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PROJETO PEDAGÓGICO | PRÉ-ESCOLAR

PERÍODO DE VIGÊNCIA | 2021 a 2024

MARIA ALVES

MARGARIDA VIEIRA

ISABEL MARQUES
“É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”
Provérbio africano
ÍNDICE

INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4
FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DA PEDAGOGIA PARA A INFÂNCIA............................................... 5
A PRÁTICA EDUCATIVA ................................................................................................................. 6
MÉTODOS E ESTRATÉGIAS ............................................................................................................ 6
OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 7
A ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO ............................................................................... 8
PRIORIDADES EDUCATIVAS ........................................................................................................... 9
Educar com e na Natureza ........................................................................................................ 9
Educar para uma cultura de sustentabilidade .......................................................................... 9
Educar pela arte ........................................................................................................................ 9
CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS ..................................................................................................... 11
CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 3 ANOS ............................................. 11
CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 4 ANOS ............................................. 11
CARACTERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 5 ANOS ............................................. 12
RELAÇÃO COM A FAMÍLIA ........................................................................................................... 12
PARCEIROS EDUCATIVOS ............................................................................................................ 13
COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO ................................................................................................... 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................... 14
INTRODUÇÃO

Este projeto pedagógico abrange a valência do Pré-escolar e destina-se às crianças entre os 3


anos e a entrada na escolaridade obrigatória e foi elaborado para um período de 3 anos, sendo
passível de ser reformulado ou alterado sempre que se justifique.

Tem os seus alicerces nas Orientações Curriculares do Ministério da Educação para a Educação
Pré-escolar, no Projeto Educativo da Instituição, nos Modelos Curriculares e contempla a nossa
perspetiva educativa face à educação de infância.

Abordamos os fundamentos e princípios da pedagogia para a infância recorrendo a diferentes


metodologias e estratégias, adaptando-as à nossa realidade de forma a concretizar as opções
educativas que sustentam a nossa prática.

Traçamos os objetivos para esta resposta social, salientamos a importância da prática educativa,
da organização do ambiente educativo e das prioridades educativas.

Referimos a constituição das equipas educativas e elaboramos as caraterísticas das crianças dos
3 até aos 6 anos.

Mencionamos a importância da relação com a família e dos parceiros educativos, como agentes
fundamentais no processo educativo.

Concluímos o projeto com o ponto comunicação/divulgação e anexamos os projetos


curriculares das respetivas salas.
FUNDAMENTOS E PRINCÍPIOS DA PEDAGOGIA PARA A INFÂNCIA

A educação pré-escolar, tal como está estabelecido na Lei-Quadro (Lei nº5/97, de 10 de


fevereiro), destina-se às crianças entre os 3 anos e a entrada na escolaridade obrigatória, sendo
considerada como a “primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da
vida”.(OCEPE, 2016, p.5)

O Jardim de Infância é um espaço privilegiado para o desenvolvimento das competências


educativas, comunicativas e linguísticas. No entanto, a criança não se desenvolve apenas neste
contexto, mas também noutros em que viveu ou vive, nomeadamente na família. “A educação
pré-escolar, no seu aspecto formativo, é complementar e ou supletiva da acção educativa da
família, com a qual estabelece estreita cooperação.” ( Lei de Bases do Sistema Educativo, 1986,
artº 4).

“As OCEPE adoptam uma abordagem sócio-construtivista da aprendizagem (Gaspar, 1998),


dando grande importância ao papel do contexto, numa perspectiva ecológica (Ministério da
Educação, 1997) e constituem um apoio à acção do educador para planear, avaliar, estabelecer
relações com as famílias, a escola e a comunidade e as experiências a propor em diversas áreas
de conteúdo…”(Folque 2018, p.47)

Num contexto de educação de infância, existe uma intencionalidade educativa em que as


diferentes experiências e oportunidades de aprendizagem coerentes e articuladas, sustentadas
por relações afetivas estáveis, promovem um sentimento de bem-estar. “[…]mas sabemos que
o bem-estar colectivo, harmonia do grupo, a alegria de pertencer, requerem que cada um, na
sua individualidade, se sinta bem”.(Formosinho, 2011,p.24).

