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CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENSINO E CURRÍCULO
ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM PORTUGUÊS III
A cidade do Recife através do campo jornalístico-midiático: um trabalho com o gênero notícia no 6º ano do Ensino Fundamental
Projeto desenvolvido pela aluna Danielle Feliciano de Lima e Silva como avaliação da
disciplina de Estágio Supervisionado em Português III, ministrada pela Profa. Mayara
Aparecida Spindola Palacio
Recife
2023
1. Apresentação
Ao se pensar sobre a prática docente na educação básica, é indispensável a utilização de um planejamento para o ensino. Tendo em vista a
necessidade de desenvolver metodologias que se materializem de forma eficiente na sala de aula, de modo que os estudantes se sintam
integrados aos assuntos trabalhados, surge a elaboração de um Projeto Didático Temático (PDT). Este recurso foi desenvolvido dentro da
disciplina obrigatória de Estágio Curricular Supervisionado em Português III, no curso de Letras Português – Licenciatura da Universidade
Federal de Pernambuco.
A disciplina conta com a carga horária total de 155h, sendo 30h teóricas, destinadas às aulas discursivas com orientações da professora da
disciplina de estágio; 105h são destinadas à pratica na escola-campo, as quais se dividem em 20h de observação de aulas e 30h de regência em
sala. As outras 55h práticas referem-se às atividades complementares, que envolvem tanto a elaboração do PDT quanto à participação de
reuniões na escola-campo com a professora supervisora, dentre outras atividades vivenciadas na escola.
O estágio obrigatório em questão é restrito aos anos finais do Ensino Fundamental, que vão do 6º ao 9º ano. Conforme Suassuna (2006), é
através do estágio de regência que o docente em formação consegue adquirir a experiência necessária para a compreender a dinâmica real da sala
de aula. Nesse sentido, a vivência escolar, por meio do primeiro contato lecionando a uma turma, permite colocar em prática as discussões
teóricas desdobradas nos encontros de orientação do estágio, bem como no decorrer de toda a graduação de licenciatura em Letras Português.
A construção deste projeto se deu, portanto, a partir das observações realizadas em sala de aula, que serviram para nortear a temática e os
gêneros textuais que serão abordados no decorrer das aulas de regência. Em consonância a isso, utilizou-se também o Plano Político Pedagógico
(PPP) da escola como base, a fim de garantir que a metodologia utilizada estivesse de acordo com os pressupostos educacionais contidos no
documento. Além disso, as discussões metodológicas tratadas na universidade, e o diálogo conjunto tanto com a professora orientadora quanto
com a professora supervisora, serviram de apoio para escolha da temática e dos conteúdos presentes no encadeamento das aulas que serão
ministradas.
2. Caracterização do grupo-classe
O projeto foi desenvolvido para o 6º ano C da Escola de Referência em Ensino Fundamental (EREFEM) Professora Inalda Spinelli,
localizada no bairro de Boa Viagem, considerado um bairro nobre na zona sul do Recife. A escola atende majoritariamente o público das
comunidades do entorno, especialmente a comunidade Entra Apulso, vizinha à Boa Viagem. Sobre a equipe que integra a escola, num geral, foi
possível perceber que os funcionários da gestão e o corpo docente possuem uma relação íntima de muito entrosamento e conversam bastante
entre si. Essa relação se estende também no tato com os alunos, o que ficou claro por meio do diálogo entre a professora supervisora com os
estudantes, mostrando um olhar cuidadoso para o desenvolvimento deles.
A turma do 6º ano C é composta por 30 alunos, com a faixa etária média de 10 a 13 anos de idade. O perfil da turma é tranquilo, e os alunos
apresentam características próprias da idade, ficando mais agitados e dispersos em alguns momentos. No entanto, a maior problemática
percebida nesta turma foi a dificuldade de aprendizagem dos alunos. As aulas observadas eram, em sua maioria, expositivas, focadas em
anotações no quadro que os alunos deveriam copiar no caderno e realizar alguns exercícios do livro didático. Em um dos encontros observados, a
turma foi levada para a biblioteca para fazer a leitura de um texto literário e os alunos foram divididos em grupos, porém muitos acabavam
copiando anotações de outros colegas e não havia uma fruição na leitura de fato. Por meio das observações e de algumas conversas com a
professora supervisora, revelou-se que alguns tinham dificuldade com a leitura e/ou não sabiam ler e escrever o próprio nome. De acordo com a
professora, uma parcela dos alunos vive em condições socioeconômicas bem defasadas, o que muitas vezes os deixam desinteressados pelos
conteúdos e assuntos. Ocorre também uma frequência alta de faltas desses alunos, o que acaba fazendo com que a professora precise retomar do
zero os assuntos de aulas passadas.
