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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

ESCOLAS REUNIDAS PROFESSOR FRANCISCO DE PAULA


ABREU

PARIPIRANGA-BA

2022
1. APRESENTAÇÃO

O PPP (Projeto Político Pedagógico) é um documento que define a identidade da


escola e indica caminhos para garantir uma educação de qualidade. Toda a escola tem
objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas
aspirações, bem como os meios para concretizá-los é que dá forma e vida ao projeto.
Analisando a nomenclatura, pode-se dizer que é um projeto porque reúne propostas de
ações concretas a executar durante determinado período de tempo. É político por considerar
a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos que
atuarão de forma individual e coletiva na sociedade. E, por fim, é pedagógico, pois define
e organiza atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e
aprendizagem.
A proposta de construção de um Projeto Político Pedagógico decorre da necessidade
de repensar a instituição escolar em seus mais amplos contextos e, de modo particular, a
realidade do estabelecimento de ensino para o qual o planejamento se dirige, considerando
sua missão, objetivos, metas, problemáticas e sistemas de atuação, de acordo com os
valores urgentes na sociedade. Os princípios norteadores da ação educativa e os ideais e
valores que perpassam a compreensão de pessoa humana, aspecto influenciador do ato
educativo. De maneira geral, tem-se que o Projeto Político Pedagógico visa estabelecer
princípios, diretrizes e metas destinadas a orientar o trabalho pedagógico desenvolvido no
estabelecimento de ensino, identificando aspectos basilares da identidade do
estabelecimento, bem como as formas de interlocução deste com a comunidade local e com
a sociedade em geral, e vice-versa.
Nesse contexto, o presente documento representa o esforço da Escolas Reunidas
Professor Francisco de Paula Abreu, por meio dos seus mais diferentes agentes, em
construir um Projeto consistente, eficaz e coerente com as ações desenvolvidas na escola.
A elaboração deste documento representa não apenas a adoção formal por um tipo de
educação determinada, mas, sobretudo, a exposição mais transparente possível para a
sociedade que se relaciona com a escola e da qual ela faz parte, de como, a partir de
determinados princípios, tem-se buscado construir a formação integral dos alunos
entendendo que, somente quando se reflete sobre o objeto de trabalho, o caminho que se
quer alcançar e a realidade presentificada no tocante ao processo ensino/aprendizagem, é
que se têm condições de adentrar na possibilidade da emergência de uma educação sólida
e comprometida com a transformação social e com a formação integral do indivíduo.
Assim, para o estabelecimento de ensino fica a responsabilidade de, além de cumprir
as proposições indicadas no referido documento, ter sempre como meta construir práticas
educacionais avançadas e emancipatórias, que seja integradora e inclusiva, reafirmar os
fundamentos da educação pública, gratuita e de qualidade e estabelecer vínculos com as
novas necessidades sociais e culturais de sujeitos plenos de direito, como colocado pela
Constituição e reivindicado pelos diversos atores sociais tendo como parâmetros uma
educação de qualidade onde seja possível o ingresso, o desenvolvimento e a permanência.
(LUCKESI, 1995).
É sabido que o Projeto Político Pedagógico deve se afirmar como um documento
vivo, por conta do seu caráter dinâmico, que possibilita uma constante avaliação e
modificação para que, os objetivos maiores propostos para as ações educativas possam ser
alcançados. Nesse sentido, o Projeto também se apresenta como representativo das ideias
e práticas em construção, que buscam criar e recriar princípios, ações e normas que
possibilitem a formação de um ser humano integral. Ele não é um documento fechado,
elaborado apenas para cumprir uma exigência das agências reguladoras da educação no
país, mas decorre de uma postura ética perante a sociedade, que faz a escola se apropriar
de valores, tomar decisões sobre sua ação e, sobretudo, pensar sobre si mesma e seu papel
na construção identitária do homem e dos grupos na sociedade.
Por outro lado sua elaboração coletiva decorre da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional (Lei 9394/96) que, em seu artigo 12, inciso I determina que “os
estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino,
terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica” e ainda que esta deva
ser elaborada por todos os agentes da educação do estabelecimento escolar, de forma
democrática e participativa, se reflita sobre a realidade, se analisem propostas e definam
caminhos a serem trilhados pela escola, em sua função de construir educação.
Partindo de tais pressupostos, o presente Projeto Político Pedagógico pauta-se num
ideário de construção de uma escola pública e gratuita de qualidade, que consiga enxergar
o potencial da educação no tocante à construção do pensamento crítico, que motive a
concretização do papel de cidadão de fato e de direito, o qual levará, certamente, cada
indivíduo a se posicionar de forma crítica perante a realidade. E, desse modo, adotar novas
práticas e posturas no escopo social e, aliado a tudo isso, uma educação com sentido, que
possa integrar os valores e saberes prévios de cada educando, aos valores da escola
institucionalizada. Nesse sentido, a educação que se pretende construir possui um viés
libertador uma vez que, questiona a realidade dada, desafia os pressupostos estabelecidos
pelo poder hegemônico e ajuda o indivíduo no processo de tornar-se humano e
humanizador. Isso posto, poder-se-á citar Almeida quando, ao se referir à função da escola
diz que “o papel político da escola está em garantir a todos o acesso ao conhecimento como
modo de superar a dominação decorrente da distribuição desigual do saber e do acesso à
cultura”. (2004, p.107).
O homem não é dado pela natureza, não é um produto construído pelo acaso ou
mesmo, por uma energia alheia ao que é tido como terreno e natural, determinado por forças
superiores e sem condições de lutar contra as contingências. Pelo contrário, o ser humano
é um projeto. Ele surge no ambiente social como uma possibilidade, um “vir-a-ser”
contínuo que necessita, por sua vez, da interação dos grupos para se tornar aquilo que pode
ser. Sem os grupos sociais, não há humanização. Nesses termos, a escola assume para si,
pela sua própria constituição e fundamentação, a função indispensável de contribuir com
cada ser humano e com a humanidade em geral, para a emergência de pessoas providas de
senso civilizatório, que na interação com os outros aprendem o que é o social e que, por
isso mesmo, se tornam, também elas, humanas. Se a escola perder o seu caráter
“humanizador”, certamente incorrerá numa perda de identidade.
Construir uma escola é construir relações. A escola é o lugar das relações, como diz
Paulo Freire, a escola é, e nunca poderá deixar de ser, o lugar onde se faz amigos, porque
é um lugar do encontro, o lugar onde todo mundo é gente, o lugar onde se faz gente.
Educação é comunicação que possibilita ao homem entrar em contato consigo e com o
outro de forma humana e igualitária. É isso que se quer para esta escola.

2. JUSTIFICATIVA
A escola é compreendida como local dinâmico de saberes, espaço de diálogo, busca
permanente de sintonia com novos tempos, atenta às mudanças e renovações, como
também, impulsionadas pelas necessidades educacionais da realidade circundante não pode
eximir de seu compromisso com os projetos que buscam a qualidade da educação.
Considerando que a escola hoje, já não é detentora do conhecimento e da informação,
mas cabe a ela preparar seu aluno para ser um cidadão crítico, consciente, responsável,
humano e que tenha a ética como valor essencial a sua formação. Esse é o grande desafio
das Escolas Reunidas professor Francisco de Paula Abreu.
Neste sentido, a aprendizagem é o centro da atividade escolar. Por extensão, o
professor caracteriza-se como profissional da aprendizagem e não tanto do ensino. Isto é,
ela apresenta e explica conteúdos, organizam situações para a aprendizagem de conceitos
e métodos, formas de agir e pensar. Em suma, promove conhecimentos que possam ser
mobilizados em competências e habilidades, as quais auxiliam os alunos a enfrentar os
problemas do mundo real. Dessa forma, a expressão “educar para a vida” pode ganhar seu
sentido mais nobre e verdadeiro na prática do ensino.
Se a educação básica é para a vida, a quantidade e a qualidade do conhecimento têm
de ser determinantes por sua relevância além dos limites da escola. Portanto, mais que os
conteúdos isolados, as competências são mais gerais e constantes e os conteúdos mais
específicos e variáveis. É exatamente a possibilidade de variar os conteúdos no tempo e no
espaço que legitima a iniciativa dos diferentes sistemas públicos de ensino para selecionar,
organizar e ordenar os saberes disciplinares que servirão como base para a construção de
competências, cuja referência são as diretrizes e orientações nacionais de um lado e as
demandas do mundo contemporâneo do outro.
Pensando dessa forma, o PPP da Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula
Abreu visa compreender melhor a realidade do aluno ao modo de viver, de ser e de pensar.
É nessa perspectiva de aprendizagem que buscamos relacionar o conteúdo com os saberes
prévios dos alunos, fazendo aproximação com o seu cotidiano, auxiliando-os a
compreender melhor a realidade social em que estão inseridos.
3. IDENTIFICAÇÃO

A cidade de Paripiranga pode ser considerada, durante muito tempo, como uma
pacata cidade do interior, sem atrativos turísticos. No plano cultural, destacam-se os
festejos alusivos ao São Pedro, no mês de junho, onde se tem a apresentação de grupos
folclóricos bem como, shows artísticos, com fluxo de grande número de pessoas do
município, bem como de outras cidades e, também, a festa da padroeira, no mês de
novembro, com solenidades culturais e religiosas. Nota-se que a população, em sua grande
maioria, declara-se católica sendo que é expressiva a presença de grupos protestantes e
evangélicos, como também, de cultos afro-brasileiros e espíritas. Sendo um município
pautado na agricultura, sua população trabalha no cultivo do milho, do feijão e da abóbora
e percebe-se um grande número de pessoas que dependem do trabalho na lavoura para a
sobrevivência e dos benefícios oferecidos pelo Governo Federal. Em decorrência da
instalação de um centro de estudos superiores na cidade, um grande número de pessoas
provenientes de diversas cidades da região tanto da Bahia, quanto de Sergipe, se deslocam
diariamente ao município e, aos finais de semana, geram movimento tanto no que tange ao
aspecto econômico como na interação cultural.
Do ponto de vista histórico, sabe-se, de acordo com dados disponibilizados no sítio
virtual do IBGE, que o município fora, originalmente, habitado por grupos indígenas dos
quais, de acordo com algumas fontes não se sabe o nome, nem a origem e, segundo outros,
seriam os índios chamados “Vermelhos”, uma ramificação da tribo dos “tapuias” (IBGE).
Observa-se que a primeira penetração de descendentes de europeus no território, ocorrera
apenas no século XVII, quando colonos portugueses se fixaram no município, fazendo
nascer a povoação de Malhada Vermelha, cujo nome foi mais tarde, mudado para
Patrocínio do Coité, hoje cidade de Paripiranga. Nos seus primórdios, a povoação de
Malhada Vermelha foi premiada pelo cidadão José Antônio de Menezes, que construiu
uma capela sob a invocação de Nossa Senhora do Patrocínio, filiada à freguesia de Nossa
Senhora do Bom Conselho dos Montes do Boqueirão. A dita capela foi elevada à categoria
de freguesia pela Lei provincial número 1168, de 22 de maio de 1871, com o nome, de
Nossa Senhora do Patrocínio do Coité, de acordo com os dados disponibilizados pelo sítio
virtual do IBGE. Pelo Decreto Estadual n.º 7.341, de 30-03-1931, o município de
Patrocínio do Coité tomou o nome de Paripiranga, vindo, tempos depois, a ter seu território
desmembrado em outro município, o de Adustina.

3.1 História da escola

A Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu, situa-se no município de


Paripiranga, na região Nordeste do Estado da Bahia, distante 320 Km da capital. O
Município possui, segundo dados do IBGE, 27.778 habitantes (IBGE/2010) sendo 9.533
na zona urbana e 18.245 na zona rural. Apresenta 435,7 Km² e uma densidade demográfica
63,75 hab/Km². Para 2016, a população estimada era de 29.980 habitantes distribuídos
entre zona rural e zona urbana.
Sobre a história da Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu, sabe-se
que a criação da mesma deu-se dentro do contexto legal da época que instituía Escolas
Reunidas como a reunião de duas a três escolas, próximas à sede, num raio de 2 Km,
conforme citado por Almeida e Barros (2000), que citam a lei 1.846 de 14 de agosto de
1925, art. 54 a qual institui que “nas villas ou cidades onde o número de escolas fôr de 2
a 4, poderão as mesmas funccionar sob a denominação de Escolas e Reunidas, entregando-
se a direção a um professor que também leccione uma classe (art.56)”.
Nota-se, da análise supramencionada e dos documentos da época, que o objetivo da
Escolas Reunidas era meramente econômico, uma vez que, as escolas sob esse título seriam
todas organizadas a partir do mesmo corpo técnico-administrativo, o que levaria o Estado
a economizar com pessoal e recursos. No caso da escola em questão, fontes informam que
a mesma se deu como resultado da junção de pequenas outras escolas que funcionavam em
diferentes residências no município de Paripiranga. A construção do Prédio se deu por
finalizada em 30 de dezembro de 1948 sob a administração do Prefeito Jonathas Lima e do
Governador Estadual o Senhor Otávio Mangabeira, tendo como Secretário de Educação
Estadual o Senhor Anísio Teixeira.
Segundo relatos orais, a construção do prédio se deu onde, no passado, fora um
cemitério. Não se sabe a origem dos corpos sepultados no local cuja história foi sepultada
através de cada pedra assentada na base do prédio. O prédio foi oficialmente inaugurado
no ano de 1950. Em 05 de setembro de 1955, uma assembleia na Câmara, os Vereadores
formalizam o decreto, portaria n° 4,558 de 19 de julho, visto a tamanha importância
formaliza uma homenagem ao ilustre educador, que autoriza a nomeação do Grupo Escolar
de Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu.

Perpetuando assim a memória do saudoso mestre, com esta


denominação ao nosso principal estabelecimento de ensino presta
para o povo de Paripiranga, através de sua Câmara de Vereadores,
uma justa e merecida homenagem ao insigne homem das letras, que
foi o inesquecível Prof. Francisco de Paula Abreu. (Jornal O ideal. 5
de julho de 1959. Ano VI. Nº 311. P.3)

O fato da Escolas Reunidas ter recebido o nome do exímio Professor Francisco de


Paula Abreu foi mais que merecida homenagem a um homem que revolucionou a educação
e a imprensa do município e regiões vizinhas. Por essa reverência, que se torna o precursor
da educação que se almeja continuar a promover em Paripiranga. O insigne Professor era
muito sensível quando se referia à educação como se pode perceber em uma de suas frases
em uma edição de 08 de dezembro de 1922 de O Paladino: “No dia em que a humanidade
inteira souber ler e escrever haverá menos criminosos e tiranos. Para fechar presídios –
abrir escolas; para derrubar tiranos – abrir imprensas”.
Era um educador arrojado e honrado, no qual ressalta-se um de seus lemas: “Viver
para fazer viver a semente do saber”. A frente do colégio a quem o defendeu de forma
extraordinária, promoveu educação no município, mesmo aposentado, até a sua morte.
O Prédio atraia a atenção de todos os paripiranguenses por sua fachada imponente,
que retrata bem os princípios e valores relacionados à educação e vigentes na época de sua
construção, observa-se que, a escola passou a ser espaço central para toda a cidade que se
desenvolvia.
A figura do professor Francisco de Paula Abreu deixou um legado para a educação
de Paripiranga e vizinhança. Em uma edição de 1955, O Ideal, faz referência a beleza
esplendorosa das Escolas Paula Abreu para a Praça da Bandeira, uma vez que o prédio se
tornou o maior referencial para o ensino na cidade de Paripiranga.

Tudo ali era beleza misturada com o perfume que exala das flores, e
é o encantamento da mocidade construindo com sua exuberante
alegria, um mundo de sonhos futuros, enquanto aguarda a realidade
do porvir. Vê nos pés de fícus esparsos pelo jardim, as meninas as
moças protegendo-se à sombra do calor morno da manhã ensolarada.
E defronte a imponência de um prédio que constitui outra esperança
para o futuro, é o Grupo Escolar, onde se prepara o espírito da nova
geração para as tarefas da vida.

