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SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO

NR 16 – Periculosidade – Parte Geral II


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NR 16 – PERICULOSIDADE – PARTE GERAL II


No bloco anterior foi iniciada a abordagem a respeito da Norma Regulamentadora n.
16, no que tange ao adicional de periculosidade igual a 30% sobre o salário.

CLT. Art. 193. § 1º. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empre-


gado um adicional de 30% (TRINTA POR CENTO) SOBRE O SALÁRIO sem os acrésci-
mos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa.

O adicional de 30% não compreende os acréscimos.

Para melhor visualização, observe o esquema apresentado pelo professor Flávio de


Oliveira Nunes.

Obs.: A portaria que define a atividade com motocicleta está nula.

Por outro lado, lembre-se de que na NR 15 foi possível discutir acerca do sujeito que
está exposto a duas situações insalubres. Nessa perspectiva, o trabalhador vai receber o
maior adicional proposto dentre as situações de insalubridade de seu serviço.
Exemplo: suponha um indivíduo que trabalhe submetido a ruídos (adicional de 20%) e
colete lixo urbano (adicional de 40%), ele receberá o adicional de 40%, automaticamente.

§ 2º O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe


seja devido.

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Observe que o dispositivo anterior possibilita a escolha do trabalhador. Entretanto, só


há uma possibilidade em que ele poderá escolher: quando ele ganhar um salário mínimo
e a condição de insalubridade é a condição de grau máximo. Já quando a exposição é de
duas condições insalubres, a norma define que ele receberá o de maior valor.

§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza


eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo.
5m

Portanto, esse dispositivo foi uma espécie de exigência das empresas de vigilância
para que o trabalhador não cobrasse o adicional de periculosidade.

Art. 195. A caracterização e a classificação da insalubridade e da PERICULOSIDA-


DE, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a
cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério
do Trabalho. (ATUALMENTE REGISTRA-SE NO RESPECTIVO CONSELHO DE CLASSE –
CREA OU CRM)

É importante ressaltar que o dispositivo supracitado determina a classificação


apenas da insalubridade, já que a periculosidade se classifica pelo próprio grau de insa-
lubridade: grau mínimo, grau médio e grau máximo.

CLT. Art. 194. O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de PERICU-


LOSIDADE cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos
termos desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.

Não existe cessar periculosidade com neutralização, visto que ele se refere tão
somente à insalubridade. Em suma, cessa a PERICULOSIDADE com a eliminação da con-
dição de risco, e não apenas com a sua NEUTRALIZAÇÃO. Diferente da insalubridade.

CLT. Art. 191. A ELIMINAÇÃO ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:


I – com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos
limites de tolerância;
II – com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que
diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Ademais, sabe-se que a caracterização da periculosidade ou insalubridade é reali-


zada pela perícia por parte do profissional. Com relação à descaracterização, a NR 16
define que:

16.3 É responsabilidade do empregador a caracterização ou a descaracterização da


periculosidade, mediante laudo técnico elaborado por Médico do Trabalho ou Enge-
nheiro de Segurança do Trabalho, nos termos do artigo 195 da CLT.
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Em suma, para deixar de pagar o adicional é necessária a descaracterização feita por


meio de perícia, igualmente na caracterização.
Esquema resumo art. 193 a 195:

Ademais, a respeito do risco acentuado, ele está expressamente previsto na regula-


mentação NR 16, de acordo com cada anexo.
Anexo I: Explosivos;
15m

• Anexo II: Inflamáveis;


• Anexo III: Roubo e outras espécies de violência física;
• Anexo IV: Energia elétrica;
• Anexo V: Atividade em motocicleta;
• Anexo (*): Radiação Ionizante.

Já a respeito da exposição permanente, lembre-se de que ela está prevista na Súmula


Vinculante 364, do TST.

Obs.: �Lembre-se de que a atividade em motocicleta está nula.

A partir de agora serão discutidos os anexos supracitados a respeito do risco acen-


tuado, previsto na NR 16.

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NR 16: Atividades e Operações Perigosas Anexos

Anexo 1 – Explosivos

Explosivos são substâncias capazes de, rapidamente, transformar-se em gases, pro-


duzindo calor intenso e pressões elevadas. Exemplos: dinamite, nitroglicerina, nitrocelu-
lose, espoletas e pólvora negra.

16.5 Para os fins desta Norma Regulamentadora - NR são consideradas atividades


ou operações perigosas as executadas com explosivos sujeitos a:
a) degradação química ou autocatalítica;
b) ação de agentes exteriores, tais como, calor, umidade, faíscas, fogo, fenômenos
sísmicos, choque e atritos.