Em contrapartida a essas questões, a escola revelou-se um espaço de acolhimento e de oportunidade de desenvolvimento para esses
estudantes. A instituição busca sempre realizar eventos culturais e levam os alunos a participar desses eventos com frequência, o que possibilitou
o trabalho com diversos gêneros na sequência desenvolvida para a regência em sala de aula.
3. Justificativa
O tema abordado no projeto surgiu a partir das observações constatadas na escola e na turma escolhida. Considerou-se, então, o fato de que
grande parte dos alunos são das comunidades do entorno do bairro de Boa Viagem, que, assim como a maior parte dos bairros do Recife, sofre
com os alagamentos nos períodos das chuvas, causando o cancelamento das atividades escolares. Desse modo, buscou-se, através da escolha da
temática, refletir sobre as características da cidade do Recife, considerando seus pontos positivos e negativos.
Além disso, a turma, por possuir uma grande dificuldade de aprendizagem, não consegue ir além com textos mais complexos e isso acaba
restringindo o trabalho docente na tentativa de atrelar os conteúdos da BNCC e do Currículo de Pernambuco na sala de aula. Por outro lado,
visualizou-se que a turma é bastante adepta às atividades culturais desenvolvidas pela escola, e é uma turma tranquila para conduzir a aula.
Assim, ao perceber que a escola fomenta bastante os eventos culturais e que há uma adesão e engajamento por parte dos alunos em
apresentações musicais e/ou de dança, por exemplo. Um desses eventos, inclusive, foi a feira literária, que teve como tema nordestinices, e que a
professora apontou que a temática do projeto didático faria muito sentido, uma vez que os alunos teriam um contato com um tema parecido no
período do evento, e que a ideia da temática com foco na cidade seria interessante para ampliar ainda mais o olhar das crianças. Com isso, surgiu
a vontade de atrelar a realidade climática e cultural vivenciada por todos os recifenses com a aprendizagem, na tentativa de fazê-los refletir sobre
o contexto sociocultural, bem como as características físicas que permeiam a região.
Ademais, considerando a imaturidade de compreensão, junto à grande dificuldade de aprendizagem da turma em questão, cabe pensar acerca
da noção dos multiletramentos, cujo trabalho pedagógico permite a fragmentação na perspectiva de ensino. Diante disso, Rojo e Moura (2012)
revelam as diversas semioses como aliadas do ensino, considerando uma prática docente atrelada a multiculturalidade dada junto as várias
modalidades (visuais, escritas, gestuais, orais etc.) de se abordar conteúdos propostos para a sala de aula.
Portanto, a escolha de trabalhar com o gênero notícia como produção final também partiu da quebra de expectativas do que a turma já está
acostumada no cotidiano das aulas. Como a produção escrita dos alunos era restrita a cópias de conteúdos escritos no quadro e a resolução de
exercícios descontextualizados, seria interessante trabalhar com a elaboração de um cartaz por ser um gênero mais livre e simples. No decorrer
das aulas de observação, foi dado aos alunos um questionário contendo perguntas de caráter pessoal, a fim de conhece-los mais a fundo e
entender seus gostos. Uma das perguntas contidas no questionário era em relação a produção textual, em que a maioria optou por produzir um
post para redes sociais. Além disso, os alunos indicaram o Instagram como a rede social que eles mais utilizavam, então, levando isso em
consideração, a ideia de se trabalhar com a notícia seria feita de forma adaptada para o formato do Instagram através de um template* que deverá
ser utilizado como modelo. Devido à falta de recursos para se trabalhar com o post digital, a elaboração da notícia no formato analógico e
manuscrito torna-se possível por ser um material facilmente presente e que pode ser exposto de maneira prática no ambiente físico escolar.
Ademais, a abordagem da temática utilizará os gêneros propaganda e poema como suporte para aprofundar os eixos de leitura e análise
linguística, buscando levar para a turma formas diversas de perceber o Recife, além da utilização de produções musicais e de fatores culturais e
regionais próprios da cidade servirão de apoio para a discussão do tema.
