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Língua Portuguesa

ENSINO FUNDAMENTAL
6.o ano
AULAS 1 E 2 3. Quais as semelhanças entre as imagens c e d?
Resposta pessoal. Sugestão: As duas imagens apre-
Observe as imagens abaixo e responda às questões
sentam a forma de voar por meio de balões.
de 1 a 4.
a) 4. Em relação à imagem a, mesmo sem a imagem do
avião na mão do garoto, poderíamos identificar que
ela está relacionada à aviação. Que elementos da
imagem nos indicam isso?
Por meio da maneira como o garoto está vestido.As
roupas indicam que ele está vestido como aviador.

Leia com atenção o texto a seguir.

O sonho de voar

b)

c)

Uma noite tive um sonho maravilhoso: sonhei que


sabia voar. Bastava movimentar os braços, mãos aber-
tas ao lado do corpo fazendo círculos no ar, e eu me
descolava do chão como um passarinho, saía voando
por cima das casas e pelos campos sem fim.
Durante vários dias aquele sonho não me saiu da
d)
cabeça.
Acabei cismando que poderia torná-lo realidade. Ia
para o fundo do quintal e, longe da vista dos outros, fi-
cava horas seguidas ensaiando o meu voo. Mexia com
as mãos, sem parar, como fizera no sonho, e nada.
Eu sabia que não era uma questão de força, mas de
conseguir estabelecer, com o movimento harmonioso
das mãos, um misterioso equilíbrio entre o meu peso
e o peso do ar. Como se estivesse dentro d'água e
quisesse me manter à tona: qualquer gesto mais forte
1. O que as imagens têm em comum? ou afobado e eu me afundava.
Resposta pessoal. Sugestão: Todas estão relaciona- Pois um dia, depois de muito treino, senti que co-
das a diferentes maneiras de voar. meçava a ficar mais leve. Ou era só impressão? Ti-
nha passado a fazer aqueles exercícios de calção de
banho, justamente para sentir que, sem a roupa, meu
2. Quais as semelhanças entre as imagens a e b? peso era menor. E, naquele instante, parecia que eu
Resposta pessoal. Sugestão: As duas imagens tra- estava quase flutuando no ar. Experimentei dar uns
zem garotos vestidos como aviador e a imagem de passos, bem de mansinho, como se estivesse andan-
um avião. Ambas apresentam maneiras de voar por do em cima d'água. E a sensação foi de mal estar to-
meio de avião. cando o chão.

–1
Descalço, já não sentia na sola dos pés o contato 6. Na opinião do garoto, voar não dependia de força.
áspero da terra do quintal. Dependia de quê?
Por vários dias repeti a experiência. Ao fim, já sa- “De conseguir estabelecer, com o movimento harmo-
bia instintivamente os movimentos que tinha de fazer nioso das mãos, um misterioso equilíbrio entre o meu
com o corpo para começar a flutuar, como alguém que
peso e o peso do ar.”
tivesse aprendido a nadar. Um ligeiro impulso com os
braços, bem devagar, levantando os cotovelos, me
fazia deslizar mansamente, como se estivesse usan- 7. Depois de ter-se exercitado bastante, segundo relato
do patins invisíveis. Apenas não tinha força suficiente da personagem, qual foi o resultado a que teria
para ganhar altura, e toda vez que eu me impacientava chegado na sua tentativa de voar?
e fazia um movimento mais rápido, sentia meu corpo Com a prática, conseguiu erguer-se um ou dois palmos
de súbito se abater contra o solo. e sair deslizando pelo quintal durante algum tempo.
Com a prática, acabei conseguindo me erguer um
ou dois palmos e sair deslizando pelo quintal durante 8. No final da experiência, a que conclusão chegou a
algum tempo. Mas era pouco. Assim de pé, não podia personagem?
dizer que estivesse voando. Eu percebia que só dei- A personagem concluiu que para sair voando, já teria
tado, braços abertos como as asas de um pássaro, é de estar no ar.
que chegaria a voar de verdade. Mas quando experi-
mentava me deitar e movimentar os braços como fazia
9. O texto lido pode ser considerado como resultante
de pé, sentia que jamais sairia do chão. Era como que-
de uma aventura real ou de uma fantasia do menino?
rer nadar no fundo de uma piscina sem água.
Explique.
Acabei me convencendo de que, para sair voando,
eu teria de já estar no ar. Como? Subindo pela man- Fantasia, pois conseguir voar sem o auxílio de objetos
gueira e me atirando lá de cima? Eu não era maluco a voadores é impossível na vida real. Também pode ser
esse ponto: o peso do meu corpo faria com que eu me justificado pelo próprio início do texto: “Uma noite tive
esborrachasse cá embaixo no chão. Era preciso que um sonho maravilhoso: sonhei que sabia voar.”
tivesse como tomar algum impulso... Foi então que me
veio a solução. 10. Para narrar, isto é, contar uma história, é preciso
[...] no fundo do quintal de nossa casa havia introduzir no texto alguns elementos. Uma narrativa
um pequeno bambuzal. Uma das brincadeiras que sempre tem um narrador, ou seja, alguém que conta
a gente fazia ali era a de se dependurarem vários a história. Também costuma ter personagens, como
meninos num dos bambus, fazendo com que ele se pessoas, deuses, animais e outros seres que vivem
entortasse até que tocassem o pé no chão. Em dado os acontecimentos narrados na história. Na narrativa
momento todos, a um só tempo, largavam o bambu, em questão, o narrador faz parte da história, ou seja,
menos o que estivesse na ponta: este continuava é uma personagem?
dependurado e subia como um foguete, agarrando-se Sim, é um narrador personagem, ou seja, participa
com todas as forças no bambu pra não ser atirado da história.
longe. E ficava balançando de um lado para outro
lá em cima, como um pêndulo, até que o movimen-
to parasse de todo e ele pudesse vir escorregando 11. Outro elemento que pode constar de uma narrativa é
bambu abaixo. o tempo, ou seja, a indicação de quando ocorreram
os acontecimentos. Nem sempre é necessário
Mais de uma vez eu participara daquela brincadei-
mencionar o tempo: algumas vezes ele é importante
ra. Sendo o menorzinho, e portanto o mais leve, em
para compor a mensagem que o texto tem por
geral era o que ficava mais tempo balançando, depen-
finalidade transmitir, outras não, tanto faz quando os
durado na ponta do bambu.
acontecimentos ocorreram. No texto apresentado, o
Só que, agora, eu não ia apenas me dependurar: tempo é importante? É mencionado?
ia subir com o bambu e aproveitar o impulso para sair
voando. Sim, durante vários dias o narrador personagem ten-
SABINO, F. O menino no espelho. 27. ed.
tou realizar seu sonho de voar e, em cada dia, de
Rio de Janeiro: Record, 1982. p. 64-7. uma maneira diferente.

5. No sonho, voar parecia bastante fácil. O menino 12. Uma narrativa pode ou não fazer referência ao
cismou que poderia transformar o sonho em espaço, ao local onde ocorrem os acontecimentos.
realidade. Em que parágrafo do texto ele conta as No texto lido, o espaço é importante? É mencionado?
providências tomadas para isso? O espaço – fundo do quintal – é elemento importante
no texto, pois indica o local onde o garoto tentava
No 3.o parágrafo. realizar seu sonho.

2–
13. Qual a personagem principal desta narrativa? Essas palavras que têm a função de nomear seres são
Descreva-a. chamadas de substantivos.
A personagem principal é o menino que conta a his- Substantivo é a palavra com que damos nomes aos se-
tória. Ele era o menorzinho e o mais leve de toda a res em geral.
turma, persistente no objetivo de realizar o seu so-
nho, sonhador, corajoso. 2. Agora, observe as imagens abaixo.

14. Coloque os acontecimentos narrados no texto


em ordem cronológica, isto é, na ordem em que
ocorreram no tempo, de acordo com as ações
praticadas pelo menino.
( 7 ) Convenceu-se de que para voar, teria de já
estar no ar.
(10) Concluiu que ia subir com o bambu para
aproveitar o impulso e sair voando.
( 1 ) Sonhou que sabia voar.
( 5 ) Concluiu que tinha de fazer como faz alguém
que aprendeu a nadar, um ligeiro impulso com os
braços, bem devagar, levantando os cotovelos.
( 2 ) Pensou que poderia tornar seu sonho realidade.
( 9 ) Ficava mais tempo dependurado na ponta do
bambu por ser pequeno e mais leve.
( 6 ) Conseguiu se erguer um ou dois palmos e saiu
deslizando pelo quintal.
( 4 ) Fazia os exercícios de calção de banho para
tornar seu peso menor.
( 8 ) Pensou em subir em um bambu e ter o impulso
necessário para voar.
( 3 ) Ia para o fundo do quintal e ficava ensaiando o voo.

15. Observe as seguintes afirmações sobre o texto:


I. O menino conseguiu voar como um passarinho
por cima das casas e pelos campos sem fim.
II. O menino fez seus exercícios para tentar voar
José Roberto Luchetti
apenas de calção de banho para ver se sem rou- Ilustrações de Angelo Abu
pa seu peso era menor.
III. O menino subiu pela mangueira e atirou-se lá de
cima para tentar voar.
É correto o que se afirma em:
a) I apenas. d) I e II apenas.
editora ecipione
b) II apenas. e) II e III apenas.
c) III apenas.
a) Copie as palavras que têm por função nomear
AULA 3 seres dos textos que estão em destaque nos
cartazes.
1. Releia o primeiro parágrafo do texto. Menino, Espelho, Alberto, sonho, voo.
Uma noite tive um sonho maravilhoso: sonhei que
sabia voar. Bastava movimentar os braços, mãos b) Por que você acha que algumas palavras dos
abertas ao lado do corpo fazendo círculos no ar, e cartazes foram escritas com letras iniciais
eu me descolava do chão como um passarinho, saía maiúsculas e outras com letras minúsculas?
voando por cima das casas e pelos campos sem fim.
Copie as palavras que têm por função nomear seres. Foram escritas com letras maiúsculas as pala-
vras que denominam um único ser de uma certa
Noite, sonho, braços, mãos, corpo, círculos, ar, chão, espécie: O Menino no Espelho – nome de um
passarinho, casas, campos. livro – e Alberto – nome de uma pessoa.

–3
Classificação do substantivo 4. a) Em quantos grupos o poeta agrupa as borboletas?
Comum – indica, genericamente, todos os elementos de Em quatro grupos: brancas, azuis, amarelas e
uma certa espécie. Exemplo: rua, luz, criança, livro. pretas.
Próprio – aquele que denomina um único ser de uma
certa espécie. Exemplo: Brasília, Gustavo, Goiás, França. b) Para se referir aos grupos de borboletas, o poeta
considera determinada característica de cada
3. Circule nas frases abaixo as palavras usadas para um. Que características as borboletas de cada
qualificar, caracterizar um substantivo. grupo têm em comum?
I. Uma noite tive um sonho maravilhoso... Brancas – são alegres e francas
II. Eu sabia que não era uma questão de força, Azuis – gostam de luz
mas de conseguir estabelecer, com o movimen-
Amarelas – são bonitinhas
to harmonioso das mãos, um misterioso equilí-
brio entre o meu peso e o peso do ar. Pretas – remetem à escuridão
III. Descalço, já não sentia na sola dos pés o contato
Leia as informações abaixo.
áspero da terra do quintal.
IV. Um ligeiro impulso com os braços, bem devagar, Para indicar as ações, usam-se verbos:
levantando os cotovelos, me fazia deslizar mansa- “...Uma noite tive um sonho maravilhoso...”
mente, como se estivesse usando patins invisíveis.
Para indicar reações de personagens, usam-se verbos
As palavras usadas para qualificar, caracterizar um de ligação, que indicam estados:
substantivo – comum ou próprio – denominam-se adjetivos. “E a sensação foi de mal estar tocando o chão.”
Em outras palavras, o adjetivo indica como é um ser, isto “Para sair voando teria de já estar no ar.”
é, um substantivo.
Verbos também são usados para indicar fenômenos da
São adjetivos palavras como: maravilhoso, harmonio-
natureza.
so, misterioso, áspero, ligeiro, invisíveis, bravo, calmo,
bonito, horrível, alto, magro, vingativo, generoso, estúpi- “Choveu muito naquele dia.”
do, inteligente, pesado, leve e outras que qualificam um Ao expressar ações, estados e fenômenos da natureza,
substantivo. também se indica quando ocorrem, ocorreram ou vão
Também podemos usar uma expressão para qualificar ocorrer. Em outras palavras, o verbo se modifica para in-
um substantivo, a locução adjetiva. Formada por mais dicar o tempo:
de uma palavra, equivale a um adjetivo.
“Sonhei que sabia voar.” (tempo passado)
Exemplos: de força, do ar, dos pés, dos deuses.
Sonho que sei voar. (tempo presente)
Texto para a questão 4. Sonharei que saberei voar. (tempo futuro)
Geralmente, ao contar uma história, usam-se os verbos
As borboletas
no passado (pretérito), para indicar que os aconteci-
Brancas mentos já ocorreram.
Azuis
Para indicar que a ação está terminada, empregamos
Amarelas
o pretérito perfeito do indicativo. (Perfeito, aqui, quer
E pretas
dizer “acabado”: per = “inteiramente” – feito.)
Brincam
Na luz Exemplos: “Uma noite tive um sonho maravilhoso.”
As belas “Por vários dias, repeti a experiência.”
Borboletas. Para indicar ação inacabada ou contínua no passa-
Borboletas brancas do, empregamos o pretérito imperfeito do indicativo.
São alegres e francas. (Imperfeito, aqui, quer dizer “não acabado”: im = in, não,
per = “inteiramente” – feito.)
Borboletas azuis
Gostam muito de luz. Exemplos: “Bastava movimentar os braços...”
“...já sabia (...) o que tinha de fazer.”
As amarelinhas
São tão bonitinhas! Para indicar ação anterior a outra ação que também
E as pretas, então... aconteceu no passado, empregamos o pretérito mais-
Oh, que escuridão! -que-perfeito do indicativo. (Mais-que-perfeito, aqui,
quer dizer “mais do que acabado”, ou seja, acabado an-
Para gostar de ler – poesias. São Paulo: Ática, 1980. v. 6, p. 28.
tes do perfeito.)
4–
Leia o poema e responda à questão 5. Lugar: aqui, ali, aí, cá, lá, atrás, perto, longe, abaixo, aci-
ma, adiante, dentro, fora, além etc.
A poesia é uma pulga Modo: bem, mal, assim, apenas, depressa, devagar e a
A poesia é uma pulga, maior parte dos que terminam em -mente: calmamente,
coça, coça, me chateia, tristemente etc.
entrou por dentro da meia, Negação: não, absolutamente etc.
saiu por fora da orelha, Tempo: hoje, amanhã, ontem, breve, logo, antes, depois,
faz zumbido de abelha, agora, sempre, nunca, cedo, tarde, antigamente, anual-
mexe, mexe, não se cansa, mente, novamente, raramente etc.
nas palavras se balança,
fala, fala, não se cala, 1. Leia a anedota.
a poesia é uma pulga,
de pular não tem receio, O vampirinho
adora pular na escola... O filho sempre entrava calmamente em sua
só na hora do recreio! casa e beijava a mãe. Nesse dia, porém, chegou
ORTHOF, Sylvia. A poesia é uma pulga. apressado e foi direto para o quarto.
São Paulo: Atual, 1992. p. 3.
Sua mãe percebeu que devia ter aconteci-
do algo muito sério para deixá-lo assim. Então,
5. a) Copie apenas os verbos que indicam as ações chamou-o:
das pulgas que ocorreram no tempo presente.
– Filho, venha aqui um pouco.
Coça, coça, chateia, faz, mexe, mexe, cansa, ba- O menino aproximou-se dela e reclamou:
lança, fala, fala, cala, adora pular.
– Mãe, todos os meus amiguinhos da escola
b) Copie apenas ações das pulgas que ocorreram me chamam de vampirinho...
no tempo passado. Ela passou a mão nos afiados dentes caninos
entrou, saiu do garoto – provavelmente pensando no que iria
dizer – e, afinal, consolou-o:
c) Copie os verbos que indicam estado. – Eles não falam realmente por mal, meu filho!
é, é, é E, pelo menos, não o chamam de abridor de latas!

