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Orien_PROF_C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.

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9.o ano – 1.o bimestre


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Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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Caderno do Professor
A coleção didática do Sistema de Ensino Objetivo
(6.o ao 9.o ano)

1. Apresentação
A coleção didática do Sistema Objetivo de Ensino para o Ensino Fundamental é o resultado de uma sólida
experiência na elaboração de materiais didáticos e em sua efetiva utilização. Os Cadernos do Aluno e os
Livros do Professor são concebidos por coordenadores e professores de nossa equipe pedagógica,
profissionais com comprovada experiência na área educacional e atuantes em sala de aula. Isso torna possível
oferecer materiais didáticos com alto grau de aplicabilidade, na medida em que resultam de um profundo e
intencional diálogo entre a teoria e a prática no desenvolvimento das aulas e das propostas de atividades.

Além de oferecer as condições necessárias para a compreensão dos fenômenos envolvidos nas relações
que se estabelecem durante a progressão dos processos de aprendizagem, nosso objetivo central é garantir
que as ações pedagógicas fundadoras de nossa proposta teórico-metodológica ocorram em contextos
verdadeiramente significativos.

Partimos da concepção de que, nos dias atuais, não é mais possível reconhecer o processo de
ensino-aprendizagem apenas como mera transferência de informação. É preciso ir além, criando condições
para que o aluno assuma um papel ativo na construção do conhecimento e seja também um produtor de
“saber”. Da mesma forma, é necessário garantir que o professor possa atuar como mediador desse processo,
com habilidades aprimoradas para capacitar os alunos a aprenderem de maneira progressivamente autônoma,
estimulando o pensamento reflexivo e a capacidade analítica dos objetos de conhecimento vinculados a seus
contextos de uso real. Assumimos, assim, nosso respeito ao aluno, concebido como sujeito livre,
competente, criativo e apto à realização de novas descobertas.

Identificamos que tais princípios – seguramente comprometidos com a formação integral do aluno e
amparados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – estão alinhados às competências gerais da
Educação Básica determinadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC)1. Destacamos que a noção de
competência é definida pelo documento como sendo

[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas


e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

1 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo
que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de
Educação (PNE).
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O documento salienta ainda que tais competências

[...] inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da


Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na
construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e
valores, nos termos da LDB.

Considerando esses pressupostos, a BNCC apresenta as dez competências gerais da educação básica
para cujo desenvolvimento os diferentes componentes do currículo devem concorrer. São elas:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana
e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o


respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

(BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF, 2017.)

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Para assegurar o desenvolvimento dessas competências, o documento apresenta um conjunto de


habilidades específicas norteadoras para cada área de conhecimento, que devem ser interpretadas à luz dos
contextos específicos em que serão utilizadas.
Em nosso material serão fornecidos, progressivamente, os conteúdos necessários ao desenvolvimento
de tais habilidades, apresentados por meio de estratégias pedagógicas que permitirão ao professor integrar
valores cognitivos, socioemocionais, pragmáticos, culturais e éticos às suas práticas de sala de aula,
observando o respeito às suas diferentes representações. Nossa expectativa é estimular o desenvolvimento
do pensamento crítico e favorecer a aprendizagem continuada de habilidades numa perspectiva integrada e
comprometida com a formação de cidadãos ativos.
Especificamente, com relação às habilidades socioemocionais, cujo desenvolvimento foi integrado às
tarefas escolares pela BNCC, consideramos que no cotidiano da sala de aula são oferecidas muitas
oportunidades de se trabalhá-las com os alunos. Cumpre ressaltar que considerá-las significa valorizar uma
educação integral, na qual o conhecimento e o desenvolvimento cognitivo ocorrem conjuntamente com as
interações sociais (entre alunos e entre alunos e professores), tendo em vista a participação na sociedade e
contemplando o respeito e o reconhecimento emocional de cada um dos alunos.
Durante suas aulas, os professores promovem várias intervenções que, revestidas de intencionalidade
pedagógica, concorrem para o desenvolvimento dessas habilidades. Nos Cadernos de Atividades, procuramos
ressaltar, por meio de sugestões ao professor, quais delas poderão ser trabalhadas em atividades específicas.
Tomamos como referência fundamental para essas orientações as competências gerais da educação
básica apresentadas no próprio documento, que, no âmbito socioemocional, destaca as seguintes habilidades:
autonomia, responsabilidade, argumentação, negociação, consciência socioambiental, ética, autocuidado,
empatia, diálogo, resolução de conflitos, cooperação, respeito, tolerância, flexibilidade, resiliência,
solidariedade, tomada de decisão. Outras habilidades podem ser apontadas de acordo com as atividades
propostas. Entendemos, ainda, que as ações educativas devem nortear-se a partir de valores de consenso
social e, como afirma a base curricular, “com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis
e solidários”.
Reconhecemos a importância do uso eficaz e consciente das tecnologias que sustentam o acesso à
cultura digital e, alinhados às orientações expressas pela BNCC, reforçamos e expandimos o tratamento
transversal dado às tecnologias digitais de informação e comunicação. Mais do que instruir consumidores de
tecnologia, pretende-se contribuir para a formação de alunos ativos e criativos, produtores de conteúdo em
ambiente digital e midiático que atuem de forma responsável e com valores condizentes com uma cidadania
digital.

2. Proposta didático-metodológica
A proposta didático-metodológica desta coleção é dar suporte ao desenvolvimento de um processo de
ensino-aprendizagem em que haja o predomínio da experimentação, da descoberta e da coautoria na
construção do conhecimento.
Procurou-se organizar, nas diferentes disciplinas, sequências didáticas que favoreçam os alunos com o
exercício da reflexão e a mobilização de recursos cognitivos, saberes e informações a serem aplicados em
situações de aprendizagem.
A ênfase desta coleção didática está no percurso de aprendizagem a ser empreendido pelos alunos, e não
apenas nos seus resultados. Abandonou-se o formato mais corriqueiro de apresentação do conteúdo no início
dos módulos, seguido de exercícios, em favor de atividades nas quais os alunos são envolvidos de fato no
processo de aprendizagem. Considera-se que a aprendizagem é mais significativa quando o aluno atua como

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protagonista, ou seja, assume um papel ativo e mobiliza habilidades cognitivas para explorar e descobrir
novos conhecimentos. Nisto se dá a incorporação de novos saberes e também se amplia o conhecimento
que ele tem de si próprio e da realidade como um todo, criando-se condições para uma atuação social mais
consciente. Espera-se que o aluno, ao assumir um papel ativo na própria aprendizagem, desenvolva a
metacognição, isto é, adquira domínio progressivo sobre suas habilidades cognitivas e sobre seu processo
de aprendizagem.
Como hoje se considera que há variados estilos de aprendizagem, elaboramos atividades bastante
diversificadas, de modo a atender a diferentes formas de aprender. Assim, garante-se também que os alunos
participem ativa e efetivamente da construção de sua aprendizagem, envolvendo-se em aulas mais dinâmicas,
de forma a ampliar a motivação e estimular o interesse desses aprendentes pelos assuntos tratados.
Sabe-se que os conceitos são interiorizados na medida do significado de que são revestidos no processo de
sua apreensão pelos alunos. Importa, pois, a sua contextualização e o quanto os alunos estão envolvidos e são
desafiados a se integrar na construção coletiva do conhecimento. Com isso em vista, são oferecidas
situações-problema e atividades desafiantes a serem solucionadas pelos alunos, como forma de garantir seu
envolvimento e a mobilização dos conhecimentos e das habilidades requeridas. O objetivo é que o aluno não
apenas tenha acesso às informações, mas também aprenda a lidar com elas para aplicá-las em situações
concretas.
O ponto de partida se dá na valorização do conhecimento prévio do aluno como alicerce importante para
a construção do conhecimento de registro acadêmico e científico. Com essa finalidade, criam-se condições
para que as novas informações possam articular-se com o conhecimento preexistente, desestabilizá-lo e
assim possibilitar aos alunos a construção de novos saberes, promovendo situações de aprendizagem que
os levem a ampliar seus conhecimentos.
Exposto a uma situação-problema, o aluno mobiliza novos saberes, pois um problema é uma situação
possível de ser resolvida, mas o indivíduo não dispõe, de antemão, de uma estratégia ou procedimento já
estruturado para solucioná-la. Com frequência, é possível chegar à solução por meio de mais de uma
estratégia ou procedimento. A situação-problema, por sua complexidade, geralmente se constitui em um
desafio instigante, mas com grau de dificuldade compatível com o repertório do aluno, quando etapas
anteriores foram consolidadas. Dar oportunidade ao surgimento de uma diversidade de posições encaminha
a possibilidade de haver um conflito cognitivo e, em consequência, promover o desenvolvimento intelectual
e a aprendizagem. Para solucionar situações-problema com pertinência e eficácia, dá-se a mobilização de um
conjunto de recursos, tais como conceitos, habilidades e atitudes. Trata-se de uma estratégia para a qual é
necessário e conveniente recorrer a procedimentos multíplices, como levantar hipóteses, analisar dados,
buscar recursos para a resolução e estabelecer relações, assumindo a complexidade da questão em estudo.
Isso implica também o comprometimento com valores éticos e sociais.
Ainda que a resposta certa não seja o único objetivo a ser alcançado, o compromisso com o saber
acadêmico e científico encaminha a necessidade da validação do conhecimento construído pelos alunos.
Para isso, este deve ser relacionado com os conhecimentos estabelecidos e nesse processo se dão a
ampliação e a reorganização dos seus saberes.
Algumas atividades de aprendizagem das sequências didáticas foram elaboradas para serem
necessariamente feitas em grupo, e isso deve ser respeitado. Considera-se que trabalhar em grupo não seja
apenas importante, mas sim fundamental. Na realização de atividades em duplas, ou em grupos, é favorecida
a interação entre os alunos, o que possibilita o confronto de pontos de vista e a troca de ideias entre eles.
Nelas os alunos são solicitados a planejar trabalhos, expor suas ideias, ouvir e analisar as dos outros, elaborar
sínteses e formular conceitos, realizando assim um enriquecedor percurso de aprendizagem. Enfatiza-se,
nesse caso, a aprendizagem colaborativa. Além de ser uma estratégia pedagógica, é também caminho de
preparação para o exercício responsável da cidadania ao dar ao aluno a oportunidade de se posicionar

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socialmente, no contexto escolar, de forma ativa. Como se observa pelo exposto, essas atividades são
valiosas oportunidades de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, tais como empatia, colaboração,
liderança, entre outras.
Sugerimos formas diferenciadas para organizar os agrupamentos de alunos, a fim de enriquecer os
processos de aprendizagem e também superar as suas dificuldades. Podem-se organizar duplas, trios, quartetos
e grandes grupos em círculo ou meia-lua e combinar essas formas de organização em momentos diferentes.

2.1. O papel do professor


A proposta de trabalho da coleção exige que o professor atue como mediador no processo de
aprendizagem, favorecendo a construção do conhecimento. Longe de ser apenas aquele que transmite as
informações, ele deve assumir uma postura problematizadora, promovendo a reflexão, a criatividade e a troca
de experiências entre os alunos. O mediador é aquele que faz perguntas, propõe problemas e desafios
possíveis que incitem o aluno a fazer indagações, observar, comparar, formular hipóteses e testá-las,
discriminar, generalizar, relacionar a construção de saberes novos com saberes prévios e aplicá-los a novas
situações.
A mediação pedagógica é entendida como a atitude e o comportamento do professor como um
organizador do processo de aprendizagem – alguém que oferece condições que desencadeiam a exploração
e a descoberta por parte do aluno e o estimula à construção do seu saber. É dinâmica e não comporta receitas
ou fórmulas – a ligação que o professor promove entre o aprendiz e o objeto de aprendizagem deve estruturar-se
e reestruturar-se em decorrência do processo individual do aluno, impossível de ser totalmente previsto,
antecipado. Há de se considerarem os processos individuais, os estilos de aprendizagem particulares, os
momentos em que se faz necessária uma atuação mais ou menos diretiva. Sem dúvida, atuar como mediador
é muito mais difícil, requer muito mais preparo e envolvimento do que fazer exposições totalmente planejadas
de conteúdos e aplicar exercícios com gabarito único.
O Caderno do Professor traz orientações didáticas que acompanham todas as propostas de trabalho,
funcionando como guia para a utilização adequada e eficiente do material didático. Ao mesmo tempo, não
restringe as opções do professor para atender às necessidades surgidas na dinâmica da sala de aula,
oferecendo, inclusive, sugestões alternativas para esse fim.

3. Avaliação
Para adequar-se à proposta de trabalho desta coleção, deve-se entender a avaliação como parte do
processo de aprendizagem. Durante todo o tempo, o aluno deve ser acompanhado, observado, questionado
e estimulado a buscar respostas. Nesse percurso, é possível identificar avanços ou resultados nos vários
processos de aprendizagem em questão, como também fazer levantamento de novas necessidades, planejar
e executar ações, melhorando o atendimento aos alunos. Nesse sentido, a função principal da avaliação não
é atribuir uma nota ou um conceito de acordo com a quantidade de conteúdos aprendidos, mas reorientar a
aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, o ato de avaliar não pode ser mecânico; deve ser processual e
reflexivo, voltado para identificar os níveis de aprendizagem alcançados nos conteúdos curriculares em
desenvolvimento assim como nas habilidades a serem construídas, a fim de, se necessário, ajustarem-se ou
alterarem-se os processos em curso. Avaliar é reorientar a prática docente sempre que necessário, é oferecer
ao professor subsídios concretos para saber como prosseguir com sua ação educativa. Nessa visão, os erros
se tornam objetos de estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo
estudante em seu percurso de aprendizagem. Seguramente, para avaliação das habilidades construídas
instrumentos de avaliação específicos devem ser considerados.
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4. Atividades de aprendizagem e organização das sequências didáticas


A composição dos Cadernos de Atividades foi feita a partir de unidades subdivididas em módulos. A
proposta de trabalho se estrutura em sequências de aprendizagem apresentadas em seções didáticas
organizadas e, por consequência, nomeadas considerando o processo de construção dos saberes a ser
percorrido pelo aluno, conforme ilustrado a seguir:

O aluno desenvolve uma atividade inicial que deve permitir-lhe identificar e organizar seus
conhecimentos prévios sobre o tema, bem como aguçar sua curiosidade e interesse por
eles. Pode constituir parâmetro para que se autoavalie e monitore os próprios progressos.
Para o professor, ter noção clara dos conhecimentos prévios dos alunos permite-lhe planejar
as aulas de maneira a aprofundar e ampliar conceitos, esclarecer aspectos mal compreen-
didos e desfazer imprecisões conceituais preconcebidas pelos alunos.

O aluno desenvolve atividades que têm como propósito facilitar o percurso de um raciocínio
e, por meio da exploração (como questões a responder, hipóteses a testar), chegar à descober-
ta, ou seja, a novos saberes. É importante que o professor não elimine questões nem junte
aspectos tratados isoladamente em uma única pergunta com o intuito de encurtar o processo.

Pelo desenvolvimento de uma atividade (como estudo de um texto, participação em uma


discussão, elaboração de uma síntese), espera-se que o aluno organize, sintetize e amplie os
saberes que foram sendo identificados, complementados e reorganizados nas etapas
anteriores.

Exposto a uma situação que exige dele uma resposta nova, original, diferente do exercício
de simples compreensão ou de aplicação reprodutiva de algo já dado, o aluno é solicitado a
mobilizar os novos conhecimentos, habilidades e atitudes.

As atividades de aprendizagem são acompanhadas de tarefas a serem realizadas em casa.


Além de colaborarem para o desenvolvimento de habilidades e apreensão de conteúdos, as
tarefas têm propósitos importantes de formação, pois contribuem para o desenvolvimento
de hábitos de estudo autônomo, que envolvem disciplina, organização, autorregulagem da
aprendizagem e pesquisa, entre outros. Podem ser também subsídios para o que vai ser
tratado nas aulas. Nestas, um tempo deve ser reservado para que os alunos comentem suas
respostas, exponham suas dúvidas e dificuldades.

No Portal Objetivo, são oferecidas orientações aos alunos para todas as tarefas. As
marcadas com o ícone “tarefanet” são construídas de forma a permitir a autocorreção por
parte deles.

As atividades assim assinaladas possibilitam o uso de recursos digitais e midiáticos em


sua realização.

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Por meio dessa plataforma, com acesso pelo Portal Objetivo, alunos e professores dispõem
do conteúdo digitalizado dos Cadernos de Atividades, Games e demais materiais didáticos.

Jogo digital disponível no Conteúdo On-line, relacionado a assuntos presentes nos


cadernos de atividades.

Cabe salientar que as seções didáticas apresentadas, embora tenham propósitos centrais diferentes umas
das outras, não são estanques nem se esgotam em si mesmas. Por exemplo, as atividades propostas em
“Suas experiências”, embora tenham como foco central a identificação e a organização dos saberes prévios,
já podem criar condições para alguma nova descoberta; da mesma forma, o desenvolvimento das atividades
de “Sua criação” ou a “Ampliação dos saberes” dão continuidade ao processo de exploração e descoberta,
possibilitando a construção de novos saberes.
Além das seções estruturantes do processo de aprendizagem, há outras marcações de atividades que
sinalizam de que formas estas se integram nas sequências didáticas organizadas. Algumas se repetem nas
diferentes disciplinas (“Pense no assunto”, “Atividade em grupo”, “Sua contribuição ao grupo” etc.) e outras
são específicas de algumas delas.
O professor pode planejar seu trabalho e organizar a duração de cada sequência didática, acompanhando
as sugestões de número de aulas previstas que são apresentadas em tabela no fim de cada caderno de
orientação ao professor. É certo que acompanhar o processo de aprendizagem impõe alguma flexibilidade a
partir das reações dos alunos às atividades, demandando do professor uma atenção constante. Respeitando-se
os interesses dos alunos e o seu ritmo de aprendizagem, o tempo destinado a cada atividade e a duração da
sequência podem ser encurtados ou ampliados.

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A proposta do material didático de Ciências


1. Pontos de partida
A influência cada vez maior e mais presente da tecnologia em todas as áreas e em nosso dia a dia vem
despertando longos debates sobre o ensino de ciências. Nos últimos 60 anos, no ensino dessa disciplina,
influenciado pelas mudanças sociais, políticas, tecnológicas e ambientais, vem se percebendo a necessidade
de tornar o conteúdo e o aprendizado interessantes e compreensíveis para os estudantes do terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental. Isso porque, até então, a disciplina colocava o homem como centro de tudo,
e os demais seres eram apresentados como se estivessem a seu serviço. Essa é a chamada visão
antropocêntrica da ciência, que tem influenciado a visão científica, acadêmica e escolar.
Desde os PCN (MEC – SEF, 1998), questiona-se essa forma de apresentar a natureza e pretende-se que
o ensino de ciências seja muito mais que descrições e teorias: que sirva de estímulo ao aluno, para que ele
questione, investigue, discuta e seja reconhecido como cidadão ativo em nossa sociedade.
De acordo com os documentos da BNCC, o ensino de Ciências deve estar voltado ao letramento científico.
O mesmo documento esclarece que o letramento ou alfabetização científica baseia-se em um conjunto de
ações com objetivos de desenvolver no estudante a capacidade de compreender e interpretar o mundo e suas
esferas natural, social e tecnológica. Para isso, torna-se necessário fazer planejamentos integrados com as
demais áreas do conhecimento, com a finalidade de abranger temas que privilegiem a interdisciplinaridade,
a transversalidade, o multiculturalismo, a ética, a cidadania etc.
Por meio dos conhecimentos espontâneos (aqueles que tenham caráter intuitivo ou que estejam ligados
às situações do cotidiano), o estudante traz para a sala de aula as ideias sobre o assunto que o professor está
desenvolvendo.
Para consolidar objetivos de ensino e aprendizagem, oferecemos um material didático que possibilita que
o aluno construa o conhecimento e se aproprie dele e, acima de tudo, tenha acesso a um material inovador
e estimulante, capaz de despertar a curiosidade e o espírito investigativo.
O caderno de atividades de ciências deve servir como suporte de trabalho aos professores e, principal
mente, estimular os alunos a participar da sociedade, exercendo seus deveres e direitos, posicionando-se de
maneira crítica, valorizando o patrimônio ambiental e sociocultural, reconhecendo e adotando hábitos positivos
para sua saúde e para a saúde coletiva.
Para favorecer as possibilidades de compreensão dos alunos ao longo do ensino fundamental, alguns
assuntos são retomados e aprofundados. Exemplo disso é a fotossíntese, processo fundamental para o
aprendizado sobre fluxo de energia, sobre cadeia alimentar, na caracterização do reino vegetal, função das
folhas, exemplo fundamental de reação química, entre outros.
A ciência trabalha com resultados de pesquisas em universidades e outros centros por todo o mundo.
Valores numéricos apresentados em gráficos ou infográficos são modificados pelas ocorrências diárias. Assim,
é importante que o aluno e o professor saibam que alguns dados apresentados podem variar ao longo dos
anos, pois não são estanques, mas dinâmicos.
É importante mostrar ao aluno que a ciência deve ser aplicada, acima de tudo, para o bem da humanidade,
apesar de ser reconhecidamente aplicada com finalidades políticas e econômicas.

2. Objetivos de ensino e aprendizagem


O ensino de ciências tem como principais objetivos:

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• Estimular o pensamento científico para que o aluno compreenda as transformações da natureza ao


longo do tempo, reconhecendo-se como parte integrante dela.
• Fazer com que o aluno perceba a existência e a ocorrência do método científico como um processo
dinâmico na produção tecnológica e nas condições de vida da sociedade.
• Fornecer condições de observação, para que o aluno possa registrar características do ambiente e dos
seres que nele vivem.
• Desenvolver experimentos simples que permitam a visualização, a observação, a análise e a conclusão
das propriedades e dos fenômenos físicos/químicos dos diversos elementos formadores do ambiente.
• Favorecer a construção de conhecimentos que possibilitem ao aluno diagnosticar e formular questões
sobre a saúde, integrada às condições sociais, de forma a ampliar o pensamento crítico e assim permitir
que avalie riscos e benefícios.
• Introduzir no cotidiano do aluno o uso dos conceitos científicos básicos, capacitando-o a participar de
discussões de temas importantes que auxiliem nas decisões relativas aos rumos de nossa sociedade.

3. A BNCC na proposta do Ensino de Ciências no Colégio Objetivo


A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) divide as Ciências da Natureza em três Unidades Temáticas:
Vida e Evolução; Matéria e Energia e Terra e Universo, que orientam a organização dos cadernos de atividades
do Sistema de Ensino Objetivo para essa área de conhecimento.
Esse documento determina que seja garantido aos alunos o desenvolvimento de competências
específicas:
• Compreender e explicar conceitos científicos relacionados às Ciências da Natureza, a fim de reconhecer
as questões que podem ser investigadas cientificamente, associando-se o conhecimento como forma
de empreendimento humano e valorização do conhecimento cultural.
• Reconhecer as questões que podem ser investigadas e dominar os processos de atividades práticas
como garantia de conhecimento, e assim poder participar e promover debates sobre as questões
ambientais, tecnológicas e sociais.
• Compreender os fenômenos naturais a partir de questionamentos e curiosidades, estabelecendo
relações, buscando respostas e soluções e incluindo nessas situações todos os tipos de recursos
tecnológicos.
• Aplicar os conhecimentos das Ciências da Natureza aos desafios encontrados no mundo do trabalho.
• Agir de forma responsável e competente utilizando seus conhecimentos para ajudar nas tomadas de
decisões sobre questões relativas a saúde e tecnologia, sempre se levando em consideração a ética, a
democracia e o respeito frente às atitudes individuais e coletivas.
• Conhecer o seu corpo e respeitar a diversidade humana valorizando o bem-estar físico, mental e social
a partir dos conhecimentos das Ciências da Natureza.
• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências que inclui investigação,
reflexão e análise crítica, identificadas nas atividades propostas no material.
• Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias que respeitem os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável,
posicionando-se de forma ética em relação aos cuidados consigo mesmo e com o planeta, é
competência geral da BNCC aplicável no material proposto.

Além de tratar dos objetos de conhecimento definidos por esse documento, outros assuntos são
apresentados de forma complementar. Entre esses objetos de conhecimento, alguns foram retomados das
séries iniciais do Ensino Fundamental de maneira mais aprofundada e outros foram mantidos de nossa
programação anterior por considerarmos essenciais para a formação integral dos nossos alunos.
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4. Atividades de Aprendizagem
A metodologia do ensino de Ciências sofreu modificações ao longo do tempo. Entre o século XIX e a
década de 1950, predominou a linha tradicional ou conteudista, que, apesar de não ser reconhecidamente a
mais adequada, se mantém até os dias atuais. Caracteriza-se pela transmissão de conhecimentos já
existentes, sendo o professor o detentor dos saberes. O aluno é apenas reprodutor das informações.
Em contraponto à linha tradicional, surgiu, em meados da década de 1950, a linha tecnicista, valorizando
e reproduzindo o método científico, dando ênfase às aulas experimentais que apenas reproduziam o
conhecimento já existente.
A tendência atual é chamada de Ciência Investigativa e insere o aluno no centro do processo, fazendo com
que ele aprenda a partir do que lhe é significativo e do conhecimento já adquirido.
Para que o aluno possa desenvolver explicações sobre o que acontece dentro e fora da escola, sobre
fenômenos naturais e conhecimentos tecnológicos, é necessário aguçar sua curiosidade.
A Ciência deve servir como meio de o aluno aperfeiçoar os conhecimentos que já possui, ajudando-o a
ampliá-los.
A ideia é criar uma situação-problema a partir da qual o aluno formulará hipóteses valendo-se de seus
conhecimentos prévios ou intuitivos, a fim de que se sinta estimulado a buscar explicações para o fenômeno
analisado.
O professor deve estimular o aluno e conscientizá-lo de que, se seu conhecimento não é suficiente para
explicação de um problema, deve investigar o assunto e então criar um novo modelo por meio do qual se
apropriará de mais conhecimento.