Nessa perspectiva, é importante compreender que nem todo mundo que trabalha
com explosivos tem direito de se enquadrar no anexo I. Isso, porque o próprio dispositivo
diferencia algumas situações. Observe o quadro a seguir:
São consideradas atividades ou operações perigosas com explosivos:

Portanto, compreende-se que há trabalhadores que têm direito ao adicional por


estar em contato direto, e outros trabalhadores que têm direito ao adicional, embora
não estejam na área de risco, mas correm o risco iminente de sofrer o acidente, con-
forme definido pelo gráfico.
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Anexos - NR 16 Anexo 2 – Inflamáveis

NR 20 20.3 Definições

20.3.1 Líquidos inflamáveis: são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60ºC (ses-
senta graus Celsius).
20.3.2 Gases inflamáveis: gases que inflamam com o ar a 20ºC (vinte graus Celsius)
e a uma pressão padrão de 101,3 kPa (cento e um vírgula três quilopascal).
16.6 As operações de transporte de inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos, em
quaisquer vasilhames e a granel, são consideradas em condições de periculosidade,
EXCLUSÃO para o transporte em pequenas quantidades, até o limite de 200 (du-
zentos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para
os inflamáveis gasosos liquefeitos.

Em via de regra, no transporte de líquidos ou gases inflamáveis, os trabalhadores


envolvidos nesse processo têm direito ao adicional de periculosidade. Nessa perspec-
tiva, a exceção se enquadra apenas ao transporte de pequenas quantidades200 (duzen-
tos) litros para os inflamáveis líquidos e 135 (cento e trinta e cinco) quilos para os infla-
máveis gasosos liquefeitos.
25m

16.6.1 As quantidades de inflamáveis, contidas nos tanques de consumo próprio


dos veículos, não serão consideradas para efeito desta Norma.
16.7 Para efeito desta Norma Regulamentadora considera-se líquido combustível
todo aquele que possua ponto de fulgor maior que 60ºC (sessenta graus Celsius) e
inferior ou igual a 93ºC (noventa e três graus Celsius).

É importante que o aluno tenha conhecimento a respeito do ponto de fulgor. Observe


o gráfico a seguir que relaciona o ponto de fulgor com a pressão de vapor.

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Obs.: �Quanto mais baixo o ponto de fulgor, mais facilmente o material se inflama.

São consideradas atividades ou operações perigosas para os trabalhadores que as


exercem, bem como para aqueles que permaneçam na área de risco:

Atividades

a. na produção, transporte, processamento e armazenamento de gás liquefeito.

Adicional de 30%: Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na


área de risco.

b. no transporte e armazenagem de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos e de


vasilhames vazios não desgaseificados ou decantados.

Adicional de 30%: Todos os trabalhadores da área de operação.

c. nos postos de reabastecimento de aeronaves.

Adicional de 30%: Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na


área de risco.

d. nos locais de carregamento de navios-tanques, vagões tanques e caminhões-tan-


ques e enchimento de vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos.

Adicional de 30%: Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na


área de risco.

e. nos locais de descarga de navios-tanques, vagões tanques e caminhões-tanques


com inflamáveis líquidos ou gasosos liquefeitos ou de vasilhames vazios não des-
gaseificados ou decantados.

Adicional de 30%:Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na


área de risco.

f. nos serviços de operações e manutenção de navios tanque, vagões-tanques, ca-


minhões-tanques, bombas e vasilhames, com inflamáveis líquidos ou gasosos li-
quefeitos, ou vazios não desgaseificados ou decantados.

Adicional de 30%: Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na


área de risco.

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g. nas operações de desgaseificação, decantação e reparos de vasilhames não des-


gaseificados ou decantados.

Adicional de 30%: Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na


área de risco.

h. nas operações de testes de aparelhos de consumo do gás e seus equipamentos.

Adicional de 30%: Todos os trabalhadores nessas atividades ou que operam na


área de risco.

i. no transporte de inflamáveis líquidos e gasosos liquefeitos em caminhão-tanque.

Adicional de 30%: motorista e ajudantes.

j. no transporte de vasilhames (em caminhão de carga), contendo inflamável líqui-


do, em quantidade total igual ou superior a 200 litros, quando não observado o
disposto nos subitens 4.1 e 4.2 deste Anexo.

Adicional de 30%: motorista e ajudantes

l. no transporte de vasilhames (em carreta ou caminhão de carga), contendo infla-


mável gasoso e líquido, em quantidade total igual ou superior a 135 quilos.

Adicional de 30%: motorista e ajudantes.

m. na operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamá-


veis líquidos.

Adicional de 30%: operador de bomba e trabalhadores que operam na área de risco.


30m

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Flávio de Oliveira Nunes.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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