6. Em relação aos verbos destacados, numere a segunda Agora, indique as circunstâncias expressas pelos
coluna de acordo com a primeira. advérbios destacados.
I. Verbos que indicam ação acabada (pretérito Sempre – tempo; calmamente – modo; muito – inten-
perfeito). sidade; aqui – lugar; provavelmente – dúvida; real-
II. Verbos que indicam ação inacabada (pretérito mente – afirmação; não – negação.
imperfeito do indicativo). Observe a tirinha abaixo.
III. Verbos que indicam ação anterior a outra ação
que também ocorreu no passado (pretérito mais-
que-perfeito).
IV. Verbos que indicam estado (verbos de ligação).

( IV ) O menino estava cansado de tantas tentativas.


( I ) O menino treinou muito para tentar voar.
( III ) O menino acabara de ter uma ideia.
( II ) O menino treinava o dia todo para realizar seu
sonho.

AULA 4
As palavras que modificam o verbo, o adjetivo ou o pró-
prio advérbio são chamadas de advérbios. Os advér-
bios são palavras que podem expressar:
Afirmação: sim, realmente, certamente, efetivamente etc.
Dúvida: talvez, possivelmente, decerto, provavelmente etc.
Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, menos, demais
etc.
–5
2. a) Copie do segundo quadrinho uma palavra que se ou seja, são empregadas no feminino, no masculino,
classifica como advérbio. no singular ou plural, dependendo das outras
Não. palavras da frase com as quais devem concordar.
a) Vulcano, segundo a mitologia ______________
b) Indique que circunstância ela expressa. (romano), era o _____________ (deus) do fogo,
Negação. filho de Júpiter e Juno.
romana – adjetivo
c) Que palavra ela modifica? deus – substantivo
Modifica o verbo subiu.
b) Vulcano era um dos deuses mais ___________
3. a) Copie do terceiro quadrinho um exemplo de (feio) de todos e, quando nasceu, foi lançado ao
advérbio. mar por sua mãe devido a sua falta de beleza
Assim. e ____________________ (imperfeição) físicas,
pois era coxo.
b) Indique a circunstância que ela expressa.
feios – adjetivo
Modo.
imperfeições – substantivo

c) Que palavra ela modifica?


c) Vulcano era casado com Vênus, a deusa do amor
O verbo é. e da beleza, que sempre fora _______________
(apaixonado) por Marte, o deus das __________
4. “Subiu o salário mínimo e eu quero a minha mesada!”
(guerra).
expressa
apaixonada – adjetivo
a) uma ordem.
guerras – substantivo
b) um conselho.
c) um pedido. d) Certa vez Vulcano preparou uns _____________
d) um desejo. (teste) para saber se a ____________ (belo)
mulher ainda tinha _______________ (interesse)
Leia o mito a seguir e responda às questões 5 e 6.
por Marte.
testes – substantivo
Vulcano
bela – adjetivo
Vulcano, segundo a mitologia romana, era o deus
do fogo, filho de Júpiter e Juno. Vulcano era um dos interesse – substantivo
deuses mais feios de todos e, quando nasceu, foi lan-
çado ao mar por sua mãe devido a sua falta de beleza 6. a) No trecho “Vulcano era casado com Vênus, a
e imperfeições físicas, pois era coxo. deusa do amor e da beleza, que sempre fora
apaixonada por Marte, o deus das guerras. Certa
Quando Vulcano foi atirado ao mar, Tetis e Euríno-
vez, Vulcano preparou uns testes para saber se
me, filhas de Oceanus, o ajudaram. A figura do deus
a bela mulher ainda tinha interesse por Marte”,
era a de um ferreiro que criava raios, inclusive os raios
quais palavras foram usadas para caracterizar a
que Júpiter usava. Vulcano era casado com Vênus, a
mulher com quem Vulcano se casou?
deusa do amor e da beleza, que sempre fora apaixo-
nada por Marte, o deus das guerras. Certa vez, Vulcano deusa do amor, da beleza, bela
preparou uns testes para saber se a bela mulher ainda
tinha interesse por Marte. Vulcano é relacionado a He- b) Substitua esses adjetivos por outros, de prefe-
festo na mitologia grega. rência que transmitam a ideia contrária à do texto
DANTAS, Tiago. Brasil Escola. original.
Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/mitologia>.
Resposta pessoal.
Acesso em: 22 fev. 2017. Adaptado.

c) Copie do primeiro parágrafo do texto os verbos


5. Empregue as paIavras indicadas nos parênteses
que indicam ação inacabada ou contínua
como substantivos e adjetivos nas frases a seguir.
(pretérito imperfeito do indicativo).
Assinale se a palavra foi usada como substantivo ou
adjetivo. Observe que essas palavras sofrem flexão, era, era, era

6–
Leia a tirinha a seguir e responda à questão 7. 8. a) O que você sente, o que lhe vem à mente ao
contemplar esse quadro do famoso pintor Renoir?
Resposta pessoal.

b) Em sua opinião, as pessoas em geral têm ideias


e sentimentos positivos ou negativos quando
veem esse quadro? Justifique a sua resposta.
Resposta pessoal.

AULA 5

Texto 1

A origem da língua
Os romanos, grandes conquistadores, invadiram a
Copyright  2004 – Mauricio de Sousa Produções Ltda. Todos os direitos reservados.
Península Ibérica, região hoje ocupada por Portugal e
Espanha, na época, habitada por povos que falavam
7. a) O que o índio está admirando? diferentes idiomas, e aí permaneceram por mais de
A lua, Jaci. duzentos anos.
Na época dos romanos, existia o latim literário
– quase sempre escrito, usado pelos escritores e pes-
b) Que palavras o índio usou para caracterizar a lua? soas cultas – e o latim vulgar – usado na conversação
Grande e majestosa. do dia a dia por diferentes tipos de pessoa sem regras
fixas. Nas terras conquistadas, os romanos exigiam
que seu idioma fosse a língua falada em sociedade.
c) Como essas palavras se classificam?
Como na conversação usavam o latim vulgar, foi essa
Adjetivos. modalidade que deu origem, nas diversas regiões con-
quistadas, ao português, espanhol, italiano, francês,
provençal, ladino ou rético e romeno.
d) Copie da história em quadrinhos uma locução
verbal. No caso do português, outros povos que conquis-
taram a região depois dos romanos, como os árabes,
"Foi devorada", "está fazendo" e "estou admirando". também contribuíram para a formação do nosso idio-
ma, que seguiu se modificando quando os portugue-
e) As falas dos índios são exemplos de discurso ses colonizaram terras novas, como o Brasil.
direto ou indireto? Justifique a sua resposta. Atualmente o português é a língua oficial de oito
países: Portugal, Brasil, Cabo Verde, Angola, Mo-
Discurso direto, em que se reproduz com exati-
çambique, Guiné-Bissau, Timor Leste e São Tomé
dão a maneira como a personagem está falando.
e Príncipe.

Examine o quadro a seguir e responda à questão 8.


UM POR TODOS UMA! VIVA A LÍNGUA PORTUGUESA!
E TODOS POR...

Texto 2

Milho e fubá
Oscar tinha um sítio. Um dia Oscar resolveu levar
na camioneta um pouco de esterco do sítio, que era no
interior de Minas, para o jardim de sua casa na capital.
Disponível em: <https://google.com.br/search?q=quadro+de+renoir&client.>
Acesso em: 22 fev. 2017. Na barreira foi interpelado pelo guarda:

–7
– O que é que o senhor está levando aí nesse Oscar perdeu a paciência, deixou escapar um pala-
saco? vrão. Voltou à barreira, pegou seu carro e regressou
– Esterco – respondeu Oscar, farejando aborreci- ao sítio com o esterco.
mento. – Por quê? Não lhe cheira bem? Ao chegar, a mulher lhe disse que ele devia ter
– O senhor tem a guia? – o guarda perguntou, im- corrido um dinheirinho no guarda, ficava tudo por isso
perturbável. mesmo. Eu venho com o milho e ela já volta com o
– Guia? fubá, resmungou Oscar. Mal comparando.
– É preciso de uma guia, o senhor não sabia disso? SABINO, F. A mulher do vizinho. 7. ed. Distribuidora Record, 1962.

Oscar não sabia. Perguntou ao guarda como é que


se arranjava uma guia. 1. Qual dos dois textos pode ser considerado informativo?
– No Departamento Estadual do Esterco. O texto 1.
O guarda explicou a Oscar como é que ele devia
fazer. Oscar deixou o carro na barreira, pegou uma 2. Que informações nos traz esse texto?
caro­na e foi até o DEB, no centro da cidade. Ele nos informa sobre a origem da língua portuguesa
– DEB? Devia ser DEE – observou Oscar. por meio das conquistas dos romanos que falavam
– Devia ser mais não é – informou o funcionário. o latim e obrigavam os povos conquistados a fala-
– É DEB mesmo. Aliás, isso não é comigo, é com seu rem o seu idioma. Esse idioma foi-se modificando e
Redelvim, no segundo andar. dando origem a outras línguas, como o português,
Seu Redelvim acabou de rabiscar num papel, re- por exemplo. Informa ainda sobre as diferenças entre
pousou a caneta e voltou-se para atendê-lo: latim literário e latim vulgar e os países que têm a
– Em que lhe posso ser útil? língua portuguesa como língua oficial.
– Dá-se o seguinte – explicou Oscar, muito amá-
3. Qual dos dois textos apresenta elementos de uma
vel, procurando despertar simpatia. Eu trouxe um saco
narrativa?
de esterco do meu sítio...
– Olha o pezinho na cadeira. O texto 2.
– Como?
4. No texto narrativo indique:
– O senhor estava encostando o pé na minha ca-
deira, isso me dá uma aflição danada – seu Redelvim a) Tempo:
explicou, com vozinha mansa. Num dia em que Oscar resolveu levar esterco do
– De esterco – prosseguiu Oscar, e só fazia prestar sítio para sua casa na capital.
atenção para não encostar mais o pé na cadeira do
homem. – Trouxe do meu sítio. Lá embaixo no primeiro b) Espaço:
andar um funcionário, seu Alcides, se não me engano, Em uma barreira policial que fica entre o sítio de
me informou que era com o senhor. Oscar e a cidade onde tem casa, no interior de
Inesperadamente, seu Redelvim SE QUEIMOU: Minas Gerais.
– Seu Alcides disse que era comigo? Pois olha,
vou lhe dizer uma coisa: eu estava exatamente redi- c) Personagens:
gindo uma representação ao Secretário contra esse
Oscar; o guarda; o funcionário do departamento
abuso: tudo é comigo, até esterco! O senhor já esteve
estadual de esterco, Seu Redelvim; o funcionário
no Serviço de Seleção?
do serviço de seleção e a mulher de Oscar.
– Seleção de quê?
– De esterco, ora essa! Meu amigo, tem esterco d) Ação:
de vaca, de galinha, até de passarinho, o senhor pode
não acreditar, mas tem. O sr. Oscar resolveu levar um pouco de esterco
do sítio para sua casa, no interior de Minas. Na
Eu acredito – balbuciou Oscar.
barreira policial, foi abordado pelo guarda. Teve
– Pois então? – e seu Redelvim sorriu triunfante.
de ir até o Departamento Estadual de Esterco
– O meu é de vaca, se me permitir informar. para buscar uma guia que autorizasse o trans-
– Seja do que for, o senhor tem que ir ao Serviço porte. Lá, falou com dois funcionário e teve de se
de Seleção. dirigir ao Serviço de Seleção. O funcionário quis
No Serviço de Seleção perguntaram a Oscar quan- saber quantos quilos de esterco Oscar transpor-
tos quilos de esterco de vaca ele transportava. Oscar tava. Ele não soube dizer. O funcionário disse
não soube dizer: um punhado, um saquinho deste que não podia autorizar. Oscar perdeu a paciên-
tamanho, mostrou, erguendo as mãos. O funcionário cia e voltou para o sítio.
disse que assim não era possível: tinha de saber o A mulher disse que ele deveria ter dado um di-
peso exato. Pesasse o esterco e voltasse, querendo. nheiro para o guarda.
8–
5. Observe no mapa abaixo as indicações dos países que falam a língua portuguesa e os números referentes
a cada país. Sua missão é tentar localizar todos esses países no mapa. Use o espaço abaixo para indicar os
nomes dos países.

