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OPERADOR DE CESTO AEREO

• Objetivo: Desenvolver habilidades necessárias para utilização do Cesto Aéreo, dentro das
normas de Segurança do Trabalho.
Conteúdo Programático:
• Objetivos do uso do cesto aéreo
• Características técnicas do equipamento
• Limitações técnicas do equipamento
• Cuidados na operação do equipamento
• Operação do equipamento
• Finalização da operação do equipamento
• Cuidados nas operações aéreas
• Procedimento para conservação do equipamento
• Procedimento para manutenção do equipamento
• Inspeção Periódica do equipamento
• Procedimento de segurança na operação
• Procedimento em caso de avarias graves
• Comentários sobre o Anexo XII da NR-12
• Pratica do uso do Cesto Aéreo
• Equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução de trabalho em altura, dotado de braço móvel,
articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem isolamento elétrico, podendo, desde que
projetado para este fim, também elevar material por meio de guincho e de lança complementar (JIB), respeitadas as
especificações do fabricante.
As cestas aéreas devem dispor de (principais exigências):

• – Pontos de ancoragem para o cinto paraquedista;


– Todos os controles claramente identificados quanto às suas funções e protegidos contra uso
inadvertido e acidental;
– Controles que retornam à posição neutra quando liberados pelo operador;
– Controles inferior e superior para operação do guincho e válvula de pressão para limitar carga nas
cestas equipadas com guincho e JIB;
– Dispositivo de travamento de segurança dos controles;
– Controles superiores prontamente acessíveis ao operador;
– Dispositivo de parada de emergência;
– Controles inferiores prontamente acessíveis ao operador e dotados de meio de prevalecer sobre o
controle superior;
– Válvulas de retenção nos cilindros dos estabilizadores e holding nos cilindros dos braços;
– Sistema estabilizador com indicador de inclinação;
– Controles estabilizadores protegidos contra o uso inadvertido que retornem à posição neutra
quando soltos, localizados de forma que o operador possa ver os estabilizadores se movimentando;
– Válvula seletora junto ao comando dos estabilizadores – estabilizadores/cesta aérea;
– Sistema que impeça a operação das sapatas estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço
móvel para uma posição segura de transporte;
– Sistema para operação de emergência em caso de pane;
– Recurso para operação de emergência em caso de ruptura de mangueiras hidráulicas;
– Ponto de aterramento;
A caçamba deve atender aos seguintes requisitos:

• – Ser dimensionada para suportar e acomodar o(s) operador(es) e as ferramentas


indispensáveis para realização do serviço;
– Não devem haver aberturas nem passagens nas caçambas de cestas aéreas isoladas,
exceto para trabalho pelo método ao potencial;
– As caçambas fabricadas em material não condutivo devem atender aos requisitos da norma
ABNT NBR 16092;
– A caçamba das cestas aéreas isoladas deve ser dotada de cuba isolante (liner), exceto para
trabalho pelo método ao potencial.
• As cestas aéreas, isoladas e não isoladas, devem possuir sistema de nivelamento da(s)
caçamba(s) ativo e automático, através de sistema mecânico ou hidráulico que funcione
integradamente aos movimentos do braço móvel e independente da atuação da força de
gravidade.
• Para serviços em linhas, redes e instalações energizadas com tensões iguais ou superiores a
1000V deve-se utilizar cesta aérea isolada, que possua o grau de isolamento, categorias A, B
ou C, conforme NBR 16092, e devem ser adotadas outras medidas de proteção coletivas para
a prevenção do risco de choque elétrico, nos termos da NR-10.
• As cestas aéreas devem ser submetidas às inspeções e ensaios previstos na NBR 16092.
CESTO ACOPLADO

• Caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular para elevação de pessoas e execução de


