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ALFABETIZAÇÃO E
LETRAMENTO

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Ambiente alfabetizador
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Reconhecer a escola como um ambiente alfabetizador.


 Identificar um ambiente alfabetizador como aquele que contribui
para o aprendizado das crianças.
 Apresentar ideias práticas que auxiliem na construção de um ambiente
alfabetizador na escola.

Introdução
Desenvolver as habilidades da leitura e da escrita é essencial para que as
instituições escolares possam atingir seus objetivos maiores e preparar
seus alunos para a vida social e o exercício da cidadania. Dessa forma,
é necessário que você saiba o que significa um ambiente alfabetizador,
que pode apresentar-se dentro e fora da escola. Esse ambiente possui
características específicas que, caso sejam observadas, irão contribuir
para o desenvolvimento de uma aprendizagem significativa da leitura
e da escrita. Afinal, como você sabe, as interações com o meio em que
essas habilidades são desenvolvidas pode contribuir diretamente com
o aproveitamento e o desenvolvimento dos alunos.

Ambiente alfabetizador: conceito


e características
Segundo Monteiro ([201-?]), foi a partir dos anos 1980, sobretudo com o avanço
das ideias construtivistas no cenário pedagógico, que surgiram importantes
questionamentos sobre o que seria necessário para que uma criança pudesse
ser alfabetizada. Quais seriam os recursos necessários que facilitariam a
aquisição dessa habilidade? Qual a implicação das metodologias utilizadas e
da didática do professor para que essa alfabetização se efetivasse? Esses são

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2 Ambiente alfabetizador

alguns dos questionamentos que levarão você à definição de um ambiente


alfabetizador. Veja agora a citação a seguir:

Com a difusão do ideário construtivista, para o qual o foco é a criança e seu


processo de conceitualização da escrita, a interação da criança com esse objeto
de conhecimento ganhou uma grande importância nos encaminhamentos
pedagógicos. A ideia fundamental é a de que o aprendiz da língua escrita é
capaz de refletir sobre o sistema de representação, apropriando-se de seus
sinais gráficos e de suas regras de funcionamento, a partir do contato intenso
com os materiais escritos e da participação ativa em práticas de leitura e escrita
de adultos (MONTEIRO, [201-?]).

Por meio dessa citação, você pode perceber que as ideias construtivistas a
respeito das capacidades da criança propuseram que o contato desta com mate-
riais escritos e sua participação ativa em práticas de escrita e leitura de adultos
poderiam potencializar o conceito de alfabetização. E, partindo desse princípio, a
necessidade de criação de um ambiente alfabetizador também se tornou evidente.
Talvez seja importante você relembrar o que vem a ser o construtivismo
nesse início de abordagem sobre o tema. Isso é válido principalmente para
marcar que, a partir dele, se muda o foco do “ensinar” para o “aprender”, o
que altera significativamente a forma de abordar a leitura e a escrita. Segundo
Coll et al. (2006, p. 19, grifo nosso):

A aprendizagem contribui para o desenvolvimento na medida em que apren-


der não é copiar ou reproduzir a realidade. Para a concepção construtivista,
aprendemos quando somos capazes de elaborar uma representação pessoal
sobre um objeto da realidade ou conteúdo que pretendemos aprender. Essa
elaboração implica aproximar-se de tal objeto ou conteúdo com a finalidade
de apreendê-lo; não se trata de uma aproximação vazia, a partir do nada, mas
a partir de experiências, interesses e conhecimentos prévios que, presumivel-
mente, possam dar conta da novidade.

Partindo da citação dos autores, você pode perceber que, ao tratar dos objetos
de conhecimento da leitura e da escrita, também deve atentar ao conceito de
representação. Esse conceito será essencial para que você possa desenvolver
suas atividades como professor alfabetizador. A representação produz sentidos
na criança a respeito de determinado objeto que a cerca e sobre o qual produz
suas experiências. Você pode pensar que, ao estar em um mundo onde se vê
cercada de sinais, símbolos gráficos e sons, a criança logo cedo irá começar a
estabelecer relações entre esses elementos na tentativa de representá-los. Ima-
gine a criança que, em casa, diariamente se utilize de objetos que apresentam

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escritas e desenhos. Essa experiência faz com que ela comece a realizar suas
associações e combinações desses sinais buscando construir uma representação.
Logo, o creme dental “X do ursinho” passa a ser o seu preferido e assim ela irá
identificá-lo no mercado ao realizar as compras com a família, por exemplo.

