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TEIXEIRA DE FREITAS, BA
AGOSTO DE 2017
MILENA BISPO DE OLIVEIRA
TEIXEIRA DE FREITAS, BA
AGOSTO de 2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Universidade Federal do Sul da Bahia
Sistema de Bibliotecas
CDD 634.0981
Aprovado:
ii
Dedico a todos que estiveram comigo
durante essa jornada acadêmica...
Dedico
iii
AGRADECIMENTOS
Ao Profa. Dra. Orientadora Taina Soraia Muller, braço amigo de todas as etapas deste
trabalho.
A Profa. Dra. Luanna Pires por auxiliar na realização deste trabalho.
A minha família, pela confiança e motivação.
Aos amigos e colegas, em especial a Caíque Souza, pela força e pela vibração em
relação a esta jornada.
A esta universidade, seu corpo docente, direção e administração que oportunizaram
a janela que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acendrada confiança
no mérito e ética aqui presentes.
Aos colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de nossas vidas.
Aos proprietários e profissionais da Fazenda Cascata onde foi possível realizar este
trabalho.
A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste
trabalho e que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito
obrigado.
iv
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1. Classes estabelecidas de acordo com tamanhos de DAP obtidos
na comunidade florestal estudada ................................................................. 13
v
LISTA DE FIGURAS
Página
Figura 1. (Arvore inteira) ................................................................................. 5
Figura 2. (Frutos no pé) ................................................................................... 5
Figura 3. ( Flor e fruto) .................................................................................... 5
Figura 4. (Mapa da área estudada) ................................................................ 9
Figura 5. (Jaca dura aberta) ........................................................................... 10
Figura 6. (Jaca mole aberta) .......................................................................... 10
Figura 7. (Látex produzido por jaqueira ) ........................................................ 30
vi
Diferenças biológicas ligadas a idade de uma comunidade de Artocarpus
heterophyllus Lam.
RESUMO
vii
Age-related biological differences of a community Artocarpos heterophyllus
Lam
ABSTRACT
viii
SUMÁRIO
Páginas
RESUMO................................................................................................ VIII
ABSTRACT............................................................................................. IX
1. INTRODUÇÃO.................................................................................... 1
2. OBJETIVOS........................................................................................ 2
2.1 OBJETIVOS ESPECIFICOS....................................................... 2
3. REVISÃO BIBLIOGRAFICA................................................................. 3
4. MATERIAL E MÉTODOS..................................................................... 8
4.1 ÁREA DE ESTUDO E CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE
FLORESTAL DE JAQUEIRAS................................................................. 8
4.2 ANÁLISE DOS FRUTOS............................................................ 8
4.3 ANÁLISE DA MADEIRA............................................................. 10
4.4 ANÁLISE DE DADOS................................................................ 10
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO........................................................... 10
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE FLORESTAL............. 10
5.2 INFLUÊNCIA SOBRE CARACTERÍSTICAS DOS FRUTOS...... 14
5.2.1 TEOR DE ÁGUA DA POLPA E DA CASCA.................... 16
5.3 INFLUÊNCIA SOBRE AS CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA. 20
6. CONCLUSÕES .................................................................................. 30
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 30
ix
01. INTRODUÇÃO
1
econômico para a região, tanto para a comercialização no mercado interno e externo
de frutas in natura, como para industrialização (Fraga, 2005). Embora já existam
trabalhos científicos sobre a jaca, ainda é escassa a quantidade de informações sobre
a qualidade dos frutos e madeira em relação à idade e fenologia da planta. Portanto,
este trabalho gerará informações relevantes para o entendimento da qualidade
biológica da planta e espera-se contribuir com os modos de consumo e utilização para
diversos fins, inclusive manejo.
2. OBJETIVO GERAL
3. REVISÃO DE BIBLIOGRAFICA
3
ao clima do Brasil que chegou a ser classificada erroneamente como Artocarpus
brasilienses (Chaves 1967).
Segundo Prado Neto (2007), no Brasil nas condições edafoclimáticas da
Bahia, a jaqueira é cultivada predominantemente em pequenos pomares espontâneos
com plantas originárias de semente, que apresentam uma grande variabilidade de
genótipos. Desenvolve-se bem e produz frutos de melhor qualidade em regiões de
clima quente. Também se desenvolve em regiões de clima subtropical e semiárido
desde que haja a utilização da irrigação artificial como na região do Estado do Ceará.
