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Sumário
1 Introdução 3
6 Teoria de Placas 11
6.1 Teoria de Placas Finas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.1.1 Teoria de Vigas de Euler-Bernouilli . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6.1.2 Equações da Teoria de Kirchhoff para placas . . . . . . . . . . . . 13
6.2 Teoria de Placas Espessas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
6.3 Condições de apoio das placas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
7 Métodos Simplificados 19
7.1 Método de Marcus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
7.2 Considerações sobre a Utilização do método . . . . . . . . . . . . . . . . 21
7.3 Exemplo - cálculo de esforços empregando Marcus . . . . . . . . . . . . . 21
8 Cálculo de Armaduras 22
8.1 Lajes maciças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
8.2 Consideração do momento torçor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
8.3 Lajes nervuradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
8.4 Lajes pré-moldadas com vigotas ou treliças . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
12 Dimensionamento à Punção 24
12.1 Recomendações da NBR6118 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
12.2 Definição de tensão solicitante nas superfícies críticas . . . . . . . . . . . 25
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1 Introdução
As lajes são classificadas como elementos planos (uma dimensão muito pequena em
relação às outras duas) recebendo carregamentos preponderantemente perpendiculares
ao seu plano. Nos edifícios, constituem normalmente os pisos e os tetos.
O concreto, armado ou protendido, praticamente não tem concorrência com outros
materiais para o projeto e execução de lajes. Nas estruturas metálicas, por exemplo, as
lajes em geral são de concreto ou mistas de aço e concreto.
O projeto de lajes envolve a definição do tipo de laje, a determinação dos carre-
gamentos atuantes e ações correspondentes, o cálculo de esforços solicitantes, de seção
transversal e armadura e a verificação de estados limites de serviço (deformações exces-
sivas, fissuração excessiva e limites para vibrações).
Existe hoje em dia uma enorme variedade de sistemas construtivos e opções para
o projeto de lajes de concreto. O sistema clássico laje–viga–pilar aparece apenas como
mais uma alternativa.
O cálculo dos esforços nas lajes também apresentou grande evolução nos últimos
anos, principalmente devido à disponibilidade de recursos computacionais. Métodos de
cálculo mais rigorosos permitem a avaliação precisa de esforços em lajes considerando
diversas condições de carregamento e apoio, geometrias complexas, interação com as
vigas do pavimento e e a simulação mais precisa do comportamento dos materiais.
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laje é predominantemente ao longo da direção menor, e o seu funcionamento
se assemelha ao de vigas colocadas lado a lado. Também as lajes com vigotas
pré-moldadas ou lajes nervuradas com nervuras unidirecionais se enquadram
neste caso. Deve-se salientar que isto é uma simplificação, já que sempre há
momentos na outra direção, embora pequenos.
• apoiadas em duas direções
neste caso, o efeito de placa é pronunciado e surgem momentos fletores nas
duas direções perpendiculares. Além disso a flexão em uma direção provoca
torção na outra direção, notadamente nos cantos.
2. Quanto à forma de apoio
• lajes apoiadas sobre elementos lineares (vigas, paredes)
lajes apoiadas sobre vigas, paredes ou baldrames estão neste grupo. As rea-
ções de apoio da laje sobre estes elementos estruturais são consideradas cargas
distribuídas sobre linhas.
• lajes apoiadas sobre pequenas áreas (lisas, cogumelo)
nestes casos, estão as lajes que se apóiam diretamente sobre pilares, pilare-
tes, tirantes. A presença de uma carga elevada distribuída sobre uma área
pequena caracteriza a possibilidade de ocorrência de punção.
3. Quanto ao tipo de seção transversal
• lajes maciças
Estas são as lajes convencionais, com espessuras não muito elevadas. Sua
seção transversal é retangular (para uma faixa de 1m).
• lajes nervuradas
As seções transversais destas lajes são compostas por nervuras cobertas por
uma capa fina de concreto. Nos espaços entre as nervuras pode existir mate-
rial não-estrutural (por exemplo, tijolos cerâmicos ou blocos de isopor).
