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Disciplina: Próinter I
Uberlândia-MG
2022
1 INTRODUÇÃO
Partindo desse viés, e sabendo que a BNCC é uma política nacional curricular
que se constitui enquanto um documento normativo, que tem como premissas, selecionar e
organizar os conhecimentos a serem ensinados ao longo dos níveis e modalidades da
Educação básica no Brasil, cabe a discussão, sobre quais são os interesses atendidos,
a partir dessas escolhas. Pois, apesar desse documento definir estratégias e
descrever conceitos, tais como as competências apresentadas em seu texto, a
BNCC não dispõe de dispositivos que favoreçam a implantação de melhores
condições de trabalho para os professores.
Na concepção dos entusiastas e formuladores da BNCC, a implantação do
currículo comum a todo território nacional corresponde a uma essencial
medida para o alcance da pretendida qualidade do ensino público, bem
como para a superação das desigualdades escolares que assolam o país,
principalmente nos contexto sociais mais vulneráveis. O Brasil será igual de
ponta a ponta, assim destacou Mendonça Filho, Ministro da Educação, ao
referir-se sobre a Base. Considera-se, no discurso desses, a definição de
conteúdo idênticos a todos, uma estratégia para proporcionar maior
igualdade de oportunidades entre os estudantes. (PINTO e MELO, 2021, p.
10).
Em vista disso, entende-se que esse documento, além de ser um “um chicote
moderno na mão do feitor”, para os professores, não preconiza a capacidade real
dos alunos, e sim as notas por eles alcançadas, pois, dessa forma, terá números
para apresentar aos órgãos competentes e assim provarem que as iniciativas de
criação dessa base estão colhendo os frutos por eles almejados. Por eles quem? Ao
mercado financeiro, ao mercado produtor de subempregos, aos verdadeiros “donos
da bola”.
Em sua conceituação inicial a BNCC traz o seguinte: “A Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o
conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos
devem desenvolver [..].” (BRASIL, 2018, p, 07). Como pode ser visto, ela já inicia
informando que se trata de um documento que vai ditar normas e regras, depois
continua que irá definir modelos de aprendizagem essenciais que todos os alunos
devem desenvolver. Será que todos os alunos “DEVEM” desenvolver as mesmas
habilidades? Será que todos tem as mesmas necessidades?
5 CONCLUSÃO
O presente texto foi dividido em três capítulos, onde cada um capítulo teve um
autor diferente, em todo o trabalho buscou-se apontar criticamente alguns pontos
que estão na BNCC, se utilizando de citações do próprio documento e de outras
fontes bibliográficas, buscando dessa embasar teoricamente, as críticas apontadas.
No primeiro capítulo o autor buscou tecer comentários acerca do que esse
documento representa para o mercado econômico-financeiro, para as forças que
movem a economia em uma proporção mundial, buscou-se criticar esse modelo de
robotização e sistematização dos alunos, que visa prepará-los para a vida produtiva
no mercado de trabalho, não importando suas convicções e seus sonhos.
No segundo capítulo a autora, trouxe elementos críticos quanto a forma que a
BNCC traz, de forma subliminar, intenções que ao ver por cima, pode-se imaginar
que esse modelo trará só coisas boas para o ensino. No entanto, ela faz um alerta
quanto a necessidade dos professores estarem atentos, e buscarem entender o que
há nas entrelinhas desse documento, que em seu conceito inicial, já traz as palavras
normas e aprendizagem essenciais para todos, ou seja, denota claramente que é
um documento que vai tentar controlar o que for passado em sala de aula, e ainda
vai ditar que tipo de ensino é essencial para todos, desconsiderando as
peculiaridades e a complexidade que envolvem todos os alunos Brasileiros.
No terceiro capítulo o autor, busca descrever como se dá os procedimentos
adotados pela BNCC, para o ensino na fase de ensino fundamental, e esboçou
como se dá o processo de aprendizagem no ensino fundamental, desde o sexto ano
até o oitavo ano, descrevendo a partir do que está exposto na BNCC, qual os
conceitos e materiais devem ser usados no processo de alfabetização desses
adolescentes.
Por fim pode-se dizer que a presente temática, trouxe elementos que podem
e devem ser debatidos, mais amplamente, nas escolas, na universidade, em ongs
ligadas a educação, ou em qualquer lugar que queira o bem da educação, o tema
que envolve a metodologia e a política adotada por esse documento, deve ser objeto
de estudo e aprofundamento, do que realmente se deseja para a educação
Brasileira, pois, nos moldes atuais essa BNCC não engloba a necessidade geral dos
indivíduos,
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): educação é a base. Brasília, DF:
MEC/CONSED/UNDIME, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.
mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf. Acesso em: 10 ago. 2022.
PINTO, Samilla Nayara Dos Santos; MELO, Savana Diniz Gomes. MUDANÇAS NAS
POLÍTICAS CURRICULARES DO ENSINO MÉDIO NO BRASIL: REPERCUSSÕES
DA BNCCEM NO CURRÍCULO MINEIRO. Educação em Revista [online]. 2021, v.
37. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/0102-469834196>. Acessado em 10 de
agosto de 2022.