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PROJETO DE VIDA:

ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS
2022
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA
GERÊNCIA DE ENSINO INTEGRAL

WANDERLEI BARBOSA CASTRO


Governador do Estado em exercício

FÁBIO PEREIRA VAZ


Secretário de Estado da Educação

EDER MARTINS FERNANDES


Secretário Executivo

MARKES CRISTIANA OLIVEIRA DOS SANTOS


Superintendente de Educação Básica

CELESTINA MARIA PEREIRA DE SOUZA


Diretora de Educação Básica

ANA PAULA DE SOUSA BARBOSA


Gerente de Ensino Integral

MARCIA CRISTINA MOTA BRASILEIRO


Gerente de Currículo e Avaliação da Aprendizagem

ELIZIANE DE PAULA SILVEIRA BARBOSA


Gerente de Ensino Médio

ELABORAÇÃO

LAURITA MARIA PEREIRA LAURIA VELOSO GERBIS


Especialista Pedagógica

DIAGRAMAÇÃO

ANA CLARA ABRANTES SIMÕES


Residente Vetor Brasil
Apresentação
O que o jovem será no futuro é fruto de duas
coisas fundamentais: das OPORTUNIDADES
que tiver e das ESCOLHAS que fizer.

Antônio Carlos Gomes da Costa

No ano de 2022, iniciamos a implementação gradual da Nova


Matriz Curricular do Ensino Médio de Tempo Integral que tem
como um de seus pilares o componente curricular Projeto de
Vida. Dentre as novidades trazidas por esse processo de
implantação, está a adoção do livro didático do PNLD
"#MeuFuturo: Ensino Médio" para ser desenvolvido ao longo das
três séries.

Considerando que esse componente já integra de forma


consolidada a prática das Escolas de Ensino Médio de Tempo
Integral, o material "Projeto de Vida: Orientações Pedagógicas
2022" vem no sentido de apoiar as escolas no processo de
compatibilização das suas práticas com as novidades trazidas por
esse processo. Assim, apresentamos sugestões de como as aulas
de Projeto de Vida podem ser construídas a partir da combinação
do livro didático com outros importantes materiais pedagógicos,
como o Caderno de Projeto de Vida do Instituto de
Corresponsabilidade pela Educação (ICE) e o Caderno de
Práticas Pedagógicas em Educação Socioemocional elaborado
em parceria com o Instituto Sonho Grande, e o Documento
Curricular do Tocantins - Etapa Ensino Médio (DCT-TO).

Esperamos que estas orientações possam potencializar as


novidades trazidas nesse processo de implantação e fortalecer
ainda mais as práticas de Projeto de Vida nas escolas.
Sumário

I. Introdução

II. Fundamentação teórica e


metodológica

III. Orientações Metodológicas

IV. Perfil do Professor

V. Organizador curricular da
Unidade Curricular Projeto de Vida

VI. Projeto de Vida; Competências


Socioemocionais; Competências
para o século XXI
Sumário

VII. Sugestões de Unidades


Temáticas

VIII. Sugestões de Unidades


Temáticas por dimensão

IX. Projeto de Vida. Avaliação


Processual

REFERÊNCIAS
I.
Introdução

Projeto de Vida: construindo


competências para a vida

O componente curricular Projeto de vida encontra-se


fundamentado na Lei 13.415/2017 e na Base Nacional
Comum Curricular (BNCC) a ela vinculada, além das
Diretrizes Nacionais Curriculares para o Ensino Médio
(2018).

Esse componente tem por objetivo oportunizar aos


estudantes a vivência de situações de aprendizagem e
experiência que reflitam seus interesses e lhes permitam
fortalecer a autonomia e desenvolver protagonismo e
responsabilidade sobre suas escolhas futuras. Estes
documentos destacam a importância da participação ativa
dos jovens na construção de um percurso formativo em
vista da criação de seus projetos de vida.

Corroborando com a referência acima, o Projeto de Vida


caracteriza-se como um espaço para os jovens
desenvolverem as competências socioemocionais, de modo
a compreenderem a si mesmos e o seu papel no mundo
social, de tal forma que constitua um espaço de acolhimento
das múltiplas juventudes, considerando suas singularidades
e as interseccionalidades que compõem suas identidades.
O Projeto de Vida vem como uma proposta de incentivar e
apoiar os jovens no processo de reflexão sobre “quem ele
sabe que é" e “quem ele gostaria de ser” e ajudá-lo a planejar
o caminho que precisa seguir para realizar esse encontro.

Vale destacar ainda que “projeto de vida” figura entre as 10


competências gerais da Base Nacional Comum Curricular
(BNCC):

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Este componente tem como propósito, também, apoiar os


jovens no processo de tomada de decisão no decorrer das
escolhas dos itinerários formativos (especialmente quanto
às Trilhas de Aprofundamento e Componentes Curriculares
Eletivos), a fim de poder construir projetos de vida pautados
em suas próprias escolhas.

Assim, o Projeto de vida, alicerçado no projeto político-


pedagógico da unidade escolar, busca, por meio da
intencionalidade pedagógica, desenvolver o
autoconhecimento, a autonomia, a tomada de decisão e a
atribuição de sentido à existência, de modo planejado e
consciente, com vistas ao desenvolvimento integral.
Busca-se o alcance deste objetivo a partir de um trabalho
pedagógico pautado na ampliação de repertórios e
perspectivas, na exploração de possibilidades e no melhor
aproveitamento das oportunidades que se apresentarem ao
longo da trajetória escolar e da vida dos estudantes, de
modo que possam planejar ações voltadas ao seu
desenvolvimento pessoal, cidadão e profissional, e nelas se
engajar.
II.

Fundamentação teórica e
metodológica

O mundo contemporâneo é marcado especialmente pelas


rápidas transformações decorrentes dos avanços
tecnológicos e de novas formas de se relacionar com o
mundo físico e social. Em face disso, novas formas de viver
emergem constantemente. Novos desafios para a
escolarização são impostos, sobretudo ao ensino médio, que
se caracteriza pela etapa de transição dos jovens da vida
escolar para a vida adulta.

Para responder a estes novos desafios, a Base Nacional


Curricular Comum (BNCC), documento que, por preceito,
possui a importância do atendimento às novas necessidades
de formação dos jovens e à diversidade de expectativas das
diferentes juventudes, defende uma escola comprometida
com a educação integral dos estudantes e com a construção
de seus projetos de vida.

Para tanto, busca-se pela


[...] superação da fragmentação radicalmente disciplinar
do conhecimento, pelo estímulo à sua aplicação na vida
real, pela importância do contexto para dar sentido ao
que se aprende e ao protagonismo do estudante em sua
aprendizagem e na construção de seu projeto de vida
(BRASIL, 2018, p.15).

Destaca-se, ainda, neste documento-base, ser papel da


escola “auxiliar os estudantes a aprender a se reconhecer
como sujeitos, considerando suas potencialidades e a
relevância dos modos de participação e intervenção social
na concretização de seu projeto de vida” (BRASIL, 2018, p.
473).

Ainda persistem dúvidas, contudo, sobre quais possam ser


os caminhos para apoiar os estudantes na construção de
seus projetos de vida, sobre práticas pedagógicas
intencionais que promovam o desenvolvimento de
competências favoráveis a esse processo. Por esse ângulo,
compreende-se como tarefa necessária a estas orientações a
conceituação do que se entende por projeto de vida e quais
suas implicações nos processos de ensino-aprendizagem.

O projeto de vida é um planejamento feito para conquistar


objetivos pessoais, cidadãos e profissionais, que
estabeleçam um profundo vínculo com a identidade dos
jovens e que sejam orientados por princípios éticos
(DANZA, 2019).
A importância de demarcar essa definição reside no fato de
que muitos jovens têm expectativas para o futuro
formuladas como sonhos e fantasias, mas que não se
configuram como projeto capaz de alicerçar uma busca real
pela conquista de seus objetivos. Assim, ao definir o que se
entende por projeto de vida, busca-se não somente
delimitar as expectativas de aprendizagem do componente
curricular, mas também possibilitar que os estudantes do
ensino médio criem, para si, um horizonte que oriente seus
percursos escolares, de forma que o amparem na
construção desses seus projetos.

