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V25-22/08/2018
SINOPSE GERAL DO CURSO
BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMA – CBSP
(Basic Safety Training for Platforms – BST-P)
ATESTADO DE CONFORMIDADE
A LIGHTHOUSE-SMS atesta que o presente curso foi elaborado em conformidade ao disposto
nas Normas da Autoridade Marítima para Credenciamento de Instituições para
Ministrar Cursos para Profissionais Não-Tripulantes e Tripulantes Não-Aquaviários
(NORMAM-24), aprovadas pelo Diretor de Portos e Costas.
Propósito
Qualificar o aluno, não-aquaviário, para tarefas a bordo de unidades offshore, dando-lhe
conhecimentos básicos sobre medidas de segurança a bordo, de acordo com as recomendações
contidas nos itens 5.3; 5.4 e 5.5 e Tabelas 5.5.1 e 5.5.6 da Resolução A.1079(28), de
04/12/2013, da Organização Marítima Internacional, em complemento ao que é exigido pela
Convenção STCW-1978, como emendado e pelo Código STCW_1978, e suas emendas.
Público Alvo
Tripulantes Não-Aquaviários de Unidades Offshore Móveis (UOM) e Profissionais Não-Tripulantes
que, sem exercer atribuições diretamente ligadas à sua operação, prestem serviços eventuais a
bordo, que impliquem na necessidade de permanecer, pelo menos, 72 horas embarcado.
Estruturação do Curso
Este currículo contém os conhecimentos mínimos necessários para a certificação do
aluno.
As turmas serão compostas por até trinta (30) alunos.
O curso é composto por cinco (5) módulos, conforme abaixo especificado:
Módulo 1 - Segurança Pessoal e Responsabilidade Social (8 horas-aula)
Responsabilidade Social e Relações Humanas a Bordo
Segurança no Trabalho a Bordo
Prevenção da Poluição e Fiscalização
Módulo 2 - Primeiros Socorros Elementar (6 horas-aula)
Introdução aos Primeiros Socorros
Corpo Humano
Procedimentos de Primeiros Socorros
Módulo 3 - Prevenção e Combate a Incêndio (10 horas-aula)
Prevenção de Incêndio
Combate a Incêndio
Organização de Combate a Incêndio
Exercícios Práticos
Módulo 4 - Técnicas de Sobrevivência Pessoal e Procedimentos de Emergência
(09 horas-aula)
Situações e Procedimentos de Emergência
Orientação sobre Segurança a Bordo
Técnicas de Sobrevivência no Mar
Exercícios Práticos de Salvatagem e Sobrevivência
Módulo 5 – Conscientização de Proteção (03 horas-aula)
Conscientização de proteção
Ameaças à proteção
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
O curso será composto de aulas teóricas e participações práticas.
Os exercícios práticos serão realizados sob a supervisão de instrutores e monitores
treinados, visando à garantia da segurança dos alunos, que utilizarão, sempre que
necessário Equipamentos de Proteção Individual (EPI) fornecidos pela Escola.
Todos os acessórios didáticos necessários para a realização das aulas teóricas e dos
exercícios práticos serão fornecidos pela Escola.
Serão ministrados diariamente oito (8) tempos de aula, com duração de 50 minutos
cada, seguidos de um intervalo de 10 (dez) minutos entre eles, sendo quatro (4) pela
manhã e quatro (4) à tarde, com intervalo para almoço.
As aulas iniciar-se-ão diariamente às 08:00 horas, encerrando-se às 17:00 horas.
Metodologia Didática
O curso será ministrado com o apoio de slides, vídeos e aulas expositivas, com base em
apostila fornecida pela Escola, relatos das experiências dos alunos e do instrutor, além de
bibliografia recomendada. Serão utilizadas também dinâmicas e trabalhos em grupo, a serem
apresentados à turma para reflexão e discussão. Serão realizados ainda exercícios práticos,
com a utilização de simuladores, quando aplicável, para fixação do aprendizado.
Frequência e Avaliação do Aprendizado
A frequência às aulas e às atividades práticas é obrigatória, devendo o aluno ter um
índice total de presença mínimo de 90% (noventa por cento).
Para efeito de controle de frequência, será considerada falta, o não comparecimento à
atividade programada, o atraso superior a dez (10) minutos em relação ao seu início
ou a saída não autorizada durante o seu desenvolvimento.
Ao final do curso, os alunos que tiverem obtido o índice mínimo de frequência
especificado na alínea a acima e conceito satisfatório em todos os exercícios práticos,
serão submetidos a uma avaliação teórica, sob a forma de prova escrita, versando
sobre o todo o conteúdo ministrado no curso. Na prova escrita será utilizada uma
escala de 0 (zero) a 10 (dez).
Por ocasião a aplicação da prova escrita, o instrutor, inicialmente, fará a leitura integral
das questões, durante cerca de dez (10) minutos. Após isso, dará início à contagem do
tempo efetivo para a realização da prova, que será de 100 (cem) minutos, sem
intervalo.
Os exercícios práticos serão avaliados pelos instrutores, que atribuirão conceitos
satisfatório ou insatisfatório a cada aluno, conforme seu desempenho na atividade.
Será considerado aprovado o aluno que obtiver aproveitamento satisfatório na
execução dos exercícios práticos, frequência igual ou superior a 90% em todas as
atividades e rendimento igual ou superior a 60% na prova teórica.
O aluno aprovado fará jus a um Certificado, emitido pela LIGHTHOUSE-SMS e
registrado e assinado pela Autoridade Marítima, conforme previsto em Norma
específica da Diretoria de Portos e Costas.
Requisitos para Inscrição
Apresentar original ou cópia autenticada de documentação que comprove:
- ter mais de dezoito (18) anos, no dia da matrícula;
- ter concluído o ensino fundamental; e
- possuir boas condições de saúde física e mental.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Manual do Curso Básico de Segurança de
Plataforma (CBSP)
Elaborada por: Vivaldo Bitencourt
Atualizada em 22/03/2018 de acordo com a NORMAM-24/3ªREV-Mod3-2017
Revisada por: Douglas Coutinho, Henrique de Jesus, Edieni, Elaine e Elcio Leite, Felipe, Amanda e
Cristiane.
ÍNDICE
Módulo 1 ......................................................................................................................... 14
Disciplina: Segurança Pessoal e Responsabilidade Social .................................... 14
1. Unidade de Ensino: Responsabilidade Social e Relações Humanas a Bordo ..................... 14
1.1 Elementos Básicos da Comunicação ........................................................................ 14
1.2 As barreiras de comunicação e as falhas de mensagem ............................................ 15
1.3 A importância de manter um bom relacionamento em ambientes offshore ................. 16
1.4 Boas práticas de liderança no âmbito de equipes de trabalho .................................... 17
1.5 A necessidade de coesão do grupo para atingir as metas de trabalho ........................ 17
1.6 As responsabilidades sociais e trabalhistas do empregado e do empregador ............... 18
1.7 Os reflexos do uso de bebidas e drogas .................................................................. 19
1.8 O estresse e as divergências interpessoais............................................................... 21
1.9 A diferença natural entre os indivíduos e a necessidade de ser tolerante .................... 22
2 Unidade de Ensino: Segurança no Trabalho a Bordo ................................................. 23
2.1 Os propósitos da NR-30 sobre a segurança e a saúde no trabalho ............................. 23
2.2 Segurança e bem-estar de todos ............................................................................ 23
2.3 Conceito de acidente, quase acidente e incidente do trabalho. .................................. 24
2.4 Principais causas de acidentes do trabalho e o papel da CIPA.................................... 25
2.5 Conceitos e fatores de risco que influenciam nas atitudes e respostas........................ 25
2.6 Perigo e Risco ....................................................................................................... 26
2.7 Risco, Frequência e Consequência .......................................................................... 26
2.8 Atos inseguros e condições inseguras que podem ocorrer a bordo ............................. 27
2.9 Importância do uso do EPI e do cumprimento das normas de segurança ................... 29
2.10 Identificar a localização e a necessidade da utilização de máscaras de fuga, chuveiro
lava olhos e chuveiro de segurança previstos pela NR-34 ................................................. 31
2.11 Efeitos e precauções em relação à presença de gases tóxicos e asfixiantes ................ 32
2.12 Perigos e precauções de trabalhos em espaços confinados ....................................... 33
2.13 Importância preventiva da disciplina operacional ...................................................... 34
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
3. Unidade de Ensino: Prevenção da Poluição e Fiscalização ............................................. 34
3.1 Efeitos da poluição no meio ambiente marinho ........................................................ 36
3.2 Propósito da Lei nº 9.985 e Lei nº 9.966 (Fiscalização e multas). .............................. 36
3.3 Principais fontes poluidoras .................................................................................... 39
3.4 Procedimentos básicos para prevenção da poluição no meio ambiente ....................... 42
3.5 Águas jurisdicionais brasileiras (AJB) e a competência da Autoridade Marítima ........... 44
3.6 A organização distrital da Marinha do Brasil ............................................................. 49
3.7 Tarefas de fiscalização: “port state” e “flag state” .................................................... 50
3.8 Passageiro clandestino e terrorismo ........................................................................ 53
3.9 Pirataria no mar e atos ilícitos como assalto ou roubo ............................................... 54
Módulo 2 ......................................................................................................................... 55
Disciplina: Primeiros Socorros Elementares.......................................................... 55
1- Unidade de Ensino: Introdução aos Primeiros Socorros ............................................. 55
1.1 Regras Básicas para Situações de Emergência de Saúde ........................................... 55
1.2 Como Acionar o Alarme ou Comunicar uma Situação de Emergência.......................... 56
1.3 Técnicas de Resgate e Transporte de Pessoa Ferida ................................................... 57
1.4 Meios Disponíveis de Assistência Médica na UOM e nas Proximidades ........................ 57
1.5 Reconhecer a Importância da Higiene e da Saúde Pessoal a Bordo ............................ 58
2. Unidade de Ensino: Corpo Humano ............................................................................. 61
2.1 Estruturas Óssea e Muscular ..................................................................................... 61
2.2 Principais Órgãos e Suas Funções ........................................................................... 62
2.3 Principais Sistemas: Circulatório, Respiratório, Digestivo e Urinário. ............................. 64
3. Procedimentos de Primeiros Socorros ...................................................................... 68
3.1 Necessidade de RCP e as primeiras medidas de socorro............................................ 68
3.2 Reconhecer os sinais de choque: Pulso, Batidas e Cor Facial. Aplicar Medidas para
contornar o Estado de Choque. ...................................................................................... 75
3.3 Procedimentos para Conter Hemorragia .................................................................. 76
3.4 Primeiros Socorros Apropriados para Queimaduras e Escaldaduras ............................ 78
3.5 Procedimentos de Emergência para cada tipo de Traumatismo .................................. 81
3.6 Uso de Bandagens, Curativos e Imobilização. .......................................................... 85
3.7 Procedimentos para Içamento ou Arreamento de uma pessoa acidentada para
transporte por embarcação ou helicóptero ...................................................................... 90
Módulo 3 ......................................................................................................................... 94
Disciplina: Prevenção e Combate a Incêndio ........................................................ 94
1. Unidade de Ensino: Prevenção de Incêndio ............................................................. 94
1.1. Combustão e materiais inflamáveis a bordo: o triângulo do fogo ............................... 94
1.2. Fenômenos da combustão e a classificação dos incêndios ......................................... 98
1.3. Princípios da prevenção de incêndio a bordo .......................................................... 100
1.4. Causas de propagação do incêndio ....................................................................... 101
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
1.5. Métodos preventivos............................................................................................ 102
1.6. Vigilância e sistema de patrulha ............................................................................ 104
1.7. Sistemas de detecção de fogo e fumaça e o alarme automático a bordo .................. 104
1.8. Ações ao ser detectado fumaça ou fogo ................................................................ 105
1.9. Procedimentos segundo a NR 34 .......................................................................... 105
2. Unidade de Ensino: Combate a Incêndio ............................................................... 109
2.1. Classes de incêndio e a simbologia padrão associada ............................................. 109
2.2. Métodos de combate de incêndio .......................................................................... 110
2.3. Agentes extintores............................................................................................... 112
2.4. Tipos de extintores portáteis ................................................................................ 112
3. Unidade de Ensino: Organização de Combate a Incêndio ........................................ 116
3.1. Organização de combate a incêndio a bordo .......................................................... 116
3.2. Sistemas fixos de combate ................................................................................... 117
3.3. Ações da EMCIA e da Brigada de Incêndio em relação ao controle de avarias em caso de
queda (crash) de aeronave no helideque da plataforma. ................................................ 122
Módulo 4 ....................................................................................................................... 127
IV. Disciplina: Técnicas de Sobrevivência Pessoal e Procedimentos de Emergência
127
1. Unidade de Ensino: Situações e Procedimentos de Emergência ............................... 127
1.1 Tipos de Emergências que Podem Ocorrer ............................................................. 127
1.2 Sinais de alarmes. ............................................................................................... 128
1.3 Tabela Mestra ..................................................................................................... 129
1.4 Emprego de equipamentos ................................................................................... 136
1.5 Sistemas de comunicações interiores de bordo ...................................................... 141
1.6 A importância de seguir as ordens e instruções da cadeia de comando. ................... 143
1.7 Procedimentos em operações combinadas ............................................................. 144
2 Unidade de Ensino: Orientação Sobre Segurança a Bordo .................................... 146
2.1 Principais compartimentos e equipamentos de uma plataforma ............................... 146
2.2 Estrutura funcional e hierárquica .......................................................................... 148
2.3 Elementos de estabilidade e estanqueidade ........................................................... 149
2.4 Modos de Evacuações Possíveis e Meios de Evacuação/Abandono ........................... 152
2.5 Procedimentos Básicos para Evacuação/Abandono da unidade para cada tipo de meio
155
2.6 Procedimentos para embarque e desembarque em helicópteros .............................. 157
3 Unidade de Ensino: Técnicas de Salvatagem e Sobrevivência no Mar ....................... 159
3.1 Equipamentos para Salvatagem e Sobrevivência .................................................... 159
3.2 Tipos de embarcações utilizadas em abandono e sobrevivência ............................... 162
3.3 Pontos de reunião e estações de abandono ........................................................... 176
3.4 Procedimentos dentro d’água ............................................................................... 176
3.5 Necessidade de Autocontrole e os Cuidados para a Sobrevivência ........................... 177
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
3.6 Meios de alerta e sinalização ................................................................................ 182
Módulo 5 ....................................................................................................................... 186
Disciplina: Conscientização de Proteção ............................................................. 186
1- Unidade de Ensino: Conscientização de Proteção ....................................................... 186
1.1 A importância da conscientização por todos ........................................................... 186
1.2 Como informar um incidente de proteção, incluindo pirataria e roubo armado? ......... 187
1.3 Definições, termos e elementos relativos à proteção marítima ................................. 189
1.4 Legislação de proteção marítima ........................................................................... 192
1.5 Níveis de proteção marítima ................................................................................. 194
1.6 Plano de proteção e contingência ......................................................................... 197
1.7 Responsabilidades: .............................................................................................. 197
2. Unidade de Ensino: Ameaças à Proteção ........................................................... 200
2.1 Atuais ameaças e Técnicas para Contornar as Medidas de Proteção ......................... 200
2.2 Possíveis ameaças materiais à proteção da plataforma como armas, bombas,
substâncias e dispositivos perigosos. ............................................................................ 201
2.3 Como reconhecer pessoas que apresentam potencial ameaça?................................ 201
2.4 Procedimentos a seguir quando reconhecer uma ameaça à proteção ....................... 203
2.5 Informações e comunicações relativas à proteção .................................................. 205
2.6 Instrução e exercícios periódicos de adestramento. ................................................ 206
Glossário: ................................................................................................................. 207
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Módulo 1
Disciplina: Segurança Pessoal e Responsabilidade
Social
Sigla: SPR/P
Comunicação
“Comunicação é compartilhar elementos de comportamento ou modos de vida, pela
existência de um conjunto de regras” (Collin Cherry).
Ao questionarmos o que é na realidade a Comunicação, poderíamos obter centenas de
respostas; umas mais completas, outras mais complexas, mas as dúvidas sobre o
conceito de Comunicação, decerto não seriam resolvidas.
Hoje em dia, todos se comunicam, ou melhor, todos discutem sobre comunicação,
como uma palavra vulgar e perfeitamente incorporada ao vocabulário quotidiano. Mas,
afinal o que significa a expressão “Comunicação”?
A Comunicação, na verdade, reveste-se de múltiplas formas, através das quais o ser
humano transmite e recebem ideias, impressões e imagens de todo o tipo, utilizando
símbolos, que, muitas vezes, não podem ser expressos em palavras. A comunicação
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
encontra-se presente em todos os momentos e em todos os atos quotidianos do ser
humano.
Tipos de comunicação
As pessoas se comunicam de diversas formas ou utilizando diversos tipos de
comunicação. A comunicação verbal ou oral é a mais comum e refere-se à emissão de
palavras e sons que usamos para transmitir instruções, sentimentos, conversar,
informar e assim por diante.
A comunicação escrita, a comunicação gestual.
Função da comunicação
O emissor, ao transmitir uma comunicação, sempre tem um objetivo, que pode ser
informar algo, demonstrar seus sentimentos ou persuadir alguém a fazer algo, dentre
outros. Esse objetivo representa a função da comunicação.
Comunicação Interna
Chamamos de Comunicação Interna aos elementos do conjunto de interações,
processos de trocas e relacionamentos dentro de uma empresa ou instituição. É
responsável por fazer circular as informações e o conhecimento de forma vertical ou
seja, da direção para os níveis subordinados e horizontal entre os colaboradores de um
mesmo nível de subordinação.
A Comunicação Interna amplia a visão do colaborador de uma empresa ou do
tripulante de uma plataforma ou navio, dando-lhe um conhecimento sistêmico do
processo.
A Comunicação Interna tem uma função importante, no sentido de fazer circular as
informações novas, promover o debate e a interação entre os vários segmentos da
organização e, sobretudo, capacitar os funcionários para os novos desafios.
Feedback Resposta, reação a alguma coisa = retorno.
Sabe-se que o ambiente de trabalho pode ser um local gerador de tensões e desavenças,
que podem provocar ou agravar disputas e doenças ocupacionais. Em navios ou plataformas
marítimas, isso é ainda mais grave, tendo em vista o confinamento em que a tripulação
habitualmente se encontra, distante de seus entes queridos e convivendo diuturnamente com
pessoas até certo ponto estranhas.
1
Extraído do Livro “Liderança – A Arte de Conduzir ao Sucesso”, de autoria de Archimedes Francisco Delgado.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
das outras equipes e da organização como um todo. É isso que torna o trabalho desse grupo um
verdadeiro TRABALHO EM EQUIPE.
Cada vez mais, o trabalho em equipe é valorizado, tendo em vista que ativa a
criatividade e quase sempre produz melhores resultados do que o trabalho individual. Para
trabalhar em equipe devemos seguir algumas dicas, como:
Não criticar os colegas
Saber dividir
Trabalhar
Ser participativo e solidário
Dialogar
Planejar
Evitar cair no "pensamento de grupo"
Aproveitar o trabalho em equipe
Ser paciente
Aceitar as ideias dos outros
Em um navio ou plataforma marítima, saber trabalhar em equipe e aceitar as diferenças
inerentes aos seres humanos reveste-se da maior importância, considerando que a convivência
entre o grupo que compõe a tripulação é diuturna, durante muitos dias. Além disso, dificilmente
uma pessoa tem conhecimento adequado sobre todos os sistemas de bordo, o que torna todos
interdependentes entre si, enfatizando a necessidade do respeito e da compreensão mútuos.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Liberdade de associação - Protege os direitos dos trabalhadores de unir-se e formar
associações para negociar coletivamente, sem temer represálias.
Discriminação - Nenhuma discriminação a partir de raça, casta, origem, religião, deficiência,
sexo, orientação sexual, sindicalização ou filiação política.
Discriminação sexual
Todos tem o direito de buscar a sua felicidade e o livre arbítrio de escolha de seus parceiros
sexuais. Além disso, rotular uma pessoa como capaz ou incapaz simplesmente pelo sexo,
também é discriminação. Atualmente, a igualdade sexual e de oportunidades tem se tornado
cada vez mais ampla, revelando que a capacidade de um indivíduo não depende de sexo ou
opção sexual.
Discriminação racial ou física
Não importa a cor da pele ou o porte físico de uma pessoa. Todos nós somos iguais e
pertencemos à mesma raça - a Raça Humana.
Discriminação religiosa
Devem-se respeitar sempre as crenças dos demais. A religião é uma herança cultural que é
herdada pelos familiares e a pessoa tem o livre arbítrio para manifestar a sua religiosidade ou
não. Contudo evite “catequisar” seus colegas para a sua opção religiosa, pois você também não
gostaria de ser “convencido” que a outra opção é a correta.
Práticas disciplinares
Proíbe castigo corporal, coerção física ou mental ou ainda abuso verbal dos trabalhadores.
Jornada de trabalho
Estabelece o máximo de 44 horas de trabalho por semana, pelo menos um dia de folga por
semana, o máximo de 12 horas extra por semana com remuneração diferenciada.
Salários
Devem atender os mínimos padrões legais e fornecer renda suficiente para as necessidades
básicas, sobrando pelo menos um pouco.
Gestão
Define procedimentos para a implementação efetiva pela administração, revisão da
conformidade à SA 8000, desde a determinação de pessoas responsáveis até a manutenção de
registros, solução de problemas e a adoção de ações corretivas.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Não é mais novidade para ninguém que a “DEPENDÊNCIA QUÍMICA” (termo
genérico para o uso patológico de álcool e outras drogas), constitui hoje, um dos mais
sérios problemas de ordem BIOPSICOSSOCIAL da humanidade.
Também já é notória que á “DEPENDÊNCIA QUÍMICA” não é apenas uma
particularidade das classes mais baixas da sociedade, atingindo também e com grande
incidência nas classes mais privilegiadas.
Estima-se hoje que 20% ou mais de uma população é portadora da “DEPENDÊNCIA
QUÍMICA e o mais impressionante são os dados revelados pela ORGANIZAÇÃO
MUNIDAL DE SAÚDE:
70 % das pessoas que fazem uso abusivo de bebidas alcoólicas e,
63 % das pessoas que fazem uso de drogas ESTÃO EMPREGADAS.
Tais números apresentados acima justificam as infinidades de problemas que
as empresas vêm enfrentando com seus funcionários que fazem parte de um grupo de
pessoas doentes que necessitam de ajuda na PREVENÇÃO, CONTROLE e
TRATAMENTO da DEPENDÊNCIA QUÍMICA.
Abaixo apontamos alguns fatores bastantes negativos relacionados aos empregados
que fazem uso de bebidas alcoólica e/ou drogas:
Divergências Interpessoais
"A mente que se abre a uma nova ideia, jamais voltará ao seu tamanho original"
(Albert Einstein).
A interação social em qualquer ambiente nasce da nossa aceitação pelo próximo, do
nosso próprio desprendimento e do nosso acolhimento ao próximo.
Relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo; é abrir-se para o novo. Passamos
mais tempo em nosso ambiente de trabalho do que em nosso lar, e ainda assim não
nos damos conta de como é importante estar em um ambiente saudável, e o quanto
isto depende de cada um de nós.
A aceitação começa pela capacidade de escutar o outro, colocar-se no lugar dele e
estar preparado para aceitá-lo, com suas potencialidades e limitações, e a nós
mesmos.
Nenhum ser humano é igual ao seu semelhante. Cada pessoa tem sua própria singularidade
que a distingue como ser humano individual, em face de gosto, antipatia, talento, sexo, cultura,
língua, religião e nacionalidade. Entretanto, as diferenças sempre alimentaram discórdias entre
as pessoas e grupos sociais.
Alias, sob tal perspectiva, urge ressaltar que a humanidade tem presenciado ao longo de
sua história uma sequência de intolerância à diferença. Ser rotulado de “diferente” sempre foi
visto como sinônimo de inferioridade, de indesejável, de separado do grupo. Basta à pessoa ser
considerada diferente para os tidos padrões “normais” para que todos passem a desprezá-la,
considerando-a como um ser de outro mundo.
São quase constantes as reclamações de funcionários que necessitam conviver diariamente
no espaço do trabalho. Aqui estão algumas dicas para melhorar os conflitos do dia-a-dia.
1 - Seja cordial com todos os colegas, mas evite conversas muito pessoais. A vida pessoal
de cada um deve ficar fora do âmbito do trabalho. Quanto mais se sabe sobre a vida pessoal de
alguém, mais intimidade se adquire. Consequentemente, a intromissão em campos não
profissionais.