1) Angola

2) Brasil

3) Cabo Verde

4) Guiné-Bissau

㘀 5) Moçambique

6) Portugal



㈀ 7) São Tomé e Príncipe
㄀ 㠀

8) Timor Leste

As questões abaixo referem-se ao texto 2. Analise as alternativas e assinale as corretas.

6. Oscar transportava esterco do interior de Minas para 9. Oscar procurava “despertar simpatia”. Por quê?
sua casa, “na capital”. Ele se dirigia para: a) Porque necessitava conseguir a guia para liberar
a) O Rio de Janeiro. seu carro.
b) Brasília. b) Em virtude de estar preocupado com o cheiro do
c) São Paulo. esterco em seu carro.
d) Niterói. c) Porque precisava da ajuda do funcionário.
e) Belo Horizonte. d) Em razão de não querer perturbar o trabalho de
seu Redelvim.
7. Observe: “Aliás, isso não é comigo...” e) Porque seu Redelvim fora muito gentil com ele,
No trecho acima, o funcionário refere-se interrompendo seu trabalho para atendê-lo.
a) à alteração da sigla de DEE para DEB.
10. “Inesperadamente, seu Redelvim SE QUEIMOU.”
b) às providências relativas à guia exigida.
A expressão em maiúsculas indica
c) às informações relativas à obtenção da guia.
a) que seu Redelvim gostava de usar gíria.
d) à necessidade de pagar a multa ao guarda da
b) a baixa cultura do funcionário que atendia a
barreira.
Oscar.
e) ao fato de ele só estar ali para prestar informações.
c) que a linguagem do funcionalismo é de baixa
8. O ato de chamar alguém de SEU – “...é com seu qualidade.
Redelvim, no segundo andar” – caracteriza: d) que o nível de linguagem usado pelo narrador
a) maior afetividade. é o popular, aproximando-se da fala das
personagens.
b) maior intimidade.
e) a preferência do autor pela linguagem formal.
c) o uso popular da palavra senhor.
d) o uso generalizado do tratamento.
e) uso pejorativo (prejudicial, maldoso).

–9
AULA 1 1. A Declaração Universal dos Direitos da Água aponta
algumas orientações para a preservação da água.
Leia o fragmento da Declaração Universal dos Direi- Você concorda ou discorda de alguma(s) delas?
tos da Água para responder às questões. Qual(is)?
Resposta pessoal.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS DA ÁGUA – 1992 2. a) Qual a função desse tipo de texto? Explique com
Rio de Janeiro, 22 de março de 1992 suas palavras.
Orientar as pessoas quanto ao uso da água de
A presente Declaração Universal dos Direitos da
forma consciente.
Água foi proclamada tendo como objetivo atingir todos
os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para
que todos os homens, tendo esta Declaração constan- b) O texto lido é um exemplo de texto de lei e
temente no espírito, se esforcem, através da educação apresenta informações agrupadas em itens.
e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e De acordo com o que foi estudado, quais as
obrigações anunciados e assomam, com medidas pro- características desse tipo de texto?
gressivas de ordem nacional e internacional, o seu re- Um texto em que as informações são agrupadas
conhecimento e a sua aplicação efetiva. em itens é objetivo; não apresenta mistura de as-
suntos; não comporta expressões opinativas, como
Art. 1.o – A água faz parte do patrimônio do planeta. “isso é horrível”, “parece maravilhoso”, “considero
Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, bom” etc.; não comporta expressões coloquiais,
cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável como “tão bonitinho”, “a gente”, entre outras.
aos olhos de todos.

Art. 2.o – A água é a seiva do nosso planeta. Ela é 3. Pense em situações em que você observa as
a condição essencial de vida de todo ser vegetal, ani- pessoas e a maneira como elas utilizam a água. Em
mal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber algumas delas há desrespeito na forma de utilização?
como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultu- Justifique sua resposta.
ra ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos
Resposta pessoal.
fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual
é estipulado do Art. 3.o da Declaração dos Direitos do
Homem. 4. O fragmento da Declaração Universal dos Direitos
da Água deixou de apontar algumas determinações
Art. 3.o – Os recursos naturais de transformação da sobre o uso consciente da água? Quais?
água em água potável são lentos, frágeis e muito limi-
Resposta pessoal.
tados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com
racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4.o – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta MODOS VERBAIS


dependem da preservação da água e de seus ciclos. Indicam as diferentes maneiras de um fato realizar-se.
Estes devem permanecer intactos e funcionando nor-
malmente para garantir a continuidade da vida sobre a
Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da pre- 5. Examine as informações abaixo e assinale a
servação dos mares e oceanos, por onde os ciclos alternativa que corresponda à correta sequência de
começam. informações.

Art. 5.o – A água não é somente uma herança dos I. Modo verbal que expressa ideia de certeza.
nossos predecessores; ela é, sobretudo, um emprés- II. Modo verbal que expressa ideia de dúvida,
timo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui incerteza.
uma necessidade vital, assim como uma obrigação III. Modo verbal que expressa ideia de ordem,
moral do homem para com as gerações presentes e conselho, pedido ou convite.
futuras. a) Imperativo, subjuntivo, indicativo.
Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/ b) Imperativo, indicativo, subjuntivo.
Meio-Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.htm>. c) Indicativo, subjuntivo, imperativo.
Acesso em: 29/3/2016.
d) Indicativo, imperativo, subjuntivo.
10 –
Leia a piada a seguir e responda à questão 6: Coloque o leite em pó, o achocolatado e o leite con-
densado em uma tigela. Misture tudo até formar uma
massa bem lisinha. Com uma colher, pegue uma peque-
na porção da massa e faça uma bolinha. Passe os bom-
bons no açúcar e coloque em fôrmas de papel ou em-
brulhe em papel alumínio. Se quiser deixar os bombons
bonitinhos, embrulhe-os em papel celofane.
(Recreio, n.o 20)

7. a) Reconheça o modo em que estão as formas ver-


bais destacadas: coloque, misture, pegue, passe
e embrulhe.
Modo imperativo.

A família toda reunida janta, e, depois


de pagar a conta, o pai fala para o garçom: b) Considerando que as receitas orientam as
– Embrulhe essa carne que sobrou que vamos levar pessoas sobre como fazer determinados pratos
para o cachorro. culinários, responda por que predomina esta
– Oba! – gritam em coro as crianças. – Papai vai forma verbal nesse tipo de texto.
comprar um cachorro pra gente! Porque o leitor precisa proceder de determinada
maneira. O modo que exprime as orientações de
Paulo Tadeu. Proibido para maiores: as melhores
piadas para crianças. São Paulo: Matrix, 2007. como proceder é o imperativo.

6. a) Por que o pai diz ao garçom que embrulhe as


sobras do jantar para o cachorro se a família não
tem um?
Provavelmente porque o pai tem vergonha de
dizer que as sobras são para a família mesmo. AULAS 2 E 3

OS ELEMENTOS NÃO VERBAIS NOS QUADRINHOS


b) Na fala do pai, foi empregado o imperativo. Essa
frase expressa ordem ou pedido? As tiras e as histórias em quadrinhos (generica-
mente conhecidas como quadrinhos) são narrativas
Pedido.
visuais.
Podem não apresentar a linguagem verbal “texto
escrito”, mas não pode faltar a linguagem não verbal,
c) O que produz o humor da piada? mesmo que se constitua somente do desenho dos ba-
lõezinhos que, por si sós, podem expressar muitas re-
A fala das crianças que, ingenuamente, desmen-
ações e emoções das personagens.
tem o pai.
A leitura adequada de quadrinhos requer que o lei-
tor saiba ler imagens, isto é, preste atenção em deta-
lhes e interprete o significado de determinados recur-
sos gráficos, caso contrário, deixará de desfrutar de
Leia a receita a seguir e responda à questão 7. uma obra interessante, agradável e, em grande parte
das vezes, divertida.
Você quer aprender a fazer bombons deliciosos? Veja
como é fácil!

Você vai precisar de: ELEMENTOS CINÉTICOS


• 1/2 lata de leite em pó
• 250 gramas de achocolatado (1/2 lata) A palavra cinético significa “relativo a movimento”.
• 1 lata de leite condensado Os elementos cinéticos são linhas e formas que dão a
ideia de movimento: andar, correr, saltar, girar etc.
• açúcar para polvilhar

– 11
Observe a tirinha e responda à questão 1.
EI, MÔNICA! OLHA PUXA! QUE AFINAL, OBA!! QUE
SÓ QUE LEGAL O O QUÊ? SURPRESA, TEMOS LEGAL! É UM DEMAIS!!
PLEGENTE QUE PRESENTE CEBOLINHA! BUMERANGUE!
COMPLEI PLA PRA MIM? NÃO ESPERAVA BRIGADO
VOCÊ! POR ISTO! TANTO E...

SEMPRE QUIS TER UM


VALEU, CEBOLINHA! BUMERANGUE PRA JOGAR
OBRIGADA! COM BASTANTE FORÇA E...

ADOREI O
PRESENTE!

AH!! SOCORRO!! MUITO ESPERTO,


ELE ESTÁ VINDO CEBOLINHA!
ATRÁS DE MIM!! UM A ZERO
PRA VOCÊ

Copyright  Mauricio de Sousa Produções Ltda. Todos os direitos reservados.

1. a) No último quadrinho, o que ilustram as estrelas?


A dor que a Mônica sentiu depois que o bumerangue a acertou.
b) Qual expressão verbal podemos usar para essa imagem?
“Ai que dor!” ou “Estou vendo estrelas de tanta dor.”

c) Além das estrelinhas, foram desenhadas algumas fumacinhas. Que ideias essas imagens representam?
O caminhar (andar) da Mônica e do Cebolinha.
d) Na tirinha acima encontramos elementos cinéticos? Quais são eles?
Linhas que expressam a agilidade dos movimentos.
e) De acordo com o que foi estudado, o que são onomatopeias? Há algum exemplo nos quadrinhos apresentados?
Onomatopeias são palavras usadas para imitar os sons. Nos quadrinhos, há vários exemplos: chuac (imita
o som do beijo); vup (som do bumerangue sendo lançado) e pof (som do bumerangue acertando a Mônica).

METÁFORAS VISUAIS
Ao usarmos a linguagem verbal, costumamos fazer comparações.
Exemplo: João é bravo como uma fera.
(Compara-se João a uma fera: o que eles têm em comum é a bravura.)
Quando as comparações são abreviadas, denominam-se metáforas.
Exemplo: João é uma fera.
Ao fazer as comparações abreviadas, isto é, usar metáforas, empregamos um termo fora do seu sentido usual.
O termo é empregado com um sentido novo, que lhe associamos por termos feito uma comparação que fica suben-
tendida. Assim, fera passa a significar bravura.
Para compor metáforas visuais, usam-se elementos não verbais para representar sentimentos, reações ou caracte-
rísticas de personagens.
Exemplos: a fumaça saindo da cabeça, para indicar nervosismo; as notas musicais, para indicar canto; estrelas para
indicar dor; lâmpada acesa para indicar ideia.

12 –
Observe a imagem abaixo para responder à questão 2. 3. Na embalagem foi usada alguma frase para atrair o
consumidor? Em caso afirmativo, qual é essa frase?
Que qualidade ela ressalta para convencer alguém a
consumir o produto?
Sim. “Operação biquíni – 14 dias”. Essa frase ressalta
o fato de o produto ser saudável e seu consumo
ajudar a ficar em forma.

4. Foi usada alguma imagem para atrair o consumidor?


Em caso afirmativo, qual é essa imagem? O que,
nela, pode sugerir a alguém que o produto é bom?
Sim. Foram usadas duas imagens: a silhueta de uma
mulher na parte central e a imagem de uma mulher
na parte inferior. Essas imagens sugerem que o pro-
2. a) Por que podemos afirmar que a imagem utilizada
no cartaz é um exemplo de metáfora visual? duto proporciona um corpo magro e saudável.

Usa-se a imagem do mundo no sorvete indican-


do que ele pode derreter.

5. Examine a tabela de nutrientes da embalagem. Na


b) Qual é a mensagem que se pretende transmitir propaganda se menciona alguma informação contida
com a imagem? nessa tabela? Em caso afirmativo, a informação que
é apresentada tanto na tabela como na propaganda
Representa o aumento da temperatura dos
indica algo positivo ou negativo sobre o produto?
oceanos e da atmosfera da Terra, levando o pla-
neta a “derreter” Sim. Em geral, a propaganda só coloca em evidência
informações nutricionais benéficas apresentadas na
tabela nutricional.

