Você está na página 1de 74

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

CAMPUS ARAPIRACA
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA

JADNA LIBÂNIO DA SILVA INÁCIO

LEVANTAMENTO BOTÂNICO DE ORQUÍDEAS NATIVAS DO ESTADO DE


ALAGOAS.

ARAPIRACA
2019
JADNA LIBÂNIO DA SILVA INÁCIO

LEVANTAMENTO BOTÂNICO DE ORQUÍDEAS NATIVAS DO ESTADO DE


ALAGOAS.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC


apresentado a Universidade Federal de
Alagoas – UFAL, Campus de Arapiraca, como
pré-requisito para a obtenção do grau de
Licenciado em Ciências Biológicas.

Orientadora: Profa. Ma. Daniela Cavalcanti


de Medeiros Furtado.

Arapiraca
2019
Dedico.

Ao Meu Pai querido João Inácio da Silva e


minha Maria José Libânio da Silva Inácio,
amores da minha vida que me
possibilitaram a busca por uma formação
e sempre me ensinaram valores morais e
éticos.
Plante seu jardim e decore sua alma, ao
invés de esperar que lhe tragam flores.

Verônica Shoffstal
AGRADECIMENTOS

Agradeço á Deus pelo dom da vida, por ter me dado força, dedicação e fé pra
que eu sempre lute pelos meus ideais.
Agradeço aos meus pais, João Inácio da Silva e Maria José Libânio da Silva,
pelos os ensinamentos ao longo da vida, por serem pais tão maravilhosos e
exemplares. Não consigo expressar o quanto vocês são importantes pra mim.
Ao meu esposo Marcelo da Silva Santos, pelo companheirismo, compreensão
e por me dar forças nos momentos mais difíceis. As minhas irmãs Inácia Libânio e
Verônica Libânio que são pessoas especiais na minha vida.
A minha orientadora Prof.ª Ma. Daniela Cavalcanti de Medeiros Furtado,
agradeço por ter aceitado me orientar nesta pesquisa, pelos momentos de
aprendizagem, dedicação, paciência, incentivo e todas as palavras de apoio.
A Coordenadora do curso de Ciências Biológicas Prof.ª Drª. Maria Aliete
Bezerra Lima Machado pela compreensão, apoio e incentivo. A todos os professores
do curso que contribuíram para minha formação acadêmica.
Agradeço a Maurício Carnaúba da Silva Mota pela identificação da espécie
utilizada neste trabalho. Agradeço também ao João Vitor aluno do curso de
Agronomia, que contribuiu para realização desta pesquisa.
A minha amiga desde inicio do curso Janaina Lima de Melo, pela amizade,
por ser uma amiga e confidente pra todas as horas, espero que nossa amizade dure
por toda vida. E a todos os colegas de classe ao longo do curso.
A banca que dedicou parte do seu tempo pra ler meu trabalho e sugerir
correções, contribuindo com este trabalho. Enfim, agradeço a todos que
contribuíram para minha formação e crescimento pessoal: muito obrigada!
Deus abençoe a Todos
RESUMO

Entre as angiospermas, a família Orchidaceae é a mais diversificada


morfologicamente, apresenta 236 gêneros e 2.553 espécies com ocorrência no
Brasil, e ampla distribuição em todos os estados, onde Alagoas se destaca com
grande diversidade de espécies. Porém, apesar dessa grande diversidade relatada,
é visto que á pratica de coleta desregrada e a degradação e destruição de seu
hábitat natural têm trazido ameaças de extinção. Neste sentido o trabalho teve por
objetivo identificar e estudar as orquídeas nativas de Alagoas, através do
levantamento botânico, e identificar e analisar uma espécie encontrada na região
agreste do estado, contribuindo para pesquisas nessa área. Após levantamento
bibliográfico foi verificado que em Alagoas encontra-se descrito em torno de 98
espécies diferentes, distribuídas em quatro subfamílias, com maior ocorrência para a
Epidendroideae (76%), Orchidoideae (15%), Vaniloideae (6%) e Cypripedioideae
(1%), exceto a subfamília Apostasioideae que não possuem ocorrência no Brasil.
Estas espécies foram encontradas distribuídas em 60 municípios de Alagoas, se
estendendo desde o Sertão até o Leste Alagoano, com maior predominância nos
municípios localizados na região Leste. Das espécies descritas, três estão listadas
como ameaçadas de extinção. A espécie encontrada no município de Igaçi foi
identificada como Catasetum macrocarpum, local onde não havia descrita ocorrência
de orquídeas neste município. Pesquisas sobre as orquídeas nativas de Alagoas são
relevantes para a conservação e preservação dessas espécies. Tais informações
mostram a importância deste levantamento para futuros estudos de identificação e
preservação das espécies nativas, e em especial destas para nossa região.

Palavras chave: Orchidaceae. Ocorrência. Catasetum.


ABSTRACT

Among the angiosperms, the Orchidaceae family is the most morphologically diverse,
has 236 genera and 2,553 species occurring in Brazil, and wide distribution in all
states, where Alagoas stands out with great diversity of species. However, despite
this great diversity reported, it is seen that the practice of unregulated collection and
the degradation and destruction of its natural habitat have brought threats of
extinction. In this sense, the objective of this work was to identify and study the native
orchids of Alagoas, through the botanical survey, and to identify and analyze a
species found in the wild region of the state, contributing to research in this area.
After bibliographic survey it was found that in Alagoas is described around 98
different species, distributed in four subfamilies, with higher occurrence for
Epidendroideae (76%), Orchidoideae (15%), Vaniloideae (6%) and Cypripedioideae
(1 %), except the subfamily Apostasioideae that do not occur in Brazil. These species
were found distributed in 60 municipalities of Alagoas, extending from Sertão to East
Alagoano, with greater predominance in municipalities located in the eastern region.
Of the described species, three are listed as endangered. The species found in the
municipality of Igaçi was identified as Catasetum macrocarpum, a place where
orchids had not been described in this municipality. Research on the native orchids
of Alagoas is relevant for the conservation and preservation of these species. This
information shows the importance of this survey for future studies of identification and
preservation of native species, and especially of these for our region.