2 - Escute o que o outro tem a dizer, mas quando for algo que pode gerar um conflito, não
leve para o lado pessoal. Aborde a questão em uma reunião. As coisas devem ser tratadas de
modo profissional. Isto ajuda a se distanciar das discussões entre duas pessoas.
3 - Seja sorridente, amável, não leve seus problemas pessoais para o trabalho, mas caso
não esteja bem consigo mesmo, lembre-se de tratar os outros com educação.
4 - Evite apontar o que o colega deixou de fazer. Ocupe-se com sua tarefa. Cada um é
responsável pela sua atividade e responde pelo que faz.
5 - Caso precise se defender de alguma acusação, seja firme nas palavras, não perca a
paciência, controle a ira e construa argumentos para sua defesa. Caso você tenha cometido o
22
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
erro, diga a verdade e comprometa-se a corrigir a falha. Não é vergonha errar, mas é falta de
ética e de profissionalismo mentir ou jogar a culpa em outras pessoas.
6 - Procure ser cordial com todos, mas se afaste dos colegas escandalosos, que fazem da
raiva, da ira ou do mal humor uma ferramenta para prejudicar as relações humanas no trabalho.
7 - Faça o melhor que puder na sua função, mas ajude algum colega que pedir sua ajuda.
Caso não peça sua ajude, pergunte primeiro se ele deseja ser ajudado. Às vezes queremos
ajudar, mas o outro não deseja ser ajudado.
8 - Veja em cada colega um colaborador. Cada um tem suas dificuldades e suas
potencialidades, mas procure ver o lado bom que cada um apresenta. Se virmos apenas o lado
difícil das pessoas, a convivência fica insuportável.
9 - Evite brincadeiras que podem ofender. Ser alegre não quer dizer que tenha que ser
brincalhão o tempo inteiro, este tipo de pessoa não é agradável e pode deixar os outros pouco à
vontade diante de alguém que brinca demais.
10 - Não seja inconveniente. Se algum colega veio com uma roupa, penteado, bolsa, etc.
que chama a atenção por não ser bonito, evite dar relevância a estas questões. Cada um é livre
para usar aquilo que lhe agrada. Caso seja algo que não condiz com a função, cabe ao chefe
conversar com a pessoa e explicar o inadequado da situação.
“Se cada pessoa olhar mais para seu trabalho, construir a amizade fraterna e resolver
conflitos em reuniões adequadas, a vida no trabalho se torna menos difícil”.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Prejuízos Decorrentes de Acidentes
Quanto ao empregador, as consequências mais visíveis do acidente de trabalho são:
Pagamento salarial aos trabalhadores acidentados durante os quinze primeiros dias
seguintes ao do acidente;
Possíveis danos ou avarias nos equipamentos, máquinas ou ferramentas que
porventura estivessem sendo utilizados pelo trabalhador vitimado;
Paralisação de uma máquina ou equipamento componente da linha de produção,
podendo afetar o processo produtivo como um todo, até que se proceda ao reparo ou
substituição;
Reflexos negativos na boa imagem da empresa, o que dependerá da gravidade do
acidente e do grau de repercussão causado à comunidade.
Por fim, o empregado, certamente a parte mais prejudicada com a ocorrência de
acidentes do trabalho, sofrerá os seguintes danos, que obviamente extrapolam a órbita
essencialmente material ou financeira:
Sofrimento físico, dor, lesão incapacitante, parcial ou total, temporária ou permanente,
ou até a própria morte;
Reflexos psicológicos negativos decorrentes de eventuais sequelas, inclusive podendo
gerar distúrbios familiares, dependendo do grau da incapacidade sofrida; e
Redução de renda, decorrente da substituição de seus salários por benefícios
previdenciários, normalmente de valor inferior ao salário.
OHSAS 18001.
Incidente acontecimento (s) relacionado (s) com o trabalho que, não obstante a
severidade, origina (m) ou poderia (m) ter originado dano para a saúde (3.8).
NOTA 1 Um acidente é um incidente que deu origem a lesões, ferimentos, danos para a
saúde ou fatalidade.
NOTA 2 Um incidente em que não ocorram lesões, ferimentos, danos para a saúde ou
fatalidade (morte) também se pode designar como um "quase acidente" ou “ocorrência
perigosa”.
NOTA 3 Uma situação de emergência.
Pelo conceito prevencionista, por sua vez, o acidente de trabalho é uma ocorrência não
programada, inesperada ou não, que interrompe o processo normal de uma atividade
profissional, ocasionando perda de tempo, lesões ou danos materiais.
Além disso, são também considerados acidentes de trabalho aqueles que ocorrem nas
seguintes situações, dentre outras:
a) Quando O Empregado Estiver Realizando Serviços Fora Do Local De Trabalho, Por
Ordem Da Empresa;
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
b) Quando O Empregado Estiver Realizando Viagem A Serviço Da Empresa;
c) Quando Ocorre No Trajeto Entre A Casa E O Trabalho Ou Vice-Versa; Ou
d) Quando O Empregado Contrai Uma Doença Profissional, Ou Seja, Provocada Pelo
Tipo De Trabalho Que Executa.
Há situações em que o fato indesejado ocorre, mas, por não haver ninguém exposto, não
há vítimas ou danos. Isto é o que se chama de incidente de trabalho ou quase acidente, que é o
termo utilizado para designar “uma situação em que houve um risco e uma exposição simultânea
a ele, mas não houve lesões e perdas materiais”.
25
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
de “Problemas Pessoais”, que podem atuar sobre o indivíduo como agentes provocadores
de acidentes, como por exemplo:
Problemas De Saúde Não Tratados;
Conflitos Familiares;
Falta De Interesse Pela Atividade Que Desempenha;
Dificuldades Financeiras;
Alcoolismo;
Uso De Substâncias Tóxicas;
Desajuste Social;
Desequilíbrio Psíquico.
Agentes Físicos
Alguns agentes físicos são capazes de provocar acidentes e causar doenças
profissionais, sendo os principais dentre eles:
Calor ou Frio – O trabalho em ambientes quentes ou frios pode causar problemas de
desconforto ou fadiga térmica. Os ambientes devem ser analisados quanto à sua ventilação e
ao calor irradiado por máquinas e equipamentos, como caldeiras, por exemplo.
Ruído – Acima de determinada intensidade e faixa de frequência, poderá afetar o
organismo de diferentes formas, tais como:
• acima de 85 db (decibéis), poderá afetar o sistema nervoso, produzindo fadiga
ou outras lesões nervosas.
• acima de 100 db, poderá afetar o ouvido interno, provocando redução
temporária ou permanente da audição;
• acima de 120 db, poderá causar sensações dolorosas.
Há outros agentes físicos, como a pressão e a vibração, por exemplo, que só aparecem
em serviços específicos.
Agentes Químicos
Agentes químicos são as substâncias líquidas, sólidas ou gasosas encontradas no
ambiente de trabalho capazes de provocar acidentes ou causar doenças profissionais.
Agentes Biológicos
Agentes Biológicos são aqueles capazes de provocar infecções causadoras de doenças,
tais como a tuberculose e a brucelose, dentre outras. Algumas dessas doenças são
transmitidas por alimentos, por utensílios pessoais, pela água ou mesmo pelo contato pessoa
a pessoa (infecção cruzada).
Agentes Ergonômicos
Agentes Ergonômicos são aqueles relacionados com fatores fisiológicos e psicológicos,
ligados à execução de atividades profissionais. Esses fatores podem produzir alterações
físicas e emocionais no trabalhador, comprometendo sua saúde, segurança e produtividade.
Iluminação – Tanto o excesso e quanto a falta de iluminação pode provocar cansaço
visual e deficiência permanente da visão.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
A contribuição que damos para nos acidentarmos
é denominada ATO INSEGURO.
Obrigações do Empregador
A legislação vigente obriga o empregador a cumprir os seguintes procedimentos, referentes
aos EPI:
Adquirir o tipo adequado à atividade do trabalhador;
Fornecer ao trabalhador somente EPI aprovados pelo Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE) e fornecidos por empresas cadastradas no Departamento Nacional de Segurança
e Saúde do Trabalho (DNSST);
Treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;
Tornar obrigatório o seu uso;
Substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;
Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada nos EPI.
Obrigações do Trabalhador
A legislação vigente obriga o trabalhador a cumprir os seguintes procedimentos, referentes
aos EPI:
Usá-los apenas para a finalidade a que se destinam;
Responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
Comunicar ao empregador qualquer alteração que os torne impróprios para uso.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Cuidados com os EPI
Como vimos anteriormente, é uma obrigação conjunta da empresa e do trabalhador a
correta manutenção, limpeza e conservação dos EPI.
Assim, é importante que cada usuário tome os seguintes cuidados com os EPI que utiliza:
Por ser um equipamento de uso pessoal, deve ser utilizado sempre pela mesma
pessoa;
Não usar o capacete para retirada de água de poças ou para a guarda de materiais
que possam contaminá-lo;
Não usar o capacete para outros fins que não seja o de proteger a própria cabeça;
Acostumar-se a lavar periodicamente o capacete;
Habituar-se a lavar os óculos de segurança com água e sabão, para os higienizar, e
secá-los com papel ou panos limpos, para não os arranhar;
Não guardar os óculos de segurança com as lentes viradas para baixo, para evitar
arranhões;
Se as lentes dos óculos de segurança estiverem demasiadamente arranhadas, trocá-los
por óculos novos, para não prejudicar a visão, o que possibilita a ocorrência de acidentes;
Lavar com água e sabão os protetores auriculares de inserção, para evitar a
contaminação dos ouvidos;
Botas de couro demasiadamente úmidas deverão ser secadas à sombra, em local bem
ventilado e Trocar os EPI danificados por novos, sempre que for necessário. “Eles representam
segurança!”
ATENÇÃO!
Os EPI não foram desenvolvidos para substituir os demais cuidados na execução do
trabalho, e sim para complementá-los, evitando-se a exposição.
Para reduzir os riscos de contaminação, as operações de manuseio e aplicação devem
ser realizadas com cuidado, para evitar ao máximo a exposição.
30
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
2.10 Identificar a localização e a necessidade da utilização
de máscaras de fuga, chuveiro lava olhos e chuveiro
de segurança previstos pela NR-34
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)
EPC São todos dispositivos de uso coletivo, destinados a proteger
as integridades físicas
dos trabalhadores.
Em áreas com risco de contato com condições perigosas, através de APR verificasse a
necessidade de se instalar os EPC ex:
O lava-olhos é formado por dois pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia
de aço inox, cujo ângulo permita o direcionamento correto do jato de água na face e olhos Este
equipamento poderá estar acoplado ao chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de lavagem
ocular.
Fig.6 - Lava-olhos
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Mascaras de fuga são colocadas em áreas de risco onde possa ocorrer a vazamento de um
produto nocivo a saúde do trabalhador ou a mesma já será fornecida ao trabalhador no
momento da execução do trabalho, sendo orientado a quando e como deve ser usado.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Gás Carbônico (CO2)
Gás Carbônico (CO2) A queima de combustíveis fósseis aparece nos levantamentos
científicos como a segunda geradora de emissões de dióxido de carbono (CO2), um dos
provocadores do efeito estufa, logo atrás do desmatamento.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Verificar o estado da superfície no fundo do espaço confinado, lembrando que
superfícies úmidas, além de tornarem-se escorregadias, podem causar choque elétrico no
trabalhador.
Verificar o nível de ruído presente, levando em consideração que as características do
espaço confinado podem provocar um efeito de amplificação acústica.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Os principais grupos de contaminantes marinhos estão representados pelos nutrientes
inorgânicos, metais, hidrocarbonetos de petróleo, organoclorados, organoestanhos, dioxinas.
O grupo mais conhecido e especialmente citado acima é o dos nutrientes inorgânicos, que
carregam altas dosagens de fosfato e nitrogênio e têm como agente causador os esgotos
urbanos despejados no mar, principal origem de microrganismos causadores de doenças
como hepatite, por exemplo.
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3.1 Efeitos da poluição no meio ambiente marinho
A atividade humana pode afetar a circulação de nutrientes (alimentos) do meio ambiente,
tanto no aspecto qualitativo quanto quantitativo. Essa atividade prejudicial pode incluir o
derramamento de agentes poluidores ou a destruição indiscriminada de seres vivos produtores
ou transmissores de alguns desses nutrientes, como o nitrogênio, o fósforo e o oxigênio, por
exemplo.
Além disso, a intervenção desequilibrada do homem sobre o ambiente, muitas vezes, causa
sérios prejuízos ao funcionamento da cadeia alimentar, provocando doenças que podem eliminar
colônias inteiras de seres vivos.
Algumas substâncias despejadas pelo homem no meio ambiente passam a fazer parte de
organismos e microrganismos, sendo repassadas, através da cadeia alimentar, aos chamados
seres superiores (as aves, os peixes, o homem etc.), causando sérias doenças ou, até mesmo, a
morte.
O art. 3º da Lei Federal do Brasil nº 6.938, de 31/08/1981, que dispõe sobre a política
nacional de meio ambiente, conceitua meio ambiente como “o conjunto de condições, leis,
influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida
em todas as suas formas”.
No mesmo artigo, define ainda poluição ambiental como sendo a “degradação da
qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem estar da população;
Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
Afetem desfavoravelmente a biota;
Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; ou
“Lancem nos ambientes matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais
estabelecidos.”
Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza – SNUC,
estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação.
Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - unidade de conservação: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as
águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder
Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração,
ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção;
II - conservação da natureza: o manejo do uso humano da natureza, compreendendo a
preservação, a manutenção, a utilização sustentável, a restauração e a recuperação do ambiente
natural, para que possa produzir o maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais gerações,
mantendo seu potencial de satisfazer as necessidades e aspirações das gerações futuras, e
garantindo a sobrevivência dos seres vivos em geral;
III - diversidade biológica: a variabilidade de organismos vivos de todas as origens,
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas
aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade
dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas;
36
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
IV - recurso ambiental: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora;
V - preservação: conjunto de métodos, procedimentos e políticas que visem a proteção a
longo prazo das espécies, habitats e ecossistemas, além da manutenção dos processos
ecológicos, prevenindo a simplificação dos sistemas naturais;
VI - proteção integral: manutenção dos ecossistemas livres de alterações causadas por
interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus atributos naturais;
VII - conservação in situ: conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção
e recuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais e, no caso de espécies
domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas propriedades
características;
VIII - manejo: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da
diversidade biológica e dos ecossistemas;
IX - uso indireto: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos
naturais;
X - uso direto: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais;
XI - uso sustentável: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade dos
recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os
demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável;
XII - extrativismo: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo
sustentável, de recursos naturais renováveis;
XIII - recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição original;
XIV - restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre degradada
o mais próximo possível da sua condição original;
XVI - zoneamento: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação com
objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os meios e as
condições para que todos os objetivos da unidade possam ser alcançados de forma harmônica e
eficaz;
XVII - plano de manejo: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos
objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas
que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das
estruturas físicas necessárias à gestão da unidade;
XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as
atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de
minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e
XIX - corredores ecológicos: porções de ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando
unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo de genes e o movimento da biota,
facilitando a dispersão de espécies e a recolonização de áreas degradadas, bem como a
manutenção de populações que demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do
que aquela das unidades individuais.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
II – às embarcações nacionais, portos organizados, instalações portuárias, dutos,
plataformas e suas instalações de apoio, em caráter complementar à Marpol 73/78;
III – às embarcações, plataformas e instalações de apoio estrangeiras, cuja bandeira
arvorada seja ou não de país contratante da Marpol 73/78, quando em águas sob jurisdição
nacional;
IV – às instalações portuárias especializadas em outras cargas que não óleo e substâncias
nocivas ou perigosas, e aos estaleiros, marinas, clubes náuticos e outros locais e instalações
similares.
capítulo v
38
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
instalações de apoio, quanto às exigências previstas no licenciamento ambiental, autuando os
infratores na esfera de sua competência;
b) avaliar os danos ambientais causados por incidentes nos portos organizados, dutos,
instalações portuárias, navios, plataformas e suas instalações de apoio;
V – o órgão regulador da indústria do petróleo, com as seguintes competências:
a) fiscalizar diretamente, ou mediante convênio, as plataformas e suas instalações de apoio,
os dutos e as instalações portuárias, no que diz respeito às atividades de pesquisa, perfuração,
produção, tratamento, armazenamento e movimentação de petróleo e seus derivados e gás
natural;
Para ajudar na conscientização do mal que o lixo pode causar ao meio ambiente,
apresentamos abaixo uma tabela com o tempo que a natureza leva para absorver alguns
materiais que estão presentes no nosso dia-a-dia.
De acordo com a origem dos resíduos produzidos, o lixo pode ser classificado nas
seguintes categorias:
Domiciliar: são os resíduos provenientes das residências. Apesar de bastante
diversificado, é formado, na maior parte, por restos de alimentos (lixo orgânico), produtos
deteriorados, embalagens em geral, retalhos, papéis, vidros e metais;
39
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Comercial: são os resíduos originados nos diversos estabelecimentos comerciais e de
serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes etc;
Público: são aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de poda
e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluviais, resíduos das
feiras livres e outros;
De serviços de saúde: resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou
odontológicas, laboratórios, farmácias etc. É potencialmente perigoso, pois pode conter
materiais contaminados por agentes biológicos, químicos e quimioterápicos. É constituído, em
grande parte, por agulhas, seringas, lâminas, vidros, instrumentos cirúrgicos imprestáveis
etc;
Industrial: são os resíduos resultantes dos processos industriais. O tipo de lixo varia
de acordo com o ramo de atividade da indústria. Nessa categoria encontramos a maior parte
dos materiais considerados perigosos ou tóxicos;
Agrícola: resulta das atividades de agricultura e pecuária. É constituído por
embalagens de agrotóxicos, rações, adubos, restos de colheita, dejetos da criação de animais
etc; e
Entulho: restos da construção civil, reformas, demolições, solos de escavações etc.
MATERIAL TEMPO
Jornais 2 a 6 semanas
Embalagens de Papel 1 a 4 meses
Cascas de Frutas 3 meses
Guardanapos 3 meses
Pontas de Cigarros 2 anos
Palitos de Fósforos 2 anos
Chicletes 5 anos
Nylon 30 a 40 anos
Latas de Alumínio 100 a 500 anos
Tampas de Garrafas 100 a 500 anos
Pilhas e Baterias 100 a 500 anos
Sacos e Copos Plásticos 200 a 450 anos
Frascos de Vidro ou Plástico Tempo indeterminado
Tabela 1 - Tempo de absorção de materiais
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
A atividade que complementa a coleta seletiva de lixo é a reciclagem, que consiste na
transformação de materiais usados em novos produtos, que podem ser comercializados.
Através da reciclagem, papéis velhos transformam-se em novas folhas ou caixas de papelão;
vidros quebrados transformam-se em novas garrafas ou frascos; plásticos podem
transformar-se em vassouras, potes ou camisetas; e metais transformam-se em novas latas
ou recipientes.
Por ser realizada pela transformação de detritos, por meio de reprocessamento, a
reciclagem é uma atividade industrial, na maioria dos casos.
Hidrocarbonetos
A poluição causada por hidrocarbonetos (óleo cru, derivados de petróleo, nafta etc.)
pode ter sua origem em:
Acidentes marítimos, tais como encalhes, afundamentos ou abalroamentos de
petroleiros ou outros navios que transportem esse tipo de carga ou utilizem hidrocarbonetos
como combustível próprio;
Despejos deliberados, oriundos do alijamento de lastro, lavagens de tanques de
combustível, resíduos de combustível, limpeza de porões sujos de hidrocarbonetos ou da
lavagem de tanques de petroleiros; ou
Operações de imersão de resíduos produzidos em terra.
As chamadas marés negras resultantes de grandes derramamentos de hidrocarbonetos
no mar são a face mais conhecida e impactante das consequências da poluição marítima por
hidrocarbonetos. Todos nos recordamos das imagens de aves cobertas de óleo cru na Guerra
do Iraque de 1991, bem como dos nomes de navios associados a esses tipos de desastres:
“Torrey Canyon”, no Reino Unido, em 1967, “Amoco Cadiz”, na França, em 1978, e “Exxon
Valdez”, no Alaska, em 1989.
Vale ressaltar, todavia, que a maioria dos acidentes poluidores ocorre em operações de
rotina, como carga e descarga de navios em portos e terminais petrolíferos. Além disso,
a grande maioria dos hidrocarbonetos derramados no mar é proveniente de descargas
operacionais, como lavagens de tanques. Essas descargas, um dos tipos de despejo
deliberado, atingem as costas de forma reduzida ou dispersa, sendo assim de difícil detecção
e prevenção.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Esses impactos são agravados pelo depósito do agente poluidor nos sedimentos do
fundo do mar, prolongando os efeitos da poluição durante vários anos depois do
derramamento. Além disso, as consequências no turismo, nas atividades recreativas, na
indústria, na pesca, na operacionalidade de portos e marinas podem ser arrasadores para a
economia e a estabilidade social de algumas localidades.
Obviamente, o óleo derramado nas águas acabará desaparecendo, por efeito da
evaporação ou servindo de alimento para um tipo especial de bactéria. Entretanto, ambos os
processos são muito lentos, fazendo com que este óleo permaneça causando danos por
muitos anos.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
de construção de petroleiros, equipamentos de separação de hidrocarbonetos e água,
critérios de descarga e a existência de livros de registros e certificados.
A MARPOL foi ratificada pelo Congresso Nacional do Brasil em 1995 e promulgada pelo
Decreto Presidencial nº 2.508, de 04/03/1998, passando a ter força de lei em todo o território
nacional. Entretanto, as emendas posteriores estão ainda em fase de estudos no Congresso,
para sua ratificação.
A Convenção Internacional sobre a Prevenção da Poluição Marinha por Alijamento de
Resíduos e Outras Matérias (LCD-72), e suas posteriores emendas, regula a poluição por
alijamento dos resíduos produzidos em terra e despejados no mar. No Brasil, foi ratificada
pelo Congresso em 1982 e promulgada pelo Decreto Presidencial nº. 87.566, de 16/09/1982.
Suas emendas estão em fase de ratificação pelo Congresso, onde tramita o Projeto de
Decreto Legislativo nº. 2.073, de 12/12/2005.
Apesar de todos os esforços no sentido de evitar a poluição marinha, derramamentos
de hidrocarbonetos, acidentais ou deliberados, continuam ocorrendo e, por isso, é necessário
estarmos preparados para combatê-los.
Na primeira linha de combate a um derramamento de hidrocarboneto no mar estão
navios equipados para conter a propagação da mancha poluidora e recolher o óleo da
superfície do mar, por meio de barreiras de contenção, cuja eficiência depende do estado do
mar e do tipo de hidrocarboneto derramado.
Após a contenção da mancha poluidora, o hidrocarboneto derramado é recolhido
manualmente por meio de processos variados, com equipamento adequado e equipe
especializada.
Esgoto
Existem dois tipos de esgoto que devemos considerar: o residencial e o industrial. O
crescimento urbano desordenado dos grandes centros no Brasil e a falta de planejamento de
sistema de esgoto e tratamento de águas servidas faz com que na cidade do Rio de Janeiro,
por exemplo, seja jogado na Baía de Guanabara, diariamente, o equivalente a três Maracanãs
cheios de esgoto contaminado com coliformes. Os investimentos necessários para reverter
esta situação são imensos, pois será necessário refazer toda a rede de esgoto direcionada a
uma ou mais estações de tratamento de águas servidas. As demais grandes cidades
brasileiras, como São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Recife, Salvador e Belo Horizonte, dentre
outras, sofrem do mesmo mal.
O esgoto industrial é também muito danoso ao meio ambiente, entretanto a nova Lei do
Meio Ambiente oferece instrumentos eficazes no combate a este tipo de poluição e os
empresários vêm se esforçando para cumprir as novas exigências. Uma maneira de obrigar a
indústria a tratar o esgoto que utilizam é exigir que a tomada de captação de água fique
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
localizada a jusante do ponto de despejo das águas servidas, o que é procedimento usual em
países que se preocupam com o meio-ambiente.
Água de Lastro
Água de Lastro é a água recolhida no mar e armazenada em tanques nos porões dos
navios, com o objetivo de dar estabilidade às embarcações, quando estão navegando sem
carga.
