio despejar as águas pluviais
captadas na área comum (18º andar, teto e antena da TV)? O condomínio cogitou
dar novo direcionamento para o volume de água captada na área comum?
Reposta do Jurisperito: As águas deveriam ser lançadas diretamente nas prumadas de águas
pluviais (instalações de uso comum). Não há informação se o condomínio cogitou dar novo
direcionamento para estas águas.
94. Além da água da área comum do 18º andar (teto e antena da TV), antes do
processo o condomínio despejava na varanda maior da unidade 162 (16º andar,
quartos e sala) água proveniente da vazão do “ladrão” da caixa d’água quando
ocorria problema com a bomba da caixa d’água? Tal conduta está de acordo com os
padrões de engenharia civil? Podemos então considerar que existe um erro de
projeto? Quem é o responsável?
Reposta do Jurisperito: Sim, segundo declaração, anteriormente a tubulação de extravasão
da caixa d’água também lançava águas na sacada do apartamento 162. Esta situação não é
correta. Não é um erro de projeto pois os projetos não previram as instalações desta maneira
(projetos fls. 1696).
96. Podemos considerar que existem erros de projeto? Os problemas podem ser
considerados vícios de construção ou também houve omissão/falha do condomínio?
Reposta do Jurisperito: As causas das infiltrações (falha de impermeabilização, tubulações
mal conectadas e tubulação sem terminalidade na parede da sala) têm origem construtiva.
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Não houve omissão do condomínio, pois a tubulação que é de sua responsabilidade (aquela
embutida na parede da sala sem finalização) era um problema oculto que só foi revelado
durante as obras de reforma no apartamento 162.
98. O senhor perito pode afirmar que o condomínio tem responsabilidade pela
fachada do edifício e responde pelas infiltrações e vazamentos dela provenientes?
Resposta do Jurisperito: Sim, as fachadas do edifício, e sua conservação, são de
responsabilidade do condomínio. Porém, os danos no apartamento 152 não foram
provenientes das fachadas.
100. O senhor perito pela sua expertise tem ciência de que a não apresentação,
inexistência ou ausência, das plantas arquitetônicas e de hidráulica das unidades 152
e 162 na época dos fatos, provocou muitos transtornos e prejuízos para o Corréu
Geraldo, bem como para os Autores, pois dificultou muito o trabalho do seu
assistente técnico, engenheiro Cassiano, para localizar a real origem das infiltrações,
que teve que quebrar quase toda a unidade 162 na sua procura, devido ao fato das
águas caminharem e se espalharem dentro do caixão perdido, que se encontrava
preenchido irregularmente com entulhos, resto de obras, entre as unidades 162 e 152,
causando vários pontos de umidade na laje teto da unidade 152?
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101. Apesar dos testes de estanqueidade dos pisos dos boxs dos banheiros das suítes
da unidade 162 darem negativos, foram quebrados devido a insistência dos Autores
e condomínio e foi constatado pelo engenheiro Cassiano que estavam secos, sem
qualquer vestígio de umidade, comunicando-se para os demais interessados.
Contudo, verificou que aquela área se encontrava protegida por camadas de Neutrol,
serviço realizado pela Construtora Bela Vista na época da entrega do apartamento.
Então, por um excesso de zelo e também para evitar qualquer tipo de transtorno
futuro, realizou nova impermeabilização, mas apesar de tudo isso, as infiltrações
continuavam na unidade 152, notadamente quando chovia. Ainda assim poderiam
ser eles origem de alguma infiltração? Explique.
Reposta do Jurisperito: Sim, existiram infiltrações advindas dos banheiros, não
relacionados com as chuvas, conforme já amplamente relatado.
102. A origem das infiltrações na unidade 152 eram provenientes: a) da tubulação mal
conectada dentro da laje teto da unidade 152; b) da tubulação quebrada, abandonada
na prumada, sem fecho, dentro do caixão perdido da unidade 162; c) nova prumada
realizada pelo condomínio, localizada na sala da unidade 162; d) fachada do
condomínio; e) falha no comando da bomba da caixa d’água que inundou a unidade
162 (16º andar)?
Reposta do Jurisperito: Itens (a) e (b). Item (e) foi um episódio pontual.
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108. Quem foi o responsável pela falha no comando da bomba da caixa d’água do
Condomínio Edifício Acapulco que ocorreu em 16/12/2007, inundou toda a unidade
162 e, consequentemente, causou inúmeras infiltrações na unidade 152?
Reposta do Jurisperito: O co-réu Condomínio. Cabe ressaltar que este foi um episódio
pontual, as infiltrações já existiam e continuaram a existir após este episódio.
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110. A unidade 162 também sofreu infiltrações causadas por falhas da Construtora
Bela Vista e Condomínio Edifício Acapulco?
Reposta do Jurisperito: Sim, conforme documento às fls. 34/77 também existiam danos
por umidade na unidade 162.
111. Onde se localizava a tubulação que despejava o excesso de água da caixa d´água
(ladrão da caixa d´água) do condomínio no 18º andar, lado par, teto, antena da TV e
área comum do condomínio? Era adequada a sua localização? Quem era
responsável? Quem fez a execução do seu desvio? Para onde foi desviado? Onde
despeja as suas águas atualmente? Esse desvio foi feito de forma adequada e
respeitando as normas técnicas de engenharia?
Reposta do Jurisperito: Anteriormente o extravasor da caixa d’água (ladrão) despejava água
na sacada do apartamento 162. Atualmente foi desviado, lançando estas águas direto na
prumada, sem a “passagem” pela sacada do apartamento 162.
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que caem nas áreas comuns do condomínio, além das que caem diretamente na sacada,
deverá existir uma interpretação jurídica desta situação pelo MM. Juiz de Direito. Por fim,
pela impermeabilização falha, antes da presente demanda, corrigida em 1997, e erros nos
detalhes dos ralos, corrigidos durante a lide, também existia a responsabilidade do co-réu
Geraldo.
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ENCERRAMENTO
Dada por encerrada a missão, apresento o presente Laudo Técnico Oficial em 63 (sessenta
e três) páginas, todas numeradas e rubricadas no anverso, à exceção da primeira e desta
última que vão assinadas e datadas.
________________________________________
FÁBIO COSTA FERNANDES
Engenheiro Civil – CREA 060134.5895
Membro do IBAPE – N° 793
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