Você está na página 1de 28

A BNCC, as Diretrizes e Propostas

Pedagógicas Estadual e Municipal do


Ensino da Língua Portuguesa

Apresentação
Em um país de grandes dimensões, como é o caso do Brasil, é fundamental que todos os alunos da
educação básica tenham asseguradas aprendizagens básicas comuns. Além disso, também é
fundamental que as redes de ensino e as unidades escolares possam realizar adaptações nos
currículos para atenderem às especificidades locais, sem deixarem de contemplar os princípios
presentes nos documentos oficiais, norteadores das práticas educativas.

Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer a Base Nacional Comum Curricular (BNCC),
documento vigente como referência para a organização e a reorganização curricular; vai
compreender como ela subsidia a elaboração curricular das diferentes redes de ensino; e vai refletir
sobre aspectos centrais da proposta desse documento para o ensino da língua portuguesa.

Bons estudos.

Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

• Identificar as orientações dadas pela BNCC ao ensino da língua.


• Relacionar as orientações regionais com as orientações nacionais de ensino.
• Reconhecer as competências e as habilidades atuantes nos documentos norteadores.
Desafio
Na proposta apresentada pela BNCC, “o Eixo da Produção de Textos compreende as práticas de
linguagem relacionadas à interação e à autoria (individual ou coletiva) do texto escrito, oral e
multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos enunciativos” (BRASIL, 2017, p. 76).

Nesse contexto, acompanhe a seguinte situação:

Elabore um esboço da sequência didática a ser proposta por você, prevendo um trabalho
pedagógico com desenvolvimento em três aulas.
Infográfico
A BNCC propõe que um dos elementos organizadores do currículo de língua portuguesa seja os
campos de atuação social, tanto no ensino fundamental como no ensino médio. Os campos de
atuação social estabelecem relações entre as práticas de linguagem desenvolvidas em contextos
escolares e seus contextos de uso.

Neste Infográfico, você irá ampliar seus conhecimentos sobre os campos de atuação social
propostos para o ensino médio e as atividades que podem ser sugeridas para que eles sejam
contemplados.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
código para acessar.
Conteúdo do livro
A BNCC é um documento de caráter normativo, cujo objetivo é orientar a elaboração e a
reelaboração curricular das diferentes redes de ensino. Em seu texto, o documento traz as
aprendizagens básicas que devem ser asseguradas em todo o território nacional para os estudantes
da educação básica e os princípios que devem ser contemplados na elaboração dos currículos.

No capítulo A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal do ensino da


língua portuguesa, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai ampliar os seus
conhecimentos sobre o processo de elaboração da BNCC e sobre sua relação com os currículos
elaborados pelos estados e Municípios, bem como conhecer as propostas desse documento para o
ensino da língua portuguesa no ensino fundamental e no ensino médio.

Boa leitura.
PCNS, DIRETRIZES
E PROPOSTAS
PEDAGÓGICAS
ESTADUAL E
MUNICIPAL DO
ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
A BNCC, as diretrizes
e as propostas
pedagógicas estadual
e municipal do ensino
da língua portuguesa
Maria Elena Roman de Oliveira Toledo

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

> Identificar as orientações dadas pela BNCC ao ensino da língua.


> Relacionar as orientações regionais com as orientações nacionais de ensino.
> Reconhecer as competências e habilidades atuantes nos documentos nor-
teadores.

Introdução
O percurso de formação dos alunos da educação básica, tanto nas redes muni-
cipais, quanto nas estaduais, está apoiado em uma base nacional, que é a Base
Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada por uma resolução em 2017 e que
tem caráter normativo. Nela, são encontradas propostas de ensino para todos os
componentes curriculares, incluindo a língua portuguesa. A proposta apresentada
pelo documento visa ao desenvolvimento de habilidades e competências que
instrumentalizam os estudantes para o uso dos conhecimentos adquiridos em
contexto escolar em diversas situações nas quais eles sejam demandados.
2 A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal...

Neste capítulo, você conhecerá o percurso histórico da elaboração da Base


Nacional Comum Curricular, verá como ela se constitui como um elemento norte-
ador da elaboração dos currículos estaduais e municipais e analisará a proposta
apresentada por ela para o ensino da língua portuguesa no ensino fundamental
e no ensino médio.

