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Oceanica
PO-EMB-017
Approved: Revisão 00 / 29/05/2023

Sistema de Gestão Oceânica • EMB - Embarcações • Procedimentos


Procedimento para operação de guindaste de carga - Embarcações SOLAS
CRITICIDADE: MODERADA
1. OBJETIVO
Este procedimento visa estabelecer as diretrizes de operação e cuidados com o guindaste de carga.
2. APLICAÇÃO
Este procedimento se aplica a todas as embarcações SOLAS.
3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
PO-EMB-010: Procedimento de manutenção para embarcações
B-PO-EMB-011: Procedimento para emergência e contingência - Offshore/Offshore Emergency and Contingency Procedure
4. DEFINIÇÕES E SIGLAS
4.1. Definições
Não aplicável

4.2 Siglas
MPOS: Sistema Manual de Proteção de Sobrecarga
AOPS: Sistema Automático de Proteção de Sobrecarga
UM: Unidade marítima
5. RESPONSABILIDADES
Comandante / Imediato / Operador de Guindaste
6. DESCRIÇÃO
As operações de guindaste normalmente devem acontecer dentro das limitações operacionais e técnicas estabelecidas para cada
embarcação/equipamento.
O responsável operacional deve estar familiarizado e ciente destas limitações. Quando operando próximo a estes limites, o risco de não
conformidade aumenta.
Exemplos de tais situações são as operações em condições climáticas marginais, içamentos em pontos cegos ou içamentos no limite da
capacidade do guindaste. Precauções e cuidados especiais devem ser tomados durante tais operações, e medidas de compensação para
manter o mesmo nível de segurança das “operações normais” devem ser aplicadas.
6.1. Guindaste
O guindaste deve estar certificado. A certificação deve ser emitida pela empresa responsável/pessoa competente, confirmando que o
equipamento de içamento cumpre com os requisitos legais e foi projetado, montado, instalado, testado, documentado e mantido de tal
forma que o uso do equipamento de içamento seja justificado. O certificado deve declarar em quais requisitos legais se baseia. O
certificado e sua validade deve ser controlado no Unisea Certificate.
Limitações operacionais temporárias referentes ao guindaste devem estar descritas na cabine. Tais limitações podem ser emitidas pela
pessoa competente em associação com o controle ou manutenção. Outras operações simultâneas em andamento dentro da área
também podem estabelecer limitações.
O gráfico de cargas do guindaste fornece as capacidades para diferentes níveis de alturas.
A capacidade de içamento do guindaste deve ser suficiente para executar a elevação.
O guindaste não deve ser operado fora de suas limitações ou se qualquer um dos aparelhos de segurança não estiver funcionando.
O guindaste deve ter velocidade de içamento suficiente.
Quando não estiver sendo usado, o guindaste deve estar estacionado em sua posição de repouso, se com isto não estiver afetando as
outras operações em andamento.
O operador do guindaste deve ter controle visual do tambor de cabos.
6.2. Operador do guindaste
O operador do guindaste deve estar familiarizado com o projeto e funcionamento de todos os sistemas de segurança. Para garantir uma
operação segura e a ação correta no caso de eventos indesejados, é essencial que o operador esteja familiarizado com os sistemas de
segurança do guindaste e como eles estão funcionando. Deve também estar familiarizado com as limitações dos sistemas e como os sistemas
são controlados e mantidos.
6.2.1 Alterações de procedimento na inicialização do guindaste
O operador do guindaste deve sempre pedir autorização do Passadiço para ligar a guindaste. Por consequência o operador do guindaste deve
completar a RO-EMB-125- Lista de inspeção de guindaste antes e durante a operação.
Quando esta lista de verificação estiver completa, o operador do guindaste deve então entrar em contato com o passadiço novamente e
informar ao oficial de serviço sobre o preenchimento desta lista. O oficial de serviço deve fazer duas perguntas específicas, registra estas
perguntas no diário de bordo.
1. A lista de verificação do guindaste foi preenchida?
2. Qual o estado do guincho auxiliar?
O operador do guindaste deve entrar em contato com o oficial de serviço do convés que lhe fará as mesmas perguntas antes de permitir