Leia mais sobre o assunto nos artigos a seguir:

As múltiplas facetas da alfabetização (SOARES, 1985)

https://goo.gl/nzaG4h

A representação da linguagem e o processo de alfabetização (FERREIRO, 1985)

https://goo.gl/NC9Fpn

Considere uma criança ainda em idade pré-escolar. Ao manusear um livro


de literatura infantil com muitas imagens e algumas poucas palavras escritas,
a criança entende logo que aquelas palavras representam algo que se diz sobre
as imagens, que ambas se complementam. Assim, a escrita passa a representar
algo possível de produzir um entendimento sobre a história que vem sendo
retratada na obra a partir das imagens e das palavras.
Você pode considerar, então, a partir do que viu até aqui, que um am-
biente alfabetizador é aquele onde o aluno se encontra imerso em sinais,
símbolos, gráficos, palavras escritas, desenhos e sons que possam produzir
significados e representações.
Um ambiente alfabetizador também é aquele onde os alunos estão cons-
tantemente sendo estimulados às práticas relacionadas ao desenvolvimento
de sua autonomia e a aproximações com aspectos relacionados à pesquisa.
Por meio da utilização de recursos variados encontrados nesse ambiente, os
aprendizes poderão criar e desenvolver as habilidades necessárias para que a
leitura e a escrita produzam sentidos e sejam apreendidas.
Quando você ouve falar em recursos, pode imaginar desde as simples folhas
brancas até tintas, lápis, argilas e toda sorte de materiais com os quais possam ser
representadas as letras e demais signos gráficos a serem aprendidos, não é? Logo,
você pode inferir que, quanto maior for a disposição desses elementos com os
quais a pessoa pode interagir e vivenciar, mais facilitada será a sua alfabetização.

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Outra característica importante do ambiente alfabetizador é a capacidade


de proporcionar a participação e a interação entre os alunos que se encon-
tram em processo de alfabetização. Isso pode ser perseguido a partir do uso
de atividades em grupo e da constante observação e acompanhamento dos
diferentes níveis em que os alunos se encontram.
Um ambiente alfabetizador possui a capacidade de despertar o interesse,
motivar, estimular e desafiar os alunos a continuarem buscando aprender a
ler e escrever. Além disso, esse ambiente vai sempre deixar claro aos alunos
que a escrita e a leitura apresentam uma intenção e uma funcionalidade que
muito auxiliam nas suas vidas cotidianas. É importante você notar que um
ambiente alfabetizador não é somente encontrado na escola, mas ao seu redor.
Afinal, a leitura e a escrita são objetos sociais necessários e presentes no
cotidiano das pessoas.

Considere o conceito de representação da leitura e da escrita que se desenvolve na


mente dos alunos em processo de alfabetização. Você pode entendê-lo como a forma
com que os símbolos gráficos que envolvem a escrita adquirem significado na mente
dos alunos. Nesse sentido, é o modo como conseguem, a partir da visualização de
um código escrito, entender que aquilo produz um sentido no mundo social a que
pertencem.

Escola: ambiente alfabetizador


Com o passar dos séculos, a escola assumiu um papel central na vida em sociedade.
A educação escolar passou a classificar os indivíduos, estratificando socialmente
aqueles que iriam exercer certos papéis sociais, galgar certas categorias profissio-
nais, serem vistos como capazes e pessoas de sucesso. Ou seja, a educação escolar,
sobretudo na contemporaneidade, é fundamental e representa um parâmetro, uma
meta, um objetivo muito importante a ser perseguido por todos, caso queiram
desfrutar das melhores possibilidades que a sociedade oferece.
A escola, na contemporaneidade, é a instituição social que cumpre a fina-
lidade de alfabetizar, ou seja, de “tornar o indivíduo capaz de ler e escrever”
(SOARES, 2010, p. 31). Isso fez com que a escola procurasse criar metodo-
logias e técnicas em busca de alcançar esse objetivo considerado primordial
na sua própria existência. A importância da escrita é notória no interior das