A Base Nacional Comum Curricular


e o ensino da língua portuguesa
A BNCC (BRASIL, 2017a), publicada em dezembro de 2017, é um documento de
caráter normativo, que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendi-
zagens essenciais a todos os estudantes matriculados na educação básica em
todo o território nacional, tanto nas escolas públicas quanto nas privadas.
Essas aprendizagens devem ser desenvolvidas ao longo das etapas (educação
infantil, ensino fundamental e ensino médio) e modalidades (educação de
jovens e adultos, por exemplo), de modo que os alunos tenham assegurados
seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
A BNCC é um instrumento fundamental para que os sistemas, as redes e as
escolas garantam, além do acesso e da permanência na escola, um patamar
mínimo comum de aprendizagens a todos os estudantes.

A construção histórica da BNCC


Embora publicada em dezembro de 2017, o percurso histórico de construção
da BNCC teve início em 1988, com a promulgação da Constituição Federal.
No artigo 210 da seção primeira do capítulo III, está posto que “Serão
fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a asse-
gurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos,
nacionais e regionais” (BRASIL, 1988, documento on-line).
Em 20 de dezembro de 1996, foi promulgada a Lei nº 9.394, também co-
nhecida como Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

A LDB é a principal legislação educacional brasileira, considerada a


Carta Magna da Educação. Ela organiza e regulamenta a estrutura
e o funcionamento dos sistemas educacionais (público e privado) em todo o
país, embasada pelos princípios e direitos presentes na Constituição Federal.
A primeira LDB foi criada em 1961 e reformulada em 1971. A versão vigente,
que teve início em 1996, tem sofrido alterações ao longo dos anos; a última
delas, em janeiro de 2019.
A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal... 3

No artigo 26 da LDB nº 9.394/1996, a orientação da Constituição Federal


em relação à fixação de conteúdos mínimos para o ensino fundamental é
ampliada, a fim de que ela ocorra em todos os níveis da educação básica
(BRASIL, 1996, documento on-line).

Art. 26.  Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio
devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas carac-
terísticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos.   

Em 25 de junho de 2014, foi promulgada a Lei nº 13.005, que regulamentou


o Plano Nacional de Educação (PNE), com vigência de dez anos. O Plano apre-
senta 20 metas para a melhoria da qualidade da educação básica oferecida
no país e aponta, como um dos caminhos para a efetivação dos objetivos
pretendidos, a elaboração de uma base curricular comum a todo o território
nacional (MARSIGLIA et al., 2017).
Em novembro de 2014, foi realizada a 2ª Conferência Nacional pela Educação
(Conae), organizada pelo Fórum Nacional de Educação, que teve como um dos
resultados a elaboração de um documento contendo reflexões e propostas
para a educação brasileira. Essa conferência se constituiu como um impor-
tante referencial para o processo de mobilização para a elaboração da BNCC.
Em julho do ano seguinte, aconteceu o I Seminário Interinstitucional para
a elaboração da base curricular brasileira, que reuniu todos os assessores
e especialistas envolvidos na elaboração do documento. Em 17 de junho, foi
instituída uma comissão de especialistas para a elaboração de uma proposta
de base nacional comum curricular.
Em setembro de 2015, a primeira versão da BNCC foi disponibilizada e
submetida à apreciação dos educadores de todo o país e, a partir da revisão
dos aspectos apontados pelos apreciadores dessa primeira versão, em maio
de 2016 foi publicada a segunda versão da BNCC.
De 23 de junho a 10 de agosto de 2016, foram realizados vários seminários
estaduais, promovidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Educação e
pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, envolvendo pro-
fessores, gestores e especialistas em educação, para debater essa versão do
documento. Em agosto desse mesmo ano começou a ser redigida a terceira versão
do documento, em um processo colaborativo com base na segunda versão.
A versão final da BNCC foi entregue, pelo Ministério da Educação, ao Con-
selho Nacional da Educação em abril de 2017, e sua publicação ocorreu em
dezembro do mesmo ano. Uma das principais inovações trazidas pela BNCC
(BRASIL, 2017a), foi a proposta de ensino por competências.
4 A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal...

