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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA

CAMPUS EUNÁPOLIS

JÚLIA DUARTE OLIVEIRA SILVA

KALEBE SANTOS ASSIS

PATRICK SOUZA FERREIRA

RELATÓRIO TRABALHO INTERDISCIPLINAR


Visita técnica

EUNÁPOLIS – BAHIA

2023
JÚLIA DUARTE OLIVEIRA

KALEBE SANTOS ASSIS

PATRICK FERREIRA

RELATÓRIO TRABALHO INTERDISCIPLINAR


Visita técnica

Relatório referente a visita técnica à pousada


Colmeia no dia 16/08/2023. Requisito parcial de
avaliação para as disciplinas de biologia, química,
língua portuguesa, história, educação física, física,
mecânica dos solos, resistência dos materiais e
filosofia.

Orientadora: Vania Lima Souza

EUNÁPOLIS – BAHIA

2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 4
2. A VISITA TÉCNICA E SEU DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR ............................... 4
3. BIOLOGIA............................................................................................................. 4
4. EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................. 9
5. FÍSICA ................................................................................................................ 10
6. FILOSOFIA ......................................................................................................... 12
7. HISTÓRIA ........................................................................................................... 13
8. MECÂNICA DOS SOLOS ................................................................................... 16
9. RESMAT ............................................................................................................. 22
10. QUÍMICA ......................................................................................................... 27
11. CONCLUSÃO .................................................................................................. 30
12. BIBLIOGRAFIA................................................................................................ 31
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Agarista sp. ................................................................................................. 5


Figura 2 - Partes da folha ............................................................................................ 6
Figura 3 - Partes da flor ............................................................................................... 6
Figura 4 - Órgão reprodutor masculino ....................................................................... 7
Figura 5 - Órgão reprodutor feminino .......................................................................... 7
Figura 6 - Contagem das pétalas e sépalas ................................................................ 8
Figura 7 - Exsicata ...................................................................................................... 8
Figura 8 - Painéis solares da pousada ...................................................................... 10
Figura 9 - Esquema funcionamento de célula fotovoltaica ........................................ 11
Figura 10 - Materiais utilizados.................................................................................. 17
Figura 11 - Coleta do solo ......................................................................................... 18
Figura 12 - Cápsulas ................................................................................................. 19
Figura 13 - Esquema de talude natural ..................................................................... 20
Figura 14 – Talude natural ........................................................................................ 21
Figura 15 - Estrutura de caixa d'água........................................................................ 22
Figura 16 - Esquema de carregamento ..................................................................... 22
Figura 17 - Esforços solicitantes ............................................................................... 23
Figura 18 - Trinca ...................................................................................................... 26
Figura 19 – Estrutura da γ-nonalactona .................................................................... 28
Figura 20 - Estrutura básica dos flavonoides ............................................................ 29
Figura 21 - Estrutura de antocianinas ....................................................................... 29

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classes de agressividade ambiental ....................................................... 24


Tabela 2 - Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto
.................................................................................................................................. 24
Tabela 3 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e .................. 25
Tabela 4 - Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção da
armadura, em função das classes de agressividade ambiental ................................ 25
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1. INTRODUÇÃO
No dia 16 de agosto de 2023, foi realizada a viagem de campo como parte do
trabalho interdisciplinar denominado Projeto Integrador com o tema Vida urbana e
rural e sustentabilidade regional, coordenado pela professora Vânia Lima Souza. As
turmas dos 3° anos do curso técnico integrado em edificações do IFBA Campus
Eunápolis foram direcionadas à pousada Colmeia administrada pela proprietária
Carla localizada em Santo André, povoado constituinte do município de Santa Cruz
Cabrália na Bahia. Os alunos receberam as orientações para efetuar atividades,
anotações, recordações, coletas de dados e amostras requeridos pelas diversas
matérias que participam da proposta a fim de realizar um curta metragem e um
trabalho acadêmico baseados na demanda de cada disciplina referente aos
momentos vividos durante a visita técnica.

2. A VISITA TÉCNICA E SEU DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR


O objetivo deste projeto é propor a presença de diferentes disciplinas em
visitas técnicas que têm em vista apresentar de forma prática e integrada os
assuntos conceituais interligando-se ao tema de sustentabilidade nas áreas rurais e
urbanas.
Por isso a pousada Colmeia foi escolhida, esse espaço tornou-se um centro
de práticas sustentáveis e regenerativas para alunos em geral e, em especial, para
moradores da comunidade, dessa forma havendo vários âmbitos na qual as
matérias participantes do projeto integrador pudessem aplicar os conteúdos teóricos.
As disciplinas de Biologia, Física, Educação Física, Filosofia, História, Língua
Portuguesa, Mecânica dos Solos e Resistência dos Materiais uniram-se para
desenvolver um trabalho interdisciplinar voltado para as experiências vividas durante
a viagem de campo e nos momentos em sala de aula. A abordagem dos temas
sustentáveis e ecológicos, análise de plantas, coleta de amostras, recordação de
fotos e vídeos foram requeridos como forma de produzir e avaliar este trabalho
acadêmico.

