Curso Modular de Resgate Veicular. Versão 2021

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

CENTRO DE ENSINO E INSTRUÇÃO DE BOMBEIROS
PLANO DE AULA
CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR
1. Finalidade do curso:
Proporcionar aos participantes os conhecimentos e as técnicas necessários
para a realização do resgate em acidentes automobilísticos com vítimas presas
em ferragens, determinando e implementando as técnicas e as táticas para
estabelecer o comando, dimensionar a cena, gerenciar os riscos, obter acesso,
desencarcerar e extrair as vítimas com rapidez e segurança, utilizando
equipamentos e ferramentas específicos.
2. Método de ensino:
O método de ensino utilizado é o interativo, valorizando a participação, a troca
de experiências e o alcance dos objetivos preestabelecidos.
3. Objetivos de desempenho:
Garantir que todos os alunos capacitados tenham condições de resgatar
vítimas de acidentes automobilísticos encarceradas em ferragens, de forma
técnica e segura, observando corretamente os protocolos vigentes no CBMES.
4. Objetivos da capacitação:
Ao final da capacitação, os participantes deverão ser capazes de:
• Determinar os mecanismos de dinâmica dos acidentes automobilísticos
de uma cena de acidente, enumerando as maiores consequências para
as vítimas e para os veículos.
• Utilizar com segurança e eficiência as ferramentas e os equipamentos
específicos para o resgate veicular, executando a manutenção preventiva,
as principais operações e a resolução dos problemas mais recorrentes.
• Identificar e gerenciar os maiores riscos encontrados na cena de um
acidente automobilístico, como: tráfego, presença de curiosos,
eletricidade, produtos perigosos, vazamento de combustível, incêndio em
veículos, posição instável dos veículos e riscos oferecidos pelos veículos.
PLANO DE AULA
• Executar as técnicas fundamentais de resgate veicular com segurança e

eficiência: estabilizar veículos, quebrar vidros, rebater e retirar tetos,
retirar portas, bancos e volante, rolar e elevar painel.
• Demonstrar a execução das etapas de uma operação de resgate veicular:
estabelecer o comando, dimensionar e gerenciar os riscos da cena, obter
acesso, desencarcerar e extrair as vítimas.
5. Avaliação de aprendizagem dos alunos:

• Uma avaliação escrita, contemplando todo o conteúdo ministrado.
• Uma avaliação final prática envolvendo um simulacro de acidente
automobilístico com vítimas presas em ferragens, em que os participantes
devem demonstrar a forma correta de utilização das técnicas e das táticas
para estabelecer o comando, dimensionar a cena, gerenciar os riscos da
cena, obter acesso, desencarcerar e extrair as vítimas de forma segura
num tempo pré-estabelecido.
6. Condições para aprovação dos alunos:

Para serem aprovados, os participantes devem cumprir as seguintes
exigências:
• Ter, no mínimo, 75% de frequência nas aulas e nos exercícios práticos.
• Cumprir um total de 70% de aproveitamento na avaliação escrita.
• Cumprir um total de 70% de aproveitamento na avaliação final prática.
7. Avaliação da conduta de ensino:

Ao final de cada dia, os instrutores organizam um brainstorming1 para
identificar os pontos positivos e os pontos a melhorar observados durante o dia.
1
Brainstorming é uma expressão inglesa que significa “tempestade cerebral” ou “tempestade de ideias”. É uma
técnica para explorar o potencial criativo de equipes, na qual se propõe que o grupo faça sugestões para a resolução
de problemas reunindo o maior número possível de ideias. Assim, a diversidade de opiniões possibilita solucionar
problemas ou entraves que impeçam que um projeto siga adiante.
PLANO DE AULA
Na conclusão da capacitação, os alunos devem responder a um questionário a

fim de complementar a avaliação do processo de ensino.
8. Orientações gerais:
No início da capacitação será realizada uma dinâmica para a identificação
das expectativas do grupo seguido da exposição do seguinte “contrato”:
“Mediante o contrato que segue, os instrutores e os alunos devem cumprir