De acordo com a perspectiva adotada, criar um projeto de


vida significa ter clareza sobre quem se é e sobre quem se
deseja tornar no futuro, remetendo fortemente ao conceito
de identidade. Por isso, reconhecer e valorizar a identidade
dos jovens em seus mais diferentes recortes, tendo em vista
suas especificidades étnico-raciais, de classe, gênero,
orientação sexual, entre outras singularidades, faz parte do
desenvolvimento de sujeitos sociais e de direitos, capazes de
gerir o próprio futuro e as aprendizagens que lhes são
necessárias, e responsáveis por o fazer. Nessa lógica,
importa frisar ser a identidade um fenômeno produzido
pelo entrelaçamento entre as diversas dimensões que
compõem o ser humano, como a pessoal, a cidadã e a
profissional, fortemente evocadas ao trabalhar com o
desenvolvimento das identidades, pelo amparo que
representam nessa construção.
A importância de demarcar essa definição reside no fato de
que muitos jovens têm expectativas para o futuro
formuladas como sonhos e fantasias, mas que não se
configuram como projeto capaz de alicerçar uma busca real
pela conquista de seus objetivos. Assim, ao definir o que se
entende por projeto de vida, busca-se não somente
delimitar as expectativas de aprendizagem do componente
curricular, mas também possibilitar que os estudantes do
ensino médio criem, para si, um horizonte que oriente seus
percursos escolares, de forma que o amparem na
construção desses seus projetos.

De acordo com a perspectiva adotada, criar um projeto de


vida significa ter clareza sobre quem se é e sobre quem se
deseja tornar no futuro, remetendo fortemente ao conceito
de identidade. Por isso, reconhecer e valorizar a identidade
dos jovens em seus mais diferentes recortes, tendo em vista
suas especificidades étnico-raciais, de classe, gênero,
orientação sexual, entre outras singularidades, faz parte do
desenvolvimento de sujeitos sociais e de direitos, capazes de
gerir o próprio futuro e as aprendizagens que lhes são
necessárias, e responsáveis por o fazer. Nessa lógica,
importa frisar ser a identidade um fenômeno produzido
pelo entrelaçamento entre as diversas dimensões que
compõem o ser humano, como a pessoal, a cidadã e a
profissional, fortemente evocadas ao trabalhar com o
desenvolvimento das identidades, pelo amparo que
representam nessa construção.
DIMENSÕES DE PROJETO DE VIDA

PESSOAL

PROFISSIONAL SOCIAL

PROJETO
DE
VIDA

CULTURAL EMOCIONAL

Fonte: Elaborada pela autora, 2022

Dimensão Pessoal

Somos seres coletivos, no entanto, únicos em nossas


individualidades e particularidades, sendo indispensável
para formação do estudante numa indissociável relação
consigo mesmo e com os outros.
Com isso, na dimensão pessoal, objetiva-se fomentar no
educando uma curiosidade para aprender e se conhecer,
assim promovendo uma construção do autoconhecimento,
um descobrimento diário do “eu”, suas qualidades,
defeitos, dificuldades, comportamentos, inclinações,
atitudes etc., somado ao desenvolvimento da inteligência
intrapessoal, uma habilidade que diz respeito à capacidade
de identificar as próprias emoções e sentimentos,
utilizando esse conhecimento de maneira positiva na hora
de lidar com as mais diversas situações do cotidiano.

O desenvolvimento dessa dimensão dialoga com as


competências gerais 8 e 10 da Base Nacional Comum
Curricular - BNCC:

Competência Geral 08

Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e


emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com
autocrítica e capacidade para lidar com elas.

Competência Geral 10

Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Dimensão Social

A escola é formada por relações sociais de diferentes


âmbitos: professores, famílias, gestão escolar, estudantes e
comunidade escolar como um todo, todos se relacionando
constantemente.

As relações interpessoais estabelecidas têm interferência


significativa no processo de aprendizagem e no
desenvolvimento acadêmico e pessoal do estudante, no
clima emocional estabelecido em sala de aula e fora dela.
Com isso, na dimensão social, objetiva-se desenvolver
habilidades sociais que irão auxiliar na construção de
relações interpessoais mais saudáveis, fornecendo ao
discente, competências para o enfrentamento de situações
adversas no cotidiano escolar. Além disso, os contextos
econômico e cultural estão muito envolvidos nesse
aspecto, sendo necessário ser ponto de observação na
dimensão social.

O desenvolvimento dessa dimensão dialoga com as


competências gerais 09 e 10 da Base Nacional Comum
Curricular - BNCC:
Competência Geral 08

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a


cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

Competência Geral 10

Agir pessoal e coletivamente com autonomia,


responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios
éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Dimensão Emocional

Sabe-se que as emoções têm papel fundamental no


desenvolvimento da criança e do adolescente, tanto na sua
sobrevivência quanto na aprendizagem e está presente em
todas as relações humanas. Assim, com a dimensão
emocional objetiva-se que o estudante identifique suas
necessidades, interesses e encontre motivação para a
aprendizagem, por meio de um ambiente no qual ele
encontre espaço para a identificação, nomeação e
expressão das diferentes emoções.
Dimensão Emocional

CULTURAL
Todas as relações estabelecidas no contexto escolar,
principalmente a relação professor-estudante, ocorre por
meio da dimensão emocional, em conexão à dimensão
social.

É impossível pensar em separar a emoção da


aprendizagem ou a emoção da cognição ou da razão, ou
conceber, exclusivamente e friamente, na individualidade
do estudante ou no sujeito aprendente, pois temos que
pensar também na individualidade do professor ou do
sujeito docente, porque estudantes e professores
interagem socialmente e aprendem uns com os outros.
Logo, quer a emoção, quer a cognição, devem ser
enquadradas num contexto social e obviamente cultural
(FONSECA, 2016, p. 371).

O desenvolvimento dessa dimensão dialoga com a


Competência Geral 08 da Base Nacional Comum
Curricular - BNCC:

Competência Geral 08

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a


cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e
de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e
potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Dimensão Cultural

CULTURAL
Tão importante como conhecer-se e relacionar-se, é
entender e vivenciar uma construção pessoal, social e
emocional a partir da identidade cultural do estudante,
respeitando e valorizando as especificidades que dão
significado e sentido ao mundo que o cerca, ou seja, a
sociedade e/ou comunidade no qual está inserido.

Com isso, na dimensão cultural, objetiva-se desenvolver a


curiosidade para aprender, o interesse artístico e o
sentimento de pertencimento em uma rede que engloba
um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores,
costumes, leis, moral, línguas, etc., conectando diferentes
grupos de alunos, suas famílias e cultura de origem, suas
comunidades e seus grupos de socialização.

O desenvolvimento dessa dimensão dialoga com a


Competências Gerais 03 e 06 da Base Nacional Comum
Curricular - BNCC:

Competência Geral 03

Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e


culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Competência Geral 06

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

Dimensão Profissional

CULTURAL
Escolhas profissionais são decisões extremamente
importantes para a vida de forma geral, pois superam
realizações meramente pessoais. Uma escolha profissional
pode ser construída desde a tenra idade de uma criança,
pois é de lá que ela inicia por meio do autoconhecimento e
das relações humanas com o outro, identificar e
desenvolver processualmente habilidades e competências,
e como isso pode direta e indiretamente cooperar e
impactar na diminuição e/ou solução dos problemas da
sociedade no qual está inserido, levando em consideração
o outro e o mundo.

Na dimensão profissional, objetiva-se fomentar no


estudante práticas e vivências pedagógicas que o leve
gradativamente a conhecer-se ampla e profundamente,
identificando e desenvolvendo habilidades, competências
e conhecimentos formais, que dialoguem com as
demandas do século XXI, conectado com o seu propósito
de vida.
Em outros termos, criar condições e possibilidades para
que possa vislumbrar um futuro profissional, organizando
seus sentimentos, sonhos e atitudes, tomando consciência
CULTURAL
e construindo seus próprios caminhos, valores e crenças
com mais autonomia.

O desenvolvimento dessa dimensão dialoga com a


Competência Geral 06 da Base Nacional Comum
Curricular - BNCC:

Competência Geral 06

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

O trabalho pedagógico com o Projeto de Vida objetiva


propiciar aos estudantes autoconhecimento, fortalecimento
de suas identidades, ações e reflexões de valorização à vida,
mediante a promoção de competências que os auxiliem no
enfrentamento de sentimentos de vazio existencial,
mediante a capacidade de autorregulação dos próprios
sentimentos e condutas.
Busca-se, ainda, propiciar a eles situações de aprendizagem
que lhes permitam o desenvolvimento de resiliência para
CULTURAL
lidar com desvios em seus percursos, alteridade para lidar
com as diferenças, bem como a compreensão das ações
necessárias aos seus avanços, às consequências dessas
ações e subsídios para que escolham seu percurso
profissional.

É fundamental que os estudantes desenvolvam habilidades


e competências que viabilizem sua inserção social e no
mundo do trabalho e os ajudem a entender as relações de
poder envolvidas nestas dinâmicas.

Para tanto, objetiva-se que desenvolvam responsabilidade


em relação às suas escolhas e compreendam seus efeitos e
consequências. Espera-se, além disso, que sejam capazes de
reconhecer suas possibilidades de atuação e transformação
pessoal, coletivas e profissionais, priorizando a
sustentabilidade em suas escolhas, valorizando a cultura e o
respeito às diversidades e aos direitos humanos.