A planta requer temperatura média anual de 25ºC e dias ensolarados. Geadas são
danosas à jaqueira. (Donadio et al, 2012). Ela é observada em diversos fragmentos
florestais, com indivíduos nas diferentes fases de crescimento. O seu controle se dá
pela eliminação ou anelamento de árvores adultas. Não se tem conhecimentos
aprofundados sobre os efeitos da sua invasão, nem das medidas de manejo. Algumas
características permitem classificá-la como uma espécie invasora no Brasil (Gomes,
2007; Baker, 1995). Entre estas características estão: a) grande capacidade de
produzir rapidamente número elevado de sementes e crescer em uma grande
variedade de condições edafoclimáticas; b) crescimento inicial rápido; c) ter alta
capacidade de competir por água, luz e nutrientes; d) apresenta mecanismos de
adaptação e tolerância a condições desfavoráveis para a germinação e (Gomes,
2007). O amadurecimento do fruto envolve um processo de transformação do amido
em açúcares solúveis que resulta na diminuição de acidez e desaparecimento da
adstringência, mudança de coloração da casca e da polpa, textura, composição de
ácidos e compostos voláteis tornando-se em sabor e aroma característicos, levando
ao adoçamento do fruto (Gonzaga Neto. 1994; Soares, 1994; Awad, 1993). O fruto
amadurece entre 180 e 200 dias após a florada, ou de 3 a 8 meses, dependendo do
tipo e do local onde o período da colheita ocorre entre dezembro e junho. O fruto pode
medir entre 22 e 90 cm de comprimento e 13 e 50 cm de diâmetro, com mínimo de 2
kg, até 60 kg. A casca é de cor verde a verde-clara e recoberta de proeminências, tipo
pequenos espinhos, um em cada carpelo. Considerada uma árvore de grande porte,
atinge mais de 10 m de altura, seu tronco pode ultrapassar 1 m de diâmetro. Possui
folhas alternas, que amarelecem no próprio indivíduo, antes de caírem. O fruto da
jaqueira, é na realidade uma infrutescência formada pelo agregado dos ovários de
centenas de flores femininas, cada uma delas contendo uma semente, saindo
diretamente do tronco (Donadio et al. 2012, Baliga et al. 2011, Silva et al. 2007, Gomes
1973).
4
Figura 01 – Árvore inteira
Figura 2 – Frutos no pé
5
grande número de sementes por fruto, forma um banco de sementes com quase 100%
de viabilidade, plântulas formadas atingem seis metros de altura em três anos, isso
aumenta a eficiência da espécie em ocupar o espaço de espécies nativas ampliando
sua população, caracterizando a dispersão por baricoria (Gomes, 2007)
Uma jaqueira bem desenvolvida chega a produzir até 100 frutos por ano.
(Peixoto et al., 2002). É explorada na maioria das vezes de forma extrativista, gerando
um índice elevado de perda na produção de frutos. Mesmo assim é bastante comum
para a utilização como alimento para as comunidades rurais (Prado Neto, 2007; Silva
et al. 2007). O fruto imaturo pode também ser usado na culinária, e as sementes
torradas ou cozidas para se obter farinha, usada na confecção de bolos, bolachas e
tortas e podem ser comidas puras. A semente é rica em lecitina e proteína, com 0,4%
na semente fresca. A jaca pode ser dividida em polpa, semente e casca, onde a polpa
representa cerca de 30%, as sementes em torno dos 12-15% e a casca (inclui eixo
central e as fibras) os restantes 58% (Oliveira, 2009; Saxena et al. 2009; Ong et al.,
2006). Dado que a polpa representa apenas um terço da totalidade do fruto. (Saxena
et al. 2009). Os gomos encontram-se agrupados em torno do eixo central de formação
globosa, oval ou alongada formando um sincarpo. Entre os gomos temos grande
quantidade de fibras ligadas entre a casca e o eixo central, não muito resistentes. A
polpa, parte comestível, é cremosa, viscosa, amarela e de consistência variável. No
interior da polpa está a semente ou caroço, que localmente se designa de “bago de
jaca”. A polpa amarela, quando madura, possui um forte cheiro característico. Para
além do consumo in natura, preferencial, produzem-se também com a polpa de jaca
doces, bebidas não alcoólicas e alcoólicas. A polpa pode ser conservada congelada
(Fonseca 2010; Oliveira, 2009). A madeira da jaca, as folhas, frutos, sementes e o
