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ENSINO FUNDAMENTAL
6.o ano
AULAS 1 E 2 3. Quais as semelhanças entre as imagens c e d?
Resposta pessoal. Sugestão: As duas imagens apre-
Observe as imagens abaixo e responda às questões
sentam a forma de voar por meio de balões.
de 1 a 4.
a) 4. Em relação à imagem a, mesmo sem a imagem do
avião na mão do garoto, poderíamos identificar que
ela está relacionada à aviação. Que elementos da
imagem nos indicam isso?
Por meio da maneira como o garoto está vestido.As
roupas indicam que ele está vestido como aviador.
O sonho de voar
b)
c)
–1
Descalço, já não sentia na sola dos pés o contato 6. Na opinião do garoto, voar não dependia de força.
áspero da terra do quintal. Dependia de quê?
Por vários dias repeti a experiência. Ao fim, já sa- “De conseguir estabelecer, com o movimento harmo-
bia instintivamente os movimentos que tinha de fazer nioso das mãos, um misterioso equilíbrio entre o meu
com o corpo para começar a flutuar, como alguém que
peso e o peso do ar.”
tivesse aprendido a nadar. Um ligeiro impulso com os
braços, bem devagar, levantando os cotovelos, me
fazia deslizar mansamente, como se estivesse usan- 7. Depois de ter-se exercitado bastante, segundo relato
do patins invisíveis. Apenas não tinha força suficiente da personagem, qual foi o resultado a que teria
para ganhar altura, e toda vez que eu me impacientava chegado na sua tentativa de voar?
e fazia um movimento mais rápido, sentia meu corpo Com a prática, conseguiu erguer-se um ou dois palmos
de súbito se abater contra o solo. e sair deslizando pelo quintal durante algum tempo.
Com a prática, acabei conseguindo me erguer um
ou dois palmos e sair deslizando pelo quintal durante 8. No final da experiência, a que conclusão chegou a
algum tempo. Mas era pouco. Assim de pé, não podia personagem?
dizer que estivesse voando. Eu percebia que só dei- A personagem concluiu que para sair voando, já teria
tado, braços abertos como as asas de um pássaro, é de estar no ar.
que chegaria a voar de verdade. Mas quando experi-
mentava me deitar e movimentar os braços como fazia
9. O texto lido pode ser considerado como resultante
de pé, sentia que jamais sairia do chão. Era como que-
de uma aventura real ou de uma fantasia do menino?
rer nadar no fundo de uma piscina sem água.
Explique.
Acabei me convencendo de que, para sair voando,
eu teria de já estar no ar. Como? Subindo pela man- Fantasia, pois conseguir voar sem o auxílio de objetos
gueira e me atirando lá de cima? Eu não era maluco a voadores é impossível na vida real. Também pode ser
esse ponto: o peso do meu corpo faria com que eu me justificado pelo próprio início do texto: “Uma noite tive
esborrachasse cá embaixo no chão. Era preciso que um sonho maravilhoso: sonhei que sabia voar.”
tivesse como tomar algum impulso... Foi então que me
veio a solução. 10. Para narrar, isto é, contar uma história, é preciso
[...] no fundo do quintal de nossa casa havia introduzir no texto alguns elementos. Uma narrativa
um pequeno bambuzal. Uma das brincadeiras que sempre tem um narrador, ou seja, alguém que conta
a gente fazia ali era a de se dependurarem vários a história. Também costuma ter personagens, como
meninos num dos bambus, fazendo com que ele se pessoas, deuses, animais e outros seres que vivem
entortasse até que tocassem o pé no chão. Em dado os acontecimentos narrados na história. Na narrativa
momento todos, a um só tempo, largavam o bambu, em questão, o narrador faz parte da história, ou seja,
menos o que estivesse na ponta: este continuava é uma personagem?
dependurado e subia como um foguete, agarrando-se Sim, é um narrador personagem, ou seja, participa
com todas as forças no bambu pra não ser atirado da história.
longe. E ficava balançando de um lado para outro
lá em cima, como um pêndulo, até que o movimen-
to parasse de todo e ele pudesse vir escorregando 11. Outro elemento que pode constar de uma narrativa é
bambu abaixo. o tempo, ou seja, a indicação de quando ocorreram
os acontecimentos. Nem sempre é necessário
Mais de uma vez eu participara daquela brincadei-
mencionar o tempo: algumas vezes ele é importante
ra. Sendo o menorzinho, e portanto o mais leve, em
para compor a mensagem que o texto tem por
geral era o que ficava mais tempo balançando, depen-
finalidade transmitir, outras não, tanto faz quando os
durado na ponta do bambu.
acontecimentos ocorreram. No texto apresentado, o
Só que, agora, eu não ia apenas me dependurar: tempo é importante? É mencionado?
ia subir com o bambu e aproveitar o impulso para sair
voando. Sim, durante vários dias o narrador personagem ten-
SABINO, F. O menino no espelho. 27. ed.
tou realizar seu sonho de voar e, em cada dia, de
Rio de Janeiro: Record, 1982. p. 64-7. uma maneira diferente.
5. No sonho, voar parecia bastante fácil. O menino 12. Uma narrativa pode ou não fazer referência ao
cismou que poderia transformar o sonho em espaço, ao local onde ocorrem os acontecimentos.
realidade. Em que parágrafo do texto ele conta as No texto lido, o espaço é importante? É mencionado?
providências tomadas para isso? O espaço – fundo do quintal – é elemento importante
no texto, pois indica o local onde o garoto tentava
No 3.o parágrafo. realizar seu sonho.
2–
13. Qual a personagem principal desta narrativa? Essas palavras que têm a função de nomear seres são
Descreva-a. chamadas de substantivos.
A personagem principal é o menino que conta a his- Substantivo é a palavra com que damos nomes aos se-
tória. Ele era o menorzinho e o mais leve de toda a res em geral.
turma, persistente no objetivo de realizar o seu so-
nho, sonhador, corajoso. 2. Agora, observe as imagens abaixo.
–3
Classificação do substantivo 4. a) Em quantos grupos o poeta agrupa as borboletas?
Comum – indica, genericamente, todos os elementos de Em quatro grupos: brancas, azuis, amarelas e
uma certa espécie. Exemplo: rua, luz, criança, livro. pretas.
Próprio – aquele que denomina um único ser de uma
certa espécie. Exemplo: Brasília, Gustavo, Goiás, França. b) Para se referir aos grupos de borboletas, o poeta
considera determinada característica de cada
3. Circule nas frases abaixo as palavras usadas para um. Que características as borboletas de cada
qualificar, caracterizar um substantivo. grupo têm em comum?
I. Uma noite tive um sonho maravilhoso... Brancas – são alegres e francas
II. Eu sabia que não era uma questão de força, Azuis – gostam de luz
mas de conseguir estabelecer, com o movimen-
Amarelas – são bonitinhas
to harmonioso das mãos, um misterioso equilí-
brio entre o meu peso e o peso do ar. Pretas – remetem à escuridão
III. Descalço, já não sentia na sola dos pés o contato
Leia as informações abaixo.
áspero da terra do quintal.
IV. Um ligeiro impulso com os braços, bem devagar, Para indicar as ações, usam-se verbos:
levantando os cotovelos, me fazia deslizar mansa- “...Uma noite tive um sonho maravilhoso...”
mente, como se estivesse usando patins invisíveis.
Para indicar reações de personagens, usam-se verbos
As palavras usadas para qualificar, caracterizar um de ligação, que indicam estados:
substantivo – comum ou próprio – denominam-se adjetivos. “E a sensação foi de mal estar tocando o chão.”
Em outras palavras, o adjetivo indica como é um ser, isto “Para sair voando teria de já estar no ar.”
é, um substantivo.
Verbos também são usados para indicar fenômenos da
São adjetivos palavras como: maravilhoso, harmonio-
natureza.
so, misterioso, áspero, ligeiro, invisíveis, bravo, calmo,
bonito, horrível, alto, magro, vingativo, generoso, estúpi- “Choveu muito naquele dia.”
do, inteligente, pesado, leve e outras que qualificam um Ao expressar ações, estados e fenômenos da natureza,
substantivo. também se indica quando ocorrem, ocorreram ou vão
Também podemos usar uma expressão para qualificar ocorrer. Em outras palavras, o verbo se modifica para in-
um substantivo, a locução adjetiva. Formada por mais dicar o tempo:
de uma palavra, equivale a um adjetivo.