3. BIOLOGIA
Durante a visita foi orientado aos grupos de alunos que escolhessem uma
espécie de angiosperma para realizar investigações quanto a espécie e classificá-la.
A planta selecionada está representada na Figura 1, identificada como Agarista sp,
espécie nativa da África.
5

Figura 1 - Agarista sp.

Fonte: Autoria própria.

3.1. Caracterização morfológica


O indivíduo analisado tinha 43cm de circunferência na altura do peito e 3,67m
de altura. A Agarista sp. possui raíz subterrânea axial, ou seja, se caracteriza por
apresentar uma raiz principal, da qual saem pequenas raízes que também se
ramificam e são chamadas de raízes laterais ou raízes secundárias. Seu caule é
aéreo do tipo tronco, ele apresenta estrutura cilíndrica que pode ter ramificações. É
mais comum de ser encontrado em plantas de médio a grande porte. Suas folhas
são simples, com nervuras ramificadas, glabras (sem tricomas), não foi observada
presença de folhas modificadas e possui flores pequenas com pétalas rosa claro que
formam inflorescência.
As folhas possuem as estruturas: limbo, nervuras e pecíolo, como mostrado
na Figura 2. O limbo é a maior parte da folha, conhecido como a folha propriamente
dita, as nervuras são os vasos condutores da folha e o pecíolo liga o limbo ao caule.
6

Figura 2 - Partes da folha

Fonte: Autoria própria.

As flores possuem as estruturas: pedúnculo, receptáculo, cálice, e corola,


como mostrado na Figura 3. O pedúnculo é uma haste que liga a flor à planta, o
receptáculo é onde estão inseridos os elementos florais, o cálice é o conjunto de
sépalas, que protegem o botão floral e a corola é o conjunto de pétalas, que atraem
polinizadores.
Figura 3 - Partes da flor

Fonte: Autoria própria.

As plantas ainda apresentam os órgãos reprodutores gineceu (órgão


feminino) e androceu (órgão masculino). O gineceu é conjunto de estruturas
chamadas gineceu, que são formados por: estigma, estilete e ovário, como mostrado
7

na figura 5. O estigma é a parte que recebe o grão de pólen, e que se liga ao ovário
pelo estilete; o ovário por sua vez se desenvolverá em fruto. O androceu é o
conjunto de estruturas chamadas estames, que são formados por: antera e filete,
como mostrado na Figura 4. O filete é uma haste longa e, na sua ponta, está a
antera, responsável pela produção de pólen.

Figura 4 - Órgão reprodutor masculino

Fonte: Autoria própria.

Figura 5 - Órgão reprodutor feminino

Fonte: Autoria própria.


8

Em uma flor da Agarista sp. foram contadas 5 pétalas e 6 sépalas, conforme


Figura 6, porém, acreditamos que isso seja uma anomalia da flor analisada e que o
normal seja que o número de sépalas seja também 5.
Figura 6 - Contagem das pétalas e sépalas

Fonte: Autoria própria.

Ramos da planta foram coletados e posteriormente secos em estufa no


laboratório do campus. Com os ramos secos foi montada exsicata mostrada na
Figura 7.
Figura 7 - Exsicata

Fonte: Autoria própria.


9

3.2. Uso na construção civil


O uso de vegetação na construção civil, em específico a Agarista possui
diversos benefícios significativos, tanto do ponto de vista ambiental quanto do
econômico e social. Em geral, as plantas desempenham um papel fundamental na
redução do impacto ambiental da construção civil. Árvores, plantas e gramados
ajudam a absorver dióxido de carbono (CO2) da atmosfera, ajudando a diminuir as
mudanças climáticas. Além disso, a vegetação auxilia na filtragem de poluentes do
ar e da água, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar e da água nas áreas
urbanas.
A vegetação como o exemplo da Agarista, quando incorporada ao
planejamento urbano e à arquitetura, pode fornecer sombra e isolamento térmico
natural, reduzindo a necessidade de sistemas de resfriamento artificial. Isso contribui
para a eficiência energética dos edifícios e ajuda a reduzir os custos de operação.
Ainda, melhora o bem-estar humano, a presença de vegetação em áreas urbanas
cria ambientes mais agradáveis e saudáveis para as pessoas. Áreas verdes
proporcionam espaços para recreação, lazer e relaxamento, promovendo o bem-
estar mental e físico dos habitantes locais.
Além disso, imóveis localizados em áreas com vegetação bem cuidada muitas
vezes têm seu valor aumentado, pois são mais atraentes para os compradores e
investidores. A utilização de vegetação em projetos de construção pode ajudar na
integração harmoniosa dos edifícios com o ambiente circundante, criando espaços
urbanos mais agradáveis e coesos.
Dessa forma, o uso da Agarista na construção civil não apenas contribui para
a redução dos impactos ambientais, mas também melhora a qualidade de vida das
pessoas, torna os espaços urbanos mais agradáveis e pode ter benefícios
econômicos a longo prazo. Sendo a integração cuidadosa de elementos vegetais
nos projetos de construção uma prática importante para um desenvolvimento urbano
sustentável.