As competências e habilidades na BNCC


Em seu texto, a BNCC (BRASIL, 2017a) trouxe alguns conceitos que, embora
não fossem novos nas discussões educacionais, ganharam maior visibilidade
dada a sua presença no documento e sua importância para o desenvolvimento
pleno dos estudantes. No que diz respeito ao ensino fundamental e ao ensino
médio, a BNCC enfatizou os conceitos de habilidade e competência.
O conceito de habilidade diz respeito às aprendizagens essenciais espe-
radas para cada disciplina, em cada ano da educação básica. No texto, as
habilidades são sempre apresentadas tendo por início um verbo que visa a
explicitar o processo cognitivo envolvido (BRASIL, 2017a).
Por exemplo, uma das habilidades a serem desenvolvidas no primeiro ano
do ensino fundamental, em língua portuguesa, é:

(EF15LP01) Identificar a função social de textos que circulam em campos da vida


social dos quais participa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a escola)
e nas mídias impressa, de massa e digital, reconhecendo para que foram produzi-
dos, onde circulam, quem os produziu e a quem se destinam (BRASIL, 2017a, p. 95).

As duas letras iniciais (EF) indicam a etapa da educação básica à qual


a habilidade se refere, nesse caso, o ensino fundamental. O par de
números iniciais (15) diz respeito ao bloco de anos (no caso, do 1º ao 5º ano).
O segundo par de letras (LP) indica o componente curricular (no caso, língua
portuguesa) e o último par de números (01) indica a posição da habilidade na
numeração sequencial do ano ou do bloco de anos.

O conceito de competência trazido pela BNCC (BRASIL, 2017a) faz referência


à mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver
demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e
do mundo do trabalho.
Na perspectiva adotada, as competências ajudam no desenvolvimento
do pensamento científico, crítico e criativo, na comunicação e na empatia,
entre outras habilidades e atitudes essenciais ao mundo contemporâneo.
O destaque à importância das competências reforça a ideia de que é papel
da escola oportunizar o desenvolvimento integral dos educandos, instrumentali-
zando-os para a sua atuação na sociedade e para o exercício pleno da cidadania.
A BNCC (BRASIL, 2017a) propôs dez competências gerais, que devem ser
asseguradas para todos os educandos da educação básica, e competências
específicas de cada área do conhecimento que devem ser desenvolvidas a
partir de práticas educativas em cada uma das disciplinas do currículo.
A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal... 5

Acesse a Base Nacional Comum Curricular, no site do MEC e, nas


páginas 8 e 9, veja as 10 competências da educação básica.

A BNCC não é um currículo, mas um orientador curricular. Sendo assim,


cabe aos estados e municípios a elaboração de seus currículos a partir dos
princípios e objetivos de aprendizagem definidos por ela e, também, do
regime de colaboração entre eles.

A construção curricular dos estados


e municípios e sua relação com a proposta
nacional
Referência nacional para a formulação dos currículos dos sistemas e das redes
de ensino, a BNCC integra a política nacional da educação básica visando
a contribuir para o alinhamento de outras políticas e ações referentes à
formação de professores, à avaliação, à elaboração de conteúdos educacio-
nais e aos critérios para a oferta de infraestrutura adequada para o pleno
desenvolvimento da educação (BRASIL, 2017a).
Com isso, pretende-se que a BNCC ajude na superação da fragmentação
das políticas educacionais, contribua para o fortalecimento do regime de
colaboração entre as três esferas do governo e seja um agente qualificador
da educação oferecida.
Quando a BNCC foi publicada, em 2017a, estabeleceu-se um período de dois
anos para que ela fosse efetivada. Para que a chegada da BNCC às salas de aula
fosse viabilizada, Estados e municípios deveriam utilizar as diretrizes apresen-
tadas pelo documento para a elaboração ou reelaboração das propostas curri-
culares de suas redes de ensino e adaptá-las aos novos conceitos propostos por
ele, como o de um currículo por competências (INSTITUTO AYRTON SENNA, 2019).
Antes mesmo da publicação da BNCC, a Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro
de 2017, já havia, em seu artigo 12, determinado a necessidade de que os
sistemas de ensino estabelecessem um cronograma de implementação das
alterações que ela traria.

Art. 12. Os sistemas de ensino deverão estabelecer cronograma de implementação


das alterações na Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, conforme os arts. 2º, 3º
e 4º desta Lei, no primeiro ano letivo subsequente à data de publicação da Base
Nacional Comum Curricular, e iniciar o processo de implementação, conforme o
referido cronograma, a partir do segundo ano letivo subsequente à data de homo-
logação da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017b, documento on-line).
6 A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal...

Para o planejamento de uma primeira elaboração curricular ou para uma


reorganização curricular alinhada à BNCC, as redes de ensino precisaram
definir os princípios norteadores das práticas, as metodologias a serem
utilizadas, os processos de avaliação, o tipo de abordagem dos conteúdos
(disciplinar ou interdisciplinar), as estratégias para contemplar as diversidades
locais, entre outros aspectos (INSTITUTO AYRTON SENNA, 2019).