Observe as imagens a seguir e responda às questões


de 3 a 7.
1 porção de 30 g contém
Valor Gorduras Gorduras
6. Em sua opinião, para avaliar se um alimento
energético Açúcares Sódio
totais saturadas
75 mg
é saudável, é mais seguro examinar a tabela
108 kcal 7,1 g 1,6 g 0,2 g
nutricional ou confiar nas informações transmitidas
5% * 3% 1% 3% Faz Bem

% Valores Diários com base em uma dieta de 2.000 kcal INFORMAÇÃO NUTRICIONAL pela propaganda?
* valor diário para açúcares não estabelecido Porção de 30 g (1 xícara) 30 g produto
Quantidade por porção % VD + 125 ml de leite
(*) desnatado A propaganda tem como finalidade atrair o consumi-
Valor energético
Carboidratos
108 kcal = 454 kJ 5% 151 kcal = 636 kJ
20 g, dos quais: 7% 26 g, dos quais:
dor, já a tabela nutricional deve apresentar informa-
Açúcares 7,1 g ** 13 g ções com pontos benéficos ou maléficos do produto.
Proteínas 2,9 g 4% 7,2 g
Gorduras totais 1,6 g, das quais: 3% 1,7 g, das quais: Portanto, é mais seguro examinar a tabela nutricional.
Gorduras saturadas 0,2 g 1% 0,3 g
Gorduras trans não contém ** não contém
Gorduras monoinsaturadas 0,7 g ** 0,8 g
Gorduras poli-insaturadas 0,7 g ** 0,7 g
Colesterol 0 mg 0% 2,6 mg
Fibra alimentar 3,2 g 13% 3,2 g
Sódio 75 mg 3% 129 mg
Cálcio 161 mg 16% 320 mg 7. As informações nutricionais presentes nas embala-
Ferro 3,2 mg 23% 3,2 mg
Zinco 1,8 mg 26% 2,3 mg gens de produtos industrializados servem para quê?
Vitamina B2 0,20 mg 15% 0,43 mg
Vitamina B6 0,25 mg 19% 0,30 mg Essas informações servem para indicar os nutrientes
Ácido pantotênico 0,84 mg 17% 1,3 mg
Niacina 3,9 mg 24% 4,0 mg que os produtos que estamos consumindo contêm
Ácido fólico 54 mg 23% 58 mg
e a quantidade ideal de consumo desses nutrientes.
* % Valores Diários de referência com base em uma dieta de
2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores
ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
** VD não estabelecido.

– 13
A oração é uma frase ou membro de uma frase que contém um verbo ou uma locução verbal. As orações são
constituídas, quase sempre, de dois termos essenciais:
1) o ser (de quem ou do que se diz algo) – sujeito;
2) aquilo que se diz (do ser) – predicado.
A maneira mais direta de encontrar o sujeito é ir ao verbo e verificar com que palavra (ou palavras) ele concorda.
O termo presente na frase ou subentendido – com o qual o verbo concorda – é o sujeito.
A palavra principal do sujeito recebe o nome de núcleo do sujeito, que é sempre um substantivo, palavra substantiva-
da ou um pronome.

TIPOS DE SUJEITO

Sujeito
Sujeito que apresenta um só núcleo. Ex.: A água é a seiva de nosso planeta.
simples

Sujeito Ex.: O equilíbrio e o futuro de nosso planeta depen-


Sujeito que apresenta dois ou mais núcleos.
composto dem da preservação da água.

Sujeito que não aparece na oração, mas é identi- Sujeito Ex.: Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de
ficável pelo verbo. oculto São João. (Sujeito oculto – eu)

Observação: Há outros tipos de sujeito que serão estudados nos outros bimestres.

Analise o quadrinho a seguir e responda à questão 8:

8. a) Ao analisar o primeiro quadrinho, verifique se é possível deixar um dos sujeitos ocultos, de maneira que ele
possa ser identificado pela terminação do verbo da oração.
Por mais que a professora explique, não entendo esse negócio de sujeito e predicado.

b) Na oração “Esse lixo enfeia a rua”, qual é o tipo de sujeito?


Sujeito simples “esse lixo”.

c) Por que Miguelito acha que o sujeito da ação é o prefeito?


Possivelmente porque Miguelito acha que a responsabilidade pela organização e limpeza da cidade seja do
prefeito.

14 –
AULAS 4 E 5
O predicado é a ação ou a propriedade (qualidade, estado) referente ao sujeito.

TIPOS DE PREDICADO
Ex.: A água faz parte do patrimônio do planeta.
Predicado verbal: quando o predicado é
(A forma verbal “faz” indica uma ação e é o núcleo do predicado da
ação e seu núcleo, um verbo.
oração.)
Ex.: A água é a seiva de nosso planeta.
Predicado nominal: quando é propriedade (O verbo “é” indica um estado e, assim, liga o sujeito “água” ao seu
(qualidade, estado) e seu núcleo é um nome. predicado “a seiva de nosso planeta”. Portanto, o núcleo não é o ver-
bo, mas sim o nome.)
Ex.: João chegou atrasado.
Predicado verbo-nominal: quando contém
(Na oração acima, os núcleos são o verbo “chegou” e o adjetivo
dois núcleos: um verbo e um nome.
“atrasado”. Portanto, há a descrição da ação e de um ser.)

1. Leia a receita abaixo e faça o que se pede.

SALADA VERMELHA COM AR DE MELANCIA


Ingredientes
1 kg de beterraba 100 g de gengibre
1 kg de tomate sweet grape picado em seis 10 g de lecitina de soja
1 kg de tamarillo sem casca em cubos de 1,5 cm Folhas frescas de manjericão (a gosto)
1 kg de queijo feta cortado em cubos de 1,5 cm Azeite extravirgem (a gosto)
600 g de melancia Pimenta do reino (a gosto)
300 g de pinõlis tostados Sal (a gosto)

Asse as beterrabas embrulhadas em papel alumínio em forno médio por 20 minutos ou até que fiquem macias.
Deixe-as esfriar e as corte em cubos de 1,5 cm.
Faça um suco com a melancia e o gengibre e o coe. Misture todos os ingredientes – com exceção do suco de
melancia e gengibre – e tempere essa salada com sal, pimenta moída na hora e azeite extravirgem a gosto.
Com ajuda de um mixer, bata o suco de melancia e gengibre com a lecitina de soja até obter uma espuma. Sirva
a salada em pequenos bowls e, sobre ela, coloque uma colher do ar da espuma de melancia.
Disponível em: <http://entretenimento.band.uol.com.br/masterchef/junior/2015/receitas/100000783795/salada-vermelha-com-ar-de-melancia.html>.
Acesso em 4/4/2016.

Examine o período “Asse as beterrabas embrulhadas em papel alumínio em forno médio por 20 minutos ou até que
fiquem macias.”
a) Quantas orações há nesse período?
Duas

b) A conjunção ou liga duas palavras dentro de uma ou duas orações?


Duas orações

c) Qual(is) sujeito(s) você encontrou na(s) oração(ões)?


Primeira oração: sujeito oculto (você)
Segunda oração: sujeito oculto (Elas – beterrabas)

d) Se a receita fosse dirigida a mais de uma pessoa – nós –, como seriam conjugados os verbos no imperativo?
Assemos, Deixemos, Façamos, coemos, Misturemos, temperemos, batamos, Sirvamos, coloquemos.

e) Em textos de instrução, como a receita analisada, podemos observar que há mais ocorrências de qual tipo de
predicado? Retire, pelo menos, três exemplos do texto que confirmem sua resposta.
Predicados verbais (o aluno deverá retirar exemplos da receita).

– 15
2. Analise a tirinha a seguir:

No trecho “desenhei um homem”, temos:


a) um sujeito composto e um predicado nominal.
b) um sujeito oculto e um predicado nominal.
c) um sujeito simples e um predicado verbal.
d) um sujeito oculto e um predicado verbal.

Justifique sua resposta.


A terminação do verbo nos permite concluir que o sujeito é “eu” (nesse caso, oculto). Predicado verbal, pois seu
núcleo é o verbo “desenhei”.

3. Qual o sujeito e o predicado de “que foi criado na selva”?


Sujeito “o homem” e o predicado nominal “foi criado na selva”.

4. Retire da tirinha mais um exemplo de predicado verbal e predicado nominal.


Predicado verbal: “vou mudar para um shopping ”
Predicado nominal: “é muito criativo”

Leia a crônica a seguir:

O POMBO
Rubem Braga

Vinícius de Moraes contava ter ouvido de uma sua tia-avó, senhora idosa muito boazinha, que um dia ela estava
na sala de jantar, em sua casa do interior, quando um lindo pombo pousou na janela. A senhora foi se aproximando
devagar e conseguiu pegar a ave. Viu então que em uma das patas havia um anel metálico onde estavam escritas
umas coisas.
– Era um pombo-correio, titia. Pois é. Era muito bonitinho e mansinho mesmo. Eu gosto muito de pombo.
– E o que foi que a senhora fez?
A senhora olhou Vinícius com ar de surpresa, como se a pergunta lhe parecesse pueril:
– Comi, uai.
Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/cronicas_de_rubem_braga/>. Acesso em: 5/4/2016.

5. Por que esse texto pode ser considerado uma crônica? Explique.
A crônica é uma breve narrativa de temas cotidianos e atuais, ainda quando trata de fatos que não são tão atuais,
mas estão relacionados a algum aspecto da realidade cotidiana. A finalidade não é informar, mas provocar alguma
reflexão sobre o assunto.

6. Podemos atribuir dois sentidos para o fato de a senhora idosa gostar muito de pombos, que pode ser o de admirar
a ave ou de gostar da carne da ave. Que sentido foi atribuído ao texto? Justifique sua resposta.
O fato de ela gostar da carne da ave, pois ela come o pombo.

16 –
7. Um mesmo assunto pode ser tratado em diferentes gêneros. Elabore uma chamada transformando a crônica em
uma notícia interessante.
Resposta pessoal.
VERBOS TRANSITIVOS E INTRANSITIVOS

Verbos Intransitivo Transitivo direto Transitivo indireto


Não tem sentido completo Não tem sentido completo
Características Tem sentido completo
Não exige preposição Exige preposição

Complemento Não há Objeto direto Objeto indireto

Exemplo Eu corro Comi a maçã Preciso de você

O, a, os, as Lhe, lhes


Pronomes oblíquos Não há
Me, te, se, nos, vos Me, te, se, nos, vos

8. Substitua o trecho em negrito retirado e modificado da crônica pelo pronome oblíquo, respeitando a norma padrão.
a) Vinícius de Moraes contava para nós.
Contava-nos

b) A senhora conseguiu pegar a ave.


Pegá-la

c) A senhora olhou Vínicius.


Olhou-o

9. De acordo com a transitividade verbal, como podemos classificar o verbo da última fala da crônica “– Comi, uai”?
Justifique sua resposta.
O verbo comer é um verbo intransitivo, portanto, não precisa de complemento.

Leia a tirinha para responder à questão 10.

Disponível em: <http://sugestoesdeatividades.blogspot.com.br/2013/06/>.

10. a) Observe os elementos e as falas da tirinha e responda: Por que não havia mais nenhum paciente na sala de
espera?
Porque o ogro havia comido todos os pacientes.

b) Na primeira oração, em “Não estou conseguindo seguir a dieta vegetariana!”, a locução verbal em destaque
liga-se ao seu complemento (a dieta vegetariana) sem preposição. Logo, classifica-se como:
a) verbo intransitivo.
b) verbo transitivo direto.
c) verbo transitivo indireto.

c) Em “Tome essas pílulas”, como classificamos o verbo e seu complemento?


Tome: verbo transitivo direto
Essas pílulas: objeto direto

– 17
Língua Portuguesa
ENSINO FUNDAMENTAL
8.o ano
AULA 1 1. De que forma as duas charges abordam o tema
desigualdade social?
Na primeira charge, um padre tenta convencer um
Charge e cartum político sobre o problema de desigualdade social; já
a segunda charge sugere que um homem em uma
Assim como o cartum, a charge é uma espécie de ane-
situação de pobreza cobra que políticos em um carro
dota gráfica que se vale principalmente da linguagem
alegórico cumpram a promessa escrita no cartaz so-
não verbal associada, ou não, à verbal.
bre o combate à desigualdade social.
Enquanto o cartum faz referência, com humor, a uma
situação mais universal e duradoura, a charge satiriza 2. O que é desigualdade social para você?
fatos específicos e próximos no tempo.
Resposta pessoal.

Observe as charges a seguir e, de acordo com o que foi


estudado no bimestre a respeito de cidadania, responda
às questões de 1 a 5.

Justificativa
Quando elaboramos uma proposta, temos de justificá-la,
ou seja, apresentar argumentos que coloquem em evi-
dência os benefícios que todos teriam se fosse realizada.

3. De acordo com as informações no quadro anterior,


elabore uma proposta e um argumento combatendo
a desigualdade social.
Resposta pessoal.

Disponível em: <http://prof-marcosalexandre.blogspot.com/2010/06/


charge-desigualdade-social.html>. Acesso em: 3 mar. 2017.

4. As charges analisadas anteriormente são também


consideradas cartuns, pois se referem a uma
situação que perdura, ou seja, continua atual. Qual
é a situação universal e duradoura apresentada nas
duas charges?
O problema da desigualdade social.

Disponível em: <http://prof-marcosalexandre.blogspot.com/2010/06/


charge-desigualdade-social.html>.
Acesso em: 3 mar. 2017.
18 –
5. Por que você acha que essas situações são 6. Você considera que os idosos gozam dos direitos
duradouras, ou seja, por que ainda não foram estabelecidos no Estatuto? Justifique sua resposta.
solucionadas? Espera-se que os alunos respondam que não, pois
Resposta pessoal. os idosos também sofrem muitos maus-tratos em
nossa sociedade e muitos dos direitos estabelecidos
pelo Estatuto não são respeitados em sua totalidade.