4. EDUCAÇÃO FÍSICA
Durante a viagem técnica, ocorreu o momento de lazer priorizado pela
disciplina de educação física, na qual sugeriu a realização de esportes que poderiam
acontecer na praia. Dessa forma, os alunos levaram bolas de vôlei, equipamentos
de frescobol e roupa de banho. A praia oferece uma variedade de possibilidades de
10

exercícios, desde esportes aquáticos como natação e surfe até atividades na areia,
como vôlei de praia, frisbee e ioga na praia. Isso permite que você diversifique sua
rotina de exercícios. Exercitar-se na praia oferece uma série de benefícios para a
saúde física e mental. A combinação de atividade física e ambiente natural cria uma
experiência única que pode ser especialmente benéfica.
A praia proporciona uma superfície irregular para o seu treinamento, o que
aumenta o esforço necessário para a realização de atividades físicas como corrida,
caminhada, ou até mesmo exercícios de resistência. Isso pode levar a uma melhoria
na resistência e no condicionamento físico. Exercícios realizados na praia exigem
mais esforço devido à resistência da areia. Isso pode resultar em uma queima de
calorias maior do que exercícios semelhantes em superfícies mais rígidas. Correr ou
caminhar na areia tende a ter um impacto mais suave nas articulações em
comparação com superfícies duras, como concreto. Isso é especialmente benéfico
para pessoas com problemas nas articulações.

5. FÍSICA
A pousada Colmeia conta com o fornecimento de energia a partir de placas
solares, mostrados na Figura 8, também conhecidas como painéis solares ou
módulo fotovoltaico, que é um dispositivo que converte luz solar em eletricidade por
meio do efeito fotovoltaico. Essas placas são componentes essenciais dos sistemas
de energia solar e desempenham um papel fundamental na geração de energia
elétrica limpa e renovável.
Figura 8 - Painéis solares da pousada

Fonte: @colmeia.pousada

A parte essencial de uma placa solar é uma célula fotovoltaica. Ela é feita de
materiais semicondutores, como o silício, que absorvem a luz solar e a transformam
11

em eletricidade. Quando a luz solar incide sobre as células, ela gera um fluxo de
elétrons, criando uma corrente elétrica contínua. As células fotovoltaicas são
montadas em uma estrutura de suporte que protege as células e as mantém no
lugar. Essa estrutura é geralmente feita de alumínio ou outro material resistente. A
eletricidade gerada pelas placas solares é inicialmente em corrente contínua (CC).
Para uso em residências e empresas, um inversor é usado para converter essa
corrente contínua em corrente alternada (CA), que é uma forma de eletricidade
utilizada em nossos aparelhos e sistemas elétricos. A Figura 9 contém um esquema
do funcionamento de uma célula fotovoltaica.

Figura 9 - Esquema funcionamento de célula fotovoltaica

Fonte: https://www.solsticioenergia.com/2017/08/17/como-funciona-celula-fotovoltaica

Ademais, esse tipo de energia configura-se como indireta, ou seja, passa por
uma ou mais etapas de conversão antes de ser usada para realizar um trabalho
específico. Isso significa que a energia é primeiramente transformada em outra
forma antes de ser aplicada. Um exemplo comum de energia indireta é a eletricidade
gerada a partir de diversas fontes de energia primária, como carvão, gás natural,
energia solar ou eólica.
Dessa forma, as placas solares são componentes-chave de sistemas de
energia solar e são usadas em uma variedade de aplicações, desde pequenos
painéis solares residenciais até grandes usinas solares comerciais. Eles
12

desempenham um papel importante na transição para fontes de energia mais limpas


e sustentáveis, aproveitando a energia abundante e gratuita do sol para gerar
eletricidade.

6. FILOSOFIA
A pousada Colmeia caracteriza-se por uma pousada ecológica, também
conhecida como eco-pousada, sendo um estabelecimento de hospedagem que se
dedica a promover práticas sustentáveis e amigas do meio ambiente em todas as
suas transações. Esses ambientes têm como objetivo minimizar o impacto
ambiental, apoiar a conservação da natureza e oferecer uma experiência de
hospedagem mais consciente e ecológica para os visitantes.
A forma de apropriação da área e o saneamento oferecido foi realizado
conforme a demarcação permacultural. Para o paisagismo do imóvel, foram
preservadas todas as plantas nativas preexistentes e adicionadas muitas frutíferas
da região. Ademais, foram feitos uma horta, canteiros e uma pequena agrofloresta.
A pousada Colmeia possui placas solares distribuídas pelo imóvel para
obtenção de energia limpa que além de atender as necessidades provenientes das
atividades da hospedaria, também promove uma ação que atinge minimamente a
natureza, não gerando poluentes.
Para abastecer a caixa d'água, a propriedade possui um poço artesiano com
acesso a um lençol freático, que geralmente possui um fornecimento constante de
água, independentemente das condições climáticas. Isso é especialmente útil em
áreas propícias a secas ou quando o abastecimento público de água é irregular. A
água de um poço artesiano é uma fonte de água subterrânea, o que pode ser
considerada mais sustentável em comparação com o uso de recursos hídricos
superficiais, como rios e lagos, que são mais suscetíveis à poluição e ao
esgotamento.
A fim de preservar a população de abelhas que está em processo de
extinção, a proprietária cria abelhas, também conhecido como apicultura, que é uma
prática importante e recompensadora que envolve o cuidado e a manutenção de
colmeias de abelhas para a produção de mel, cera de abelha, própolis, geleia real e
outros produtos relacionados às abelhas. Uma apicultura pode ajudar a preservar a
biodiversidade local. As abelhas polinizam uma variedade de plantas silvestres,
contribuindo para a manutenção de ecossistemas naturais. Esses insetos
desempenham um papel vital na polinização de muitas espécies de plantas,
13

