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O sistema construtivo “TECVERDE - Sistema leve em madeira” objeto deste DATec destina-se à
produção de unidades habitacionais unifamiliares térreas, isoladas ou geminadas. As paredes
externas e internas, com função estrutural, são formadas por quadros estruturais em peças de
madeira serradas autoclavadas. O fechamento da face externa das paredes de fachada é
realizado em chapas de OSB com função de contraventamento, revestidas de placas cimentícias
com tratamento de juntas aparentes. O fechamento da face interna das paredes de fachada e de
ambas as faces das paredes internas é realizado em chapas de gesso acartonado para drywall.
As paredes de geminação possuem núcleo em manta de lã de vidro (Figuras 01 e 02).
A cobertura é constituída de estrutura metálica, telhado em telhas cerâmicas, forro em réguas de
PVC e manta de lã de rocha posicionada sobre o forro.
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espessura são fixadas as chapas de OSB por meio de parafusos do tipo rosca soberba, cabeça
cônica estriada com comprimento de 25mm a 35mm e resistência à corrosão de no mínimo 240h.
O espaçamento máximo entre parafusos na horizontal é de 400mm e na vertical é de 200mm,
considerando um distanciamento mínimo das bordas de 30mm e máximo de 50mm. As juntas
possuem espaçamento de 3mm e o tratamento é aparente, realizado com selante a base de
poliuretano após as placas cimentícias receberem uma demão de selador acrílico e,
posteriormente, uma demão de textura acrílica (Figura 03).
A face interna das paredes externas e ambas as faces das paredes internas é formada por chapas
de gesso acartonado para drywall com 12,5mm de espessura. As juntas entre chapas são
dissimuladas e tratadas com massa e fita celulósica para drywall. As chapas de gesso acartonado
são fixadas aos quadros estruturais com parafusos de rosca soberba (ponta agulha), cabeça
cônica lisa com comprimento de 25mm a 35mm e resistência à corrosão de no mínimo 240h. O
espaçamento máximo entre parafusos na horizontal é de 400mm e na vertical é de 200mm,
considerando um distanciamento mínimo das bordas de 30mm e máximo de 50mm. Na fresta
entre o piso e a chapa de gesso acartonado é aplicado cordão de polietileno e selante de
poliuretano em todo o perímetro. Nas áreas secas são utilizadas chapas de gesso acartonado do
tipo Standard (ST) com acabamento em pintura acrílica. A base das faces internas das paredes de
áreas secas recebe membrana asfáltica elástica até altura de 200mm e rodapé em material
cerâmico com 100mm de altura, assentado com argamassa colante tipo ACII. Nas áreas molhável
(cozinha) e molhada(banheiro) são utilizadas chapas de gesso acartonado do tipo Resistentes à
Umidade (RU) com acabamento em revestimento cerâmico até altura de 1500mm e acima desta é
aplicada pintura acrílica. A impermeabilização da interface entre o piso e a parede é realizada por
meio de argamassa polimérica flexível até altura de 250mm, sendo no box aplicada até a altura de
1500mm. A diferença de cota entre a base da parede (face inferior da travessa do quadro
estrutural) e o piso acabado das áreas molhadas é de 20mm e entre o piso acabado do banheiro e
do box em mais 20mm (Figuras 03 e 04).
Figura 03 – Detalhe da parede externa de áreas Figura 04 – Detalhe da parede externa de áreas
secas. molháveis e molhadas.
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As paredes de geminação, com 190mm
de espessura total, são constituídas de
quadro estrutural, fechamento com duas
chapas de OSB de 9,5mm de espessura
contraplacadas por uma camada de
chapas de gesso acartonado de 12,5mm
de espessura em cada uma das faces
da parede e núcleo entre montantes em
lã de vidro com 50mm de espessura e
densidade de 32kg/m³ (Figura 05).
O sistema de cobertura é composto por
estrutura metálica e telhas cerâmicas,
apresentando beiral de 600mm de
projeção horizontal. Nas unidades
geminadas, os septos (oitão interno)
localizados acima das paredes de
geminação, são independentes e
compostos por estrutura metálica Figura 05 – Detalhe da parede de geminação.
contraplacada com uma camada de
chapas de gesso acartonado do tipo
“Standard” de 12,5mm de espessura. Ao
sistema de cobertura é aplicado forro em
réguas de PVC, sobreposto por manta
de lã de rocha com 100mm de
espessura e condutividade térmica da
ordem de 0,035W/m°C (Figura 06).