7. Nos dias atuais, os idosos, de modo geral, são bem


tratados pela sociedade?
Leia o trecho do Estatuto do Idoso a seguir e responda
Não, pois não possuem acesso adequado à saúde,
às questões 6 e 7.
não são respeitados, no que se refere a suas limita-
ções, entre outros aspectos.
Título I
Disposições Preliminares

8. Durante nossas aulas, analisamos alguns elementos


característicos do texto legal no código. Quais desses
elementos você consegue identificar no texto?
O texto apresenta os seguintes elementos caracte-
rísticos do texto de lei: artigo; inciso e parágrafo.

Art. 1.o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a


regular os direitos assegurados às pessoas com idade Plural dos substantivos terminados em ÃO
igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Há três formas de plural:
Art. 2.o O idoso goza de todos os direitos fundamen- os que mudam ÃO em ÃOS
tais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da prote- GRÃO – GRÃOS
ção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, os que mudam ÃO em ÕES
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e LIMÃO – LIMÕES
facilidades, para preservação de sua saúde física e men-
os que mudam ÃO em ÃES
tal e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e CÃO – CÃES
social, em condições de liberdade e dignidade.
Art. 3.o É obrigação da família, da comunidade, da 9. As palavras viabilização, proteção e obrigação foram
sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com retiradas do texto. Reescreva-as no plural.
absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saú- Viabilizações, proteções e obrigações.
de, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao
lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade,
ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende:
10. Diversos substantivos terminados em ÃO admitem
I – atendimento preferencial imediato e individuali-
dois ou três plurais. Reescreva as palavras a seguir
zado junto aos órgãos públicos e privados prestadores
utilizando todas as formas de plural possíveis.
de serviços à população;
a) Sultão
II – preferência na formulação e na execução de
políticas sociais públicas específicas; Sultãos, sultões ou sultães.
III – destinação privilegiada de recursos públicos
nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
IV – viabilização de formas alternativas de par-
b) Ermitão
ticipação, ocupação e convívio do idoso com as de-
mais gerações. Ermitãos, ermitões ou ermitães.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
leis/2003/10.741.htm>. Acesso em: 10 mar. 2017.

– 19
11. A seguir são apresentados dois quadros com 12. A palavra guardiões admite outra possibilidade de
palavras terminadas em ão. Analise estas palavras plural? Se sim, qual (is)?
e, em seguida, escolha a opção correta quanto à Sim, guardiães.
formação dos seus plurais.
I)    13. De acordo com o que foi estudado a respeito do
código de defesa do consumidor, use ( V ) se a
informação for verdadeira ou ( F ) caso ela seja falsa.
Justifique as alternativas incorretas.
a) ( ) Valentina comprou um colar em uma loja.
Depois de 20 dias, quando foi usá-lo,
descobriu que o fecho estava com defeito.
Baseando-se no Código de Proteção e
Defesa do Consumidor, ela pode voltar à loja
e trocar a mercadoria, pois o colar é um bem
durável e pode ser trocado até 90 dias após
a) cartãos. a compra.
b) cartães. b) ( ) Enzo comprou cinco caixas de chocolate em
um supermercado. Depois de 60 dias, ao
c) cartões. pegar a última caixa, reparou que estavam
d) cartãos e cartões. mofados. Localizou a data de validade e
verificou que o produto estava vencido há
II) cinco dias, por esse motivo, ele tem o direito
de ir ao supermercado e solicitar a troca do
produto.
c) ( ) João comprou uma camiseta original de
uma grande marca de roupas em um site
de vendas. Depois de quatro dias descobriu
a) esquadrãos. que a marca da camiseta era falsificada, por
b) esquadrãos e esquadrões. esse motivo, ele pôde desistir da compra,
pois em compras à distância, o comprador
c) esquadrões.
tem o prazo de sete dias para comunicar a
d) esquadrães. desistência.
d) ( ) Bruna foi ao cinema e, quando foi comprar
Analise a imagem a seguir e responda à questão 12. o ingresso, a moça da bilheteria disse que
para ter acesso à sala de cinema ela teria
de comprar pipoca e refrigerante da casa.
Sem alternativas, Bruna teve de comprar os
produtos para que pudesse assistir ao filme
que tanto queria.
a) V
b) F – Ele não pode trocar o produto, pois o prazo
para troca de bens não duráveis é de 30 dias.
c) V
d) F – Bruna poderia ter comprado apenas o ingres-
so, pois a empresa estava cometendo um crime
propondo uma venda casada.

AULA 2
Leia os textos a seguir e responda às questões de 1 a 3.

Capítulo II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à li-
berdade, ao respeito e à dignidade como pessoas hu-
manas em processo de desenvolvimento e como sujei-
tos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis.
20 –
Art. 16. O direito à liberdade compreende os se- É sinal de educação
guintes aspectos: Fazer sua obrigação
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços Para ter o seu direito de pequeno cidadão
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão; É sinal de educação
III – crença e culto religioso; Fazer sua obrigação
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se; Para ter o seu direito de pequeno cidadão
V – participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação; ANTUNES, Arnaldo; PINTO, Antonio. Disponível em:
VI – participar da vida política, na forma da lei; <https://www.letras.mus.br/pequeno-cidadao/1515564>.
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação. Acesso em: 13 mar. 2017.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabili-
dade da integridade física, psíquica e moral da criança 1. No artigo 18 deste capítulo do Estatuto da Criança e
e do adolescente, abrangendo a preservação da ima- do Adolescente (ECA), temos uma afirmação sobre
gem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias quem é responsável pela formação e educação dos
e crenças, dos espaços e objetos pessoais. menores de idade. Quem são essas pessoas?
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da Todos nós.
criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qual-
quer tratamento desumano, violento, aterrorizante, ve-
xatório ou constrangedor.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direi-
2. Na letra da música Pequeno Cidadão, podemos
to de ser educados e cuidados sem o uso de casti-
constatar que o pequeno cidadão é alguém que já se
go físico ou de tratamento cruel ou degradante, como
encontra plenamente formado ou ainda é um ser em
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer formação? Justifique.
outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
É um ser em formação. O próprio título do texto men-
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
ciona que é um pequeno cidadão.
executores de medidas socioeducativas ou por qual-
quer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los.
3. O trecho extraído do ECA pressupõe que o direito à
Estatuto da Criança e do Adolescente. Acesso em: 13 mar. 2017. liberdade compreende uma série de aspectos. Há na
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. letra de Arnaldo Antunes algumas exemplificações
desses aspectos. Dessa maneira, relacione a coluna
2 com a coluna 1 considerando os aspectos da
Pequeno Cidadão música que mais se aproximam dos itens listados
pelo Estatuto.
Agora pode tomar banho
Agora pode sentar pra comer Coluna 1
Agora pode escovar os dentes I. Opinião e expressão
Agora pega o livro, pode ler II. Participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação
Agora tem que jogar videogame III. Brincar, praticar esportes e divertir-se
Agora tem que assistir TV IV. Participar da vida política, na forma da lei
Agora tem que comer chocolate
Agora tem que gritar pra valer! Coluna 2
( ) É sinal de educação fazer sua obrigação para
Agora pode fazer a lição ter o seu direito de pequeno cidadão.
Agora pode arrumar o quarto ( ) Agora tem que jogar bola dentro de casa.
Agora pega o que jogou no chão ( ) Agora tem que gritar pra valer!
Agora pode amarrar o sapato ( ) Agora pode arrumar o quarto.
a) I, II, III, IV
Agora tem que jogar bola dentro de casa b) IV, III, II, I
Agora tem que bagunçar c) IV, III, I, II
Agora tem que se sujar de lama d) III, IV, I, II
Agora tem que pular no sofá!
e) II, I, IV, III
– 21
Crase é a fusão de duas vogais da mesma nature- Leia a tirinha a seguir e responda à questão 7.
za. No português do Brasil, ocorre quando há fusão
de duas vogais a.
QUANDO OCORRE CASOS ESPECIAIS
• fusão da preposição • na indicação do nú-
a + o artigo feminino mero de horas;
a(s);
• na expressão à moda 7. Nas orações “chegou a primavera” e “cheguei
• fusão da preposição de, mesmo que a palavra à primavera”:
a + vogal a inicial dos moda esteja oculta; a) Qual a diferença de sentido existente entre as
pronomes demons-
duas orações?
trativos aquele, aque- • nas expressões ad-
la, aqueles, aquelas, verbiais femininas A expressão “chegou a primavera” indica que
aquilo; (exceto as que indicam uma determinada estação do ano chegou. A ex-
instrumentos ou meio). pressão “cheguei à primavera” indica a chegada a
• fusão da preposição um determinado período da vida.
a + pronome demons-
trativo que substitui
aquela(s).

4. Em “A criança e o adolescente têm direito à liberdade”,


se substituíssemos a palavra liberdade pela palavra
lazer ocorreria alguma mudança na estrutura da
b) Segundo o que você estudou, por que há a
oração? Justifique sua resposta.
ocorrência de crase na segunda oração e não há
Sim, pois teríamos de acrescentar o artigo o jun- na primeira?
to à preposição a, pois lazer é um substantivo
masculino. Em “chegou a primavera” temos o verbo chegar
como um verbo intransitivo anteposto ao sujeito
5. Complete o sentido desses nomes e verbos usando primavera, o que em sua ordem direta ficaria “A
um substantivo masculino e, depois, um feminino. primavera chegou”. Já em “Cheguei à primavera”,
Para ligar o substantivo ao nome ou ao verbo, utilize o verbo chegar é transitivo indireto, pois requer
ao(s) ou à(s). um complemento, ou seja, sempre que se chega,
se chega a algum lugar.
Nome ou
Substantivo Substantivo
verbo que exige
masculino feminino
a preposição a
Dedicar
Pagar
Dar 8. Complete com:
Desobedecer • a (se a palavra regida não exigir artigo);
Perguntar • ao (se a palavra regida exigir artigo masculino);
Perdoar • à (se a palavra regida exigir artigo feminino e pre-
posição);
Pertencer • o (se a palavra seguida o aceitar).
a) Vou ____ Brasília. a
6. Você aprendeu que à é a fusão de duas vogais a. b) Falei com _______ irmão de minha mãe. o
Baseie-se nessa informação e responda: Por que c) Vou ____ Estados Unidos. aos
escrevemos “Vou à Europa” e “Vou a Paris”? d) Falei com _____ secretaria. a
No primeiro caso, há a fusão de duas vogais a (pre- e) Vou ______ Argentina. à
posição + artigo), uma vez que o substantivo Europa f) Falei ____ cidadãos do vilarejo. aos
vem acompanhado de artigo. No segundo caso, te-
g) Respondeu _____ sua melhor amiga. à
mos apenas a preposição, pois o substantivo Paris
não aceita artigo. h) Viajei ____ Bahia. à
i) Fui _____ Santos. a

22 –
AULAS 3 E 4 3. Quais palavras são separadas por vírgulas nessas
frases?
Emprego da vírgula Cascão e mãe.
Ordem direta – Vírgula desnecessária
A ordem direta corresponde à seguinte progressão dos 4. De acordo com as explicações do quadro sobre o
termos da oração: emprego da vírgula, empregue-a adequadamente e
indique o termo que ela está separando ou isolando.
SUJEITO – VERBO – COMPLEMENTOS VERBAIS –
ADJUNTO ADVERBIAL a) Pedro , espere por mim. vocativo
O garoto vendeu o tênis pela internet. b) Menino , ande logo! vocativo
c) Ela sairá mais tarde , ou seja , ficará até depois do
Ordem inversa – Vírgula para marcar inversão e in-
seu horário. expressão explicativa
tercalação
Quando, na oração, a ordem dos termos se altera, costu- d) Meu tio , irmão de meu pai , não gosta de futebol.
ma-se usar vírgula para indicar intercalação ou inversão. aposto
Por exemplo, quando o adjunto adverbial é deslocado e) Meu irmão mais velho , Marcos , era corintiano
do seu lugar normal (fim da oração), usa-se vírgula (uma fanático. aposto
ou duas) para separá-lo dos demais termos. f) Na cidade houve um grande abalo sísmico , ou
melhor , um terremoto. expressão corretiva
Outros casos de intercalação
O vocativo, o aposto, as expressões explicativas e Leia a tira a seguir e responda às questões de 5 a 8.
corretivas aparecem separados por vírgulas porque
são termos isolados que se intercalam entre os demais
termos, quebrando a ordem direta.

1. A oração “Os alunos estudaram astronomia


ontem à noite” encontra-se na ordem direta.
Altere a posição do adjunto adverbial “ontem à noite”,
fazendo o uso adequado da vírgula:

a) Adjunto adverbial no início da oração


Ontem à noite, os alunos estudaram astronomia.

b) Adjunto adverbial entre o sujeito e o verbo


Os alunos, ontem à noite, estudaram astronomia.

c) Adjunto adverbial entre o verbo e os complementos 5. Diante da recusa do vendedor em trocar a mercadoria
Os alunos estudaram, ontem à noite, astronomia. com defeito, que atitude tomou o cliente?
O cliente ameaçou publicar uma reclamação sobre o
Leia a tira a seguir e responda à questão 2. estabelecimento no Facebook.

6. Você já realizou alguma reclamação em redes


sociais ou conhece alguém que já realizou? Comente
a respeito.
Resposta pessoal.

