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Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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Caderno do Professor
Unidade 2
A ondulatória é um campo da Física que está largamente presente no nosso cotidiano e por isso iremos
desenvolver o assunto de forma científica para que o aluno possa compreender que os diversos
equipamentos com alta tecnologia que são utilizados na medicina e em vários outros campos foram
construídos a partir do conhecimento dos dados aqui apresentados.
Apresentamos também, nessa unidade, assuntos relacionados à origem e à evolução dos seres vivos de
forma a relacionar os conhecimentos científicos e assim discutir a existência das diferentes teorias. O assunto
é bastante instigante, pois não há provas para nenhuma das evidências já levantadas por aqueles que se
dedicam à questão. É importante que o aluno saiba que biólogos, paleontólogos e arqueólogos se baseiam
em investigações e experimentações sujeitas a novas descobertas, que podem mudar todas as teorias
descritas até então.
Na sequência dos conteúdos desenvolvidos, discutiremos o modo como as diferentes culturas explicam
a origem da Terra e do sistema solar e quais as evidências os cientistas vêm buscando sobre a possibilidade
e condições necessárias para a existência de vida fora do nosso planeta.

Unidades Temáticas Objetos de conhecimento Habilidades

• Investigar os principais mecanismos envolvidos na transmissão e


recepção de imagem e som que revolucionaram os sistemas de
comunicação humana. (EF09CI05)
• Classificar as radiações eletromagnéticas por suas frequências,
fontes e aplicações, discutindo e avaliando as implicações de seu
Matéria e energia Ondulatória uso em controle remoto, telefone celular, raios X, forno de micro-
ondas, fotocélulas etc. (EF09CI06)
• Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das radiações na
medicina diagnóstica (raios X, ultrassom, ressonância nuclear
magnética) e no tratamento de doenças (radioterapia, cirurgia óptica
a laser, infravermelho, ultravioleta etc.). (EF09CI07)

• Planejar e executar experimentos que evidenciem que todas as


cores de luz podem ser formadas pela composição das três cores
Matéria e energia Óptica, luz e cores
primárias da luz e que a cor de um objeto está relacionada também
à cor da luz que o ilumina. (EF09CI04)

Origem e evolução dos • Reconhecer a existência das diferentes teorias sobre a origem da
Vida e evolução
seres vivos vida e sobre a evolução dos seres vivos.

• Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem


da Terra, do Sol ou do sistema solar às necessidades de distintas
culturas (agricultura, caça, mito, orientação espacial e temporal etc.).
Astronomia, cultura e vida (EF09CI15)
Terra e Universo
humana fora da Terra • Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana
fora da Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas
características dos planetas e nas distâncias e nos tempos
envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares.(EF09CI16)

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Sugestões de filmes
– Perdido em Marte (2015) - O astronauta Mark Watney (Matt Damon) é enviado a uma missão em
Marte. Após uma severa tempestade, ele é dado como morto, abandonado pelos colegas e acorda
sozinho no misterioso planeta com escassos suprimentos, sem saber como reencontrar os
companheiros ou retornar à Terra.
– Interestelar (2014) - Após ver a Terra consumindo boa parte de suas reservas naturais, um grupo de
astronautas recebe a missão de verificar possíveis planetas para receberem a população mundial,
possibilitando a continuação da espécie. Cooper (Matthew McConaughey) é chamado para liderar o
grupo e aceita a missão sabendo que pode nunca mais ver os filhos. Ao lado de Brand (Anne
Hathaway), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley), ele seguirá em busca de uma nova casa.
Com o passar dos anos, sua filha Murph (Mackenzie Foy e Jessica Chastain) investirá numa própria
jornada para também tentar salvar a população do planeta.

Referências de sites
• <http://www.brasil.gov.br/noticias/cultura/2017/09/brasil-possui-mais-de-24-mil-sitios-arqueologicos-
cadastrado>
• <http://astro.if.ufrgs.br/antiga/antiga.htm>
• <http://www.cienciamao.usp.br/dados/tne/_constelacoesindigenasbra.arquivoempdf.pdf>
• <http://www.aeb.gov.br/programa-espacial-brasileiro/satelites/>
• <http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/radiacao.html>
• <https://brasilescola.uol.com.br/quimica/radiacoes-alfa-beta-gama.htm>
• <http://www.if.ufrgs.br>
• <https://www.inca.gov.br/>
• <http://www.if.ufrgs.br/oei/cgu/espec/intro.htm>

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Número de aulas sugeridas


Ciências – 9.o ano – 2.o Bimestre
Caderno Módulo Semana Aulas Programa
33 Ondas

34 Ondas: características
9
35 Ondas: classificação

36 As ondas e a produção dos sons

37 As ondas e a produção dos sons


6
38 As ondas e a produção de imagens
10
39 Laboratório 7 – Imagens da voz

40 Aplicações da radiação

41 Aplicações da radiação

42 Aplicações da radiação
11
43 Introdução à óptica

44 Conceitos básicos, fontes de luz e meios de propagação

45 Conceitos básicos, fontes de luz e meios de propagação

46 Reflexão da luz e espelhos planos


12
47 Reflexão da luz e espelhos planos

48 Laboratório 8 – Associação de espelhos planos e periscópio


2 7
49 Refração da luz

50 Laboratório 9 – Refração da luz


13
51 Espectro da luz visível

52 Espectro da luz visível

53 Espectro da luz visível

54 Laboratório 10 – Disco de Newton e persistência visual


14
55 Origem e evolução dos seres vivos

56 Experimentos a favor da biogênese

8 57 Experimentos a favor da biogênese

58 Formação de moléculas orgânicas


15
59 Fixismo e evolucionismo

60 Observação do céu como elemento cultural

61 Observação do céu como elemento cultural

9 62 As constelações
16
63 O homem no espaço

64 A vida fora do nosso planeta

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Anotações do professor

VI
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Anotações do professor

VII
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Anotações do professor

VIII
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Sumário
Unidade 2
Unidade Temática: Matéria e energia
Módulo 6 – Ondulatória ............................................................................. 3
6.1 – Ondas............................................................................................ 3
6.2 – Ondas: características..................................................................... 4
6.3 – Ondas: classificação ....................................................................... 5
6.4 – As ondas e a produção de sons...................................................... 5
6.5 – As ondas e a produção de imagens ............................................... 9
6.6 – Aplicações da radiação................................................................... 12
Módulo 7 – Óptica, luz e cores.................................................................... 16
7.1 – Introdução à óptica........................................................................ 16
7.2 – Conceitos básicos, fontes de luz e meios de propagação................ 17
7.3 – Reflexão da luz e espelhos planos .................................................. 22
7.4 – Refração da luz .............................................................................. 26
7.5 – O espectro visível da luz ................................................................. 28

Unidade Temática: Vida e evolução


Módulo 8 – Origem e evolução dos seres vivos ........................................... 33
8.1 – A origem da vida ........................................................................... 33
8.2 – Biogênese, abiogênese e experimentos a favor da biogênese ......... 34
8.3 – Formação das moléculas orgânicas ................................................ 35
8.4 – Fixismo e evolucionismo ................................................................ 36

Unidade Temática: Terra e Universo


Módulo 9 – Astronomia, cultura e vida humana fora da Terra ..................... 38
9.1 – Observação do céu como elemento cultural ................................... 38
9.2 – As constelações ............................................................................. 40
9.3 – O homem no espaço...................................................................... 42
9.4 – A vida fora do nosso planeta.......................................................... 46

Tarefas........................................................................................................ 53
Laboratório ............................................................................................... 65

Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Matéria e energia
5
6 ONDULATÓRIA
A 33

6.1 – Ondas (EF09CI06)


(EF09CI05)

Ao longo dos anos, na sua vida escolar e principalmente no seu dia a dia, você já pode
perceber que a Física é um ramo da ciência que se ocupa em estudar fenômenos dos mais diversos tipos,
com diferentes níveis de complexidade. Assim sendo, ela surge mais uma vez para nos explicar um
assunto de extrema importância nas nossas vidas: a formação de sons e imagens.

Ondulatória é o ramo da ciência responsável por estudar as características e propriedades das ondas.

Sendo assim, procure relacionar o assunto em questão com as seguintes ocorrências:

– Comunicação à distância. Como é possível?

– Luz natural e artificial, como elas chegam até você?

– Tempestades: relâmpagos e trovões.

Professor: a atividade deve ser usada para que o aluno perceba que o objeto de conhecimento em questão é parte integrante da sua
realidade diária e, consequentemente, ele é protagonista do assunto aqui desenvolvido. As respostas esperadas devem variar bastante
dentro do grupo, já que o conhecimento sobre o assunto depende do interesse pessoal de cada um dos alunos. A comunicação à distância
está relacionada à propagação de ondas eletromagnéticas que acarretam a formação de sons e imagens: rádio e televisão. A luz do Sol se
propaga pelo espaço por ser uma onda eletromagnética, que não precisa de meio material. O som do trovão é uma onda mecânica, por isso
precisa de um meio material para se propagar e a luz, o relâmpago, é uma onda eletromagnética. Nos textos a seguir, discutiremos
os tipos de ondas e suas aplicações no dia a dia.
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6.2 – Ondas: características A 34

Por definição, ondas são perturbações que se propagam transportando energia sem que haja
transporte de matéria.
Algumas coisas são capazes de provocar a formação de ondas. Em outras palavras, deve haver uma
fonte para que a onda seja formada.
Quando jogamos um objeto na água, por exemplo, ocorre formação de ondas. A fonte geradora
da onda é o próprio objeto.
Existem diferentes tipos de ondas: as ondas do mar, as ondas de rádio, ondas de som, ondas de
micro-ondas, ondas de raios X, entre outras que serão mencionadas e explicadas ao longo dos textos.

Características das ondas


- Amplitude: é a altura da onda, ou seja, a distância entre seu ponto de repouso e a sua crista. (Ver
esquema anexo)
- Comprimento: é a distância entre duas cristas sucessivas e é representado pela letra grega lambda
(λ).
- Crista: é a parte mais elevada de uma onda.
- Vale: é o ponto mais baixo de uma onda.
- Frequência: corresponde ao número de oscilações em um determinado intervalo de tempo. A
frequência é uma grandeza medida em Hertz (Hz).
- Período: é o tempo que a onda leva para executar uma oscilação completa ou o deslocamento
entre uma crista e outra. A unidade de medida é o segundo (s).
- Velocidade: a velocidade de uma onda varia de acordo com o meio no qual ela se propaga e é
representada pela letra v.
V=λ.f

O comprimento de onda e a frequência são grandezas inversamente proporcionais, ou seja, quanto


maior o comprimento de onda, menor será sua frequência, mantendo-se constante a velocidade.

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6.3 – Ondas: classificação A 35

As ondas podem ser classificadas de acordo com a natureza, com a direção de propagação ou com
a direção de vibração.

Mecânicas: aquelas que precisam de um meio material para se propagar.


Exemplo: ondas de uma corda ou som.

NATUREZA
Eletromagnéticas: geradas por cargas elétricas oscilantes, por isso não
precisam de um meio material para se propagar. Exemplo: rádio, televisão,
laser, radares.

Unidimensionais: têm uma única direção.

DIREÇÃO DE
Bidimensionais: propagam-se num plano, como a superfície de um lago.
PROPAGAÇÃO

Tridimensionais: propagam-se em todas as direções.

Transversais: as vibrações são perpendiculares à direção de propagação.


DIREÇÃO DE
VIBRAÇÃO
Longitudinais: as vibrações têm o mesmo sentido da propagação.

6.4 – As ondas e a produção dos sons A 36 e 37

Todo tipo de som está associado à vibração de um meio material. Por isso a velocidade do som varia
de acordo com o tipo de matéria na qual ele se propaga.
Os sons são conduzidos ao nosso aparelho auditivo e transformados em estímulos elétricos que,
posteriormente, são levados ao nosso cérebro e nele traduzidos.
Sendo o som uma onda mecânica, as compressões e rarefações que ocorrem nas moléculas gasosas
serão as responsáveis pela formação de diversos timbres e intensidades. Os sons que chegam aos nossos
ouvidos são resultantes de compressões e rarefações das massas gasosas.
Observe um alto-falante emitindo uma onda sonora e como o som produzido a partir dele será
traduzido pela orelha humana.

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Quando a parte interna do alto-falante vibra em direção ao exterior, ocorre uma compressão do ar
e quando a parte interna do alto-falante vibra em direção ao interior, cria uma rarefação do ar. Essa
sequência, que segue a frequência do sinal elétrico aplicado ao alto-falante produz as ondas que chegam
aos nossos ouvidos.