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instituições escolares, em todos os níveis da educação. É a partir dela, de sua


apropriação, que os alunos são inclusive classificados e avaliados.
Porém, é importante que você realize a seguinte reflexão “[...]a escrita é impor-
tante na escola porque é importante fora da escola, e não o inverso” (FERREIRO,
1999, p. 21). Ou seja, aprender a ler e escrever é essencial para que o indivíduo
possa viver em sociedade e apropriar-se das mudanças e reconfigurações em
que se encontra imerso diariamente. Logo, a capacidade de ler e escrever é um
marcador social importante e que coloca o indivíduo em condições de interpretar
melhor o mundo, interagir com as pessoas e exercer sua cidadania. Basta você se
deter rapidamente nos pré-requisitos para seleção de profissionais para algumas
vagas no mercado de trabalho que identificará tal importância.
Como você viu, então, a escola se constitui como principal espaço, ainda
na contemporaneidade, onde a aprendizagem da leitura e da escrita se dará.
Ferreiro (1999, p. 21) complementa a ideia afirmando que:
A escola (como instituição) se converteu em guardiã desse objeto social que é a
língua escrita e solicita do sujeito em processo de aprendizagem uma atitude de
respeito diante desse objeto, que não se propõe como um objeto sobre o qual se
pode atuar, mas como um objeto a ser reproduzido fielmente sem modificá-lo.

Ora, se você acompanhar o raciocínio proposto na citação, pode inferir que,


por mais criativo e inovador que o professor alfabetizador se torne, ainda assim
o objeto de conhecimento a ser aprendido conservará suas características, não é
mesmo? Ou seja, o alfabeto existe, é real e concreto e deve ser apreendido, assi-
milado e reproduzido com maestria por aqueles que aprendem. E ainda existem
as normas de ortografia a serem conhecidas e também seguidas e respeitadas.
Então, como professor alfabetizador, você tem um grande compromisso,
no interior da escola, de torná-la o ambiente mais favorável e propício para o
desenvolvimento do processo de alfabetização. Isso passa, necessariamente,
pela construção de bons ambientes alfabetizadores, capazes de potencializar
a aprendizagem significativa da leitura e da escrita nos alunos.

A escola, ao promover um ambiente alfabetizador, estará fazendo com que os alunos


possam despertar seu interesse pela leitura e pela escrita. Assim, eles são motivados a
perceber que aquilo que estudam e aprendem no interior da escola possui aplicação
prática e se encontra ao seu redor na sociedade.

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Construindo um ambiente alfabetizador


Existem algumas questões que você deve levar em conta, como professor
alfabetizador, para construir um ambiente propício à alfabetização. Agora,
você vai compreender melhor esses aspectos.
O primeiro aspecto a considerar é que você, como professor, deve reco-
nhecer que a criança necessita perceber o caráter prático e funcional que a
aprendizagem da escrita e da leitura representa na sua vida social. Reforçando
essa ideia, Ferreiro (1999, p. 25) comenta que:

As crianças são facilmente alfabetizáveis desde que descubram, através de


contextos sociais funcionais, que a escrita é um objeto interessante que merece
ser conhecido (como tantos outros objetos da realidade aos quais dedicam
seus melhores esforços intelectuais).

Esses contextos sociais funcionais citados pela autora podem ser compre-
endidos como a capacidade de a criança entender as mensagens, traduzir ou
decodificar o que aparece ao seu redor cotidianamente, ser capaz de transmitir
o que pensa, escrever aquilo que ouve e fala.
Outra observação importante é que “a aprendizagem da leitura e da escrita
é um processo de construção pessoal do conhecimento que, no entanto,
não pode acontecer sozinho. Nesse processo, a interação, a ajuda, é muito
relevante” (PAUSAS et al., 2004, p. 21). Você deve considerar que a criança,
ainda antes de entrar na escola, já se encontra envolta em experiências que
se relacionam à escrita e à leitura, ou seja, já traz consigo uma bagagem
em relação a esses objetos de conhecimento. Ao chegar na escola, porém,
para que possa apropriar-se e de fato adquirir as habilidades da escrita e da
leitura, é imprescindível o trabalho do professor alfabetizador. Este deverá,
além de considerar o que a criança já traz consigo, entender que cada um
dos alunos pode se apresentar num nível diferente na organização de suas
ideias, conhecimentos e representações sobre a leitura e a escrita, o que
deve ser respeitado.
Aqui, é oportuno que você se lembre de Vygotsky (1979). Ele afirma que,
ao estudar a linguagem, a criança nunca parte do zero para aprender algo,
pois suas vivências histórico-sociais a acompanham. Cabe ao professor atuar
na Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) dos alunos, estimulando o seu
máximo desenvolvimento potencial.

