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TÓPICOS ESPECIAIS

FUNDAÇÃO: Conceitos Básicos

1
CONTEÚDO

• Introdução
• Definições
• Fundações Superficiais
• Sapatas
• Distribuição de Tensões no Solo
• Projeto de Sapatas Isoladas
• Exemplo
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INTRODUÇÃO

INVESTIGAÇÃO DO
TIPO DE SOLO
SUBSOLO

SONDAGEM À PERCUSSÃO (SPT)


CORRELAÇÃO N(SPT)
PROVÁVEL TENSÃO ADMISSÍVEL
Tensão Admissível:
capacidade de carga do solo, CORRELAÇÃO N(SPT)
carga última do terreno PESO ESPECIFICO
COESÃO E ÂNGULO DE ATRITO

PERFIL GEOTÉCNICO
- Profundidade da fundação
- Carga Pilar e Fundação TENSÃO ADMISSÍVEL DO
- Recalques SOLO 3
DEFINIÇÕES

Os critérios de projeto destes elementos estruturais utilizam


como base as definições da norma ABNT NBR 6122/2010 –
“Projetos e execução de fundações”

O dimensionamento dos elementos de concreto armado


segue os procedimentos da norma ABNT NBR 6118/2014 –
“Projeto de estruturas de concreto”.

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INTRODUÇÃO
SUBESTRUTURA E
SUPERESTRUTURA

A subestrutura, ou fundação, é a parte


de uma estrutura composta por
elementos estruturais, geralmente
construídos abaixo do nível final do
terreno, e que são os responsáveis por
transmitir ao solo todas as ações
(cargas verticais, forças do vento, etc.)
que atuam na edificação
A estrutura posicionada acima e que
se apoia na subestrutura é chamada
superestrutura. 5
INTRODUÇÃO
FUNDAÇÕES: São elementos da estrutura cuja finalidade é
transmitir as cargas ao solo, garantindo sobretudo a
estabilidade da edificação.

FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS
-bloco
-sapata
-sapata corrida
CLASSIFICADAS -radier

FUNDAÇÕES PROFUNDAS
-estaca
-tubulão
-caixão 6
INTRODUÇÃO

FUNDAÇÕES PROFUNDAS

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DEFINIÇÕES
FUNDAÇÃO SUPERFICIAL: também chamada fundação rasa ou direta, é
definida no item 3.1 da NBR 6122 como o “elemento de fundação em que
a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base
da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno
adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da
fundação.”

A fundação superficial mais


comum é a sapata, que pela
área de contato base-solo
transmite as cargas verticais e
demais ações para o solo,
diretamente.
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DEFINIÇÕES
FUNDAÇÃO PROFUNDA: definido na NBR
6122 (item 3.7) como o “elemento de
fundação que transmite a carga ao terreno
ou pela base (resistência de ponta) ou por
sua superfície lateral (resistência de fuste)
ou por uma combinação das duas, devendo
sua ponta ou base estar assente em
profundidade superior ao dobro de sua
menor dimensão em planta, e no mínimo
3,0 m.

Neste tipo de fundação incluem-se as


estacas e os tubulões.
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FUNDAÇÕES SUPERFICAIS
BLOCO DE FUNDAÇÃO SUPERFICIAL
Quando o elemento é projetado com grande altura e a tensão de
tração máxima diminui e pode ser resistida apenas pelo concreto, sem
necessidade de acrescentar armadura.
NBR 6122 (item 3.3) :elemento de fundação superficial de concreto,
dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes
sejam resistidas pelo concreto, sem necessidade de armadura.”

Para que as tensões de tração sejam resistidas


pelo concreto, elas precisam ser baixas, de
modo que a altura do bloco necessita ser
relativamente grande.
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FUNDAÇÕES SUPERFICAIS
BLOCO DE FUNDAÇÃO SUPERFICIAL A NBR 6122 (7.8.2) estabelece que o
ângulo β, expresso em radianos,
satisfaça a:

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FUNDAÇÕES
SUPERFICAIS
RADIER

NBR 6122 (3.4) como o “elemento de fundação superficial que


abrange parte ou todos os pilares de uma estrutura,
distribuindo os carregamentos.”