A avaliação técnica não contemplou
elementos e componentes
convencionais, como fundações,
instalações elétricas e hidráulicas,
esquadrias, chapas de gesso
acartonado para drywall e
revestimentos, dentre outros, exceto as
interfaces entre elementos inovadores e
convencionais, como a ligação entre
parede-esquadria, parede-fundação,
parede-instalações e parede-cobertura.
Os elementos e componentes
convencionais devem ser projetados e
executados conforme as respectivas
normas técnicas brasileiras. Figura 06 – Detalhe do septo (oitão interno).
1.1. Condições e limitações de uso
Modificações em paredes, como abertura de vãos para posicionamento de novas esquadrias ou
supressão de paredes, não são recomendados. Os cuidados na utilização constam do Manual de
Uso, Operação e Manutenção (Manual do Proprietário), preparado pela Construtora responsável
pela obra, tomando por base as diretrizes do Manual do Usuário do Sistema TECVERDE,
fornecido pela detentora da tecnologia. O uso do sistema construtivo está limitado às zonas
bioclimáticas em que o sistema apresentou resultados satisfatórios, nas condições de cor clara,
ventilação e sombreamento especificado no item 4.3.
O sistema construtivo objeto deste DATec é destinado a unidades habitacionais térreas, isoladas
ou geminadas, sendo o uso de cores claras obrigatório nas faces externas das paredes de
fachada.
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2. Diretriz para avaliação técnica
O IFBQ realizou a avaliação técnica de acordo com a Diretriz SINAT Nº 005 – “Sistemas
construtivos estruturados em peças de madeira maciça serrada, com fechamentos em chapas
delgadas (Sistemas leves tipo Light Wood Framing)”, publicada em setembro de 2011.
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f) Tratamento de juntas entre placas cimentícias:
As juntas entre placas cimentícias são
aparentes. As bordas laterais das placas
cimentícias não apresentam rebaixos,
sendo as placas fixadas de modo a
conformar uma junta de 3mm, onde é
aplicado cordão de polietileno. As placas
cimentícias recebem uma demão de
selador acrílico e, na sequência, uma
demão de textura acrílica; retira-se o
cordão de polietileno para então as juntas
receberem selante a base de poliuretano
com tempo de cura de 24h e capacidade
de deformação de 25% (Figura 07).
g) Tratamento de juntas entre placas
cimentícias nas extremidades de
paredes e requadros de esquadrias:
Sobre as placas cimentícias, em todas as
extremidades de paredes e requadros de Figura 07 – Detalhe da junta entre placas cimentícias.
portas e de janelas, são fixadas cantoneiras metálicas (do tipo “L”) perfuradas e galvanizadas,
revestidas com massa acrílica, sendo posteriormente pintadas.
h) Interface entre base dos quadros estruturais da parede e elemento de fundação: A
porção do elemento de fundação, onde são alocadas as paredes, recebe aplicação de tinta
impermeabilizante de base betuminosa. A fixação da base dos quadros estruturais das
paredes ao elemento de fundação é realizada por meio de chumbadores do tipo parabolt com
diâmetro de 9,5mm e comprimento de 80mm ou wedgebolt com diâmetro de 12,7mm e
comprimento de 100mm, ambos com resistência à corrosão de no mínimo 240h. O tipo de
chumbador e seu espaçamento é definido considerando o cálculo estrutural, sendo o
espaçamento máximo permitido de 1500mm.
i) Interface entre base dos quadros estruturais da parede e piso:
A base dos quadros estruturais é
protegida por manta asfáltica
impermeabilizante industrializada de
3mm de espessura até a altura de
200mm em ambas as faces. A fresta
entre piso e chapa de gesso
acartonado é preenchida por um
cordão de polietileno e selante de
poliuretano em todo o perímetro. A
base das faces internas das
paredes de áreas secas recebe
membrana asfáltica elástica até
altura de 200mm e rodapé em
material cerâmico com 100mm de
altura, assentado com argamassa
colante tipo ACII. A base das faces
internas das paredes de áreas
molhável (cozinha) e molhada Figura 08 – Detalhe da base da parede de geminação
(banheiro) recebe (áreas de box).
impermeabilização por meio de argamassa polimérica flexível até altura de 250mm e nas
paredes que compõem o box, até altura de 1500mm. A diferença de cota entre a base da
parede (face inferior da travessa do quadro estrutural) e o piso acabado das áreas molhadas é
de 20mm e entre o piso acabado do banheiro e do piso acabado do box em mais 20mm
(Figura 08).