É importante observar que a perspectiva pedagógica do


trabalho com Projeto de Vida se afasta de qualquer tipo de
abordagem psicoterapêutica, ainda que a dimensão
emocional e a psicológica estejam presentes neste trabalho.
Pelo contrário, espera-se que o trabalho destes aspectos
dentro da proposta pedagógica, desenhada pelo professor
neste componente, seja realizado nas seguintes dimensões:
No reconhecimento e na identificação dos sentimentos
relacionados a si, a suas escolhas, a suas experiências e a
suas perspectivas e anseios futuros;
CULTURAL

No desenvolvimento de habilidades e competências que


preparem o estudante para lidar melhor com os aspectos
acima mencionados, conforme abordado na seção deste
documento dedicada a estratégias metodológicas.

Assim, o trabalho no componente curricular Projeto de


Vida perpassa as competências e habilidades das Áreas do
Conhecimento e da Educação Profissional e Técnica,
apoiando-se nos objetos de conhecimento destas áreas, bem
como enumerando objetos vinculados às dimensões de
trabalho deste componente, para o pleno desenvolvimento
do estudante. Este trabalho está fortemente associado às dez
competências gerais da BNCC.

É importante, diante disso, deixar clara a correlação destas


competências com as de caráter socioemocional. Esta
relação é explicitada, por exemplo, na Competência Geral
06, que se propõe:

Competência Geral 06

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e


apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do
trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Assim, ao concluir o ensino médio, espera-se que os
estudantes sejam capazes de realizar uma leitura crítica e
contextualizada dos processos e das múltiplas dimensões da
existência humana, que sejam responsáveis e atuem como
agentes de transformação, buscando resoluções e
intervenções para o meio em que vivem, agindo de forma
protagonista, a partir do desenvolvimento das competências
e habilidades exigidas para tanto.

Entende-se que agir de forma protagonista significa


reconhecer-se como um sujeito ativo e capaz de ser um
agente transformador da realidade, capaz de propor
soluções para os problemas pessoais e coletivos que surgem
ao longo da trajetória pessoal, levando em consideração as
percepções sociais, culturais, econômicas, históricas e
políticas que o cercam, desenvolvendo resiliência, após a
conclusão do ensino médio, para a continuidade do próprio
percurso.

A promoção destas competências deve ocorrer a partir da


mediação do professor, que se deve valer do planejamento
de situações educativas orientadas e ricas em
intencionalidade, estabelecendo relações e conexões com as
habilidades que se espera desenvolver.
COMPETÊNCIAS PARA O SÉCULO XXI

Função Interpretação Cooperação Comunicação


executiva Trabalho Assertiva
Análise Razão e Argumentação em equipe Autoapresentação
Habilidade de Comunicação Competências interpessoais
escutar
Pensamento Capacidade de resolver Empatia/tomada de perspectiva
Crítico problemas Resolução de conflitos

COGNIÇÃO INTERPESSOAL
Confiança Liderança
Poder de tomar Alfabetização em Orientação para o serviço
decisão TICs COMPETÊNCIAS Negociação
Aprendizado Influência
PARA O SÉCULO Valorização para a
Adaptativo Criatividade Social
XXI diversidade
Responsabilidade
Inovação
Automonitoramento
Adaptação

Integridade
Profissionalismo e ética Orientação para a carreira
Autodidatismo INTRAPESSOAL Determinação
Cidadania
Interesse intelectual e curiosidade
Autocuidado
Valorização da Arte e da Saúde física e psicológica
Cultura Aprendizado contínua
Perseverança Consciência Iniciativa
Flexibilidade Metacognição
Produtividade
Fonte: Elaborada pela autora, 2022

Assim como quaisquer processos de ensino-aprendizagem,


o trabalho pedagógico no componente Projeto de Vida
deverá ser mediado pelas relações e contextos da
comunidade escolar, valorizando a interdependência entre
o jovem e os espaços de vivência, bem como valorizar o
vínculo e o envolvimento da família com a escola.
III.

Orientações
Metodológicas
O trabalho pedagógico no componente Projeto de Vida pode
se constituir como locus privilegiado para a escuta, a
reflexão, o diálogo e as percepções dos estudantes por parte
de seus pares e dos professores, promovendo interação,
aproximação e construção dialógica do conhecimento.

Sugere-se, para isso, a reconfiguração dos espaços


escolares, fazendo uso de uma dinâmica de organização que
favoreça trocas e interações, promovendo uma atmosfera
de escuta, respeito e reciprocidade. Espaços alternativos,
previamente organizados para além da sala de aula, podem,
a depender da proposta pedagógica, criar um clima
acolhedor e convidativo para a participação, o
desenvolvimento de atividades previamente planejadas e
com intencionalidade pedagógica.

Ao trabalhar com as metodologias ativas, o professor atua


no sentido de conferir aos estudantes a centralidade no
processo de aprendizagem. Essas metodologias não se
localizam, de forma estanque, em uma teoria específica,
mas remetem, em linhas gerais, ao pressuposto do
“aprender fazendo” e ao de “aprender a aprender”,
ancoradas em processos educativos, em práticas voltadas a
produzir sentidos e significados.
Sugestões de práticas e ferramentas pedagógicas para as
aulas de Projeto de vida.

Aprendizagem baseada em Identificação de problemas que envolvam a comunidade e


problemas e por projetos a proposição de soluções para o seu enfrentamento.

Aprendizagem por Apresentação de perguntas que motivem o processo de


investigação pesquisa e investigação por parte dos estudantes.

Proposição de temas a serem debatidos, que estimulem a


Dilemas
capacidade de argumentação dos estudantes.

Situações fictícias ou reais que envolvam a tomada de


Debates
decisão entre duas ou mais possibilidades.

Casos reais que apresentem dados a serem criticamente


Estudos de caso
analisados pelos estudantes.

Exercícios de atenção Exercícios de reflexão que promovam a concentração e a


plena (mindfulness) percepção sobre os próprios estados emocionais e corporais.

Exercícios de Perguntas voltadas ao esclarecimento de crenças,


clarificação de valores pensamentos e sentimentos que configuram o modo de
pensar dos estudantes.

Jogo de modelos (role- Atividades que consistem em reconhecer e valorizar pessoas


model) ou coletivos que possam constituir exemplos de conduta.

Atividades em que os estudantes devem representar papeis a


Jogo de papeis (role- fim de compreender diferentes perspectivas sobre um
playing) mesmo tema.

Organização de ideias sobre um determinado assunto em um


Mapa mental modelo gráfico que indique causas e consequências entre os
fatores analisados.

Exercícios autobiográficos que favoreçam a reflexão sobre o


Narrativa de vida significado das memórias e experiências passadas que podem
contribuir para projetar o futuro.
Leitura e discussão de materiais informativos em pequenos
Painel integrado grupos, seguida da apresentação da sistematização das
ideias do grupo para a turma ou para outro grupo.

Exercícios que combinam a observação das próprias


Práticas de autorregulação condutas, sua avaliação e proposição de novas formas de
agir, com vista a melhores resultados.

Apresentação de conflitos sobre temas variados e análise


Resolução de conflitos dos pensamentos, sentimentos e condutas de cada um dos
envolvidos, a fim de encontrar possíveis soluções para os
problemas enfrentados.

Roda composta por toda a turma ou por pequenos grupos, a


fim de conversar sobre temas escolhidos pelos próprios
Rodas de conversa
estudantes, utilizando o diálogo e a empatia como
estratégias de comunicação.

Montagem de estações de aprendizado com variados


Rotação por estações recursos (vídeos, reportagens, textos, dinâmicas, etc.) pelas
quais os estudantes circulam ao longo da aula.

Tempestade de ideias Levantamento das ideias dos estudantes sobre temas a


(brainstorming) serem discutidos e aprofundados em aula.

Fonte: Puig (1998), Moreno; Sastre (2002); Bender (2014) e


Bacich; Moran (2017).
IV.

Perfil do
Professor
A escola tem muito a contribuir com o projeto de vida dos
estudantes na medida em que é um espaço privilegiado para
reflexões intencionais e sistematizadas, mediadas por
profissionais especialistas em processos de ensino e de
aprendizagem. O trabalho com essa temática pode acolher
os anseios da juventude por uma escola que lhes faça
sentido. Além disso, pode também contribuir para que os
jovens enfrentem os desafios das sociedades
contemporâneas a partir de um orientador consistente.