Em alto-mar, um navio sem lastro pode ficar descontrolado, correndo o risco de
emborcar ou partir ao meio e afundar. A água de lastro compensa a perda de peso de carga
e de combustível, regulando a estabilidade e mantendo a segurança.
Todavia, a água de lastro, ao ser descarregada pode poluir o mar, tendo em vista que
os tanques de lastro nem sempre estão limpos, possuindo micro-organismos poluidores ou,
até mesmo, resíduos de óleo.
Assim, alguns procedimentos devem ser seguidos, de modo a evitar a poluição marinha
pela água de lastro, tais como:
Prevenção e Tratamento: Um sistema de gerenciamento e controle pode reduzir a
probabilidade de introdução de espécies indesejáveis. A troca de água de lastro em alto-mar
(profundidade superior a 500 metros) é um dos mais efetivos métodos preventivos, já que, o
meio ambiente oceânico não serve de habitat a organismos de águas costeiras.
Opções de Tratamento: O tratamento a ser utilizado precisa ser seguro, prático, de
baixo custo e ambientalmente aceitável. Diversos métodos de tratamento vêm sendo
testados, dentre eles: a filtragem; o tratamento térmico; aplicação de biocidas; tratamento
elétrico; ultravioleta; acústico; de oxigenação e biológico.
Mar territorial
Mar territorial é uma faixa de águas costeiras que alcança 12 milhas náuticas (22
quilômetros) a partir do litoral de um Estado que são consideradas parte do território soberano
daquele Estado (excetuados os acordos com Estados vizinhos cujas costas distem menos de 24
milhas náuticas). A largura do mar territorial é contada a partir da linha de base, isto é, a linha
de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas cartas marítimas de grande escala
reconhecidas oficialmente pelo Estado costeiro.
Dentro do mar territorial, o Estado costeiro dispõe de direitos soberanos idênticos aos de
que goza em seu território e sua água interior, para exercer jurisdição, aplicar as suas leis e
regulamentar o uso e a exploração dos recursos. Entretanto, as embarcações estrangeiras civis e
militares têm o "direito de passagem inocente" pelo mar territorial, desde que não violem as leis
do Estado costeiro nem constituam ameaça à segurança.
45
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
O mar territorial e seus conceitos correlatos - zona contígua, zona econômica exclusiva,
plataforma continental etc. - são regulados pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do
Mar (CNUDM), de 1982.
Águas interiores
Sobre suas águas interiores, além de jurisdição idêntica à do mar territorial, o Estado
costeiro pode até mesmo impedir a passagem inocente. Consideram-se águas interiores os
mares completamente fechados, os lagos e os rios, bem como as águas no interior da linha
de base do mar territorial. As águas arquipelágicas no interior das ilhas mais exteriores de um
Estado arquipélagico (como a Indonésia ou as Filipinas) também são consideradas águas
interiores.
Zona contígua
A CNUDM permite que o Estado costeiro mantenha sob seu controle uma área de até
12 milhas náuticas, adicionalmente às 12 milhas do mar territorial, para o propósito de evitar
ou reprimir as infrações às suas leis e regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração,
sanitários ou de outra natureza no seu território ou mar territorial.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Nossas riquezas
Petróleo - Encontrado na Bacia de Campos e no pré-sal - a prospecção nestas áreas
corresponde a dois milhões de barris de petróleo por dia (80% da produção nacional);
Pesca – Uma diversidade de espécie marítima habita nossa região.
Com a entrada em vigor da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar
(CNUDM) em 1995, e de acordo com as suas disposições, pelas quais rochedos sem
ocupação humana permanente não dão direito ao estabelecimento de uma Zona Econômica
Exclusiva, visando explorar, conservar e gerir os recursos da região, o Brasil - que já ocupava
o arquipélago de Trindade e Martim Vaz - passou a ocupar também o arquipélago de São
Pedro e São Paulo. Esta decisão elevou-os à condição de arquipélago, permitindo ao país
ampliar a sua ZEE em 450 mil quilômetros quadrados, uma superfície equivalente ao estado
brasileiro da Bahia.
De acordo com a Lei nº 9537/1997, que dispõe sobre a Segurança do Tráfego Aquaviário no
Brasil, cabe à Marinha do Brasil, na condição de autoridade marítima, promover a implantação e
execução deste dispositivo, com o propósito de assegurar a salvaguarda da vida humana e a
segurança da navegação, no mar aberto e nas hidrovias interiores, e a prevenção da poluição
ambiental por parte de embarcações, plataformas ou suas instalações de apoio. O órgão da
Marinha do Brasil que atua como autoridade marítima é a Diretoria de Portos e Costas (DPC), que
possui representantes nos portos marítimos, lacustres e fluviais brasileiros. Esses representantes,
conhecidos genericamente como “rede da DPC”, podem ser Capitanias, Delegacias ou Agências,
de acordo com a importância do porto pelo qual é responsável.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
3.6 A organização distrital da Marinha do Brasil
49
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
3.7 Tarefas de fiscalização: “port state” e “flag state”
A Fiscalização é realizada de duas formas:
“Port state” - em embarcações de bandeira estrangeira.
“Flag state” - em embarcações de bandeira nacional.
50
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
LESTA
Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário.
Art. 1º A segurança da navegação, nas águas sob jurisdição nacional, rege-se por esta Lei.
§ 1º As embarcações brasileiras, exceto as de guerra, os tripulantes, os profissionais não-
tripulantes
e os passageiros nelas embarcados, ainda que fora das águas sob jurisdição nacional, continuam
sujeitos ao previsto nesta Lei, respeitada, em águas estrangeiras, a soberania do Estado costeiro.
§ 2º As embarcações estrangeiras e as aeronaves na superfície das águas sob jurisdição
nacional estão sujeitas, no que couber, ao previsto nesta Lei.
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, ficam estabelecidos os seguintes conceitos e definições:
VII - Inspeção Naval - atividade de cunho administrativo, que consiste na fiscalização do
cumprimento desta Lei, das normas e regulamentos dela decorrentes, e dos atos e resoluções
internacionais ratificados pelo Brasil, no que se refere exclusivamente à salvaguarda da vida
humana e à segurança da navegação, no mar aberto e em hidrovias interiores, e à prevenção da
poluição ambiental por parte de embarcações, plataformas fixas ou suas instalações de apoio;
XXI - Vistoria - ação técnico-administrativa, eventual ou periódica, pela qual é verificado o
cumprimento de requisitos estabelecidos em normas nacionais e internacionais, referentes à
prevenção da poluição ambiental e às condições de segurança e habitabilidade de embarcações e
plataformas.
Art. 3º Cabe à autoridade marítima promover a implementação e a execução desta Lei, com o
propósito de assegurar a salvaguarda da vida humana e a segurança da navegação, no mar
aberto e hidrovias interiores, e a prevenção da poluição ambiental por parte de embarcações,
plataformas ou suas instalações de apoio.
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III - sair das águas jurisdicionais;
IV - arribar em porto nacional.
Art. 8º Compete ao Comandante:
Art. 10º O Comandante, no exercício de suas funções e para a garantia da segurança das
pessoas, da embarcação e da carga transportada, pode:
I - impor sanções disciplinares previstas na legislação pertinente;
II - ordenar o desembarque de qualquer pessoa;
III - ordenar a detenção de pessoa em camarote ou alojamento, se necessário com algemas,
quando imprescindível para a manutenção da integridade física de terceiros, da embarcação ou
da carga;
IV - determinar o alijamento de carga.
Art. 11º O Comandante, no caso de impedimento, é substituído por outro tripulante, segundo a
precedência hierárquica, estabelecida pela autoridade marítima, dos cargos e funções a bordo
das embarcações.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Art. 17º A embarcação apreendida deve ser recolhida a local determinado pela autoridade
marítima.
§ 1o A autoridade marítima designará responsável pela guarda de embarcação apreendida, o
qual poderá ser seu proprietário, armador, ou preposto.
§ 2o A irregularidade determinante da apreensão deve ser sanada no prazo de noventa dias, sob
pena de a embarcação ser leiloada ou incorporada aos bens da União.
Art. 38º As despesas com os serviços a serem prestados pela autoridade marítima, em
decorrência da aplicação desta Lei, tais como vistorias, testes e homologação de equipamentos,
pareceres, perícias, emissão de certificados e outros, serão indenizadas pelos interessados.
Parágrafo único. Os emolumentos previstos neste artigo terão seus valores estipulados pela
autoridade marítima e serão pagos no ato da solicitação do serviço.
Art. 39º A autoridade marítima é exercida pelo Ministério da Marinha.
Terrorismo
Do ataque às torres gêmeas do WTC (World Trade Center) o planeta mudou. A maior
hegemonia militar da história da humanidade foi agredida provando ao mundo que terrorismo
não se faz, necessariamente, com armas convencionais. Usa-se, na maior parte do tempo, a
criatividade e o material disponível.
Algumas emendas à Convenção SOLAS – 1974 foram adotadas, das quais a de maior
alcance determina a introdução do novo Código Internacional de Segurança Marítima e Portuária
(ISPS Code – International Ship and Port Facility Security Code, básica). O objetivo do código é
fornecer estruturas padronizadas e consistentes para avaliações de riscos, capacitando Governos
à previsão de alternativas de ameaças e modificações na vulnerabilidade de navios e de
instalações portuárias.
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3.9 Pirataria no mar e atos ilícitos como assalto ou
roubo
O roubo é o ato de subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido
àimpossibilidade de resistência. O assalto caracteriza-se por ser um ataque súbito para roubar;
um ataque de surpresa.
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Módulo 2
Disciplina: Primeiros Socorros Elementares
Sigla: PSE/P
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Os Dez Mandamentos do Socorrista:
Mantenha a calma.
Tenha em mente a seguinte ordem:
1º PRIMEIRO EU (o socorrista)
Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no
acidente.
Ao prestar socorro, é fundamental acionar a equipe especializada de Emergência de
imediato ao checar no local do acidente.
Mantenha sempre o bom senso e eficiência.
Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se
sentirão mais úteis.
Evite manobras realizadas de forma imprudente, com pressa.
Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm menor risco de morte.
Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º mandamento).
Fig.22 socorrista
OBSERVAÇÔES IMPORTANTES:
ACIONAR O SOCORRO OU O ALARME.
1_ Avaliar o Local para Identificar Possíveis Riscos;
2_ Acionar o Apoio Especializado;
3_ Isolar a Área para Facilitar a atuação dos Socorristas;
4_ Providenciar Proteção Individual á Equipe, a fim de evitar Contaminação.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Boca de Ferro;
Telefone;
Interfone;
Grito.
Obs. Todos os detalhes possíveis deverão ser informados, inclusive os dados do
socorrista.
O transporte realizado com a técnica incorreta não só é arriscado para o paciente, mas também
para o próprio socorrista, que pode desenvolver lesões musculares ou cervicais.
Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e transporte de vítimas, o socorrista tem
por obrigação, além de verificar os recursos, deverá também:
1. Verificar se a vítima está respirando e se mantém batimentos cardíacos;
2. Verificar se há sangramento, o qual deve ser controlado;
3. Imobilizar as fraturas se houver tempo.
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Transporte de Ferido por Helicóptero ou Embarcações
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Higiene Pessoal
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Fig.28 Higiene mental
Fig.29 Higiene
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unido graças aos ligamentos e aos tendões, e utiliza os músculos para se moverem, como em um
sistema de alavancas.
O eixo principal do corpo é a coluna vertebral, formada por vértebras que se estendem da base
do crânio até o quadril e divide-se nas seguintes seções:
Coluna cervical: composta por sete vértebras situa-se no pescoço.
Coluna torácica: composta por doze vértebras faz parte do tórax e dá origem às
costelas.
Coluna lombar: possui cinco vértebras.
Sacro: Formado por cinco vértebras unidas (sem disco), localiza-se no quadril e possui,
no seu final, o osso chamado cóccix.
Crânio: Formado por seis ossos que protegem o cérebro.
Juntamente com o esqueleto (sistema ósseo), as articulações (sistema articular) e os
músculos (sistema muscular) são os responsáveis pela sustentação do corpo, dando-lhe forma
e permitindo-lhe a locomoção. Por isso, ao conjunto formado pelos sistemas ósseo, muscular e
articular chamamos aparelho locomotor.
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O coração é o principal órgão do sistema circulatório, responsável por receber, filtrar e bombear
o sangue para todo o corpo, assim levando nutrientes e oxigênio para outros órgãos e células do
corpo humano.
O pulmão é o principal órgão do sistema respiratório, tendo como função absorver o
oxigênio e transferi-lo para o sangue, também retirando o dióxido de carbono através da
expiração.
O estômago um órgão importante do sistema digestório, o qual tem como papel digerir os
alimentos ingeridos, que são preparados para serem absorvidos, ligando o intestino delgado ao
intestino grosso.
O fígado é a maior glândula e o segundo maior órgão do corpo humano, ele tem função
reguladora, sendo capaz de armazenar substâncias essenciais, assim como destruir substâncias
tóxicas.
O pâncreas é uma glândula muito importante ao corpo humano, pois ela tem como
função secretar enzimas necessárias para fazer a digestão dos alimentos, além de produzir
hormônios importantes como a insulina que controla a glicose no sangue.
Os rins são órgãos excretores, capazes de filtrar substâncias tóxicas do metabolismo
como a ureia e creatinina e eliminá-las através da bexiga, além disso, eles também mantém o pH
sanguíneo e regulam a os molaridade e volume líquido corporal, eliminando o excesso de água
do organismo.
A bexiga é um órgão que é diretamente relacionado aos rins, tendo como papel armazenar a
urina produzida por eles, e quando se encontrar completamente cheia, expelir o líquido.
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Além desses órgãos também há outros importantes como a tireoide, uma glândula que
regula o metabolismo, a traqueia, a vesícula biliar que ajuda na digestão de gorduras, o músculo
e o esqueleto, responsáveis pela sustentação e movimentos do corpo humano. Todos os órgãos
tem sua importância, pois estão altamente relacionados, proporcionando o bom funcionamento
do corpo humano.
A pele é o maior órgão do corpo humano, ela se encontra presente em diversas partes,
revestindo todo o corpo, sendo que suas principais funções são proteção, regulação da
temperatura, reserva de nutrientes e contém terminações nervosas sensitivas, que levam
mensagens ao cérebro traduzindo sensações com frio e calor.
Além desses órgãos também há outros importantes como a tireoide, uma glândula que
regula o metabolismo, a traqueia, a vesícula biliar que ajuda na digestão de gorduras, o músculo
e o esqueleto, responsáveis pela sustentação e movimentos do corpo humano. Todos os órgãos
tem sua importância, pois estão altamente relacionados, proporcionando o bom funcionamento
do corpo humano.
Sistema Respiratório
É durante o movimento respiratório que ocorre a troca de gases realizada pelo sistema
circulatório, chamada hematose, em que o oxigênio inspirado entra nos pulmões, que por sua
vez manda para o espaço alveolar onde e feito troca gasosa.
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Fig.36 Sistema Respiratorio
Sistema Circulatório
O sistema circulatório é composto pelo coração, vasos sangüíneos e sangue. Para realizar as
distribuições dos alimentos e oxigênio para todos os órgãos e retira os restos formados pelas
atividades celulares, o sangue tem de circular permanentemente por todo o corpo.
O funcionamento do coração faz com que o sangue seja bombeado a todas as partes do
corpo pelos vasos sangüíneos.
Coração
Localizado no centro do tórax, entre os dois pulmões, com a ponta voltada para o lado
esquerdo, sob o osso chamado esterno. Sua principal função é bombear o sangue.
Vasos Sanguíneos
Englobam as artérias e veias que conduzem o sangue. As artérias transportam o sangue rico
em oxigênio do coração para todo o organismo, enquanto as veias transportam o sangue
impregnado de gás carbônico de todo o organismo para o coração, que o envia para os pulmões,
onde é oxigenado. Existem ainda vasos sanguíneos muito finos, chamados capilares, onde
ocorrem as trocas de nutrientes, oxigênio (O2) e gás carbônico (CO2) entre o sangue e as
células.
Fig.37–Sistema Circulatório
Sistema Digestivo
É o sistema responsável por obter, dos alimentos ingeridos, os nutrientes necessários às
diferentes funções do organismo, como crescimento, energia para reprodução, locomoção etc.
Composto pela boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus,
é o responsável pela digestão dos alimentos e eliminação dos excrementos.
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Fig.38 Sistema Digestório
Excreção
Excreção é o processo pelo qual eliminam substâncias nitrogenadas tóxicas (denominadas
excretas ou excreções que provêm principalmente da degradação de aminoácidos ingeridos no
alimento), produzidas durante o metabolismo celular.
Ureia
A ureia é a principal excreta, sendo eliminado dissolvido em água, formando a urina. Por terem a
ureia como principal excreta, os homens são chamados de ureotélicos.
Os rins são duas glândulas de cor vermelha escura colocada simetricamente nos lados da
coluna vertebral, na região lombar. A extremidade superior de cada rim é coberta por uma
glândula endócrina, a glândula suprarrenal.
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Sistema Nervoso
Nosso sistema nervoso é dividido em duas partes: sistema nervoso central (composto pelo
encéfalo e medula espinal) e sistema nervoso periférico (composto pelo tecido nervoso localizado
fora do sistema nervoso central).É no sistema nervoso central que ocorrem nossos pensamentos,
emoções, ficam arquivadas nossas memórias e ocorre todo tipo de estímulo sensitivo.O sistema
nervoso periférico, composto pelos nervos do crânio e suas ramificações, controla a entrada e
saída de estímulos nervosos em nossos órgãos e sistemas.
Sistema Tegumentar
Esse sistema do corpo humano, também conhecido como pele, é responsável pela proteção
contra possíveis agentes externos. É o maior órgão do corpo que tem a função principal de
proteger as estruturas vitais. Suas principais funções são:
Proteger o corpo de ações do meio ambiente, evitar perda de líquido e evitar a entrada
de substâncias ruins no organismo;
Regular a temperatura do corpo;
Garantir a sensibilidade através dos nervos da pele.
Epiderme: Também chamada de cutícula, essa parte da pele encontra-se na camada papilar da
derme e pode adquirir espessuras diferentes em determinadas partes do corpo humano. O
epitélio estratificado da epiderme é composto pelas seguintes camadas: estrato lúcido, estrato
córneo, estrato basal, estrato espinhoso e estrato granuloso.
Derme: Também chamada de pele verdadeira, a derme é elástica, rija e flexível. É a camada
intermediária da pele que fica abaixo da epiderme. Nela encontra-se a elastina e o colágeno
responsáveis pela elasticidade. As fibras da derme não são substituídas com a idade e as pessoas
mais idosas apresentam mais flacidez.
Tecido Subcutâneo: Essa parte não é considerada como parte da pele e por isso recebe o
nome de hipoderme ou tecido subcutâneo. Ele é formado essencialmente pelo tecido adiposo e
tecido conjuntivo frouxo. Possui as seguintes funções: fixar a pele e isolar o corpo de mudanças
extremas no meio ambiente.
Anexos da Pele
Fazem parte desse sistema e recebem o nome de anexo. São eles: pelos, glândulas sebáceas e
sudoríparas e unhas.
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Fig.41 Sistema Tegumentar
Conjunto de medidas emergenciais que permitem salvar uma vida pela falência ou insuficiência
do sistema respiratório ou cardiovascular. Sem oxigênio as células do cérebro morrem em 10
minutos. As lesões começam após 04 minutos a partir da parada respiratória.
Estudos mostram que a maioria dos acidentes poderia ter sido evitada, caso fossem
seguidos os procedimentos de segurança recomendados.
Trabalhando, sempre existe a possibilidade de nos depararmos com situações de
emergência em que seja necessária a nossa intervenção para salvar uma pessoa ou para evitar
que seu estado se agrave.
“Senhor?”
“o que ocorreu?”
“o que está sentindo?”
“qual o seu nome?”.
Nesta fase, realizamos uma avaliação neurológica rápida, de modo a estabelecer o
nível de consciência da vítima. Para isso, podemos utilizar o método conhecido como “AVI”:
A – Alerta – Acordo - vítima que é encontrada falando, chorando e cooperativa;
(*) Um socorrista é designado para estabilizar a coluna cervical da vítima em posição neutra.
Para isso, deverá posicionar-se com a cabeça da vítima entre os joelhos ou segurá-la com as
mãos. Em caso de dor ou resistência ao seu alinhamento, a estabilização deverá ser feita na
posição em que se encontra a cabeça. O socorrista encarregado desta tarefa somente poderá
ser liberado da imobilização depois de aplicado todas as técnicas.Somente consideraremos
uma coluna cervical imobilizada após o acidentado estar sobre uma maca rígida, com
colar cervical, fazendo uso de imobilizador de cabeça.
Avaliação Primária
O primeiro exame a que devemos proceder para determinarmos as condições vitais da vítima é a
chamada avaliação primária, internacionalmente conhecida pela sigla “CAB”, abreviatura para
Circulation (circulação), Airways (vias aéreas), Breathing (respiração).
C- Circulação (Circulation)
Esta avaliação consiste em sentir o pulso radial, localizado nos punhos, e o pulso carotídeo,
localizado no pescoço. A presença de pulsação rápida e fraca indica gravidade do estado da
vítima. Se o pulso estiver ausente, devemos realizar as manobras específicas para parada
cardiorrespiratória (PCR), Reanimação cardiopulmonar (RCP) 30 massagens cardíacas.
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Fig.44- circulação
Fig.45- circulação
A- Vias Aéreas (Airways)
B- Respiração (Breathing)
Se a vítima não estiver respirando espontaneamente, podemos avançar para o próximo
item. Realizar duas ventilações.
Fig.47 Respiração
D- Desfibrilador
Caso disponível, é importante providenciar, o quanto antes, o envio de um desfibrilador
para o local do evento. O equipamento semiautomático pode ser utilizado por qualquer pessoa
além dele falar com você, ele não dispara o choque se ele não autorizar.
Fig.48 Desfibrilador
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Parada Cardiorrespiratória
É o exemplo mais importante de uma emergência médica e as manobras para seu
atendimento devem ser iniciadas dentro de um período máximo de 4 minutos, a partir da sua
ocorrência, tendo em vista ser este o tempo médio que o cérebro humano resiste sem
oxigenação, a partir de 5 minutos já ocorre comprometimento de suas funções, com 6 minutos à
morte cerebral cientificamente comprovado.
Diagnóstico
A ausência de pulso carotídeo (da artéria carótida) no adulto é o dado chave para o
diagnóstico. Outros sintomas observados são:
Ausência de respiração: pode preceder a parada cardíaca ou ocorrer após seu
estabelecimento;
Inconsciência: É um sinal específico e importante, que pode preceder ou suceder a
parada cardíaca, ocorrendo devido à diminuição da oxigenação do cérebro;
Suporte Respiratório
O suporte respiratório prove oxigenação (ventilação) ao organismo da vítima. O método
mais empregado para isso, em primeiros socorros, é o chamado respiração mascara-a-boca,
o qual se divide em quatro movimentos:
1- Extensão da Cabeça: deslocar a cabeça da vítima um pouco para trás, a fim de mudar a
posição da língua e facilitar a passagem de ar;
2- Limpeza da Cavidade Oral: com a vítima deitada, retirar objetos estranhos, como próteses
dentárias, restos alimentares, sangue ou vômito (usar luvas);
3- Obstrução do Nariz: fechar as narinas da vítima usando o polegar e o indicador, a fim de
evitar que o ar escape pelas narinas; e
4- Soprar o Ar: colocar a máscara de respiração sobre a boca da vítima, de forma que não haja
vazamentos, fazer uma inspiração profunda e expirar (soprar) o ar na boca da vítima com vigor
suficientemente para elevar o tórax.
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Fig.50- Ventilação
............................................................................. Fig.51 Pocket Masck
NOTA:A decisão de executara respiração Boca-a-Boca é necessário bioproteção, pois o socorrista
no ato da respiração não pode faze-lo sem a máscara de proteção devido a contaminação por
secreções.
Suporte Circulatório
O suporte circulatório visa manter a circulação sanguínea da vítima. O método mais empregado
para isso, em primeiros socorros, é a chamada compressão torácica, que é baseada na
aplicação de uma pressão sobre o tórax da vítima, colocada em decúbito dorsal (barriga para
cima), contra uma superfície resistente (plana e rígida), provocando assim uma compressão do
coração e o consequente bombeamento de sangue para o corpo.