Em 14 de janeiro de 1959, o grande mestre da Educação e comunicação de


Paripiranga faleceu, mas deixou na memória dos paripiranguenses o seu legado pessoal e
profissional, uma vez que sempre demonstrou ser justo e participativo na causa humana. E
deixa o Grupo Escolar como um memorial a sua vida, nesse lugar.
Ao longo dos tempos, as características arquitetônicas foram mantidas, em parte,
apesar de sucessivas reformas.

Figura 01: Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu 1950

Figura 02: Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu – 2016


Figura 03: Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu 2019

Em 1992, a Escola passou pela sua maior transformação arquitetônica no que


concerne a área externa, como informado em Placa na parede exterior. Passou a obter a
forma que se tem atualmente, sob a administração do prefeito Clarival Dantas Trindade e
do Governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães. O prédio teve sua fachada alterada de
modo a obter uma baixa muralha sobre diversos balaústres. Porém, em relação às paredes
erguidas internamente e externamente nunca foram alteradas.
A Escola que antes era de competência administrativa do Estado da Bahia, é
municipalizada pelo plano de ação em parceria com o município, portaria número 8.993/99
publicado no diário oficial do dia 10 de novembro de 1999, nesse contexto, passará a sediar
a Educação de Jovens e Adultos do município de Paripiranga, a funcionar no período
noturno, dando um caráter inclusivo ao estabelecimento. Inclusão esta que vem sendo um
desafio e um aprendizado até a época atual.
Tendo participado de todos os eventos estudantis, artísticos e culturais do município,
as Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu, vem se destacando pela
competência técnico-pedagógica de sua equipe e pelo compromisso em construir uma
educação pública de qualidade.
Em aspectos administrativos, nota-se que a equipe diretiva atual prima por uma
gestão participativa e humana, prezando sempre pelo diálogo, para que assim, possibilite a
melhoria da qualidade do ensino, a participação ativa da comunidade e o ingresso com
permanência de novos alunos.
A Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu oferece Ensino Fundamental
II nos períodos matutino e vespertino, como também Ensino Fundamental II na modalidade
de EJA, no turno noturno.

3.2 Diagnóstico da realidade escolar

A Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu, oferece Ensino


Fundamental II nos períodos matutino e vespertino, como também a modalidade de EJA,
no turno noturno. As turmas oferecidas pela escola estão distribuídas na tabela abaixo:

TURMA MODALIDADE TURNO DE


FUNCIONAMENTO
6º ano A ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ
6º ano B ENSINO FUNDAMENTAL TARDE
7º ano A ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ
7º ano B ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ
7º ano C ENSINO FUNDAMENTAL TARDE
8º ano A ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ
8º ano B ENSINO FUNDAMENTAL TARDE
9º ano A ENSINO FUNDAMENTAL MANHÃ
9º ano B ENSINO FUNDAMENTAL TARDE
9º ano C ENSINO FUNDAMENTAL TARDE
MODALIDADE EJA – 2022.1
6ª SÉRIE ENSINO FUNDAMENTAL NOITE
7ª SÉRIE ENSINO FUNDAMENTAL NOITE
8ª SÉRIE ENSINO FUNDAMENTAL NOITE
MODALIDADE EJA – 2022.2
6ª SÉRIE ENSINO FUNDAMENTAL NOITE
7ª SÉRIE ENSINO FUNDAMENTAL NOITE
8ª SÉRIE ENSINO FUNDAMENTAL NOITE
Tabela 01: Turmas e turnos de funcionamento na Escolas Reunidas Professor
Francisco de Paula Abreu.

3.2.1 Recursos Humanos

A escola conta com 42 funcionários, assim distribuídos: 24 no corpo docente, 04


funcionários da equipe administrativa, 02 na equipe pedagógica, 04 professores
readaptados e 09 profissionais de apoio administrativo escolar. A escola tem como prática
a integração de todos envolvidos no processo educativo, o que requer dinâmica que
contemplem relações amistosas na busca de soluções para os problemas. Inclusive desde o
ano de 2017, houve uma inovação na formação do pessoal de apoio administrativo escolar,
através de uma jornada no início do ano, proporcionando um momento de reflexão com o
tema: “Todos somos educadores!”. Dando continuidade no ano de 2019.

3.2.2 Estrutura Física


Nossa estrutura física está assim formada:
- 05 salas de aula
- 1 sala de leitura;
- 1 Sala dos professores;
- 1 sala para a direção, coordenação e secretaria;
- 1 laboratório de informática (desativada, servindo, apenas, como sala de
vídeo)
- 1 cozinha/copa;
- 6 banheiros, sendo 2 adaptados para deficientes
- 2 pátios;
- 01 quadra;
- 01 pequeno espaço livre;
- 01 horta.
A manutenção do estabelecimento é de competência do poder público municipal que
mantém a estrutura de pessoal, de conservação e equipamento do estabelecimento de
ensino, além de administrar a distribuição da alimentação escolar a partir dos recursos do
PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). No que tange aos recursos para o
financiamento de atividades de manutenção e pequenos investimentos, além de compra de
materiais necessários ao cotidiano escolar, a escola conta com os recursos do FNDE através
do repasse de recursos por meio do instrumento do PDDE básico. Também participa da
proposta do Ministério de Educação e Cultura de construir a educação integral e assim,
aderiu ao programa Novo Mais Educação, recebendo os investimentos do PDDE integral
além dos recursos do PDDE Qualidade, através do programa “Atletas na Escola” (a escola
aderiu, mas ainda não recebeu recursos no ano de 2017, 2018 e 2019) e o PDDE
acessibilidade (o mesmo caso do programa anterior). A distribuição de livros didáticos é
realizada diretamente pelo MEC, através do PNLD – Plano Nacional do Livro Didático e,
periodicamente, a escola recebe doação de livros, revistas e outros materiais através de
programas do Governo Federal, para manutenção do seu acervo de pesquisas educacionais
(desde 2017, não recebemos nenhum). No que se refere à formação do professor e
incentivos para a melhoria do ensino-aprendizagem, a escola vem aderindo aos esforços do
Governo Federal em programas de qualificação docente o Formação pela Escola, dos quais
grande número de docentes e membros do corpo diretivo participam. Como também, a
Secretaria de Educação, visando uma melhoria na qualidade do ensino promove o “Eu,
você... Todos pela Alfabetização”, bem como disponibiliza sessões temáticas para
discussão do que temos e o que queremos para a educação do município. Além disso, há
todo um esforço por parte da comunidade escolar para incentivar a participação qualificada
do aluno nas avaliações externas como as Olimpíadas da Matemática e de Língua
Portuguesa, a Prova Brasil, além de outros projetos similares.
É importante destacar que, grande número do corpo discente reside no interior do
município em localidades como: Quixaba, Roça de Dentro, Maria Correia, Salgadinho,
Pau-Preto, Terra Branca, Barracão, Correntes, Corredor Vermelho, cavaco de Antônio
Barreteo, Sabão e Rochão, dentre outros. Os alunos que residem na zona urbana, residem
em regiões periféricas da cidade, em sua maioria, dado significativo quando se procura
estabelecer parâmetros de atuação por meio do Projeto Político Pedagógico.
4. MARCO DOUTRINAL

4.1 Missão da escola

Oferecer ao educando o processo de ensino de qualidade e propiciar condições para


uma aprendizagem significativa e ética, inserindo-o em métodos de crescimento contínuo
com autonomia, criticidade e criatividade. Tendo a ética como valor essencial para a
formação cidadã, capaz de adotar posturas e culturas conscientes com atitudes de
responsabilidade ambiental e compromissos sociais solidários com a comunidade para com
as gerações atuais e futuras.

4.2 Objetivos educacionais

4.2.1 Objetivo geral

É objetivo da Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu, em consonância


com os parâmetros curriculares nacionais construir uma educação pública de qualidade,
pautada nos valores da inclusão, numa postura integradora das diversas experiências dos
sujeitos com os conhecimentos científicos produzidos na sociedade, que possa
proporcionar o desenvolvimento humano na sua plenitude, em condições de liberdade e
dignidade, respeitando e valorizando as diferenças.

4.2.2 Objetivos específicos:

4.2.3 Ensino Fundamental II

✓ Contribuir com a formação básica do cidadão mediante o desenvolvimento


da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades
e a formação de atitudes e valores e o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância para a vida social.
✓ Oportunizar momentos e espaços para que os adolescentes e crianças,
experienciem sua iniciativa, criatividade, responsabilidade, participação, cooperação e
entreajuda nas atividades escolares.
✓ Propiciar a formação de cidadãos autônomos e críticos, cuja característica
seja à capacidade de argumentação sólida, posicionando-se de maneira crítica, responsável
e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar
conflitos e de tomar decisões coletivas, sendo capazes de atuar com competências e
dignidade na sociedade.
✓ Favorecer a produção e a utilização das múltiplas linguagens, das expressões
e dos conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos, sem perder de vista a
autonomia intelectual e moral do aluno.
✓ Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,
atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro
e exigindo para si o mesmo respeito;
✓ Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes
situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos
e de tomar decisões coletivas;
✓ Conhecer as características fundamentais dos agrupamentos humanos, nas
dimensões sociais, materiais, religiosas e culturais;
✓ Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sociocultural brasileiro,
bem como aspectos socioculturais de outros povos e nações,
posicionando-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças
culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnia ou outras características
individuais e sociais;
✓ Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,
identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo
ativamente para a melhoria do meio ambiente;
✓ Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de
confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética,
de inter-relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança
na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;
✓ Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo
com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva;
✓ Utilizar as diferentes linguagens — verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal
— como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e
usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo
a diferentes intenções e situações de comunicação;
✓ Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos;
✓ Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,
utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade
de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

4.2.3 EJA (Educação de Jovens e Adultos)

✓ Oportunizar aos jovens e adultos, que estão fora da faixa etária da


escolaridade regular a conclusão e continuidade de estudos, com desenvolvimento de
competências e habilidades que propiciem a formação integral do aluno como cidadão e
profissional de qualidade;
✓ Dominar instrumentos básicos da cultura letrada, que lhes permitam melhor
compreender e atuar no mundo em que vivem.
✓ Ter acessos a outros graus ou modalidades de ensino básico e
profissionalizante, assim como a outras oportunidades de desenvolvimento cultural.
✓ Incorporar-se ao mundo do trabalho com melhores condições de
desempenho e participação na distribuição da riqueza produzida.
✓ Valorizar a democracia, desenvolvendo atitudes participativas, conhecer
direitos e deveres da cidadania.
✓ Desempenhar de modo consciente e responsável seu papel no cuidado e na
educação das crianças, no âmbito da família e da comunidade.
✓ Conhecer e valorizar a diversidade cultural brasileira, respeitar diferenças
de gêneros, geração, raça e credo, fomentando atitudes de não discriminação.
✓ Aumentar a autoestima, fortalecer a confiança na sua capacidade de
aprendizagem, valorizar a educação como meio de desenvolvimento pessoal e social.
✓ Reconhecer a valorizar os conhecimentos científicos e históricos, assim
como a produção literária e artística como patrimônios culturais da humanidade.
✓ Exercitar sua autonomia pessoal com responsabilidade, aperfeiçoando a
convivência em diferentes espaços sociais.

5. MARCO SITUACIONAL

A trama social é um resultado direto de diversos fatores que, interligados, promovem