O trabalho pedagógico a ser desenvolvido com o


componente Projeto de Vida pode ser realizado por todos os
professores, habilitados em qualquer uma das áreas de
conhecimento. Salienta-se, contudo, a importância de esses
docentes apresentarem um perfil resiliente, flexível,
empático, aberto ao diálogo, ou seja, capazes de estabelecer
relações dialógicas e de confiança junto aos estudantes.
Destaca-se que os professores responsáveis por este
componente devem ter abertura para discutir e
compreender as especificidades da adolescência e das
culturas juvenis, devendo estar articulados com a escola e a
comunidade.
A atuação do docente de Projeto de Vida pode orientar-se
com base nos princípios da Pedagogia da Presença (COSTA,
2008), cujo modelo do processo educativo é a relação de
abertura, compromisso e reciprocidade entre professor e
alunos, por meio de estabelecimento de vínculos, da
orientação e do acolhimento. O trabalho com valores e com
questões socialmente polêmicas desperta identificação e
empatia. A escuta ativa contribui para o desenvolvimento de
uma relação de movimentação e confiança que favoreçam o
crescimento pessoal e social dos jovens.

Estudos confirmam a importância da Pedagogia da Presença


como fator motivacional e de influência na aprendizagem e,
inclusive, na redução de índices de evasão (COSTA, 2008:
SANTOS, 2016). Ao se sentirem ouvidos, acolhidos,
respeitados e valorizados, os estudantes atribuem novo
sentido ao papel da escola, sobretudo quando motivados
com aprendizagens significativas e práticas, com aplicação
real e imediata às suas realidades, e com presenças que são
referências em suas vidas escolares e pessoais. Quando se
sentem pertencentes à instituição escolar e identificados
com o docente, a aprendizagem é mais eficaz.

Vale lembrar, aqui, que a postura do educador deve estar


pautada na ética e no compromisso com seu papel,
considerando um contínuo processo de ação- reflexão-ação
e construção de conhecimentos, de modo a promover o
desenvolvimento de uma consciência crítica no nível
individual e no coletivo. Para reforçar esta ideia, retoma-se
a BNCC:
O entrelaçamento entre questões sociais, culturais e
individuais permite aprofundar, no Ensino Médio, a
discussão sobre a ética. Para tanto, os estudantes devem
dialogar sobre noções básicas, como o respeito, a
convivência e o bem comum em situações concretas. A
ética pressupõe a compreensão da importância dos
direitos humanos e de se aderir a eles de forma ativa no
cotidiano, a identificação do bem comum e o estímulo ao
respeito e ao acolhimento às diferenças entre pessoas e
povos, tendo em vista a promoção do convívio social e o
respeito universal às pessoas, ao bem público e à
coletividade (BRASIL, 2018, p. 569).
V.

Organizador curricular da
Unidade Curricular Projeto
de Vida

Alinhado às diretrizes da BNCC, a unidade Curricular


Projeto de Vida tem por foco o desenvolvimento de
habilidades e a promoção de competências, a se alcançar a
partir da elaboração conceitual, mobilizada pelos objetos de
conhecimento. Neste contexto, o organizador curricular a
ser apresentado nas próximas páginas está alicerçado nas
dez competências gerais da BNCC. Esta organização é
propositiva, podendo ser usada de forma flexível, com o
objetivo de promover percursos de aprendizagem que
contribuam para a construção dos projetos de vida dos
estudantes.

A construção deste organizador está pautada no preceito da


aprendizagem progressiva e espiralada, propondo-se a
elaboração conceitual a partir da complexificação dos
objetos do conhecimento para o desenvolvimento de
habilidades e competências. É válido destacar que este
organizador pode ser usado de diversas formas, orientando
a criação de sequências didáticas, de acordo com as
habilidades ou objetivos sobre os quais se deseja trabalhar.
Matriz curricular para o componente Projeto de Vida

Competência Geral 01: Conhecimento


Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social,
cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Esta competência se articula ao projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
conhecerem seus contextos e as oportunidades neles inscritas, de modo a fazer escolhas orientadas
pelo conhecimento que têm do mundo físico, social, cultural e digital.

Habilidades
Identificar e valorizar os conhecimentos, as habilidades e as competências desenvolvidos no
percurso formativo.
Compreender a influência do contexto socioeconômico, cultural, histórico e político e aplicá-la ao
próprio contexto pessoal.
Identificar os aspectos que conferem sentido à vida humana e à própria existência, em particular.
Compreender a estrutura dos projetos de vida, diferenciando-os de sonhos e fantasias.
Reconhecer, identificar e valorizar a história e a cultura local na construção de seu projeto de
vida.
Problematizar o enfrentamento dos desafios dos jovens e sensibilizar para o fazer.
Promover ações de valorização do aprendizado e da vivência escolar.

Objetos de conhecimento
Trajetória escolar: vivências escolares, aprendizados e atores envolvidos (professores, colegas,
familiares e demais membros da comunidade) que constituem a formação integral.
Influência dos diversos contextos - socioeconômico, cultural, histórico e político - na construção
do projeto de vida.
Sentidos da vida: aspectos que conferem sentido à vida e promovem realização pessoal,
felicidade, superação e enfrentamento de condições adversas.
Diferença entre projetos de vida (aspirações articuladas a planejamento e engajamento), sonhos
(aspirações desarticuladas de planejamento e engajamento) e fantasias (desejos desconectados
da realidade).
História e cultura local e suas influências na construção dos projetos de vida dos estudantes
catarinenses
Competência Geral 02: Pensamento científico, crítico e criativo
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a
investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas)
com base nos conhecimentos das diferentes áreas.
Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
construir trajetórias motivadas pelo senso crítico, pela reflexão, pela investigação das circunstâncias
que os afetam e pela proposição criativa de trajetórias que visem à conquista de suas aspirações.

Habilidades
Investigar e analisar dados e informações, formular hipóteses e relacionar variáveis na
identificação de problemas sociais e ambientais que possam motivar a construção de seus
projetos de vida.
Usar a criatividade para criar soluções inovadoras para demandas sociais e ambientais no
entorno escolar e, quando possível, aplicá-las.
Usar a criatividade para elaborar um planejamento viável, desejado e efetivo para a realização do
seu projeto de vida.
Investigar diversas possibilidades de escolha profissional para contribuir com a tomada de
decisão responsável.
Analisar as funções sociais das profissões, e suas relações com as demandas da sociedade
contemporânea e do mercado de trabalho.
Promover intervenções na escola, ou em seu entorno, que evidenciem o protagonismo juvenil,
por meio do desenvolvimento de projetos de interesse dos estudantes, que contribuam com seus
projetos de vida.

Objetos de conhecimento
Diversidade e desafios das juventudes.
Problemas sociais e ambientais locais e globais.
Justiça social.
Democracia.
Sustentabilidade ambiental.
Inovação como prática de desenvolvimento humano na dimensão pessoal, cidadã e profissional.
Carreiras profissionais: função social, formação, remuneração reconhecimento social,
competências técnicas e comportamentais.
Mercado de trabalho e demandas em diferentes escalas (local, regional, nacional e
internacional).
Critérios para um planejamento eficaz: viabilidade, desejabilidade e efetividade.
Competência Geral 03: Repertório cultural
Valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e delas fruir e
também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
reconhecerem a influência da cultura na qual estão inseridos em seus projetos de vida, apoiando-se
nela para se inspirarem a construir formas satisfatórias de viver a vida.

Habilidades
Reconhecer, respeitar e valorizar manifestações culturais, pessoas e ideias de diferentes
regionalidades e territorialidades.
Sistematizar o projeto de vida utilizando diferentes recursos artísticos.
Promover ações que reconheçam a diversidade cultural tocantinense, bem como suas
manifestações artísticas.
Conhecer e aplicar os princípios da comunicação não violenta nas relações interpessoais.
Conhecer a aplicar os princípios da cultura de paz para dialogar com pessoas que pensam de
forma diferente em seus locais de vivência.

Objetos de conhecimento
Manifestações culturais e artísticas de diversas de escalas (local, regional, nacional e
internacional) que podem influenciar a construção dos projetos de vida.

Competência Geral 04: Comunicação


Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das diversas linguagens (artística, matemática e
científica), para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo

Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
aprenderem a comunicar suas ideias, seus pensamentos e sentimentos de forma respeitosa e
empática, o que fortalece a autoconfiança em suas decisões e angaria o apoio de outras pessoas para
a concretização de seus objetivos.

Habilidades
Utilizar estratégias de resolução de conflitos em diversos contextos.
Conhecer e aplicar estratégias da escuta empática.
Expressar os próprios pensamentos e sentimentos com clareza e segurança.
Propor ações que desenvolvam o aperfeiçoamento da comunicação.

Objetos de conhecimento
Princípios da comunicação não violenta Cultura de paz
Resolução de conflitos Escuta empática
Competência Geral 05: Cultura digital
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica,
significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de se
inserirem eticamente na sociedade contemporânea, cujas relações e processos estão cada vez mais
marcados pelas tecnologias digitais, as quais, inclusive, configuram um importante mercado de
trabalho no qual se podem inserir.