alguns compromissos, a saber:
a) Os conteúdos teóricos e práticos repassados aos alunos são os mais
atuais em uso no Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espirito Santo
(CBMES).
b) As situações de vivências às quais os alunos são submetidos têm a única
função de provocar descarga de adrenalina no instruendo, garantindo o
processo de aprendizagem sob estresse emocional.
c) Nenhum assunto ou procedimento tem a cobrança realizada de forma
diferente daquela ensinada.
d) Todas as experiências trazidas pelos alunos são respeitadas e
valorizadas.
e) Os alunos são responsáveis por participar atentamente de todas as aulas
teóricas e práticas, realizando os exercícios necessários, sempre com
atenção ao aprendizado e valorizando o trabalho em grupo e o respeito
mútuo.”
(Adaptado do Manual de capacitação em resgate veicular, 1ª Edição,
CBMSC)
Para a obtenção de melhor desempenho no decorrer da capacitação,

estabelecem-se também algumas condições no primeiro dia do curso:
PLANO DE AULA
• Realizar as refeições no horário predefinido, obedecendo ao sistema

utilizado;
• Zelar pela estrutura e pela limpeza dos locais como banheiro, alojamento,
estacionamento etc;
• Evitar interrupções durante as atividades com o uso de telefones, rádios,
entre outros;
• Não fumar nos horários e nos locais das aulas;
• Atentar para as normas de segurança;
• Conhecer os procedimentos de emergência;
• Designar as funções do chefe de turma.
Ao final da capacitação, os participantes devem preencher a avaliação da

condução do ensino, entregue pelos instrutores para que possam ser realizadas
as mudanças necessárias para manter a qualidade do ensino no CBMES.
9. Materiais de referência:
Os materiais de referência do curso estão disponíveis no link abaixo e/ou a
partir do QR Code ao lado. São eles:
• Manual de capacitação em resgate veicular, 2ª Edição, CBMSC.
• Procedimento Operacional Padrão do CBMES. Atendimento a acidentes
rodoviários com múltiplas vitimas (AMV).
• Diretrizes Gerais Para Atendimento Pré-Hospitalar no Salvamento
Veicular. CBMDF. Boletim de informação técnico-profissional Nº11/2020-
CETOP. 09abr20.
• Procedimento Operacional Padrão do CBMES. Resgate
Veicular.
https://drive.google.com/drive/folders/1CkbECRo3noswVtzXuSbffApeQ0p5HLq8?usp=sharing
PLANO DE AULA
AULA 01/ Dia 01: Conceitos de resgate veicular, dinâmica dos acidentes
automobilísticos, elementos estruturais dos automóveis
Carga horária: 4h/aula

Local / tipo de aula: Sala de aula / aula expositiva-teórica
Número de monitores: 00
Fardamento: Prontidão completo
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Ao final da lição, os participantes devem ser capazes de:
• Definir os conceitos de ameaça, vulnerabilidade e risco em situações de
resgate veicular;
• Conceituar resgate veicular, distinguindo desencarceramento de
extração.
• Enumerar e descrever os princípios de atuação em resgate veicular.
• Descrever o ciclo de operação.
• Enumerar e descrever as etapas da rotina de resgate.
• Descrever o princípio da hora dourada do trauma.
• Enumerar os princípios físicos aplicados à dinâmica dos acidentes
automobilísticos.
• Determinar os mecanismos de dinâmica dos acidentes automobilísticos
em uma cena de acidente, citando as principais consequências para as
vítimas e para os veículos.
• Identificar os principais elementos estruturais dos automóveis de passeio.
• Enumerar as características dos automóveis aplicadas à dinâmica dos
acidentes automobilísticos.
• Determinar a influência dos dispositivos de segurança nos acidentes
automobilísticos.
• Enumerar as principais características dos veículos blindados.
PLANO DE AULA
Logística / Materiais:
• Sala de aula com computador, retroprojetor e local para projeção.
AULA 02/ Dia 01: Atendimento à múltiplas vítimas