4.1. Orientações para o laboratório


As atividades práticas devem ser vistas com especial atenção quando se pretende desenvolver assuntos
relacionados a Ciências Naturais.
A experimentação pode ser realizada de forma demonstrativa ou pelos próprios alunos, dependendo da
natureza do experimento, da disponibilidade de espaço e do material adequado para sua realização.
Quando realizada de forma demonstrativa, a participação do aluno pode ser ampliada, desde que o
professor faça a mediação entre o experimento, seus resultados e os alunos. Antes mesmo da realização da
atividade, é possível levantar questões para a formulação de hipóteses pelos alunos em relação aos resultados
esperados. O questionamento antes da realização em função do resultado esperado e o próprio resultado são
essenciais para que o processo de aprendizagem seja alcançado.
Quando o experimento é realizado pelos próprios alunos, o desafio se torna maior para o professor, pois
há necessidade de mais atuação e atenção em relação aos grupos formados pelos alunos, aos materiais
utilizados, aos procedimentos e resultados. É necessária muita clareza por parte do professor sobre os
procedimentos que serão adotados e eventuais riscos em relação aos materiais. A avaliação dos resultados
obtidos pode ser feita de maneira coletiva, o que gera discussão e argumentação, considerando-se que muitas
vezes os resultados obtidos não são os esperados nem necessariamente os mesmos entre diferentes grupos.
Nas duas possibilidades descritas, muitas vezes os resultados obtidos divergem dos resultados previstos.
Nesse caso, deve-se aproveitar a oportunidade para questionar a razão do ocorrido, o que favorecerá as
discussões sobre o assunto. Independentemente do resultado de uma experimentação, o referido assunto
deve ser discutido, questionado, investigado e, mesmo que não haja uma conclusão exata e final, todo o
processo se torna significativo para o aluno e, dessa forma, há mais possibilidade de aprendizagem.
Em determinados momentos e experimentos, é possível que os alunos tenham ideias e sugestões sobre
alterações de materiais e procedimentos. Nesses casos, deve-se discutir as novas possibilidades e, quando
possível, colocá-las em prática.

XII
Nova_Orien_PROF_C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 16:16 Página XIII

Descrevemos a seguir algumas medidas que devem ser tomadas no ambiente de laboratório e algumas
sugestões de como trabalhar nesse ambiente. Ressaltamos que muitas vezes as atividades práticas poderão
ser realizadas em outros espaços, tais como quadra esportiva, pátio, jardim etc. Nesses casos, as medidas,
principalmente em relação à segurança, poderão ser alteradas.

• Antes de realizar os experimentos com os alunos, teste-os.


• Verifique se todos os materiais necessários estão disponíveis.
• Converse claramente com os alunos sobre os procedimentos que serão adotados.
• Trabalhe com os alunos preferencialmente em grupos para que surjam discussões e divergências de
ideias.
• Muito cuidado com experimentos que utilizem substâncias químicas, combustão de qualquer natureza,
ou que necessitem do uso de corrente elétrica.
• Utilize avental de manga longa e solicite o uso dele pelos alunos como ferramenta de proteção.
• Instrua os alunos em relação aos cuidados que devem ser tomados, como: não correr, não colocar
nada na boca, não coçar os olhos durante um experimento, tomar cuidado com as vidrarias e avisar
imediatamente o professor em caso de qualquer tipo de acidente.

4.2. Seções didáticas


• Suas experiências.
• Exploração e descoberta.
• Ampliação dos saberes.
• Sua criação.
• Pensando no assunto.
• Laboratório.
• Sua contribuição ao grupo.
• Atividade em grupo.
• Você sabia?

5. Avaliação
O processo de avaliação deve estar presente em todos os momentos, desde o preparo do conteúdo a
ser aplicado até o objetivo a ser alcançado. A avaliação deve ser usada como resposta para que saibamos se
o objetivo programado foi atingido e, a partir desse resultado, se a estratégia utilizada foi adequada ou deve
ser modificada.
As atividades apresentadas ao longo das unidades/módulos possibilitam verificações da forma oral,
escrita, individual ou em grupo.
A partir dessas verificações, podemos observar se o aluno consegue aplicar o que aprendeu e transferir
seu conhecimento para as diversas situações do dia a dia. É importante observar e registrar se ele não apenas
detém o conhecimento de forma individual, mas também sabe compartilhá-lo com o grupo.
Em relação às aulas práticas, a avaliação não deve ser baseada nos resultados obtidos pelos alunos, mas
sim em sua participação, seus questionamentos, suas hipóteses e nas conexões feitas por eles entre o que
está sendo proposto e o que foi discutido em sala de aula.
A avaliação deve ser realizada de forma gradual e contínua, e não somente no final do curso ou do caderno.

XIII
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6. Referências Bibliográficas
ARRUDA, Ana Maria da Silva; BRANQUINHO, Fátima Teresa Braga; BUENO, Shirley Neves. Ciências no
ensino fundamental, jan. 2006. Disponível em: <http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/downloads/livroii_
ciencias_final.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2014.
ATAIDE, MCES; SILVA, BVC. As metodologias de Ensino de Ciências: contribuições da experimentação
e da História e Filosofia da Ciência.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa (org). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação
em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1994.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais. Ática, 2010.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. A docência em ciências naturais: construindo um currículo para o aluno e para
a vida. Erechim: Edelbra, 2012.
NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de
Ciências no Brasil: História, formação de professores e desafios atuais.
BNCC: A área de Ciências da Natureza. Competências específicas de Ciências da Natureza para o ensino
Fundamental. Brasilia: Ministério da Educação,2017 p.319.
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/busca-pelo-saber-cientifico-ciencias-
observacaoexperiencia-pesquisa-542856.shtml>.
<http://portal.inep.gov.br/pisa-em-foco>.
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br>.
<http://www.ufpa.br/eduquim/metodocientifico.htm>.
Jornal de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo; 13 set. 2010. Texto de Susana Lage. Revista
Eletrônica de Ensino de Ciências , v. 4, n. 3, 2005. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 39, p. 225-
249, set. 2010 – ISSN: 1676-2584 225. Revista Nova Escola – On-line – O que ensinar em Ciências .
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/curiosidade-pesquisador-425977.shtml?page=4>.

Programação do 6.o ao 9.o ano


6.o ano 3.o BIMESTRE
1.o BIMESTRE Matéria e energia
Matéria e energia – A água
– Átomos e moléculas – A água e suas propriedades
– Substâncias puras e misturas – Materiais sintéticos
Vida e evolução Vida e evolução
– Ecologia geral – Célula como unidade de vida e organização do corpo
Terra e Universo humano
– Forma, estrutura e movimentos da Terra: Terra e Universo
a estrutura do nosso planeta – Forma, estrutura e movimento da Terra:
a esfericidade da Terra
2.o BIMESTRE
Matéria e energia 4.o BIMESTRE
– Separação de misturas Matéria e energia
– O lixo – Transformações químicas
Vida e evolução Vida e evolução
– Ecologia das populações – Interação entre o sistema nervoso e ações motoras e
Terra e Universo sensoriais
– Forma, estrutura e movimento da Terra: – Visão e lentes corretivas
rochas e fósseis Terra e Universo
– Forma, estrutura e movimento da Terra:
rotação e translação da Terra
XIV
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7.o ano 3.o BIMESTRE


1.o BIMESTRE Matéria e energia
Matéria e energia – Introdução a eletricidade e circuitos elétricos
– Máquinas simples Vida e evolução
Vida e evolução – Sistema locomotor
– Diversidade dos ecossistemas – Sistema nervoso
– Classifi cação dos seres vivos – Sistema endócrino
– Os primeiros reinos: monera, protista e fungi
Terra e Universo Terra e Universo
– Composição do ar – Clima

2.o BIMESTRE 4.o BIMESTRE


Matéria e energia Matéria e energia
– Temperatura e calor – Cálculo de consumo e uso consciente de energia elétrica
Vida e evolução Vida e evolução
– Botânica – Sistema reprodutivo (comparativo)
– Fenômenos naturais e impactos ambientais – Sistema reprodutor humano (mecanismos reprodutivos e
Terra e Universo sexualidade)
– Efeito estufa e camada de ozônio Terra e Universo
– Clima: variações das condições atmosféricas
3.o BIMESTRE
Matéria e energia 9.o ano
– Equilíbrio termodinâmico e vida na Terra 1.o BIMESTRE
Vida e evolução Matéria e energia
– Invertebrados – Grandezas e unidades físicas
– Programas e indicadores de saúde pública – Cinemática
Terra e Universo – Leis de Newton
– Fenômenos naturais (vulcões, terremotos e tsunamis) Vida e evolução
– Hereditariedade
4.o BIMESTRE Terra e Universo
Matéria e energia – Composição, estrutura e localização do sistema solar
– História dos combustíveis e das máquinas térmicas
2.o BIMESTRE
Vida e evolução
Matéria e energia
– Vertebrados
– Ondulatória
Terra e Universo
– Luz e cores
– Placas tectônicas e deriva continental
Vida e evolução
– Origem e evolução dos seres vivos
8.o ano
Terra e Universo
1.o BIMESTRE
– Astronomia, cultura e vida humana fora da Terra
Matéria e energia
– Nutrição e metabolismo 3.o BIMESTRE
Vida e evolução Matéria e energia
– Divisão celular e tecidos – Estrutura da matéria
– Introdução aos sistemas e sistema digestório – Tabela periódica
Terra e Universo – Distribuição eletrônica
– Sistema Sol, Terra e Lua: fases da Lua e eclipses Vida e evolução
– Ideias evolucionistas
2.o BIMESTRE Terra e Universo
Matéria e energia – Ordem de grandeza astronômicas
– Fontes, tipos de energia e transformações de energia
Vida e evolução 4.o BIMESTRE
– Sangue Matéria e energia
– Sistema circulatório – Ligações químicas
– Sistema respiratório – Funções químicas
– Sistema urinário – Aspectos quantitativos das transformações químicas
Terra e Universo Vida e evolução
– Sistema Sol, Terra e Lua: estações do ano – Preservação da biodiversidade
Terra e Universo
– Evolução estelar
XV
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Unidade 1 – Introdução
A unidade 1 do 9º ano do segundo ciclo do ensino fundamental elaborada de acordo com documento da
BNCC viabiliza o desenvolvimento de objetos de conhecimento bastante diversificados, com assuntos de
interesse frequentes da faixa etária.
O ensino de grandezas e medidas é um conteúdo de grande relevância pois está inserido em situações
diárias que nos cobram o conhecimento sobre temperatura, velocidade, comprimento, volume etc. Sendo
assim será usado comumente em contextos sociais.
Assuntos como genética e hereditariedade são comumente tratados em todos os meios sociais. Sendo
assim é importante que o aluno adquira tal conhecimento de forma simples e clara para que possa discutir o
tema e compreender todos os fatores que estão envolvidos na formação dos seus caracteres.
Ainda pensando no interesse que o aluno demonstra em ser inserido nos contextos sociais, devemos
estimulá-lo a reconhecer a ocupação do seus lugar no espaço (micro e macro ambiente).

Unidade 1 – BNCC
Unidades Temáticas Objetos de Conhecimento Habilidades
Matéria e energia Grandezas e unidades • Desenvolver a aprendizagem e diferentes habilidades relacionadas às
físicas práticas de medição e a interpretação numérica dos fenômenos físicos.
• Contextualizar as informações a fim de perceber a importância desse
aprendizado integrando as áreas de ciências e tecnologia.
• Compreender e realizar as conversões matemáticas acerca dos diferentes
sistemas de medidas.

Matéria e energia Cinemática • Relacionar as grandezas de velocidade, espaço e aceleração com os


conceitos de grandezas vetoriais.
• Aprimorar o entendimento sobre os conceitos de referencial, movimento,
repouso, trajetória e posição.
• Relacionar os conceitos de ponto referencial, espaço e tipos de
movimentos: uniforme e uniformemente variado.
• Associar os tipos de movimentos estudados às situações inerentes ao seu
dia a dia.
• Compreender que a velocidade constante é o que caracteriza o movimento
uniforme e que, na prática, a velocidade dos corpos/objetos é comumente
variada, determinando a existência de aceleração e, consequentemente,
caracterizando o movimento uniformemente variado e o movimento variado.
• Relacionar a função horária dos espaços, mostrando que a matemática é
o objeto que permite concluir a posição do móvel em relação ao tempo e
vice-versa.

Matéria e energia Leis de Newton • Desenvolver a capacidade investigativa a fim de elucidar fenômenos físicos
associados às leis de Newton.
• Identificar os fenômenos físicos da dinâmica no seu dia a dia e
consequentemente suas causas e efeitos.
• Reconhecer e compreender as formas de atuação das forças e perceber
que as forças aplicadas nos corpos é diretamente proporcional à aceleração
que esta produz.

Vida e evolução Hereditariedade • Associar os gametas à transmissão das características hereditárias,


estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes. (EF09CI08)
• Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade, considerando-as para
resolver problemas envolvendo a transmissão de características hereditárias
em diferentes organismos. (EF09CI09)

Terra e universo Composição, estrutura e • Descrever a composição e a estrutura do sistema solar, assim como a
localização do sistema localização do Sistema Solar na nossa galáxia (a Via Láctea) e dela no
solar universo. (EF09CI14)

XVI
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Sugestão de filme
– Apollo 13 (1995, 2h20min). Três astronautas americanos, Jim Lovell (Tom Hanks), Fred Haise (Bill Paxton)
e Jack Swigert (Kevin Bacon), a caminho de uma missão à Lua, sobrevivem a uma explosão, mas precisam
retornar rapidamente à Terra, pois correm o risco de ficarem sem oxigênio. Além disso, existe o risco de,
mesmo retornando, a nave ficar seriamente danificada, por não suportar o imenso calor na reentrada da órbita
terrestre.

Referências de sites
http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?midia=lcn&cod=_acorridadosplanetas
www.if.ufrgs.br/novocref/?contact-pergunta=ate-aonde-a-gravidade-do-sol-alcanca

Referências bibliográficas
CARVALHO, Anna Maria Pessoa (org). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação
em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
CARVALHO, G. C; SOUZA, C. L; Química - De olho no mundo do trabalho. São Paulo: Scipione; 2007.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez,
1994.
GOWDAK, D. O; MARTINS, E. L; Química e Física - Novo Pensar. São Paulo: FTD, 2012.
MÁXIMO, Antônio; ALVARENGA, Beatriz. Curso de física. São Paulo: Scipione, 2005.

Sugestões de atividades extras


As atividades a seguir podem ser realizadas no laboratório como uma complementação as teorias
desenvolvidas.

XVII
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LABORATÓRIO EXTRA “Construindo um filho”

Introdução
A Genética é um ramo da ciência que se dedica ao estudo da transmissão de características hereditárias,
ou seja, daquelas que estão associadas aos genes.

O genoma humano é um código associado ao conjunto de características presentes em nossas células.


Esse código está presente nos 23 pares de cromossomos que contêm todos os genes.

Vamos desenvolver uma atividade, com a finalidade de determinar a probabilidade da ocorrência de


algumas características, que são passadas de pais para filhos por meio da ação dos genes.
Professor, esta atividade prática se a dupla preferir).
deverá ser conduzida e - Cada aluno deverá determinar o
orientada durante todo o seu fenótipo e genótipo para
tempo de aula. cada uma das características
- Inicialmente serão citadas nos itens de “a” a
montadas duplas, de “l”.
preferência um menino - As duplas farão
e uma menina, que agora o
serão os “pais” da cruzamento
criança a ser genotípico de
estudada. No cada
caso de característica.
haver a - Para os
necessidade cruzamentos cujo
de formar resultado
trios, apresente mais de
poderemos um fenótipo para o
mencionar a “filho”, sugerimos que
ocorrência de a escolha seja feita da
famílias formadas seguinte forma:
a partir de vários a) Em proporções de 75%
casamentos. para 25%, deverá prevalecer a
- A escolha do sexo característica mais frequente
da criança pode (75%).
ser feita b) Em proporções de 50% para
utilizando-se 50%, a dupla escolhe a
uma moeda característica voluntariamente ou
em que um por sorteio.
dos lados
representaria Observação: sabemos que entre
o cromossomo X as várias características
e o outro lado, o mencionadas, algumas são
cromossomo Y, determinadas por mais de um par
determinando assim o de alelos, porém o aluno, apesar
sexo feminino e o de já ter o conhecimento da
masculino, herança poligênica, não possui
respectivamente. Também habilidades para efetuar esse tipo
pode sugerir que as escolhas de cruzamento, que só será
sejam feitas de outros modos desenvolvido no Ensino Médio.
(incluindo a Por isso, a atividade será feita
formação de um com base na 1.ª lei de Mendel.
casal de gêmeos,

Procedimento

1. Aos pares, comecem escolhendo o sexo da criança (vocês podem fazer isso usando uma moeda).
Sexo: _______________________________________________.

2. Determine o seu fenótipo e seu genótipo na próxima página, de acordo com as possibilidades
apresentadas.

XVIII
Nova_Orien_PROF_C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 16:16 Página XIX

Características a serem descobertas:

Características Genótipos possíveis e fenótipos Seu genótipo e fenótipo

a) Cor da pele BB ou Bb – pigmentação moderada


a acentuada
bb – baixa pigmentação
b) Cor dos olhos AA ou Aa – escuros
aa – azuis

c) Cor dos cabelos LL ou Ll – castanho ou preto


ll – loiro

d) Fios dos cabelos LL ou Ll – cacheados ou crespos


ll – lisos

e) Lábios LL – lábios grossos


Ll – lábios normais
ll – lábios finos
f) Lóbulos da orelha PP ou Pp – lóbulos livres
pp – lóbulos presos

g) Covinhas faciais CC ou Cc – com covinhas


cc – sem covinhas

h) Presença de sardas SS ou Ss – com sardas


ss – sem sardas

i) Calvície CC – homem e mulher calvos


Cc – homem calvo/mulher não calva
cc – homem e mulher não calvos
j) Miopia MM ou Mm – visão normal
mm – míope

k) Destro x canhoto CC ou Cc – destro


cc – canhoto

l) Tipo sanguíneo IAIB – sangue tipo AB


IAIA ou IAi – sangue tipo A
IBIB ou IBi – sangue tipo B
ii – sangue tipo O

XIX
Nova_Orien_PROF_C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 16:16 Página XX

3. Efetuem os cruzamentos para cada característica.


a) b) c)

d) e) f)

g) h) i)

j) k) l)

4. Após realizar todos os cruzamentos, você e seu(sua) colega deverão determinar as características
fenotípicas que o “filho” deverá ter.
Observação: Para os cruzamentos cujo resultado apresente mais de um fenótipo para o “filho”,
sugerimos que a escolha seja feita da seguinte forma:
a) Em proporções de 75% para 25%, deverá prevalecer a característica mais frequente (75%).
b) Em proporções de 50% para 50%, a dupla escolhe a característica voluntariamente ou por sorteio.
a) Cor da pele b) Cor dos olhos c) Cor dos cabelos d) Fios do cabelo e) Lábios f) Lóbulos

g) Covinhas faciais h) Sardas i) Calvície j) Miopia k) Destro x canhoto l) Tipo sanguíneo

5. Após obter todos os dados, vocês poderão, enfim, realizar o desenho do filho que construíram.

XX
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LABORATÓRIO EXTRA 3.ª lei de Newton – Ação e Reação


Professor, esta atividade é bastante simples, mas devido a sua forma lúdica de tratar o assunto, acaba se tornando fonte
de discussão com os alunos. Estimule-os a criar experimentos semelhantes. Sugerimos que seja colocado um brinquedo, como
um aviãozinho ou um carrinho preso junto ao balão. Caso tenha material, local e tempo hábil para novos experimentos acesse:
<https://www.youtube.com/watch?v=fSZrB-jO_6E> ; <https://www.youtube.com/watch?v=s_GZ4K_6HQ8>.

O Princípio da Ação e Reação descrito por Isaac Newton diz que: “a toda força de ação corresponde
uma força de reação, com a mesma intensidade, mesma direção e sentido contrário”.
Podemos observar a existência e funcionamento dessa lei em inúmeras situações do nosso cotidiano,
por exemplo, quando caminhamos, nos sentamos, jogamos bola, entre outros.
Vamos desenvolver, neste laboratório, esse experimento simples para fazer uma demonstração de
como ocorre o Princípio da Ação e Reação.

A B

Materiais
• 1 balão (bexiga).
• 2 a 4 metros de barbante.
• Canudo plástico.
• Fita adesiva.
• 1 pregador de roupa.

Procedimento
• Encha o balão de ar e prenda a saída de ar com o pregador de roupa.
• Passe o fio do barbante por dentro do canudo.
• Prenda as duas extremidades do barbante a um local qualquer da sala no qual esse barbante fique
esticado.
• Prenda o balão ao canudo com fita adesiva.
• Ponha o balão posicionado na extremidade do fio de tal forma que a saída de ar fique voltada para o
ponto de amarração do fio.
• Solte o prendedor do balão.

Descreva o que aconteceu e explique os efeitos da terceira lei de Newton nessa situação.
Quando soltamos o pregador liberando o ar, fazemos com que ocorra uma ação na parte de trás do balão, e a reação será o balão se deslocar

no sentido contrário à expulsão de ar, fazendo com que o balão se desloque através do balão.

XXI
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LABORATÓRIO EXTRA Coeficiente de atrito

Quando queremos movimentar um objeto,

ROB WALLS/ALAMY/LATINSTOCK
aplicamos uma força sobre ele, puxando-o ou
empurrando-o, porém, nem sempre esse objeto se
move. Isso ocorre porque passa a atuar sobre ele uma
força contrária a esse movimento, a força de atrito.
Como vimos, ela é uma força sempre contrária ao
escorregamento ou à tendência ao escorregamento.
Essa força pode ser útil ou indesejada, dependendo da
situação e pode ser chamada de força de atrito estática
ou força de atrito cinético.
Neste laboratório faremos um experimento simples que nos mostrará a ação dessa força em
diferentes materiais.

Materiais
• Uma régua ou tábua de madeira lisa, de 10 cm x 100 cm,
• Materiais diversos, tais como: moeda, borracha, apontador, botão, chave etc.

Procedimento
•Sobre a tábua ou régua (apoiada numa mesa) colocamos, alternadamente, cada um dos materiais
escolhidos pelo grupo (moeda, borracha...). Estes definem nossas superfícies de contato.

•Aos poucos, o grupo deverá ir levantando a tábua ou régua, mudando assim o ângulo de inclinação
entre esta e a mesa até que o objeto comece a deslizar.

•Nesse ponto, meça a altura em que a tábua foi levantada e a distância entre esse ponto, bem como o
início da tábua.

•A medida do coeficiente de atrito entre o material e a tábua é dada pela inclinação da régua. Quanto
maior o ângulo entre a mesa de apoio e a tábua maior é o coeficiente de atrito.

Para medir a inclinação da régua, você deve medir os comprimentos AB e AC, como mostra a figura a
seguir:
C
Coeficiente de atrito = AC/AB

A B
XXII
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Materiais Medida AC Medida AB Coeficiente de atrito

O coeficiente de atrito será dado pela medida de inclinação e varia de acordo com os materiais que
estão em contato.

Dos materiais que você utilizou, qual deles apresentou um menor coeficiente e qual deles apresentou
um maior coeficiente de atrito? Você saberia explicar o porquê dessa diferença?
Professor, os alunos podem tentar relacionar a diferença de coeficientes devido à massa ou porosidade de cada material. Chame a atenção

em relação a medida AB principalmente. Mostre aos alunos que, conforme o ângulo de inclinação vai aumentando, a distância AB vai

diminuindo. A tendência é o aluno manter essa medida em 100 cm.

XXIII
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Número de aulas sugeridas


Ciências – 9.o ano – 1.o Bimestre
Caderno Módulo Semana Aulas Programa
1 Introdução a física, grandezas e unidades físicas

2 Introdução a física, grandezas e unidades físicas


1 1
3 Um pouco de história

4 Laboratório 1 – Medidas do corpo

5 Introdução a cinemática

6 Velocidade escalar
2
7 Velocidade escalar

8 Laboratório 2 – Estudo do movimento

9 Aceleração escalar

10 Aceleração escalar
2 3
11 Movimento uniforme

12 Movimento uniforme

13 Laboratório 3 – Movimento uniforme

14 Movimento uniformemente variado


4
15 Queda livre

16 Queda livre
1
17 As leis de movimento de Newton

18 Laboratório 4 – Inércia de repouso


5
19 Princípio fundamental da Dinâmica (2ª lei de Newton)

3 20 Princípio da ação e reação (3ª lei de Newton)

21 Laboratório 5 – Líquido não newtoniano

22 Força de atrito

6 23 Velocidade limite ou terminal

24 O que é hereditariedade?

25 Mendel, o pai da Genética

26 Laboratório 6 – Cruzamento entre heterozigotos

4 27 Análise de genealogias ou heredogramas

7 28 Herança poligênica, herança do grupo sanguíneo e do fator Rh

29 Menino ou menina?

30 Terapia gênica

31 Composição, estrutura e localização do Sistema Solar


5 8
32 Composição, estrutura e localização do Sistema Solar

XXIV
C1_9o_Ano_Ciencias_FABIANA_2022 23/09/2021 13:22 Página 1

9.o ano – 1.o bimestre


C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 2

Sumário
Unidade 1
Unidade Temática: Matéria e energia
Módulo 1 – Grandezas e unidades físicas .................................................... 03
1.1 – Introdução à física, grandezas e unidades físicas ............................ 03
Módulo 2 – Cinemática............................................................................... 08
2.1 – Introdução a cinemática................................................................. 08
2.2 – Ponto material, corpo extenso, referencial e trajetória .................... 09
2.3 – Velocidade escalar.......................................................................... 11
2.4 – Aceleração escalar ......................................................................... 16
2.5 – Movimento Uniforme (M.U.) e
Movimento Uniformemente Variado (M.U.V.) ................................. 19
Módulo 3 – Leis de Newton ........................................................................ 29
3.1 – As leis de movimento de Newton................................................... 29
3.2 – Princípio da inércia (1ª lei de Newton) ............................................ 30
3.3 – Princípio fundamental da dinâmica (2ª lei de Newton).................... 33
3.4 – Princípio da ação e reação (3ª lei de Newton) ................................. 37
3.5 – Força de atrito ............................................................................... 39
3.6 – Velocidade limite ou terminal ......................................................... 42

Unidade Temática: Vida e evolução


Módulo 4 – Hereditariedade ....................................................................... 44
4.1 – O que é hereditariedade?............................................................... 44
4.2 – Mendel, o pai da genética.............................................................. 45
4.3 – Análise de genealogias ou heredograma ........................................ 49
4.4 – Herança poligênica, herança do grupo sanguíneo e do fator Rh ..... 51
4.5 – Terapia gênica................................................................................ 54

Unidade Temática: Terra e universo


Módulo 5 – Composição, estrutura e localização do sistema solar ............... 58
5.1 – Sistema solar e nossa localização.................................................... 58

Tarefas .................................................................................................... 61
Laboratório ............................................................................................... 83

Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 3

DATA: _____/_____/_____
Módulo
Matéria e energia

5
1 Grandezas e unidades físicas
A1e2

1.1. Introdução à física, grandezas e unidades físicas


A partir deste ano você conhecerá um pouco mais da física, uma ciência que está presente em
muitas ocorrências diárias e serão identificadas agora.
Figura 1

De modo geral as pessoas “torcem o nariz” e


tecem comentários negativos a respeito dessa ciência e
sobre sua utilidade, pois defini-la não é muito preciso,
mas temos certeza de que ao longo do ano, você
identificará e relacionará os conceitos e fenômenos
que estão associados a ela no seu cotidiano.