“Sonhei que sabia voar.” (tempo passado)
Exemplos: de força, do ar, dos pés, dos deuses.
Sonho que sei voar. (tempo presente)
Texto para a questão 4. Sonharei que saberei voar. (tempo futuro)
Geralmente, ao contar uma história, usam-se os verbos
As borboletas
no passado (pretérito), para indicar que os aconteci-
Brancas mentos já ocorreram.
Azuis
Para indicar que a ação está terminada, empregamos
Amarelas
o pretérito perfeito do indicativo. (Perfeito, aqui, quer
E pretas
dizer “acabado”: per = “inteiramente” – feito.)
Brincam
Na luz Exemplos: “Uma noite tive um sonho maravilhoso.”
As belas “Por vários dias, repeti a experiência.”
Borboletas. Para indicar ação inacabada ou contínua no passa-
Borboletas brancas do, empregamos o pretérito imperfeito do indicativo.
São alegres e francas. (Imperfeito, aqui, quer dizer “não acabado”: im = in, não,
per = “inteiramente” – feito.)
Borboletas azuis
Gostam muito de luz. Exemplos: “Bastava movimentar os braços...”
“...já sabia (...) o que tinha de fazer.”
As amarelinhas
São tão bonitinhas! Para indicar ação anterior a outra ação que também
E as pretas, então... aconteceu no passado, empregamos o pretérito mais-
Oh, que escuridão! -que-perfeito do indicativo. (Mais-que-perfeito, aqui,
quer dizer “mais do que acabado”, ou seja, acabado an-
Para gostar de ler – poesias. São Paulo: Ática, 1980. v. 6, p. 28.
tes do perfeito.)
4–
Leia o poema e responda à questão 5. Lugar: aqui, ali, aí, cá, lá, atrás, perto, longe, abaixo, aci-
ma, adiante, dentro, fora, além etc.
A poesia é uma pulga Modo: bem, mal, assim, apenas, depressa, devagar e a
A poesia é uma pulga, maior parte dos que terminam em -mente: calmamente,
coça, coça, me chateia, tristemente etc.
entrou por dentro da meia, Negação: não, absolutamente etc.
saiu por fora da orelha, Tempo: hoje, amanhã, ontem, breve, logo, antes, depois,
faz zumbido de abelha, agora, sempre, nunca, cedo, tarde, antigamente, anual-
mexe, mexe, não se cansa, mente, novamente, raramente etc.
nas palavras se balança,
fala, fala, não se cala, 1. Leia a anedota.
a poesia é uma pulga,
de pular não tem receio, O vampirinho
adora pular na escola... O filho sempre entrava calmamente em sua
só na hora do recreio! casa e beijava a mãe. Nesse dia, porém, chegou
ORTHOF, Sylvia. A poesia é uma pulga. apressado e foi direto para o quarto.
São Paulo: Atual, 1992. p. 3.
Sua mãe percebeu que devia ter aconteci-
do algo muito sério para deixá-lo assim. Então,
5. a) Copie apenas os verbos que indicam as ações chamou-o:
das pulgas que ocorreram no tempo presente.
– Filho, venha aqui um pouco.
Coça, coça, chateia, faz, mexe, mexe, cansa, ba- O menino aproximou-se dela e reclamou:
lança, fala, fala, cala, adora pular.
– Mãe, todos os meus amiguinhos da escola
b) Copie apenas ações das pulgas que ocorreram me chamam de vampirinho...
no tempo passado. Ela passou a mão nos afiados dentes caninos
entrou, saiu do garoto – provavelmente pensando no que iria
dizer – e, afinal, consolou-o:
c) Copie os verbos que indicam estado. – Eles não falam realmente por mal, meu filho!
é, é, é E, pelo menos, não o chamam de abridor de latas!
6. Em relação aos verbos destacados, numere a segunda Agora, indique as circunstâncias expressas pelos
coluna de acordo com a primeira. advérbios destacados.
I. Verbos que indicam ação acabada (pretérito Sempre – tempo; calmamente – modo; muito – inten-
perfeito). sidade; aqui – lugar; provavelmente – dúvida; real-
II. Verbos que indicam ação inacabada (pretérito mente – afirmação; não – negação.
imperfeito do indicativo). Observe a tirinha abaixo.
III. Verbos que indicam ação anterior a outra ação
que também ocorreu no passado (pretérito mais-
que-perfeito).
IV. Verbos que indicam estado (verbos de ligação).
AULA 4
As palavras que modificam o verbo, o adjetivo ou o pró-
prio advérbio são chamadas de advérbios. Os advér-
bios são palavras que podem expressar:
Afirmação: sim, realmente, certamente, efetivamente etc.
Dúvida: talvez, possivelmente, decerto, provavelmente etc.
Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, menos, demais
etc.
–5
2. a) Copie do segundo quadrinho uma palavra que se ou seja, são empregadas no feminino, no masculino,
classifica como advérbio. no singular ou plural, dependendo das outras
Não. palavras da frase com as quais devem concordar.
a) Vulcano, segundo a mitologia ______________
b) Indique que circunstância ela expressa. (romano), era o _____________ (deus) do fogo,
Negação. filho de Júpiter e Juno.
romana – adjetivo
c) Que palavra ela modifica? deus – substantivo
Modifica o verbo subiu.
b) Vulcano era um dos deuses mais ___________
3. a) Copie do terceiro quadrinho um exemplo de (feio) de todos e, quando nasceu, foi lançado ao
advérbio. mar por sua mãe devido a sua falta de beleza
Assim. e ____________________ (imperfeição) físicas,
pois era coxo.
b) Indique a circunstância que ela expressa.
feios – adjetivo
Modo.
imperfeições – substantivo
6–
Leia a tirinha a seguir e responda à questão 7. 8. a) O que você sente, o que lhe vem à mente ao
contemplar esse quadro do famoso pintor Renoir?
Resposta pessoal.
AULA 5
Texto 1
A origem da língua
Os romanos, grandes conquistadores, invadiram a
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Península Ibérica, região hoje ocupada por Portugal e
Espanha, na época, habitada por povos que falavam
7. a) O que o índio está admirando? diferentes idiomas, e aí permaneceram por mais de
A lua, Jaci. duzentos anos.
Na época dos romanos, existia o latim literário
– quase sempre escrito, usado pelos escritores e pes-
b) Que palavras o índio usou para caracterizar a lua? soas cultas – e o latim vulgar – usado na conversação
Grande e majestosa. do dia a dia por diferentes tipos de pessoa sem regras
fixas. Nas terras conquistadas, os romanos exigiam
que seu idioma fosse a língua falada em sociedade.
c) Como essas palavras se classificam?
Como na conversação usavam o latim vulgar, foi essa
Adjetivos. modalidade que deu origem, nas diversas regiões con-
quistadas, ao português, espanhol, italiano, francês,
provençal, ladino ou rético e romeno.
d) Copie da história em quadrinhos uma locução
verbal. No caso do português, outros povos que conquis-
taram a região depois dos romanos, como os árabes,
"Foi devorada", "está fazendo" e "estou admirando". também contribuíram para a formação do nosso idio-
ma, que seguiu se modificando quando os portugue-
e) As falas dos índios são exemplos de discurso ses colonizaram terras novas, como o Brasil.
direto ou indireto? Justifique a sua resposta. Atualmente o português é a língua oficial de oito
países: Portugal, Brasil, Cabo Verde, Angola, Mo-
Discurso direto, em que se reproduz com exati-
çambique, Guiné-Bissau, Timor Leste e São Tomé
dão a maneira como a personagem está falando.
e Príncipe.
Texto 2
Milho e fubá
Oscar tinha um sítio. Um dia Oscar resolveu levar
na camioneta um pouco de esterco do sítio, que era no
interior de Minas, para o jardim de sua casa na capital.
