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construindo
o
projeto José Sérgio dos Santos
estrutural
de
edifícios
concreto
armado e
protendido
Copyright © 2017 Oficina de Textos
Bibliografia
ISBN: 978-85-7975-261-2
16-00001 CDD-624.1834
E3 Engenharia Estrutural
Av. Cel. Miguel Dias, 50 – sala 204
Guararapes – CEP 60810-160 – Fortaleza (CE)
(085) 3241-7777
Alio E. Kimura
Sócio-diretor da TQS Informática Ltda.
PREFÁCIO
Momento da charge
SUMÁRIO
2 Locação de pilares 27
2.1 Ponto inicial de locação ........................................... 28
2.2 Dimensões dos elementos estruturais ....................... 30
2.3 Tabela de baricentros ............................................... 31
2.4 Corte esquemático .................................................... 31
2.5 Resumo de estacas ................................................... 32
2.6 Notas ........................................................................ 33
4 Cintamento 49
4.1 Travando blocos de coroamento de estacas .............. 50
4.2 Delimitando poços dos elevadores ............................ 50
4.3 Saída da escada ........................................................ 50
5 Escada 53
5.1 Forma da escada ....................................................... 54
5.2 Corte da escada ........................................................ 54
5.3 Armadura da escada ................................................. 56
6 Pilares 61
6.1 Saída de pilares ........................................................ 62
6.2 Detalhamento de um lance de pilar .......................... 64
6.3 Dobras e ligação entre lances ................................... 65
6.4 Outros formatos ........................................................ 66
7 Forma 69
7.1 Simbologia ............................................................... 70
7.2 Lajes ......................................................................... 71
7.3 Elementos curvos...................................................... 76
8 Armadura de laje 79
8.1 Representação gráfica............................................... 80
8.2 Armadura de lajes maciças ....................................... 81
8.3 Armadura de lajes nervuradas ................................... 84
9 Armadura de viga 89
9.1 Armadura longitudinal .............................................. 90
9.2 Armadura transversal ................................................ 94
9.3 Representação gráfica em projeto ............................. 95
10 Protensão 97
10.1 Cordoalha engraxada ................................................ 98
10.2 Detalhes de projeto .................................................. 98
10.3 Traçado dos cabos .................................................. 101
10.4 Protensão de lajes .................................................. 102
10.5 Quantitativos de protensão .................................... 111
11 Caixa-d’água 113
11.1 Laje de fundo ......................................................... 114
11.2 Laje de tampa......................................................... 115
11.3 Armadura de ligação entre as paredes .................... 116
11.4 Armadura das paredes ............................................ 118
1.1 Materiais
Pode-se dizer que o projeto estrutural se inicia pela escolha
dos materiais de que a estrutura será feita. Será uma estrutura
de aço, madeira, alumínio, concreto? No caso específico das
estruturas de concreto, que é o objeto de estudo deste livro, é
preciso que se definam as classes de resistência e os tipos de
aço que serão utilizados na sua execução. Caso se empreguem
apenas aços do tipo CA, diz-se que a estrutura é de concreto
armado. O uso de aços do tipo CA e CP numa mesma estrutura
implica dizer que ela é feita de concreto protendido.
Como é realizada essa escolha da classe de resistência que o
concreto deverá ter? O engenheiro estrutural geralmente consul-
ta seu cliente sobre os valores usuais empregados em suas obras.
No caso dos novos construtores, pode-se sugerir valores habituais
adotados em certa região. Hoje em dia dificilmente se encontra uma
estrutura com valores de fck (resistência característica do concreto à
1 Considerações iniciais sobre o projeto estrutural 15
1.3 Carregamentos
A determinação dos carregamentos que incidem sobre a estru-
tura é uma das fases mais importantes do desenvolvimento
do projeto estrutural naquilo que diz respeito à segurança. É
preciso que se estimem essas cargas com certa precisão para
que o dimensionamento dos elementos possa ser feito de modo
a evitar o desperdício ou, o que é pior, a perda da estabilidade,
que poderia resultar num inteiro colapso.
