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Procedimento de Ferrosos para Trabalho em Altura

PRO-040866, Rev.: 01 - 29/03/2023

Resultados Esperados: Explicar os resultados esperados da tarefa, contendo:

 Desdobrar itens do RAC 01 – Trabalho em Altura;

 Unificar procedimentos locais para ferrosos;

 Reunir diretrizes relacionadas requisitos para instalações e equipamentos, procedimentos,


capacitação, papeis e responsabilidades

1.0 APLICAÇÃO

Este documento se aplica a todos os empregados Vale e Terceiros que trabalham nas unidades da Vice-presidência de Ferrosos
no Brasil.

Trabalho onde houver risco de queda de pessoas e objetos por diferença de nível igual ou superior a 1.80 metros.

2.0 EXCEÇÃO

Atividades onde não houver risco de queda de pessoas e objetos por diferença de nível igual ou superior a 1.80
metros.

3.0 OBJETIVOS

Estabelecer requisitos de Saúde e Segurança visando eliminar, controlar e minimizar os riscos de fatalidades, lesões ou
incidentes envolvendo trabalho em altura.

3.1 HIERARQUIA DE CONTROLE DOS RISCOS

Todo trabalho em altura deve ser precedido de planejamento do trabalho devendo ser adotadas obrigatoriamente medidas de
controle de acordo com a seguinte hierarquia de controle dos riscos:

• Medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;
• Medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma e;
• Medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.

4.0 ASSOCIAÇÃO COM O VPS

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5.0 REFERÊNCIAS
 Portaria 3.214/78, Normas Regulamentadoras de Saúde e Segurança (NR-06, NR-12, NR-18, NR-35);
 PNR-000069- Requisitos de Atividades Críticas- RAC;
 PRO-027971- Especificação de exames para monitoramento da Saúde Ocupacional, RAC, ACT e Saúde do Viajante;
 PGS 004728- Grades de Piso Guarda Corpos Aberturas e Alçapões;
 ABNT NBR 6494- Segurança nos andaimes;
 ABNT NBR 11370- Equipamentos de Proteção Individual- Cinturão e Talabarte de Segurança-Especificação e
Métodos de Ensaio;
 ABNT NBR 16325-1 de 12/2014- Proteção contra quedas de altura - Parte 1: Dispositivos de ancoragem tipos A, B e
D;
 ABNT NBR 16325 -2- Proteção contra quedas de altura Parte 2: Dispositivos de ancoragem tipo C;
 ABNT/NBR 15595- Acesso por corda - Procedimento para aplicação do método;
 ABNT/NBR 15475- Acesso por corda - Qualificação e certificação de pessoas;
 ABNT NBR 14628:2020 Equipamento de proteção individual- Trava-queda retrátil - Especificação e método de
ensaio;
 ABNT NBR 16489:2017- Sistemas e equipamentos de proteção individual para trabalhos em altura- Recomendações
e orientações para seleção, uso e manutenção;
 ABNT NBR 16776:2019- Plataformas elevatórias móveis de trabalho (PTA/PEMT);
 Manual de auxílio na interpretação e aplicação da norma regulamentadora Nº 35- Trabalho em Altura versão mais
atualizada;
 ABNT NBR 16308-1:2014 Parte 1- Escadas portáteis: Termos, tipos e dimensões funcionais;
 ABNT NBR 16308-1:2014 Parte 2- Escadas portáteis: Requisitos e ensaios;
 ABNT NBR 16308-1:2014 Parte 3- Escadas portáteis: Instruções para o usuário e marcações;
 EN 795- Personal fall protection equipment- Anchor devices.
 PNR-000031- Diretrizes para Permissão de Trabalho Seguro;
 RTP 004 Recomendação Técnica de Procedimentos da FUNDACENTRO;
 PNR-000068- Diretrizes para Análise de Riscos da Tarefa – ART;
 NBR 8800- Projeto de estruturas de aço de edifícios;
 NBR 14626- Trava-quedas deslizante guiado em linha flexível;
 NBR 14627- Trava-quedas deslizante guiado em linha rígida;
 NBR 14629- Absorvedor de energia. NBR 14718 - Guarda-corpos para edificações;
 NBR 14762- Dimensionamento de estruturas de aço constituídas por perfis formados a frio;

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 NBR 14827- Chumbadores instalados em elementos de concreto ou alvenaria - Determinação de resistência à tração e
ao cisalhamento;
 NBR 14918- Chumbadores mecânicos pós-instalados em concreto - Avaliação do desempenho.
 NBR 15049- Chumbadores de adesão química;
 NBR 15834-Talabarte de segurança;
 NBR 15835- Cinturão de segurança tipo abdominal e talabarte de segurança para posicionamento e restrição;
 NBR 15836- Cinturão de segurança tipo paraquedista;
 NBR 15837- Conectores;
 NBR 15986- Cordas de alma e capa de baixo coeficiente de alongamento para acesso por corda.

6.0 DEFINIÇÕES
 Trabalho em altura: É todo trabalho em altura com potencial de queda igual ou superior a 1,8 metros.
 Diferença de nível/altura: Distância vertical entre a superfície de trabalho, transitória ou permanente e outra superfície
de referência.
 Absorvedor de energia: Elemento com função de limitar a força de impacto transmitida ao trabalhador pela dissipação
da energia cinética.
 Análise de Risco da Tarefa - ART: identificação das causas, consequências e medidas de controles associadas à
situação de risco.
 Ancoragem estrutural: elemento fixado de forma permanente na estrutura, no qual um dispositivo de ancoragem ou
um EPI pode ser conectado.
 Acesso por Corda: técnica de progressão utilizando cordas, com outros equipamentos para ascender, descender ou se
deslocar horizontalmente, assim como para posicionamento no local de trabalho, normalmente incorporando dois
sistemas de segurança fixados de forma independente, um como forma de acesso e o outro como corda de segurança
utilizado com cinturão de segurança tipo paraquedista.
 Andaime: Plataforma para trabalhos em alturas elevadas por estrutura provisória ou dispositivo de sustentação
seguindo os modelos e premissas mínimas prevista na Norma Regulamentadora Nº 18- Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da Construção e PNR-000069- Requisitos de Atividades Críticas- RAC.
 Atividades rotineiras: São aquelas não eventuais, que fazem parte do processo de trabalho da empresa/área
independente da frequência de realização.
Exemplos: Empresas ou área que executa ou que tenham em seu processo, atividades de Montagem e
desmontagem de andaime; manutenção de ponte rolante; manutenção de equipamentos de mina; carga e descarga
de equipamentos estas atividades serão consideradas rotineiras
 Atividades não rotineiras: Intervenções eventuais, não programadas que não fazem parte do processo de trabalho da
empresa/área.
Exemplos: Uma empesa/área que não possua em seu processo execução de atividades de Montagem e
desmontagem de andaime; manutenção de ponte rolante; manutenção de equipamentos de mina; carga e descarga
de equipamentos caso necessite executá-las deverá ser considerado como atividade não rotineira
 Área de trabalho elevada e passarelas: áreas de acesso e de trabalho compostas de piso e guarda corpo (rodapé, vão
intermediário e vão superior).
 Avaliação de conformidade: Demonstração de que os requisitos especificados em norma técnica relativos a um
produto, processo, sistema, pessoa são atendidos.
 Cadeira Suspensa (Balancim): É o equipamento cuja estrutura e dimensões permitem a utilização por apenas uma
pessoa e o material necessário para realizar o serviço.
 Certificação: Atestação por organismo de avaliação de conformidade relativa a produtos, processos, sistemas ou
pessoas de que o atendimento aos requisitos especificados em norma técnica foi demonstrado.
 Certificado: Que foi submetido à certificação.
 Cesta Aérea: equipamento veicular destinado à elevação de pessoas para execução de trabalho em altura, dotado de
braço móvel, articulado, telescópico ou misto, com caçamba ou plataforma, com ou sem isolamento elétrico, podendo,
desde que projetado para este fim, também elevar material por meio de guincho e de lança complementar (JIB),
respeitadas as especificações do fabricante.