• Lajes com elementos pré-moldados
Neste caso, colocam-se vigotas pré-moldadas de concreto armado (ou treliças
com base), entre as quais são encaixados tijolos cerâmicos ou outros materiais.
Em seguida, uma capa superior de concreto é lançada e solidariza o conjunto.
• vigotas e tijolos/blocos
Utilizado principalmente para pequenos vãos, este tipo de laje é bastante
econômico pois dispensa o uso de formas e, muitas vezes, também não
precisa de escoramento. O comportamento estrutural é predominante-
mente unidirecional.
• treliças e tijolos/blocos
Semelhante ao sistema anterior, porém as vigotas são substituídas por
armaduras treliçadas assentadas em mini-bases pré-moldadas. Com este
esquema e usando blocos de enchimento especiais pode-se colocar ar-
madura na direção transversal e obter uma laje que trabalha nas duas
direções.
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capa de concreto
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relação a novos sistemas de piso que surgem no mercado e passam a concorrer com os
existentes.
6
projeto arquitetônico, da disponibilidade de materiais e tecnologias (e.g. caixotes para
lajes nervuradas, protensão) e de fatores econômicos.
Nesta seção serão apresentadas algumas opções que vêm sendo utilizadas nos edi-
fícios. Combinações destas soluções são também possíveis e é impossível indicar uma
opção ideal para algum caso, cabendo ao projetista analisar as condições do projeto e,
se conveniente, propor mais de uma alternativa para a solução estrutural. Moderna-
mente, observa-se uma tendência a diminuir a quantidade de vigas nos pavimentos ou
até mesmo de eliminá-las devido ao alto custo e tempo de execução das vigas moldadas
in loco.
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Planta de Forma
Corte na Laje
L1 (h=10)
Planta de Armadura
φ 6.4c14
φ 5c14
φ 5c12
φ 6.4c14
Encontro Laje−Viga
8
Planta de Forma
Mesa
L1 (h=35)
Nervuras
Armadura da Mesa
Planta de Armadura
2 φ 12.5(nerv.)
2 φ4.2(mesa)
2 φ 12.5(nerv.)
Forma da Celula
2 φ 4.2(mesa)
Forma da Laje
Armadura da Nervura
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Figura 6: Exemplo de sistema de lajes nervuradas apoiadas em maciços junto aos pilares
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6 Teoria de Placas
A Teoria de placas finas ou espessas fornece a base para a solução do problema
do cálculo de esforços em lajes por métodos analíticos ou semi-analíticos. As placas
finas são aquelas em que as deformações por cisalhamento transversal são desprezadas,
enquanto nas placas espessas estas deformações são consideradas.
Em ambas as teorias o domínio do problema consiste em uma região no plano (x, y)
com uma espessura constante t na direção z, submetida a um carregamento q(x, y) para-
lelo a z e sob determinadas condições de apoio (no contorno). O campo de deslocamentos
é dado por
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d v 2
onde se assumiu que a curvatura pode ser expressa pela sua forma simplificada κ = − dx 2,
x, u
u
v0
y, v
Com estas hipóteses cinemáticas, conclui-se que cada fibra está em um estado uni-
axial de tensões. Este campo de deslocamentos é aplicável para vigas submetidas à
flexão pura (momento fletor constante) e é geralmente admitido como boa aproximação
para vigas submetidas à flexão com cisalhamento (flexão simples), desde que a viga seja
esbelta.
Neste último caso é incoerente a consideração de tensões de cisalhamento (τxy ) nulas
pois são estas tensões que, integradas ao longo da seção transversal, geram o esforço
cortante que está necessariamente presente no caso de flexão simples (a equação de
equilíbrio das vigas exige a presença do esforço cortante).
Admitindo-se que as tensões normais da flexão pura sejam corretas, pode-se obter
a expressão para as tensões de cisalhamento τxy através de
V (x)Q(y)
τxy (x, y) =
I(x)b(y)
onde V é o esforço cortante, Q é o momento de primeira ordem da seção da posição y até
sua extremidade, I o momento de inércia e b a largura da seção no ponto considerado.