Disponível em: <https://google.com.br/search?q=quadro+de+renoir&client.>
Acesso em: 22 fev. 2017. Na barreira foi interpelado pelo guarda:
–7
– O que é que o senhor está levando aí nesse Oscar perdeu a paciência, deixou escapar um pala-
saco? vrão. Voltou à barreira, pegou seu carro e regressou
– Esterco – respondeu Oscar, farejando aborreci- ao sítio com o esterco.
mento. – Por quê? Não lhe cheira bem? Ao chegar, a mulher lhe disse que ele devia ter
– O senhor tem a guia? – o guarda perguntou, im- corrido um dinheirinho no guarda, ficava tudo por isso
perturbável. mesmo. Eu venho com o milho e ela já volta com o
– Guia? fubá, resmungou Oscar. Mal comparando.
– É preciso de uma guia, o senhor não sabia disso? SABINO, F. A mulher do vizinho. 7. ed. Distribuidora Record, 1962.
1) Angola
2) Brasil
3) Cabo Verde
4) Guiné-Bissau
㘀 5) Moçambique
6) Portugal
㌀
㐀
㜀
㈀ 7) São Tomé e Príncipe
㠀
㔀
8) Timor Leste
6. Oscar transportava esterco do interior de Minas para 9. Oscar procurava “despertar simpatia”. Por quê?
sua casa, “na capital”. Ele se dirigia para: a) Porque necessitava conseguir a guia para liberar
a) O Rio de Janeiro. seu carro.
b) Brasília. b) Em virtude de estar preocupado com o cheiro do
c) São Paulo. esterco em seu carro.
d) Niterói. c) Porque precisava da ajuda do funcionário.
e) Belo Horizonte. d) Em razão de não querer perturbar o trabalho de
seu Redelvim.
7. Observe: “Aliás, isso não é comigo...” e) Porque seu Redelvim fora muito gentil com ele,
No trecho acima, o funcionário refere-se interrompendo seu trabalho para atendê-lo.
a) à alteração da sigla de DEE para DEB.
10. “Inesperadamente, seu Redelvim SE QUEIMOU.”
b) às providências relativas à guia exigida.
A expressão em maiúsculas indica
c) às informações relativas à obtenção da guia.
a) que seu Redelvim gostava de usar gíria.
d) à necessidade de pagar a multa ao guarda da
b) a baixa cultura do funcionário que atendia a
barreira.
Oscar.
e) ao fato de ele só estar ali para prestar informações.
c) que a linguagem do funcionalismo é de baixa
8. O ato de chamar alguém de SEU – “...é com seu qualidade.
Redelvim, no segundo andar” – caracteriza: d) que o nível de linguagem usado pelo narrador
a) maior afetividade. é o popular, aproximando-se da fala das
personagens.
b) maior intimidade.
e) a preferência do autor pela linguagem formal.
c) o uso popular da palavra senhor.
d) o uso generalizado do tratamento.
e) uso pejorativo (prejudicial, maldoso).
–9
AULA 1 1. A Declaração Universal dos Direitos da Água aponta
algumas orientações para a preservação da água.
Leia o fragmento da Declaração Universal dos Direi- Você concorda ou discorda de alguma(s) delas?
tos da Água para responder às questões. Qual(is)?
Resposta pessoal.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS DA ÁGUA – 1992 2. a) Qual a função desse tipo de texto? Explique com
Rio de Janeiro, 22 de março de 1992 suas palavras.
Orientar as pessoas quanto ao uso da água de
A presente Declaração Universal dos Direitos da
forma consciente.
Água foi proclamada tendo como objetivo atingir todos
os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para
que todos os homens, tendo esta Declaração constan- b) O texto lido é um exemplo de texto de lei e
temente no espírito, se esforcem, através da educação apresenta informações agrupadas em itens.
e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e De acordo com o que foi estudado, quais as
obrigações anunciados e assomam, com medidas pro- características desse tipo de texto?
gressivas de ordem nacional e internacional, o seu re- Um texto em que as informações são agrupadas
conhecimento e a sua aplicação efetiva. em itens é objetivo; não apresenta mistura de as-
suntos; não comporta expressões opinativas, como
Art. 1.o – A água faz parte do patrimônio do planeta. “isso é horrível”, “parece maravilhoso”, “considero
Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, bom” etc.; não comporta expressões coloquiais,
cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável como “tão bonitinho”, “a gente”, entre outras.
aos olhos de todos.
Art. 2.o – A água é a seiva do nosso planeta. Ela é 3. Pense em situações em que você observa as
a condição essencial de vida de todo ser vegetal, ani- pessoas e a maneira como elas utilizam a água. Em
mal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber algumas delas há desrespeito na forma de utilização?
como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultu- Justifique sua resposta.
ra ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos
Resposta pessoal.
fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual
é estipulado do Art. 3.o da Declaração dos Direitos do
Homem. 4. O fragmento da Declaração Universal dos Direitos
da Água deixou de apontar algumas determinações
Art. 3.o – Os recursos naturais de transformação da sobre o uso consciente da água? Quais?
água em água potável são lentos, frágeis e muito limi-
Resposta pessoal.
tados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com
racionalidade, precaução e parcimônia.
Art. 5.o – A água não é somente uma herança dos I. Modo verbal que expressa ideia de certeza.
nossos predecessores; ela é, sobretudo, um emprés- II. Modo verbal que expressa ideia de dúvida,
timo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui incerteza.
uma necessidade vital, assim como uma obrigação III. Modo verbal que expressa ideia de ordem,
moral do homem para com as gerações presentes e conselho, pedido ou convite.
futuras. a) Imperativo, subjuntivo, indicativo.
Disponível em: <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/ b) Imperativo, indicativo, subjuntivo.
Meio-Ambiente/declaracao-universal-dos-direitos-da-agua.htm>. c) Indicativo, subjuntivo, imperativo.
Acesso em: 29/3/2016.
d) Indicativo, imperativo, subjuntivo.
10 –
Leia a piada a seguir e responda à questão 6: Coloque o leite em pó, o achocolatado e o leite con-
densado em uma tigela. Misture tudo até formar uma
massa bem lisinha. Com uma colher, pegue uma peque-
na porção da massa e faça uma bolinha. Passe os bom-
bons no açúcar e coloque em fôrmas de papel ou em-
brulhe em papel alumínio. Se quiser deixar os bombons
bonitinhos, embrulhe-os em papel celofane.
(Recreio, n.o 20)
– 11
Observe a tirinha e responda à questão 1.
EI, MÔNICA! OLHA PUXA! QUE AFINAL, OBA!! QUE
SÓ QUE LEGAL O O QUÊ? SURPRESA, TEMOS LEGAL! É UM DEMAIS!!
PLEGENTE QUE PRESENTE CEBOLINHA! BUMERANGUE!
COMPLEI PLA PRA MIM? NÃO ESPERAVA BRIGADO
VOCÊ! POR ISTO! TANTO E...
ADOREI O
PRESENTE!
c) Além das estrelinhas, foram desenhadas algumas fumacinhas. Que ideias essas imagens representam?
O caminhar (andar) da Mônica e do Cebolinha.
d) Na tirinha acima encontramos elementos cinéticos? Quais são eles?
Linhas que expressam a agilidade dos movimentos.
e) De acordo com o que foi estudado, o que são onomatopeias? Há algum exemplo nos quadrinhos apresentados?
Onomatopeias são palavras usadas para imitar os sons. Nos quadrinhos, há vários exemplos: chuac (imita
o som do beijo); vup (som do bumerangue sendo lançado) e pof (som do bumerangue acertando a Mônica).
METÁFORAS VISUAIS
Ao usarmos a linguagem verbal, costumamos fazer comparações.
Exemplo: João é bravo como uma fera.
(Compara-se João a uma fera: o que eles têm em comum é a bravura.)
Quando as comparações são abreviadas, denominam-se metáforas.
Exemplo: João é uma fera.
Ao fazer as comparações abreviadas, isto é, usar metáforas, empregamos um termo fora do seu sentido usual.
O termo é empregado com um sentido novo, que lhe associamos por termos feito uma comparação que fica suben-
tendida. Assim, fera passa a significar bravura.
Para compor metáforas visuais, usam-se elementos não verbais para representar sentimentos, reações ou caracte-
rísticas de personagens.
Exemplos: a fumaça saindo da cabeça, para indicar nervosismo; as notas musicais, para indicar canto; estrelas para
indicar dor; lâmpada acesa para indicar ideia.