Habilidades
Aplicar princípios éticos em suas interações nos ambientes digitais.
Praticar o autocontrole para lidar com o excesso de tempo dedicado às redes sociais.
Utilizar a ferramenta do podcast para aprender sobre temas de interesse pessoal e divulgar
ideias.
Usar as redes sociais como plataforma para a defesa de causas sociais.
Compreender os riscos envolvidos na exposição e compartilhamento de dados e informações nos
meios digitais.
Compreender os fatores envolvidos no cyberbullyinge para combatê-los ativamente.
Refletir sobre o comportamento humano nas redes sociais.
Utilizar redes sociais para explorar o mundo do trabalho e o universo das profissões.
Promover ações de uso consciente das redes em ambiente escolar.
Conhecer a legislação do ambiente virtual, problematizar e conscientizar para problemas como
as fakenews, deep web, entre outros.

Objetos de conhecimento
Responsabilidade nas redes sociais.
Engajamento social e divulgação de ideias nas redes digitais.
Uso de ferramentas de busca e pesquisa para o aprendizado de temas de interesse.
Divulgação de dados e informações: riscos.
Cyberbullying.
Criação e compartilhamento de fakenews: riscos.
Comportamentos nas redes sociais digitais: cancelamento, stalker.
Redes sociais profissionais: Linkedlne Researchgate.
Competência Geral 06: Trabalho e projeto de vida
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e
experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer
escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e a seu projeto de vida, com liberdade, autonomia,
consciência crítica e responsabilidade.

Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
compreenderem a si mesmos, com o espaço que eles ocupam no mundo social, bem como com o
conjunto de saberes e experiências que podem contribuir para que criem projetos de vida com
liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade.

Habilidades
Reconhecer as relações entre os itinerários formativos e o mundo do trabalho.
Compreender que a formação escolar contribui para o desenvolvimento pessoal e permite a
conquista de objetivos profissionais.
Conhecer e desenvolver procedimentos de planejamento, execução e acompanhamento de ações
para o cumprimento de objetivos e metas de curto, médio e longo prazo, no âmbito pessoal e
coletivo.
Reconhecer os fatores pessoais e sociais que interferem na tomada de decisões e fazer escolhas
que impactam a vida pessoal e/ou coletiva de forma autônoma, criteriosa e ética.
Identificar caminhos e estratégias para superar as dificuldades e alicerçar a busca da realização
de seus objetivos, com determinação e resiliência.
Identificar as características, as possibilidades e os desafios do trabalho no século XXI.
Relacionar interesses, habilidades, conhecimentos e oportunidades que correspondem às
aspirações futuras com a inserção no mercado de trabalho.
Reconhecer e valorizar o papel da família no desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e social e a
importância de seu apoio na construção do projeto de vida.
Compreender que redes de apoio auxiliam na superação de dificuldades para a realização de seus
projetos e articular contatos com estas possíveis redes.

Objetos de conhecimento
Relações entre os itinerários formativos e o mundo do trabalho.
Importância da formação para a construção de uma carreira profissional.
Diferenças entre objetivos, metas e estratégias.
Planejamento e autogestão.
Escolhas individuais e coletivas.
Critérios para a escolha profissional.
Trabalho no mundo contemporâneo.
Equilíbrio entre vida profissional e vida pessoal.
Objetivos de crescimento pessoal.
Potencial econômico e social da comunidade e da região.
Função social da família e apoio ao projeto de vida.
Redes de apoio para a construção do projeto de vida.
Modalidades de ensino e ofertas de formação em nível técnico e superior.
Competência Geral 07: Argumentação
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com
posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
argumentarem sobre seus pontos de vista em relação às decisões que fundamentam seus projetos de
vida ao entrar em contato com ideias diferentes das suas, de modo a podê-las defender e a aprender
com a perspectiva alheia, de modo ético e responsável.

Habilidades
Argumentar, com base em fatos e dados, para negociar e defender ideias e pontos de vista em
situação de debate público e privado.
Exercitar e praticar a tomada de perspectiva e a empatia para reconhecer e compreender as
ideias, pensamentos, sentimentos e comportamentos alheios.
Utilizar linguagem verbal e corporal respeitosa ao argumentar sobre seus pontos de vista.
Argumentar sobre as próprias escolhas, explicando quais critérios foram utilizados para fazê-las.

Objetos de conhecimento
Características e diferenças entre argumentação e persuasão.
Veracidade de dados e informações.
Tomada de perspectiva e empatia.
Defesa das próprias escolhas.

Competência Geral 08: Autoconhecimento e autocuidado


Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade
humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com
elas.
Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
conhecerem a si mesmos para poderem tomar decisões responsáveis sobre quem desejam ser no
futuro.

Habilidades
Identificar atributos da própria personalidade.
Reconhecer valores, pensamentos, sentimentos e hábitos e regular as próprias condutas.
Compreender que a autoestima é influenciada por fatores subjetivos e socioculturais e ser capaz
de elaborar uma representação positiva de si mesmo.
Reconhecer e avaliar as características que constituem a própria identidade, relacionando-as
com o seu projeto de vida.
Compreender que a identidade é uma construção que cada indivíduo realiza ao longo de sua vida
na interação com o meio, sob a influência de elementos políticos e socioculturais, entre outros.
Elaborar a narrativa autobiográfica, atribuindo significados às experiências de vida a partir de
uma análise consciente de seu papel na construção da identidade e do projeto de vida.
Promover ações de cuidado com a saúde física e emocional no ambiente escolar.
Objetos de conhecimento
Conceito de personalidade.
Conceito e importância da autoestima.
Identidade pessoal e identidade social.
Emoções e sentimentos agradáveis e desagradáveis.
Autorregulação.
Valores pessoais e desejáveis de universalização.
Narrativa de vida.
Práticas de autocuidado.

Competência Geral 09: Empatia e cooperação


Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro e aos Direitos Humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.
Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
compreenderem que, mesmo que o projeto de vida seja uma construção individual, ele se realiza na
esfera social, na relação com outras pessoas e depende do apoio e da cooperação de múltiplos
agentes. Além disso, a capacidade de empatizar e cooperar com outras pessoas pode levar à criação
de projetos de vida coletivos, voltados ao compromisso com o social.

Habilidades
Reconhecer a importância do convívio com o outro.
Promover ações de enfrentamento de preconceito, discriminação, intolerância e as diferentes
formas de violências.
Praticar a tomada de perspectiva e a empatia para reconhecer e compreender ideias,
pensamentos, sentimentos e comportamentos alheios.
Agir com empatia, sendo capaz de assumir a perspectiva dos outros, compreendendo as
necessidades e sentimentos alheios, construindo relacionamentos baseados no
compartilhamento e na abertura para o convívio.
Promover ações que valorizem o direito à diferença e reconhecer as identidades, valorizando o
multiculturalismo e a inclusão.
Compreender o protagonismo e a identidade dos diversos sujeitos históricos (crianças,
juventudes, idosos, mulheres, população LGBTQIA+, negros, quilombolas, indígenas, pessoas
com deficiência, povos originários, entre outros).

Objetos de conhecimento
Diversidade de modos de viver a vida.
Preconceitos e intolerâncias.
Relações competitivas e cooperativas.
Protagonismo juvenil.
Conceito de alteridade.
Lutas e pautas identitárias (crianças, juventudes, idosos, mulheres, população LGBTQIA+,
negros, quilombolas, indigenas, pessoas com deficiência, povos originários, entre outros).
Competência Geral 10: Responsabilidade e cidadania
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e
determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos,
sustentáveis e solidários.
Esta competência se articula com o projeto de vida mediante a necessidade dos estudantes de
compreenderem que seus projetos de vida devem ser orientados por princípios éticos que não firam
a dignidade pessoal, nem a de outras pessoas, além de poderem transformar a realidade pessoal,
local e global por meio de projetos de vida comprometidos com a melhoria da qualidade de vida e do
meio ambiente.

Habilidades
Reconhecer as responsabilidades pessoais com as demandas do mundo comum e atribuir sentido
ético e sociopolítico ao projeto de vida, comprometendo-se com ações individuais e coletivas
voltadas ao bem comum.
Avaliar as implicações éticas das profissões, e sobre elas refletir, compreendendo que é possível
contribuir com a sociedade por meio do exercício profissional.
Analisar histórias de vida de agentes responsáveis por transformações sociais, considerando suas
particularidades, identidades, diversidades e contextos.
Propor ações de respeito, solidariedade, inclusão e equidade dos múltiplos sujeitos históricos,
nos lugares de vivência.

Objetos de conhecimento
Cidadania participativa.
Trabalho voluntário e atuação das organizações não governamentais (ONG´s).
Causas e movimentos sociais.
Código de ética das profissões.
Histórias de pessoas que foram/são agentes de transformação social.