Professor, espera-se que o aluno cite na letra (a) a balança, o relógio, o


termômetro, a fita métrica etc. Na letra (b), ele deve relacionar o aparelho
Grandezas e unidades físicas com as grandezas, por exemplo, a balança mede a massa, o relógio mede
o tempo, o termômetro mede a temperatura etc. Na letra (c), a massa
pode ser medida em t, kg, g, o tempo em dias, anos, h, min, s,
temperatura em °C ou °F, entre outros.
a) No nosso dia a dia utilizamos diversos aparelhos que nos fornecem as mais variadas medidas. Cite
nas linhas abaixo aparelhos de medida utilizados em nosso cotidiano.

b) Os aparelhos citados na questão anterior medem o que chamamos de grandezas físicas. Quais
grandezas físicas você consegue identificar?

c) Para cada uma das grandezas citadas no item anterior, você saberia dizer quais unidades podem
ser utilizadas?

Professor, a aplicação desse objeto de estudo tem, também, como objetivo permitir que o aluno utilize a linguagem
matemática e científica para expressar as informações do dia a dia. 3
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 4

A necessidade de medir as coisas é muito antiga, desde o início das civilizações. Por
longo tempo, cada país, cada região, cada cidade teve seu próprio sistema de medidas. Essas unidades
de medida, entretanto, eram geralmente arbitrárias e imprecisas, como aquelas baseadas no corpo
humano: palmo, pé, polegada, braça, côvado etc.
Essa variedade de medidas criava inúmeros problemas para o comércio, porque as pessoas de
determinada região não estavam familiarizadas com o sistema de medir das outras regiões. As
quantidades eram expressas em unidades de medir pouco confiáveis, diferentes umas das outras e sem
correspondência entre si.
Todavia, a necessidade de converter uma medida em outra era tão importante quanto a necessidade
de converter uma moeda em outra. De fato, em muitos países, inclusive no Brasil dos tempos do Império,
a instituição que cuidava da moeda também cuidava do sistema de medidas.

I) Grandezas físicas
Em Física, chamamos grandeza aquilo que podemos medir. Assim, o tempo é uma grandeza física,
da mesma forma que massa, energia, comprimento, velocidade, força etc. As grandezas podem ser
classificadas como escalares ou vetoriais. As grandezas escalares são caracterizadas apenas por sua
intensidade e por sua unidade. Exemplos: massa, comprimento, temperatura, distância, tempo etc. Para
afirmar que um jogador de futebol engordou, basta dizer que sua massa aumentou de 75 kg para
80 kg (80 = intensidade / valor; kg = unidade de medida).
As grandezas vetoriais, por sua vez, além da intensidade e unidade, caracterizam-se também pela
direção e pelo sentido. Exemplos: força, aceleração, velocidade etc. Se alguém disser apenas que vai
exercer uma força de 100 N sobre uma cadeira, não saberemos se essa cadeira será empurrada ou
puxada, se a força será exercida para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo. Ou seja, é
necessário indicar também a direção e o sentido em que essa força será aplicada.

Mas qual a diferença entre direção e sentido? Você saberia descrever essa diferença ou
trata-se da mesma coisa?

As imagens abaixo podem ajudá-lo(a) a responder a essa questão.


Professor, nas imagens temos dois pares de segmentos de reta. Nos pares
A e B, os segmentos de reta possuem mesma direção (horizontal), mas
tem sentidos opostos. Direção é a propriedade comum a retas paralelas.
Sentido é a orientação sobre a direção.

Enfim, se há diferenças, qual a direção e o sentido das retas observadas?

4
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 5

II) Unidades físicas


Unidade de medida é uma quantidade específica de determinada grandeza física e que serve de
padrão para eventuais comparações e para outras medidas. Por longo tempo, cada região ou país teve
um sistema de medidas diferente, criando problemas devido à falta de padronização. Para resolver essa
questão, foi criado o sistema métrico decimal, que adotou inicialmente três unidades básicas: o metro,
o litro e o quilograma. Entretanto, o desenvolvimento tecnológico e científico exigiu um sistema-padrão
de unidades que tivesse maior precisão nas medidas. Foi então que, em 1960, criou-se o Sistema
Internacional de Unidades (SI), sendo este o mais utilizado em todo o mundo atualmente.

Existem 7 unidades básicas do SI:


Grandeza Unidade Símbolo
Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd

A3

Um pouco de história
Há mais de 2 500 anos, o filósofo grego Pitágoras afirmou que “o homem é a medida de todas as
coisas”. De fato, as primeiras unidades de medida de comprimento usadas pelo homem, como palmo e
pé, são antropométricas (em grego, antropos significa homem e metros, medida). Supõe-se que o mais
antigo padrão de medida linear tenha surgido no Egito, por volta de 3 000 a.C. Era o côvado (ou cúbito),
baseado no comprimento do braço, do cotovelo à ponta do dedo médio. O côvado era uma medida
aproximada, pois dependia do porte do indivíduo. Todavia, as medidas eram imprecisas, e essa imprecisão
perdurou durante anos em diferentes culturas.
Em 1215, o rei inglês João I assinou a Magna Carta, importante documento no qual, entre as
exigências dos barões medievais, a cláusula 36 listava uma série de pesos e medidas-padrão, vigorando
por muito tempo. Segundo esse documento, a jarda real, por exemplo, media três pés, “nem mais nem
menos”. E esse pé era o pé real (do rei). Mudava-se o rei, mudavam-se as medidas. Em 1799, a
Assembleia Nacional Francesa estabeleceu o metro-padrão, uma barra de uma liga de platina e irídio, sem
qualquer relação com o corpo humano.
Em 1879, esse padrão passou a ser a distância entre dois traços numa barra do mesmo material,
mantida em condições controladas, a 0° C, no Bureau Internacional de Pesos e Medidas de Sèvres,
próximo a Paris. Em 1984, o metro foi relacionado à velocidade da luz no vácuo e definido em função
do tempo; isto é, um metro é a distância percorrida pela luz em (1/299.792.458)s, bem mais complexo,
mas exato.
5
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 6

Segundo a Bíblia, a arca de Noé, com três andares, tinha o comprimento de 300 côvados, a largura de
50 côvados e a altura de 30 côvados.

Figura 2
Calcule as medidas aproximadas da embarcação em metros.

Professor, a intenção aqui é na verdade uma brincadeira já que cada aluno deverá medir o seu próprio côvado e, dessa forma, eles obterão
medidas diferentes. A variação não deve ser grande entre a maioria dos alunos, mas deve ocorrer. Isso mostrará o problema da imprecisão
das medidas em épocas remotas. As medidas aproximadas da arca equivalem a 135m de comprimento, 22,5m de largura e 13,5m de altura.

Agora, é a sua vez! Informação extraída de: www.universidadedabiblia.com.br/a-arca-de-noe-estudo/

1. Estabeleça as relações corretas das unidades abaixo:


Em relação ao comprimento (distância):
a) 1 km: _______ m a)1000, b) 100, c) 10

b) 1 m: _______ cm
c) 1 cm: ________ mm

Em relação à massa:
a) 1 t: ________ kg a) 1000, b) 1000

b) 1 kg: ________ g

Em relação ao tempo:
a) 1 dia: _______ h a) 24, b) 60, c) 60 d) 3600
b) 1h: _______ min
c) 1 min: ________ s
d) 1h: ________ s

2. Cite pelo menos três unidades, usadas com frequência em sua vida diária, para medir as seguintes
grandezas:
a) Comprimento: ______________________________________________________________________
quilômetro, metro, centímetro.

b) Massa: _____________________________________________________________________________
tonelada, quilograma, grama.

c) Volume: ___________________________________________________________________________
litro, mililitro, m3, cm3.

d) Tempo: _____________________________________________________________________________
ano, dia, hora, segundo.

6
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3. Diferencie as grandezas físicas escalares das grandezas físicas vetoriais. Exemplifique.


As grandezas escalares caracterizam-se por sua intensidade e unidade. Ex.: tempo. As grandezas vetorias caracterizam-se por sua intensidade,

unidade, direção e sentido. Ex.: força.

4. Faça as conversões de unidades indicadas abaixo:


a) 76 km em m:_________________________________________________________________________
76000 m

b) 0,5 km em m: ________________________________________________________________________
500 m

c) 7 800 m em km:______________________________________________________________________
7,8 km

d) 100 m em km: _______________________________________________________________________


0,1 km

e) 2,3t em kg: __________________________________________________________________________


2300 kg

f) 9 800 kg em t: _______________________________________________________________________
9,8 t

g) 2 kg em g:___________________________________________________________________________
2000 g

h) 500g em kg: _________________________________________________________________________


0,5 kg

i) 2h em s: _____________________________________________________________________________
7200s

j) 18 000s em h: ________________________________________________________________________
5h

5. Considerando-se que cada aula dura 50 min, o intervalo de tempo de duas aulas seguidas, expresso
em segundos, é de:
a) 3.0 x 102 b) 3.0 x 103
c) 3,6 x 103 d) 6,0 x 103
e) 7,2 x 103
d

6. Um livro de Física tem 800 páginas e 4 cm de espessura. Qual a espessura de cada folha do livro
em mm?
0,1mm

7. Observe a imagem a seguir e responda ao que se pede:


®
F1

® ® a) Qual a direção e o sentido de cada uma das forças?


F4 F3
b) O que as forças F3 e F4 têm em comum?
c) Quais pares de forças têm a mesma direção e o mesmo sentido?
® ®
F2 F5

→ → →
a) F 1 = Direção vertical, sentido para cima; F 2 = Direção vertical, sentido para baixo; F 3 = Direção horizontal, sentido para direita;

→ →
F 4 = Direção horizontal, sentido para esquerda; F 5 = Direção vertical, sentido para baixo.
→ →
b) A direção; c) F 2 e F 5 apenas.

Ao concluir o item anterior, você


já pode realizar, em casa, a tarefa
Realização do laboratório 1
1 “ Grandezas e unidades A4
“Medidas do corpo”.
físicas” e a tarefa 2 “revisando
as grandezas e unidades físicas”.

7
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 8

DATA: _____/_____/_____
Módulo
Matéria e energia

5
2 A5
Cinemática

2.1. Introdução à Cinemática

Cinemática é a parte da Mecânica que descreve os movimentos sem se preocupar com


suas causas. A outra parte da Mecânica, a Dinâmica, será vista quando estudarmos os movimentos, suas
origens e fatores que causam suas alterações.
Figura 3

Quando planejamos uma viagem pensamos em algumas coisas, como por exemplo, qual o melhor
meio de transporte, que horas chegaremos ao nosso destino, se é perto ou longe etc. Entre essas
variáveis estão envolvidas grandezas físicas, tanto escalares como vetoriais. Nas viagens de automóvel
ou ônibus estamos sujeitos aos limites de velocidade permitido nas estradas pela legislação de trânsito,
assim como viagens de avião, navio ou trem também obedecem seus limites de velocidade para manter
a segurança de todos.

a) Para calcularmos a velocidade de qualquer meio de transporte, quais as grandezas físicas que
devemos conhecer?

b) Você saberia dizer a velocidade média em que veículos leves, aviões comerciais, navios e trens de
passageiros se deslocam durante uma viagem longa?
Professor, para se calcular a velocidade média devemos conhecer a distância percorrida e o tempo. No item b, a ideia é explorar esses meios

de transporte para que possamos perceber se os alunos têm uma boa noção da grandeza velocidade quando comparamos com diferentes

meios de transporte. Pode-se também explorar os seus conhecimentos sobre unidades. A média de velocidade de veículos leves nas cidades é

de 40 km/h a 60 km/h; a de aviões comerciais é de 900 km/h; a de navios de cruzeiro é de 40 km/h a 45 km/h (cerca de 22 a 24 nós); a de trens

de passageiros é bastante variável. Trens-bala, por exemplo, atingem em média 350 km/h, podendo em testes alcançar 500 km/h.

8
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2.2. Ponto material, corpo extenso, referencial e trajetória


a) Ponto material e corpo extenso
Quando vamos estudar determinado movimento de um corpo, é importante considerar suas
dimensões. Em certas situações, o tamanho do corpo pode ser relevante, em outras não. Por exemplo,
se formos estudar o movimento de um automóvel que mede 4 metros durante um percurso de 100 km
entre duas cidades, seu tamanho não é relevante. Nesse caso, o carro é denominado ponto material ou
partícula. Agora, se formos estudar o tempo gasto por um automóvel para passar sobre uma pequena
ponte de 10 metros, suas dimensões serão relevantes. Nesse caso, o carro é denominado corpo extenso.
Quando em manobra em uma garagem, o automóvel também é considerado um corpo extenso.

Figura 4

Figura 5
Corpo extenso. Ponto material.

b) Referencial
Ao estudarmos o movimento de um corpo, devemos determinar de que local esse movimento será
observado. Esse local é denominado sistema de referência ou, simplesmente, referencial. Isso é
importante, pois dependendo do local em que é observado, o movimento poderá ser diferente ou até
mesmo não haver movimento.
Um corpo pode, num determinado instante, estar em repouso em relação a certo referencial e, em
movimento em relação a outro referencial. Vamos exemplificar: imagine um automóvel se movendo à
velocidade de 50 km/h, com um passageiro além do motorista. Para o passageiro, o motorista está em
repouso, mas para um pedestre que está na calçada observando o carro passar, o motorista está numa
velocidade de 50 km/h.
Figura 6

Dependendo do referencial adotado temos duas situações diferentes. Para um pedestre as motos
estão em movimento e para os condutores das motos o “outro” está parado.

9
C1_9o_Ano_Ciencias_FABIANA_2022 02/07/2021 08:13 Página 10

c) Trajetória
A trajetória de um móvel pode ser
definida como o conjunto de posições
ocupadas por ele durante o seu movi-
Artes Gráficas – Objetivo

mento. Considerando-se que, ao


analisarmos um movimento, devemos
determinar um referencial, a trajetória
também depende do referencial. Por
exemplo, se observarmos, de dentro de
um avião que se move horizontalmente
com velocidade constante, um paraque-
dista saltar, para esse referencial o
paraquedista terá uma trajetória retilí-
nea; mas, para um observador que esti-
ver no solo, a trajetória será parabólica,
desde que se despreze o efeito do ar.

Agora, é a sua vez!


1. É possível um mesmo corpo ser considerado em um dado movimento como ponto material e, em
outro movimento, corpo extenso? Exemplifique.
Sim, um automóvel é tido como ponto material se considerarmos seu movimento entre duas cidades distantes entre si de 300 km, por

exemplo. Mas ele será considerado corpo extenso ao fazer uma manobra para estacionar.

2. Um passageiro está dormindo no interior de um trem que se desloca entre duas cidades. Ele está
em movimento ou em repouso?
Depende do referencial adotado. Se o referencial for o próprio trem, ele estará em repouso; se o referencial for a Terra, ele estará em

movimento.

3. Um barco movimenta-se horizontalmente com velocidade constante no instante em que um


tripulante deixa cair um objeto do mastro. Defina que tipo de trajetória descreve o objeto para um
observador:
a) situado no barco;
b) situado na Terra. Despreze a resistência do ar.
a) No barco: trajetória retilínea.

b) Na terra: trajetória parabólica.

10
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4. Um ônibus em uma estrada desenvolve uma velocidade de 40 km/h. Seus passageiros sentados
estão em movimento ou repouso? Por quê?
Estão em repouso em relação ao ônibus, porque tanto o ônibus como os passageiros se deslocam à mesma velocidade em relação ao solo.

Em relação a um observador que está em repouso na terra, os passageiros estão em movimento.

5. O planeta Júpiter é um ponto material?


Depende do movimento estudado. Se quisermos analisar o movimento do planeta em torno do Sol, ele é um ponto material. Entretanto,

se formos estudar o seu movimento de rotação, ele é um corpo extenso.

6. Um automóvel desloca-se, numa rodovia reta e horizontal, à razão de 80 km/h. Um passageiro


sentado no interior do automóvel tem nas mãos uma bolinha de gude. Esta é lançada verticalmente
para cima pelo passageiro e retorna às suas mãos. Qual é a trajetória da bolinha?
Em relação ao automóvel, a bolinha faz um movimento cuja trajetória é um segmento de reta vertical. Em relação à superfície da Terra, a

bolinha faz um movimento cuja trajetória é um arco de parábola, pois enquanto a bola sobe e desce, o automóvel desloca-se para a frente

e a bolinha acompanha o movimento do automóvel por inércia.

2.3. Velocidade escalar A6e7

Uma das grandezas físicas vetoriais que nos é familiar no dia a dia é a velocidade. Sabemos a que
velocidade estamos quando nos encontramos no interior de um carro em movimento; sabemos a
velocidade permitida nas estradas e vias de nossas cidades por meio das placas de sinalização;
comparamos as velocidades de atletas que correm provas de 100 metros rasos e de outros, que correm
maratonas etc.

Um corpo em movimento varia sua posição em uma determinada trajetória à medida que o tempo
passa. Ao medirmos a rapidez com que um corpo varia sua posição em sua trajetória, medimos a velocidade
escalar desse corpo. Essas posições da trajetória são definidas pela grandeza física chamada espaço.
Portanto, a velocidade escalar é uma medida da rapidez com que a posição (ou o espaço) varia.

11
C1_9o_Ano_Ciencias_Carlos_2023 28/07/2022 15:14 Página 12

a) Velocidade escalar média


Sabemos que, durante uma viagem de automóvel, a velocidade
Figura 7

do carro não se mantém constante o tempo todo. Há momentos


em que ele está mais rápido e momentos em que é preciso
reduzir a sua velocidade.
Muitos carros são equipados com um computador de bordo
que, entre suas funções, indica a velocidade média.

Se admitirmos que a distância entre duas cidades é de 280 km e que uma viagem de carro demorou
4 horas, é fácil perceber que o motorista percorreu 70 km a cada hora, ou seja, 70 km/h. Mas sabemos,
também, que dificilmente ele manteve todo o tempo essa mesma velocidade. Provavelmente, houve
momentos em que ele estava mais rápido e outros, em que estava mais lento. Por meio de um tacógrafo
(registrador instantâneo de velocidade e tempo), seria possível saber a velocidade com que o carro
percorreu os 280 km a cada instante. Mas, sem esse equipamento, podemos afirmar apenas que, se foi
percorrida uma distância de 280 km em 4h, a velocidade escalar média foi de 70 km/h.
Artes Gráficas – Objetivo

Considere uma outra situação: um carro sai às 11h de uma cidade A, que se situa no km 50 de
determinada rodovia. Chega à cidade B, que se situa no km 370 da mesma rodovia, às 16h. Com essas
informações, podemos calcular qual foi a velocidade escalar média desenvolvida pelo carro.
Figura 8

Figura 9

12
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Variação de espaço:
(Δs = S2– S1): saiu do km 50 e chegou ao km 370.

Variação de tempo:
(Δt = t2– t1 ): saiu às 11h e chegou às 16h.
A velocidade escalar média (Vm) é definida como a razão entre a variação da posição do móvel, ou
variação de espaço (Δs) e o correspondente intervalo de tempo (Δt).

E, seguindo nosso exemplo:


Vm = (370 km – 50 km) ÷ (16h – 11h) Δs
Vm = ______
Vm = 320 km ÷ 5h
Vm = 64 km/h
Figura 10
Δt

b)Velocidade escalar instantânea


É a velocidade num determinado momento (instante), em que o móvel
se encontra num certo ponto da trajetória. Quando olhamos para o
velocímetro de um automóvel, estamos fazendo a leitura, naquele
instante específico, de sua velocidade escalar instantânea.

c) Unidades de velocidade
Partindo da definição de velocidade escalar média (que é a razão entre a variação de espaço e o
intervalo de tempo) e considerando-se que o espaço pode ser medido em quilômetros (km) e o tempo
em horas (h), temos km/h como uma das unidades de velocidade escalar média pelo Sistema Legal
Brasileiro.
No Sistema Internacional, o espaço é medido em metros (m) e o tempo em segundos (s). Logo, a
unidade de velocidade escalar média no SI é m/s. Observe a tabela:
Distância Tempo Velocidade
SI m s m/s
SLB km h km/h
É possível converter os valores da velocidade escalar média de um sistema para outro:

1 km = 1000 m = 1 m
h 3600s 3,6 s

Para converter uma velocidade expressa em km/h para m/s, basta dividir o número de km/h por 3,6.
Para converter uma velocidade expressa em m/s para km/h, basta multiplicar o número de m/s por 3,6.
Artes Gráficas – Objetivo

Exemplos:
V = 72,0 km/h = (72,0 ÷ 3,6) (m/s) = 20,0 m/s
V = 25,0 m/s = (25,0 . 3,6) (km/h) = 90,0 km/h

13
C1_9o_Ano_Ciencias_Carlos_2023 28/07/2022 15:14 Página 14

Agora, é a sua vez!


1. O jamaicano Usain Bolt, tricampeão olímpico dos 100 m rasos, corre essa distância em cerca de 9,6s.
Qual sua velocidade escalar média em km/h?
Figura 11

Vm= Δs/Δt = 100 m ÷ 9,6s = 10,4 m/s = 37,5 km/h

2. Um automóvel passou pelo marco km 40 de uma estrada às 13 horas. A seguir, passou pelo marco
km 160 da mesma estrada às 15 horas. Qual a velocidade escalar média desse carro entre as passagens
pelos dois marcos?
Vm = Δs/Δt = (160 km – 40 km) ÷ (15h – 13h) =
120 km ÷ 2h = 60 km/h

3. No verão brasileiro, andorinhas migram do Hemisfério Norte para o Hemisfério Sul numa velocidade
escalar média de 25 km/h . Se elas voam 12 horas por dia, qual a distância percorrida por elas num dia?

Vm = Δs/Δt Δs = Vm . Δt = 25 km .12h = 300 km

14
C1_9o_Ano_Ciencias_Carlos_2023 04/08/2022 11:12 Página 15

4. A missão Apollo 8 foi a primeira a levar homens à Lua. A viagem, que fazia parte do Projeto Apollo,
teve duração de seis dias: do dia 21 ao dia 27 de dezembro de 1968. Os astronautas Frank Borman, Jim
Lovell e William A. Anders foram os primeiros homens a orbitar o satélite natural da Terra, abrindo
caminho para o pouso histórico que aconteceria sete meses mais tarde, com a Apollo 11. Sabendo-se
que a distância média entre a Terra e a Lua é de 384 405 km, qual a velocidade escalar média da Apollo 8
nessa viagem?(Obs: em km/h)
Vm = Δs/Δt = 384 405 km ÷ 144h = 2 669 km/h

5. Qual a distância em km entre duas cidades sabendo-se que um avião, numa velocidade escalar
constante de 250 m/s, percorreu esse trajeto em 8 horas?
m = 250 • 3,6 km/h
V = 250 ____ V = 900 km/h
s

Vm = Δs/Δt Δs = Vm • Δt Δs = 900 km/h • 8h = 7 200 km

6. Um carro se desloca entre duas cidades em duas etapas. Na primeira etapa, desloca-se com
velocidade escalar média de 80 km/h durante 3,5h. Após permanecer parado por 2,0h, o carro percorre
os 180 km restantes com velocidade escalar média de 40 km/h. Qual foi a velocidade escalar média do
carro no percurso todo?
Primeira etapa: 80 km/h • 3,5h = 280 km

Segunda etapa: 180 km ÷ 40 km/h = 4,5h

Vm = Δs/Δt Vm = (280 + 180) ÷ (3,5h + 2,0h + 4,5h)

Vm = 460 km ÷ 10h = 46 km/h

A8
Realização do laboratório 2
“Estudo do movimento”.
15
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2.4. Aceleração escalar A 9 e 10

É comum no nosso cotidiano usarmos a palavra “aceleração” de modo errado, pois ela é confundida
com o conceito de velocidade.
Exemplo desse erro conceitual é quando alguém diz que estava viajando e determinado carro fez
uma ultrapassagem acelerando a 140 km/h. Pelo fato de um dos pedais do carro ser chamado de
acelerador, é compreensível pensar que, se apertarmos esse pedal, com o carro em movimento, logo
estamos acelerando. Essa ação, no entanto, não garante que ele esteja acelerando, pois a aceleração
escalar acontece quando ocorre uma variação na velocidade escalar do móvel.
A aceleração escalar mede a rapidez com que a velocidade escalar varia. Essa variação pode ser
lenta ou rápida e pode ser um aumento ou uma diminuição dessa velocidade. Se a aceleração escalar
for nula, significa que a velocidade escalar é constante, não muda.
Se um carro de corrida arranca com grande aceleração escalar, isso significa que sua velocidade
está variando rapidamente.
Figura 12
Figura 13

Um dragster acelera de 0 km/h a 160 km/h em 0,8s, enquanto um avião comercial pode ficar horas
mantendo sua velocidade constante, cerca de 900 km/h, ou seja, sem acelerar.

a) Aceleração escalar média


Da mesma forma que é difícil um móvel manter uma velocidade escalar constante, em relação à
aceleração escalar não é diferente. Quando um móvel está acelerando, sua aceleração escalar pode
estar variando e, neste caso, é interessante definirmos uma aceleração escalar média num certo espaço
de tempo.
16
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 17

Imagine um motorista de um caminhão que está a uma velocidade escalar de 25 m/s e pisa no
acelerador, fazendo com que a velocidade escalar do veículo chegue a 40 m/s num intervalo de tempo
de 5s. O caminhão tinha uma velocidade escalar inicial (V1) de 25 m/s e uma velocidade escalar final (V2)
de 40 m/s. Ou seja, teve uma variação de velocidade escalar de 15 m/s.