Reconhecer a criança competente, cidadã e co-autora do seu próprio desenvolvimento e


aprendizagem é encará-la como sujeito e agente do processo educativo, o que quer dizer que
devemos partir das suas experiências e valorizar os seus saberes e competências, de forma a
que possa desenvolver todas as suas potencialidades. “[…] dois objetivos educacionais foram
considerados de fulcral importância, particularmente nas sociedades democráticas ocidentais:
em primeiro lugar, que a educação se deve centrar mais no desenvolvimento daquele que
aprende porque é o aprender a aprender que garante a capacidade de continuar a aprender ao
longo da vida[…] em segundo lugar, que deve haver a preocupação de desenvolver o cidadão,
para que aprenda a participar na sociedade democrática”.(Folque,2018, p.37).

Na elaboração deste projeto, temos comobase as Orientações Curriculares para a Educação de


Infância, o Projeto Educativo da Instituição eos Modelos Pedagógicos para a Educação de
Infância.

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A PRÁTICA EDUCATIVA

Devemos ter em conta na nossa prática educativa os seguintes aspetos:


- As áreas de conteúdo - são referências a considerar no planeamento e avaliaçãodas atividades
e não devem ser vistas como compartimentos, mas abordadas de forma articulada e
globalizante que possibilitem oportunidades de aprendizagem.
- A intencionalidade educativa - que resulta de um processo reflexivo de observação,
planeamento, ação e avaliação, de modo a adequar a prática às necessidades das crianças,
contribuir para reformular estratégias e definir práticas dinâmicas e inovadoras.
- A organização do ambiente educativo – “ O espaço jamais é neutro.”, afirma Pol Morales
(1982) e Zabalza(1987) completa dizendo: “O espaço em educação é constituído como estrutura
de oportunidades.É uma condição externa que favorecerá ou dificultará o processo de
crescimento pessoal e desenvolvimento das actividades instrutivas.”, constitui um suporte
indispensável para a concretização do projeto, pelas múltiplas oportunidades que oferece e
pelos diferentes níveis de interação que possibilita: organização do grupo, do espaço e do
tempo, a relação com os pais e com outros parceiros educativos.
- O trabalho com as famílias – é imprescindível num conceito de escola aberta. “Incentivar a
participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração
com a comunidade”, é um dos objetivos pedagógicos presentes nas Orientações Curriculares e
acentua a importância da relação com a família. Além de manter elo com a família, implica os
pais no processo educativo dos filhos. Os pais podem contribuir com experiências interessantes
na sala ou colaborando em casa, ajudando a concretizar atividades ou projetos. Este tipo de
participação enriquece e consolida as aprendizagens desenvolvidas no Jardim de Infância.

MÉTODOS E ESTRATÉGIAS

Tendo como base a metodologia definida no nosso Projeto Educativo que atende às orientações
curriculares para a educação pré-escolare à diversidade dosmodelos pedagógicos “[…] que
ajudam a articular teoria e prática. (Evans,1982; Formosinho,1996), citado por Folque(2018,
p.36). Procuraremos proporcionar às crianças um ambiente educativo desafiante, estimulante e
inovador que desperte a curiosidade e o desejo de aprender.

A nossa ação pedagógica, pretende respeitar o bem estar, a individualidade e o ritmo de


desenvolvimento de cada criança, permitindo-lhe um desenvolvimento harmonioso e pleno no
sentido de se tornarem pessoas responsáveis, autónomas e solidárias.

Assim, iremos proporcionar aprendizagens nas diversas áreas de conteúdo, dando uma maior
relevância ao respeito e valorização pelo ambiente natural e social, à educação ambiental e
àeducação artística “[…] numa perspetiva de corresponsabilização do que é de todos no
presente e tendo em conta o futuro”.(OCEPE, 2016, p.40).

Todas estas aprendizagens diversificadas têm os seus aliçerces no reconhecimento do BRINCAR


como uma atividade natural da iniciativa da criança. “Brincar é […] a linguagem de todas as
linguagens.”(Eduardo Sá). Uma linguagem que visa uma aprendizagem holística, em que as

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dimensões cognitivas, sociais, culturais, físicas e emocionais se entrelaçam e atuam em conjunto
no desenvolvimento da criança.

