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Manual de Operação para Central de Concreto ERIE
1 – Introdução.
A Central de Concreto ERIE é um equipamento que produz concreto dosado e
misturado, pronto para ser aplicado em diversos tipos de obras de porte - no
nosso caso específico em obras de pavimentos. O concreto pronto é
descarregado diretamente em caminhões – betoneira ou basculantes.
É um equipamento que opera automaticamente, bastando ter um operador que
familiarizado com o sistema, monitoriza as operações através de um conjunto
monitor – mouse – teclado, aplicando as orientações contidas num programa
específico.
A figura 1, mostra o quadro sinótico do sistema automático das operações da
central.
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A central é constituída pelos seguintes sistemas : abastecimento de agregados,
abastecimento de cimento, dosagem de água, dosagem de aditivos, mistura e
descarga, sistemas de controles e auxiliares.
A montagem da Central ERIE em um canteiro de obras poderá ser feita com
abastecimento de agregados ao nível do pátio de agregados ou com
abastecimento por correias transportadoras. A figura 3 mostra uma central
montada com abastecimento ao nível do pátio.
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É o caso em que o silo de agregados não fica no mesmo nível do pátio. – figura 6
.
O sistema de balanças utiliza células de carga nas quais se apóia. As células são
conectadas ao sistema enviando informações sobre a pesagem dos materiais. A
figura 8 mostra em detalhe a fixação da célula de carga na balança.
A alimentação dos materiais para a balança é feita por meio das comportas
existentes em cada compartimento do silo de agregados.
A abertura das comportas é realizada mecanicamente por intermédio de
cilindros pneumáticos, comandados através do sistema operacional.
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A balança de agregados da Central ERIE possui duas comportas que
descarregam os materiais em uma correia transportadora – figura 9.
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O transportador de rosca é acionado por um moto – redutor localizado na sua
extremidade inferior. Recebem o cimento diretamente do silo através de uma
válvula comandada eletricamente pelo sistema - Fig. 12
A figura 13 mostra, no canto esquerdo superior o transportador de rosca acoplado
à balança.
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A água que abastece a central é armazenada em reservatórios, devendo ter em
conjunto uma capacidade de 60.000 litros, para atender com tranqüilidade à
demanda média de 22.000 l/h, que é o consumo para a produção de 110 m³ /h.
Deve-se considerar uma reposição constante de água ao longo da jornada de
produção da central.
Além dos reservatórios, o sistema de dosagem de água é constituído por:
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O misturador da central ERIE se caracteriza por um tambor que gira segundo um
eixo horizontal. É articulado de forma que para descarregar o concreto pronto se
inclina acionado por um sistema de cilindros hidráulicos.
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A central, em regime normal, opera no sistema automático, no qual o operador
monitora o sistema utilizando um “ mouse “ e um teclado seguindo um quadro
sinótico na tela de um monitor – figura 22.
O equipamento tem um programa (SOFTWARE) capaz de monitorar todas os
conjuntos componentes da central, sincronizando as operações necessárias para
dosagem, mistura e descarga do concreto.
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2.7.1 – Sistema de ar comprimido.
O ar comprimido produzido por dois compressores de ar – figura 24 é direcionado
por um conjunto de válvulas distribuidoras – figura 25 para os cilindros
pneumáticos que comandam a abertura das comportas – figura 26.
Parte do ar comprimido é também utilizada no dosador de aditivos,
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A central de concreto ERIE é alimentada por uma tensão de 440 V.
Os motores – misturador, transportador de correia, transportador helicoidal, etc. –
e os vibradores utilizam 440 V.
2.7.2.1 – painéis.
A energia fornecida à central entra por um painel primário de onde é distribuída
para os painéis do misturador, do sistema hidráulico, das roscas transportadoras,
bombas d’água, etc. Disjuntores e relês dos sistemas se encontram nos
respectivos painéis. A localização e descrição de cada elemento do painel serão
apresentadas no capítulo 3 - Painéis.
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Os principais conjuntos móveis componentes da Central ERIE são acionados por
motores elétricos situados conforme as figuras à seguir:
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2.7.3 – sistema hidráulico.
O sistema hidráulico da Central ERIE é utilizado para bascular o misturador para
a descarga do concreto pronto.
A bomba hidráulica é acionada por um motor elétrico de 50 CV – figura 37.
3 – Painéis.