látex são utilizados para diversos fins (Seagri, 2009). Seus frutos, quando verdes,
podem ser utilizados como forragem ao serem picados ou moídos e o mesmo pode
ser feito por suas folhas; ambos são uma boa ração pra aves domésticas. Os suínos
e bovinos, os caprinos e os ovinos também a apreciam partida em pequenos pedaços
ou moída (Gomes 2007; Seagri, 1989)
O conhecimento da qualidade dos frutos por meio de estudos físico-químicos
é de fundamental importância para o estímulo do mercado consumidor, como também
para manutenção agronômica de sua forma de propagação e uso. A falta de
informações acerca da exploração econômica indiscriminada dos plantios
espontâneos acarreta na predação ineficiente de todos os recursos da cultura que
proporcione a (Lima et al., 2009). A jaca é matéria prima para subprodutos de
6
importância econômica que atrai estudos para a avaliação de jaca minimamente
processada, cuja comercialização possibilitaria a utilização em diferentes segmentos
alimentares (Godoy et al., 2010, Silva et al. 2007). Como forma de suprir essa
crescente demanda de matéria-prima para a indústria busca novas fontes de material,
espécies exóticas consideradas invasoras (Ribeiro et al., 2017; Chaves 1967). De
acordo com Carvalho (2009), as propriedades tecnológicas da madeira de A.
heterophyllus, procedentes da região do Recôncavo Sul da Bahia, são promissoras
em relação a estabilidade dimensional e resistência mecânica visando a sua utilização
no setor moveleiro.
De acordo com Pereira (2013) alguns parâmetros para análise de madeira são
as seguintes:
a. Cor: Elemento de destaque na madeira e um dos
principais parâmetros adotados para escolha e uso de determinadas
espécies. Em muitas arvores a cor também é um indicativo para
diferenciar o alburno de cerne.
b. Grã: É a impressão visual produzida pela direção dos
elementos celulares. O fio é a imagem de orientação das fibras e permite
a classificação do Grã em direita ou reta, que é quando a inclinação geral
das células longitudinais não exceder 3%; e em cruzada ou
entrecruzada, que é quando as células longitudinais são inclinadas em
diferentes direções e podem se apresentar de forma ondulada ou
revessa.
c. Textura: Refere-se à distribuição, à abundancia e as
dimensões dos elementos constituintes da madeira e é classificada em
textura fina, textura media e textura grossa.
d. Figura: Característica da madeira que pode ser vista na
superfície plana. Ela pode ser avaliada pelos aspectos de diferença de
cor provocada pelos anéis ou camadas de crescimento.
e. Brilho: É uma característica que também pode ser vista
na superfície plana. Ele é classificado em brilho irregular, brilho ausente,
brilho moderado e brilho acentuado.
f. Cheiro e Gosto: São características muitas vezes
associadas uma a outra e para sua identificação são classificadas em,
para cheiro: indistinto, pouco indistinto característico, agradável,
desagradável; gosto: indistinto, característico, amargo, adocicado e
adstringente.
7
Segundo Almeida et al (2014). Os caules, geralmente são aéreos e sua forma
permite que as plantas assumam uma posição melhor para receber luz. Outra relação
importante está na nutrição do vegetal. A nutrição mineral contribui com a sua
composição pois quando a planta recebe ou deixa de receber macro e micronutrientes
evidenciam-se alterações em sua estrutura (Marschner, 1995). Além dos nutrientes
minerais outras características influenciam como solo, água, luz, temperatura e
exercem influência sobre as características estruturais do vegetal (Silva et al., 2004).
Apesar de ser a espécie mais difundida e útil do gênero Artocarpus, há
escassez de trabalhos com essa frutífera (Fabricante J.R et al, 2013). Com isso,
objetivou-se avaliar as diferenças biológicas de uma comunidade florestal de Jaqueira
(Artocarpus heterophyllus Lam) de diferentes idades e observar as possíveis
correlações com a qualidade da madeira e frutos. A obtenção desses dados visa
diagnosticar a situação dos indivíduos da comunidade florestal estudada e quanto a
otimização do uso de seus recursos.
