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EDUCAÇÃO INCLUSIVA: A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO

DE PROFESSORES NA EDUCAÇÃO INFANTIL E


INCLUSIVA.

FERREIRA, Raimunda Pantoja

RESUMO

A educação infantil representa uma importante etapa do desenvolvimento humano.


Portanto o presente artigo possui como principal objetivo analisar a importância da
formação de professores e demais educadores na educação Infantil e Inclusiva.
Levantando como questão norteadora compreender quais as perspectivas e
possibilidades enfrentadas pelos professores na educação infantil em relação a
educação inclusiva. Para isso a pesquisa constitui-se da metodologia qualitativa de
cunho bibliográfico, junto ao estudo de teóricos como Diaz (2011),Carvalho (2004)
entre outros que trabalham com a temática em estudo. Conclui-se que para muitos
professores a educação inclusiva representa um passo para a integração no espaço
educacional onde educadores ainda vem se adaptando lentamente para introduzir
em sua práxis pedagógica as ações inclusivas.

Palavras-chave: Educação Infantil; Inclusão; Prática pedagógica

ABSTRACT

Early childhood education represents an important stage of human development.


Therefore, this article's main objective is to analyze the importance of training
teachers and other educators in Early Childhood and Inclusive Education. Raising as
a guiding question understanding the perspectives and possibilities faced by
teachers in early childhood education in relation to inclusive education. For this
purpose, the research consists of a qualitative methodology of a bibliographic nature,
together with the study of theorists such as Diaz (2011), Carvalho (2004) among
others who work with the theme under study. It is concluded that for many teachers,
inclusive education represents a step towards integration in the educational space
where educators are still slowly adapting to introduce inclusive actions into their
pedagogical practice.

Keywords: Early Childhood Education, Inclusion; Pedagogical Practice


____________________________________________

¹ Graduada em língua portuguesa pela Universidade do Vale do Acaraú(UVA) 2009 e Curso de


Pedagogia pela Faculdade de Educação Regional Serrana (FUNPAC).

1 INTRODUÇÃO

A presente pesquisa, intitulada “Educação inclusiva: a importância da


formação de professores na educação infantil e inclusiva” Vem suprir a necessidade
de entender quais as dificuldades e expectativas que professores da educação
possuem em relação à educação inclusiva.
Existe um grande número de crianças que possuem alguns tipos de dificuldades de
aprendizagem. O índice de casos é cada vez mais frequente, daí a necessidade de
ter profissionais preparados com relação a inclusão para realizar assim seu papel de
educador junto as necessidades que cada aluno apresenta. (Tokamla, 2019)
Trabalhar com a presente temática contribui para informar a comunidade
escolar sobre a importância da atuação da inclusão junto ao espaço escolar como
perceber as metodologias utilizadas pelos professores em relação a seus alunos que
apresentem algumas dificuldades ou deficiência em sala de aula.
Abordar o tema desta forma, também contribui para divulgar um problema
presente na maioria das escolas municipais, como por exemplo, nas do município
de Ponta de Pedras, onde há grande incidências com relação a falta de educadores
aptos para trabalhar com alunos que possuem algum tipo de dificuldade junto ao
processo ensino aprendizagem.
Diante disso, apresenta-se como principal objetivo analisar a importância da
formação de professores e demais educadores na educação Infantil e Inclusiva.
Partindo desta forma para analisar o relacionamento entre educador e
educando, analisar o comportamento do educador, diante das situações psicológicas
do educando com problemas de comportamento, a fim de observar qual forma o
educador contribui no desenvolvimento educacional do aluno. A questão norteadora
da pesquisa está em compreender quais as perspectivas e possibilidades
enfrentadas pelos professores na educação infantil em relação a inclusão.
No que concerne à metodologia, este trabalho foi desenvolvido através de
uma abordagem qualitativa de cunho bibliográfico, com base em teóricos que
analisam a questão da inclusão e a prática educativa na abordagem dando
aprofundamento teórico a presente pesquisa.