Local / tipo de aula: Sala de aula/pátio externo - aula expositiva-teórica e prática
• Conceituar o método de atendimento à múltiplas vítimas, seu fluxograma
e organograma de resposta definidos em POP específico, designar as
áreas de segurança, saber realizar a triagem, proceder a extração das
vítimas e remoção ordenada dos feridos para os hospitais de referência.
• Bolsa contendo kit completo do método START;
• Local para realização da simulação de um acidente com múltiplas vítimas.
AULA 03 / Dia 01: Exposição, uso e manutenção de ferramentas e/ou

equipamentos utilizados no resgate veicular

Local / tipo de aula: Pátio externo / aula prática
PLANO DE AULA
• Enumerar os diferentes grupos de ferramentas e/ou equipamentos
utilizados nos acidentes automobilísticos.
• Citar as etapas de manutenção de primeiro escalão realizadas nas
ferramentas e/ou equipamentos utilizados os supracitados sinistros.
• Demonstrar a montagem, operação e manutenção das ferramentas
hidráulicas.
• Conjunto completo de calços;
• Hastes metálicas (V-strut);
• Halligan;
• Chaveiro quebrador de vidros com cortador de cinto;
• Serra sabre;
• Tracionadores de fita;
• Almofadas pneumáticas;
• Conjunto completo de ferramentas hidráulicas e/ou elétricas;
• Bomba manual para ferramentas hidráulicas.
AULA 04 / Dia 02: Gerenciamento de riscos e ações iniciais na cena

Fardamento: Prontidão completo com EPI de Salvamento Veicular
PLANO DE AULA
• Rever os conceitos de ameaça, vulnerabilidade e risco em situações de
resgate veicular;
• Definir risco aceitável e cena segura em ocorrências de resgate veicular;
• Descrever os riscos mais comumente encontrados em cenas de acidentes
automobilísticos;
• Enumerar cinco fatores humanos que incrementam os riscos em cenas
de acidentes;
• Descrever o Equipamento de Proteção Individual (EPI) mínimo a ser
utilizado em operações de resgate veicular;
• Realizar uma avaliação eficiente das cenas dos acidentes;
• Efetuar uma organização eficiente das cenas dos acidentes,
considerando os riscos;
• Exercer as condutas de proteção das vítimas em relação às manobras de
desencarceramento;
• Executar as condutas de gerenciamento de riscos relacionados com
energia elétrica, com incêndio em veículos, com vazamento de
combustível, com o sistema elétrico do veículo e com produtos perigosos;
• Estabilizar um veículo acidentado.
Descrição das oficinas / Logística / Condições de execução e observações:

Durante a manhã do segundo dia, 04 oficinas ocorrerão simultaneamente de
modo que a cada 01 hora corrida os alunos se deslocam para a próxima no
sentido horário (EX: Ao término da primeira hora corrida o grupo de alunos que
estava na oficina 01 vai para a oficina 02, os que estavam na oficina 02 para a
oficina 03, da 03 para a oficina 04, assim a cada fração de tempo destinado
àquela temática).
PLANO DE AULA
OFICINA 01: Chegada à cena:

MONITORES: 02
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Cada aluno deverá usar um reboque de embarcação
para simular a chegada de uma viatura em uma cena de acidente
automobilístico. Após estacionar o reboque, respeitando os limites das zonas de
atuação, ele deverá dispor os cones para a sinalização da via, o mesmo deve
proceder o isolamento com fita zebrada e demarcar o local do palco de
ferramentas, área de descarte e área de atendimento da vítima.
TEMPO DA OFICINA: 1 hora corrida.
MATERIAIS:
• 02 reboques de embarcação;
• 20 cones de sinalização;
• 04 rolos de fita zebrada;
• 02 lonas para palco de ferramentas;
• 02 pranchas rígida.
OBSERVAÇÕES:
• Deverá ser montado o palco de ferramentas, destacando a importância
de trazer, antes de quaisquer equipamentos, ou um extintor ou uma linha
de mangueira (para garantir a segurança da cena/guarnição).
• Apresentar a função do motorista
• Algumas considerações sobre o parqueamento das viaturas:
a) A sinalização deve começar antes do local do acidente ser visível, é
preciso alertar os motoristas antes que eles percebam o acidente;
b) Sinalizar o local do sinistro, mantendo o sistema de iluminação (giroscópio
e lanternas) ligado, acionando também a iluminação de emergência
(pisca-alerta) das viaturas, principalmente à noite;
c) Colocar militares sinalizando desde que sejam na lateral da pista de frente
para o fluxo de veículos e nunca depois de curvas;
PLANO DE AULA
d) Não é só a sinalização que deve se iniciar bem antes do parqueamento

