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Fundações Rasa

(direta ou superficial)

Curso de Engenharia Civil | Fundações | 7º Período


Eng.º Civil Luan Mateus Stiegemeier
Especialista em Estruturas e Fundações - UNISOCIESC
NBR:6122/2019 Projeto e Execução de
Fundações
• Fundações Rasas: • Quando o perfil do subsolo de um
• A grandeza fundamental para o terreno, identificado por meio de
projeto de fundações rasas é a sondagem, e as cargas atuantes
tensão admissível; forem compatíveis com a solução,
em geral se tem uma fundação
• Tensões devem satisfazer mais econômica.
simultaneamente aos estados
limites últimos (ELU) e de serviço
(ELS), para cada elemento isolado
de fundação, bem como para o
conjunto;
• Transmitem a carga diretamente
para o subsolo pela base;
Fundação Superficial
Fundação Superficial
• Devem ser o primeiro tipo de fundação a ser verificada a
possibilidade de execução;
• As sapatas e os blocos não armados são os elementos mais simples
e econômicos;
• Sapatas corridas geralmente utilizadas em alvenaria estrutural;
• Quando se desejar uniformizar os recalques diferenciais ou quando
a área total da fundação ultrapassar 50% da área do terreno é
recomendada a adoção do radier ou Fundação Profunda;
Fundação Superficial
• As fundações rasas são mais indicadas para cargas baixas e
edifícios de médio porte, o que significa horizontalizar o edifício, ou
fazer com que os vãos entre pilares sejam menores;
• Considera-se técnica e economicamente viável o uso de fundação
direta quando o número de golpes do SPT for maior que 8 ou qc
maior que 2,0 MPa e a profundidade máxima não ultrapassar 3
metros;
Fundação Superficial
Fundação Superficial
Fundação Superficial
Fundação Superficial
•Evitar:
• Aterros não compactados;
• Argilas moles ou areias fofas;
• Existência de água onde o rebaixamento do lençol freático não se justifica
economicamente;
• Solos de baixa resistência superficial;
Fundação Superficial – Blocos/alicerces
• Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de
modo que as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas
pelo concreto, sem necessidade de armadura;
Fundação Superficial – Blocos/alicerces
• Podem ser de concreto simples (não armado), alvenarias de tijolos
comuns ou de pedra de mão (argamassada ou não);
• Os alicerces (blocos corridos) são utilizados na construção de
pequenas residências e suportam as cargas provenientes das
paredes resistentes;
Fundação Superficial – Blocos/alicerces
• Execução:
• Preparação e limpeza do terreno;
• Fixação do “RN” e demarcação da construção;
• Executar abertura da vala;
• Averiguar solo de apoio do elemento;
• Não deve ter sua base mais profunda que 1,50m;
• Dimensão mínima de 0,60m;
• Compactação da camada de solo, uniformizar e aumentar resistência;
• Colocação de lastro com 5 a 10 cm de brita ou concreto magro (baixo consumo de
cimento);
• Função de regularizar a superfície de apoio, drenar (manter seco) a interface do solo com a
base da fundação;
• Nivelamento da base;
Fundação Superficial – Blocos/alicerces
• Execução:
• Execução do elemento;
• Pedra;
• Alvenaria;
• Concreto;
• Pode ser executada cinta acima do
elemento;
• Camada de impermeabilização;
• Reaterro;
Fundação Superficial – Radier
• Elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os
pilares de uma estrutura, distribuindo o carregamento ao terreno,
uniformemente;
Fundação Superficial – Radier
• A utilização de sapatas é adequada economicamente
enquanto sua área em relação à da edificação não ultrapasse
50%;
• Caso contrário, é mais vantajoso reunir todas as sapatas num
só elemento de fundação denominado radier ou se partir para
outra solução;
• Envolve grande volume de concreto, é relativamente onerosa,
mas torna-se econômico pois funciona como contrapiso;
Fundação Superficial – Radier
• Podem ser:
• A) lisos (fácil execução,
flexível);
• B) com pedestais ou
cogumelos (esforço cortante);
• C) nervurados (maior
resistência);
• D) em caixão (grande
rigidez);
Fundação Superficial – Radier
• Execução:
• Preparação e limpeza do terreno;
• Fixação do “RN” e demarcação da
construção;
• Locação do radier/pilares;
• Nivelamento do terreno;
• Compactação com rolo compressor;
• Verificar o nível de compactação
retirando amostra do terreno;
Fundação Superficial – Radier
• Execução:
• Abrir vala em todo o perímetro do radier;
• Abrir vala para passagem das
tubulações;
• Inserir as formas para delimitar o radier;
• Alinhamento e nivelamento das formas;
• Preparo da base com lastro de brita;
Fundação Superficial – Radier
• Execução:
• Inserção de lona para garantir
impermeabilização;
• Posicionamento das armaduras;
• Prever os arranques dos pilares e as
tubulações das instalações;
• Concretagem e;
• Acabamento;
Fundação Superficial – Sapatas
• Elemento de fundação superficial, de concreto armado,
dimensionado de modo que as tensões de tração nele resultantes
sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta
para esse fim;
• Transmitem para o solo a carga de um pilar através de sua base;
Fundação Superficial – Sapatas Isoladas