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j) Interface entre parede externa e piso da calçada externa: A base do quadro estrutural é
posicionada a 150mm do nível do piso acabado da calçada externa ao redor da unidade
habitacional, que tem no mínimo 700mm de largura e inclinação de 2% voltada para a face
oposta à parede externa. Pingadeiras metálicas em aço galvanizado (Z275 para ambientes
rurais ou urbanos e Z350 para ambientes marinhos) são encaixadas entre a placa cimentícia e
a barreira impermeável na base das paredes externas, sendo a fixação do conjunto realizada
por meio de parafusos de rosca soberba, cabeça cônica estriada com comprimento de 25mm
a 35mm e resistência à corrosão de no mínimo 240h.
k) Interface das paredes e esquadrias: Os batentes das portas são fixados nos montantes e
verga com parafusos bicromatizados, do tipo chip chato, cabeça Philips com diâmetro de
4,5mm e comprimento de 50mm. A vedação do batente aos montantes e verga é realizada
com selante a base de poliuretano, aplicado em todo o contorno externo e interno do vão
(Figura 09). As janelas são instaladas nos vãos no sentido de dentro para fora da edificação,
sendo a delimitação do caixilho das mesmas obtida por meio de tira de placa cimentícia com
40mm de largura fixadas nas laterais do vão. A porção superior da janela é fixada na verga e
nos montantes com auxílio de parafusos cabeça de panela com diâmetro de 3,9mm,
comprimento de 32mm. Sua porção inferior é apoiada sobre pingadeira em pedra, a qual é
assentada com argamassa ACII. A vedação externa da janela é realizada com selante a base
de poliuretano e a vedação interna é realizada com selante acrílico flexível, aplicado em todo
o contorno entre caixilho e painel (Figura 10).
Figura 11 – Detalhe de fixação de peças Figura 12 – Detalhe de reforços para fixação de peças
suspensas. suspensas.
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Fixação das chapas de OSB sobre quadro estrutural;
Aplicação da barreira impermeável sobre as chapas de OSB. Nos vãos destinados a
portas e janelas, as barreiras impermeáveis são cortadas e dobradas sobre os respectivos
requadros;
Fixação das placas cimentícias sobre a barreira impermeável.
d) Paredes de geminação:
Fixação das chapas de OSB em uma das faces sobre o quadro estrutural.
e) Finalizada a montagem dos quadros estruturais, das paredes externas e das paredes de
geminação, estes são codificados e, após inspeção do controle da qualidade, encaminhados
para estoque da fábrica.
3.2.2. Processo de montagem em obra
a) Execução do elemento de fundação;
b) Locação das paredes: a porção do
elemento de fundação, onde são
alocadas as paredes, recebe aplicação
de tinta impermeabilizante de base
betuminosa;
c) Montagem das paredes: As paredes são
apoiadas sobre elemento nivelador e
alinhadas conforme marcação
executada no contrapiso (Figura 13).
Em seguida é verificado o nível na
vertical e o esquadro entre os painéis
para que seja providenciada a fixação
dos mesmos. Essa é realizada com
auxílio de parafuso metálico do tipo
rosca soberba e cabeça hexagonal com
diâmetro de 9,5mm, comprimento de
90mm e resistência à corrosão de no Figura 13 – Posicionamento e alinhamento das paredes.
mínimo 240h, espaçados a cada 800mm
e a partir de 380mm da soleira inferior,
em no mínimo 3 pontos de fixação. Ao
final da montagem das paredes, são
verificadas as medidas das diagonais
inferiores e superiores do quadrilátero,
caso necessário, são realizados ajustes
(Figura 14). Após conferência das
diagonais e esquadros, as paredes são
fixadas ao contrapiso com auxilio de
chumbadores do tipo parabolt com
diâmetro de 9,5mm e comprimento de
80mm ou wedgebolt com diâmetro de Figura 14 – Conferência das diagonais do quadrilátero.