incluindo muitas das que consumimos, como frutas, legumes e nozes. Esse serviço
de polinização ajuda a aumentar a produção de alimentos.
Ademais, a pousada possui composteiras, que são um sistema projetado para
a compostagem de resíduos orgânicos, como restos de alimentos, folhas, aparas de
grama e outros materiais biodegradáveis. O processo de compostagem transforma
esses materiais em compostos orgânicos ricos em nutrientes, que são utilizados
como fertilizante para jardins, hortas ou plantas em vasos. As composteiras são uma
maneira eficaz de reduzir o desperdício de resíduos orgânicos, diminuir a quantidade
de lixo enviado para aterros sanitários e produzir um recurso valioso para o solo.

7. HISTÓRIA
Santo André é um povoado localizado próximo à costa do Oceano Atlântico
no estado da Bahia e faz parte da região Nordeste. Fica a aproximadamente 480
quilômetros da capital do estado, Salvador. Uma vila conhecida não somente por
suas belezas naturais, com exuberantes florestas, rios e cachoeiras, mas também
pela sua bagagem cultural e diversos patrimônios históricos.
Santo André é um destino popular para turistas que buscam um ambiente
tranquilo e natural. Os visitantes podem explorar as florestas próximas, fazer
caminhadas e desfrutar das praias imaculadas da região. é cercado pelo Rio
Camaragibe e pela Lagoa João Tota, sendo um local propício para o ecoturismo e a
prática de esportes náuticos. A região também abriga uma vida selvagem
diversificada e oferece oportunidades para observação de animais e da natureza. A
própria cidade de Santo André tem um significado histórico, com algumas
arquiteturas e igrejas da era colonial que atraem entusiastas da história.

7.1. Urbanização de Santo André


A urbanização em Santo André envolve vários aspectos, como serviços
básicos, planejamento urbano e transporte. Por se tratar de uma área turística o
aumento na construção de edifícios residenciais e comerciais que inclui a expansão
de bairros, condomínios, construção de hotéis, restaurantes, infraestruturas
turísticas e centros comerciais é observado na região.
Alguns moradores adotam medidas para preservar o ambiente natural, como
praias, florestas e rios, o que promove o desenvolvimento urbano. A evolução dos
sistemas de transporte público e a melhoria de algumas estradas são componentes
14

importantes do progresso da região, ajudando a conectar diferentes partes da cidade


e facilitando a deslocação dos residentes.
Ademais, embora seja uma cidade relativamente pequena, possui alguns
locais históricos e culturais que refletem a rica herança histórica e cultural da região,
como por exemplo:
A Igreja de Santo André que é um marco importante na cidade. Ela é uma
construção de estilo colonial e possui um significado religioso e histórico
significativo.
A Casa de Câmara e Cadeia que é um edifício histórico que costumava
abrigar a câmara municipal e a cadeia da cidade durante os períodos coloniais e
imperiais. Hoje, pode servir como um museu ou centro cultural.
Os Casarões Antigos, na qual há vários espalhados pela cidade, que são
exemplos da arquitetura colonial brasileira.
A Praça da Matriz que por muitas vezes é o centro das atividades culturais e
sociais da cidade. Ela pode ser cercada por edifícios históricos e é um ótimo lugar
para passear e aprender sobre a história local.
As Festas e Eventos Tradicionais. Além dos edifícios históricos, muitas das
festas e eventos tradicionais em Santo André têm raízes históricas e culturais
profundas. Participar desses eventos pode proporcionar uma experiência única para
conhecer a história local.