• Embutimento mínimo de 1,5m e largura


mínima de 60 cm;
• Podem ser quadradas (L = B);
• circulares (L=2r);
• retangulares (L ≤ 5B);
• ou corridas (L > 5B)
• Podem ter altura constante ou variável;
Fundação Superficial – Sapatas Isoladas

• Recebem as cargas de apenas um pilar;


• Solução preferencial (mais econômica);
• CG da seção do pilar coincide com o CG da sapata;
Fundação Superficial – Sapatas Isoladas
• Disposição construtiva de sapatas próximas:
• a) solos pouco resistentes: α ≥ 60°;
• b) solos resistentes: α ≥ 45°; e
• c) rochas: α ≥ 30°.
Fundação Superficial – Sapatas Corrida

• Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de


pilares ao longo de um mesmo alinhamento.
Fundação Superficial – Sapatas
Associada
• Sapata comum a mais de um pilar;
• Usadas quando a proximidade entre dois ou
mais pilares seja tal que as sapatas isoladas se
sobreponham;
• Utiliza-se a viga de rigidez para unir estes dois
pilares, de modo a permitir que a sapata
trabalhe com tensão constante;
• Busca-se posicionar o C.G. da sapata com o
C.C. dos pilares;
Fundação Superficial – Sapatas Alavanca
ou de divisa
• Elemento de fundação utilizado quando
não é possível fazer com que o centro
de gravidade da sapata coincida com o
do pilar, como em divisa do terreno ou
próxima a obstáculos;
• Necessidade de viga alavanca (ou de
equilíbrio);
Execução Fundação Superficial –
Sapatas
• Preparação e limpeza do terreno; • Posicionamento do pilar com armações;
• Fixação do “RN” e demarcação da • Concretagem;
construção; • A base pode ser vibrada normalmente mas
• Escavação da vala: manual ou mecânica; para a parte inclinada é necessário
• Preparo da superfície de apoio; compactar manualmente ou inserir gabarito
inclinado;
• Limpeza do fundo da vala (materiais soltos e
lama); • Cura;
• Apiloamento com soquete ou sapo mecânico; • Reaterro;
• Colocação de um lastro de brita ou
concreto magro;
• Nivelamento da base;
• Posicionamento das formas e da armação;
Fundação Superficial – Sapatas
Fundação Superficial – Sapatas
Capacidade de carga para fundação rasa
• Capacidade de carga (σ𝑟𝑢𝑝 ) é a• Em outras palavras: “É a carga que,
tensão que provoca a ruptura do aplicada à sapata, provoca
maciço de solo em que a fundação recalques que não produzem
esta embutida. inconvenientes a estrutura e,
• Tensão adotada em projeto que, simultaneamente, oferece
aplicada pela fundação, atende, segurança satisfatória a ruptura ou
com fatores de segurança pré escoamento da fundação.”
determinados, aos estados limites
ultimo (ruptura) e de serviço
(deformações).
Capacidade de carga para fundação rasa
• Para o dimensionamento de sapatas se faz necessária a
determinação da capacidade de suporte do solo.