um tipo de sociabilidade tida como hegemônica definidora de comportamentos e promotora
de valores que são apreciados como lícitos e adequados numa visão normatizadora dos
grupos e indivíduos.
Há todo um conjunto de valores e crenças que são perseguidos e colocados em lugar
de destaque e que assim, excluem todos os outros que passam a ser considerados
inadequados. É uma verdadeira máquina de fazer valores, produtora de subjetividades, a
incidir diretamente na vida dos sujeitos, na tentativa de manter o status quo vigente, a
serviço dos ideários capitalísticos que são transversais ao escopo social. Nesse contexto, a
educação pretendida e a educação construída não são isentas de intencionalidades. Não há
neutralidade no ato educativo e, portanto, pensar a educação de forma crítica equivale a
observar como as inferências sociais atingem os moldes nos quais a mesma é construída.
A educação está inserida em todo processo social que se efetiva e que envolve o
homem. Ela tem seu ponto de partida e chegada à prática social. Dessa forma, se os agentes
da educação não se derem conta das determinantes que estão no encalço da construção do
ato educativo, das inferências do social nessa construção e dos valores hegemônicos, dos
grupos dominantes que interferem nos currículos e práticas, não haverá possibilidade de
uma educação eficaz, possibilitadora do pensamento crítico e libertadora do homem. Faz-
se necessário, portanto, que os atores da educação tenham consciência de que ensinar não
significa repassar ou transferir saberes, mas trabalhar para a consecução de um processo
emancipatório com base no saber crítico, criativo, atualizado e competente.
No entanto, há de se ter em mente que, nem sempre, isso acontece. Na maioria das
experiências educacionais, ao longo do país, o processo de ensino/aprendizagem é
percebido apenas como transmitir conteúdos ou incutir valores determinados pelas
instituições sociais, a serviço de um tipo de sociedade que se quer construir, na maioria
autoritária, mantenedora dos valores prementes, comprometida com o tradicionalismo
conservador. Porém, a verdadeira aprendizagem dos alunos não condiz com a reprodução
de conteúdos.
Aprendizagem deve significar mudanças de comportamento, percepção crítica da
realidade “dada por certa” (EMILIANI, 2006), adoção de posturas decorrentes de um
pensamento individual a respeito de si, do mundo, dos outros. O professor, nesse contexto,
deve servir como mediador que propõe pontos de ancoragem, embasados nos saberes
científicos, sem perder de vista, as possibilidades de problematização do contexto sócio
histórico. Assim, a atitude questionadora é indispensável para que haja a desconstrução dos
modelos prontos e acabados e a adoção de novas perspectivas para olhar o conhecimento a
partir do contexto em que a escola está inserida, o qual é atravessado por múltiplas
realidades de exclusão, preconceito e agressão sobre a vida humana.
Educar é dar-se conta da existência dos direitos: daqueles que são negados às
populações marginalizadas; dos que são usurpados pelos detentores do poder; dos que não
são reconhecidos. Educar é dar-se conta de que alunos e professores dentro de um contexto
de observância de obrigações, também possuem direitos, os quais não podem ser negados
ao tempo em que devem ser conhecidos, problematizados, defendidos. Construir uma nova
escola seria, portanto, colocar os Direitos da Criança e do Adolescente em posição de
relevo, pois, é de tais direitos que surgem as práticas educativas e todas elas devem
convergir para a plena efetivação dos mesmos.
Observa-se que os valores da sociabilidade mudaram. A família nuclear, tida como
hegemônica, cede espaço para os novos arranjos familiares; a realidade das drogas está
presente em todos os recantos do país e atinge frontalmente a escola; mitos segregacionistas
e geradores de preconceito são desconstruídos e, numa velocidade ímpar, a humanidade se
vê atônita com a emergência de novos saberes a respeito do homem e da mulher, das
configurações dos relacionamentos e das orientações individuais no plano das
sexualidades; os cidadãos se tornam mais críticos e há um aumento de consciência política
geradora de críticas aos sistemas e promotora de debates públicos; a propaganda assume
lugar de destaque e a sociedade, cada vez mais, se torna consumista com todas as
consequências decorrentes deste processo, a saber, consequências econômicas, naturais,
físicas, psíquicas, entre outras.
Nesse cenário, a educação precisa estar pronta para ser lugar de reflexão e debate de
ideias, capazes de fazer emergir novos olhares comprometidos com a mudança e a
transformação. Nesses termos, não se concebe mais uma escola onde os saberes e
vivências, pais e comunidade ficam do lado de fora dos muros, alheios, e muitas vezes,
indiferentes ao que se passa dentro do mundo escolar, como se a aprendizagem pudesse ser
algo separado do viver das pessoas. Pensa-se numa gestão da escola pública de forma
democrática e participativa, onde todas as questões sejam discutidas e, sobretudo, as
pessoas possam encontrar na escola um lugar para falarem e serem ouvidas.
A escola, dos tempos atuais, precisa se tornar, cada vez mais, espaço de comunicação
e diálogo. Por sua vez, ao educador, cabe repensar sua prática, e mesmo, os valores aos
quais está atrelado, sejam eles religiosos, políticos, morais, pois, diante da atual conjuntura
requerem-se novas metodologias para se atingir novos objetivos, buscando entender como
o aluno desenvolve suas potencialidades, as suas carências, o tipo de apoio que ele necessita
para avançar em sua aprendizagem e, sobretudo, sua subjetividade, seus valores, crenças,
modos de vida, opções, orientação sexual, ética, religiosa.
O professor-mediador é o instrumento polarizador que, sem abandonar sua própria
subjetividade, permite ao outro dialogar sobre os assuntos que lhe são mais importantes e,
sobretudo, favorece o pleno ou tanto quanto possível, desenvolvimento da subjetividade
das pessoas, sem preconceitos, exclusões, estereótipos.
Dito isso, é importante olhar para a realidade das Escolas Reunidas Professor
Francisco de Paula Abreu. Os dados de 2013 apontam que, dos 367 alunos matriculados
naquele ano, apenas 255 conseguiram avançar, 46 foram retidos na mesma série/ano, 61
desistiram e 5 alunos foram transferidos para outros estabelecimentos da Rede. Em 2014,
tivemos 460 alunos matriculados; desses 274 avançaram, e 76 não lograram êxito; foram
transferidos para outras unidades um total de 07 e deixaram de frequentar 83. Observa-se
que a maior taxa de reprovação concentra-se nos anos finais do Ensino Fundamental
regular, principalmente na sexta e na sétima série e que, em linhas gerais, o EJA está entre
as piores taxas de desistência, em torno de 50% em algumas séries. Os anos iniciais do EJA
obtiveram os menores índices de aprovação e taxas que estão entre as maiores em
reprovação e desistência.
Em relação a 2015, tivemos 603 alunos matriculados, desses 410 avançaram e 197
não lograram êxito, foram transferidos para outras unidades um total de 16 e 105 deixaram
de frequentar. Observa-se que a maior taxa de reprovação ainda concentra-se nos anos
finais do Ensino Fundamental, principalmente, os alunos da Educação de Jovens e Adultos.
Avaliando o resultado de 2016, tivemos 517 alunos matriculados, desses 385
avançaram e 71 não lograram êxito, foram transferidos para outras escolas, 5 alunos e 56
deixaram de frequentar. Observa-se que a maior taxa de reprovação ainda concentra-se nos
anos finais do Ensino Fundamental regular, principalmente, os alunos da Educação de
Jovens e adultos.
Avaliando o resultado de 2017, tivemos 285 alunos matriculados no Ensino Regular,
desses 245 avançaram e 20 não lograram êxito, foram transferidos para outras escolas 7
alunos e 13 deixaram de frequentar. Na Modalidade EJA, no primeiro semestre tivemos 95
alunos matriculados e no segundo 95, desses 169 avançaram e 13 não lograram êxito, não
tivemos alunos transferidos para outras escolas e 30 deixaram de frequentar. Observa-se
que a maior taxa de reprovação e desistência ainda concentra-se nos anos finais do Ensino
Fundamental regular, principalmente, os alunos da Educação de Jovens e adultos.
Avaliando o resultado de 2018, tivemos 272 alunos matriculados no Ensino Regular,
desses 222 avançaram e 36 não lograram êxito, foram transferidos para outras escolas 8
alunos e 6 deixaram de frequentar. Na Modalidade EJA, no primeiro semestre tivemos 71
alunos matriculados, desses 45 avançaram e 8 não lograram êxito, não tivemos alunos
transferidos para outras escolas e 18 deixaram de frequentar. No segundo semestre tivemos
76 alunos matriculados, desses 61 avançaram e 9 não lograram êxito, não tivemos alunos
transferidos para outras escolas e 6 deixaram de frequentar. Observa-se que a maior taxa
de reprovação e desistência ainda concentra-se nos alunos da Educação de Jovens e
Adultos.
Avaliando o resultado de 2019, tivemos 305 alunos matriculados no Ensino Regular,
desses 272 avançaram e 26 não lograram êxito, foram transferidos para outras escolas 18
alunos e 4 deixaram de frequentar. Na Modalidade EJA, no primeiro semestre tivemos 109
alunos matriculados, desses 65 avançaram e 3 não lograram êxito, não tivemos alunos
transferidos para outras escolas e 41 deixaram de frequentar. No segundo semestre tivemos
67 alunos matriculados, desses 49 avançaram e 3 não lograram êxito, tivemos 1 aluno
transferido para outra escola e 41 deixaram de frequentar. Observa-se que a maior taxa de
desistência ainda concentra-se nos alunos da Educação de Jovens e Adultos.
A escola oferta o Ensino Fundamental II em classes regulares e a Modalidade EJA
(Educação de Jovens e Adultos). Observa-se que a taxa de frequência de alunos
matriculados evoluiu consideravelmente, porém, do ponto de vista qualitativo ela
demonstra que ainda permanece a distorção idade/ série, pois à medida que as séries
avançam, as experiências da reprovação, do fracasso, do abandono e da evasão se
concretizam. Diante do exposto evidencia-se que a evasão escolar é um problema
complexo e se relaciona com outros importantes temas. São três as grandes causas da
evasão escolar: falta de acompanhamento familiar, necessidade de complementação da
renda familiar e repetência escolar (ou a ameaça dela).
Outro dado relevante e que traz inquietações é a postura do aluno no tocante à
motivação para os estudos e à capacidade de sistematização do conhecimento. De acordo
com levantamentos feitos, os alunos, no entanto, afirmam gostar de frequentar a escola,
participar das atividades de movimento, mas quando há necessidade de concentração,
estudo e leitura ficam dispersos e desinteressados. É importante considerar o fato da
clientela ser heterogênea, onde a maior parte vem da zona rural, trabalhando na agricultura
sendo membros de grupos familiares que não tiveram acesso aos estudos na idade certa e
assim, não adotam posturas de valorização dos estudos, sendo seu foco principal, em
termos de motivação para enviar os filhos para a escola, a manutenção de programas
assistenciais do Governo Federal.
No atual contexto da escola, observa-se a necessidade do professor desenvolver
situações significativas de ensino-aprendizagem que levem o aluno à ação-reflexão-ação,
ajudando-o a sentir-se integrante ativo do processo de construção social. Nesses termos, ao
professor-mediador cabe assumir uma postura reflexiva para além de uma postura de
transmissor de informações. Nesta perspectiva, o professor também precisa de apoio que
pode ser percebido em termos de educação continuada, a qual se apresenta como um dos
caminhos possíveis para a consecução de tais objetivos.
Desse modo, é de extrema importância à participação do coordenador pedagógico.
Dentro da comunidade escolar, o coordenador pedagógico possui uma função articuladora
e transformadora, ou seja, age como um elemento mediador entre o currículo e os
professores, e os outros atores da educação. Esse deve ter pleno conhecimento dos
professores e alunos com quem trabalha, da realidade sociocultural em que a escola se
encontra e os demais aspectos das relações pedagógicas e interpessoais que se desenvolvem
na sala de aula e na escola.
A modalidade de ensino EJA - Educação de Jovens e Adultos tem o compromisso
com a “Educação de Qualidade” que possibilite aos educandos as aprendizagens
fundamentais quanto à capacidade de aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender
a fazer e aprender a ser. Para tanto, é necessário que a escola esteja comprometida com as
garantias básicas do aprendizado escolar, ou seja, voltado intencionalmente para o
desenvolvimento da competência e o domínio da leitura, da escrita e do cálculo. De posse
dessas competências é que o educando terá a compreensão necessária do seu ambiente
social e natural, do sistema político, da tecnologia e dos valores em que se fundamenta a
sociedade, e desta forma, poderá exercer sua cidadania com autonomia e dignidade. Caberá
à escola garantir o acesso ao conhecimento de forma organizada, sistemática e intencional,
daquilo que foi definido para o aprendizado e de relevância quanto ao patrimônio sócio
cultural desenvolvido pela humanidade em seu tempo.
No entanto, a escola enfrenta grandes desafios ao tentar garantir aos alunos da EJA
esse acesso aos conhecimentos aqui propostos. Os alunos que chegam às classes da EJA
estão preocupados com uma nota que os promovam para o ciclo seguinte. A escola é
desafiada então a levar para as salas de aula propostas de ensino motivadoras que garantam
a aprendizagem dos alunos. Paralelo a essa problemática vem o desafio de diminuir o índice
de evasão, mais do que as outras modalidades. Trabalhar com a EJA, significa lidar com
esperanças, com sonhos, com promoção no trabalho, enfim, com qualidade de vida do
aluno.
Diante do exposto, convive-se com grandes desafios na EJA:
✓ Clientela com idade variada entre 15 e 50 anos;
✓ Turmas bastante heterogêneas;
✓ Histórico de fracasso escolar, decorrente dos problemas de permanência
escolar, ou mesmo dificuldade de acesso à escola na idade adequada;
✓ Alto índice de evasão escolar, motivados por:
- Auto percepção da exclusão social de que são vítimas, por conta das situações
socioeconômicas que vivem, aos quais geram desinteresse, decorrente da falta de
perspectiva;
- Vivências de reprovações contínuas, transferências e rotulações na vida escolar pregressa;
- Resistências pessoais e familiares com relação à rotina da EJA;
- Dificuldade em conciliar a jornada de trabalho com os horários de estudo;
- Cansaço físico e mental;
- Carência de pré-requisitos básicos para série matriculada geradoras de dificuldades na
escrita, leitura, raciocínio-lógico, compreensão e produção;
- Dificuldade do corpo docente de estabelecer relações entre a realidade do aluno, seu grau
de desenvolvimento cognitivo e a prática em sala de aula;
-
Assim, pode-se definir algumas possibilidades para o trabalho com esta modalidade:
• Reorganização do tempo;
• Elaborar um cronograma de aulas ajustado a disponibilidade do aluno;
• Uso de variadas linguagens;
• Incorporar atividades relacionadas a artes e a cultura;
• Articulação com empresas: entrar em contato com empresários do setor público e
privado para estabelecer parcerias com a finalidade de facilitar o acesso dos alunos
à escola e evitar atrasos;
• Atendimento individual: oferecer um plano de estudos personalizados segundo as
possibilidades de cada aluno.
• Necessidade de um coordenador pedagógico e de um psicopedagogo para atuar
dedicadamente na EJA;
• Necessidade de maior investimento do poder público no que se refere à qualificação
do professor da EJA e na aquisição de materiais didáticos específicos para esta
modalidade.
No que tange ao ideário de gestão participativa percebe-se que a escola caminha a
passos lentos para conseguir atingir tal patamar, mas isso, tem-se dado de forma coerente
aos desafios propostos para tal objetivo desenvolvendo planejamentos participativos e
buscando trabalhar a partir dos valores da cooperação, diálogo, reflexão.
A escola aderiu ao Programa Mais Educação que foi instituído pela Portaria
Interministerial 17/2007 e pelo Decreto Presidencial 7083/2010 e integra as ações do Plano
de Desenvolvimento da Educação – PDE, como uma estratégia do Governo Federal para
induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular, na perspectiva da
Educação Integral, através deste programa os alunos participam de diversas atividades em
um turno oposto à aula, com monitores capacitados, sendo profissionais que trabalham em
parceria com a escola visando sempre o melhor para nosso aluno.
Desde o ano de 2017, o programa segue com uma nova roupagem: “o Novo Mais
Educação”, que será composto por um articulador (pessoa responsável pela coordenação
das atividades na escola), por um ou alguns mediadores da aprendizagem (responsável pela
realização das atividades de acompanhamento pedagógico em português e matemática) e
alguns facilitadores (responsáveis pelas outras três atividades que a escola escolheu). Nesse
caso específico, o plano de atendimento para o exercício do Novo Mais Educação 2017,
foi elaborado e lançado no sistema pela equipe da gestão da escola no exercício de 2016,
assim foram escolhidas as seguintes atividades: iniciação música/banda/canto coral; futsal
e dança. As escolas após lançar o cadastro dos alunos no sistema estarão aptas a gerir os
recursos que já estão na conta da associação da escola. A etapa do novo plano prevê a
realização das atividades citadas no período de 8 (oito) meses. Entretanto, com o corte de
gastos estabelecido pelo Governo Federal, no segundo semestre a escola não foi
contemplada com o programa.
A escola também aderiu ao Programa Educacional de Resistência às drogas
(PROERD). Este é uma adaptação brasileira do programa norte-americano Drug Abuse
Resistence Education – D.A.R.E. No Brasil, o programa foi implantado em 1992, pela
Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro. No estado da Bahia, o Programa iniciou no ano
de 2003. Aplicado em mais de 60 países, hoje é adotado em todo Brasil. O objetivo deste
programa é promover a prevenção ao uso de drogas para crianças e adolescentes com
qualidade, numa ação conjunta com a Polícia Militar, as famílias, a comunidade escolar e
a sociedade. Esse programa é aplicado nas turmas do 7° ano A, B e C. Este ano o programa
teve um diferencial, além de ser trabalhado com os alunos, houve também encontro de
formação para os pais. Inclusive estes participaram da cerimônia de formatura do curso,
fazendo o juramento de incentivar e cuidar dos filhos para que estes sempre sigam o
caminho do bem, sendo bem orientado e acompanhado para não se envolver com violência
e drogas.
A nossa escola tem como base o trabalho com foco nas questões da violência com
ênfase na promoção da paz, aplicado em todos os segmentos da Escola, desde os anos
iniciais do Ensino Fundamental até a Educação de Jovens e adultos, nos turnos matutino
vespertino e noturno. Sendo desenvolvido mediante atividades diferenciadas sob um viés
dialogal e crítico, capaz de construir novas realidades de convivência e sociabilidade no
contexto escolar com consequências práticas na sociedade como um todo.
Diante da realidade exposta, a escola assume como prioridade considerar a realidade
do aluno em sua prática pedagógica, fortalecer a gestão democrático-participativa, a fim
de, construir ambientes de diálogo no ambiente escolar, acompanhar os professores,
fornecendo instrumentos condizentes com a realidade aludida que possibilitem a superação
dos desafios e a consecução dos objetivos maiores da educação.
Sendo tema relevante no contexto social atual, a educação é provida de muitos
ideários do ponto de vista teórico, porém, muitas vezes, vazios no que tange a aplicação da
prática, o que gera desconfiança dos interlocutores e mesmo, o senso de que não é possível
mudar a realidade, o que corrobora com atitudes que pretendem manter as coisas do modo
como sempre foram.
Em tais contextos, não é difícil encontrar os céticos, que afirmam não haver
possibilidade de mudanças nesse terreno, e mesmo, os que se acomodam diante dos
desafios propostos e não trabalham por mudanças. No entanto, em função da natureza de
seu trabalho, o papel do professor é ser questionador do conhecimento e promotor de
mudanças no plano das ideias, as quais se configuram em alterações da realidade. Entende-
se que, da existência da reflexão crítica é que se tem a possibilidade de modificações das
estruturas construídas. E a educação se dá nesse binômio construção/ desconstrução. É
preciso desconstruir aquilo que se tem para que seja possível a emergência de algo novo.
A novidade, nesses termos, não seria fruto do acaso, mas consequência direta de um
trabalho decidido que incide sobre valores, crenças e práticas que se dão no campo das
relações sociais. Desse modo, pode-se falar em educação como instrumento de
transformação social tendo em vista a função dialética que se dá no contexto do debate de
ideias que, por si mesmo, promove a ascensão do que é tido como ideal.
Educação, em termos gerais, seria libertar o homem da opressão imposta pelos
sistemas dominantes a partir da discussão da realidade e da crítica aos valores instituídos.
Segundo Becker, “refletir sobre educação é refletir sobre o ser humano; educar é promover
a capacidade de interpretar o mundo e agir para transformá-lo”. (2008, p. 60). Isso abre um
leque de possibilidades de pensar a educação para além da transmissão/ reprodução de
saberes de acordo com a visão tradicionalista da pedagogia.
É importante notar que, o conhecimento não está no sujeito quando ele nasce, nem
no objeto, no meio físico ou social, no professor ou tão somente no aluno, o conhecimento
se dá no processo de interação entre o sujeito e o objeto, indivíduo e sociedade, organismo
e meio. Desse modo, pensa-se numa sala de aula onde a proposta dos alunos seja viabilizada
pelo professor, na qual a ação começa a fluir de ambas as partes e onde o professor se torna
mediador. (BECKER, 2001) e não detentor do saber. Aliás, há uma desconstrução que é
preciso fazer: a do “saber-poder”, como diz Michel Foucault (1988). O poder é transversal
às ações educativas. Ele está presente no ambiente escolar e permeia todas as suas relações.
No entanto, considerar as coisas nesses termos é imprescindível quando se quer conseguir
um patamar de educação que seja inclusiva, participativa, engendradora de posturas crítica
construtivas.
A escola é lugar para a produção de saberes que são construídos na marcha da
sociedade e para ser fiel ao seu compromisso epistemológico, sob nenhuma alegação, as
instituições escolares devem abrir mão de tais prerrogativas. Escola é lugar onde se aprende
e o currículo é instrumental para que os aprendizados possam acontecer.
Para Saviani, na escola, ao longo da história, encontrou-se tempo e espaço para tudo,
mas “se perdeu de vista a atividade nuclear da escola, isto é, a transmissão de instrumentos
de acesso ao saber elaborado”. (2003, p.16). Com isso, sob a alegação de construir uma
escola participativa e moderna, o que se fez foi aumentar a injustiça e os distanciamento
entre as classes dominantes e demais. É preciso, portanto, adotar alguns princípios a serem
percorridos, quando se propõe construir uma nova educação, os quais podem ser definidos
nos seguintes termos:
• Uma educação integrada com os saberes dos educandos, que problematize a
realidade e que, ao mesmo tempo, contribua para a inserção do sujeito na sociedade, a partir
da construção dos valores da cidadania;
• Uma educação comprometida com a inclusão social de todas as pessoas que possa
trabalhar pela desconstrução de estereótipos e preconceitos de qualquer tipo, atenta aos
valores da diversidade e do acolhimento;
• Que trabalhe valores éticos e estéticos, a partir de parâmetros morais neutros, dentro
do ideário de construção de uma sociedade inclusiva;
• Uma escola comprometida pedagogicamente com o sentido do que se ensina e do
que se aprende, fugindo da lógica da produção/ reprodução;
• Uma escola que preze pelo diálogo e disciplina dos alunos.
É possível pensar uma escola nova quando se tem em mente, a possibilidade de
construir comunicação no espaço escolar onde todos possam dialogar, ouvir e serem
ouvidos, de forma humanizada e participativa construir juntos um caminho a trilhado.