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 Cesto Acoplado: caçamba ou plataforma acoplada a um guindaste veicular para elevação de pessoas e execução de
trabalho em altura, com ou sem isolamento elétrico, podendo também elevar material de apoio indispensável para
realização do serviço.
 Cesto Suspenso: conjunto formado pelo sistema de suspensão e a caçamba ou plataforma suspensa por equipamento
de guindar.
 Cordão: Uma linha / tira certificada com um conector em cada extremidade para conectar o cinturão do corpo a um
ponto de ancoragem.
 Conector: Dispositivo que abre e fecha, desenvolvido para unir diferentes componentes de um sistema de proteção
contra quedas. Possui versões com fechamento automático, com trava manual e trava automática.
 Cinturão de segurança tipo paraquedista: Equipamento de Proteção Individual utilizado para trabalhos em altura onde
haja risco de queda, constituído de sustentação na parte inferior do peitoral, acima dos ombros e envolta nas coxas.
 Dispositivos de amarração de objetos, materiais ou ferramentas: Dispositivos fabricados e certificados para o
transporte e uso seguro de ferramentas e objetos em atividades de trabalho em altura.
 Dispositivo de ancoragem: Dispositivo removível da estrutura, projetado para utilização como parte de um sistema
pessoal de proteção contra queda, cujos elementos incorporam um ou mais pontos de ancoragem fixos ou móveis.
 Elemento de fixação: Elemento destinado a fixar componentes do sistema de ancoragem entre si.
 Elemento de ligação: Elemento com a função de conectar o cinturão de segurança ao sistema de ancoragem, podendo
incorporar um absorvedor de energia. Também chamado de componente de união.
 Escada Plataforma: Escada móvel projetada para acessar ou realizar trabalhos em nível superior, confeccionada sobre
4 apoios e que possua em sua extremidade superior uma plataforma de trabalho e seguindo os modelos e premissas
mínimas prevista na Norma Regulamentadora Nº 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção e PNR 000069 Requisitos para atividades críticas.
 Especialista em Ancoragem e Sistema de Proteção Contra Queda: Profissional designado, capacitado e legalmente
habilitado para projetar sistemas de ancoragem e seus elementos de fixação.
 Estrutura: Estrutura artificial ou natural utilizada para integrar o sistema de ancoragem, com capacidade de resistir aos
esforços desse sistema.
 Extensor: Componente ou elemento de conexão de um trava-quedas deslizante guiado.
 Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que
irá detê-lo.
 Força de impacto: força dinâmica gerada pela frenagem de um trabalhador durante a retenção de uma queda.
 Força máxima aplicável: Maior força que pode ser aplicada em um elemento de um sistema de ancoragem.
 Influências Externas: Variáveis que devem ser consideradas na definição e seleção das medidas de proteção, para
segurança das pessoas, cujo controle não é possível implementar de forma antecipada.
 Inspetor de Andaime: Empregado VALE ou designado por uma gerenciadora/fiscalizadora para VALE devidamente
capacitado no curso de inspetor de andaimes.
 Passarela para trabalho em telhado: Plataforma para movimentação de trabalhadores sobre telhado, exclusiva para os
executantes do serviço, com piso resistente capaz de suportar o esforço submetido devendo ser de duralumínio e
encaixes.
 PTA/PEMT - Plataformas elevatórias móveis de trabalho: máquina ou dispositivo destinados(o) a movimentar
pessoas, suas ferramentas e materiais para as posições de trabalho, consistindo em pelo menos um cesto com
controles, uma estrutura extensível e um chassi.

 Classificação das PTA/PEMT: As classificações são constituídas por grupos, que levam e consideração o centro de
massa e deslocamento do equipamento, trazem como informação as características de riscos de tombamento de cada
modelo (localização do cesto em referência à linha de tombamento) e o tipo de PEMT, onde se associa ao
equipamento quando entra-se em deslocamento.

Modelo/Tipo Figura

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PEMT tipo 1, Grupo A

PEMT tipo 1, Grupo B

PEMT tipo 2, Grupo B

PEMT tipo 3, Grupo A

PEMT tipo 3, Grupo B

PEMT suspensas

Figura 01- Modelos e classes PTA/PEMT

 Permissão de Trabalho Seguro (PTS): É uma análise de risco conjunta, realizada na área, pelo Dono de área/ Emitente
e Executante Credenciado, onde riscos inerentes da tarefa são verificados e riscos de processo são compartilhados, as

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ações de controle são identificadas e estabelecidas, visando ao desenvolvimento de trabalho seguro, além de medidas
de emergência e resgate.
 Ponto de ancoragem: Parte integrante de um sistema de ancoragem onde o equipamento de proteção individual é
conectado.
 Profissional legalmente habilitado: Trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de
classe.
 Riscos adicionais: Todos os demais grupos ou fatores de risco, além dos existentes no trabalho em altura, específicos
de cada ambiente ou atividade que, direta ou indiretamente, possam afetar a segurança e a saúde no trabalho.
 Sistema de Ancoragem: Conjunto de componentes que incorpora um ou mais pontos de ancoragem, aos quais podem
ser conectados Equipamentos de Proteção Individual (EPI) contra quedas, diretamente ou por meio de outro
componente.
 Sistema de acesso por cordas: Sistema de trabalho em que são utilizadas cordas como meio de acesso e como proteção
contra quedas.
 Sistema de posicionamento no trabalho: Sistema de trabalho configurado para permitir que o trabalhador permaneça
posicionado no local de trabalho, total ou parcialmente suspenso, sem o uso das mãos.
 Sistema de Proteção contra quedas – SPQ: Sistema destinado a eliminar o risco de queda dos trabalhadores ou a
minimizar as consequências da queda.
 Sistema de proteção coletiva contra quedas – SPCQ: Sistema de proteção contra quedas que não requer o uso de EPI
para oferecer proteção.
 Sistema de proteção individual contra quedas – SPIQ: Aquele que requer que o trabalhador use EPI contra quedas e
receba treinamento para tal podendo ser de restrição de movimentação, de retenção de queda, de posicionamento no
trabalho ou de acesso por cordas e é constituído dos seguintes elementos: Sistema de ancoragem, Elemento de ligação
e Equipamento de proteção individual.
 Sistema de restrição de movimentação: SPQ que limita a movimentação de modo que o trabalhador não fique exposto
a risco de queda, podem ser de proteção coletiva- SPCQ ou individual- SPIQ.
 Sistema de retenção de queda: SPQ que não evita a queda, mas a interrompe depois de iniciada, reduzindo as suas
consequências.
 Suspensão inerte: Situação em que um trabalhador permanece suspenso pelo sistema de segurança, até o momento do
socorro.
 Talabarte: Dispositivo de conexão de um sistema de segurança, regulável ou não, para sustentar, posicionar e/ou
limitar a movimentação do trabalhador.
 Trabalhador qualificado: Trabalhador que comprove conclusão de curso específico para sua atividade em instituição
reconhecida pelo sistema oficial de ensino.
 Trava-queda: Dispositivo de segurança para proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação
vertical ou horizontal, quando conectado com cinturão de segurança para proteção contra quedas.
 Zona livre de queda - ZLQ: Região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior mais próximo
contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão ou o piso inferior.