4. Fundamentação teórica
*
Este e os demais materiais utilizados para o Projeto Didático Temático encontram-se nos “anexos” deste documento.
Tendo em vista a concepção de língua como interação, Mendonça (2003) entende a aprendizagem como um “processo global”, que vai além
dos assuntos dos componentes curriculares, “em outras palavras: faz-se a crítica à fragmentação do conhecimento na escola e sugere-se a
interdisciplinaridade como princípio básico do processo de ensino–aprendizagem” (MENDONÇA, 2003, s/p). Desse modo, cabe conceber que
as etapas de aprendizagem se desenvolvam a partir de um contexto. No caso do 6º ano do ensino fundamental, considerou-se as habilidades da
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como parâmetro curricular que norteia o trabalho docente. O documento estabelece, para esses anos
finais do ensino fundamental, como uma das competências:
Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e
valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.
(BRASIL, 2018, p. 65)
Além disso, o uso do Currículo de Pernambuco, que também se baseia na BNCC, propõe uma maior complexidade no tratamento de práticas
comunicativas, para que estas sejam ampliadas
em direção a novas experiências com a linguagem, sem desconsiderar, especialmente, no 6º ano, os conhecimentos já
constituídos, a ludicidade e o aspecto pragmático dado ao ensino da língua nos anos iniciais, visando, ao mesmo tempo,
fortalecer a autonomia e o protagonismo dos estudantes nas práticas de linguagem, assim como atenuar o impacto exercido
nos estudantes pela transição entre uma etapa e outra do ensino fundamental. (PERNAMBUCO, 2019, p. 93)
A partir disso, o foco do projeto encontra-se na habilidade (EF67LP27PE) do Currículo de Pernambuco, a qual se refere a importância de
trabalhar características da região e localidade, valorizando aspectos culturais do lugar de origem. É adotada, portanto, a perspectiva dialógica de
ensino – tal como indica Caretta (2016), baseando-se em Bakhtin (2005) – responsável por alicerçar as práticas de ensino-aprendizagem na
escola. Segundo Caretta (2016), é indispensável o trabalho com os diversos gêneros, apreciando a relevância da multimodalidade nos eixos:
leitura; oralidade; produção textual; e análise linguística – dentro dessa concepção de ensino, a qual se ancora na interação social. Dito isso,
Mendonça (2003) reflete, acerca da implantação do PDT como
estratégia didática que integre as demandas do letramento escolar e não-escolar, a necessária abordagem interdisciplinar de
temas importantes para a formação de cidadãos éticos e responsáveis e a produção de organizações didáticas cujas seqüências
de aulas ultrapassem o tempo de uma semana, permitindo um trabalho de médio e longo prazos. (MENDONÇA, 2003, s/p)
Portanto, o projeto busca tentar romper com os traços do ensino tradicional e partir do contexto que envolve a turma para, assim, garantir o
sentido do que está sendo visto em sala.
Habilidades – BNCC
Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música,
(EF67LP27) artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens
e recursos literários e semióticos.
(EF06LP06) Empregar, adequadamente, as regras de concordância nominal (relações entre os substantivos e seus
determinantes) e as regras de concordância verbal (relações entre o verbo e o sujeito simples e composto).
Analisar e comparar peças publicitárias variadas (cartazes, folhetos, outdoor, anúncios e propagandas em
diferentes mídias, spots, jingle, vídeos etc.), de forma a perceber, nas suas interrelações, em campanhas, as
(EF69LP02PE) especificidades das várias semioses e mídias, a adequação dessas peças ao público-alvo, aos objetivos do
anunciante e/ou da campanha e à construção composicional e estilo dos gêneros em questão, como forma de
ampliar suas possibilidades de compreensão (e produção) de textos pertencentes a esses gêneros.
Analisar, entre os textos literários, referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas,
(EF67LP27PE) personagens e recursos literários e semióticos, priorizando a cultura local/regional de modo a valorizar a
cultura/ o patrimônio do lugar de origem.
2º momento:
- Analisar a música “Pelas
Ruas que Andei”, de Alceu
Valença e a música “Leão do
norte”, de Lenine. Depois,
questionar se eles conhecem
as ruas e bairros citados nas
canções e o que sabem sobre
eles. Em seguida, realizar
leitura da poesia “Evocação
do Recife nº 2”, de Odailta
Alves, a fim de relacionar os
textos para que percebam a
repetição dos bairros citados
nos diferentes textos.