O regime de colaboração no alinhamento curricular


à BNCC
O termo “regime de colaboração” é utilizado para descrever o trabalho ar-
ticulado, coordenado e institucionalizado entre os entes federados (União,
estados, Distrito Federal e municípios), tendo como objetivo garantir o direito
à educação básica. A adoção de um regime de colaboração faz as esferas do
governo terem responsabilidade conjunta pelos estudantes de um deter-
minado território e não apenas pelos que estão matriculados em redes ou
sistemas educacionais específicos (CONVIVA EDUCAÇÃO, 2019).
O regime de colaboração está previsto na Constituição Federal, na LDB
e no artigo 7º do Plano Nacional de Educação, no qual está posto que “A
União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios atuarão em regime de
colaboração, visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias
objeto deste Plano” (BRASIL, 1988, documento on-line). 
Essa foi uma importante estratégia adotada para a construção dos cur-
rículos alinhados à BNCC. Nos dois anos durante os quais as redes de ensino
tiveram o desafio de adaptar os seus currículos ao documento, embora cada
ente federado tivesse uma solução diferente para esse desafio, houve um
esforço dos Estados e municípios para a construção dos currículos no regime
de colaboração (COUTINHO, 2019).
Nele, os Estados criaram discussões que envolveram os municípios, a fim
de criar currículos que, ao mesmo tempo, pudessem atender às exigências
da BNCC e respeitar as especificidades locais. A relação entre o que é básico
e comum para todo o território e o que é diverso é retomada no artigo 26 da
LDB, no qual está posto que os currículos da educação infantil, do ensino
fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum e serem
complementados, em cada sistema de ensino e em cada unidade escolar, por
uma parte diversificada. A inclusão da parte diversificada visa ao respeito às
características regionais e locais, no que diz respeito aos aspectos sociais,
culturais, econômicos e às especificidades dos educandos (BRASIL, 2017a).
A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal... 7

O regime de colaboração também possibilitou, às secretarias, somar


recursos financeiros, técnicos e humanos. Os currículos estaduais prontos
foram submetidos a consultas públicas para a incorporação de sugestões das
comunidades locais. Nas redes municipais, os currículos foram adaptados
para maior adequação ao contexto e às necessidades regionais ou locais
(COUTINHO, 2019).
A etapa final da elaboração curricular foi realizada em cada unidade
escolar. Segundo o Instituto Ayrton Senna (2019), coube, à cada escola, con-
siderar a sua realidade de inserção e a situação na qual se encontrava, para
que pudesse identificar os seus desejos e o que seria necessário para a
construção de um processo contínuo de reflexão.
As alterações propostas pela BNCC tiveram que ser incorporadas ao projeto
político-pedagógico da unidade escolar, aos planos de ensino de cada área
de conteúdo e de cada disciplina, bem como aos planos de aula elaborados
pelos professores.
A elaboração curricular realizada em diferentes esferas permite que as
aprendizagens básicas propostas pela BNCC sejam asseguradas a todos
os estudantes da Educação Básica oferecida pelas redes de ensino no país
(BRASIL, 2017a).

Competências e habilidades no ensino


da língua portuguesa
De acordo com a BNCC (BRASIL, 2017a), as atividades humanas são realizadas
nas práticas sociais, mediadas por diferentes linguagens (verbal, corporal,
visual, sonora e digital). É por meio dessas práticas que as pessoas interagem
consigo mesmas e com os outros, constituindo-se como sujeitos sociais.
Na BNCC (BRASIL, 2017a), as propostas de ensino de a fazem parte de
uma área intitulada, no ensino fundamental, como “Linguagens” e, no ensino
médio, como “Linguagens e suas tecnologias”.

O ensino da língua portuguesa no ensino


fundamental
De acordo com os critérios propostos na BNCC (BRASIL, 2017a), nos anos finais
do ensino fundamental, a área de Linguagens é composta pelos seguintes
componentes curriculares: língua portuguesa, arte, educação física e, nos
anos finais, é acrescida a língua inglesa.
8 A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal...