12,7mm e comprimento de 100mm, ambos com resistência à corrosão de no mínimo 240h e
espaçamento conforme projeto estrutural (máximo de 1500mm) . Frestas entre a base dos
quadros estruturais e o contrapiso são preenchidas com espuma de poliuretano.
d) Colocação do sistema de cobertura (estrutura metálica com telhas cerâmicas); fechamento do
septo (oitão interno); colocação do forro de PVC e da manta de lã de rocha;
e) Fixação das esquadrias;
f) Arremates internos: aplicação de lã de vidro e chapas de OSB nas paredes de geminação;
fechamentos com chapas de gesso acartonado e tratamento de juntas dissimuladas conforme
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ABNT NBR 15758-1; impermeabilizações de pisos e paredes, revestimentos cerâmicos de
pisos e paredes e pintura das paredes (Figura 15).
g) Arremates externos: colocação das pingadeiras metálicas na base das paredes e respectiva
fixação, colocação das cantoneiras metálicas perfuradas, aplicação textura e tratamento de
juntas (Figura 16).
4. Avaliação técnica
A avaliação técnica foi conduzida conforme a Diretriz SINAT Nº 005, a partir da análise de
projetos, ensaios laboratoriais, verificações analíticas do comportamento estrutural, auditorias
técnicas na unidade fabril e em obras e demais avaliações que constam dos relatórios técnicos e
de ensaios citados no item 6.2.
4.1. Desempenho estrutural
A análise do desempenho estrutural do sistema construtivo considerou o projeto estrutural os
resultados dos ensaios de resistência da parede aos esforços de compressão centrada e
excêntrica, aos impactos de corpo mole, impactos de corpo duro, solicitação de peças suspensas
e solicitações transmitidas por portas.
Para cada projeto de unidade habitacional e para cada implantação deve ser elaborado um projeto
estrutural específico com todas as análises necessárias. A análise do projeto estrutural mostra
que as ligações aparafusadas entre perfis dos quadros estruturais e a fixação das chapas de OSB
a esses quadros são essenciais para a garantia da resistência e estabilidade global da estrutura,
uma vez que as chapas de OSB exercem a função de contraventamento.
Utilizando-se dos resultados dos ensaios de compressão excêntrica e considerando a carga
atuante de P = 4,55kN/m, obtida no cálculo estrutural para unidade térrea isolada, e considerando
a equação de resistência última (Rud) apresentada na ABNT NBR 15575-2, determina-se para
compressão excêntrica Rud = 54,36kN/m e, aplicando-se um coeficiente de majoração de 1,4, tem-
se que: Pmax ≤ Rud. Assim, os painéis de parede estruturais ensaiados atendem à solicitação de
cargas verticais para o estado limite último.
Foi realizado ensaio de impacto de corpo mole e os resultados indicam que os corpos de prova
não apresentaram falhas (fissuras, mossas e frestas) e/ou rupturas nos componentes da parede
para as energias de 120J, 180J, 240J, 360J, 480J, 720J e 960J, atendendo ao critério mínimo
estabelecido na Diretriz SINAT N° 005.
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Os ensaios de impacto de corpo duro foram realizados para as paredes externas (fachada),
internas (divisão entre ambientes) e internas de geminação (entre unidades habitacionais), com
energias de 2,5J e 10J para as paredes internas e de 3,75J e 20J para as paredes externas, cujos
resultados apresentaram atendimento aos critérios estabelecidos na Diretriz SINAT N° 005.
O ensaio de solicitações transmitidas por portas, considerando fechamento brusco e impacto de
corpo mole foi realizado para a porta da entrada principal. Não foram observadas falhas
(fissurações, destacamentos, entre outros) no encontro com o marco, cisalhamentos nas regiões
de solidarização do marco com a parede, nem destacamentos em juntas entre componentes das
paredes, demonstrando que o critério da Diretriz SINAT Nº 005 foi atendido.