Figura 02- Zona livre de queda

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 Rail Slider: Dispositivo/acessório para trabalho em altura em atividades de pontes e linha ferroviária, conhecido
usualmente como carretilha ou cachorrinho, é um par de placas de perfil de trilho interligadas por parafusos de
recepção. O elemento de amarração é fixado a um mosquetão que contém as placas perfiladas na parte superior do
trilho (boleto).

Figura 03- Dispositivo para ancoragem em trilhos

7.0 REQUISITOS PARA INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS


As instalações e equipamentos para trabalho em altura devem atender as premissas do PNR-000069- Requisitos de
Atividades Críticas- RAC, Normas Regulamentadoras NR-12- Máquinas e Equipamentos, NR18- Segurança e saúde no
trabalho na indústria da construção, NR-35- Trabalho em Altura e demais normas técnicas aplicáveis.

7.1 REQUISITOS GERAIS CONTRA QUEDA DE OBJETOS, MATERIAIS OU FERRAMENTAS

O isolamento da área para prevenção de risco de quedas de materiais e/ou ferramentas deve ser realizado com barreiras físicas,
conforme exemplos abaixo. devendo ser recomposto por placas com os dizeres: “Homens trabalhando acima!” “Risco de queda
de materiais e objetos, conforme descrito no PRO 021954- Sinalização em áreas isoladas.

Figura 04- Modelos de isolamento e placas de sinalização

7.2 AMARRAÇÃO DE FERRAMENTAS

Devem ser disponibilizados aos trabalhadores que realizam atividades em altura, sistemas ou dispositivos apropriados para
amarração de ferramentas, de forma a prevenir a queda destas. Fica proibido a utilização de cordas, barbantes não destinados a
este fim. A obrigatoriedade de utilização do dispositivo de amarração de ferramentas deve constar nas análises de risco e
procedimentos de trabalho. Exemplos abaixo:

Figura 05- Modelos de dispositivos de amarração de ferramentas

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7.3 RODAPÉ

Rodapé deve ter altura mínima 0,20 m (vinte centímetros), na parte inferior dos equipamentos de elevação de pessoas,
andaimes, escadas plataformas e locais onde haja riscos de quedas de objetos.

7.4 REDES DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE PESSOAS E FERRAMENTAS

Redes de proteção contra quedas de pessoas e ferramentas devem ser instalada quando após uma análise de risco documentada
em conjunto por equipe multidisciplinar composta de área executante e segurança do trabalho ficar comprovado não haver
outro método de proteção para os seguintes cenários.

Quando à natureza da atividade, o isolamento da área for impossível e a presença de pessoas envolvidas no trabalho em nível
inferior for necessária, como forma de evitar quedas de ferramentas e objetos; como medida de proteção coletiva contra quedas
de pessoas em situações onde não se pode implementar outro meio de proteção ou complemento de alguma proteção existente.

8.0 REQUISITOS GERAIS PARA PREVENÇÃO DE QUEDA DE PESSOAS:

NOTA TÉCNICA FERROSOS: Guarda-corpo, em equipamentos de elevação de pessoas, andaimes, escadas plataformas,
escavações e locais onde haja riscos de queda de pessoas, com altura de acordo com Anexo 01- Nota Técnica 001.2022-
Adequação de guarda corpos.

8.1 Equipamentos de proteção individual

Os equipamentos de proteção individual para trabalho em altura devem ser adequados aos riscos das atividades e serem
definidos em análise de risco observando as características de cada atividade ou ambiente de trabalho, conforme tabela 01.

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Tabela 01- Dispositivos de Trabalho em Altura

8.1 A ATIVIDADE DE MONTAGEM, DESMONTAGEM, LIBERAÇÃO PARA USO E UTILIZAÇÃO DE


ANDAIMES DEVE SER REALIZADA

Com procedimento detalhado que inclua as etapas de montagem e desmontagem de cada componente do andaime.

a) por trabalhadores capacitados que recebam treinamento específico para o tipo de andaime utilizado/montado;
b) com uso de SPIQ – Sistema de Proteção Individual contra Queda;
c) com dispositivos de amarração de ferramentas que impeçam sua queda acidental;
d) com isolamento e sinalização da área conforme descrito neste procedimento;
e) Preenchimento do Anexo 02- Liberação e Pré-uso de Andaimes deste documento, que deve ser validado pelo
inspetor de andaime, credenciado pela VALE no momento da liberação e diariamente pelo usuário;
f) Preenchimento e fixação da placa conforme Anexo 03- Modelo de Sinalização para Andaimes deste
procedimento pelo provedor de andaime, sendo seu uso obrigatório para Vale e suas contratadas, não sendo
permitido mudanças na estrutura do mesmo já que visam atender a premissa do PNR-000069 - Requisitos de
Atividades Críticas- RAC;
g) Disponibilidade na frente de serviço do croqui e memorial de cálculo do andaime.

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Na etapa de planejamento e elaboração de projetos, deve ser avaliado a implementação de acesso aos andaimes
preferencialmente com inclinação máxima de 45º.

O projeto de andaime montados em locais onde há risco de incêndio (próximo a tanques, inflamáveis etc.) deve contemplar
acessos necessários para evasão dos usuários durante cenários de emergência. As exceções a essa regra devem ser justificadas
previamente ao início da execução da montagem do andaime através de uma análise de risco com as contingências para
realização da atividade.

9.0 REQUISITOS GERAIS PARA ESCADAS:


Escadas fixas, móveis e portáteis podem ser utilizadas como meios de acesso às instalações industriais, máquinas e
equipamentos.
As escadas portáteis devem atender aos preceitos do PNR-000069 - Requisitos de Atividades Críticas – RAC e normas
técnicas vigentes em especial a ABNT NBR 16308-1:2014 Parte 1, 2 e 3. A escolha dos meios de acesso às instalações,
máquinas e equipamentos devem seguir ao estabelecido na Norma Regulamentadora Nº 12- Máquinas e Equipamentos
conforme a inclinação - ângulo de lance observando a figura 06, ISO 14122 - Segurança de Máquinas - Meios de acesso
permanentes às máquinas.

Figura 06: Fonte: ISO 14122 - Segurança de Máquinas - Meios de acesso permanentes às máquinas.

Para os cenários de escadas fixas onde o meio estabelecido encontra-se no intervalo E (90º a 60º) (figura 06) e coloque o
empregado a um patamar igual ou superior a 1,80 metros deve ser previsto algum sistema de proteção contra queda

Para cenários de utilização de escadas portáteis extensíveis, simples ou duplas onde a dinâmica de trabalho posicione o
trabalhador a um patamar igual ou superior a 1,8 metros de altura deve ser estabelecido algum sistema de proteção contra
quedas observando os princípios de redução de impacto e fator de queda.

As escadas, rampas e passarelas utilizadas em obras civis devem obedecer minimamente o previsto na RTP- 004
(Recomendação Técnica de Procedimentos) da FUNDACENTRO ou normas técnicas aplicáveis.
As escadas portáteis devem ser submetidas a inspeções pré uso antes da sua utilização conforme Anexo 04- Escadas
Portáteis e Plataformas.
As escadas fixas e do tipo marinheiro novas e existentes, devem ser submetidas ao controle inicial e definição de uma
estratégia para um processo rotineiro e periódico de inspeção estrutural para atestar sua integridade.