1.1 A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E AVANÇOS

No decorrer da história da educação no Brasil ocorreram inúmeros avanços e


alguns a passos lentos principalmente o voltado à educação especial, sobre esta
tem hoje inúmeros debates teóricos sobre a escola como espaço acolhedor e
universal do encontro com os multiplico
Segundo o autor Lima (2006, p.28) diz que:

Nas sociedades ocidentais, o estabelecimento da Educação Especial,


voltadas para as pessoas com deficiências, começou no século XVIII,
associada ao movimento popular que reivindicava acesso á participação
social, originando a Democracia Republicana, nos moldes do Estado
Francês, criado pela Revolução de 1789, com a elaboração da Declaração
Universal dos Direitos Humanos. Lima (2006, p.28)

Entretanto o ser humano no decorrer do tempo luta por seu espaço,


reivindicando nas leis sociais em todo o âmbito entre eles o educacional neste
sentido percebeu que a partir do século XX estas mudanças ocorreram por toda a
Europa sempre através de reivindicações sociais como cita Lima (2006, p.14).

Desde a década de 1970.a noção de deficiência passou a ser questionada


pelas autoridades educacionais, especialmente as inglesas. Nesse contexto,
fica explicita a ideia de que todas as crianças, cada uma com suas
especialidades, estão em constante processo de aprendizagem. Lima
(2006, p.14).

No que diz respeito à história da Educação Especial no Brasil, Mendes (2001,


p.23), aponta como marco, a “criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos e do
Instituto dos Surdos-mudos”, na cidade do Rio de Janeiro.

É possível conhecer como a Educação Especial no Brasil estava organizada


através da análise de Mendes (200, p.12) o qual aponta que “no final do século XIX
no Brasil com base na experiência ocorrida na Europa tivemos em 1854, a fundação
do Imperial Instituto dos Meninos Cegos por Pedro II”. Passados 36 anos Teodoro
da Fonseca criou outro nome para a fundação, Instituto Nacional dos cegos e no ano
seguinte, para homenagear uma personagem importante da nossa história, esse
lugar é novamente renomeado definitivamente de Instituto Benjamim Constant (IBC).

Ainda a autora afirma que D. Pedro II fundou também o Imperial Instituto dos
surdos-mudos, local, que posteriormente foi renomeado para Instituto Nacional de
Educação de Surdos (INES) em 1957, onde se oferecia educação literária e ensino
profissionalizante.

Com a proclamação da república, os médicos foram os primeiros a estudarem


os casos de educação e saúde mental que segundo a autora Mendes (2001, p.95):

Este interesse dos médicos pelas pessoas com deficiências teria maior
repercussão após a criação dos serviços de higiene mental e saúde pública,
que em alguns estados deu origem seção médico-escolar e à preocupação
com a identificação e educação dos estados anormais de inteligência.
Mendes (2001, p.95)

A percepção que a política do higienismo tinha sobre o deficiente intelectual


marcou história, essa concepção fez com que muitas deficiências fossem tratadas
como doenças e que deveriam ser catalogadas, divididas em classes; e
diagnosticadas por médicos ou profissionais ligados à saúde. Mendes (2006, p.97)
fala que desde o “século XVI a história da educação no Brasil vem sendo traçada.
Médicos e pedagogos daquela época já começavam a acreditar na possibilidade de
educar os indivíduos considerados ineducáveis”. Entretanto, naquele momento, o
cuidado era meramente assistencialista e institucionalizado, por meio de asilos e
manicômios daí a importância da criação dos institutos fundados por Dom Pedro II,
porém o que pode-se observar é que este mesmo instituto tirava e isolava surdos e
cegos do convívio social, sendo que estes não necessitavam de tal isolamento.

Com o passar dos anos, apesar destas categorias terem se modificado, a


deficiência continuou sendo entendida como um problema orgânico, com poucas
possibilidades de mudança, mesmo com tratamentos a longo prazo. Essas
abordagens embasadas em pesquisas acerca dos transtornos, contribuíram para a
modificação dos paradigmas educacionais, uma vez que provaram a influência
social e cultural no funcionamento intelectual e comportamental da pessoa com
deficiência. (MENDES, 2001, p.87)

Segundo a autora a partir da implantação de teorias existentes entre os


adeptos da escola nova em contrapartida com escola tradicional surgiram novas
reformas educacionais no Brasil em relação aos Estados, defendidas por Francisco
Campos, vieram ao Brasil da Europa alguns professores psicólogos para ministrar
cursos para professores, no meio deles chegou ao país no ano de 1929 a professora
e psicóloga russa Helena Antipoff, a qual influenciou a educação especial no Brasil.
Segundo Mendes (2010 p. 96) Helena Antipoff foi também responsável pela criação
de serviços de diagnósticos, classes e escolas especiais. Em 1932 criou a
Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais, que a partir de 1945, iria se expandir no
país.

