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FUNDAÇÕES

Superficiais: Tipos e processos executivos


FUNDAÇÕES DIRETAS: TIPOS E
CARACTERÍSTICAS

Segundo Teixeira e Godoy (1998), as fundações rasas ou diretas são


assim denominadas por se apoiarem sobre o solo a uma pequena
profundidade em relação ao solo circundante. Do ponto de vista
estrutural, as fundações diretas dividem-se em blocos, sapatas e
radiers. Sobre a escolha do tipo de fundação a ser utilizado em uma
obra, Rebello
(2008, p. 41) declara:
FUNDAÇÕES DIRETAS: TIPOS E
CARACTERÍSTICAS

Segundo Teixeira e Godoy (1998), as fundações rasas ou diretas são


assim denominadas por se apoiarem sobre o solo a uma pequena
profundidade em relação ao solo circundante. Do ponto de vista
estrutural, as fundações diretas dividem-se em blocos, sapatas e
radiers. Sobre a escolha do tipo de fundação a ser utilizado em uma
obra, Rebello
(2008, p. 41) declara:

Para efeito prático, considera-se técnica e economicamente adequado o uso de


fundação direta quando o número de golpes do SPT for maior ou igual a 8 e a
profundidade não ultrapassar 2 m. O primeiro limite indica a resistência mínima
necessária para uso de fundação direta, o limite de profundidade se deve ao
custo da escavação e reaterro necessário para a execução da fundação, acima
do qual o uso da fundação direta torna-se antieconômico.
1- BLOCOS DE FUNDAÇÃO

Os blocos de fundação são elementos estruturais constituídos de


concreto simples (concreto sem armadura). Esse tipo de fundação
apresenta como principal característica a resistência aos esforços de
compressão e tração somente através do concreto. Por isso, apresentam
altura maior em relação às sapatas e dispensam a utilização da
armadura. Normalmente, os blocos assumem a forma de um bloco
escalonado, ou pedestal, ou de um tronco de cone, conforme figura
abaixo.
2- SAPATA ISOLADA

As sapatas isoladas são elementos estruturais de concreto armado que


re-sistem principalmente por flexão. Como apresentam armadura,
geralmente têm altura menor que os blocos. Há várias formas de
sapatas disponíveis para uso, como: quadradas (B = L), retangulares (L
≤ 5 B) e corridas (L > B), onde L e B são as dimensões em planta dos
lados da fundação (TEIXEIRA; GODOY, 1998). A Figura abaixo apresenta
um exemplo de sapata isolada.
2- SAPATA ISOLADA
3- SAPATAS ASSOCIADAS

As sapatas associadas, conforme figura abaixo, são empregadas nos


casos em que os pilares estão muito próximos, de forma que não é
possível realizar o projeto estrutural utilizando uma sapata isolada para
cada pilar. Desse modo, uma única sapata faz a associação para dois ou
mais pilares. Vale ressaltar que, segundo Teixeira e Godoy (1998), esse
tipo de sapata deve ser evitado todas as vezes que houver a
possibilidade de se adotar uma solução de projeto que utilize as sapatas
isoladas, mesmo que essa opção cause uma distorção no formato lógico
das sapatas. Essa ressalva existe porque duas sapatas isoladas são mais
viáveis economicamente e apresentam maior facilidade de execução que
as sapatas associadas.
3- SAPATAS ASSOCIADAS

Ex. 1 – Sapata associada


4- SAPATAS CORRIDAS / CONTÍNUAS

Segundo Velloso e Lopes (2010), as sapatas corridas são elementos


estruturais sujeitos à ação de uma carga distribuída linearmente ou de
pilares em um mesmo alinhamento. Por exemplo, uma parede ou um
muro (Figura 4). Nas versões mais antigas da norma NBR 6122, havia
uma distinção entre a viga de fundação e a sapata corrida, uma vez que
a primeira recebia pilares num mesmo alinhamento e a segunda, um
carregamento de forma distribuída. Porém, de acordo com a NBR
6122/2010 (ABNT, 2010), os dois tipos passaram a se chamar sapata
corrida.
Obs. As sapatas corridas são
popularmente conhecidas como
baldrame ou de viga de
fundação e são comuns em
obras de pequeno vulto.
4- SAPATAS CORRIDAS / CONTÍNUAS

Segundo Velloso e Lopes (2010), as sapatas corridas são elementos


estruturais sujeitos à ação de uma carga distribuída linearmente ou de
pilares em um mesmo alinhamento. Por exemplo, uma parede ou um
muro (Figura 4). Nas versões mais antigas da norma NBR 6122, havia
uma distinção entre a viga de fundação e a sapata corrida, uma vez que
a primeira recebia pilares num mesmo alinhamento e a segunda, um
carregamento de forma distribuída. Porém, de acordo com a NBR
6122/2010 (ABNT, 2010), os dois tipos passaram a se chamar sapata
corrida.
4- SAPATAS CORRIDAS / CONTÍNUAS

Ex. 1 – Viga de fundação


5- SAPATAS DE DIVISA

No caso de pilares encostados em divisas, como junto ao alinhamento


de uma calçada, projetar uma sapata com o centro gravitacional
coincidente com o pilar é inviável tecnicamente. Por isso, recorre-se ao
uso de uma viga de equilíbrio (VE), também conhecida como viga
alavanca, a fim de corrigir a excentricidade existente, figura abaixo
representativa.
6- FUNDAÇÃO EM RADIER

O radier pode ser definido, de forma simples, como uma laje de


concreto armado que recebe a maioria ou todos os pilares de uma
estrutura, transmitindo o carregamento diretamente ao solo. Para
Teixeira e Godoy (1998), como o radier tem o formato típico de uma laje
com dimensões relativamente grandes para envolver todos os pilares
das edificações, ele necessita de uma grande quantidade de concreto
armado, o que o torna uma solução, de certa forma, onerosa e de difícil
execução, principalmente se for utilizado em terrenos urbanos
confinados. No Brasil, essa fundação não é muito utilizada em razão da
falta de conhecimento técnico e mau uso. Velloso e Lopes (2010)
recomendam a adoção desse tipo de fundação
quando a área total das sapatas for maior que a metade da área da
construção. Quanto à forma ou ao sistema estrutural, os radiers são
projetados segundo quatro tipos principais:

• lisos;
• com pedestais ou cogumelos;
• nervurados;
• em caixão.
6- FUNDAÇÃO EM RADIER

• Lisos (a);
• com pedestais ou cogumelos (b);
• Nervurados (c);
• em caixão (d).
6- FUNDAÇÃO EM RADIER

O uso do radier é indicado para casos em que se deseja reduzir ou uni-


formizar os recalques diferenciais, minimizando, assim, os danos
estruturais ocasionados por esse fenômeno.

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