2. Nas frases “Cuidado com os pés sujos, Cascão!”


e “Tá bem, mãe!”, as vírgulas foram usadas para 7. Para você, como a internet pode influenciar a vida
separar palavras que indicam um chamamento. Esse das pessoas atualmente?
termo é denominado:
Resposta pessoal.
a) aposto.
b) adjunto adverbial.
c) vocativo.
d) expressão corretiva.
– 23
8. A internet é considerada um meio positivo de se Juiz: Reverendo, um poder não existe em sua essên-
obter informações, estabelecer contato com pessoas cia. Existe no dia a dia. Quando é difícil para o povo
que estão distantes, mas nem sempre ela é utilizada aceitá-lo, o poder se revela em seus excessos. Ele se
de maneira adequada. Em sua opinião, o que seria
aplica com brandura ao povo dócil, com energia ao
considerado negativo quanto ao uso da internet?
amotinado. Não é por capricho que o Estado se mostra
Resposta pessoal.
de uma ou de outra forma: é por necessidade, é por
desejo de preservar-se. Numa República Democrática,
Leia o trecho da peça “Arena conta Tiradentes” – espetáculo como a que foi sonhada por Vossa Paternidade, o povo
teatral escrito por Gianfrancesco Guarnieri e Augusto descontente elege e troca seus governantes. Mas num
sistema como este em que vivemos, a impopularidade
Boal e encenado pelo Teatro de Arena em 1967 – a se-
do poder é compensada pela sua força. Os excessos
guir. Essa peça é uma metáfora sobre os acontecimentos
de um sistema são a sua essência. E se contra eles
da ditadura militar dos anos 60, usando como pano de
luta a igreja, não luta apenas contra os excessos do
fundo a personagem de Tiradentes como a projeção de
poder, mas contra o poder em si. E assim se torna re-
um herói revolucionário no contexto da Inconfidência
volucionária. Fica provada a vossa culpa!
Mineira, ou Conjuração Mineira, que foi uma tentativa de
revolta abortada pelo governo brasileiro e pela Coroa BOAL, A.; GUARNIERI, G. Arena conta Tiradentes.
In: Teatro da Juventude. São Paulo: Governo do Estado, 1996.
Portuguesa em 1789, em pleno ciclo do ouro, na então
capitania de Minas Gerais, no Brasil, contra, entre outros
9. De acordo com o texto, qual a opinião do Juiz sobre:
motivos, a taxa de altos impostos cobrados pela Coroa.
a) a posição do Padre em armar os homens para
lutar contra os altos impostos da Coroa?
Que o Padre havia tomado medidas a favor do
povo em nome da rainha.

b) a República Democrática sonhada por Padre Carlos?


A República Democrática sonhada pelo Padre é
um ideal que não condiz com a realidade.

10. Em sua opinião, nos dias atuais, vivemos um ambiente


favorável à República Democrática sonhada por
Na cena que segue temos um Juiz interrogando um in- Padre Carlos? Justifique sua resposta.
confidente companheiro de Tiradentes, Padre Carlos. Resposta pessoal. O aluno pode mencionar que hoje
Padre Carlos: Os homens que armei foram armados há a possibilidade de eleição de um novo governante
para prevenir o excesso de impostos. Porém, a própria se o povo estiver descontente com o atual.
Coroa percebeu a impossibilidade desse extremo.
Juiz: Não competia ao Reverendo decidir medidas em
nome da Rainha.
Padre Carlos: Como Ministro de Deus, era meu dever
11. Para o Juiz, como o poder se constitui e de que
socorrer o povo em sua angústia!
maneira ele se aplica ao povo?
Juiz: Mas não ao preço de tentar a destruição do poder
Segundo o Juiz, a impopularidade do poder é com-
real, que em nome do nosso Deus comum se exerce
pensada pela sua força, ou seja, o poder é medido
nessa Colônia. pelos excessos para se legitimar. (Há outras respos-
Padre Carlos: Como Ministro, não lutei contra o poder; tas possíveis de acordo com outros fragmentos des-
apenas contra seus excessos. Isto ocorre com frequên- sa cena.)
cia: a igreja muitas vezes assume a aparência de revo-
lucionária, quando na verdade apenas luta contra ex-
cessos de um poder e não contra a sua essência.

24 –
12. De acordo com o que foi estudado, o trecho 13. De modo geral, o que caracteriza uma cena?
apresentado é um exemplo de cena ou ato? Qual a O desenvolvimento de um único acontecimento; a
diferença entre eles? permanência das mesmas personagens.
O trecho apresentado é um exemplo de cena.
Cena: é a unidade, a subdivisão do texto dramático.
Ato: constitui-se de uma série de cenas interligadas.

AULA 5

1. O infográfico apresentado a seguir permite a comparação do percentual de produção em Minas Gerais ao longo dos anos.

Dessa maneira, apenas observando o gráfico, responda às seguintes questões:


a) Em que ano foi registrado o maior percentual de produção do ouro em Minas Gerais?
1739

b) Em que ano foi registrado o menor percentual de produção do ouro em Minas Gerais?
1705

c) O que lhe permite analisar esses dados sem consultar os números percentuais do infográfico?
O tamanho das barras.

Observe o infográfico a seguir e responda à questão 2.


A população de Minas Gerais no século XVIII

– 25
2. O infográfico apresentado tem por finalidade mostrar
a) onde há um percentual alto, médio e baixo de cada etnia nas regiões mineiras.
b) o percentual total de brancos, pardos e negros em Minas Gerais no século XVIII.
c) por meio do percentual que o Brasil é um país de grandes contrastes no que diz respeito à igualdade entre
as raças.
d) a quantidade de raças e sua evolução nas regiões brasileiras.

Orações subordinadas adverbiais – uso da vírgula para marcar inversão ou intercalação

Classificação Relação que estabelece Principais conjunções

porque, visto que, que, como


Observação: quando se usa
Indica a causa que provocou o processo expresso
a conjunção como, a oração
pelo verbo da oração principal.
Causal subordinada adverbial sempre é
Exemplo: Reclamamos do produto porque estava
anteposta à oração principal.
com defeito.
Exemplo: Como choveu, não
saímos de casa.
Indica uma consequência que decorre do processo
expresso pelo verbo da oração principal. que (normalmente precedido de
Consecutiva
Exemplo: Gostaram tanto do tão, tal, tanto, tamanho)
produto que o fornecedor duplicou seu estoque.

Indica uma condição sob a qual se realiza o


se, caso, desde que,
Condicional processo expresso pelo verbo da oração principal.
contanto que, sem que
Exemplo: Mande uma mensagem se estiver atrasado.

Concede ou admite uma condição contrária ao pro-


cesso expresso pelo verbo da oração principal. embora, ainda que, se bem que,
Concessiva
Exemplo: Comprei o presente conquanto, mesmo que
embora custasse caro.

Estabelece uma relação de conformidade com o


como, conforme,
Conformativa processo expresso pelo verbo da oração principal.
consoante, segundo
Exemplo: Fez tudo como havia planejado.

Estabelece uma relação de comparação com o pro-


cesso expresso pelo verbo da oração principal.
Exemplo: Cuidava dos animais mais do que cuidava
das pessoas. como, tanto quanto, que,
Comparativa Observação: o verbo da oração subordinada adver- do que (mais do que, menos do
bial comparativa, sendo o mesmo da principal, pode que)
ficar subentendido.
Exemplo: Cuidava dos animais mais do que das
pessoas.
Indica a finalidade para a qual se destina o processo
expresso pelo verbo da oração principal.
Final para que, a fim de que, que
Exemplo: Reclamaram para que seus direitos fos-
sem respeitados.

Demarca o tempo em que ocorrreu o processo


quando, enquanto, logo que, an-
Temporal expresso pelo verbo da oração principal.
tes que, depois que, desde que
Exemplo: Todos conversavam enquanto ele trabalhava.

Estabelece uma relação de proporcionalidade com o à medida que, à proporção que,


processo expresso pelo verbo da oração principal. quanto mais... tanto mais,
Proporcional
Exemplo: Aumenta a insatisfação à medida que quanto menos... tanto menos,
cresce o desemprego. quanto mais... tanto menos

26 –
Se a oração subordinada adverbial vier depois da oração principal, podemos considerar que a ordem direta dos termos
(sujeito + verbo + complemento verbal + adjunto adverbial) foi mantida. Nesse caso, costuma-se dispensar a vírgula, a
não ser que o período seja muito longo ou que a pontuação seja necessária para conferir clareza à frase. No entanto,
se a oração subordinada adverbial anteceder a oração principal, configura-se um caso de adjunto adverbial fora da sua
posição habitual, o que requer o uso da vírgula.

oração subordinada
oração principal
adverbial
adjunto adverbial da
sujeito verbo complemento verbal
oração principal
   
Quando amanhecer, todos assistirão ao jogo.

3. Para cada período:


• ● indique a relação estabelecida pela oração destacada com a oração principal;
• ● justifique o uso da vírgula;
• ● reescreva a oração de modo que a vírgula não seja necessária.
a) Quando é difícil para o povo aceitá-lo, o poder se revela em seus excessos.
– relação: tempo.
– uso da vírgula: a oração subordinada adverbial antecede a oração principal.
– reescrita da oração: O poder se revela em seus excessos quando é difícil para o povo aceitá-lo.
b) Numa República Democrática, como a que foi sonhada por Vossa Paternidade, o povo descontente elege e
troca seus governantes.
– relação: comparação
– uso da vírgula: a oração subordinada adverbial está intercalada na principal.
– reescrita da oração: O povo descontente elege e troca seus governantes numa República Democrática
como a que foi sonhada por Vossa Paternidade.
c) Se luta contra eles a Igreja, não luta apenas contra excessos de poder.
– relação: condição.
– uso da vírgula: a oração subordinada adverbial antecede a oração principal.
– reescrita da oração: “...não luta apenas contra excesso de poder se luta contra eles a Igreja”.
d) Para que tenha bom resultado, estude mais.
– relação: finalidade.
– uso da vírgula: a oração subordinada adverbial antecede a oração principal.
– reescrita da oração: Estude mais para que tenha bom resultado.
e) Como estava cansada, não participou da reunião de condomínio.
– relação: causa.
– uso da vírgula: a oração subordinada adverbial antecede a oração principal.
– reescrita da oração: Não participou da reunião de condomínio porque estava cansada.
f) Embora tenha sido convidado, não pôde ir à festa.
– relação: concessão
– uso da vírgula: a oração subordinada adverbial antecede a oração principal.
– reescrita da oração: Não pôde ir à festa embora tenha sido convidado.
g) Caso tenha tempo, visite os parques da cidade.
– relação: condição
– uso da vírgula: a oração subordinada adverbial antecede a oração principal.
– reescrita da oração: Visite os parques da cidade caso tenha tempo.
h) Faremos todas as tarefas enquanto estiverem fora da empresa.
– relação: tempo
– uso da vírgula: não se usa vírgula quando a oração subordinada está depois da oração principal.
– reescrita da oração: não é preciso reescrever porque, com as orações nessa ordem, a vírgula não é necessária.

– 27
Língua Portuguesa
ENSINO FUNDAMENTAL
9.o ano
AULAS 1 E 2
A ciência da mentira
Quando mentimos mais (e menos)?
Por Michael Shermer
“Mudando para a Geico [empresa americana de seguros] você realmente economiza 15% ou mais em seguros
automotivos? Abraham Lincoln foi sincero?”. Assim pergunta o comercial da Geico, seguido por uma gravação em
falso vintage de Mary Lincoln perguntando a seu marido: “Esse vestido deixa meus quadris grandes?”. O sincero Abe
examina o vestido, então hesita e, com seu indicador e polegar separados por um centímetro, finalmente murmura
“Talvez um pouquinho”, fazendo sua mulher sair da sala, furiosa.
O humor funciona porque nós reconhecemos a pergunta como um pedido de elogio disfarçado, ou como um teste
de nosso amor e fidelidade. De acordo com o livro Lying (Four Elephants Press, sem edição em português), publicado
em 2013 pelo neurocientista Sam Harris, nós deveríamos dizer a verdade mesmo nessa situação: “Ao mentir, nós
negamos a nossos amigos o acesso à realidade – e a ignorância resultante disso frequentemente pode prejudicá-los
de maneiras que não previmos.
Nossos amigos podem agir com base em nossa falsidade, ou fracassar em problemas que poderiam ter sido
resolvidos com base em boas informações”. Talvez o alfaiate de Mary fosse incompetente, ou talvez Mary realmente
precisasse perder peso, o que a tornaria mais saudável e feliz. Além disso, de acordo com Harris, mentiras inocentes
frequentemente levam a mentiras perigosas: “Em pouco tempo você poderá se comportar como a maioria das pesso-
as faz, sem muito esforço: obscurecendo a verdade, ou até mentindo diretamente, sem sequer pensar sobre isso. O
preço é muito alto”. Uma solução prática é pensar em uma maneira de dizer a verdade com sensibilidade.
Como Harris aponta, pesquisas mostram que “todas as formas de mentira – incluindo mentiras inocentes para
poupar os sentimentos alheios – são associadas com relacionamentos de baixa qualidade”.
A maioria das pessoas não conta mentiras hitlerianas, mas quase todos nós obscurecemos a verdade apenas o sufi-
ciente para fazer os outros, ou nós mesmos, se sentirem melhor. Quanto nós mentimos? Cerca de 10%, de acordo com o
economista comportamental Dan Arielyem seu livro A mais pura verdade sobre a desonestidade (Campus Elsevier, 2012).
Em um experimento em que os participantes resolvem quantas matrizes conseguirem em um período limitado
de tempo, e são pagos por cada resposta correta, os que entregaram seus resultados ao experimentador na sala
obtiveram uma média de quatro em 20. Na segunda condição, em que participantes contavam suas respostas cor-
retas, destruíam a folha de respostas e diziam ao experimentador em outra sala quantas tinham acertado, a média
foi de seis em 20 – um aumento de 10%. E o efeito persistiu mesmo quando a quantia paga por resposta correta foi
aumentada de 25 centavos para 50, e depois para US$1, US$2 e até US$5. De maneira reveladora, quando o valor
atingiu US$10 por resposta correta, a quantidade de mentiras diminuiu.
A mentira, de acordo com Ariely, não é resultado de uma análise de custo-benefício. Ao contrário, é uma forma
de autoilusão em que pequenas mentiras nos permitem melhorar nossa autoimagem e ainda manter a percepção de
sermos pessoas honestas. Mentiras grandes não são assim.
Os psicólogos Shaul Shalvi, Ori Eldar e Yoella Bereby-Meyer testaram a hipótese de que pessoas têm uma ten-
dência maior a mentir quando podem justificar a mentira para si mesmas. O resultado foi um artigo intitulado “Honesty
requires time (and lack of justifications)” [A sinceridade exige tempo (e falta de desculpas)], publicado em 2013 em
Psychological Science.
Os participantes rolaram um dado três vezes em uma situação que impedia o experimentador de ver o resultado,
e foram instruídos a relatar o número obtido na primeira rolagem. (Quanto maior o número, mais dinheiro eles rece-
biam). Ver o resultado da segunda e da terceira rolagem dava aos participantes a oportunidade de justificar o relato
de apenas o maior dos três números; como aquele número realmente tinha aparecido, era uma mentira justificada.
Alguns participantes tiveram que relatar sua resposta em 20 segundos, enquanto outros não tinham limite de tem-
po. Ainda que os dois grupos tenham mentido, os participantes que receberam menos tempo tinham uma tendência
maior a fazê-lo. Em outro experimento, participantes rolaram o dado uma vez e relataram o resultado. Os que tinham
pouco tempo mentiam; os que tinham tempo para pensar diziam a verdade. Os dois experimentos sugerem que as
pessoas têm uma tendência maior a mentir quando o tempo é curto, mas quando o tempo não é problema, elas só
mentem quando têm justificativa para fazê-lo.
Talvez Mary não devesse ter dado tanto tempo para Abe ponderar sua resposta.
Michael Shermer é editor da revista Skeptic (www.skeptic.com). Seu livro Cérebro e crença já está disponível em
português.
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/a_ciencia_da_mentira.html>. Acesso em: 14 fev. 2018.