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝐸𝑠𝑡𝑟𝑢𝑡𝑢𝑟𝑎𝑙
𝐴𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 =
𝜎𝑎𝑑𝑚
𝜎𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 ≤ 𝜎𝑎𝑑𝑚
𝜎𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜
𝜎𝑎𝑑𝑚 =
𝐹𝑆
Capacidade de carga para fundação rasa
• Capacidade de carga da sapata → depende do solo
• Capacidade de carga do solo → depende de características da sapata
• (geometria, profundidade de embutimento, etc.)
• Sapatas idênticas em solos diferentes, a capacidade de carga não será a mesma!
• Solos idênticos com sapatas diferentes, a capacidade de carga não será a mesma!
Capacidade de carga para fundação rasa
• Com o acréscimo da carga, ocorre o surgimento de uma superfície potencial de ruptura
no interior do maciço de solo, mobilizando sua resistência máxima ate atingir a tensão de
ruptura (σr), ou seja, a capacidade de carga do sistema sapata-solo;
• O aumento gradativo de P vai provocar o surgimento de uma superfície potencial de
ruptura;
• Na iminência da ruptura, teremos a mobilização da resistência máxima do sistema
sapata-solo que denominamos capacidade de carga;
• As fórmulas de capacidade de carga são determinadas a partir do conhecimento do tipo
de ruptura que o solo pode sofrer;
Mecanismos de Ruptura
A partir da observação de ensaios e de catástrofes, Vesic (1963) constatou que a
capacidade de suporte do solo provem dos modelos:
A) Ruptura generalizada
B) Ruptura por puncionamento
C) Ruptura localizada
O tipo de ruptura ocorre em função da compressibilidade do solo, geometria da
fundação, carregamento e embutimento;
Mecanismos de Ruptura
A) Ruptura geral
• Constituída por uma superfície de deslizamento que vai de uma
borda da fundação à superfície do terreno;
• Durante o processo de carregamento, registra-se um levantamento
do solo em torno da fundação;
• Ocorre em solos de boa resistência;
• A formação da protuberância na superfície é acompanhada pelo
tombamento da fundação;
• Nota-se um ponto de carga máximo;
• A carga de ruptura é atingida para baixos valores de recalque;
• Frágil – Súbita – Catastrófica;
Mecanismos de Ruptura
B) Ruptura por puncionamento
• Mecanismo de difícil observação;
• A medida que aumenta-se as cargas, o movimento vertical da fundação é
acompanhado pela compressão do solo imediatamente abaixo;
• A penetração da fundação é possibilitada pelo cisalhamento vertical em
torno do perímetro da fundação;
• Solos menos resistentes (areias fofas e argilas moles);
• A carga de ruptura é atingida para recalques elevados e para esse valor de
carga, os recalques passam a ser incessantes;
• Solo nas bordas possuem tendência de acompanhar os recalques e o solo
fora da área carregada praticamente não participa e não há movimentação
do solo na superfície;
Mecanismos de Ruptura
C) Ruptura local
• Solos de media resistência;
• Cunhas e superfícies de deslizamento que
se iniciam junto às bordas da fundação;
• Não ocorre levantamento do solo em torno;
• O modelo só é bem definido logo abaixo da
fundação;
Mecanismos de Ruptura
+ FOFO + COMPACTO
Mecanismos de Ruptura
Resumidamente...
• Ruptura geral → Areia compacta a muito compacta e argila rija a
dura
• Ruptura por puncionamento → Areia pouco compacta a fofa e
argila mole a muito mole
• Ruptura local → Areia medianamente compacta e argilas medias
Análise da capacidade de suporte
Análise da capacidade de suporte:
• Métodos teóricos: aplicação das formulas de capacidade de carga para
estimativa da tensão – estudos teóricos adicionados a parâmetros geotécnicos do
solo obtidos em ensaios laboratoriais;
• Métodos semi-empíricos: correlações propostas a partir de resultados “in situ”,
como o SPT;
• Métodos práticos: ensaio de prova de carga sobre placa;
Métodos Práticos
• Ensaio NBR6489:1984 – Prova de carga direta sobre terreno de fundação
• Este ensaio procura reproduzir, no campo, o comportamento da fundação
direta sob a ação das cargas que lhe serão impostas pela estrutura;
• Instalação de uma placa circular rígida de aço com diâmetro de 0,80m na
mesma cota de projeto da base das sapatas, e aplicação de carga, em
estágios, por meio de um macaco hidráulico que reage contra um sistema
de reação qualquer, que pode ser uma caixa carregada, ou um grupo de
tirantes, com medida simultânea dos recalques;
Métodos Práticos

Placa = distribui a carga, simula a condição de uma fundação rasa;