Segundo o autor Mendes (2001, p71) no período de 1950 a 1959, “houve uma
grande expansão no número de estabelecimentos de ensino especial para
deficiência mental (deficiência intelectual)”; 190 estabelecimentos de ensino
especial, no final da década de 50, eram públicos e em escolas regulares. A autora
diz ainda que a partir de 1958 o Ministério da educação começa a prestar
assistência técnica-financeira às secretarias de educação e instituições
especializadas. Nota-se, neste período, o aumento de escolarização para as classes
mais populares e a implantação de classes especiais para os casos leves de
deficiência mental.

1.2 A ESCOLA INCLUSIVA ESPAÇO DE INTEGRAÇÃO

Em 1994, promovida pelo governo da Espanha e pela UNESCO, foi realizada


a Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, que produziu a
Declaração de Salamanca, tida como o mais importante marco mundial da difusão
da filosofia de educação inclusiva. Para melhor entendermos primeiramente
abordamos o que significado da inclusão.
Todos são capazes de aprender e fazer do bom conhecimento ferramenta de
transformação, desta forma entende-se que a Inclusão conforme aborda Carvalho
(2004, p. 109):
Quando ao termo inclusão, apresenta-se com seis significações no
Dicionário Aurélio sendo que, em mais de uma, aparece como “o ato pelo
qual um conjunto contém, inclui outro”, sendo que incluir significa “inserir,
introduzir, fazer parte, fazer constar, figurar”. (2004, p109)

Desta forma a escola representa o espaço de incluir indivíduos até então


excluído do acesso comum escolar, ela promove a integração entre os alunos, nela
a integração e inclusão são sinônimos onde as funções das escolas inclusivas que
está em: “Desenvolver culturas, políticas e práticas inclusivas, marcadas pela
responsabilidade e acolhimento que oferece a todos os que participam do processo
educacional escolar; Promover todas as condições que permitam responder ás
necessidades educacionais especiais para a aprendizagem de todos os alunos de
sua comunidade; Criar espaços diálogos entre os professores para que,
semanalmente, possam reunir-se como grupos de estudo e de troca de experiências
entre outras funções.
Portanto, percebem-se desta forma que a escolas possuem um papel
importante como porta de inclusão desta forma estes espaços devem procurar o
mais rápido possível se adequarem as normais estruturas para realizar um bom
acolhimento de alunos deficientes.
Segundo a autora ainda aponta outras funções que devem estar presentes na
escola inclusiva como forma de orientar o fazer educacional com base em
indicadores internacionais como a UNESCO através da Declaração de Salamanca
(1994) quando afirma:

As escolas regulares, seguido esta orientação inclusiva, constituem os


meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando
comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e
atingindo a educação para todos. (UNESCO, 1994)

Compreende-se que educação inclusiva deve possuir uma abordagem


humanística, democrática que percebe o sujeito e suas singularidades tendo como
objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.
Na prática a realidade vivenciada na maioria das escolas em relação à política
educacional de inclusão, esbarra na realidade de cada ambiente, pois a maioria dos
educadores não estão preparados teoricamente na sua prática pedagógica para lidar
com a inclusão. Cientes de que todo o aluno tem direitos iguais, independente das
características, interesses e necessidades individuais. A escola inclusiva segundo
Pacheco (2007) deve ser preparada para não trabalhar de forma tradicional com
seus alunos possuidores de alguma deficiência especial. Assim, “as práticas
pedagógicas em uma escola inclusiva precisam refletir uma abordagem mais
diversificada, flexível e colaborativa do que em uma escola tradicional”
(PACHECO,2007 p. 15).
A proposta de educação inclusiva possui como bandeira o pressuposto de
que todos são capazes de aprender. O docente que toma para si este fato se torna
diferente em sua prática pedagógica o aluno passa a ser reconhecido e valorizado
no convívio escolar participando e aprendendo como o todo.
Desta forma ressalta-se que a escola inclusiva não é um processo fácil, e as
mudanças estão ocorrendo gradativamente e não acompanham a legislação da
educação, ou seja, na teoria a educação inclusiva e fortemente presente, porém, a
prática ainda caminha a passos lentos com resultados igualmente paralelos ao seu
caminhar.
Percebe-se que a falta de profissionais qualificados nos espaços escolares
gera uma carência no processo de ensino de alunos com problemas de
aprendizagem, o ideal seria que todas as escolas municipais fossem assistidas por
psicopedagogos.
Sobre a atuação do Psicopedagogo Gallina e Da Costa (2014.p.10) declaram
que:
O trabalho do psicopedagogo, como um profissional
qualificado, consiste em dar assistência aos professores e a outros
profissionais da instituição escolar para melhoria das condições do
processo ensino-aprendizagem, bem como para a prevenção dos
problemas de aprendizagem.