4. MATERIAL E MÉTODOS
8
Figura 4- Mapa da área estudada
9
Figura 5 – Jaca dura aberta
10
SOLAB SL-100 à temperatura de 50° C durante 12 horas (Oliveira et al., 2011; Santos
et al., 2013), foram feitas as pesagens com as amostras desidratadas. Os dados
obtidos foram usados para calcular porcentagem de perda de água e rendimento de
massa seca da casca e da polpa (Oliveira, 2009). A fórmula utilizada no cálculo da
porcentagem de umidade perdida foi:
% de umidade a 50°C = 100 x N/P
Em que: N= representa a perda de peso em gramas; P= números de gramas da
amostra% de matéria seca: 100 - % de umidade (base úmida)
11
das variáveis categóricas (tipo de jaca e classes de DAP) e realizou-se o teste exato
de Fisher para verificação da associação entre as quatro classes de DAP e os três
tipos da jaca. Os dados de variáveis contínuas foram submetidos a análise por meio
de estatísticas descritivas.
O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado (DIC)
com três repetições sendo que cada repetição correspondeu a um fruto, o tratamento
foi cada indivíduo da comunidade florestal de jaqueiras, ou seja, as 17 jaqueiras. As
variáveis estudadas foram: peso do fruto, comprimento do fruto, diâmetro do fruto,
número de sementes (10x15cm), peso de 1cm² da casca fresca, peso seco 1cm² da
casca, peso seco e umidade da polpa e espessura da casca. Os dados dessas
variáveis supracitadas foram submetidos ao teste Shapiro-Wilk para verificação da
normalidade, estatística descritiva, análise de variância (ANOVA) e teste de Tukey,
calculou-se os coeficientes de correlação de Pearson e realizou-se o teste t-Student
para verificar a significância da correlação. As análises foram realizadas com nível de
significância de 5%, p<0,05, por meio do software SAS® Studio.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
12
Tabela 1. Classes estabelecidas de acordo com tamanhos de DAP obtidos na
comunidade florestal estudada.
Classes 1 2 3 4
Metros 0 - 0,5 0,5 - 1,5 1,5 - 4,5 >4,5
Distribuição 1 2 13 1
13
intermediaria entre aquelas do tipo mole e tipo dura. No Brasil é encontrada,
preferencialmente, no estado do Rio de Janeiro (Basso, 2017; Devi et al., 2014)
Classes DAPns
Tipo da Jaca
1 2 3 4 Total
Manteiga 0 0 3 (6,67%) 0 3 (6,67%)
Dura 0 3(6,67%) 12 (26,67%) 0 15 (33,33%)
Mole 0 3(6,67%) 21(46,67%) 3(6,67%) 27 (60,00%)
Total 0 6 (13,33%) 36 (80,00%) 3(6,67%) 100,00
Classe 1: Teste exato de Fisher
15
apresentaram os maiores CV foram: peso do fruto (46,79%), peso seco da casca
(24,66%), número de sementes (24,56%) e comprimento do fruto (21,03%). Para Peso
do Fruto observou-se que a média (5,78±0,43) e a dispersão relativa (CV=46,79%)
foram elevadas porque o fruto da jaqueira, é na realidade uma infrutescência formada
pelo agregado dos ovários de centenas de flores femininas, cada uma delas contendo
uma semente (Chaves 1967), por serem polinizados aleatoriamente,
consequentemente o número de sementes difere entre os frutos. Os CV´s observados
(Tabela 5) indicam grau de variação fenotípica entre os indivíduos coletados e a
existência de variabilidade genética para as características estudadas, passíveis de
melhoria a partir de programas de melhoramento genético intra-populacional.
16
Para o parâmetro diâmetro do fruto, as árvores 1, 2 e 16 obtiveram os maiores
diâmetros de frutos e foram diferentes de todas as demais árvores. A árvore 1 (classe
3) tem os frutos de maior diâmetro (0.78±0.09ᵃ) e a árvore 3 (classe 3) tem frutos de
menor diâmetro (0.50±0.06).
Para o número de sementes em 10x15 cm de casca dos frutos, observou-se
a maior média para frutos da árvore 15 (classe 3) com a quantidade de 31.66±2.51
sementes. As árvores 13 (18.33±4.16) e 3 (18.00±2.64) (classe 3) apresentaram as
menores quantidades de sementes em relação as demais. O peso seco da casca teve
a maior média (0.52±0.27) na árvore 17 (classe 3) constatando que possui a casca
com maior massa após a separação da umidade. A menor média para este mesmo
parâmetro, foi obtida na arvore 2 (classe 3) que possui casca com a menor massa
(0.25±0.11).