Os ensaios de verificação da capacidade de suporte de peças suspensas considerou dispositivo
padrão com duas mãos francesas. Os tipos de fixações empregados nos ensaios foram: parafuso
para madeira com diâmetro de 4mm, comprimento de 40mm, providos de rosca soberba; e
parafuso com diâmetro de 6mm, comprimento de 60mm, providos de bucha toggler bolt. As
paredes destinadas ao ensaio eram constituídas por chapa de OSB de 9,5mm de espessura
sobreposta por chapa de gesso acartonado com 12,5mm de espessura e reforço em madeira
autoclavada de 140mm de largura e 45mm de espessura fixado entre montantes. A tabela 02
demonstra os valores de cargas obtidos nos ensaios.
Tabela 02 – Resultados dos ensaios de verificação de suporte de peças suspensas
Em uma unidade habitacional concebida com o sistema construtivo TECVERDE, foi realizado o
ensaio para a verificação da capacidade de suporte de peças suspensas (rede de dormir). A
parede ensaiada apresentava reforço de madeira serrada autoclavada com largura de 90mm,
espessura de 40mm e comprimento de 1255mm. Os resultados obtidos nos ensaios
demonstraram atendimento aos critérios mínimos da Diretriz SINAT N° 005.
4.2. Estanqueidade à água
Foram feitas análises de projeto para avaliar os aspectos que influenciam a estanqueidade à água
do sistema construtivo de fontes de umidade externas e internas à edificação.
Para verificação da estanqueidade à água das paredes externas foram realizados ensaios
laboratoriais (pressão de 50Pa e vazão 3L/min/m²) considerando a “interface entre a janela e a
parede” e “parede cega” do sistema construtivo TECVERDE. O corpo de prova representativo da
parede cega considerou o tratamento de juntas aparentes entre placas cimentícias e pintura
texturizada acrílica, sendo anteriormente submetido ao ensaio de choque térmico. Os resultados
obtidos nos ensaios demonstram que foram atendidos os critérios de desempenho prescritos na
Diretriz SINAT N° 005.
O projeto especifica detalhes que favorecem a estanqueidade à água das fachadas, como
pingadeiras, ressaltos, calçada externa (inclinação de 2% voltada para a face oposta da parede
externa e desnível entre calçada e base da parede externa de 150mm), beirais de telhado
(600mm de projeção horizontal) e manta impermeabilizante de 3mm de espessura na base dos
quadros estruturais com altura de 200mm em ambas as faces.
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Quanto à estanqueidade de vedações verticais internas com incidência direta de água de uso e de
lavagem dos ambientes (banheiro e cozinha), foi analisado o projeto arquitetônico, o qual prevê
impermeabilização com camada em argamassa polimérica flexível até altura de 250mm, sendo
nas paredes que compõem o box até a altura de 1500mm, sobreposta por revestimento cerâmico.
Ressalta-se que o piso acabado do box prevê caimento em direção ao ralo e diferença de nível de
20mm com relação ao piso acabado do banheiro.
A análise do projeto indica que o sistema construtivo atende aos requisitos de estanqueidade à
água, conforme a Diretriz SINAT Nº 005.
4.3. Desempenho térmico
Foram realizadas simulações computacionais para a avaliação do desempenho térmico de casas
térreas isoladas que empregam o sistema construtivo objeto deste DATec, considerando
cobertura composta por telhado com telhas cerâmicas (espessura de 20mm), forro horizontal
alveolar de PVC (espessura de 8mm) e camada de lã de rocha (espessura de 100mm, massa
específica da ordem de 36kg/m³ e condutividade térmica da ordem de 0,035W/m°C). Para efeito
da simulação térmica considerou-se pé direito de 2,50m e relação entre área exposta à radiação
solar (área de abertura da janela) e área de piso, dos dormitórios e sala da ordem de 15%.
As simulações térmicas foram realizadas para as cidades representativas das zonas bioclimáticas
Z1 a Z8 (Curitiba, São Lourenço, São Paulo, Brasília, Vitória da Conquista, Campo Grande,
Cuiabá e Manaus). A Tabela 03 demonstra a condição de atendimento aos requisitos
contemplando a utilização de cores claras, ventilação e sombreamento para o período de verão
de casas térreas isoladas.