Fonte: Adaptado do Currículo Base do Ensino


Médio do Território Catarinense, 2020.
VI.

Projeto de Vida
Competências Socioemocionais
Competências para o século XXI

Promover uma educação que possibilite a formação e o


desenvolvimento integral dos estudantes, preparando-os
para enfrentar os novos desafios impostos pela sociedade
contemporânea, é imperativo para educadores ao redor do
mundo. No Brasil, esse compromisso se manifestou mais
recentemente nas mudanças apresentadas pela Base
Nacional Comum Curricular (BNCC).

De acordo com o que consta na BNCC, a todos (as) os(as)


estudantes do país deve ser assegurado o desenvolvimento
de competências que englobam não apenas os aspectos
cognitivos já tradicionalmente contemplados na escola, mas
também a dimensão socioemocional, de modo a dar
condições para que os indivíduos possam compreender suas
emoções e sentimentos, atuar com discernimento e
responsabilidade na sociedade, respeitar e reconhecer o
valor das diferenças, trabalhar de forma colaborativa, etc.
O que é aprendizagem socioemocional?

Trata-se do “processo a partir do qual um indivíduo, jovem


ou adulto, adquire e efetivamente aplica os conhecimentos,
habilidades e atitudes para desenvolver identidades
saudáveis, entender e gerenciar emoções, definir e alcançar
metas individuais e coletivas, sentir e demonstrar
empatia por outras pessoas, estabelecer e manter
relacionamentos positivos e tomar decisões cuidadosas e
responsáveis”.

Essa definição é a base para o quadro teórico que sustenta a


Matriz Curricular Socioemocional de Ensino Médio em
Tempo Integral, a qual se divide em três grandes
dimensões, como mostra o esquema:

Autoconhecimento e
Autorregulação
ão

Re
de vel

Per
s

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Socioemocional
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Fonte: Elaborada pela autora, 2022


A Aprendizagem Socioemocional envolve:

desenvolver identidades saudáveis;


entender e gerenciar emoções;
estabelecer e alcançar metas individuais e coletivas;
sentir e demonstrar empatia por outras pessoas;
estabelecer e manter relacionamentos positivos;
tomar decisões cuidadosas e responsáveis.

O que as intervenções voltadas ao desenvolvimento das


habilidades socioemocionais dos estudantes precisam ter
para serem bem sucedidas?

Alguns atributos podem assegurar a qualidade da promoção


da aprendizagem socioemocional, servindo como referência
para pessoas que serão responsáveis por sua
implementação. A partir da literatura científica e em
estudos realizados, destaca-se a importância da utilização
das metodologias ativas e de vivências concretas como
forma de garantir o protagonismo e o engajamento dos
estudantes. Nesse sentido, o desenvolvimento
socioemocional gera melhores resultados quando
trabalhado pelo professor de forma intencional,
sequencial/estruturada, ativa e explícita, de maneira
articulada e integrada ao currículo, constatando ainda a
importância de trabalhar no máximo com duas
competências por vez, de modo que haja tempo adequado
para sua vivência, reflexão e incorporação.
Tendo isso em vista, é apresentada a seguir a definição de
cada um dos componentes necessários a serem garantidos
para o desenvolvimento de um trabalho mais significativo.
Com o objetivo de facilitar sua memorização, eles podem
ser apresentados na forma do acrônimo “SAFE” (que
significa “seguro/a”, em inglês) e indicam que as
intervenções socioemocionais devem ser Sequenciais,
Ativas, Focadas e Explícitas.

S EQUENCIAL: as competências devem ser trabalhadas uma por vez,


de modo estruturado, conectadas e coordenadas;

A
as atividades propostas devem fomentar a
participação ativa do estudante, por meio de práticas e
TIVO: vivências, proporcionando que eles participem da
resolução de problemas, abordando também tarefas
mais complexas, como analisar, sintetizar e avaliar;

F OCADO:
os estudantes precisam ter clareza de qual é a
principal competência a ser desenvolvida na atividade
e ter tempo necessário para vivenciá-la e observar a si
mesmo;

E XPLÍCITO:
as metas de desenvolvimento pessoal devem ser
compartilhadas entre professores e estudantes,
deixando claro em que momento as competências
estão sendo mobilizadas durante a aula, com intuito de
trabalhar e estimular a autopercepção e
autorregulação das aprendizagens por parte dos
estudantes, com acompanhamento e devolutivas
durante o processo.

Práticas para o desenvolvimento socioemocional dos


estudantes devem acontecer de modo articulado e integrado
ao currículo, numa visão sistêmica das ações escolares e do
desenvolvimento humano.
Assim, não se trata de realizar uma “aula de
socioemocional”, mas, sim, de articular a aprendizagem dos
conteúdos escolares com o desenvolvimento sequencial,
ativo, focado e explícito das competências socioemocionais.
Nesse sentido, a avaliação é uma prática que, quando
concebida num processo formativo e associada a outras
metodologias ativas, se torna um importante fator para a
autoconsciência e a autorregulação.

Organização das Competências


Socioemocionais:
Engajamento com 05 Domínios
os outros
As 17 competências elencadas
Iniciativa Social foram selecionadas por possuirem
Assertividade evidências de correlação para
Entusiasmo aprendizagem, bem-estar,
continuidade dos estudos,
empregabilidade, entre outros.

IAS, 2021

Amabilidade Resilência
05 Emocional
Empatia
Respeito Domínios Tolerância ao estresse
Confiança Autoconfiança
Tolerância à frustração

Abertura Autogestão
ao Novo Foco
Responsabilidade
Curiosidade para aprender
Organização
Imaginação Criativa
Determinação
Interesse Artístico
Persistência

Fonte: IAS, 2021


3. Repertório Cultural 5. Cultura Digital

O que: Valorizar as diversas O que: Compreender, utilizar e criar


manifestações artísticas e tecnologias digitais de forma crítica,
culturais. significativa e ética.
4. Comunicação
Para: Fruir e participar de Para: Comunicar-se, acessar e
práticas diversificadas da O que: Utilizar diferentes produzir informações e
produção artístico-cultural. linguagens. conhecimentos, resolver problemas
Para: Expressar-se e partilhar e exercer protagonismo e autoria.
informações, experiências,
ideias, sentimentos e produzir 6. Trabalho e Projeto de
sentidos que levem ao Vida
2. Pensamento científico, entendimento mútuo.
crítico e criativo O que: Valorizar e apropriar-se
de conhecimentos e
O que: Exercitar a curiosidade experiências.
intelectual e utilizar as ciências
Para: Entender o mundo do
com criticidade e criatividade.
trabalho e fazer escolhas
Para: Investigar causas, alinhadas à cidadania e ao seu
elaborar e testar hipóteses, projeto de vida com liberdade,
formular e resolver problemas autonomia, criticidade e

cias Competên
responsabilidade.
e criar soluções.
e tên cias
p is
Com ociona Híbridas
cio em Competências 7. Argumentação
s1.oConhecimento Gerais da O que: Argumentar com base
O que: Valorizar e utilizar os BNCC em fatos, dados e informações
conhecimentos sobre o mundo confiáveis.
físico, social, cultural e digital.
Para: Formular, negociar e
Para: Entender e explicar a defender ideias, pontos de vista
realidade, continuar e decisões comuns, com base
aprendendo e colaborar com a em direitos humanos,
sociedade. consciência socioambiental,
consumo responsável e ética.

10. Responsabilidade e e 8. Autoconhecimento e


cidadania autocuidado

O que: Agir pessoalmente e 9. Empatia e cooperação O que: Conhecer-se,


coletivamente com autonomia, compreender-se na diversidade
O que: Exercitar a empatia, o
responsabilidade, flexibilidade, humana e apreciar-se.
diálogo, a resolução de conflitos
resiliência e determinação.
e a cooperação. Para: Cuidar de sua saúde
Para: Tomar decisões com base
n c i as Fazer-se respeitar e física e emocional,
tê promover o respeito ao outro e
Para:
em princípios
pe
éticos, reconhecendo suas emoções e

Com itiaos asdireitos humanos, com


democráticos, inclusivos, as dos outros, com autocrítica e
sustentáveis e solidários. v
n acolhimento e valorização da capacidade para lidar com elas.

Co g diversidade, sem preconceitos


de qualquer natureza.

Fonte: IAS, 2018


VII.

Sugestões de
Unidades Temáticas

Apresentamos uma sugestão de unidades temáticas por


dimensão do Projeto de Vida, que permite ao estudante
organizar a jornada de desenvolvimento das competências e
habilidades apresentadas na matriz. Cada unidade escolar
pode fazer adaptações às suas realidades, de modo a não
tornar esta sugestão estática ou prescritiva.
As aulas para a 1ª série estão agrupadas de acordo com 4
grandes temas:

Identidade: aborda temas que estimulam a criação do ambiente


reflexivo fundamental para o desenvolvimento do
autoconhecimento que deverá levar o estudante ao reconhecimento
de si próprio, das suas forças e das limitações a serem superadas; da
autoconfiança e da autodeterminação como base da autodisciplina e
da autorregulação.