7.2. Problemas socioeconômicos


Como em muitas outras regiões, Santo André e as demais áreas dentro de
Santa Cruz Cabrália enfrentam desafios socioeconômicos. Alguns dos problemas
comuns incluem a desigualdade social na questão da má distribuição de renda
persistente, que reflete na disparidade significativa no acesso a serviços básicos,
educação e oportunidades de emprego.
A falta de infraestruturas adequadas, como estradas, esgoto e abastecimento
de água são adversidades enfrentados pela população da localidade, que afeta a
qualidade de vida. Além disso, as oportunidades de emprego na região são
limitadas, especialmente por se tratar de uma área mais rural, levando ao
desemprego e à dependência de setores econômicos instáveis, como o turismo.
Outro ponto a se destacar é a qualidade de ensino, sendo o acesso às
escolas e as condições da educação pública limitadas em sua grande maioria. A
falta de educação de qualidade pode reprimir as perspectivas de futuro das crianças
15

e jovens da região. Ademais, o alcance a serviços de saúde de qualidade pode ser


um grande problema, especialmente em áreas remotas. Afetando a saúde geral da
população e a capacidade de resposta a emergências de saúde, como a pandemia
de COVID-19.

7.3. Problemas socioambientais


Santo André, como muitas outras regiões costeiras e turísticas, enfrenta
desafios socioambientais relacionados à conservação e ao desenvolvimento
sustentável. Embora o turismo seja uma importante fonte de receitas, ele também
pode traz impactos negativos, como a superlotação, o desenvolvimento
desordenado e a pressão sobre os recursos naturais.
O crescimento do turismo e a falta de sistemas adequados de tratamento de
água e resíduos levam à poluição da água e do solo, afetando a qualidade da água,
a vida marinha e a saúde das pessoas. O manejo inadequado de resíduos sólidos,
incluindo plásticos, é um problema em áreas turísticas. Resultando em poluição
visual, ambiental e prejudicar a imagem da cidade como destino turístico.
A construção desordenada, o turismo e as mudanças climáticas aceleram a
perda de praias e áreas costeiras, o que ameaça o meio ambiente e a economia
local, resultando na erosão costeira. O desmatamento e a manipulação ambiental,
muitas vezes associados à expansão urbana e ao desenvolvimento imobiliário,
prejudicam os ecossistemas locais, incluindo florestas tropicais e áreas de mangue.

7.4. Conclusão
Dessa forma, a urbanização em áreas praianas, principalmente em lugares
como Santo André, é um fenômeno complexo e multifacetado que ocorre em muitas
partes do mundo devido a uma série de fatores, incluindo o crescimento da
população, o desenvolvimento econômico e o turismo. Essa transformação tem
consequências significativas para o meio ambiente, a comunidade local e a
qualidade de vida das pessoas. Geralmente, observa-se a manipulação do
ecossistema costeiro. A construção de infraestruturas como estradas, edifícios e
instalações turísticas levar à destruição de habitats naturais, à erosão atmosférica, à
poluição da água e aos impactos negativos na biodiversidade. É fundamental adotar
práticas de planejamento urbano sustentável para minimizar esses impactos. A
rápida urbanização pode sobrecarregar a infraestrutura existente, incluindo sistemas
de água, esgoto, energia e transporte. Isso resulta em serviços inadequados,
16

congestionamento e pressão sobre os recursos locais. Planejamento de cuidados e


investimentos em infraestrutura são necessários para lidar com esses desafios.

8. MECÂNICA DOS SOLOS


O ensaio tátil-visual do solo é uma abordagem sensorial que envolve a
avaliação das características físicas e texturais do solo por meio do toque e da
observação visual. Esse tipo de avaliação é comumente utilizado por agrônomos,
geólogos e outros profissionais que trabalham com solos para determinar suas
propriedades básicas.
É importante lembrar que o ensaio tátil-visual é uma técnica qualitativa e
subjetiva. Para análises mais precisas das propriedades do solo, podem ser
necessários ensaios de laboratório, como a análise granulométrica, a determinação
da capacidade de campo, a densidade do solo, entre outros. No entanto, o ensaio
tátil-visual é uma ferramenta útil e rápida para obter informações preliminares no
campo.

8.1. Objetivo
O objetivo deste experimento é a avaliação preliminar das propriedades dos
solos baseadas nas sensações táteis e na observação visual, sendo analisadas sua
textura, umidade, coesão e estrutura. Essas informações são essenciais para a
tomada de decisões agrícolas, de engenharia ou ambientais, pois afetam
diretamente o uso e a gestão do solo.

8.2. Aparelhagem
Foram utilizados o trado e a espátula para fazer a coleta dos solos. Ademais,
foram armazenados em sacolas plásticas e distribuídos em cápsulas de alumínio
identificados. Para realizar algumas das experiências, foram usados copos. A Figura
10 mostra os materiais utilizados.
17

Figura 10 - Materiais utilizados

Fonte: Autoria própria.

8.3. Coleta de amostras de solo


Para a coleta de solo foi escolhido um trecho, dentro da propriedade da
pousada, onde foi feito um buraco utilizando trado manual e espátula. Foram feitas 3
coletas em profundidades diferentes conforme foi se observando visualmente
mudanças no aspecto do solo. As coletas foram feitas a 22, 41 e 65 cm da superfície
e depositadas em sacos plásticos etiquetados. A Figura 11 mostra o momento da
coleta.
18

Figura 11 - Coleta do solo

Fonte: Autoria própria.

