Você está na página 1de 24

CURSO DE EXTENSÃO EM

TRANSPORTE DE VALORES
Apresentação
Elidisnander dos Santos

 Gestor de Segurança, formado em Segurança Pública,


 Pós Graduado em Gestão Empresarial Estratégica
 Militar da reserva não remunerada (3ºsargento R2 EB)
Cursos de Aperfeiçoamento realizados pelo Exército Brasileiro
 Segurança e Proteção de Autoridades
 Defesa pessoal
 Motociclista Militar (Batedor)
 Motociclista Militar de Reconhecimento e Combate
Cursos de Aperfeiçoamento realizados Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo
 Técnica de Salvamento e Primeiros Socorros
 Combate Incêndios
Cursos de Aperfeiçoamento realizados pela Academia de Segurança Engeseg
 Formação de Vigilantes
 Curso de Extensão em Transporte de Valores
 Agente de Segurança Pessoal Privada
Objetivo
• Objetivo: Adotar ao aluno de conhecimentos específicos que o capacite aos desempenho das atribuições no Transporte de
Valores, adotando as medidas preventivas e repressivas diante de possíveis ataques ao seguimento .
• I- Introdução
• II- Desenvolvimento
• Como iniciou o segmento Transporte de Valores
• Legislação
• Diferença entre vigilante de Transporte de Valores e Vigilantes de empresas, qualidades e requisitos.
• Pontos sensíveis da operação
• Composição da Equipe de Carro Forte
• Responsabilidades e atribuições
• Modos de Operação
• Normas de segurança para embarque e desembarque do Carro Forte
• Itinerário
• Assalto
• Armamento
• Comunicação.
• Documentos obrigatórios
• III- Conclusão
• Avaliação
O Transporte de Valores e sua História
É um serviço especial de utilidade pública e privada, tendo como características a
confiabilidade e especialmente para as operações de coleta e entrega de valores.

O seguimento de Transporte de Valores surgiu no pais na década de 60, período em


que o Brasil passava por um crise sócio-política financeira no pais.

Nessa época os bancos transportavam o dinheiro a pé, táxi e em carros comuns. Sendo
assim, em janeiro de 65 instalou-se no Brasil a empresa Brink’s, fundada nos USA em
1859. Assim o TVs que era realizado de uma forma pouco profissional, passou a ser
oferecido em todo país de acordo com os padrões internacionais.

É fundamentalmente um transporte seguro e coberto pelo seguro, representando


um seguimento vital para própria segurança nacional.
Legislação

Sabe-se que hoje, a Lei que regulamenta o transporte de valores é a 7.102/83, atualizada
pelas Leis 8.863/94 e 9.017/95. As empresas de segurança privada, especializadas
em transporte de valores devem possuir autorização de funcionamento e certificado de
segurança emitido pelo Departamento de Polícia Federal (DPF).

LEI Nº 7.102, DE 20 DE JUNHO DE 1983 .


Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para
constituição e funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de
vigilância e de transporte de valores, e dá outras disposições.

Lei 8.863/94 e Lei 9.017/95


Altera a Lei Nº 7102 de 20 de junho de 1983
DIFERENÇA DO VIGILANTE DE TVs E VIGILANTES PATRIMONIAIS
No Transporte de Valores
• O valor está em movimento
• Os vigilantes utilizam armamentos especiais
• Enfrentam maiores riscos
• Os itinerários apresentam riscos potenciais
• A todo instante o cenário apresentam novas situações
• O vigilante de CF está sempre em movimento

Na segurança de empresas
• O bem patrimonial esta estático
• O serviço do vigilante é rotineiro
• Em quanto em efetivo serviço o vigilante permanece na empresa

Quais as qualidades e requisitos para ser um bom vigilante de Transporte de Valores


Para o serviço de Transporte de , tendo em vista as peculiaridades o vigilante para este serviço
deve ser escolhido dentre aqueles que possuem um grau elevado das seguintes qualidades:
• Raciocínio rápido-
• Iniciativa
• Coragem
• Auto confiança
• Responsabilidade
PONTOS SENSIVEIS DAS OPERAÇÕES

São chamados de pontos sensíveis os locais e momentos mais propícios para os


assaltantes investirem contra as equipes de Transporte de Valores na condução de
suas operações.