Valores: explora temas e conteúdos que contribuem para o


desenvolvimento da capacidade do estudante para analisar, julgar e
tomar decisões baseadas em valores considerados universais que o
ajudarão a ampliar a sua capacidade de conviver através da
construção e da preservação de relacionamentos mais harmônicos e
duradouros pautados na convivência, no respeito e no diálogo.

Responsabilidade Social: refere-se à responsabilidade pessoal e às


atitudes do estudante frente às diversas situações, dimensões e
circunstâncias concretas da sua vida.

Competências para o Século XXI: concentra-se nas competências e


habilidades necessárias à formação humana, no desenvolvimento
dos potenciais para viver, conviver, conhecer e produzir na
sociedade contemporânea.
As aulas para a 2ª série estão agrupadas de acordo com 4
grandes temas:

Sonhar com o futuro: é a representação daquilo que se é frente


àquilo que potencialmente se será num futuro. As aulas iniciadas
neste ano permitem a elaboração de uma espécie de primeiro
projeto para uma vida toda, certamente a mais sofisticada e
elaborada narrativa de si, iniciada na escola.

Planejar o futuro: estimula e orienta o estudante a compreender


que o sucesso das realizações pessoais depende de algumas etapas
iniciais. A idealização de um sonho e os mecanismos necessários
para a sua materialização são algumas dessas etapas, ou seja, é
importante desenvolver o planejamento das realizações pessoais.
Para isso é preciso que o educador continue a apoiá-lo no processo
de reflexão sobre “quem ele sabe que é, e quem gostaria de vir a
ser”, além de ajudá-lo a planejar o caminho que precisa construir e
seguir para realizar esse encontro.

Definir as ações: Ensina a estruturar um plano de ações a partir dos


objetivos que se deseja alcançar. Assim como, ensina o estudante a
administrar de forma adequada os recursos e meios disponíveis em
seu ambiente interno e externo, a fim de criar e potencializar
ganhos no curso das ações desenvolvidas.

Rever o Projeto de Vida: Permite que o estudante aprenda a


estabelecer uma periodicidade para o acompanhamento do seu
Projeto de Vida através da revisão do seu Plano de Ação (PA),
considerando que essa tarefa é um compromisso permanente
consigo e com os outros que o cercam. É por meio de uma
autoanálise que o estudante descobrirá os pontos que exigirão um
esforço pessoal adicional para o cumprimento das metas
estabelecidas. Bem como, a necessidade de reelaboração do seu
projeto.
Na 3ª série, os jovens vivem um momento de consolidação
de algumas decisões construídas e amadurecidas ao longo
de uma importantíssima tarefa: a elaboração do seu Projeto
de Vida.

Mundo de possibilidades: É o momento de conhecer as formas e


possibilidades de ingressar ao nível superior, sobre
empreendedorismo, sobre a formação técnica. Os estudantes
deverão ter referências, informações e orientações fundamentais
para conclusão do processo de apoio ao Projeto de Vida, traçado ao
longo de todo o Ensino Médio. São muitas reflexões sobre qual o
caminho a tomar para a sua formação profissional e suas decisões
se tornam ainda mais complexas. Portanto, precisam ser apoiados,
tenha dedicado tempo e atenção ao planejamento do seu Projeto.

As coordenadas do GPS para a Universidade: O ingresso na


universidade, os principais cursos universitários existentes no país,
seus sistemas de avaliação e dicas para o estudante se dar bem nas
provas. Muitos caminhos levam até o mercado de trabalho: a
formação técnica e tecnóloga. Informações sobre os cursos do
ensino técnico e os cursos superiores tecnológicos como uma das
possibilidades de acesso mais rápido ao mercado de trabalho.

Os itinerários para uma carreira militar para além das


"continências": A carreira militar nas Forças Armadas, seja na
Aeronáutica, no Exército ou na Marinha, oferece oportunidades de
inserção no mundo do trabalho e de ascensão profissional
qualificada entre os postos de combate (armas), chefia
(intendência) e especialização técnica (quadros).

Empreendedorismo ou a arte de criar impactos: A educação


empreendedora e o perfil do empreendedor, principais tipos de
empresas e seus setores, conceitos gerais de administração.
O Mapa-Múndi do trabalho: o que ele revela?; As exigências do
mercado de trabalho, o primeiro currículo, atitudes para não se
conseguir um emprego; empregabilidade e trabalhabilidade:
palavras-chave da esfera produtiva do século.

As aulas que compõem essas temáticas deverão ser


desenvolvidas a partir de metodologias ativas, de forma que
o estudante passe a estar na centralidade do processo de
aprendizagem, tenha assegurado a sua participação,
ampliando a sua atuação cidadã e contribuindo para
alcançar os resultados pactuados coletivamente na
comunidade escolar, tais como: a melhoria dos dos
indicadores educacionais, dos índices de frequência, da
gestão compartilhada, além das habilidades pessoais e
profissionais associadas à liderança, diálogo, convivência e
corresponsabilidade com ambiente escolar.

Espera-se que, partindo desse percurso formativo, ao


concluir o ensino médio, os estudantes sejam capazes de
realizar uma leitura crítica e contextualizada dos processos
e das múltiplas dimensões da existência humana, que sejam
responsáveis e atuem como agentes de transformação,
buscando resoluções e intervenções para o meio em que
vivem, agindo de forma protagonista, a partir do
desenvolvimento das competências e habilidades exigidas
para tanto.
VIII.

Sugestões de
Unidades Temáticas por
dimensão

Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

Identidade
1ª série
Construindo minha identidade
De onde eu vim?
Autoconhecimento Minhas origens e de meus
familiares
Identidade
Identidade
Valores
Quem sou eu?

Competências para
Espelho, espelho meu: como eu me
século XXI
vejo?
Pessoal
Responsabilidade Pertencimento
Quem e como eu
social
sou? Respeito

Características de
Personalidade

Como eu me vejo: Autoretrato


Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

1ª série Conhecer a realidade onde está


inserido
Autoconhecimento
Minhas fontes de Significado e
Identidade Do que eu gosto? Sentido da Vida: importância dos
sonhos
Valores Os meus sonhos
Empatia
Competências para
século XXI Tolerância
Pessoal
Responsabilidade
social Lidando com os sentimentos e
emoções.

O que eu sinto? Alexetimia

Minhas fontes de significado -


Saúde Emocional

Minhas virtudes
Em que eu sou
Meus Talentos: Eu e meus Talentos
bom?
nos palcos da Vida

Onde posso Melhorar


Humildade
Generosidade
Dimensão Temas Unidades Foco
Temáticas

1ª série Família é tudo Configurações Familiares


igual
Família Valores da Convivência
Eles também
Relações foram jovens Respeito é bom e eu gosto
interpessoais
Cuidado e Conflito
Cidadania
Mediando conflitos

Diálogo: “E a conversa
começa”- A arte de dialogar
Social
Escuta Ativa

Viver entre gerações

Solidariedade
Compaixão
Generosidade

Ah! O amor! Contradições na forma de amar

Sociedade do Afeto e da
Sustentabilidade

Hábitos e relações interpessoais


alternativos à cultura do consumo

Diálogo
Tolerância e Respeito
A importância da escuta
Resolução de Conflitos

Cuidado & controle


Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

Preconceitos e Racismo
1ª série
Discriminação
Preconceito e Discriminação
Família
Declaração Universal dos
Relações Direitos Humanos- Artigos
interpessoais I e II

Cidadania Ódio e atitudes Violentas

A vida em paz e o “melhor mundo


Social do mundo”-

Mediação de Conflitos

Gratidão

Como eu encaro Resolução de Problemas


meus problemas Valores da convivência Social
Conflitos

Personalidade

Respeito

Responsabilidade

Persistência

Como eu aprendo Refletindo sobre as Emoções


Saúde Emocional e aprendizagem

Motivação

Perseverança
Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

Consciência Consciência Ambiental


1ª série
Ambiental
Comprometimento
Família
Liberdade
Relações
interpessoais Inclusão Social

Cidadania Proteção ao Meio Ambiente

Crescimento Econômico
Social

Autonomia e Responsabilidade
Desenvolvimento Social
Sustentável -
ODS da ONU Dimensões do Desenvolvimento
Sustentável e as responsabilidades

Projetos Sustentáveis

Autocontrole

Engajamento

Solidariedade

“Conhecendo Direitos e Deveres”:


Direitos e Deveres
Estatuto das Juventude

“Convivência: Direitos e Deveres”

“Cidadania”

Permissividade
Tolerância
Paciência

Esperança
Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

Meu Amanhã Sou o sujeito da minha própria


2ª série
história
Plano do Projeto de O que precisa ser feito
Vida
Crescimento e melhoria
sempre

Equilíbrio e Resiliência

Retroalimentando sonhos

Uma viagem para Ítaca


Meus objetivos e
minhas metas De um sonho para a realidade: arte
do planejamento

Otimismo

Flexibilidade

Premissas: ponto de partida

Meus objetivos - Estou no caminho


certo?