Também Loris Malaguzzi no seu poema “As Cem linguagens da Criança” valoriza as diferentes
linguagens da criança. Então, vamos dar-lhe essa oportunidade de prazer, liberdade de ação,
imaginação e exploração. E, entender o brincar não como forma de entreter a criança, mas sim
numa perspetiva de uma atividade rica e estimulante que promove o desenvolvimento e a
aprendizagem.

Ao brincar, a criança exprime a sua personalidade, desenvolve a imaginação e a criatividade e,


estabelece relações entre crianças e as criança e os adultos, facilitando o desenvolvimento de
competências sociais e comunicativas. Trata-se assim, de garantir o direito a brincar como um
potencial factor de socialização que assume uma função mediadora na aprendizagem e no
desenvolvimento.

OBJETIVOS

A nossa prática educativa é fundamentada numa diversidade de pedagogias participativas e


alternativas em que a criança é o sujeito e agente do seu processo educativo, ou seja, partir das
suas experiências e valorizar os seus saberes e competências de modo a desenvolver todas as
suas potencialidades. Como tal, devemos proporcionar-lhe ambientes desafiantes e
oportunidades de ser escutada e de participar nas decisões, demonstrando confiança na sua
capacidade para orientar a sua aprendizagem e contribuir para a aprendizagem dos outros.

Na perspetiva de continuidade entre brincar e aprender, as áreas de conteúdo são referências


a ter em conta na observação, planeamento e avaliação do processo educativo e, devem ser
entendidas de forma integrada e globalizante.

As áreas de conteúdo: Formação Pessoal e Social; Expressão e Comunicação e Conhecimento do


Mundo estão na base dos objetivos definidos para a faixa etária dos 3 até à entrada na
escolaridade obrigatória.

 Proporcionar um ambiente de segurança, bem estar, alegria e prazer;


 Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança, com base em experiências de
vida, numa perspetiva de educação para a cidadania;
 Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade
das culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel como membro da
sociedade;
 Incutir hábitos de higiene e de defesa da saúde;
 Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no respeito pelas suas
caraterísticas individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens
significativas e diversificadas;
 Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens múltiplas
como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do
mundo;
 Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
 Criar regras e limites de forma clara e coerente;

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 Privilegiar as relações interpessoais, promovendo os afetos;
 Promover a autonomia;
 Facilitar situações de aprendizagem sobre o conhecimento do corpo e saber identificar
e nomear as suas partes;
 Sensibilizar o gosto pelos livros e pelas histórias;
 Promover o desenvolvimento motor e exercitar atividades motoras finas;
 Satisfazer a curiosidade e descoberta, explorando diferentes espaços e materiais;
 Estimular a comunicação, incentivando as trocas verbais, a aquisição da linguagem oral
e o enriquecimento do vocabulário;
 Desenvolver o pensamento lógico- matemático;
 Incutir valores e atitudes de respeito;
 Promover a participação em eventos da instituição;
 Proporcionar momentos que enriqueçam as capacidades expressivas: desenho, pintura
teatro, dança, música,…visitando museus, assistindo a espetáculos de dança, música,
teatro;
 Criar situações de envolvimento e participação com as famílias, numa partilha de
cuidados e responsabilidades em todo o processo educativo;
 Valorizar o espaço exterior como mais um recurso para a aprendizagem ativa;
 Utilizar as tecnologias como forma de diversificar recursos e aprendizagens;
 Proporcionar momentos lúdicos e de prazer assistindo a espetáculos de crianças mais
velhas ou de grupos de teatro que se desloquem à instituição;
 Sensibilizar para a reciclagem e para a sustentabilidade do planeta.

A ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE EDUCATIVO

A organização do ambiente educativo tem como objetivo a construção de um ambiente inclusivo


e valorizador da diversidade de modo a proporcionar a todas e a cada uma das crianças
condições estimulantes para o seu desenvolvimento e aprendizagem, promovendo em todas
um sentido de segurança e um bem - estar emocional e físico, dando resposta às suas
solicitações. “Este cuidar ético envolve assim a criação de um ambiente securizante em que cada
criança se sente bem e em que sabe que é escutada e valorizada” (OCEPE, 2016, p.24).
A educação pré-escolar é um contexto de socialização e todo o processo educativo é realizado
num determinado tempo, acontece num espaço ou em vários espaços e dispõe de materiais que
implicam a inserção da criança num grupo em que interage com outras crianças e adultos.