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Neste capítulo serão apresentadas os painéis que fazem parte da central,
acompanhados de desenhos esquemáticos evidenciando os principais
componentes, nomenclatura e suas funções dentro do sistema. Esta
apresentação visa familiarizar o operador com os elementos envolvidos na
operação da central facilitando a identificação de eventuais problemas que
poderão ocorrer e orientar nas possíveis soluções.
Para facilitar o entendimento do painel, as figuras relativas aos componentes não
irão seguir as normas (ABNT, DIN, etc.), mas uma forma bastante simples, com
traços que lembram cada componente.
Descrição do painel:
Componente denominação
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contator – liga o motor 2 do misturador.
Descrição do painel:
Componente denominação
chave geral.
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contator – liga motor da correia transportadora.
Descrição do painel:
Componente denominação
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3.4 – Painel de entrada das bombas d’água.
A figura 42 mostra uma foto do painel de entrada das bombas d’água com o
desenho esquemático respectivo.
Descrição do painel:
Componente descrição
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4 – Painel de comando.
Neste capítulo vamos apresentar o Painel de Comando da Central ERIE, seus
componentes, funções e modo de operar no MANUAL. Da mesma forma que
apresentamos os painéis elétricos com os respectivos desenhos esquemáticos
será apresentado o Painel de Comando, porém com mais detalhes.
A figura 43 mostra o painel de comando e o respectivo desenho esquemático que
se encontra na figura 44.
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4.1 – Descrição das funções dos componentes do painel.
Chaves, botões e instrumentos utilizados no painel de comando da operação da
central têm características operacionais que serão descritas à seguir. O
conhecimento de cada um será de grande utilidade durante a operação do
sistema.
Componente função
interruptor com chave com duas posições fixas: liga e desliga.
interruptor manual com duas posições fixas: liga e desliga.
lâmpada indica funcionamento de algum conjunto.
lâmpada indica funcionamento temporário.
botão de acionamento comanda ação somente quando
temporário pressionado.
botão de acionamento comanda a ação somente quando
temporário pressionado.
botão de acionamento comanda a ação somente quando
temporário pressionado.
botão de acionamento comanda a ação somente quando
temporário pressionado.
.
fusível protege algum conjunto contra
sobre carga.
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4.2 – inicio da operação – MANUAL.
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4.3.1- pesagem dos agregados.
Obs.: a adição de cimento, água e aditivos será feita em conjunto com a carga de
agregados no misturador, porém em fases distintas do processo o que será
exposto posteriormente.
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4.4 – pesagem e descarga do cimento no misturador.
O processo deve ser acompanhado observando-se a balança de cimento.
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- posicionar a chave comutadora em START – INÍCIO. Dará início à aeração
Obs.: - o cimento é fornecido do Silo 1 para a balança controlado por uma válvula
Silo 2
Silo 3.
- posicionar a chave em ON – LIGAR. Irá direcionar a aeração para o Silo 3.
Ao término do processo ou quando for utilizado outro silo posicionar em OFF-
DESLIGAR.
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Obs.:-Ao término do turno de trabalho as chaves comutadoras deverão ser
posicionadas em STOP – PARAR.
- pressionar o botão abrindo a válvula que alimenta o misturador até que todo
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4.6 – Dosagem de água.
Conhecendo a quantidade de água determinada pelo traço por batelada e a
relação litros por pulso ( 2,4):
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Obs.: - o conjunto com exceção do contador de pulsos
são comandos relativos aos aditivos, que se encontram fora de operação. A
dosagem de aditivos é feita comandada por outro painel.
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5 – Sinótico.
Neste capítulo será apresentado o Sinótico do processo – figura 45 – seus
componentes, nomenclatura e funções, para que haja um perfeito entendimento
por parte do operador do sistema automático de produção de concreto. O quadro
sinótico é dinâmico e mostra os passos das operações, indicando as quantidades
dos materiais utilizados.
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utilizado quando o sistema acusa uma dosagem em excesso de um dos
materiais.
Se o operador analisando este valor conclui que está dentro dos
parâmetros, o aciona dando seqüência ao processo.
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5 – Menu.
Neste capítulo serão apresentados os menus de programação e informações que
fazem parte do sistema.
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5.1 – cadastro de materiais.
Após cada digitação cada campo deverá estar preenchido com o nome do
respectivo material – figura 49.
As caixas de agregado, silos ou aditivos que não tiverem em uso deverão ser
codificados com “SU”, isto é sem uso – figura 50.
Fig. 51 – salvar
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5.2 – Cadastro do operador.