Conclui-se então que a distribuição de tensões é parabólica ao longo da altura da
viga (no caso de seção retangular). Esta incoerência entre modelo cinemático (γxy = 0)
d2 v
1 dx2
A expressão correta da curvatura é κ = 2 3
, obtida a partir da geometria diferencial da curva
(1+ dv
dx )
2
dv 2
v(x). Admitindo pequenos deslocamentos para a viga, a parcela ( dx ) pode ser desprezada em presença
da unidade.
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e estático (τxy 6= 0) é conseqüência de se ter admitido a hipótese de seções planas.
Uma distribuição de tensões de cisalhamento ao longo da altura de uma seção leva a
deformações angulares que tendem a tornar a seção não plana.
As equações de equilíbrio de um elemento da viga, de largura dx, submetido a flexão
simples com carregamento distribuído q(x), são:
dV dM
= −q(x) =V (1)
dx dx
e derivando a segunda destas equações, chega-se a:
d2 M
= −q(x) (2)
dx2
O momento fletor pode ser obtido pela integração das tensões normais na seção
Z
M = σx ydA, (3)
ǫz = ∂w = 0 γyz = ∂v + ∂w = 0
∂z ∂z ∂y
Nas expressões anteriores são válidas as observações feitas sobre a curvatura nas vigas
de Euler, ou seja, aproximações pela derivada segunda e consideração do sinal negativo:
∂2w ∂2w ∂2 w
κx = − κy = − κxy = −2( ) (8)
∂x2 ∂y 2 ∂x∂y
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Analogamente à teoria de vigas esbeltas de Euler-Bernoulli, as deformações por
cisalhamento transversal γxz e γyz seriam nulas a partir das equações anteriores. Con-
sequentemente as tensões de cisalhamento τxz e τyz também seriam nulas. No entanto,
nas placas carregadas transversalmente surgem tensões de cisalhamento transversal que
integradas ao longo da espessura fornecem esforços cortantes que são essenciais para o
equilíbrio da placa, como se verá nas equações a seguir.
As relações entre tensões e deformações no caso linear elástico (lei de Hooke) são
obtidas por especialização do caso tridimensional, considerando que cada fibra ao longo
da espessura está submetida a um estado plano de tensões.
E E E
σx = (ǫx − νǫy ) σy = (ǫy − νǫx ) τxy = Gγxy = γxy (9)
1 − ν2 1 − ν2 2(1 + ν)
ou matricialmente
1 −ν 0
σx E ǫx
σy = −ν 1 0 ǫy (10)
1 − ν2 1 − ν γxy
τxy 0 0
2
Esforços Resistentes
Como já foi mencionado, devem existir tensões tangenciais τxz e τyz que integradas
ao longo da espessura da placa fornecem os esforços cortantes (por unidade de compri-
mento): Z Z
Vx = τxz dz Vy = τyz dz (11)
Zh/2 Zh/2
E E 2
Mx = (ǫx − νǫy )z dz = 2 (−κx − νκy )z dz =
1 − ν2 1−ν (14)
−h/2 −h/2
3
Eh (κx − νκy )
12(1 − ν 2 )
2
Existem outras convenções de sinais para os momentos na literatura. Neste texto procurou-se
conservar a condição de momentos positivos conforme a convenção usual na análise de lajes.
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e de forma análoga. obtém-se para My e Mxy
Eh3
My = (κy − νκx ) (15)
12(1 − ν 2 )
Eh3
Mxy = (κy − νκx ) (16)
12(1 − ν 2 )
A grandeza D = Eh3 /12(1−ν 2) é a rigidez à flexão da placa isotrópica. É importante
observar a semelhança com a rigidez à flexão de vigas.
A Figura (9) apresenta os sentidos positivos dos esforços resistentes por unidade de
comprimento da placa. Nas faces opostas (não visíveis) os esforços atuam em sentidos
contrários.