Tabela 03 – Condições necessárias para a obtenção do nível de desempenho térmico mínimo nas
zonas 1 a 8 no período de verão para casas térreas isoladas
(a)
Cor do acabamento externo das paredes
Zonas Com
Bioclimáticas (b) (c) Com sombreamento
Condição padrão Com ventilação (d)
sombreamento ventilação
(e)
1
(f)
Atende com cor clara Atende com cor clara Atende com cor Atende com cor
clara clara
1
(g)
Não atende Não atende Atende com cor Atende com cor
clara clara
2 Não atende Não atende Atende com cor Atende com cor
clara clara
3 Não atende Não atende Atende com cor Atende com cor
clara clara
4 Não atende Não atende Atende com cor Atende com cor
clara clara
5 Não atende Não atende Atende com cor Atende com cor
clara clara
Atende com cor Atende com cor
6 Não atende Não atende
clara clara
Atende com cor Atende com cor
7 Atende com cor clara Atende com cor clara
clara clara
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4.5.1. Resistência aos organismos xilófagos dos componentes de madeira
As peças de madeira maciça estruturais são provenientes de coníferas da espécie Pinus elliotti.
Apresentam medidas preventivas e curativas adotadas para eliminação e controle de agentes
biológicos (fungos, insetos xilófagos e perfuradores marinhos), por meio de tratamento por
autoclave com preservativo CCA (arsenato de cobre cromatado). Os valores para retenção
verificados são de no mínimo 4kg ia/m³ e atendem ao valor mínimo especificado na ABNT
NBR7190.
As peças de contraventamento compostas por chapas de OSB foram submetidas a ensaio
laboratorial para determinação de resistência ao ataque de cupins de madeira seca (Cryptotermes
brevis). Os resultados denotam que o material ensaiado apresenta nota menor ou igual a 1,
atendendo ao critério estabelecido na Diretriz SINAT N°005.
Devido às chapas de OSB não possuírem tratamento fungicida, os seguintes itens são
contemplados em projeto e foram verificados em obra:
Beirais com projeção horizontal de 600mm, pingadeiras nos peitoris das janelas e
acabamentos que impedem o acúmulo de água;
Barreira impermeável disposta em toda a face voltada para o exterior da edificação,
envelopando a base da chapa de OSB até altura de 200mm na face interna da chapa;
Barreira impermeável disposta em toda a face da parede de geminação voltada para o interior
dos ambientes de áreas molhável (cozinha) e molhada(banheiro), atrás das chapas de gesso
acartonado.
4.5.2. Resistência à corrosão de dispositivos de fixação (parafusos, pregos e
chumbadores)
Os dispositivos de fixação foram expostos a nevoa salina neutra por um período de 120 horas. Foi
verificada a presença de manchas escuras e de corrosão branca, o que denota atendimento ao
critério da Diretriz SINAT Nº005 em termos de tempo de exposição, bem como a não presença de
corrosão vermelha.
4.5.3. Comportamento das juntas entre as chapas da vedação externa
As juntas entre as placas cimentícias que compõem a vedação externa das paredes, quando
submetidas ao ensaio de estanqueidade seguido de choque térmico (calor e resfriamento por
meio de jato de água) composto por dez ciclos sucessivos, se apresentaram estanques. Não
foram verificadas manchas de umidade, nem vazamentos de água, atendendo ao critério
estabelecido na Diretriz SINAT Nº005.
4.5.4. Resistência ao calor e choque térmico das paredes de fachada
Os painéis de paredes de fachada, incluindo seus tratamentos de junta e revestimentos, foram
expostos ao ensaio de choque térmico (calor e resfriamento por meio de jato de água) composto
por dez ciclos sucessivos. O resultado do ensaio apresentou atendimento aos critérios
estabelecidos na Diretriz SINAT Nº005, com a não ocorrência de falhas como fissuras,
destacamentos, deformações, empolamentos, descoloração ou outros danos. O deslocamento
horizontal instantâneo (dh) foi inferior a h/300, onde h é altura da parede (h = 2500mm)
A manutenabilidade foi avaliada considerando-se o conteúdo do Manual de Uso, Operação e
Manutenção do sistema construtivo elaborado pelo proponente da tecnologia.