das viaturas. É necessário que todo o trecho, do início da sinalização até
o acidente, seja demarcado, indicando quando houver desvio de direção;
e) Mantenha sempre que possível o tráfego fluindo visando impedir novos
acidentes e em caso de necessidade de apoio, facilitar a chegada do
mesmo;
f) Isolamento da área parqueada tem o objetivo de delimitar a área de ação
dos socorristas, impedindo a interferência de curiosos;
g) Os cones deverão ser colocados mantendo espaçamentos equidistantes
e as distâncias conforme orientação que segue adiante;
h) A retirada dos cones efetuar-se-á do mais afastado para o mais próximo,
sempre visualizando o fluxo de trânsito;
i) A sinalização deve finalizar-se após a última viatura (maior porte)
parqueada e o seu distanciamento varia de acordo com a velocidade
máxima permitida pela via (deve-se somar um metro a cada Km/h
permitido para a via. Por exemplo: em uma via de trânsito rápido com 80
Km/h a sinalização deve ser iniciada a 80 metros ou 80 passos longos –
aproximadamente 01 metro de comprimento em cada passo longo).
j) Deve-se ainda atentar para algumas observações: 1. No caso de curvas
a sinalização deve ter início antes da mesma. 2. Se o acidente ocorrer em
locais com aclive ou declive acentuado, a sinalização deve ter início no
lado oposto do mesmo. 3. Em casos de anormalidades (presença de
chuva, fumaça, neblina, óleo na pista, à noite, etc.) a distância de
sinalização deve ser dobrada por motivos de segurança.
PLANO DE AULA
OFICINA 02: Reconhecimento

MONITORES: 01
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Previamente deverá ser explanado sobre os
conceitos de ameaça, vulnerabilidade e riscos em situações de resgate veicular.
Do mesmo modo, deverá ser fomentado com os alunos sobre os riscos
aceitáveis e de cena segura em ocorrências de resgate veicular e também sobre
os possíveis casos aparentes das vítimas. Posteriormente, em equipes de cinco
alunos, deverá ser realizada a avaliação 360º no veículo, enfatizando o que cada
um deve procurar nessa avaliação e em como reportar ao comandante. A função
de comandante será desempenhada pelo monitor. Após as equipes terem
treinado, mostra-se o desligamento da bateria do veículo.
MATERIAIS:
• 02 veículos (não serão destruídos) com bateria acoplada e em condições
de abrir o capô;
• 02 Cilindros portátil de O2;
• 02 Colares cervical;
• 02 alicates para corte da bateria;
• 02 chaves para desligamento de bateria;
• 01 saco com pó de serra;
• 04 vassouras de gari;
• 02 pás quadradas.
OBSERVAÇÕES:
• Atentar para o corte da bateria/energização do veiculo.
• Atentar para a questão do GNV e vazamento de combustível.
PLANO DE AULA
OFICINA 03: Estabilização

MONITORES: 02
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Após demonstração, em trios, os alunos deverão
estabilizar primeiramente um veículo sobre as quatro rodas, posteriormente
um veículo sobre o teto e finalmente um veículo lateralizado, sempre
utilizando as hastes metálicas.
MATERIAIS:
• 02 veículos (não serão destruídos);
• 02 conjuntos completos de calços;
• 02 conjuntos V-strut;
OBSERVAÇÕES:
• Sobre o V-strut:
a) Ferramenta leve para uma estabilização imediata e segura;
b) Escora de estabilização de veículos com cabeça integrada, placa de
base e correia de tensão com mecanismo de gancho e catraca;
c) Solução completa, sem peças soltas que se possam perder;
d) Sistema de bloqueio automático único;
e) Extremamente leve;
f) Simples de transportar;
g) Simples de utilizar;
h) Carga máxima da cinta: 1250 kgf;
i) Não deve ser utilizado para elevar um veículo!
PLANO DE AULA
OFICINA 04: Uso da almofada pneumática