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As escadas do tipo marinheiro ou fixa (vertical), devem ter implementado uma sistemática de controle de acesso para
evitar acesso de pessoas não autorizadas (portinhola, dispositivo que dificulte o acesso, acesso controlado etc.)
complementando com placas de advertências.
Os acessos as escadas fixas e do tipo marinheiro acima de 1,80 metros devem ser realizadas com a adoção
alternativamente de:
a) SPIQ Sistema de proteção individual contra quedas fixo ou móvel (linha de vida);
b) SPIQ Sistema de proteção individual contra quedas baseado na utilização de trava quedas retrateis;
c) SPIQ Sistema de proteção individual contra quedas baseado em duplo talabarte.

NOTA: Para instalação de qualquer sistema de proteção individual contra quedas nas escadas fixas e do tipo marinheiro,
deve ser garantido a integridade estrutural das mesmas uma vez que estas passarão a ser parte integrante de um sistema de
ancoragem, liberação pela área de integridade estrutural/engenharia como forma de garantir a integridade das mesmas.

10.0REQUISITOS GERAIS PARA EQUIPAMENTOS DE ELEVAÇÃO DE PESSOAS:


Os equipamentos de elevação de pessoas devem seguir as premissas do PNR-000069 - Requisitos de Atividades Críticas-
RAC, Norma regulamentadora NR-12 Máquinas e Equipamentos, e NR-18 Segurança e saúde no trabalho na indústria da

construção e demais normas técnicas aplicáveis.

As modificações em equipamentos só devem ser realizadas seguindo as premissas de requisitos gerais do PNR-000069 -
Requisitos de Atividades Críticas- RAC.

11.0CENARIOS ESPECIFICOS PARA ATIVIDADES EM FERROVIA

11.1 - Requisitos para Trabalhos em Postes de Trilho

a) Deverá ser instalada linha de vida e trava-quedas para fixação do talabarte de segurança;
b) As “esporas”, quando utilizadas, devem estar em prefeitas condições, caso contrário, interditar as mesmas e não
realizar a atividade;
c) Verificar se há possíveis invasões do espaço aéreo do gabarito ferroviário;
d) Verificar a estabilidade dos postes quanto sua estrutura (trincas, oxidações, empenos etc.), fixação, estaiamento e
condições do solo) antes do acesso;
e) Verificar as condições de estabilidade e fixação dos componentes do poste (ex.: Transformadores, fiações, cruzetas,
espaçadores, isoladores, conectores etc.).

11.2 Requisitos para Trabalhos sobre Pontes Ferroviárias


11.2.1 Em caso de montagem da estrutura de ancoragem coletiva (traves).

a) Deverá ser instalado o suporte e linha de vida sobre pontes e viadutos ferroviários (equipamento dotado de duas
traves - primeira e segunda trave), montado e ajustado considerando a bitola da via;
b) Ajustar o suporte aos trilhos através dos parafusos das bases nas duas traves, parafusando-as manualmente utilizando
os braços de alavanca das mesmas;

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c) Antes de iniciar a atividade, checar a montagem de toda a estrutura, apertos dos parafusos das bases, a perda do
ajuste pode levar o travamento do conjunto nos grampos da via e provocar solavancos, gerando risco de queda aos
empregados. Caso ocorra algum solavanco, os ajustes devem ser revistos;
d) Considerar na sua montagem o acesso dos executantes e materiais sobre a ponte;
e) Os cabos de aço ou cordas apropriadas devem ser desenrolados e esticados previamente e fora da OAE (Obra de Arte
Especial). Os acessórios (manilhas, mosquetões, anéis metálicos, catracas, esticadores mecânicos/ tifor) também devem ser
conectados e dispostos junto aos cabos ou próximos às traves.

11.2.2 - Em caso de montagem da estrutura de ancoragem individual


a) Utilizar o Rail Slider nos trilhos, considerando: uso individual, capacidade de carga de no mínimo 140Kg, possuir
resistência superior a 30 KN.

11.2.3 - Proteção coletiva em manutenções em ponte


a) Utilizar madeirites navais para proteção lateral das pontes, nos locais onde existem a interface com comunidade;
b) Em pontes vazadas proteger utilizar pranchões de madeiras ou madeirites naval para o deslocamento seguro dos
empregados no trabalho sobre pontes;
c) Ferramentas e equipamentos deverão ser amarrados caso não haja a proteção lateral e dos dormentes.

12.0REQUISITOS PARA PROCEDIMENTOS

Os procedimentos operacionais para atividades rotineiras e não rotineiras que possuam trabalho em altura devem ser
elaborados incorporando as premissas do PNR-000069- Requisitos de Atividades Críticas– RAC, Norma Regulamentadora

NR-18 Segurança e saúde no trabalho na indústria da construção, NR-35 Trabalho em Altura e demais normas técnicas
aplicáveis.

Nestes procedimentos, devem estar descritos os passos e as ações para realização segura dos trabalhos em altura bem como
a montagem e a utilização dos sistemas de proteção contra quedas através de instruções de trabalho que podem estar
incorporadas ou anexadas a este procedimento.

O Procedimento (instrução de trabalho) de montagem e utilização do sistema de ancoragem para trabalho em altura deve
ser elaborado por profissional qualificado em segurança do trabalho e engenharia, considerando os requisitos do projeto,
quando aplicável, e as instruções dos fabricantes.

NOTA: As análises de risco para atividades rotineiras e não rotineiras que possuam trabalho em altura devem ser
elaboradas por equipe multidisciplinar conforme PNR 00068 Diretrizes para Análise de Risco da Tarefa, e demonstrar de
forma clara os elementos descritos no item 35.4.5.1 na Norma Regulamentadora NR- 35, conforme abaixo. Para facilitar a
elaboração seguir o Anexo 05- Guia para Elaboração de Análise de Riscos.
a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno;
b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho;
c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem;
d) as condições meteorológicas adversas;

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e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual,
atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do
impacto e dos fatores de queda;
f) o risco de queda de materiais e ferramentas;
g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;
h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;
i) os riscos adicionais e as condições impeditivas;
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo
da suspensão inerte do trabalhador;
l) a necessidade de sistema de comunicação e a forma de supervisão.

12.1 ORGANIZAÇÃO E ARQUIVAMENTO DA DOCUMENTAÇÃO PREVISTA NA NR- 35 E RAC 01


TRABALHO EM ALTURA

Nas áreas que possuem atividades de trabalho em altura, devem ser realizado um diagnóstico anual pelo dono da área, em
seus processos com a participação da segurança ocupacional, saúde ocupacional, educação e educação VALER de forma a
assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista na NR 35-Trabalho em altura.
Para este diagnóstico, deve ser utilizado o Anexo 06- Lista de Gestão documentação da NR 35 deste documento para as
inconsistências encontradas deve ser elaborados plano de ação para correção cadastrado no SAP IM.

12.2 INSPEÇÃO / MANUTENÇÃO

Os dispositivos, sistemas de ancoragem e elementos de um SPIQ sistema de proteção individual contra quedas devem ter
todos os seus elementos compatíveis e submetidos a uma sistemática de inspeção inicial, periódica utilizando o Anexo 07-
check list de inspeção inicial e periódica de equipamentos para trabalho em Altura e para a inspeção diária utilizar o
Anexo 08- check list de pré uso de equipamentos para trabalho em Altura.
As inspeções iniciais, periódicas e pré uso dos dispositivos, sistemas de ancoragem e elementos de um SPIQ propriedade
da VALE e contratados devem ser realizadas seguindo os prazos e sistemática da Tabela 02- Inspeções/Manutenções deste
documento.