A partir das informações fornecidas até o momento, você saberia explicar por que os cães e
outros animais de diferentes espécies ficam tão perturbados diante de alguns sons como
estampidos de bombas e rojões, escapamentos de motos e outros diversos tipos de barulhos?
Professor. Como já mencionamos anteriormente, a velocidade do som depende da natureza do meio no qual ele se propaga. Além disso,
há também uma variação na capacidade de captação de sons entre as diferentes espécies. Isso acontece devido às diferenças das frequências
de ondas produzidas.
“As frequências audíveis ao ser humano vão de 20 Hz a 20.000 Hz. Acima dessa faixa, há o ultrassom. Abaixo, ocorre o infrassom. Outros
animais, que não o homem, ouvem uma faixa de frequência diferente. Os cães escutam entre 15 Hz e 50 kHz. A partir de 20 kHz, faixa que
o homem não detecta, o som pode tornar-se incômodo a eles. Os animais que usam o som para se guiar têm capacidades auditivas ainda
mais vastas. Os morcegos ouvem a faixa 1 kHz - 120 kHz e os golfinhos, 70 Hz - 240 kHz.
O homem, com seus aparelhos, produz frequências infra e ultrassônicas. Essas fontes, no entanto, nem sempre causam incômodo aos
animais. É o volume das ondas acústicas e a distância em que elas são produzidas que podem causar incômodo ou dor. Se a fonte emissora
estiver próxima e o volume for muito alto, um cão poderá ficar incomodado, ainda que o humano não ouça nada. O ultrassom também é
usado no adestramento desses animais. Cães de caça e de guarda às vezes são treinados a ter certos comportamentos ao ouvir o ultrassom
de um apito especial. ” Fonte: Revista Galileu, Edição 187, 2007, Carlos C. Alberts, professor e pesquisador da Universidade Estadual Paulista
(Unesp) Campus de Assis.

Tabela de velocidade de propagação do som em diferentes meios materiais


Material Velocidade de propagação do som (km/h)
Ar 1234
Água (a 20º C) 5335
Água do mar 5518
Ouro 11664
Vidro 18468
Aço 21384
Diamante 43200

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Agora, é a sua vez!


1. Qual a diferença entre ondas mecânicas e ondas eletromagnéticas?
Ondas mecânicas necessitam de meio material para se propagar e ondas eletromagnéticas podem propagar-se no vácuo.

2. Sugira uma atividade prática para explicar a formação de ondas mecânicas.


Resposta do aluno. Ele pode citar a vibração de uma corda, a criação de um “telefone de copinhos”, a produção de sons em cordas de violão

ou outro instrumento.

3. Por que o som não se propaga no espaço sideral?


Porque o som é onda mecânica e no espaço sideral não há matéria.

4. Por que durante uma tempestade só ouvimos o som do trovão após a visão do relâmpago?
Porque a velocidade da luz, que é uma onda eletromagnética, é maior que a do trovão, que precisa de meio material para se propagar.

5. Dado o esquema a seguir, determine a característica indicada pelas letras A, B, C e D.

A = crista; B = vale; C = amplitude; D = comprimento de onda.

A– __________________________________________________________________________
B– __________________________________________________________________________
C– __________________________________________________________________________
D– __________________________________________________________________________

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6. Utilizando o espaço a seguir, represente duas ondas de comprimentos de onda diferentes e mesma
amplitude.

7. Utilizando o espaço a seguir, represente duas ondas de amplitudes diferentes e mesmo comprimento
de onda.

8. Calcule a velocidade de uma onda sonora cujo comprimento de onda é de 2m e se propaga com
frequência de 170 Hz.
V=λ.f

V = 2m . 170Hz = 340m/s

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6.5 – As ondas e a produção de imagens A 38 (EF09CI05)

Nos itens anteriores deste módulo, vimos que o som é produzido por ondas mecânicas.
As ondas eletromagnéticas não precisam de um meio material para se propagar, sendo assim elas viajam
no espaço (onde há vácuo), e a uma velocidade de 300 000 km/s. Agora vamos estudar características
e propriedades das ondas eletromagnéticas.
As ondas eletromagnéticas também estão presentes no nosso dia a dia nas mais diversas situações.
Procure listar alguns equipamentos e situações nas quais você acha que elas são utilizadas.

Professor. Espera-se que o aluno cite as aplicações em aparelhos celulares, controle remoto, computadores e tablets, micro-ondas, aparelhos
de rádio e TV e tudo aquilo que, de fato, está voltado ao seu dia a dia. A partir das observações do aluno, cite também as aplicações dessas
ondas na área da medicina a fim de estimular discussões e debates. O objetivo, nesse momento, é desenvolver habilidades socioemocionais
de comunicação e pensamento crítico e, assim, valorizar a formação científica, a utilização das tecnologias digitais, a responsabilidade em
disseminar o conhecimento sobre aplicação das radiações levando-se em consideração todos os aspectos (ambientais, sociais, físicos e
econômicos) envolvidos.
Ingimage/Fotoarena

As ondas eletromagnéticas surgem como resultado da agitação de elétrons produzindo


assim energia elétrica e também do magnetismo, inerente à movimentação de cargas elétricas. Dessa
forma, é possível a formação desse tipo de onda.
Vários equipamentos de uso diário funcionam através das ondas eletromagnéticas. Exemplos: o
rádio, a televisão, o celular, o micro-ondas, o controle remoto, a internet sem fios, o bluetooth etc.
As ondas eletromagnéticas, também chamadas de radiação, podem possuir diferentes com-
primentos. O conjunto de todos os comprimentos de ondas eletromagnéticas recebe o nome de
ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO. Dentro desse espectro, vamos encontrar as ondas de rádio,
micro-ondas, raios infravermelhos, ultravioleta, raios X e raios gama.

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Dentro desse espectro eletromagnético, há um tipo de onda que é visível (detectada) ao olho
humano, há ondas que não são visíveis, mas são perceptíveis devido ao calor que emitem. Há também
aquelas que não são vistas nem percebidas por outros sentidos, mas são muito bem utilizadas pela
humanidade em diversas situações.
O Sol emite todos os tipos de radiação, mas a maioria é bloqueada pela atmosfera.
Panther Media/Alamy/Fotoarena

Ingimage/Fotoarena
Ingimage/Fotoarena

Ingimage/Fotoarena

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Radiação é na verdade uma forma de energia que pode ser propagada em forma de partículas ou
por ondas eletromagnéticas.
As radiações eletromagnéticas que estão ao nosso redor possuem baixa energia. São as chamadas
radiações não ionizantes, como a luz, calor e ondas de rádio. Graças a elas, podemos fazer uso de TV
e micro-ondas.
As radiações ionizantes possuem altos níveis de energia e têm origem do núcleo de átomos ionizados,
ou seja, átomos que tiveram seus elétrons “arrancados”, deixaram de ser neutros tornando-se íons
positivo.
O processo de ionização é provocado pela emissão de partículas alfa, beta ou gama emitidas por
ondas eletromagnéticas semelhantes aos raios X; são os raios gama.
As radiações denominadas alfa, beta e gama diferem entre si de acordo com a velocidade com que
se propagam, ou seja, as partículas alfa são mais lentas, com velocidade de 20 000 km/s, as partículas
beta atingem até 95% da velocidade da luz e os raios gama atingem velocidades das ondas
eletromagnéticas, 300 000km/s.
Para compreendermos um pouquinho mais sobre a diferença energética entre essas partículas,
observe os dados que se seguem:

Partículas São bastante energéticas, mas podem ser barradas por uma simples folha de
alfa papel, sendo assim praticamente inofensivas aos seres humanos.

São menos energéticas que as partículas alfa, mas são mais penetrantes. Podem
Partículas atravessar lâminas de chumbo de até 2 mm ou de alumínio de 5 mm, mas são
beta barradas por placas de madeira de 25 mm de espessura. Podem ocasionar danos
à pele mas não a órgãos internos, a menos que sejam aspiradas.

Percorrem milhares de metros no ar, são as mais perigosas, pois podem


Partículas
atravessar chapas de aço de 15 cm, mas podem ser barradas por grossas placas
gama
de chumbo ou paredes de concreto.

A radiação pode ser usada de várias formas e com diversos objetivos. Elas são emitidas por
radioisótopos, que são partículas atômicas que podem atravessar a matéria, assim, serem
detectadas/encontradas/percebidas, por aparelhos apropriados chamados detectores de radiação.
Ingimage/Fotoarena

Ingimage/Fotoarena

A 39

Realização do laboratório 7
“Imagens da voz”

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(EF09CI07)

6.6 – Aplicações da radiação A 40, 41 e 42

O uso da radiação pela humanidade vem sendo cada vez mais explorado. Na medicina, na
agricultura, na indústria, na geração de energia, passou a contribuir de modo significativo para toda
sociedade. Apesar de toda sua empregabilidade, não é unânime a opinião sobre aspectos positivos da
sua contribuição, pois há muito a discutir sobre os efeitos por ela produzidos.

I. O uso da radiação na medicina


O uso e aplicabilidade da radiação na medicina tornou-se tão amplo e necessário a ponto de
desenvolver uma nova área denominada Medicina Nuclear.
Os principais e mais conhecidos meios de aplicação são: raios X, ultrassonografia, ressonância
magnética, tomografia computadorizada, radioterapia e outros.

- Raios X (radiologia convencional): são utilizados para radiografar e diagnosticar possíveis fraturas e
lesões. Nesse caso a radiação a ser emitida é controlada pelo radiologista contra o corpo do paciente
fazendo com que os raios X atinjam o filme fotográfico com diferentes intensidades.:

Ingimage/Fotoarena

- Ultrassonografia: é um procedimento que permite visualizar em tempo real as condições de órgãos


e tecidos internos a fim de diagnosticar diversos tipos de problemas relacionados ao órgão no qual o
ultrassom está sendo aplicado.
Ingimage/Fotoarena

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- Ressonância magnética: é um exame no qual a radiação é utilizada para melhorar a definição das
imagens e mostrar detalhes das estruturas internas dos órgãos e assim diagnosticar diversos problemas
de saúde como tumores, alterações de tecidos, formação de aneurismas, lesões internas etc.
Professor. A ressonância magnética

JG Photography/Alamy/Fotoarena
é um procedimento que não utiliza
raios x (radiação). Para gerar as
imagens nítidas, são usados
campos magnéticos e ondas de Indicações
rádio. Imagens são transportadas A ressonância é indicada para
para o computador, como se fosse obtenção de imagens do cérebro,
uma fotografia tridimensional do coluna vertebral, vasos sanguí-
corpo visto por dentro. Já na neos e coração, ligamentos, arti-
tomografia, os raios x são utilizados culações, esclerose múltipla,
para melhor captação de imagem. tumores no cérebro, infecções no
Esse exame permite a reconstrução sistema nervoso central, tendinite,
tridimensional do corpo, mostrando derrame articular, hérnia de disco,
ossos, tecidos, gases e líquidos de entre outros.
formas diferentes.

-Tomografia computadorizada: as imagens obtidas são de alta definição e também é um método no


qual os raios X são amplamente utilizados para obtenção de imagens 3D de tecidos e órgãos.

Olaf Heil/imageBROKER/Fotoarena
A tomografia é recomendada em
casos de acidentes cerebrovas-
culares, hemorragias intracrani-
anas, doença nas artérias
coronárias, tumores, fraturas em
diversas partes do corpo,
pneumonia, pedras nos rins,
apendicite, diagnostico de sinusite,
entre outros.

- Radioterapia: consiste em um tratamento no qual se utilizam radiações ionizantes e serve para destruir
as células tumorais ou impedir que estas continuem a se multiplicar.
Contraindicação
DIETRICH/BSIP/Fotoarena

A maioria das pessoas pode realizar ambos


os exames sem grandes riscos. Porém, há
casos em que eles não são indicados.

Ressonância: não recomendada para


portadores de marca-passo, desfibrilador
cardíaco implantável, implante coclear e
gestantes no primeiro trimestre.

Tomografia: não recomendada para


gestantes e pacientes alérgicos a iodo
(contraste endovenoso).

Fonte:
http://www.irpp.com.br/ressonancias/ress
onancia-e-tomografia-qual-diferenca/

Aparelho usado para tratamento com radioterapia


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- Cirurgias a laser: laser é a abreviatura de Light Amplification by the Stimulated Emission of Radiation.
Essa técnica começou a ser utilizada na década de 1970 em procedimentos oftálmicos. Os lasers são
fontes de energia e por vezes são usados como se fossem bisturis e como método de cauterização de
tecidos. Porém, sua aplicação deve ser muito bem discutida com o profissional pois não podem ser
usados em todos os procedimentos cirúrgicos. O laser pode ser usado em oftalmologia, procedimentos
estéticos, dermatológicos, urologia, ginecologia e outros.

Cigdem Simsek/Alamy/Fotoarena
II. O uso da radiação na indústria alimentícia e na agricultura
A radiação na indústria alimentícia é usada com o propósito de combater micro-organismos e
consequentemente aumentar a vida útil de determinados alimentos.
Esse tipo de procedimento foi aprovado pela Associação Médica Americana em 1993 e desde então
passou a ser utilizado para melhorar a saúde pública evitando contaminações diversas, ampliar o
comércio internacional e diminuir as perdas dos alimentos.
As radiações causam danos aos organismos vivos, assim alguns alimentos são irradiados para matar
fungos e bactérias, que são os principais causadores do apodrecimento

III. Energia nuclear


A energia nuclear é obtida a partir do processo de fissão do núcleo de átomos pesados. Ela é
produzida nas usinas termonucleares, que são aquelas que utilizam elementos como o urânio como
combustível para gerar calor e a partir desse calor gerar eletricidade.