Reação = podendo ser de algumas formas
Métodos Práticos
• Execução do Ensaio:
• A prova de carga é executada em estágios de carregamento onde em cada estágio
são aplicados ≤20% da taxa de trabalho presumível do solo;
• Em cada estágio de carregamento, serão realizadas leituras das deformações logo
após a aplicação da carga e depois em intervalos de tempos de 1, 2, 4, 8, 15, 30
minutos, 1 hora, 2, 4, 8, 15 horas;
Métodos Práticos
• Os resultados devem ser apresentados da seguinte forma:
• curva tensão x recalque
Métodos Práticos
• Ruptura Geral
Métodos Práticos
• Ruptura não nítida
Métodos Práticos
Métodos Práticos
Métodos Práticos
Exercício
• Estime a tensão admissível de uma fundação a partir do resultado de
prova de carga a seguir. Despreze o efeito do tamanho da fundação.
Exercício
• Solução:
• Traça-se a curva ligando-se os pontos conforme indicado na figura
• Devemos tomar as cargas referentes as deformações de 10 a 25mm.
Métodos semi-empíricos baseados em
SPT
• São métodos que relacionam resultados de ensaios com tensões
admissíveis ou tensões resistentes de projeto. Devem ser
observados os domínios de validade de suas aplicações, bem como
as dispersões dos dados e as limitações regionais associadas a
cada um dos métodos.”
• O fator de segurança global indicado pela NBR 6122 é igual a 3 na
ausência de prova de cargas;
Métodos semi-empíricos baseados em
SPT
• As correlações consagradas na prática do projeto de fundações
diretas fornecem diretamente o valor da tensão admissível, com
segurança implícita, o que dispensa a aplicação do fator de
segurança;
• É preciso analisar a origem e a validade de tais formulários de bolso
antes de passar a aplica-los inconscientemente e mesmo
prejudicialmente em condições que extravasam do campo
experimental do qual decorreram;
Métodos semi-empíricos baseados em
SPT
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑀𝑃𝑎 ≤ 0,4 𝑀𝑃𝑎
50
Com Nspt de 5 a 20;
Utilizar Nspt médio do bulbo de tensões a uma profundidade de 1,5 a 2B;
Pode-se adicionar uma parcela q, correspondente a sobrecarga do aterro;
Bulbo de Tensões
Profundidade do bulbo de tensões:
• Sapata circular ou quadrada ( L = B ) → z = 2B
• Sapata retangular ( L = 2 a 4 B) → z = 3B
• Sapata corrida ( L ≥ 5B ) → z = 4B
Métodos semi-empíricos baseados em
SPT
Métodos semi-empíricos baseados em
SPT
• Método de Bowles e Meyerhoff (1956)
0,8∗𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = ∗ 𝐼𝑑 → 𝐵 ≤ 1,2
100∗𝐹1 2
0,8 ∗ 𝑁𝑠𝑝𝑡 𝐵 + 𝐹3
𝜎𝑎𝑑𝑚 = ∗ ∗ 𝐼𝑑 → 𝐵 > 1,2
100 ∗ 𝐹2 𝐵
𝐷𝑓
𝐼𝑑 = 1 + 0,33 ∗ ≤ 1,33
𝐵
Métodos empíricos baseados em SPT
Teixeira e Godoy(1996):
𝜎𝑎𝑑𝑚 = 0,02 ∗ 𝑁𝑆𝑃𝑇 + 𝑞 𝑀𝑃𝑎
MiltonVargas(1996):
𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑘𝑔𝑓
𝜎𝑎𝑑𝑚 = ( 2)
𝑘 𝑐𝑚
K=5 (areia)
K=5,5 (areia siltosa)
K=6 (areia argilosa)
K=6 (silte)
K=6,5 (silte argiloso)
K=7 (argila)
Métodos empíricos baseados em SPT

Berberian (2011):
Métodos empíricos baseados em SPT

Berberian (2011):
Métodos semi-empíricos baseados em
CPT
𝑞𝑐
𝐴𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎𝑠 → 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑀𝑃𝑎 ≤ 0,4 𝑀𝑃𝑎
10
𝑞𝑐
𝐴𝑟𝑒𝑖𝑎𝑠 → 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑀𝑃𝑎 ≤ 0,4 𝑀𝑃𝑎
15
Com qc > 1,5 MPa;
Pressões (admissíveis) NBR 6122 - SPT
Ampliada por Berberian (2011)
Parâmetros do solo
𝐶𝑜𝑒𝑠ã𝑜:
𝐶 = 10 ∗ 𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑆𝑜𝑙𝑜𝑠 𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑠 [kPa]

Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜:
∅ = 20 ∗ 𝑁𝑆𝑃𝑇 + 15° (𝑆𝑜𝑙𝑜𝑠 𝑎𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑜𝑠)

