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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

CAMPUS EUNÁPOLIS

KALEBE SANTOS ASSIS

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

EUNÁPOLIS – BAHIA

2024
KALEBE SANTOS ASSIS

ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Pesquisa sobre elementos estruturais, como


critério parcial de avaliação para a disciplina
estruturas do curso técnico integrado em
edificações.

Orientador: Eduardo Jose de Castro Coitinho

EUNÁPOLIS – BAHIA

2024
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1. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS


Os elementos estruturais podem ser classificados de maneiras distintas,
sendo uma delas pela sua geometria. Nessa classificação se leva em consideração
a relação entre as três dimensões principais do elemento, comprimento, altura e
espessura.

1.1. Elementos Lineares


Aqueles que têm espessura e altura da mesma ordem de grandeza, porém
bem menores que seu comprimento, como vigas e pilares.

1.2. Elementos Bidimensionais


Também chamados de elementos de superfície, são aqueles que têm
comprimento e largura da mesma ordem de grandeza, porém com espessura bem
menor, como as lajes.

1.3. Elementos Tridimensionais


Também chamados de elementos de volume, são aquele que possuem as
três dimensões na mesma ordem de grandeza. Os mais comuns são blocos e
sapatas de fundação.

2. ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO


Os elementos mais importantes quando falamos de concreto armado são
lajes, vigas e pilares, outros elementos que não ocorrem em todas as construções
como blocos e sapatas de fundação, estacas, tubulões, consolos, vigas-parede,
tirantes também são importantes.

2.1. Laje
Lajes são elementos planos que recebem a maior parte das ações aplicadas
numa construção, sendo normalmente perpendiculares ao plano da laje, e divididas
em distribuídas na área, distribuídas linearmente ou forças concentradas. Os
esforços são comumente transmitidos para vigas e eventualmente direto para os
pilares. Os tipos mais comuns de lajes são: maciça, nervurada, lisa e cogumelo.

2.1.1. Laje Maciça


Lajes moldadas in loco, sem vazios, apoiadas em vigas nas bordas. É mais
utilizada em edificações de vários pavimentos e em construções de grande porte.
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Por ser um pouco mais cara do que as lajes pré-fabricadas as lajes maciças são
pouco comuns em edificações residenciais de pequeno porte.

Figura 1 – Laje Maciça

Fonte: https://decorandocasas.com.br/2018/08/08/laje-macica-vantagens-e-desvantagens/

2.1.2. Laje Nervurada


“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-
moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está localizada nas
nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte” (NBR 6118/2023, item
14.7.7). Estas lajes possuem nervuras em sua parte inferior, o que reduz o consumo
de concreto e o peso da estrutura sem comprometer sua resistência.

Figura 2 – Laje Nervurada

Fonte: https://www.termovale.com.br/pt-br/novidades-e-dicas/o-que-e-laje-nervurada
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2.1.3. Lajes Cogumelo e Lisa


“Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com capitéis,
enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis” (NBR 6118/2023,
item 14.7.8). Nestas podemos eliminar grande parte das vigas como a principal
vantagem em relação às lajes maciças, embora por outro lado tenham maior
espessura. Proporcionam custos menores e maior rapidez de construção, no
entanto, são suscetíveis a maiores deformações. A diferença entre a laje lisa e a
cogumelo é a presença de capitel, região nas adjacências dos pilares onde a
espessura da laje é maior para aumentar sua capacidade de resistência.

Figura 3 – Lajes Lisa e Cogumelo

Fonte: https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1220517

2.2. Vigas
“Vigas são elementos lineares em que a flexão é preponderante” (NBR
6118/2023 item 14.4.1.1). As vigas tem formato de barra, tipicamente apresentando
uma configuração reta e horizontal. Tem finalidade de suportar as cargas
provenientes das lajes, outras vigas, paredes de alvenaria e, ocasionalmente, de
pilares. As vigas são projetadas para vencer vãos e direcionar as cargas atuantes
para os pontos de apoio, normalmente os pilares.
As cargas aplicadas sobre as vigas geralmente são perpendiculares ao seu
eixo longitudinal, podendo ser tanto concentradas quanto distribuídas. As vigas
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também podem ser submetidas a forças de compressão ou tração dependendo das


condições de carregamento.

Figura 4 - Vigas

Fonte: https://pt.vecteezy.com/arte-vetorial/155991-conjunto-vetorial-de-viga

2.3. Pilares
Pilares são “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical,
em que as forças normais de compressão são preponderantes” (NBR 6118/2023,
item 14.4.1.2). Os pilares são responsáveis por transmitir as cargas para as
fundações, embora também possam direcioná-las para outros elementos de suporte.
Geralmente, as cargas são provenientes das vigas e das lajes.
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Figura 5 - Pilar

Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/pilar-de-concreto/

2.4. Bloco de Fundação


Os blocos de fundação têm a função de receber as cargas provenientes dos
pilares e transmiti-las para o solo, seja de forma direta ou através de estacas ou
tubulões .
As estacas são elementos projetados para transferir as cargas para o solo,
utilizando o atrito ao longo da sua superfície de contato e pelo apoio da ponta inferior
no solo. Existem diversos tipos de estacas, cada uma com características
específicas para cada finalidade.
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Os tubulões também têm a finalidade de transmitir as cargas diretamente para


o solo, utilizando o atrito do fuste com o solo e a superfície da base. Os blocos sobre
tubulões podem ser dispensados, mas nesse caso é necessário reforçar a parte
superior do fuste (cabeça do tubulão) com armaduras, para que possa receber
diretamente as cargas provenientes dos pilares.

Figura 6 – Bloco de Fundação

Fonte: https://www.escolaengenharia.com.br/bloco-de-coroamento/

2.5. Sapata
As sapatas desempenham o papel de receber as cargas provenientes dos
pilares e transferi-las diretamente para o solo. Elas podem ser classificadas como
isoladas, associadas ou corridas.
As sapatas isoladas ou localizadas são projetadas para sustentar
individualmente um único pilar. Já as sapatas associadas permitem a transmissão
simultânea das cargas de dois ou mais pilares. As sapatas corridas recebem esse
nome por serem dispostas ao longo de todo o comprimento do elemento que as
carrega, geralmente paredes de alvenaria ou de concreto. Esse tipo de sapata é
comum em construções de pequeno porte, especialmente quando o solo apresenta
uma boa capacidade de suporte de carga a baixas profundidades.
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Figura 7 – Sapata Isolada

Fonte: https://acospop.com.br/blog/sapata-o-que-e-funcoes-e-diferentes-tipos/

Figura 8 – Sapata Associada

Fonte: https://fundacoessemcomplicacoes.com.br/tipos-de-fundacoes/
Figura 9 – Sapata Corrida

Fonte: https://www.zengprojetos.com/post/fundação-em-sapata-isolada-ou-corrida
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3. BIBLIOGRAFIA
ABNT. NBR 6118/2023, Rio de Janeiro, M 2023. Disponivel em:
<https://suap.ifba.edu.br/media/edu/material_aula/ABNT_NBR_6118.2023_-
_Projeto_de_estruturas_de_concreto.pdf>. Acesso em: 11 Março 2024.

BASTOS, P. S. D. S. HISTÓRICO E PRINCIPAIS ELEMENTOS. UNESP, Bauru, Abril 2006. 16.

ENGENHARIA, F. A. LAJES, VIGAS, PILARES e FUNDAÇÕES - ELEMENTOS ESTRUTURAIS em CONCRETO


ARMADO. YouTube, 2022. Disponivel em: <https://www.youtube.com/watch?v=ooCibpiRktM>.
Acesso em: 11 Março 2024.

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