12 –
Observe a imagem abaixo para responder à questão 2. 3. Na embalagem foi usada alguma frase para atrair o
consumidor? Em caso afirmativo, qual é essa frase?
Que qualidade ela ressalta para convencer alguém a
consumir o produto?
Sim. “Operação biquíni – 14 dias”. Essa frase ressalta
o fato de o produto ser saudável e seu consumo
ajudar a ficar em forma.
% Valores Diários com base em uma dieta de 2.000 kcal INFORMAÇÃO NUTRICIONAL pela propaganda?
* valor diário para açúcares não estabelecido Porção de 30 g (1 xícara) 30 g produto
Quantidade por porção % VD + 125 ml de leite
(*) desnatado A propaganda tem como finalidade atrair o consumi-
Valor energético
Carboidratos
108 kcal = 454 kJ 5% 151 kcal = 636 kJ
20 g, dos quais: 7% 26 g, dos quais:
dor, já a tabela nutricional deve apresentar informa-
Açúcares 7,1 g ** 13 g ções com pontos benéficos ou maléficos do produto.
Proteínas 2,9 g 4% 7,2 g
Gorduras totais 1,6 g, das quais: 3% 1,7 g, das quais: Portanto, é mais seguro examinar a tabela nutricional.
Gorduras saturadas 0,2 g 1% 0,3 g
Gorduras trans não contém ** não contém
Gorduras monoinsaturadas 0,7 g ** 0,8 g
Gorduras poli-insaturadas 0,7 g ** 0,7 g
Colesterol 0 mg 0% 2,6 mg
Fibra alimentar 3,2 g 13% 3,2 g
Sódio 75 mg 3% 129 mg
Cálcio 161 mg 16% 320 mg 7. As informações nutricionais presentes nas embala-
Ferro 3,2 mg 23% 3,2 mg
Zinco 1,8 mg 26% 2,3 mg gens de produtos industrializados servem para quê?
Vitamina B2 0,20 mg 15% 0,43 mg
Vitamina B6 0,25 mg 19% 0,30 mg Essas informações servem para indicar os nutrientes
Ácido pantotênico 0,84 mg 17% 1,3 mg
Niacina 3,9 mg 24% 4,0 mg que os produtos que estamos consumindo contêm
Ácido fólico 54 mg 23% 58 mg
e a quantidade ideal de consumo desses nutrientes.
* % Valores Diários de referência com base em uma dieta de
2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores
ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.
** VD não estabelecido.
– 13
A oração é uma frase ou membro de uma frase que contém um verbo ou uma locução verbal. As orações são
constituídas, quase sempre, de dois termos essenciais:
1) o ser (de quem ou do que se diz algo) – sujeito;
2) aquilo que se diz (do ser) – predicado.
A maneira mais direta de encontrar o sujeito é ir ao verbo e verificar com que palavra (ou palavras) ele concorda.
O termo presente na frase ou subentendido – com o qual o verbo concorda – é o sujeito.
A palavra principal do sujeito recebe o nome de núcleo do sujeito, que é sempre um substantivo, palavra substantiva-
da ou um pronome.
TIPOS DE SUJEITO
Sujeito
Sujeito que apresenta um só núcleo. Ex.: A água é a seiva de nosso planeta.
simples
Sujeito que não aparece na oração, mas é identi- Sujeito Ex.: Quando olhei a terra ardendo qual fogueira de
ficável pelo verbo. oculto São João. (Sujeito oculto – eu)
Observação: Há outros tipos de sujeito que serão estudados nos outros bimestres.
8. a) Ao analisar o primeiro quadrinho, verifique se é possível deixar um dos sujeitos ocultos, de maneira que ele
possa ser identificado pela terminação do verbo da oração.
Por mais que a professora explique, não entendo esse negócio de sujeito e predicado.
14 –
AULAS 4 E 5
O predicado é a ação ou a propriedade (qualidade, estado) referente ao sujeito.
TIPOS DE PREDICADO
Ex.: A água faz parte do patrimônio do planeta.
Predicado verbal: quando o predicado é
(A forma verbal “faz” indica uma ação e é o núcleo do predicado da
ação e seu núcleo, um verbo.
oração.)
Ex.: A água é a seiva de nosso planeta.
Predicado nominal: quando é propriedade (O verbo “é” indica um estado e, assim, liga o sujeito “água” ao seu
(qualidade, estado) e seu núcleo é um nome. predicado “a seiva de nosso planeta”. Portanto, o núcleo não é o ver-
bo, mas sim o nome.)
Ex.: João chegou atrasado.
Predicado verbo-nominal: quando contém
(Na oração acima, os núcleos são o verbo “chegou” e o adjetivo
dois núcleos: um verbo e um nome.
“atrasado”. Portanto, há a descrição da ação e de um ser.)
Asse as beterrabas embrulhadas em papel alumínio em forno médio por 20 minutos ou até que fiquem macias.
Deixe-as esfriar e as corte em cubos de 1,5 cm.
Faça um suco com a melancia e o gengibre e o coe. Misture todos os ingredientes – com exceção do suco de
melancia e gengibre – e tempere essa salada com sal, pimenta moída na hora e azeite extravirgem a gosto.
Com ajuda de um mixer, bata o suco de melancia e gengibre com a lecitina de soja até obter uma espuma. Sirva
a salada em pequenos bowls e, sobre ela, coloque uma colher do ar da espuma de melancia.
Disponível em: <http://entretenimento.band.uol.com.br/masterchef/junior/2015/receitas/100000783795/salada-vermelha-com-ar-de-melancia.html>.
Acesso em 4/4/2016.
Examine o período “Asse as beterrabas embrulhadas em papel alumínio em forno médio por 20 minutos ou até que
fiquem macias.”
a) Quantas orações há nesse período?
Duas
d) Se a receita fosse dirigida a mais de uma pessoa – nós –, como seriam conjugados os verbos no imperativo?
Assemos, Deixemos, Façamos, coemos, Misturemos, temperemos, batamos, Sirvamos, coloquemos.
e) Em textos de instrução, como a receita analisada, podemos observar que há mais ocorrências de qual tipo de
predicado? Retire, pelo menos, três exemplos do texto que confirmem sua resposta.
Predicados verbais (o aluno deverá retirar exemplos da receita).
– 15
2. Analise a tirinha a seguir:
O POMBO
Rubem Braga
Vinícius de Moraes contava ter ouvido de uma sua tia-avó, senhora idosa muito boazinha, que um dia ela estava
na sala de jantar, em sua casa do interior, quando um lindo pombo pousou na janela. A senhora foi se aproximando
devagar e conseguiu pegar a ave. Viu então que em uma das patas havia um anel metálico onde estavam escritas
umas coisas.
– Era um pombo-correio, titia. Pois é. Era muito bonitinho e mansinho mesmo. Eu gosto muito de pombo.
– E o que foi que a senhora fez?
A senhora olhou Vinícius com ar de surpresa, como se a pergunta lhe parecesse pueril:
– Comi, uai.
Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/cronicas_de_rubem_braga/>. Acesso em: 5/4/2016.
5. Por que esse texto pode ser considerado uma crônica? Explique.
A crônica é uma breve narrativa de temas cotidianos e atuais, ainda quando trata de fatos que não são tão atuais,
mas estão relacionados a algum aspecto da realidade cotidiana. A finalidade não é informar, mas provocar alguma
reflexão sobre o assunto.
6. Podemos atribuir dois sentidos para o fato de a senhora idosa gostar muito de pombos, que pode ser o de admirar
a ave ou de gostar da carne da ave. Que sentido foi atribuído ao texto? Justifique sua resposta.
O fato de ela gostar da carne da ave, pois ela come o pombo.
16 –
7. Um mesmo assunto pode ser tratado em diferentes gêneros. Elabore uma chamada transformando a crônica em
uma notícia interessante.
Resposta pessoal.
VERBOS TRANSITIVOS E INTRANSITIVOS
8. Substitua o trecho em negrito retirado e modificado da crônica pelo pronome oblíquo, respeitando a norma padrão.
a) Vinícius de Moraes contava para nós.