O objetivo da área de Linguagens é possibilitar aos estudantes a partici-


pação em práticas de linguagem diversificadas, que possibilitem a ampliação
de suas capacidades expressivas em manifestações artísticas, corporais e
linguísticas, bem como de seus conhecimentos sobre essas linguagens.
O componente língua portuguesa tem por objetivo proporcionar, aos
estudantes, experiências que contribuam para a ampliação dos letramentos,
de maneira a possibilitar a participação significativa e crítica nas diversas prá-
ticas sociais constituídas pela oralidade, pela escrita e por outras linguagens.
Nas propostas para o ensino da língua portuguesa, é assumida a pers-
pectiva enunciativo-discursiva da linguagem, na qual o texto ocupa um lugar
central. Isso significa que é necessário sempre relacionar os textos e seus
contextos de produção e possibilitar o desenvolvimento de habilidades de
uso significativo da linguagem em atividades de leitura, escuta e produção
de textos em várias mídias e semioses (BRASIL, 2017a).

A perspectiva enunciativo-discursiva da linguagem já havia sido


adotada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1997), do-
cumento que precedeu a BNCC (BRASIL, 2017a). Essa perspectiva vê a linguagem
como uma forma de interação interindividual orientada para uma finalidade
específica e como um processo de interlocução que se realiza nas práticas
sociais existentes em uma sociedade, ao longo de sua história.

Os eixos de integração considerados na BNCC são aqueles já consagrados


nos documentos curriculares da área, a saber: oralidade, leitura/escuta,
produção (escrita e multissemiótica) e análise linguística/semiótica (que
envolve conhecimentos linguísticos sobre o sistema de escrita, o sistema
da língua e a norma padrão).
No contexto da BNCC (BRASIL, 2017a), a leitura é tomada em um sentido
mais amplo, dizendo respeito ao texto escrito, às imagens estáticas (foto,
pintura, desenho, esquema, gráfico, diagrama) ou em movimento (filmes,
vídeos, etc.) e ao som (música), que acompanha e auxilia na significação de
muitos gêneros digitais.

O eixo leitura compreende as práticas de linguagem que decorrem da interação


ativa do leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos
e de sua interpretação, sendo exemplos as leituras para: fruição estética de textos
e obras literárias; pesquisa e embasamento de trabalhos escolares e acadêmicos;
realização de procedimentos; conhecimento, discussão e debate sobre temas
sociais relevantes; sustentar a reivindicação de algo no contexto de atuação da
vida pública; ter mais conhecimento que permita o desenvolvimento de projetos
pessoais, dentre outras possibilidades (BRASIL, 2017a, p. 71).
A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal... 9

O eixo da produção de textos contempla práticas de linguagem rela-


cionada à interação e à autoria (realizada individual ou coletivamente), do
texto escrito, oral e multissemiótico, com diferentes finalidades e projetos
enunciativos (BRASIL, 2017a). São exemplos de produções textuais contextua-
lizadas e significativas, realizadas de acordo com a perspectiva adotada pela
BNCC, a construção de um blog de indicações literárias dos livros lidos pela
turma; um almanaque de adivinhas ou de piadas; a produção de um e-mail
para encaminhamento de uma reivindicação da comunidade do entorno da
escola, entre outras.
No eixo da oralidade são contempladas as práticas de linguagem que
ocorrem em situações orais com ou sem contato face a face. São exemplos
dessas situações as aulas dialogadas, as webconferências, as mensagens
gravadas, as contações de história, diferentes tipos de podcasts e vídeos,
dentre outros. O trabalho com esse eixo envolve também a oralização de
textos em situações significativas e interações e discussões referentes a
temáticas e outras dimensões linguísticas do trabalho nos diferentes campos
de atuação (BRASIL, 2017a).
O eixo da análise linguística/semiótica visa ao desenvolvimento de ha-
bilidades de análise a avaliação, durante a leitura e a produção de diferen-
tes tipos de textos, das formas de composição dos textos, sua situação de
produção e seus efeitos de sentido para, entre outras coisas, possibilitar a
mobilização de conhecimentos ortográficos, sintáticos e discursivos, entre
outros, em momentos de produção textual (BRASIL, 2017a). Outra categoria
organizadora do currículo da língua portuguesa e que se relaciona com as
práticas de linguagem é a dos campos de atuação nos quais essas práticas
se realizam. A proposição desses campos enfatiza a necessidade de que os
conhecimentos abordados na escola sejam contextualizados para que os
estudantes possam perceber que as práticas de linguagem têm sua origem
em situações da vida social (BRASIL, 2017a).
São considerados quatro campos de atuação na proposta da BNCC (BRASIL,
2017a) para os anos finais do ensino fundamental: campo artístico-literário,
campo das práticas de estudo e pesquisa, campo jornalístico-midiático e
campo de atuação na vida pública. Os campos jornalístico-midiático e campo
de atuação na vida pública aparecem fundidos nos anos iniciais do ensino
fundamental, sob a denominação “campo da vida pública”.
Os campos escolhidos contemplam dimensões formativas importantes
do uso da linguagem na escola e fora dela e criam condições para que os
indivíduos possam atuar, de maneira competente, em atividades do dia a
dia, em espaços variados.
10 A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal...