Quanto à ocorrência dessas cargas, as normas brasileiras as clas-
sificam em permanentes, variáveis (ou acidentais) e excepcionais.
Entendem-se como cargas permanentes aquelas que atuam com
valores praticamente constantes durante toda a vida útil da estru-
tura. Tome-se como exemplo o peso próprio que passa a atuar no
momento da desforma e vai até o momento do colapso do elemento.
Outros exemplos de cargas permanentes são pisos, revestimentos,
paredes e protensão.
As cargas acidentais, por outro lado, são aquelas cuja atuação
varia com o tempo. A grande maioria são as cargas de utilização,
como o peso de pessoas e objetos. Imagine-se uma laje que suporta
uma sala de aula. No momento da aula, a laje está carregada com
o professor e sua turma de alunos, mas no intervalo ou durante a
madrugada o peso daquelas pessoas não mais estará presente.
A NBR 6120 (ABNT, 1980) prescreve os valores de cargas aciden-
tais que devem ser usados para cada tipo de utilização. Os valores
mais usuais podem ser visualizados na Tab. 1.1.
Já as cargas excepcionais são as que têm duração extremamente
curta e muito baixa probabilidade de ocorrência durante a vida
1 Considerações iniciais sobre o projeto estrutural 17
1.4 Cálculo
Hoje em dia, o cálculo dos esforços a que os elementos esta-
rão submetidos, bem como o dimensionamento de suas seções
e o detalhamento de sua armadura, é realizado por meio de
sistemas computacionais extremamente sofisticados. No Brasil,
esses sistemas precisam trazer na sua programação os métodos
de cálculo preconizados pela NBR 6118 (ABNT, 2014).
São sistemas que simulam o comportamento do edifício em
modelos 3D e por isso conseguem prever se as oscilações da estrutura
causarão desconforto aos ocupantes. Por serem bastante complexos,
esses sistemas exigem um alto grau de perícia na sua utilização.
10 10
A
20 20
B
C/10 C = 395
45 N2 φ 10
17 N1 φ 8 C/20 C = 495
Fig. 1.1 Representação de armadura de lajes: (A) com todas as barras desenha-
das; (B) com a codificação adotada nos projetos estruturais
1 Considerações iniciais sobre o projeto estrutural 23
7 247 7
18 N1 φ 10 C/12 C = 261
Comprimento
Espaçamento
Bitola
Posição
Quantidade
40
500
2 N3 φ 12,5 C = 580
Comprimento
Bitola
Posição
Quantidade
P = γ ⋅∀ (1.2)
A barra tem formato cilíndrico (Fig. 1.4), então seu volume pode ser
expresso pelo produto da área do círculo pelo comprimento. Como
os diâmetros são expressos
em milímetros, é preciso
convertê-los em metros para
que o volume seja calculado
em metros cúbicos. Isso é
feito dividindo-os por 1.000.
L
π⋅φ2
∀= (1.4)
4.000.000
Para o aço, = 7.850 kgf/m3. Ao substituir e na Eq. 1.2, tem-se:
7.850π 2
P= φ (1.5)
4.000.000
1 Considerações iniciais sobre o projeto estrutural 25
P = 0,006165φ2 (1.6)
Exemplo:
Calcular o peso linear de uma barra de 12,5 mm de diâmetro.