ITEM INICIAL PERIÓDICA PRÉ USO

CINTURÕES E TALABARTES X(f) X(c) X(b)

SPIQ- Sistema Proteção Individual contra quedas X(d) X(e) X(b)

DISPOSITIVOS DE ACORAGEM FIXOS X(d) X(e) X(b)

DISPOSITIVOS DE ACORAGEM MÓVEIS X(c) X(c) X(b)

TRAVAQUEDAS RETRÁTEIS X(c) X(a) X(b)

TRAVAQUEDAS DESLIZANTES X(c ou f) X(c) X(b)

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FITAS E ANÉIS DE ANCORAGENS X(c ou f) X(c) X(b)

POLIAS,MOSQUETÕES,ASCENSORES, DESCENSORES E FREIOS, X(c ou f) X(b) X(c)

CORDAS, CORDOALHAS E CORDINS X(c ou f) X(b) X(c)

ESCADAS PORTÁTEIS (SIMPLES, EXTENSIVEL E DUPLA) X(f) X(b) X(c)

Tabela 02- Inspeções/manutenções


LEGENDA:

LETR DESCRIÇÃO
A

a Em intervalo não superior a 12 meses pelo fabricante ou seu representante credenciado conforme estabelecido pela
ABNT NBR 14628:2020 devendo ao final desta emitir laudo de recertificação (trava quedas retráteis)

b Realizada pelo usuário, rotineiramente antes de cada utilização com checklists específicos anexos deste documento.

c Por profissional da área detentora (ferramentaria) capacitado em inspeção de equipamentos de proteção contra quedas
e escadas portáteis no momento de recebimento e periodicamente com intervalo não superior a 12 (doze meses)
meses através de checklists específicos deste documento mantendo os registros por 12 (doze meses).

d Realizado pela engenharia de implantação/área detentora/controle inicial no momento de entrega antes da primeira
utilização do sistema de proteção contra queda(SPIQ) fixo através de relatórios, manuais de fabricante e checklists
cadastrados no arquivo técnico da VALE.

e Realizado pela área de engenharia de manutenção/inspeção através de procedimentos de inspeção/manutenção


desenvolvidos pelo fabricante ou profissional legalmente habilitado e registrados em sistemas de gestão de
manutenção com intervalo não superior a 12 meses.

f Pelo usuário ou área gestora no momento do recebimento através de cheklist específico devendo ser mantido
arquivado na gerência em quanto vida útil do equipamento ou baixa pelo usuário

Os projetos e desenhos quando aplicáveis devem ser cadastrados no sistema de arquivo técnico da VALE.
Os resultados das inspeções periódicas das partes fixas integrantes dos sistemas de ancoragem fixos (estrutura receptora e
ponto de ancoragem) da VALE, devem ser registrados no SAP Maintenance e seu intervalo, não deve ser superior a 12
meses, a data da próxima inspeção deve ser marcada no sistema de ancoragem de forma indelével, descrita na
documentação da inspeção e arquivada no GED (laudo e ART).
A ABNT NBR 16325-1 de 12/2014 - Proteção contra quedas de altura - Parte 1: Dispositivos de ancoragem tipos A, B e D
possui um modelo para estabelecimento de estratégia de inspeção/manutenção e dispositivos e sistemas de ancoragem.

12.3 REQUISITOS PARA ANDAIMES

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a) Os andaimes devem ser apoiados em estrutura resistente e, quando construído em apoio a equipamentos ou
instalações, esses devem ser resistentes de forma a não se colapsarem
b) Os andaimes devem ser construídos em superfície plana, isenta de avarias ou deformações;
c) A barreira ao redor do alçapão deve ser de estrutura fixa e resistente e estar sempre fechada;
d) É proibido a movimentação de andaimes móveis com equipamentos, ferramentas ou objetos em cima ou
apoiados.
e) As unidades através de seus departamentos de engenharia, devem prover informações para que os projetos de
estruturas de andaimes que venham a ser montadas sobre (apoiados) os equipamentos de processo atendam aos
limites de resistência mecânica destes equipamentos de forma a evitar os colapsos dos mesmos, suas estruturas e
dispositivos;
f) Os andaimes devem ter liberação de inspetor de andaime independente da empresa de montagens de andaimes
conforme diretrizes deste documento, conforme Anexo 02- Liberação e pré uso de Andaimes;
g) Durante a montagem do andaime deverá ser definido no projeto a necessidade de aterramento e atestar sua
efetividade.
NOTA: Os projetos dos andaimes devem demonstrar o SPIQ sistemas de proteção individual contra quedas
utilizados na atividade.

12.4 EQUIPAMENTOS PARA ELEVAÇÃO DE PESSOAS

A. Atividades com cesto suspenso somente podem ser realizadas em situações de resgate emergência;
B. A estabilização durante o uso do cesto acoplado e suspenso deve ser feita pela abertura completa dos braços
estabilizadores.

12.4.1 PTA/PEMT PLATAFORMA MÓVEL DE TRABALHO

Figura 07: Saída cesto de PTA/PEMT – Plataforma móvel de trabalho

As PTA/PEMT não são projetadas nem para transferir pessoas de um nível para o outro, nem para que os trabalhadores saiam
da plataforma, enquanto elevada. A princípio as pessoas devem apenas entrar ou sair do cesto em posições de acesso ao nível
do solo ou do chassi das PTA/PEMT, contudo, em situações onde através de uma análise de risco ficar comprovado não haver
outro meio para acessar um determinado ponto de trabalho poderá ser liberado desde que:

a) A saída só aconteça pela portinhola de acesso e saída, ou seja, em hipótese alguma poderá ser realizada transpondo o
guarda corpo;
b) Que haja algum SPQ sistema de proteção contra quedas implantado podendo ser:
 SPCQ Sistema de proteção coletiva contra quedas ou,

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 SPIQ Sistema de proteção individual contra quedas que garanta ao trabalhador permanecer ancorado desde o
momento de sua saída;
c) Elaboração de uma análise de risco detalhada e completa contemplando todas as medidas de proteção contra quedas e
resgate;
d) Estabelecimento de meios de resgate em situações de emergências.
e) Comunicação eficaz e visual entre os membros das equipes
f) Emissão de permissão de trabalho seguro;

Nota: Para patolamento de plataformas próximo a desníveis do terreno (talude ou muro estrutural), deve-se atender a
distância mínima da face do desnível igual a altura medida, conforme figura 08 abaixo. Caso não seja possível atender
a distância sugerida, será obrigatório fazer uma avaliação do talude ou muro e em caso de dúvidas quanto a sua
estabilidade, deve-se solicitar avaliação de engenharia.

Figura 08- Distância mínima da face do talude

12.4.2 REQUISITOS MÍNIMOS DE SEGURANÇA E OPERAÇÃO DE PTA/PEMT - PLATAFORMA


ELEVATÓRIA MÓVEL DE TRABALHO

A operação de PTA/PEMT - Plataforma Elevatória Móvel de Trabalho o operador deve ser capacitado conforme rota de
capacitação.

Antes do início da operação o operador deve realizar inspeção visual das PTA/PEMT e local de trabalho através checklist
Anexo 09- Checklist de Pré Operação PTA/PEMT - Plataforma Elevatória Móvel de Trabalho.

As áreas devem manter um cadastro atualizado das PTA/PEMT sobre sua gestão, bem como os operadores autorizados.

Os manuais de operação e manutenção das PTA/PEMT devem ser redigidos em língua portuguesa e estar à disposição nas
PTA/PEMT/PMT, canteiro de obras ou frentes de trabalho.