Para isso, deve ser empregada a seguinte técnica:
Deitar a vítima sobre uma superfície plana e rígida, em decúbito ventral;
Fazendo a varredura das costelas identifique o apêndice xifoide;
Colocar dois dedos acima do apêndice xifoide, acima destes dois dedos (ponto médio
entre os mamilos);
Apoiar a palma de uma das mãos sobre ela entrelace a outra mão sobre a primeira; (os
dedos podem ficar estendidos ou entrelaçados, mas não devem ficar em contato com o
esterno);
Com os cotovelos estendidos, aplicar compressão diretamente sobre o esterno (a força
da compressão deve ser provida pelo peso do nosso tronco e não pela força de nossos
braços); sempre dando preferência ao calcanhar das mãos para a eficácia da manobra.
Realizar duas ventilações com mascara na boca, intercalando trinta compressões.
A compressão torácica deve ser feita em combinação com a respiração mascara-a-boca. O
ideal é que o socorrista consiga alguém que o ajude para que as manobras não sofram
interrupções devido ao cansaço. Devem ser aplicadas 2 (duas) ventilações mascara-a-boca
intercaladas com 30 (trinta) compressões cardíacas.
OBS.: O suporte ventilatório (ventilações) somente poderá ser realizado na
existência das máscaras para ventilação. Caso contrário, a RCP deverá ser feita
realizando somente as compressões cardíacas, sendo assim, de 100/120 compressões
por minuto.
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Interrupção/Parar
Somente na ocorrência dos seguintes casos a aplicação da RCP deve se interromper ou parar:
PARAR:
_ Chegada da Equipe Especializada;
_ Exaustão do socorrista (cansaço extremo);
_ Restabelecimento dos sinais vitais (respiração e circulação)da vitima;
_ Quando local onde estiver sendo realizada a RCP deixar de oferecer segurança para a equipe
ou para a vítima.
INTERROMPER:
_ Desobstrução de Vias Aéreas;
_ Reavaliação de Sinais Vitais (2min);
_ Troca de Socorrista;
_ Utilização do D.E.A/ D.E.S.A(desfibrilador)
Avaliação Secundária
Avaliação detalhada da cabeça aos pés para identificar possíveis
lesões:
A chamada avaliação secundária consiste em uma avaliação detalhada do corpo da vítima, da
cabeça aos pés, iniciando pelas partes mais nobres do corpo, com o objetivo de verificar a
presença de lesões, tais como: Lipotimias, Desmaio, Choques, Hemorragias, Queimaduras,
ferimentos, Traumas e etc. Para este exame, é necessário abrir as roupas da vítima, para
identificar possíveis ferimentos ou fraturas em áreas cobertas pelas roupas.
Avaliação da Cabeça:
Devemos verificar a presença de sangramentos, lesões no rosto e crânio e avaliar a cor da pele
da face. Principal atenção deve ser dada em caso de sangramento no crânio, aos olhos e redor,
à boca, ouvidos e pelo nariz.
Avaliação do Pescoço:
Devemos observar se há lesões perfurantes, fraturas e sangramentos, observando a
centralização e integridade da traqueia (pescoço). Ao completar o exame, devemos colocar o
colar cervical.
Avaliação do Tórax:
Procurar por ferimentos, sangramentos, perfurações e movimentos respiratórios
anormais. Observar as clavículas, apalpar o tórax e identificar regiões doloridas e deformidades.
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Avaliação do Abdômen:
Verificar a presença de ferimentos, perfurações ou sangramentos e apalpar delicadamente
o abdômen, observando a presença de dor e deformidades.
Alterações Circulatórias
São Disfunções ocorridas no aparelho cardiovascular, que podem levar uma vitima á
_ DESMAIO OU SINCOPE;
_ ESTADO DE CHOQUE.
É um estado de mal estar acompanhado de fraqueza muscular e distúrbios visuais sem perda da
vítima para um local mais arejado, repor líquidos e manter a vítima deitada e com as pernas
elevadas.
Fig.54 Lipotimia
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DESMAIO OU SINCOPE
SINTOMAS: palidez, fraqueza, suor frio, náusea e ânsia de vômito, pulso fraco, tontura, visão
Fig.55 Desmaio
tecidos do corpo.
CAUSAS:
Hemorragia abundante;
Desidratação grave (diarreia e vômitos);
Queimaduras graves, com perda de líquido;
Infecção severa;
Ferimentos extensos ou graves (trauma);
Ataque cardíaco (infarto).
Sinais e Sintomas:
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Medidas de Controle
1. Posicionar a vítima de acordo com a causa do choque. As vítimas em choque por
ataque cardíaco geralmente suportam mas o decúbito dorsal (barriga para cima), que
piora a falta de ar. A posição melhor tolerada é a sentada;
2. Vítimas com outras formas de choque devem ser transportados em decúbito
ventral, com os membros inferiores elevados cerca de 25 cm (exceto se houver
trauma na cabeça ou fratura de fêmur);
3. Tranquilizar a vítima se estiver consciente;
4. Abrir a boca da vítima, observar se não há objetos ou secreções que causem
asfixia. Realizar respiração mascara-a-boca, caso necessário (se a vítima não estiver
respirando);
5. Controlar imediatamente as hemorragias externas;
6. Não oferecer líquidos, alimentos ou medicamentos;
7. Aquecer a vítima com lençóis ou cobertores;
8. Transportar a vítima para atendimento especializado rapidamente, pois o tempo
é fundamental para aumentar suas chances de sobrevida.
Fig.56 Hemorragia
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Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente, pois um sangramento abundante pode levar à morte.
Fig.57- Torniquete
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17. Compressão e posicionamento do membro:
Evisceração:
Caso Percebemos a Exteriorização de Vísceras em uma Vitima, é importante não tentar
reposiciona-las para dentro da cavidade abdominal.
Fig.61 Evisceração
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Queimadura:
A pele é o tecido de revestimento do organismo e o maior órgão do corpo humano, funcionando
como barreira contra a perda de água e calor, e exercendo importante papel na proteção contra
infecções.
Queimadura é uma lesão produzida na pele por agentes térmicos, produtos químicos,
radiação ionizante etc., tais como calor, frio, corrente elétrica e exposição à luz solar ou fontes de
energia nuclear.
As queimaduras são classificadas segundo a gravidade, que é função da sua
profundidade, extensão e localização anatômica. A maior parte das queimaduras é de pequena
gravidade e ocorre em residências, mas, dependendo de sua classificação, pode significar até
mesmo perigo para a vida.
Quanto à profundidade
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Fig.62 Queimaduras
Quanto à extensão:
A extensão da queimadura é um dado importante para, juntamente com a profundidade,
identificarmos a gravidade da queimadura.
Para calcularmos, em um adulto, a porcentagem aproximada de superfície de pele
queimada, utilizamos a chamada Regra dos Nove, assim definida:
Pacientes com queimaduras de face, mãos, pés, períneo ou vias aéreas apresentam maior
probabilidade de morte em pouco tempo, bem como uma maior incidência de sequelas,
classificando assim a queimadura como grave.
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Conduta de Atendimento
ATENÇÃO
Nas queimaduras por soda cáustica, limpar as áreas atingidas com toalha ou
pano, antes da lavagem, pois o contato desta substância com a água cria
uma reação química que produz enorme quantidade de calor.
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Fig.65 Entorse
Sinais e sintomas:
Dor intensa na articulação afetada;
Inchaço;
Hematomas; e
Impotência funcional.
Conduta
Aplicar gelo ou compressas frias (sem restrição), protegendo a pele para evitar lesões
causadas pelo frio;
Imobilizar a área afetada; e
Encaminhar a vítima para avaliação médica.
Luxação
Lesão com Perda das extremidades de uma articulação e um osso. Da mesma forma que
a fratura, a luxação pode ser exposta ou fechada, e ainda completa ou incompleta.
O dano causado ao tecido pode ser muito grave, afetando vasos sanguíneos, nervos e
a cápsula articular.
Sinais e sintomas:
Dor intensa na articulação afetada;
Inchaço;
Deformidade na articulação;
Hematomas; e
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Impotência funcional.
Conduta
Aplicar gelo ou compressas frias, sem restrição, protegendo a pele do acidentado, para
evitar lesões causadas pelo frio;
Imobilizar a área afetada; e
Encaminhar a vítima para avaliação médica
Fratura
É a ruptura total ou parcial de um osso. Uma fratura recebe o nome de fratura fechada sempre
que os ossos não perfurarem a pele. Por outro lado, quando o osso fraturado entra em contato
com o meio externo, rompendo a integridade da pele, recebe o nome de fraturaaberta. Esse
rompimento pode ser provocado por fragmentos ósseos ou por objetos penetrantes. A fratura
aberta apresenta alto risco de infecção, por expor a parte interna do organismo ao contato com
bactérias.
Sinais e sintomas
dor intensa, mesmo em movimentos delicados (solicitar que o paciente realize o
movimente, não o forçando);
enchimento capilar lento (edema), podendo haver deformação do local atingido, como
angulação e encurtamento;
espasmos na musculatura;
palidez e cianose nas extremidades,
incapacidade ou limitação dos movimentos;
comprometimento da sensibilidade; e
crepitação (som semelhante ao ruído produzido ao se esfregar cabelos entre os dedos)
gerada pelo atrito de um fragmento ósseo contra o outro, percebida apalpando-se o
osso.
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Conduta
Fratura fechada ou Aberta
Alinhar o membro, quando possível, tracionando-o. Se encontrar muita resistência,
imobilizar na posição encontrada;
Colocar curativo com gaze ou pano limpo, no local do ferimento (Caso haja);
Controlar a hemorragia (Caso haja);
Forrar as talas com panos ou qualquer outro material macio, a fim de não ferir a pele
da vítima;
Imobilizar com tala ou material rígido (a imobilização deve atingir uma articulação
acima e outra abaixo da fratura);
Remover a vítima com maca, evitando movimentar a parte afetada.
Contusão
São causadas por uma batida em partes moles, sem fratura. Na região, surge uma
vermelhidão e, se houver rompimento de algum vaso (veia), gera um hematoma (roxo).
Fig.70- Contusão
Distensões
É a lesão do tecido mole, resultante da laceração, descontinuidade de fibras musculares.
NOTA: Sempre que imobilizarmos um membro fraturado, devemos deixar os dedos da
vítima livres, para verificarmos qualquer alteração de circulação. Caso apresentem inchaço,
adormecimento ou fiquem roxos, as tiras que amarram as talas devem ser afrouxadas.
Fig.71- Distensões
Fig.72 Distensão
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3.6 Uso de Bandagens, Curativos e Imobilização.
CURATIVOS
Consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando necessário, com
a finalidade de promover rápida cicatrização e prevenir contaminação e infecção.
Fig.73 Curativos
IMOBILIZAÇÃO
Com o propósito de conter os movimentos e estabilizar um determinado segmento, as
imobilizações podem ser realizadas por talas ou bandagens, improvisadas ou não.
A prioridade do socorrista é detectar e controlar os problemas que possam ameaçar a
vida da vítima. As lesões de extremidades devem ser atendidas ou imobilizadas num segundo
momento, após o estado do paciente ficar estável. Lembrando-se de fazer a verificação CABD
(para garantir boa circulação, deverá haver batimento cardíaco e consequente pulsação).
Como regra geral nunca deveu atrasar a remoção de um paciente grave, em função da
imobilização de uma extremidade.
As imobilizações, realizadas para atendimento de primeiros socorros, devem seguir os
seguintes princípios básicos:
Tranquilizar a vítima, explicando o que será feito;
Manter a vítima deitada, preferencialmente em decúbito dorsal (barriga para cima);
Descobrir a lesão cortando a roupa;
Remover anéis e braceletes que possam comprometer a circulação;
Cobrir lesões abertas com gaze, lenço ou pano limpo;
Colocar as extremidades da vítima em posição anatômica e alinhada. Havendo
resistência, imobilizar na posição encontrada;
Acolchoar imobilizadores rígidos, evitando ferimentos;
Não tentar reduzir fraturas ou luxações, pois isto deve ser feito por especialistas;
Fixar as talas com bandagens;
A imobilização deve incluir uma articulação acima e uma abaixo do ponto de fratura.
Assim, o comprimento da tala utilizada deve ultrapassar estas duas articulações;
Verificar, antes e depois da imobilização, pulsação em regiões depois da fratura,
sensibilidade e movimentação (perguntar se o paciente sente o toque e se consegue
movimentar os dedos). Caso a pulsação desapareça após a imobilização, retirar o
imobilizador, realinhar e remobilizar;
Elevar a extremidade após o procedimento, se possível.
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Equipamentos para Imobilização
Bandagens: Constituem a única opção pré-hospitalar para imobilização de fraturas de
clavícula, de cabeça do úmero e da escápula. São utilizadas na forma triangular ou em
gravata, que oferecem a possibilidade de confecção de tipoias e de auto imobilização.
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manualmente até estar fixada no imobilizador. O colar cervical, isoladamente, não é um bom
imobilizador, pois não impede totalmente os movimentos da coluna.
Rolamento de 90º
Indicado para vítimas em decúbito dorsal (deitada de barriga para cima);
Um dos socorristas estabiliza a cabeça do paciente por trás (líder);
Outro socorrista (auxiliar) aplica o colar cervical;
Um dos socorristas posiciona a prancha paralelamente à vítima, do lado oposto ao do
rolamento;
Dois auxiliares se ajoelham, lado a lado, no nível dos ombros e joelhos da vítima;
Rola-se a vítima em bloco ao comando do líder, até a posição de decúbito lateral, para
o lado onde estão os socorristas auxiliares;
A prancha é deslizada até encostar-se ao corpo da vítima;
Após o comando do socorrista líder, a vítima é devolvida, em bloco, ao decúbito dorsal
sobre a prancha;
Ajustar a vítima sobre a prancha com tração a cavaleiro, no sentido da cabeça;
Manter, todo o tempo, a estabilização manual da cabeça e pescoço;
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Fixar o tronco e extremidades com os cintos;
Aplicar e fixar a cabeça da vítima ao imobilizador lateral.
Rolamento de 180º
Indicado para vítimas encontradas em decúbito ventral (deitado de barriga para
baixo);
O socorrista líder fica atrás da cabeça da vítima e inicia a estabilização manual;
Posicionar a prancha paralelamente ao corpo da vítima, do lado para o qual o
rolamento será feito;
Os dois auxiliares se colocam ajoelhados sobre a prancha, no nível dos ombros e
quadris da vítima;
Após o comando do líder, rolar a vítima 90º, em bloco, para o lado da prancha,
deixando-a em decúbito lateral;
Os auxiliares saem da prancha, ajoelhando-se no solo;
O líder comanda o novo rolamento da vítima sobre a prancha;
Colocar o colar cervical;
Aplicar os imobilizadores da cabeça.
Fig.79 Rolamentos
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Transporte por um socorrista
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Transporte por três ou mais socorristas
Seguem os procedimentos:
Procedimento antes do Resgate
Aplicar os primeiros socorros no(s) ferido(s),caso existam;
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Solicitar socorro; Informar o tipo de trauma ocorrido com o ferido, reportando o máximo de
informações possíveis; Navegar para o porto mais próximo, ou tentar aproximar-se de terra, caso
possível, informando a posição inicial e o rumo; Manter escuta na frequência de socorro;
Ao avistar a aeronave, recolher todo o material que estiver no convés e que possa voar quando a
aeronave se aproximar;
Procedimento durante o Resgate
Manter a calma; Se dispuser de rádio transmissor, comunicar-se com a aeronave através do
canal 16, de modo que possa receber instruções; Siga as instruções dos pilotos; Procure manter
a embarcação aproada contra o vento;
Após a descida do tripulante da aeronave, não prender o gancho ou cabo guia da maca em
nenhuma parte do barco.
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Fig.89 Bote de Resgate
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Fig.91- Equipamento para resgate
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Módulo 3
Disciplina: Prevenção e Combate a Incêndio
Sigla: PCI/P
Em uma plataforma de petróleo pode ocorrer diversas emergências, dentre elas, uma das
mais temidas é, sem dúvidas, a ocorrência de um incêndio.
Devido à quantidade de materiais inflamáveis a bordo, tais como: óleo, gás, tinta,
equipamentos energizados, material para limpeza e manutenção dos equipamentos etc. a
facilidade de propagação das chamas e a possibilidade de seguidas explosões, um princípio de
incêndio a bordo já é motivo para diversos tipos de reações, tensões e preocupações.
Por isso, a melhor opção, sem dúvidas, é a prevenção, ou seja, evitar a ocorrência de um
sinistro a bordo. Para isso, há necessidade de conhecermos como pode surgir um incêndio, a
propagação e o que poderemos fazer para evitar ou retardar esses eventos.
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Fogo e Incêndio
O fogo é uma reação química de oxidação com desenvolvimento de luz e calor.
Faz parte do nosso dia-a-dia.
Conceitua-se incêndio como a presença de fogo em local não desejado e fora de controle
capaz de provocar, além de prejuízos materiais, danos ao ser humano, tais como: queimaduras,
asfixias e intoxicação por fumaça e morte.
Triângulo do Fogo
Para que haja combustão é necessária a presença dos três elementos que compõem o fogo em
proporções ideais (oxigênio, calor e combustível). A velocidade da combustão está
relacionada ao estado físico do combustível. Vale lembrar que o fogo ocorre a partir dos vapores
desprendidos dos combustíveis (estado gasoso), daí a importância de conhecer o triângulo do
fogo e trabalhar na prevenção.
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Tetraedro do Fogo
Além do triângulo de fogo, temos também o tetraedro de fogo que, além de incluir
combustível, comburente e calor, também considera a reação em cadeia, pois para o fogo se
manter aceso é necessário que a chama forneça calor suficiente para continuar a queima do
combustível. Sendo assim, quando os elementos (combustível, calor e comburente) estão
presentes na proporção ideal surge o fogo e aí dá se início o processo da reação em cadeia que é
a auto sustentação do fogo sem necessidade de nenhuma interferência externa.
Combustível
Combustível é toda substância capaz de queimar e alimentar a combustão. Segundo o
estado físico em que se apresenta, divide-se em três grupos: Combustíveis sólidos,
líquidos e gasosos.
Comburente
Comburente, ou agente oxidante, é o elemento químico que possibilita vida às chamas e
intensifica a combustão. O comburente mais comum na natureza é o oxigênio, encontrado na
atmosfera em uma proporção de 20.9%.
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Fig.98- Conjunto de Solda Oxi-acetílica
Fig.99- Cilindro de oxigênio
Calor
Para que haja a combustão, é preciso que seja fornecido ao combustível calor necessário
à elevação da sua temperatura, provocando desprendimento de gases ou vapores em quantidade
suficiente para fazê-los queimar, essa temperatura é conhecida como temperatura de ignição do
combustível.
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Fig.101 - Proporções de gasolina
Tipos de Combustão
A combustão é classificada de acordo com sua velocidade, a qual varia segundo o estado
físico dos combustíveis, sendo lenta para combustíveis sólidos, rápida para os líquidos e
instantânea para os gasosos. Além disso, a combustão pode ser completa ou incompleta.
Na combustão incompleta, por sua vez, não há o suprimento de oxigênio adequado para
que ela ocorra de forma integral. O reagente irá queimar em oxigênio, mas poderá produzir
inúmeros produtos, tais como: vapor d’água, CO, CO2 etc.
O CO é um gás instável, inodoro e ávido de oxigênio, sendo, por isso, altamente tóxico e
explosivo. Quando presente no ambiente, a uma concentração maior ou igual a 0,4%, mata em
menos de uma hora; a partir de 0,5%, causa morte instantânea; e de 12,5% a 75% torna-se
explosivo.
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Fenômenos da Combustão
Toda combustão provoca a modificação dos aspectos físicos e químicos dos corpos e tem
como resultado uma mistura de gases altamente aquecidos, que variam de acordo com suas
composições químicas.
Explosão
Uma explosão é um processo caracterizado por súbito aumento de volume e grande liberação
de energia, geralmente acompanhado por altas temperaturas, produção de gases e forte
estrondo. Uma explosão provoca ondas de pressão ao redor do local onde ocorre.
Intensidade da Combustão
É assim denominado o volume de chama que se desprende de um incêndio. Dois fatores são
determinantes para a ocorrência deste fenômeno: a superfície de contato com o comburente
e o nível de concentração do oxigênio no compartimento.
Principio de incêndio.
São aqueles que envolvem uma peça de vestuário, uma peça de mobiliário, um motor etc., e que
podem ser dominados facilmente com aparelhos extintores ou baldes d’ água.
Pequenos incêndio.
São os que envolvem um cômodo, um compartimento interno etc., os quais
exigem maior quantidade de agentes extintores e tempo.
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Médios incêndios.
São aqueles que envolvem um andar, uma casa residencial, uma pequena oficina etc. Neste
caso, a presença de uma equipe de brigada de incêndio de uma indústria que possua rede
hidráulica e proteção por extintores poderá extinguir o incêndio.
Grandes incêndios.
São os que envolvem um edifício inteiro, grandes lojas, grandes barracões,
uma indústria, etc.
Incêndios extraordinários.
São aqueles que envolvem diversas indústrias, diversos quarteirões, cidades inteiras etc.
Cigarros e fósforos;
Uso de equipamentos elétricos portáteis;
Trapos e estopas embebidos em óleo ou graxa;
Acúmulo de gordura nas telas e dutos de extração;
Serviço com equipamento de solda elétrica ou oxi-acetilênica;
Porão com acúmulo de óleo ou lixo;
Vasilhame destampado contendo combustíveis voláteis;
Uso desnecessário de materiais combustíveis;
Instalações e equipamentos elétricos deficientes;
Prevenção de Incêndios
Qualquer ação desencadeada com o propósito de evitar a ocorrência de incêndios ou
minimizar suas consequências é genericamente classificada como prevenção de incêndio,
constituindo-se em um dos aspectos mais importantes no planejamento da proteção de uma
coletividade. O conjunto de medidas preventivas engloba as seguintes atividades:
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Elaboração de normas sobre a instalação e manutenção de equipamentos de detecção; e
Formação, treinamento e exercícios práticos de brigadas de incêndio.
As atividades relacionadas à proteção propriamente dita visam a estabelecer medidas
voltadas para a detecção e controle do incêndio e sua posterior contenção e extinção.
Essas medidas são agrupadas em duas categorias:
Medidas ativas, que abrangem a detecção, o alarme e as várias ações executadas,
manual ou automaticamente, visando à extinção do fogo; e
Medidas passivas, que abrangem o controle dos materiais, os meios de escape, a
compartimentação das instalações e a distribuição de aparelhos extintores pelas áreas da
empresa, do navio ou da plataforma offshore.
Objetivos da Prevenção de Incêndio
As medidas de prevenção de incêndio são estabelecidas e adotadas de forma a atingir os
seguintes objetivos:
a) Garantia da preservação da vida das pessoas que se encontrarem no interior do
compartimento incendiado;
b) Minimização dos danos materiais.
Condução
Transmissão pelo contato direto de molécula para molécula, ou seja, o calor se propaga de um
corpo para o outro por contato direto ou de um condutor intermediário. Por exemplo: materiais
sólidos, vigas, chaparias (barra de ferro levada ao fogo).
Irradiação
Transmissão do calor por meio de raios caloríficos que atravessam o ar, irradiados pela fonte
de energia. A energia do calor é transmitida através da atmosfera em linha reta através do
espaço. Por exemplo: a energia do sol chega até nós através das ondas eletromagnéticas.
Convecção
Transmissão do calor pelo movimento das ondas caloríficas na atmosfera. Como o ar quente
é mais leve do que o frio, as camadas aquecidas tendem a subir, afastando-se da fonte de calor,
enquanto as frias tendem a descer, aproximando-se da fonte de calor.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.103- Explosão por gases confinados num espaço
Cuidado com fósforos. Habitue-se a apagar os palitos de fósforo antes de jogá-los fora.
Obedecer à sinalização. Não fume em locais proibidos, mal ventilados ou sujeitos a alta
concentração de vapores inflamáveis como os de cola e produtos de limpeza.
Nunca apoiar velas sobre caixas de fósforos ou materiais inflamáveis.
Não utilizar a casa de força, a casa de máquinas dos elevadores ou a casa de
bombas como depósitos de materiais combustíveis. São locais importantes e perigosos,
que devem estar sempre desimpedidos.
Ao realizar um serviço de corte ou solda, verifique se não existem materiais
combustíveis nas proximidades, e se for realizar esse serviço em tanques que armazenem
combustíveis líquidos, assegure-se de que o mesmo foi desgaseificado corretamente.