MONITORES: 01
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Após demonstração, os alunos deverão manusear e
utilizar as almofadas num ambiente simulado onde um veículo deve ser elevado
até a retirada de uma pseudovítima sob ele.
MATERIAIS:
• 02 veículos (não serão destruídos) sendo uma moto e um carro. O
primeiro deverá estar sob o outro;
• 02 conjuntos de almofadas pneumáticas;
• Blocos de madeira para calçamento do veículo;
• Um boneco simulando uma vítima.
OBSERVAÇÕES:
• Sobre a almofada pneumática:
a) Projetadas para funcionar com ar comprimido. O sistema de uma
almofada pneumática está preparado para funcionar com pressão de 116
psi / 8 bar (máximo de 174 psi / 12 bar). São feitas de borracha de alta
qualidade, revestida internamente por 3 camadas de Kevlar. Sua borracha
especial é flexível, vedada e muito resistente. Possui uma capacidade de
elevação máxima de 96 toneladas e destina-se à elevação segura e
controlada de objetos pesados.
AULA 05 / Dia 02: Técnicas de desencarceramento I

PLANO DE AULA
• Diferenciar os tipos de resgate veicular;
• Descrever as principais técnicas de resgate para vítimas presas nas
ferragens;
• Descrever as manobras básicas de resgate para o desencarceramento de
vítimas em veículos convencionais e blindados;
• Demonstrar num veículo as manobras fundamentais de resgate para o
desencarceramento de vítimas.

Nessa aula as oficinas serão todas iguais, espera-se que se desenvolvam
paralelamente e em ritmo parecido. Cada oficina é a réplica da outra. Sugere-se
que haja uma oficina para cada oito alunos aproximadamente, de modo que cada
aluno desempenhe pelo menos uma das manobras.
OFICINA ÚNICA: Técnicas de desencarceramento MONITORES: 02

TEMPO DA OFICINA: 4 horas corridas.
MATERIAIS:
• 01 veículo a ser destruído por completo, quanto mais inteiro melhor, ideal
que tenha todos os vidros, as quatro portas e todos os bancos;
• 01 conjunto desencarcerador (não previsto o uso de cilindros, ferramentas
portáteis podem ser utilizadas);
• 01 lona para palco de ferramentas;
• 01 conjunto de calços para veículo sobre as quatro rodas;
• 01 serra sabre com bateria reserva;
• 01 ferramenta para quebra de vidro temperado;
PLANO DE AULA
• 01 Corta frio;
• 01 faca ou canivete;
• 01 Conjunto para proteção de quina (lonas e canos de PVC);
• 01 vassoura de gari;
• 01 pá quadrada;
• 01 lona para receber os vidros no chão;
• 01 proteção maleável contra vidros para a vítima.
PRIMEIRA ETAPA: ACESSO

DESCRIÇÃO DA OFICINA: Previamente ao início das demonstrações, a rotina
deve ser repassada adequadamente e o carro estabilizado. Após, inicia-se a
demonstração das técnicas:
• Vidros - Deve-se então mostrar a correta forma de quebrar os vidros
temperados necessários, seu recolhimento e destinação, atentando para
a proteção da vítima e socorristas envolvidos. Ato contínuo, proceder ao
corte do para-brisa com o uso de serra sabre, primeiramente um corte reto
e depois seu corte total, igualmente atentando para a proteção da vítima,
socorrista e destinação do vidro.
• Portas – Indicar e conduzir a ação do aluno para a retirada de todas as
portas do veículo. Nesse momento deve-se abordar as regras de
segurança para uso da ferramenta. As portas devem ser atacadas pelas
dobradiças.
• Porta malas - Indicar e conduzir a ação do aluno para a abertura do porta-
malas, primeiro sem ferramenta hidráulica e depois com esta.
SEGUNDA ETAPA: CRIAÇÃO DE ESPAÇO INTERNO

DESCRIÇÃO DA OFICINA: Conduzir o aluno a realizar as manobras necessárias
no interior do veículo quão logo se tenha acesso, tais como: acionar freio de
PLANO DE AULA
estacionamento, baixar vidros, retirar cintos de segurança, destravar todas as

portas, retirar a chave do painel e proceder uma busca por SRS.
Deve-se levar os alunos a perceber as possibilidades de criação de espaço
interno a partir da retirada de encostos de cabeça, peças soltas no veículo,
retirada de acessórios, rebatimento dos bancos etc.
Também deverá ser realizada a retirada de todos os bancos, alternando
entre o uso de serra sabre, mini cortador e tesoura.
OBSERVAÇÕES:
• Mostrar nas oficinas o uso da bomba hidráulica manual.
AULA 06 / Dia 03: Técnicas de desencarceramento II

Reforçar os conteúdos dos dias anteriores, destaque para a criação de
espaço interno.