O controle de acesso/operação das PTA/PEMT deve ser seguro o bastante de modo a permitir que somente trabalhadores
capacitados possam operá-las restringindo à operação para situações de inatividade superiores a 6 meses. Para retorno, os
operadores devem passar por uma nova Ambientação Prática nos modelos que precisa operar, realizada por um
instrutor/operador/locatário capacitado devendo esta ambientação ser evidenciada através do Anexo 10- Registro de
Ambientação /Familiarização nos modelos de PTA/PEMT.

A forma de supervisão de trabalhos em PTA/PEMT devem ser realizadas pelo operador de solo e as medidas de atendimento a
emergência devem ser observadas/ implementadas. O operador de solo deve ser capacitado para operação dos comandos da
máquina em casos de emergência.

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Atividades realizadas na proximidade de sistemas elétricos devem envolver um profissional habilitado em elétrica no
planejamento da atividade.

As áreas de trabalho no entorno da PTA/PEMT e sob o cesto, devem estar isoladas durante a realização da atividade, devendo
ser isolado o fluxo de tráfego da via quando a operação ocupar os dois sentidos.

As PTA/PEMT não podem ser deslocadas em rampas com inclinações superiores à especificada pelo fabricante.

Os deslocamentos das PTA/PEMT devem seguir as recomendações do fabricante e procedimento operacional, devendo o
operador avaliar as condições de vias e piso para realização desta manobra respeitando as regras de velocidade definida no
código de trânsito interno.

Os deslocamentos das PTA/PEMT superior a 500m, devem ser realizados em pranchas apropriadas para este fim.

O embarque e desembarque de PTA/PEMT em pranchas só deve ser realizado por operador capacitado em encarretamento e
desencarretamento, com auxílio de outro profissional para manobra, iluminação ambiente que permita a visibilidade da
operação com segurança e realização de análise de risco.

Todos os trabalhadores que estiverem no cesto da PTA/PEMT quando elevada, devem utilizar cinto de segurança tipo
paraquedista com o elemento de ligação atrelado ao dispositivo de ancoragem do cesto específico previsto pelo fabricante.

Quando fora de serviço, as PTA/PEMT devem permanecer recolhida em sua base e com o cesto elevado, painel protegido
contra intempéries, desligada, com sinalização/ isolamento e protegida contra acionamento não autorizado conforme figura 09.

Figura 09- Estacionamento PTA/PEMT

As chaves de ignição das PTA/PEMT não devem permanecer na ignição do equipamento quando fora de operação.

Quando em atividades e ambiente a céu aberto, deve-se se certificar das condições atmosféricas através do alerta de
tempestades (alerta Vermelho) sendo proibido a execução de atividades. Verificar no manual do fabricante a velocidade
máxima do vento permitida (KM/H).

Os empregados que operam plataformas de trabalho aéreo e equipamentos de elevação de pessoas devem ser certificados na
operação segura destes equipamentos. A carga horária para capacitação deverá ser 8 hs e renovação bienal de 4 hs no mínimo

As informações constantes no crachá de treinamento do operador deverão conter as informações mínimas determinadas na
NBR16776, conforme modelo do Anexo 11 Modelo carteirinha operação PEMT deste procedimento;

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12.4.3 EMERGÊNCIA E SALVAMENTO EM PTA/PEMT

Os operadores e envolvidos nas atividades devem conhecer os meios de comunicação com as equipes de atendimento a
emergência da localidade;

Recursos de comunicação entre os envolvidos na atividade e as equipes de atendimento a emergência deverão estar de posse de
rádio de comunicação e telefones;

Deve ser previsto nas análises de risco e garantido aos empregados recursos para atuação em cenários que possam ocorrer
suspensão inerte do trabalhador.

12.5 REQUISITOS PARA SISTEMAS DE ANCORAGEM

Os sistemas de ancoragem devem ser selecionados por uma equipe multidisciplinar, profissional qualificado em segurança do
trabalho e engenharia.

Os sistemas de ancoragem devem ser desenvolvidos para serem utilizados em situações de retenção de quedas, restrição de
movimentação, posicionamento de trabalho e acesso por cordas.

Permitir que os trabalhadores permaneçam ancorados durante todo o tempo desde o momento da saída de sua base de apoio.

Possuir seu ponto de ancoragem diretamente na estrutura, na ancoragem estrutural ou no dispositivo de ancoragem.

Os sistemas de ancoragens devem possuir resistência aos esforços ele submetidos atendendo à normas técnicas nacionais
ABNT NBR 16325 parte 1 e 2 ou normas internacionais aplicáveis ao escopo sistemas de ancoragens para trabalho em altura.

Os dispositivos de ancoragem removíveis para aplicação de SPIQ sistemas de proteção individual contra quedas devem ser
preferencialmente certificados ou desenvolvidos por um PLH Profissional Legalmente Habilitado.

O projeto do sistema de ancoragem deve ser elaborado por profissional designado, capacitado e legalmente habilitado
conforme plano de capacitação previsto neste documento no Anexo 12- Plano de Capacitação de Trabalho em Altura.

Os sistemas de ancoragem fixo ou removíveis devem ser instalados por profissionais capacitados.

A inspeções sobre sistema de ancoragem fixos da Vale deve ser cadastrado em um sistema informatizado onde seja possível o
rastreamento dessas informações.

Possuir placa de marcação indelével com as seguintes informações: Identificação do fabricante; número de lote, de série ou
outro meio de rastreabilidade; número máximo de trabalhadores conectados simultaneamente ou força máxima aplicável.

A aplicação de projetos deve ser somente para sistemas de ancoragem permanente conforme definido no item 3.3 do anexo II
da NR 35 – Trabalho em Altura. Nestes casos, os projetos e documentações de propriedade da Vale, devem ser cadastrados no
Arquivo Técnico da Vale através do sistema de Gestão Eletrônica de documentos GED de forma a garantir rastreabilidade e
gestão das informações.

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Para sistema de ancoragem que consiste naqueles que são removíveis ou aqueles planejados para serem desinstalados após a
conclusão da atividade ou obra, não há necessidade de existência de projeto a cada instalação, mas do procedimento
operacional de montagem e de definição dos pontos de fixação por um profissional legalmente habilitado se faz necessário.

O projeto de um sistema de ancoragem permanente deve possuir minimamente as seguintes informações (data book).

a) Indicação dos EPI e elementos de ligação utilizados


b) A força de impacto de retenção da queda do(s) trabalhador(es), levando em conta o efeito de impactos simultâneos ou
sequenciais que não exceda a 6kN
c) Análise e indicação dos esforços em cada parte do sistema de ancoragem decorrentes da força de impacto como forma
de garantir sua integridade Informação de número máximo de trabalhadores conectados simultaneamente ou força
máxima aplicável.
d) A zona livre de queda necessária;
e) A indicação das estruturas receptoras.
f) A análise das estruturas receptoras compatíveis com a força de impacto de uma retenção de queda;
g) Dimensionamento de vãos para linhas de vida horizontais,
h) Flecha do cabo em caso de sistema de proteção individual contra quedas na horizontal
i) Metodologia de inspeção inicial e periódica
j) Procedimento de montagem
k) Procedimento de inspeção e manutenção
l) Normas de referência utilizada no seu desenvolvimento
m) Anotação de responsabilidade técnica de projeto, fabricação e instalação

12.6 REQUISITOS PARA RESGATE EM ALTURA

O Plano de Atendimento à Emergência deve considerar os cenários existentes de trabalho em altura e os profissionais devem
ser qualificados e preparados, além de disporem de equipamentos apropriados para realizar resgate em altura.

No planejamento da atividade envolvendo trabalho em altura, deve-se avaliar se o cenário está contido no Plano de
Atendimento à Emergência, e se este contempla as ações para emergência e salvamento considerando recursos humanos,
materiais e de comunicação necessários.