Contava-nos
9. De acordo com a transitividade verbal, como podemos classificar o verbo da última fala da crônica “– Comi, uai”?
Justifique sua resposta.
O verbo comer é um verbo intransitivo, portanto, não precisa de complemento.
10. a) Observe os elementos e as falas da tirinha e responda: Por que não havia mais nenhum paciente na sala de
espera?
Porque o ogro havia comido todos os pacientes.
b) Na primeira oração, em “Não estou conseguindo seguir a dieta vegetariana!”, a locução verbal em destaque
liga-se ao seu complemento (a dieta vegetariana) sem preposição. Logo, classifica-se como:
a) verbo intransitivo.
b) verbo transitivo direto.
c) verbo transitivo indireto.
– 17
Língua Portuguesa
ENSINO FUNDAMENTAL
8.o ano
AULA 1 1. De que forma as duas charges abordam o tema
desigualdade social?
Na primeira charge, um padre tenta convencer um
Charge e cartum político sobre o problema de desigualdade social; já
a segunda charge sugere que um homem em uma
Assim como o cartum, a charge é uma espécie de ane-
situação de pobreza cobra que políticos em um carro
dota gráfica que se vale principalmente da linguagem
alegórico cumpram a promessa escrita no cartaz so-
não verbal associada, ou não, à verbal.
bre o combate à desigualdade social.
Enquanto o cartum faz referência, com humor, a uma
situação mais universal e duradoura, a charge satiriza 2. O que é desigualdade social para você?
fatos específicos e próximos no tempo.
Resposta pessoal.
Justificativa
Quando elaboramos uma proposta, temos de justificá-la,
ou seja, apresentar argumentos que coloquem em evi-
dência os benefícios que todos teriam se fosse realizada.
– 19
11. A seguir são apresentados dois quadros com 12. A palavra guardiões admite outra possibilidade de
palavras terminadas em ão. Analise estas palavras plural? Se sim, qual (is)?
e, em seguida, escolha a opção correta quanto à Sim, guardiães.
formação dos seus plurais.
I) 13. De acordo com o que foi estudado a respeito do
código de defesa do consumidor, use ( V ) se a
informação for verdadeira ou ( F ) caso ela seja falsa.
Justifique as alternativas incorretas.
a) ( ) Valentina comprou um colar em uma loja.
Depois de 20 dias, quando foi usá-lo,
descobriu que o fecho estava com defeito.
Baseando-se no Código de Proteção e
Defesa do Consumidor, ela pode voltar à loja
e trocar a mercadoria, pois o colar é um bem
durável e pode ser trocado até 90 dias após
a) cartãos. a compra.
b) cartães. b) ( ) Enzo comprou cinco caixas de chocolate em
um supermercado. Depois de 60 dias, ao
c) cartões. pegar a última caixa, reparou que estavam
d) cartãos e cartões. mofados. Localizou a data de validade e
verificou que o produto estava vencido há
II) cinco dias, por esse motivo, ele tem o direito
de ir ao supermercado e solicitar a troca do
produto.
c) ( ) João comprou uma camiseta original de
uma grande marca de roupas em um site
de vendas. Depois de quatro dias descobriu
a) esquadrãos. que a marca da camiseta era falsificada, por
b) esquadrãos e esquadrões. esse motivo, ele pôde desistir da compra,
pois em compras à distância, o comprador
c) esquadrões.
tem o prazo de sete dias para comunicar a
d) esquadrães. desistência.
d) ( ) Bruna foi ao cinema e, quando foi comprar
Analise a imagem a seguir e responda à questão 12. o ingresso, a moça da bilheteria disse que
para ter acesso à sala de cinema ela teria
de comprar pipoca e refrigerante da casa.
Sem alternativas, Bruna teve de comprar os
produtos para que pudesse assistir ao filme
que tanto queria.
a) V
b) F – Ele não pode trocar o produto, pois o prazo
para troca de bens não duráveis é de 30 dias.
c) V
d) F – Bruna poderia ter comprado apenas o ingres-
so, pois a empresa estava cometendo um crime
propondo uma venda casada.
AULA 2
Leia os textos a seguir e responda às questões de 1 a 3.
Capítulo II
Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade
Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à li-
berdade, ao respeito e à dignidade como pessoas hu-
manas em processo de desenvolvimento e como sujei-
tos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis.
20 –
Art. 16. O direito à liberdade compreende os se- É sinal de educação
guintes aspectos: Fazer sua obrigação
I – ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços Para ter o seu direito de pequeno cidadão
comunitários, ressalvadas as restrições legais;
II – opinião e expressão; É sinal de educação
III – crença e culto religioso; Fazer sua obrigação
IV – brincar, praticar esportes e divertir-se; Para ter o seu direito de pequeno cidadão
V – participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação; ANTUNES, Arnaldo; PINTO, Antonio. Disponível em:
VI – participar da vida política, na forma da lei; <https://www.letras.mus.br/pequeno-cidadao/1515564>.
VII – buscar refúgio, auxílio e orientação. Acesso em: 13 mar. 2017.
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabili-
dade da integridade física, psíquica e moral da criança 1. No artigo 18 deste capítulo do Estatuto da Criança e
e do adolescente, abrangendo a preservação da ima- do Adolescente (ECA), temos uma afirmação sobre
gem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias quem é responsável pela formação e educação dos
e crenças, dos espaços e objetos pessoais. menores de idade. Quem são essas pessoas?
Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da Todos nós.
criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qual-
quer tratamento desumano, violento, aterrorizante, ve-
xatório ou constrangedor.
Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direi-
2. Na letra da música Pequeno Cidadão, podemos
to de ser educados e cuidados sem o uso de casti-
constatar que o pequeno cidadão é alguém que já se
go físico ou de tratamento cruel ou degradante, como
encontra plenamente formado ou ainda é um ser em
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer formação? Justifique.
outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família
É um ser em formação. O próprio título do texto men-
ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
ciona que é um pequeno cidadão.
executores de medidas socioeducativas ou por qual-
quer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los,
educá-los ou protegê-los.
3. O trecho extraído do ECA pressupõe que o direito à
Estatuto da Criança e do Adolescente. Acesso em: 13 mar. 2017. liberdade compreende uma série de aspectos. Há na
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. letra de Arnaldo Antunes algumas exemplificações
desses aspectos. Dessa maneira, relacione a coluna
2 com a coluna 1 considerando os aspectos da
Pequeno Cidadão música que mais se aproximam dos itens listados
pelo Estatuto.
Agora pode tomar banho
Agora pode sentar pra comer Coluna 1
Agora pode escovar os dentes I. Opinião e expressão
Agora pega o livro, pode ler II. Participar da vida familiar e comunitária, sem
discriminação
Agora tem que jogar videogame III. Brincar, praticar esportes e divertir-se
Agora tem que assistir TV IV. Participar da vida política, na forma da lei
Agora tem que comer chocolate
Agora tem que gritar pra valer! Coluna 2
( ) É sinal de educação fazer sua obrigação para
Agora pode fazer a lição ter o seu direito de pequeno cidadão.
Agora pode arrumar o quarto ( ) Agora tem que jogar bola dentro de casa.
Agora pega o que jogou no chão ( ) Agora tem que gritar pra valer!
Agora pode amarrar o sapato ( ) Agora pode arrumar o quarto.
a) I, II, III, IV
Agora tem que jogar bola dentro de casa b) IV, III, II, I
Agora tem que bagunçar c) IV, III, I, II
Agora tem que se sujar de lama d) III, IV, I, II
Agora tem que pular no sofá!
e) II, I, IV, III
– 21
Crase é a fusão de duas vogais da mesma nature- Leia a tirinha a seguir e responda à questão 7.
za. No português do Brasil, ocorre quando há fusão
de duas vogais a.
QUANDO OCORRE CASOS ESPECIAIS
• fusão da preposição • na indicação do nú-
a + o artigo feminino mero de horas;
a(s);
• na expressão à moda 7. Nas orações “chegou a primavera” e “cheguei
• fusão da preposição de, mesmo que a palavra à primavera”:
a + vogal a inicial dos moda esteja oculta; a) Qual a diferença de sentido existente entre as
pronomes demons-
duas orações?
trativos aquele, aque- • nas expressões ad-
la, aqueles, aquelas, verbiais femininas A expressão “chegou a primavera” indica que
aquilo; (exceto as que indicam uma determinada estação do ano chegou. A ex-
instrumentos ou meio). pressão “cheguei à primavera” indica a chegada a
• fusão da preposição um determinado período da vida.
a + pronome demons-
trativo que substitui
aquela(s).