8.4. Identificação táctil e visual dos solos


Foram separadas três cápsulas, cada uma com uma parcela de amostra de
cada profundidade recolhida. Em uma cápsula sem identificação (CSI) foi posta
amostra recolhida a 22 cm, na cápsula B-05 foi posta amostra recolhida a 41 cm e
na cápsula D-13 amostra recolhida a 65 cm. As cápsulas utilizadas estão dispostas
na Figura 12.
19

Figura 12 - Cápsulas

Fonte: Autoria própria.

8.4.1. Observação visual


Em todas as cápsulas foram encontrados pedaços de vegetação, sendo em
maior quantidade na CSI. A CSI tinha cor marrom acinzentado escuro, a B-05
apresentou um marrom um pouco mais claro enquanto a D-13 uma cor creme
amarelada.
Todas as cápsulas apresentaram solo seco, não foi identificado presença de
água a olho nu nem ao toque. A CSI tinha um forte cheiro de maresia, na B-05 esse
cheiro era mais leve enquanto a D-13 tinha cheiro neutro.

8.4.2. Teste táctil


Todas as amostras apresentaram aspecto áspero.

8.4.3. Teste de sujar as mãos


Com todas as cápsulas, ao sujar as mãos com o solo umedecido e lavá-lo,
saiu facilmente.

8.4.4. Desagregação do solo submerso


O teste consiste em fazer um torrão com a amostra, colocá-la num recipiente
com um pouco de água e borrifar água no torrão.
Não foi possível fazer torrões com as amostras pois elas se desagregavam
muito facilmente.

8.4.5. Resistência do solo seco


O teste consiste em fazer um torrão com a amostra e aplicar uma força nele
com o polegar contra o indicador para tentar desfazê-lo.
Não foi possível fazer torrões com as amostras pois elas de desagregavam
muito facilmente.
20

8.4.6. Dispersão em água


As amostras foram colocadas em copos com água. As amostras de todas as
cápsulas depositaram-se no fundo rapidamente, porém, algumas partículas
permaneceram na superfície da água. Essas partículas foram mais presentes na
CSI, menos presentes na D-13 e em uma quantidade intermediária na B-05.

8.4.7. Mobilidade da água intersticial


O teste consiste em fazer uma pasta com o solo, aplicá-la na palma da mão e
observar se é possível ver água ao movimentar a mão.
Em todas as amostras foi observado grande mobilidade da água intersticial.

8.5. Taludes
Durante a viagem técnica foi possível observar taludes naturais ao redor da
rodovia, sendo eles uma característica geológica que se forma devido a processos
naturais, como a erosão, a deposição de sedimentos, a ação de agentes
atmosféricos e tectônicos. Essas formações geológicas desempenham um papel
significativo na configuração da paisagem da Terra e têm implicações importantes
em termos de geologia, geotecnia e gestão ambiental. Neste relatório, será
explorado os principais aspectos relacionados aos taludes naturais, incluindo sua
formação, classificação e importância. A Figura 13 representa um talude natural.

Figura 13 - Esquema de talude natural

Fonte:https://www.google.com/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.ebanataw.com.b
r%2Ftalude%2Foquee.htm&psig=AOvVaw3xMo5SCJlk3rl2lnVTw183&ust=16945539
26981000&source=images&cd=vfe&opi=89978449&ved=0CBAQjRxqFwoTCJjS7Le_
o4EDFQAAAAAdAAAAABAE
21

8.5.1. Formação dos taludes


Taludes naturais se formam devido a uma variedade de processos
geológicos. Alguns dos principais fatores para a formação de taludes naturais
incluem: Erosão Hídrica: A água desempenha um papel fundamental na formação
de taludes naturais. A erosão causada por rios, riachos e chuvas pode esculpir
taludes em encostas, colinas e montanhas ao longo do tempo; Erosão Eólica: A
ação do vento pode desgastar superfícies rochosas e sedimentares, criando taludes
naturais, como dunas e cristas; Processos Tectônicos: Movimentos da crosta
terrestre, como falhas geológicas e dobras, podem resultar na formação de taludes
naturais; E deposição de Sedimentos: A acumulação de sedimentos ao longo de
milênios pode criar taludes em áreas costeiras, deltas de rios e barragens de
inundação. Um dos taludes encontrados na viagem está representado na Figura 14.

Figura 14 – Talude natural

Fonte: Autoria própria.

Os taludes naturais podem ser classificados de várias maneiras, dependendo


de sua origem, ângulo de orientação e características geológicas. Alguns tipos
comuns de taludes naturais incluem os taludes de Erosão: Formados principalmente
pela ação da erosão hídrica ou eólica. Exemplos incluem encostas de ravinas e
dunas de areia; Taludes de Falha: Resultado de movimentos tectônicos ao longo de
falhas geológicas. Esses taludes podem ter inclinações profundas e serem instáveis;
Taludes de Deposição: Formados pela acumulação de sedimentos, como as
encostas de deltas de rios ou praias; E taludes de Rocha Inclinados: Caracterizados
por camadas inclinadas de rochas sedimentares ou vulcânicas.
22

Dessa forma, Taludes naturais desempenham um papel importante na


configuração da paisagem e na evolução do ambiente natural. Eles também podem
representar desafios ou riscos, como a possibilidade de penetração da terra, erosão
costeira ou outros eventos geológicos. Portanto, é importante estudar e
compreender esses conselhos para fins de conservação, segurança e gestão
ambiental.