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O conceito de ZDP foi desenvolvido por Vygotsky e simboliza o espaço em que o professor
deve atuar, estimular e agir para que o aprendiz possa sair de seu desenvolvimento real
e atingir o seu desenvolvimento potencial, que se encontra latente. Ou seja, existe um
momento em que a criança precisará de algum apoio ou intervenção do professor
alfabetizador ou de seus colegas para que dê os próximos passos na sua aprendizagem.

Na Figura 1, você pode ver uma síntese de alguns aspectos que favorecerão
a aprendizagem da leitura e da escrita.

Participação Conhecimentos
Diversificação prévios

Interesse Observação Interação

Figura 1. Aspectos que favorecem a aprendizagem.


Fonte: Adaptado de Pausas et al. (2004).

Agora, você vai ver cada um dos itens mostrados na Figura 1, que poderão
auxiliar muito na tarefa da alfabetização escolar.

 Participação: a participação dos alunos é primordial. Em vez de uma


sala de aula já repleta de estímulos visuais gráficos que levem ao objeto
de conhecimento (alfabeto nas paredes, por exemplo), melhor seria se o
alfabeto fosse sendo introduzido aos poucos, junto com os alunos. Ele
deve ser trabalhado cotidianamente e, então, após isso, ir ocupando seu
espaço na sala de aula. Ainda antes da entrada no alfabeto propriamente
dito, por que não trabalhar os rótulos e reconhecer quais significados as
crianças já possuem a respeito da leitura deles? Enfim, tudo aquilo que
é realizado com a participação dos alunos se torna mais significativo,
o que favorece a aprendizagem.

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 Diversificação: você viu anteriormente que o professor deve estar


atento aos diferentes níveis de conhecimento que seus alunos pos-
suem sobre a leitura e a escrita. Logo, não seria coerente que todos,
obrigatoriamente, tivessem de realizar as mesmas atividades, não é
mesmo? Nesse caso, é interessante que, na sala de aula, ao montar seus
cantinhos pedagógicos, os meninos e as meninas possam perceber
atividades diferentes. É interessante que se apresentem escolhas a
serem realizadas para trabalhar os objetos. Por exemplo, se você uti-
lizar um conto, este poderá ser olhado, escutado, assistido em DVD,
dramatizado com fantoches, escrito com as mais diferentes letras.
Enfim, são inúmeras as possibilidades de escolha que poderão ser
oferecidas para que os alunos possam optar.
 Conhecimentos prévios: levar em conta os conhecimentos prévios que
os estudantes trazem consigo a respeito da leitura e da escrita significa
entender que esses conhecimentos são objetos sociais que atuam di-
retamente na vida social. Assim, são indispensáveis para acessar toda
a gama de conhecimentos e educação presente na cultura e, logo, não
devem ser desconsiderados.
 Interesse: a aprendizagem da leitura e da escrita deverá estar em sintonia
com aquilo que interessa e motiva os alunos. O professor deverá mapear,
descobrir quais são seus interesses reais e, a partir daí, estruturar suas
atividades. Isso fará com que o engajamento seja maior e contribuirá
para o desenvolvimento das atividades em sala de aula.

Os cantinhos pedagógicos, também conhecidos como zonas circunscritas, são


espaços muito vistos nas salas de aula da educação infantil. Neles, ficam expostos
elementos variados com os quais os alunos podem interagir e, a partir dessas intera-
ções, desenvolver aprendizagens diversas a serem observadas pelos professores. Os
cantinhos servem também para que neles os alunos possam representar diversos
papéis da vida real.

