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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Curso de Salvamento Veicular Leve

1
Introdução

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos terão recebido as


seguintes informações:

1) Apresentação do Coordenador, Instrutores,


Auxiliares e demais Participantes do curso.

2) Finalidade, Objetivos, Métodos e Materiais do


curso.

3) Detalhes logísticos e Agenda do curso.

4) Formato das Avaliações e Condições mínimas


para aprovação no curso.

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Finalidade do Curso de Salvamento Veicular


Capacitar os alunos a realizar o atendimento aos chamados
de acidente de trânsito com vítima presas nas ferragens, da
maneira mais eficaz e segura possível, de acordo com os
procedimentos e técnicas adequados.

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Objetivo Geral de Desempenho


Ao término do curso, o aluno será capaz de realizar o
atendimento aos simulacros de ocorrências de presos em
ferragens, juntamente com sua equipe, utilizando as técnicas
adequadas, dentro do tempo limite para cada situação, atentando
para os seguintes fatores de avaliação:
1) Estabilizar o cenário da ocorrência,
2) Escolher e empregar a tática e técnica de
desencarceramento adequada ao caso.
Para tanto, contará com os materiais necessários para o
trabalho e realizará as ações práticas em veículos, trabalhando em
conjunto, sendo a avaliação baseada na ação individual e da
equipe.
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

Metodologia empregada
O Curso de Salvamento Veicular será ministrado de acordo com
a aplicação do Método de Ensino Interativo para a formação
padronizada dos bombeiros.

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Materiais a serem utilizados


Para o desenvolvimento do curso serão utilizados os seguintes
materiais:
 Manual do Participante;
 Materiais de Referência;
 Slides;
 Vídeos;
 Bases práticas.

Objetivos de Capacitação

Ao finalizar o curso, o participante será capaz de demonstrar as


seguintes capacidades:
 Enumerar os principais tipos de acidentes;
 Explicar o conceito da“Hora de Ouro”;
 Descrever o EPI necessário para ações de Salvamento
Veicular;
 Listar os principais riscos nas ocorrências;
 Descrever as ações de segurança individual, coletiva e da
vítima;
 Nomear as partes principais dos veículos;
 Diferenciar os três tipos básicos de veículos;
 Identificar os diferentes tipos de para-brisas dos veículos;
 Apontar os locais e os tipos de Sistemas de Retenção
Suplementar;
 Listar as ferramentas, equipamentos e acessórios utilizados
nas ações de desencarceramento, bem como utilizá-los de
maneira segura;
 Executar corretamente a estabilização de veículos em
diversas posições;
 Realizar corretamente a remoção de para-brisas e
desconexão de baterias;
 Descrevertodas as técnicas de desencarceramento e executá-
las em grupo, nos casos práticos apresentados;
 Relacionar a formação básica da guarnição de salvamento e
listar as funções de cada membro da equipe;
 Citar as características principais e riscos específicos dos
veículos pesados e blindados.

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Avaliações e condições de aprovação

O aproveitamento no curso será avaliado através dos seguintes


meios:
 Prova teórica (questões objetivas e subjetivas);
 Demonstração prática;
 Simulacro de ocorrência.

Além do rendimento mínimo nas avaliações, os alunos deverão


participar de todas as aulas (100% de presença).

Regras gerais

Para o bom desenrolar do curso, os alunos deverão observar o


cumprimento dos horários, bem como participar de maneira
dedicada e contributiva nas aulas.
Em todas as atividades práticas, os alunos deverão portar o EPI
adequado e deixar em condições de pronto uso uma bolsa com
material de APH e uma prancha longa para eventuais acidentes.
É permitido o uso de câmeras fotográficas e filmadoras durante
todas as aulas, sendo que os materiais de apoio (slides, vídeos e
manuais) serão fornecidos ao final do curso em formato de DVD.
Ao término do dia, será feita a avaliação diária do curso,
constando os pontos positivos e a melhorar de todas as atividades do
dia.
A ficha de inscrição deverá ser preenchida e entregue junto
com os ofícios de apresentação até o final do segundo dia de curso.

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Curso de Salvamento Veicular

2
Conceitos Básicos

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Listar as quatro etapas básicas do POP;

2) Descrever os três tipos básicos de acidentes e


suas dificuldades principais;

3) Explicar o conceito da “Hora de Ouro”.

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Procedimento Operacional Padrão

Editado em 2012, o POP para Acidentes de Trânsito com Vítima


Presa nas Ferragens, descreve os materiais e EPI necessários para a
atuação neste tipo de ocorrência e sistematiza o trabalho em quatro
etapas básicas:

1. Vistoria e Segurança do Local;


_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
2. Técnicas de Desencarceramento;
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
3. Técnicas de Extração;
_______________________________________________________________________________
4. Deixar o Local em Segurança e Coletar Dados.
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

Outra fonte de pesquisa é o Manual Técnico de Bombeiros – 51 –


Salvamento Veicular, publicado em 2010, o qual detalha as ações e
técnicas a serem empregadas em um atendimento.

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Terminologia
Acidente de Trânsito

É todo acontecimento casual ou não, que tem como consequências


desagradáveis danos físicos e ou materiais, que envolve veículos,
pessoas e ou animais em vias públicas.___________________________________
_______________________________________________________________________________

Salvamento Veicular

O Salvamento Veicular é o conjunto composto pelos


procedimentos usados para ____________,____________,____________
e_______________ uma vítima que esteja presa no interior de um veículo,
utilizando de técnicas de desencarceramento e extração veicular.

Desencarceramento

São os procedimentos utilizados para conseguir o


___________________________________________ para a retirada mais segura da
vítima, ou seja, movimentando-a o mínimo possível.

Lembre-se: Sempre retirar as ferragens da vítima, e


nunca a vítima das ferragens!

Extração

São os procedimentos utilizados para se


_________________________________________ para o ambiente hospitalar. Estas
ações se baseiam nos protocolos de Atendimento Pré-Hospitalar.

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Vítimas Retidas X Vítimas Presas

Retidas Presas
Deformidade sobre o
O que prende? Mecanismo danificado
corpo
Comprometimento
Tipo de Lesões Lesões menos graves
circulatório
Técnicas de
Como retirar? Acessos forçados
Desencarceramento

Tipos de Acidentes

1) Colisões – Veículos na posição normal

Colisão frontal

Colisão traseira

Colisão lateral

Nas colisões com o veículo na posição normal, a ação de


estabilização tende a ser mais fácil. Na colisão frontal, devido à soma
das velocidades dos veículos, as deformidades e lesões tendem a ser
graves. Na colisão lateral a vítima que recebe o impacto terá lesões
gravíssimas pois absorverá grande parte do impacto.

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2) Tombamento – Veículos parados sobre uma das laterais.

Os veículos tombados são os mais instáveis, por isso sua


________________ requer maior atenção e será mais difícil. Porém a
técnica de desencarceramento é a mais rápida.

Não se retira uma vítima de um veículo tombado


sem se utilizar a técnica de desencarceramento!

3) Capotamento – Veículos parados sobre o teto.

Nos capotamentos, o espaço para retirada de vítimas diminui


muito, proporcionalmente ao número de voltas realizadas no
acidente. São comuns os casos de ejeção de vítimas que estavam sem
cinto. Devido ao pouco espaço, requer técnicas elaboradas para
remoção das vítimas.

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Hora de Ouro

É um conceito universal, que se inicia no


_______________________________________e vai até a chegada em um hospital,
onde a vítima possa ser atendida por uma equipe de cirurgiões que
corrijam principalmente problemas circulatórios, tendo então as
unidades de resgate e salvamento uma hora para chegar ao local da
ocorrência, acessar o interior do veículo, estabilizar a vítima, retirá-la
e transportá-la até um hospital em condições de recebê-la. A hora de
ouro é a mundialmente conhecida como “Golden Hour”.

10 minutos de Platina
Inicia-se com a chegada das equipes de emergência, onde as
mesmas terão 10 minutos para estabilizar os veículos, acessar as
vítimas usando técnicas de desencarceramento, estabilizá-las e,
utilizando técnicas de extração, retirá-las deixando-as prontas para
serem transportadas até a unidade hospitalar.

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Curso de Salvamento Veicular

3
Segurança

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Descrever o EPI necessário para ações de


Salvamento Veicular;

2) Listar os principais riscos nas ocorrências;

3) Descrever as ações de segurança individual,


coletiva e da vítima.

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O cenário de um acidente de trânsito, embora não pareça


conter tantos riscos como um incêndio por exemplo, possui inúmeros
riscos. Em um atendimento, podemos ter riscos individuais
(cortes, acidentes com ferramentas, lesões por má postura,
desidratação, etc.); riscos coletivos (incêndio, queda do veículo,
choque elétricos, carga perigosa, airbags acionados, atropelamento,
etc.) e por fim os riscos à vítima (cortes por vidros, agravamento de
lesões, movimentação inadequada, etc.).

Equipamento de Proteção Individual


É o elemento principal da segurança individual.
Consiste nos seguintes itens:

Capacete com viseira ou óculos de proteção

Mascarilha de Proteção Respiratória

Lanterna

Jaqueta

Cinto alemão com machadinha

Luvas (Vaqueta ou de Desencarceramento e3 pares


de Luvas de Procedimento)

Calça

Botas

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Riscos

Em um acidente de trânsito existem riscos individuais,


coletivos e à vítima.

Riscos Individuais Prevenção


Cortes em superfícies expostas Uso de EPI e proteção de ferragens.
Acidente no manuseio de
Utilizar a técnica adequada.
ferramentas
Contaminação Uso de Luvas de Procedimento e Mascarilha.
Lesões ergonômicas Postura correta e uso de Plataformas (SVP).
Desidratação Preparo Físico e Revezamento.

Riscos Coletivos
Os riscos coletivos são aqueles que podem afetar toda a equipe
de atendimento, a vítima e até mesmo a população curiosa ao redor
da ocorrência. Devem ser controlados antes de todas as ações.
Riscos coletivos mais comuns:
 Trânsito;
 Público curioso;
 Vazamento de Fluídos e combustível;
 Carga de Produtos Perigosos;
 Instabilidade do veículo;
 Colisão contra poste de eletricidade;
 Sistemas de Retenção Suplementar;
 Veículo ocupado por marginais;
 Perigo de queda em depressões.

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Liste os riscos presentes

Fios energizados

Vidros Poste Instável

Superfícies cortantes

Metais retorcidos

SRS

Temperatura do motor
Vazamento de combustível

Instabilidade do veículo

Exemplos de Proteções

Uso de Proteção de Ferragens e Estabilização do Veículo

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Sinalização, Estacionamento e Isolamento

A segurança do local da ocorrência inicia-se com o


___________________correto e posterior ___________________.
Posteriormente, a segurança do local é garantida com a
delimitação das________________________ .

Sinalização e Estacionamento
O principal perigo aos bombeiros em uma ocorrência de preso
em ferragem é o trânsito.
Fatores que afetam a segurança da via:
 Sinalização fixa ruim;
 Tipo de via (avenidas, ruas, estradas);
 Sentido de direção (mão dupla, simples);
 Terreno (aclives, curvas, tipo de pavimento);
 Horário;
 Clima.

Mesmo com a via sinalizada e as viaturas


estacionadas, o risco de acidente ainda existe. Por isso
a importância do segurança da equipe!

A sinalização da via deve ser realizada de acordo com o POP de


Estacionamento de Viaturas, relembrando:

1˚ cone a 15 m da viatura e demais a cada 10 m, sendo 1 a cada


10 km/h da via.

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Posicionamento das viaturas


Como forma de garantir a proteção física das equipes, as
viaturas deverão ser estacionadas a 45˚ em relação à via. Isso cria a
chamada “barreira de sacrifício”, formada principalmente por
viaturas pesadas.
A exceção é a Unidade de Resgate, que irá se posicionar
_____________________________, com as portas traseiras para a ocorrência,
na direção da saída do acidente para o hospital de transporte.

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Isolamento e Áreas de Atuação


Para prover segurança e organização do local de ocorrência é
importante que zonas de atuação sejam estabelecidas.

Área Morna Área Quente Área Fria

Área Quente

 Primeira área de atuação;


 Somente os envolvidos nas ações de salvamento;
 Uso obrigatório do EPI;
 Raio imaginário de 3 a 5 m para cada veículo.

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Área Morna

 Segundo círculo de atuação;


 Engloba todos os veículos;
 Raio de 5 a 10 m;
 Somente as equipes de emergência;
 Local onde se arma a Lona de Materiais;

Todos os materiais que não estiverem em uso


deverão ser reposicionados na lona de materiais, para
organização e segurança dos trabalhos.

Área Fria

 Terceiro círculo de atuação;


 Local onde se limita a zona de descarte;
 Delimitado por fita zebrada;

Segurança da vítima

Além do cumprimento dos protocolos de APH, a proteção da


vítima deve ser realizada com o uso dos seguintes equipamentos:
 Cobertores ou mantas transparentes;
 Proteção de ferragens;
 Guarnição de USA e UR no local da ocorrência;
 Poderão ser colocadas barreiras rígidas entre a vítima e
ferramentas nos momentos de uso das ferramentas.

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Curso de Salvamento Veicular

4
Anatomia Veicular

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Nomear as partes principais dos veículos;

2) Diferenciar os três tipos básicos de veículos;

3) Identificar os diferentes tipos de vidros dos


veículos.

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Terminologia Veicular
A padronização da terminologia visa a maior eficiência
operacional. Ela ocorre através de duas divisões: horizontal e
vertical.

Vertical
Teto

Linha Média

Piso

Piso

Linha Média

Teto

Horizontal

Lado do Passageiro

Dianteira
Traseira

Lado do Motorista

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Classificação dos Veículos

Os veículos estão divididos em quatro grupos básicos, de


acordo com seu peso e tamanho.

Leves

Médios

Pesados

Pesados

Especiais Médios

Componentes dos Veículos

Colunas
São as estruturas que unem o _____________________ do veículo. São
as principais componentes da segurança da “célula de sobrevivência”.
Na maioria dos carros, as colunas são compostas por aços de

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alta resistência (HSLA, UHSLA, Micro-Alloy e Boron), e podem abrigar


os cilindros infladores de alguns airbags.
As colunas são nomeadas com sequência de letras, a partir da
coluna do para-brisas dianteiro.

B D

Níveis das colunas


Superior

Média

Base

Demais partes

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Para-brisas

Vidros Temperados
Encontrados em para-brisas _________________ de veículos
fabricados até a década de 90, e nos para-brisas ______________ da
grande maioria dos veículos. Ao sofrer danos, quebra-se em
pequenas partes arredondadas.

Vidros Laminados
É o tipo de para-brisa formado por ________________________,
unidas por uma fina camada do polímero PVB (poli álcool vinílico), o
qual, ao sofrer danos, mantém o vidro danificado aderido. É
localizado nos para-brisas dianteiros de todos os veículos fabricados
a partir da década de 90.

Vantagens

 Evita o lançamento de estilhaços


sobre os ocupantes;
 Maior proteção em
capotamentos;
 Condutor não perde a visão total
após o choque;
 Dificulta a ejeção de ocupantes.

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Ao realizar o corte dos vidros laminados, o


bombeiro deverá utilizar máscara filtrante devido à
suspenção de vidro particulado!

Vidros Blindados
São vidros aplicados em veículos para oferecer proteção
balística. Podem variar sua composição de acordo com o nível de
proteção desejado. Precisa de uma ação diferenciada no momento da
retirada, com a técnica chamada de afastamentoda coluna “A”.

Policarbonato
São vidros de grande resistência àdeformidade. Possuem a
característica de não estilhaçar nem se romper após choques. São
encontrados em alguns modelos mais modernos. Para sua retirada
pode ser utilizada a serra-sabre.

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Curso de Salvamento Veicular

5
Tecnologias de
Segurança

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Diferenciar os dois tipos de segurança veicular;

2) Elencar quatro tipos de SRS;

3) Identificar no mínimo três tipos de airbags e


sua localização, no exercício proposto;

4) Descrever os procedimentos de Exploração e


Identificação de SRS.

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Tipos de Segurança
A segurança veicular se divide basicamente em dois tipos:
sistema de segurança ativa e sistema de segurança passiva.

Segurança Ativa
É o tipo de sistema que controla o veículo de forma a evitar
situações de risco e acidentes, inclusive minimizando erros na
condução do veículo.
Exemplos: Freios ABS, Controle de Tração, Suspensão
Eletrônica, Pneus, Direção Hidráulica Assistida e Luzes e Faróis
Inteligentes.

Segurança Passiva
É o sistema que ajuda a minimizar os efeitos do acidente,
diminuindo os danos aos ocupantes do veículo após uma colisão. De
maneira simples, evita as lesões aos ocupantes do veículo.
A segurança passiva se subdivide em duas classes: Dinâmica e
Estática.

Segurança Passiva Estática


É basicamente a capacidade do veículo de absorver a energia
do impacto e deformar-se de modo programado, evitando danos à
célula de sobrevivência. Essa deformação programada se dá através
do uso de aços de reforço na estrutura dos veículos.

Boron HSLA Veículo Antigo

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Comparação entre as capacidades de deformação: Chevrolet Bel Air


(1959) e Chevrolet Malibu (2009).

Segurança Passiva Dinâmica


É o sistema que reage após uma colisão para diminuir as
possíveis lesões dos ocupantes. É o chamado Sistema de Retenção
Suplementar (SRS).
Compõe o SRS: Airbags, Pré-tensionadores de cinto, ROPS e
WHIPS.

Airbags
São bolsas de ar projetadas para inflar e preencher o espaço
entre o ocupante do veículo e as partes rígidas do veículo, de forma a
desacelerar o corpo do ocupante sem choques. Estima-se que cerca
de 3 milhões de airbags são ativados por ano no mundo. Estudos
comprovam que a combinação de airbags e cinto de segurança reduz
em 31%a letalidade dos acidentes e em 70% a incidência de lesões
graves.

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Acionamento dos Airbags


Os airbags são acionados através da combinação de três
fatores:
 Velocidade Mínima de 40 km/h;
 Desaceleração Brusca;
 Impacto.
O sistema de airbags é composto pelas bolsas, pelo módulo
central e pelos______________________________________________________________.
O módulo central é o “cérebro” do sistema de airbags, ele capta
as informações dos sensores e aciona as bolsas. Possui capacitores de
energia, e por isso o contato durante o desencarceramento deve
ser evitado.

As centrais de airbags possuem capacitores que


permitem o acionamento dos airbags, por um certo
período, mesmo com a bateria desconectada!

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Tipos de Airbags
Nos veículos modernos, podem ser encontrados diversos tipos
de airbags, por exemplo:
 Airbag Frontal: Motorista e Passageiro;
 Airbag Lateral de Porta;
 Airbag Lateral de Assento;
 Airbag Lateral de Cortina;
 Airbag Lateral Tubular;
 Airbag de Joelho;
 Airbag para Pés;
 Airbag para Pedestres;
Quando os airbags estão presentes, no seu revestimento estarão
as seguintes siglas que os identificam:
 SRS: Sistema de Retenção Suplementar;
 SIPS: Side Impact Protection System (Laterais);
 IC: InflatableCurtain (Cortina);
 A identificação mais comum é a escrita Airbag, entre outras.

Airbag Frontal Passageiro

Airbag Lateral Cortina

Airbag Frontal
Motorista

Módulo Central
Airbag Lateral Banco

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Cuidados com Airbags


Os airbags são riscos potenciais aos bombeiros e para tanto,
requerem os seguintes cuidados:
 Não manipular airbags acionados;
 Ventilar o veículo;
 Manter as distâncias recomendadas (30, 60, 90 cm);
 Desconectar a bateria antes do desencarceramento;
 Utilizar a proteção de airbag.

O principal risco correlato aos airbags são os _________________.


Eles são os responsáveis por acionar os airbags laterais (banco,
tubular e cortina), através de ar comprimido (de 3000 a 6000 psi).
Estes cilindros podem estar em diversos locais no veículo, mais
comumente nas colunas ________________ dos veículos. Uma vez
cortados, podem projetar pedaços, gerar grande estampido e até
romper lâminas das ferramentas.

Em face deste risco deve-se explorar o veículo e


identificar onde os acionadores estão, antes de iniciar
o desencarceramento!

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A exploração é uma vistoria visual, procurando as siglas


inscritas no revestimento do veículo que indicam a presença de
airbags.

A identificação é o procedimento de se retirar o


revestimento e localizar os acionadores dos airbags, antes de efetuar
os cortes do veículo
Nesta ação, o uso do Compêndio de Fichas de Resgate
Veicular se mostra um apoio excelente para aumentar a segurança e
velocidade na identificação e exploração dos airbags.

Pré-Tensionadores de Cinto
Os pré-tensionadores de cinto são componentes do SRS, que
atuam na diminuição do efeito chicote da vítima em uma colisão. É
acionado após a colisão, para que a vítima se mova pela inércia da
maneira mais suave possível. É acionado através de dispositivo
pirotécnico. São encontrados em dois tipos: carretel e fivela.

Tipo Carretel:

 Mais comum;
 Localizado geralmente na base da
coluna “B”.

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Tipo Fivela
 Localizado no plug do cinto;
 Acionado por um pistão de baixa pressão;

ROPS
O ROPS, Roll Over Protection System, é o sistema de segurança
utilizado para a proteção em capotamentos, nos veículos conversíveis
e sem teto.
É formado por barras ou arcos de aço, que são ativados durante
um capotamento, de forma a ____________________ dos ocupantes.
É acionado através do controle da angulação do veículo.
Nestes veículos é fundamental que a estabilização seja bem
feita para evitar acionamentos inesperados.

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WHIPS
O WHIPS, WiplashProtection System, é o sistema formado por
assentos flexíveis, que tem por objetivo diminuir as lesões pelo efeito
chicote do ocupante.
É composto por assentos com capacidade de movimentação e
flexibilidade durante a colisão, de modo que acompanha o
deslocamento do ocupante, diminuindo o risco de lesões na coluna
cervical.

O único risco do WHIPS é a possibilidade de movimentação


indesejada da vítima, principalmente durante as manobras de
extração.

O procedimento que aumenta a segurança em


virtude dos riscos dos SRS, é a desconexão da bateria,
antes das ações de desencarceramento!

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Curso de Salvamento Veicular

6
Ferramentas e
Equipamentos

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Elencar os tipos de ferramentas hidráulicas;

2) Descrever a função da serra sabre;

3) Explicar as regras de segurança no uso das


ferramentas de desencarceramento;

4) Citar no mínimo cinco equipamentos de apoio.

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Ferramentas Hidráulicas
As ferramentas hidráulicas são os principais materiais
utilizados durante o desencarceramento. Porém equipamentos
elétricos e de apoio são de fundamental importância durante a
ocorrência.
O conjunto desencarcerador é formado pelas ferramentas
hidráulicas, mangueiras e moto-gerador ou moto-bomba.
Atualmente, o CBPMESP possui diversas marcas e modelos e
ferramentas, o que leva a classificação das ferramentas pela sua
função e não pelo nome do modelo.

Assinale as marcas das ferramentas de seu Posto:

Outros:______________________________

Ferramenta Combinada
Esta ferramenta possui a função de corte, alargamento,
compressão e até mesmo tração. Devido a versatilidade e tamanho, é
a recomendada para as Unidades de Resgate. Não é a ferramenta
ideal para o corte de objetos cilíndricos, mas para superfícies chatas.

Alça de
Transporte

Comando
Lâmina

Ponteira

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Cortadores
São as ferramentas que possuem a função somente de corte,
devido ao formato de suas lâminas, é a ideal para o corte de objetos
cilíndricos.

Manuseio correto:
 Posicionar sempre que possível a 90˚ do objeto cortado;
 Buscar envolver o objeto com toda a lâmina, buscando a
base das lâminas para maior força;
 Evitar cortar com as pontas das lâminas;
 Interromper o trabalho caso a ferramenta comece a
torcer ou separar as lâminas.

Alargadores
Os alargadores têm a função de separar, comprimir e tracionar,
tendo uma grande distância de abertura das lâminas.

Manuseio correto:
 Utilizar somente a superfície das
ponteiras;
 Observar se as ponteiras irão se
deslocar durante o acionamento.
 Após o uso, deixar uma pequena
abertura.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Extensores
São os cilindros hidráulicos utilizados para o levantamento,
separação e afastamento, até mesmo para tração em alguns modelos.
Os extensores devem ser utilizados em conjunto com a
plataforma de estabilização, deixando a válvula de acionamento em
fácil acesso.
Durante as ações, deve-se sempre ____________________ os espaços
conquistados.

Moto-Bomba
São as unidades de força que movimentam as ferramentas
hidráulicas. Na maioria dos casos, é composta por um motor a
gasolina, 4 tempos, com potencia entre 3,0 a 8,0 HP. A pressão de
trabalho varia entre 9.000 a 11.000psi, dependendo dos fabricantes.
Cuidados especiais:
 Realizar a manutenção diária de 1˚
escalão;
 Evitar posicionar em locais inclinados;

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Alguns fabricantes possuem modelos movidos por energia


elétrica através de baterias e até manualmente.

Mangueiras
Parte importante do conjunto, a qual deve ser vistoriada todos
os dias, pois o rompimento de uma mangueira de alta pressão pode
gerar graves lesões.
O sistema hidráulico prevê duas mangueiras distintas: alta
pressão e baixa pressão (retorno). Modelos mais modernos possuem
mangueiras únicas (coaxial), onde a mangueira de alta pressão está
dentro da mangueira de baixa pressão. Este tipo de mangueira
confere maior segurança e rapidez na conexão das ferramentas.

Coaxial Mangueira Dupla

Serra Sabre
São cortadores com serra recíproca, com lâminas próprias para
corte de metais, vidros, madeira e outros. São alimentadas por
baterias.
Trava
Gatilho

Lâmina

Sapata Bateria

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Características
 Leve e versátil;
 Baterias de 18, 24 e 36 V, dependendo do fabricante;
 Pode ser utilizado sob chuva;
 As lâminas são classificadas por dentes por polegada;
 Ideal para metais: 14 tpi;
 Para trocar lâminas: travar e retirar a bateria;
 Uso principal: corte de vidro laminado, colunas e cortes
de alívio.

Equipamentos de apoio
Alavanca Halligan
A alavanca hallingan é uma ferramenta útil para entradas
forçadas, criar acesso às dobradiças, perfurar vidros laminados e
cortar chapas metálicas.

Outros equipamentos:

Punção Sacador de Válvulas Lona de Materiais

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Curso de Salvamento Veicular

7
Estabilização

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Explicar os princípios da estabilização;

2) Listar os materiais necessários para estabilização;

3) Descrever as posições que os veículos podem


adotar e citar a técnica adequada para estabilizá-los;

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Estabilização
A estabilização da ocorrência é um processo ________________, que
busca prevenir qualquer acidenteinesperado durante as ações de
resgate. Compreende a sinalização e isolamento adequado da
ocorrência, a estabilização do veículo, proteção da vítima como
também a desconexão da bateria e proteção dos airbags.
A estabilização visa impedir que a situação da ocorrência se
agrave.Obtendo-se melhora a partir da ação dos bombeiros.

Estabilização veicular
A estabilização veicular é necessária para que se garanta a
____________________________________ (evitando o agravamento de lesões) e
principalmente a segurança dos bombeiros no cenário da ocorrência.
Baseado nos seguintes princípios:
 Estabilizar a vítima e o veículo da maneira encontrada;
 Preencher todo o espaço entre o veículo e o chão;
 Ajustar e verificar constantemente a estabilização.

Materiais
Os materiais utilizados para a estabilização são os calços,
cunhas, caibros e escoras.

Calços de madeira
São peças de madeira confeccionadas em 4 formatos básicos,
que têm a função de preencher o espaço livre entre o chão e o
veículo, além de garantir os espaços conquistados pelas ferramentas.
Os calços são numerados de 1 a 4, cada um com sua função
específica.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

N˚ 1 N˚ 3
Base para o Largura mínima
Extensor para giro de
Aumentar a KED
altura dos Aumentar a
calços altura dos
calços

N˚ 2
Altura mínima N˚ 4
para giro de Preencher
KED espaço entre
Aumentar a chão e veículo
altura dos
calços

Cunhas
Ajustar o uso
dos calços
Calçar avanço
de cortes
Maçaneta
Pneus

Escoras Caibros
Metálicas Para grandes
Uso principal alturas
em Usado em
tombamentos veículos
médios e
pesados.

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Estabilização em relação aos acidentes

Veículo na posição normal: estabilização em quatro pontos.

Veículo Tombado:

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Veículo Capotado:

Estabilização de Riscos
Além da estabilização do veículo, os bombeiros deverão se
preocupar em neutralizar riscos específicos como por exemplo:
 Princípio de incêndio;
 Queda de postes ou fios energizados;
 Queda em aclives;
 Fluxo do Trânsito;
 Carga de Produtos Perigosos.

Somente após a estabilização do veículo, dos


riscos específicos, da desconexão da bateria e
proteção da vítima, é que se inicia o
desencarceramento.