Muito aplicado em edificações residenciais de pequeno porte em


conjuntos habitacionais

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FUNDAÇÕES
SUPERFICAIS
SAPATA
“elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado
de modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas
pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.”
NBR 6122 (item 3.2)

“estruturas de volume usadas para transmitir ao terreno as cargas de


fundação, no caso de fundação direta.” NBR 6118 (item 22.6.1)

Na superfície correspondente à base da


sapata atua a máxima tensão de tração, que
supera a resistência do concreto à tração, de
modo que torna-se necessário dispor uma
armadura resistente.
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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA

Sapata Isolada

Sapata Corrida
Sapata Associada

Sapata com Viga Alavanca ou de Equilíbrio

CLASSIFICAÇÃO RELATIVA À RIGIDEZ

sapatas rígidas

sapatas flexíveis
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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA

Sapata Isolada
É a mais comum nas edificações, sendo aquela que transmite ao solo as
ações de um único pilar.

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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA As ações que comumente ocorrem
nas sapatas são a força normal (N), os
Sapata Isolada momentos fletores, em uma ou em
duas direções (Mx e My), e a
Um limite para a sapata retangular é
força horizontal (H)
que a dimensão maior da base não
supere cinco vezes a largura (A ≤ 5B)

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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA Para sapata sob pilar de edifício de pavimentos
Sapata Isolada existe a recomendação de que a dimensão mínima
em planta seja de 80 cm (HACHICH et al., 2000)

NBR 6122 (7.7.1), a menor dimensão não deve ser inferior a 60 cm.

O centro de gravidade (CG) do pilar deve coincidir com o centro de


gravidade da base da sapata, para qualquer forma do pilar :

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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA

Sapata Isolada
Para o dimensionamento econômico é indicado que os balanços da
sapata nas duas direções, as dimensões cA e cB , sejam iguais ou
aproximadamente iguais.

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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA

Sapata Corrida
NBR 6122 (3.6) é aquela “sujeita à ação de uma carga distribuída
linearmente ou de pilares ao longo de um mesmo alinhamento.”
São comuns em construções de pequeno porte, como casas e edificações
de baixa altura, galpões, muros de divisa e de arrimo, em paredes de
reservatórios e piscinas, etc.

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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA Comprimento A mínimo para
configurar a sapata corrida.
Sapata Corrida
Quando A > 5B é chamada sapata corrida

Sapata corrida para apoio de pilares alinhados.

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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA

Sapata Associada

Conforme a NBR 6122 (3.5),


sapata associada é aquela
“comum a mais de um pilar”.
Também é chamada sapata
combinada ou conjunta.

Geralmente ocorre quando, devido


à proximidade entre os pilares, não
é possível projetar uma sapata
isolada para cada pilar.
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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA

Sapata com viga alavanca ou de equilíbrio


Viga alavanca ou de viga de equilíbrio é o “elemento estrutural que recebe
as cargas de um ou dois pilares (ou pontos de carga) e é dimensionado de
modo a transmiti-las centradas às fundações. NBR 6122 (3.3.6)

Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações


diferentes das cargas dos pilares nelas atuantes.

A viga alavanca é de aplicação comum no caso de pilar posicionado na


divisa de terreno, onde ocorre uma excentricidade (e) entre o ponto de
aplicação de carga do pilar (N) e o centro geométrico da sapata.
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SAPATAS
TIPOS DE SAPATA

Sapata com viga alavanca ou de equilíbrio

O momento fletor resultante


da excentricidade é
equilibrado e resistido pela
viga alavanca, que na outra
extremidade é geralmente
vinculada a um pilar interno
da edificação.

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Pilar de divisa sobre sapata combinada com viga alavanca (VA).
SAPATAS
CLASSIFICAÇÃO RELATIVA À RIGIDEZ
Direciona a forma como a distribuição de tensões na interface base da
sapata/solo deve ser considerada, bem como o procedimento ou
método adotado no dimensionamento estrutural.