ΔV = V2 – V1
ΔV = 40 m/s – 25 m/s Essa variação ocorreu num intervalo de tempo de 5s: Δt = 5s
ΔV = 15 m/s

A aceleração escalar média (am) pode ser representada matematicamente por:

ΔV
am = ______
Δt
Então, temos: am = V2 – V1 / Δt
am = (40 m/s – 25 m/s) ÷ 5s
am = 15 m/s ÷ 5s
am = 3 m/s2

Concluímos, então, que em média o caminhão aumentou sua velocidade escalar em 3 m/s a cada
segundo. Imagine agora uma situação em que o caminhão do exemplo citado está diminuindo sua
velocidade escalar. Nesse caso, sua aceleração escalar será negativa, já que o valor de sua velocidade
escalar inicial (V1) será maior que sua velocidade escalar final (V2). Quando o valor absoluto da velocidade
escalar estiver aumentando, o movimento é dito acelerado. Quando o valor absoluto da velocidade
escalar estiver diminuindo, o movimento é dito retardado (freada).

b) Unidade de aceleração
Seguindo o SI de unidades, utilizamos metro por segundo (m/s) para medir velocidade e segundo
(s) para medir o tempo, portanto:

ΔV
am = ______ m/s = m/s2
unidade (a) = ______
Δt s

Agora, é a sua vez!


1. Entre 0 e 3s, a velocidade escalar de um móvel variou de 7 m/s para 28 m/s. Qual a sua aceleração
escalar média?
am = ΔV/Δt am = (28 m/s – 7 m/s) ÷ 3s

am = 7 m/s2

17
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 18

2. Um motorista de rally dirigia seu carro à velocidade escalar de 20 m/s quando acionou os freios e
parou em 4s. Determine a aceleração escalar média imprimida pelos freios ao carro.
am = ΔV/Δt am = (0 m/s – 20 m/s) ÷ 4s

am = – 5 m/s2

3. Os veículos terrestres que possuem grande aceleração escalar são os dragsters. Numa corrida de
apenas 400 m, eles conseguem variar a velocidade escalar de 0 a 504 km/h em 8s. Qual a aceleração
escalar média de um dragster?
km = ____
V = 540 ____ 504 m/s = 140 m/s
h 3,6

am = ΔV/Δt am = (140 m/s – 0 m/s) ÷ 8s

am = 17,5 m/s2

4. Um carro de Fórmula 1 encontra-se a uma velocidade escalar de 290 km/h, quando, ao avistar uma
curva, reduz para 90 km/h. Essa redução de velocidade ocorre em 4s. Qual a aceleração escalar média
do carro nesse intervalo de tempo?
am = ΔV/Δt ΔV = (90 – 290) km/h = – 200 km/h
Δ – 200 m/s = – 55,6 m/s
V = _____
3,6
ΔV = –_____
am = _____ m =˜ – 13,9 m/s2
55,6 ____
Δt 4 s2

5. Um automóvel, viajando à velocidade escalar de 25 m/s, freia com aceleração escalar de – 5 m/s2,
parando após 5s. Com essas informações, preencha a tabela abaixo.

t (s) 0 1 2 3 4 5

V (m/s) 25 20 15 10 5 0

Ao concluir o item anterior, você já pode


realizar em casa, a tarefa 3 “Cinemática” e
a tarefa 4 “Revisando a Cinemática”.
18
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 19

2.5. Movimento Uniforme (MU) e


Movimento Uniformemente Variado (MUV)
Responda às questões ao longo do texto de acordo com a situação sugerida.

Figura 14
a) Você saiu da sua casa em direção à escola. Qual a distância aproximada você percorreu?

b) O tempo gasto para percorrer esse trajeto é sempre o mesmo?

c) Quais são os fatores que podem interferir, para que haja variação no tempo gasto durante o percurso?

d) Em uma corrida de Fórmula 1, os vários pilotos devem percorrer um determinado número de voltas
estabelecidas para cada circuito, no menor tempo possível. Quais são os fatores determinantes para que
um piloto seja o vencedor da prova?

19
C1_9o_Ano_Ciencias_Carlos_2023 28/07/2022 15:14 Página 20

e) Você acha que a velocidade dos carros é constante durante toda a corrida? Justifique sua resposta.

f) Cite alguma situação em que o móvel mantenha velocidade constante durante todo o percurso ou
parte dele. Figura 15

Professor, a ideia da ponto referencial, já citados


atividade sugerida é no módulo anterior. Discuta
levantar discussões sobre os também a existência e
tipos de movimentos que frequência do movimento
serão posteriormente variado no seu cotidiano e
identificados e descritos, ou os motivos pelos quais o
seja, movimento uniforme e movimento uniforme é
movimento uniformemente dificilmente observado. Para
variado. Aproveite as duas o item “f” o aluno poderá
situações para destacar os citar os ponteiros de um
conceitos de: trajetória, relógio, trens, aviões e
variação de espaço, variação navios que também já foram
de tempo, aceleração e citados no módulo anterior.

a) Movimento Uniforme (MU) A 11 e 12


Considere um carro em uma estrada plana, com poucas curvas e com pouco movimento. Na
situação descrita, é possível que esse carro consiga manter sempre a mesma velocidade escalar durante
um determinado intervalo de tempo. Quando um móvel mantém sempre a mesma velocidade escalar,
denominamos o movimento desse móvel de movimento uniforme (MU).
No movimento uniforme, a velocidade escalar é constante e obrigatoriamente diferente de zero. A
aceleração escalar é nula porque não há variação da velocidade escalar.

Observando a imagem dos relógios a seguir, qual a relação entre seu funcionamento e
movimento uniforme?
Figura 16

Os ponteiros de um relógio executam Movimento Uniforme. Caso isso não

ocorra, eles atrasam ou adiantam o tempo.

20
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 21

Classificação do Movimento Uniforme


Para classificar o movimento uniforme, devemos prestar atenção à orientação da trajetória. Observe
o desenho a seguir:

Artes Gráficas – Objetivo


A trajetória está orientada de A para B

O carro X possui uma velocidade escalar positiva, pois seu movimento é no mesmo sentido da
orientação da trajetória e seu movimento é denominado progressivo. O carro Y possui uma velocidade
escalar negativa, pois seu movimento é no sentido contrário à orientação da trajetória e seu movimento
é chamado retrógrado.

A função horária do Movimento Uniforme


Considerando-se que no MU a velocidade escalar é constante, ela possui o mesmo valor que a
velocidade escalar média em qualquer intervalo de tempo. Matematicamente, expressamos da seguinte
forma:
Δs
Vm = ______ Δs
e V = ______
Δt Δt

Lembrando que:
Δs é a variação de espaço (espaço final – espaço inicial), que pode ser escrito como:
Δs = s2 – s1 ou s – so;

Δt é a variação de tempo (tempo final – tempo inicial), que pode ser escrito como:
Δt = t2 – t1 ou t – to.

Ao substituir Δs e Δt na equação da velocidade, temos:


s – so
V = _______
t – to

Se considerarmos to = O ; s – so = V . t

s = so + Vt (função horária do Movimento Uniforme)

21
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 22

Agora, é a sua vez!


1. Calcule:
a) a distância percorrida por um carro que se movimenta com velocidade escalar constante de 54 km/h
durante 30 minutos;
b) a velocidade, supostamente constante, de um nadador que percorre uma distância de 100 m, em
nado livre, num intervalo de tempo de 50s;
c) o tempo que a luz gasta para vir do Sol à Terra (Δs = 1,5 . 1011 m), sabendo-se que sua velocidade
escalar é constante e vale 3,0.108 m/s.
a) Δs = V • t Δs = 54 km/h • 0,5h Δs = 27 km
b) V = Δs/Δt V = 100 m ÷ 50s V = 2 m/s

c) V = Δs/Δt 3,0 , 108 m/s = (1,5 • 1011m) ÷ Δt


Δt = (1,5 • 1011m) ÷ (3,0 , 108 m/s) Δt = 0,5 • 103s
Ou seja, 500s ou 8,3 minutos.

2. A função horária do espaço de um carro em movimento uniforme é dada pela expressão: s = 100 + 8 .
t em unidades do SI. Determine em que instante esse móvel passará pela posição 260 m.
s = 100 + 8 • t (SI)

260 = 100 + 8 • t 160 = 8 • t t = (160 ÷ 8)(s)

t = 20s

3. Um tiro é disparado contra um alvo preso a uma grande parede capaz de refletir o som. O eco do
disparo é ouvido 2,5 segundos após o tiro. Considerando-se a velocidade escalar do som como sendo
340 m/s, qual deve ser a distância entre o atirador e a parede?
Δs = Vt
Δs = 340 m/s • 1,25s
Portanto, a distância entre o atirador e a parede é de 425 m.

22
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 23

4. A velocidade dos navios é geralmente medida em uma unidade chamada nó, cujo valor é de cerca
de 1,8 km/h. Qual a distância que seria percorrida por um navio desenvolvendo velocidade escalar
constante de 20 nós durante 10 horas?
V = 20 nós

20 • 1,8 (km/h) = 36 km/h

Vm = Δs/Δt 36 km/h = Δs ÷ 10h Δs = 360 km

5. É dada a função horária do movimento de um móvel s = 100 + 80 t, onde s é medido em metros


e t em segundos. Determine:

a) o espaço inicial e a velocidade escalar;


b) o espaço quando t = 2s;
c) o instante em que o móvel se encontra na posição s = 500 m;
d) se o movimento é progressivo ou retrógrado.
a) so = 100 m V = 80 m/s

b) s1 = 100 + 20 • 2(m) s1 = 260 m

c) 500 = 100 + 80 • t1(s) 400 = 80 t1 → t1 = 5s

d) Progressivo porque a velocidade escalar é positiva.

6. Um automóvel encontra-se no marco km 20 de uma estrada e, nesse momento, desenvolve uma


velocidade escalar de 80 km/h. Depois de quanto tempo esse automóvel atingirá o marco do km 180,
se ele continuar com a mesma velocidade?
s = so + V • t 180 = 20 + 80 • t(h) 160 ÷ 80 = t

t = 2h

A 13
Realização do laboratório 3
“Movimento Uniforme (MU)”.
23
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 24

b) Movimento Uniformemente Variado (MUV) A 14

Observe a imagem e os dados a seguir:

Artes Gráficas – Objetivo


Agora, tente responder às questões seguintes:
• Com o passar do tempo, o que ocorre com a velocidade escalar?
A velocidade aumenta.

• A variação que a velocidade escalar sofre é constante ou irregular?


Constante.

O movimento no qual a velocidade escalar varia uniformemente, no decorrer do tempo, é chamado


movimento uniformemente variado (MUV) e, para isso, é necessário que a aceleração escalar seja
constante e não nula.

Função horária da velocidade


Por meio dessa função horária, conhecendo-se a velocidade inicial de um móvel e sua aceleração
escalar, é possível determinar sua velocidade escalar em um determinado instante.

Δv
a = ______ v – vo
= ______
Δt t–to
Considere to = 0
Assim, temos:

(Função horária da velocidade)


v = vo + a . t Na qual: v = velocidade escalar final
vo = velocidade escalar inicial
a = aceleração escalar
t = tempo
Vamos exemplificar:

Um móvel que parte do repouso e possui uma


aceleração escalar constante de 4 m/s2 durante 8s,
v = vo + a . t
atingirá qual velocidade escalar ao final desse tempo?
v = 0 + (4 m/s2 . 8s)
v = 32 m/s
24
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 25

Função horária dos espaços


No MUV, é possível sabermos a posição em que o móvel se encontra em função do tempo
transcorrido. Para isso, é necessário conhecermos o espaço inicial do móvel, sua velocidade escalar inicial
e o valor da aceleração escalar. A equação que permite fazer esse cálculo foi obtida por meio de um
diagrama da velocidade versus tempo (v x t).

Artes Gráficas – Objetivo


Assim, a função horária dos espaços é:

1 at2
s = so + vot + ___
2
Sendo:
s = espaço final
so = espaço inicial
vo = velocidade escalar inicial
t = tempo
a = aceleração escalar

Exemplifiquemos a aplicação dessa equação:

Um móvel parte do repouso da origem das posições ( so = 0 ) com aceleração escalar constante e igual
a 2 m/s2. Determine sua posição após 6s.

1 at2
s = so + vot + ___
2

1 2
s = 0 + 0 . 6 + _____ . 2 . (6) (m)
2
s = 36 m

25
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 26

c) Queda livre A 81 e 82

Qualquer corpo abandonado a uma certa altura entra em


Figura 17

movimento devido à ação da gravidade. Após equívocos


relacionados ao estudo da queda dos corpos, especialmente por
parte de Aristóteles (384-322 a.C.) que afirmava que corpos mais
“pesados” caíam mais rapidamente que corpos mais “leves”,
Galileu (1564-1642) enunciou que todos os corpos em queda
livre, num mesmo local, movimentam-se com a mesma
aceleração, quaisquer que sejam suas massas.
A aceleração de queda livre que é a mesma para todos os
corpos em um mesmo local é chamada aceleração da gravidade.
O valor da aceleração da gravidade na Terra é de 9,8 m/s2 e na
maioria das vezes, adotamos g = 10 m/s2.
Considerando-se que a aceleração da gravidade é constante, o movimento de um corpo em queda
livre vertical é um movimento uniformemente variado (MUV). Portanto, as equações utilizadas no MUV
também são aplicadas na queda livre dos corpos. (Vale ressaltar que no estudo dos corpos em queda livre,
não consideramos a resistência do ar.)
Quando abandonamos um corpo que iniciará uma queda
livre, sua velocidade inicial (Vo) é nula. Usando a função horária
da velocidade, temos:

V = vo + a . t
Artes Gráficas – Objetivo

V=a.t
Sendo a aceleração escalar igual à aceleração
da gravidade, temos:

V=g.t

Exemplificando, se um objeto abandonado da janela de um prédio demora 4s para chegar ao solo,


desprezando-se a resistência do ar, esse objeto chegará ao solo com uma velocidade escalar final de 40
m/s, considerando-se g = 10 m/s2.
No estudo dos corpos em queda livre, também é possível calcular a altura da queda de um corpo,
bem como o tempo que determinado corpo demora para chegar ao solo, sempre desprezando-se a
resistência do ar.
Altura de queda: Tempo de queda: t2 = 2h
Δs = so + vot + 1 a. t2 da equação anterior g
2 Ao concluir o item anterior,

冑苳苳苳
vo = 0 so = 0 você já pode realizar em casa,
a =g g 2
h = __t t= 2h
____
a tarefa 5 “Movimento
Uniforme (MU) e Movimento
Δs = h (altura de queda) Uniformemente Variado
t = t (tempo de queda) 2 g (MUV)”.

26
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 27

Agora, é a sua vez!


1. Observe a tabela abaixo e responda ao que se pede.

t (s) 0 1 2 3 4 5

V (m/s) 0 4 8 12 16 20

a) Qual a velocidade escalar inicial?


b) Qual o valor da aceleração escalar?
c) A velocidade escalar é constante? E a aceleração escalar?
d) Como se denomina esse movimento?
a) 0 m/s

b) 4 m/s2

c) A velocidade escalar não é constante. A aceleração escalar é constante.

d) MUV

2. Um móvel parte com velocidade escalar de 10 m/s e aceleração escalar de 6 m/s2 da posição 20
metros em uma trajetória retilínea. Determine sua posição no instante 10s.
1
s = so + Vot + ____ = at2
2
6
s = 20 + (10 • 10) + ____ • 102
2

s = 20 + 100 + 300 (m) s = 420 m

3. Uma moto parte do repouso com aceleração escalar constante e 5s depois encontra-se a 50 m da
posição inicial. Determine a aceleração escalar da moto.
1 = at2
s = so + Vot + ____
2
50 = 0 + 0 • t + a • 52 ÷ 2(m/s2)

50 = a • (25 ÷ 2)

100 = 25 • a a = 4 m/s2

4. Um móvel mantém aceleração escalar constante de 2 m/s2 durante 30s. Sabendo-se que partiu do
repouso, determine sua velocidade escalar final.
V = Vo + a • t

V1 = 0 + 2 • 30 (m/s) V1 = 60 m/s

27
C1_9o_Ano_Ciencias_Carlos_2024 10/10/2023 15:54 Página 28

5. Um avião, durante sua decolagem, mantém uma aceleração escalar constante de 4 m/s2.
a) Qual a variação de velocidade escalar nos primeiro 15s de movimento?
b) Se sua velocidade escalar for de 30 m/s ao passar defronte a torre de controle, qual será sua
velocidade escalar 10s depois?
a) V = Vo + a • t

V = 4 • 15 (m/s) V = 60 m/s

b) V = Vo + a • t

V1 = 30 + 4 • 10 (m/s) V1 = 70 m/s

6. Uma pedra foi abandonada de uma janela e atingiu o solo após 5s. Dado: g = 10 m/s2.
a) Qual sua velocidade escalar ao atingir o solo?
b) Qual a altura da janela de onde ela foi abandonada?
c) Qual a velocidade escalar média da pedra no percurso todo?
d) Que distância a pedra percorreu após 3s de queda?
a) V = g • t (m/s) V = 10 • 5 (m/s) V = 50 m/s
Δ
b) s = Vot + ____a t2 10 (5)2 (m)
H = ____ H = 125 m
2 2

c) Vm = H / t Δ Vm = 125/5 (m/s) Vm = 25 m/s


Δ
d) s = 10
____ 2
(3) (m) = 45 m
2

7. No espaço abaixo, escreva quantos metros a pedra do exercício anterior cai a cada segundo.
Calcule a altura que a pedra deverá estar a cada segundo.

t0 = 0s h = 0 m t1 = 1s h=5m

t2 = 2s h = 20 m t3 = 3s h = 45 m

t4 = 4s h = 80 m t5 = 5s h = 125 m

Ao concluir o item anterior, você já pode


realizar em casa, a tarefa 6 “Revisando o
MU e o MUV”.

28
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 29

DATA: _____/_____/_____
Módulo
Matéria e energia

5
3 As leis de Newton
A 17

3.1. As leis de movimento de Newton


Na Física, quando estudamos os movimentos, estamos nos referindo à Cinemática. A Cinemática
apenas descreve o movimento, sem investigar suas causas. Quando nos preocupamos com as causas do
movimento, estamos entrando em uma área da Mecânica (ciência que tem por objeto o estudo dos
movimentos), conhecida como Dinâmica. O estudo da Dinâmica clássica está estruturado em três leis,
conhecidas como os princípios básicos da Dinâmica e intituladas as leis do movimento de Newton.

• 1.ª lei de Newton – Princípio da Inércia.


• 2.ª lei de Newton – Princípio fundamental da Dinâmica.
• 3.ª lei de Newton – Princípio da Ação e Reação.

a) Se você estiver em pé dentro de um ônibus parado conversando com um colega, e o motorista


inicia o movimento do ônibus bruscamente, o que deve ocorrer com você?

b) Imagine que seus pais queiram fazer algumas mudanças na sala da sua casa e pedem sua ajuda para
arrastar os móveis. Provavelmente você perceberá que, ao empurrá-los, alguns são fáceis e outros mais
difíceis. Para alguns deles você terá que exercer uma força maior do que para outros. Quais as variáveis
que determinam a intensidade da força que você deve exercer?

c) Às vezes acontece de estarmos caminhando pela casa e, distraidamente, topamos o pé no canto do


sofá, da cama, da mesa etc. A dor e outras sensações são horríveis. Por que isso acontece?

Professor, as respostas esperadas nos remetem às três leis de Newton. Podemos comentá-las oralmente antes de iniciarmos
o estudo de cada uma delas em separado. 29
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:38 Página 30

3.2. Princípio da Inércia (1.a lei de Newton)


Ao empurrar uma cadeira pela sala, é evidente que ela só se movimentará enquanto você estiver
exercendo uma força sobre ela. Se a força cessar, ou seja, se você parar de empurrá-la, ela logo para.
Tal observação levou o filósofo grego Aristóteles a concluir que:
“Um corpo só permanece em movimento se uma força estiver atuando sobre ele.”
Essa interpretação, formulada no século IV a.C., foi aceita até o Renascimento (séc. XVII). Galileu
Galilei (1564-1642) dizia que o estudo dos movimentos necessitava de experiências mais cuidadosas.
Após realizar vários experimentos e observações, Galileu percebeu que, sobre um livro que é empurrado,
por exemplo, age uma força denominada força de atrito, e que tal força é sempre contrária à tendência
de deslizamento dos corpos. Assim, ele concluiu que, se não houvesse a presença do atrito, o livro não
pararia se cessasse a aplicação da força sobre ele, ao contrário do que pensava Aristóteles.
sem uma força externa, este objeto
jamais se moverá

sem forças externas, este objeto


jamais irá parar

As conclusões de Galileu podem ser resumidas da seguinte maneira:


“Se um corpo estiver em repouso, é necessária a aplicação de uma força para que ele possa alterar
o seu estado de repouso. Uma vez iniciado o movimento e cessada a aplicação da força (e livre da ação
de outras forças), o corpo permanecerá em movimento retilíneo uniforme (MRU) indefinidamente. ”
As observações e os estudos de Galileu levaram à descoberta da propriedade física da matéria
denominada Inércia.
Mais tarde, Isaac Newton (1642-1727) formulou as leis da Dinâmica, denominadas “as três leis de
Newton”. Newton concordou com as conclusões de Galileu e utilizou-as em suas leis.
A 1.ª lei de Newton, também chamada lei da Inércia, apresenta o seguinte enunciado:

“Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso, e um corpo em


movimento continua em movimento retilíneo uniforme (MRU)”.

Movimento retilíneo uniforme é aquele no qual a velocidade vetorial permanece constante durante
todo o percurso de um corpo. A velocidade é constante em módulo, direção e sentido (não nula), e a
aceleração vetorial é nula ( →
a =→
0 ). Assim, tanto Galileu quanto Newton perceberam que um corpo pode
se movimentar sem que nenhuma força esteja atuando sobre ele.

30
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 31

Observando as imagens a seguir, podemos concluir que inércia está relacionada com qual
grandeza física?

Professor, a massa é a medida da inércia; quanto maior a massa maior a inércia.

Agora, observando as imagens a seguir, podemos perceber que inércia é uma propriedade da
matéria que está diretamente relacionada ao nosso cotidiano. Podemos citar inúmeras situações em que
essa propriedade se mostra presente.

31
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 32

Agora, é a sua vez! foguete. Outra questão é que ele está longe de qualquer corpo

celeste. Como não há planeta por perto, o foguete não é atraído pela

força de gravidade de nenhum planeta (ou de uma estrela, ou outro


1. Por que uma pessoa, ao descer de um ônibus
corpo celeste qualquer). Desse modo, quando os motores são
em movimento, precisa acompanhar o movimento
desligados, o movimento do foguete tende a continuar do mesmo
do ônibus para não cair?
jeito, com a mesma velocidade em módulo, direção e sentido. O
Quando um veículo está em movimento, o corpo encontra-se na
princípio que explica isso é o Princípio da Inércia.
velocidade do veículo. Por isso, temos que acompanhar a velocidade

do ônibus para não cairmos.

5. Qual a relação entre a massa contida em um


corpo e sua inércia?
2. O filósofo grego Aristóteles afirmava aos seus
A massa é uma medida da inércia. Quanto maior a massa, maior será
discípulos: "Para manter um corpo em movimento,
a inércia do corpo. Dizer que um corpo tem maior inércia (ou maior
é necessária a ação contínua de uma força sobre
massa) significa que, recebendo uma mesma força, a sua aceleração
ele." Essa proposição é verdadeira ou falsa?
será menor.
Falsa. Se o corpo em movimento estiver livre da ação de forças, ele

se manterá em movimento retilíneo uniforme indefinidamente, de

acordo com o Princípio da Inércia.