pessoas na área da base do guindaste.
6.2.2. Embarcação
Quando houver a execução de operações críticas de içamento, uma Permissão de Trabalho (PT) deve ser emitida.
O operador do guindaste deve levar em consideração que a movimentação das embarcações varia dependendo do tamanho da embarcação,
direção e dimensão das forças marítimas.
6.2.3 Treinamento
Os operadores de guindastes offshore devem ter certificação de no mínimo nível 2 e ser treinados para cumprirem os requisitos estabelecidos
na NR 11 e 34.
Os novos colaboradores deverão passar por familiarização específica para o equipamento antes de operar pela primeira vez (RO-EMB-113-
Lista de verificação de familiarização com guindastes).
6.3. Situações críticas
Durante uma situação crítica e particularmente no caso onde o guindaste está se movimentando descontroladamente, é essencial que o
operador do guindaste interrompa a operação e comunique o evento para garantir o registro dos dados importantes no computador. Isto é de
vital importância quando observar discrepância entre a operação e a movimentação do guindaste e para a comunicação posterior de não
conformidades. O pessoal competente a bordo ou o fabricante estarão aptos a colher os dados. Além disso, o departamento técnico da
companhia deve ser informado sobre a situação.
É de grande importância que o operador entenda as funções dos Sistemas de Segurança dos guindastes. A descrição de todos os sistemas
pode ser encontrada no manual técnico de cada guindaste.
As seguintes atividades são consideradas situações críticas:
Queda de energia;
Movimentação indesejada do guindaste; ·
Cabo preso em outra embarcação/estrutura submersa;
Ativação não intencional da função de abaixamento de emergência; ·
Abaixamento de Emergência;
Sobrecarga.
6.4. Queda de Energia
No caso de qualquer aviso de queda de energia, o guindaste deve ser manobrado até uma posição segura. Quando estiver operando em
relação à outra embarcação, uma posição segura seria procurar um local onde não existe a possibilidade do cabo ficar preso.
O operador do guindaste deve manter em segurança a carga e o guindaste. Parar o guindaste tão logo seja possível para evitar dano ao
maquinário.
Um exemplo de advertência de queda de energia é a baixa pressão do óleo.
6.5. Movimentação indesejada do guindaste.
No caso de movimentação indesejada, ativar a parada de emergência. Isto se aplica a quaisquer movimentos descontrolados ou outras
situações imprevistas.
Exemplos de tais situações são:
Abaixamento descontrolado da lança;
Abaixamento descontrolado da carga;
Rotação descontrolada do guindaste.
Se a liberação do cabo após a ativação da parada de emergência for necessária, ativar o Sistema Manual de Proteção de Sobrecarga (MPOS).
6.6. Cabo preso em outra embarcação/estrutura submersa.
Em uma situação em que haja perigo de que o cabo fique preso, é importante advertir as partes envolvidas e assegurar folga suficiente para o
cabo.
Se não houver possibilidade de obter folga suficiente, o Sistema Manual de Proteção de Sobrecarga (MPOS) deve ser ativado.
Deve se ter em mente que normalmente existem limitações do número de vezes em que o MOPS pode ser ativado. Normalmente pode ser
ativado três vezes, mas isso varia conforme o guindaste. Portanto, é importante que estas ativações sejam registradas. O Sistema Automático
de Proteção de Sobrecarga (AOPS) é a barreira final.
6.7. Ativação não intencional da função de Abaixamento de emergência.
O operador do guindaste deve estar focado e se familiarizar com os Sistemas de Proteção de Sobrecarga dos guindastes.
No caso de ativação não intencional da função de Abaixamento de emergência, o operador deve acionar a parada de emergência.
6.8. Abaixamento de emergência
O operador do guindaste deve estar familiarizado com a rotina para abaixamento de emergência de cada guindaste específico.
No caso de queda de energia, o operador tem que avaliar se é seguro deixar a carga onde está até a situação se normalizar.
Antes do Abaixamento de emergência, o guindaste deve estar posicionado sobre uma área onde é seguro baixar a carga. Se o guindaste não