Os campos de atuação social continuam se constituindo como uma cate-


goria organizadora do currículo nas práticas de linguagem no ensino médio
em língua portuguesa. Nessa etapa da educação básica, os campos propos-
tos estão em relação com os campos propostos nas duas fases do ensino
fundamental.

O ensino da língua portuguesa no ensino médio


A área de Linguagens e suas tecnologias, no ensino médio, visa à consolidação
e à ampliação das aprendizagens previstas na BNCC do ensino fundamental,
nos componentes língua portuguesa, arte, educação física e língua inglesa,
garantindo os direitos linguísticos aos diferentes povos e grupos sociais
brasileiros.

Para tanto, prevê que os estudantes desenvolvam competências e habilidades que


lhes possibilitem mobilizar e articular conhecimentos desses componentes simul-
taneamente a dimensões socioemocionais, em situações de aprendizagem que lhes
sejam significativas e relevantes para sua formação integral (BRASIL, 2017a, p. 481).

As habilidades previstas para o componente língua portuguesa estão or-


ganizadas por campos de atuação social, assim como no ensino fundamental,
mas, agora, sem a indicação de seriação. A opção por não indicar a seriação
permite orientar possíveis progressões na definição anual dos currículos e
das propostas pedagógicas de cada escola.
Para que as linguagens e práticas sejam abordadas de maneira integrada, o
trabalho com a língua portuguesa, bem como com os demais componentes cur-
riculares da área, deve ser planejado de maneira a oportunizar aos estudantes
a vivência de experiências significativas com práticas de linguagem e diferentes
mídias (impressa, digital e analógica), situadas em campos de atuação social
diversos, voltadas para o enriquecimento cultural próprio, para as práticas
cidadãs, para o trabalho e para a continuação dos estudos (BRASIL, 2017a).
Os campos de atuação social propostos para o ensino da língua portuguesa
no ensino médio são: campo da vida pessoal, campo das práticas de estudo,
campo jornalístico midiático, campo de atuação na vida pública e campo
artístico (BRASIL, 2017a).
A abordagem dos campos de atuação social no ensino da língua portu-
guesa, no ensino médio, extrapola os contextos escolares e instrumentaliza
os estudantes para que utilizem, de maneira competente, os conhecimen-
tos construídos em contextos diversos, para o enfrentamento de variadas
demandas.
A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal... 11

Referências
BRASIL. Base nacional comum curricular. Brasília: MEC, 2017a. (E-book).
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário Oficial da União,
Brasília, 5 out. 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
ConstituicaoCompilado.htm. Acesso em: 13 ago. 2021.
BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da
educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 13 ago. 2021.
BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de de-
zembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494,
de 20 de junho 2007, que regulamenta o fundo de manutenção e desenvolvimento da
educação básica e de valorização dos profissionais da educação, a consolidação das
leis do trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o
Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de
2005; e institui a política de fomento à implementação de escolas de ensino médio em
tempo integral. Diário Oficial da União, Brasília, 17 fev. 2017b. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13415.htm. Acesso em: 13 ago. 2021.
BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares
nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997. (E-book).
CONVIVA EDUCAÇÃO. O que é o regime de colaboração e como ele pode beneficiar
a educação. Nova Escola Gestão, 2019. Disponível em: https://gestaoescolar.org.br/
conteudo/2287/o-que-e-o-regime-de-colaboracao-e-como-ele-pode-beneficiar-a-
-educacao. Acesso em: 13 ago. 2021.
COUTINHO, D. O que o novo currículo tem a ver com a BNCC? Nova Escola, 2019. Disponível
em: https://novaescola.org.br/conteudo/18802/o-que-o-novo-curriculo-tem-a-ver-
-com-a-bncc. Acesso em: 13 ago. 2021.
INSTITUTO AYRTON SENNA. 4 pontos que podem colaborar na construção de referen-
ciais curriculares. 2019. Disponível em: https://institutoayrtonsenna.org.br/pt-br/
meu-educador-meu-idolo/materialdeeducacao/4-pontos-que-podem-colaborar-na-
-construcao-de-referenciais-curriculares.html. Acesso em: 13 ago. 2021.
MARSIGLIA, A. C. G. et al. A base nacional comum curricular: um novo episódio de
esvaziamento da escola no Brasil. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, v. 9,
nº 1, p. 107-121, 2017.

