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O papel das organizações de massas e

dos grupos corais na construção de


uma igreja sólida e eficaz

Mateus 5:13,14 e Efésios 5:14

O Prelector: ALBERTO PADI SITA - PhD


Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos e Liderança
Moderador do FOFAC-IEA, Docente universitário e do ITECHA-ISPEGA)

27 de Agosto, 2023
INTRODUÇÃO
O objectivo dessa pesquisa exploratória e bibliográfica é de ajudar a nova liderança da I.E.A,
a reflectir de que modo, as organizações de massas podem contribuir na construção de uma
igreja sólida e eficaz.
Igreja sólida, “é aquela que está implantada no seu
A igreja eficaz “representa convicção, todo, nas regiões norte, sul e centro de Angola,
competência, motivação, capacidade e representando, firmeza, segurança e estabilidade na
proatividade na liderança”. expansão do evangelho”.

A I.E.A, mesmo com 125 anos de existência, ainda não está implantada como amostra no ponto de vista da expansão nas
regiões norte (miconje alto sundi) e sul (depois da fortaleza) em Cabinda.

Organizações melódicas
Falar de grupos ou organizações de
União Feminina
massas na igreja, aqueles que
contribuem na expansão do
evangelho, como: União Masculino e outras…

Juventude

A igreja é uma comunidade, um grupo de pessoas inseridas na sociedade. É uma família que
compartilha a mesma fé em Jesus Cristo, pese embora nela, existirem organizações e dessas
serem constituídas de pessoas com faixas etárias diferenciadas. (PADI, 2023)
Nessas organizações ou grupos, encontramos Jovens: (de 15–29anos). Adultos: (de 30–59anos) e Idosos: (de 60 em
diante).

“o jovem é o adulto do futuro (…)”

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PROBLEMÁTICA E HIPOTESES
As organizações de massas e dos Grupos Corais, podem contribuir na construção de uma igreja sólida e eficaz

De que modo, as organizações de Será que os grupos corais na I.E.A, na visão dos
massas, podem contribuir na construção nossos líderes, representam um papel importante na
de uma igreja sólida e eficaz? construção de uma igreja sólida e eficaz?

HIPÓTESES

H1. Quando a liderança da igreja define a H2. Quando auxiliam a igreja no processo
importância de cada organização e o seu da nova gestão e na expansão do
respeito, colocando-os como stakeholders evangelho de Cristo nas regiões ainda
da administração indirecta da estrutura da recônditas.
igreja através dos departamentos afins e
reconhece-los de forma formal.

H3. Constituí preocupação dos grupos corais na medida que,


ainda não reconhece as estruturas melódicas, definição clara
dos seus moldes de cooperação quer interna ou externa e sua
intervenção na construção de uma igreja sólida e eficaz, dado
que representam o património da I.E.A.

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MARCO TEORICO

ORGANIZAÇÃO DE MASSAS

Geralmente é quando nos referimos a um tipo de sociedade ou


organização social bastante específico, cujo a sua população está
envolvida com união na concretização dos seus objectivos e na sua cultura
ética seguindo um modelo de comportamento, definido pela organização
aluz dos princípios da igreja.

Por que a união é tão importante na construção de uma igreja sólida e eficaz?

Por que, é um desafio que requer a união de todos os membros e stakeholders da


igreja (organizações melódicas, juventude, união feminina, masculina e outras…).

E assim, a união e uma liderança participativa, constituem um dos pilares


fundamentais para o desenvolvimento de qualquer empreendimento coletivo.
Em João 17:20-23, Jesus ensinou que a união é essencial para a vida cristã.

O reconhecimento das organizações de massas por grupo, é uma variável


fundamental para a construção de uma igreja forte e saudável.

E a JUVENTUDE, é parte do processo.

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MARCO TEORICO

O CORO, A JUVENTUDE dentre outras,

São organizações sociais. E representam a maior (2021, pág.5)


força viva da I.E.A.
Objectivos:
Por isso, congregam-se numa estrutura
organizada de base, auxiliando a igreja atingir os
pontos aléns, levando o evangelho cristo
obedecendo uma hierarquia e funcionabilidade.