Resposta: P = 0,006165 ( 12,5) = 0,9633kg/m 1kg/m
2
Momento da charge
244
35 35
P13
70
85 × 30
42,5 52,5 52,5 42,5 B0241
190
702
h = 80
246,5 458
-2,5
489
477
280
280
P16
12
P15 30 × 180
105
25 × 156 B0841
B0641 h = 160
h = 140
35
35 52,5 52,5 35 34 91 91 34
175 250
acumulada
2,5 3,5
477
705,5
em x
Cota
Cota
0
acumulada
35
35,5
Y em y
105
91
X 0
280
253
P21
91
105
45 × 96
Ponto inicial B0941
35,5
de locação h = 180
35 52,5 52,5 35 P20 35 105 105 35 35
175
30 × 96 280
B0541
h = 140
705,5
Cota
35,5
Y acumulada
em y
91
0
X
253
91
Ponto inicial
35,5
de locação
35 52,5 52,5 35 P20
175 30 × 96
B0541
h = 140
Fig. 2.2 Ponto inicial de locação
30 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
40
E1 E2 E3
127,5
E4
120
E5
E6
215
255
CG E7 E8
440
120
CG
127,5
E9
E10 E11
E12
120
20
702
mação pode ser confirmada
280
P16
30 × 180
O corte esquemático mostra B0841
h = 160
a quantidade de pavimentos
34 91 91 34
com seus respectivos pés- 250
2,88 3,24 3,54 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 2,88 1,72 2,63
166,240
Platô
23º teto 164,520
9º teto 124,200
8º teto 121,320
7º teto 118,440
6º teto 115,560
5º teto 112,680
4º teto 109,800
3º teto 106,920
2º teto 103,380
1º teto 100,140
Subsolo 2 97,260
0,40
1,50
95,760
96,860
Fig. 2.5 Corte Topo dos blocos
Topo dos blocos
esquemático rebaixados P11 e P17
2.6 Notas
Quantidade Seção Carga
As notas são importantes
142 φ 410 N = 110 tf
informações textuais que
precisam ser lidas por quem Fig. 2.6 Resumo de estacas
for executar a estrutura.
Para o caso de fundação direta, apresentam o nível de assenta-
mento das sapatas, bem como o valor da tensão admissível do
solo utilizado no dimensionamento.
Para fundações profundas, entre outras coisas, informam que para
a determinação do comprimento das estacas deve ser consultado um
engenheiro geotécnico. Também indicam que o valor encontrado do
comprimento deverá ser confirmado por meio de controle da nega e de
ensaios de prova de carga de acordo com a NBR 6122 (ABNT, 2010).
Momento da charge
N 6M
σsolo = + ≤ σadm
A ⋅ B A ⋅ B2
M
B
255
117,5 20 117,5
7
117,5
26 N2 φ 10 C/10 C = 281
65
80
275
267
40
5 15
Camada de regularização
117,5
7 247 7
28 N1 φ 10 C/10 C = 261
7
3.2.1 Estacas
As estacas geralmente são de concreto armado ou metálicas.
Quanto ao processo construtivo, podem ser moldadas in loco ou
pré-fabricadas. Os tipos mais usuais são:
• hélice contínua monitorada;
• raiz;
• Franki;
• perfis laminados (metálicos);
• pré-moldadas de concreto.
Independentemente do material de que é constituída, a estaca
recebe sua carga através do bloco de coroamento e a transmite para
o solo através da ponta inferior, do atrito lateral ou de ambos.
Para que haja estabilidade é preciso, portanto, que tanto a estaca
quanto o solo que lhe dá suporte resistam a essa carga que lhes é
aplicada. O princípio de dimensionamento é mostrado no Boxe 3.2.
3 Detalhamento das fundações 41
RP + RL
Radm =
CS
em que RP é a resistência na RL RL
ponta da estaca, RL é a soma
das resistências laterais e CS RL RL
é o coeficiente de segurança.
Na figura, N é a carga do pilar
RP RP
transmitida para o conjunto de
estacas. Fig. 3.5 Equilíbrio em fundação
indireta
Npilar
N≥ (3.4)
Radm
D = 2,5φ (3.5)
D = 3a (3.6)
D
D
60°
CG
CG
D
D
60°
D
D
CG CG
D
D D
60°
D
D
D
CG CG
D
D D D
60
D
°
CG CG
D
130
140
te desse ferro é aquele em que
ele é desenhado fora da peça.