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Curso de Salvamento Veicular

8
Técnicas de
Desencarceramento

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Descrever a Quebra Controlada dos vidros;

2) Enumerar as Técnicas de Desencarceramento;

3) Aplicar a Técnica adequada aos casos propostos;

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Desencarceramento
É a_______________________ fase do POP, a qual compreende o
conjunto de ações voltadas para garantir o acesso para avaliação da
vítima, bem como garantir o espaço necessário para sua extração.
Empregando-se sempre a regra _________________________
______________________________________.

Quebra Controlada de Vidros


Antes de se iniciar o desencarceramento, deve-se remover
controladamente todos os vidros do veículo, para evitar a quebra
inesperada durante o salvamento.

Vidros Laminados
Uso da serra sabre:

Cuidados:
 Posição da lâmina;
 Apoio na remoção;
 Proteção Respiratória.

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Vidros Temperados
Remoção através do uso de punção quebra vidros, nas
extremidades inferiores, com força moderada.

Vidros Blindados
Remoção através da técnica de afastamento de coluna.

Procedimento:
 Corte de cerca de 10 cm da coluna “A”;
 Posicionar as ponteiras do alargador ou ferramenta combinada
e abrir;
 Cuidado com o peso do para-brisas.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Remoção de Portas
Antes de qualquer manobra com o teto ou com o painel, as
portas do veículo devem ser removidas, viade regra, pelo
rompimento das dobradiças.
Procedimento:
 Criar acesso com a alavanca
halligan;
 Utilizar alargador ou
combinada sobre as
dobradiças;
 Posicionar a ferramenta
com pequena inclinação;
 Abrir totalmente a
ferramenta, mesmo se
romper a dobradiça antes;
 Retirar o chicote ou cortá-lo
com canivete;
 Romper a dobradiça
inferior;
 Remover a porta segurando
pelas maçanetas, levando a
porta para a frente;
 Caso não consiga, romper a
fechadura.

Técnicas de exceção para quando não é possível fazer o


procedimento anterior: dobra da porta com a ferramenta,
pinçamento do para-lamas e afastamento no espaço do vidro.

Sempre que possível, deve ser retirada a


primeiro a porta do lado oposto da vítima.

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Rebatimento Total de Teto


Esta técnica é a ____________________ das ocorrências de presos em
ferragens. Deve ser executada sempre que possível.
Procedimentos:
 Quebra controlada dos vidros;
 Remoção das portas;
 Corte das colunas “A”, entre o nível médio e superior;
 Corte das colunas “B” o mais rente ao teto possível;
 Cortes de alívio, imediatamente antes das últimas
colunas;
 Rebater o teto, se necessário utilizando uma prancha
longa para apoio;
 Conter o teto com amarração;
 Proteger as ferragens expostas.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Lembre-se sempre de verificar a presença de


cilindros de airbags e barras de aço de reforço antes de
iniciar os cortes das colunas!

Caso a ocorrência possua fatores que impeçam a execução do


rebatimento total de teto, as técnicas seguintes surgem como
adaptação.

Rebatimento Invertido de Teto


Quando não for possível _______________________________ para
realizar o rebatimento total, como um veículo na traseira de um
caminhão por exemplo, opta-se pelo rebatimento invertido de teto.
Procedimentos:
 Corte das colunas “C” o mais rente ao teto possível;
 Corte das colunas “B” o mais rente ao teto possível;
 Cortes de alívio, imediatamente antes das colunas “A”;
 Rebater o teto, se necessário utilizando uma prancha
longa para apoio;
 Conter o teto com amarração;

CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – ESB – CBPMESP -2014 50


CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Rebatimento Parcial
Se durante o acidente verifica-se a impossibilidade de acesso às
colunas traseiras do veículo, pode se optar pelo rebatimento parcial.
Um exemplo de ocorrência, é o engavetamento de um carro entre
dois caminhões.
Procedimentos:
 Corte das colunas “A”, entre o nível médio e superior;
 Corte de alívio imediatamente antes das colunas “B”;
 Rebater o teto, se necessário utilizando uma prancha
longa para apoio;
 Conter o teto com amarração.

Para a execução dos cortes de alívio no teto, a melhor opção é o


uso da serra sabre, pois realiza o corte de modo mais rápido e pode
ser utilizada enquanto outro bombeiro utiliza a ferramenta
hidráulica.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Rebatimento Angulado
Técnica utilizada para a retirada de vítimas deitadas ou semi-
deitadas no banco traseiro, situação na qual o uso do K.E.D. não é
recomendado.
Procedimentos:
 Corte da coluna “C”;
 Corte reto a 90˚ no teto, na linha entre as colunas “C”;
 Corte reto, perpendicular ao trilho do teto, após a coluna
“B”;
 Dobrar a “orelha” formada e conter com amarração.

Durante a execução dos cortes nas colunas “B”, caso se utilize


ferramenta combinada, deve-se cortar utilizando a técnica do corte
em “V”, devido ao formato das lâminas e da coluna. Também se utiliza
essa técnica em veículos blindados, para evitar cortar o overlap, barra
de aço de proteção balística.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Retirada de Teto
Esta técnica deve ser executada quando houver vítimas no
banco traseiro do veículo.
Procedimentos:
 Corte das colunas “A”, entre o nível médio e superior;
 Corte das colunas “B” o mais rente ao teto possível;
 Corte das colunas “C” o mais rente ao teto possível;
 Levantar o teto e movê-lo para a traseira do veículo;
 Deixar o teto na zona de descarte e proteger as ferragens
expostas.

Ao finalizar os cortes, deve-se atentar para que 4


bombeiros segurem o teto. Ao retirar, deve-se levantar
bem o teto para evitar tocar a vítima durante a ação.

As técnicas apresentadas estão relacionadas ao teto do


veículo, na posição normal. Ainda em relação a esta posição
podemos trabalhar com o painel e o volante.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Rebatimento de Painel e Volante


Quando as vítimas da parte dianteira do veículo encontram-se
presas______________________________ devido à deformação do painel,
aplica-se esta técnica, como____________________.
Procedimentos:
 Corte das colunas “A”, entre o nível médio e superior;
 Corte de alívio, a 45˚, na base da coluna “A”;
 Posicionamento do extensor, com a plataforma na base
da coluna “B”;
 Extensão do painel, com a parte móvel do extensor no
ponto médio da coluna “A”;
 Calçamento constante com cunhas no corte de alívio.

Cuidados e exceções:
Deve-se atentar para que a o acionamento do extensor
fique sempre para fora do veículo;
Se optar por esta técnica, não cortar a coluna “B” antes;
Excepcionalmente, pode se utilizar o largador no corte de
alívio para realizar a manobra;
Caso não haja base de apoio, utilize o alargador de forma a
pinçar juntamente o assoalho e a plataforma de apoio.

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Elevação de Painel e Volante


Quando não há a possibilidade de empurrar o painel para a
frente para realizar o rebatimento, opta-se pela elevação do painel e
volante. Como exemplo, quando um veículo se choca contra um

poste.
Procedimentos:
 Corte das colunas “A”, entre o nível médio e superior;
 Posicionar o calço n˚ 1 no assoalho;
 Posicionar o extensor entre as pernas da vítima, entre
assoalho e a barra de direção;
 Calçar com o calço n˚ 2 se necessário.

Na elevação do painel e volante, não se faz o corte de alívio!

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Técnica da Terceira Porta


Quando se encontra vítimas no banco traseiro de um
veículo duas portas, é necessário criar a terceira porta para a retirada
adequada das vítimas.
Procedimentos:
 Cortar a coluna “B” o mais rente ao teto possível;
 Realizar um corte reto, descendo a partir do canto
inferior direito do para-brisas;
 Realizar um corte reto, na base da coluna “B” em
paralelo com o trilho do assoalho;
 Dobrar a “orelha” formada, sem movimentos
bruscos.

Quanto maior os cortes retos, maior será a quebra de


resistência e por consequência maior a facilidade de dobrar a
terceira porta!
Pode se utilizar excepcionalmente, alargador e extensor
como forma de dobrar mais facilmente a porta criada.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Rebatimento Lateral
Utiliza-se esta técnica quando encontramos veículos
tombados na ocorrência.
Procedimentos:
 Corte da coluna “A” com a porta, entre os níveis médio e
superior;
 Corte da coluna “B” com a porta, no ponto mais rente ao
teto possível;
 Corte da coluna “C” com a porta, no ponto mais rente ao
teto possível;
 Corte de alívio na junção entre teto e coluna “A”, na
direção do trilho do teto;
 Corte de alívio na junção entre teto e coluna “C”, na
direção do trilho do teto;
 Dobrar o teto, apoiando-o sobre calços e proteger as
ferragens expostas.

Não se extrai vítimas em veículos tombados,


sem realizar esta técnica!

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Rebatimento Tipo “Ostra”


Esta técnica deverá ser utilizada em ocorrências com veículos
_________________________________________.
Procedimentos:
 Remoção das portas;
 Posicionar um extensor, entre o teto e assoalho, o mais
rente possível à coluna “A”;
 Posicionar um segundo extensor, entre o teto e o
assoalho, o mais rente possível à coluna “C”;
 Acionar os extensores até sua fixação, sem forçar;
 Retirar a coluna “B”;
 Acionar os extensores simultaneamente até conseguir o
espaço;
 Caso haja muita resistência, pode ser feito corte de alívio.

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Curso de Salvamento Veicular

9
Tática de
Desencarceramento

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Descrever o trem de socorro mínimo para o


atendimento;

2) Enumerar os componentes da equipe de


salvamento;

3) Listar as funções de cada membro da equipe;

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Trem de Socorro
De acordo com a NOB – 15 e o POP, a composição do
despacho de socorro ou, “trem de socorro”para o atendimento de
ocorrência de vítima presa em ferragem – L08 – é a seguinte:
 Auto Comando;
 Auto Bomba ou similar;
 Unidade de Resgate, uma para cada vítima;
 Unidade de Suporte Avançado.

Outros apoios importantes: MOB, ASE, AG, PP ou Águia.

Etapas da ocorrência
De acordo com o POP, a ocorrência se divide em quatro fases
básicas:
1) Vistoria e Segurança do local: compreende desde a
chegada até a estabilização e proteção da vítima
dentro veículo;
2) Técnicas de Desencarceramento: aplicação das
técnicas para garantir espaço para a retirada da
vítima;
3) Técnicas de Extração: aplicar os procedimentos de
APH para a melhor retirada da vítima;
4) Coletar dados e Deixar o local em segurança:
envolve a limpeza e organização pós-ocorrência.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Composição da Equipe e suas Funções

N˚ 01 - Comandante
É o bombeiro mais antigo no local, responsável pela
coordenação das equipes de atendimento.
Funções:
 Informes à primeira vista: Ao chegar no local, o Cmt confirma
as informações passadas no despacho ou corrige de acordo com
o que for constatado. Caso verifique a necessidade de outros
apoios, solicita-os de pronto.
 Vistoria interna e requalificação de informes: ao
desembarcar, levando os calços n˚ 4, o Cmt faz um giro de 360˚,
próximo ao veículo para observar: n˚ de vítimas e estado, riscos
imediato, portas abertas, vazamento de combustível ou vítimas
atropeladas sob o veículo, vítimas ou cilindro de GNV no porta-
malas. Com essas informações, requalifica os informes e pede o
apoio necessário.
 Realiza a estabilização com os calços.
 Determina a vítima prioritária, lado de acesso e técnica a ser
empregada.
 Determina local para a Lona de Materiais e Zona de Descarte.
 Cria acessos para as dobradiças com a alavanca halligan.
 Opera a serra sabreno para-brisas e nas colunas “A”.
 Gerencia os recursos e observa a segurança da ocorrência.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

N˚ 02 – Subcomandante
É o segundo mais antigo no local.
Funções:
 Levar: alavanca halligan, serra sabre, ferramenta hidráulica e
lona de materiais.
 Realiza a vistoria externa (de 5 a 7 m) do veículo, procurando:
testemunhas, vítimas ejetadas, vítimas fora do veículo, etc.
 Posiciona a lona de materiais conforme determinação do
Cmt;
 Opera as ferramentas hidráulicas, de acordo com a técnica
determinada.

N˚ 03 - Motorista
Responsável pela condução da viatura.
Funções:
 Estacionar a viatura em 45˚, com as rodas para fora e com
sinais luminosos acesos;
 Sinalizar o local com cones;
 Informa na rede, o melhor acesso para a ocorrência e
confirma ou corrige o local informado;
 Isola o local com fita zebrada;
 Leva todos os materiais relacionados à ocorrência para a lona.
 Desconecta a bateria do veículo (pólo negativo);
 Coloca as proteções nas ferragens expostas.

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N˚ 04 – Auxiliar Especializado
É o bombeiro com curso de especialização de Salvamento
Terrestre ou Salvamento Veicular.
Funções:
 Levar: 2 cobertores, moto-bomba, O2 portátil e bolsa de APH;
 Posiciona a moto-bomba na parte dianteira ou traseira do
veículo, conforme determinação do Cmt;
 Conecta a ferramenta e a moto-bomba e deixa em condições
de uso em até um minuto;
 Após autorização do Cmt, acessa o interior do veículo pelo
vidro mais distante da vítima;
 Dentro do veículo: puxar freio de mão, retira a chave do
veículo, abaixa os vidros manuais,
 Destrava as portas e protege o airbag;
 Retira a luva de vaqueta e um par de procedimento e estabiliza
a vítima;
 Coloca colar cervical, ministra O2 e cobre a vítima, avisando o
Cmt que o desencarceramento pode iniciar;
 Durante o desencarceramento verifica a segurança da vítima
quanto a proximidade das ferramentas.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Curso de Salvamento Veicular

10
Veículos Pesados

Objetivos Notas

Ao final desta lição os alunos serão capazes de:

1) Citar as características principais dos veículos


pesados;

2) Elencar os riscos específicos e as ações de


segurança no trabalho em veículos pesados;

3) Descrever uma técnica aplicada em caminhões;

CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – ESB – CBPMESP -2014 64


CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Veículos Pesados
Os veículos pesados são classificados particularmente,
devido à grande diferença nos materiais de construção, nos riscos
inerentes e principalmente ações de salvamento.
Os veículos pesados se dividem basicamente em: caminhões,
ônibus e veículos especiais.

Caminhões
Características e riscos específicos
 Poucas vítimas;
 Peso e volume acentuados;
 Altura da cabine;
 Cuidado com a Carga, em relação ao deslocamento e ao tipo
de produto;
 Possuem estruturas metálicas mais resistentes;
 Possuem vidros mais espessos e pesados;
 Possuem tanque de combustível geralmente externo e
exposto, com grande volume;
 Estabilização mais difícil.

CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – ESB – CBPMESP -2014 65


CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Estabilização de caminhões

A estabilização de caminhões requer maior número de


bombeiros e equipamentos como caibros e escoras.

Deve-se buscar formar o conjunto de caibros no chassi do


caminhão e evitar a movimentação da cabine com cunhas.
Outra ação específica que requer cuidado é a remoção do
para-brisas.

Utilizar plataformas para trabalhos em altura.

Retirar o para-brisas em equipe, devido ao peso.

CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – ESB – CBPMESP -2014 66


CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Ações de Segurança
Em face dos riscos, serão necessárias as seguintes ações de
segurança:
 Uso de plataformas;
 Maior número de calços;
 Cuidado com ergonomia;
 Ferramentas mais fortes;
 Efetivo maior para a extração.

Técnica de Rebatimento de Teto


Para realizar o rebatimento de teto, são necessários os
seguintes passos:
 Remover as portas (da mesma forma que em leves), atentando
para o peso no momento da retirada;
 Realizar cortes nas colunas “A”, no ponto entre os níveis
médios e superiores da coluna;
 Executar cortes de alívio, imediatamente antes da coluna “B”;
 Apoiar dois croques nas duas colunas “A” para apoiar no
rebatimento;
 Amarrar e conter o teto dobrado.

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

Poderão ainda ser realizadas as técnicas de rebatimento lateral


e rebatimento de painel, seguindo os mesmos passos dos veículos
leves.

Rebatimento Lateral de Teto

Rebatimento de Painel e Volante

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CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – MANUAL DO PARTICIPANTE

MATERIAIS DE REFERÊNCIA

MANUAL TÉCNICO DE BOMBEIROS N˚ 51 – SALVAMENTO VEICULAR, PMESP,


São Paulo, Ed. 2010;
TÉCNICAS DE RESGATE EM VEÍCULO; B. Morris. Elaborado por Holmatro
Departamento Técnico de Treino de Resgate.
MANUAL TÉCNICO DE BOMBEIROS Nº 3 – SALVAMENTO TERRESTREA, PMESP,
São Paulo, Ed. 2006.
SALVAMENTO E DESENCARCERAMENTO, Elísio Lázarp de Oliveira, Escola
Nacional de Bombeiros, 2005, Portugal.
MANUAL DO INSTRUTOR – EAP – CBM 2010, Alexandre Gonçalo Pereira Reche,
PMESP, São Paulo.
APOSTILA DE TREINAMENTO – TAKATA DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA, 2009,
Brasil.
MANUAL DO ALUNO, CURSO DE EXTRICAÇÃO AVANÇADA – Carlos D. Britez M. –
Associação Sul-americana de Resgate Veicular, 2008.
Web sites:
www.firehouse.com
www.universityofextricatin.com
www.boronextrication.com
www.rctrescue.com

CURSO DE SALVAMENTO VEICULAR – ESB – CBPMESP -2014 69

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