14
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A produção de energia nuclear passou a ser considerada uma fonte limpa, já que a sua produção
emite baixos volumes de gás carbônico, principal responsável pelo efeito estufa e consequentemente
pelo aquecimento global.

A aplicação e o uso de processos relacionados à radiação podem trazer vários tipos de


danos ao ambiente e à saúde. A seguir, serão destacados alguns itens sobre os quais
você deverá pesquisar e anotar possíveis problemas decorrentes da radiação.
Professor. Essa atividade deve ser utilizada a fim de promover e instigar a curiosidade intelectual.
Para isso devemos fazer uso de recursos digitais, como computador, ipads ou mesmo seus
1. Radiação e ambiente smartphones. Ao se deparar com a diversidade de opiniões e fatos sobre o assunto, podemos esperar
que o aluno desenvolva o pensamento crítico, a consciência social, a compreensão do uso da
tecnologia digital nas abordagens da ciência. Após a conclusão da atividade proposta, destaque na
lousa alguns tópicos mais relevantes e proponha um debate para que as informações sejam
compartilhadas. Procure destacar a importância do uso da tecnologia no avanço da medicina e
salientar que os métodos e equipamentos usados para o diagnóstico das diversas doenças têm a
grande vantagem de evitar o uso de métodos invasivos (cirúrgicos) e consequentemente reduzir os
riscos de infecções diversas.

2. Radiação solar

3. Exposição excessiva a raios X

4. Radioterapia

5. Radiação e alimentação

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o Ao concluir o item anterior, você já pode
PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) realizar em casa a tarefa 12 “Ondulatória”
e, em “localizar”, digite CIEN9F201

15
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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Matéria e energia
5
7 ÓPTICA – LUZES E CORES
A 43 (EF09CI04)

7.1 – Introdução à óptica


Óptica é o ramo da Física que estuda um conjunto de fenômenos que têm como causa determinante
o agente físico luz.

Divisões da óptica:
• Óptica Física: estuda a natureza da luz.
• Óptica Geométrica: estuda as trajetórias percorridas pelos raios luminosos, sua propagação,
reflexão (espelhos) e refração (lentes e prismas). Não há necessidade de se conhecer a natureza
da luz.

Observe as imagens a seguir. Descreva com suas palavras os fenômenos que você
identifica em cada uma delas.
Figura 1

Professor, espera-se que o aluno identifique a formação da sombra em virtude da propagação retilínea
da luz, reflexão da ave no lago, formação de imagem enantiomorfa (invertida), refração da luz na
formação do arco-íris e a ampliação do campo de visão no espelho esférico (convexo).
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5

16
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7.2 – Conceitos básicos, fontes de luz e meios de propagação A 44 e 45

a) Raios de luz
Representação geométrica da trajetória da luz, indicando a direção e o sentido de sua propagação.
O raio de luz é representado geometricamente, de modo a traduzir o caminho seguido pela luz, com uma
seta indicando o sentido em que ela se propaga. Dependendo do meio de propagação, o raio de luz pode
ser retilíneo (em meio homogêneo e transparente) ou curvilíneo.

b) Feixe de luz
É um conjunto de raios de luz. Um feixe luminoso pode ser:
Artes Gráficas – Objetivo

Exemplifique situações em que podemos observar feixes de luz convergentes, divergentes


e paralelos. Faça um desenho para cada situação.

Paralelos: raios de luz de um laser; convergentes: luz do Sol através de uma lupa; divergentes: raios de luz que saem da lâmpada do farol
do carro

17
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c) Fontes de luz
Fontes de luz são todos os corpos capazes de emitir luz. Podem ser fontes primárias ou secundárias.

As fontes primárias, também chamadas de corpos luminosos, emitem luz própria, por exemplo, o
Sol, a chama de uma vela, um vaga-lume, uma lâmpada acesa etc.

Figura 6
Figura 7
Figura 8

As fontes primárias podem ser divididas em incandescentes e luminescentes.

• Incandescentes: a luz emitida é consequência de um aquecimento e transformação de energia


térmica em radiante, por exemplo Sol (6000°C), lâmpada incandescente (2000°C).
Figura 9

• Luminescentes: emitem luz, mas se encontram em temperaturas relativamente baixas.


18
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Nesse tipo de fonte de luz, ainda é possível classificá-las em fluorescente e fosforescente.

• Na fonte fluorescente, a luz é emitida apenas enquanto dura a ação do agente excitador, como
no caso da lâmpada fluorescente (ou lâmpada fria).

Figura 10

• Na fonte fosforescente, a emissão de luz perdura durante um certo tempo, mesmo após ter
cessada a ação do agente excitador, por exemplo, os ponteiros de relógios ou interruptores de
tomadas que brilham no escuro.
Figura 11

As fontes secundárias emitem apenas a luz recebida de outros corpos. São chamados de corpos
iluminados, como a Lua, os planetas, os objetos visíveis que não têm luz própria.
Ingimage/Fotoarena

19
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d) Meios de propagação da luz


Quando uma fonte luminosa emite seu feixe, a luz passa a se propagar a uma velocidade que varia
de acordo com o meio em que ela se move. No vácuo, a velocidade da luz é de 300.000km/s.
Diferentes meios materiais, como ar, vidro, água, acrílico, comportam-se de formas diferentes ao
serem atravessados pelos raios de luz, podendo até mesmo impedir a propagação dos raios.

Assim, os meios são classificados da seguinte forma:

• transparente: permite a propagação regular da luz, ou seja, um objeto colocado atrás do meio
pode ser observado com nitidez, por exemplo, ar, água em pequenas camadas, vidro fino comum,
papel celofane, entre outros.

• translúcido: permite apenas a propagação irregular da luz, ou seja, o observador vê o objeto


através do meio, mas sem nitidez, por exemplo, vidro fosco, papel de seda, nevoeiro, entre outros.

• opaco: não permite a passagem da luz através de si, por exemplo, madeira, concreto, chapas
metálicas, entre outros.
Artes Gráficas - Objetivo

Transparente Translúcido Opaco

Você sabia?

O ano-luz é uma medida de comprimento que corresponde à distância percorrida pela luz no vácuo em um ano:
1 ano-luz equivale, aproximadamente, a 10 trilhões de quilômetros. Mais precisamente, são 9.454.254.955.488 km
percorridos a uma velocidade de 299.792.458 m/s durante 365 dias. Só para ter uma ideia da rapidez, o tempo
que a luz leva para percorrer os 149.597.870 km que separam a Terra do Sol é de apenas 8,3 minutos.

Agora, é a sua vez!

1. Imagine que o Sol “morreu” de repente, ou seja, sua luz deixou de ser emitida. Vinte e quatro horas
após esse evento, o que uma pessoa verá observando o céu?
Apenas os corpos que emitem luz própria, ou seja, as estrelas.

20
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2. A figura seguinte representa uma estreita faixa de luz proveniente do Sol que chega a uma região
da Terra.

Artes Gráficas – Objetivo


a) Como se chamam as linhas que representam a propagação da luz?
As linhas são os raios de luz e o conjunto é o feixe de luz.

b) Como se classifica esse feixe de luz solar?


Feixe paralelo, cilíndrico.

c) Classifique o Sol como uma fonte de luz.


Primária incandescente.

3. Cite duas situações observáveis no nosso dia a dia que demonstrem a propagação retilínea da luz.
Sombra, noite e dia.

4. Classifique as fontes de luz abaixo:

a) Vela acesa: __________________________________________________________________________


Primária incandescente
b) Lâmpada incandescente acesa: _________________________________________________________
Primária incandescente
c) Sol: ________________________________________________________________________________
Primária incandescente
d) Lua: ________________________________________________________________________________
Secundária
e) Ponteiro de relógio que brilha no escuro: _________________________________________________
Primária luminescente
f) Lâmpada fluorescente: ________________________________________________________________
Primária luminescente
g) Olhos de um gato: ____________________________________________________________________
Secundária
h) Vaga-lume: __________________________________________________________________________
Primária luminescente
i) Estrelas: _____________________________________________________________________________
Primária incandescente

5. Classifique os meios de propagação da luz abaixo:

a) Vidro incolor de 2mm: _________________________________________________________________


transparente

b) Vidro jateado: ________________________________________________________________________


translúcido

c) Porta de madeira: ____________________________________________________________________


opaco

d) Papel celofane: _______________________________________________________________________


transparente

e) Acrílico incolor de 3mm: _______________________________________________________________


transparente

f) Uma parede de tijolos: _________________________________________________________________


opaco

21
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7.3 – Reflexão da luz e espelhos planos A 46 e 47

a) Reflexão da luz
Figura 12

Reflexão é o fenômeno pelo qual a luz, após incidir sobre um objeto ou superfície, volta a se
propagar no meio de origem. Observamos dois tipos de reflexão, dependendo da superfície na qual ela
ocorre. Se a superfície for lisa e polida, a reflexão é dita especular (regular). Se a superfície for
irregular, a reflexão será dita difusa. Observe as duas imagens seguintes e perceba a diferença no
comportamento dos raios de luz refletidos em terrenos irregular e regular.
Artes Gráficas – Objetivo

O esquema a seguir mostra a reflexão de um raio de luz ao atingir uma superfície:


vo
ti
bje
–O
cas
ráfi
es G
Art

22
C2_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.qxp 10/12/2020 10:11 Página 23

A luz refletida por qualquer superfície segue as duas leis fundamentais da reflexão:
• 1ª lei da reflexão: o raio de luz refletido, o raio de luz incidente e a reta normal no ponto de
incidência pertencem ao mesmo plano.
• 2ª lei da reflexão: o ângulo de reflexão é sempre igual ao ângulo de incidência.
Figura 13

Quando a superfície dos líquidos está imóvel, ela se torna lisa e se


comporta como os espelhos planos, ou seja, produz uma reflexão regular.
Figura 14

Quando a superfície dos líquidos está agitada, ela produz uma reflexão
difusa.

b) Espelhos planos
Os espelhos planos apresentam uma superfície plana e polida, na qual a luz incidente é refletida de
forma regular. Propriedades das imagens nos espelhos planos:

• imagem enantiomorfa: se estendermos o braço esquerdo na frente de um espelho plano, a


imagem refletida parecerá estender o braço direito. O objeto e a respectiva imagem são figuras
iguais, mas não são superponíveis (não podem ser sobrepostas);
Figura 15

A mão refletida no espelho é um

Figura 16
exemplo perfeito de imagem
enantiomorfa. Ela é igual à mão real,
mas não lhe é superponível.

Para serem identificadas nos espelhos


retrovisores dos carros, as
ambulâncias precisam estar com sua
identificação ao contrário

• as imagens refletidas têm as mesmas dimensões do objeto;


• para um objeto à frente do espelho (objeto real), sua imagem se forma atrás do espelho (imagem
virtual), sendo obtida pela intersecção dos prolongamentos dos raios refletidos;
• a distância do objeto ao espelho é igual à distância da imagem ao espelho; portanto, objeto e
imagem são simétricos em relação ao espelho.
Artes Gráficas – Objetivo

23
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Agora, é a sua vez!

1. Por que algumas ambulâncias e carros de bombeiros apresentam, às vezes, seus nomes escritos ao
contrário? Como é caracterizada esse tipo de imagem?
Para lermos corretamente as palavras escritas nos veículos pelo espelho retrovisor (plano).

Imagem enantiomorfa.

2. Uma pessoa encontra-se a 3m de um espelho plano. Qual a distância entre a pessoa e sua imagem?
E se ela andar mais 1m em direção ao espelho, qual será a nova distância entre ela e sua imagem?
Respectivamente 6m e 4m.

3. Desenhe as imagens dos objetos que se encontram em frente a um espelho plano.


Artes Gráficas – Objetivo

4. Uma associação entre dois espelhos planos recebe um raio, como mostra a imagem seguinte.
Desenhe os raios refletidos e os ângulos de incidência e reflexão.
Artes Gráficas – Objetivo

5. O ângulo formado entre o raio incidente e o raio refletido numa superfície espelhada é de 60°.
Determine os ângulos de incidência e de reflexão.
Artes Gráficas – Objetivo

30°

24
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6. Um automóvel viaja à velocidade de 10 km/h numa estrada. Num certo instante, o motorista olha
pelo espelho retrovisor plano e vê a imagem de uma árvore.
a) Com que velocidade a imagem da árvore se afasta do motorista?
A velocidade com que a imagem se afasta do homem é a mesma com que o homem se afasta do objeto. Como o homem está afastando-se
da árvore a uma velocidade de 10 km/h, então a imagem da árvore está distanciando-se do homem à mesma velocidade: 10km/h.
Tanto é que, se o homem estivesse com o carro parado observando a imagem da árvore no espelho, a velocidade da imagem em relação
ao homem seria zero.

b) Com que velocidade a imagem da árvore se afasta da árvore real?