Instalações e Equipamentos Elétricos
A sobrecarga na instalação elétrica é uma das principais causas de incêndios. Se a corrente
elétrica está acima do que a fiação suporta, ocorre sobreaquecimento dos fios, podendo
acarretar um incêndio. Por isso:
Não ligue mais de um aparelho por tomada. Essa é uma das causas de sobrecarga na
instalação elétrica.
Não faça ligações provisórias. Tome sempre cuidado com as instalações elétricas. Fios
descascados, quando encostam um no outro, provocam curto-circuito e faíscas.
Antes de instalar um novo aparelho elétrico, verifique se não ocorrerá sobrecarga do
circuito.
Fazer o aterramento correto – para descarregar o acúmulo de energia.
Chame um técnico qualificado sempre que encontrar um dos seguintes
problemas:
Constante abertura dos dispositivos de proteção (disjuntores).
Queima freqüente de fusíveis.
Aquecimento da fiação e/ou de disjuntores.
Quadros de distribuição com dispositivos de proteção do tipo chave-faca, com fusíveis
cartucho ou rolha. Substitua-os por disjuntores ou fusíveis do tipo Diazed ou NH.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fiações expostas (a fiação deve estar sempre embutida em eletrodutos).
Lâmpadas incandescentes instaladas diretamente em torno de material combustível,
pois elas liberam grande quantidade de calor.
Inexistência de aterramento adequado para instalações e equipamentos elétricos, como
torneiras e chuveiros elétricos, ar-condicionado etc. Evite aterrá-los em canos d'água.
ATENÇÃO: toda instalação elétrica deve estar de acordo com a Norma NBR 5.410, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
Instalações a Gás
Somente pessoas habilitadas devem realizar consertos ou modificações nas instalações de
gás.
Sempre verifique possíveis vazamentos no botijão, trocando-o imediatamente caso constate
alguma irregularidade.
Se um botijão estiver visualmente em mau estado, deve ser imediatamente substituído.
Nunca use fósforos ou chamas para verificar vazamentos; use apenas água e sabão.
Nunca tente improvisar maneiras de eliminar vazamentos, como utilizar cera, por exemplo.
Coloque os botijões sempre em locais ventilados.
Sempre conectar o registro do botijão apenas com as mãos, para evitar rompimento da
válvula interna.
Aparelhos que usam gás devem ser revisados pelo menos uma vez a cada dois anos.
Ao detectar cheiro de gás, indicando vazamento sem chamas:
Não ligue ou desligue a luz e nem aparelhos elétricos;
Afaste as pessoas do local e procure abrir portas e janelas para aumentar a ventilação;
Feche o registro de gás para restringir o combustível e o risco de propagação mais
rápida de um eventual incêndio. Não há perigo de explosão do botijão se você fechar o registro;
Se possível, leve o botijão para um local aberto e ventilado; e
Chame a Brigada de Incêndio.
Ao detectar um vazamento de gás com chamas:
Feche o registro do gás;
Retire todo o material combustível que estiver próximo ao fogo;
Se possível, retire o botijão do local antes que o fogo possa atingi-lo; e
Chame a Brigada de Incêndio.
Áreas de Circulação
Mantenha sempre desobstruídos corredores, escadas e saídas de emergência, sem
vasos, tambores ou sacos de lixo.
Nunca guarde produtos inflamáveis nesses locais.
Jamais utilize corredores, escadas e saídas de emergência como depósitos, mesmo que
provisoriamente.
As coletas de lixo devem ser planejadas de modo a não comprometer a evacuação dos
compartimentos em caso de emergência.
As portas corta-fogo não devem ter trincos ou cadeados.
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Ao lavar as áreas de circulação, evite que a água atinja os circuitos elétricos ou
enferruje as bases das portas corta-fogo.
Nunca permita que a água se infiltre pelas portas dos elevadores, pois isso pode
provocar sérios acidentes.
Conheça bem a área em que você circula mora ou trabalha, principalmente os meios de
escape e as rotas de fuga.
Vigilância
Sistema de prevenção utilizado com a finalidade de reduzir os possíveis riscos eminentes
encontrados a bordo da embarcação. A vigilância destina na verificação, detecção e correção de
irregularidade para que possam ser sanadas sem que causem maiores prejuízos.
Sistema de Patrulha
Sistema de controle de prevenção utilizado por um ou mais brigadistas com a finalidade de
inspecionar a embarcação a fim de reduzir os riscos eminentes de incêndio e se necessário
combate-lo no momento inicial. Esses homens guarnecem máscaras, percorrendo
sistematicamente todas as áreas, á procura de anormalidades. Ao detectarem uma avaria,
passam automaticamente a combatê-la a fim de evitar maiores danos à embarcação.
Cabe aos empregadores tomar as seguintes medidas de proteção contra incêndio nos locais onde
se realizam trabalhos a quente:
a) providenciar a eliminação ou manter sob controle possíveis riscos de incêndios;
b) instalar proteção física adequada contra fogo, respingos, calor, fagulhas ou borras, de modo a
evitar o contato com materiais combustíveis ou inflamáveis, bem como interferir em atividades
paralelas ou na circulação de pessoas;
c) manter desimpedido e próximo à área de trabalho sistema de combate a incêndio,
especificado conforme tipo e quantidade de inflamáveis e/ou combustíveis presentes;
d) inspecionar o local e as áreas adjacentes ao término do trabalho, a fim de evitar princípios de
incêndio.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig. 104 - Biombo de proteção
Controle
Trabalho a quente, para fins desta Norma, considera-se trabalho a quente as atividades
de soldagem, goivagem, esmerilhamento, corte ou outras que possam gerar fontes de ignição
tais como aquecimento, centelha ou chama.
Nos locais onde se realizam trabalhos a quente deve ser efetuada inspeção preliminar, de
modo a assegurar que:
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Fig.105 - Manta de proteção
Utilização de gases
Nos trabalhos a quente que utilizem gases devem ser adotadas as seguintes medidas:
Somente é permitido emendar mangueiras por meio do uso de conector, em conformidade com
as especificações técnicas do fornecedor/fabricante.
b) instalados de forma a não se tornar parte de circuito elétrico, mesmo que acidentalmente;
d) quando inoperantes e/ou vazios, mantidos com as válvulas fechadas e guardados com o
protetor de válvulas (capacete rosqueado).
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Fig.106- Sistema de exaustão
É proibida a instalação de cilindros de gases em ambientes confinados.
Sempre que o serviço for interrompido, devem ser fechadas as válvulas dos cilindros, dos
maçaricos e dos distribuidores de gases.
Os equipamentos inoperantes e as mangueiras de gases devem ser mantidos fora dos espaços
confinados.
Equipamentos elétricos
Devem ser utilizados cabos elétricos de bitola adequada às aplicações previstas, e com a
isolação em perfeito estado.
Os terminais de saída devem ser mantidos em bom estado, sem partes quebradas ou isolação
trincada, principalmente aquele ligado à peça a ser soldada.
Deve ser assegurado que as conexões elétricas estejam bem ajustadas, limpas e secas.
Medidas Específicas
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Fig. 107 - Área sinalizada com fita
As aberturas e canaletas devem ser fechadas ou protegidas, para evitar projeção de fagulhas,
combustão ou interferência em outras atividades.
Quando definido na APR, o observador deve permanecer no local, em contato permanente com
as frentes de trabalho, até a conclusão do serviço.
Quanto mais rápido um incêndio for detectado, maior será a velocidade da resposta para sua
extinção e, em consequência, maior será a probabilidade de sucesso desta operação. Para isso, é
de suma importância a identificação das classes de incêndios bem como dos agentes extintores a
ser utilizados.
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CLASSES DE INCÊNDIO
Classe Exemplos de Materiais Combustíveis
Incêndios em materiais sólidos fibrosos, tais como: madeira, papel, tecido etc, que se
A
caracterizam por deixar resíduos, como carvão e cinza.
C Incêndios que envolvem equipamentos elétricos energizados: motores, geradores, cabos etc.
D Incêndios em metais combustíveis, tais como: magnésio, titânio, potássio, zinco, sódio etc.
As duas primeiras classes de incêndio, “A” e “B”, caracterizam-se pelo modo como queimam.
O incêndio classe “A” apresenta como resíduos cinza e brasas, queimando em superfície e
profundidade; já os de classe “B” queimam na superfície, não deixando resíduos.
Para a terceira classe, “C”, o fator relevante é a energia elétrica.
A classe “D”, em razão das características dos metais em combustão, requer o uso de
agentes extintores especiais, bem como métodos específicos de aplicação.
110
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Abafamento – atua de forma a eliminar o comburente por meio da retirada do oxigênio, sendo
de difícil aplicação, a não ser em pequenos incêndios.
111
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.114– Quebra da reação em cadeia
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.115– Classes e símbolos dos extintores portáteis
Extintor de Pó “D”
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Os extintores de Pó “D” foram desenvolvidos especialmente para incêndios em metais
brancos (classe “D”) e extinguem o fogo, principalmente, por abafamento. É composto de
Cloreto de Sódio, Fosfato Tricálcio, aditivo termoplástico e metal estearato.
Extintores de Pó ABC
O extintor de Pó ABC não é nocivo à saúde nem ao meio ambiente. Seu principal
componente é o fosfato monoamonico, produto largamente usado na fertilização agrícola. Apaga
as três classes de incêndio “A”, “B” e “C”.
Extintor de Espuma
A espuma é formada por um liquido gerador de espuma (LGE), água e o ar, que é introduzido
através de orifícios existentes na extremidade da mangueira de descarga. Utilizado para extinguir
incêndios classe “A” e “B”
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Extintor Classe “K”
Os extintores Classe K foram desenvolvidos especialmente para incêndios em banhas,
gorduras e óleos superaquecidos (classe “K”) e extinguem o fogo, principalmente, por
abafamento. Seu principal componente é o acetato de potássio e água.
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Procedimentos de Evacuação
Ao evacuar um compartimento em chamas, o mais importante é mantermos a calma e
agirmos com rapidez, procurando cumprir os procedimentos preconizados.
Assim, se o compartimento incendiado estiver tomado pela fumaça, devemos usar um lenço
molhado para cobrir o nariz e a boca e rastejar para a saída, respirando junto ao piso, uma vez
que a tendência da fumaça é subir, pois o ar quente é mais leve do que o ar frio.
Usando escadas
Desça de costas e segure o guarda-corpo;
Teste a integridade e a resistência dos degraus, antes de utilizá-los;
Faça com que o uso da escada seja feito somente por uma pessoa de cada vez;
Utilize o seu lado direito, caso a escada permita circulação de mais de uma pessoa.
Sinais de calor
Verifique a temperatura de pisos, paredes e acessórios, como portas e maçanetas,
tocando-os com o dorso da mão, para obter indicação de fogo no lado oposto.
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Tabela Mestra
Tabela que identifica as funções principais em uma equipe de emergência, determinando
deveres que aumentem a velocidade de resposta construindo a estrutura de comando da equipe
para uma tomada de decisão eficiente. A tabela Mestra é criada com base no projeto, dos níveis
de gerenciamento, do tamanho, do tipo, da certificação e da complexidade da embarcação.
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Dióxido de Carbono (CO2)
O dióxido de carbono é um gás inerte, mas, por se tratar de um único gás, e não de uma
mistura de gases, ocupa uma categoria independente na classificação dos agentes extintores. O
CO2 não conduz a corrente elétrica, é mais pesado que o ar e atua na inibição da combustão e
sobretudo, por substituição do oxigênio, embora secundariamente atue também por
resfriamento.
Tomadas de Incêndio
As tomadas de incêndio são dispositivos colocados na rede de incêndio, aos quais são
conectadas as mangueiras. A bordo, são normalmente instaladas nas canalizações horizontais ou
nas extremidades das derivações verticais.
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Sarilho ou Carretel de Mangueira
Equipamento instalado no piso ou nas anteparas de navios e plataformas, conectados à rede
de incêndio e indicados para princípios de incêndio. Geralmente utilizam um mangote feito de
borracha resistente ao calor, com longo comprimento e um esguicho de uma polegada. A
instalação desse tipo de equipamento pode substituir a de extintores portáteis de água.
Mangueiras e Reduções
As mangueiras atualmente em uso a bordo dos navios e plataformas marítimas são revestidas
internamente com borracha e externamente com uma camada dupla de lona e possuem
diâmetros de 1 ½ e de 2 ½.
Cada seção de mangueira mede cerca de 15,25 metros de comprimento e suas extremidades
são adaptadas com conexões tipo engate-rápido.
Esguichos Variáveis
Os esguichos variáveis apresentam alguns detalhes, característicos de cada fabricante, que os
diferenciam uns dos outros. Esses detalhes, em sua maioria, dizem respeito ao desenho do
punho, ou mesmo a sua existência ou não. Isto faz com que sejam identificados e conhecidos
pelos nomes de seus respectivos fabricantes. Apesar dessas pequenas diferenças, todos os
esguichos operam de acordo com o mesmo princípio de funcionamento usado em algumas
duchas domésticas. O difusor dispõe de um movimento de aproximação e afastamento do corpo
do esguicho, pela rotação de uma luva roscada na extremidade de saída. Esse movimento
permite variar o formato do jato de água desde um leque, com ângulo de abertura de 120º
(neblina), até um jato em linha reta, chamado jato sólido (alguns não têm possibilidade de jato
sólido, apenas neblina com um leque menor).
120
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Posto de Incêndio
São locais específicos, pintados de vermelho, onde encontramos material e equipamentos
para combate a incêndio, como mangueiras, chaves de mangueiras, esguichos.
A localização dos postos de incêndio, acessórios e equipamentos para combate a incêndio
deve atender aos seguintes requisitos:
Fácil visualização;
Fácil acesso, não podendo ser obstruído;
Baixa probabilidade de um incêndio bloquear o seu acesso;
Existência de sinalização (placas de aviso).
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
3.3. Ações da EMCIA e da Brigada de Incêndio em relação
ao controle de avarias em caso de queda (crash) de
aeronave no helideque da plataforma.
Controles de Avarias - CAV
É o conjunto de meios necessários para a preservação ou restabelecimento da estanqueidade,
capacidade de manobra e estabilidade, e prover adequada proteção contra incêndios, controle
dos agentes químicos agressivos e remoção de feridos.
Crash
É o choque de uma aeronave contra uma superfície na ocorrência de perda de controle. No
caso de crash, poderão ocorrer algumas reações, como:
- Pânico;
- Ferimento;
- Desorientação;
- Confusão; e
- Incêndio.
122
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Equipe de Segurança do Heliponto
Equipe de manobra e combate a incêndio de aviação (EMCIA), e a equipe orgânica da unidade
que em caso de “Crash” da aeronave a bordo, executará as tarefas de combate a incêndio de
aviação, de salvamento e, se for o caso, de alijamento da aeronave acidentada.
Generalidades
Todo material cujo propósito básico seja proteger o ser humano que combate uma
emergência, contra quaisquer fatores que coloquem em risco sua integridade física, é conhecido
genericamente como equipamento de proteção.
Os componentes da equipe de combate a incêndio devem utilizar os seguintes tipos básicos
de proteção, antes de iniciar o combate propriamente dito:
Proteção contra queimaduras;
Proteção respiratória; e
Proteção contra choques na cabeça.
Proteção Contra Queimaduras
Quem engaja em fainas de combate a incêndio necessita de proteção contra o calor. Certas
formas de aplicação da água (neblina) e mesmo de espuma (neblina de espuma) oferecem boa
proteção contra o calor irradiado, porém a proteção básica individual está diretamente ligada à
vestimenta.
124
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Proteção básica
Na ausência de roupas especiais, o uso de vestimentas à base de algodão oferece proteção
significativa contra o calor irradiado por um incêndio. Por esse motivo, adotou-se o macacão
como vestimenta padrão a bordo de navios e plataformas marítimas.
Fig.130-
Fig.133- Luvas
Capacete Fig.132- Bota
especiais Fig.131-
especial para combate a
incêndio Balaclava
Fig.134- Roupa
de
aproximação
Roupas de Aproximação
Todos os componentes da Brigada de Incêndio devem usar a vestimenta completa de
combate a incêndio, incluindo capuz e luvas anti-flash, além de capacetes com lanterna. As luvas
anti-flash podem ser substituídas por luvas para trabalhos pesados. Em complemento, os
componentes da turma de incêndio propriamente dita devem utilizar roupas de aproximação do
tipo “Fearnought” ou “Nomex”, como as mostradas abaixo e ao lado.
Roupas de Penetração
As roupas de penetração são usadas quando há necessidade de penetrar em ambientes
confinados, logo após a extinção do fogo. Nessa situação, ao abrir a porta de acesso ao
compartimento, a entrada de oxigênio pode realimentar o fogo e, com isso, colocar a pessoa que
está fazendo a reentrada em contato direto com as chamas ou altas temperaturas.
Proteção Respiratória
As quatro principais ameaças ou riscos ao aparelho respiratório encontrados em incêndios
são:
Falta de oxigênio;
Temperatura elevada;
Fumaça; e
Gases tóxicos.
125
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Máscaras Contra Gases Tóxicos
O combate a incêndio em ambientes confinados requer cuidados especiais quanto à
segurança individual do combatente do fogo, devido ao acúmulo de gases tóxicos provenientes
da combustão. Com isso, é extremamente arriscado desenvolver qualquer ação sem a utilização
de equipamentos especiais, capazes de prover ar puro para o utilizador. Esse equipamento é
denominado Sistema de Respiração Autônoma, mais conhecido pelas iniciais de seu nome
original em inglês, SCBA (Self-Contained Breathing Apparatus).
126
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Módulo 4
IV. Disciplina: Técnicas de Sobrevivência Pessoal e
Procedimentos de Emergência
Sigla: TSP/P
127
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Água aberta (entrada de água sem controle na embarcação ou unidade), derramamento
de óleo;
Erupção de poço (blow-out – perda do controle das pressões do poço);
Más condições de tempo, correntes marinhas ou movimentos no fundo do mar que
possam afetar a estabilidade da embarcação ou da plataforma;
Acidentes envolvendo aeronaves;
Queda de uma pessoa no mar;
Morte, doença ou lesão grave de pessoas a bordo;
Acidente envolvendo material radioativo; e
Acidente envolvendo mergulhadores e Afundamento.
128
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Os tipos de sinais de alarme mais comumente encontrados a bordo são:
As principais respostas às situações de emergência a bordo, que envolvem toda a
tripulação e os visitantes, são a evacuação e o abandono.
129
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
A tabela mestra consiste num facilitador onde são preestabelecidos os tripulantes que irão
compor os grupos de ação da embarcação ou unidade. Esta tabela estabelece a função na faina
de acordo com a função a bordo, além de prestar breves orientações gerais sobre algumas
emergências.
130
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
finalidade do briefing de embarque é a conscientização de todos no sentido de que a segurança
da Unidade Marítima Offshore não pode ser negligenciada.
Serão informadas: Principal atividade da unidade; Itens de segurança; Saúde e higiene; e
Itens de salvatagem.
131
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Evite correria e atropelos e mantenha-se sempre pela direita dos corredores e escadas,
munido de seu EPI completo. Não esqueça: o corrimão foi feito para ser usado. Ao subir ou
descer escadas, deixe sempre uma das mãos livres para segurar o corrimão, pois em caso de
queda você já estará apoiado, amenizando as consequências da queda.
1.3 Cartão T
Cada tripulante ou visitante recebe seu cartão chamado “Cartão T” (T-CARD) ou Tabela
Mestra Individual (TMI), onde consta seu nome, a sua matrícula, o seu tipo sanguíneo, a sua
função a bordo, o número do camarote e do leito que deve ocupar, o número de sua baleeira e
seu local de reunião, a ser guarnecido em situações de emergência. Serve para identificação e
controle.
Fig.149 - Cartão T
132
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Pontos de Reunião
São locais específicos da plataforma, para onde devem dirigir-se todas as pessoas não
envolvidas com o controle da emergência, a fim de receberem instruções especificas.Deve ser
coordenado por uma pessoa já designada a qual orientará os residentes no que devem fazer até
o momento final da emergência ou mesmo se tiver que evacuar ou abandonar a unidade. O local
designado para ser um ponto de reunião deve ser abrigado das zonas perigosas e o mais
próximo possível dos postos de abandono.
Posto de Abandono
Posto de abandono é o local para onde se dirigem as pessoas que saíram do ponto de
reunião. Em geral é onde encontramos as baleeiras ou balsas salva-vidas a serem utilizadas e
também são conhecidos como Estações de Abandono.
Rotas de Fuga
São indicações que visam orientar o pessoal quanto ao caminho mais curto e seguro para
se chegar até as áreas externas e às Estações de Abandono. São bons auxílios os planos de
segurança.
Devem estar sempre limpas e desobstruídas visando a segurança da locomoção do
pessoal durante uma emergência.
Exemplo de indicações de rota de fuga:
133
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.152 - Plano de segurança
Estações de Abandono
São lugares estratégicos destinados a reunir e posteriormente retirar o pessoal de bordo.
Nas estações de abandono temos o recurso primário de abandono que é a baleeira.
134
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
a) Tempo disponível
A preparação será tão melhor quanto maior o tempo disponível, uma vez que possibilitará
a todo o pessoal a bordo mais tempo para as ações de emergência.
b) Condições atmosféricas e o estado do mar
A correta interpretação dos indícios de tempo e estado do mar, fornecidos pelas
condições atmosféricas de temperatura e pressão, possibilita, por exemplo, antecipar
providências de preparação para mau tempo e qual recurso pode ser utilizado para deixar a
unidade ou embarcação.
c) Conhecimento sobre os equipamentos de salvatagem
Quanto maior o grau de conhecimento dos tripulantes, passageiros e visitantes acerca do
funcionamento e do manuseio dos equipamentos de salvatagem existentes a bordo, maior a
confiança no sucesso das ações de controle da situação de emergência, diminuindo a
probabilidade de perda de vidas humanas. Por isso, é necessário treinamento constante.
d) Disciplina dos passageiros e visitantes
Passageiros e visitantes devem estar preparados para seguir as instruções emanadas do
comando da unidade marítima, da mesma forma que os tripulantes.
Determinação do Abandono
Compete ao Gerente de Unidade Offshore (OIM, GEPLAT ou Comandante), conforme o
caso, determinar o abandonou evacuação. Qualquer iniciativa de abandono da unidade, sem
autorização do Gerente de Unidade só irá complicar ainda mais uma situação, que já é crítica.
Além disso, as providências tomadas pelo por eles juntamente com seus assessores diretos e o
Grupo de Emergência, poderão salvar a unidade marítima, eliminando a necessidade do
abandono.
Portanto, somente após a decisão destes, manifestada por meio da disseminação da
ordem verbal de abandono, é que se deve efetivamente abandonar a unidade.
135
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Dificuldades
Quando o OIM / Gerente de Unidade Offshore determinar o abandono, ou a evacuação da
plataforma ou do navio, uma série de dificuldades poderá ser encontrada pelas pessoas
embarcadas. Evidentemente, essas dificuldades serão fruto da gravidade da situação e podem
variar desde pequenos acidentes pessoais até o rápido afundamento, com numerosas vidas
perdidas.
Poderá haver, por exemplo, falta de iluminação, adernamento, incêndios, alagamentos,
descontrole emocional de algumas pessoas, impossibilidade de acesso a equipamentos de
salvatagem, pessoas caídas ao mar, avarias nos turcos de lançamento de baleeiras etc.
Nessas situações, o mais importante é manter o controle emocional e procurar cumprir
rigorosamente os procedimentos preconizados, sem deixar de liberar o raciocínio para soluções
inovadoras, no caso de serem encontradas situações de emergência inusitadas.
É natural que o ser humano sinta medo em situações de emergência, mas a melhor forma
de controlá-lo é saber o que precisa ser feito; ou seja, estar preparado para enfrentar tais
situações, por meio de conhecimento acerca dos equipamentos e procedimentos de salvatagem e
a realização constante de treinamentos simulados.
136
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.156 - Cintas Eslingues Fig.157 - Uso da cesta de
transbordo
137
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Equipamentos de Proteção Individual
O Equipamento de Proteção Pessoal (EPP) também conhecido como Equipamento de
Proteção Individual (EPI), foi projetado para proteger o indivíduo de riscos associados com
trabalhos perigosos.
Durante o desenvolvimento de uma evacuação ou um abandono, existirá a necessidade
de locomoção até local apropriado para aguardar as orientações a bordo. Para isto, serão
necessárias a utilizações dos EPIs usados normalmente no período normal de trabalho.