10
Nesse desenho, percebe-se com
bastante clareza que se trata
de 15 barras de 25 mm com
45
comprimento de 460 cm dispos-
tas em cada direção. O termo
75
alternados significa que, quando
uma barra é posicionada com CG 240
75
φ N3 φ N2 φ N3
20 20 20 20 20 15
φ N2
φ N1
φ N1
2 × 12 N3 φ 12,5 C = 290
30 230 (Negativo) 30
30
232 (Costelas)
4 × 6 N2 φ 12,5 C = 292
12 φ N3 C/20
12 φ N3 C/20
15 φ N1 C/16
15 φ N1 C/16
30
125 105
2 × 15 N1 φ 25 C = 460
(Alternados) 230 (Positivo)
Momento da charge
mostrado na Fig. 4.3. Notar que a escada não terá uma funda-
ção apoiada diretamente no terreno, mas sairá da viga V4.
P22 P23
25 × 203 25 × 203
V7 20 × 50
V11 20 × 30
V10 20 × 30
A A
V5 20 × 50
40
V7
110
P22 Topo blocos rebaixados P23
B0460 B0460
Corte A-A
Fig. 4.2 Conjunto de vigas delimitando o poço do elevador
Topo dos blocos
V3 14 × 50
P6 P7
107 × 30 30 × 70
A
20 × 50
V4 V13
14 × 50
V14 14 × 50
Corte A-A
V4 14 × 60
Enchimento
V12
40
V13
P8
30 × 100 V5 P9
30 × 80
20 × 50
Fig. 4.3 Cintamento delimitando a saída da escada
52 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
Momento da charge
2e + p = 62 cm a 64 cm (5.1)
A
328,8
137,4 27 27 137,4
P5
V1 VE 14 × 66 Nível patamar 25 × 60
8 7 6
P4 V2
25 × 60
134,5
134,5
15
15
L3 L4
5
9 15
27 27 27 27
27 27 27 27
4
10
363
363
3
11
2
14 × 60
12
14 × 60
15 1
13 14 15 16
120,5
120,5
V26
V22
137,4 27 27 137,4
V3
14 × 66 14 × 66 14 × 50 28 × 60
A
12
54
VE
18
90
2º Pav. tipo 18
L21 18 12
(3º Teto)
54
V32 V22
V3 18
90
18
18
12
288
54
VE
18
90
1º Pav. tipo 18
L21 18 12
(2º Teto)
54
V32 V22
V3 18
1
C = 170
φ 10
6 N5 φ 6
7 N3 φ 8
7 N3 φ 8
11 N2
C/20
3 6 N6 φ 6 3
6 N4 φ 6
132
6 N4 φ 6
30
8
11 N1 φ 10
30
9 N5 φ 6 132 8
C/20 C = 170
30 9 N5 φ 6
φ 10
8
8
4 6 N4 φ 6 6 N4 φ 6 4
132
6 N6 φ 6
C = 170
N2 φ 10
N5 φ 6
7 N3 φ 8
7 N3 φ 8
11
C/20
6
2
7 N3 φ 8
C/20 C = 66
50
8
6 N4 φ 6
Corte 1-1 C/20 C = 119
50
7 N3 φ 8 6
5φ
C/20 C = 66 117 8
9N 11 N2 φ 10
50 50
8
1 C/12 C = 175
37
C=
177 C/12
6 N4 φ 6
C/20 C = 119 φ 10
N1
8 11
136
Fig. 5.5 Armadura dos lances principais de uma escada em corte (1-1)
58 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
Corte 2-2
7 N3 φ 8
C/20 C = 66
50
8
6 N4 φ 6
C/20 C = 119
50 7 N3 φ 8
8 117 9N C/20 C = 66
11 N2 φ 10 5φ 50
8
50
C/12 C = 175 6
11
N1 17
φ1 7
0 6 N4 φ 6
C/ C/20 C = 119
12
C=
37
1 8
136
Fig. 5.5 Armadura dos lances principais de uma escada em corte (2-2) (cont.)
