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O que é BNCC
O QUE É A BNCC?

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento que


regulamenta quais são as aprendizagens essenciais a serem
trabalhadas nas escolas brasileiras públicas e particulares de
Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio para garantir o
direito à aprendizagem e o desenvolvimento pleno de todos os
estudantes. Por isso, é um documento importante para a promoção da
igualdade no sistema educacional, colaborando para a formação
integral e para a construção de uma sociedade mais justa, democrática
e inclusiva.

Ao ter como objetivo nortear os currículos dos estados e municípios de


todo o Brasil a partir dessas perspectivas, a BNCC coloca em curso o
que está previsto no artigo nove da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação (LDB) sancionada em 1996.

Segundo a LDB, cabe ao Governo Federal “estabelecer, em colaboração


com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, competências e
diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino
médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de
modo a assegurar formação básica comum”.

A Base Nacional Comum Curricular

Assista para entender o que é a Base Nacional Comum Curricular:

AS 10 COMPETÊNCIAS GERAIS

A BNCC traz uma grande inovação ao estabelecer 10 competências


gerais para nortear as áreas de conhecimento e seus componentes
curriculares. Segundo o documento, o desenvolvimento dessas
competências é essencial para assegurar os direitos de aprendizagem
de todos os estudantes da Educação Básica. Desse modo, as 10
competências gerais comunicam aos educadores uma importante
mensagem: quem é o estudante que a BNCC propõe formar.

A seguir, relembre cada uma das 10 competências gerais da BNCC:

BNCC AO LONGO DO TEMPO

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) começou a ser elaborada


em 2015, a partir de uma análise aprofundada dos documentos
curriculares brasileiros realizada por 116 especialistas indicados por
secretarias municipais e estaduais de educação e por universidades.
Nesse período, teve início um longo processo de mobilização nacional
em torno das previsões de conteúdo do documento.

Nos anos de 2015 e 2016, consultas públicas presenciais e on-line


foram realizadas para possibilitar a participação mais direta da
população na construção da BNCC. A iniciativa fez com que mais de 12
milhões de contribuições – a maioria feita por educadores – fossem
enviadas ao Ministério da Educação (MEC).

Em 2017, considerando as versões anteriores do documento, o MEC


concluiu a sistematização das contribuições e encaminhou uma
terceira e última versão do texto ao Conselho Nacional de Educação
(CNE), responsável por regulamentar o sistema nacional de educação,
instituir e orientar a implementação da BNCC e realizar audiências
públicas regionais sobre o documento nas cidades de Manaus (AM),
Recife (PE), Florianópolis (SC), São Paulo (SP) e Brasília (DF). As
audiências públicas tiveram caráter consultivo e resultaram em 235
documentos com contribuições e 283 manifestações orais.

No nal 2017, o texto introdutório da Base e as partes referentes à


Educação Infantil e ao Ensino Fundamental foram aprovadas pelo CNE
e o cializadas pelo MEC – o texto correspondente ao Ensino Médio
ainda está em processo de elaboração.

A o cialização da BNCC estabeleceu para os sistemas e redes de


ensino do país o desa o de implementar a BNCC até o início de 2020.
Você e sua rede não podem car para trás nesse percurso e este
material foi feito para ajudá-los a caminhar!

Desa os para a implementação

O QUE É CURRÍCULO E COMO CONSTRUÍ-LO?

No contexto da educação, pode-se entender currículo como um texto


que abrange desde os planos de aula que o professor elabora até os
documentos curriculares de uma rede ou sistema de ensino que
re itam a visão dos educadores e da comunidade escolar sobre
aspectos políticos e sociais locais e sua inter-relação com a educação.

Os debates para a criação de um currículo “incorporam, com maior ou


menor ênfase, discussões sobre os conhecimentos escolares, sobre os
procedimentos e as relações sociais que conformam o cenário em que
os conhecimentos se ensinam e se aprendem, sobre as
transformações que desejamos efetuar nos alunos e alunas, sobre os
valores que desejamos inculcar e sobre as identidades que
pretendemos construir” (MOREIRA, A. e CANDAU, V. “Currículo,
Conhecimento e Cultura”. In: Indagações sobre currículo, MEC, 2007,
p.18).