Na Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu e em todo território nacional e


mundial aconteceu a suspensão das aulas presenciais em março de 2020 por conta da
Pandemia da COVID 19, assim exigia respostas imediatas dos setores e profissionais
envolvidos na Educação. Diante do decreto Nº 51/2021, 15de Janeiro de 2021 – Artigo 3º
em que permanece proibido o retorno das atividades escolares na forma presencial, para as
seguintes modalidades: a) Estabelecimentos de educação pré-escolar, incluindo creches,
escolas maternais e jardins de infância; b) Ensino Fundamental, c) Ensino médio, d)
Educação profissional técnica de nível médio,
e) Escolas para portadores de necessidades especiais, onde os alunos tenham
comprometimentos cognitivos que impliquem na dificuldade para o cumprimento do
distanciamento e de outras práticas de segurança para evitar a contaminação da Covid-19, g)
Ensino em nível de pós graduação. Se fez necessário cumprir o calendário escolar por meio
de atividades educacionais não presenciais, mas com monitoramentopedagógico remoto.

1. O processo de ensino

DIAGNÓSTICO DAS TURMAS (2020)

ESCOLA: ESCOLAS REUNIDAS PROFESSOR FRANCISCO DE PAULA ABREU


TURMA/ SITUAÇÃO DO ALUNO
ANO
POR

TRANSFERIDOS
REPROVADOS
APROVADOS
ATIVIDADES
ATENDIDOS

ATENDIDOS

EVADIDOS
TOTALDE
ALUNOS

ALUNOS

ALUNOS

APENAS
ONLINE
6º ANO A 28 26 02 28 - - -
6º ANO B 23 17 02 18 01 02 01
7º ANO A 29 28 - 27 01 01 -
7º ANO B 19 17 01 17 01 01 -
7º ANO C 20 14 01 15 01 04 -
8º ANO A 31 31 - 30 01 - -
8º ANO B 30 24 03 26 01 03 -
9º ANO A 33 26 - 26 - 03 04
9º ANO B 30 27 - 27 - - 04
9º ANO C 27 22 02 24 - 03 -
7º ANO EJA 31 08 02 10 - 21 -
8º ANO EJA 37 13 01 13 01 23 -
9º ANO EJA 31 13 02 15 - 16 -
TOTAL: 369 266 16 276 07 77 09

DIAGNÓSTICO DAS TURMAS (2021)

ESCOLA: ESCOLAS REUNIDAS PROFESSOR FRANCISCO DE PAULA ABREU

TURMA/ SITUAÇÃO DO ALUNO


ANO
POR
DE

TRANSFERIDOS
REPROVADOS
APROVADOS
ATIVIDADES
ATENDIDOS

ATENDIDOS

EVADIDOS
ALUNOS

ALUNOS

ALUNOS

APENAS
ONLINE
TOTAL

6º ANO A 33 32 01 33 - - -
6º ANO B 17 12 05 15 02 - -
7º ANO A 29 25 04 26 01 2 -
7º ANO B 27 21 06 21 04 2 -
8º ANO A 30 29 01 26 03 1 -
8º ANO B 18 16 02 13 03 2 -
8º ANO C 18 15 03 17 01 - -
9º ANO A 18 17 01 16 01 1 -
9º ANO B 17 17 - 14 01 1 01
9º ANO C 31 25 06 30 - 1 -
7º ANO EJA 20 17 03 05 01 14 -
8º ANO EJA 35 28 07 20 01 14 -
9º ANO EJA 36 28 08 14 01 21 -
TOTAL: 329 282 47 250 19 59 -

1.1 Planejamento

As ações planejadas tiveram como principal norteador, respeitar as especificidades dos


alunos (Série, Ano, Etapa, Modalidade e Condições de acesso ao conhecimento). Com a
perspectiva de contemplar proposições como Comunicação e Engajamento dos
professores, dos estudantes e dos responsáveis, formas de acompanhamento do
desempenho dos estudantes, da participação/frequência dos estudantes, cronograma de
trabalho com os professores, estratégias de divulgação do plano de trabalho para a
comunidade escolar, planejamento de atividades assíncronas(tutoria de estudos) utilizadas
para a aprendizagem de forma não presencial, atividade síncrona (aula online), meios e
recursos utilizados para comunicação e desenvolvimento das atividades escolares não
presenciais, seleção e sistematização dos conteúdos/objetos de conhecimento.

Sendo distribuída numa carga horária de duas horas aulas online síncrono (sala virtual) e
duas horas aulas online assíncrono (complemento no watzap), duas horas aulas (off-line) –
tutoria de estudos. (horário livre escolha do aluno) e uma hora aula (horário livre escolha
do aluno) com Realização de atividade impressa.
1.2 Processo de ensino-aprendizagem

O olhar pedagógico se firmou em Temas geradores (abordagem freiriana) com construção


do conhecimento, permitindo ao educando ser desafiado à participação, à reflexão crítica
de sua realidade. Onde os professores coletivamente, definiram os temas geradores de cada
uma das Sequências Didáticas, definiram problemática das sequências (cada sequência
partiu de uma situação-problema (contexto supostamentereal que será disparador para os
conteúdos (saberes) trabalhados em torno dele). Cujo objetivo é propor ao estudante
identificar problemas na prática social e vislumbrar possibilidades de resolução por meio
da problematização.

Nessa perspectiva os professores selecionaram os saberes (conteúdos)essenciais para o ano


letivo 2020 e da mesma forma ocorreu em 2021, tendo como base os temas das sequências
didáticas e a relevância para o componente curricular (disciplina); E por fim construíram
atividades diagnósticas e de composição das sequências. Essas estratégias colocam em
prática o planejamento coletivo que ocorreu em duas etapas: por componente
curricular/turma e finalizou por unidade escolar fazendo acréscimos mediante os projetos
identitários da nossa escola.

Algumas das ações pedagógicas foram: Acompanhamento do caderno, livros didáticos e


paradidáticos; ou caderno de atividades dos estudantes (Envio de foto do cadernos dos
estudantes para o professor durante o período das aulas não presenciais;Apresentação do
caderno no retorno das aulas presenciais); módulo e devolutiva do mesmo; Envio de
relatórios pelos estudantes, entre outros; Registro da frequência em lista de frequência
específica para o momento híbrido; Reunião semanal/quinzenal por videoconferência,
Lives, entre outros diante da necessidade, ocorria escalonado com alunos, pais, professores
e funcionários para estabelecer a rotina de comunicação, para orientações, alinhamento e
replanejamento; Planilha para recebimento e devolutiva dosmódulos/ atividades;

O conselho de classe se reunia ao final de cada etapa para avaliação e replanejamento dos
trabalhos; Exposição no Mural da Escola; Divulgação em Redes
sociais, entre outros; Gravação, link...por celular, coletânea de atividades digitadas
(divertida, com orientação clara); Sala virtual; Comunicação por telefone para utilizaçãodo
Livros Didáticos; Agendamento para entrega de Material impresso na escola;Comunicação
por grupos de whatsapp com orientações para assistir ou ouvir as Videoaulas; Uso de cards,
vídeos e peças de comunicação disponibilizado nas Redes Sociais e ou em aplicativos;
Comunicaçao via carro de som, grupos de whatsapp, rádio local (projeto FALA
EDUCAÇÃO), entrega de comunicado impresso; Reuniões, entre outros.

Esta escolha pedagógica tem cunho interdisciplinar e destaca a diversificação deatividades,


exercícios, as oportunidades de cada aluno se apropriar dos instrumentos e noções
propostos e acompanhar o próprio aprendizado.

1.3 Avaliação

Segundo a BNCC é importante não perder de vista que as avaliações devem serparte de
uma proposta educativa que busquem como resultado o processo da aprendizagem e
desenvolvimento dos alunos – uma formação humana integral que viseà construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva. Nessa perspectiva, seguimos conforme orientação
e normatização do decreto (portaria SEC nº 05 ,27 de Abril de 2021 em que dispõe sobre a
avaliação da aprendizagem no âmbito do sistemaMunicipal de Ensino, que resolve no seu
artigo 1º estabelecer diretrizes para avaliaçãoda aprendizagem, com base nos princípios de
acolher e respeitar os sujeitos envolvidos; reconhecer as condições de acesso ou não aos
meios tecnológicos; respeitar o tempo e ritmo de aprendizagem dos (as) estudantes;
aprendizagem significativa orientada por temas geradores e sequências didáticas;
utilização de ferramentas digitais de forma complementar, quando for possível; avaliação
por unidade letiva. Também no seu artigo 2º resolve avaliação da aprendizagem deve
considerar os saberes mobilizados em cada unidade letiva, no que se refere ao contextoda
situação; aos objetos ensinados; as tarefas realizadas no processo de ensino; às
capacitações/habilidades apreendidas pelos estudantes. E no seu artigo 3º que resolve
instrumentos, critérios de progressão e a garantia do direito à recuperação em processo,
que devem ser parte integrante da avaliação da aprendizagem. Assim, no artigo 6º considera
a avaliação da aprendizagem como caráter qualitativo, onde destaca: - Nota maior ou igual
a 8,5 para quem atingiu a aprendizagem potencial; (APO)
- Nota maior ou igual a 7,0 para quem atingiu a aprendizagem parcial (APA); - Nota maior
ou igual a 5,0 para quem atingiu a média de aprendizagem (AM); - Nota abaixo de 5,0 para
quem ainda não atingiu a média de aprendizagem esperada;(NA)

CRITÉRIOS AVALIATIVOS (2020/2021) DA ESCOLAS REUNIDAS PROFESSOR


FRANCISCO DE PAULA ABREU

Sequência didáticaParticipação PT Atividades Diversas Atividades Extras


Critérios Avaliativos SD AD AE
Pontuação/Conceito Off-line= 10,0 Online= 1,0 Online= 1,5 Online= 1,5
Online= 6,0

Instrumentos • Pontualidade • Atuação no grupo de • Seminários; • Produções


norteadores na entrega dasWhatsApp; • Apresentações; textuais;
sequências 0,5; • Participação no • Trabalhos em • Atividades no
virtual; grupos; livro didático;
• Pesquisas; • Atividade no
• Experiências; google forms;
• Jogos;

2.0 Monitoramento pela escola

A equipe gestora acompanhou o processo de cada aluno fazendo parte dos grupos de
WhatsApp e acompanhado a participação dos alunos, tirando as dúvidas e atentos as saídas
deles quando ocorrido. Realizando reuniões quinzenais e se mantendo a par junto aos
professores sobre as situações de cada discente. Nos casosmais agravantes de falta, atraso de
atividades contatamos os pais ou responsáveis para
providências, para os desistentes realizamos busca ativa através de ligações, visitas e apoio
do órgão Conselho Tutelar.

3.0 Conclusão

Os impactos negativos causados pela pandemia de Covid-19 na educação brasileira podem


ser graves e duradouros, segundo relatório do Banco Mundial. A suspensão abrupta das
atividades presenciais nas escolas não permitiu um bom planejamento para manutenção do
vínculo, e o ensino remoto foi a solução encontrada.A pandemia também trouxe mudanças
na rotina das famílias: muitos pais trabalhando remotamente, em home-office, dividem
espaço e pontos de acesso à rede com os filhos(muitos lares possuem apenas um único ponto
de acesso, inclusive por celular). As dificuldades são ainda mais acentuadas na rede
pública, que concentra as famílias emmaior vulnerabilidade social.

Uma das mais importantes variáveis associadas ao desempenho escolar é o contexto


socioeconômico em que eles vivem. Crianças e adolescentes cujos pais possuem menor
escolaridade, menor nível de renda, são desempregados ou possuemocupações de baixo
prestígio econômico e social são mais propensos a apresentarem piores resultados
educacionais.

A tarefa é difícil, pois em nosso cenário, as famílias, alunos, professores e demais


profissionais deverão estar preparados para se apoiarem e compreenderem queprecisarão
atuar em conformidade com a legislação e com as recomendações para o momento,
enfrentando desafios diferentes dos que enfrentávamos antes. Precisamos enfrentá-los com
profissionalismo, cooperação, dinamismo, criatividade, empatia e sensibilidade. De tal
modo, a equipe gestora vem com estratégias para 2022 consolidadas a partir do diagnóstico
2020/2021 como: Definição de estratégias adequadas para compensar o retrocesso na
aprendizagem; Adoção de novas formas de avaliação das necessidades de cada aluno;
Busca ativa dos alunos que não retornarem às atividades; Abordagem de temas como
ansiedade e resiliência; Cuidadocom a saúde física e mental também dos professores; Ações
intersetoriais, articulando
as áreas da Saúde, Educação e Assistência Social com outros segmentos da sociedade;
Valorização dos vínculos afetivos, entre outras ações utilizadas nas aulas não presencias
que foram significativas e devem se firmar também no presencial, conforme citadas no
parágrafo 3.2.

Através dessas ações, espera-se construir uma aliança sólida entre as escolas efamílias,
cuidando com segurança da saúde e do desenvolvimento pleno das crianças e adolescentes.
Seguindo a premissa do professor Francisco de Paula Abreu numa EDUCAÇÃO
COMPROMETIDA COM VIDAS.