A organização do espaço, como do tempo e dos materiais deve ser encarada como dimensões
pedagógicas. Transmitindo mensagens, respeitando os direitos da criança,serem um suporte ao
desenvolvimento do currículo e serem também determinantes tanto no poder de decisão como
no fazer e aprender das crianças.

Os tempos pedagógicos organizam o dia a dia e a semana com ritmo e uma rotina diária que
respeita os interesses das crianças e as suas motivações. A organização do espaço, do tempo e
dos materiais adapta-se ao desenvolvimento das atividades e dos projetos ao longo do ano.

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Por um lado, a seleção dos materiais obedece a critérios pedagógicos e podem serconsiderados
como um segundo educador.“Os materiais pedagógicos são fundamentais para promover o
brincar e o jogar, o aprender com bem estar”. E por outro, “O espaço e o tempo vividos são
relacionais, isto é, a organização, a diversidade, a beleza e riqueza do espaço, dos materiais, e
do tempo ganham significado através das relações e interações que humanizam o espaço de
vida e aprendizagem.”(Formosinho (org.), 2013 p.45-46).
Criar um ambiente educativo com materiais diversificados que estimulem os seus interesses e
satisfaçam a sua curiosidade - é oferecer oportunidades de escolha como, com quê e com quem
brincar.

PRIORIDADES EDUCATIVAS

 Educar com e na Natureza

As crianças nascem com curiosidade natural para explorar e experimentar os ambientes ea


infância é uma contínua janela de oportunidades para o seu desenvolvimento. Consideramos
que todos os espaços são importantes para a aprendizagem e conscientes da necessidade das
crianças de hoje brincarem ao ar livre e como afirma Angela Hanscom (2018)”[…] a brincadeira
ao ar livre promove crianças fortes, confiantes e capazes”. Também na perspetiva da pedagogia
em participação”[…]a natureza é, antes de mais, uma fonte de experiências que se revela rica,
sobretudo se a permeabilidade entre espaços facilitar a permeabilidade de
aprendizagens.”(Formosinho & Araújo, 2014, p. 21).

O contacto com a natureza torna os sentidos mais apurados e é uma excelente forma de
desenvolver capacidades sensório-motoras, são oportunidades de aprendizagem que
proporcionam experiências únicas de descoberta e de questionamento para as quais a criança
procura respostas.
A natureza oferece uma criatividade sem limites, permitindo desenvolver brincadeiras
autónomas que apelam a todas as áreas de desenvolvimento, favorecendo um desenvolvimento
integral e integrado.

 Educar para uma cultura de sustentabilidade

Numa época em que os problemas de defesa do meio ambiente e de proteção da natureza são
de grande importância,pois trata-se de salvar o Planeta Terra, juntos temos de alterar os
nossos padrões de consumo e de estilos de vida.

Assim, devemos naturalmente sensibilizar as crianças, incentivando e promovendo práticas e


atitudes positivas: “A forma mais garantida de produzir uma cultura de sustentabilidade é
começar pelas crianças, porque elas têm amor pela natureza.”(Vital Didonet).

 Educar pela arte

“As Artes no Jardim-de-Infância[…]”são “[…] contextos artísticos que devem ser incentivados em
ambiente pré-escolar. […] fornecendo suportes que desenvolvem a imaginação criadora como

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procura de descoberta e exploração de diferentes mundos” (Godinho & Brito, 2010, p.7).Além
de criar oportunidades de experimentar técnicas e materiais, promove o desenvolvimento da
criatividade e do sentido estético e permite o acesso à arte e à cultura artística.

Quando a criança desenha, pinta, dança, constrói, esculpe, faz música… ou brinca, ela envolve-
se ativamente num processo de atribuição de sentido, de forma única, individual, à sua medida.
O desenvolvimento da capacidade criativa torna a criança mais segura de si, mais confiante,
mais resistente a situações adversas, do seu dia a dia.
As diferentes linguagens artísticas são meios de enriquecer as possibilidades de expressão e
comunicação das crianças.