Tendo a presença desse profissional cada vez mais atuante no âmbito educacional
compreende-se que sua atuação tende a suprir as necessidades da comunidade
escolar, seja por meio de parcerias para melhor conhecer sua clientela e sobretudo
entender quais contextos socioculturais estão inseridos, caso haja necessidade de
intervir junto ao processo de ensino e aprendizagem.
Com a carência da orientação de psicopedagogos, professores inclusive da
educação infantil fazem adaptações das suas aulas levando como ferramenta
metodológica a ludicidade como forma de incluir seus alunos que apresentam algum
tipo de deficiência ou transtorno de aprendizagem. O lúdico representa um processo
de socialização das atividades, Sena e Ayres da Silva (2010) debatem a importância
da ludicidade para o desenvolvimento infantil.
Através dos jogos e brincadeiras, a criança aprimora também seu
vocabulário, desenvolve sua expressão e seu pensamento, pois os
momentos recreativos quase sempre propõem uma atividade a ser
realizada. Atividade esta da qual o professor da Educação Infantil pode
apropriar-se, utilizando o lúdico como mediador do processo de ensino e
aprendizagem. (p.115)

Neste sentido o papel do professor junto ao espaço escolar é fazer da


ludicidade uma ferramenta de abordagem pedagógica trabalhando múltiplos
assuntos que contribuem para o desenvolvimento da criança. No entanto, há fatores
que interferem nesse processo como a falta de formação continuada específica
para trabalhar com o aluno com transtornos ou deficiências físicas somada a falta de
estrutura apresentada pelas escolas em relação aos recursos didáticos que
pudessem auxiliá-los no processo ensino aprendizagem.
e a falta da família no contexto inclusivo. Relação da escola com a família é
de fundamental importância para o desenvolvimento do indivíduo. Cabe então que a
escola se prepare de tal forma a possibilitar que esta relação se torne realmente
produtiva.

Segundo Reis (2010, p.15):

A participação da família é uma necessidade contemporânea, almejada por


todos que fazem parte do contexto escolar, independentemente de ser
ensino fundamental ou educação infantil. Lidar com famílias hoje é lidar com
a diversidade. Famílias intactas, famílias em processos de separação e
muitas outras. (p.15)

Enfim, a família e a escola são pontos de sustentação para cada indivíduo


conforme a autora Reis (2010, p.17) Quanto melhor for à parceria entre ambas, mais
positivos e significativos serão os resultados na formação do sujeito. Observou-se
que a formação continuada seria algo fundamental para as ações dos educadores
em relação a inclusão; sobre esta realidade Prieto (2006) apud Silva (2009) aborda
que a educação continuada do professor deve ser compromisso dos sistemas de
ensino, que nessa perspectiva, devem assegurar que sejam aptos e elaborar novas
propostas e práticas de ensino para responder as necessidades de seus alunos.
2 DISCUTINDO A PROBLEMATICA
Em meio ao levantamento dos motivos que interferem a efetivação da
educação inclusiva notamos que ter uma boa formação se faz necessário em
qualquer profissão, porém na área da educação isso torna-se primordial. Devemos
pensar que não se trata apenas de habilidades desenvolvida somente com os
professores especialistas o correto deve ser que todos os professore recebam
treinamento desde a graduação, por esse motivo Carvalho (2018) ressalta que:
Muitos dos futuros professores sentem-se inseguros e ansiosos diante da
possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais na sala
de aula. Há uma queixa geral de estudantes de pedagogia, de licenciatura e
dos professores com o discurso de que não fui preparado para lidar com
crianças com deficiência”. A legislação demonstra a obrigatoriedade em
matricular e acolher todas as crianças na escola inclusiva, mas o
atendimento e o acolhimento precisam ir além da formalidade,
proporcionando a todos os alunos condições condizentes para a realização
de suas especificidades e potencialidades. Além desta obrigatoriedade, é
fundamental que a escola ofereça uma equipe de docentes capacitados,
estrutura física acessível, pessoas de apoio educacional especializado,
além de material didático e equipamentos especiais. Essa estrutura exige
uma visão que vai além da função docente. (p 16)