22 –
AULAS 3 E 4 3. Quais palavras são separadas por vírgulas nessas
frases?
Emprego da vírgula Cascão e mãe.
Ordem direta – Vírgula desnecessária
A ordem direta corresponde à seguinte progressão dos 4. De acordo com as explicações do quadro sobre o
termos da oração: emprego da vírgula, empregue-a adequadamente e
indique o termo que ela está separando ou isolando.
SUJEITO – VERBO – COMPLEMENTOS VERBAIS –
ADJUNTO ADVERBIAL a) Pedro , espere por mim. vocativo
O garoto vendeu o tênis pela internet. b) Menino , ande logo! vocativo
c) Ela sairá mais tarde , ou seja , ficará até depois do
Ordem inversa – Vírgula para marcar inversão e in-
seu horário. expressão explicativa
tercalação
Quando, na oração, a ordem dos termos se altera, costu- d) Meu tio , irmão de meu pai , não gosta de futebol.
ma-se usar vírgula para indicar intercalação ou inversão. aposto
Por exemplo, quando o adjunto adverbial é deslocado e) Meu irmão mais velho , Marcos , era corintiano
do seu lugar normal (fim da oração), usa-se vírgula (uma fanático. aposto
ou duas) para separá-lo dos demais termos. f) Na cidade houve um grande abalo sísmico , ou
melhor , um terremoto. expressão corretiva
Outros casos de intercalação
O vocativo, o aposto, as expressões explicativas e Leia a tira a seguir e responda às questões de 5 a 8.
corretivas aparecem separados por vírgulas porque
são termos isolados que se intercalam entre os demais
termos, quebrando a ordem direta.
c) Adjunto adverbial entre o verbo e os complementos 5. Diante da recusa do vendedor em trocar a mercadoria
Os alunos estudaram, ontem à noite, astronomia. com defeito, que atitude tomou o cliente?
O cliente ameaçou publicar uma reclamação sobre o
Leia a tira a seguir e responda à questão 2. estabelecimento no Facebook.
24 –
12. De acordo com o que foi estudado, o trecho 13. De modo geral, o que caracteriza uma cena?
apresentado é um exemplo de cena ou ato? Qual a O desenvolvimento de um único acontecimento; a
diferença entre eles? permanência das mesmas personagens.
O trecho apresentado é um exemplo de cena.
Cena: é a unidade, a subdivisão do texto dramático.
Ato: constitui-se de uma série de cenas interligadas.
AULA 5
1. O infográfico apresentado a seguir permite a comparação do percentual de produção em Minas Gerais ao longo dos anos.
b) Em que ano foi registrado o menor percentual de produção do ouro em Minas Gerais?
1705
c) O que lhe permite analisar esses dados sem consultar os números percentuais do infográfico?
O tamanho das barras.
– 25
2. O infográfico apresentado tem por finalidade mostrar
a) onde há um percentual alto, médio e baixo de cada etnia nas regiões mineiras.
b) o percentual total de brancos, pardos e negros em Minas Gerais no século XVIII.
c) por meio do percentual que o Brasil é um país de grandes contrastes no que diz respeito à igualdade entre
as raças.
d) a quantidade de raças e sua evolução nas regiões brasileiras.
26 –
Se a oração subordinada adverbial vier depois da oração principal, podemos considerar que a ordem direta dos termos
(sujeito + verbo + complemento verbal + adjunto adverbial) foi mantida. Nesse caso, costuma-se dispensar a vírgula, a
não ser que o período seja muito longo ou que a pontuação seja necessária para conferir clareza à frase. No entanto,
se a oração subordinada adverbial anteceder a oração principal, configura-se um caso de adjunto adverbial fora da sua
posição habitual, o que requer o uso da vírgula.
oração subordinada
oração principal
adverbial
adjunto adverbial da
sujeito verbo complemento verbal
oração principal
Quando amanhecer, todos assistirão ao jogo.
– 27
Língua Portuguesa
ENSINO FUNDAMENTAL
9.o ano
AULAS 1 E 2
A ciência da mentira
Quando mentimos mais (e menos)?
Por Michael Shermer
“Mudando para a Geico [empresa americana de seguros] você realmente economiza 15% ou mais em seguros
automotivos? Abraham Lincoln foi sincero?”. Assim pergunta o comercial da Geico, seguido por uma gravação em
falso vintage de Mary Lincoln perguntando a seu marido: “Esse vestido deixa meus quadris grandes?”. O sincero Abe
examina o vestido, então hesita e, com seu indicador e polegar separados por um centímetro, finalmente murmura
“Talvez um pouquinho”, fazendo sua mulher sair da sala, furiosa.
O humor funciona porque nós reconhecemos a pergunta como um pedido de elogio disfarçado, ou como um teste
de nosso amor e fidelidade. De acordo com o livro Lying (Four Elephants Press, sem edição em português), publicado
em 2013 pelo neurocientista Sam Harris, nós deveríamos dizer a verdade mesmo nessa situação: “Ao mentir, nós
negamos a nossos amigos o acesso à realidade – e a ignorância resultante disso frequentemente pode prejudicá-los
de maneiras que não previmos.
Nossos amigos podem agir com base em nossa falsidade, ou fracassar em problemas que poderiam ter sido
resolvidos com base em boas informações”. Talvez o alfaiate de Mary fosse incompetente, ou talvez Mary realmente
precisasse perder peso, o que a tornaria mais saudável e feliz. Além disso, de acordo com Harris, mentiras inocentes
frequentemente levam a mentiras perigosas: “Em pouco tempo você poderá se comportar como a maioria das pesso-
as faz, sem muito esforço: obscurecendo a verdade, ou até mentindo diretamente, sem sequer pensar sobre isso. O
preço é muito alto”. Uma solução prática é pensar em uma maneira de dizer a verdade com sensibilidade.
Como Harris aponta, pesquisas mostram que “todas as formas de mentira – incluindo mentiras inocentes para
poupar os sentimentos alheios – são associadas com relacionamentos de baixa qualidade”.
A maioria das pessoas não conta mentiras hitlerianas, mas quase todos nós obscurecemos a verdade apenas o sufi-
ciente para fazer os outros, ou nós mesmos, se sentirem melhor. Quanto nós mentimos? Cerca de 10%, de acordo com o
economista comportamental Dan Arielyem seu livro A mais pura verdade sobre a desonestidade (Campus Elsevier, 2012).
Em um experimento em que os participantes resolvem quantas matrizes conseguirem em um período limitado
de tempo, e são pagos por cada resposta correta, os que entregaram seus resultados ao experimentador na sala
obtiveram uma média de quatro em 20. Na segunda condição, em que participantes contavam suas respostas cor-
retas, destruíam a folha de respostas e diziam ao experimentador em outra sala quantas tinham acertado, a média
foi de seis em 20 – um aumento de 10%. E o efeito persistiu mesmo quando a quantia paga por resposta correta foi
aumentada de 25 centavos para 50, e depois para US$1, US$2 e até US$5. De maneira reveladora, quando o valor
atingiu US$10 por resposta correta, a quantidade de mentiras diminuiu.
A mentira, de acordo com Ariely, não é resultado de uma análise de custo-benefício. Ao contrário, é uma forma
de autoilusão em que pequenas mentiras nos permitem melhorar nossa autoimagem e ainda manter a percepção de
sermos pessoas honestas. Mentiras grandes não são assim.
Os psicólogos Shaul Shalvi, Ori Eldar e Yoella Bereby-Meyer testaram a hipótese de que pessoas têm uma ten-
dência maior a mentir quando podem justificar a mentira para si mesmas. O resultado foi um artigo intitulado “Honesty
requires time (and lack of justifications)” [A sinceridade exige tempo (e falta de desculpas)], publicado em 2013 em
Psychological Science.