NBR 6118 (item 22.6.1) classifica as sapatas como rígidas ou flexíveis

Para ser considerada rígida:

As sapatas rígidas têm a preferência no projeto de fundações, por serem


menos deformáveis, menos sujeitas à ruptura por punção e mais seguras.
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SAPATAS
CLASSIFICAÇÃO RELATIVA À RIGIDEZ

Também deve ser verificada às dimensões B e bp da outra direção


da sapata, sendo que para ser classificada como rígida a equação
deve ser atendida em ambas as direções. 25
SAPATAS
CLASSIFICAÇÃO RELATIVA À RIGIDEZ
As sapatas flexíveis são caracterizadas pela altura “pequena”, e segundo a
NBR 6118 (item 22.6.2.3): “Embora de uso mais raro, essas sapatas são
utilizadas para fundação de cargas pequenas e solos relativamente fracos.”
Norma que pode ser considerada no projeto de
sapatas é a do CEB de 1970 (CEB-70), que utiliza
um critério diferente e considera como sapata
rígida quando o ângulo β (tg β = h/c) fica
compreendido entre os limites:
0,5 ≤ tg β ≤ 1,5 (26,6° ≤ β ≤ 56,3 °)
Se tg β < 0,5 a sapata é considerada flexível
Se tg β > 1,5 não é sapata, e sim bloco de
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fundação
DISTRIBUIÇÃO DE
TENSÕES NO SOLO
A tensão ou pressão de apoio que a área da base de uma sapata exerce
no solo é o fator mais importante relativo à interface base-solo.

A pressão exercida no solo não é necessariamente distribuída


uniformemente, e depende de vários fatores:

- existência de excentricidade do carregamento aplicado;


- intensidade de possíveis momentos fletores aplicados;
- rigidez da fundação;
- propriedades do solo;
- rugosidade da base da fundação.

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DISTRIBUIÇÃO DE
TENSÕES NO SOLO
sapata flexível sobre argila sapata flexível sobre areia
Distribuição de pressão no solo
aplicada na base de uma sapata,
carregada concentricamente,
em função do tipo de solo e da
rigidez, se rígida ou flexível.
sapata rígida sobre argila sapata rígida sobre areia
Sapatas flexíveis curvam-se e
mantém a pressão uniforme
no solo.

Sapatas rígidas não se curvam,


e o recalque, se ocorrer, é
uniforme, porém, a pressão no
solo não é uniforme.
Assumir-se a uniformidade sob
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carregamentos concêntricos
DISTRIBUIÇÃO DE
TENSÕES NO SOLO
A NBR 6118 (item 22.6.1) permite que, no caso de sapata rígida, se
possa “admitir plana a distribuição de tensões normais no contato
sapata-terreno, caso não se disponha de informações mais detalhadas
a respeito.

Para sapatas flexíveis ou em casos extremos de fundação em rocha,


mesmo com sapata rígida, essa hipótese deve ser revista.” E no item
22.6.2.3 relativo às sapatas flexíveis: “A distribuição plana de tensões
no contato sapata-solo deve ser verificada.”

No caso de radier, que é comumente flexível quando comparado às


sapatas, devem ter uma avaliação das tensões de flexão e da
distribuição da pressão no solo de maneira mais cuidadosa.
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DISTRIBUIÇÃO DE
TENSÕES NO SOLO
A NBR 6122 (7.6.1) recomenda que a “área da fundação solicitada por
cargas centradas deve ser tal que as tensões transmitidas ao terreno,
admitidas uniformemente distribuídas, sejam menores ou iguais à tensão
admissível ou tensão resistente de projeto do solo de apoio.”

No item 7.8.1: “As sapatas devem ser calculadas considerando-se


diagramas de tensão na base representativos e que são função das
características do solo (ou rocha).”

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DISTRIBUIÇÃO DE
TENSÕES NO SOLO
A distribuição real não é uniforme, mas por simplicidade, na maioria
dos casos, admite-se a distribuição uniforme, o que geralmente resulta
esforços solicitantes maiores.