Artigo 5º
Objectivos ou finalidade da JIEA são:

Como organizações de massas, visam


promover a vida espiritual, moral e
social dos jovens, considerando o
fundada no dia 18 de Março de 1958
na Missão Evangélica do Quimpondo
papel imprescindível que o jovem
tem quer na igreja, quanto na
sociedade, mediante a utilização dos
seus dons e talentos doados por
Deus.

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MARCO TEORICO
JIEA
Actualmente, registamos preocupações com: o conflito de gerações e de
ideias no ambiente quer familiar, igreja, escola, trabalho e na sociedade.

Os da geração X – aqueles nascidos entre os anos 60-80, defendem que na sua


época a igreja era melhor, havia mais temor e garantia-se o suficiente para uma vida
bem-vivida boa e satisfatória.

Já os da geração Y – aqueles nascidos entre 1981-1996 e os da geração Z,


aqueles nascidos entre 1997-2010 estendendo até 2020, defendem de que:
“a sua geração é a mais evoluída e inteligente”. Por isso, os da geração X
cafricam-nos no seguinte:

a) A falta de oportunidades e de emprego;


b) A falta de voz e espaço ou oportunidades na igreja e nas organizações; dizem que os
jovens ainda não estão preparados;
c) Reclama da sua liberdade e valorização na partilha dos seus valores em busca de
uma convivência boa que vale apena ser vivida no tempo e no espaço na intensidade da
vida.

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MARCO TEORICO
PROBLEMAS DA JIEA

1. O imediatismo e adesão fácil a manifestações, desvinculação para outras


igrejas, prostituição, consumo excessivo de álcool, drogas, burla, fraca aposta na
formação técnica e profissional e não aproveitam as oportunidades
empreendedoras.
2. Os jovens estão no fracasso e conformismo, anulando a sua própria vida;
dentre e outros fenómenos preocupantes no seio da igreja e sociedade.

E daí, questionámos:

- SERÁ QUE ESTAMOS DIANTE DE UM PERIGO?


- O QUE É SUFICIENTE PARA UM JOVEM NA IEA?
- SERÁ A ÉTICA E MORAL REPRESETAREM UM PAPEL IMPORTANTE NA ACTUAL SOCIEDADE?

Daí que, chamo a responsabilidade da nova liderança, a ter a atitude e o respeito aos princípios de liderança
participativa na nova ordem da igreja, que são determinantes:

1. Abrir a mente: Saber ouvir, aprender com os outros.


2. Elevar a equipa: Trabalhar em grupo no processo da expansão do evangelho.
3. Inovar a obra: Saber servir, reinventar ideias e ser humilde
4. Recrear o espirito: Saber inspirar, criar motivação ou sede a equipa, saber comunicar e capacitar os membros.
5. Empreender o futuro: Ser proactivo e trabalhar com projectos sociais, para o alcance do seu potencial de
desenvolvimento cumprindo a missão de Deus para a sua solidez e eficácia.

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MARCO TEORICO

De forma hipotética pode se dizer que, o Suficiente para um jovem pode


variar de pessoa-para-pessoa. E pode envolver:
- alcançar metas pessoais - ter oportunidades de crescimento e desenvolvimento.

- ter relacionamentos saudáveis com as pessoas a sua volta.

É importante dizer que, a falta de oportunidades de opinião e formação aos


jovens pode ser preocupante para o futuro da I.E.A. e da Sociedade em geral.

O jovem faz a juventude, a fase transitória da vida compreendida entre a


adolescência e a idade adulta, obedecendo princípios para o alcance do
sucesso. Uma igreja sem juventude é uma igreja morna e sem futuro.

O jovem é o agente activo da transformação e mudança da I.E.A. Ele tem


visões do mundo com o novo CHA. O novo CHA que me refiro é o:

CHAP – conhecimento, habilidade, atitude e proatividade.

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MARCO TEORICO

O CHAP, envolve um conjunto de competências tecnológicas importantes


para a transformação do jovem da geração Y, Z.