6. Uma pequena esfera pende de um fio preso
ao teto de um trem que realiza movimento retilíneo
e horizontal. Explique como fica a inclinação do
3. Explique a função do cinto de segurança de
fio se:
um carro, utilizando o conceito de inércia.
a) o movimento do trem for uniforme;
Segundo a lei da Inércia, um corpo tende a permanecer com sua
b) o trem se acelerar;
velocidade a não ser que alguma outra força atue sobre ele. Dessa
c) o trem frear.
forma, quando uma pessoa entra num carro em repouso, possui
a) Se o movimento do trem é uniforme, então a força resultante é
velocidade nula. Porém, quando o automóvel inicia seu movimento,
igual a zero. Como a esfera está presa ao trem, a resultante das
a pessoa também adquire velocidade. Assim, quando ocorre uma
forças sobre ela também será igual a zero, e a inclinação do fio será
batida, o carro para, mas a pessoa tende a permanecer em
de 90 graus em relação ao teto (vertical).
movimento, com velocidade igual à do instante da colisão. E é
b) Ao acelerar, o trem deixa de estar em estado de inércia e a
justamente nessa situação que se faz necessário o uso do cinto de
resultante das forças é diferente de zero. Por inércia, a esfera
segurança, aplicando uma força oposta à velocidade para frear o
desloca-se para trás; assim, o fio ficará inclinado no sentido contrário
corpo.
ao movimento do trem.

c) Novamente a inércia age sobre a esfera. Ela tenderá a continuar


4. Uma nave espacial está com os motores
em movimento, deslocando-se para frente. Logo, a inclinação do fio
ligados e movimenta-se no espaço, longe de
será no sentido do movimento do trem.
qualquer planeta. Em certo momento, os motores
são desligados. O que irá ocorrer? Por qual lei da
Física isso se explica?
No espaço não existe atmosfera. Com isso, o foguete viaja sem
Realização do laboratório 4 “Inércia
sofrer influência do ar. Assim, não há resistência ao movimento do de repouso”.
A 18
32
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 33

3.3. Princípio fundamental da Dinâmica (2.a lei de Newton) A 19

O Princípio fundamental da Dinâmica (2.ª lei de Newton) foi enunciado em 1700 por Newton, po-
rém já havia sido estudado por Galileu. Também é chamado de princípio da proporcionalidade entre
força e aceleração. Pode ser enunciado assim:

“Quando uma força é aplicada a uma partícula, ela produz, na sua direção e sentido,
uma aceleração com módulo proporcional ao módulo da força aplicada.”
A equação abaixo é a equação fundamental da Dinâmica:
→ →
F = m. a

F : é a resultante de todas as forças que agem sobre o corpo (em N);
m : é a massa do corpo em que as forças atuam (em kg);

a : é a aceleração adquirida (em m/s2).

O newton (símbolo: N) é uma unidade de medida de força. Corresponde à força exercida sobre um
corpo de massa igual a 1 kg, que produz uma aceleração na mesma direção e sentido da força e módulo
de 1 m/s². (1 N =1 kg.m / s2).

O peso de um corpo

Muitas vezes deixamos cair algum objeto, seja ele um livro ou uma caneta. Novamente, o primeiro
estudioso a propor explicações para tal fato foi Aristóteles, mas quem melhor esclareceu o fenômeno
foi Galileu. Após diversos experimentos, Galileu chegou à conclusão de que para objetos próximos da
Terra e desprezando-se a resistência do ar qualquer objeto cai com a mesma aceleração. Essa aceleração

foi chamada de aceleração da gravidade ( g ). Newton apresentou explicações a respeito da existência
da aceleração da gravidade. Ele enunciou que onde houvesse aceleração haveria uma força, pois se um
objeto cai com aceleração é porque a Terra exerce uma força sobre ele, uma força denominada peso,

que é representada por P .
Caso deixemos um objeto possuidor de massa m nas proximidades da superfície terrestre, em uma
região onde se faz vácuo, podemos verificar que a força resultante que atua sobre o corpo é, na verdade,
seu próprio peso. Dessa forma, tomando como base a 2.ª lei de Newton, temos:
→ → → →
F = m. a → P = m. g
Usualmente, o termo “peso” é utilizado em frases como: "Meu peso é 70 quilogramas"; "Por favor,
pese 500 gramas de carne moída" ou ainda "Essa menina, quando nasceu, pesava 3,8 quilogramas".
Todos nós já nos expressamos com frases como essas. E todos entendem muito bem o que queremos
dizer. Mas, do ponto de vista da Física, nessas frases há uma confusão entre duas grandezas: a massa e
o peso. A massa está associada com a quantidade de "matéria" contida no corpo. Ao dizer que o peso
de um pacote é 2 kg, por exemplo, estamos utilizando erroneamente a palavra peso no lugar de massa
do corpo. A massa de um corpo não se altera se ele for levado da Terra para qualquer outro lugar do
universo. Mas, dependendo do lugar em que esse corpo estiver, seu peso muda.
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EVERETT/FOTOARENA/EVERETT COLLECTION

O corpo de um astronauta pesa bem menos na Lua do


que na Terra. Entretanto, a massa deste corpo não varia.
Massa e peso não são a mesma coisa.

A experiência vivida pelos primeiros astronautas que


viajaram para a Lua ilustra bem essa diferença entre peso e
massa. A massa de cada um deles não sofreu qualquer
alteração pelo fato de terem saído da Terra e ido para a Lua.
Mas, ao chegarem à Lua, eles sentiram uma diferença em
seus próprios pesos. A força com que a Lua atrai os corpos
próximos à sua superfície é cerca de 1/6 da força com que
a Terra atrai os mesmos corpos quando eles estão aqui.

Diante da força gravitacional que a Terra exerce sobre todos os corpos próximos a sua superfície,
sabemos então que todos os corpos “caem”. Refletindo sobre isso, responda à questão abaixo:

Professor, Isaac Newton, no


século XVII, imaginou a
possibilidade de colocar
objetos quaisquer em órbita
ao redor da Terra, ideia que
explica como a Lua é
mantida em sua trajetória
Esse raciocínio explica como
sem cair sobre nosso
é possível lançar satélites e
planeta.
mantê-los ao redor da Terra.
Newton observou que, ao
SE A MAÇÃ CAI, Esses objetos são lançados
lançar uma pedra com
com uma velocidade tal que
determinada velocidade POR QUE A LUA eles conseguem dar a
horizontal, a trajetória do
NÃO CAI? voltarno planeta,
objeto faz uma parábola até
acompanhando sua
chegar ao solo. Isso
curvatura e executando um
acontece porque a força
gravitacional da Terra sobre A TERRA TAMBÉM movimento de queda
DEVE ATRAÍ-LA... contínuo. Os satélites estão
a pedra puxa-a em direção
em um movimento de queda
ao chão. Cada vez que a
contínuo ao redor da Terra e,
velocidade de lançamento é
por isso, nunca chegarão a
aumentada, o objeto atinge
tocar o solo. Disponível em:
distâncias maiores, então, o
<http://mundoeducacao.bol.
físico inglês imaginou que
uol.com.br/fisica/por-que-
deveria haver uma
lua-nao-cai-na-terra.htm>.
velocidade suficientemente
Acesso em: 24 out. 2017.
grande, capaz de fazer com
que o objeto arremessado
desse um giro ao redor da
Terra e voltasse à sua
posição inicial.

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Agora, é a sua vez!

1. Um caminhão com massa de 4000 kg está parado diante de um sinal luminoso. Quando o sinal fica
verde, o caminhão parte em movimento acelerado e sua aceleração tem módulo igual a 2,0 m/s2. Qual
o módulo da força aplicada pelo motor?
F = m.a

F = 4000kg . 2,0m/s2

F = 8000N

2. Uma força horizontal de intensidade 200N age sobre um corpo que adquire a aceleração de 2 m/s2.
Qual é a sua massa?
m = F/a

m = 200N/2m/s2

m = 100kg

3. Calcule a intensidade da força com que a Terra atrai um corpo de 20 kg de massa quando ele está
em sua superfície. (Dado: g = 10 m/s2)
P = m. g

P = 20 kg.10m/s2

P = 200N

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4. Na Terra, o módulo da aceleração da gravidade é (em média) 9,8 m/s2, e na Lua, 1,6 m/s2. Para um
corpo de massa 5 kg, determine: (Adote o valor de 10 m/s2 para o módulo da aceleração da gravidade
na Terra.)
a) o peso desse corpo na Terra;
b) a massa e o peso desse corpo na Lua.
a) P = m.g P = 5kg.10m/s2 P = 50N

b) m = 5 kg (a massa é a mesma)

P = m.g P = 5kg.1,6m/s2 P = 8N

5. Em Júpiter, a aceleração da gravidade tem módulo igual a 26 m/s2, enquanto na Terra é de 10 m/s2.
Qual seria, em Júpiter, o peso de um astronauta que na Terra corresponde a 800 N?
Na Terra, P = m.g , 800N = m.10m/s2 , m = 800N/10m/s2

Portanto, a massa do astronauta é de 80kg.

Em Júpiter, P = m.g P = 80kg.26m/s2 P = 2080N

6. Imagine que duas forças atuam sobre um bloco de massa 2,0 kg. As duas forças possuem a mesma
direção (horizontal), porém sentidos opostos. A força da direita tem intensidade de 15 N, e a força da
esquerda tem intensidade de 25 N.
a) Qual a intensidade da força resultante? Para qual sentido?

25N – 15N = 10N para a esquerda

b) Qual o módulo da aceleração adquirida pelo bloco?


F = m.a 10N = 2kg.a a = 5m/s2

c) Se as duas forças tivessem, além da mesma direção, o mesmo sentido, qual seria o módulo da força
resultante e o módulo da aceleração adquirida pelo bloco?
25N + 15N = 40N

F = m.a 40N = 2kg.a a = 20m/s2

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3.4. Princípio da Ação e Reação (3.a lei de Newton) A 20

Quando uma pessoa empurra uma caixa com uma força, podemos dizer que esta é uma força de
ação. Mas, conforme a 3.ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força, com módulo e
direção iguais, e sentido oposto à força de ação, que é chamada força de reação. Este é o Princípio da
Ação e Reação, cujo enunciado é:

“A toda força de ação corresponde uma força de reação, com a mesma intensidade,
mesma direção e sentido contrário.”
É importante deixar claro que as forças de ação e reação não podem se equilibrar, pois são aplicadas
em corpos distintos. Para que pudessem se neutralizar, teriam que ser aplicadas num mesmo corpo.

Aplicações da 3.a lei de Newton

a) Quando uma pessoa caminha sobre uma superfície, ela é impulsionada


para frente graças à força que ela aplicou sobre o chão.

AÇÃO

REAÇÃO

b) Um foguete aplica uma força sobre os jatos expulsos, e em reação a esta


força o foguete é impulsionado para cima. Note que, quando no espaço,
o foguete só necessita de propulsão para alterar sua velocidade ou rota,
pois, como prevê a 1.ª lei de Newton, o corpo livre de forças permanecerá
em movimento retilíneo e uniforme. Para mudar sua velocidade, o foguete
aplica sobre os jatos uma força em sentido oposto (obedecendo à 3.ª lei
de Newton).

c) Martelo no prego. O martelo exerce uma força sobre o prego, fazendo


com que este penetre na madeira. O prego, por sua vez, exerce uma força
de reação sobre o martelo.
INGIMAGE/FOTOARENA

d) Quando uma mangueira de incêndio está jogando água. Você já deve ter
notado que é preciso usar muita força para segurá-la. A mangueira está
atuando como um motor de foguete. Ela está jogando água em um dado
sentido, e os bombeiros estão usando sua força para impedir que a
mangueira recue ao ser impulsionada pela força de reação.
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Em termos de viagens interplanetárias, qual a diferença entre enviarmos uma nave com
propulsão a jato e uma outra que se movimenta com hélices?

Professor, um avião a hélice, funcionando na base da reação do ar, assim como um pássaro, não pode realizar viagens interplanetárias, pois

não funciona no espaço vazio, ao contrário das naves a jato que não necessitam da existência de ar do lado externo para funcionar.

Resumindo, em relação às forças de ação e reação:


• Têm sempre a mesma intensidade, porém com orientação oposta.
• Estão sempre aplicadas em corpos distintos e nunca se equilibram.
• Podem ter efeito estático (deformação) ou efeito dinâmico (aceleração).
• Os efeitos produzidos podem ser diferentes, pois o efeito estático depende da resistência mecânica
dos corpos e o efeito dinâmico, da massa dos corpos.
• Comparecem sempre aos pares, isto é, sempre simultaneamente e, em termos de ação e reação,
são permutáveis.
• Podem ser forças de contato ou forças de campo. As forças de contato são aquelas em que há
um contato mecânico direto entre os corpos, e as forças de campo são aquelas exercidas a
distância, podendo ser de origem gravitacional, elétrica ou magnética.

Agora, é a sua vez!

1. De que modo você explica o movimento de um barco a remo, utilizando a 3.ª lei de Newton?
O remo empurra a água para trás. A água reage sobre o remo empurrando-o com o barco onde está fixado para frente.

2. Um carro pequeno colide com um grande caminhão carregado. Você acha que a força exercida
pelo carro no caminhão é maior, menor ou igual à força exercida pelo caminhão no carro?
As forças indicadas formam um par ação-reação. Logo, suas intensidades são iguais, embora seus sentidos sejam opostos.

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3. O que deve acontecer com um astronauta, fora de sua nave, no espaço, que empurra uma pedra
que tem a mesma massa que ele. E se essa pedra tivesse uma massa maior ou menor que o astronauta?
Se o astronauta e a pedra tiverem a mesma massa, ambos adquirirão a mesma aceleração, em sentidos opostos. Caso a massa da pedra

seja menor, a pedra adquire uma maior aceleração. Caso a pedra tenha uma massa maior, é o astronauta que adquirirá uma aceleração

maior.

A 21 Realização do laboratório 5
A 22 “Líquido não newtoniano”.
3.5. Força de atrito

A força de atrito está presente em várias situações do nosso dia a dia. Mas antes de
defini-la, vamos pensar em situações em que ela pode estar presente ou não, de maneira positiva ou
negativa. Observando as imagens a seguir identifique a presença ou não do atrito e, em cada caso,
escreva se ela é útil ou indesejável.
a) b) c)
Figuras 18 a 23

d) e) f)

a) ___________________________________________________________________________________
O atrito entre os pneus e o asfalto é útil para a frenagem e mudança de trajetória. (Útil)

___________________________________________________________________________________
O atrito também é usado para acelerar o carro.

b) ___________________________________________________________________________________
A diminuição do atrito devido à presença de água facilita o deslizamento. (Útil)

___________________________________________________________________________________
c) ___________________________________________________________________________________
O atrito entre os pés do sofá e o piso dificultam o deslocamento do móvel. (Indesejável)

___________________________________________________________________________________
d) ___________________________________________________________________________________
O atrito entre as mãos e a maçaneta é útil para podermos girá-la. (Útil)

___________________________________________________________________________________
e) ___________________________________________________________________________________
O atrito causa um desgaste nas engrenagens, catracas e peças de um motor. (Indesejável)

___________________________________________________________________________________
f) ___________________________________________________________________________________
O óleo lubrificante diminui o atrito entre as peças de um motor, minimizando a temperatura e o desgaste delas. (Útil)

______________________________________________________________________________
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Quando empurramos ou puxamos um corpo qualquer, percebemos que existe certa


dificuldade e, em alguns casos, verifica-se que o corpo não entra em movimento. Ocorre que toda vez
ao puxarmos ou empurrarmos um corpo, aparece uma força contrária ao escorregamento do corpo. Essa
força é chamada força de atrito. Podemos classificá-la em dois tipos:
• força de atrito estático;
• força de atrito cinético.

Tanto um quanto o outro estão sempre contrários à tendência de escorregamento ou ao


escorregamento dos corpos.
a) Força de atrito estático
Trata-se da força contrária à tendência de
escorregamento. Por exemplo, quando queremos
trocar um sofá de lugar, tentamos empurrá-lo ou
puxá-lo até onde queremos que ele fique. No entanto,
®
F em alguns casos percebemos que ele não sai do lugar,
pois a força que imprimimos sobre ele não é
®
Fat (e) suficientemente grande para que ele possa sair do
estado de repouso. Acontece que a força de atrito tem
a mesma intensidade que a força que aplicamos sobre
o sofá para movê-lo de lugar. Essa força, que aparece
quando os corpos estão em repouso, é chamada força
de atrito estático.

Se, mesmo empurrando um corpo, ele não se move, a força de atrito que age no corpo é chamada
de força de atrito estático.

b) Força de atrito cinético

Também chamada de força de atrito dinâmico, é a


força de atrito que aparece quando os corpos estão
em movimento; ou seja, ele é contrário ao
escorregamento dos corpos. Por exemplo, quando um
carro está se movendo em uma estrada e precisa ser
freado bruscamente, o carro para. No entanto, esse
fato só ocorre em razão da força de atrito contrária
ao movimento, existente entre os pneus e o asfalto.

Se empurramos um corpo com uma força maior que a força de atrito estático máxima, o corpo
entra em movimento.

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Agora, é a sua vez!

1. Explique o que é força de atrito.


É uma força que aparece quando há um deslizamento ou tendência de deslizamento entre as superfícies em contato.

2. Cite os principais fatores que influem no atrito.


A força de atrito está relacionada ao coeficiente de atrito (que depende da natureza dos corpos em contato e do seu estado de polimento)

e da intensidade da força normal de contato entre as superfícies (compressão).

3. Como o atrito pode ser reduzido?


Com melhor lubrificação; polimento/lixamento dos corpos envolvidos; substituição do material dos corpos por outro com coeficiente de

atrito menor.

4. O atrito é necessário para caminharmos? Por quê?


Quando andamos, empurramos o chão para trás para irmos para frente. Sem o atrito seria impossível empurrar o chão, pois nossos pés

apenas deslizariam.

5. Cite algumas vantagens e desvantagens do atrito.


Vantagens: permite o caminhar de uma pessoa ou animal, permite o deslocamento do trem, permite a escrita etc.

Desvantagens: com determinado tempo de funcionamento de uma máquina ou motor, há um desgaste excessivo, tornando necessário

fazer a retífica ou substituição das peças. No caso de um uso constante do lápis sobre papel, ocorre o desgaste da grafite, requerendo que

o lápis seja apontado novamente.

6. No espaço não existe atrito algum. Será que uma nave espacial pode manter velocidade constante
com os motores desligados?
Sim, se ela já estiver no vácuo do espaço, longe das forças de atrito, eles desligam os foguetes e continuam viajando à velocidade constante.

Segundo a 1.a lei de Newton, quando um corpo se encontra em equilíbrio, que pode ser estático ou dinâmico, a resultante das forças que

atuam sobre ele é nula. Assim, quando esse corpo está no espaço, livre da ação de forças de atrito, pelo fato de ter saído da Terra em

movimento ele tende, por inércia, a continuar em movimento.

7. Na superfície congelada de um lago, praticamente não existe atrito. Um carro, partindo do repouso,
poderia mover-se sobre uma superfície assim?
Não, pois a ausência do atrito não permitiria seu movimento.

41
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3.6. Velocidade-limite ou terminal A 23

Ao saltar de um avião, um paraquedista cai pela ação da força peso, tendo sua velocidade na vertical
incrementada rapidamente devido à aceleração gravitacional. Durante a queda, devido ao movimento
relativo do paraquedista em relação ao ar, surge uma força de resistência em sentido contrário ao peso
do paraquedista. Aproximadamente dez segundos após a queda, a força de resistência será igual, em
intensidade, ao seu peso, fazendo com que a velocidade de queda do paraquedista seja mantida
constante (aproximadamente 180 km/h), já que nessa situação a resultante das forças peso e resistência
do ar é nula. A essa velocidade dá-se o nome de velocidade-limite ou velocidade terminal.

Como essa velocidade ainda é muito elevada para que o paraquedista chegue ao solo com
segurança, deve-se diminuir sua intensidade, aplicando uma desaceleração. A forma mais simples de
realizar esse procedimento é aumentando a área de contato com o ar (isto é, a área de atrito), através
da abertura de um paraquedas. Com isso, a força de resistência do ar torna-se maior que o peso do
paraquedista, fazendo com que a resultante das forças sobre ele tenha sentido para cima. A partir daí,a
velocidade tende a diminuir e, aproximadamente cinco segundos após a abertura do paraquedas, a
intensidade da força de resistência do ar é igualada novamente ao peso do paraquedista. Nessa situação,
a resultante das forças sobre o paraquedista torna-se novamente nula, porém a velocidade terminal do
paraquedista cai de 180 km/h para 18 km/h, permitindo uma queda segura.

Professor, o texto a seguir deve ser explorado com o objetivo de identificar o alto grau e
investimento em tecnologia que pode ser aplicado nos mais diversos segmentos. A Ao concluir o item anterior, você
entrevista de Alan Eusatace sugerida para sala de aula demonstra várias habilidades já pode realizar, em casa, a tarefa
importantes e motivadoras como iniciativa, perseverança, autoconhecimento, 7 “As três leis do movimento”.
autogerenciamento e assertividade.

Maiores saltos em queda livre


Em outubro de 2012, o austríaco Felix Baumgartner saltou de uma altura de 38,97 km, batendo
o recorde de altitude que até então pertencia a Joseph Kittinger com um salto de 31,3 km de altitude
em agosto de 1960. A velocidade terminal de Felix foi de aproximadamente 1363 km/h, tornando-se
a primeira pessoa a romper a barreira do som (a velocidade do som no ar é de 1224 km/h) com o
próprio corpo. A distância percorrida até atingir a velocidade terminal foi de 11,1 km, e a queda livre
durou 4 min 22s.

Mas o recorde de Felix Baumgartner foi quebrado em outubro de 2014, pelo norte-americano
Alan Eustace, 57 anos na época. O novo recorde foi batido com um salto de aproximadamente
41,4 km de altitude, que teve uma queda livre de 4 min 27s, com duração total de cerca de
15 minutos. Durante a queda, Eustace atingiu a velocidade de módulo 1323 km/h.

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Eustace subiu à estratosfera terrestre, carregado por um balão com 35 mil metros cúbicos de
hélio, em Roswell, nos EUA. Após uma subida de cerca de duas horas, Eustace se destacou do balão
em queda livre. Ele vestia um traje espacial de fibra de carbono, com um elaborado sistema de suporte
de vida, desenvolvido especificamente para a façanha, e levava consigo uma modesta câmera de ação
GoPro, conectada a uma central de controle no solo por ondas de rádio.
Figura 24

Figuras 25 e 26

Joseph Kittinger em 1960. Felix Baumgartner em 2012.


Figuras 27 e 28

Alan Eustace em 2014.


Disponível em: <http://alunosonline.uol.com.br/fisica/velocidade-terminal.html> e <https://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/executivo-do-google-quebra-
recorde-mundial-de-queda-livre-14352009>. Adaptado.

No Portal Objetivo Ao concluir o item anterior, você já pode


realizar, em casa, a tarefa 8
Para saber mais sobre o assunto, acesse o “As três leis de Newton”.
PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) Professor, a palestra realizada por Alan
e, em “localizar”, digite CIEN9F101 Eustace, relatando o feito, com imagens,
pode ser facilmente encontrada no 43
Youtube.
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 44

DATA: _____/_____/_____
Módulo
Vida e evolução

5
4 Hereditariedade

4.1. O que é hereditariedade? A 24

INGIMAGE/FOTOARENA

Na escola e no nosso cotidiano, com certeza, já ouvimos falar em DNA, material genético,
hereditariedade, características genéticas etc.

a) O que esses termos significam?

b) O que essa imagem representa?

Professor, é esperado que os alunos saibam dizer que o DNA está relacionado à transmissão das características hereditárias, está presente
no núcleo das células de um organismo e é utilizado para teste de paternidade.
c) Em quais situações você já ouviu falar em realização de exame de DNA?

Neste módulo, iniciaremos o estudo da Genética, ramo da Biologia que trata das leis da
transmissão dos caracteres hereditários nos indivíduos e nas populações. Além disso, ela procura
interpretar o modo de ação dos “genes” na determinação desses caracteres. Mas, afinal, o que são
cromossomos, genes e DNA? Qual a diferença entre essas estruturas?
Professor, associar significa reconhecer os princípios da hereditariedade, compreendendo o papel dos gametas na
transmissão de informações genéticas (genes dominantes e recessivos), bem como reconhecer as características como
hereditárias, congênitas, adquiridas ou genéticas, para estabelecer relações entre ancestrais e descendentes. Esta
44 habilidade exige que o aluno já conheça as noções básicas sobre a estrutura celular, DNA e cromossomos, segundo
BNCC.
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A menor de todas é o gene. Vários genes em sequência formam o DNA, um conjunto de moléculas
que carrega a informação genética de todos os seres vivos. Uma comparação ajuda a entender essa
diferença. Se imaginarmos que o DNA é um colar, cada uma das contas que formam o colar será um
gene.
Acontece que o DNA é um “colar” enorme: se o DNA presente em uma única célula humana
pudesse ser esticado em linha reta, ele atingiria dois metros de comprimento. Como, então, ele pode
caber em cada uma das nossas microscópicas células? Aí é que entram os cromossomos, estruturas
presentes em cada uma das células do organismo. Eles nada mais são do que o DNA supercondensado:
uma fita enorme, que fica enrolada em forma de mola num espaço minúsculo. Tirando essa diferença
de tamanho, o resto é só semelhança, já que DNA, gene e cromossomo servem no fundo para a mesma
coisa. É esse conjunto de informações genéticas que vai indicar desde a espécie a que o ser vivo pertence
(se vai ser um homem, um camelo ou um peixe) até traços mais individuais, como cor dos olhos, tipo
sanguíneo e o formato dos dedos dos pés. O mais impressionante é que uma pequena mudança nesse
material genético já é o suficiente para alterar totalmente um ser vivo. Vale lembrar um conhecido
exemplo: o homem e o chimpanzé compartilham 98% de seu DNA. Apenas os 2% restantes é que
determinam o mundo de diferenças que há entre nós e nossos parentes peludos.

4.2. Mendel, o pai da Genética A 25

Gregor Mendel nasceu em 1822, na Áustria, e estudou


Matemática e Ciências Naturais antes de entrar para um
mosteiro. Ele, como todos nós, percebeu que os filhos
possuíam algumas características dos pais que pareciam ser
passadas dentro de uma família, durante muitas gerações,
e tinha um grande interesse em saber como essa
transmissão de características ocorria. Devemos lembrar
que, nessa época, a estrutura do DNA ainda não havia sido
elucidada e que não se sabia, como hoje, que o DNA é
responsável pela transmissão de características hereditárias,
tornando assim o trabalho de Mendel ainda mais admirável.