Para essa aula serão montadas duas oficinas; espera-se que se
desenvolvam paralelamente e em ritmo parecido.
Terminado as duas horas iniciais inverte-se os grupos
Antes de iniciar as manobras, importante recapitular na prática as ações do
dia anterior, ou seja, para realizar as manobras, primeiro é necessário
PLANO DE AULA
estabelecer as áreas de palco, descarte de material e colocação da vítima,

estabilizar o veículo e realizar o manejo dos vidros.
OFICINA 01: Criação de espaço externo (painel, grande porta e 3ª porta)

MONITORES: 02
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Execução das técnicas de rolamento e rebatimento
do painel, além das técnicas da “grande porta” e, se possível, da “terceira porta”.
Num carro o instrutor executa e noutro, terminada a demonstração eles praticam,
sempre revezando os atores.
MATERIAIS:
• 04 veículos a serem destruídos por completo, o ideal é que tenha as
quatro portas e estrutura do painel íntegra;
• 01 conjunto desencarcerador;
• 01 lona para o palco de ferramentas;
• 01 corta frio;
• 01 proteção rígida;
• 01 Ferramenta para expor os cortes (machadinha)
PLANO DE AULA
OBSERVAÇÕES:
• Painel – Indicar e conduzir a ação do aluno para realizar o rolamento de
um painel em um lado do veículo e posteriormente a elevação do painel
no outro lado do veículo.
• Grande porta – Realizar a técnica da grande porta, importante objetivar a
retirada total da coluna B, primeiro de um lado e depois do outro.
• Terminado um carro, repetem-se as manobras num segundo carro.
OFICINA 02: Criação de espaço externo (teto)

MONITORES: 02
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Execução das técnicas relacionadas ao teto, com e
sem a serra sabre: “tenda”, “lenço”, rebatimento parcial, rebatimento total e
retirada do teto. De igual modo que a oficina 01, num carro o instrutor executa e
noutro, terminada a demonstração os alunos praticam, sempre revezando os
atores.
MATERIAIS:
• 08 veículos a serem destruídos por completo, o ideal é que tenha as
quatro portas e estrutura do painel íntegra;
• 01 lona para o palco de ferramentas;
• 01 corta frio;
PLANO DE AULA
• 01 Ferramenta para expor os cortes (machadinha)
OBSERVAÇÕES:
No primeiro carro deverá ser utilizada a serra sabre em todos os cortes e, no
segundo, a ferramenta hidráulica.
No primeiro carro:
• Alargar a abertura do teto com o expansor;
• Realizar o corte triangular do teto com a serra sabre;
• Realizar o rebatimento do teto para frente
• Realizar a remoção total do teto.
Muda-se de carro e realiza-se os procedimentos com a ferramenta

hidráulica:
• O corte em trilho do teto;
• O rebatimento do teto para trás;
• A remoção total do teto.
AULA 07 / Dia 03: Abordagem em equipe para acidentes rodoviários

PLANO DE AULA
Reforçar os conteúdos dos dias anteriores.

OFICINA ÚNICA: Encarceramento físico tipo I, II e/ou mecânico

MONITORES: 02
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Os alunos, em equipes de sete componentes (sendo
um deles no papel de vítima), deverão realizar atendimentos sequenciais de
encarceramento físico tipo I, II e mecânico (nessa ordem, de modo que se
aproveite melhor o veículo2 e se consiga realizar o maior número de técnicas
possíveis). A dinâmica se repete até o exaurimento do tempo de aula. Deve-se
ao longo do período proporcionar a oportunidade para a realização de uma
limpeza de pista junto ao veículo em que se treina. Nessa atividade, deve ser
trabalhado a questão do tempo conforme preconizado pelo POP do CBMES.
Iniciam-se as passagens sem tempo e posteriormente se estabelece o tempo de
dez minutos para atendimento da vítima. Sugere-se que depois de algum tempo
de aula haja o rodízio dos alunos entre os instrutores e carros, de modo a permitir
o contato dos instruendos com outro instrutor e sua didática na abordagem do
tema.
2
Objetivando o aproveitamento melhor do uso do carro, sugere-se que o instrutor crie situações onde os
simulados sigam a seguinte sequência: 1ª passada sem cortes, retirando a vitima pelo porta malas ou
porta traseira, 2ª com retirada das portas dianteiras, sem corte das colunas e com saída da vítima por trás
(lenço ou rebatimento parcial permitido), 3ª com retirada das portas, elevação (ou rolamento) do painel
e rebatimento (ou retirada) do teto. Na terceira passada pode-se aplicar também a técnica da grande
porta.
PLANO DE AULA
MATERIAIS: A ser multiplicado pelo número de carros disponíveis, sugere-se