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
• Dimensionamento estrutural de sapatas isoladas
• Maior ênfase às sapatas rígidas, para as solicitações de carga
centrada e carga excêntrica (com um ou dois momentos fletores
solicitantes independentes)
• Base retangular ou quadrada
• Centro de gravidade da sapata coincidente com o centro de
gravidade do pilar.

CEB de 1970
Os métodos de projeto ACI 318
Tradicional “Método das Bielas “

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
Os modelos são simplificações do comportamento das
sapatas, porém, são conservativos e seguros.

O projeto da sapata isolada tem as seguintes fases:


• estimativa das dimensões da sapata
• dimensionamento das armaduras de flexão
• verificações:
- das tensões de compressão diagonais
- da punção (para as sapatas flexíveis)
- da aderência da armadura de flexão
- do equilíbrio referente ao tombamento e ao deslizamento.

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL ANALOGIA ENTRE LAJE LISA E SAPATA

A sapata isolada pode ser representada como tendo volumes de concreto em


balanço que se projetam da seção transversal do pilar em ambas as direções,
e submetidos à pressão do solo de baixo para cima.

A sapata pode ser comparada a uma laje lisa invertida, em balanço ao redor
do pilar, onde se apoia diretamente, e submetida aos esforços solicitantes
internos de momento fletor e força cortante. 34
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

O comportamento estrutural das sapatas pode ser analisado segundo a


rigidez da sapata, se rígida ou flexível. NBR 6118 (item 22.6.2)
SAPATAS RÍGIDAS NBR 6118 (item 22.6.2.2 )

• trabalho ao cisalhamento também em duas direções


• trabalho à flexão nas duas direções, admitindo-se
que, para cada uma delas, a tração na flexão seja
uniformemente distribuída na largura
correspondente da sapata. Essa hipótese não se
aplica à compressão na flexão, que se concentra
mais na região do pilar que se apoia na sapata e
não se aplica também ao caso de sapatas muito
alongadas em relação à forma do pilar;
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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
SAPATAS RÍGIDAS

A admissão da uniformidade da
tensão de tração ao longo da
largura da sapata, em cada
direção, faz com que a armadura
de flexão As,B , por exemplo,
paralela à dimensão B da sapata,
seja disposta constante ao longo
de toda a dimensão A da sapata,
e de modo semelhante quanto à
armadura As,A na outra direção.

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
SAPATAS RÍGIDAS
As armaduras são
perpendiculares e formam
uma malha, posicionadas
próximas à superfície da
base da sapata

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
SAPATAS RÍGIDAS

No caso de sapatas alongadas, ou seja, onde a dimensão A é muito


superior à dimensão B, a tração uniforme não deve ser admitida, e
neste caso, o critério do CEB-70 pode ser aplicado como solução para a
distribuição da armadura.

A possível ruptura devido às tensões


de compressão diagonais (σII), deve
ser verificada nas seções
correspondentes ao perímetro do pilar
(superfície crítica C conforme o item
19.5.3.1 da NBR 6118)
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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL
SAPATAS RÍGIDAS

O caso mais típico de possibilidade de


A sapata rígida, devido às dimensões em
ruptura por efeito de punção é aquele
planta e à altura, não rompe por punção
existente na ligação da laje lisa com
por estar inteiramente
o pilar de apoio
dentro do cone de punção

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Laje apoiada diretamente em pilar (laje lisa). Sapata rígida e o cone de punção.
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

SAPATAS FLEXÍVEIS NBR 6118 (item 22.6.2.3)

• trabalho à flexão nas duas direções,


não sendo possível admitir tração na
flexão uniformemente distribuída na
largura correspondente da sapata. A
concentração de flexão junto ao pilar
deve ser, em princípio, avaliada;
• trabalho ao cisalhamento que pode ser
descrito pelo fenômeno da punção

A distribuição plana de tensões no


contato sapata-solo
deve ser verificada. 40
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

SAPATAS FLEXÍVEIS

A sapata flexível deve ter o comportamento à punção verificado, porque,


devido à pequena altura h relativamente às dimensões da sapata em planta,
há a possibilidade de ruptura por punção

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL A sapata pode romper por efeito de força cortante
como uma viga larga ou por puncionamento
SAPATAS FLEXÍVEIS
Possível superfícies de ruptura
ANÁLISE COMO VIGA

Seções críticas na análise da sapata à força


cortante 42
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

SAPATAS FLEXÍVEIS

ANÁLISE À PUNÇÃO

Seções críticas na análise


da sapata à força
cortante
superfície de ruptura
por punção
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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

SAPATAS FLEXÍVEIS

Superfície de ruptura por


punção nas sapatas flexíveis
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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

SAPATAS FLEXÍVEIS
Ruptura por força cortante, considerada uma combinação de tensões inclinadas de tração
com força cortante, evitada principalmente pela adequada altura da sapata.