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CONSTITUIÇÃO DAS EQUIPAS

A equipa do grupo dos 3 anos é constituída por uma educadora de infância e por uma ajudante
de ação educativa.

A equipa do grupo 4/5 anos é constituída por duas educadoras e duas ajudantes de ação
educativa.

CARATERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 3 ANOS

As crianças desta faixa etária são altamente ativas, curiosas, explorando constantemente o
mundo à sua volta. Começam a relacionar-se com os outros e a construir a sua identidade. É
nesta inter-relação com os outros que a criança aprende e atribui valor aos seus
comportamentos e atitudes.Assim, num contexto social e relacional vivem e aprendem valores,
atitudes, comportamentos e passam a partilhar interesses e brincadeiras. Cada vez mais
consciente do seu papel, gosta de representar diferentes papéis, imitando o que vê e o que
vivenciam no seu dia a dia.

Verifica-se um enorme desenvolvimento da linguagem, já é capaz de compreender cerca de


1200 palavras e de usar cerca de 800.

O gradual desenvolvimento das capacidades motoras finas permitem que nos desenhos que as
crianças efetuam apareçam formas mais definidas, assim como conseguem fazer muitas tarefas
sozinhas: vestir-se, subir as escadas alternando os pés, despejar liquídos e transportar
facilmente objetos.

Gostam de brincar, cantar, dançar, etc… Gostam bastante de histórias, de ouvir e


posteriormente contá-las, tal como narrar acontecimentos ou episódios da sua vida. Surgem as
perguntas frequentes como “o que é isto?” ou o “porquê?”, por vezes colocadas sem ser
esperada uma resposta, mas no sentido da criança percecionar que compreende e é
compreendida por quem a rodeia.

CARATERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 4 ANOS

Esta faixa etária carateriza-se por um grande desenvolvimento psicológico, continuando a


desenvolver-se fisícamente de uma forma gradual mas, acima de tudo, ela desenvolve-se e
cresce a nível social, emocional e cognitivo.

Cada vez mais consciente da sua individualidade, gosta muito de conviver com outras crianças e
começa a formar os primeiros “grupos”. A amizade é muito considerada e as brincadeiras
cooperativas são as suas preferidas. Nesta idade a comunicação é uma competência crucial na
relação com os outros.

O desenvolvimento motor é muito significativo, tanto a nível de equilíbrio como a nível de


coordenação de movimentos. Assim como a motricidade fina é mais aperfeiçoada e visível no
desenho da figura humana.

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A criança é conhecida por ser criativa e sonhadora e os medos podem surgir associados a uma
enorme vontade de conhecer o que a rodeia.

CARATERÍSTICAS DAS CRIANÇAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 5 ANOS

A partir dos 5 anos, a criança começa a conseguir controlar as suas emoções e a conseguir
colocar-se no lugar do outro. A responsabilidade e a organização são outras competências que
devem ser valorizadas.

É também nesta idade que a criança começa a revelar uma personalidade própria, manifestando
o seu sentido de autocrítica, de individualidade e de auto confiança.

Relativamente à linguagem consegue estruturar o tempo em dias, semanas, meses e anos. O


seu vocabulário alargado é adequado às situações encorporando novas palavras no seu discurso.

Apresenta já uma capacidade de categorização, de melhor pronunciação das palavras e uma


estrutura frásica mais complexa.

Gosta de participar em discussões de grupo e consegue tomar a sua vez de forma adequada nas
conversas.

Entre o os 5 e os 6 anos, muitas crianças vêem o desporto e as atividades físicas como as suas
preferidas.

RELAÇÃO COM A FAMÍLIA

“A escola é das mães, dos pais, de todos os encarregados de educação, da equipa de


profissionais e das crianças.”https://infantarioleonardocoimbra.pt/

Família e escola são dois contextos sociais indissociáveis que contribuem para a educação da
criança, pois são coeducadores da mesma criança.
Criar uma relação de parceria, individual e coletiva, com as famílias leva a que os pais se
envolvam e participem na dinâmica da instuição. Esta interação proporciona o conhecimento
das suas necessidades e expetativas educativas e favorece o desenvolvimento emocional e
social da criança.
O convívio diário com os pais contribui para um ambiente feliz e harmonioso entre toda a
comunidade educativa.
Os pais podem participar ao longo do ano em momentos de convívio com as crianças, propor
atividades, colaborar em projetos do grupo ou mesmo enriquecer as atividades desenvolvidas
na sala.
Este envolvimento das famílias contribui para a compreensão do trabalho pedagógico,
valorizando o que as crianças fazem e dizem.