1.a lei de Mendel


Mendel escolheu para seus estudos as ervilhas-de-cheiro, simplesmente pela facilidade de
cultivá-las: por possuírem um ciclo reprodutivo curto, serem de autofecundação e pela grande produção
de sementes, facilitando sua análise. Dentro dessa espécie, existem muitas variedades, que diferem, por
exemplo, pela cor da flor ou aparência da semente, diferenças fáceis de ver. Mendel teve o cuidado de
produzir linhagens puras de diferentes tipos de ervilhas, nas quais os descendentes eram sempre
exatamente iguais aos seus parentais para determinada característica.
Chamaremos de linhagem o conjunto de descendentes de um ancestral comum. Uma linhagem
era considerada pura quando seus indivíduos originavam, por autofecundação, descendentes sempre
iguais, não havendo variação ao longo das gerações. Se nas descendências surgissem também indivíduos
portadores de caracteres diferentes, a linhagem era considerada híbrida. O 1.º cruzamento foi feito
utilizando o pólen de uma planta de sementes amarelas depositado no ovário de uma planta de
sementes verdes. Essas plantas foram consideradas a geração parental (P).
Discutir, nesta habilidade, envolve identificar, reconhecer, selecionar e construir argumentos a respeito da primeira lei de
Mendel sobre o monoibridismo (aplicadas a indivíduos híbridos sobre apenas uma característica), como geração parental, 45
geração híbrida, segunda geração e assim sucessivamente.
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Se Mendel cruzou ervilhas com sementes amarelas puras com ervilhas de sementes verdes
puras, em sua opinião, qual foi o resultado?

Mendel observou que todas as sementes originadas desse cruzamento, chamada de geração F1,
eram amarelas.

geração geração
parental parental (F1) 100%
verde amarela amarelas

Ele deixou, então, as sementes germinarem. Plantou-as, fez a autopolinização (depositou o pólen
nas próprias flores) e observou a nova geração de sementes, a geração F2. Agora, as sementes verdes
reapareceram!

75%
amarelas
amarelas amarelas
(F1) (F1) (F2) +
25%
verdes

Com isso, ele concluiu que, na verdade, a cor verde das sementes não havia desaparecido. Ela só
não havia se manifestado na 1.ª geração. Por isso, ele designou a cor amarela como a dominante e a
verde, como a recessiva.

Gene dominante e Gene recessivo


Dominante: é o gene que determina uma característica, mesmo quando em
DOSE SIMPLES nos genótipos.

Recessivo: é o gene que só se expressa quando em DOSE DUPLA, pois, na


presença de um gene dominante, ele se torna inativo.

Observando que, na geração F2, a proporção de sementes amarelas para verdes era de 3:1, Mendel
concluiu que a cor das sementes era determinada por dois fatores. Esses dois fatores são representados
por letras. A letra que representa o fator recessivo é sempre minúscula ( “v”), enquanto a letra que
representa o fator dominante é sempre maiúscula (“V”).

VV – semente amarela pura


Vv – semente amarela híbrida
vv – semente verde pura

46
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Como vimos, as letras que representam os genes podem ser iguais ou diferentes.

Indivíduo HOMOZIGOTO: é aquele que possui um único tipo de gene


para uma determinada característica. Ex.: VV, vv.

Indivíduo HETEROZIGOTO: é aquele que possui dois tipos de genes para


uma determinada característica. Ex.: Vv.

Agora podemos entender o que aconteceu nas gerações F1 e F2. Sempre que um fator dominante
estiver presente, é ele que se manifestará. Então, se a planta possui o gene “V”, mas também o “v”,
ela será amarela. O verde só aparecerá na ausência do fator dominante, como representado a seguir.
Geração parental Autofecundação (F1 x F1)

VV vv Vv Vv
amarelas verdes amarelas amarelas
puras puras híbridas híbridas

V V V v
v Vv Vv V VV Vv
v Vv Vv v Vv vv
geração F1 = 100% amarelas geração F2 = VV 25% amarelas
Vv 50% amarelas
vv 25% verdes
Percebe-se que ter um gene para a cor verde não significa que a planta terá sementes de cor verde.
Por isso, vamos definir dois novos conceitos:

Genótipo e Fenótipo
Genótipo é a carga genética de um indivíduo.
Fenótipo é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo, resultante
da interação do genótipo com o ambiente.
No caso das ervilhas, o genótipo é representado pelos genes que a planta tem: por exemplo, VV,
Vv ou vv. O fenótipo é como esta planta se apresenta: com sementes de cor verde ou de cor
amarela, independentemente dos genes que ela possui.

Os genes determinantes de uma característica aparecem em todas as células do organismo e passam


aos descendentes através dos gametas (células sexuais). Os genes estão distribuídos sempre aos pares
(exceto nos gametas). Por isso, os dois genes determinantes de uma característica (chamados de genes
alelos) separam-se na formação dos gametas, que recebem apenas um gene de cada par. Esse fato
constitui a primeira lei de Mendel, que também é conhecida como lei da Segregação dos Fatores. Esta
lei pode ser enunciada da seguinte forma: cada característica é determinada por um par de genes, que
se separam na formação dos gametas.

47
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 48

Agora, é a sua vez!

1. O que são genes? Em que parte das células eles estão localizados?
São as unidades hereditárias encontradas nos cromossomos, no interior do núcleo das células.

2. O que diz a primeira lei de Mendel?


Cada característica é determinada por um par de genes, que se separam na formação dos gametas.

3. Nas ervilhas, a semente pode ser lisa ou rugosa. O cruzamento das plantas de semente lisa com
plantas de semente rugosa produziu uma F1 totalmente lisa.
a) Qual é a característica dominante?
Semente lisa.

b) Quais os genótipos da geração P e da F1 ?


Geração P = lisa RR, rugosa rr

Geração F 1 = Rr

4. Nas ervilhas, sementes amarelas (V) dominam sementes verdes (v). Quais serão as proporções
fenotípicas resultantes dos seguintes cruzamentos?
a) VV x vv
b) Vv x vv
c) Vv x Vv
a) 100% Vv amarelas

b) 50% Vv amarelas e 50% vv verdes

c) 25% VV amarelas, 50% Vv amarelas e 25% vv verdes

5. Um homem de visão normal, casado com uma mulher de visão normal, tem uma filha míope. Como
se explica geneticamente o fato ocorrido?
A visão normal é dominante sobre a miopia. Os pais têm genes para miopia que não se manifestaram.

Professor, no contexto a seguir o aluno pode identificar A 26


características pessoais e reconhecer o perfil de sí mesmo Realização do
desenvolvendo assim, a habilidade de autoconhecimento. laboratório 6
“Cruzamento entre heterozigotos”.
48
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 49

4.3. Análise de genealogias ou heredogramas A 27

Construir um heredograma consiste em representar, utilizando símbolos, as relações de parentesco


entre os indivíduos de uma família. Cada indivíduo é representado por um símbolo, que indica as suas
características particulares e sua relação de parentesco com os demais. Relaciona-se também esse
parentesco com a presença ou ausência de determinadas doenças ou anomalias de origem hereditária.
Na elaboração de um heredograma, usam-se frequentemente as seguintes convenções:

Observe as genealogias a seguir e determine os genótipos de cada indivíduo.

a) Genealogia ou heredograma de polidactilia, ocorrência de dedos extras nos seres humanos,


anomalia condicionada por gene dominante.

I.
1 2

II.
1 2 3 4 5

III.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Figuras 29

mulher normal mulher polidáctila homem normal homem polidáctilo

I. 1-Aa 2-Aa; II. 1-aa 2-Aa 3-A? 4-aa 5-aa; III. 1-aa 2-Aa 3-aa 4-Aa 5-aa 6-aa 7-aa 8-aa 9-aa

49
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b) Genealogia ou heredograma de lóbulo da orelha em humanos, livre é dominante e ligado é


recessivo.

INGIMAGE/FOTOARENA
I.
1 2

II.
1 2 3 4

III.
1 2 3 4 5

IV.
1 2 3 4 5

mulher, lóbulos livres homem, lóbulos livres

mulher, lóbulos ligados homem, lóbulos ligados

I. 1-Aa 2-Aa; II. 1-Aa 2-aa 3A? 4-A?; III. 1-aa 2-Aa 3-Aa 4-aa 5-aa; IV. 1-aa 2-aa 3-aa 4-aa 5-aa

c) No espaço abaixo, utilizando os símbolos e convenções apropriados, esquematize a árvore


genealógica de sua família.

Professor, esta atividade tem por finalidade apenas uma familiarização, pelo aluno, dos símbolos e estrutura de um heredograma.
Não é necessária a análise de nenhuma característica, simplesmente a montagem do heredograma com os pais, avós, tios, primos
etc.

Professor, podemos estimular o desenvolvimento de habilidades complementares que possibilitem ao aluno identificar, por meio
de exemplos e modelos ilustrativos, as estruturas celulares, do DNA e os cromossomos. É possível também explicitar habilidades
como identificar e compreender a transmissão de características hereditárias entre pais e filhos, além de investigar a transmissão
da cor dos olhos ou tipo sanguíneo, por meio de situações ilustrativas, como o estudo de caso, segundo BNCC.

50
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4.4. Herança poligênica, herança do grupo sanguíneo e do fator Rh A 28

a) A cor dos olhos, a cor da pele e a estatura


Essas características genéticas não são um tipo de herança mendeliana simples, cuja ocorrência é
influenciada por um único par de genes associados, como a produção de olhos escuros e claros. Essa
explicação simplista, de que todas as características provêm de um único par de genes, não mostra como
surge toda a variedade de cores presentes nos olhos. E também não esclarece por que pais de olhos
castanhos podem ter filhos com olhos castanhos, azuis, verdes ou de qualquer outra tonalidade.
A cor dos olhos é uma característica cuja herança é poligênica, um tipo de variação contínua em que
os alelos de vários genes influenciam na coloração final dos olhos. Isso ocorre por meio da produção de
proteínas, que determinam a proporção de melanina depositada na íris. Outros genes produzem
manchas, raios, anéis e padrões de difusão dos pigmentos.
Outras características, como a cor da pele humana ou a estatura dos indivíduos, também variam de
forma contínua. Isto é, possuem inúmeras graduações intermediárias, de modo que se torna difícil a
definição de categorias exatas. Se somarmos a isso à alta influência do ambiente sobre tais características
(ação do sol, alimentação etc.), a variedade de fenótipos (caráter aparente) poderá atingir escalas quase
infinitas. A cor da pele humana também segue um padrão de herança poligênica. Entretanto, parece não
haver muita concordância sobre o número de genes que participam na definição da cor da pele humana.
Alguns autores falam em dois genes, outros, em três genes e alguns, ainda, aventam a possibilidade de
serem quatro ou mais genes.

b) Herança do grupo sanguíneo


Como já vimos anteriormente, as pessoas podem ser classificadas de acordo com o tipo de sangue
que possuem – os grupos A, B, AB e O. Essa é outra característica hereditária. O quadro a seguir mostra
os fenótipos e os genótipos possíveis para os grupos sanguíneos:

Fenótipos (tipo sanguíneo) Genótipos

A Ia Ia e Iai

Ib Ib
B
Ib i

AB Ia Ib

O ii

c) Fator Rh
O sistema Rh é determinado por um par de genes alelos com dominância completa. O alelo R é
dominante, e o r é recessivo. Assim temos:

Fenótipo Genótipo
Rh+ RR ou Rr
Rh- rr

51
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Agora, é a sua vez!

1. Um homem com sangue tipo A casa com uma mulher com sangue tipo B. É possível o casal ter filhos
com sangue tipo O?
Sim, no caso de os dois serem heterozigóticos.

2. Um homem Iai casa-se com uma mulher ii. Qual a probabilidade de o casal ter um filho tipo O?
50%.

3. Num casal, o homem e a mulher possuem o sangue do mesmo tipo (AB). Qual a probabilidade de os
filhos possuírem o mesmo tipo sanguíneo dos pais?
50%.

4. Observe a genealogia abaixo e determine os genótipos dos indivíduos:

tipo B tipo AB
(1) (2)
1) Ibi

2) IaIb
tipo A tipo B
3) Iai
(3) (4)

4) Ibi

5) ii
tipo O
(5)

5. O pai e a mãe de um par de gêmeos monozigóticos têm tipo sanguíneo A. Uma outra criança desse
casal é do grupo O.
a) Quais os genótipos do pai e da mãe?
Ambos Iai.

b) Qual é a probabilidade de que ambos os gêmeos tenham sangue tipo O?


25%.

A 29
Menino ou menina?
O sexo do bebê é determinado no momento da fecundação. No núcleo de nossas células existem
46 cromossomos, classificados em dois grupos: autossomos e heterocromossomos. Os autossomos, em
número de 44, são os mesmos em ambos os sexos. Os heterocromossomos, ou cromossomos sexuais,
são de dois tipos: X e Y.

52
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 53

O cromossomo X aparece em dose dupla nas mulheres e em dose simples nos homens. Já o
cromossomo Y é exclusivo dos homens. Portanto, podemos caracterizar assim os dois sexos:
- XX = mulher
- XY = homem
Devido ao processo de meiose, os gametas humanos (espermatozoides e óvulos) apresentam 23
cromossomos. Na fecundação, pela junção dos cromossomos dos dois gametas, forma-se a célula-ovo
ou zigoto, que contém 46 cromossomos.
Nos óvulos, existem: 22 autossomos e 1 cromossomo X.
Nos espermatozoides, encontramos: 22 autossomos e 1 cromossomo X ou 22 autossomos e 1
cromossomo Y.
Como os homens produzem dois tipos de cromossomos sexuais, eles são denominados
heterogaméticos. Já as mulheres, por só produzirem cromossomos X, são denominadas homogaméticas.

MÃE PAI
44A + XX 44A + XY

óvulo óvulo Espermatozoide Espermatozoide


22A + X 22A + X 22A + X 22A + Y

Zigoto Zigoto
44A + XX 44A + XY
menina menino

Agora, é a sua vez!


1. Quem determina o sexo da criança? O pai ou a mãe? Explique.
O pai, porque seus espermatozoides podem carregar os heterocromossomos X ou Y.

2. Quantos e quais cromossomos existem no homem e na mulher?


São 46 no total, sendo 44 autossomos e 2 heterocromossomos.

3. Em que momento da vida acontece a determinação do sexo?


No momento da fecundação.

4. Qual é o sexo chamado de heterogamético? Por quê?


É o masculino, porque produz dois tipos de gametas.

53
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A 30

Professor. Os assuntos a serem tratados nesse folheto complementar pretendem estimular


4.5. Terapia gênica o aluno na busca por informações e argumentos capazes de provocar a curiosidade
intelectual sobre a realidade do mundo da Ciência. É muito importante que o aluno valorize
os conhecimentos adquiridos e saiba utilizá-los com responsabilidade, proatividade e ética.
Como já foi visto anteriormente, a Genética é um ramo da Biologia que trata das leis da transmissão
dos caracteres hereditários nos indivíduos e nas populações, além de interpretar o modo de ação dos
genes na determinação dos caracteres a serem adquiridos.
Mas a genética também é uma ciência que vem se ocupando de forma bastante intensiva nos
estudos de anomalias, de doenças hereditárias e principalmente de um ramo conhecido como terapia
gênica. A determinação do genoma humano foi essencial para que essas correções pudessem ser
aplicadas.
A terapia gênica consiste em um tratamento através do qual ocorre transferência de material
genético para o interior de células de um indivíduo, o qual receberá o “benefício”. Esse benefício pode
estar relacionado à correção de uma função celular ou de uma deficiência causada pelo gene defeituoso.
Para que ocorra essa transferência de material genético é necessário decidir pelo melhor método a
ser utilizado na correção.

Os métodos podem ser de três tipos:

• Método físico: o gene a ser transferido é introduzido mecanicamente para o interior da célula.
• Método químico: nesse caso o vetor (ou condutor) é uma substância química que pode alterar a
sequência gênica.
• Método biológico: É o método mais empregado dentre os três citados. Consiste em fazer uso de um
organismo capaz de transferir naturalmente o material genético para a célula. Esse organismo pode
ser um vírus ou uma bactéria.

Além dos métodos usados para a transferência, devemos considerar se a mesma será usada para
células germinativas (espermatozoides e óvulos) ou para células somáticas (outras células quaisquer, que
não sejam as germinativas).

Usos da terapia gênica

I. Situações em que o uso já foi concretizado.

– Alguns tipos de cegueira, como a amaurose congênita de Leber: trata-se de uma doença
degenerativa hereditária da retina que leva a pessoa à cegueira precoce.

– Deficiência da lipoproteína Iipase, doença provocada por uma mutação em um gene de um


autossomo que provoca hipertrigliceridemia grave onde a enzima responsável por quebrar os triglicérides
não atua de forma eficaz. Sendo assim, o acúmulo de triglicérides provoca inflamação do pâncreas
(pancreatite), aumento do fígado e do baço (hepatoesplenomegalia) e depósitos gordurosos na pele
(xantomas eruptivos).

54
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– Leucemia linfoide: é um tipo de câncer que evolui de maneira mais lenta que a leucemia comum
atacando especialmente os glóbulos brancos, ou linfócitos T e a medula óssea responsável pela produção
desse tipo de célula.

– Fibrose cística: é uma doença genética, crônica, que afeta principalmente os pulmões, pâncreas e o
sistema digestório. Atinge cerca de 70 mil pessoas em todo mundo, e é a doença genética grave mais
comum da infância. Um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o corpo produza
muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. O muco espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes
nas vias respiratórias, podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e bronquite,
trazendo danos aos pulmões. (Fonte: http://www.abram.org.br/)

II. Situações cujos estudos estão em desenvolvimento.

– Mal de Parkinson
– Hemofilia
– Diabetes
– Glaucoma
– Câncer
Professor. O uso de OGMs está incorporado no cotidiano atual da humanidade. Eles estão
– Aids presentes principalmente em medicamentos e alimentos. O assunto sobre o uso desse tipo de
produto é bastante polêmico, visto que cada indivíduo, família ou grupo social defende suas ideias
com base em hábitos e costumes. Não estamos aqui para defender ou criticar a produção desses
Alimentos transgênicos alimentos e sim desenvolver o pensamento crítico, a autoconsciência e a autonomia de escolha
do aluno a partir do conhecimento adquirido e estabelecido.

É absolutamente comum relacionarmos a genética à estudos sobre o corpo humano e


hereditariedade, mas esse ramo da biologia vai muito além e um dos assuntos mais comentados no dia
a dia diz respeito a produção de alimentos transgênicos.
Chamamos de alimentos transgênicos àqueles que foram modificados em laboratório, ou seja, que
sofreram algum tipo de interferência na sequência de DNA.

Rótulo utilizado para identificação dos alimentos modificados

A Comissão do Meio Ambiente do Senado Federal desobrigou o uso desse rótulo a partir de abril
de 2018, considerando que há 15 anos em uso, não haviam registros de danos provocados por esse tipo
de alimento.
55
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 56

O objetivo do uso da transgenia em alimentos é o de aumentar a produção de determinados


produtos, tornando-os mais resistentes à ação de pragas, aumentar o teor de alguns nutrientes que
possam ser fornecidos por cada um dos produtos e aumentar a durabilidade diminuindo a perda por
decomposição.
Certa vez, Bill Gates, o fundador da Microsoft, disse que se não estivesse no ramo da computação,
estaria trabalhando com Biotecnologia, pois os OGMs (organismos geneticamente modificados) estão
cada vez mais presentes em nosso dia a dia.
Porém, há vários fatores a serem considerados quando se permite esse tipo de interferência. As
discussões éticas, políticas, econômicas, sociais e principalmente sobre os efeitos desse tipo de produto
a médio e longo prazo na saúde dos consumidores, são algumas coisas que ainda provocam limitações
na aplicação dessa prática.
Existem leis (chamadas Leis de Biossegurança) que são estipuladas e aplicadas para o uso desses
alimentos. Essas leis não são universais o que significa que cada país decide como e quanto desses
alimentos podem ser produzidos e comercializados.
No Brasil e na União Europeia são apresentados rótulos de produtos com até 1% de componentes
transgênicos.

Agora é a sua vez!


O assunto que acabamos de discorrer é bastante controverso. Sendo assim, faça uma pesquisa
levando em consideração os tópicos destacados e depois disso discuta com seus colegas e professores
sobre os diversos pontos de vista levantados.

56
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 57

Sobre alimentos transgênicos


a) Vantagens na produção

b) Desvantagens em relação ao consumo

c) Principais alimentos transgênicos citados na sua pesquisa

d) Caso você tenha conhecimento sobre o assunto, cite algum (s) alimento (s) transgênicos que você
já consumiu.

No Portal Objetivo
Ao concluir o item anterior, você já pode
realizar, em casa, as tarefas 9 Para saber mais sobre o assunto, acesse o
“Hereditariedade” e 10 “Genética” PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) e,
em “localizar”, digite CIEN9F102
57
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 58

A 31 e 32 DATA: _____/_____/_____
Módulo
Terra e universo

5 Composição, estrutura e localização do sistema solar

5.1. Sistema solar e nossa localização

Quando olhamos para o céu podemos observar as nuvens, as estrelas, outros planetas,
o Sol, e principalmente uma imensidão sem fim....... Todos nós já nos perguntamos: será que essa
imensidão termina em algum lugar? A palavra que utilizamos para essa visão infinita é Universo. Mas
afinal, se pertencemos a ele, onde exatamente nos localizamos?

Com base em seus conhecimentos em relação ao sistema solar responda as questões a seguir:

a) O sistema solar é formado por uma estrela e oito planetas. Qual o nome da estrela?
Sol

b) E quais são os oito planetas?


Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno.

c) Faça um desenho que represente o sistema onde vivemos.


Professor, como complementação a esse módulo, pode-se
propor o desenvolvimento de habilidades relativas à construção
de representações em escala (como mapas, modelos
tridimensionais e ilustrações) do Sistema Solar, a partir do
levantamento de informações sobre os diferentes astros. É
importante valorizar as concepções prévias do aluno,
oportunizando discussões e divulgação dos resultados
alcançados. O uso da tecnologia da informação pode auxiliar na
construção das representações e fornecer elementos que
favoreçam a compreensão da localização do Sistema Solar na
Via Láctea e no Universo, segundo a BNCC.

58
C1_9o_Ano_Ciencias_Carlos_2024 10/10/2023 15:54 Página 59

Existem muitas galáxias no universo, sendo que uma delas é a Via Láctea, onde está localizado o
sistema solar. O sistema solar é um conjunto de corpos que giram em torno de uma estrela que nos
fornece energia necessária à vida em nosso planeta, o Sol.
Acredita-se que a origem do Sistema Solar se deu há cerca de 5 bilhões de anos e surgiu de um
redemoinho de nuvens de gás e poeira que girava em torno de si mesma.
Além da estrela central, o sistema solar é formado pelos planetas, satélites naturais, asteroides,
cometas e meteoros.
INGIMAGE/FOTOARENA

Universo
Galáxia

Via láctea

Sistema Solar
Devido as pesquisas e observações científicas, sabe-se que o Sol não é a única estrela que emite
luminosidade e energia. Sabe-se que existem incontáveis estrelas maiores e mais brilhantes. A Terra situa-
se a cerca de 150 milhões de quilômetros do Sol, distância percorrida pela luz em aproximadamente 8
minutos. Todas as demais estrelas conhecidas estão muito mais distantes.
O Sol é composto basicamente por hidrogênio e hélio, com um diâmetro muito superior ao da Terra,
aproximadamente 1,4 milhão de quilômetros, enquanto que o diâmetro da Terra é de 12 742km e da
Lua, 3 474km.
INGIMAGE/FOTOARENA

As temperaturas são extremas, enquanto que na superfície solar a temperatura é em torno de


6 000°C em seu núcleo, no centro, chega a 15 milhões de graus Celsius.
59
C1_9o_Ano_Ciencias_Carlos_2023 28/07/2022 15:14 Página 60

Professor, a gravidade no Sol é de 274m/s2 e na Lua de 1,6m/s2 . Em relação ao tamanho dos


Pesquisa astros o Sol é cerca de 109 vezes maior que a Terra e a Terra é 3,67 vezes maior que a Lua.

Realize uma pesquisa sobre os planetas do Sistema Solar e preencha a tabela a seguir:

Distância Período de Período de Temperatura Tamanho em


Planeta Diâmetro Gravidade
do Sol Translação rotação média relação à Terra

1.

2.

149 000 000


3. Terra 12 742 km 365 dias 24 horas 15º C 9,8m/s2 1,0
km

4.

5.

6.

7.

8.