9. RESMAT
9.1. Esforços solicitantes
Durante a visita foi escolhida a estrutura da caixa d’água para análise dos
esforços. A Figura 15 apresenta a foto da estrutura e a Figura 16 o esquema do
modelo estrutural.
Figura 15 - Estrutura de caixa d'água

Fonte: Autoria própria.

Figura 16 - Esquema de carregamento

Fonte: Autoria própria.


23

Estimativa de carregamento:
Laje de Concreto = 8 KN/m2
Caixa d’água = 20 KN/m2

Carga nos apoios:


Área = 3 x 3 = 9 m²
Carga total sobre os apoios = 9 x 20 + 9 x 8 = 180 + 72 = 252 kN

A estrutura foi considerada como dois pórticos, sendo que a cada um foi
aplicada metade da carga total distribuída pelo comprimento da viga.
252/2 = 126 kN
126/3 = 42 kN/m, como está na Figura 16.

A partir desses valores foram traçados os diagramas de esforço normal,


esforço cortante e momento fletor respectivamente na Figura 17.

Figura 17 - Esforços solicitantes

Fonte: Autoria própria.

9.2. CAA, Cobrimento de armaduras e fissuras


De acordo com a NBR 6118, a “agressividade do meio ambiente está
relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto”.
A norma estabelece que a agressividade ambiental do local onde se encontra a
estrutura deve ser classificada de acordo com a Tabela 1.
24

Tabela 1 - Classes de agressividade ambiental

Fonte: NBR 6118

A definição do CAA (classe de agressividade ambiental) é fundamental pois


influenciará nos valores de resistências características, de cobrimento de armadura
e na máxima abertura de fissura permitida. Tais parâmetros devem seguir as Tabela
2, Tabela 3 e Tabela 4 respectivamente.

Tabela 2 - Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto

Fonte: NBR 6118


25

Tabela 3 - Correspondência entre classe de agressividade ambiental e


cobrimento nominal para ∆c = 10 mm

Fonte: NBR 6118

Tabela 4 - Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção


da armadura, em função das classes de agressividade ambiental

Fonte: NBR 6118


26

Durante a visita foi observada trinca em um pilar de uma estrutura para caixa
d’água como mostra a Figura 18. Fissuras em estruturas de concreto são
preocupantes, pois reduzem a capacidade de resistência global da peça, além de
expor a armadura a agentes corrosivos.
Figura 18 - Trinca

Fonte: Autoria própria

As fissuras podem ocorrer por recalque da fundação, excesso de carga, erro


de projeto, erro de execução, retração do concreto por calor de hidratação e
expansão do aço por oxidação. Locais com CAA IV, como o local da visita, devem
apresentar estruturas com maior cobrimento de armadura, sendo 45mm para lajes e
50mm para vigas e pilares devido à alta agressividade às peças. O maior cobrimento
deve garantir proteção da armadura, que é vulnerável a ação da maresia, que
acelera a oxidação do material.
27

10. QUÍMICA
10.1. Éster do coco
Este estudo tem como objetivo investigar o perfil sensorial do coco, com foco
especial na γdecalactona, um composto químico que desempenha um papel
fundamental na recriação artificial do sabor e aroma do coco.
Além de suas aplicações culinárias e utilitárias, o coco é reconhecido pelo seu
aroma e sabor inconfundíveis, os quais desempenham um papel significativo em
várias culturas e práticas gastronômicas. A habilidade de reproduzir essa complexa
e identificável experiência sensorial se tornou um objetivo científico e comercial
relevante, com a γ-decalactona emergindo como um componente crucial na
recriação artificial do perfil sensorial do coco.
Ésteres são compostos orgânicos derivados dos ácidos carboxílicos, pois são
produzidos a partir de uma reação de esterificação entre um ácido carboxílico e um
álcool. Os ésteres possuem cheiro e aroma agradáveis, daí decorre a sua principal
aplicação, eles são substâncias flavorizantes, ou seja, são utilizados para aromatizar
artificialmente coisas como balinhas, sucos e xaropes.
Lactonas são ésteres orgânicos. Seu nome provém dos lactídeos, formados a
partir da desidratação do ácido lático. Essas substâncias diferem pela variação no
número de átomos de carbono na cadeia e pelo tamanho dos anéis resultantes,
sendo a nomenclatura baseada nessas características. O primeiro carbono da
carboxila é o alfa (α), resultando em anéis de três membros; o segundo é o beta (β),
gerando anéis de quatro membros; o terceiro é o gama (γ), com anéis de cinco
membros; o delta (Δ) forma anéis de seis membros, e assim por diante. As lactonas
derivadas de ácidos alifáticos também podem ser nomeadas unindo o sufixo "olídeo"
ao nome do hidrocarboneto.
As gama-lactonas (anéis de cinco membros) e delta-lactonas (anéis de seis
membros) são as mais estáveis devido à sua estrutura. As beta-lactonas são
produzidas exclusivamente por métodos artificiais. Lactonas derivadas de ácidos
carboxílicos superiores frequentemente possuem um odor forte, lembrando o
almíscar. Por outro lado, as insaturadas não possuem odor e podem inibir o
crescimento de plantas.
A γ-nonalactona encapsula a essência do aroma e sabor do coco. Essa
molécula apresenta uma estrutura que combina um anel lactônico com uma cadeia
alifática, como mostrado na Figura 19. A presença da γ-nonalactona desempenha
28

