RESIDIR NA EDUCAÇÃO: UM PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DOS PILARES

DA EMPATIA NA ESCOLA.

INTRODUÇÃO

O Programa de Residência Pedagógica (PRP) tem por finalidade aprimorar a

formação dos graduandos de licenciatura, possibilitando a conexão do discente na escola,
e coincide com a formação continuada dos professores da educação básica, que fazem a
supervisão e orientação dessa práxis. Conforme as características básicas do projeto no
edital Portaria CAPES nº 82, de 26 de abril de 2022, “[...] imersão do licenciando no
cotidiano da escola, visando a compreensão da cultura escolar em toda a sua
complexidade” (CAPES,2022, p. 4). O projeto “Residir na educação” é uma iniciativa do
Programa de Residência Pedagógica – Núcleo Pedagogia Pádua, desenvolvido pela
preceptora e residentes da Escola Campo, que será desenvolvido em uma turma de
Educação Infantil na E.M.Dr João Gambetta Périssé, no município de Santo Antônio de
Pádua, cidade do Noroeste Fluminense do estado do Rio de Janeiro, com o intuito de
apresentar cincos conceitos fundamentais para construir os pilares da empatia no
ambiente escolar.

Atualmente, estamos vivenciando por um fenômeno de violência nas escolas, cujo

as maiorias das vezes o agressor é aluno ou ex-aluno desse espaço, causando uma
violência inesperada em um ambiente que deveria ser seguro, por isso, acaba sendo um
assunto extremamente complexo e que causa angústia nos professores e uma lesão na
educação que precisa ser tratada.

O espaço escolar deve ser um ambiente seguro, onde os alunos e professores

possam trocar experiências e vivenciar os fenômenos de um espaço educacional em
construção e inovação de atitudes de esperanças e de humanização para uma educação de
qualidade. Através de intervenções, regências e diálogos com as crianças e comunidade
escolar, a proposta irá inquietar os envolvidos para refletirem sobre o bullying,
preconceito, violência, afetividade e respeito, para conscientizar a importância da empatia
na escola.

A metodologia escolhida para execução do projeto de intervenção pedagógica foi

a pesquisa-ação. O projeto é interventivo já que parte da busca de uma resolução de um
problema real enfrentando nas escolas brasileiras e que teve como ponto de partida uma
inquietação sobre as violências nas escolas e os envolvidos dessas tragédias. Um projeto
de intervenção fundamenta-se geralmente, nos preceitos da pesquisa-ação. Assim, a
pesquisa-ação orienta o pesquisador a rever sua própria prática e permite que as ações
sejam planejadas, mas também revistas ao longo da execução, estimulando e respeitando
a participação de todos os envolvidos.

OBJETIVO GERAL

Desenvolver intervenções pedagógicas para conscientizar as crianças e a comunidade

escolar sobre os pilares da empatia na escola e promover um ambiente acolhedor e
humanizador para uma educação de qualidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Promover ações que sinalizem temas importantes que envolva o emocional,

afetivo e social do aluno no ambiente escolar.
• Oportunizar dialogo sobre o que os educandos entendem sobre bullying,
violência e preconceito.
• Estimular práticas de respeito, afetividade, tolerancia e empatia.
• Incentivar momentos de reflexão em roda de conversa para levantamento de
práticas que não são apropriadas e acontecem no seu convívio escolar.
• Diferenciar bullying de brincadeiras.
• Investigar possibilidades para reverter as situações de bullying e preconceito.
• Instigar os alunos e a comunidade escolar a compreender a importancia de se
expressar e conversar sobre suas emoções.

JUSTIFICATIVA

Relembrando a reflexão do livro Pedagogia do oprimido de Paulo Freire (1987)

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor” e entendendo
o potencial da Residência Pedagógica no contexto escolar, direcionamos nossas
inquietações para promover intervenções que contribua com as crianças da Escola-campo
na sua formação integral. Uma vez que a escola é um espaço de aprendizagem e reflexão,
precisamos investigar quais são os motivos desse ambiente estar se tornando
frequentemente um lugar de ataques e violência e como combater esse fenômeno.

METODOLOGIA

O presente projeto se desenvolver através de uma abordagem qualitativa de uma

Pesquisa-ação que permite intervenções planejadas, mas também revistas ao longo da
execução, estimulando e respeitando a participação de todos os envolvidos.

RECURSOS DIDÁTICOS

• Leitura de textos
• Planejamento/Plano de aula;
• Quadro negro/Giz/Apagador
• Televisão
• Computador
• Cartolina/EVA/Papel
• Tinta
• Fita adesiva
• Bola de futebol
• Revista
• TNT colorido
• Instrumentos didáticos conforme o conteúdo e planejamento do residente e
preceptora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PADILHA, Paulo Roberto. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-

pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

ANTUNES, Ângela; PADILHA, Paulo Roberto. Avaliação dialógica, formativa e

continuada na Educação Cidadã. In: Educação cidadã, educação integral:
fundamentos e práticas. Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2000.

Portal da Capes, disponível em https://www.gov.br/capes/pt-br/acesso-a-

informacao/acoes-e-programas/educacao-basica/programa-residencia-pedagogica

CRONOGRAMA

ATIVIDADES DATA
• Elaboração do projeto Maio/ 2023
• Planejamento das atividades pela Maio/2023
escola
• Aplicação das atividades Maio e junho /2023
• Culminância 30/06/23