Falar do jovem hoje da I.E.A e sobre tudo no contexto angolano, é olhar para
duas dimensões:
Iª dimensão, Jovens Compulsivos
IIª dimensão, Jovens Pró-ativos

JOVENS COMPULSIVOS

Refiro-me, não só aqueles acelerados, precipitados, impacientes e mornos


fracassados.
Mas também, aqueles que agem, falam ou reflectem as situações de uma
forma mais instintiva e menos consciente e que é abatido pelo
arrependimento, que as vezes desonra a convivência dos seus pais, da igreja
e da sociedade.

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MARCO TEORICO

Braima Sucar Dabó, na ocasião teve a


oportunidade nas eliminatórias dos 5 000 metros
dos mundiais de Atletismo no Doha-Catar em 2019,
diante o seu adversário de Aruba, Jonathan Busby,
a cortar a meta.

A nossa juventude tornou-se uma geração morna, escravizada e dependente do álcool


e desejos sexuais que lhes elevam á Dubai em troca de sacrifícios inúteis e
desajustadas, que muito das vezes podem trazer sentimentos desagradáveis o que em
filosofia chamaríamos de angústia.

Há jovens que demonstram bom comportamento em casa e na igreja. Mas lá fora


mudam de comportamento. E o seu pai é capaz de defende-lo inocentemente. Saem
de casa com uma roupa e no caminho troca outra. Até mesmo na igreja acontece. A
isso chamamos de dupla face.
Será que conhecemos a juventude que temos? Em que podem ser útil na I.E.A?

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MARCO TEORICO

JOVENS PRÓ-ATIVOS

aqueles que têm comprometimento e enfrenta os desafios na


insatisfação positiva. Ele cria iniciativas e sai do impossível para o
possível, ele quer sempre aprender.
É a pessoas que faz as coisas sem resmungar ele está sempre
disponível.
Aquele que tem visão para o futuro identificando as oportunidades.

Um jovem pró-ativo precisa responder três grandes perguntas da vida: I cor. 6:12.

É diante desse vai-e-vem, que entre a MORAL e ÉTICA actuando como bússola
interna em busca de uma vida boa, que deve ser vivida no tempo e no espaço.
A verdadeira ética do cristão reside na mente e no coração. Dado que, representa
o conjunto de valores e princípios que como cristão utiliza para a sua conduta e
responsabilidades, para as suas escolhas enquanto pessoa.
Parem de criticar. Deem ideias inovadoras, vivem a vida dedicando-se com os
vossos pais, irmãos e a Deus. Vocês não imaginam a falta que um dia vos farão.
Respeitem os mais velhos e aprendem deles e vice-versa.

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CONCLUSÃO

Para as Organizações de massas e em particular a Juventude da I.E.A

1º Os jovens devem dar um exemplo correcto aos mais novos e adultos. E precisam
trabalhar arduamente e com humildade com a liderança da igreja, na busca da qualificação
e desenvolvimento de competências. Manifestar-se no apoio às iniciativas inovadoras e
empreendedoras e nos projectos de construção de uma igreja sólida e eficaz. E com isso,
deve-se criar e dar espaços para apresentação das suas ideias.
2º A liderança da igreja deve considerar e reconhecer formalmente e sem assimetrias todas
as organizações de massas evitando as desigualdades.
3º As paroquias precisam trabalhar com elementos formados na administração para a sua
boa gestão, cabendo a estes zelar sobre os aspectos organizativos da igreja.
4º A liderança da igreja, deve apostar na cooperação da formação de base universitária de
jovens-pastores e jovens não pastores nas várias áreas cientificas e teológicas para o garante
da continuidade, gestão e na criação de novos modelos de desenvolvimento da I.E.A.

5º A I.E.A., deve pensar em novos modelos de gestão da igreja. O ieaismo, deve ser
desconstruído repensando num processo de reforma que garante o envolvimento de todos.

6º A liderança da igreja, deve envolver as organizações de massas sem se esquecer as


organizações melódicas, para o auxilio e êxito do processo das missões, evangelização e
expansão da I.E.A. nas zonas recônditas aonde ainda não se encontra implantada.

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