Os empregados envolvidos em atividades de trabalho em altura devem conhecer os meios de comunicação com as equipes de
atendimento a emergência da localidade.

Os recursos de comunicação, como rádio e telefones devem estar disponíveis para os envolvidos na atividade e a equipe de
atendimento a emergência da unidade.

Para reduzir os riscos relacionados à suspensão inerte, provocada por cintos de segurança, deve-se implantar planos de resgate
para impedir a suspensão prolongada e realizar o resgate e tratamento o mais rápido possível.

Quanto mais tempo a vítima ficar suspensa maiores serão os riscos para sua saúde.

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O plano de emergência da unidade deve considerar os cenários de suspensão inerte do trabalhador e as práticas e recursos a
serem adotadas para resgate de trabalhadores nestas condições.

As áreas devem identificar em suas atividades através de análises de risco de tarefas cenários de trabalho em altura que possam
provocar situações de suspensão inerte do trabalhador e promover simulados para identificação de recursos para atender a estas
condições bem como a qualidade deste atendimento.

As equipes que executam trabalho em altura devem possuir capacitação e dispor de recursos para executar ações de emergência
e salvamento em situações de suspensão inerte, onde o objetivo terapêutico é resgatar a vítima de uma queda com vida,
portanto, as técnicas de resgate mais rápidas devem se impor sobre qualquer outra manobra por mais técnica que seja com o
intuito de retirar a vítima da suspensão o mais rápido possível até a chegada dos bombeiros profissionais civis.

Para alcançar estes resultados recomenda-se a adoção de recursos de pré engenharia e validados pelas equipes de atendimento a
emergência locais.

Onde não for possível alcançar pelas próprias equipes que realizam atividade em altura recursos e capacitação para resgate em
situações de suspensão inerte, as áreas devem providenciar a presença de equipes especializadas com a disponibilização de
recursos na frente da atividade durante toda execução desta, como forma de reduzir o tempo reposta.

12.7 REQUSITOS PARA ACESSO POR CORDA

O acesso por cordas deve ser realizado de acordo com as normas técnicas vigentes.

Uma análise de risco preliminar, deve definir ou não a aplicação das técnicas de acesso por cordas, em função dos riscos
específicos identificados, nos trabalhos em planos inclinados, como trabalhos em telhados, taludes, silos etc.;

Na análise de risco, a tabela abaixo poderá ser utilizada como guia de identificação para caracterizar ou não a atividade como
acesso por cordas. Caso uma resposta seja diferente das perguntas indicadas na tabela 03 deste documento remeterá ao trabalho
em altura típico, que não é acesso por cordas.

Tabela 03 - Guia para definição e aplicação do método de acesso por cordas.

Nota: Os acessos por cordas, não se aplicam a pontos de ancoragem utilizados pelas equipes de bombeiros civis.

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12.8 ABRANGÊNCIA DA AUTORIZAÇÃO DE CADA TRABALHADOR PARA TRABALHO EM ALTURA.

Cada gerência deve garantir que seus empregados próprios e contratadas, tenham além do treinamento na NR 35 e RAC 01
Trabalho em Altura, capacitação específica para o trabalho em altura que irá executar, podendo ser através de
procedimento específico tais como (montagem/desmontagem de andaimes, PTA/PEMT, postes, telhados, limpeza de caixa
d´água etc.). Para empregados próprios estes treinamentos podem ser evidenciados através do VES. Para contratadas as
empresas devem evidenciar as devidas capacitações.

13 REQUISITOS PARA REMOÇÃO DE PISO, GRADES, GUARDA-CORPOS, ALÇAPÕES E DEMAIS


ELEMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA CONTRA QUEDA:

Durante a etapa de planejamento, antes de se realizar uma remoção destes elementos de forma a oferecer risco de queda
em altura, deve-se analisar outras formas mais seguras de executar a atividade sem realizar tal remoção. Caso se confirme
a necessidade de remoção, deve-se seguir os requisitos abaixo:

a) A remoção com risco de queda deve ser prevista no planejamento e aprovada pelo dono da área através da
emissão de uma Permissão de Trabalho Segura (PTS) e conter uma Análise de Risco para a Atividade (ART).
b) Antes do início da atividade, o local da abertura deve estar adequadamente isolado com barreira física, rígida e
fixa para evitar acesso não-autorizado e ser claramente sinalizado informando os riscos do local.
c) Todo trabalhador exposto ao risco da abertura deve estar ancorado em um sistema de proteção contra quedas,
conforme item 1.7.4. (Requisitos para sistema de ancoragem).
d) A remoção deve ser realizada por pessoas capacitadas e autorizadas em trabalho em altura (RAC 01 e normas
locais) e procedimentos aplicáveis.
e) A abertura oriunda da remoção de piso, guarda-corpo ou tampa de um alçapão deve estar completamente isolada
com barreira física, rígida e fixa para evitar acesso não-autorizado e ser claramente sinalizada informando os
riscos do local.
f) Ao término da atividade, a abertura deve ser imediatamente fechada e o local deve ser regularizado com a
certificação de que a instalação está em condições seguras para uso.
g) Alçapões devem ser inventariados e seu uso controlado através de cadeados.
h) Elementos de proteção coletiva contra quedas devem ser periodicamente inspecionados levando em consideração,
no mínimo, os requisitos do PGS- 004728 - Grades de Pisos, Guarda Corpo, Aberturas e Alçapões.
Os empregados envolvidos nas remoções de grades de piso deverão ser treinados no PGS- 004728 - Grades de Pisos,
Guarda Corpo, Aberturas e Alçapões.

14.0 ENLONAMENTO CARGA E DESCARGA EM CAMINHÕES

Os trabalhos de enlonamento carga e descarga de caminhões que ofereçam risco de queda da carroceria só podem realizados
em locais adequados e preparados para este fim, que disponham de sistemas de prevenção contra quedas ou eliminação do risco
podendo ser:

a) Adoção de medidas que eliminem a exposição ao risco de queda;


b) Guarda corpo nas estruturas das carrocerias;

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c) Sistemas de retenção de quedas.

Figura 10- Dispositivo de ancoragem

15.0 TRABALHOS SOBRE TELHADOS

Todos os serviços de construção, manutenção, ampliação e reforma em telhados, marquises e coberturas devem ser
precedidos de um planejamento que contemple a elaboração de ordens de serviço contendo os procedimentos a serem
adotados, seguindo prioritariamente a hierarquia de controle de risco previstas neste documento.

Montagens de telhados devem ser planejadas para que partes do mesmo sejam preferencialmente realizadas ao nível do
solo, por forma de atender a hierarquia de controle de riscos prevista neste documento e minimizar os riscos da exposição
a trabalhos em altura.

Antes de se iniciarem quaisquer trabalhos em telhados, deve ser efetuada uma avaliação dos riscos e aplicação do Anexo
13- Trabalho Sobre Telhado, devendo ser disponibilizados os equipamentos de trabalho necessários e implementados as
medidas e métodos de trabalho adequados. Todos os trabalhos em telhados, incluindo os de curta duração (aqueles que
demoram minutos e não horas), requerem um planejamento cuidadoso de modo a minimizar os riscos para os
trabalhadores.

Os trabalhadores devem dispor de orientações claras e de informação suficiente (procedimento de trabalho específico) para
execução de trabalhos em telhados.

Os trabalhos em telhados devem ser dotados de passarelas do tipo encaixe e duralumínio antiderrapante não sendo
permitido o uso de pranchões de madeira.