Corte 3-3
50
6 6N
N6 5φ
φ 6 112 6
C/
20 Apoiar sobre
C= arm. longitudinal
212
50
Corte 4-4
50
φ6 12
5 =2
6 N 12 20 C
1 C/
Apoiar sobre 6
arm. longitudinal φ
N6
6
50
Fig. 5.6 Armadura dos lances secundários de uma escada em corte (3-3) (4-4)
A B R
Momento da charge
60 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
A B
1º Teto 1
40
20
6 N1 φ 12,5
342
34
32 φ 5 C/15
14
32 N2 φ 5
485
492
N2
C/15 C = 108
6 N1 φ 12,5 C = 505
Piso subsolo
150
1:50
Sapata 1:25 0
20
5
Armaduras
do pilar
Armaduras da
sapata
Camada de regularização
(concreto magro)
Fig. 6.2 Armadura de saída de pilares para fundação em sapata
Fonte: cortesia de E3 Engenharia Estrutural.
>40φ
10
Ancoragem da armadura
Estaca em concreto da estaca no bloco
Fig. 6.3 Armadura de saída de pilares para fundação em bloco de coroamento de
estacas
Fonte: cortesia de E3 Engenharia Estrutural.
64 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
328/20 = 16 estribos
1º Teto
120
2 × 16 N3 φ 8
C/20 C = 39
19
25
16 φ 8 C/20
N2 2 × N3
Subsolo 01
20 N1 φ 25
20 N1 φ 25 C = 530
328
115
20
16 N2 φ 8 C/20 C = 289
1:50
6 N3 φ 12,5 C = 285
sal retangular são os mais
6 N3 φ 12,5
19 φ 5 C/15
frequentemente utilizados nas
288
34
N4
14
6 N1 φ 16
dores para formar um núcleo
27 φ 6 C/18
34
550
492
N2
14
27 N2 φ 6
rígido que garantirá a estabi-
6 N1 φ 16 C = 575
C/18 C = 110
lidade global do edifício. Há
Piso subsolo
ainda pilares com seção circu-
lar (Fig. 6.6) ou mesmo em T.
150
15φ
Esses pilares alongados têm
1:50
Sapata 1:25
25
0 um comportamento diferente
5
15
17 N2 φ5 C/15 C = 94
8 N1 φ 12,5
105
25 80
20
20
38 N3 φ 8
C/15 C = 249
15
100
C/15 C = 34
3 × 38 N4 φ 8
C/15 C = 537
38 N2 φ 8
15
64 φ 25
244
239
224
20
9 × 38 N5 φ 8
C/15 C = 39
14
74 N11 φ 8 C/15C = 540
98 N5 φ 20
255
215
249
6 × 74 N10 φ 8
C/15 C = 30
20
14
14 20 219
239
9 × 74 N10 φ 8 233
14
C/15 C = 30
2 × 74 N12 φ 8
C/15 C = 510 Fig. 6.8 Pilar com seção
em C
68 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
Momento da charge
7.1 Simbologia
Um dos principais componentes da planta de forma é a indica-
ção dos elementos estruturais em conjunto com suas dimensões.
Para tanto, geralmente se adota a simbologia indicada no
Quadro 7.1.
Quadro 7.1 Simbologia da planta de forma
Elemento Símbolo Exemplo
Laje L L1 h = 10 cf = 1,0
Viga V V15 – 14 × 60
Pilar P P3 – 25 × 80
Tirante T T1 – 20 × 20
em que h é a altura, e cf, a contraflecha.