Para a variável espessura de casca, observou-se a formação de um grupo
com as árvores 16, 5, 13, 1, 15, 10, 3 e 6 que obtiveram as maiores médias,
respectivamente, e essas foram diferentes estatisticamente da demais. A árvore 16
(classe 3) possui a maior espessura de casca (1.60±0.34) e a árvore 17 a menor
(0.73±0.25).
17
Tabela 6. Média das características de jaqueiras de uma comunidade espontânea do
município de Teixeira de Freitas, Ba, comparadas pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade (P<0,05)
Valores médios dos parâmetros analisados para cada indivíduo da comunidade florestal estudada (N=3). *Médias seguidas de
mesma letra, na coluna, não diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.
** Peso médio de 1cm2 da casca
***Indivíduos sem N representativo foram excluídos da análise de separação médias (4,9,11,12,14)
Ŧ número de sementes em área de 10x15cm de casca.
21
influência no peso se dá por conta de sua massa, pois a massa da polpa forma-se em
torno da semente, o número de sementes varia dentro do fruto, logo a quantidade de
polpa também varia, influenciando no peso do fruto. Então, a polpa contribui com peso
do fruto, mas não é tão importante quanto os demais fatores, por isso a correlação
baixa.
O comprimento do fruto possui alta correlação com o diâmetro do fruto (0,64),
quanto maior o comprimento, maior o diâmetro. O número de sementes, peso seco
da casca, polpa fresca e espessura da casca não apresentaram correlações com o
peso do fruto e com nenhum outro parâmetro estudado. O Peso fresco da casca
possui correlação com a polpa seca (0,44) e esta por sua vez, com a espessura da
casca (0,34). Por serem polinizados aleatoriamente, o número de sementes difere
entre os frutos. As frutas com alto teor de glicídios, como a jaca, são altamente
higroscópicas. Esta característica se deve ao estado amorfo de seus açúcares que
retém grandes quantidades de água (Canuto et al, 2014). Por isso a casca e a polpa
possuem grande percentagem de umidade e pôr a jaca ser altamente úmida a polpa
e a casca possuem grande correlação. O parâmetro espessura da casca não
apresenta correlação com o restante dos parâmetros. Porém a análise de umidade
mostrou que 76% do peso da casca é umidade, e, portanto, influencia
significativamente a espessura da casca, sendo assim indiretamente a espessura da
casca possui correlação com os demais fatores com os quais, a umidade e massa
seca da casca se relacionam, isso é demonstrado pela correlação baixa ou negativa
deste parâmetro com os demais. A água é essencial como reagente ou substrato de
importantes processos como a fotossíntese e hidrólise do amido a açúcar em
sementes germinando (Kerbauy, 2004).
22
Tabela 10 - Coeficientes de correlação linear de Pearson para as características
avaliadas
Peso
Peso Comp. Diamt. N° Peso seco Polpa Polpa
fresco da Esp. Casca
Fruto Fruto Fruto Semente da casca Fresca Seca
casca
Peso Fruto 1 0,64 0,71 0,24 0,60 0,10 -0,23 0,42 0,28
Peso fresco da
1 0,03 -0,09 0,44 0,10
casca
Peso seco da
1 0,115 0,22 -0,08
casca
Esp. Casca 1
Em negrito P<0.05
Árvore 2
Classe DAP 3 (1,55)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistint
24
Árvore 3
Classe DAP 3 (1,53)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 4 (0,45)
Classe DAP 1
Cor: Amarela clara esverdeado
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 5 (1,38)
Classe DAP 2
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
25
Árvore 6 (2,37)
Classe DAP 3
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 7 (1,31)
Classe DAP 2
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 8 (1,79)
Classe DAP 3
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
26
Árvore 9 (2,71)
Classe DAP 3
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 10
Classe DAP 3 (2,85)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 11
Classe DAP 3 (3,47)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
27
Árvore 12
Classe DAP 3 (3,57)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 13
Classe DAP 3 (2,17)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 14
Classe DAP 4 (7,96)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
28
Árvore 15
Classe DAP 3 (3,32)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 16
Classe DAP 3 (2,31)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
Árvore 17
Classe DAP 3 (2,36)
Cor: Amarela clara
Grã: Reta
Textura: Fina
Figura: Poucos distintos
Brilho: Fosco
Cheiro: Pouco distinto
Gosto: Gosto indistinto
29
Figura 7- Látex produzido por jaqueira
32
6. CONCLUSÕES
33
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34
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