Nosso sistema solar


Figura - Objetivo Mídia

O sistema solar é formado por


PLUTÃO
oito planetas: Mercúrio, Vênus,
Terra, Marte, Júpiter, Saturno,
Urano e Netuno. Antes, Plutão
também fazia parte dessa lista mas
NETUNO em 2006 a União Astronômica
JÚPITER
Internacional definiu novas regras
para a classificação dos planetas. O
SATURNO URANO corpo tem que ser esférico, girar ao
redor do Sol e ter órbita livre sem
outros corpos no caminho. Plutão
está numa região de vários objetos
chamada de Cinturão de Kuiper e
por isso perdeu o status de planeta
e foi reclassificado como planeta anão. Plutão é bem menor que a Lua e por estar bem longe do Sol é
bastante frio. Astrônomos detectaram metano congelado em sua superfície que chega a -210°C. Ao redor
de Plutão existem cinco luas: Caronte, Nix, Hidra, Kerberos e Styx.
http://ovnihoje.com/2016/05/21/estranho-objeto-alem-da-orbita-de-plutao/

Ao concluir o item anterior, você já pode No Portal Objetivo


realizar, em casa, as tarefas 11 Para saber mais sobre o assunto, acesse o
“Planetas do sistema solar”
PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) e,
em “localizar”, digite CIEN9F103
60 Professor, descrever, nesta habilidade, envolve identificar e relatar as características físicas e químicas dos astros do Sistema
Solar, reconhecendo aspectos como forma, composição da atmosfera, distância, temperatura, entre outras, para depois
compará-las, segundo a BNCC.
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 61

TAREFA 1 Grandezas e unidades físicas

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Existe e sempre existiu uma necessidade de 4. Seu João estava reformando sua casa. Para dar
uniformização das medidas em todo o mundo. andamento à obra, foi pessoalmente à casa de
Explique a razão para que ocorresse essa materiais de construção com uma lista de produtos
padronização. pedidos pelo mestre de obras. Ao chegar à loja,
Principalmente por causa da venda de mercadorias no mercado
entregou a lista ao vendedor e esta não continha as
unidades de medida necessárias. Complete a lista
internacional.
com as unidades possíveis.
a) 25 __________
m de fio elétrico.
2. A massa, o tempo e a temperatura são
b) 2 __________
m3 de areia.
consideradas grandezas escalares, enquanto
c) Dez sacos de cimento com 50 __________
kg cada
velocidade, força e aceleração, são grandezas
um.
vetoriais. Por que existe essa diferença?
d) Quarenta __________
m2 de revestimento para piso
Porque as grandezas escalares se caracterizam apenas por sua
de cozinha.
intensidade, e as grandezas vetoriais, por sua vez, necessitam de e) Um galão de tinta azul de 5 ________ℓ para a
direção e sentido, além de sua intensidade. pintura da sala.
f) Três caixas-d’água de 1000 _________ ℓ cada
3. Em relação às grandezas físicas a seguir, indique uma.
quais são as unidades mais comuns e os seus
símbolos. 5. Dê as seguintes conversões:
a) 1 km em m: ____________________________
1000 m

a) Comprimento: ____________________________ b) 1 m em cm: _____________________________


100 cm

_________________________________________
quilometro (km), metro (m), centímetro (cm) c) 1 t em kg: ______________________________
1000 kg

b) Massa: __________________________________ d) 1 kg em g: ______________________________


1000 g

_________________________________________
tonelada (t), quilograma (kg), grama (g) e) 1h em min: _____________________________
60 min

c) Tempo: __________________________________ f) 1 min em s: _____________________________


60s

_________________________________________
hora (h), minuto (min), segundo (s) g) 1h em s: _______________________________
3600s

d) Volume: _________________________________
_________________________________________
litro (l), mililitro (ml), metro (m3) e centímetro cúbico(cm3) 6. Converta as seguintes unidades:
e) Temperatura: _____________________________ a) 35 km em m: _____________________________
35000 m

_________________________________________
Celsius (°C), Fahrenheit (°F), Kelvin (K) b) 4300 m em km: ___________________________
4,3 km

f) Potência elétrica: __________________________ c) 50 cm em m: _____________________________


0,5 m

_________________________________________
watts (W) d) 2,5 t em kg: ______________________________
2500 kg

g) Tensão elétrica: ___________________________ e) 1300 kg em t: _____________________________


1,3 t

_________________________________________
volts (V) f) 1,5h em min: _____________________________
90 min

61
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:39 Página 62

g) 600 min em h: ____________________________


10h 9. (ENEM – Modelo) O termo anos-luz é utilizado
h) 4800s em min: ___________________________
80 min usualmente para dizer que uma coisa está muito
i) 0,5 kg em g: ______________________________
500 g longe da outra. Na física um ano-luz é uma medida
j) 750 g em kg: ______________________________
0,75 kg que relaciona a velocidade da luz e o tempo de um
ano e que, portanto, se refere
7. Durante determinada leitura de um livro de a) ao tempo. b) à aceleração.
aventuras, um jovem leu que o personagem c) à distância. d) à velocidade.
principal havia percorrido 20 quilômetros em 5 e) à luminosidade.
dias. Das alternativas abaixo, qual aquela que c
contém as duas grandezas expressas nas 10. (UDESC – SC) Considere as seguintes propo-
informações acima respectivamente? sições sobre grandezas físicas escalares e vetoriais.
a) Tamanho e tempo.
b) Comprimento e calendário. I. A caracterização completa de uma grandeza
c) Tempo e comprimento. escalar requer tão somente um número seguido
d) Distância e tempo. de uma unidade de medida. Exemplos dessas
e) Massa e temperatura. grandezas são o peso e a massa.
d II. O módulo, a direção e o sentido de uma
8. Quais as grandezas abordadas no texto abaixo? grandeza caracterizam-na como vetor.
“Hoje levei 4 horas para chegar à casa de minha III. Exemplos de grandezas vetoriais são a força, o
avó que fica a 10 km da minha. No meio do empuxo e a velocidade.
caminho olhei para o marcador da praça de minha IV. A única grandeza física que é escalar e vetorial
cidade e percebi que estava marcando 39°C. O ao mesmo tempo é a temperatura.
calor estava insuportável, devo ter perdido 2 kg
durante o percurso. ” Assinale a alternativa correta.
Tempo, comprimento (distância), temperatura e massa.
a) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d

62
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TAREFA 2 Revisando as grandezas


e unidades físicas

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Uma grandeza física vetorial fica perfeitamente definida quando dela se conhecem:
a) módulo, desvio e unidade.
b) módulo, desvio, unidade e direção.
c) módulo, desvio, unidade e sentido.
d) módulo, unidade, direção e sentido.
e) desvio, direção, sentido e unidade.
d

2. Quando dizemos que a velocidade de uma bola é de 20 m/s, horizontal e para a direita, estamos
definindo a velocidade como uma grandeza:
a) escalar.
b) algébrica.
c) linear.
d) vetorial.
e) matemática.
d

3. Tempo, massa e velocidade são:


a) unidades físicas.
b) vetores.
c) reações físicas.
d) reações químicas.
e) grandezas físicas.
e

4. O tempo é uma grandeza:


a) escalar.
b) vetorial.
c) radioativa.
d) enorme.
e) inexistente.
a

5. Segundos, toneladas e metros são:


a) grandezas físicas. b) grandezas escalares.
c) grandezas vetoriais. d) unidades de grandezas físicas.
e) unidades químicas.
d

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6. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de comprimento é a(o):


a) quilômetro.
b) metro.
c) centímetro.
d) milímetro.
e) decímetro.
b

7. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de massa é a(o):


a) tonelada.
b) grama.
c) centigrama.
d) quilograma.
e) miligrama.
d

8. No Sistema Internacional de Unidades, a unidade de tempo é a(o):


a) dia.
b) hora.
c) segundo.
d) minuto.
e) ano.
c

9. Qual é a unidade física mais adequada para se medir a distância entre duas cidades?
a) Metros.
b) Horas.
c) Gramas.
d) Quilômetros.
e) Centímetros.
d

10. Qual a grandeza física adequada para medir a nossa idade?


a) Distância.
b) Tempo.
c) Massa.
d) Temperatura.
e) Potência.
b

64
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TAREFA 3 Cinemática

Nome: Data: ____/____/____ Sala:


1. Descreva situações em que um mesmo corpo possa ser considerado ponto material e corpo extenso.
Um automóvel numa estrada de 100 km, por exemplo, é ponto material, mas fazendo manobra numa garagem pequena é corpo extenso.

2. Por que no estudo da Cinemática, quando analisamos um determinado movimento, devemos adotar
um referencial? Exemplifique.
Pois dependendo do local observado, o movimento poderá ser diferente ou inexistente. Ex: duas pessoas no interior de um carro em

movimento. Se o motorista observar o passageiro, este estará parado. Se um observador parado na calçada olhar para esse mesmo

passageiro, ele estará em movimento.

3. Considere a seguinte situação: uma moto sai às 13h da cidade A, que se situa no km 70 de uma
determinada rodovia. Chega à cidade B, que se situa no km 370 da mesma rodovia às 16h. Calcule a
velocidade escalar média da moto durante esse trajeto.
Vm = Δs ÷ Δt Vm = 300 km ÷ 3h Vm = 100 km/h

4. Complete a tabela abaixo e faça as conversões que se pede:

Distância Tempo Velocidade a) 20 m/s para km/h


b) 90 km/h para m/s
SI m s m/s
c) 40 m/s para km/h
d) 108 km/h para m/s
SLB km h km/h

a) 72 km/h

b) 25 m/s

c) 144 km/h

d) 30 m/s

5. Um carro percorre uma distância de 4 km com velocidade escalar média de 20 m/s. Qual o tempo
gasto para percorrer essa distância? Dê a resposta utilizando as unidades do SI.
Vm = Δs ÷ Δt 20 m/s = 4 000 m ÷ Δt Δt = 200s

65
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6. Qual a distância percorrida em km por um avião que viaja durante 10h numa velocidade escalar
média de 250 m/s?
Vm = Δs ÷ Δt 900 km/h = Δs ÷ 10h Δs = 250 . 3,6 .10 (km) Δs = 9 000 km

7. Entre 0s e 5s, a velocidade escalar de um móvel variou de 15 m/s para 55 m/s. Qual a sua aceleração
escalar média?
a= ΔV ÷ Δt a = (55 m/s – 15 m/s) ÷ 5s a = 8 m/s2

8. Quando calculamos a aceleração escalar média de um corpo podemos obter valores positivos ou
negativos. Qual o significado do sinal positivo e do sinal negativo nesses casos?
O sinal positivo indica que a velocidade escalar do móvel está aumentando. Já o sinal negativo indica que a velocidade escalar está

diminuindo.

9. Um veículo parte do repouso e adquire aceleração escalar constante de 4 m/s2. Calcule sua
velocidade escalar no instante t = 7s.
a= ΔV ÷ Δt 4 m/s2 = ΔV ÷ 7s V = 28 m/s

10. Considerando-se um móvel com velocidade escalar inicial de 30 m/s, que inicia sua frenagem com
aceleração escalar constante de – 6 m/s2, complete a tabela abaixo:

Tempo (s) 0 1 2 3 4 5

Velocidade (m/s) 30 24 18 12 6 0

66
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TAREFA 4 Revisando a Cinemática

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Quando o brasileiro Joaquim Cruz ganhou a medalha de ouro nas Olimpíadas de Los Angeles, em
1984, correu 800 m em 100s. Qual foi sua velocidade escalar média?
a) 8 km/h
b) 16 km/h
c) 28,8 km/h
d) 32 km/h
e) 40 km/h
c

2. Um nadador percorre uma piscina de 50 m de comprimento em 25s. Determine a velocidade escalar


média desse nadador.
a) 1 m/s
b) 2 m/s
c) 1 km/h
d) 2 km/h
e) 3 m/s
b

3. Um automóvel passou pelo marco do km 30 de uma estrada às 12 horas. A seguir, passou pelo
marco do km 150 da mesma estrada às 14 horas. Qual a velocidade escalar média desse automóvel
entre as passagens pelos dois marcos?
a) 20 km/h b) 25 km/h c) 40 km/h d) 45 km/h e) 60 km/h
e

4. Uma pessoa, andando normalmente, desenvolve uma velocidade escalar média de 1 m/s. Que
distância, aproximadamente, essa pessoa percorrerá, andando durante 3 minutos?
a) 90 m b) 180 m c) 200 m d) 220 m e) 300 m
b

5. Um foguete é lançado à Lua com velocidade escalar constante de 17 500 km/h, gastando 22 horas
na viagem. Calcule, com esses dados, a distância da Terra à Lua.
a) 250 000 km
b) 285 000 km
c) 300 000 km
d) 385 000 km
e) 450 000 km
d

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6. Qual o tempo gasto por um carro que percorre 300 m com velocidade escalar constante de 25 m/s?
a) 4s
b) 8s
c) 12s
d) 15s
e) 18s
c

7. Um carro movia-se, em linha reta, com velocidade escalar de 20 m/s, quando o motorista pisou nos
freios fazendo o carro parar em 5s. A aceleração escalar média do carro nesse intervalo de tempo foi de:
a) - 4 m/s2
b) - 1 m/s2
c) 1 m/s
d) 4 m/s2
e) 5 m/s
a

8. Durante as experiências no laboratório, um grupo de alunos verificou que, entre os instantes 2,0s
e 10,0s, a velocidade escalar de um carrinho varia de 3,0 m/s a 19,0 m/s. O valor da aceleração escalar
média do carrinho é:
a) 0,5 m/s2
b) 1,0 m/s2
c) 1,5 m/s2
d) 2,0 m/s2
e) 2,5 m/s2
d

9. Uma formiga caminha 6,0 m em 40s com velocidade escalar constante. Com um terço dessa
velocidade escalar ele caminharia quantos metros em 30s?
a) 0,5 m
b) 1,5 m
c) 4,0 m
d) 6,0 m
e) 9,0 m
b

10. Partindo do repouso, um carro adquire velocidade escalar de 72 km/h em 10s. Qual a aceleração
escalar média desse carro em m/s2.
a) 1,0 m/s2
b) 2,0 m/s2
c) 3,0 m/s2
d) 4,0 m/s2
e) 5,0 m/s2 b

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TAREFA 5 Movimento Uniforme (MU) e


Movimento Uniformemente Variado (MUV)

Nome: Data: ____/____/____ Sala:


1. Diferencie o MU do MUV em suas principais características cinemáticas.
MU: velocidade escalar constante e diferente de zero. Aceleração escalar nula.

MUV: velocidade escalar varia uniformemente com o tempo. Aceleração escalar constante, e não nula.

2. A função horária do espaço que representa uma moto em movimento retilíneo uniforme é dada pela
expressão: s = 100 + 20 .t (SI)
Determine:
a) a posição do móvel no instante t = 5s;
a) s1 = 100 + 20 . 5 (SI)

s1 = 200 m

b) em que instante esse móvel passará pela posição s = 240 m.


b) 240 = 100 + 20 . t

t = 7s

3. Calcule a distância percorrida por um carro que se move com velocidade escalar constante de 80 km/h
durante 1h30min.
Δs = V . t
Δs = 80 km/h . 1,5h
Δs = 120 km

4. A função horária do espaço para um determinado movimento uniforme é dada por: s = 20 + 4 . t (SI)
Determine:
a) o espaço inicial e a velocidade escalar;
b) a posição do móvel quando t = 20s;
c) o instante no qual a posição do móvel é s = 40 m.
a) so = 20 m V = 4 m/s

b) 100 m

c) 5s

5. Por que o movimento de um corpo em queda livre vertical é uniformemente variado?


Porque possui aceleração escalar constante, e não nula (aceleração da gravidade).

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6. Um objeto abandonado da janela de um prédio demora 3s para chegar ao solo. Com que velocidade
escalar ele chega ao solo? Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2.
V=g.t

V = 10 m/s2 . 3s

V = 30 m/s

7. Desprezando-se a resistência do ar e considerando-se g = 10 m/s2, qual o tempo de queda de um


corpo que cai de uma altura de 80 m?
Δs = Vot + ____
a t2 10 t2
80 = ____
2 2
t2 = 16

t = 4s

8. Um móvel parte com velocidade escalar de 20 m/s e aceleração escalar constante de 4 m/s2 da
posição 10 m em uma determinada trajetória retilínea. Determine sua posição no instante t = 10s.
1 at2
s = so + Vot + ____
2
s1 = 10 + (20 . 10) = (4 . 100) ÷ 2 (SI)

s1 = 410 m

9. Uma partícula, partindo do repouso com uma aceleração escalar constante e igual a 3 m/s2, desloca-se
numa trajetória retilínea durante 3 minutos. Ao final desse tempo, qual é a velocidade escalar adquirida por
ela?
V = Vo + a .t (SI)

V = 0 + 3 .180 (SI)

V = 540 m/s

10. Uma pedra cai de cima de um penhasco e atinge o solo após 6s. Desconsiderando-se a resistência
do ar e considerando-se que g = 10 m/s2, determine:
a) a sua aceleração escalar de queda livre;
b) a sua velocidade escalar ao atingir o solo;
c) a sua altura do penhasco.
a) 10 m/s2

b) 60 m/s

c)
Δs = Vot + ____
a t2 10 (6)2 (m)
h = ____
2 2
h = 180 m

70
C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:40 Página 71

TAREFA 6 Revisando o MU e o MUV

Nome: Data: ____/____/____ Sala:


1. Em quantos tempo um trem de 100 m de comprimento atravessa um túnel retilíneo de 900 m de
comprimento com velocidade escalar constante de 20 m/s?
a) 10s
b) 20s
c) 30s
d) 40s
e) 50s
e

2. Um móvel parte com velocidade escalar de 4 m/s de um ponto em uma trajetória retilínea com
aceleração escalar constante de 5 m/s². Qual sua velocidade escalar no instante 12s?
a) 12 m/s
b) 24 m/s
c) 60 m/s
d) 64 m/s
e) 72 m/s
d

3. Abandonando-se um corpo do alto de uma montanha de 180 metros de altura e desprezando-se


a resistência do ar, qual o tempo gasto pelo corpo para atingir o solo? Considere g = 10 m/s2
a) 2s
b) 4s
c) 6s
d) 8s
e) 10s
c

4. Uma bicicleta movimenta-se sobre uma trajetória retilínea segundo a função horária s = 10 + 2t (SI).
Qual sua posição inicial e sua velocidade escalar, respectivamente?
a) 2 m e 10 m/s
b) 20 m e 4 m/s
c) 4 m e 2 m/s
d) 10 m e 4 m/s
e) 10 m e 2 m/s
e

5. Um móvel movimenta-se de acordo com a função horária s = 20 + 4t , sendo a posição medida em


metros e o tempo, em segundos. Qual sua posição depois de 8 segundos?
a) 12 m d) 52 m
b) 32 m e) 64 m
c) 50 m
d
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6. Um ponto material movimenta-se segundo a função horária s = 8 + 3t (SI). Determine o instante em


que o ponto material passa pela posição 35 m.
a) 3s
b) 6s
c) 9s
d) 12s
e) 15s
c

7. Observando-se a equação horária de um determinado movimento S = 20 + 5t + 2t² (SI), podemos


afirmar que a velocidade escalar inicial é:
a) 2 m/s
b) 5 m/s
c) 10 m/s
d) 20 m/s
e) 30 m/s
b

8. Um avião a jato, partindo do repouso, é submetido a uma aceleração escalar constante de 4 m/s².
Qual o intervalo de tempo de aplicação desta aceleração para que o jato atinja a velocidade escalar de
decolagem de 160 m/s? Qual a distância percorrida até a decolagem?
a) 80s e 400 m
b) 20s e 1 600 m
c) 20s e 3 200 m
d) 40s e 1 600 m
e) 40s e 3 200 m
e

9. Uma atleta, fazendo treinamento físico, percorre uma pista retangular de 100 m de largura por 200 m
de comprimento. Se a atleta mantiver velocidade escalar constante e igual a 4 m/s, para dar uma volta
completa ela demorará:
a) 1 minuto
b) 1 minuto e 30 segundos
c) 2 minutos
d) 2 minutos e 30 segundos
e) 3 minutos
d

10. Do alto de uma torre de 125 m de altura, deixa-se cair um corpo. Sendo g = 10 m/s², determine o
tempo de queda e a velocidade escalar com que o corpo bate no solo.
a) 3s e 50 m/s
b) 5s e 50 m/s
c) 3s e 45 m/s
d) 5s e 45 m/s
e) 4s e 12,5 m/s
b

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TAREFA 7 As três leis do movimento

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Enuncie a lei da Inércia e exemplifique.


Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso, e um corpo em movimento continua em movimento retilíneo uniforme

(MRU). Ex.: um livro em repouso sobre a mesa continuará em repouso.

2. Veja a figura abaixo: nela há um bloco de massa m = 2,5 kg. Suponha que o bloco esteja submetido
a duas forças horizontais de intensidades F1 = 100 N e F2 = 75 N. Determine o módulo da aceleração
adquirida pelo bloco nas unidades do SI.

® ®
F1 F2

F = m.a

a = F/m a = 25/2,5 (m/s2) a = 10m/s2

3. Considere a afirmação “um corpo só poderá ter sua velocidade alterada pela ação de uma força”. Essa
afirmação diz respeito a qual das Leis de Newton?
A lei da Inércia.

4. Uma força constante atuando sobre um corpo de massa “m” produziu uma aceleração de módulo
4,0 m/s2. Se a mesma força atuar sobre outro corpo, com metade da massa do 1.º corpo, qual será o
módulo da nova aceleração?
Se a força aplicada é a mesma, mas o segundo corpo tem metade da massa do primeiro, sua aceleração será o dobro, ou seja, 8,0m/s2

5. “A uma ação corresponde uma reação de mesmo módulo, mesma direção, porém de sentido
contrário”. Essa afirmação corresponde a qual das leis de Newton?
À 3.a lei, da Ação e Reação.

73
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6. Um paraquedista tem peso de 700 N e, após algum tempo em queda livre, o módulo de sua velocidade
se estabiliza em 40 m/s. Adote g = 10 m/s2
a) Que nome se dá a essa velocidade que ele adquiriu?
b) Qual a intensidade, direção e sentido da força de resistência do ar sobre ele?
c) Qual a massa do paraquedista?
a) Velocidade-limite ou terminal.

b) A força de resistência do ar, uma vez atingida a velocidade-limite, tem intensidade igual ao peso do paraquedista, direção vertical e

sentido para cima.

c) Assumindo g = 10m/s2 , a massa do paraquedista é de 70 kg.

7. Sobre uma barra de metal, que cai de uma torre de eletricidade, age constantemente uma força de
resistência de módulo 3,0 N. Sendo de 0,5 kg a massa da barra, e o módulo da aceleração da gravidade
igual a 10 m/s2, responda:
a) Qual o peso da barra de metal?
b) Qual a intensidade, direção e sentido da força resultante que age na barra de metal?
c) Qual o módulo de sua aceleração de queda?
a) P = m.g P = 0,5.10(N) P = 5,0N

b) Fres = P – Far Fres = 5,0N – 3,0N Fres = 2,0N Vertical para baixo.

c) a = F/m a = 2,0/0,5(m/s2) a = 4,0m/s2

8. Quando a resultante das forças que atuam sobre um corpo tem intensidade igual a 10 N, sua
aceleração tem módulo igual a 4,0 m/s2. Calcule o módulo da aceleração quando a resultante das forças
tiver intensidade igual a 12,5 N.
F=m.a 12,5 = 2,5.a(m/s2) a = 5,0m/s2

9. Em Júpiter, a aceleração da gravidade tem módulo igual a 26 m/s2, enquanto na Terra o valor é de
10 m/s2. Qual seria, em Júpiter, o peso de um astronauta que na Terra pesa 800 N?
P=m.g P = 80 . 26 (N) P = 2080N

10. Analise a afirmação e responda se ela é verdadeira ou falsa, justificando. “Quando um fuzil dispara
um projétil, este é lançado a centenas de metros por segundo, enquanto o fuzil recua contra o ombro
do atirador com uma velocidade muito menor. Isso significa que a força que o fuzil aplica no projétil é
muito mais intensa do que a força que o projétil exerce no fuzil.
Falsa. Pela 3.a lei da Ação e Reação, essas forças devem ter a mesma intensidade.

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C1_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021 10/11/2020 16:40 Página 75

TAREFA 8 As três leis de Newton

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. A respeito do conceito de inércia, assinale a frase correta:


a) Um ponto material tende a manter sua aceleração por inércia.
b) Por inércia, uma partícula pode ter movimento circular e uniforme.
c) O único estado cinemático que pode ser mantido por inércia é o repouso.
d) Não pode existir movimento perpétuo sem a presença de uma força.
e) A velocidade vetorial de uma partícula tende a se manter por inércia; a força é usada para alterar a
velocidade e não para mantê-la.
e

2. No interior de um elevador, um homem está jogando dardos em um alvo fixado na parede interna do
elevador. Inicialmente, o elevador está em repouso em relação à Terra, e o homem acerta os dardos bem
no centro do alvo. Em seguida, o elevador está em movimento retilíneo e uniforme em relação à Terra.
Se o homem quiser continuar acertando o centro do alvo, como deverá fazer a mira em relação ao seu
procedimento com o elevador parado?
a) mais alto;
b) mais baixo;
c) mais alto se o elevador está subindo, mais baixo se está descendo;
d) mais baixo se o elevador estiver descendo e mais alto se estiver descendo;
e) exatamente do mesmo modo.
e

3. As estatísticas indicam que o uso do cinto de segurança deve ser obrigatório para prevenir lesões
graves em motoristas e passageiros no caso de acidentes. Fisicamente, a função do cinto está relacionada
com a:
a) 1.ª lei de Newton; b) lei de Ohm; c) 2.ª lei de Newton;
d) 3.ª lei de Newton. e) lei de Ampère.
a

4. Uma folha de papel está sobre a mesa do professor. Sobre essa folha de papel está um apagador.
Dando-se, com violência, um puxão horizontal na folha de papel, esta se movimentará, e o apagador
ficará sobre a mesa. Uma explicação aceitável para a ocorrência é:
a) nenhuma força atuou sobre o apagador;
b) a resistência do ar impediu o movimento do apagador;
c) a força de atrito entre o apagador e o papel só atua em movimentos lentos;
d) a força de atrito entre o papel e a mesa é muito intensa;
e) a força de atrito entre o apagador e o papel provoca, no apagador, uma aceleração muito inferior à
da folha de papel.
e
75
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5. Um ônibus percorre um trecho de estrada retilínea horizontal com aceleração constante. No interior
do ônibus, há uma pedra suspensa por um fio ideal preso ao teto. Um passageiro observa esse fio e
verifica que ele não está mais na vertical. Com relação a esse fato, podemos afirmar:
a) O peso é a única força que age sobre a pedra.
b) Se a massa da pedra fosse maior, a inclinação do fio seria menor.
c) Pela inclinação do fio podemos determinar a velocidade do ônibus.
d) Se a velocidade do ônibus fosse constante, o fio estaria na vertical.
e) A força transmitida pelo fio ao teto é menor que o peso do corpo.
d
ESTOU TESTANDO
6. A qual lei a tira ao lado se refere? A PRIMEIRA LEI
DA FÍSICA...
a) Princípio Fundamental da Dinâmica. PREGUIÇOSO!
‘‘CORPOS EM
REPOUSO TENDEM A
b) Lei de Conservação da Massa.
... PERMANECER EM REPOUSO’’.
c) Lei de Ação e Reação.
d) Lei da Inércia.
e) Lei de Ohm.
d

7. Um carro demora 30s para acelerar de 0 a 30 m/s. Supondo sua massa igual a 1,2. 103 kg, o módulo
da força resultante que atua no veículo durante esse intervalo de tempo é, em N, igual a:
a) zero b) 1,2 . 103 c) 3,6 . 10 d) 3,6 . 104 e) 4,3 . 103
b

8. Um corpo com massa de 0,6 kg foi empurrado por uma força que lhe comunicou uma aceleração de
módulo 3,0 m/s2. Qual a intensidade da força?
a) 0,8 N b) 3,8 N c) 1,2 N d) 18 N e) 1,8 N
e

9. A figura abaixo mostra 3 blocos de massas: mA = 1,0 kg, mB = 2,0 kg e mC = 3,0 kg. Os blocos se
movem em conjunto, sob a ação de uma força F, constante e horizontal, de módulo 12,0 N.
Desprezando-se o atrito, qual o módulo de aceleração adquirido pelo conjunto?
a) 1,0 m/s2 b) 1,4 m/s2
c) 2,0 m/s2 d) 2,2 m/s2
C
e) 2,6 m/s2
® B
F
c A

10. Um automóvel colide frontalmente com um caminhão, cuja massa é cinco vezes maior que a massa
do automóvel. Em relação a essa situação, marque a alternativa que contém a afirmativa correta.
a) Ambos experimentam desaceleração de mesma intensidade.
b) Ambos experimentam força de impacto de mesma intensidade.
c) O caminhão experimenta desaceleração cinco vezes mais intensa que a do automóvel.
d) O automóvel experimenta força de impacto cinco vezes mais intensa que a do caminhão.
e) O caminhão experimenta força de impacto cinco vezes mais intensa que a do automóvel.
b
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TAREFA 9 Hereditariedade

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Qual a importância de Mendel para a Genética moderna?