Os participantes rolaram um dado três vezes em uma situação que impedia o experimentador de ver o resultado,
e foram instruídos a relatar o número obtido na primeira rolagem. (Quanto maior o número, mais dinheiro eles rece-
biam). Ver o resultado da segunda e da terceira rolagem dava aos participantes a oportunidade de justificar o relato
de apenas o maior dos três números; como aquele número realmente tinha aparecido, era uma mentira justificada.
Alguns participantes tiveram que relatar sua resposta em 20 segundos, enquanto outros não tinham limite de tem-
po. Ainda que os dois grupos tenham mentido, os participantes que receberam menos tempo tinham uma tendência
maior a fazê-lo. Em outro experimento, participantes rolaram o dado uma vez e relataram o resultado. Os que tinham
pouco tempo mentiam; os que tinham tempo para pensar diziam a verdade. Os dois experimentos sugerem que as
pessoas têm uma tendência maior a mentir quando o tempo é curto, mas quando o tempo não é problema, elas só
mentem quando têm justificativa para fazê-lo.
Talvez Mary não devesse ter dado tanto tempo para Abe ponderar sua resposta.
Michael Shermer é editor da revista Skeptic (www.skeptic.com). Seu livro Cérebro e crença já está disponível em
português.
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/a_ciencia_da_mentira.html>. Acesso em: 14 fev. 2018.
28 –
Responda às questões seguintes com base no texto lido:
1. a) O texto apresentado é um artigo que faz parte de uma revista científica. Qual é o seu tema, ou seja, a ideia
principal que ele desenvolve?
O texto lido fala sobre os ambientes que propiciam a produção da mentira pelo ser humano e problematiza
a possibilidade de falar a verdade, relacionando essa prática com os benefícios que a verdade ou a mentira
podem trazer.
b) O que ocorre, segundo o estudo, quando optamos pela mentira em nossos círculos de relacionamentos e
amizades?
As pessoas, quando pedem uma opinião e não têm a verdade como retorno, podem agir com base nessa falsi-
dade ou fracassar em problemas que poderiam ter sido resolvidos a partir de boas informações.
c) Elabore um raciocínio que explique o fato “A mentira (...) não é resultado de uma análise de custo-benefício. Ao
contrário, é uma forma de autoilusão em que pequenas mentiras nos permitem melhorar nossa autoimagem e
ainda manter a percepção de sermos pessoas honestas.”
Resposta pessoal.
d) Qual a diferença entre a reação de quem tinha um tempo estipulado para dizer a verdade e quem teve tempo
de refletir?
Os que tinham pouco tempo mentiam; os que tinham tempo para pensar diziam a verdade. Os dois experimen-
tos sugerem que as pessoas têm uma tendência maior a mentir quando o tempo é curto, mas quando o tempo
não é problema, elas só mentem quando têm justificativa para fazê-lo.
2. No texto, a demonstração das pesquisas feitas acerca do modo como o ser humano mente no cotidiano se deu por
meio de:
a) análise de causas e consequências.
b) retrospectiva histórica.
c) comparações.
d) exemplos.
Justifique sua resposta.
As pesquisas partiram de comparações (c) e de exemplos (d). Em dado momento do texto os cientistas fizeram
comparações por meio de testes entre grupos distintos de pessoas submetidas a determinadas situações. Depois,
analisaram os resultados dos testes, comparando-os. Também pode-se apontar a presença de exemplos, pois o
texto exemplifica como a mentira ocorre entre amigos ou pessoas próximas.
a) Em O preço é muito alto, qual a principal palavra que dá sentido à oração: a forma verbal é ou o adjetivo alto?
Poderíamos usar o sinal de igual (=) para substituir a forma verbal ou o adjetivo sem alterar o sentido da frase?
O adjetivo alto. O sinal de igual (=) poderia substituir a forma verbal (preço = alto).
– 29
b) Em II, o verbo obscurecer indica ação ou estado?
Ação.
c) A forma verbal obscurecemos poderia ser substituída pelo sinal de igual (=) sem alterar o sentido da frase?
Não, pois o sentido seria diferente do original.
e) Em III, o verbo conta poderia ser substituído pelo sinal de igual (=)?
Não.
f) Em III, qual é o complemento do verbo conta? Ele se liga ao verbo diretamente ou por preposição?
O complemento é mentiras hitlerianas e ele se liga ao verbo sem preposição.
Se você respondeu corretamente aos exercícios da última aula, pôde observar de maneira prática a diferença entre
predicado verbal, nominal e verbo-nominal, já estudados a fundo nos anos anteriores. Agora, vamos recapitular breve-
mente esses conceitos:
Predicados
4. Com base nas informações apresentadas acima, qual o tipo de predicado de “A maioria das pessoas não conta
mentiras hitlerianas”? Justifique sua resposta.
Temos o predicado verbo-nominal, pois há dois núcleos em uma mesma oração: o primeiro é regido pelo verbo
contar, que é um verbo de ação; o outro é um predicativo do objeto, já que o adjetivo hitlerianas dá qualidade ao
objeto mentiras.
30 –
5. Examine os exemplos de transformação de duas orações em uma única, com predicado verbo-nominal.
“Embora a verdade seja essencial para o crescimento do ser humano, é necessária uma intensa reflexão sobre os
motivos que fazem o homem mentir.”
b) Caso não houvesse a presença do artigo indefinido uma na expressão uma intensa reflexão, haveria alguma
modificação no que diz respeito à concordância nominal da oração? Justifique sua resposta.
Sim, pois a ausência do artigo indefinido uma transformaria o adjetivo em invariável, e ele seria empregado da
seguinte maneira: é necessário.
Concordância nominal
Nos predicados nominais formados pelo verbo ser mais um adjetivo (como é necessário, é proibido, é bom, é
preciso etc.) há duas construções:
– Se o sujeito não vem precedido de artigo ou qualquer modificador (como certos pronomes), a expressão fica invariável.
Exemplo: É necessário cautela.
– Se o sujeito vem precedido de artigo ou qualquer modificador, a expressão normalmente concorda com o sujeito.
Exemplo: É necessária a cautela.
TEXTO 2
PERIGO
CONTAMINAÇÃO BIOLÓGICA.
NÃO SE APROXIME!
Disponível em: <www.altecweb.com/home.asp?cat=subcategory483>. Acesso em: 20 fev. 2018.
32 –
TEXTO 3
Feijoada completa
(Chico Buarque)
Mulher
Você vai gostar
Tô levando uns amigos para conversar
Eles vão com uma fome que nem me contem
Eles vão com uma sede de anteontem
Salta cerveja estupidamente gelada prum batalhão
E vamos botar água no feijão
Mulher
Não vá se afobar
Não tem que pôr a mesa, nem dá lugar
Ponha os pratos no chão, e o chão tá posto
E prepare as linguiças pro tira-gosto
Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão
E vamos botar água no feijão
Mulher
Você vai fritar
Um montão de torresmo pra acompanhar
Arroz branco, farofa e a malagueta
A laranja-bahia ou da seleta
Joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão
E vamos botar água no feijão
Mulher
Depois de salgar
Faça um bom refogado, que é pra engrossar
Aproveite a gordura da frigideira
Pra melhor temperar a couve mineira
Diz que tá dura, pendura a fatura no nosso irmão
E vamos botar água no feijão
Disponível em: <www.chicobuarque.com.br/letras/feijoada_77.htm>. Acesso em: 14 fev. 2018.
PRESCRIÇÃO: é uma ordem, uma determinação, um preceito, uma norma ou uma regra que implica ações que
devem ser seguidas à risca.
ORIENTAÇÃO: é uma recomendação, uma proposta, uma sugestão ou um conselho e está relacionada a uma situ-
ação que comporta diferentes tipos de ações, dependendo do contexto em que será aplicada. Indica um norte, mas
não delineia o percurso passo a passo. Requer, portanto, que o receptor analise a situação e tome decisões para
adaptar o que foi proposto, recomendado, sugerido ou aconselhado às particularidades de sua realidade.
1. a) Quais podem ser as consequências de não realizar as ações enumeradas nos seguintes textos:
TEXTO 1: “Os interessados em concorrer ao vestibular da USP [...] já podem acessar gratuitamente o Manual
do Candidato 2018.”
Se o candidato optar por não baixar o Manual, ele poderá obter as informações sobre o vestibular por outros
meios.