Pontos sensíveis :
• O embarque no CF da equipe com os valores
• O desembarque no CF da equipe com os valores
• O deslocamento da equipe com os valores
• O entorno dos locais, sendo ruas, becos, estradas com pouca movimentação
Composição da Guarnição de Carro Forte
• A equipe deve ser composta por no mínimo quatro integrantes
• Treinados
• Credenciados pela Policia Federal
• Devem estar todos uniformizados
Responsabilidade e Atribuições
A equipe de vigilantes de Transporte de Valores e composta pelos seguintes componentes:
• VM = Vigilante Motorista – Responsável pela condução do carro forte
• VCE = Vigilante Chefe de Equipe – Responsável pela equipe e segurança e guarda dos valores conduzidos
• V = Vigilantes – Responsáveis pela segurança no deslocamento, bem como a segurança do chefe de equipe.
Motorista
• Dirigir o carro forte de acordo com as normas de Transito- CTB
• Cumprir as normas procedimentos da empresa
• Acatar as determinações do Chefe de equipe
• Zelar pela conservação do CF
• Cumprir outras determinações relativos a segurança do CF e valores transportados
Vigilantes de C Forte
• Cumprir suas atribuições de acordo com as normas e procedimentos da empresa
• Acatar as determinações do chefe de equipe
• Cumprir as determinações relacionadas a segurança da equipe e valores transportados
• Função crucial na segurança das operações
Chefe de Equipe
• Pessoa responsável pela equipe e cumprimento dos normas estabelecidas pela empresa
• Responsável pelo recebimento e entrega de valores e folha de rota ( sequencia Trabalho)
• Responsável pelo abastecimento dos ATMs
• Responsável pelo pela integridade de todo valor a ser transportado nos serviços de
transporte de valores
Valores a ser Transportado

Como sabemos os carros fortes possuem cofres internos para o transporte dos valores. Mas seguindo a
legislação não podemos ultrapassar os seguintes valores.
A legislação na Lei 7.102/83 fala Carros leves não podem ultrapassar os 20.000 UFIRs. ( R$ 32.000)

E no carro forte o valor depende do modelo do veiculo e normas fechadas pelas seguradoras.
Modos de Operação da Marginalidade
O “MODUS OPERANDI “ dos assaltantes, hoje denominados o “ Novo Cangaço” para melhor conhece-los devemos
estuda-los diariamente e repetidamente os assaltos realizados por eles e assim tirarmos conclusões que servirão para a
realização de novas regras de segurança. Com o tempos as técnicas utilizadas para assaltos evoluiu fazendo que as
empresas de segurança invista a cada dia em novos equipamentos e inteligência.
Atualmente conhecemos algumas técnicas utilizada, sendo elas:
• Observam muito os possíveis alvos
• Estudam minunciosamente as atividades de cada integrante CF
• Não possuem pressa
• Levantam todos os dados com detalhes
• Observam quais os pontos fortes e fracos da equipe de segurança
• Geralmente possuem plantas dos objetivos e realizam croquis para fuga
• Montam todo plano para o assalto aproveitando as fragilidades
• Utilizam de uma boa logística ( Binóculos, lunetas, fotografias, gravações, armamentos pesados
• Ensaiam o plano quantas vezes for necessário, realizando detalhadamente o que foi planejado
• Um assaltante apoia o outro
• Na fuga, o ponto de encontro é previamente estudado em caso de separação
• Em caso de prisão, já possuem um jurídico em condições de atuação
Normas de segurança para embarque e desembarque do Carro Forte
Operação de Desembarque
Costuma-se dizer que o ideal seria que a guarnição de CF permanecesse no seu interior e que os clientes fosse levar ou
buscar seus valores até o CF o que não condiz com a realidade e não faria nenhum sentido na operação.

Tecnica Operacional de Embarque e Desembarque


Visão da equipe no interior do carro forte
Efetuando o desembarque para entrega ou coleta de valores

Após análise do local e não havendo suspeita, a equipe deve efetuar o desembarque para entrega ou coleta de valores

• Ao desembarcar o primeiro vigilante deve verificar todo o local ( arredores , interior do estabelecimento, etc...). Não
havendo nenhuma anormalidade, ele deve se posicionar de forma estratégica o que permita o maior campo visual do local,
proteger suas costas e sinalizar discretamente para o segundo vigilante.
• Ao desembarcar, o segundo vigilante deve se posicionar na traseira do carro forte e não havendo nenhuma suspeita de
perigo deve sinalizar discretamente para que o chefe de equipe desembarque para a entrega ou coleta de valores.
• Ao desembarcar, o chefe de equipe deve se dirigir ao local da entrega ou coleta com o Malote acompanhado do segundo
vigilante que lhe dará cobertura a uma distância de 3 a 5 metros.
Importante: O primeiro vigilante deve dar cobertura aos dois colegas , mas em seguida deve se posicionar em um local a
partir do qual possa observar o carro forte ( mantendo contato visual com o motorista), o interior do estabelecimento e se
possível de forma que possa acompanhar a saída para o embarque da equipe.
• O motorista deve se manter atento a qualquer movimentação suspeita. Caso note algo anormal ele deve sinalizar avisando
o primeiro vigilante sobre a situação.
Efetuando o embarque após a entrega ou coleta de valores