28 –
Responda às questões seguintes com base no texto lido:

1. a) O texto apresentado é um artigo que faz parte de uma revista científica. Qual é o seu tema, ou seja, a ideia
principal que ele desenvolve?
O texto lido fala sobre os ambientes que propiciam a produção da mentira pelo ser humano e problematiza
a possibilidade de falar a verdade, relacionando essa prática com os benefícios que a verdade ou a mentira
podem trazer.

b) O que ocorre, segundo o estudo, quando optamos pela mentira em nossos círculos de relacionamentos e
amizades?
As pessoas, quando pedem uma opinião e não têm a verdade como retorno, podem agir com base nessa falsi-
dade ou fracassar em problemas que poderiam ter sido resolvidos a partir de boas informações.

c) Elabore um raciocínio que explique o fato “A mentira (...) não é resultado de uma análise de custo-benefício. Ao
contrário, é uma forma de autoilusão em que pequenas mentiras nos permitem melhorar nossa autoimagem e
ainda manter a percepção de sermos pessoas honestas.”
Resposta pessoal.

d) Qual a diferença entre a reação de quem tinha um tempo estipulado para dizer a verdade e quem teve tempo
de refletir?
Os que tinham pouco tempo mentiam; os que tinham tempo para pensar diziam a verdade. Os dois experimen-
tos sugerem que as pessoas têm uma tendência maior a mentir quando o tempo é curto, mas quando o tempo
não é problema, elas só mentem quando têm justificativa para fazê-lo.

2. No texto, a demonstração das pesquisas feitas acerca do modo como o ser humano mente no cotidiano se deu por
meio de:
a) análise de causas e consequências.
b) retrospectiva histórica.
c) comparações.
d) exemplos.
Justifique sua resposta.

As pesquisas partiram de comparações (c) e de exemplos (d). Em dado momento do texto os cientistas fizeram
comparações por meio de testes entre grupos distintos de pessoas submetidas a determinadas situações. Depois,
analisaram os resultados dos testes, comparando-os. Também pode-se apontar a presença de exemplos, pois o
texto exemplifica como a mentira ocorre entre amigos ou pessoas próximas.

3. Analise as frases a seguir para responder às questões:


I. O preço é muito alto.
II. Quase todos nós obscurecemos a verdade.
III. A maioria das pessoas não conta mentiras hitlerianas.

a) Em O preço é muito alto, qual a principal palavra que dá sentido à oração: a forma verbal é ou o adjetivo alto?
Poderíamos usar o sinal de igual (=) para substituir a forma verbal ou o adjetivo sem alterar o sentido da frase?
O adjetivo alto. O sinal de igual (=) poderia substituir a forma verbal (preço = alto).
– 29
b) Em II, o verbo obscurecer indica ação ou estado?
Ação.

c) A forma verbal obscurecemos poderia ser substituída pelo sinal de igual (=) sem alterar o sentido da frase?
Não, pois o sentido seria diferente do original.

d) Em III, o verbo contar indica ação ou estado?


Ação.

e) Em III, o verbo conta poderia ser substituído pelo sinal de igual (=)?
Não.

f) Em III, qual é o complemento do verbo conta? Ele se liga ao verbo diretamente ou por preposição?
O complemento é mentiras hitlerianas e ele se liga ao verbo sem preposição.

g) O adjetivo hitlerianas refere-se a qual outro termo da frase?


Refere-se a mentiras.

Se você respondeu corretamente aos exercícios da última aula, pôde observar de maneira prática a diferença entre
predicado verbal, nominal e verbo-nominal, já estudados a fundo nos anos anteriores. Agora, vamos recapitular breve-
mente esses conceitos:

Predicados

O predicado verbal é composto por verbos Exemplos:


de ação; seu núcleo é o verbo, que pode ser Ela abandonou o local. (verbo transitivo direto + objeto direto)
intransitivo, transitivo direto ou indireto ou
Ele chorou. (verbo intransitivo)
bitransitivo.
Ele chorou lágrimas de sangue. (verbo transitivo direto + objeto
direto)

Confiamos nos amigos. (verbo transitivo indireto + objeto indireto)

O predicado nominal é composto por verbo Exemplos:


de ligação; seu núcleo é o nome (o substantivo Elas vivem aflitas. (aflitas concorda com o sujeito elas)
ou o adjetivo), denominado de predicativo do
Essas eram casas de aluguel. (casas de aluguel concorda com
sujeito, que se refere ao sujeito da oração.
essas)
O predicado verbo-nominal tem dois núcleos: Exemplos:
o verbo e o nome (substantivo ou adjetivo). Ela observava o menino preocupada. (preocupada concorda com o
O nome pode referir-se ao sujeito (predicativo sujeito ela – predicativo do sujeito)
do sujeito) ou ao objeto (predicativo do objeto). Ela observava o menino preocupado. (preocupado concorda com o

objeto menino – predicativo do objeto)

4. Com base nas informações apresentadas acima, qual o tipo de predicado de “A maioria das pessoas não conta
mentiras hitlerianas”? Justifique sua resposta.
Temos o predicado verbo-nominal, pois há dois núcleos em uma mesma oração: o primeiro é regido pelo verbo
contar, que é um verbo de ação; o outro é um predicativo do objeto, já que o adjetivo hitlerianas dá qualidade ao
objeto mentiras.

30 –
5. Examine os exemplos de transformação de duas orações em uma única, com predicado verbo-nominal.

As mulheres julgam os homens. Os homens são insensíveis.


As mulheres julgam os homens insensíveis. (insensíveis: predicativo do objeto os homens)

Os executivos dirigiam para o trabalho. Os executivos estavam preocupados.


Os executivos dirigiam para o trabalho preocupados. (preocupados: predicativo do sujeito os executivos)

Com base nos exemplos, transforme as orações dos itens abaixo:

a) As pessoas pulavam o carnaval. As pessoas estavam ressabiadas.


As pessoas pulavam o carnaval ressabiadas.

b) A professora deu a prova para os alunos. A professora estava apreensiva.


A professora deu a prova para os alunos apreensiva.

c) Todos mentiam para o garoto. O garoto era frágil.


Todos mentiam para o garoto frágil.

6. Examine a seguinte construção com predicado nominal:

“Embora a verdade seja essencial para o crescimento do ser humano, é necessária uma intensa reflexão sobre os
motivos que fazem o homem mentir.”

a) Qual é o sujeito de é necessária?


Uma intensa reflexão sobre os motivos que fazem o homem mentir.

b) Caso não houvesse a presença do artigo indefinido uma na expressão uma intensa reflexão, haveria alguma
modificação no que diz respeito à concordância nominal da oração? Justifique sua resposta.

Sim, pois a ausência do artigo indefinido uma transformaria o adjetivo em invariável, e ele seria empregado da
seguinte maneira: é necessário.

Concordância nominal

Nos predicados nominais formados pelo verbo ser mais um adjetivo (como é necessário, é proibido, é bom, é
preciso etc.) há duas construções:
– Se o sujeito não vem precedido de artigo ou qualquer modificador (como certos pronomes), a expressão fica invariável.
Exemplo: É necessário cautela.
– Se o sujeito vem precedido de artigo ou qualquer modificador, a expressão normalmente concorda com o sujeito.
Exemplo: É necessária a cautela.

7. Complete com uma das expressões entre parênteses.


a) É proibido entrada de animais. (é proibido / é proibida)
b) É proibida a entrada com objetos cortantes. (é proibido / é proibida)
c) É necessário olhar a hora. (é necessário / é necessária)
d) Durante a noite, é bom caminhada. (é bom / é boa)
e) Ao longo do dia, é necessária a atividade física. (é necessário / é necessária)
f) Aquelas frutas são boas para a saúde. (são bons / são boas)
– 31
AULAS 3 E 4
Leia os textos a seguir e responda às questões:
TEXTO 1

Fuvest 2018: manual do candidato já está disponível


Os interessados em concorrer ao vestibular da USP, neste ano, já podem acessar gratuitamente, pela internet, o
Manual do Candidato 2018. Ele é disponibilizado pela Fuvest, organizadora do exame, e contém todas as informa-
ções sobre o processo de seleção.
O documento em PDF traz a lista de vagas, o edital completo do concurso, informações sobre inscrição, provas,
matrículas, além da apresentação de carreiras e cursos.
A prova da Fuvest 2018 selecionará alunos para 8.402 vagas oferecidas pela USP, sendo 3.416 na área de Hu-
manidades, 3.026 em Ciências Exatas e 1.960 em Ciências Biológicas.
A Universidade ainda disponibiliza outras 2.745 vagas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), do Ministério da
Educação (MEC). O processo de ingresso por esse sistema é administrado pela Pró-Reitoria de Graduação da USP.
A Universidade de São Paulo é pública e gratuita, ou seja, não cobra mensalidade.
Os estudantes que estejam cursando o 1.o ou o 2.o ano do ensino médio, em 2017, também poderão participar da
Fuvest como “treineiros” para avaliar seus conhecimentos. Há três opções de carreira: Treinamento Humanidades,
Treinamento Biológicas e Treinamento Exatas.
Inclusp
Alunos de escola pública podem ganhar acréscimo na nota da prova da 1.a fase e na nota final do concurso da
Fuvest. O Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp) prevê bônus de 12% para o candidato que cursou ou esteja
cursando o ensino médio integralmente em escola pública. Se o aluno estudou o ensino fundamental e médio na rede
pública, o bônus é de 15%. E se autodeclarar preto, pardo ou indígena, há mais 5%.
O Programa de Avaliação Seriada da USP (Pasusp) também oferece bônus na nota para estudantes ainda matricu-
lados no ensino médio público – treineiros – e que cursaram o ensino fundamental integralmente na rede pública: 5%.
A inscrição para o exame da Fuvest 2018 deverá ser feita das 10 horas do dia 21 de agosto até as 23h59 do dia
11 de setembro, exclusivamente pelo site da Fuvest. A taxa de inscrição é de R$ 170,00 e deve ser paga antes do
término do expediente bancário no dia 12 de setembro. É possível solicitar a redução ou isenção do valor até o dia 7
de agosto.
A primeira fase das provas será no dia 26 de novembro; a segunda fase ocorre entre os dias 7 e 9 de janeiro de
2018. Haverá ainda provas específicas para os cursos de Artes Visuais, Artes Cênicas, Música – São Paulo e Música
– Ribeirão Preto. A lista de aprovados na primeira chamada será divulgada no dia 2 de fevereiro de 2018.
Neste ano, a prova da primeira fase será aplicada em 32 cidades do Estado de São Paulo.
Adaptado de: <http://www.fuvest.br/fuvest-2018-manual-do-candidato-ja-esta-disponivel>. Acesso em: 14 fev. 2018.

TEXTO 2

PERIGO
CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA.
NÃO SE APROXIME!

        
Disponível em: <www.altecweb.com/home.asp?cat=subcategory483>. Acesso em: 20 fev. 2018.

32 –
TEXTO 3

Feijoada completa
(Chico Buarque)

Mulher
Você vai gostar
Tô levando uns amigos para conversar
Eles vão com uma fome que nem me contem
Eles vão com uma sede de anteontem
Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão
E vamos botar água no feijão

Mulher
Não vá se afobar
Não tem que pôr a mesa, nem dá lugar
Ponha os pratos no chão, e o chão tá posto
E prepare as linguiças pro tira-gosto
Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão
E vamos botar água no feijão

Mulher
Você vai fritar
Um montão de torresmo pra acompanhar
Arroz branco, farofa e a malagueta
A laranja-bahia ou da seleta
Joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão
E vamos botar água no feijão

Mulher
Depois de salgar
Faça um bom refogado, que é pra engrossar
Aproveite a gordura da frigideira
Pra melhor temperar a couve mineira
Diz que tá dura, pendura a fatura no nosso irmão
E vamos botar água no feijão
Disponível em: <www.chicobuarque.com.br/letras/feijoada_77.htm>. Acesso em: 14 fev. 2018.