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

SAPATAS FLEXÍVEIS
Ruptura por flexão pode ser evitada pela adequada armadura de flexão,
posicionada próxima à base da sapata.

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
DETALHES CONSTRUTIVOS

A NBR 6122 (item 7.7.3) estabelece que “Todas as partes da fundação


superficial em contato com o solo (sapatas, vigas de equilíbrio, etc.) devem ser
concretadas sobre um lastro de concreto não estrutural com no mínimo 5 cm
de espessura, a ser lançado sobre toda a superfície de contato solo-fundação.

No caso de rocha, esse lastro deve servir para


regularização da superfície e, portanto, pode
ter espessura variável, no entanto observado
um mínimo de 5 cm.”

O Anexo A da NBR 6122 apresenta procedimentos executivos relativos


às fundações superficiais

https://www.youtube.com/watch?v=oyMXo-khRgs 47
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
DETALHES CONSTRUTIVOS Para evitar a possível ruptura nos lados da
sapata é importante executar as faces
A superfície de topo da sapata deve extremas em superfície vertical, com a
ter um plano horizontal (mesa) maior sugestão para ho :
que a seção transversal do pilar, com
pelo menos 2,5 ou 3 cm, que facilita a
montagem e apoio da fôrma do pilar

O ângulo, de inclinação da sapata,


deve ser preferencialmente igual
ou menor que 300, que é ângulo
do talude natural do concreto
fresco, a fim de evitar a
necessidade de fôrma na
construção da sapata 48
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
ESTIMATIVA DAS DIMENSÕES DE SAPATAS COM CARGA CENTRADA

Obtenção de momentos fletores solicitantes e armaduras de flexão não muito


diferentes nas duas direções da sapata, procura-se determinar as dimensões
A e B de modo que os balanços sejam iguais ou semelhantes

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
ESTIMATIVA DAS DIMENSÕES DE SAPATAS COM CARGA CENTRADA

Km: finalidade de estimar o peso próprio


da sapata e do solo sobre a sapata

1,05 para sapatas flexíveis


Recomenda-se:
1,05 a 1,10 para sapatas rígidas

quando as parcelas relativas às ações permanentes e


variáveis (cargas acidentais sobre as lajes, etc.) não
forem conhecidas, adotar 1,05 como fator
multiplicador da carga total 50
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
ESTIMATIVA DAS DIMENSÕES DE SAPATAS COM CARGA CENTRADA

• Balanços (abas) Iguais nas Duas Direções

(X B)

Determino dimensão de B 51
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
ESTIMATIVA DAS DIMENSÕES DE SAPATAS COM CARGA CENTRADA

• Balanços Não Iguais nas Duas Direções

Recomenda-se:

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PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
ESTIMATIVA DAS DIMENSÕES DE SAPATAS COM CARGA CENTRADA

• Balanços Não Iguais nas Duas Direções

Deve-se definir um valor para R entre 1 e 3

Os lados A e B
devem ser
preferencialmente
múltiplos de 5 cm
53
PROJETO DE SAPATAS
ISOLADAS
• Exercício 1 – Sapata Isolada
Rígida Sob Carga Centrada
Determinar as dimensões de uma sapata de fundação
superficial para um pilar com seção transversal 20x80 cm,
que transfere à sapata uma carga vertical centrada total de
1250 kN (Nk), tensão admissível no solo de 0,26 Mpa
(2,6 Kgf/cm2).
-Dados:
Concreto C25
Aço CA 50
REFERÊNCIAS
• Aula baseada:

55

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