Foram analisados, particularmente, os itens relativos aos elementos construtivos que compõem ou
têm interferência com o sistema construtivo. No referido manual foram considerados os prazos de
vida útil de projeto (VUP) com respectivo programa de manutenções preventivas e corretivas,
além de informações como: condições de uso (fixação de peças suspensas), localização das
instalações hidráulicas e elétricas e respectivas formas de inspeções e manutenções, restrições
de uso, cuidados necessários com ação de água nas bases das paredes de fachada e das
paredes internas de áreas molhável (cozinha) e molhada (banheiro). Para cada empreendimento
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deverá ser elaborado um Manual de Uso, Operação e Manutenção pela responsável técnico, o
qual será entregue ao usuário.
5. Controle da qualidade
Foram realizadas auditorias técnicas na fábrica e na obra que permitiu avaliar o desempenho
global das unidades habitacionais e o comportamento potencialmente positivo do sistema
construtivo quanto ao controle de qualidade de produção e de seus elementos constituintes.
A TECVERDE Engenharia Ltda. mantém controles necessários para a qualidade do processo de
produção de seu sistema construtivo por meio de instruções que contemplam critérios de
aceitação para os principais materiais e componentes (madeira serrada autoclavada, chapas de
OSB, placas cimentícias, barreira impermeável, chapas de gesso acartonado para drywall,
selantes para juntas e elementos de fixação). Para a madeira serrada são realizados controles
quanto à identificação de espécie, retenção de CCA, teor de umidade e existência de anomalias
intrínsecas a madeira (nós, veios, vazios, etc.). Para as chapas de OSB a comprovação dos
requisitos de resistência à flexão, teor de umidade e inchamento é verificada por meio de ensaios
de controle de produção realizados pelo fabricante, bem como por controles realizados pela APA
(American Plywood Association), entidade certificadora das chapas de OSB, além dos ensaios
periódicos de verificação realizados por laboratório de terceira parte. Para as placas cimentícias a
comprovação dos requisitos de resistência à flexão, absorção de água e variação dimensional, é
realizada por meio de ensaios de controle da produção do fabricante, com validação desses
controles realizados por laboratório de terceira parte. Para os elementos metálicos de fixação, a
resistência à corrosão deve ser comprovada por meio de certificado de conformidade do
fornecedor que acompanha cada lote entregue a obra ou por relatório de ensaio realizado por
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laboratório de terceira parte. Para barreira impermeável, selantes para juntas e chapas de gesso
acartonado para drywall o controle é realizado mediante verificação da compatibilidade da ordem
de compra com a nota fiscal e ensaios periódicos (por lote de fabricação) entregues pelos
respectivos fabricantes.
Durante o período de validade deste DATec serão realizadas auditorias técnicas a cada, no
mínimo 6 (seis) meses, para verificação dos controles realizados em fábrica e em obra. Para
renovação deste DATec serão apresentados relatórios de auditorias técnicas (incluindo verificação
de unidades em execução e verificação de unidades em uso), considerando amostras
representativas da produção de unidades habitacionais no país.
6. Fontes de informação
As principais fontes de informação são os documentos técnicos da empresa e os Relatórios
Técnicos emitidos pelo IFBQ.
6.1. Documentos da empresa
Projetos e detalhamentos executivos arquitetônicos, estruturais, instalações de hidráulica e de
elétrica das casas térreas isoladas;
Projetos executivos de produção e de montagem das casas térreas isoladas;
Memorial descritivo do sistema construtivo e tipologias;
Memorial de cálculo estrutural e Anotações de Responsabilidade Técnica das tipologias;
Fluxogramas da produção e montagem do sistema construtivo;
Instruções de trabalho e planilhas de recebimento de materiais e serviços;
Manual de uso, operação e manutenção (Manual do Proprietário) das tipologias.