Para determinar quais os EPIs adequados será realizada avaliação da tarefa e riscos.
Consiste basicamente de:
Identificação dos perigos e do pessoal em risco;
Determinação do risco;
Decisão se o risco é tolerável;
Preparação do Plano de Ação (se necessário); e
Revisão constante dos Planos de Ação.
Capacete
Cobertura de plástico ou de aço de alto impacto. Composto de uma concha dura e uma
armadura de tela (rede) de suspensão por dentro do capacete que se ajusta á medida da cabeça
também conhecida como carneira composta de uma jugular que deve ser ajustada na região do
queixo. O capacete serve para proteger a cabeça de golpes por quedas de objetos, etc.
Fig.158 - Capacete
Óculos de Segurança
Oferecem proteção para os olhos. Muitos são feitos de plástico de alto impacto e
devemser colocados para proteção contra partículas que se desprendem dos materiais
trabalhados. Devem ser utilizadas proteções de acordo com o serviço que será executado.
Luvas
A proteção das mãos deve ser feita utilizando-se luvas de segurança. A utilização das
luvas não evita acidentes, porém minimiza as suas consequências.
Existem luvas fabricadas de vários tipos de materiais e devem ser utilizadas de acordo
com o serviço a ser executado.
Fig.162 - Luvas de
proteção
139
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Macacão
O macacão utilizado a bordo das unidades offshore é uma vestimenta, que serve de
uniforme e deve ser provido pelo empregador. Alguns tipos de macacões são considerados como
EPIs (Tayvek), dependendo dos tipos de atividades a serem realizadas e oferecem proteção ao
tronco, membros superiores e inferiores contra riscos de origem térmica, mecânica, química,
radioativa, meteorológica e umidade proveniente de operações com o uso de água.
Fig.163 - Macacões
Botas de segurança
São calçados que possuem um metal protetor para os dedos no seu interior. Entretanto,
alguns desenhos são feitos de outros materiais que oferecem a mesma proteção, são mais leves
e oferecem proteção térmica evitando o congelamento dos pés. Devem ser usadas ao se
trabalhar próximo a equipamento pesado ou cobertas abaixo.
Fig.164 - Botas de
segurança
140
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
1.5 Sistemas de comunicações interiores de bordo
A comunicação numa situação de emergência deve ser feita de maneira rápida e objetiva
para conferir um melhor tempo para a resposta dos coordenadores e equipes para as fainas.
Sempre certifique se a mensagem chegou corretamente ao seu destino ou procure
entender bem o que está sendo transmitido durante uma situação de emergência.
VHF Portáteis
São equipamentos de comunicação rádio que estabelecem comunicação entre
trabalhadores da unidade com outras estações externas tais como plataformas, rebocadores e
até mesmo helicópteros. Utiliza-se a faixa de frequência VHF (Very High Frequency). São usados
para fainas de manobras de cargas, transbordos de pessoas e salvamento, considerando-se
desde a ordem de preparar para evacuar ou abandonar.
Fig.165 - Rádio
VHF
UHF Portáteis
São equipamentos de comunicação rádio que estabelecem comunicação entre os tripulantes
dentro da unidade ou até mesmo para fora desta, na faixa de frequência UHF (Ultra High
Frequency). Esses aparelhos são usados para fainas de manobras de operadores, comunicação
entre as equipes de contingências durante treinamentos de incêndio e abandono e outras
operações a bordo.
Fig.166 -
Rádio UHF
Megafones
São aparelhos para amplificar o som da voz humana, para que possa ser ouvida com clareza,
a grandes distâncias.
Fig.167 - Megafone
141
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Telefonia
As unidades possuem sistema de telefonia interna através de ramais. Podem ser utilizados
para comunicação de rotina ou para informar uma emergência.
Fig.168 - Ramal
Fonoclama (Microprioritário)
O mesmo sistema de Intercon, porém que atinge todas as áreas da unidade marítima para
alerta de emergência.
Fig.169 - Fonoclama
Visual
Sinaleiras visuais podem ser utilizadas para locais ruidosos e como complemento de outros
alarmes.
Botoeiras
Botões estrategicamente estalados com a finalidade de disparar o alarme em
determinado lugar, ou em toda a unidade.
Fig.171 - Botoeira
142
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
1.6 A importância de seguir as ordens e instruções da
cadeia de comando.
Plano de Segurança
Segundo a NBR 14.276, Plano de Segurança é o “conjunto de ações e recursos internos e
externos ao local, que permite controlar a situação de emergência”. Este Plano constitui a base
da organização da Brigada de Incêndio de uma instalação industrial, navio ou plataforma
marítima e ainda demonstra informações importantes a serem seguidas pelos tripulantes da
unidade marítima que são empregadas e aplicadas na Tabela Mestra de Emergência.
Sendo assim, serão identificas as funções principais das equipes de emergência,
determinando os deveres e procedimentos de cada uma delas e que garantam alta velocidade de
resposta a emergências e construam a estrutura hierárquica de comando das equipes, para
tomadas de decisões eficientes.
143
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Quando queremos solicitar algo, fazer reclamação, etc., devemos primeiramente nos
dirigir ao nosso superior hierárquico. Este, caso não tenha autonomia para solucionar o
problema, se dirige ao seu superior hierárquico e assim sucessivamente, até chegar ao gerente
da instalação que dará a resposta final.
Um local onde não são respeitadas as ordens e instruções superiores, com certeza será
notado o caos, uma bagunça total, onde cada um toma a decisão que quiser, fazendo o serviço
que quiser, podendo acarretar acidentes graves, brigas e conflitos e, com certeza, grande
quantidade de retrabalho por falta de comunicação e planejamento.
Flotel
Unidade utilizada como apoio, em geral posicionada ao lado de uma jaqueta (plataforma
fixa), interligada por rampa (gang way), a fim de prover reparos, mudanças estruturais, deck,
alojamento, cozinha, etc. Quando o Flotel está atracado junto à plataforma, vários reparos estão
sendo efetuados a bordo, aumentando os riscos de acidentes.
Fig.173 - Flotel
144
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Embarcações de apoio (Supplay-boat)
Embarcações que dão apoio às unidades offshore através do transporte de suprimentos
operacionais e de pessoal, transporte de passageiros (em alguns casos) e outras atividades
correlatas.
As operações entre unidades e embarcações de apoio sempre ocorrerão mediante ao
procedimento específico.
Incêndio a bordo
O incêndio a bordo de uma unidade marítima é uma situação mais assustadora que em
terra. Normalmente o incêndio é combatido em espaços fechados. A água usada nos combates
pode afetar a estabilidade da unidade que armazena ou transporta grandes quantidades de
substancias explosivas e perigosas. Os residentes não têm para onde ir a não ser que evacuem
ou abandonem a unidade. O apoio nesta emergência pode acontecer por meio de embarcações
de apoio.
Operação de Mergulho
É impossível uma eliminação total dos riscos numa operação de mergulho. O melhor que
se pode conseguir é a redução dos riscos a um nível que possa ser considerado como aceitável
(algo nem sempre consensual). A avaliação de risco é uma ferramenta, simples e direta, para
auxiliar em todas as atividades, inclusive às de mergulho, registrando os perigos significativos, os
riscos associados e quais as medidas tomadas para controlar esses perigos, elevando os
patamares de segurança para todos os envolvidos. Todas as unidades e embarcações na
proximidade do local de mergulho devem ser informadas desta operação.
Tais operações devem ser acompanhadas o tempo todo, mantendo-se sempre pessoal de vigia.
146
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.178 - Informações para orientação a bordo
Obras vivas - Parte do casco abaixo do plano de flutuação em plena carga, isto é, a parte que
fica imersa ou quase totalmente imersa.
Obras mortas - Parte do casco que fica acima do plano de flutuação em plena carga e que esta
sempre emersa.
Calado - Distância vertical entre a superfície da água e a parte mais baixa daquele
navio naquele ponto.
150
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Sistema de Lastro
O sistema de lastro compreende um conjunto de sensores, bombas, válvulas, tanques e
outros elementos de controle que visam supervisionar e controlar os elementos de estabilidade
duma unidade ou embarcação.
As subdivisões internas de uma Plataforma são chamadas de compartimentos, os quais
podem ser estanques, isto é, impermeáveis, à água, ao óleo, a gases ou a todos esses
elementos. Normalmente, a palavra estanque, sem outra referência, indica impermeabilidade à
água somente.
Gangway – recurso normalmente utilizado para permitir o acesso de uma unidade à outra.
Exemplo comum da utilização deste recurso é entre um floatel e uma unidade onde será
realizados serviços de manutenção. Para sua utilização é necessário seguir ao plano de
emergência de acordo com as ordens passadas para se ter o controle e prevendo ações futuras.
Em ordem, o pessoal embarcado numa das unidades unidas pela Gangway deve passar para a
outra.
152
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.190 - Baleeira
baleeira.
153
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Helicóptero recurso usado normalmente para embarque e desembarque. Dependendo da
emergência pode ser utilizado para fazer a retirada do pessoal. Veremos mais detalhes no item
sobre embarque e desembarque de helicópteros.
Balsas salva-vidas – embarcação de sobrevivência inflável que pode ser lançada ao mar para
posterior embarque, descida por um turco, dependendo do modelo, ou acionada
automaticamente por afundamento. Veremos mais detalhes no item sobre balsas salva vidas.
Passarela – estrutura projetada para fora da unidade visando afastar o máximo possível o
pessoal que fará o abandono através do salto (sempre utilizando colete).
Escada de fuga – Escadas externas, estruturais que permitem a descida até as proximidades da
água para realização do abandono. Em alguns casos, dependendo da unidade e da maré (no
caso das unidades fixas), o abandono pode ser realizado com a descida até a água, sem a
realização dum salto.
Gangway – Por ser um recurso simples, seu uso para evacuação ou abandono consiste em
basicamente atravessar a gangway de forma coordenada quando autorizado pelo coordenador
local da emergência. Deve-se estar atento para não haver uma desconexão repentina das
unidades devido a problemas relativos a manutenção da posição das unidades ligadas.
Embarcação de Stand-by – Para uso deste equipamento o pessoal a ser transbordado deve se
dirigir em direção a cesta de transbordo quando autorizado, vestindo colete salva-vidas e os
demais EPIs, colocar um dos pés sobre a base da cesta, manter o outro fora da cesta (no
convés), com as mãos segurar nos cabos que formam uma rede. Quando for iniciada a subida da
cesta, colocar os dois pés para cima da base, mantenho o centro de gravidade para dentro da
base. Ao descer, quando estiver próximo do convés da embarcação, manter um dos pés para
fora da base visando tê-lo no convés logo que a cesta tocar o convés da embarcação de stand-
by. Quando seguro, soltar os cabos e afastar-se observando a cesta e o caminho a seguir.
Baleeira – Após a chegada ao posto de abandono todo o pessoal deverá aguardar a ordem para
entrar na baleeira. Quando autorizados, o pessoal deve proceder com o embarque de forma
coordenada, entrando um por vez, ocupando os lugares da popa para a proa, visando permitir o
acesso da baleeira livre para o embarque dos demais. A embarcação só será lançada após
autorização dos coordenador local da emergência.
Fig.195 - Baleeira
155
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Helicóptero – Para embarque no helicóptero o pessoal deve será conduzido até o helideck
conforme for conveniente. Alguns EPIs deverão ser retirados (capacete e colete salva-vidas) e
deverá ser vestido o colete salva-vidas da aeronave. Para a aproximação e afastamento o pessoal
precisa esperar a autorização e quando esta surgir, o pessoal deve se aproximar com o corpo
ligeiramente abaixado, sem portar objetos soltos, pelas áreas laterais da aeronave. Quando
utilizado para retirar o pessoal do mar, será descido da aeronave uma cinta sling que deverá ser
vestida para posterior subida e embarque do pessoal individualmente.
Balsas salva-vidas – As balsas podem ser utilizadas para retirada do pessoal de bordo sendo
arriadas ao mar, quando esta pode ser turcada – o pessoal embarcará pelo convés após a
conexão da balsa no gato do turco, giro para fora da estrutura, disparo, peação e retirada de
todo o material que pode danificar a balsa (como por exemplo, as botas e ferramentas), ou
podem ser usadas após seu lançamento ou disparo automático por afundamento – normalmente
será feito o embarque do pessoal da água para a balsa..
Passarela – Escada de fuga – Para utilizar a passarela e a escada de fuga, a altura deve ser
considerada, sempre buscando a maior proximidade com superfície do mar, assim como a
direção da correnteza e do vento. Sempre deve ser utilizado o colete salva-vidas para realizar o
escape pelo mar usando o próprio corpo.
156
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
2.6 Procedimentos para embarque e
desembarque em helicópteros
Procedimentos de Segurança
Para utilização dos serviços prestados por um helicóptero é necessário que os usuários
sejam, conhecedores de procedimentos que, quando seguidos, serão fundamentais para tomadas
de ações em situações normais e adversas. Para isto, é preciso que todos prestem atenção às
importantes informações que serão prestadas no momento do briefing de pré-embarque.
Briefing do Piloto
O briefing do piloto é feito para familiarizar os passageiros com a localização e utilização
dos cintos de segurança, coletes salva-vidas e da balsa salva-vidas, operação de abertura e
fechamento apropriado das portas dos compartimentos de bagagem e de passageiros, saídas de
emergências, kit de sobrevivência, extintor de incêndio e conhecimento do sistema de
comunicação e equipamentos de sinalização como o Transmissor de Localização de Emergência
(ELT).
Poderão ser incluídas ainda instruções sobre procedimentos especiais ou peculiares à
aeronave ou ao passageiro. SE NÃO ENTENDER ALGUMA COISA, PERGUNTE!
As seguintes informações sobre a segurança de helicóptero podem ser usadas para
prepará-lo para a sua viagem de ida e volta às instalações offshore:
Para o embarque:
Apresente-se no local e horário indicados, em boas condições físicas e mentais;
Participe do briefing de pré-embarque;
Aproxime-se da aeronave à vista do piloto (caminhando de forma ligeiramente
curvada, principalmente na aproximação de aeronaves de menor porte);
Não use ou utilize pequenos objetos como bonés, revistas etc., (elas podem ser
sugadas pelos motores do helicóptero);
Identifique e evite áreas perigosas no exterior da aeronave (esquis, flutuadores,
degraus, antenas etc.)
Evite andar a ré do helicóptero (rotor de cauda);
Pise somente em áreas indicadas. Não pise nos flutuadores;
Inspecione, vista e ajuste o colete salva-vidas;
Observe o tipo de cinto de segurança e o procedimento de soltura do mesmo;
Reveja o cartão de briefing do helicóptero (instruções);
Identifique as saídas de emergência principal e secundária, as áreas de referência e as
rotas de escape. Observe também os obstáculos que possam dificultar ou atrapalhar o
escape (familiarização);
Preste atenção especial às instruções de operação das “SAÍDAS DE EMERGÊNCIA”
colocadas nas portas e janelas; e
Observe a localização dos equipamentos que podem lhe ajudar em uma situação de
emergência. Ex.: kit de primeiros socorros, extintores de incêndios, balsa salva-vidas etc.
Para desembarque:
Qualquer movimento desnecessário neste momento pode fazer com que o piloto mude
sua abordagem para pouso;
Permaneça sentado e preso pelo cinto de segurança até que o piloto ou o copiloto
permita a saída;
157
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Saia ordenadamente e à vista do piloto ou copiloto;
Se houver remoção de bagagens ou os motores estiverem em funcionamento, use de
extrema precaução nas proximidades do helicóptero;
Mantenha distância da cauda da aeronave, pois o rotor de cauda não pode ser visto
quando em rotação;
Procure não cruzar na frente do helicóptero devido os tubos PITOT e o giro baixo do
rotor principal.
Colete Salva-Vidas
O colete salva-vidas aeronáutico é composto de duas câmaras infláveis independentes,
com dispositivos de acionamento individualizados. O principal dispositivo para inflar é composto
de uma ampola de Dióxido de Carbono (CO2). Caso ocorra uma falha no dispositivo da ampola,
um tubo de enchimento oral possibilita inflá-lo com o ar dos pulmões. Nunca acione o dispositivo
de inflar no interior do helicóptero.
Considere que somente uma câmara é suficiente para mantê-lo flutuando em segurança:
guarde a outra câmara para uma futura necessidade.
Coletes Salva-Vidas
Segundo as regras internacionais, das quais o Brasil é signatário, toda pessoa a bordo de
uma embarcação, plataforma marítima ou navio deve possuir um colete salva-vidas individual. Os
coletes são fabricados nas classes: I, II III, IV e V, portanto apenas duas classes são
encontradas em uma Unidade Marítima Offshore.
Bóias Salva-Vidas
As boias salva-vidas destinam-se a servir como auxílio primário à pessoa que caiu no mar
e aguarda salvamento. A boia é fabricada em fibra reforçada, em cor contrastante, não sendo
oca e nem preenchida por material que se desprenda. É provida de linha salva-vidas, fixada em
quatro pontos, formando alças.
160
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.204 - Fumígeno 15
Fig.203 - Boias salva-vidas e equipamentos minutos
Podem ser do tipo solteira, com retinida, com dispositivo luminoso ou com fumígeno de
15 minutos (dispositivo que emite fumaça na cor laranja por 15 minutos e ainda emite sinal
luminoso). Elas devem ser do tipo classe I.
Homem ao Mar
Caso ocorra a queda de um tripulante ao mar, devemos cumprir o seguinte procedimento:
Gritar “homem ao mar” seguidas vezes para que todos saibam que há alguém na
água, sem perder o náufrago de vista;
Lançar uma ou mais bóias para o homem ao mar;
Comunicar a equipe de resgate que descerá o bote de resgate; e
Se possível, entrar em contato com as embarcações mais próximas que possam
recolher ou auxiliar no recolhimento do náufrago.
Roupa de Imersão
Roupas especiais utilizadas em locais em embarcações e unidades offshore que trafeguem
ou operem em áreas onde a latitude é superior aos 60°N e 60°S. Se estiverem substituindo os
coletes salva-vidas deverão possuir acessórios e características como os coletes salva-vidas
classe I.
Para serem vestidas devem possibilitar que sejam vestidas em no máximo 2 minutos. E
para tal deve-se retirar a roupa de dentro de seu local de armazenamento, abri-la sobre o piso,
sentar-se ou deitar-se sobre roupa vestindo primeiramente as pernas, depois o braço menos
hábil, posicionar o capuz, vestir o braço hábil e, em seguida, fechar o zíper até o rosto.
Baleeiras
Existe uma infinidade de modelos de embarcações de sobrevivência rígidas conhecidas
como baleeiras que são equipamentos de utilização primárias em evacuações e abandono,
seguido de balsas salva-vidas como sistema secundário.
As baleeiras têm diferentes tipos de lançamento e um deles é o conhecido como do tipo
“free-fall” onde a baleeira desliza em uma rampa projetada em direção ao mar afastando-se com
precisão da unidade em perigo. Outro é aquele no qual ela é projetada para fora da unidade
marítima e colocada em direção ao mar no chamado turco rebatível e ainda o turco direcional,
onde a baleeira já se encontra posicionada.
As baleeiras usadas nas unidades offshore são do tido TEMPSC (Totally Enclosed Motor
Propelled Survival Craft) ou seja, totalmente fechada, com propulsão por motor.
As baleeiras possuem, normalmente, as seguintes características principais:
Totalmente fechadas;
São construídas para acomodar de 6 a 150 pessoas;
São construídas com materiais flutuantes e retardadores de fogo;
Possuem piso adequado para impedir a entrada de água e isolar os ocupantes do frio,
se for o caso;
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Possuem casco resistente para suportar lançamento em queda livre de pelo menos 3
metros (as do tipo Free-fall superam este limite);
Possuem cilindros de ar respirável para o pessoal a bordo e para o funcionamento do
motor;
Possuem sistema de borrifo externo para proteção de fogo;
São auto-adriçáveis, totalmente fechadas e as pessoas devem estar com seus cintos
afivelados.
As figuras abaixo apresentam baleeiras totalmente fechadas e tipicamente usadas em
unidades offshore.
As baleeiras do tipo free-fall são fabricadas com características próprias para lançamento
em queda livre, da estrutura ao dispositivo de lançamento.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Tipos de Estações de Lançamento
Tipos de lançamento
Para o uso da balsa podemos usar três tipos de lançamento que são:
Lançamento manual;
Lançamento Manual
Para lançar a balsa salva-vidas ao mar devemos:
Verificar se as condições climáticas são favoráveis. Direção do vento e do mar
proporcionando o afastamento da unidade;
Verificar se o cabo de disparo está preso à estrutura da plataforma ou navio;
164
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Soltar o dispositivo de destrava rápida, deixando o casulo apoiado em seu berço;
Lançar o casulo diretamente ao mar; e
Tracionar o cabo de disparo para que a balsa infle.
Embarque Indireto
No embarque indireto, por sua vez, cada pessoa se lança na água e nada até a balsa.
Nesse caso, o salto do convés da unidade marítima deve ser feito na posição vertical, de pé, com
as pernas cruzadas e braços colados ao corpo, segurando o colete salva-vidas e protegendo as
narinas e mandíbulas para evitar acidentes individuais durante o abandono. Não é aconselhável
que, no momento do salto, a pessoa olhe para baixo. Na verdade isto já deve ter ocorrido antes
do salto
A ação de um embarque indireto ou quando ocorre um acidente em que alguém caia na
água, apresenta uma das dificuldades que é o embarque na balsa salva-vidas, a partir da água.
As balsas possuem cabos, em forma de pequenas escadas de quebra-peito e batentes inflados
que podem ser usados em conjunto, para o impulso do corpo ao seu interior, conforme mostrado
na figura abaixo.
Bote de Resgate
Embarcação orgânica da unidade ou embarcação concebida para salvar pessoas em
perigo dentro da água, assim como reunir e rebocar embarcações de sobrevivência. É
comumente chamado de FRB, iniciais do seu nome em inglês – Fast Rescue Boat.
Âncora Flutuante
Trata-se de um acessório de extrema importância, cujo objetivo é reduzir os efeitos da
deriva da balsa, estabilizando-a nas proximidades do naufrágio.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Esponjas
Servem, basicamente, para enxugar o piso da balsa e recolher o orvalho condensado na
cobertura, desde que não esteja contaminada com água do mar.
Fig.218 - Esponjas
Remos flutuantes
Empregados para propiciar o deslocamento da balsa. São flutuantes para que sejam de
fácil recuperação, em caso de queda no mar.
Abridor de lata
Apesar das rações líquidas atualmente virem acondicionadas em recipientes plásticos, o
Código LSA ainda exige que as balsas salva-vidas dotem um abridor de latas.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Apito
O apito é de uso bastante restrito. Sua utilização geralmente está ligada ao momento que
se segue ao acidente, na reunião das embarcações de sobrevivência e na indicação da direção a
ser tomada pelos náufragos que se encontrem dentro d’água, principalmente no período noturno
ou de pouca visibilidade.
Fig.222 - Apito
Facho Manual
Também empregado em sinalização noturna, sendo acondicionado em tubo cilíndrico
resistente à água, o qual pode ser confeccionado de material refratário ou baquelite.
Sua queima produz facho manual que emite luz encarnada brilhante mantida viva por um
período não inferior a um minuto. O facho deverá ser seguro bem para fora da embarcação de
sobrevivência, no bordo de saída do vento (sotavento), com o braço estendido e elevado
segundo um ângulo aproximado de 45º. As instruções de uso estão impressas no próprio
artefato.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fumígeno Flutuante
Utilizado em sinalização diurna é também acondicionado em um invólucro resistente à
água e ao ser acionado, emite uma fumaça de cor bem visível, em geral laranja, por um período
não inferior a três minutos. As instruções de operação também se encontram impressas no
invólucro.
O fumígeno não foi feito para que o náufrago fique segurando após o acionamento. Como
ele é flutuante, deve ser lançado na água, perpendicular ao vento.
O fumígeno pode, ainda, ser utilizado para indicar, para o piloto do helicóptero de
resgate, a direção e intensidade do vento, auxiliando-o na manobra de aproximação à
embarcação de sobrevivência.
Fig.225 - Fumígeno
Fig.226 - Lanterna
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Refletor Radar
Construído em formato tal que se constitua em bom refletor para as ondas
eletromagnéticas emitidas por radares. Com isso, facilita a localização da balsa pelas equipes de
resgate. Deve ser posicionada com a haste na posição vertical, na maior altura possível.