O planeamento de estratégias diversificadas permitirá a participação de todas as famílias:


 Contar uma história
 Falar da sua profissão
 Partilhar saberes e culturas: jogos, teatros, músicas, canções, danças, tradições, receitas
culinárias…

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 Contribuir com materiais e equipamentos necessários que nos fazem falta, apelando à
reutilização e evitar o consumismo
 Participar em obras de remodelação
 Participar e colaborar em festas e convívios.

A colaboração das famílias, e também de outros membros da comunidade, o contributo dos


seus saberes e competências para o trabalho educativo a desenvolver com as crianças é um
meio de alargar e enriquecer as oportunidades de aprendizagem.

PARCEIROS EDUCATIVOS

As crianças desenvolvem-se e aprendem em interação com o mundo que as rodeia.


Toda a comunidade envolvente oferece uma riqueza de recursos que despertampara a
descoberta, para a exploração e satisfaçãoda curiosidade das crianças e enriquecem as
aprendizagens.
 Famílias - os nossos maiores parceiros são as famílias com os seus saberes, partilhas,
doações…
 Fundação de Serralves - Parque, Jardins, Quinta, Horta, Museu e Casa do cinema Manoel
de Oliveira
 Fundação Aga Khan Portugal
 Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti - estágios
 Câmara Municipal do Porto - Centros Ambientais
 Parque da Cidade
 Parque da Pasteleira
 Parque do Covelo
 Jardim Botânico
 Jardim do Palácio de Cristal
 Teatro Municipal do Porto - Campo Alegre
 Casa da Música
 Biblioteca Almeida Garrett
 Biblioteca Forbela Espanca
 Praias

COMUNICAÇÃO/DIVULGAÇÃO

Este projeto pretende ser comunicativo e um suporte à nossa prática pedagógica, aberto a toda
a comunidade educativa. Envolvido numa dinâmica de relações que fazem parte do
desenvolvimento de crianças fortes, felizes e resilientes.
Sempre que se justifique, este documento pode ser alterado pelos diversos intervenientes no
processo educativo.

“ Há sempre um momento na infância em que se abre a porta que deixa entrar o


futuro.”,Graham Green, in O Poder e a Glória

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Equipa Educativa do Infantário Dr. Leonardo Coimbra(2021) Projeto Educativo da


Instituição2021- 2024
Folque, Assunção (2018) O Aprender a Aprender no Pré-Escolar: O Modelo Pedagógico do
Movimento da Escola Moderna (3ª edição). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
Formosinho, J.(org.), (2011) O Espaço e o Tempo na Pedagogia - em- Participação.Porto: Porto
Editora
Formosinho & Araújo, (2013) Educação em Creche: Participação e Diversidade. Porto: Porto
Editora
Formosinho, Júlia (org.), (2013) Modelos Curriculares para a Educação de Infância:Construindo
uma Práxis de Participação (4ª edição).Porto: Porto Editora
Godinho, José C.; Brito, M.J.N. (2010), As Artes no Jardim-de-Infância, Textos de Apoio para
Educadores de Infância,(1ª edição), Lisboa: Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento
Curricular.

Hanscom, Angela J. (2018) Descalços e Felizes. Lisboa: Livros Horizonte


Neto, Carlos(2020) Libertem as Crianças – a urgência de brincar e ser ativo. Lisboa: Contraponto
Silva, Isabel L.(coord.), Marques, Liliana; Mata Lourdes; Rosa, Manuela (2016), Orientações
Curriculares para a Educação Pré-escolar, Lisboa: Ministério da Educação/Direção-Geral da
Educação (DGE)
Zabalza, Miguel A.(1998), Qualidade em Educação Infantil, Brasil: Artmed
https://www.eduardosa.com/blog/queridos-pais/para-que-serve-brincar/

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