7.2 Lajes
V1 20 × 60
P102 P103
60 × 20 60 × 20
551,9
20 × 60
L2 L3
h = 15 h = 15
191,5 cf = 1,0
V64
25 × 60
2
70
P6
30 × 120
V66
135
V6 30 × 60
P106
100 × 20
A B C
hc
hi
ht
Fig. 7.2 Alturas da laje nervurada: (A) altura real; (B) altura de inércia;
(C) altura de consumo
P529 P530
20 × 40 20 × 40
"Morre" "Morre"
7
54 7 7 54
10 10
7 54 54 7
8 7
L527
14 × 60
14 × 60
h = 26
V516
V517
7
54
6,9
P537 P538
20 × 40 20 × 40
"Morre" "Morre"
710
Nervura de Forma de
concreto armado 7 54 7 madeira
25 61
Forma de
madeira
Mesa
13
7
54
54
48
61
Moldes plásticos
reaproveitáveis
13
Nervura 7
7
de concreto
armado
4 21 7 54 7
414,5
L1
h = 12
699,5
700
P9
V11 14 × 70 30 × 30
V14 14 × 70
V15 20 × 70
P8
295,5
285,5
20 × 20
L2
h = 12
V12 14 × 70
P10 P11
30 × 30 30 × 30
688,5 570
1258,5
B
*Nervura simples*
Esquema padrão de montagem das lajes
12
8
40 (Máximo)
As. As.
Fig. 7.6 Montagem da laje pré-moldada tipo volterrana
*Nervura dupla*
Esquema padrão de montagem das lajes
4
12
8
40 (Máximo)
As. As.
V15
53,6
89,3
L21
80,8
92,4
121,4
119,1
AB
V17
A
167,7
140,8
164,6
155,8
156,8
142,5
12
165,1
167,7
×6
0
V22
V20
L23
Momento da charge
V45
V39
P115 P20
20 × 40 30 × 120 P21
V23 14 × 60 V24 25 × 60 55 × 124
L26 L27
650
h = 15 h = 15
V29 35 × 60
20 × 60
V42 20 × 60
V44 20 × 60
29 N2 φ 8 C/19 C = 694
47 N3 φ 8
C/14 C = 495
25 N4 φ 6 C/19 C = 705
L26 L27
50 N1 φ 8 C/13 C = 570
N1 (650)/13 = 50,00 = 50
N2 (340 + 225,5 – 20 – 10)/19 = 28,18 = 29
N3 (650)/14 = 46,43 = 47
N4 (480 – 10 – 10)/19 = 24,21 = 25
160 160 12
12 12 12 12
2 × 8 N1 φ 8 2 × 8 N1 φ 8
160
160
L1
12
12
160 160
12 12 12 12
2 × 8 N1 φ 8 2 × 8 N1 φ 8
160
160
12
85
12 N19 φ 5
12
C/30 C = 1931
85
255 255
85
C/25 C = 279
77 N3 φ 8
12
85
12
L26
L27
58 N3 φ 8 58 N3 φ 8
C/25 C = 279 C/25 C = 279
12 255 255 12 12 255 255 12
12 12 12 12
85 85 85 85 85 85 85 85
12
85
12
C = 1477
C/30
C/25 C = 279
85
161 N3 φ 8
12 N10 φ 5
12
85
12
Comprimento
Posição Comprimento reto Dobras
total
N12 710 + 7 + 7 – 2,5 – 2,5 = 719 + 10 + 10 = 739 cm
86 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
54 7
11
7 7
7 54 27
P529 P530
20 × 40 20 × 40
"Morre" "Morre"
54 7 7 54
10 10
7 54 54 7
8 7
L527
14 × 60
14 × 60
h = 26
V516
V517
54 7
6,9
P537 P538
20 × 40 20 × 40
"Morre" "Morre"
710
L527
Momento da charge
Costelas
Porta estribo
Armadura positiva
Armadura negativa
C T
–
T + C
Armadura negativa
Costelas
Armadura negativa
Armadura
negativa
C C
–
T + + T
Fig. 9.5 Diagrama de momento Armadura Armadura
fletor de uma viga com dois vãos positiva positiva
Porta estribo
Armadura negativa
Porta estribo
Costelas
Grampos
Base 15 – 3 – 3 = 9 cm
Altura 60 – 3 – 3 = 54 cm
Gancho para = 5 mm 30 × 0,50 = 15 cm
Comprimento total 2(9 + 54) + 15 = 141 cm
9 Armadura de viga 95
Corte A
210 210 2φ6
2 N1 φ 6
30
2 N1 φ 6
30
C = 240 C = 240
286 60 2×2φ8
2 N2 φ 16 C = 590
117 3 φ 12,5
1 N3 φ 16 C = 255 15
(1 φ 2aCAM)
15 × 60 15 × 60 9
A
54
2×2φ8 2×2φ8
42 N6 φ 5 C = 141
P1 P2 P3
A
(Costela) 441
2 × 2 N7 φ 8 C = 450
9
(Costela) 441
9
2 × 2 N7 φ 8 C = 450
31 119
1 N5 φ 12,5 C = 250 1 N5 φ 12,5 C = 250
852
19
19
2 N4 φ 12,5 C = 890
Momento da charge
Mais uma vez o conselho zen contra o estresse é este: seja positivo.