A imagem se afasta do objeto com o dobro de velocidade, então, a imagem da árvore se distancia da árvore real com o dobro da velocidade:

20 km/h

7. Escreva a palavra FÍSICA como se lê olhando sua imagem em um espelho plano.

8. Sentado na cadeira da barbearia, um homem vê no espelho a imagem do barbeiro, em pé atrás dele.


As dimensões do problema estão dadas no desenho. A que distância (horizontal) dos olhos do homem
fica a imagem do barbeiro?
Artes Gráficas – Objetivo

2,1m

A 49
Realização do laboratório 8 “Associação de
espelhos planos e periscópio”.
25
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7.4 – Refração da Luz A 49

Observe as imagens seguintes e procure responder: por que as vemos dessa forma?

Figuras 17 - 21
Professor, observe que em todas as imagens os objetos parecem quebrados ou deformados, entretanto, estão intactos. Note como a luz

que penetra o bloco de vidro muda de direção duas vezes: na entrada e na saída do vidro. Isso ocorre devido à mudança de velocidade nos

raios de luz, o que causa uma mudança de trajetória, fenômeno denominado refração.

A refração da luz é um fenômeno provocado pela mudança do meio de propagação da


luz, acompanhada da alteração de velocidade desta. Quando o raio de luz incidente for oblíquo, a
refração é acompanhada de desvio de direção, o que não ocorre se a incidência do raio for perpendicular.

Elementos da Refração:

• raio de luz incidente;


• raio de luz refratado ;
• reta normal (90º em relação à superfície de
contato entre os meios);
• ângulo de incidência;
• ângulo de refração.
Artes Gráficas – Objetivo

26
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A propagação regular da luz não ocorre apenas no ar, mas também em meios transparentes e
homogêneos, como a água, o diamante, o vidro, entre outros. A velocidade de propagação da luz varia
conforme o meio atravessado.

Passagem da luz de um meio menos refringente para um meio mais refringente

Dados dois meios, A e B, o meio em que a velocidade da luz é maior é dito menos refringente que
o outro. No ar, a luz se propaga com uma velocidade maior do que na água ou no vidro. Quando passa
do ar para a água, o raio luminoso reduz sua velocidade de propagação. Quando o raio incidente for
oblíquo à superfície, ele sofrerá uma mudança de direção
Artes Gráficas – Objetivo

O raio de luz que passa de um meio menos refringente


para um mais refringente altera sua direção,
aproximando-se da reta normal.

Passagem da luz de um meio mais refringente para um meio menos refringente

Quando a luz passa da água para o ar, ela sofre um aumento em sua velocidade de propagação e
uma mudança de direção no caso de o raio incidente ser oblíquo à superfície. Nesse caso, o raio de luz
desviou-se da direção original e afastou-se da reta normal.
Artes Gráficas – Objetivo

O raio de luz que passa de um meio


mais refringente para um menos
refringente altera sua direção,
afastando-se da reta normal.

A 50
Realização do laboratório 9
“Refração da luz”.

27
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7.5 – O espectro visível da luz A 51, 52 e 53

Você certamente já observou a ocorrência de um arco-íris. Escreva nas linhas abaixo


aquilo que você sabe sobre:

Age Fotostock/Easypix Brasil


Professor. O assunto a ser desenvolvido permite concluir as informações do módulo anterior sobre os diversos tipos
de ondas eletromagnéticas. É esperado que o aluno saiba que o arco-íris se forma a partir da decomposição da luz
Sua formação: branca em sete cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) e que ele se torna visível quando as
gotículas de água agem como minúsculos prismas. Também é comum o aluno citar a ocorrência do fenômeno após as
chuvas de verão, comumente rápidas e sucedidas pelo Sol. Aproveite para mencionar a visualização de imagens como
se fossem o arco-íris em outras situações em que temos a mesma decomposição, como por exemplo, a luz que incide
na tela da TV, a luz que atravessa objetos diversos que se comportam igualmente como um prisma, a formação do
arco-íris utilizando-se de uma mangueira de água etc.

Situação ou condição para sua ocorrência:

Cores observadas no fenômeno:

28
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A luz visível é uma pequena parcela do espectro eletromagnético.

Nesse intervalo o espectro visível é subdividido de acordo com a cor, sendo o vermelho nos
comprimentos de onda longos e violeta para os comprimentos de onda mais curtos.
A luz branca é formada pela ação conjunta das cores vermelha, laranja, amarela, verde, azul, anil e
violeta. É por esse motivo que o arco-íris apresenta sempre a mesma variação.
A cor que que um objeto apresenta depende do tipo de luz que ele reflete ao ser iluminado. Por
exemplo: se a luz branca incide em um corpo ou objeto e o observador enxerga a cor azul, é porque
todas as outras cores foram absorvidas e o azul foi refletido. Se um corpo ou objeto apresenta a cor
branca, é porque toda a luz branca foi refletida difusamente. A apresentação da cor preta é resultado
da absorção de todas as cores, ou seja, nenhuma cor foi refletida.
Kevin Hauff/Alamy/Fotoarena

Para melhor compreensão desse fenômeno, observe os gráficos e imagens a seguir.


Alexandr Mitiuc/Alamy/Fotoarena

Decomposição da luz branca através de um prisma


29
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As imagens coloridas da TV

As telas de televisão são compostas por milhares de pontos coloridos,os pixels, que são acionados
por um feixe de energia.
Para que isso ocorra, é necessário que haja um espaço para que o feixe de elétrons seja desviado
por um campo magnético (controlado pelos sinais da emissora) e consiga atingir toda tela. Por isso os
televisores mais antigos precisavam de um“tubo” evacuado. Quanto maior a tela, maior seria o tubo.
A imagem então é formada por uma sucessão de pisca-piscas de cores, pois eles são ligados e
desligados muito rapidamente.
As cores básicas são o vermelho, o verde e o azul que, ao se sobreporem, nas mais diversas
proporções, formam inúmeras tonalidades, dando o colorido das imagens.

Como funciona a TV a plasma?


A grande inovação desse tipo de aparelho está na forma como são ativados os pixels, os pequenos pontos
luminosos que formam a imagem na tela. Na televisão tradicional, isso era feito por um feixe de elétrons, que é
emitido dentro de um grande tubo evacuado – por isso, o aparelho tem muita profundidade. Já no novo modelo,
os pixels são minúsculas lâmpadas fluorescentes que contêm em seu interior plasma, um gás carregado
eletricamente que dá nome ao aparelho. Como as microlâmpadas têm espessura equivalente à de um fio de
cabelo, o aparelho tem uma estrutura extremamente compacta, parecendo um quadro para pendurar na parede.
Além de reduzir a profundidade da TV para poucos centímetros, a nova tecnologia ainda aumentou a resolução
da imagem em quase sete vezes. Outras vantagens são a tela plana, que evita distorções, e as imagens com mais
cores e brilho, além de menos problemas de reflexo. Entretanto, o princípio usado para formar as imagens é
basicamente o mesmo nos dois tipos de televisões.
Os pixels, distribuídos em linhas horizontais, da esquerda para direita, e de cima para baixo, não são ativados
todos de uma só vez. Assim, cada quadro da tela leva pouco mais de um milésimo de segundo para ser
completado. E é exatamente essa sequência de surgimento dos quadros que cria a ilusão de movimento.
(FONTE: Revista Mundo Estranho, Editora Abril, por Redação Mundo Estranho, julho de 2018)

Ao concluir o item anterior, você já pode


realizar, em casa, a tarefa 13 “Óptica”.
30
C2_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.qxp 10/12/2020 10:11 Página 31

Agora, é a sua vez!

1. Faça um esquema respresentando um raio de luz que passe do ar para a água. Nomeie os elementos
da refração.

2. Faça um esquema representando um raio de luz que passe da água para o ar. Nomeie os elementos
da refração.

RETA NORMAL

raio
refratado
^
R
AR
^ ^
ÁGUA i<R
^
i

raio
incidente

31
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3. Explique por que ocorre a situação esquematizada no desenho seguinte.

Artes Gráficas – Objetivo


Devido à diferença de velocidade da luz na água e no ar, ocorre o fenômeno da refração.

4. Represente um raio de luz que atravesse completamente a placa de vidro desenhada a seguir.
Artes Gráficas – Objetivo

5. Ao mudar de meio, um raio de luz sofrerá obrigatoriamente um desvio?


Não, somente se o raio incidente for oblíquo à superfície. Se for perpendicular, ele altera sua velocidade, mas não sofre desvio.

Realização do laboratório 10
“Disco de Newton e pesistência visual”.

A 54 No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o
Ao concluir o item anterior, você já
PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br)
pode, em casa, realizar a tarefa 14
e, em “localizar”, digite CIEN9F202
“Óptica – Luz e cores”
32
C2_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.qxp 10/12/2020 10:11 Página 33

DATA: _____/_____/_____
Módulo
Vida e evolução
5
8 ORIGEM E EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS

8.1 – A origem da vida A 55


O ser humano é uma espécie que, considerada racional e cheia de curiosidades, está sempre
questionando tudo o que acontece ao seu redor. E, diante desse comportamento, é comum que se
pergunte sobre a origem da vida, não somente da sua própria, mas de todo e qualquer tipo de vida.
Muitas são as explicações sobre isso, mas na maioria das vezes são contraditórias e polêmicas.
Ingimage/Fotoarena

Ingimage/Fotoarena
Ingimage/Fotoarena
Professor. As teorias sobre origem
da vida são muito diversas e nesse
material buscamos mostrar aos empatia, na qual ele compreende
alunos apenas aquilo que é mais pensamentos, sentimentos e
divulgado em todas as coleções emoções dos colegas, o respeito
que trazem esse assunto. Sendo pela diversidade de ideias
assim, podemos abrir espaço para expostas e a responsabilidade em
que o aluno defenda suas ideias e compreender e divulgar aquilo que
possa discuti-las com os colegas já foi experimentado e analisado
da classe. Isso deve proporcionar cientificamente (assim como rege
o desenvolvimento de algumas a BNCC).
competências socioemocionais de
grande importância, como a

No início dos estudos de ciências, você estudou sobre a importância do método científico,
ou seja, sobre os passos que devem ser seguidos e respeitados para se comprovar e testar ideias e
hipóteses.
Pensando sob esse aspecto, procure explicar como teria surgido a vida em nosso planeta.

A ideia que você mencionou no item anterior foi retirada ou baseada em que fonte (você a aprendeu
na escola, com seus pais, em discussões com os colegas, livros, revistas, filmes)?

33
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A 56

8.2 – Biogênese, abiogênese e experimentos a favor da biogênese


As ideias sobre origem da vida foram muito discutidas por filósofos e cientistas, mas sempre tiveram
como base duas teorias.
a) A teoria da abiogênese, na qual se acreditava que a vida teria surgido da matéria sem vida.
b) A teoria da biogênese, na qual só seria possível o aparecimento de um ser vivo a partir de outro
pré-existente.

Para que houvesse uma situação ou ideia na qual as pessoas pudessem apoiar-se e acreditar, alguns
cientistas desenvolveram alguns experimentos.
• O primeiro deles foi desenvolvido no século XVII, pelo médico italiano Francesco Redi (1626-1698). Nesse
experimento, ele utilizou dois frascos com carne fresca deixando um deles aberto e cobrindo o outro com
gaze. As moscas surgiram no primeiro frasco, mas no segundo nada aconteceu. Porém, vários cientistas
ainda afirmavam a crença na abiogênese.
• Então, outro cientista italiano, Lazzaro Spallanzani (1729-1799) se dispôs a fazer outro experimento. Ele
ferveu caldo de carne durante várias horas destruindo assim todos os micro-organismos presentes. Antes
de interromper a fervura, ele arrolhou alguns frascos deixando outros abertos. O resultado foi que
nenhum micróbio apareceu nos frascos que foram fechados enquanto ainda ferviam. Os micróbios
surgiram apenas nos frascos que permaneceram abertos enquanto esfriavam. Ainda assim, alguns
cientistas criticaram seu experimento alegando que não havia entrada de oxigênio, nos frascos arrolhados.
• Foi então que no século XIX, Louis Pasteur (1822-1895) repetiu a experiência de Spallanzani, utilizando-
se de um frasco com gargalo retorcido no qual permitia a entrada de oxigênio mas impedia a entrada
de poeira e micróbios. Após alguns dias, ele quebrou o gargalo de alguns frascos permitindo a entrada
de agentes externos. Pasteur demonstrou, assim, que os micro-rganismos estavam no ar e que não se
formavam a partir do caldo.
Artes Gráficas – Objetivo

34
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Artes Gráficas – Objetivo

Ao concluir o item
anterior, você já
pode realizar, em
casa, a tarefa 15
“A origem da vida
na Terra”.