03:
• 01 veículo que não será destruído, ideal com portas;
• 01 conjunto de calços;
• 01 corta frio;
• 01 Ferramenta para expor os cortes (machadinha);
• 01 extintor de incêndio;
• 01 cilindro portátil de O2;
• 01 prancha rígida com tirantes;
• 01 colar cervical;
• Proteção para vítima, rígida e maleável;
• Fita zebrada;
• Cones para sinalização e isolamento da área quente;
• Garrafas d’agua para uso coletivo;
• Tenda.
PLANO DE AULA
AULA 08 / Dia 04: Abordagem em equipe para acidentes rodoviários –

equipe reduzida e diversificação de cenários



MONITORES: 02
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Os alunos deverão realizar toda a rotina de resgate
veicular com equipes reduzidas (de três componentes) para os atendimentos
sequenciais de encarceramentos físico tipo I, II e/ou mecânico, utilizando para
tal todas as ferramentas disponíveis.
Como forma de diversificar o cenário, os alunos deverão realizar no mínimo
três passadas das quais: uma com o veículo sobre as quatro rodas (sem corte,
com retirada pelo porta malas), outra com o veículo lateralizado e uma terceira
com o veículo capotado.
PLANO DE AULA
MATERIAIS (A ser multiplicado pelo número de carros disponíveis, sugere-se

03):
• 01 corta frio;
• Fita zebrada;
• Cones para sinalização e isolamento da área quente;
• Garrafas d’agua para uso coletivo;
• Tenda.
PLANO DE AULA
AULA 09 / Dia 04: Abordagem em equipe para acidentes rodoviários –

diversificação de cenários



MONITORES: 03
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Os alunos deverão realizar toda a rotina de resgate
veicular com equipes de seis componentes (04 simulando o ABTS e 02 a viatura
do RESGATE) para os atendimentos sequenciais de encarceramentos físico tipo
I, II e/ou mecânico, utilizando para tal todas as ferramentas disponíveis.
Como forma de diversificar o cenário, SUGERE-SE que seja aplicado duas
(ou três, a depender do tempo) das seguintes simulações expostas abaixo:
SITUAÇÃO 01: Dois veículos, um nas quadro rodas e o outro capotado de
modo que a traseira de um esteja sob o capô do outro. Vide imagens abaixo:
PLANO DE AULA
SITUAÇÃO 02:
SITUAÇÃO 03:

03):
PLANO DE AULA
• 01 corta frio;
• Fita zebrada;
Cones para sinalização e isolamento da área quente.
AULA 10 / Dia 04: Abordagem em equipe para acidentes rodoviários

(simulado noturno)

PLANO DE AULA
Reforçar os conteúdos dos dias anteriores num ambiente com pouca
luminosidade.

Neste simulado, o objetivo é levar aos alunos um cenário de acidente
automobilístico ocorrido a noite e em condições adversas (chuva, interferência
de civis, barulho, etc), de modo que, utilizando as técnicas preconizadas nos dias
anteriores associado a um bom controle emocional, os mesmos consigam, num
tempo estimado pelos instrutores a partir do cenário montado, retirar todas as
vítimas.
Em relação ao local, haverá vítimas do tipo físico I, II e/ou mecânico, numa
quantidade estipulada “in loco”.