Espelho Heliográfico
Utilizado em sinalização diurna, para refletir os raios solares em direção da equipe de resgate ou
de navios ou aeronaves que trafeguem nas proximidades.
A experiência tem demonstrado que o espelho pode ser um meio eficiente de sinalização
em dias ensolarados, propiciando que os observadores de uma aeronave de busca e salvamento
possam perceber o reflexo do espelho antes mesmo que os náufragos avistem a própria
aeronave.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Ração Sólida
A ração alimentar deverá ter, no mínimo, 10.000 KJ por pessoa que a embarcação de
sobrevivência estiver autorizada a acomodar e deve ser distribuída após as primeiras 24 horas do
abandono.
Ração Líquida
Atualmente, os recipientes de água são de plástico, contendo 1,5 litro de água potável
para cada pessoa que a embarcação de sobrevivência estiver autorizada a acomodar. Também
deve ser distribuída após as primeiras 24 horas do abandono.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Medicamento Contra Enjoo
O náufrago com náuseas poderá ficar desidratado e sofrer de hipotermia. Em face disso, é
importante fazer uso do medicamento contra enjoo, caso necessário.
Instruções de Sobrevivência
Normalmente, trata-se de um pequeno manual de sobrevivência no mar, com instruções e
procedimentos a serem executados pelos náufragos. Aborda os principais tópicos relativos à
sobrevivência, como manutenção do equilíbrio hídrico, obtenção de água potável, alimentação
(pesca), sinalização de emergência, aspectos psicológicos dos náufragos, dentre outros. Também
são encontradas recomendações que visam a orientar os náufragos nos momentos iniciais da
sobrevivência. Geralmente ficam afixados no interior da balsa, em local bem visível.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Roupas de Proteção Térmica
A roupa de proteção térmica, também conhecida a bordo como TPA (do inglês “Thermal
Protective Aid”), tem o propósito de reduzir a perda de calor corporal do náufrago.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
3.3 Pontos de reunião e estações de abandono
Os pontos de reunião e estações de abando serão informados durante o procedimento de
chegada a bordo através do briefing e tabela mestra. Durante uma emergência deve-se estar
atento as informações passadas, pois pode existir alterações nos locais indicados para a
emergência.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Procedimentos para afastamento e permanência
O primeiro perigo após o abandono da plataforma ou navio é a possibilidade de existência
de fogo sobre a água. Os equipamentos e as embarcações de sobrevivência resistem ao fogo por
dois segundos, quando totalmente imersos em chamas.
Sendo assim, devemos nos afastar da área com fogo o mais rápido possível, empregando
os recursos disponíveis para a proteção e o resfriamento da embarcação.
Em caso de um rápido afundamento da unidade marítima, existe ainda o risco da
embarcação de sobrevivência ser sugada juntamente com a plataforma ou navio, o que aumenta
a necessidade de se afastar o mais rapidamente possível do local do sinistro.
Animais marinhos não oferecem grandes riscos, caso todos os náufragos estejam dentro
das embarcações de sobrevivência, especialmente as baleeiras. Entretanto, todas as pessoas que
estiverem na água devem ser retiradas o mais rapidamente possível, particularmente se
percebermos a presença de tubarões.
Quando não for possível utilizar uma embarcação deve-se buscar o auxílio de qualquer
recurso flutuante seguro na tentativa de evitar afogamento e minimizar a ação da hipotermia.
Efeitos do Clima
O clima é um fator importante na sobrevivência dos náufragos. Os principais fatores
físicos ambientais que afetam a sobrevivência são o estado do mar, o frio e o calor.
O mar agitado dificulta a sinalização e o resgate dos náufragos, principalmente se
houver ondas altas, pois a embarcação de sobrevivência pode não ser avistada pelas equipes de
busca e salvamento. Além disso, torna a jornada de sobrevivência ainda mais desconfortável.
O frio é outro fator que afeta a sobrevivência. Em águas frias, é necessário sair de dentro
delas o mais rapidamente possível. A maior causa de mortes em sobrevivência no mar é a
hipotermia por imersão. Além disso, é necessário que o náufrago se proteja do efeito do vento,
especialmente se estiver molhado. Não havendo roupas secas para vestir no lugar das molhadas,
é preciso retirar as roupas e torcê-las, a fim de retirar o excesso de água.
A sobrevivência em temperaturas baixas é uma questão de se manter a temperatura
corporal normal. Em climas mais frios, a tendência do corpo é ceder calor ao meio ambiente. A
consequência dessa perda de calor corporal é a diminuição de nossa temperatura interna, o que
pode levar à morte por hipotermia.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.241 - Clima adverso
Efeitos do Calor
O calor também pode trazer consequências prejudiciais para as pessoas em
sobrevivência no mar, tais como queimaduras, exaustão, insolação, desidratação, etc... Em clima
quente, o náufrago deve retirar o excesso de roupa, mantendo o corpo protegido dos raios
solares, principalmente a cabeça e pescoço.
O calor excessivo acarreta graves distúrbios no organismo, podendo inclusive levar à
morte. A elevação da temperatura corporal sem a correspondente eliminação do mesmo pode
causar insolação.
Geralmente, a insolação é causada por problemas no mecanismo de resfriamento do
corpo e está relacionado com a capacidade de suar da pessoa. A insolação pode causar dores de
cabeça, mal-estar, febre, perda da consciência, convulsões, coma e até a morte.
Alimentação
A água é o alimento mais importante do organismo. Sabemos que o ser humano é capaz
de sobreviver até trinta dias sem ingerir alimentos sólidos, porém não consegue resistir a mais de
dez dias sem água. A água é indispensável para a função das proteínas, servindo como veículo
para as principais funções metabólicas e concorrendo para a regularização da temperatura do
corpo.
Um desequilíbrio orgânico é normalmente observado nas primeiras 24 horas de
permanência em uma embarcação de sobrevivência, após o abandono de uma unidade marítima,
provocando um maior volume de excreção urinária, o que causa a eliminação excessiva de água.
Assim, as reservas de água somente deverão ser utilizadas após essas primeiras 24 horas. Da
mesma forma podemos nos referir à ração sólida, também fazendo parte dos componentes de
palamenta.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Enjoo
O enjoo é sempre um problema para quem está no mar. As pessoas podem ser mais ou
menos suscetíveis ao enjoo, porém muito poucos não sofrem seus efeitos.
O perigo relativo ao enjoo é a desidratação causada pelo vômito, que deve ser evitada,
especialmente se houver pouca água a bordo. Para evitar esta desidratação, é importante a
distribuição de remédio anti-enjoo imediatamente ao abandono.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Alimentos Sólidos
Os alimentos sólidos vêm em segundo plano para a sobrevivência no mar. Entretanto,
houve casos de morte em que os náufragos tinham abundância de água, mas foram negligentes
com relação à busca de alimentos sólidos.
O corpo humano, em estado de repouso, pode sobreviver por muitas semanas com
apenas 750 calorias por dia, tendo em vista que, com o passar do tempo, o estômago encolhe e
a pessoa se acostuma com a dieta reduzida.
As rações sólidas são muito importantes para a sobrevivência dos náufragos por
possuírem, em sua composição, cerca de 90% de açúcar e apenas 10% de amido. Esses glicídios
(açúcares) são metabolizados pelo organismo, produzindo a energia necessária para manter as
funções vitais do indivíduo.
Recomendações Gerais
Não ingerir qualquer tipo de alimentação (aves, peixes, balas, frutas etc), se não
houver uma boa reserva de água potável;
Seguir as instruções para consumo de rações sólidas, contidas no kit de sobrevivência
das balsas;
Utilizar o equipamento de pesca da balsa ou improvisar, se for o caso;
Não consumir pescado cru ou qualquer outro alimento, se sentir náuseas;
Verificar o estado de conservação do alimento, antes de ingeri-lo;
Procurar conhecer os tipos de peixe comestíveis. Se tiver dúvida em algum, use-o
como isca;
Não tentar pescar se houver tubarões na área;
Não se alimentar de moluscos agarrados a cascos de navios ou objetos metálicos;
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Nem todos os animais marinhos podem ser ingeridos. Evite os que contêm espinhos,
ferrões, os celenterados (água-viva, esponja) e os equinodermos (estrela-do-mar, ouriço);
As aves e tartarugas marinhas podem ser consumidas, pois são fontes de líquido e de
proteínas.
Pânico e Solidão
O aspecto psicológico do náufrago também deve ser considerado como fator
preponderante para a sua sobrevivência. A ciência coloca à disposição dos náufragos uma série
de equipamentos que objetivam prolongar a jornada de sobrevivência no mar até o momento do
resgate.
Contudo, a vontade de viver está acima de tudo, pois de nada adianta a existência desses
equipamentos modernos se o próprio náufrago desistiu de lutar por sua vida. Sem vontade de
viver, o ser humano fica exposto às agruras físicas e mentais. Assim, o náufrago deve procurar
uma razão para continuar sobrevivendo, tais como crença religiosa, vontade de rever familiares
etc.
A manutenção do moral elevado dos tripulantes de uma embarcação de sobrevivência é
fundamental. Para isso, devemos procurar manter o grupo sempre em atividade e com o
pensamento positivo. Normalmente causa bons resultados conversar sobre assuntos variados,
relembrar aspectos positivos da carreira como marítimos e realizar jogos e competições de
pescaria. Enfim, devemos estimular a realização de quaisquer atividades que afastem
pensamentos negativos e derrotistas.
Princípios Fundamentais
Ao enfrentarmos uma situação de emergência, como náufrago, é importante termos em
mente que jamais devemos lutar contra a natureza. Sendo assim é importante lembrarmo-nos
dos pilares que a salvatagem ostenta para que, os observando, seja logrado êxito nesta situação
os quais são:
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
3.6 Meios de alerta e sinalização
Para melhor entendimento dos equipamentos ou acessórios encontrados na palamenta de
uma embarcação de sobrevivência devem ser enfatizados os objetivos de cada um meio de
sinalização. Para isto eles serão descritos e explicados da melhor forma possível.
Equipamentos de Sinalização
É necessário que os náufragos tenham algum meio de sinalizar para as equipes de
resgate, internacionalmente conhecidas pela sigla SAR, iniciais das palavras inglesas “Search And
Rescue” (Busca e Salvamento). Para isso, a palamenta das embarcações de sobrevivência inclui
diversos equipamentos e acessórios para indicar a localização dos náufragos para as equipes
SAR, dentre os quais os dispositivos de sinalização de emergência visuais, tais como os foguetes
iluminativos com paraquedas, os fachos manuais, os fumígenos, os espelhos heliográficos e as
lanternas e apitos, estes últimos, obviamente, com alcance mais restrito.
Dispositivos pirotécnicos
O Foguete Iluminativo com Paraquedas, Facho Manual e Fumígeno de 3 minutos são
acessórios encontrados nas palamentas dos equipamentos de sobrevivência e estão enquadrados
na categoria de equipamentos de sinalização conforme suas descrições vistas.
EPIRB
As Unidades marítimas possuem equipamentos mais eficientes, que são as Radiobalizas
Indicadoras de Posição de Emergência, cuja sigla é EPIRB, que poderão ser levadas para bordo
das embarcações de sobrevivência onde poderemos encontrar os Transponders de Busca e
Salvamento, conhecidos como SART.
Fig.243 - EPIRB
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
SART
O Transponder de Busca e Salvamento, cuja sigla, SART, é oriunda das iniciais de sua
denominação em inglês – “Search And Rescue Radar Transponder” – é um equipamento capaz
de oferecer um eco-radar de fácil detecção para emissões na banda X, e faixa de frequência de
operação da maior parte dos radares de navegação de superfície.
Fig.244 - SART
Espelho de sinalização
Espelho de sinalização (ou heliográfico) usado para refletir a luz solar ou um feixe de
holofote para as equipes de resgate para identificar a sua posição. Embora aparentemente
simples, é um erro subestimar a funcionalidade e eficácia deste dispositivo para atrair a atenção.
Um flash de um heliográfico pode ser visto de uma grande distância e com suas qualidades à
prova de falhas continua a ser uma peça essencial do equipamento de sobrevivência.
É previsto que o feixe de luz alcance até 10 milhas na superfície e 40 milhas para uma
aeronave voando a cerca de 5 mil pés.
Outros acessórios
Outros acessórios entram nesta escala de necessidade, principalmente para localização de
outros náufragos. São eles: apito, luz do colete, fitas retrorefletivas, macacões considerados
roupas especiais e ainda os rádios de comunicações.
Sistema Global Marítimo de Socorro e Salvamento
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
O Sistema funciona com as informações iniciais transmitidas pelo EPIRB da plataforma
para o satélite de sua área o qual as retransmitirá a um Terminal Local do Usuário e em cadeia
para um Centro de controle de Resgate chegando até às Equipes de Resgate.
Executando os passos de forma tranquila, certamente o socorro chegará, pois todos os
profissionais envolvidos em busca e salvamento estarão empenhados para que isso ocorra.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.249 - Uso do Fumígeno
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Módulo 5
Disciplina: Conscientização de Proteção
Sigla: CDP/P
Para fazer frente à ameaça do terrorismo internacional e dos inúmeros atos ilícitos que
possam vir a ser cometidos contra os nossos navios e plataformas, além das medidas
estabelecidas pelo código ISPS, é necessária a conscientização geral para que os procedimentos
ali descritos sejam realmente eficazes.
Sem a efetiva participação de todos a bordo não teremos sucesso nessa empreitada.
“Estamos todos no mesmo barco”, nunca um ditado pôde ser tão bem aplicado quanto nesse
momento em que enfrentamos a ameaça de ataques e infiltrações de pessoas ou objetos ilícitos
em nossas unidades. A proteção de navios, instalações portuárias e offshore será diretamente
proporcional à capacidade de se perceber antecipadamente qualquer intenção ilícita e
desestimular ou mesmo interceptar e capturar os potenciais executores antes que possam
concretizar qualquer uma dessas ações nocivas.
Para que isso seja possível, deverá ser parte da rotina de todos a bordo, desenvolver e
por que não treinar essa capacidade de percepção, a qualquer momento e em qualquer lugar, de
tudo o que se passa no interior e ao redor do navio.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
O Sistema Global de Socorro e Segurança (GMDSS) que basicamente engloba todos os
recursos de transmissão rádio disponíveis no navio;
Telefones celulares do navio, telefones via satélite, “boca de ferro” e telefones de
ramais internos; e
Rádios de comunicação VHF portáteis.
188
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
1.3 Definições, termos e elementos relativos à
proteção marítima
Ações Antiterrorismo – Medidas defensivas adotadas para reduzir a vulnerabilidade
contra ataques terroristas.
Ações Contraterrorismo – Medidas ofensivas adotadas para prevenir, deter e
responder aos ataques terroristas.
Security – Proteção
Safety – Segurança
Código ISPS – Código Internacional de Proteção de Navios e Instalações Portuárias
(International Ship and Port Facility Code), que as aplica:
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Organizações de Proteção Reconhecida – RSO – Entidades autorizadas a efetuar
certas atividades como certificação e elaboração de planos de proteção para navios e instalações
portuárias dentre outras relacionadas ao código ISPS em nome do Governo Contratante.
Sociedades Classificadoras – Entidades homologadas pelas Autoridades Marítimas
(DPC) normalmente com abrangência internacional, que por delegação do Governo Contratante,
podem certificar navios nacionais e estrangeiros quanto ao cumprimento do código ISPS.
CSO (Company Security Officer) - Coordenador de Proteção da Companhia-
responsável pelo ISPS nas companhias de navegação.
SSO (Ship Security Officer) – Oficial de Proteção do Navio – responsável pelo ISPS a
bordo do navio.
PFSO (PORT Facility Officer) – Supervisor de Segurança Portuária ou Funcionário de
Proteção da Instalação Portuária – responsável pelo ISPS no porto.
ISPS Code (International Ship and Port Facílity Security Code) - Código
Internacional para proteção de Navios e Instalações Portuárias.
Plano de Proteção do Navio- Ship Security Plan (SSP) – Plano de proteção com as
medidas a serem seguidas para evitar atos ilícitos contra o navio, pessoas e carga.
Plano de Proteção da Instalação Portuária – Port Facility Security Plan (PFSP)
– Plano de Segurança Pública Portuária - plano de proteção com as medidas a serem
seguidas para evitar atos ilícitos contra as instalações, pessoas e cargas no interior de um porto.
Certificado ISSC – (International Ship Security Certificate) - Certificado
Internacional de Proteção do Navio – Documento emitido por uma Sociedade Classificadora
em nome de um Governo Contratante, certificando que um determinado navio cumpre com todos
os requisitos mandatórios estabelecidos no código ISPS.
Declaração de Cumprimento - Documento emitido pela CONPORTOS para um porto
brasileiro, certificando que aquele porto cumpre com todos os requisitos mandatórios
estabelecidos no código ISPS.
Declaração de Proteção- Acordo celebrado entre dois navios ou entre um navio e um
porto, quando houver qualquer desnível de proteção entre eles, estabelecendo medidas que
serão tomadas de comum acordo para fortalecer essa interface contra ilícitos previstos pelo
código ISPS.
Declaração de Ciência - Documento assinado pelos comandantes de navios
estrangeiros, antes de sair de um porto brasileiro, declarando estarem cientes da legislação de
segurança pública portuária do país e assumindo o compromisso de registrarem, perante as
autoridades legais, quaisquer ilícitos que tenham ocorrido envolvendo seus navios, tripulantes e
cargas.
Registro Contínuo de Dados - Este registro aplica-se às embarcações SOLAS de
bandeira brasileira, que efetuem viagens internacionais e deverá ser mantido a bordo e estar
disponível para ser inspecionado a qualquer tempo. A emissão do RCD caberá a Diretoria de
Portos e Costas, e deverá permanecer a bordo em qualquer das seguintes situações:
Transferência de bandeira;
Mudança de proprietário;
Mudança de afretador; ou;
Assunção da responsabilidade de operação do navio por outra companhia.
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
1.4 Legislação de proteção marítima
A legislação internacional está baseada em convenções e resoluções da Organização
das Nações Unidas (ONU), Organização Marítima Internacional (IMO) em relação a proteção
marítima, e também a Convenção das Nações Unidas sobre a Direito no Mar (CNUDM) dentre
elas:
1973 – Aprovação do Tratado da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do
Mar (CNUDM), em inglês sua siglas é UNCLOS (de United Nations Convention on the Law
of the Sea) convocada pela Resolução nº. 3067 (XXVIII) da Assembleia-Geral da ONU, de
16 de novembro do mesmo ano.
A Convenção regula uma grande província do direito internacional, a saber, o direito do
mar, que compreende não apenas as regras acerca da soberania do Estado costeiro
sobre as águas adjacentes (e, por oposição, conceitua o alto-mar), mas também as
normas a respeito da gestão dos recursos marinhos e do controle da poluição.
1982 - Convenção sobre o Direito do Mar (Montego Bay, Jamaica) - adoção pela
primeira vez do termo “PIRATARIA” e definição de pirataria, como segue abaixo nos artigos
100 e 101:
“ARTIGO 100
Dever de cooperar na repressão da pirataria
Todos os Estados devem cooperar em toda a medida do possível na repressão da
pirataria no alto mar ou em qualquer outro lugar que não se encontre sob a jurisdição de algum
Estado.
ARTIGO 101
Definição de pirataria
Constituem pirataria quaisquer dos seguintes atos:
Todo ato ilícito de violência ou de detenção ou todo ato de depredação cometidos,
para fins privados, pela tripulação ou pelos passageiros de um navio ou de uma aeronave
privados, e dirigidos contra:
um navio ou uma aeronave em alto mar ou pessoas ou bens a bordo dos mesmos;
um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar não submetido à jurisdição de
algum Estado;
todo ato de participação voluntária na utilização de um navio ou de uma aeronave,
quando aquele que o pratica tenha conhecimento de fatos que deem a esse navio ou a
essa aeronave o caráter de navio ou aeronave pirata;
toda a ação que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer um dos
atos enunciados nas alíneas a) ou b).”
1988 - Convenção para a Repressão a Atos Ilícitos (Supression of Unlawful Acts – SUA)
– Adoção de ações judiciais, a fim de reprimir atos ilícitos contra a segurança da navegação
marítima e protocolo para a repressão de atos ilícitos contra a segurança de plataformas fixas
situadas na plataforma continental;
2002 - Conferência Diplomática para a Proteção Marítima introduz modificações na
Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS):
Capítulo V - Regra 19 – estabeleceu o Sistema de Identificação Automática – AIS;
192
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Capítulo XI-1 - Regra 3 – estabeleceu o número de Identificação do Navio e a Regra 5
- estabeleceu o Registro Contínuo de Dados (RCD);
Capítulo XI-2 – Regra 6 – estabeleceu o Sistema de Alerta de Proteção do Navio
(SSAS), a adoção do código ISPS, e;
Regra 9.1 – estabeleceu o controle de navios no porto – limitada à verificação da
existência de um Certificado Internacional de Proteção do Navio.
A legislação nacional:
Para os navios e unidades:
O Decreto nº 6869 de 04.06.09 do Presidente da República, estabelece as
atribuições do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, da Marinha do
Brasil, da Secretaria Especial dos Portos, da CONPORTOS e das CESPORTOS em termos de
estabelecimento e monitoramento dos níveis de proteção dos portos e navios brasileiros, da
operação da Rede de Alarme e Controle dos Níveis de Proteção de Navios e Instalações
Portuárias - RACNIP, e das ações a serem seguidas no caso de um incidente de proteção
envolvendo a atividade marítima no Brasil.
Constituem a RACNIP:
193
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Entre as resoluções da CONPORTOS destacam-se as seguintes:
A resolução no. 002 de 02/12/2002, a qual aprovou o Plano Nacional de
Segurança Pública Portuária (PNSP), que objetiva aperfeiçoar o sistema de segurança
pública nos portos, terminais e vias navegáveis, visando reprimir e prevenir o crime e a
impunidade, aumentando a segurança e a tranquilidade dos mesmos.
Além disso, ainda procura estabelecer medidas integradas, aperfeiçoando a atuação dos
órgãos e instituições voltadas à segurança pública nos portos, terminais e vias navegáveis, sob
supervisão das Comissões Estaduais de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias
Navegáveis - CESPORTOS, que são compostas, no mínimo, por um representante dos seguintes
órgãos:
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Nível de Proteção significa o conjunto de medidas á serem implementadas visando
minimizar a possibilidade de ocorrência de um incidente de proteção. São eles:
Para entendimento, serão citadas as ações que serão realizadas pelo Oficial de
Proteção para diferentes níveis:
Para o Nível 1:
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Para o Nível 2:
Fig.263 - Pacotes
Fig.262 - Concertina em
Fig.261 - Bagagens embarcação
Para o Nível 3:
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Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Colocar um oficial de serviço em todas as escadas, rampas e escadas de portaló em
uso;
Considerar suspensa a entrega de todas as provisões;
Proibir todos os veículos, barcos de trabalho e barcaças de se aproximar quando no
porto ou fundeado;
Colocar luz adicional no convés principal, nas áreas do acesso e nos lados de dentro e
fora durante a noite;
Posicionar as mangueiras de incêndio nas áreas do acesso e assegure-se de que elas
possam ser utilizadas rapidamente;
Verificar se todas as cabines dos tripulantes e locais de armazenamento estão
trancadas;
Inspecionar o casco quando no porto ou fundeado;
Travar todas as portas pelo lado de dentro para controlar o acesso; e
Instruir todo o pessoal sobre as ameaças potenciais, procedimentos e da necessidade
de permanecer em vigilância.
Os planos de contingência incluem estratégias e ações definidas para lidar com variações
específicas de pressupostos, resultando em um problema particular, de emergência ou estado de
coisas. Eles também incluem um processo de acompanhamento e um roteiro para iniciar as
ações planejadas. Eles são necessários para ajudar as companhias, navios, unidades ou
indivíduos para se recuperarem de incidentes graves no menor tempo e com as menores
consequências possíveis para cada tipo de emergência e ameaças a proteção do navio.
1.7 Responsabilidades:
Os Governos Contratantes
197
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Estabelecer os níveis de proteção aplicáveis:
A Companhia
Os Navios/Unidades
Um oficial de proteção do navio deverá ser designado para cada navio/unidade sendo de
sua responsabilidade:
Outras pessoas
Todas as outras pessoas dos navios ou instalações portuárias devem ter conhecimento e
estar familiarizadas com as disposições relevantes dos respectivos planos de proteção (SSP/
PFSP).