Metas: onde quero chegar:


Esperado encontro com os
resultados
Meus objetivos - Estou no caminho
certo?
Acertar o alvo: A importância
das estratégias

Meus indicadores de Processos:


Onde estou neste momento
Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

2ª série Meus objetivos e Meus indicadores de


minhas metas resultados: Monitoramento
Plano do Projeto de
Vida Vida é um Projeto: Projeto
de Vida não tem fim

Meus Sonhos

Fatores críticos de sucesso

Sou sujeito da minha própria


história

O que precisa ser feito

Crescimento e melhoria
sempre

Resiliência: se algo sair errado,


corrigir a tempo

3ª série Trabalhar para Sou o sujeito da minha própria


quê? vida
Mundo do Trabalho Mantenha a esperança sempre viva

Mundo de Honestidade
Profissional Possibilidade
Integridade

Conhecendo as
Profissões

A escolha da Os Sonhos
profissão Construindo sua própria história
Decisões
Integridade
Proatividade
Foco
Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

Profissional 3ª série O propósito O direcionamento das habilidades


e Vocações
Mundo do Trabalho
Trabalhando a escolha das
Mundo de Profissões - Mundo de
Possibilidade Possibilidades

Conhecendo as
Profissões Trabalhar ou Reflexões
estudar?
Decedindo o futuro

Dúvidas
Expectativa

Foco no Projeto de Vida

Que curso As coordenadas para o GPS da


escolher? Universidade

Muitos caminhos levam até o


mercado de trabalho: a formação
técnica e tecnóloga

Os itinerários para uma carreira


militar para além das
"continências":

Ética

Assertividade

Profissão tem “Desvendando o Mundo do


moda? Trabalho”

O Mapa-Múndi do trabalho: o que


ele revela?
Experimentação
Procrastinação
Unidades
Dimensão Temas Foco
Temáticas

Profissional 3ª série Relações “Relações interpessoais no Mundo


Profissionais trabalho” - Qualidade das relações
Mundo do Trabalho no mundo trabalho
Determinação
Mundo de
Estabilidade
Possibilidade

Conhecendo as
Profissões A relação com Pensando no Futuro
dinheiro
Educação Financeira

Empreendedorismo
Altruísmo
Gentileza

Projeto de Vida Projeto de vida & Projeto de Vida


Profissional Profissional: Sonhos, Estratégias,
Talentos, Habilidades,
Necessidades, Relações Pessoais e
vontades

Reflexões: Eu comigo, Eu com o


Outro e Eu com a Sociedade

Criatividade

Coerência

Referencial: #MeuFuturo, Cadernos de Projeto de Vida e Pós Médio do ICE e Caderno


de Práticas Pedagógicas para a Educação Socioemocional do ISG.
IX.

Projeto de Vida
Avaliação Processual

O objetivo fundamental da avaliação da Unidade Curricular


Projeto de Vida é favorecer a tomada de consciência do
estudante sobre o próprio percurso de aprendizagem e de
construção de seu Projeto de Vida.

A avaliação é tratada como um processo dialógico que


envolve todos que fazem parte da rotina pedagógica dos
estudantes. É necessário que o professor, apoiado pela
equipe escolar, faça uso de estratégias de aprendizagem que
contemplem diversos recursos sensoriais e cognitivos dos
estudantes. O processo de desenvolvimento das
aprendizagens dos estudantes por meio das dez
competências gerais da BNCC, no âmbito da sala de aula é
um caminho importante, de modo que diferentes formas de
aprender dos estudantes possam ser contempladas.
Portanto, se há múltiplas formas de aprender, há também
múltiplas formas de ensinar, de monitorar a aprendizagem
e de avaliar seus ganhos no percurso e no final de cada
etapa/processo educacional.
Esse modo de olhar para o estudante em sua
integralidade envolve a unidade entre corpo e mente,
pois compreende aspectos cognitivos e afetivos,
intelectuais e práticos, políticos, singulares e coletivos, ou
seja, implica em ser receptivo para os aspectos humanos
que passam a ser explorados intencionalmente. É a vez de
identificar preferências e habilidades. Essa educação
interdimensional visa contemplar equilibradamente
aspectos racionais, relacionais, físicos e irrespondíveis,
como “o que é a morte”, “a que se destina nossa
existência”, pois o “eu” e o “tu” transcendidos no “nós”
trazem ao projeto de vida algo para além do indivíduo.
(BRASIL, 2018, online).

A Educação Interdimensional inclui e ultrapassa o domínio


puramente cognitivo, possibilitando a todos na escola
contribuírem para a Educação para a Vida, definida com
tanta clareza, sensibilidade e integridade no Relatório
Jacques Delors (1996, p. 94):

A educação deve contribuir para o desenvolvimento total


da pessoa – espírito e corpo, inteligência, sensibilidade,
sentido estético, responsabilidade social, espiritualidade.
Todo ser humano deve ser preparado, especialmente
graças à educação que recebe na juventude, para elaborar
pensamentos autônomos e críticos e para formular seus
próprios juízos de valor, de modo a poder decidir por si
mesmo nas diferentes circunstâncias da vida.
É importante que sejam elencados critérios avaliativos,
levando em conta o desenvolvimento das competências
gerais e das habilidades e a diversificação das experiências
escolares avaliadas. É imprescindível que os critérios de
avaliação possibilitem verificar em que medida os
estudantes desenvolveram as aprendizagens e
competências esperadas, devendo ser contempladas
práticas de avaliação e autoavaliação, com envolvimento
pessoal dos estudantes.

Realizar devolutivas sobre o percurso do bimestre também


é uma estratégia avaliativa importante, que contribui para
que o estudante tome consciência das suas posturas, de seus
aprendizados e competências, figurando como uma
importante ferramenta para estabelecer uma relação
dialógica entre estudantes, família e escola, favorecendo a
aprendizagem significativa e fortalecendo a construção do
Projeto de vida dos estudantes.
Referências

BLOOM, Benjamin Samuel; ENGELHART, Max D.; FURST,


Edward J.; HILL, Walker H.; KRATHWOHL, David R.
Taxonomia dos objetivos educacionais: domínio cognitivo.
Porto Alegre: Globo, 1972.

BRASIL. Câmara dos Deputados. Lei de Diretrizes e Bases


da Educação. Brasília, 2010b.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (2018). Res.


CNE/CEB nº 3/2018 - Atualiza as Diretrizes Curriculares
Nacionais para o Ensino Médio.
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZ
C2Mb/content/id/51281622#:~:text=OBJETO-,Art.,Par%C3%
A1grafo%20%C3%BAnico.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação (2018). Res.


CNE/CP nº 4/2018 - Institui a Base Nacional Comum
Curricular na Etapa do Ensino Médio (BNCC-EM), como
etapa final da Educação Básica. Disponível em:
<https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZ
C2Mb/content/id/55640296>.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República


Federativa do Brasil. Brasília. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constit
uicaoCompilado.htm>.
Referências

BRASIL. Lei n. 13.415 de 16 de fevereiro de 2017. Altera as


Leis n º 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as
diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de
junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de
maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de
1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui
a Política de Fomento à Implementação de Escolas de
Ensino Médio em Tempo Integral. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13415.htm>.

BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece


as bases e diretrizes da educação nacional. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm>.

BRASIL. Lei nº 13.005. Plano Nacional de Educação. 2014.


BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de
Educação. Resolução CNE/CEB n.04/2010. Diretrizes
curriculares nacionais gerais para a educação básica, 2010.
Brasília, 2010a.

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de


Educação. Resolução CNE/CEB n.04/2010. Diretrizes
curriculares nacionais gerais para a educação básica, 2010.
Brasília, 2010a.
Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de


Educação. Resolução CNE/CEB n.04/2010. Diretrizes
curriculares nacionais gerais para a educação básica, 2010.
Brasília, 2010a.

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INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA


EDUCAÇÃO. Material do Educador. Aulas de Projeto de
Vida. 1o e 2o Anos do Ensino Médio. Recife: ICE, 2019.

INSTITUTO DE CORRESPONSABILIDADE PELA


EDUCAÇÃO. Pós-Médio. Um Mundo de Possibilidades.
Recife: ICE, 2019.

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