Leitura recomendada
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o plano nacional de educação -
PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 26 jun. 2014. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso
em: 13 ago. 2021.
12 A BNCC, as diretrizes e as propostas pedagógicas estadual e municipal...

Os links para sites da web fornecidos neste capítulo foram todos


testados, e seu funcionamento foi comprovado no momento da
publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas
páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores
declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou
integralidade das informações referidas em tais links.
Dica do professor
Diferentes concepções de linguagem determinam diferentes arranjos nas práticas educativas no
ensino da língua portuguesa. A concepção adotada pela BNCC traz, como implicações pedagógicas,
a necessidade de que as práticas de linguagem sejam ensinadas em seus contextos de uso.

Na Dica do Professor, conheça as diferentes concepções de linguagem e suas implicações para as


práticas educativas e a relação entre a concepção adotada pela BNCC e suas propostas para o
ensino da língua.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Exercícios

1) A BNCC é um documento de caráter normativo, publicado em dezembro de 2017.

Sobre ele, leia as afirmativas a seguir:

I. A BNCC é um currículo que deve ser adotado, igualmente, em todo o território brasileiro.

II. A BNCC não trouxe inovações quanto à organização curricular em relação ao documento
que a precedeu.

III. A adoção dos princípios propostos pela BNCC não é opcional; eles devem ser
incorporados aos currículos das redes de ensino.

IV. O ensino voltado para o desenvolvimento de competências é uma das inovações trazidas
pela BNCC.

São verdadeiras as afirmativas:

A) I e II.

B) III e IV.

C) I e III.

D) I e IV.

E) II e IV.

2) As propostas da BNCC para o ensino da língua portuguesa visam ao desenvolvimento de


habilidades e competências, construídas a partir da interação com textos e gêneros textuais
diversos.

Maria é professora de língua portuguesa. A fim de aproximar suas aulas das propostas da
BNCC para o ensino dessa disciplina, começou a incorporar a utilização de textos em suas
aulas.

Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que retrata uma prática docente alinhada com
a proposta apresentada pela BNCC.

A) Maria levou para a sala de aula uma notícia de jornal. Propôs uma leitura inicial individual do
texto. Sugeriu questões de identificação de informações no texto para serem respondidas e
realizou a correção na lousa.

B) Maria levou para a sala de aula uma notícia. Pediu que os alunos realizassem uma leitura
individual do texto e circulassem todas as palavras com "s" ou "ss". Na sequência, deu uma
aula expositiva sobre ortografia, envolvendo essas palavras.

C) Maria levou uma notícia de jornal para a sala de aula. Discutiu com seus alunos a função das
notícias e as marcas textuais características desse tipo de texto. Pediu que, em grupos,
planejassem a produção textual de uma notícia.

D) Maria levou para a sala de aula uma notícia de jornal e entregou uma cópia para cada
estudante, com algumas frases já grifadas. A partir delas, deu início a uma aula expositiva
sobre aspectos gramaticais do texto.

E) Maria levou para a sala de aula uma notícia de jornal, realizou a leitura em voz alta e passou
exercícios não relacionados à leitura, voltados à memorização de regras gramaticais.

3) A proposição, pela BNCC, de campos de atuação social para a organização do currículo de


língua portuguesa no ensino fundamental e no ensino médio tem por objetivo permitir que
os estudantes se tornem usuários competentes das práticas de linguagem contempladas no
contexto escolar, nas mais diversas situações nas quais elas sejam demandadas. Um dos
campos de atuação social propostos para o ensino médio é o “campo da vida pessoal”.

Assinale, entre as alternativas a seguir, aquela que se refere a esse campo de atuação social.

A) Esse campo visa à ampliação da participação em diferentes instâncias da vida pública, à


defesa de direitos, ao domínio básico de textos legais e à discussão e ao debate de ideias,
propostas e projetos.