𝑃𝑒𝑠𝑜 𝐸𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑜: 𝑆𝑜𝑙𝑜𝑠 𝐴𝑟𝑔𝑖𝑙𝑜𝑠𝑜𝑠 𝑒 𝐴𝑟𝑒𝑛𝑜𝑠𝑜𝑠


Tensão admissível
• Determine a tensão admissível do terreno utilizando os métodos
semi-empíricos, considere Nspt = 15 golpes, Areia Siltosa, sapata
com base de 1,5 metro e escavação de 1 metro.
Dimensionamento Geotécnico de Sapatas
1,10 ∗ 𝑃𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟
𝐴𝑠𝑎𝑝 =
𝜎𝑎𝑑𝑚

𝑏−𝑙 1
𝐵= + 𝐴𝑠𝑎𝑝 + ∗ (𝑙 − 𝑏)2
2 4

𝐴𝑠𝑎𝑝
𝐿=
𝐵
𝐵𝑥,𝑦 − 𝑏𝑥,𝑦 B = menor lado da sapata;
𝐻≥ 𝑜𝑢 30𝑐𝑚 L = maior lado da sapata;
3 b = menor lado do pilar + 5cm;
𝐻 l = maior lado do pilar +5cm;
ℎ𝑜 ≥ 𝑜𝑢 20𝑐𝑚 h = altura mínima da sapata;
3
Dimensionamento Geotécnico de Sapatas
• 1) Dimensionar a sapata para o carregamento de 90 toneladas, pilar
com seção de 20x50 e Tensão admissível do terreno de 0,25 Mpa ou
2,5 kg/cm2 ou 250kPa.
• 2) Dimensionar a sapata para o carregamento de 234 toneladas, pilar
com seção de 25x90 e Tensão admissível do terreno de 0,27 Mpa ou
2,7 kg/cm2 ou 270kPa.
• 3) Dimensionar a sapata para o carregamento de 350 toneladas, pilar
com seção circular de 60cm e Tensão admissível do terreno de 0,32
Mpa ou 3,2 kg/cm2 ou 320kPa.
Dimensionamento Estrutural de Sapatas
Dimensionamento Estrutural de Sapatas
• Rígidas ou Flexíveis
Dimensionamento Estrutural de Sapatas
• Momentos Solicitantes e Área de aço:
Dimensionamento Estrutural de Sapatas
• Verificação do esmagamento do concreto (Contorno C):

𝝉𝒔𝒅 ≤ 𝝉𝑹𝒅2 𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∝𝑣 𝑓𝑐𝑑


𝐹𝑠𝑑
𝜏𝑠𝑑 = 𝑓𝑐𝑘
𝑢. 𝑑 ∝𝑣 = 1−
250
𝑑𝑥 + 𝑑𝑦
𝑑=
2
𝑑𝑥 𝑒 𝑑𝑦 são as alturas úteis nas duas direções ortogonais;
u = perímetro do contorno crítico C’;
u.d = é a área da superfície crítica;
𝐹𝑠𝑑 = força ou reação concentrada, valor de cálculo
𝑓𝑐𝑘 é a resistência característica do concreto em MPa;
𝑓𝑐𝑑 é a resistência de cálculo do concreto (divide-se 𝑓𝑐𝑘 por 1,4).
Dimensionamento Estrutural de Sapatas
• 1) Dimensionar a sapata para o carregamento de 90 toneladas, pilar
com seção de 20x50 e Tensão admissível do terreno de 0,25 Mpa ou
2,5 kg/cm2 ou 250kPa.
• 2) Dimensionar a sapata para o carregamento de 234 toneladas, pilar
com seção de 25x90 e Tensão admissível do terreno de 0,27 Mpa ou
2,7 kg/cm2 ou 270kPa.
• 3) Dimensionar a sapata para o carregamento de 350 toneladas, pilar
com seção circular de 60cm e Tensão admissível do terreno de 0,32
Mpa ou 3,2 kg/cm2 ou 320kPa.
Exercício
• Determine a tensão admissível do
seguinte terreno utilizando a
sondagem fornecida, além disto,
faça o dimensionamento
geotécnico das sapatas dos
seguintes pilares: Df = 1,0 metros.
• P1 (20x50) 40t; (130x160, 35|20)
• P2 (40x40) 50t; (160x160, 40|20)
• P3 (Φ30) 35t; (135x135, 35|20)
• P4 (25x50) 82,5t; (195x220, 55|20)
• P5 (20x40) 59,5t; (165x185, 50|20)

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