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abrirá o botão - referente ao usuário selecionado.
Fig. 53 – propriedades.
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Caso o operador tiver que trocar a senha e não tiver nível de administrador do
sistema, deverá clicar em :
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5.3 – Programação de Traço.
Traço é o proporcionamento em massa dos materiais constituintes do
concreto – cimento : areia : brita : água : aditivo.
Normalmente o traço do concreto já vem definido pelo projetista e deverá ser
fornecido para ser inserido no programa. Os dados se referem produção de 1 m³.
descrever a
finalidade.
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a coluna “MATERIAL” deve ser preenchida com o
código do material que será usado na respectiva caixa, silo, aditivo ou água.
O código deve ser idêntico ao que foi preenchido na Tela de cadastro de
Materiais, tipo de letras espaços etc. Se não usar algum dos materiais deve-se
colocar o código S U, não deixando campos em branco.
Fig. 58 – salvar.
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5.4 – Parametrização.
Neste processo o operador digita dados – parâmetros -, que definem valores
limites para liberar operações no sistema automático. Em alguns casos alguns
parâmetros terão mais de um valor, portanto haverá mais de um campo a ser
preenchido, como por exemplo no caso de balanças – peso (Kg.) e tempo (s).
Todos os parâmetros digitados pelo operador são lidos pelo controlador (P L C ).
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Fig. 60 – Parametrização – Tela 2
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5.4.3 – balança de aditivos vazia.
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Por exemplo: se o material da caixa de agregados 1 teve o valor recalculado
em 1200 Kg. e a sua antecipação está determinado para 50 Kg., significa que
durante a dosagem automática deste material o PLC manterá a comporta aberta
até o peso dosado atingir 1150 Kg.( 1200 – 50), fechando - a em seguida.
Se este parâmetro estiver coerente com o sistema, o peso dosado deve chegar
bem próximo do valor recalculado porque até o fechamento completo da
comporta ainda cai material.
Este parâmetro é corrigido a cada carga no automático em função da diferença
(erro) entre o valor da primeira dosagem e o valor recalculado.
Para a água este parâmetro é medido em litros, para os agregados, aditivos
e silos de cimento a unidade é em Kg.
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O valor determinado será adotado nas cargas automáticas para o material da
caixa 1 .
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6 – Operação da central.
A operação da Central misturadora ERIE é feita no sistema automático.
Para se efetuar alguns ajustes ou em circunstâncias especiais recorre-se ao
sistema manual.
O “software” adotado na automatização da Central ERIE, foi desenvolvido com
base no “software” da SCHWING, daí a razão de se utilizar alguma figuração da
mesma.
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Onde: Login – nome do funcionário
Senha – senha do usuário que fará o Login no sistema supervisório.
Ao se clicar no botão irá abrir a tela do Sinótico – figura 46, pg. 26 – e ter
acesso aos demais comandos e programações, conforme já apresentado no
capítulo , a qual o operador deverá estar bem familiarizado.
Para iniciar uma carga em automático deverá ser feita a seguinte seqüência:
- digitar o volume em m³
processo automático
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- dar um clique no botão e conferir se todos os valores dosados
estão coerentes.
Obs.: verificação deverá ser feita para todos os materiais de acordo com a tela
de programação do traço.
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:
7 – Controles de materiais.
Este capítulo aborda os controles de consumo e estoques de materiais.
Através desta tela é possível totalizar a quantidade de cada material utilizado num
determinado período. Deve ser seguida a seguinte seqüência:
digitar data e hora do início e final do período que se quer totalizar o consumo de
materiais
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Aparecerão na tela os totais de materiais, como por exemplo:
clicar no botão
Todas as vezes que tiver entrada de material para alguma caixa, aditivo ou silo o
operador deve digitar o seu peso no campo correspondente, por exemplo, para
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Em seguida clicar em para somar o valor digitado ao estoque.
9 – Considerações finais.
Este Manual de Operações foi elaborado com a finalidade de transmitir de forma
o mais simples possível instruções sobre como operar a Central ERIE.
Parte do material apresentado foi fruto de nossa experiência com este tipo de
equipamento, principalmente no que se refere à apresentação e descrição dos
conjuntos componentes e painéis. A parte operacional propriamente dita foi traduzida
e adaptada do “Operations & Maintenance Instrutions” da ERIE STRAYER assim
como as instruções de operação no AUTOMÁTICO foram adaptadas do similar da
SCHWING STETTER.
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