My Mx
Myx Mxy
Vy Vx
15
x Myx
z
My
x
Vy
Vy + dVy
My + dMy
Myx + dMyx
∂ 2 mx ∂ 2 mxy ∂ 2 my
+ + + pz = 0. (22)
∂x2 ∂x∂y ∂y 2
Com o auxílio das relações entre momentos e curvaturas, pode-se finalmente obter a
equação diferencial em termos de deslocamento vertical
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A solução para um problema de placas finas consiste, então, em resolver as equações
diferenciais apresentadas anteriormente submetidas a condições de contorno especifica-
das, como por exemplo deslocamentos prescritos ou suas derivadas prescritas nos bordos
da placa. A natureza das equações diferenciais parciais do problema impede a obtenção
de soluções analíticas facilmente, a não ser em casos muito específicos, com geometria,
carregamentos e condições de contorno simples.
ou seja, as seções permanecem planas mas não perpendiculares ao eixo deformado, pois
as rotações θx e θy são independentes do deslocamento transversal w (na teoria de Euler-
Bernouilli, as rotações são obtidas a partir das derivadas dos deslocamentos).
As deformações são obtidas a partir dos deslocamentos através das expressões:
ǫz = ∂w = 0 γyz = ∂v + ∂w = 0
∂z ∂z ∂y
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A Figura 11 mostra a analogia entre uma placa simplesmente apoiada e a situação de
uma viga com apoio simples. A rotação em torno do lado da placa é livre, e o movimento
vertical impedido. A diferença em relação ao apoio da viga seria a necessidade de
definição do que acontece com a rotação na direção do lado da placa. Em geral nas
placas simplesmente apoiadas esta rotação é considerada livre.
A Figura 12 apresenta a placa engastada (rotação e deslocamento transversal impe-
didos). A mesma consideração em relação à rotação perpendicular se aplica.
ϕ=0
m 6= 0
A Figura 13 mostra uma placa que apresenta continuidade sobre um apoio simples,
e a analogia correspondente de viga. Se os carregamentos, geometria e condições de
apoio dos dois lados são semelhantes, a rotação sobre este apoio será praticamente nula,
configurando uma situação idêntica à de engastamento perfeito. Esta consideração é
freqüentemente aplicada quando se analisam as lajes isoladamente.
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m 6= 0
ϕ≈0
7 Métodos Simplificados
7.1 Método de Marcus
O Método de Marcus é um processo simplificado de avaliação de esforços em lajes e
foi durante muitos anos um dos mais utilizados nos projetos estruturais. Ele foi desen-
volvido a partir de outro método simplificado, a Teoria das Grelhas, com coeficientes
obtidos por meio de diferenças finitas. O método permite o cálculo de lajes isoladas
retangulares sob condições de apoio usuais (simplesmente apoiada, engastada) e sua
aplicação é bastante simples. Sua maior vantagem é justamente a facilidade de obten-
ção dos momentos fletores. Sua desvantagem está em fornecer valores de momentos
negativos elevados e, no caso de imposição de continuidade entre lajes, necessitar de
ajuste nos valores dos momentos negativos.
Neste método o lado ℓx é o lado correspondente ao maior número de engastes, e caso
haja igualdade, o menor lado. A razão entre os lados é
ℓy
λ= . (24)
ℓx
O carregamento total na laje p divide-se em duas parcelas correspondentes às duas
direções
p = px + py px = k x p py = k y p (25)
onde o coeficiente kx é obtido igualando a flecha máxima nas duas direções, em função
das condições de apoio, e pode ser obtido a partir da Tabela 2. Os momentos nas duas
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Tabela 2: coeficientes kx
caso contorno descrição kx
1 4 apoios simples λ4
4
λ +1
2 1 engaste 5λ4
5λ4 + 2
3 2 engastes adjacentes λ4
4
λ +1
5 3 engastes 2λ4
2λ4 + 1
6 4 engastes λ4
4
λ +1
px ℓ2x py ℓ2y
Mx = m x
V x My = my Vy
20k λ2
Vx = 1 − 20kx 2 Vy = 1 − 3my (26)
3mx λ y
2 2
p ℓ p y ℓ
Xx = − nx xx Xy = − nyy
Situação m n
8 —
14,22 8
24 12
20
7.2 Considerações sobre a Utilização do método
O Método de Marcus foi usado durante décadas no cálculo de esforços em lajes. A
condição de continuidade entre lajes era normalmente feita com a simulação de engas-
tamento entre estas lajes. Esta consideração é razoável quando as lajes têm aproxima-
damente a mesma dimensão e carregamentos semelhantes, quando a diferença entre os
momentos de engastamento calculados pelos dois lados não é significativa. Nos demais
casos o momento fletor sobre o apoio (que deve ser compatibilizado) deve estipulado em
função dos valores obtidos nas fórmulas aproximadas.