Quando de fato houver essa mudança no âmbito educacional, espera-se que


ocorra um grande avanço no que se refere a inclusão , além de que depois da
graduação o seu aprimoramento deve ocorre de forma permanente com a formação
continuada. Sobre esse assunto Carvalho ( 2015) comenta que:
A formação continuada de professores caracteriza-se como um dos
principais componentes para um diferencial na qualidade de ensino
aprendizagem relacionado à inclusão. [...] é muito difícil avançar no sentido
das escolas inclusivas se os professores, em seu conjunto, não adquirem
competência suficiente para ensinar a todos os alunos. Esse conhecimento
não pode ser exclusivo dos especialistas em educação especial, é
necessário que todos os envolvidos no processo tenham conhecimentos e
habilidades para participar da adequação curricular, elaborar estratégias
diferenciadas, superar os desafios diários e intervir junto ao aluno, buscando
alternativas para sanar as dificuldades. Tais prerrogativas, caracterizam-se
como um dos fatores imprescindíveis para atuação desses professores no
ambiente escolar, oferecendo condições de ensino aprendizagem
adequadas às necessidades e especificidades desses alunos, realizando a

inclusão e a socialização escolar. (p 16)


Diante dessa afirmação percebe-se como é importante que o professor tenha
condições plena em enfrentar as diversas disparidades educacionais. Outro fator
importante a ser mencionado trata-se do interesse do professor nessa área
educacional, pois nem todos os professores se identificam com essa problemática
principalmente os professores que já atuava muito antes da mudança de lei que
determinou a inclusão de alunos com deficiência nas salas de aula regular. Esses
professores tendem a se esquivar do problema, e quando isso acontece, se torna
ainda mais difícil contornar a situação, pois quando o professor não tem interesse
em aprender a lidar com alunos com deficiência ou com dificuldade de
aprendizagem geralmente não irá em busca de soluções que pelo menos venha
amenizar a situação.

CONCLUSÃO

O presente artigo alcançou seu principal objetivo analisar a importância da


formação de professores e demais educadores na educação Infantil, observou-se as
abordagens em relação ao processo de identificação das dificuldades que se
apresentam no processo de desenvolvimento em sala de aula o qual se torna cada
mais urgente trabalhar nas presentes dificuldades sobre uma atuação inclusiva para
melhor solucionar tais carências de desenvolvimento educacional.
Alcançou-se a reposta da investigação a qual foi compreender quais as
perspectivas e possibilidades enfrentadas pelos professores na educação infantil em
relação a educação inclusiva. As perspectivas estão direcionadas a compreensão
dos professores em relação a inclusão e a importância desta no ambiente escolar,
as quais já encontram-se com alunos com algumas dificuldades junto ao processo
ensino aprendizagem caracterizado por alunos com TEA(Transtorno do Espectro
Autista),TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) entre outros
fatores que levam os educadores a procurarem atividades lúdicas, na busca de
conhecimento em relação as ações educativas inclusivas para sanar um pouco a
falta de qualificação profissional e de apoio especializado junto ao ambiente escolar.
Desta forma, conclui- se que as transformações estruturais e humanas para
receber e oferecer ao aluno com algum tipo de transtorno ou déficit de atenção ainda
caminham a passos lentos, principalmente os relacionados à formação continuada,
voltada para o atendimento de alunos com deficiências ou com alguma dificuldade
de aprendizagem o que gera um desconforto por parte dos profissionais da
educação somado a falta da participação familiar junto aos professores.
Portanto, compreende-se que ao trabalhar com a educação inclusiva percebe-
se, que estes mesmos profissionais reivindicam mais educação continuada para que
os preparem para atender esta clientela que merece compartilhar o espaço comum a
todos os cidadãos.

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