PRESCRIÇÃO: é uma ordem, uma determinação, um preceito, uma norma ou uma regra que implica ações que
devem ser seguidas à risca.

ORIENTAÇÃO: é uma recomendação, uma proposta, uma sugestão ou um conselho e está relacionada a uma situ-
ação que comporta diferentes tipos de ações, dependendo do contexto em que será aplicada. Indica um norte, mas
não delineia o percurso passo a passo. Requer, portanto, que o receptor analise a situação e tome decisões para
adaptar o que foi proposto, recomendado, sugerido ou aconselhado às particularidades de sua realidade.

1. a) Quais podem ser as consequências de não realizar as ações enumeradas nos seguintes textos:

TEXTO 1: “Os interessados em concorrer ao vestibular da USP [...] já podem acessar gratuitamente o Manual
do Candidato 2018.”
Se o candidato optar por não baixar o Manual, ele poderá obter as informações sobre o vestibular por outros
meios.
– 33
TEXTO 2: “Contaminação biológica.”
Quem tocar poderá se contaminar com o produto.

TEXTO 3: “Joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão”


A feijoada não sairá como o planejado.

b) De acordo com o que você estudou ao longo do bimestre e com as definições sobre prescrição e orientação
apresentadas anteriormente, como você classificaria os textos analisados acima? Justifique.
Prescrição:
– Texto 2, pois indica o perigo de contaminação biológica, determinando que não se toque em determinado
objeto ou chegue próximo a um local específico.
– Texto 3, pois contém as ordens que o marido dá à esposa para os preparativos de uma feijoada.
Orientação:
Texto 1, pois informa o que há no Manual do Candidato 2018 da USP para quem interessar.

2. Para responder às questões, compare os três textos em estudo.


a) Qual dos textos indica uma sequência de ações que não podem ser alteradas, caso contrário a finalidade não
será alcançada?
O texto 3 – letra de Feijoada completa.

b) Qual dos textos possibilita ao leitor fazer escolhas entre um conjunto de ações que permitem atingir a mesma
finalidade?
O texto 1, sobre o manual do candidato da Fuvest.

c) Qual dos textos faz um alerta objetivo?


O texto 2, que adverte para o perigo de contaminação biológica.

d) Apesar de o eu lírico da música Feijoada completa dar orientações objetivas para seu interlocutor, há espaço
dentro do texto para uma interpretação mais livre de como o interlocutor deve agir? Por quê?
Na música de Chico Buarque, o eu lírico indica ações que devem ser seguidas para que tudo esteja organi-
zado e pronto, inclusive uma feijoada, quando ele chegar em casa. Porém, podemos observar também que
a comparação da fome e da sede dos amigos do eu lírico são subjetivas, assim como o estado de espírito da
mulher. É importante que o professor discuta essas diferenciações entre o modo como o eu lírico orienta os
procedimentos para sua mulher e as dimensões poéticas que há no texto.

3. Compare as formas verbais destacadas nos diferentes trechos.


I. Os estudantes que estejam cursando o 1.o ou o 2.o ano do ensino médio, em 2017, também poderão participar
da Fuvest como “treineiros”.
II. NÃO SE APROXIME!
III. E prepare as linguiças pro tira-gosto
a) Quais trechos apresentam verbo no imperativo? Qual(is) outra(s) forma(s) verbal(is) poderia(m) substituir o
imperativo?
Trechos II e III. O imperativo poderia ser substituído pelo infinitivo: aproximar e preparar.
b) O que as formas destacadas no trecho I indicam ao leitor?
Estejam cursando e poderão participar indicam possibilidade.

34 –
Analise a tirinha a seguir:

4. Retire do texto dois casos de colocação pronominal.


“Sente-se” e “prefiro não me sentar”.

Colocação pronominal

Ao fazer a substituição, lembrem-se de que:


– a posição mais habitual do pronome oblíquo no português do Brasil é antes do verbo (próclise);
– em textos escritos formais, de acordo com a norma-padrão, não se inicia o período por pronome oblíquo; é
utilizado o pronome depois do verbo (ênclise) ou se modifica o texto caso a construção pareça muito estranha ao
nosso português;
– em textos que requerem grande formalidade e observância às normas gramaticais mais tradicionais, como os aca-
dêmicos ou os da legislação, ainda se usa o pronome oblíquo no meio do verbo (mesóclise).

5. a) De acordo com a tabela acima, qual dos exemplos retirados da tirinha seria ênclise e qual seria próclise?
Ênclise: Sente-se / Próclise: não me sentar.
b) Qual dos verbos retirados do texto está no modo imperativo?
Sente.

6. Substitua o trecho destacado pelo pronome oblíquo, respeitando a norma-padrão.


Quanto aos candidatos: há tempos se discute se aos candidatos confere a indecisão sobre o que fazer no vesti-
bular ou se essa culpa é do sistema.
Quanto aos candidatos: há tempos se discute se lhes confere a indecisão sobre o que fazer no vestibular ou se
essa culpa é do sistema.
Em relação aos perigos de uma ameaça biológica: cientistas descobriram uma forma de prevenir os perigos de
uma ameaça biológica.
Em relação aos perigos de uma ameaça biológica: cientistas descobriram uma forma de preveni-los.

Vírgula para marcar elipse

Elipse é a supressão de um termo da frase que pode ser facilmente subentendido pelo contexto.
Quando ocorre a elipse do verbo, ela é marcada pelo uso da vírgula.
Exemplo:
Nós apenas expressamos dúvida e eles, desconfiança.
(Na frase, foi suprimida a forma verbal expressaram.)

– 35
7. Coloque a vírgula para marcar a elipse do verbo.
a) Eu leio jornal todos os dias; minha namorada, apenas nos fins de semana.
b) Os políticos fingem que não roubam e nós, que acreditamos.
c) O gerente ficou mais bonzinho e o motor, mais malvado.
d) Carro popular fica mais caro e de luxo, mais barato.
e) A aeronave foi isolada e os passageiros, impedidos de desembarcar.
f) O prisioneiro denunciou o amigo e o empresário, seus cúmplices.
g) O médico atendeu o paciente e a enfermeira, os feridos.

AULA 5

Perseguição (Suspense)
Meia-noite, cansado e com sono, lá estava eu, andando pelas ruas sujas e desertas dessa cidade. Minhas
únicas companhias eram a Lua e alguns animais de vida noturna. Num canto havia um cão e um gato tentando
encontrar alimentos, revirando latas de lixo. Em outro ponto da rua, ratos entravam e saíam de um esgoto próximo à
padaria da esquina. Eu estava tentando lembrar por que havia saído tão tarde do emprego, quando ouvi uns passos
atrás de mim.
Caminhei mais depressa, sem olhar para trás. Comecei a tremer e a suar frio. Coração acelerado. Aqueles
passos não paravam de me perseguir. Virei depressa. Não havia nada além de sombras. O medo aumentou. Ou eu
estava enlouquecendo, ou estava sendo seguido por algo sobrenatural.
Corri desesperadamente. Parei na primeira esquina, ofegante. Olhei novamente. Nada! Continuei a andar, ten-
tando manter a calma. Faltava pouco pra chegar à minha casa.
Já mais tranquilo, parei, finalmente, em frente à minha porta. Peguei a maçaneta, ainda um pouco trêmulo devi-
do ao susto e à corrida. Quando a girei, a porta não abriu. Provavelmente meus pais já estavam dormindo. Procurei
minhas chaves em todos os bolsos que tinha. Não encontrei.
Os passos recomeçaram. O medo voltou em dobro. Estava meio tonto. Não conseguia manter-me de pé. O
mundo girava vertiginosamente. Tentei gritar, mas a voz não veio. Aquele som se aproximava cada vez mais. Não
havia saída. Juntei, então, todas as minhas forças e, num movimento brusco...
Paulo André T. M. Gomes
(Texto escrito em 2003 e editado em 2011).

1. O final do texto acima foi suprimido, ou seja, retirado. Faça um levantamento de hipóteses para descobrir o final do
conto e anote suas conclusões.
Resposta pessoal.

2. Mesmo sem conhecer o final, essa história pode ser considerada de mistério e raciocínio, isto é, há um enigma a
ser desvendado usando a lógica?
Resposta pessoal.

3. “...Caí da cama e acordei.” Este trecho corresponde ao final do conto acima. Você achou o final do conto
surpreendente? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.

4. Associe cada período retirado do texto, indicando a relação que a oração em destaque estabelece com outra do período.
A – Adição, soma
B – Tempo
C – Alternância
( C ) Ou eu estava enlouquecendo, ou estava sendo seguido por algo sobrenatural.
( A ) Comecei a tremer e a suar frio.
( B ) Eu estava tentando lembrar por que havia saído tão tarde do emprego, quando ouvi uns passos atrás de mim.
36 –
5.
NOSSA, VOCÊ ESTÁ IMUNDO. EU OBEDEÇO A LEI, QUERO OUVIR DROGA.
DIRETO PRO BANHO. MAS MEU ESPÍRITO
NÃO.
ÁGUA CORRENDO!

Disponível em: <mundocalvinharoldo.blogspot.com.br/2010>. Acesso em: 20 fev. 2018.

Qual a circunstância expressa pela conjunção mas na oração do segundo quadrinho?


Circunstância de oposição.

Pronome relativo o qual Pronome relativo quem Pronome relativo onde Pronome relativo cujo

Em alguns casos, usamos o O pronome relativo quem O pronome relativo onde O pronome relativo cujo
pronome relativo o qual (os refere-se sempre a pessoa equivale a em que, na qual. indica posse. Ele substitui
quais, a qual, as quais) no e equivale a aquele que. um substantivo ou pronome
É usado com referência a
lugar do que. precedido da preposição de.
Exemplo: lugar.
Emprega-se o qual, prefe- – Encontrei quem me com- Exemplo: Quando o verbo que segue
rencialmente cujo exige preposição, esta
preende. Esta é a casa onde moro. preposição deve anteceder
• depois de preposições com – Encontrei aquele que me
Esta é a casa em que moro. o pronome.
mais de uma sílaba; compreende.
Exemplo:
• depois de locuções prepo- O verbo que tem como sujei- Esta é a casa na qual moro.
sitivas; Vi o rapaz.
to o pronome relativo quem: (Casa é lugar.)
• para evitar ambiguidade. • de preferência fica na ter- Confio na honestidade do
rapaz.
ceira pessoa do singular;
Vi o rapaz em cuja honesti-
• pode concordar com o an-
dade confio.
tecedente.

6. Reescreva as orações empregando que ou o qual (os quais, a qual, as quais).


a) Amizade é a verdadeira felicidade. Falei muito sobre amizade.
Amizade, sobre a qual falei muito, é a verdadeira felicidade.
b) Aqui está o livro. Precisei do livro.
Aqui está o livro de que precisei.

7. Elimine a ambiguidade do período a seguir. Substitua o pronome que por o qual ou a qual.
O jurado julgou a moça doente.
I. A moça estava doente:
O jurado julgou a moça, a qual estava doente.

II. O jurado estava doente:


O jurado, o qual estava doente, julgou a moça.

8. Substitua aquele que por quem no período abaixo.


Abrigamos aquele que nos ajudou um dia.
Abrigamos quem nos ajudou um dia.

– 37
9. Analise a tirinha a seguir:

Disponível em: <portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?


pagina=espaco%2Fvisualizar_aula&aula=22348&secao=espaco&request_locale=es>. Acesso em: 20 fev. 2018.

Substitua o pronome relativo onde, do terceiro quadrinho, por em que.


Fizemos uma escala em Dakar, outra no Rio, em que trocaram uma pena...

10. Substitua os substantivos e os pronomes precedidos da preposição de por cujo (cuja, cujos, cujas).
a) Ela é uma atriz. Os filmes dela foram assistidos por nós.
Ela é uma atriz cujos filmes foram assistidos por nós.
b) Cortaram a árvore. Os galhos da árvore estavam atrapalhando a estrada.
Cortaram a árvore cujos galhos estavam atrapalhando a estrada.
Orações reduzidas
Orações reduzidas são orações introduzidas por formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e que não são
acompanhadas por conjunção ou pronome relativo.

Orações reduzidas
de infinitivo de gerúndio de particípio
Mesmo atrasando o treino, ele disse Mesmo atrasado, ele disse que viria
É provável ele atrasar o treino.
que viria. ao treino.

11. Reduza as orações destacadas em negrito, empregando o infinitivo (pessoal ou impessoal), o gerúndio ou o
particípio. Em alguns casos, mais de uma construção é possível.

a) Quando chegou em casa, encontrou os documentos esquecidos.


Chegando em casa, encontrou os documentos esquecidos.
Ao chegar em casa, encontrou os documentos esquecidos.

b) Se precisar de ajuda, chame por nós.


Precisando de ajuda, chame por nós.

c) Eu notei que as testemunhas desapareceram.


Eu notei as testemunhas desaparecerem.

d) Encontrei meu amigo que participava do campeonato de surfe.


Encontrei meu amigo participando do campeonato de surfe.

e) Mesmo que possa, não irá ao show.


Mesmo podendo, não irá ao show.

f) Porque está doente, não fará a viagem com os amigos.


Estando doente, não fará a viagem com os amigos.
Por estar doente, não fará a viagem com os amigos.

38 –

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