Questionar: 1. Quais bairros e
ruas citados nas músicas você
conhece? E na poesia? 2. O
que mais te chamou atenção
na poesia? 3. Você sabe a
diferença de poesia e poema?
3º momento:
- Propor dinâmica sobre os
bairros da cidade: (1. Colocar
no quadro nome de alguns
bairros de diferentes zonas da
cidade. 2. Pedir que os alunos
escolham um nome e tentem
pensar em qual zona da
cidade está localizado o
bairro. 3. A partir da
socialização, revelar as
características dos bairros, e
em seguida eles deverão
indicar as diferenças do
bairro escolhido para o bairro
de origem. 4. Levar post do
Instagram do “Recife
Ordinário” que caracteriza os
moradores de diferentes
bairros do Recife).
- Apresentar regras de
concordância nominal e
verbal a partir de trechos da
poesia e das músicas.
TABELA 2
2º momento:
- Levar reportagem impressa
sobre os lambe-lambe do
movimento “lambes brasil”,
para que os alunos percebam
a diferença entre reportagem
e notícia. Acrescentar notícia
impressa sobre show de Mc
Cabelinho, artista favorito da
turma, na cidade do Recife,
para ampliar a visualização
de uma notícia. (Perguntas
norteadoras: Esse texto se
trata de uma notícia ou
reportagem? Por que?
- Mostrar um roteiro de
reportagem e indicar que a
produção textual deles será
uma notícia em formato de
post para o Instagram.
TABELA 3
- Indicar a definição de
variedade linguística e o
preconceito linguístico.
TABELA 4
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018.
CARETTA, A. A. Projetos temáticos no ensino dialógico-discursivo da língua portuguesa. Linha D'Água (Online), São Paulo, v. 29, n. 1, p.
103-118, jun. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2236-4242.v29i1p103-118. Acesso em: 18 de agosto de 2023.
ROJO, R; ALMEIDA, E. M. Multiletramentos na Escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
MENDONÇA, M. Integrando leitura, produção de texto e análise linguística na formação para a cidadania. Disponível em:
http://www.construirnoticias.com.br/projetos-tematicos/. Acesso em: 18 de agosto de 2023.
PERNAMBUCO. Secretaria de Educação e Esportes. Currículo de Pernambuco: ensino médio. Área de Linguagens. Recife: A Secretaria,
2019. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/novo-ensino-medio/pdfs/copy_of_RCSEEPE.pdf . Acesso em: 09 de agosto de 2023.
SUASSUNA, L. O projeto didático: forma de articulação entre leitura, literatura, produção de texto e análise linguística. In: BUNZEN, C;
MENDONÇA, M. (org.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 227-244.
Anexo 1 (slides)
Anexo 2 (Ficha 1)
História
A origem do Recife remonta à terceira década do Século XVI, quando era uma estreita
faixa de areia protegida por uma linha de arrecifes que formava um ancoradouro. Devido as
suas características físicas favoráveis, o local passou a abrigar um porto. E no entorno dele,
que servia a Vila de Olinda, formou-se um povoado com cerca de 200 habitantes, em sua
maioria, marinheiros, carregadores e pescadores. O assentamento ocupava a península
correspondente ao que é hoje o Bairro do Recife.
Por se tratar de região portuária, a atividade comercial desenvolveu-se rapidamente
impulsionando o crescimento do povoado. E em 1537, a constituição da Vila do Recife é
registrada. No século XVII, com o desenvolvimento econômico da colônia, o porto prosperou
favorecendo a expansão da vila que toma forma de cidade. A atividade açucareira também
cresceu e as margens dos cursos d’água passaram a serem ocupadas por engenhos e
casebres, enquanto os rios tornaram-se caminhos navegáveis para transporte dos produtos.
Em 1630, Olinda, então centro da capitania, é invadida e incendiada por holandeses.
Contudo, os invasores se estabeleceram nas terras baixas do Recife, seja porque o sítio de
Olinda não favorecia aos seus interesses militares e comerciais, seja pela semelhança do
Recife com a Holanda. Desse modo, colonos, soldados, habitantes de Olinda e imigrantes
judeus iniciaram a ocupação da Vila do Recife.
A partir do Século XVIII, o desenvolvimento da cidade se apóia no comércio externo e a
urbanização portuguesa incide predominantemente sobre o antigo território holandês, de forma
espontânea, caracterizada por ruas estreitas, que se abrem em pátios onde se destaca a
construção religiosa.No Século XIX, a cidade já apresenta um tecido densamente urbanizado
que corresponde ao atual centro histórico surgido dos aterros das áreas alagadas e mangues,
a partir da ocupação holandesa.