Atualmente, entende-se também que os debates sobre currículo


envolvem a discussão sobre relações de poder, uma vez que sua
elaboração está relacionada a escolhas, ou seja, validações feitas com
base em alguns – e não todos – os saberes e conhecimentos
realizadas por atores especí cos. Ao legitimar determinadas escolhas,
os currículos de cada rede e sistema de ensino explicitam abordagens
que correspondem a visões especí cas sobre a sociedade e sobre os
cidadãos que se pretende formar. Nesse sentido, questões sociais e de
identidade que promovam a equidade precisam ser tratadas como
prioritárias nas propostas curriculares.

BNCC e currículo

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não é um currículo, mas


sim um orientador curricular. Cabe aos estados e municípios
elaborarem seus currículos a partir dos princípios e aprendizagens
de nidos por ela e também do Regime de Colaboração entre cidades e
estados. “Nesse sentido, espera-se que a BNCC ajude a superar a
fragmentação das políticas educacionais, enseje o fortalecimento do
regime de colaboração entre as três esferas de governo e seja
balizadora da qualidade da educação” (BNCC, 2017, p. 8).

Nessa con guração, para além de orientarem atribuições pedagógicas


que são adaptadas para o trabalho na realidade de cada escola, os
currículos estaduais e municipais funcionam como ferramenta de
gestão para a implementação e o acompanhamento de políticas
públicas de educação. 

ESTRUTURA DE UM CURRÍCULO

O documento curricular de um estado ou município, como gênero


textual, segue uma estrutura mínima que envolve as seguintes partes:

Introdução

Consiste na apresentação do documento, seus princípios gerais, visão


de educação e de sociedade e visão do estudante que se quer formar.

Campos de experiência (Educação Infantil)

Consiste na apresentação de recursos materiais, equipamentos e


organização de tempos e espaços de ensino e aprendizagem.

Áreas do conhecimento (Ensino Fundamental e Ensino Médio)

Diz respeito à apresentação de pressupostos teórico-metodológicos, da


organização curricular dos componentes de cada etapa do ensino, dos
seus objetivos de aprendizagem, da organização dos objetos de
conhecimento e habilidades e da concepção de avaliação.

Referências bibliográ cas

Diz respeito à apresentação das referências (livros, artigos,


documentos, lmes) utilizadas para a construção do currículo.

Com quem construir o currículo

A construção do currículo pode acontecer de modo mais ou menos


participativo. Geralmente, professores e gestores são consultados
durante a elaboração do documento, e os estudantes também podem
ser escutados como pessoas ativas nesse processo.

Os passos para que os educadores responsáveis pela construção dos


currículos - os professores redatores - incorporem as contribuições
desses diferentes atores são:

REGIME DE COLABORAÇÃO

Em 2018, como forma de colaborar com os estados na (re)estruturação


de seus currículos até 2020, o MEC nancia o trabalho de grupos de
professores redatores em todos os estados do país. Esses grupos
seguem, agora, (re)escrevendo os currículos, que servirão de base para
a construção dos currículos municipais.

Para que a equidade e qualidade educacional estejam garantidas, é


preciso que estados e municípios dialoguem, re itam e compreendam
que é a partir do currículo que irão organizar suas políticas
educacionais.

Quando os estados e municípios adotam a estratégia de (re)elaboração


ou (re)construção de um currículo único, empreendendo esforços
administrativos conjuntos e desenvolvendo ações articuladas, estão
colocando em prática o chamado Regime de Colaboração.

Assim, ampliam a capacidade de o Poder Público atender uma


população maior, com uma política pública mais e ciente.

O Regime de Colaboração não se encerra após a (re)elaboração do


currículo, mas será essencial nas etapas de reformulação das políticas
de formação de professores e implementação da BNCC.

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