6. METAS DE APRENDIZAGEM

6.1 Ensino Fundamental II

✓ Desenvolver Projeto “A Hora da Leitura”, promovendo leitura individual e


coletiva de diversas tipologias textuais, reflexão, discussão, compreensão e produção
escrita de textos com temas variados semanalmente;
✓ Realizar projetos que envolvam várias temáticas como: meio ambiente,
cidadania, direitos humanos, identidade e cultura, valores humanos, bens e consumo, datas
comemorativas, envolvendo todos que compõe a escola alunos, pais, funcionários e
comunidade. Tudo isso, como forma de promover a paz;
✓ Realizar palestras envolvendo os temas: drogas, DSTS, Bulling,
preconceito, uso demasiado das redes sociais, segurança, doenças epidemiológicas, ser
estudante, amor à pátria e como construir a paz;
✓ Envolver os pais nas atividades realizadas na escola;
✓ Promover gincanas culturais, literárias e esportivas;
✓ Incentivar o resgate dos valores morais, trazendo palestrante para trabalhar
os valores por turma;
✓ Trabalhar com filmes e músicas, despertando o conhecimento de
determinada disciplina e respeito mútuo;
✓ Desenvolver trabalhos de campo para construção de conhecimento;
✓ Promover gincana na área da matemática;
✓ Envolver professores e alunos em atividades culturais, extra às atividades
de rotina escolar;
✓ Trabalhar com toda a comunidade escolar conceitos de respeito: disciplina,
responsabilidade, amor ao próximo, conceito de família e responsabilidade, entre outros;
✓ Abordar os temas transversais;
✓ Promover bingos e rifas envolvendo a comunidade escolar para arrecadar
recursos para a escola;
✓ Promover campanhas de arrecadação de agasalhos e alimentos, mostrando
a importância do ser e não do ter.

6.4 EJA (Educação de Jovens e Adultos)

✓ Realizar projetos que envolvam várias temáticas como: meio ambiente,


cidadania, direitos humanos, identidade e cultura, valores humanos, bens e consumo, datas
comemorativas, envolvendo todos que compõe a escola alunos, pais, funcionários e
comunidade;
✓ Realizar palestras envolvendo os temas: drogas, DSTS, segurança, doenças
epidemiológicas, ser estudante, ser responsável, bem como temas que estimulem os alunos
ao estudo e a não evasão escolar, para que assim percebam sentido naquilo que fazem;
✓ Promover gincanas culturais e esportivas;
✓ Desenvolver trabalhos voltados a realidade dos alunos da EJA, de modo que
motive-os a participar das atividades escolares e sintam-se estimulados a continuar os
estudos;
✓ Criar condições para o desenvolvimento de aprendizagem nas diferentes
faixas etárias;
✓ Estimular a participação e o comprometimento maior dos trabalhos em
equipes desenvolvidos em sala e extra classe.
7 MARCO REFERENCIAL

A instituição escolar apesar de múltiplas dificuldades práticas e de diferentes ritmos


de expansão assumiu-se desde cedo como um fenômeno global, que se desenvolveu no
mundo moderno. Como todos os fenômenos globais, a escola dos nossos dias tem uma raiz
local, tratando-se de um modelo construído no contexto europeu, só depois, universalizado
à medida que se foi procedendo à integração dos diferentes espaços na economia do mundo
capitalista.
A consolidação do modelo escolar entre os séculos XVI e XVIII, em detrimento dos
modos antigos de aprendizagem, é fruto de um longo processo, produzido no seio de um
jogo complexo de relações sociais. É sob a sombra da Igreja Católica que o modelo escolar
se aperfeiçoa nesses três séculos fortemente influenciados pela Reforma e Contra -
Reforma. Mas o século XVIII, ou das Luzes, com as suas profundas transformações
econômicas, sociais e políticas, exige rupturas importantes no campo educativo e na
organização da vida social. Em muitos países, o Estado toma o lugar da Igreja Católica no
controle da educação, através de processos nem sempre pacíficos, e vai se tornar o mais
importante agente de expansão da instituição escolar.
Ao longo de todo o século XIX, a escola é transformada num elemento central de
invenção da cidadania nacional, de afirmação do Estado-nação. Como não se cansam de
sublinhar os autores que adotam a perspectiva do sistema mundial moderno, a expansão da
escola encontra-se intimamente ligada à construção dessa realidade imprescindível ao novo
estádio da economia mundo capitalista, o Estado-nação.
Com isso, aumenta-se a pobreza e a exclusão, conduzindo a conformação das
sociedades estruturalmente divididas nas quais, necessariamente, o acesso às instituições
educacionais de qualidade e a permanência nas mesmas tende a transformar-se em um
privilégio do qual gozam apenas as minorias. A discriminação educacional articula-se
através de profundos mecanismos de discriminação de classe, de raça e gênero
historicamente existentes em nossas sociedades. Tais processos caracterizam a dinâmica
social assumida pelo capitalismo contemporâneo, apesar dos mesmos se concretizarem
com algumas diferenças regionais evidentes no contexto mais amplo do sistema mundial.
Contudo, os governos neoliberais deixaram nosso país muito mais pobre, mais
excludente, mais desigual. Incrementaram a discriminação social, racial e sexual,
reproduzindo os privilégios das minorias. Exacerbaram o individualismo e a competição
selvagem, quebrando assim os laços de solidariedade coletiva e intensificando um processo
antidemocrático.
Os neoliberais estão tendo um grande êxito em impor seus argumentos como
verdades que se derivam da natureza dos fatos. Desarticular a aparentemente
inquestionável nacionalidade natural do discurso neoliberal constitui apenas um dos
desafios que temos pela frente. No entanto, trata-se de um desafio do qual depende a
possibilidade de se construir uma nova hegemonia que dê sustentação.
Por isso, a gestão democrática tem função importantíssima na educação de crianças
e jovens, pois é a partir dela que irá ocorrer uma homogeneidade no campo escolar, isto é,
todos os âmbitos escolares estarão interligados e todos que compõem a escola trabalharão
juntos. Essa homogeneidade se refere à organização de todas as ideias apresentadas, para
unificação das mesmas nas tomadas de decisões, proporcionando uma escola de qualidade.
Entretanto, os educandos também precisam estar inseridos nesse processo de coletividade,
sendo necessário que a escola os incentive e proporcione momentos para essa participação.
Para tanto, segundo Heloísa Lück (2006), o paradigma de gestão tem por base a realidade
global onde tudo está interligado; a qualidade da escola deve ser vista como um processo
e não como uma meta a ser cumprida.
Para que ocorra uma aprendizagem significativa pelos educandos a gestão
democrática deve partir de vários pontos estratégicos. Para Clóvis Rosa, “estratégia é a arte
ou a ciência que concebe e organiza um plano de operações de guerra ou de uma campanha
militar”. De qual guerra estamos falando? Da guerra contra a falta de interesse dos
educandos que são causados por diversos fatores. Diante disso, a escola deve agir
estrategicamente procurando romper o velho paradigma de ensino tecnicista e ou bancário
citado por Paulo Freire.

A educação bancária expressa uma visão epistemológica que


concebe o conhecimento como sendo constituído de informações e
de fatos a serem simplesmente transferidos do professor para o
aluno. O conhecimento se confunda com um ato de depósito –
bancário. Nessa concepção, o conhecimento é algo que existe fora
e independentemente das pessoas envolvidas no ato pedagógico.
(TOMAS TADEU SILVA, 2004. p. 58-59).

Com isso, é necessário que os docentes procurem adequar a sua prática a um novo
contexto de educação, observando a necessidade de perfil “profissiográfico” do discente
(Sônia Colombo, 2004), isso significa que a empresa, ou melhor, a escola descreve as
funções exigidas para o cargo, no caso do professor, mas incluem também as características
de personalidade e postura que devem ser seguidas, um exemplo disso é o PPP (Projeto
Político Pedagógico). Assim, é preciso que os professores façam uma reflexão da sua
prática pedagógica. É a partir dessa autocrítica, que se faz necessária a análise de erros
cometidos no passado como fonte de reflexão para melhoria da qualidade educacional.
Assim, Hengemühle corrobora com essa ideia: “reflexão sobre os professores que tivemos
e os professores que somos” (p. 137). Hengemühle prossegue mostrando caminhos para
uma escola de qualidade que é a utilização da afetividade como chave do processo
educacional; assim como o professor que investiga a origem e a história do conteúdo e a
capacidade de produção e transformação do erro em aprendizagem propiciando o incentivo
à produção do conhecimento pelo próprio educando.
Outro fator importante a ser discutido para uma gestão que promova a qualidade do
ensino é através do PPP (Projeto Político Pedagógico), como diz Saviane “é um projeto de
vida”, isto é, um instrumento eficiente e capaz de dar a escola pública, planos e meios para
que ela se desenvolva de forma qualitativa. O PPP deve ser preparado de acordo com a
realidade do aluno e da escola e esta precisa ter autonomia para constituição, execução e
avaliação. A autonomia e gestão fazem parte de uma exigência do PPP. Ela exige,
primeiramente, uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar,
“mudança essa que implica em deixar de lado o velho preconceito de que a escola pública
é um aparelho burocrático do estado e não uma conquista da humanidade”. (Moacyr
Gadotti, 1997).
A principal razão para o processo de gestão democrática da escola pública é que ela
pode melhorar o sentido, propiciando o contato permanente entre professor, aluno e
comunidade, estabelecendo assim, uma tríade de sucesso, levando ao conhecimento mútuo.

Por isso, o mundo contemporâneo pós-muro de Berlim busca tanto


a educação. Porque, embora a informação venha p pelos chamados
“meios de comunicação”, o amálgama dessa enxurrada, (...) só
pode ser feito pela educação. (MUSSAK, 2003. p.62-63).

O modelo de aprendizagem que embasa as necessidades dos alunos de nosso tempo


não é mais o modelo tradicional de receber informações e não relacioná-las com o seu
cotidiano, fugindo da sua realidade. Mas a relação ensino-aprendizagem do tempo atual
que se fundamenta em estratégias de ensino, dinamicidade a interconexão dos conteúdos
com a realidade, fazendo com que o aluno sinta-se parte fundamental de sua aula, sendo
ele o protagonista de seu aprendizado, reduzindo a indisciplina. A Declaração Universal
dos Direitos do Homem; artigo 26 citado por Piaget, também corrobora com a ideia
explicitada acima:
... O aprendiz é um sujeito ativo... Quanto à aprendizagem, está
subjacente a noção de que ela deve ser eminentemente significativa
e preocupada com a transmissão dos conteúdos relacionados aos
problemas cotidianos atuais, exercício de ética, exploração racional
do meio ambiente.

A partir disso, Hengemühle cita paradigmas do perfil de aluno que devemos formar:
levar o discente a aprender a aprender, ter espírito de liderança, compreender o significado
do conteúdo, solucionar problemas, construir conhecimento. Assim estará formando um
aluno competente que é a forma mais exigida na sociedade do conhecimento. Diante da
visão de Chomsky e Moretto sobre ser competente, Adelar coloca a sua conclusão:
“competência é a concepção de transformação e contribuição à educação (...). É o exercício
que leve o aluno a desenvolver aptidões que lhe possibilita ser eficazes na vida e no
trabalho”. E ainda com Hengemühle, “a pessoa competente é a que sabe relacionar os
quatro pilares da educação”. Isto é, deve ser criativo, empreendedor, ético, afetivo que
implica ter boas relações.
Para formar alunos competentes, participativos e incentivados a construírem o seu
próprio conhecimento, podemos nos basear nas ideias de Celso Antunes (2002), quando
cita a ZDP (Zona de desenvolvimento Proximal). Neste, diz que o professor deve criar na
sala de aula a ZDP como fonte de incentivo. Primeiro cita que o docente deve ter visão de
totalidade e parcialidade, isto é, deve dar significado ao conteúdo, partindo do todo para as
partes. Segundo contextualizar a vivência dos alunos com os conteúdos em sala de aula;
utilizando uma linguagem compreensível a todos, para melhor entendimento, é o que
Hengemühle fala em “respeitar a cultura”. Além de saber analisar e rever os seus próprios
atos (auto-avaliação).
Isso significa que cada pessoa constrói o seu próprio conhecimento e o educador
servirá como um mediador dessa prática de construção. Assim, como diz Eugenio Mussak:

Ter informação não é mais uma vantagem competitiva; ter


conhecimento, sim. Conhecimento é informação com significado,
capaz de criar movimento, modificar fatos, encontrar caminhos,
construir utilidade, fabricar beleza. Conhecimento é a grande
vantagem competitiva da era que leva seu nome. E, como explica
o suíço Jean Piaget, pai do construtivismo, doutrina consagrada na
maioria das nossas escolas, assim como o russo Vigotsky, outro
gênio do estudo do pensamento, da linguagem e do
desenvolvimento intelectual, não podemos transferir
conhecimento, mas podemos construí-lo. (MUSSAK, 2003. P.62).

Esse conhecimento construído por conta própria será desenvolvido a partir da sua
necessidade e não do outro, pois sempre transformamos em conhecimento todas as
informações que são significativas para nós. O conhecimento não é transmitido totalmente,
mas é construído. Conhecimento é algo pessoal, propriedade de quem o detém, e não pode
ser transferido de uma pessoa a outra por inteiro, com todas as suas características,
sentimentos e significados.
Quanto às informações, estas, sim, podem ser transferidas. E com base nelas outra
pessoa poderá construir o próprio conhecimento. Quando o professor dá uma aula, está, na
verdade, passando dados, informações, conteúdos... Numa expectativa de que os alunos
utilizem essa matéria-prima com a finalidade de construir, eles próprios, seu conhecimento.
As propostas curriculares brasileiras sugerem que a educação escolar promova uma
formação integral que incluem ações de conscientização junto aos alunos para atuarem
como cidadãos que refletem e interferem positivamente na sociedade contemporânea.
Embora o acesso a tecnologia de ponta nas escolas seja ainda reduzido, alguns professores
se tornam verdadeiros empreendedores na construção de relações pedagógicas mais
atraentes e facilitadoras de aprendizagem para o aluno.
O desenvolvimento da tecnologia computacional aliada a ambientes de multimídia
interativa está desencadeando uma riqueza no acesso às informações, jamais imaginada,
possibilitando integrar textos, vídeos animados, música, voz, sons, imagens, gráficos. E o
professor diante do mundo globalizado, de uma sociedade tecnológica tem que ser um
profissional capaz de lidar com as diversas possibilidades pedagógicas e os diversos
recursos disponíveis na escola. E perceber que tecnologias em sala de aula servem para
estimular e desenvolver o espírito crítico e criativo dos educandos. Assim, o professor
poderá interagir melhor com o aluno e ajudá-lo a produzir os seus próprios conhecimentos.
Um dos meios para essa construção é a internet, mas não podemos pensar que
tecnologia é somente um computador, mas tudo aquilo que o professor traz de criativo e
inovador em sala de aula. Portanto, a utilização desses recursos tecnológicos tem por
objetivo aproximar ou melhorar a interação entre professor e aluno.

Os computadores podem formar os alunos, mas apenas os


professores são capazes de formá-los. Somente eles podem
estimular a criatividade, a superação de conflitos, o encanto pela
existência, a educação para a paz, para o consumo, para o exercício
dos direitos humanos. (Augusto Cury).

Com isso, pode-se perceber que com toda tecnologia “em suas mãos” o professor não
precisa se sentir substituível, pois jamais acabará este elo entre professor e aluno no
processo de ensino-aprendizagem. Nessa perspectiva Hengemühle escreve:

O professor competente precisa: em primeiro lugar conhecer bem


os conteúdos pertinentes a sua disciplina, ter habilidades
necessárias par organizar o contexto da aprendizagem, levar em
conta os valores culturais do seu grupo de alunos e ter capacidade
de mobilizar recursos para abordar situação complexa de ministrar
uma aula. (p.145).

No contexto dessa reflexão analisamos a falta de interesse do docente em preparar


com cuidado o modo de transmitir os conteúdos, pois na perspectiva atual o professor deve
enfatizá-los com criatividade, tendo o significado, abordando situações-problemas
relacionadas com a prática do aluno. Porém o que acontece na realidade são professores
expondo o conteúdo a fim de cumprir a grade curricular apenas. As características atuais
do cidadão que a sociedade exige é um ser autônomo, seletivo, tendo interação social,
flexibilidade, criatividade, sendo capaz de resolver situações difíceis que a vida nos
apresenta, sem descuidar dos componentes curriculares.
Com isso, percebemos também, que existe uma enorme falta de interesse dos alunos
em assistir as aulas. Partindo desse pressuposto, pode-se dizer que tal falta de interesse
depende fundamentalmente do clima estabelecido pelo professor, cabe ao mesmo enquanto
mediador, apontar ou debater sugestões concretas que minimizem esses conflitos que
atrapalham o processo educativo. Para muitos professores as dificuldades de aprendizagem
residem na falta de compreensão dos alunos em relação aos conteúdos ministrados, mas
muitas vezes, isso acontece devido a falta de utilização de recursos que levem ao interesse
dos educandos. Por isso, deve-se em sala de aula proporcionar momentos de diálogo,
dinâmicas, para que assim a motivação se concretize.
Atualmente, o aprendiz está envolvido em uma gama de informações advindas das
tecnologias, que proporcionam saber, diversas notícias sobre variados assuntos. Porém,
quando chega à sala de aula entusiasmados para compartilhar o que aprendeu no ambiente
extraclasse vem um professor tradicional, mecanicista que acredita no processo de
transmissão do conhecimento, isto é, de informações prontas e acabadas e ter como única
tarefa repeti-las na íntegra, não dando valor à sua fala “mandando-o calar”, pois o que ele
pesquisou não tem relação com o seu conteúdo. Esse indivíduo começa a se frustrar em
sala, daí aparecem os comportamentos classificados indisciplinados, com conversas
paralelas, saídas frequentes da sala, desrespeito com as normas da instituição, gerando
frequentes confusões com colegas e funcionários.
O modelo de aprendizagem que embasa as necessidades do aluno de nosso tempo
não é mais o modelo tradicional, mas um ensino dinâmico, no qual o discente é levado em
conta com todos os seus saberes, reconstruindo o conhecimento adquirido. Em virtude
disso, o aluno se sentirá motivado a assistir a aula, e o mais importante, aprendendo.
Diante disso, percebe-se que há várias possibilidades para que haja um bom
desenvolvimento educacional. Uma das principais possibilidades é a participação do aluno
na construção de novas relações na escola. Para isso, como já foi dito, o professor deve
propor inovações em sala de aula; mas para que haja uma inovação o professor deve
aprimorar o seu método de ensino. Assim, percebe-se que até mesmo com um quadro negro
e um único giz o professor é capaz de tornar uma aprendizagem significativa, dependendo
da forma com que esses recursos são utilizados em sala de aula.
Entretanto, para isso o educador não necessita ser um inventor de coisas, mas mostrar
o seu trabalho com amor, generosidade, respeito e movimentos que promovam a
participação e a interação dos alunos nas atividades propostas pelo educador. Assim,
conclui-se que exercer a autoridade é uma “arte”, pois ela dá saídas para conflitos existentes
em sala de aula.
Como se sabe, as tecnologias afetaram todo o mundo e todos tiveram que se adaptar
a essa nova ordem mundial. Na educação é indispensável o uso das tecnologias, mas esse
novo método deve ser utilizado de forma significativa, ou seja, apropriado ao conteúdo
disponibilizado. As tecnologias devem ser usadas como ferramentas pedagógicas para criar
um ambiente interativo, proporcionando ao aprendiz investigação, levantamento de
hipóteses, construindo assim, o seu próprio conhecimento.
A atitude do professor de propor diálogos, criar condições para que a aprendizagem
ocorra como um processo dinâmico, que envolve múltiplos elementos: a reflexão defendida
por Dewey, a construção do conhecimento explicitada por Piaget, um ambiente em que o
aluno é o sujeito da aprendizagem, conforme Freire, e em que o professor atua como
mediador, segundo o conceito da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) definido por
Vigotsky.
Ao assumir essa postura, o educador vai propiciar ao aluno a formação da sua
identidade, o desenvolvimento de sua capacidade crítica, de sua autoconfiança e de sua
criatividade. Entretanto, deve haver na escola uma íntima relação entre todos os
componentes da comunidade escolar, pois nada disso acontece se houver individualidade,
já que é na coletividade, no apoio, na interação, compreensão, ajuda mútua que o trabalho
acontece de forma plena e com qualidade.
Por fim, havendo uma integração entre todos os âmbitos que compõem a escola é que
irão ocorrer momentos participativos, em que pais, alunos, professores gestores,
comunidade, enfim... Todos trabalhando juntos para um bom processo de transformação
do contexto escolar e buscando alcançar um único objeto: a aprendizagem significativa do
aluno, que irá proporcionar o desenvolvimento de uma escola pública de qualidade e
humanizada.
8. PROGRAMAÇÃO

8.1 Projetos permanentes da escola

Modernamente, a escola objetiva formar cidadãos autônomos e participativos na


sociedade. Para conseguir formar este cidadão, é preciso desenvolver nos alunos a
autonomia, a qual deve ser despertada desde a Educação Infantil. A Pedagogia de Projetos
encontra-se como um instrumento de fácil operacionalização dentre a gama de
possibilidades para atingir tal intento.
A Pedagogia de Projetos é uma metodologia de trabalho educacional que tem por
objetivo organizar a construção dos conhecimentos em torno de metas previamente
definidas, de forma coletiva, entre alunos e professores.
O projeto deve ser considerado como um recurso, uma ajuda, uma metodologia de
trabalho destinada a dar vida ao conteúdo tornando a escola mais atraente. Significa acabar
com o monopólio do professor tradicional que decide e define ele mesmo o conteúdo e as
tarefas a serem desenvolvidas, valorizando o que os alunos já sabem ou respeitando o que
desejam aprender naquele momento.
É possível a realização de dois ou três projetos concomitantes com bastante proveito,
uma vez que podem abranger diversas áreas de conhecimento, o que oportuniza o
desenvolvimento da autonomia para solucionar problemas com o espírito de iniciativa e de
solidariedade.
Assim, a Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu trabalha com
projetos permanentes, isto é, que acontecem durante todo o ano letivo e servem como bases
fundamentais para a proposta da escola. Elenca-se como projetos permanentes:
• “Rolando a bola da paz” (início-2016) é um projeto, no qual expressa os valores
e estes estão implícitos em todos os projetos realizados na escola. Esse projeto é aplicado
em todos os segmentos da escola e será desenvolvido mediante atividades diferenciadas
sob um viés dialogal e crítico, capaz de construir novas realidades de convivência e
sociabilidade no contexto escolar com consequências práticas na sociedade como um todo.
• “Hora Leitura” (início-2017) tem por objetivo realizar, com maior frequência e
de maneira mais sistemática, leitura convencional de texto em linguagem verbal,
acompanhada de compreensão, interpretação e escrita. A hora da leitura caracteriza-se
como um projeto municipal que ocorre nas escolas. O mesmo segue a seguinte sistemática:
apresentação de um texto escolhido previamente pela equipe escolar e/ou pela coordenação
da escola, leitura do texto em sala de aula silenciosa e coletiva, interpretação com
questionamentos, compreensão oral e/ou escrita e produção de um parágrafo que será
avaliado pelo professor. Esse momento ocorre semanalmente em todas as turmas, há um
cronograma com o dia da semana em que tais atividades serão colocadas em prática, as
mesmas ocorrerão sempre na primeira aula independentemente da disciplina.
• “Meio ambiente sustentável para inglês nenhum botar defeito: EARTH, WATER,
AIR, ANIMALS AND TREES (TERRA, ÁGUA, AR, ANIMAIS E PLANTAS)” (início-
2017). O projeto teve início em abril de 2017, através da proposta da Campanha da
Fraternidade que teve como tema “Biomas brasileiros e defesa da vida”. Tem por objetivo
estimular o educando a perceber a importância de proteger o meio ambiente por meio da
introdução de práticas sustentáveis, que serão trabalhadas em todas as áreas do
conhecimento, incluindo principalmente a Língua Inglesa, realidade que parece mais
distante do alunado municipal, sendo estas, produtoras da aprendizagem significativa e
interdisciplinar, estimulando a valorização dos elementos que assegurarão para as futuras
gerações benefícios saudáveis para a qualidade de vida no planeta. Esse projeto foi o que
desenvolveu a construção e manutenção da horta na escola; em setembro houve a plantação
de mudas e em novembro a culminância do com salas temáticas.
No ano de 2018, deu-se continuidade com a manutenção da horta, divulgação,
doação de mudas e trabalhando com o aluno a ideia do cuidar, valorização da produção
agrícola regional e do agricultor, bem como o cuidado com o meio ambiente. Além disso,
há um cuidado muito especial, principalmente, pelos funcionários da escola que não estão
em sala de aula.
• “A paz no mundo começa em mim...” (início-2018) – um projeto baseado nas
ideias da Secretaria de Educação que lançou a temática do ano “Afeto, compromisso, e
transformação – por uma educação humanizada #paz”. Este tema foi trabalhado durante
todo o ano letivo, tem por objetivo estimular o educando a perceber a importância de
promover a paz interior, pois estando bem consigo estará bem com todos ao seu redor,
sendo esta, produtora da aprendizagem significativa e interdisciplinar, estimulando a
valorização dos elementos que assegurarão para as futuras gerações benefícios para uma
vida social mais igualitária, ética, justa e que respeite as diferenças.
• Propostas ajustadas por uma ótica de igualdade na EJA, (início-2017) uma vez que,
agrega, em seu acervo, inúmeras trajetórias de vida, as mais diversificadas possíveis.
Assim, tornamos este espaço em um ambiente acolhedor e motivador de produção do
conhecimento, levando em consideração as diferenças de seu alunado e oferecendo uma
educação mais justa, participativa e humana. Isso ocorre a partir de diversos eventos
realizados, valorizando o aluno e estimulando a continuar os estudos, com o objetivo de
diminuir o número de evadidos.

8.2 Projetos transitórios da escola

Elenca-se como projetos didáticos transitórios:

• Dia da mulher:

Neste ano, trabalhamos com a temática: “Mulher, símbolo de amor, coragem e


luta!”(2017). O projeto foi trabalhado durante a semana de 01 a 09 de março, com o
objetivo de valorizar à figura feminina, que muitas vezes, tem uma jornada dupla de
trabalho, em que se dedicam às suas profissões e também ao cuidado dos filhos, da família
e da casa. Através disso, a nossa escola teve o prazer de trabalhar este tema, visando
informar melhor aos nossos alunos a importância da mulher na sociedade, e seus direitos,
no ambiente familiar ou no profissionalismo. Para que assim, possam dar o devido valor
que a mulher possui na vida de cada um.
Em 2019, a semana da mulher culminou com a despedida da então coordenadora
Vanesca Carvalho Leal. Nesse dia, os alunos e profissionais da escola fizeram uma manhã
de homenagens a grande mulher que foi, e é, para esta escola. Uma forma de dizer ‘muito
obrigada” pelo trabalho realizado.

• Páscoa:

Páscoa é momento de partilha e solidariedade. Este foi o ponto primordial para a


temática da semana. Os professores trabalharam com encontros coletivos na quadra da
escola, baseado no livro da Campanha da Fraternidade, o real sentido desta data e a
culminância se deu a partir de uma programação bem especial com palestras sobre “como
construir a paz?”, momento de partilha e um bingo realizado por todos os funcionários da
escola. (2018). Em 2019, foram feitos os trabalhos com os professores na sala de aula e, no
encerramento uma palestra ecumênica com Gilza Ancrade Cruz, Padre João Souza e
Professor João Freire, representando a igreja evangélica. A palestra falou sobre o tema da
Campanha da Fraternidade, que abordou as políticas públicas. Ao final, houve o momento
da partilha dos alimentos.

• Dia das mães:

O dia das mães é sempre um momento muito especial. Esse tema foi trabalhado
durante uma semana, com o objetivo dos alunos reconhecerem o verdadeiro sentido da
mãe, não só aquela que gera, mas a que cuida, acolhe e dar amor. Essa pode ser uma tia, a
avó, uma irmã ou até o pai. E para finalizar a semana, foram entregues cartões pela direção
e mimos construídos com os professores de Artes, em sala de aula.

• 18 de maio: Campanha do abuso:

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e


Adolescentes vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da
sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas Aracelis.
A campanha tem como símbolo uma flor, como uma lembrança dos desenhos da primeira
infância, além de associar a fragilidade de uma flor com a de uma criança. O desenho
também tem como objetivo proporcionar maior proximidade e identificação junto à
sociedade, proximidade e identificação com a causa.
O slogan Faça Bonito - Proteja nossas crianças e adolescente quer chamar a
sociedade para assumir a responsabilidade de prevenir e enfrentar o problema da violência
sexual praticada contra crianças e adolescentes no Brasil.
Assim, foi desenvolvido um encontro da Secretaria da Assistência Social em
parceria com a Secretaria de Educação, em que as nossas crianças do 6° ano A,
participaram de um momento cultural com “O meu corpo é um tesourinho”; ouviram a
história “Pipo e Fifi” que retrata a importância do cuidado e da confiança em falar aquilo
que se passa na vida de cada criança e teatro com a temática.

• Festas juninas:

O mês de Junho sempre desperta um grande interesse nos alunos em trabalhar o


assunto “Festa Junina”. O mês é marcado por grandes comemorações, sendo que o auge da
festa acontece no dia 23, noite de São João. São comuns em todas as regiões do Brasil os
festejos juninos, mas na região Nordeste esses festejos ganham maior proporção. Essas
festas envolvem toda a comunidade nos preparativos, com a ornamentação de ambientes,
comidas típicas, músicas folclóricas, etc. No contexto escolar o mesmo acontece e a escola
tem um papel importante no resgate e valorização dessas tradições.
Diante do exposto, o projeto se faz necessário como tentativa de trabalhar juntamente
com os alunos na construção de conhecimentos a respeito do tema que leve em
consideração aspectos sociais e culturais do nosso país, já que este ano é união desses
festejos com a Copa do Mundo, para estarem produzindo uma maior aprendizagem. Em
2019, o tema foi: São João das antigas”. Assim, a escola foi decorada com esta temática,
foram realizadas coreografias, quadrilhas, apresentações e muito forró em homenagem aos
nordestinos.

• Campanha do agasalho:

Estamos vivendo num período de grande crise econômica, no qual está difícil para
todos e, principalmente, para as famílias mais carentes e necessitadas, onde tudo é
conseguido com muito esforço e humildade. Vivemos em uma época em que as pessoas
estão esquecendo-se de praticar a solidariedade, o amor ao próximo e a caridade. Palavras
simples como: bom dia, boa tarde, obrigada, com licença, por favor, estão sendo esquecidas
e precisam ser resgatadas e cultivadas, a fim de criar relações e ambientes saudáveis.
Dessa forma, focamos na transmissão desses valores e na necessidade de
realização de atividades concretas que possam beneficiar cada vez mais a sociedade como
um todo e possa servir de fundamento para atitudes que resgatem a importância de um
simples gesto de carinho e atenção.
Assim, desde o ano de 2017, realizamos a arrecadação de roupas e alimentos nas
escolas, no comércio e na comunidade, feita pelos alunos sob coordenação da professora,
de maneira que esses comprometam-se e sintam-se motivados e recompensados. Os
produtos arrecadados serão separados pelos próprios alunos com ajuda do professor da
disciplina Cidadania, bem como a entrega das doações será feita pelos mesmos.

• Jogos internos
A prática esportiva como instrumento educacional visa ao desenvolvimento
humano e capacita o educando a desenvolver suas competências sociais e comunicativas,
essenciais para o seu processo de desenvolvimento individual e social, ao mesmo tempo
em que o esporte constitui-se num instrumento pedagógico que tem sido ferramenta
importantíssima no auxílio dos conteúdos escolares.
Nas aulas de Educação Física os alunos costumam trabalhar determinadas
atividades somente com sua própria turma, o que leva a conhecer parcialmente suas
potencialidades e fraquezas, no que se diz respeito a área de jogos e esportes. Por isso, os
jogos acontecem entre classes de mesma faixa etária e habilidades motoras mais próximas,
o que leva aos alunos o conhecimento dos outros colegas das demais turmas, colaborando
para o fortalecimento de laços dentro da instituição escolar.
Acreditamos que valores como socialização, responsabilidade, cooperação,
respeito, liderança, personalidade, persistência e vida saudável podem ser alcançados por
meio da prática esportiva, fazendo das práticas de atividades físicas coletivas na escola um
importante elemento humanizador para preparação de jovens e crianças na vida em
sociedade. Assim, os jogos acontecem durante uma semana letiva, com competições de
cabo de guerra, baleô, futsal e corrida. Os times ganhadores recebem ao final das
competições uma medalha de participação.

• Projeto: Maleta viajante – “Livro vai, livro vem... Eu leio e você também!”:

Com o desejo de formar uma comunidade leitora na nossa escola, objetivando


estimular a prática de leitura entre os discentes, formar cidadãos críticos, reflexivos e
competentes nos aspectos da leitura, da escrita e da oralidade. O projeto acontece às terças-
feiras e sextas-feiras, a mala viajará para duas residências que deverão ler o livro com
atenção e fazer o registro escrito. Este deverá seguir as orientações e regras já aprendidas
sobre a norma culta da Língua Portuguesa, no caderno que estará na mala. Este é um projeto
das professoras de Língua Portuguesa e Redação Ana Carmen e Débora Izane, envolvendo
os alunos do 6° ano e os pais e responsáveis destes alunos.

• Semana do Estudante

O projeto tem como objetivo valorizar e reconhecer o papel do Estudante como


elemento fundamental para a existência da Escola, proporcionando momentos de reflexão
e descontração dos mesmos. Dessa forma, pretende-se ainda, estimular os alunos a
participar das atividades propostas pela escola.
Acredita-se que quando o aluno participa de forma direta do processo pedagógico
ele se sente mais comprometido com a própria aprendizagem, além de se sentir valorizado
no que faz. Em experiências anteriores, percebeu-se que a autoestima melhora, pois ele se
sente sujeito atuante e construtor de um projeto de vida da escola do qual ela é figura viva,
pensante e presente. Por exemplo, quando o aluno lê seu texto, ou parte dele, ou vê seu
desenho exposto, sente-se orgulhoso e chama a atenção dos demais colegas e dos
professores para apresentar-lhes seus trabalhos.
✓ Enfim, nesse projeto que já foi desenvolvido em anos anteriores, o
aluno percebe a importância de que estudar é uma forma de tecer um futuro melhor.
Já que são proporcionadas atividades que incentivam os alunos a terem um bom
desempenho escolar, fazendo a culminância na semana do estudante com menção
honrosa (entrega de medalhas e certificados aos alunos destaques);
✓ Em 2019, a semana do estudante teve um diferencial. Foi realizada a
eleição dos líderes de turmas, demonstrando o protagonismo juvenil no ambiente
escolar. Além disso, os alunos receberam menção honrosa pelo seu desempenho, as
medalhas dos jogos internos....

• Dia dos pais:


O dia dos pais é sempre um momento, assim como o dia das mães, especial.
Entretanto, complicado, pois sabe-se que nem todos aluno possui a presença do pai
biológico em sua vida. Assim, trabalha-se com o objetivo dos alunos reconhecerem o
verdadeiro sentido do ser pai. E para finalizar, foram entregues cartões pela direção e
mimos construídos com os professores de Artes, em sala de aula

• Visitas técnicas: Biblioteca, museu histórico, laboratório de Ciências,


Congressos, entre outras.

A atividade de visita técnica visa o encontro do aluno com o universo prático,


proporcionando aos participantes uma formação mais ampla. A realização destas é de
extrema relevância. Nela, é possível observar o ambiente real em pleno funcionamento,
além de ser possível verificar sua dinâmica, organização e todos os fatores teóricos
implícitos nela. Nas visitas técnicas também é possível verificar aspectos teóricos. Muitos
estudos e pesquisas requerem também tal visita já que há a necessidade de verificar
hipóteses, teses e teorias na prática.

• Jogos da primavera:

Os jogos reúnem as escolas públicas do município, incluindo a rede estadual,


representada pelo Colégio Estadual Governador Roberto Santos, que disputam cerca de
quatrocentas partidas em várias modalidades esportivas. Os jogos mostram a importância
da integração das escolas e o valor do esporte na formação dos jovens.

• Semana da pátria:

O trabalho com a Semana da Pátria proporciona aos alunos momentos de reflexão e


crítica a respeito de todo o contexto que envolve a nossa nação, sejam seus aspectos
positivos ou negativos. Isto é, leva-os a conhecer os problemas sociais, econômicos e
políticos que constituem obstáculos e dificuldades para o engrandecimento do nosso país,
bem como as grandes realizações, marcos da nossa história, a nossa cultura a nossa riqueza
natural. A fim de proporcionar-lhes maior compreensão, amor e espírito de luta pelo Brasil.
Afinal, quem forma uma nação é o seu povo.
Assim, a Escolas Reunidas professor Francisco de Paula Abreu, durante o período de
duas semanas trabalhará em suas devidas disciplinas aquilo que compete o tema,
proporcionando momentos de reflexão, diversão, conhecimento e aprendizagem.

• Semana do professor

A valorização do professor nas Escolas reunidas Professor Francisco de Paula Abreu


é uma prática cotidiana, mas na semana que se comemora o seu dia várias ações são
desenvolvidas entre alunos, professores, direção e coordenação, em torno da figura do
professor, ações que vão muito além de homenagens, mas também de reflexão em torno de
sua importância, prática do respeito e ainda reflexão em torno da própria prática docente.

• Projeto: Quebrando as barreiras do preconceito por meio de jogos e


brincadeiras:

O projeto foi desenvolvido nas aulas de Educação Física, com as turmas do 9° ano,
na modalidade regular em prol do desenvolvimento psicológico e motor, em parceria com
a Escola Infantil Maria Amélia Santos e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Neste
projeto, os alunos tiveram a oportunidade de ajudar e ensinar, mostrando afetividade e
ações cognitivas que serviram de aprendizagem para todos.

• Consciência Negra:

Valorizar a cultura afrodescendente, bem como seus costumes, valores, lutas e


ensinamentos transmitidos à sociedade é função de todos e em todos os momentos do ano.

• Natal solidário

O Projeto Natal Solidário na Escola, não se configura apenas como uma ação
assistencialista, ao contrário ele abrange ações no campo da educação como: o
desenvolvimento dentro das salas de aula de atitudes de solidariedade, de respeito e amor
ao próximo, aceitação das diferenças, vínculos de afetividade e auto-estima. O objetivo
geral é desenvolver junto á comunidade escolar os valores essenciais para a prática coletiva
da solidariedade, principalmente nesta época do ano, quando o Natal se aproxima.

• Formatura:

A formatura é um momento solene que resgata em nós a esperança e a fé, quando em


meio a tantas desventuras e desilusões, vemos pessoas buscando seus objetivos,
acreditando que podemos ter um mundo melhor. Assim, realizamos esse evento a cada final
de ano para as turmas concludentes do 9° ano modalidade regular e a cada final de semestre
para os alunos da modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Além dessas ações que promovem resultados positivos, temos também:
✓ Atividades de reforço escolar em horários diferenciados para alunos com
dificuldades na aprendizagem, principalmente, no período de preparação para a OBMEP
(Olimpíadas Brasileira de Matemática). Em 2017, a escola conseguiu atingir um mérito
jamais obtido no município, que foi a medalha de Bronze pela aluna Emanuelle Raquel,
bem como a Menção Honrosa (já obtida em anos anteriores) pela aluna Karolaine Querley.
Diante da realidade exposta, a escola assume como prioridade considerar a
realidade do aluno em sua prática pedagógica, fortalecer a gestão democrático-
participativa, a fim de, construir ambientes de diálogo no ambiente escolar, acompanhar os
professores no sentido de fornecer instrumentais condizentes com a realidade aludida que
possibilitem a superação dos desafios e a consecução dos objetivos maiores da educação.
Vale ressaltar que, esses projetos são elaborados pelos professores e/ou
juntamente com a coordenação pedagógica e direção, e aplicados por tempo determinado
de acordo com as datas comemorativas específicas ou necessidade do professor.

8.3 Plano de ação da Gestão escolar

A gestão democrática da educação impõe-se por princípios já consagrados na


Constituição Federal Brasileira de 1988, em seu Artigo 206, inciso VI, que elenca a
importância da “gestão democrática do ensino público”, colocando-a como obrigatória em
todo e qualquer órgão público de educação (BRASIL, 1988). A Lei de Diretrizes e Bases
da Educação n.º 9.394/96 estabelece que as escolas precisam ser organizadas e
administradas tendo como pressupostos os princípios da Gestão Democrática (BRASIL,
1996). Segundo o Ministério da Educação, a Gestão Escolar Pública trata-se de uma
maneira de organizar o funcionamento da escola pública quanto aos aspectos políticos,
administrativos, financeiros, tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a
finalidade de dar transparência às suas ações e atos e possibilitar a comunidade escolar a
aquisição do conhecimento, saberes, ideias e sonhos, num processo de aprender, inventar,
criar, dialogar, construir, transformar e ensinar.
Partindo dessa premissa é que a equipe gestora das Escolas Reunidas Professor
Francisco de Paula Abreu tem como pilar a democracia nas suas ações. Paralela a
democracia, o cuidar um do outro se faz presente em nosso cotidiano. O cuidar do
educando, da família e da comunidade escolar.
A escola é o espaço de vivência e convivência onde se estabelecem relações sociais
entre todos os sujeitos que dela fazem parte. Este ambiente educativo se constitui como um
espaço das diversidades, das diferenças e dos conflitos entre gerações. Os princípios de
cooperação e solidariedade, de satisfação com a escola, de comprometimento e
participação, de respeito nas relações escolares, de combate à discriminação, disciplina,
respeito aos direitos de crianças e adolescentes e dignidade humana devem pautar as
relações estabelecidas no ambiente educativo. Estes princípios visam à promoção de uma
cultura que valoriza e fortalece os processos participativos de ensino e aprendizagem,
direcionado aos direitos de crianças e adolescentes. Assim, acreditamos que uma boa
gestão depende do diálogo, do respeito ao outro, dos laços que são construídos. A partir
daí, fazer da escola um espaço onde todos se sintam abraçados e acolhidos.
Fazer da escola um espaço de aprendizagem significativa requer uma gestão
participativa e parceira de todos que dela fazem parte, começando do porteiro que acolhe
os educandos à merendeira que faz a merenda de cada dia. Essa parceria contribui para a
qualidade da educação, visto que as condições de trabalho de todos os profissionais da
escola interferem diretamente no resultado do processo de ensino aprendizagem.
A formação continuada e permanente é um dos indicadores imprescindíveis para a
estabilidade do corpo docente e para a consolidação dos processos e vínculos de
aprendizagem, fator que contribui para a melhoria e qualidade da educação. Por isso, as
Atividades Complementares (AC) têm sido momentos valorizados na escola, com
planejamento e temáticas para dá significação as ações e para que o corpo docente ponha
em prática o que foi proposto e acordado entre todos os participantes.
Demonstrando o papel democrático da gestão, ressaltamos algumas ações
desenvolvidas, como a normatização do Conselho de Classe, a atualização do Projeto
Político Pedagógico (PPP), com efetiva participação de todos os envolvidos no processo
de ensino aprendizagem, na elaboração e execução de projetos voltados para a melhoria da
qualidade do ensino; os plantões pedagógicos, no qual os pais escolhem o melhor horário
para vir a escola, conversar com coordenador, gestor, professores a respeito do
desenvolvimento de seu filho. Além disso, vale lembrar do Regimento Interno, que é a base
legal da Escola não é aplicada de forma rígida, positivista, mas adaptada a cada caso
concreto. Analisamos o problema, ouvimos os envolvidos e, só assim, aplicamos a medida
cabível.
Para realizar um bom trabalho, faz-se necessário seguir as legislações nacionais e
municipais a fim de realizar o trabalho dentro da legalidade. Ressalte-se, que, para atender
ao nosso público alvo com qualidade, os estabelecimentos, respeitando as normas comuns
e as do sistema de ensino terão a incumbência de:
I- elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II- administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III- assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV- velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V- promover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI- articular-se com as famílias e a comunidade, criando meios;
VII- informar pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos aluno,
bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica;
Ademais, importante destacar que o governo Federal estabeleceu 28 diretrizes a
serem cumpridas para melhorar a qualidade da educação básica no país, no que se refere a
gestão, temos:
1. Incorporar ao núcleo gestor da escola coordenadores pedagógicos que acompanhem
as dificuldades enfrentadas pelo professor;
2. Divulgar na escola e na comunidade os dados relativos à área da educação, com
ênfase no IDEB;
3. Fomentar e apoiar os conselhos escolares, envolvendo as famílias dos educandos,
com as atribuições, dentre outras, de zelar pela manutenção da escola e pelo monitoramento
das atribuições, dentre outras, de zelar pela manutenção da escola e pelo monitoramento
das ações e consecução das metas do compromisso.

OBJETIVOS E METAS

➢ Primar pela concretização de ações que fortaleçam a participação coletiva,


a fim de defender os interesses da comunidade escolar;
➢ Fortalecer os espaços participativos com o escopo de conscientizar a
comunidade escolar na busca de um compromisso coletivo com resultados educacionais
mais significativos;
➢ Proporcionar um ambiente participativo e harmonizado objetivando o
aprendizado do aluno;
➢ Reelaborar o Regimento Interno e torná-lo acessível;
➢ Buscar a aplicabilidade da Proposta Pedagógica e do Regimento Interno;
➢ Incentivar a participação dos alunos no Programa Novo Mais Educação;
➢ Incentivar a participação dos pais/responsáveis nos Plantões Pedagógicos
com vistas a melhorar a qualidade do ensino-aprendizagem dos educandos;
➢ Promover reuniões a cada semestre com pais e corpo docente;
➢ Promover meios para a melhoria do rendimento das disciplinas críticas;
➢ Reelaborar, juntamente com toda a equipe escolar, o Conselho de Classe;
➢ Priorizar os interesses coletivos, respeitando os interesses individuais,
quando estes favorecem a coletividade;
➢ Divulgar com transparências a execução dos recursos financeiros junto a
comunidade escolar;
➢ Proporcionar a veiculação de informações em tempo hábil através dos
murais informativos, e-mail e telefone;
➢ Proporcionar meios para promover um bom relacionamento na comunidade
escolar;
➢ Basear-se na legislação vigente para que sejam efetivados os direitos e
deveres de todos da comunidade escolar;
➢ Fazer acompanhamento de faltas e reposições dos funcionários da escola
com registro em planilhas ou atas;
➢ Procurar, junto aos órgãos competentes, recursos para reforma e
melhoramento da estrutura física da escola, principalmente, as salas da direção e secretaria
e colocar grades e portão no muro frontal da escola, garantindo assim, maior conforto e
segurança para os alunos;
➢ Garantir a conservação do patrimônio escolar;
➢ Manter o espaço verde da escola com participação efetiva dos discentes e
funcionários da escola;
➢ Realizar o projeto: Memorial Paula Abreu com o objetivo de resgatar sua
história e valorizar sua contribuição para a educação e cultura do município.

8.4 Plano de ação da Coordenação Pedagógica

Educação de qualidade é uma busca constante das instituições de ensino, para que
isso se torne realidade são necessárias ações que sustentem um trabalho em equipe e uma
gestão que priorize a formação docente, contribuindo para um processo administrativo de
qualidade conforme Chiavenato (1997, p.101), “não se trata mais de administrar pessoas,
mas de administrar com as pessoas. As organizações cada vez mais precisam de pessoas
proativas, responsáveis, inteligentes, com habilidades para resolver problemas, tomar
decisões”. Nesta perspectiva, devem-se identificar as necessidades dos professores e com
eles encontrar soluções que priorizem um trabalho educacional de qualidade.
O coordenador pedagógico tem que ir além do conhecimento teórico, pois para
acompanhar e estimular os professores é preciso percepção e sensibilidade para identificar
as necessidades dos alunos e professores, tendo que se manter sempre atualizado, buscando
fontes de informação e refletindo sobre sua prática como fala NOVOA (2001), “a
experiência não é nem formadora, nem produtora. É a reflexão sobre a experiência que
pode provocar a produção do saber e a formação”. Com esse pensamento, ainda é
necessário destacar que o trabalho deve acontecer com a colaboração de todos, assim o
coordenador deve estar preparado para mudanças e sempre pronto a motivar sua equipe.
Dentro das diversas atribuições está o ato de acompanhar o trabalho docente, sendo
responsável pelo elo entre os envolvidos na comunidade educacional. A questão do
relacionamento entre o coordenador e o professor é um fator crucial para uma gestão
democrática, para que isso aconteça com estratégias bem formuladas, o coordenador não
pode perder seu foco. Para isso, necessita estar atento ao cenário que se apresenta a sua
volta, valorizando os profissionais da sua equipe e acompanhando os resultados. Essa
caminhada nem sempre é feita com segurança, pois as diversas informações e
responsabilidades, o medo e a insegurança também fazem parte dessa trajetória. Assim,
cabe ao coordenador refletir para superar os obstáculos e aperfeiçoar o processo de ensino
e aprendizagem.

8.4.1 Objetivos e metas da Coordenação Pedagógica

✓ Ser uma pessoa criativa, organizada, e aberta ao diálogo;


✓ Executar o trabalho sempre em conexão com a direção escolar;
✓ Promover um trabalho conjunto entre os educadores da escola, com trocas
de diferentes experiências e respeito à diversidade de pontos de vista;
✓ Organizar antecipadamente as Atividades Complementares (AC’S). Estes
serão temáticos mensais, proporcionando ideias criativas, que se relacionem a discussão do
mês e sejam práticas para a sala de aula. Além disso, será um momento de estudo de temas
que representem as necessidades ou dificuldades que o grupo apresentar. Pode-se ter
momentos de planejamento de sala de aula ou atividades coletivas, bem como confecção
de materiais, levando em consideração os objetivos propostos no planejamento;
✓ Proporcionar e orientar práticas inovadoras aos professores;
✓ Estabelecer vínculo e parceria com os alunos visando melhoras, tanto em
sala de aula, quanto fora dela;
✓ Manter contato constante com classes e alunos com dificuldades;
✓ Acompanhar e avaliar o processo de ensino aprendizagem, contribuindo
positivamente para a busca de soluções para os problemas de aprendizagem identificados;
✓ Promover um clima escolar favorável a aprendizagem e ao ensino, a partir
do entrosamento entre os membros da comunidade escolar;
✓ Participar e ajudar no planejamento e execução dos eventos que vierem a
acontecer na escola;
✓ Auxiliar e oferecer subsídios para a prática docente. Para tanto, faz-se
necessárias visitas às salas de aulas para verificar as necessidades de cada educador;
✓ Trabalhar em conjunto, ajudando nos projetos já iniciados, procurando criar
novas perspectivas de maneira a aumentar ainda mais o sucesso da nossa escola;
✓ Garantir uma relação eficaz entre família e escola;
✓ Promover palestras com o tema: drogas, violência, valores ou temas de
acontecimentos emergenciais, conforme a necessidade do momento;
✓ Realizar projetos de Leitura;
✓ Estimular os professores a trabalharem com a Prova Brasil e OBMEP;
✓ Analisar, aprimorar e efetivar o Projeto Político Pedagógico da escola;
✓ Colocar-se a disposição dos professores para auxílio no planejamento das
aulas;
✓ Acordar com os professores a entrega do planejamento de curso e semanal
das atividades docentes.

8.4.2 Avaliação das ações

A avaliação não é o ponto final, mas o meio para que possamos refletir sobre como
nossas ações têm obtido resultados eficientes. A partir da avaliação é possível repensar os
caminhos a serem tomados, a buscar novas ações que sejam mais efetivas. É parte
integrante do processo ensino-aprendizagem, fundamental para a reflexão do fazer
pedagógico, tomada de consciência e o replanejar ajustando assim o plano de trabalho.
Dentre as ações planejadas, a maioria delas foram executadas e com muita
positividade, tendo a compreensão da equipe que persiste e se orgulha em realizar o
trabalho coletivo e não individualista. Isso é muito importante e gratificante para a
qualidade e o sucesso da escola.
Entretanto, percebe-se que muitas outras atribuições recaem ao coordenador, muitas
vezes, não fazendo parte da sua função, mas sendo ações executadas para manter a
harmonia no ambiente escolar. Isso faz com que o trabalho não seja realizado em tempo
determinado, ou até mesmo de forma positiva, implicando numa sobrecarga natural do
serviço.
Enfim, a avaliação auxilia no aprimoramento da atuação, pela análise dos dados de
acertos e erros que possibilitam verificar quais expectativas deve-se retomar e se há
necessidade de mudança nas estratégias.

8.5 Plano de ação dos Professores Readaptados

Professora: Jacqueline Andrade Passos Carregosa

A professora readaptada promove diversas ações, de acordo com a necessidade da


escola. Sendo a principal delas, a ação educadora na Sala de leitura.
- Objetivo:
• Exercer o controle de empréstimos de livros a aluno, professores e funcionários da
instituição;
• Dar suporte à formação de leitores, através da indicação de livros, que estão sempre
espalhados pela sala de leitura, de acordo com a temática que a escola está trabalhando no
momento;
• Estimular a pesquisa e o compartilhamento de ideias;
• Auxiliar os professores, com sugestões de trabalho de leitura em sala de aula.
- Público alvo:
• Alunos, professores e funcionários.
- Parceria:
• Professores, coordenação, direção e comunidade escolar.
- Avaliação das ações:
A professora não possui formação específica na área de bibliotecária, entretanto, no
limite do trabalho diário, que nem sempre é no período integral, pois a mesma só possui a
carga horária de 20h semanais, procura desenvolver o trabalho com comprometimento,
dedicação, responsabilidade e curiosidade.
Sente-se feliz em poder contribuir no trabalho dos professores e alunos, realizando
sonhos, através da leitura. Portanto, faz-se necessário cuidar da formação do educador da
biblioteca e jamais ignorá-lo.
Para melhor atender as necessidades dos alunos, pelo menos uma vez por ano, é
preciso adquirir novas obras, atualizar seus materiais e, assim, atrair cada vez mais os
alunos para o espaço.

9. AVALIAÇÃO

A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) entende avaliação como


possibilidade de “verificação de rendimento escolar”. Tal definição, no entanto, é
problemática no sentido da compreensão do que se entende por “rendimento” e mesmo,
dos instrumentos adequados para a consecução de tais objetivos. Primeiro, é preciso
considerar que, a noção de “rendimento” não pode ser reduzida à aquisição de
conhecimentos ou, à capacidade de reprodução dos mesmos, embora, note-se que, esse é
um dado significativo no que tange à avaliação.
Avaliar é perceber o modo como cada aluno aprende, as aprendizagens feitas e as
lacunas que existem no processo. Não se avalia com a finalidade de comparar alunos entre
si, por meio de conceitos e sim, para verificar a eficácia dos instrumentos utilizados na
construção da aprendizagem, a apropriação dos conhecimentos por parte dos alunos, como
algo que pode ser relacionado à sua vida e, sobretudo, a capacidade de pensar o mundo e
as coisas sob os prismas das discussões estabelecidas nos ambientes escolares. Desse modo,
a noção de “rendimento” é ampliada e a avaliação passa a surtir os efeitos desejados desde
que, os instrumentos sejam adequados.
Para mensurar os resultados da aprendizagem, nos moldes acima aludidos, há de se
considerar os objetivos da aprendizagem. Em suma, o que se quer com a aprendizagem é
que o aluno seja capaz de fazer relações entre aquilo que é ensinado e a sua vida prática e
a partir das relações estabelecidas, que o aluno seja capaz de, apropriar-se dos
conhecimentos produzidos no ambiente escolar e fazer inferências da própria realidade a
partir de tais conhecimentos, num patamar crítico-libertador da educação. Assim, os
instrumentos avaliativos devem servir para avaliar, não somente em termos numéricos, mas
em termos de abstração da realidade, de estabelecimentos de relações, de posicionamento
crítico, o caminho feito no processo ensino/aprendizagem.
Dito isso, pretende-se uma avaliação capaz de reconhecer as lacunas que existem no
processo ensino/aprendizagem, capaz de orientar os esforços no sentido de preenchê-las
(GATTI, 2007); uma avaliação problematizadora, contextualizada, que ajude os alunos a
se posicionar criticamente diante dos conteúdos propostos e da realidade vivida; uma
avaliação qualitativa, no sentido de verificar a capacidade de abstração do conhecimento,
pontuando aspectos que precisam ser mais bem trabalhados em termos de aprendizagem,
antes de haver promoção para estudos posteriores, mas, sobretudo, que considere o esforço
do aluno em direção à produção do conhecimento, sua evolução e outras aprendizagens
realizadas, que vão além das propostas pelo professor; uma avaliação que considere a
aprendizagem significativa, a partir de elementos que sejam importantes para o aluno e não
somente pautada pelo interesse de quantificar o processo feito; uma avaliação facilitadora,
que proporcione ao sujeito demonstrar aquilo que aprendeu, para além da postura vigilante
e rotuladora das experiências de avaliação na escola.
Por outro lado, a avaliação, que se quer contínua, deve ser global. Todos se avaliam
e todos são avaliados. Numa escola democrática e participativa, faz-se necessário construir
instrumentais que possibilitem escutar de todos os atores, nos diferentes níveis de
relacionamento, o que está dando certo e o que precisa melhorar. Nesse sentido, a
valorização das reuniões pedagógicas como espaços privilegiados de discussão de ideias
pedagógicas e de avaliação do processo, é de fundamental importância para a construção
eficaz do conhecimento.
Para Vasconcelos (1998), a avaliação deve ser um processo abrangente da existência
humana, que implica uma reflexão crítica sobre a prática, no sentido de captar seus
avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisões sobre
as atividades didáticas seguintes. De acordo com ele a avaliação deveria acontecer
acompanhando a pessoa em seu processo de crescimento e ser encarada como instrumento
facilitador de tal processo e não como inibidor do mesmo, maçando as pessoas de forma
negativa pelo resto de suas vidas. Hoffman (1991) afirma que da pré-escola à universidade,
crianças e jovens são constantemente sentenciados por seus comportamentos e tarefas.
Formal ou informalmente cada vez que a criança brinca, fala,
responde ou faz tarefas, está sendo observada e julgada por seus
professores. A isto denomina-se avaliação. Esta concepção abrange
as ações de observação e julgamento, limitando-se a elas (p.69)

Para avaliar é preciso ir além da medida, recorrendo a indicadores mais complexos,


tendo em vista que não se avalia por avaliar, mas para fundamentar uma decisão. Nesse
sentido, não se constrói uma avaliação justa e adequada pela simples adoção de um
instrumento em detrimento de outro. O que vale, nesse contexto, é a postura avaliativa.
Uma escola que quer construir uma avaliação efetiva em seus objetivos, e
democrática em suas concepções, precisa dar-se conta de que se avalia para acompanhar o
processo e não, para eliminar experiências. Perrenoud (1999) também compartilha dessa
ideia ao afirmar que a avaliação não é um fim em si mesmo, mas uma engrenagem do
funcionamento didático. Sendo assim, o momento da avaliação em cujo trabalho será um
processo abrangente em que se considera o desenvolvimento das capacidades do aluno com
relação à aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes, será feita constantemente
não se restringindo a apenas à verificação da aquisição de conceitos pelos alunos. Para que
tal avaliação possa ser coerente com seus objetivos e eficaz exige-se do professor mediador
atenção redobrada ao agir do aluno e ao fazer em sala de aula, a prática do relatório
contínuo das vivências em sala de aula e, sobretudo, a postura da escola em discutir as
questões de forma integral e problematizada, sem individualizar experiências e sem adoção
de posturas pontuais para problemas que são globais.
É preciso ter em vista o todo da escola, nesse sentido, as decisões colegiadas, em
contexto de avaliação, por meio de discussões grupais, são eficazes quando se pretende
uma avaliação processual.
Através da avaliação pode-se conhecer a prática educativa com a finalidade de
transformá-la, abrindo caminhos para a construção de novas possibilidades e de novas
questões. O bom ato de avaliar depende do profissional da educação, o qual deverá ter
subsídios para decidir o que, como e de que maneira avaliar o ensino.
É importante o professor não perder de vista a função diagnóstica da avaliação, a qual
será usada para a revisão do processo ensino-aprendizagem, sendo esta uma tarefa coletiva,
sob a responsabilidade da escola, do professor e do aluno. Sobretudo, é importante
considerar o aspecto da comunicação e do diálogo como mola-mestra da educação, que
deve nortear todas as ações realizadas, incluindo aí, as sistemáticas de avaliação.
A Escolas Reunidas Professor Francisco de Paula Abreu desenvolve um trabalho
avaliativo direcionado para a valorização das diversas habilidades dos educandos, os quais
são vistos como seres integrais dotados de capacidades diversas, assim os discentes não
são avaliados em momentos estanques, mas durante todo o processo.
Os 200 dias letivos são divididos em três unidades de trabalho, cada uma com mais
ou menos 75 dias de aula sendo sistematizadas em dois momentos distintos, uma unidade
de trabalho deverá ter duas notas de 0,0 a 5,0 (fundamental II (6º ao 9º), onde o conceito
mínimo para obter resultado satisfatório é 5,0, devendo ao final dos duzentos dias letivos
totalizar 15 pontos. Aqueles que não obtiverem este resultado serão submetidos a uma
prova final “recuperação de aprendizagem” com o valor mínimo de 5,0 pontos, para que
possa ser promovido. Esta prova é antecedida por aulas extras, que visam revisar
determinados conteúdos, selecionados pelo professor da disciplina.
A EPJAI, apesar de ser uma modalidade diferenciada, já que tem a função de formar
o jovem para a prática cotidiana, segue a avaliação classificatória de acordo com a
modalidade regular, isto é, uma unidade de trabalho deverá ter duas notas de 0,0 a 5,0, onde
o conceito mínimo para obter resultado satisfatório é 5,0, devendo ao final dos cem dias
letivos totalizar 10 pontos, a cada semestre. Aqueles que não obtiverem este resultado serão
submetidos a uma prova final “recuperação de aprendizagem” com o valor mínimo de 5,0
pontos, para que possa ser promovido. Esta prova é antecedida por aulas extras, que visam
revisar determinados conteúdos, selecionados pelo professor da disciplina. Lembrando que
a EPJAI, ocorre em semestres letivos, sendo assim, todo esse processo ocorre a cada duas
unidades.
Nas unidades de trabalho o professor avalia os alunos de forma integral, analisando
suas competências nas diversas áreas do saber, sendo que na primeira o professor é livre
para desenvolver atividades avaliativas diversas para fechar a nota 5,0 (pesquisas,
seminários, produção textual, debates, passos avaliativos, apresentações teatrais,
sequências didáticas, entre outros) assim trabalha-se habilidades comunicativas,
expressivas, artísticas, cognitivas do educando e no final da unidade de trabalho são
submetidos a avaliação escrita (prova) valendo 5,0 a qual, apesar de ser quantitativa, não
perde o seu caráter qualitativo já que é alvo de discussões, reescrita, etc, almejando-se uma
evolução de uma etapa a outra. Esta é desenvolvida em forma de simulado, para que os
alunos também adquiram a competência sintética e das provas externas que os mesmos irão
passar.
No final do ano ou semestre letivo, o aluno que não conseguiu adquirir a média 5,0
(cinco), durante todo o processo de ensino-aprendizagem-avaliação, tem direito a uma nova
avaliação que chama-se de “Recuperação”. Se mesmo através desta prova o aluno ainda
não conseguir atingir a média. É submetido ao Conselho de Classe. Este possui critérios
que são analisados por a equipe gestora, bem como os professores da instituição. Esses
critérios são discutidos no início do ano letivo e tem como base o Regimento Interno da
escola.
Para os alunos que possuem algum tipo de deficiência e possui laudo médico, é
solicitado aos professores que elaborem um relatório que contemple dados sobre o aluno
nos quesitos cognitivo, comportamental, emotivo, bem como as competências e
dificuldades do aluno. Além de apresentar os objetivos que o professor quer adquirir com
este aluno e os recursos que são utilizados para alcançar tais objetivos.
Dito isso, faz-se notar que a avaliação, na Escolas Reunidas Professor Francisco de
Paula Abreu, em termos ideais é percebida a partir de tais postulados, considerando-se um
longo caminho a percorrer para a otimização do processo avaliativo no ambiente escolar,
nos termos acima aludidos.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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