um papel crucial na cadeia de produção de aromas e sabores artificiais. A indústria


alimentícia reconheceu o valor desse composto ao criar essências que capturam a
experiência sensorial do coco, mesmo na ausência do ingrediente real. A
combinação da γ-nonalactona com outras moléculas aromáticas selecionadas
possibilita a recriação das características naturais da fruta.
Figura 19 – Estrutura da γ-nonalactona

Fonte: https://www.wikidata.org/wiki/Q11255995

10.2. Pigmentos de flores


Durante a visita foi escolhida uma espécie de angiosperma para análises, que
posteriormente foi identificada como Agarista sp., cujas flores possuíam cor rosa
suave. Não foi possível identificar o pigmento específico das flores da espécie, mas
é possível que sua cor seja devido à presença de antocianinas, que pertencem ao
grupo dos flavonoides.
Os pigmentos mais importantes na determinação da coloração das flores são
os flavonoides (derivado do latim flavus, que significa amarelo). Os flavonoides
representam um dos maiores grupos de metabólitos secundários encontradas nas
plantas e estão amplamente distribuídos em frutas, folhas, chás e vinhos.
Desempenham um papel crucial como pigmentos naturais e têm a principal função
de proteger as plantas contra agentes oxidantes. Os flavonoides constituem uma
ampla classe de compostos polifenólicos de origem vegetal, sendo que a espécie
humana não é capaz de sintetizá-los. Eles estão presentes especialmente em
angiospermas.
Essencialmente, todos os flavonoides possuem uma estrutura composta por
três anéis, nos quais os átomos de carbono podem sofrer diversas modificações
químicas, como adição de grupos hidroxila, hidrogênio, metilação e sulfonação,
resultando na formação de mais de quatro mil compostos flavonoides. Portanto, a
estrutura química fundamental dessas substâncias, denominada flavilium, consiste
29

em 15 átomos de carbono distribuídos em dois anéis aromáticos (anéis A e B), os


quais são interconectados a uma estrutura heterocíclica central, o pirano (anel C),
conforme ilustrado na Figura 20.
Figura 20 - Estrutura básica dos flavonoides

Fonte: http://www.scielo.org.ar/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1851-
37432015000100004

Os flavonoides são classificados em: flavonas, flavonóis, flavanonas,


isoflavonoides, flavanas e antocianinas. Esta última é a que mais nos interessa, as
antocianinas (do grego, anthos = flor e kianos = azul) são pigmentos naturais que
podem variar do vermelho intenso ao azul, são responsáveis por grande variedade
de tonalidades em folhas, flores e frutos; também agem na proteção contra danos
provocados pela luz UV e na atração de polinizadores. A estrutura das antocianinas
comumente encontradas em flores está representada na Figura 21.

Figura 21 - Estrutura de antocianinas

Fonte: https://www.scielo.br/j/qn/a/zfDktTHbCq4fhNJpzFsJKPG/#ModalFigfigura1
30

11. CONCLUSÃO
Dessa forma, analisa-se a importância de um projeto interdisciplinar na
construção do aprendizado durante uma visita técnica, além de fornecer uma
abordagem abrangente e holística para a resolução de problemas complexos e
desafios do mundo real. Como este trabalho focou na união dos conteúdos
baseando-se no tema vida urbana e rural e sustentabilidade regional, a pousada
Colmeia atendeu as demandas requeridas nos subtemas de cada disciplina. Foi
possível realizar análises do solo, da vegetação, da população, das questões sociais
e ecológicas da região, observar como a sustentabilidade pode ser realizada de
forma a impedir mais a degradação do meio ambiente. A interdisciplinaridade
promove a inovação, uma vez que a combinação de conhecimentos de diferentes
áreas pode levar a novas ideias e abordagens. Isso pode resultar em soluções mais
eficazes e criativas, sendo assim uma viagem e um trabalho que contribuiu
ricamente ao conhecimento dos alunos, além de acrescentar recordações de grande
valor.
31

12. BIBLIOGRAFIA

ANDRÉA COUTO, L. R. É. C. Aplicação de pigmentos de flores no ensino de


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