199
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
2. Unidade de Ensino: Ameaças à Proteção
2.1 Atuais ameaças e Técnicas para Contornar as
Medidas de Proteção
Atuais Ameaças:
200
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.266 - Homem mascarado
201
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
202
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.271 - Barcos de pesca próximo de unidade
Fig.272 - Piratas
A detecção antecipada fornece a oportunidade de soar os alarmes, executar
procedimentos de proteção, contatar autoridades legais para pedir auxílio, iluminar o barco
suspeito e/ou fazer manobras evasivas para afastar-se dele (exemplo: N.S.).
203
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Manter uma constante vigilância e aplicar as medidas e procedimentos de proteção são os
melhores meios de se evitar um ataque.
Os piratas podem simular uma situação de socorro como um truque para tomar conta de
um navio ou unidade. Como consequência, qualquer barco ou navio, como barcos de pesca, por
exemplo, deverão ser considerados como ameaças potenciais.
Fig.273 - Sequestro
Sequestro é a apreensão forçosa de um navio/unidade por terroristas ou por piratas. Em
regra geral, durante um sequestro, quanto mais tempo passar sem ocorrer um incidente melhor.
204
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Se as autoridades tentarem recuperar o controle do navio através da força, o pessoal
deve seguir todas as ordens das forças militares; e
Durante e após um sequestro, somente os membros da tripulação estão autorizados a
falar com os meios de comunicação, a menos que instruídos de outra forma.
Permanecer calmo;
Se possível, fazer com que mais de uma pessoa escute a chamada;
Manter o autor da ameaça na linha o maior tempo possível;
Pedir que o autor da ameaça repita a mensagem e procurar gravar todas as palavras
que foram ditas por ele;
Aguardar até escutar vozes ou particularidades;
Estar alerta para as palavras ou frases que possam ser repetidas;
Tentar distinguir os ruídos no fundo que poderão ajudar na identificação ou localização
do autor da ameaça;
Gravar a conversação se possível;
Notificar imediatamente ao SSO;
Se disponível, obter informação sobre a localização da bomba e do possível horário da
detonação; e
Não desligar o telefone se a chamada tiver sido realizada a partir de telefone interno
da unidade.
a) Se não forem mais necessários, os conteúdos existentes em qualquer mídia reutilizável que for
removida da companhia/navio devem ser apagados.
205
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
b) Deve ser exigida autorização para remover qualquer mídia da companhia/navio e devem ser
mantidos os registros de tais remoções. c) Todas as mídias devem ser armazenadas em um
ambiente seguro. Todos os procedimentos e níveis de autorização devem ser claramente
documentados.
Os documentos podem conter várias informações sensíveis e os seguintes controles devem ser
considerados para proteger a documentação contra acesso não autorizado:
206
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Glossário:
Siglas Significado
PA Plataforma Auto eleváveis
TLP Tensio Leg Plataform - Plataforma de pernas atirantadas
OIT Organização Internacional do Trabalho
ONU Organização das Nações Unidas
AJB Águas Jurisdicionais Brasileiras
NR Norma Regulamentador
MTE Ministério do Trabalho e Emprega
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
SESMT
Trabalho
Acquired Immune Deficiency Syndrome - Sindrome da imuno
AIDS
deficiência adquirida
SIPAT Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
Occupational Health & Safety Advisory Services - Serviços de Avaliação
OHSAS
de Segurança e Saúde Ocupacional
Db Decibel
EPI Equipamento de Proteção Individual
DNSST Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
H2S Sulfeto de Hidrogênio
ppm Partícula por milhão
BRS Bactérias Redutoras de Sulfato
CO2 Dióxido de Carbono
DPC Diretoria de Portos e Costas
MT Mar Territorial
ZEE Zona Econômica Exclusiva
FSI Flag State Implementation - Implementação do Estado da Bandeira
International Maritime Organization - Organização Marítima
IMO
Internacional
WTC World Trade Center - Torres Gêmeas
International Ship and Port Facility Security Code - Código Internacional
ISPS Code
de Proteção de Navios e Instalações Portuárias
CNUDM Convenção das Nações Unidas sobre Direito do Mar
AVI Avaliação do Nível de Consciência
CAB Circulation, Airways, Breathing - Circulação, Vias aéreas, respiração
PCR Parada cárdio-Respiratória
RCP Ressuscitação Cárdio-Respiratória
CABD Circulação, Abertura de vias aéreas, Boa ventilação e Desfribilador
NBR Normas Brasileiras
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
FISPQ Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos
207
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
APR Análise Preliminar de Risco
PQS Pó Químico Seco
LGE Líquido Gerador de Espuma
TMI Tabela Mestra Individual
CAV Controle de Avarias
LPH Local de Pouso de Helicóptero
EMCIA Equipe de Manobra e Combate a Incêndio de Aviação
VHF Very High Frequency
SCBA Self-Contained Breathing Apparatus - Sistema de Respiração Autônoma
Safety of Life at Sea - Convenção de Salvaguarda da Vida Humana no
SOLAS
Mar
Inter-Governmental Maritime Consultative Organization - Organização
IMCO
Consultiva Inter Governamental
CISVHM Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar
Code for the Construction and Equipment of Mobile Offshore Drilling
MODU Code Units - Código para Construção e aparelhamento de Unidades Móveis
de Perfuração Marítima
International Convention on Standards of Training, Certification and
STCW Watchkee - Convenção Internacional sobre Padrões de Instrução,
Certificação e Serviço de Quarto para Marítimos
International Convention for the Prevention of Pollution from Ships -
MARPOL
Convenção Internacional para a Prevenção da Poluição por Navios
International Aeronautical and
Maritime Search and Rescue - Manual Internacional Aeronáutico e
IAMSAR
Marítimo de Busca e Salvamento
MARÍTIMO DE BUSCA E SALVAMENTO
T-CARD Cartão T
OIM Offshore Installation Manager - Gerente da Instalação Offshore
GEPLAT Gerente da Plataforma
EPP Equipamento de Proteção Pessoal
UHF Ultra High Frequency
COEMB Coordenador de Embarcação
COMAM Coordenador de Manutenção
COPROD Coordenador de Produção
Emergency Locator Transmitters - Transmissor de Localização de
ELT
Emergência
International Life-Saving Applience Code - Código Internacional de
LSA Code
Dispositivos Salva-vidas
Totally Enclosed Motor Propelled Survival Craft - Embarcação de
TEMPSC
Sobrevivência totalmente fechada com Motor de Propulsão
TPA Thermal Protective Aid - Roupa de Proteção Térmica
FRB Fast Rescue Boat - Embarcação Rápida de Resgate
SAR Search and Rescue - Busca e Salvamento
Emergency Position Indicating Radio Beacon - Radiobaliza Indicadora
EPIRB
de Posição de Emergência
Search and Rescue Transponder - Respondedor de Radar para Busca e
SART
Salvamento
208
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Índice de Figura
Fig. 1 - O Antes e Depois do uso de Drogas. ............................................................ 20
Fig. 2 - Placas de Alerta ............................................................................................ 28
Fig.3 - Certificado de Treinamento de EPI ............................................................... 30
Fig.4 - Entrega de EPI ............................................................................................... 30
Fig.5 - Chuveiro e Lava-Olhos .................................................................................. 31
Fig.6 - Lava-olhos ..................................................................................................... 31
Fig.7 - Respirador com cilindro de ar para fuga ....................................................... 32
Fig.10 - Luvas de proteção ........................................................................................ 34
Fig.8 - Protetor facial................................................................................................. 34
Fig.9. –Óculos de proteção ........................................................................................ 34
Fig.11 - Abafador de ruído ........................................................................................ 34
Fig. 12 - Calçado de segurança ................................................................................. 34
Fig.13 - Lixão a céu aberto ........................................................................................ 39
Fig.14 - Foto aérea de vazamento de óleo ................................................................. 41
Fig.15 - Ave marinha impregnada de óleo cru .......................................................... 41
Fig. 16 - Operação para conter o óleo ....................................................................... 43
Fig. 17 - Recolhimento de óleo ................................................................................. 43
Fig. 18 – Amazônia Azul .......................................................................................... 45
Fig.19 - Amazônia Azul e dados comparativos ........................................................ 46
Fig.20 - Áreas de Concessão de exploração .............................................................. 47
Fig.21 primeiros socorros .......................................................................................... 55
Fig.22 socorrista ........................................................................................................ 56
Fig.23 maca rígida ..................................................................................................... 57
Fig.24- aeronave ........................................................................................................ 58
Fig.25- bote de resgate .............................................................................................. 58
Fig.26 Higiene pessoal .............................................................................................. 59
Fig.27- Higiene coletiva ............................................................................................ 59
Fig.28 Higiene mental ............................................................................................... 60
Fig.29 Higiene ........................................................................................................... 61
Fig.30 Corpo Humano ............................................................................................... 61
Fig.31 sistema esquelético ......................................................................................... 62
Fig.32 Principais Órgãos ........................................................................................... 62
Fig.33- Sistema Digestório ........................................................................................ 63
Fig.34 Órgãos Importantes ........................................................................................ 63
Fig.35 Sistema Respiratorio ..................................................................................... 64
Fig.36 Sistema Respiratorio ...................................................................................... 65
Fig.37–Sistema Circulatório...................................................................................... 65
Fig.38 Sistema Digestório ........................................................................................ 66
Fig.39 Sistema Urinário ............................................................................................ 66
Fig.40 Sistema Nervoso ............................................................................................ 67
Fig.41 Sistema Tegumentar ....................................................................................... 68
209
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.42 Primeiros Socorros ......................................................................................... 68
Fig.43 Nível de Consciência ..................................................................................... 69
Fig.44- circulação ...................................................................................................... 70
Fig.45- circulação ...................................................................................................... 70
Fig.46 Vias Aéreas .................................................................................................... 70
Fig.47 Respiração ...................................................................................................... 70
Fig.48 Desfibrilador .................................................................................................. 70
Fig.49 Verificação de pulso....................................................................................... 71
Fig.50- Ventilação ..................................................................................................... 72
Fig.51 Pocket Masck ................................................................................................. 72
Fig.52 Descrição do movimento de compressão...................................................... 72
Fig.53 Localização .................................................................................................... 72
Fig.54 Lipotimia ........................................................................................................ 74
Fig.55 Desmaio.......................................................................................................... 75
Fig.56 Hemorragia..................................................................................................... 76
Fig.57- Torniquete ..................................................................................................... 77
Fig.58- Elevação do membro .................................................................................... 78
Fig.59- Compressão Direta........................................................................................ 78
Fig.60- Curativo Compressivo .................................................................................. 78
Fig.61 Evisceração .................................................................................................... 78
Fig.62 Queimaduras .................................................................................................. 80
Tabela 63. - Profundida da queimadura .................................................................... 80
Tabela .64 Extensão da queimadura .......................................................................... 80
Fig.65 Entorse............................................................................................................ 82
Fig.66- Luxação aberta .............................................................................................. 82
Fig.67- Luxação fechada ........................................................................................... 82
Fig.69- Fratura fechada ............................................................................................. 83
Fig.68- Fratura Aberta ............................................................................................... 83
Fig.70- Contusão ....................................................................................................... 84
Fig.71- Distensões ..................................................................................................... 84
Fig.72 Distensão ........................................................................................................ 84
Fig.73 Curativos ....................................................................................................... 85
Fig.74- Imobilização de braço ................................................................................... 86
Fig.75- Imobilização de antebraço ............................................................................ 86
Fig.76- Imobilização de tornozelo ............................................................................ 86
Fig.77- Imobilização de perna ................................................................................... 86
Fig.78- Transporte em prancha longa ....................................................................... 87
Fig.79 Rolamentos..................................................................................................... 88
Fig.80- Transporte de arrasto em lençol.................................................................... 89
Fig.81- Transporte de apoio ...................................................................................... 89
Fig.82- Transporte de colo ........................................................................................ 89
Fig.83– Transporte de cadeirinha .............................................................................. 89
Fig.85- Transporte nas costas .................................................................................... 89
Fig.84- Transporte em cadeira................................................................................... 89
210
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.86- Transporte no colo ........................................................................................ 90
Fig.87- Transporte em lençol pelas pontas................................................................ 90
Fig.88- Resgate por aeronave .................................................................................... 90
Fig.89 Bote de Resgate .............................................................................................. 92
Fig.90- Resgate por Helicóptero ............................................................................... 92
Fig.91- Equipamento para resgate ............................................................................. 93
Fig.92- Incêndio em plataforma ................................................................................ 94
Fig.94- Fogo com controle ........................................................................................ 95
Fig.93- Fogo sem controle......................................................................................... 95
Fig.95- Triângulo do fogo ......................................................................................... 95
Fig.96- Tretraedro do fogo ........................................................................................ 96
Fig.97 - Combustíveis líquidos, gasosos e sólidos. ................................................... 96
Fig.98- Conjunto de Solda Oxi-acetílica ................................................................... 97
Fig.99- Cilindro de oxigênio ..................................................................................... 97
Fig.100- Proporções de acetileno .............................................................................. 97
Fig.101 - Proporções de gasolina .............................................................................. 98
Fig.102- Explosão por gases confinados num espaço ............................................... 99
Fig.103- Explosão por gases confinados num espaço ............................................. 102
Fig. 104 - Biombo de proteção ................................................................................ 106
Fig.105 - Manta de proteção.................................................................................... 107
Fig.106- Sistema de exaustão .................................................................................. 108
Fig. 107 - Área sinalizada com fita ......................................................................... 109
Fig.108 - Combate a incêndio por extintor ............................................................. 109
Fig.109- Área sinalizada com fita ........................................................................... 109
Tabela .110 - Classes de incêndio ........................................................................... 110
Fig.111- Válvula de abertura e fechamento ............................................................ 110
Fig.112- Manta para combate por abafamento........................................................ 111
Fig.113- Uso do resfriamento para controle............................................................ 111
Fig.114– Quebra da reação em cadeia .................................................................... 112
Fig.115– Classes e símbolos dos extintores portáteis ............................................. 113
Fig.116 - Extintor de água pressurizada .................................................................. 113
Fig.117- Extintor de gás carbônico ......................................................................... 113
Fig.118- Extintor de pó químico seco ..................................................................... 113
Fig.119- Extintor Classe D ...................................................................................... 114
Fig.120 - Extintor ABC ........................................................................................... 114
Fig.121- Extintor de espuma ................................................................................... 114
Fig.122- Extintor Classe K ...................................................................................... 115
Fig.123- Ataque conforme o vento ......................................................................... 115
Fig.124- Esquema de sistema fixo de combate ....................................................... 117
Fig.125- Bombas e redes de incêndio ..................................................................... 119
Fig.126- Tomada de Incêndio ................................................................................. 119
Fig.127 - Carretel de mangueira .............................................................................. 120
Fig.128- Esguicho regulável universal e tipo pistola .............................................. 120
Fig.129- Posto de incêndio ...................................................................................... 121
211
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.130- Capacete especial ...................................................................................... 125
Fig.131- Luvas especiais ......................................................................................... 125
Fig.132- Bota para combate a incêndio ................................................................... 125
Fig.133- Roupa de aproximação ............................................................................. 125
Fig.134- Balaclava................................................................................................... 125
Fig.135- Roupa de penetração ................................................................................. 125
Fig.136- Conjunto autônomo .................................................................................. 126
Fig.137- Aparelho de respiração artificial............................................................... 126
Fig.138 - Incêndio em plataforma ........................................................................... 127
Fig.139–Blow-out.................................................................................................... 128
Fig.140 - Adernamento............................................................................................ 128
Fig.141 - Sinaleira luminosa ................................................................................... 128
Fig.142 - Tipos de sinais de alarme ......................................................................... 129
Tabela.143 - Tabela Mestra ..................................................................................... 129
Fig.144 - Informações presentes na Tabela Mestra ................................................ 130
Fig.145 - Exemplo de quadro de emergência .......................................................... 130
Fig.146 - Sala de Briefing ....................................................................................... 131
Fig.147 - Responsabilidades do Plano .................................................................... 132
Fig.148 - Demonstrativo de localização de unidades.............................................. 132
Fig.149 - Cartão T ................................................................................................... 132
Fig.150 - Posto de abandono ................................................................................... 133
Fig.151 - Rota de fuga e sinalização ....................................................................... 133
Fig.152 - Plano de segurança .................................................................................. 134
Fig.153 - Pessoal reunido aguardando orientações ................................................. 134
Fig.154 - Descida e afastamento de baleeira ........................................................... 135
Fig.155 - Colete Classe IV e equipamento de trabalho em altura........................... 136
Fig.156 - Cintas Eslingues....................................................................................... 137
Fig.157 - Uso da cesta de transbordo ...................................................................... 137
Fig.158 - Capacete ................................................................................................... 138
Fig.159 - Óculos de segurança ................................................................................ 138
Fig.160 - Protetor tipo abafador .............................................................................. 139
Fig.161 - Máscara contra inalações ......................................................................... 139
Fig.162 - Luvas de proteção .................................................................................... 139
Fig.163 - Macacões ................................................................................................. 140
Fig.164 - Botas de segurança .................................................................................. 140
Fig.165 - Rádio VHF ............................................................................................... 141
Fig.166 - Rádio UHF ............................................................................................... 141
Fig.167 - Megafone ................................................................................................. 141
Fig.168 - Ramal ....................................................................................................... 142
Fig.169 - Fonoclama................................................................................................ 142
Fig.170 - Sinal visual............................................................................................... 142
Fig.171 - Botoeira.................................................................................................... 142
Fig.172 - Tabela hierárquica conforme NORMAM-01 item 0117 ......................... 143
Fig.173 - Flotel ........................................................................................................ 144
212
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.174 - Cesta de transbordo sendo descida em supplay....................................... 145
Fig.175 - Incêndio em plataforma ........................................................................... 145
Fig.176 - Operação de mergulho ............................................................................. 145
Fig.177 - Operação com navio aliviador ................................................................. 146
Fig.178 - Informações para orientação a bordo ...................................................... 147
Fig.179 - Compartimentos e equipamentos de unidade FPSO ............................... 147
Fig.180 - Compartimentos e equipamentos de unidade fixa ................................... 148
Fig.181 - Organização hierárquica .......................................................................... 149
Fig.182 - Tipos de unidade ...................................................................................... 149
Fig.183 - Posições, adernamento e esforços estruturais .......................................... 149
Fig.184 - Obras vivas, Obras mortas e linha d'água................................................ 150
Fig. 185 - Portas estanques ...................................................................................... 150
Fig.186 - Sistema de lastro ...................................................................................... 151
Fig.187 - Gangway ligando unidades ...................................................................... 152
Fig.188 - Transbordo por cesta................................................................................ 152
Fig.189 - Baleeira .................................................................................................... 152
Fig.190 - Retirada de pessoal por aeronave ............................................................ 154
Fig.191 - Balsa salva-vidas ..................................................................................... 154
Fig.192 - Escada de fuga em unidade fixa .............................................................. 154
Fig.193 - Utilização da Gangway ............................................................................ 155
Fig.194 - Baleeira .................................................................................................... 155
Fig.195 - Utilização do Helicóptero ........................................................................ 156
Fig.196 - Balsa salva-vidas ..................................................................................... 156
Fig.197 - Escada de fuga e passarela....................................................................... 156
Fig.198 - Colete inflável .......................................................................................... 158
Fig.199 - Posição de impacto .................................................................................. 158
Fig.200 - Coletes salva-vidas .................................................................................. 159
Tabela .201 - Utilização de coletes ......................................................................... 160
Fig.202 - Boias salva-vidas e equipamentos ........................................................... 161
Fig.203 - Fumígeno 15 minutos .............................................................................. 161
Fig.204 - Roupa de imersão .................................................................................... 161
Fig.205– Baleeira e Cápsula .................................................................................... 162
Fig.206 - Baleeira de lançamento free-fall, de turcos fixos e de turcos rebatíveis . 163
Fig.207 - Casulo de balsa e balsa inflada ................................................................ 164
Fig.208 - Balsa turcada disparada ........................................................................... 165
Fig.209 - Balsa turcada pronta para embarque direto ............................................. 165
Fig.210 - Embarque indireto ................................................................................... 166
Fig.211 - Desviramento de balsa por uma pessoa e por duas pessoas .................... 166
Fig.212 - Bote de resgate em aproximação para resgate ......................................... 167
Fig.213 - Âncora flutuante ...................................................................................... 167
Fig.214 - Aro de resgate .......................................................................................... 168
Fig.215 - Faca flutuante........................................................................................... 168
Fig.216 - Cuia flutuante........................................................................................... 168
Fig.217 - Esponjas ................................................................................................... 169
213
Manual do Curso Básico de Segurança de Plataforma V25
Fig.218 - Remo flutuante......................................................................................... 169
Fig.219 - Abridor de latas........................................................................................ 169
Fig.220 - Kit de primeiros socorros ........................................................................ 169
Fig.221 - Apito ........................................................................................................ 170
Fig.222 - Foguete paraquedas acionado .................................................................. 170
Fig.223 - Facho manual acionado ........................................................................... 170
Fig.224 - Fumígeno ................................................................................................. 171
Fig.225 - Lanterna ................................................................................................... 171
Fig.226 - Refletor radar ........................................................................................... 172
Fig.227 - Espelho heliográfico ................................................................................ 172
Fig.228 - Kit de pesca.............................................................................................. 172
Fig.229 - Ração sólida ............................................................................................. 173
Fig.230 - Ração líquida ........................................................................................... 173
Fig.231 - Copo graduado ......................................................................................... 173
Fig.232 - Pílula contra enjoo ................................................................................... 174
Fig.233 - Saco para enjoo ........................................................................................ 174
Fig.234 - Manual de sobrevivência ......................................................................... 174
Fig.235 - Roupa térmica .......................................................................................... 175
Fig.236 - Kit de reparo ............................................................................................ 175
Fig.237 - Fole manual ............................................................................................. 175
Fig.238 - Nado de sobrevivência e Posição Huddle ............................................... 176
Fig.239 - Observar direção de vento para posição segura ...................................... 177
Fig.240 - Clima adverso .......................................................................................... 178
Tabela.241 - Tempo X temperatura ........................................................................ 181
Fig.242 - EPIRB ...................................................................................................... 182
Fig.243 - SART ....................................................................................................... 183
Fig.244 - Rádio VHF ............................................................................................... 183
Fig.245 - Espelho heliográfico ................................................................................ 183
Fig.246 - Uso do Foguete Paraquedas ..................................................................... 184
Fig.247 - Uso do Facho Manual .............................................................................. 184
Fig.248 - Uso do Fumígeno ..................................................................................... 185
Fig.249 - Uso do Espelho Heliográfico ................................................................... 185
Fig.250 - Terrorismo e o cenário mundial............................................................... 186
Fig.251 - Equipe de rafting...................................................................................... 187
Fig.252 - Charge de Duke ....................................................................................... 187
Fig.253 - Sistema de alarme de proteção ................................................................ 188
Fig.254 - Celular via satélite ................................................................................... 188
Fig.255 - Fonoclama................................................................................................ 188
Fig.256 - Rádio VHF ............................................................................................... 188
Fig.257 - Embarcação do NEPOM ......................................................................... 190
Fig.258 - Convés iluminado .................................................................................... 194
Fig.259 - Porta de acesso ......................................................................................... 195
Fig.260 - Bagagens .................................................................................................. 196
Fig.261 - Concertina em embarcação ...................................................................... 196
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Fig.262 - Pacotes ..................................................................................................... 196
Fig.263 - Uso de mangueiras ................................................................................... 197
Fig.264 - Passaporte falso ....................................................................................... 200
Fig.265 - Homem mascarado .................................................................................. 201
Fig.266 - Arma de fogo ........................................................................................... 201
Fig.267 - Bomba improvisada ................................................................................. 201
Fig.268 - Bomba improvisada ................................................................................. 201
Fig.269 - Características suspeitas .......................................................................... 201
Fig.270 - Barcos de pesca próximo de unidade ...................................................... 203
Fig.271 - Piratas....................................................................................................... 203
Fig.272 - Sequestro.................................................................................................. 204
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Índice de Tabela
Tabela 1 - Tempo de absorção de materiais .............................................................. 40
Tabela 2 - Profundida da queimadura .................................................................... 110
Tabela 3 - Extensão da queimadura ....................................................................... 110
Tabela 4 - Classes de incêndio ............................................................................... 110
Tabela 5 - Tabela Mestra ........................................................................................ 110
Tabela 6 - Utilização de coletes ............................................................................. 129
Tabela 7 - Tempo X temperatura ........................................................................... 160
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Referências Bibliográficas
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