– 33
TEXTO 2: “Contaminação biológica.”
Quem tocar poderá se contaminar com o produto.
b) De acordo com o que você estudou ao longo do bimestre e com as definições sobre prescrição e orientação
apresentadas anteriormente, como você classificaria os textos analisados acima? Justifique.
Prescrição:
– Texto 2, pois indica o perigo de contaminação biológica, determinando que não se toque em determinado
objeto ou chegue próximo a um local específico.
– Texto 3, pois contém as ordens que o marido dá à esposa para os preparativos de uma feijoada.
Orientação:
Texto 1, pois informa o que há no Manual do Candidato 2018 da USP para quem interessar.
b) Qual dos textos possibilita ao leitor fazer escolhas entre um conjunto de ações que permitem atingir a mesma
finalidade?
O texto 1, sobre o manual do candidato da Fuvest.
d) Apesar de o eu lírico da música Feijoada completa dar orientações objetivas para seu interlocutor, há espaço
dentro do texto para uma interpretação mais livre de como o interlocutor deve agir? Por quê?
Na música de Chico Buarque, o eu lírico indica ações que devem ser seguidas para que tudo esteja organi-
zado e pronto, inclusive uma feijoada, quando ele chegar em casa. Porém, podemos observar também que
a comparação da fome e da sede dos amigos do eu lírico são subjetivas, assim como o estado de espírito da
mulher. É importante que o professor discuta essas diferenciações entre o modo como o eu lírico orienta os
procedimentos para sua mulher e as dimensões poéticas que há no texto.
34 –
Analise a tirinha a seguir:
Colocação pronominal
5. a) De acordo com a tabela acima, qual dos exemplos retirados da tirinha seria ênclise e qual seria próclise?
Ênclise: Sente-se / Próclise: não me sentar.
b) Qual dos verbos retirados do texto está no modo imperativo?
Sente.
Elipse é a supressão de um termo da frase que pode ser facilmente subentendido pelo contexto.
Quando ocorre a elipse do verbo, ela é marcada pelo uso da vírgula.
Exemplo:
Nós apenas expressamos dúvida e eles, desconfiança.
(Na frase, foi suprimida a forma verbal expressaram.)
– 35
7. Coloque a vírgula para marcar a elipse do verbo.
a) Eu leio jornal todos os dias; minha namorada, apenas nos fins de semana.
b) Os políticos fingem que não roubam e nós, que acreditamos.
c) O gerente ficou mais bonzinho e o motor, mais malvado.
d) Carro popular fica mais caro e de luxo, mais barato.
e) A aeronave foi isolada e os passageiros, impedidos de desembarcar.
f) O prisioneiro denunciou o amigo e o empresário, seus cúmplices.
g) O médico atendeu o paciente e a enfermeira, os feridos.
AULA 5
Perseguição (Suspense)
Meia-noite, cansado e com sono, lá estava eu, andando pelas ruas sujas e desertas dessa cidade. Minhas
únicas companhias eram a Lua e alguns animais de vida noturna. Num canto havia um cão e um gato tentando
encontrar alimentos, revirando latas de lixo. Em outro ponto da rua, ratos entravam e saíam de um esgoto próximo à
padaria da esquina. Eu estava tentando lembrar por que havia saído tão tarde do emprego, quando ouvi uns passos
atrás de mim.
Caminhei mais depressa, sem olhar para trás. Comecei a tremer e a suar frio. Coração acelerado. Aqueles
passos não paravam de me perseguir. Virei depressa. Não havia nada além de sombras. O medo aumentou. Ou eu
estava enlouquecendo, ou estava sendo seguido por algo sobrenatural.
Corri desesperadamente. Parei na primeira esquina, ofegante. Olhei novamente. Nada! Continuei a andar, ten-
tando manter a calma. Faltava pouco pra chegar à minha casa.
Já mais tranquilo, parei, finalmente, em frente à minha porta. Peguei a maçaneta, ainda um pouco trêmulo devi-
do ao susto e à corrida. Quando a girei, a porta não abriu. Provavelmente meus pais já estavam dormindo. Procurei
minhas chaves em todos os bolsos que tinha. Não encontrei.
Os passos recomeçaram. O medo voltou em dobro. Estava meio tonto. Não conseguia manter-me de pé. O
mundo girava vertiginosamente. Tentei gritar, mas a voz não veio. Aquele som se aproximava cada vez mais. Não
havia saída. Juntei, então, todas as minhas forças e, num movimento brusco...
Paulo André T. M. Gomes
(Texto escrito em 2003 e editado em 2011).
1. O final do texto acima foi suprimido, ou seja, retirado. Faça um levantamento de hipóteses para descobrir o final do
conto e anote suas conclusões.
Resposta pessoal.
2. Mesmo sem conhecer o final, essa história pode ser considerada de mistério e raciocínio, isto é, há um enigma a
ser desvendado usando a lógica?
Resposta pessoal.
3. “...Caí da cama e acordei.” Este trecho corresponde ao final do conto acima. Você achou o final do conto
surpreendente? Justifique sua resposta.
Resposta pessoal.
4. Associe cada período retirado do texto, indicando a relação que a oração em destaque estabelece com outra do período.
A – Adição, soma
B – Tempo
C – Alternância
( C ) Ou eu estava enlouquecendo, ou estava sendo seguido por algo sobrenatural.
( A ) Comecei a tremer e a suar frio.
( B ) Eu estava tentando lembrar por que havia saído tão tarde do emprego, quando ouvi uns passos atrás de mim.
36 –
5.
NOSSA, VOCÊ ESTÁ IMUNDO. EU OBEDEÇO A LEI, QUERO OUVIR DROGA.
DIRETO PRO BANHO. MAS MEU ESPÍRITO
NÃO.
ÁGUA CORRENDO!
Pronome relativo o qual Pronome relativo quem Pronome relativo onde Pronome relativo cujo
Em alguns casos, usamos o O pronome relativo quem O pronome relativo onde O pronome relativo cujo
pronome relativo o qual (os refere-se sempre a pessoa equivale a em que, na qual. indica posse. Ele substitui
quais, a qual, as quais) no e equivale a aquele que. um substantivo ou pronome
É usado com referência a
lugar do que. precedido da preposição de.
Exemplo: lugar.
Emprega-se o qual, prefe- – Encontrei quem me com- Exemplo: Quando o verbo que segue
rencialmente cujo exige preposição, esta
preende. Esta é a casa onde moro. preposição deve anteceder
• depois de preposições com – Encontrei aquele que me
Esta é a casa em que moro. o pronome.
mais de uma sílaba; compreende.
Exemplo:
• depois de locuções prepo- O verbo que tem como sujei- Esta é a casa na qual moro.
sitivas; Vi o rapaz.
to o pronome relativo quem: (Casa é lugar.)
• para evitar ambiguidade. • de preferência fica na ter- Confio na honestidade do
rapaz.
ceira pessoa do singular;
Vi o rapaz em cuja honesti-
• pode concordar com o an-
dade confio.
tecedente.
7. Elimine a ambiguidade do período a seguir. Substitua o pronome que por o qual ou a qual.
O jurado julgou a moça doente.
I. A moça estava doente:
O jurado julgou a moça, a qual estava doente.
– 37
9. Analise a tirinha a seguir:
10. Substitua os substantivos e os pronomes precedidos da preposição de por cujo (cuja, cujos, cujas).
a) Ela é uma atriz. Os filmes dela foram assistidos por nós.
Ela é uma atriz cujos filmes foram assistidos por nós.
b) Cortaram a árvore. Os galhos da árvore estavam atrapalhando a estrada.
Cortaram a árvore cujos galhos estavam atrapalhando a estrada.
Orações reduzidas
Orações reduzidas são orações introduzidas por formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) e que não são
acompanhadas por conjunção ou pronome relativo.
Orações reduzidas
de infinitivo de gerúndio de particípio
Mesmo atrasando o treino, ele disse Mesmo atrasado, ele disse que viria
É provável ele atrasar o treino.
que viria. ao treino.
11. Reduza as orações destacadas em negrito, empregando o infinitivo (pessoal ou impessoal), o gerúndio ou o
particípio. Em alguns casos, mais de uma construção é possível.
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