trabalho em altura, com ou sem isolamento elétrico, podendo também elevar material de apoio
indispensável para realização do serviço.
Os cestos acoplados devem dispor de (principais exigências):
• – Ancoragem para cinto de segurança tipo paraquedista, conforme projeto e sinalização do fabricante;
– Todos os controles claramente identificados quanto a suas funções e protegidos contra uso inadvertido e acidental;
– Controles para movimentação da caçamba na parte superior e na parte inferior, que voltem para a posição neutra quando
liberados pelo operador.
– Dispositivo de travamento de segurança de modo a impedir a atuação inadvertida dos controles superiores;
– Controles superiores na caçamba ou ao seu lado e prontamente acessíveis ao operador;
– Controles inferiores prontamente acessíveis e dotados de um meio de prevalecer sobre o controle superior de
movimentação da caçamba;
– Dispositivo de parada de emergência nos comandos superior e inferior, devendo manter-se funcionais em ambos os casos;
– Válvulas de retenção nos cilindros hidráulicos das sapatas estabilizadoras, e válvulas de retenção e contrabalanço (holding)
nos cilindros hidráulicos do braço móvel e giro, a fim de evitar movimentos indesejáveis em caso de perda de pressão no
sistema hidráulico;
– Controles dos estabilizadores protegidos contra o uso inadvertido, que retornem à posição neutra quando soltos pelo
operador, localizados na base do guindaste, de modo que o operador possa ver os estabilizadores movimentando;
– Válvula seletora, junto ao comando dos estabilizadores, que numa posição bloqueie a operação dos estabilizadores e na
outra posição os comandos de movimentação da(s) caçamba(s);
– Sistema que impeça a operação das sapatas estabilizadoras sem o prévio recolhimento do braço móvel para uma posição
segura de transporte;
– Sistema de operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso de pane, exceto no
caso previsto na alínea “m”;
– Recurso para operação de emergência que permita a movimentação dos braços e rotação da torre em caso de ruptura de
mangueiras hidráulicas;
– Sistema estabilizador, com indicador de inclinação instalado junto aos comandos dos estabilizadores, em ambos os lados,
para mostrar se o equipamento está posicionado dentro dos limites de inclinação permitidos pelo fabricante;
– Sistema limitador de momento de carga que, quando alcançado o limite do momento de carga, emita um alerta visual e
sonoro automaticamente e impeça o movimento de cargas acima da capacidade máxima do guindaste, bem como bloqueie as
funções que aumentem o momento de carga;
– Ponto para aterramento no equipamento de guindar;
– Sistema mecânico e/ou hidráulico que permita o nivelamento do cesto, evite seu basculamento e assegure que o nível do
cesto não oscile além de 5° em relação ao plano horizontal durante os movimentos do braço móvel ao qual o cesto está
acoplado.
Inspeções e Ensaios Periódicos
• O item 10.2.4 da Norma NBR 16.092 elenca um número considerável de itens que devem
ser inspecionados em intervalos não superiores a 12 meses. A definição da periodicidade
cabe ao proprietário da Cesta Aérea e deve ser definida levando-se em conta aspectos
como a intensidade e a severidade do uso, a “idade” da Cesta Aérea, a qualidade da
manutenção e o próprio histórico de ocorrências de incidentes com o equipamento.
• Em linhas gerais as Inspeções e Ensaios Periódicos contemplam a realização de inspeções
visuais e funcionais, aplicação de carga (para confirmar o bom funcionamento de válvulas,
comandos e cilindros), tensão aplicada (para cestas isoladas), inspeção de soldas críticas,
reaperto / torqueamento de parafusos, etc., e sempre que for identificado algum item ou
componente suspeito devem ser realizados ensaios complementares, tais como ultrassom,
partículas magnéticas, líquido penetrante, dentre outros, de modo a confirmar a existência
ou não de um defeito funcional ou estrutural que possa colocar em risco a segurança dos
usuários, de terceiros ou do próprio equipamento.
• As Inspeções e Ensaios Periódicos devem ser realizados por pessoas qualificadas e
certificadas e relatórios (laudos) devem ser emitidos e assinados por esses profissionais,
devendo ser mantidos em arquivos físicos ou eletrônicos por um período não inferior a 5
anos.
A importância da realização das inspeções e ensaios regulares:

• É certo que um acidente estrutural de um equipamento sempre terá algumas causas possíveis, dentre elas
a falta de uma manutenção adequada, a fadiga do material, o mau uso da máquina ou mesmo outros
acidentes menores, muitas vezes não relatados pelos usuários, que debilitam a estrutura do equipamento.
É também certo que a identificação prévia da debilidade estrutural de um equipamento irá minimizar ou
eliminar o risco da ocorrência de um acidente grave e, consequentemente, irá reduzir consideravelmente
a ocorrência de prejuízos humanos e patrimoniais devido a um acidente gerado pelo colapso estrutural do
equipamento e, em casos mais extremos, irá evitar a perda de vidas. Não bastasse isso o Anexo XII da NR-
12 foi categórico ao constar em seus itens 2.15 e 3.16 que as cestas aéreas e os guindastes com cesto
acoplado devem ser submetidos a inspeções e ensaios previstos nas normas ABNT NBR 16.092 e NBR
14.768, respectivamente. Isso torna obrigatória a realização dos Ensaios e Inspeções previstas nestes itens
das normas, dentre eles inspeções visuais, funcionais, aplicação de carga, tensão aplicada e ensaios não
destrutivos com destaque ao ensaio de emissão acústica.
OPERADOR DE CESTO AEREO
• Ao se aproximar do local do serviço, o motorista deve diminuir a velocidade e sinalizar sua parada com o auxílio da seta;
• - No instante em que o veículo parar, um dos integrantes da equipe deverá imediatamente afastar o trânsito do veículo
com o auxílio de cones, e outro integrante deverá auxiliar o motorista na manobra, posicionado o veículo para o serviço;
• - Após estacionar o veículo, deve-se acionar o pisca alerta e proceder com o travamento do veículo por meio do
acionamento do freio estacionário e colocação de calços nos pneus traseiros;
• - Verificar se a posição do veículo causa perturbações ao trânsito de veículos e/ou pedestres;
• OBS.: Quando em ladeiras, sempre que possível, estacionar o veículo abaixo do local do serviço.
• Isolar e sinalizar a área de trabalho através de cones, fitas e bandeiras de sinalização, conforme a normativa da Empresa;
• - Em certos casos, interditar o trecho da via quando necessário;
• - Isolar a área de trabalho com cuidado, de modo que os pedestres tenham uma proteção adequada e segura;
• - Solicitar auxílio do órgão responsável pelo trânsito através do programador e/ou chefe imediato, quando em ruas ou
avenidas de alto fluxo de veículos.
• O equipamento deve ser operado somente por pessoal capacitado;
• - Com o veículo já devidamente posicionado, sinalizado e travado na posição de trabalho, estabilizá-lo com o uso das
sapatas e aterrá-lo;
• - Liberar as lanças para que fiquem livres e possam ser elevadas;
• - Efetuar manobras experimentais para testar o perfeito funcionamento e verificar se não há vazamentos na parte
hidráulica do equipamento;
• - Ainda em solo, vestir o cinto paraquedista, as mangas e as luvas isolantes da classe de tensão adequada, bem como as
luvas de cobertura protetoras para as luvas isolantes de borracha;
• - Entrar no cesto pelo caminho correto, conforme recomendação do fabricante, com cuidado e cautela;
• - Fixar o talabarte ao ponto de ancoragem no cabeçote da lança;
• - Manobrar o equipamento sempre com atenção; - Ao término da atividade com o equipamento no berço, fixar as lanças
com a correia de fixação e recolher as sapatas; - Subir e descer proteções, bastões, ferramentas e materiais pela corda de
içamento sempre que possível.
• RISCO - Queda do eletricista;
• - Movimento indesejável do veículo e equipamento;
• - Operar o equipamento sem que esteja com as sapatas apoiadas no solo, estabilizado e liberado;
• - Choque do cotovelo, equipamento contra outros veículos, condutores e estruturas;
• - Ruptura de conexões com perda de óleo

