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CAIEIRAS
2023
ESCOLA ESTADUAL OTTO WEISZFLOG
CAIEIRAS
2023
ESCOLA ESTADUAL OTTO WEISZFLOG
APROVADA EM ______/______/_______
BANCA EXAMINADORA
ORIENTADOR
1 Introdução ______________________________________________________8
Referências_______________________________________________________18
Glossário_________________________________________________________20
1 INTRODUÇÃO
2. A reforma Curricular do ensino médio.
O Novo Ensino Médio está permeado por lacunas e foi realizado sem um profundo
diálogo com sociedade cívica, a reformulação do ensino médio brasileiro é um
conjunto de novas diretrizes que altera a estrutura vigente da última etapa do ensino
básico no Brasil. O que dá corpo à essa reforma é a mudança dos currículos
escolares para se adequarem a Lei 13.415∕2017 que instituiu uma carga mínima
anual de 800 horas que deve ser ampliada de forma progressiva para até 1400
horas a fim de estabelecer o ensino de tempo integral. Também determina que a
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) deverá definir objetivos de aprendizagem
dentro de quatro áreas de conhecimento, a saber: I - linguagens e suas tecnologias;
II - matemática e suas tecnologias; III - ciências da natureza e suas tecnologias e IV
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. A reforma designa uma parte do ensino
que será comum e obrigatória a todas as escolas durante toda a etapa do Ensino
Médio, denominando-a Formação Geral Básica (FGB); e propõe uma outra parte
que será organizada por um modelo diversificado e flexível, que são os Itinerários
Formativos (IF). Essa segunda parte será ofertada levando em consideração os
diferentes arranjos curriculares, conferindo maior relevância ao contexto local e a
capacidade do sistema de ensino.
A proposta do Novo Ensino Médio surgiu após a percepção de uma estagnação dos
índices de desempenho dos estudantes brasileiros. Além disso, entre as etapas da
educação básica, o ensino médio é a que tem as maiores taxas de abandono,
reprovação e distorção idade-série (atraso escolar de dois anos ou mais).Foram
muitas as justificativas para reformular a última etapa da educação básica: um
ensino de baixa qualidade, generalista, com número excessivo de disciplinas, alto
índice de evasão e de reprovação e distante das necessidades dos estudantes e dos
problemas do mundo contemporâneo. De acordo com o Anuário Brasileiro da
Educação Básica 2020, apenas 65,1% dos brasileiros concluíram o Ensino Médio na
idade esperada, até os 19 anos – percentual que chega a 51,2% entre os mais
pobres. E 12% dos brasileiros com idades entre 15 e 17 anos estão fora das salas
de aula.
O novo ensino médio busca uma abordagem mais flexível e voltada para o
desenvolvimento de habilidades socioemocionais, mas a implementação eficaz
desses aspectos requer uma estratégia educacional holística. A precariedade na
oferta de atividades extracurriculares e de orientação profissional é um desafio
adicional. A falta de recursos e de incentivos para essas práticas compromete a
formação integral dos estudantes, limitando suas oportunidades de descoberta e
desenvolvimento pessoal. A necessidade de uma revisão constante dos currículos e
das práticas pedagógicas para acompanhar as mudanças na sociedade é um ponto
crucial. A rigidez na estrutura curricular pode tornar o ensino médio desatualizado,
comprometendo a preparação dos alunos para os desafios contemporâneos. A
ausência de políticas eficazes de inclusão e acessibilidade é um desafio que afeta
diretamente a diversidade de estudantes no novo ensino médio. A falta de
estratégias para atender às necessidades de alunos com deficiência ou em situação
de vulnerabilidade
Como citado anteriormente, o Novo Ensino Médio foi criado sem um diálogo,
consentimento com a sociedade civil. Desde o começo da implementação ele já
estava sendo alvo de críticas por professores, profissionais da educação e
estudantes do país inteiro, pois a implementação ocorreu sem cuidados e preparos
necessários, afetando de forma negativa o ambiente escolar dada a incompreensão
de alunos e famílias e também professores e funcionários. Em 15/03/2022 protesto
reivindicando a revogação do Novo Ensino Médio aconteceu em 51 cidades
brasileiras, mobilizando cerca de 150 mil estudantes em todo o país. A forma como o
MEC impôs a reforma, se alastrou por toda a estrutura educacional, o Novo Ensino
Médio foi imposto às secretarias estaduais de educação, que não foram
devidamente auxiliadas pelo MEC, e estas por sua vez, impõe ao NEM às escolas,
que precisam impô-lo aos demais profissionais da educação. Este processo gerou
multidões de profissionais despreparados e perdidos que não acreditam na
possibilidade de sucesso do Novo ensino Médio. A falta de participação da
juventude na construção do Novo Ensino Médio foi um grande problema, dada a
falta da compreensão do MEC com as suas necessidades, vontades para a
educação, o despreparo da infraestrutura escolar, sem investimentos, preparo
socioemocionais foram o que impediram o sucesso da reforma do currículo do
ensino médio. Assim como a falta de capacidade docente, a falta de diálogo
contínuo, desconexão com a realidade social. Ocorreu grande desconexão com a
realidade social, disciplinas que abordavam temas como questões sociais como
diversidade, inclusão e educação para a cidadania, o que não agradou parte
significativa da sociedade. A pressão sobre os estudantes foi preocupante, com o
aumento da carga de disciplinas e atividades extracurriculares gerou preocupações
com a saúde mental dos estudante
O maior impacto nos estudante foi a desigualdade causada pela reforma nas
disciplinas, a inclusão dos itinerários formativos criou desigualdades de diversas
maneiras, escolas públicas com melhores estruturas receberam mais investimentos
e melhor implementação, já as escolas em áreas desfavorecidas não tiveram auxílio
para implementar o novo ensino assim criando lacunas de qualidade da educação
oferecida em diferentes regiões. A falta de recursos adequados, também intensificou
a desigualdade socioeconômica, a falta de recursos e apoio, amplia a desigualdade
de oportunidades educacionais entre diferentes estratos sociais.
5. CONCLUSÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CRUZ, Eliana Patricia educadores dizem que novo ensino médio amplia
desigualdades 2023 Disponível em
https://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2023-04/educadores-dizem-que-n
ovo-ensino-medio-amplia-desigualdades Acesso em 19 de abril de 2023
AZEVEDO Rayane. Por que o Novo Ensino Médio é alvo de protestos? 2023
Disponível em
https://amp.dw.com/pt-br/por-que-o-novo-ensino-m%C3%A9dio-%C3%A9-alvo-de-pr
otestos/a-65065891 Acesso em 05/04/2023
REVUSTA QUERO Novo Ensino Médio 2023 o que muda na educação brasileira
2023 Disponível em
https://querobolsa.com.br/revista/novo-ensino-medio-o-que-muda-na-educacao-brasi
leira Acesso em 8 de ago de 2023
ABUD Marcelo Novo ensino Médio representa retrocesso no que já não era boa
2022 Disponível em
https://www.institutoclaro.org.br/educacao/nossas-novidades/podcasts/novo-ensino-
medio-representa-retrocesso-em-situacao-que-ja-nao-era-boa-avalia-fernando-cassi
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0boa'%2C%20avalia%20Fernando%20C%C3%A1ssio&text=Escolha%20de%20itine
r%C3%A1rios%20muito%20limitada,baseada%20no%20ensino%20%C3%A0%20di
st%C3%A2ncia Acesso em 19 de julho de 2022