B) Esse campo tem por objetivo ampliar a compreensão dos fatos e das circunstâncias relados
pelas diferentes mídias, de maneira crítica, e instrumentalizar os estudantes para a checagem
das informações recebidas.

C) Esse campo busca funcionar como espaço de articulações e sínteses das aprendizagens dos
demais campos, colocadas a serviço dos projetos de vida dos estudantes, a partir da
ampliação do autoconhecimento.

D) Esse campo visa à ampliação do contato e à análise mais fundamentada das manifestações
culturais e artísticas em geral. Visa também à continuidade do leitor literário e ao
desenvolvimento da fruição.
E) Esse campo destaca os gêneros e as habilidades envolvidos na leitura/escuta e a produção de
textos de diferentes áreas do conhecimento para as habilidades e os procedimentos
envolvidos no estudo.

4) Um conceito enfatizado pela BNCC e que traz importantes implicações para as práticas
educativas é o conceito de competência. Embora este não seja um conceito novo no cenário
educativo, sua inclusão no texto do documento normativo trouxe à tona sua importância
para a promoção das aprendizagens em contextos escolares.

Entende-se por competência:

A) a capacidade de mobilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver


demandas da vida cotidiana, da cidadania e do mundo do trabalho.

B) as aprendizagens essenciais propostas na BNCC esperadas para cada disciplina, em cada ano
da educação básica, incluindo a escrita acadêmica.

C) as práticas de linguagem que ocorrem de maneira oral, com interlocução face a face, ou não.

D) uma categoria organizadora dos currículos da língua portuguesa relacionada às práticas de


linguagem.

E) a forma de interação interindividual orientada para uma finalidade específica e que ocorre nas
práticas sociais.

5) Um dos eixos integradores do trabalho pedagógico no ensino da língua portuguesa, na


BNCC, é o eixo leitura.

Sobre esse eixo, leia as afirmativas a seguir:

I. Na perspectiva adotada, a leitura é vista como o domínio de técnicas de decodificação, ou


seja, de transformação de grafemas em fonemas, sem que haja preocupação com a
atribuição de significados ao que é lido.

II. A leitura é tomada em um sentido mais amplo, não restrito apenas ao texto escrito, mas
também às imagens estáticas ou em movimento e aos sons, que cossignificam diferentes
gêneros textuais.

III. As práticas de linguagem contempladas por esse eixo decorrem da interação ativa entre o
leitor/ouvinte/espectador com os textos escritos, orais e multissemióticos e de sua
interpretação.
IV. As práticas de linguagem adotadas no ensino da leitura devem garantir a utilização dos
conhecimentos construídos apenas em situações características dos contextos escolares.

São corretas as afirmativas:

A) I e II.

B) III e IV.

C) I e III.

D) II e III.

E) II e IV.
Na prática
A BNCC trouxe a necessidade de que os currículos das redes estaduais e municipais de educação
fossem reorganizados para que pudessem incorporar os princípios trazidos por ela. A proposta
apresentada pelo documento prevê um currículo pensado a partir do desenvolvimento de
competências, tendo por objetivo a formação integral dos estudantes.

A título de exemplo, neste Na prática, você vai conhecer o processo de elaboração do currículo do
estado de São Paulo, intitulado "Currículo Paulista", desde a homologação da BNCC até sua
disponibilização para os Municípios e para as unidades escolares.
Aponte a câmera para o
código e acesse o link do
conteúdo ou clique no
código para acessar.
Saiba +

Língua portuguesa na BNCC


O planejamento do trabalho pedagógico deve levar em consideração os princípios básicos que
constam na BNCC. Para ampliar seus conhecimentos sobre os pontos fundamentais da BNCC para
o componente língua portuguesa, assista ao vídeo a seguir, no qual a especialista em alfabetização e
letramento do Cenpec, Maria Alice Junqueira, aborda o tema.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Base Curricular Nacional: reflexões sobre autonomia escolar e o


projeto político-pedagógico
A concretização dos currículos deve levar em consideração as características da unidade escolar na
qual eles serão implementados. Para ampliar sua reflexão sobre a importância da construção
curricular nas unidades escolares, visando ao respeito às especificidades locais, confira o artigo a
seguir.

Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

BNCC: o campo de atuação jornalístico-midiático


A BNCC sugere que as propostas pedagógicas para o ensino da língua portuguesa contemplem
diferentes campos de atuação social. Para obter dicas de como trabalhar um campo de atuação
social com alunos do ensino médio, assista ao vídeo a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.

Você também pode gostar