Formação Administrativa
A povoação do Recife surgiu em 1561 passando, no ano de 1637, sob domínio
holandês a denominar-se Maritzstad (Mauricéia), em homenagem a Maurício de Nassau.
Elevada à categoria de vila com a denominação de Recife, por Carta Régia de 1911-1709.
Instalada em novembro de 1771. Pela Resolução de 31-07-1817, e Lei Municipal n.º 1, de 06-
04-1892, é criado o distrito de Poço de Panela e anexado a vila de Recife. Por Alvará de 25-
08-1789, é criado o distrito de Santo Antônio e anexado à vila de Recife. Pela Lei Provincial n.º
173, de 20-11-1846, é criado o distrito de Várzea e anexado a Vila de Recife. Distrito criado
com a denominação de Recife, por Alvará de 20-03-1772, e Lei Municipal n.º 1, de 06-04-1892.
Elevado à condição de cidade e sede municipal, por Carta Imperial, de 05-12-1823.
Elevado à Capital do Estado, por Portaria, de 29-12-1825, confirmado pela Resolução
de 15-02-1827. Pela Lei Municipal n.º 1, de 06-04-1892, foram criados os seguintes distritos:
Afogados, Boa Vista, Encruzilhada, Graças, Poço da Panela, Santo Amaro, São Frei Pedro
Gonçalves e São José e anexados ao município de Recife.
Pela Lei n.º 8, de 28-06-1893, é criado o distrito de Peres e anexado ao município de Recife.
Pela Lei n.º 95, de 27-04-1896, foram criados os distritos de Madalena e Torre e anexados ao
município de Recife. Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é
constituído de 14 distritos: Recife, Santo Antônio, 1º e 2º distritos de São José, 1º e 2º distritos
de Boa Vista, 1º e 2º distritos da Graças, 1º, 2º e 3º distritos Afogados, Torre, Poço da Panela e
Várzea. Nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920, o município
aparece constituído de 18 distritos: Recife, Afogados, Boa Vista, Caxangá, Graças, Ilha
Fernando de Noronha, Ilhas do Pina, Madalena, Areias, Nogueira, Peres, Poço da Panela,
Pombal, Santo Amaro, Santo Antônio, São José, Torres e Várzeas. Pela Lei Estadual n.º
1.931, de 11-09-1928, Recife adquiriu os distritos de Tigipió e Beberibe, respectivamente, dos
municípios de Jaboatão e Olinda.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído por 10
distritos: Recife, Afogados, Beberibe, Boa Vista, Graças, Poço (ex-Poço da Panela), Santo
Antônio, São José, Tigipio e Várzea. Em divisão territorial datada de 31-XII-1936, o município é
constituído de 4 distritos: Recife, Boa Vista, Afogados e Graças. Em divisão territorial datada
de 31-XII-1937, o município é constituído de 5 distritos: Recife, Fernando de Noronha, Boa
Vista, Afogados e Graças. Pelo Decreto-lei Estadual n.º 92, 1938, o município de Recife figura
unicamente do distrito sede, entretanto, abrange 10 zonas: Recife, Santo Antônio, São José,
Afogados, Boa Vista, Graças, Poço, Várzea, Tejipió e Beberibe. Pelo Decreto-lei Federal nº
1.402, de 09-02-1942, desmembra do município de Recife o distrito de Fernando de Noronha.
Elevado à categoria de Território Federal.
Pelo Decreto-lei n.º 324, de 31-07-1942, o município de Recife ficou dividido em 4 sub-
distritos: 1º Recife, Santo Antônio e São José; 2º Boa Vista, Santo Amaro, Graças e
Encruzilhada; 3º Afogados, Madalena, Tejipió e Boa Viagem; 4º Poço, Casa Amarela, Várzea e
Beberibe. Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município é constituído do distrito sede
e se compõem de 15 zonas administrativas: Recife, Boa Vista, Santo Amaro, Graças,
Encruzilhada, Afogados, Madalena, Tejipió, Boa Viagem, Poço, Casa Amarela, Várzea,
Beberibe, Santo Antônio e São José. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-1-
1979. Pela Constituição Federal de 1988, o território de Fernando de Noronha foi extinto e sua
área reincorporada ao Estado de Pernambuco.