Antes do chefe de equipe iniciar o trajeto de retorno ao carro forte, ele deve ser informado sobre as
condições externas. Para isso será necessário seguir os procedimentos abaixo:
• O segundo vigilante que acompanha o chefe de equipe, deve fazer o contato visual com o primeiro
vigilante que por meio de sinal discreto combinado, verifica se está tudo dentro dos padrões para
iniciar o embarque ou se deve aguardar no estabelecimento devido a alguma suspeita.
• Estando tudo em ordem, o chefe de equipe deve se dirigir ao carro forte seguindo o trajeto que julgar
mais seguro acompanhado do segundo vigilante que devera lhe dar cobertura a uma distância de 3 a 5
metros.
• O chefe de equipe deve embarcar primeiro passando o malote ao motorista e fechar a porta. Em
seguida deve embarcar o segundo vigilante e fechar a porta. E por último deve embarcar o primeiro
vigilante e finalizar aquela operação.
Normas de segurança durante o trajeto pelos Itinerários

O Itinerário será o caminho a ser percorrido e deverá ser estudado previamente e com absoluto sigilo e com frequentes
mudanças evitando a rotina. O trajeto deverá prever possíveis alternativas para serem usadas em ocasião de perigo.
O itinerário escolhido deve permitir rapidez e eficiência na execução dos serviços.
Algumas normas devem ser obedecidas, tais como:
 Evitar passar por ruas desertas
 Evitar passar por ruas em mal estado de conservação do leito carroçável
 Evitar parada não programada e não autorizadas
 Nunca abandonar o carro forte
 Manter a velocidade segura, compatível com a via e suas condições normais ou eventuais ( chuva).
 Sempre utilizar as seteiras do carro forte . Jamais manter as portas abertas se não estiver no embarque ou desembarque.
De modo geral, o carro forte deve respeitar os regulamentos de transito.
Procedimento em caso de tentativa de assalto a equipe de carro forte

 O motorista deve acionar os sistemas de alarmes do CF, utilizando os meios de comunicação para comunicar e solicitar
apoio ao setor de operações .
 Utilizar o carro forte que é blindado para o revide
 Sempre se atentar para não ferir inocentes
 Dentro das possibilidades, tentar anotar placas, cor, modelo de veículo e quantidades de assaltantes envolvidos

Caso a equipe estela desembarcada

Quando a equipe de carro forte é atacada depois de já ter desembarcado, o mais prudente é o motorista sair imediatamente do
local com o CF.
Evita se assim que seus colegas sejam usados como reféns, uma vez que sem o carro forte no local não há motivos para que os
ladrões permaneçam no local, isso caso queiram pressionar a abertura do CF.
Em caso de troca de tiros e se houver a possibilidade, a equipe deve retornar para o carro forte. Caso contrário, deve procurar
um abrigo para se proteger e usar os recursos disponíveis no momento como deitar-se no chão, usar colunas ou veículos
estacionados como abrigo. Não é proibido usar o carro forte para auxilio da equipe desde que ela não esteja dominada.

Importante: Para abrir a porta do carro forte e abrigar um companheiro que esteja em perigo, é necessário que o motorista
tenha total convicção de que não há risco de ser atingido.
Conhecendo o carro forte
Vidro blindado
Habitáculo nível III
Climatizadores
Giroflex de alerta
e sirene

Pára-choque
reforçado
Seteiras

Pneus com cinta


Cofre com balística
temporizador Porta central
nível II-A
Armamento
Os vigilantes de carro forte, quando em serviço de transporte de valores , estão
autorizados a utilizar espingarda de uso permitido, de calibre 12, 16 ou 20, pistola
semi automática de calibre permitido e revolveres calibre 38
OBS: a calibre 12 deve ser utilizada em locais ermos e com pouco movimento
ou em caso de alto risco para a operação.
Armamento
Colete Balístico
O colete Balístico e um EPI e deve ser utilizado a todo momento pelas equipes de TVs
Comunicação
Documentos de uso obrigatórios pelo vigilantes
 Carteira Nacional de Vigilante
O Art. 152 da Portaria DPF Nº 18.045, DE 17 DE ABRIL DE 2023, diz que:

A CNV é de uso obrigatório pelo vigilante, quando em efetivo serviço, e nela


constam:
I – os dados de identificação do vigilante; e
II – as atividades a que está habilitado o vigilante.

 Documento dos armamento


A equipe deve estar de posse dos documentos
dos armamentos no efetivo serviço de
transporte de valores.
Considerações finais

 Cuidado com possíveis simulações ( é comum assaltantes simular situações para atacarem
um carro forte)
 Falsa Blitz policial: como é de conhecimento, a polícia realiza blitz em locais variados na
tentativa de apreender veículos roubados, armas e pessoas procuradas pela justiça . Não
podemos esquecer no entanto que em várias ocasiões ladroes se passam por policiais.
 Acidente de transito: acidentes de transito acontecem com frequência, mas cuidado com
acidentes forjados por quadrilha de assaltantes forçando a parada do carro forte.
 Pessoas pedindo ajuda: durante o roteiro a equipe de CF pode ser surpreendida por pessoas
pedindo ajuda e aparentando terem sido agredidas ou atropeladas. Isso no entanto pode ser
tentativa de parar o CF

Você também pode gostar