estiver equipado com sistemas próprios para levar o guindaste a tais posições, considere o uso da patesca. O freio de rotação deve estar
liberado.
O abaixamento de emergência deve ser feito de uma forma estável e controlada conforme as instruções dos fabricantes. Se houver a
necessidade de usar a função de abaixamento de emergência como consequência de falha no guindaste, uma análise detalhada dos
problemas deve ser realizada para certificar-se de que a liberação dos freios não causará a movimentação descontrolada da carga. Um
exemplo de uma situação que pode ocorrer é a falha hidráulica onde não há suprimento de óleo hidráulico para o motor do guincho. Se o
operador tiver qualquer dúvida sobre a situação, solicitar auxílio especializado antes de iniciar o Abaixamento de emergência.
6.9. Sobrecarga
Quando houver sobrecarga, o operador do guindaste deve avaliar quais condições são mais apropriadas para cada situação individual. O
capítulo seguinte se destina a ser mais um guia do que medidas absolutas.
Alarme de 90%
O operador deve prestar atenção especial no indicador de carga. Alarme acima de 100%
A carga deve ser baixada na área segura mais próxima.
Inspeção na sequência de uma situação de sobrecarga: 90% -100%:
Uma inspeção do guindaste deve ser executada, com especial atenção à corrente de acoplamento.
Acima de 100%: Se a carga passar dos 100% da capacidade do guindaste e o alarme de 110% for ativado, a hora do incidente deve ser
registrada e os dados do registro devem ser armazenados e analisados antes do início de outra operação.
Um relatório de não conformidade deve ser emitido. Antes da próxima operação, consultar os especialistas se alguma medida em especial deve
ser estabelecida.
6.10 Instruções gerais para operações com guindaste
As operações em conjunto com o guindaste da plataforma ou navio deverão ser efetuadas de modo coordenado e seguro através do
cumprimento de procedimentos padronizados, de acordo com os empregados pela plataforma ou navio.
Não restritas a essas, as seguintes precauções deverão ser observadas na operação de guindastes:
Deverá ser estabelecida comunicação via rádio entre o operador do guindaste, o Comandante, UM e o pessoal de convés de serviço na
embarcação e a tripulação de convés no idioma português em canal dedicado exclusivamente para operação de carga e descarga.
Preferencialmente deverão ser empregados rádios VHF portáteis que possam ser operados sem o auxilio das mãos pelo pessoal de
convés.
As operações deverão ser realizadas de acordo com combinação prévia entre o Responsável pela plataforma, Comandante(s) e
operador do guindaste, os quais têm poder de veto da operação.
É obrigatório o emprego de gancho com trava de fechamento automática.
O operador do guindaste deverá possuir visão desimpedida do convés da embarcação. Em situações nas quais essa visão seja
prejudicada, poderá ser empregada uma pessoa no convés para orientar o guindasteiro, desde que haja entendimento adequado entre o
Comandante e o mesmo. Essa pessoa deverá usar equipamentos de proteção e segurança que permitam a sua fácil identificação (colete
sinalizador).
Deverá ser dada atenção especial à verificação e avaliação do peso da carga, restrições do equipamento e o risco à segurança do
pessoal e da propriedade.
As cargas deverão ser movimentadas para fora da embarcação para serem arriadas ou levantadas, de modo a diminuir o risco de queda
a bordo.
É terminantemente proibido qualquer envolvimento de pessoa não autorizada nas atividades de movimentação de carga.
Durante a movimentação de cargas o pessoal envolvido deverá aguardar em uma área segura do convés da embarcação sempre que
não necessitar atuar diretamente na operação.
Quando houver a necessidade de participação, os mesmos deverão utilizar dispositivos (croque e cabo guia de tamanho suficiente) para
facilitar o giro e/ou posicionamento da carga.
Durante as operações de manuseio de cargas todas as demais operações na área de carga do convés deverão ser interrompidas.
Deverá ser isolada a área onde está ocorrendo a movimentação de cargas, incluindo a área com risco de queda de objetos proveniente