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído do distrito sede e se
compõem de 15 zonas administrativas: Recife, Boa Vista, Santo Amaro, Graças, Encruzilhada,
Afogados, Madalena, Tejipió, Boa Viagem, Poço, Casa Amarela, Várzea, Beberibe, Santo
Antônio e São José.
Fonte
Recife (PE). Prefeitura. 2014. Disponível em: http://www2.recife.pe.gov.br. (adaptado)
Anexo 3 (Notícia 1)
Fonte: https://especiais.jconline.ne10.uol.com.br/recifeemtransformacao/boa-viagem-de-area-rural-ao-
bairro-mais-verticalizado-do-recife/
Anexo 4 (Notícia 2)
Chuvas intensas, falta de infraestrutura e de controle urbano foram o combo que levou
Pernambuco a registrar, nesta semana, o maior desastre natural em número de mortos em
toda a sua história. Com 106 vítimas confirmadas e ainda 10 desaparecidos, até a tarde desta
terça-feira (31) - a maioria soterrada por deslizamentos de terra -, o Estado ultrapassou o
número de 104 pessoas que morreram nas cheias de 1975, quando a cidade do Recife ficou
submersa. O número foi atualizado às 15h45 desta terça, a partir da localização de corpos de
mais seis vítimas por volta das 14h pelo Corpo de Bombeiros de Pernambuco. Três pessoas
foram encontradas na Vila dos Milagres e outras três em Jardim Monteverde – nessa
localidade, os trabalhos de buscas se encerram, uma vez que todos os desaparecidos foram
encontrados. Ainda há 10 pessoas desaparecidas no Estado.
A Defesa Civil do Estado (Codecipe) também contabilizou, até a manhã de hoje, 6.198 pessoas
desabrigadas pelas chuvas. Ao todo, 24 municípios decretaram situação de emergência. O
alerta segue ligado para novos deslizamentos, já que solos ainda estão encharcados nas áreas
afetadas.
Cheia de 1975
Recife ficou de joelhos perante a força da natureza. Foram 31 bairros e 370 ruas atingidas pelo
transbordamento do Rio Capibaribe, por conta das fortes chuvas. Não à toa, os bairros que
ficam na bacia do curso-d’água – Caxangá, Iputinga, Cordeiro, Casa Forte, Afogados,
Madalena entre outros – foram os mais atingidos. Ruas inteiras ficaram embaixo d’água, houve
desabamentos, milhares de flagelados, e o pior: vidas, de todas as classes sociais, foram
interrompidas.
Fonte: https://jc.ne10.uol.com.br/pernambuco/2022/05/15017762-chuvas-em-pernambuco-tragedia-em-
2022-supera-cheia-de-1975-em-numero-de-mortos.html
Anexo 5 (Poesia)
No encontro, que ocorreu na Prefeitura do Recife, foi apresentada a Lei Municipal 17.521/08,
que proíbe a instalação de anúncios em vias, parques, praças, logradouros públicos, postes,
pontes, passarelas, viadutos, túneis, árvores, imóveis e passeios públicos. A prefeitura fez um
diagnóstico onde constatou que cerca de 50 casas e produtoras usam a propaganda para
divulgar seus eventos. Todos foram convidados para a reunião e receberão um documento da
prefeitura informando as decisões tomadas.
“O lambe-lambe será extinto no Recife. A lei já existe, estamos apenas fazendo a sua
aplicação”, disse o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga. A forma como a
fiscalização será feita ainda está sendo discutida. “Fizemos reuniões com as Secretarias de
Assuntos Jurídicos e Finanças para ver a aplicação da lei”, acrescentou.
Fonte: https://jc.ne10.uol.com.br/canal/cidades/geral/noticia/2013/04/30/lambe-lambes-no-recife-estao-
proibidos-a-partir-de-junho-81541.php
A notícia é um gênero textual que pertence ao domínio jornalístico e tem como finalidade o
relato de fatos e acontecimentos tendo como referencial a realidade. Ela tem como suporte os
veículos de comunicação impresso (jornais e revistas) e as mídias digitais (redes sociais,
websites e blogs).
Assim, pelo caráter dinâmico alinhado aos acontecimentos cotidianos, podemos destacar as
seguintes características acerca do gênero notícia:
Título: chamada ou manchete para o conteúdo; precisa ser objetivo e trazer uma
noção do conteúdo ao leitor.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/noticia.htm