Tire tudo que é negativo da sua vida e será feliz.
PROTENSÃO
98 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
33 mm
130 mm
56 mm
49 mm
33 mm
130 mm
A B C
Vão 1 Vão 2
Ponto de máximo
Ancoragem
ativa
Ancoragem Ponto de inflexão Ponto de
passiva inflexão
Ponto de
inflexão
10% vão 10% vão
10% vão 10% vão
Ponto de mínimo Ponto de mínimo
50 140
Ponta para
protensão
7 7
L5
3C1
3C1
(1ª Prot. = 24C1)
3C1
Cabos triplos
3 × 8C1 C/85
Cabos
3C1 retos
l = 11,5
5 153,5 65 65 65 65 65 65 65 65 65 70 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 77 76 5
3C1
18,0
18,0
18,0
11,0
15,8
4,0
15,7
8,9
5,0
11,0
11,0
4,6
8,2
4,5
5,9
6,3
11,9
5,5
9,5
5,4
11,5
9,2
6,7
7,0
3C1
3C1
3C1
11
22
11
Fig. 10.9 Protensão de laje maciça
– placa de ancoragem com cabos
7 7
distribuídos em feixes
Cabos triplos
l = 11,5
1C2
6
5 168
4C2
18,4
Cabo reto l = 6,2
2C2 (1ª Prot. = 4C2)
5
cabos C2,C3,C4 E C5
5 72 72 72 72 72 72 72 72 72 69 60 145
10 10 Cabos
retos
Ordenadas dos
1C2
18.4
2C3
5 l = 5,8
2C3
(1ª Prot. = 2C3)
15,5
10,5
12,1
18,4
22,0
22,0
18,4
6,9
4,7
4,0
4,9
7,6
18,4
Y
1C4
5 l = 5,9
1C4
18,4 (1ª Prot. = 1C4)
2C5
5 l = 6,1
2C5
(1ª Prot. = 2C5)
1C6
Capitel
27
26,5 26,5 26,5 26,5
9 12 12
16
2
12 12 9 9 12 12
30
30 φ 10 25
8 φ 10
φ 10 60
120
7 7 7
30
10
20
14
10
30
5 N1 φ 12,5
C = 74
Fig. 10.17 Armadura de fretagem
L3
ABA
ABA V10
ABA ABA
PC1 P6 P2
5 6 85 84 84 84 84 84 84 84 84 84 80 115 5
1
V3 15 15
l = 7,0
197 × 50 157 × 50 (Protendida)
32C1
18,0 32,0
15,2 26,8
15,2 26,8
18,0 32,0
18,0 32,0
18,0 32,0
18,0 32,0
6,0
6,8 11,2
6,8 11,2
10,3 17,7
10,3 17,7
7,3
7,3
Y1 Y2
Ordenadas dos
2
1
4,7
4,0
4,7
cabos C1
Cabos retos
V3 (Protendida)
418
22
5 N2 φ 16 46
167 C = 440 478
22
5 N3 φ 16
25
25
1 N1 φ 16
C = 217 C = 530 30
369
17
5 N4 φ 16
C = 386
197 × 31 157 × 31
157 × 26
A
P5 P6
A
8
3 N5 φ 10 C = 142
25
25
167
208
18
1 N1 φ 16 C = 217
5 N10 φ 16 C = 226
25
927
5 N6 φ 16 C = 952
31
26
25
26 N8 φ 8 C = 257
18 N9 φ 8 C = 319 62 N7 φ 8 C = 267
Momento da charge
Por isso essas armaduras têm uma dobra dupla na armadura negati-
va. O cálculo dos comprimentos e das quantidades segue o que foi
explicado no Cap. 8.