 Observação: o professor alfabetizador deve desenvolver a sua capa-


cidade de observação, pois assim poderá identificar em quais níveis
de alfabetização cada um de seus alunos se encontra. A partir disso
poderá, então, propor atividades que irão ajudá-los de forma individual.

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Ou seja, a observação permite que a intervenção do professor seja feita


na hora certa e com os indivíduos que realmente necessitam de seu
auxílio. Também ajuda na hora de propor atividades colaborativas, em
que os alunos possam ajudar a desenvolver seus colegas.
 Interação: outro instrumento importante para que a leitura e a escrita
possam ser aprendidas em sala de aula é a interação entre alunos e profes-
sor e entre os próprios colegas. Por meio do intercâmbio, da troca entre os
alunos e os grupos que frequentam cotidianamente, normalmente haverá
a assimilação dos níveis de conhecimento mais altos daqueles grupos. A
interação favorece a atuação na zona de desenvolvimento proximal, que
você viu anteriormente, apoiando aqueles que precisam para que possam
ir adiante na aquisição das habilidades da leitura e da escrita.

Você viu até aqui alguns aspectos que poderá considerar para que a
alfabetização ocorra com maior sucesso no ambiente escolar. Os pontos que
conheceu farão com que o ambiente alfabetizador possa ser estabelecido
e favoreça a aprendizagem destes tão importantes e essenciais objetos de
conhecimento que são a leitura e a escrita. Porém, a percepção do profes-
sor, sua capacidade de observação e leitura de cada aluno e de cada grupo
é imprescindível para que todos esses itens sejam aplicados. Como você
sabe, cada aluno é diferente, pode ter vivido experiências sociais totalmente
diversas e traz consigo uma bagagem única, que deve ser conhecida pelo
professor em seus primeiros contatos e que irá definir, muitas vezes, os
caminhos a seguir nas ações futuras.

Assista ao vídeo disponível no link a seguir para conhecer o Projeto Alfaletrar. Esse
projeto tem como objetivo oferecer a todas as crianças as condições necessárias para
prosseguirem com sucesso em sua escolarização e, sobretudo, para se apropriarem
de competências indispensáveis à plena inserção na vida social e profissional: as
competências de leitura e de produção textual.

https://goo.gl/LKY3aE

Você também pode conferir uma entrevista com a idealizadora do projeto, Magda Soares.

https://goo.gl/fLN1cq

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10 Ambiente alfabetizador

COLL, C. et al. O construtivismo em sala de aula. 6. ed. São Paulo: Ática, 2006.
FERREIRO, E. Com todas as letras. 7. ed. São Paulo: Cortez, 1999.
MONTEIRO, S. M. Ambiente alfabetizador. [201-?]. Disponível em: <http://www.ceale.
fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/ambiente-alfabetizador>. Acesso
em: 6 mar. 2018.

PAUSAS, A. D. de U. et al. A aprendizagem da leitura e da escrita a partir de uma perspectiva


construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2004.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
VYGOTSKY, L. S. El desarrollo de los procesos psicológicos superiores. Barcelona: Crítica, 1979.

Leituras recomendadas
BELINTANE, C. Leitura e alfabetização no Brasil: uma busca para além da polarização.
Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 261-277, maio/ago. 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/%0D/ep/v32n2/a04v32n2.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2018.
FERREIRO, E. A representação da linguagem e o processo de alfabetização. Cadernos
de Pesquisa, São Paulo, v. 52, fev. 1985. Disponível em:
<https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6135820>. Acesso em: 7 mar. 2018.
MORTATTI, M. do R. L. Alfabetização no Brasil: conjecturas sobre as relações entre
políticas públicas e seus sujeitos privados. Revista Brasileira de Educação, v. 15, n. 44,
maio/ago. 2010. Disponível em: <http://www.redalyc.org/html/275/27518764009/>.
Acesso em: 6 mar. 2018.
SOARES, M. B. As múltiplas facetas da alfabetização. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, v.
52, fev. 1985. Disponível em: <http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/cp/article/
view/1358>. Acesso em: 7 mar. 2018.

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