Os sistemas Individuais de prevenção contra quedas tipo SPIQ instalado em telhados devem garantir que o trabalhador
permaneça conectado desde o momento em que sai do solo.

Observância da Zona livre de queda abaixo do telhado para estabelecimento do SPIQ Sistema de proteção individual
contra quedas.

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É proibido o trabalho em telhados e coberturas no caso de ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies escorregadias
e em situações de alerta de intempéries vermelho.

É proibido o trabalho em telhados e coberturas sobre fornos ou qualquer outro equipamento que haja emanação de gases
provenientes de processos industriais, devendo o equipamento ser previamente desligado, para a realização desses
serviços.

Toda atividade em telhados deve ser precedida de análise de risco que contemple o isolamento da área de influência de
queda de material.

É proibido qualquer tipo de carga concentrada sobre as telhas, visto que é o motivo principal de graves acidentes.

Na necessidade de chegar ao beiral de um telhado deve ser implementado concomitante com um sistema de retenção de
quedas, um sistema de restrição de movimento.

Em situações de telhados inclinados deve-se fazer uma análise de risco criteriosa conforme tabela 03 (guia para definição e
aplicação do método de acesso por cordas) deste documento para aplicação ou não do método de acesso por cordas.

16.0 PRINCÍPIOS DA REDUÇÃO DO IMPACTO E DOS FATORES DE QUEDA

A seleção dos elementos de ligação a serem utilizados em uma determinada atividade é de responsabilidade de uma equipe
multidisciplinar composta por um profissional habilitado em segurança do trabalho e engenharia e deve levar em
consideração a análise de risco do trabalho, passando pela observação dos princípios da redução de impacto e dos fatores
de queda de forma a garantir sua eficiência principalmente em cenários de baixas alturas. Para cenários de baixas alturas
onde a adoção de talabartes não seja eficiente para impedir que o trabalhador colida com as contraestruturas imediatamente
inferiores devem ser observados a adoção de medidas relacionadas a hierarquia de riscos, princípios de redução de impacto
e fatores de queda tais como:

a. Eliminação de trabalho em altura sempre que possível;


b. Adoção de medidas de proteção coletiva: (plataformas de trabalho, passarelas e guarda corpos);
c. Análise da Zona livre de queda;
d. Elevação do sistema de ancoragem tais como: (linhas de vida flexíveis, rígidas e olhais de ancoragem) e;
e. Utilização de sistemas baseados em trava quedas retráteis e deslizantes inclusive os de uso pessoal.

17.0 REQUISITOS PARA CAPACITAÇÃO/AUTORIZAÇÃO

As ações de saúde e capacitação para pessoas que executam trabalho em altura e envolvidos em sua gestão, devem seguir as
premissas do PNR-000069 - Requisitos de Atividades Críticas – RAC, diretriz de capacitação da VALER, Norma

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Regulamentadora NR 18- Segurança e saúde no trabalho na indústria da construção e NR 35- Trabalho em Altura, plano para
capacitação de trabalho em altura, conforme Anexo 12- Plano para capacitação.

Considera-se trabalhador autorizado para trabalho em altura


aquele capacitado, cujo estado de saúde foi avaliado, tendo sido considerado apto
para executar essa atividade e que possua anuência formal da empresa – NR 35.

17.0 PAPEIS E RESPONSABILIDADES

17.1 GERENTES, SUPERVISORES E GESTOR DE CONTRATOS

• Estabelecer uma governança para gestão de trabalho em altura que passe pelo planejamento, capacitação, estabelecimento
de sistemas de proteção contra quedas fixos e móveis e gestão de documentações pertinentes.
• Garantir a existência de profissionais especializados em trabalho em altura para que possam suportar as áreas na
implementação da norma regulamentadora NR 35 e RAC 01.
• Garantir que os empregados envolvidos (próprios e contratadas) conheçam e cumpram as diretrizes estabelecidas neste
documento.
• Garantir que os treinamentos necessários as equipes de execução de trabalhos em altura sejam realizadas.
• Prover recursos necessários para aplicação das diretrizes deste documento.
• Comunicar à Segurança do Trabalho, qualquer melhoria relativa a este documento.
• Manter inventariado e controlada todas as atividades que exponha trabalhadores a risco de queda.
• Manter a integridade dos sistemas de proteção contra quedas de sua responsabilidade/base de ativos.
• Assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

17.2 GERÊNCIA DE SEGURANÇA OCUPACIONAL

• Gerenciar a aplicação deste procedimento;


• Garantir a existência de profissionais especializados em trabalhão em altura para que possam suportar as áreas na
implementação da norma regulamentadora NR 35 e RAC 01.
• Manter a atualização deste documento.
• Engenheiros e Técnicos de Segurança do Trabalho responsabilizar que treinamento inicial da NR 35 seja ministrado por
instrutores com comprovada proficiência no assunto.
• Auditar a organização e o arquivamento da documentação prevista nesta Norma.

17.3 INSPETOR DE ANDAIMES

• O inspetor de andaime, tem como atribuição verificar e garantir a execução de montagem de andaimes de acordo com as
premissas dos respectivos projetos, incluindo a verificação de modificações de montagem, devidamente documentadas
pelos provedores do serviço de montagem, baseados em critérios técnicos estabelecidos pela empresa de montagem
especializada.

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• A anuência como inspetor de andaime deve constar nos crachás de autorização

18.0 ANEXOS

Anexo 01 – Nota Técnica 001.2022_Adequanção de Guarda Corpos

Anexo 02 – Liberação e Pré- uso andaimes

Anexo 03 – Modelo de Sinalização para Andaimes

Anexo 04 – Escadas Portáteis e Plataforma

Anexo 05 – Guia para Elaboração da Análise de Risco

Anexo 06 – Lista de Gestão documentação da NR 35

Anexo 07 – Checklist de Inspeção inicial e periódica de equipamentos para trabalho em altura

Anexo 08 – Checklist de Inspeção pré-uso de equipamentos para trabalho em altura

Anexo 09 – Checklist de Pré Operação PEMT - Plataforma Elevatória Móvel de Trabalho

Anexo 10 – Registro de Ambientação e Familiarização nos Modelos de PEMT

Anexo 11 – Modelo de Carteirinha para operador de PEMT

Anexo 12 – Plano para capacitação de trabalho em altura

Anexo 13 – Check list Pré Uso - Trabalhos em Telhado

19.0 HISTÓRICO DE REVISÃO

RE ANALISE CRITICA
DATA ELABORAÇÃO DESCRIÇÃO
V.
01 29/03/2023 Alcemir Alves – Alteração no anexo

Pelotização e Manganês 12 Plano para

Ana Carla Grassi – capacitação de

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Procedimento de Ferrosos para Trabalho em Altura

PRO-040866, Rev.: 01- 29/03/2023 - Classificação: Uso Interno

RE ANALISE CRITICA
DATA ELABORAÇÃO DESCRIÇÃO
V.
Pelotização e Manganês trabalho em altura

Anderson Santos Lomasso – Ferrosos


José de Arimateia Ferreira - Corredor Inclusão anexo 14 -
Norte Francisco Fechine Tabela de prazos
Mauro Roberto Saisse - Corredor Sul Nonato Soares para atendimento
Raniery Juliano Silva – Arimateia Ferreira aos requisitos
Corredor Sudeste Fabiola Santos
Valdirene Rodrigues – Sandro Rossi
Corredor Sudeste
Olemar Tibaes
Wellington Do Espírito Santo -
Anderson Lomasso
Corredor Norte
Marcio Rezende
Humberto Correa -
Marcelo Moimaz
GER SSMA OBRAS
Nilton Santos -
GER SSMA OBRAS

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