MONITORES: 06
DESCRIÇÃO DA OFICINA: Os alunos, em equipes de seis componentes
deverão realizar atendimentos sequenciais de encarceramento físico tipo I, II
e/ou mecânico, utilizando para tal as técnicas instruídas nos dias anteriores.
O ideal é que as “pseudo guarnições” não entrem na cena simultaneamente,
de modo que se simule que os outros grupos chegaram em apoio à esta
simulação envolvendo múltiplas vítimas.
03):
• 01 veículo que poderá ou não ser destruído, ideal com portas;
PLANO DE AULA

• 01 corta frio;
• Fita zebrada;
• Cones para sinalização e isolamento da área quente.
MATERIAIS EXTERNOS:
• ABTS ou ABT para simular um cenário chuvoso;
• Caixa de som de significativa potência para simular barulhos diversos;
• Caixa de som portátil para simular o choro de um bebê dentro de um dos
carros;
• Objetos que produzam barulhos;
• Uma viatura do resgate em prontidão para quaisquer eventualidades.
PLANO DE AULA
Dia 05: Provas teórica e prática
Carga horária: 2h/aula para a prova teórica e 6h/aula para a prova prática
Local da prova: Pátio externo
Numero de monitores: 04
PROVA TEÓRICA: 20 perguntas de múltipla escolha relacionadas ao conteúdo

ministrado, quer seja nas aulas teóricas ou práticas.
PROVA PRÁTICA: Os alunos, em equipes de seis componentes sorteados ao

final da instrução do dia anterior deverão realizar o atendimento de um acidente
automobilístico de UMA VÍTIMA encarcerada tipo físico II até o momento da
entrada desta na suposta ambulância.
TEMPO MÁXIMO DESPRENDIDO POR EQUIPE: 30 min. Ou seja, no máximo

a cada 30 minutos uma equipe deve iniciar a prova.
MATERIAIS DA PROVA PRÁTICA:

• 01 lonas para palco de ferramentas;
• 01 corta frio;
PLANO DE AULA
• 01 Ferramenta para expor os cortes (Machadinha);
• 01 Extintor de incêndio;
• Proteção para vítima, rígida e maleável.
ITENS A SEREM AVALIADOS: Em ANEXO

Curso Modular de Resgate Veicular. Versão 2021

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• Executar as técnicas fundamentais de resgate veicular com segurança e

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6. Condições para aprovação dos alunos:

7. Avaliação da conduta de ensino:

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Na conclusão da capacitação, os alunos devem responder a um questionário a

“Mediante o contrato que segue, os instrutores e os alunos devem cumprir

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• Realizar as refeições no horário predefinido, obedecendo ao sistema

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Carga horária: 4h/aula

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AULA 02/ Dia 01: Atendimento à múltiplas vítimas

Carga horária: 4h/aula

AULA 03 / Dia 01: Exposição, uso e manutenção de ferramentas e/ou

Carga horária: 2h/aula

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

Fardamento: Prontidão completo

AULA 04 / Dia 02: Gerenciamento de riscos e ações iniciais na cena

Carga horária: 4h/aula

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

Descrição das oficinas / Logística / Condições de execução e observações:

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

OFICINA 01: Chegada à cena:

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

d) Não é só a sinalização que deve se iniciar bem antes do parqueamento

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

OFICINA 02: Reconhecimento

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

OFICINA 03: Estabilização

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

OFICINA 04: Uso da almofada pneumática

AULA 05 / Dia 02: Técnicas de desencarceramento I

Carga horária: 4h/aula

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

Fardamento: Prontidão completo com EPI de Salvamento Veicular

Descrição das oficinas / Logística / Condições de execução e observações:

OFICINA ÚNICA: Técnicas de desencarceramento MONITORES: 02

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

PRIMEIRA ETAPA: ACESSO

SEGUNDA ETAPA: CRIAÇÃO DE ESPAÇO INTERNO

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

estacionamento, baixar vidros, retirar cintos de segurança, destravar todas as

AULA 06 / Dia 03: Técnicas de desencarceramento II

Carga horária: 4h/aula

Descrição das oficinas / Logística / Condições de execução e observações:

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

estabelecer as áreas de palco, descarte de material e colocação da vítima,

OFICINA 01: Criação de espaço externo (painel, grande porta e 3ª porta)

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OFICINA 02: Criação de espaço externo (teto)

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

Muda-se de carro e realiza-se os procedimentos com a ferramenta

AULA 07 / Dia 03: Abordagem em equipe para acidentes rodoviários

Carga horária: 4h/aula

CURSO MODULAR DE RESGATE VEICULAR

Descrição das oficinas / Logística / Condições de execução e observações: