Você está na página 1de 9

ANHANGUERA

ANA LAURA ALBUQUERQUE SANTOS

A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS


TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

ITAPETININGA
2020

1. INTRODUÇÃO
A BNCC indica as habilidades e aptidões que as crianças e
jovens têm direito a desenvolver para viver hoje e em um futuro muito próximo para que
possam desfrutar e aproveitar o que o mundo tem a oferecer.
Trabalhar com as habilidades como um eixo exige que eles adotem uma série
de atitudes em relação ao conhecimento, em relação a si mesmos em relação ao outro. 
A escola é o lugar onde todas as crianças aprendem a desenvolver essas atitudes, e
o primeiro, essencial, "aprender a aprender", para que possam construir instrumentos
que as tornem aptas.
Mas não depende apenas dos alunos. Os educadores também devem viver essa
atmosfera.
O desenvolvimento da autonomia ocorre quando
temos intenção educacional neste sentido e criamos condições para todos os
profissionais da escola atuar da mesma forma.
Portanto, é necessário criar um clima em que todos, abrangendo, diretor, coordenador e
professores abracem o conhecimento como meio
de desenvolver habilidades, mobilizar recursos, saberes, desenvolvimento
d e hipóteses, argumentos, desejo e entusiasmo pelo desenvolvimento dos alunos e
também do deles, integrando conhecimento e teoria, enfrentando tendo atitudes
responsáveis em relação a situações complexas vivenciadas no ambiente escolar.
Domínios de conhecimento são importantes quadros estruturados e interpretação da
realidade, essenciais para garantir a participação autônoma do cidadão
na sociedade. Ou seja, as diferentes áreas, os objetos de conhecimento selecionados
em cada uma delas e o tratamento transversal de questões sociais constituem uma
representação ampla e plural dos campos de conhecimento e de cultura de nosso
tempo, cuja aquisição contribui para o desenvolvimento das competências gerais
expressas na BNCC.
Estes visam à inclusão social e assumem que alunos, pais e profissionais
da educação constituem uma verdadeira educação.
Esta perspectiva visa o desenvolvimento integral coletivo e o individualismo.
Assim, a reflexão sobre a escola exige da equipe escolar uma reformulação do
projeto educacional para que cada
profissional esteja sobre suas intenções educacionais na frente das crianças e seus
colegas.
Deve fazer referência à identidade da escola, seus
valores, suas culturas, suas condições, sua realidade socioeconômica e refletir-se na
atmosfera da escola.
2. DESENVOLVIMENTO

Tendências educacionais surgiram para melhor orientar a educação e essa prática


não é reduzida apenas à pedagogia, mas a movimentos sociopolíticos e filosóficos
que apoiam fortemente essas concepções. Cada projeto foi formulado em uma tentativa
de interpretar o processo educacional e para buscar soluções que vêm no ato de
educar, ação e intenção para uma aprendizagem. Em
suma, os conceitos pedagógicos ainda permanecem intrínsecos, mesmo com as
novas habilidades do BNCC. Vamos, portanto, analisar as relações das
tendências educacionais das primeiras
quatro habilidades gerais identificadas pela educação básica do BNCC. A primeira
competência enfatiza: ”Valorizar e usar o conhecimento historicamente construído no m
undo físico, social e cultural digital para compreender e explicar a realidade, continuar e
colaborar na construção de uma sociedade democrática justa e inclusiva”.
Percebemos, em esta competência, a valorização de um conhecimento estabelecido, a
continuidade da aprendizagem desse conhecimento e repercussões para uma
sociedade democrática. Esta habilidade traz a realização da tendência Progressiva dos
conteúdos, sua ênfase principal é colocada naqueles que se confronta com a realidade
social. Esta corrente visa trabalhar as experiências dos alunos, permitindo-
lhes democratizar esses conhecimentos de forma a desenvolver uma visão científica e
crítica da sociedade. É também neste contexto que a escola orienta o aluno
para uma participação ativa na sociedade. A experiência deles consiste em utilizar os
conteúdos integrando-os e eles à realidade social em que vivem,
garantindo uma educação democrática e de qualidade. Assim, traz a figura do professor
como condutor de todo o processo ensino-aprendizagem. Nesta concepção, o
professor é o mediador entre os e os alunos, e todo o processo de ensino e coloca o
aluno no centro de tudo, porque seu conhecimento se baseia na experiência pessoal.
Os conteúdos culturais e universais
estão relacionados ao significado e ao social, ou seja, porque a sociedade participa
e está em todo o processo educacional. A segunda
competência enfatiza: Exercitar um intelectual e usar uma abordagem apropriada para
investigação, reflexão, análise crítica, imaginação e criatividade, para investigar
causas, desenvolver e testar hipóteses, formular e resolver problemas e
criar conhecimento baseado em conhecimento de diferentes campos.
Este projeto incentiva os alunos a exercitar sua curiosidade usando a ciência, incluindo
o processo baseado no conhecimento de diferentes áreas. Podemos ver aí traços da
tendência Renovação Progressiva Liberal que enfatiza as habilidades individuais, o
papel da escola de promover experiências mais próximas da realidade do aluno.
Nesta tendência , o aluno aprende experimentando, pesquisando e descobrindo através
do estudo de ambientes naturais e buscando soluções temporárias com a ajuda
discreta. A terceira competência visa “valorizar as diversas manifestações artísticas e
culturais, desde o local ao global, também participar de práticas diversificadas de
produção artístico-cultural.“ Este conceito trata da participação e desenvolvimento
do aluno em todo o processo cultural e artístico. Vemos aqui
a ”tendência liberal renovada, que enfatiza tanto o significado de cultura quanto o
desenvolvimento de habilidades ”individuais”, como Líbano afirma sobre a pedagogia
liberal”. O autor também expõe o "sotaque" atribuído "ao aspecto cultural,
ao esconder a realidade das diferenças de classe, visto que, embora a ideia de
igualdade não levasse em conta a desigualdade de condições”. A
quarta habilidade indica: Usar diferentes linguagens - corporal, visual, sonora e
digital -, bem como as linguagens artísticas, matemáticas e científicas, para expressar
informações, experiências, ideias e sentimentos, contextos diferentes
que produzem significados que levam à compreensão mútua.
Percebemos aqui o uso da linguagem, relacionamento, colaboração, diálogo e
expressão dos alunos. Ele destaca a tendência progressiva libertária de transformar a
personalidade libertária e de autogestão. A metodologia centra-se no contexto cultural,
educação e liberdade de expressão; os conteúdos, por outro lado, do não
são obrigatórios e das necessidades do grupo; e o professor é conselheiro e monitor
sempre ajudando o aluno. Em aula, os debates são aprofundados
e, assim, a compreensão do conhecimento mútuo é
aprendida no que diz respeito às necessidades e interesses do grupo. Nessa tendência,
o método é realizado em grupos, os alunos decidem o método que desejam trabalhar
tendo liberdade de expressão e decisão no âmbito cultural.
Portanto, nós observamos que as primeiras quatro habilidades em
comum enfocam o conhecimento historicamente constituído, o conhecimento de diferen
tes campos e o conhecimento científico. Desse modo, é óbvio buscar a integração entre
teoria e prática, levando em consideração a importância de saber articular
o conhecimento historicamente constituído com a realidade podendo assim exercer a
cidadania, transformar o mundo com atitudes de reflexão crítica e participação ativa.
O conceito de competência, adotado pela BNCC, marca a discussão pedagógica e
social das últimas décadas e pode ser inferido no texto da LDB, especialmente quando
se estabelecem as finalidades gerais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio
(Artigos 32 e 35).
Além disso, desde as últimas décadas do século XX ao longo do início do
século XXI, a ênfase no desenvolvimento das competências nortearam a maioria
dos estados brasileiros, municípios e vários países no desenvolvimento de
seus programas.
Essa também é a abordagem adotada nas avaliações internacionais pela Cooperação e
Desenvolvimento Econômico, que coordena a avaliação internacional de alunos,
e pela educação, ciência e cultura das Nações Unidas.
Ao adotar esta abordagem, o BNCC indica que a pedagogia deve ser orientada para o
desenvolvimento de habilidades.
Por uma indicação clara do que os alunos "sabem" e especialmente do que
deve saber, a explicação das competências oferece referências ao reforço das ações
que asseguram a maior parte da aprendizagem.
O anúncio divulgado por o governo federal no BNCC Estadual cita: “Todos
os alunos, do norte ao país, de escolas públicas ou privadas, terão os direitos
de aprendizagem”, e também “Se a educação básica for igual, as oportunidades
também serão.” No entanto, o contexto da economia política
nacional vai à direção oposta, uma vez que graves violações aos direitos
sociais, conforme evidenciado pela aprovação da emenda constitucional 95, congela os
investimentos públicos no âmbito social campo por anos. Reforma trabalhista; Reforma
da previdência social; Reforma do Ensino Médio; Projeto escola sem partido;
Política nacional de avaliações e exames na educação básica; Leilões do pré-sal, bem
como avanços nas privatizações.
No entanto, sabe-se dos custos da educação de qualidade e, que por décadas os
movimentos sociais e entidades educacionais, têm defendido a expansão dos recursos
de produtos brutos para a educação necessária, para melhorar sua qualidade. O que
é investido atualmente é insuficiente para resolver o problema histórico.
Sem ele, a promessa de que "todos os alunos, de norte a sul do país, de escolas
públicas ou privadas terão os mesmos direitos de aprendizagem" é enganosa.
Afinal, isso não acontece sem treinamento adequado, trabalho, carreiras, professores
e outros profissionais de ensino, nem mesmo escolas desmanteladas e um número de
cargo insuficiente para atender a aplicação para matrículas, em particular na educação
infantil, média e superior.
Nessa perspectiva, a educação visa adaptação, flexibilidade e trabalho simples e
precário.
A proposta corporativa em
questão vai além de simplesmente aumentar a carga horária escolar, pois representa a
adoção de conceitos  pedagógicos. Um conjunto de estratégias
supostamente capazes de proporcionar “educação mais ampla” aos alunos.
Prevalecem o pragmatismo e o utilitarismo, que se desdobram no
desenvolvimento das habilidades necessárias para resolver as demandas
do cotidiano e do mundo do trabalho, favorece o
autocuidado, os relacionamentos, bom convívio interpessoal, flexibilidade e resiliência.
Em outras palavras, os valores inerentes à formação dão o tom do documento que
orienta a educação nacional.
Se desvelarmos o discurso das diferenças e como meio de mascarar e justificar
as desigualdades, entenderemos que o BNCC se baseia na subjugação do
sistematizado pelo conhecimento de a cada dia, portanto, na defesa de
um treinamento voltado para a adaptação e apaziguamento, por exemplo, destaca-se a
necessidade de um sujeito proativo saber administrar as diferenças e a diversidade.
É formar sujeitos capazes de aceitar passivamente a classe, que restringem o acesso à
riqueza produzida pela inclusão do conhecimento sistematizado.
Nesta perspectiva, o método de construção do conhecimento é mais importante do que
o conhecimento já produzido socialmente, portanto, estabelece uma hierarquia
de valores, em que a aprendizagem sozinha está em um nível maior do
que a aprendizagem resultante da transmissão de conhecimento de alguém.
A defesa do relativismo cultural está ligada à possibilidade de apreensão do
conhecimento real, objetivo e de uma cultura universal, que está ligada à crítica do
racionalismo moderno, que permite um monitoramento mais amplo e
mais resultados, estabelecendo novas bases para o aprofundamento.
Além disso, a privatização e a divisão técnica da escola também podem ser afetadas.
A padronização nacional dos objetivos de aprendizagem deve pressionar as redes
públicas a adotarem o ensino privado, como o BNCC, permitindo a adoção de um
sistema em diferentes regiões do país, incentiva grande produção
de ensino padronizado materiais a serem implantados no país, apoiados na ideia de
que sua mercadoria, junto com o BNCC, promove um aumento de desempenho.
O BNCC e os currículos são identificados nos princípios e valores que, como
já foi referido, a LDB e as DCN.
Assim, eles reconhecem que a educação está comprometida com o desenvolvimento
humano global, em suas dimensões intelectual, afetiva, social, ética, moral e simbólica.
Além disso, o BNCC e os programas de estudo têm papéis complementares
para garantir a essencial aprendizagem definida para
cada um dos ensinos básicos, visto que essa aprendizagem se dá apenas por meio de
conjunto de decisões que caracterizam o programa em ação. São estas decisões
que irão adaptar as propostas à realidade local, tomando em conta a autonomia das
redes educativas e das escolas, bem como o contexto e as características dos alunos.
Entre outras ações, a:
 Contextualizar o conteúdo dos componentes do programa, identificando
estratégias para apresentar, representar, exemplificar e torná-los significativos,
 Decidir sobre formas de organização interdisciplinar dos componentes
curriculares e a competência pedagógica das equipes escolares para adotar
estratégias dinâmicas, interativas e colaborativas em termos de gestão e
aprendizagem;
 Selecionar e aplicar metodologias e estratégias didático-
pedagógicas diversificadas, usando diferentes ritmos e conteúdos
complementares, trabalhando com as necessidades de diferentes grupos de
alunos, famílias e sua cultura de origem, suas comunidades, seus grupos
de socialização, etc. Usando ritmos diferentes e conteúdo complementar, para
trabalhar com as necessidades de diferentes grupos de alunos, famílias
e sua cultura de origem, comunidades, grupos de socialização, etc. 
 Projetar e praticar situações e práticas para motivar e envolver os
alunos na aprendizagem;
 Construir e aplicar procedimentos de avaliação formativa
de processos e resultados que levam em consideração contextos e condições de
aprendizagem, tendo esses registros como referência para o
desempenho escolar, professores e alunos;
 Selecionar, produzir, aplicar e avaliar recursos de ensino e apoiar o processo de
aprendizagem;
 Criar e disponibilizar documentos de orientação para professores, bem como
manter processos de
formação continuada de professores que permitam a melhoria contínua dos
processos de ensino aprendizagem;
 Manter processos de aprendizagem ao longo da vida sobre gestão
de currículo para outros educadores, dentro de escolas e sistemas educacionais.
3. CARTAZ

COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1. Usar conhecimento historicamente construído no físico, social, cultural e


digital para compreender e explicar a realidade.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e fazer uso da abordagem apropriada para
a ciência, incluindo pesquisa, reflexão, análise crítica e criatividade, para
investigar as causas, desenvolver e testar hipóteses, formular e resolver
problemas e soluções baseadas no conhecimento de diferentes áreas.
3. Promover e valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais,
locais a globais, e também participar nas práticas de produção de ambas.
4. Uso de diferentes linguagens - verbal, corporal, visual, sonora e bem
como conhecimento de linguagens artísticas. Para expressar
e compartilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em contextos
diferentes, produzindo significados que levam ao entendimento mútuo.
5. Compreender, usar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação
de forma crítica, significativa, reflexiva e em diferentes práticas sociais para
comunicar, acessar informação, gerar conhecimento, resolver problemas,
exercer liderança e autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade do conhecimento e das experiências
culturais apropriando-se dos saberes e das experiências
que tornam possível compreender as relações do mundo do trabalho e alinhar-
se ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade,
autonomia, pensamento crítico e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, confiáveis dados, para formular, negociar e
defender ideias, opiniões e decisões comuns que respeitem os direitos
humanos.
8. Conhecer e cuidar da própria saúde emocional, compreenderem-se na
diversidade humana, suas emoções e as dos outros.
9. Exercer empatia, diálogo, resolução de conflitos e cooperação, respeitar
e promover respeito pelas pessoas, acolher e valorizar a diversidade de
grupos sociais e indivíduos, seus conhecimentos, identidades, culturas
e potenciais.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência, determinação, tomando decisões baseadas em
princípios democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O BNCC realiza contrarreformas para expressar e consolidar o desenho de


marca antinacional, anti-povo e anti-público de educação da classe
dominante brasileira. A marca condena o simples trabalho de gerações e
nega que a base da ciência permita aos jovens compreender e dominar como
funcionam as coisas e o mundo social.
Nesse sentido, determinamos os elementos básicos na exposição da
pedagogia crítica histórica não apenas para criticar o projeto de educação
burguesa, mas, principalmente, para apresentar proposições que mostrem
sua possibilidade nas atuais condições históricas. Afinal, o conhecimento da
ciência, da filosofia e da arte se expressa em termos de objetivos
pedagógicos específicos (desenvolvimento humano), o que significa que a
forma como está inserido na prática social passou por uma mudança
qualitativa. Não podemos ignorar o conceito geral, especialmente a unidade
de forma do conteúdo, porque mudar o conteúdo de ensino da escola e
promover a socialização do conhecimento sistemático envolve a mudança da
forma organizacional da escola. Assim como é impossível mudar a
organização escolar sem mudar o conteúdo tratado pela escola.
Além disso, devemos buscar o que há de mais rico e desenvolvido na cultura
criada pela humanidade, que pode ser passado de geração em geração!
5. REFERÊNCIAS

https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/educacao-fisica-os-temas-
transversais-contribuindo-para- formacao-critica-social-alunos.htm
http://books.google.com
https://revistaeducacao.com.br/2018/10/05/bncc-competenciasgerais/
https://sae.digital/base-nacional-comum-curricular-competencias/
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base
https://www.fmcsv.org.br/pt-BR/biblioteca/bncc-educacao-infantil/?
gclid=CjwKCAjwiY6MBhBqEiwARFSCPj13TehIkMwxxDhpJZOotP8bKVX-
cfVsr7o9bV8s6otdPi9BJqARBRoCpvsQAvD_BwE
https://fundacaolemann.org.br/noticias/o-que-e-a-bncc?
gclid=CjwKCAjwiY6MBhBqEiwARFSCPpou2voDc9B5eTndfUQUnqSe0aHSc3jBvI89nX
MERDWuUUKUob36AhoCQL0QAvD_BwE

Você também pode gostar