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Relatório de Ensaio n° CCC/242.421/25/13 – L.A. Falcão Bauer LTDA. (Estanqueidade e
choque térmico da parede de fachada);
Relatório Técnico n° 129 862-205 – Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade dos
Edifícios/ CETAC – IPT (Avaliação de desempenho térmico de casa térrea isolada nas oito
Zonas Bioclimáticas Brasileiras);
Relatório de Ensaio nº71995 – Laboratório de Materiais de Construção Civil – UFSM/RS
(Ensaio de isolação sonora de fachada);
Relatório de Ensaio nº71997 – Laboratório de Materiais de Construção Civil – UFSM/RS
(Ensaio de isolação sonora de paredes geminadas entre dormitórios);
Relatório de Ensaio n° 1 038 697-203 – Laboratório de Segurança ao Fogo/ CETAC – IPT/SP
(Determinação da resistência ao fogo em parede com função estrutural);
Relatório de Ensaio n° 1 045 345-203 – Laboratório de Segurança ao Fogo/ CETAC – IPT/SP
(Determinação do índice de propagação superficial de chama – chapa de OSB);
Relatório de Ensaio n° 1 045 792-203 – Laboratório de Segurança ao Fogo/ CETAC – IPT/SP
(Determinação da densidade óptica específica de fumaça – chapa de OSB);
Relatório de Ensaio n° 1 042 086-203 – Laboratório de Segurança ao Fogo/ CETAC – IPT/SP
(Determinação do índice de propagação superficial de chama – réguas de PVC);
Relatório de Ensaio n° 1 022 853-203 – Laboratório de Segurança ao Fogo/ CETAC – IPT/SP
(Verificação da incombustibilidade da lã de escória e vidro);
Relatório de Ensaio N°885 626 – Laboratório de Segurança ao Fogo/AISF/DEC – IPT/SP
(Verificação da incombustibilidade da Lã de Rocha Basáltica – FSR 32ʺ);
Identificação de espécie da Madeira – Laboratório Ciências da Madeira - Universidade Federal
de Pelotas/RS;
Relatório de Ensaio FACQ n°939/12 – Montana Química S.A. (Retenção e Penetração de
CCA);
Relatório de Ensaio FACQ n°940/12 – Montana Química S.A. (Retenção e Penetração de
CCA);
Relatório de Ensaio n° 603.087/11-3 – Laboratório Técnico de Ensaios – SENAI – São José
dos Pinhais/PR (Determinação da densidade básica e aparente e flexão da madeira maciça
Pinus);
Relatório de Ensaio de compressão da madeira – Laboratório Ciências da Madeira -
Universidade Federal de Pelotas/RS;
Relatório de Ensaio n° 1008 855-203 – Laboratório de Preservação de Madeiras e
Biodeterioração de Materiais/ CT Recursos Florestais – IPT/SP (Determinação de resistência
ao ataque de cupins de madeira seca em painéis de OSB);
Relatório Técnico 126 415-205 – Laboratório de Madeira e Produtos Derivados/ CT Recursos
Florestais – IPT/SP (Ensaios em chapas de OSB);
Relatório de Ensaio n° 1 023 275-203 – Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade
dos Edifícios/ CETAC – IPT/SP (Determinação de isolação sonora da lã de escória e vidro);
Relatório de Ensaio n° 1 024 640-203 – Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade
dos Edifícios/ CETAC – IPT/SP (Determinação da condutividade térmica da lã de escória e
vidro);
Ficha Técnica Rock Fibras Isolantes Térmicos e Acústicos (lã de rocha);
Ficha Técnica Knauf Standard e Resistente à Umidade (chapa de gesso acartonado);
Relatório de Ensaio n° 1 011 459-203 – Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade
dos Edifícios/ CETAC – IPT/SP (Determinação de permeabilidade ao vapor de água da
barreira impermeável);
Ficha Técnica Typar – Weather Proteccion Systems (Barreira impermeável);
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Ficha Técnica Drykomanta AR (Manta impermeabilizante);
Relatório de Ensaio n°017/2011 – Laboratório de Ensaios de Referência - LabER (Ensaios
para certificação de placas cimentícias planas);
Relatório de Ensaio n°007/2013 – Laboratório de Ensaios de Referência - LabER (Ensaio de
envelhecimento acelerado por imersão/secagem de placas cimentícias planas);
Ficha Técnica Monopol ® PU 25 – Viapol (Selante para preenchimento de juntas);
Relatório de Ensaio DPTM 38426_01/2012 – LACTEC – Instituto de Tecnologia para o
Desenvolvimento/PR (Ensaio de névoa salina neutra em componentes de fixação metálicos);
Relatório de Ensaio DPTM 38117_02/2012 – LACTEC – Instituto de Tecnologia para o
Desenvolvimento/PR (Ensaio de névoa salina neutra em componentes de fixação metálicos).
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