714
357 357
10
PAR1 15 × 230
PF1
15
15
108 × 25
15 15
225,5
225,5
PF2 PF3 PF4
20 × 40 20 × 40 20 × 40
"Morre" "Morre" "Morre"
565
555
LF1 LF2
15 × 230
h = 15 h = 15
PAR3 15 × 230
PAR4 15 × 230
329,5
329,5
(166.52) (166.52)
A A
PAR5
15 15
PAR2 20 × 230
15
15
714
15
15
9
9
60
60
44 N4 φ 6
C/12 C = 846
9 (Neg.) 708 9
60 60
C/17 C = 579
549 (Pos.)
549 (Pos.)
C/17 C = 579
20 N2 φ 8
20 N2 φ 8
549
549
LF2
LF1
31 N1 φ 12,5
15 C/17 C = 389 15
(Pos.) 359
31 N1 φ 12,5
15 C/17 C = 389 15
359 (Pos.)
60
60
15
15
9
PAR1 15 × 230
15
15
15
15
LT1 LT2
60
60
h = 10
h = 10
15 × 230
60 60
15 × 230
15 × 230
PAR5
PAR3
PAR4
15 15
15
PAR2 20 × 230
15
Fig. 11.3 Forma de uma laje de tampa
2×3 N4 φ 8 C = 255
LT2
2 × 3 N3 φ 8
LT1
C/15 C = 549
C/15 C = 549
23 N2 φ 6
C = 180
23 N2 φ 6
44 N1 φ 8
C/12 C = 359
44 N1 φ 8
C/12 C = 359
20
6
20 4
4 × 14 N1 φ 8
C/15 C = 86
LT1
LT2
4 × 14 N2 φ 8
20
C/15 C = 93
53
20
2 × 60 N4 φ 6 C = 283
225
225
230
60 N5 φ 8
20
5 φ 10 C/15 C = 89
3
PAR3 PF1
49
60 φ 6 C/12
20 10
40
N4 (714) 10
7 7
50 10
7 7
(Costela) 707 50
2 × 11 N2 φ 6 C = 821 9 9
96
9 5 N3 φ 10
C = 201
8 8
60 708 60
8 8
2 × 4 N1 φ 10 C = 844
12.1 Quantitativos
Além do projeto estrutural, apresentado de forma gráfica, faz-se
necessário entregar para o cliente os quantitativos e índices
da estrutura projetada. Isso é feito na forma de um relatório
geralmente apresentado em formato A4. Esses quantitativos
incluem:
• volume de concreto (m3);
• peso de armadura (kg);
• área de forma (m2).
Os quantitativos em geral são separados em quantitativos da
infraestrutura e quantitativos da superestrutura. Os primeiros incluem
os números de consumo de material de blocos de coroamento de
estacas, sapatas e vigas de cintamento. Já os segundos incluem os
consumos dos elementos que sustentam desde a primeira laje até a
caixa-d’água. Nessa conta estão inseridos pilares, vigas, lajes e escada.
A Tab. 12.1 constitui um exemplo de como o quantitativo de
concreto pode ser apresentado. De modo análogo, pode-se ver o
quantitativo de formas na Tab. 12.2. E, por fim, a Tab. 12.3 mostra
o quantitativo de armadura.
Pa Pa A
i3 = i3' = i4 =
V Ae Ae
em que:
V = volume de concreto (m3);
Ae = área estrutural (m2);
Pp = peso de armadura passiva (kg);
Pa = peso de armadura ativa (kg);
A = área de forma (m2).
Os índices são importantes porque permitem comparar uma
estrutura com outra em termos de consumo de materiais. Nesse
126 Desconstruindo o projeto estrutural de edifícios
Momento da charge