• CONTROLE DE RISCO - Uso obrigatório do cinto pára-quedista com o talabarte de ancoragem conectado ao olhal do cabeçote da lança; - Certificar-se de que o veículo está
devidamente travado e calçado de modo que não se mova durante a tarefa; - Alinhar adequadamente os calços de tal forma que as sapatas se apóiem inteiramente sobre estes
calços; - Retirar as correias de fixação das lanças do equipamento; - Em caso de vazamento no hidráulico do equipamento, não operá-lo e levá-lo para manutenção; - Operar o
equipamento com atenção
• - Ao deslocar o cesto em direção à estrutura, proteger cordoalhas do sistema de telecomunicação, luminárias, ramais de
ligação, estais, rede secundária e rede primária. Iniciando sempre pelos condutores e partes aterradas mais próximas do
eletricista;
• - Sempre que o trabalho for executado entre dois condutores ou potencial de terra, a proteção deverá ser redobrada;
• - A proteção deve ser utilizada para sua finalidade; - Cobrir a área em torno do ponto de trabalho num raio de no mínimo
40 (quarenta) cm a sua volta; Obs.: Sempre que ocorrer uma situação atípica, a sequência de proteção deve ser definida na
avaliação do serviço no local de trabalho;
• - Para retirada das proteções deverá ser realizado o procedimento inverso à instalação.
ACONDICIONAMENTO DO CINTO PARAQUEDISTA
DE USO EM CESTO DE LINHA VIVA
• O cinto deve ser acondicionado, dobrado de maneira adequada, somente na mochila do conjunto de trabalho em altura;
• - Não pode, em hipótese alguma, acondicionar objetos na mochila que não faça parte do conjunto;
• - Ao guardar o conjunto na mochila, sempre examinar e limpar o possível;
• - Caso aconteça de molhar o conjunto, acondiciona-se na mochila para o transporte e quando de volta à base, pô-lo para
secar à sombra e em local arejado;
• - A ordem de acondicionamento é:
1. Pôr primeiro os demais materiais do conjunto de maneira adequada;
2. Em segundo o talabarte “ I ” e por último;
3. O cinto vai dobrado de maneira correta sobre os demais equipamentos.
MODO CORRETO DE VESTIR E DESPIR O CINTO PARAQUEDISTA DE USO EM CESTO DE
LINHA VIVA

VESTIR - O cinto deve ser vestido como a um casaco;


• - Fecham-se as fivelas das pernas, deixando um espaço de dois dedos entre as fitas e a perna;
• - Fecha-se a fivela abdominal, deixando-a justa, mas não deve ser apertado; - Fecha-se a fivela peitoral;
• - Ajusta-se o cinto ao corpo, não deixando apertado e também não folgado;
• - Conectar o mosquetão do talabarte “I” às duas alças superiores peitoral, de modo que a posição do talabarte fique correta;
• - Checar todas as fivelas, fitas, alças e acessórios do conjunto (obs.: isso deve de ser feito entre os colegas).
DESPIR - Para despi-lo, deve-se desconectar as fivelas da maneira inversa a de vesti-lo, mantendo os ajustes
• - Após o uso, acondicioná-lo, conforme tarefa de Acondicionamento.

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