8.3 – Formação de moléculas orgânicas A 57

Você já sabe que os seres vivos são formados por células. E que as células, por sua vez, são formadas a
partir da organização de diversos tipos de moléculas orgânicas. Chamamos de moléculas orgânicas àquelas
que têm o átomo de carbono como principal componente. Sendo assim, é necessário que, para “construír”
um ser vivo, seja ele qual for, tenhamos a matéria-prima necessária.
Pensando nisso, o bioquímico inglês Jonh B. S. Haldane e o biólogo russo Aleksandr Oparin
propuseram uma teoria na qual diziam que quando a vida se formou aqui, nosso planeta e nossa atmosfera
eram muito diferentes do que são hoje. Eles afirmavam que a origem dos organismos vivos estava relacionada
ao comportamento físico-químico da matéria inanimada.
Brown / Interfoto / Fotoarena

Universal History Archive /


UIG / Fotoarena

Oparin Haldane

Em 1953, para testar essas ideias, o estudante norte-americano Stanley Miller construiu um aparelho
e colocou nele vapor d’água e também os gases que, segundo Oparin e Haldane, deviam formar a atmosfera
terrestre primitiva. Esses gases continham átomos de hidrogênio, nitrogênio e carbono. Miller fez esses gases
circular por um aparelho e os bombardeou com descargas elétricas, simulando raios atmosféricos. Depois de
uma semana, foram encontrados no interior do aparelho algumas moléculas orgânicas típicas dos seres vivos,
os aminoácidos, que são a base da constituição das proteínas.
Assim, Stanley Miller conseguiu comprovar que as condições da atmosfera primitiva favoreceram a forma-
ção espontânea de moléculas orgânicas a partir de moléculas pequenas e simples, boa parte delas inorgânicas.

Cinquenta anos depois, Stanley Miller (1930-2007) e sua montagem.


Nesse balão de vidro, o cientista demonstrou como se formaram as
moléculas das primeiras células na atmosfera e na água. 35
C2_9o_Ano_Ciencias_Tiago_2021.qxp 10/12/2020 10:11 Página 36

A 58
8.4 – Fixismo e evolucionismo Professor, este assunto deve ser tratado de forma bastante cuidadosa, pois além
de envolver os conhecimentos científicos, envolve também crenças e
religiosidade. O respeito à opinião dos alunos é fundamental. A discussão é
saudável, principalmente entre os alunos, mas o professor deve estar atento para

que todas as ideias sejam respeitadas, principalmente quando envolvem alguma doutrina religiosa. O importante é
mostrar ao aluno as possibilidades que a ciência propõe, baseadas em fatos concretos, assim como é
Observe as imagens a seguir importante o assunto.
mostrar a ele que existem outras linhas de pensamento sobre

Marcos Veiga / Alamy / Fotoarena

Giorgio Perbellini

Paul Starosta
A B C

a) Qual a relação entre as imagens?

b) Qual das imagens representa o ser vivo ”completo”?

Professor. O objetivo da atividade é levar o aluno ao questionamento sobre as diversas formas de desenvolvimento e conduzi-lo ao
questionamento sobre as modificações físicas sofridas. Após essa abordagem, poderemos introduzir as ideias sobre fixismo e evolucionismo.

No item anterior, vimos como podem ter surgido as primeiras células. Mas sabemos que o nosso
planeta é composto por uma grande biodiversidade, o que nos leva a pensar como esses seres todos
teriam se formado.

Existem duas ideias capazes de responder a essa pergunta.

• O fixismo ou criacionismo diz que os seres vivos sempre foram como são. Os micróbios sempre
foram micróbios, as girafas sempre foram girafas e os homens sempre foram homens. Eles
surgiram prontos.

• O evolucionismo diz que os seres vivos de hoje modificaram-se aos poucos a partir de outros
tipos de seres vivos, começando dos seres mais simples, modificando-se gradativamente até as
espécies mais complexas.

36
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Agora é a sua vez! A 59

1. Qual a importância de aplicar o método científico às questões que causam polêmicas e divergências
ideológicas?
O método científico comprova as ideias e hipóteses.

2. Explique as teorias da biogênese e da abiogênese.


Na teoria da abiogênese, acreditava-se que a vida teria surgido da matéria sem vida e, na teoria da biogênese, acreditava-se que só seria

possível o aparecimento de um ser vivo a partir de outro pré-existente.

3. Qual o objetivo dos experimentos desenvolvidos por Redi, Spallanzani e Pasteur? E por que foram
necessários três experimentos para atingir o mesmo objetivo?
Provar que a teoria da abiogênese estava errada. Foram necessários experimentos diferentes que demonstrassem maior controle sobre o

possível crescimento de micro-organismos por contaminação externa.

4. Qual a importância do experimento de Stanley Miller diante da teoria do evolucionismo?


Demonstrar que o surgimento de uma célula só é possível a partir da existência de matéria prima disponível, ou seja, as moléculas orgânicas.

5. Qual é a maior contradição entre as teorias do criacionismo e do evolucionismo?


O criacionismo considera que as espécies sempre foram as mesmas desde que surgiu o mundo e o evolucionismo considera que as espécies

foram sendo modificadas de acordo com as condições oferecidas pelo meio.

Ao concluir o item anterior, você já


No Portal Objetivo
pode, em casa, realizar a tarefa 16 Para saber mais sobre o assunto, acesse o
“Biogênese e Abiogênese” PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br)
e, em “localizar”, digite CIEN9F203

37
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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Terra e Universo
5
9 ASTRONOMIA, CULTURA E VIDA HUMANA FORA DA TERRA
A 60 e 61

9.1 – Observação do céu como elemento cultural (EF09CI15)

A observação do céu talvez seja uma das práticas mais antigas desenvolvidas pelo homem.
Principalmente durante a noite, quando observamos o brilho das estrelas, eventualmente outros
planetas, as constelações etc. Essas observações realizadas por diversas civilizações tiveram grande
influência em diferentes aspectos e no desenvolvimento de suas sociedades. Você saberia dizer em que
aspectos essas observações interferiram no cotidiano dessas civilizações?

Professor. Espera-se que os alunos citem as grandes navegações orientadas pelas estrelas, períodos de plantio e colheita, criação de
calendários, eventos religiosos etc.

Há muito tempo os arqueólogos identificam sinais de antigas civilizações em relação


ao estudo e observação do céu. Em vários sítios arqueológicos no Brasil e em vários outros locais do
mundo foram encontrados indícios sobre a influência dessas observações nas diversas sociedades.
No Brasil existem mais de 24 mil sítios arqueológicos que recontam muito sobre nossos ancestrais,
seus hábitos, tradições, sua sociedade, modo de vida e crenças. Entre tantos locais e diferentes
interpretações, alguns se destacam como a “Pedra do Ingá”, situada no município de Ingá, no estado
da Paraíba. O sítio arqueológico está numa área que pertence ao Governo Federal brasileiro e foi
tombado como Monumento Nacional em 1944. Nesse local há muitos desenhos e inscrições que indicam
algum conhecimento e estudo sobre estrelas, constelações e vida fora da Terra.
Rogério Reis/Tyba

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O estudo referente a descoberta de objetos, pinturas, sinais e registros de civilizações antigas e


relacionadas com o estudo do céu e de fenômenos astronômicos é chamado de arqueoastronomia. Não
há dúvidas em relação à importância da descoberta de centenas de sítios arqueológicos que evidenciam
o conhecimento de diferentes civilizações sobre a astronomia, porém, uma segunda fase, não menos
importante, é a interpretação dessas descobertas.
A forma como algumas sociedades observavam e demarcavam o céu nos mostra alguns elementos
importantes de sua cultura.
Os registros astronômicos são muito antigos, alguns datam entre 4000 a.C. e 3000 a.C. Diferentes
povos, como os da mesopotâmia, chineses, babilônios, celtas, egípcios, maias, incas, astecas etc,
utilizavam o céu como referência para a criação de calendários, períodos de plantio e colheita, cheias dos
rios, mapas e relógios, além das crenças e ritos religiosos.

Faça uma breve pesquisa sobre o conhecimento astronômico e sua aplicação, de alguma
civilização/cultura que você achar interessante. Utilize o espaço a seguir para a descrição
e para uma ilustração.

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Professor. Destaque a importância de valorizar e respeitar o conhecimento do mundo físico e social, adquirido pelos
povos antigos, e a importância em disseminar os dados historicamente construídos que fazem parte do
desenvolvimento da cultura na sociedade humana e como isso interferiu e continua interferindo nas manifestações
artísticas e culturais dos diferentes povos.

9.2 – As constelações A 62

Não se sabe ao certo quando o homem começou a observar o céu de forma a perceber as posições das
estrelas e a formação de “imagens” que possuíam diversas representações (pessoas, animais, objetos) e que
variavam de um povo para outro. As interpretações eram utilizadas para caça, pesca, plantações,
determinação das estações do ano, medição do tempo, orientação náutica, adoração a deuses e ritos
religiosos. Atualmente temos 88 constelações catalogadas, sendo que 48 destas foram identificadas pelo
grego Ptolomeu (90 -169), geógrafo, matemático, e astrônomo. As constelações catalogadas por Ptolomeu
nem sempre formavam figuras exatas do que representavam e contavam com a imaginação e crença.

Constelação de Orion e de Touro

Da mesma forma, aqui no Brasil as tribos indígenas também demarcavam suas constelações como
elemento cultural relacionado a diversos hábitos e crenças. As tribos tupinanbás e tupis-guaranis muitas
vezes formavam figuras relacionadas à fauna e à flora brasileira. Veja alguns exemplos:

• Anta do norte e Colibri: para os índios que viviam no norte do Brasil, o aparecimento dessa
constelação indicava um período de transição entre as épocas de seca e chuva, e para os que vivam na
região sul indicava uma estação de transição entre o frio e o calor. Era mais conhecida pelos indígenas
do norte, uma vez que na região sul seu avistamento é mais difícil. Assim, os povos do sul utilizam a
constelação do Colibri para indicar a chegada da primavera.

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• Homem velho: Representa um homem cuja esposa estava interessada em seu irmão. Para ficar com
o cunhado, a esposa matou o marido cortando-lhe a perna. Os deuses ficaram com pena do marido e
o transformaram em constelação. Indicava o início do verão para os índios do sul e o início da estação
chuvosa para os índios do norte.

• Ema: Os tupinambás do Maranhão afirmavam que a ema procura devorar outras estrelas que ficavam
perto de seu bico. Marcava o início do inverno para os índios do sul e o início da estação seca para os
índios do norte.

Evidentemente, com a grande diversidade de tribos no Brasil, outras constelações eram vistas em
diferentes regiões. Muitas das constelações vistas por nossos índios eram as mesmas visualizadas por
outras tribos da América do Sul e da Austrália.

Os indígenas possuem centenas de constelações em sua cultura que vem passando de geração em
geração. Apesar da influência do homem contemporâneo, a cultura indígena ainda é muito presente em
várias regiões do Brasil e cultuada até os dias de hoje.

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Pesquisa
Faça uma breve pesquisa sobre a observação do céu pelos índios brasileiros. Pode ser uma lenda, um mito
ou uma curiosidade que envolva a relação entre a cultura indígena e os astros. Ilustre sua pesquisa com
um desenho.

9.3 – O homem no espaço A 63

Em 2019 comemorou-se 50 anos da primeira ida do homem à Lua. Mas há quem não acredite que
isso realmente aconteceu.
Observe as duas imagens abaixo e utilize o espaço a seguir para dar sua opinião, justificando-a.
Nasa/Getty Images

Depositphotos/Fotoarena

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Após o final da Segunda Guerra Mundial, na metade do século XX, os Estados Unidos e
a União Soviética iniciaram uma disputa pela supremacia mundial que envolvia poderes e influência
política e econômica. Essa disputa ficou conhecida como “Guerra Fria”, já que de fato essas duas nações
nunca se enfrentaram militarmente em um campo de batalha. Além disso, confrontaram-se na área
cultural, esportiva e tecnológica, a qual envolvia a chamada “corrida espacial”. Esta consistia em enviar
veículos que pudessem orbitar nosso planeta, construção de satélites que pudessem orbitar a Terra,
desenvolver conhecimentos sobre nossa galáxia, estrelas, planetas e satélites naturais, como a Lua.
Para isso, os Estados Unidos contrataram centenas de cientistas, inclusive alemães, para comandar
esses projetos.