py = p − px = 2, 267 kN/m2
Na direção x (maior número de engastes) o momento positivo será
px ℓ2x 20kx 2, 733 × 6, 02 20 × 0, 5466
Mx = (1 − 2 ) = (1 − ) = 4, 366 kN
mx 3mx λ 14, 22 3 × 14, 22 × 0, 8332
e o momento negativo
px ℓ2x 2, 733 × 6, 02
Xx = − =− = −12, 30 kN
nx 8
Na direção y só surgem momentos positivos
py ℓ2y 20ky λ2 2, 267 × 5, 02 20 × 0, 4534 × 0, 83332
My = (1 − )= (1 − ) = 5, 226 kN
my 3my 8 3×8
Supondo agora que as lajes serão consideradas como simplesmente apoiadas, sem
continuidade, só haverá momentos positivos e o caso a ser considerado é o caso 1. A
direção x é a menor direção. Neste caso, tem-se
ℓy λ4
λ= = 6.0/5.0 = 1, 2 κx = = 0, 675 → κy = 0, 325
ℓx λ4 + 1
Os carregamentos em cada direção se tornam
21
py = p − px = 1, 625 kN/m2
Na direção x o momento positivo será
px ℓ2x 20kx 3, 375 × 5, 02 20 × 0, 675
Mx = (1 − 2 ) = (1 − ) = 6, 427 kN
mx 3mx λ 8 3 × 82 × 1, 22
Na direção y os momentos positivos são
py ℓ2y 20ky λ2 1, 625 × 6, 02 20 × 0, 0, 325 × 1, 22
My = (1 − )= (1 − ) = 5, 226 kN
my 3my 8 3×8
Posteriormente, estes valores de momentos obtidos por Marcus serão comparados
com resultados de métodos mais sofisticados.
8 Cálculo de Armaduras
Conhecidos os valores dos momentos fletores por unidade de comprimento, deve-se
calcular as armaduras necessárias. Este cálculo é obviamente função da seção transversal
da laje para a largura de 1,0 m.
22
Esta armadura calculada deve ser distribuída em uma faixa de 1 m. Escolhendo
uma barra de 5mm de diâmetro (0,2 cm2 ), tem-se
100cm — 1, 83 cm2
→ e = 10, 9 cm → Φ5c10
e — 0, 2 cm2
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9 Detalhamento de armaduras em lajes
Calculadas as armaduras, surge a necessidade de se definir como fazer o detalhe
em planta, visando sempre a economia e a melhor facilidade de execução. O detalhe
das lajes não é feito com o rigor observado, por exemplo, nas vigas. Assim, não são
geralmente calculados pontos de corte de barras, embora isto pudesse ser feito facilmente
com programas sofisticados de análise de esforços.
12 Dimensionamento à Punção
A atuação de forças distribuídas em áreas pequenas gera uma distribuição de tensões
que pode caracterizar o fenômeno de falha por puncionamento.
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Os mecanismos resistentes e de ruptura ao puncionamento são bastante complexos,
dependem de diversos fatores como tipo de carregamento, disposição e quantidade das
armaduras, geometria das peças e ainda são objeto de extensivas pesquisas experimen-
tais, teóricas e numéricas.
• Pilar de borda
• Pilar de canto
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