dos equipamentos de movimentação de cargas usados durante a manobra. Este isolamento só deverá ser removido quando os
equipamentos estiverem desligados e em segurança.
Antes do início de qualquer operação de manuseio de carga o pessoal envolvido na faina deverá assegurar que todo o equipamento e /
ou material necessário se encontra disponível para uso, sendo que as cargas deverão estar com os cabos guias de tamanho suficiente,
passados antes do início da operação.
Antes do início do manuseio da carga deverá ser verificado se as eslingas não se encontram entrelaçadas e possuem cumprimento
suficiente de modo a evitar que os tripulantes tenham que subir na carga para soltar o gato do guindaste.
Em caso de transbordo de materiais acondicionados em big bags deve-se verificar o estado do big bag antes de ser realizado o
acondicionamento dos materiais com relação à sua integridade e estado de conservação, caso seja encontrada qualquer avaria, o
mesmo deve ser descartado de acordo com o B-PL-SMS-021- Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos-PGRS/Solid Waste
Management Plan-PGRS e ser substituído para realização da operação.
NOTA 01: Atentar para o acondicionamento de materiais pontiagudos ou perfurocortantes, estes não devem ser acondicionados em big bag,
somente em caixas Descarpack e em relação a tambores de óleo ou de produtos químicos, estes também não devem ser transportados dentro
de big bag.
O pessoal envolvido nas operações com guindastes deverá estar familiarizado e treinado nos sinais manuais para operação de
guindastes conforme quadro abaixo, independentemente da disponibilidade de equipamentos do tipo rádio:
É mandatório que, antes de iniciar a operação com guindastes seja verificado se os sinais manuais anteriormente descritos estão em
conformidade com aqueles adotados pelo operador do guindaste, quando esse for manobrado pelo cliente ou outras pessoas. Em caso de
discrepância, deverá ser acordado entre as partes qual dos sinais deverá prevalecer.
Se o sinal que passar a ser empregado for diferente daqueles constantes do presente procedimento todo o pessoal envolvido deverá ser
instruído da mudança antes do início das operações com o guindaste.
6.11. Instruções gerais para assentamento da lança do guindaste
Deverá ser estabelecida comunicação via rádio entre o operador do guindaste, o Comandante, UM e o pessoal de convés de serviço na
embarcação e a tripulação de convés no idioma português em canal dedicado exclusivamente para operação de carga e descarga.
Atenção para o ângulo de giro para o estacionamento da lança no berço e margem de tolerância da ação.
Os comandos necessários para a operação de assentamento da lança deverão estar expostos na cabine de controle do equipamento.
Somente deverá ser retirado o isolamento da área quando o equipamento estiver desligado e em segurança.
7. CONSIDERAÇÕES DE MEIO AMBIENTE
Os resíduos gerados durante a manutenção dos guinchos devem ser tratados conforme o B-PL-SMS-021- Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos-PGRS/Solid Waste Management Plan-PGRS;
Todas as orientações preconizadas no Plano SOPEP, devem ser observadas em qualquer caso de emergência por derramamento de
óleo durante a operação;
A utilização de EPIs é obrigatória;
8. CONSIDERAÇÕES DE SAÚDE, SEGURANÇA
Antes de executar manutenção no guindaste, por ser um equipamento crítico, deverá ser aberta uma permissão de trabalho seguindo o
procedimento PO-SMS-002-Procedimento para permissão de trabalho - PT
Deverá ser utilizado colete salva-vidas sempre que houver risco de queda no mar;
Caso a manutenção do equipamento seja realizada em altura acima de 2 metros, necessária adoção de todas as medidas de segurança
preconizadas para trabalho em altura.
9. REGISTROS DO SGO
RO-EMB-113- Lista de verificação de familiarização com guindastes
RO-EMB-125- Lista de verificação de guindaste antes e durante a operação

References

Type Title Number


QADocument Lista de verificação de familiarização com guindastes RO-EMB-113

QADocument Lista de verificação de guindaste antes e durante a operação RO-EMB-125

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