No dia 20 de julho de 1969, o norte-americano Neil Armstrong pisou na Lua e proferiu a célebre
frase: “Um pequeno passo para o homem. Um grande salto para a humanidade”.
O Projeto Apollo, que se havia iniciado em 1961 pelo então presidente norte-americano John F.
Kennedy, tinha alcançado seu objetivo maior. Uma das motivações para tal feito foi que os soviéticos
estavam bem à frente em termos de exploração espacial, inclusive por já terem enviado satélites, a cadela
Laika e um cosmonauta, Yuri Gagarin, à órbita terrestre. Os foguetes utilizados para enviar satélites são
semelhantes aos foguetes utilizados para enviar o homem ao espaço e por isso, com a União Soviética
liderando essa tecnologia, ficava bem claro o poderio militar que possuíam, pois em vez de transportar
um satélite os foguetes poderiam transportar uma bomba atômica por exemplo.
Acompanhe no infográfico a seguir a viagem dos astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael
Collins.
43
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<https://www.estadao.com.br/infograficos/ciencia,50-anos-da-conquista-lunar,878058?utm_source=estadao:ciencia&utm_medium=materia&utm_campaign=inbound:a&utm_content=:quiz-homemnalua:type-form:&utm_term=::::>
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Um pouco de história
O primeiro satélite artificial lançado pelo homem
foi o Sputnik, realizado pela União Soviética em 4 de
outubro de 1957, dando início à chamada “corrida
espacial” e saindo à frente nela. Os objetivos
científicos da missão do Sputnik eram: testar o
método de colocar um satélite artificial na órbita da
Terra; obter informações sobre a atmosfera; deter-
minar os efeitos da propagação de ondas de rádio
através da atmosfera; e observar princípios de
pressurização usados no satélite. Como o satélite
transmitia repetidamente um simples sinal de rádio,
entusiastas do rádio amador ao redor do mundo
podiam ouvir esse pequeno objeto (massa de
83,6kg) emitir bips enquanto orbitava a Terra. O
Sputnik parou de funcionar no dia 29 do mês em
que foi lançado, por suas baterias terem-se
esgotado. Meses mais tarde, em 4 de janeiro de
1958, o primeiro satélite enviado pelo homem se
incendiou ao entrar na atmosfera terrestre.
O segundo satélite enviado pelos russos, em 3
de novembro de 1957, foi o Sputnik II, com massa
de 508 quilos e levando a bordo a cadela Laika. Os
responsáveis pelo lançamento previam que a cadela (Nasa. Asif A. Siddiqi; Seiji Yoshimoto. NPO InterCoS. “S.P.
Korolev Space Corporation Energia”.)
recebesse uma injeção letal automática antes que o
Sovfoto/Universal Images Groups via Getty Iamges

oxigênio da cápsula se esgotasse.


Mas o sistema de controle térmico do compartimento onde
Laika estava não funcionou como deveria, e a cadela acabou
morrendo no dia 7 de novembro por causa das altas temperaturas.
O Sputnik II ficou na órbita terrestre por cerca de cinco meses e
se incinerou quando entrou na atmosfera terrestre, no dia 14 de
abril de 1958.
Os EUA, que após o lançamento da Sputnik estavam atrás na
chamada “corrida espacial”, anunciaram o envio de seu primeiro
satélite em 7 de dezembro de 1957, mas o lançamento foi um desas-
tre. O foguete Vanguard, que colocaria em órbita o primeiro satélite
norte-americano, ficou poucos segundos no ar, depois explodiu.

Em 1.o de fevereiro de 1958, os norte-americanos lançaram outro satélite, o


The LIFE Picture Collection via Getty Images

Explorer 1, com massa de apenas 14 kg.


Com pouco mais de dois metros, o equipamento possuía dois transmissores,
conjuntos de baterias, sensores de temperatura, detectores de micrometeoritos e um
contador de radiação de Van Allen. James Van Allen foi quem descobriu a existência
de zonas de radiação de energia ao redor da Terra.
Possuindo um contador de Geiger (que detecta e mede a radiação nuclear), o
satélite fez a primeira descoberta científica da era espacial, o Cinturão de Van Allen.
Soube-se que a Terra é cercada por partículas aprisionadas pelo campo magnético
terrestre, onde ocorrem vários fenômenos atmosféricos.
As baterias do Explorer 1 se esgotaram em 23 de maio de 1958 e então o primeiro
satélite norte-americano bem-sucedido parou de transmitir dados. Ele permaneceu
em órbita por 12 anos e voltou à atmosfera terrestre em 31 de março de 1970.
45
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A 64 Professor. Sabemos que o assunto a ser discutido neste módulo pode


9.4 – A vida fora do nosso planeta trazer muitas ideias e controvérsias. Assim, podemos aproveitar o
momento para desenvolver habilidades socioemocionais em que o
(EF09CI16) aluno valorize o pensamento crítico, a comunicação, a empatia e a

flexibilidade pela aceitação de ideias diversas.

A vida fora do nosso planeta é muito explorada em filmes, livros, documentários e está
repleta de teorias e muitas fantasias. Sobre esse assunto, utilize as linhas a seguir para opinar sobre a
possibilidade de vida extraterrestre e sobre quais seriam as condições necessárias para que isso seja
possível. De qualquer forma, devem prevalecer as ideias e conhecimentos que são cientificamente reconhecidos. Claro que a
imaginação e a influência da mídia com filmes, desenhos e fake news podem e devem ser discutidas e ao mesmo
tempo ser questionadas em relação à validação científica dessas informações.

Os cientistas que estudam a possibilidade de encontrarmos vida em outro planeta são


chamados de astrobiólogos. Não se sabe ao certo se a vida só poderia ser encontrada em ambientes
semelhantes ao da Terra e acredita-se que é possível termos ambientes adversos com diferentes formas
de vida.
Sabe-se que a presença do oxigênio não é imprescindível à vida e a presença da água é motivo de
discussão e controvérsia. Mas de uma forma geral, acredita-se que planetas com condições ambientais
semelhantes às da Terra tenham mais possibilidade de haver vida.

Pela presença de carbono e de água, nosso planeta reuniu condições para o início da vida, conforme
já estudamos anteriormente. Além disso, a distância do Sol, a formação da atmosfera, a gravidade, a
temperatura média, a influência da Lua etc. também foram essenciais para o início da vida.
Novos equipamentos e tecnologias vêm sendo aprimoradas e a cada dia que passa temos novas
descobertas e uma grande ampliação dos nossos conhecimentos. Os telescópios atuais, por exemplo, são
capazes de nos oferecer milhares de informações, como a possibilidade de água no subsolo de Marte e
em um dos satélites de Júpiter (Europa). A presença da água como substância essencial, apesar de ser
discutível, aumenta a chance da presença de moléculas orgânicas que poderiam originar alguma forma
de vida.

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A busca por vida fora da Terra é incessante, e a cada dia novas tecnologias são
desenvolvidas para a exploração espacial com os mais diversos objetivos e entre eles a possibilidade de
encontrar vida passada ou atual em outros locais do Universo.

O envio de satélites é a forma que encontramos para adquirir imagens e informações do nosso
planeta e de outros astros como Marte, Vênus e a Lua. Já foram lançados milhares de satélites por
diversos países com as mais variadas finalidades, mas grande parte deles já estão inativos, formando o
que chamamos de lixo espacial. Entre as informações que eles nos fornecem, podemos citar:

- Coletam imagens para monitorar o meio ambiente, criar mapas e fazer espionagem militar
- Distribuem sinais de televisão e telefonia
- Medem a poluição da atmosfera e estudam alterações no clima global
- Colhem imagens da atmosfera para auxiliar nos serviços de previsão do tempo
- Possibilitam fazer chamadas telefônicas e acessar a internet a partir de navios ou lugares remotos
- Calculam latitude, longitude e altitude dos usuários do sistema, orientando-os sobre sua posição no
planeta. As informações podem ser obtidas a partir de aviões, navios e até de modernos relógios de pulso
- Usam sensores de calor para detectar lançamentos de mísseis e explosões nucleares

O SCD-1 foi o primeiro satélite brasileiro e em 2018 atingiu 25 anos de operação. Entre outras
aplicações, retransmite informações sobre a previsão do tempo, queimadas, desmatamentos e nível de
água em rios e represas.
47
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Você sabia?
Quais os tipos de satélites artificiais que existem?

O termo “satélite” que vamos conhecer agora é um sistema formado por módulos, que fica na órbita da Terra ou de
qualquer outro planeta, mantendo velocidade e altitude constantes. Por ser construído pelo homem, é chamado de
“artificial”, para se diferenciar dos satélites naturais, como a Lua, por exemplo. Existem vários tipos de satélites artificiais,
com diversas finalidades.
Veja alguns deles:

• Comunicação
É o tipo de satélite mais conhecido. Distribui sinais de telefonia, Internet e televisão. A maioria usa a órbita
geoestacionária (equatorial), ou seja, acompanha o movimento de rotação da terra, a 36.000 km de altitude,
apontando sempre para o mesmo lugar.

• Navegação
Uma constelação de 24 satélites ao redor da Terra, a cerca de 20.000 km de altitude, forma o GPS, sigla em
inglês para Sistema de Posicionamento Global. Esse sistema é controlado pelos Estados Unidos, mas pode ser
utilizado por todos aqueles que têm um aparelho receptor, detectando sua posição na Terra.

• Meteorológico
Usado para monitorar o tempo e o clima da Terra. Formações de nuvens, luzes das cidades, queimadas, efeitos
de poluição, auroras, tempestades de raios e poeira, superfícies cobertas por neve e gelo e os limites das correntes
oceânicas são algumas informações ambientais coletadas por meio dos satélites meteorológicos.

• Militar
Um satélite militar equipado com câmeras que funcionam no infravermelho (o que possibilita a identificação de
alvos no escuro ou camuflados) consegue fotografar territórios com grande precisão.

• Exploração do Universo
É o satélite que carrega telescópios para observar o céu. O mais conhecido telescópio acoplado a um satélite é
o Hubble, que desde 1990 produz imagens astronômicas incríveis e únicas. O satélite Lattes, que está sendo
desenvolvido no INPE, terá como missão ajudar as pesquisas na área de clima espacial e Astronomia.

• Observação da Terra
Tem como missão monitorar o território e, para isso, carrega câmeras que registram imagens com diferentes
resoluções espaciais. O CBERS, desenvolvido por Brasil e China, é um satélite de observação da Terra e trabalha
a 780 km de altitude, em órbita polar, ou seja, no sentido norte-sul. Além do CBERS, o INPE trabalha no
desenvolvimento de dois outros satélites desse tipo: o Amazônia e o MAPSAR. Este último será equipado com
um radar que permitirá registrar imagens do território à noite ou mesmo quando ele estiver coberto por nuvens.
O Google Earth, que você consulta na Internet, utiliza imagens de altíssima resolução, como as do satélite
americano IKONOS, para gerar seus mapas.
(Disponível em: <http://www.inpe.br/acessoainformacao/node/405>.)

Como os satélites são enviados ao espaço?

Foi Isaac Newton (1643-1727) que imaginou ser possível lançar corpos que ficassem girando ao redor da Terra da
mesma forma que ocorre com a Lua.
O raciocínio dele foi o seguinte: se lançarmos um objeto horizontalmente de cima de uma montanha, ele descreverá
uma trajetória até cair no solo. Se aumentarmos a velocidade do lançamento, a trajetória até cair no solo será maior.

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Dessa forma, Newton imaginou que deveria haver uma determinada velocidade em que o corpo lançado pudesse dar
uma volta completa ao redor da Terra.

Os satélites são acoplados a foguetes que os transportam até a altura desejada e nesse momento um estágio propulsor
acelera o satélite numa velocidade tal que ele não caia na Terra (em função da gravidade), mas também não escape da
ação gravitacional do planeta e se “perca” no espaço.

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Mas qual deverá ser a velocidade correta para que o satélite se mantenha em órbita? A equação a seguir determina
a velocidade mínima necessária.

G.M
V= ––––––
R
Em que:
• G é a constante de gravitação universal.
• M é a massa da Terra.
• R é o raio da órbita do satélite a partir do centro do planeta.

Obs.: O valor de G = 6,7 . 10–11 Nm2/kg2 foi determinado por Cavendish (1731-1810).
Massa da Terra = 5,97 . 1023 kg

Existem diferentes tipos de órbitas realizadas pelos satélites e elas diferem umas das outras em função da aplicação
dos satélites (meteorologia, experimentos científicos, mapeamento, sistemas de comunicação, geolocalização, queimadas
etc.).
Entre as diferentes tipos de órbitas, destacamos a órbita geoestacionária (GEO), que possibilita ao satélite permanecer
exatamente sobre o mesmo ponto acima da Terra. Para isso, é necessário que sua velocidade acompanhe a velocidade de
rotação da Terra. A altura que um satélite geoestacionário em relação a superfície da Terra deve permanecer é de cerca
de 36.000 km e sua velocidade é em torno de 11.000 km/h. Repare que a velocidade de rotação da Terra é bem menor
(1675 km/h), porém, a distância que o satélite deve percorrer para “permanecer parado” em um determinado ponto é
bem maior.
As características de um satélite dependem de sua finalidade. De qualquer forma sempre possuem uma antena e sua
fonte de energia. A fonte de energia pode ser uma bateria ou um painel solar. Os satélites que não exercem mais sua
função possuem dois destinos: podem ser programados para retornar à Terra e são destruídos, ou são direcionados para
órbitas específicas chamadas “cemitério”.

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Além dos satélites geoestacionários (GEO), existem os satélites de órbita intermediária (MEO), de baixa órbita (LEO),
e de órbita elíptica (HEO).

Artes Gráficas – Objetivo

(Represetação da disposição das órbitas para os diferentes tipos de satélites).

Professor, a velocidade com que a Terra gira ao redor do Sol (translação) é de cerca de 107.000 quilômetros por hora; e a velocidade do
movimento em torno de seu próprio eixo (rotação) é de cerca de 1.700 quilômetros por hora na região do Equador, diminuindo quanto mais
se aproxima dos polos.

No Portal Objetivo Ao concluir o item anterior, você já


Para saber mais sobre o assunto, acesse o pode realizar, em casa, a tarefa 17 “
PORTAL OBJETIVO (www.objetivo.br) “Viagem espacial”
e, em “localizar”, digite CIEN9F204
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Anotações

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TAREFA 12 Ondulatória

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Complete o crucigrama.

HORIZONTAL VERTICAL

4. onda gerada por cargas elétricas oscilantes 1. distância entre os dois pontos mais altos de uma
7. número de oscilações de uma onda em um dado onda
intervalo de tempo 2. ponto mais baixo de uma onda
8. característica que determina a altura de uma 3. tempo que uma onda leva para executar uma
onda oscilação completa
9. ondas que necessitam de um meio material para 5. nome dado às ondas que vibram no mesmo
se propagar sentido da propagação
10. onda que se propaga em uma única direção 6. ponto mais alto de uma onda

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Anotações

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TAREFA 13 Óptica

Nome: Data: ____/____/____ Sala:


1. Diferencie por meio de desenhos um feixe de luz cônico convergente, cônico divergente e cilíndrico
paralelo.

2. As fontes de luz podem ser primárias ou secundárias. Diferencie-as.


As fontes primárias de luz emitem luz própria, como o Sol, e as fontes secundárias de luz apenas emitem a luz recebida de outros corpos,

como a Lua.

3. Caracterize os meios de propagação da luz.


Meio transparente permite a propagação regular da luz, ou seja, um objeto colocado atrás dele pode ser observado com nitidez. Meio

translúcido permite apenas a propagação irregular da luz, ou seja, o observador vê o objeto através dele, mas sem nitidez. Meio opaco

não permite a passagem da luz através de si.

4. Diferencie por meio de dois desenhos uma reflexão regular de uma reflexão difusa. Dê um exemplo
de cada uma.

5. Uma menina veste uma blusa na qual está escrito o seu nome: ISABELA. Como enxergará a imagem
do seu nome refletido em um espelho plano?

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6. A figura seguinte representa um raio de luz que incide no espelho plano E, e por ele é refletido.
Quanto valem os ângulos de incidência e reflexão desse raio de luz?

Artes Gráficas – Objetivo


65° e 65°

7. Se você estiver diante de um espelho e este modificar o tamanho de sua imagem, podemos dizer
que o espelho é plano?
Não, em um espelho plano as imagens refletidas tem as mesmas dimensões do objeto.

8. Por que a luz pode mudar de direção ao mudar de meio de propagação? Como se denomina esse
fenômeno?
A mudança de direção ocorre devido à alteração na velocidade de propagação da luz. Esse fenômeno é denominado refração.

9. Por que as folhas de uma árvore se mostram verdes quando iluminadas pela luz do Sol?
Porque quando um objeto é iluminado pela luz branca, ele absorve um pouco dessa luz e reflete outra parte. No caso das folhas, todas as

outras cores são absorvidas e apenas o verde é refletido.

10. Suponha que no interior de uma sala haja três objetos de cores distintas: verde, azul e vermelho.
De que cor, respectivamente, veremos esses objetos se essa sala for iluminada por uma luz de cor azul?
Quando um objeto de cor verde ou vermelha é iluminado por uma luz de cor diferente, exceto branco, ele reflete a cor preta. Assim, ao serem

iluminados pela luz azul, esses objetos serão vistos como se fossem pretos. Já o objeto azul permanecerá com a mesma cor.

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TAREFA 14 ÓPTICA – Luz e cores

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Quando estamos num quarto iluminado, vemos perfeitamente um determinado objeto. Ao


apagarmos a luz, deixamos de vê-lo. Isto se deve à
a) reflexão da luz. b) emissão de luz pelo objeto.
c) insensibilidade visual do observador. d) refração da luz no objeto.
e) falta de foco.
a

2. A figura mostra uma vista superior de dois espelhos planos, dispostos no canto de duas paredes
verticais, sendo suas superfícies perpendiculares entre si. Sobre o espelho OA, incide um raio de luz,
raio incidente, formando um ângulo α = 35º com o plano desse espelho. Após reflexão nos dois espelhos
(OA e OB), qual o valor do ângulo formado entre o raio emergente e o espelho OB?

a) 35º
Artes Gráficas – Objetivo

b) 55º
c) 90º
d) 125º
e) 180º
b

3. Uma imagem invertida lateralmente como ocorre em um espelho plano é chamada de:
a) reflexiva. b) antagônica.
c) especular. d) enantiomorfa.
e) difusa.
d
4. (UFRN) Ana Maria, modelo profissional, costuma fazer ensaios fotográficos e participar de desfiles de
moda. Em trabalho recente, ela usou um vestido que apresentava cor vermelha quando iluminado pela
luz do sol. Ana Maria irá desfilar novamente usando o mesmo vestido. Sabendo-se que a passarela onde
Ana Maria vai desfilar será iluminada agora com luz monocromática verde, podemos afirmar que o
público perceberá seu vestido como sendo
a) verde, pois é a cor que incidiu sobre o vestido.
b) preto, porque o vestido só reflete a cor vermelha.
c) de cor entre vermelha e verde devido à mistura das cores.
d) vermelho, pois a cor do vestido independe da radiação incidente.
e) branco, pois todas as cores serão refletidas
b

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5. A respeito das cores dos objetos, marque a alternativa correta:


a) A cor é uma característica própria de cada objeto.
b) A cor não é uma característica própria de cada objeto, pois depende da luz que o ilumina.
c) Um objeto de cor amarela sob luz policromática é visto com a mesma cor sob luz monocromática verde.
d) Como reflete todas as cores, o corpo negro não tem condição de apresentar coloração, sendo visto,
portanto, como preto.
e) Dependem do meio em que a luz será refletida.
b

6. Marque V (verdadeiro) ou F (falso) para as afirmativas a seguir


I – As cores dos objetos são determinadas pela frequência da luz;
II – Quando um objeto é iluminado pela luz branca, parte dessa luz é absorvida e outra parte é refletida;
III – Um objeto que apresenta cor preta absorve toda a luz que recebe;
IV – Um material de cor branca não reflete nenhuma frequência de luz.
A sequência que apresenta a resposta correta é:
a) V, V, F, F
b) F, F, V, V
c) V, F, V, F
d) F, V, F, V
e) V, V, V, F
alternativa e

7. Corpos que emitem luz própria são chamados de corpos luminosos. Esses corpos são classificados
como fontes de luz
a) secundária. b) terciária. c) primária.
d) luminescente. e) incandescente.
c

8. Um raio de luz atinge uma superfície plana, onde se reflete. O ângulo entre os raios incidente e
refletido mede 70º. O ângulo de incidência mede:
a) 20° b) 30° c) 35° d) 45° e) 55°
c
9. Assinale a alternativa que apresenta apenas fontes de luz primárias.
a) Sol, vela acesa, Lua.
b) Sol, Lua, lâmpada incandescente.
c) Vaga-lume, vela acesa, Sol.
d) Vaga-lume, lâmpada incandescente, Lua.
e) Cristal, Sol, estrela.
c

10. Se observarmos uma reflexão em uma superfície lisa e polida chamamos essa reflexão de:
a) irregular.
b) difusa.
c) especular
d) enantiomorfa
e) incidente
c

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TAREFA 15 Origem da vida na Terra

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Em sala de aula você estudou algumas teorias sobre a origem da vida na Terra. Uma delas, o
criacionismo, que diz que os seres sempre foram como são atualmente, e a outra, o evolucionismo, que
acredita que as espécies se modificaram aos poucos até chegar à forma como estão.
Também foram discutidas as ideias de biogênese e abiogênese.

Existe uma teoria bastante antiga, defendida pelo filósofo grego Anaxágoras, que recebeu o nome
de Panspermia.

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a) Pesquise sobre essa teoria. O que ela diz? Qual seria a ideia mais aceitável sobre ela?

b) Descreva nas linhas a seguir a sua hipótese a respeito da origem da vida na Terra. Seguindo as etapas
do método científico, quais argumentos você possui para comprovar sua hipótese?

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TAREFA 16 Biogênese e abiogênese

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Quais as duas principais ideias sobre a origem da vida?


Teorias da biogênese e da abiogênese.

2. Para a comprovação de qualquer teoria, devem-se seguir alguns importantes passos a fim de que
não fiquem dúvidas sobre o que foi proposto. Como é denominada essa sequência de procedimentos?
Método científico.

3. Quais foram os experimentos realizados a favor da teoria da biogênese?


Experimentos de Redi, Spallanzani e Pasteur.

4. Quais os argumentos utilizados por alguns cientistas para contestar o experimento de Redi?
Afirmavam que as moscas poderiam não ser geradas a partir da carne podre, mas outros organismos poderiam.

5. Em relação ao experimento de Spallanzani, quais os argumentos utilizados por alguns cientistas


para contestá-lo?
Que os frascos fechados não permitiam a entrada de ar, o que provocava a morte dos organismos vivos.

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6. Qual a diferença entre a experiência de Pasteur e a de Spallanzani ? Qual sua importância?


Pasteur não arrolhou os frascos sob fervura, apenas colocou um tubo curvo em forma de “S” que impedia a passagem de poeira com os

micro-organismos. Com esse experimento, ele conseguiu provar que não há vida por geração espontânea e que Redi e Spallanzani estavam

corretos.

7. Um experimento realizado por Stanley Miller foi decisivo para comprovar a origem de moléculas
orgânicas. Ele utilizou elementos químicos e uma substância que, segundo Oparin e Haldane, faziam
parte da atmosfera primitiva. Qual é essa substância e quais são esses elementos?
Vapor d’água, hidrogênio, nitrogênio e carbono.

8. Esquematize um aminoácido

9. Qual a molécula orgânica cujos principais componentes são os aminoácidos?


As proteínas.

10. Diferencie fixismo de evolucionismo.


O fixismo admite que as espécies, desde o seu aparecimento, são imutáveis, ou seja, não sofrem modificações. O evolucionismo admite

que as espécies não são imutáveis e que sofrem modificações ao longo do tempo.

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TAREFA 17 Viagem espacial

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Atualmente, quando falamos em viagens espaciais, o planeta Marte sempre surge como sendo o
próximo destino no espaço a ser visitado pelo homem.
Uma viagem tripulada a esse planeta seria um novo marco histórico nas pesquisas e conquistas
realizadas pela humanidade, além da questão fantasiosa que,finalmente, seria “desvendada” em relação
aos “marcianos” , seres muito explorados em filmes, desenhos e especulações sobre a existência de vida
fora da Terra.
Faça uma pesquisa sobre algumas informações já existentes sobre o planeta vizinho utilizando as
questões a seguir como um roteiro para essa pesquisa.

- Qual a distância entre a Terra e Marte e quanto tempo leva a viagem até lá?
- Como é a atmosfera marciana em termos de composição, luminosidade e temperatura?
- Quais foram as sondas que já foram enviadas e que informações elas forneceram?
- Qual a perspectiva de uma viagem tripulada para Marte?
- Quais seriam os possíveis efeitos físicos e psicológicos de uma missão tripulada?

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LABORATÓRIO 7 Imagens da voz

Introdução
A atividade que será desenvolvida tem como foco o estudo dos sons da fala a partir de suas
propriedades físicas. Em Física, esse ramo de estudo é chamado Fonética Acústica e nele são analisadas
as ondas emitidas pelas vibrações das nossas cordas vocais.

A Fonética Acústica pode ser aplicada em diversas situações, tais como:


- Síntese de voz (conversão de texto para fala)
- Reconhecimento de voz (conversão de fala para texto)
- Compreensão da fala (determinação do significado da elocução)
- Reconhecimento / identificação de locutor
- Codificação de voz a baixas taxas (compressão)
- Análise de disfonias (patologias da laringe)

Ingimage/Fotoarena
Ingimage/Fotoarena

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Material
- 1 Caneta laser
- Latinha vazia de leite condensado ou de molho de tomate
- 1 CD velho
- Bexigas (balão de festa)
- Fita adesiva
- Cano de PVC (que pode ser substituído pelo cilindro interno de um rolo de papel alumínio ou papel
filme).
- Tesoura
- Cola

Para concluir a atividade você precisará de uma parede ou cortina preta onde o laser será projetado.
Caso isso não seja possível, você pode cobrir a parede com papel cartão preto.