Com o resultado de suas pesquisas, demonstrando as características transmitidas através das gerações, o homem conseguiu elucidar as

funções e a estrutura do DNA.

2. Dois indivíduos foram analisados em apenas um caráter e concluiu-se que suas constituições
genéticas são as representadas na figura a seguir.
I. II.

A A A a

a) Que tipo de gameta o indivíduo I produz? E em qual proporção?


100% gametas A.

b) Que tipos de gametas o indivíduo II produz? Em quais proporções?


50% gametas A e 50% gametas a.

3. Um homem doador universal casa-se com uma mulher do grupo sanguíneo B, cuja mãe é do grupo
sanguíneo O. Quais serão os possíveis grupos sanguíneos dos filhos do casal?
B e O.

4. Chamamos de linhagem todos os indivíduos descendentes de uma geração comum. O que


significam os termos “linhagem pura” e “linhagem híbrida”?
Uma linhagem é considerada pura quando seus indivíduos originam, por autofecundação, descendentes sempre iguais, não havendo

variação ao longo das gerações. Se nas descendências surgirem também indivíduos com caracteres diferentes, a linhagem é

considerada híbrida.

5. Observando-se o cruzamento entre dois indivíduos cujo fenótipo paterno em relação à cor dos olhos
é castanho e o materno, azul, quais os possíveis genótipos esperados?
Aa e aa.

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6. Considerando-se que, em Genética, alguns termos são usados com enorme frequência, dada a sua
importância, defina-os a seguir:
a) Genótipo: é a carga genética do indivíduo.
b) Fenótipo: são características apresentadas em função do genótipo e do ambiente.
c) Homozigoto: genes iguais para determinada característica.
d) Heterozigoto: genes diferentes para determinada característica.

7. Explique o significado da frase: “A cor dos olhos é uma característica poligênica”.


A cor dos olhos é uma característica resultante da combinação contínua entre vários genes alelos. Isso depende da produção de proteínas

que determinam a proporção de melanina depositada na íris.

8. Se a genética determina que as heranças recebidas pelo indivíduo se devem 50% ao pai e 50% à mãe,
por que, então, o pai é o responsável pela determinação do sexo da criança?
Porque o pai é heterogamético, ou seja, ele possui os cromossomos (X e Y) responsáveis pela variação do caráter sexual.

9. Como a Genética explica a ocorrência da síndrome de Down em um indivíduo?


A síndrome aparece devido à ocorrência de um cromossomo a mais, o cromossomo 21, que, no momento da divisão celular do embrião,

se desloca de forma errada.

10. A capacidade de enrolar a língua é dominante na espécie humana. Para essa característica, como
podem ser os filhos de um casal homozigoto?
Se o casal for recessivo, os filhos também serão e não terão a capacidade de enrolar a língua. Se o casal for dominante, os filhos também

serão e consequentemente terão a capacidade de enrolar a língua.

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TAREFA 10 Genética

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Se um rato cinzento heterozigótico for cruzado com uma fêmea do mesmo genótipo e com ela tiver
dezesseis descendentes, a proporção mais provável para os genótipos destes últimos deverá ser:
a) 4 Cc : 8 Cc : 4 cc b) 4 CC : 8 Cc : 4 cc
c) 4 Cc : 8 cc : 4 CC d) 4 cc : 8 CC : 4 Cc
e) 4 CC : 8 cc : 4 Cc
b

2. O termo “genótipo” refere-se ao


a) conjunto de cromossomos de um organismo.
b) conjunto de genes de um organismo.
c) conjunto de células germinativas de um organismo.
d) conjunto de características externas de um organismo.
e) conjunto de características internas de um organismo.
b

3. Identifique, entre as características mencionadas abaixo, aquela que não é hereditária:


a) cor dos cabelos; b) conformação dos olhos, nariz e boca;
c) cor dos olhos; d) deformidade física acidental;
e) hemofilia.
d

4. Mariazinha, criança abandonada, foi adotada por um casal. Um ano mais tarde, Antônio e Joana,
dizendo serem seus verdadeiros pais, vieram reclamar a filha. No intuito de comprovar a veracidade dos
fatos, foi exigido um exame do tipo sanguíneo dos supostos pais, bem como o de Mariazinha.
Os resultados foram: Antônio B, Rh+; Joana A, Rh–; Mariazinha O, Rh–.
Você concluiria que
a) Mariazinha pode ser filha de Joana, mas não de Antônio.
b) Mariazinha não é filha do casal.
c) Mariazinha é filha do casal.
d) Existe a possibilidade de Mariazinha ser filha do casal, mas não se pode afirmar com certeza.
e) Mariazinha pode ser filha de Antônio, mas não de Joana.
d

5. Um casal em que ambos os cônjuges possuem tipo sanguíneo AB quer saber quais os possíveis tipos
sanguíneos dos seus filhos:
a) A, B e AB; b) A e B;
c) A, B e O; d) A e O;
e) B e O.
a
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6. No heredograma a seguir, os símbolos em preto representam indivíduos afetados pela polidactilia e


os símbolos em branco, indivíduos normais. Conclui-se, desse heredograma, que, em relação à
polidactilia:
a) os indivíduos afetados sempre são
homozigotos.
b) os indivíduos afetados sempre são
heterozigotos.
c) os indivíduos heterozigotos são apenas de
um dos dois sexos.
d) pais normais originam indivíduos
homozigotos recessivos.
e) pais normais originam indivíduos
heterozigotos.
d

7. Dos conhecimentos abaixo, o único que Mendel possuía quando realizou as experiências que deram
origem à Genética era:
a) a relação genes-cromossomos; b) a existência de cromossomos no núcleo celular;
c) o processo de reprodução dos vegetais; d) a natureza química dos genes;
e) o processo de meiose.
c

8. “Resultam das modificações produzidas pelo meio ambiente, que não chegam a atingir os gens, não
sendo por isso transmissíveis.” O texto refere-se aos caracteres:
a) hereditários; b) dominantes;
c) genotípicos; d) adquiridos;
e) recessivos.
d

9. O sexo do bebê é determinado:


a) no momento da fecundação; b) no 3.º mês de gestação;
c) no momento do parto; d) no 9.º mês de gestação;
e) no 1.º mês de gestação.
a

10. Os gametas humanos, isto é, óvulos e espermatozoides, apresentam:


a) 20 cromossomos; b) 21 cromossomos;
c) 46 cromossomos; d) 23 cromossomos;
e) 24 cromossomos.
d

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TAREFA 11 Planetas do sistema solar

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Em relação as descrições dos planetas do sistema solar a seguir, indique corretamente a qual planeta ela
é correta: Professor, os alunos devem ser orientados a realizar uma pesquisa na internet para realizar essa tarefa.
A pesquisa se faz necessária já que os dados dos planetas não estão no módulo.
INGIMAGE/FOTOARENA

a) É o maior planeta do Sistema Solar, gasoso, cerca de 11 vezes maior que a Terra. Ele representa
cerca de 70% de toda a matéria que gira em torno do Sol e sua temperatura é de -150º C, com ventos
de 500 km por hora. Sua translação é de 11 anos e 315 dias terrestres e sua rotação é de 9 horas e 56
minutos. Possui três anéis formados por poeira e pedaços de rochas e 39 “luas”.

b) É o quinto maior planeta em tamanho, rochoso, e o único que possui água na forma líquida com
uma atmosfera rica em nitrogênio e oxigênio. Possui relevo rochoso, formado por placas que se deslocam
em volta do globo em função das altas temperaturas de seu interior. As temperaturas da superfície
variam de -70ºC a 55ºC. Possui um único satélite, sua rotação é de 23 horas e 56 minutos e sua
translação é de 365 dias e 6 horas.

c) É o oitavo planeta do Sistema Solar, gasoso, e o quarto em tamanho. Possui cinco anéis e oito
satélites naturais. O planeta é azul e sua atmosfera é formada por hidrogênio, um pouco de hélio e
metano. Os ventos chegam a 2000km/h e sua temperatura é de -214º.C. Sua translação dura
aproximadamente 165 anos terrestres e sua rotação é de 16 horas e 7 minutos.

d) Esse é o sétimo planeta do Sistema Solar, gasoso, e sua atmosfera também possui hidrogênio, hélio
e um pouco de metano. Sua translação é 84 anos e 4 dias terrestres, e uma rotação de 12 horas e 14
minutos. Sua temperatura é de aproximadamente -216ºC, possui 10 anéis e 21 satélites.

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e) É o planeta mais próximo do Sol, rochoso, e o oitavo em tamanho do sistema solar. Sua rotação é
de 58 dias e 16 horas terrestres e sua translação é de aproximadamente 88 dias terrestres, portanto, o
planeta com maior velocidade de translação. Recebe sete vezes mais luz que a Terra e não possui satélites,
tendo uma atmosfera rarefeita. É muito árido e sua temperatura pode chegar a mais de 400ºC no lado
voltado para o Sol.

f) É conhecido como Vésper ou Estrela d'Alva, é um planeta rochoso e vulcânico, visível por nós a olho
nu à tarde ou ao amanhecer. É o segundo planeta mais próximo do Sol e o sexto em tamanho,
semelhante ao tamanho da Terra. Não possui satélite, sua atmosfera é formada principalmente por gás
carbônico e ácido sulfúrico. Sua translação é de 224 dias terrestres e sua rotação é de 243 dias terrestres.

g) É conhecido como o Planeta Vermelho por causa da sua coloração, consequência da constituição
do solo que tem uma cobertura de regolito, uma poeira rica em óxido de ferro. É o quarto planeta do
Sistema Solar, rochoso, com montanhas, desertos, calotas polares, vulcões, desfiladeiros e atmosfera
rarefeita. Suas temperaturas variam entre -120ºC a 25ºC. Possui um período de translação de 697 dias
terrestres e rotação de 24 horas e 37 minutos.

h) É o segundo maior planeta, apenas atrás de Júpiter e o sexto em afastamento do Sol. É um planeta
gasoso rodeado por 7 anéis. Sua temperatura é de -150ºC e os ventos podem chegar até 1.500 km/h.
Sua translação de 29 anos e 6 meses terrestres, e sua rotação é de 10 horas e 15 minutos. Possui 23
satélites.

( e ) Mercúrio
( f ) Vênus
( b ) Terra
( g ) Marte
( a ) Júpiter
( h ) Saturno
( d ) Urano
( c ) Netuno

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LABORATÓRIO 1 Medidas do corpo

Introdução
Unidade de medida é uma quantidade específica de determinada grandeza física e que serve de padrão
para comparações com outras medidas. O Sistema Internacional de medidas (SI) é um conjunto
sistematizado e padronizado de definições para as unidades de medida. Foi desenvolvido em 1960 e
apresenta sete unidades básicas: comprimento – metro (m); massa – quilograma (kg); tempo – segundo
(s); corrente elétrica – ampère (A); temperatura – kelvin (K); quantidade de matéria – mol (mol); intensidade
luminosa – candela (cd). Todas as outras unidades existentes podem ser derivadas ou relacionadas com as
unidades do SI.
Quando se trata de comprimento, uma das mais antigas unidades adotada foi o côvado, distância
entre o cotovelo e o dedo médio. As pirâmides do Egito, desde 2700 a.C. adotaram essa unidade. No
futebol americano, utiliza-se a unidade jarda para medir comprimento, que equivale à distância entre a linha
do nariz e o polegar do braço. Essa medição foi estabelecida no século XII, pelo rei Henrique I da Inglaterra.
Medidas do corpo humano como padrão e referência estão longe do ideal, as medidas dos membros
variam de pessoa para pessoa, de acordo com a massa corporal, altura, gênero, raça, entre outros.
O objetivo da atividade a seguir é comparar unidades de medidas que utilizam o corpo humano como
referência para a grandeza comprimento.

Material
• Trena ou fita métrica.

Procedimento
• Com ajuda de seus colegas, meça com a trena a distância, em linha reta, entre a linha do nariz e o
polegar do braço (essa medida equivale a uma jarda).
• Agora repita o procedimento, alinhando a ponta de seus dedos esticados ao cotovelo (essa será sua
medida de côvado). Também faça com o palmo, o polegar e o pé. Anote na tabela abaixo.
• Não se esqueça que para fazer a comparação, todas as medidas devem estar em metros. Se você mediu
em centímetros (cm) deve fazer a conversão: 1 metro = 100 centímetros / 1 centímetro = 1/100 metro
(0,01).

Resultados:
Compare os resultados obtidos e a medida considerada “oficial”
Medidas Aluno 1 Aluno 2 Aluno 3 Aluno 4 Oficial
Jarda 0,9144 m ou 91,44 cm
Côvado ou Cúbito 0,4572 m ou 45,72 cm
Palmo 0,2286 m ou 22,86 cm
Polegada 0,0254 m ou 2,54 cm
Pé 0,3048 m ou 30,48 cm
Braça 2,2 m ou 220 cm

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Conclusão

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LABORATÓRIO 2 Estudo do movimento

Qualquer corpo que esteja em movimento possui velocidade. Na grande maioria das vezes nós
conseguimos medir essa velocidade e, para isso, necessitamos conhecer duas outras grandezas. A
distância percorrida e o tempo gasto. No nosso dia a dia, existem equipamentos que nos fornecem essa
informação, os velocímetros nos carros, motos, aviões, barcos etc. Neste laboratório vamos realizar um
experimento simples que nos indicará a velocidade de um corpo.

Material
• Um carrinho de brinquedo (fricção ou controle remoto) ou “bolas” (tênis, pula pula etc).
• Cronômetro.
• Fita-crepe ou giz. Professor, esta atividade pode ser feita na quadra de esportes ou em outro local com mais espaço em que
as trajetórias possam ser maiores. A filmagem da atividade com o celular permite uma posterior análise
• Trena. bem precisa da camera lenta
Figura 30

Procedimento
• Trace uma trajetória sobre a qual o carrinho deverá percorrer.

• Marque sobre ela uma escala de espaços. Sugestão: utilizando fita-crepe ou giz, faça marcações de 10
em 10 cm, vai depender da distância total que o carrinho percorre.

• Com ajuda do seu colega, marque a distância percorrida pelo carrinho em determinado tempo (as
marcações podem ser feitas de 1 em 1 segundo ou de 2 em 2 segundos, vai depender da velocidade
do carrinho).
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a) Complete a tabela do espaço percorrido em função do tempo gasto.

Tempo (s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Espaço (cm)

b) O carrinho manteve sempre a mesma velocidade?

c) Qual a velocidade escalar média desenvolvida pelo carrinho?

d) Construa o gráfico do espaço percorrido em função do tempo.

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LABORATÓRIO 3 Movimento Uniforme (MU)

Quando estamos dirigindo um carro sabemos que dificilmente nos mantemos sempre na mesma
velocidade. Às vezes se torna possível quando, por exemplo, estamos em uma estrada plana, sem curvas
acentuadas, livre de trânsito, e então conseguimos manter a velocidade constante por alguns instantes
e até por minutos seguidos. Num barco isso é bem mais fácil e num avião mais ainda. No experimento
de hoje mostraremos um exemplo de movimento uniforme fácil de ser observado.

Material
• Uma proveta de aproximadamente 30 cm.
• Óleo de cozinha suficiente para encher a proveta.
• Um conta-gotas.
• Fita-crepe
• Cronômetro.
Figura 31

Procedimento
• Utilizando a fita-crepe, monte uma régua com marcações de 1 em 1 centímetro, num total de 20 cm,
e cole na proveta. A origem dos espaços deve ficar na parte superior da proveta.

• Despeje o óleo de cozinha na proveta de tal forma que exceda a marcação da régua de fita-crepe.

• Com o conta-gotas cheio de água, coloque-o em contato com a superfície do óleo e aperte-o para
deixar cair uma pequena gota-d’água dentro do óleo.

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• Trabalhando em equipe e com a ajuda do cronômetro, você deverá anotar o espaço percorrido pela
gota a cada dois segundos.

Figura 32

Figura 33
a) Preencha a tabela abaixo:

Tempo (s) 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Espaço (cm)

b) Construa o gráfico do espaço em função do tempo.

c) O movimento observado pela gota-d’água é um exemplo de MU?

d) Qual a velocidade escalar da gota-d’água?

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LABORATÓRIO 4 Inércia de repouso

O estudo do movimento dos corpos é um assunto que sempre interessou a físicos desde os tempos
de Aristóteles.
Segundo Aristóteles, um corpo só se movimenta se uma força estiver sendo aplicada sobre ele.
Isaac Newton (1642-1727) formulou as leis da Dinâmica denominadas “as três leis de Newton”,
sendo que a 1.ª lei foi denominada lei da Inércia e apresenta o seguinte enunciado:

“Na ausência de forças, um corpo em repouso continua em repouso e um corpo em


movimento continua em movimento retilíneo uniforme (MRU).”

Na atividade a seguir você vai poder experimentar, observar e comprovar a inércia de repouso.

Materiais
• 1 béquer.
• 1 ovo cozido.
• 1 pedaço de papelão.
• 1 tubo de papelão da parte interna de um rolo de papel higiênico ou de um rolo de papel alumínio.

Procedimento
• Coloque água no béquer até a metade.
• Coloque o papelão sobre o béquer.
• Coloque o “rolo de papel” sobre o papelão.
• Coloque o ovo sobre o “rolo de papel”.
• Puxe o papelão rapidamente.
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Resultados
O ovo cai dentro do copo com água sem quebrar.

Como você explica o resultado obtido nesse experimento?


Quando puxamos o papelão, a energia é transferida para o rolo de papel, e o ovo permanece em repouso, fazendo com que ele seja puxado

para dentro do béquer devido à força da gravidade.

AHÁ ! QUE TAL,


PAI?

NENHUM PLATO
QUEBLADO!

Copyright © 1999 Mauricio de Sousa Produções Ltda. Todos os direitos reservados

90
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LABORATÓRIO 5 Líquido não newtoniano

Os líquidos newtonianos caracterizam-se por terem uma viscosidade constante. A água, o leite e os
óleos são alguns exemplos. Já nos líquidos não newtonianos, a viscosidade varia com a força aplicada e
eles possuem propriedades mecânicas diferentes. Assim, não possuem viscosidade definida.

Materiais
• 1 pote plástico ou béquer de 500 ml.
• 2 a 3 xícaras de amido de milho.
• 1 xícara de água.
• 1 colher ou bastão de vidro.

Procedimento
• Despeje o amido no pote plástico ou béquer.
• Aos poucos, vá despejando água e misturando lentamente até que a mistura se torne bem pastosa.
• Agora, observe a viscosidade do líquido sem a aplicação de nenhuma força e observe sua viscosidade,
aplicando uma força (um soco, por exemplo).

Resultado e conclusão

Professor, observe que, ao aplicar bruscamente uma força sobre a mistura, ela se torna sólida. Quando os alunos descansam seus dedos
ou movem lentamente na mistura, ela se mostra maleável. Quando se mistura o amido de milho com a água, tem-se um conjunto de
partículas sólidas suspensas em um líquido. Por serem muito espessas, as partículas da mistura de amido de milho com água estão muito
próximas umas das outras, de tal modo que realmente se tocam, mas ainda são capazes de deslizar umas sobre as outras. Isso é o que
acontece quando se mexe na mistura lentamente: as partículas em suspensão têm tempo para escorregarem umas sobre as outras, e,
assim, a mistura funciona como um líquido que pode fluir facilmente. No entanto, quando se aplica uma pressão bruscamente, esta se
espalha através da mistura, e as partículas não têm tempo de se mover, comportando-se como um sólido.

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LABORATÓRIO 6 Cruzamento entre heterozigotos

Nesta atividade, você vai analisar frequências de genótipos dos descendentes de indivíduos
heterozigotos. De acordo com a primeira lei de Mendel, sabemos que no cruzamento entre indivíduos
híbridos para determinada característica, os resultados são sempre semelhantes percentualmente. Você
perceberá na prática, mas com moedas, e não com ervilhas, o que Mendel verificou durante seus
experimentos do século XIX.

Cada indivíduo será representado por uma moeda e cada face da moeda representará os genes que
determinam um de seus caracteres. Portanto, cada face representará um dos tipos de gametas que o
formam. Professor, esta atividade é bastante simples, mas muito elucidativa, já que normalmente as proporções obtidas no
lançamento das moedas ficam sempre muito próximas das esperadas. A primeira lei de Mendel fica bem clara aos alunos.
A recomendação é que a atividade seja feita em duplas, para que tenhamos o máximo de grupos possíveis em uma mesma
sala. Quanto maior o número de grupos mais próximos são os resultados obtidos dos esperados. Peça aos alunos que
Material tragam duas moedas iguais.

Duas moedas iguais.


Objetivo Mídia

Em cada moeda, a face “cara” representará o gameta portador do gene A, e a face “coroa” será o
gameta portador do gene a.

Ao jogar as duas moedas simultaneamente, você estará representando a união de um gameta masculino
com um gameta feminino, portanto um descendente de Aa x Aa.

Se você obtiver:
• “cara” nas duas moedas, o indivíduo será AA;
• “coroa” nas duas moedas, será aa;
• uma “cara” e uma “coroa”, será Aa.

Procedimento
Em duplas, joguem o par de moedas 60 vezes e verifiquem quantas vezes sai cada uma das combinações
de faces que representam indivíduos AA, aa e Aa.
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Lembrem-se:
Cara + cara = AA
Cara + coroa = Aa
Coroa + coroa = aa

Concluídas suas jogadas, completem a tabela:

Genótipos possíveis para descendentes Números de vezes em que ocorre cada


do cruzamento Aa X Aa genótipo em 60 jogadas Aa X Aa
N.º esperado N.º obtido
AA 15

Aa 30

aa 15

Os valores que vocês obtiveram coincidem com os esperados? Procurem explicar as possíveis diferenças.

Juntem os dados obtidos por todos os grupos da sala e preencham a tabela:

Genótipos possíveis para descendentes Números de vezes em que ocorre cada


do cruzamento Aa X Aa genótipo em _________ jogadas Aa X Aa
N.º esperado N.º obtido
AA
Aa
aa

Os valores obtidos coincidem agora com os esperados?

Em qual das duas situações consideradas nesta atividade a proporção obtida entre os genótipos ficou
mais próxima da proporção esperada? Como vocês justificam esse resultado?

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Créditos das Figuras


Figura 1 Figuras 24 a 28
Disponível em: <https://pixabay.com/pt/einstein-albert- Disponíveis em: <SPL DC/Latinstock; Nick Jene/ Alamy/
einstein-arte-de-rua-2197302/> Fotoarena; EDB Image Archive/ Alamy/; Jamie McDonald /
Staff/Getty Images; Jenny Anderson /Getty Images>
Figura 2
Disponível em: <BGNorte Digital> Figura 29
Disponível em:<blickwinkel/McPHOTOs / Alamy /
Figura 3 Fotoarena>
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/powerboat-lancha-de-corrida- Figura 30
corrida-2784250/> Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/controlada-remoto-jogo-modelo-
Figuras 4 a 6 1255906/>
Disponíveis em:
<Luis Augusto Vasconcellos; Ingimage/Fotoarena; Figura 31
Ingimage/Fotoarena> Disponível em:
<https https://pixabay.com/pt/aeronaves-h%C3%A9lice-
Figuras 7 a 9 asa-voar-1499171/>
Disponíveis em:
<Luis Augusto Vasconcellos; Ingimage/Fotoarena; Figuras 32 e 33
Ingimage/Fotoarena> Disponíveis em:
<Maria Lúcia Catalani>
Figura 10
Disponíveis em:
<https://pixabay.com/pt/speedo-veloc%C3%ADmetro-
quilometragem-4781/>

Figura 11
Disponível em:
<Celso Pupo / Fotoarena>

Figuras 12 e 13
Disponíveis em:
<https://pixabay.com/pt/combust%C3%ADvel-superior-
dragster-1353228/; https://pixabay.com/pt/avi%C3%A3o-
avi%C3%B5es-voo-ar-3282404/>

Figura 14
Disponível em:
<Ingimage/Fotoarena>

Figuras 15 e 16
Disponíveis em:
<https://pixabay.com/pt/ferrari-boulid-fernando-alonso-
957563/; https://pixabay.com/pt/tempo-rel%C3%B3gio-
cabe%C3%A7a-mulher-face-1739629/>

Figura 17
Disponível em:
<https://pixabay.com/pt/base-jump-salto-base-jumper-
pulando-1600668/>

Figuras 18 a 23
Disponíveis em: <Damir Ivka / ATP / Fotoarena;
https://pixabay.com/pt/escorregar-piscina-brincar-
1005922/; stock_colors/Getty Images;
Ingimage/Fotoarena;
http://www.4x4brasil.com.br/forum/vendem-se-pecas-e-
acessorios/32103-vendo-pecas-p-motor-de-vitara-
curitiba.html; Ingimage/Fotoarena>

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Anotações

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Anotações

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