Procedimento
Obs: o professor deverá acompanhá-lo durante o procedimento a fim de evitar qualquer acidente
durante a manipulação dos materiais.

a) Tire o fundo da lata usando um abridor (muito cuidado para não cortar o dedo nas “rebarbas” da
latinha).
b) Corte a ponta da bexiga e descarte-a. Você irá utilizar apenas o fundo do balão.
c) Prenda o fundo do balão com fita adesiva na latinha.
d) Corte um pedaço do CD de forma a obter um pequeno espelho de 2 cm x 2 cm.
e) Cole o “espelho” sobre a bexiga que você prendeu na lata.
• Para finalizar o instrumento você deverá apontar a caneta laser na direção do espelho em um
ângulo de 45º. Para que essa montagem fique mais adequada, faremos um suporte para a caneta
procedendo da seguinte forma:
f) Faça um corte na ponta do cano de PVC de forma a obter um “V” vasado (como mostra a figura).

g) Encaixe o laser no recorte feito no cano de PVC e passe a fita para sua fixação.
h) Prenda o suporte com o laser na latinha (a caneta deverá apontar para o espelho).
Obs: Para facilitar o andamento do experimento, prenda o interruptor do laser com fita adesiva para que
este fique ligado ininterruptamente.
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Agora é só falar na extremidade da latinha.

O som da nossa voz é produzido pela vibração das nossas cordas vocais. Quando o ar passa pelas
cordas vocais, as diferentes vibrações produzem diferentes sons (grito, canto, fala etc.).
Quando o ar sai da nossa boca vibrando, ele passa pela lata e faz vibrar a bexiga. Como o espelho
está colado na bexiga, ele vibra também, fazendo-nos enxergar os desenhos formados a partir da reflexão
do raio laser.
A variação de sons produzirá diferentes desenhos.
Quando falamos, fazemos a bexiga vibrar formando ondas e assim o espelho formará desenhos de
acordo com o som da voz de cada um.
Quanto mais grave for a voz, mais compridas serão as ondas, o que faz com que a frequência seja
baixa. Quanto mais aguda, mais curtas elas serão, ou seja, maior é a sua frequência.
Outra característica está relacionada à intensidade. Quanto mais forte/intenso for o som da voz,
mais altas são as ondas.
A intensidade relaciona-se com a energia transportada pela onda sonora e é o que nos permite
classificar o som como forte ou fraco. A intensidade também depende da amplitude da onda. Um som
com maior amplitude é um som forte, enquanto um som com amplitude pequena é um som fraco.

Sua conclusão
A partir dos desenhos e formas obtidos pelo som da sua voz, como você classificaria e caracterizaria as
ondas emitidas por você nesse experimento?
Professor. Essa atividade foi baseada em um vídeo do Manual do Mundo por Iberê Tenório. As fontes estão indicadas a seguir, bem como
outras sugestões de vídeos e sites que trazem imagens as quais serão de grande interesse para o aluno. Um estudo feito com o vocalista
da banda Aerosmith, Steven Tyler, considerado como uma das vozes mais potentes do planeta, tem 5 minutos e pode ser projetado para
que o aluno perceba a importância do estudo desse tema e, principalmente, possa observar o avanço da tecnologia em estudos clínicos e
suas aplicações. Destacamos aqui o desenvolvimento de habilidades socioemocionais relacionadas ao autoconhecimento e a valorização
de experimentos práticos que possibilitem a compreensão dos cuidados com a saúde vocal.
Vídeo: NatGeo – A Incrível Máquina Humana – A Voz.mp4 (5’28”)
http://super.abril.com.br/ciencia/o-que-faz-a-voz-ser-grossa-ou-fina/
https://super.abril.com.br/ciencia/que-animais-enxergam-por-meio-de-sons-e-como-eles-conseguem-fazer-isso/
https://drive.google.com/file/d/1nwQIblcz3g7rCeld0CLOa6k7vdYVdPYV/view
http://www.manualdomundo.com.br/2015/03/como-enxergar-a-voz/

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LABORATÓRIO 8 Associação de espelhos planos e


periscópio

Introdução
Chamamos de associação de espelhos planos o arranjo de dois espelhos colocados juntos e ligados
por uma das arestas.
Essa associação provoca um fenômeno no qual o número de imagens refletidas deve variar de
acordo com os ângulos em que os espelhos serão associados.
As imagens formadas serão sempre simétricas, já que a distância entre o objeto e o espelho é igual
à distância entre o espelho e a imagem. Por isso elas formam uma circunferência na qual todos os pontos
estão equidistantes do centro.

Artes Gráficas – Objetivo


Experimento 1 – Associação de espelhos planos
Material
• 2 espelhos planos. • Compasso ou transferidor.
• Objetos diversos. • 1 folha de papel grande.

Procedimento
a) Traçar numa folha de papel, com o auxílio do compasso
ou transferidor, os seguintes ângulos:
• 30° • 45º • 60º • 90º • 120º

b) Colocar os espelhos sobre as marcações dos ângulos e inserir um objeto entre eles (pode ser uma
borracha, um apontador etc.).

Resultados: Figura 22

Professor: O número de imagens formadas por uma associação pode ser

calculado utilizando a seguinte equação: n = (360o/ α) – 1, sendo n = número

de imagens formadas pela associação de espelhos planos e α = valor do

ângulo entre os dois espelhos. O interessante é deixar os alunos observar

número de imagens e, só após essa observação, mostrar-lhes a fórmula para

verificar se acertaram ou não.

30o n = 11; 45o n= 7; 60o n= 5; 90o n= 3; 120o n= 2

Uma outra atividade que pode ser feita, se houver tempo, é colocar um

espelho sobre a mesa e um objeto qualquer em frente ao espelho.

Peça ao aluno para colocar o dedo atrás do espelho no local onde ele está

vendo a imagem. Meça as duas distâncias – entre o objeto e o espelho, e entre

a imagem e o espelho – e o aluno perceberá que as distâncias são as mesmas.

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Experimento 2 – Periscópio
É um instrumento óptico utilizado por submarinos para captar imagens acima da água. Também já
foi utilizado em guerras para observar a movimentação de inimigos mesmo estando no interior de
trincheiras. Seu funcionamento é muito simples e baseia-se na reflexão da luz em espelho planos

Material
• Duas caixas Tetra Pak (leite por exemplo)
• Dois espelhos planos retangulares com um dos lados um pouco maior que a largura da caixa
• Fita crepe e durex
• Tesoura

Procedimento

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LABORATÓRIO 9 Refração da luz

Introdução
Como já foi visto no módulo 7, a refração da luz é um fenômeno físico que ocorre quando a luz
muda de um meio para outro ocorrendo alteração na velocidade da propagação.
Exemplo clássico desse fenômeno é o que ocorre quando a luz incidente passa do ar para a água
diminuindo sua velocidade de propagação e assim ocasionando um desvio do feixe de luz. Quando
colocamos um objeto num copo com água, ou quando observamos uma piscina estando fora dela,
temos a ilusão de que o objeto está quebrado e que a piscina tem profundidade menor.
Faremos a seguir um experimento que relaciona os índices de refração do vidro e da glicerina.
Glicerina é um composto orgânico que pode ter origem sintética, extraída do petróleo ou estar
presente em óleos e gorduras. É incolor, viscoso e líquido.

Ingimage/Fotoarena
Material

• Uma garrafinha de vidro transparente e incolor


• Um copo de vidro transparente e incolor
• 0,5 litro de glicerina

Procedimento

• Coloque um pouco de glicerina no fundo do copo (mais ou menos uns dois dedos).
• Mergulhe a garrafa dentro do copo com o fundo virado para baixo.
• Agora vá depositando, aos poucos, a glicerina entre a garrafa e o copo e dentro da garrafa também.

Obs: Levante a garrafa algumas vezes, entre a deposição total da glicerina e o seu preenchimento, para
que você possa observar o efeito em diversos momentos até o resultado final. Isso é uma parte curiosa
e interessante do nosso experimento.

Conclusão

Procure justificar por que a parte superior da garrafa continua visível e a parte inferior some ao
depositarmos a glicerina na montagem.
Professor, enxergamos um objeto quando a luz reflete em sua superfície e atinge nossos olhos. Quando o objeto é translúcido (água, vidro,
dependendo da espessura de suas lâminas), somente o percebemos quando a luz muda de velocidade e de direção antes de atingir nossos
olhos.
A glicerina e o vidro possuem índices de refração muito próximos. Isso significa que a luz possui a mesma velocidade tanto no vidro quanto
na glicerina.
Como as velocidades são iguais, o desvio sofrido pela luz é o mesmo e nossos olhos não conseguem distinguir o que é vidro e o que é
glicerina, temos impressão então de que a garrafa desapareceu.

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LABORATÓRIO 10 Disco de Newton e persistência visual

Introdução
Disco de Newton é um dispositivo utilizado em demonstrações de composição de cores. Recebeu
esse nome pelo fato do físico e matemático inglês Isaac Newton ter descoberto que a luz branca do Sol
é composta pelas cores do arco-íris.
Consiste em um disco colorido com as cores primárias e secundárias do espectro visível (vermelho,
laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta).
Persistência visual ou persistência retiniana é um fenômeno de ilusão provocado pelo olho humano
quando ele persiste por alguns segundos na captação de imagens projetadas e associadas na retina.

Experimento 1 – Disco de Newton


Material
• 1 cartolina branca ou papel cartão
• Tinta, lápis de cor ou canetinhas com as cores vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta
• Cola branca • Tesoura • Régua • Compasso
• Lápis • CD • Barbante

Procedimento
• Com o compasso, faça dois círculos com a cartolina, do tamanho do CD.

• Com a régua e o lápis, faça divisões trian-


gulares no círculo (sete divisões), todas com o
mesmo tamanho, como uma pizza;

• Pinte os triângulos cada um de uma cor.

• Cole os discos de cartolina pintados, um de


cada lado do CD.

• Faça dois pequenos furos simétricos ao lado do


buraco do CD de forma que o barbante passe
bem apertado.

• Dê um nó na ponta do barbante para obter


uma montagem semelhante a da imagem a
seguir.

• Agora gire o CD para um dos lados e depois


puxe o barbante para que o disco obtenha uma
rápida rotação.

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O que você observa? Por que isso ocorre?


Professor, Newton fez um experimento em que ele utilizou um prisma retangular e fez com que um feixe de luz branca o atravessasse e
teve, como resultado, as sete cores que conhecemos. Utilizando esta mesma linha de raciocínio, concluiu que a luz do Sol, ao atravessar
gotículas de água, forma o arco-íris. Para comprovar o inverso, ou seja, que a "soma" de todas essas sete cores resulta na cor branca, ele
criou o disco.
Só percebemos que cada objeto tem sua cor porque quando a luz branca incide sobre ele, este reflete a cor que o pigmento consegue
emitir. Um objeto de cor vermelha, por exemplo, apesar de estar recebendo todas as cores, só reflete a componente vermelha; um objeto
branco reflete todas as componentes e não absorve nenhuma; um objeto preto absorve todas as cores e não reflete nenhuma. Por isso é
que quando estamos expostos ao sol, vestindo uma roupa branca, sentimos estar esquentando menos que com uma roupa escura: a
roupa branca reflete todas as componentes coloridas da luz branca, enquanto a preta absorve todas.

Experimento 2 – Persistência visual


Material
• 1 palito de churrasco
• 2 cartões de mesmo tamanho (pode ser usada cartolina, papel cartão ou papelão).
• Canetinhas coloridas
• Cola

Procedimento
• Recorte os dois cartões de modo que eles tenham o mesmo tamanho e a mesma forma.
• Escolha uma imagem que possa ser complementar de outra ( observe o exemplo para compreender
melhor)
• Em cada um dos cartões você deverá desenhar uma parte das imagens.
• Cole os dois cartões fixando, entre eles, o palito de churrasco.
• Gire o palito de churrasco entre as suas mãos e observe.

Resultado
As duas imagens se sobrepõem formando uma única imagem final.

Conclusão
A primeira imagem projetada na retina persiste nela por um curto periodo de tempo e, ao projetar a outra imagem sucesssivamente,

teremos um fluxo contínuo de movimento de forma que elas se sobreponham. Este é também o princípio usado para produzir os desenhos

animados.

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Créditos das Figuras


Figuras 1 a 5
Disponíveis em:<Ingimage/Fotoarena>.

Figuras 6 a 11
Disponíveis em:<Ingimage/Fotoarena; Phil Degginger/ Alamy/Fotoarena; Ted Kinsman/Photoresearchers/Latinstock>.

Figura 12
Disponíveis em:<https://pixabay.com/pt/animais-patos-ave-aqu%C3%A1tica-executar-2000585/>.

Figuras 13 a 16
Disponíveis em:<Ingimage/Fotoarena; https://pixabay.com/pt/m%C3%A3o-dedo-apontando-apontando-dedo-1923005/>.

Figuras 17 a 21
Disponíveis em:<©gabrielle; https://pixabay.com/pt/l%C3%A1pis-dobrado-l%C3%A1pis-l%C3%A1pis-na-%C3%A1gua-
2403662/; ANDREW LAMBERT PHOTOGRAPHY / SCI/SPL DC/Latinstock ; https://pixabay.com/pt/aqu%C3%A1rio-peixe-
mundo-subaqu%C3%A1tico-1520459/;
https://pixabay.com/pt/%C3%A1gua-transpar%C3%AAncia-turquesa-2328294/>.

Figura 22
Disponíveis em:<https://pixabay.com/pt/gato-pet-espelho-697113/>.

Anotações

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