Keywords: Orchidaceae. Occurrence. Catasetum.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Aspecto geral do crescimento simpodial (A) e Crescimento 19


Monopodial (B) das orquídeas.........................................................................

Figura 2 - Flor do gênero Catasetum .............................................................. 26

Figura 3 - Flor do gênero Vanilla..................................................................... 27

Figura 4 - Flor do gênero Cattleya.................................................................... 28

Figura 5 - Flor do gênero Oncidium.................................................................. 29

Figura 6 - Mapa de Alagoas com destaque para as mesorregiões: Sertão


Alagoano, Agreste Alagoano e Leste Alagoano............................................... 31

Figura 7 - Mapa destacando a região de Igaçi................................................ 32

Figura 8 - Mapa de localização geográfica da Reserva D’Albuquerque’s


(9º32’09’’de latitude e 36º34’59’’ de longitude), na região Agreste do Estado
de Alagoas........................................................................................................ 33

Figura 9 - A) População de Catasetum com floração, sobre Ouricuri


(Syagrus coronata) em Julho de 2017 e B) População de Catasetum sobre
Ouricuri (Syagrus coronata) em Julho de 2019................................................ 35

Figura 10 - A) Aspecto geral do Catasetum macrocarpum, B) flor feminina


do Catasetum macrocarpum e C) Flor masculina do Catasetum
macrocarpum.................................................................................................... 37
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Número de espécies por município...........................................................41

Tabela 2- Orquídeas encontradas na flora de Alagoas..............................................53


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

CEPEC Herbário do Centro de Pesquisas do Cacau


EAN Herbário Jaime Coelho de Moraes
HBVirtFLBras Herbário Virtual Flora Brasiliensis
HTSA Herbário do Trópico Semiárido
HUEFS Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana
HVA SF Herbário Vale do São Francisco
IN Instrução Normativa
IPA Herbário Dárdano de Andrade Lima
JPB Herbário Lauro Pires Xavier
MAC Herbário do Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas
MBM Herbário do Museu Botânico Municipal
MBML Herbário Mello Leitão
NY The New York Botanical Garden- Brazilian records
UFP Herbário UFP- Geraldo Mariz
USE Herbário da Universidade de Sergipe
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................................ 13

2 REVISÃO DE LITERATURA.................................................................................. 15

2.1 Família Orchidaceae............................................................................................ 15

2.1.1 Características da família Orchidaceae............................................................ 17

2.1.2 Classificação das orquídeas............................................................................. 21

2.1.3 Distribuição geográfica...................................................................................... 23

2.1.4 A Relevância econômica e ecológica................................................................ 24

2.2 Principais gêneros encontrados no Estado de Alagoas....................................... 25

2.2.1 Catasetum ........................................................................................................ 25

2.2.2 Vanilla ............................................................................................................... 26

2.2.3 Cattleya............................................................................................................. 27

2.2.4 Oncidium .......................................................................................................... 28

2.3 Degradação e extinção........................................................................................ 29

2.4 Estado de Alagoas............................................................................................... 31

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 32

3.1 Identificação e analise de espécie encontrada na região Agreste....................... 32

3.2 Estudo das Orquídeas nativas de Alagoas.......................................................... 34

4 RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................... 35

4.1 Gênero Catasetum............................................................................................... 35


4.2 Orquídeas nativas do Estado de Alagoas............................................................ 38

5 CONCLUSÃO.......................................................................................................... 44

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 45

APÊNDICE A - Tabela 2- Orquídeas encontradas na flora de Alagoas...................... 53

ANEXO A - Chave de identificação do gênero Catasetum......................................... 72


13

1 INTRODUÇÃO

A família das orquídeas (Orchidaceae), entre as angiospermas, é a mais


diversificada morfologicamente (GUSTAFSSON; VEROLA; ANTONELLA, 2010),
com aproximadamente 736 gêneros e 28.000 espécies conhecidas, com distribuição
cosmopolita (CHASE et al. 2015). O Brasil é um dos países com maior diversidade
de espécies de orquídeas, com distribuição presente em todos os estados brasileiros
(PESSANHA et al., 2014). No Brasil, encontramos listados de acordo com Barros et
al. (2015), 238 gêneros e 2.553 espécies de orquídeas, sendo 33 gêneros
endêmicos no país. Em Alagoas, foram relatadas em torno de 140 espécies, no
Brazilian Orchids (ARAÚJO e ARAUJO, 2006). Porém, apesar dessa grande
diversidade de espécies relatadas, é visto que á pratica de coleta desregrada tem
trazido ameaça de extinção, associada a também degradação e destruição de seu
hábitat (NEVES, 2011).
De acordo a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de
Extinção, anexo 1 da IN 6 de 23 de Setembro de 2008, do Ministério do Meio
Ambiente, no Brasil existem 34 espécies de orquídeas consideradas como
ameaçadas de extinção, sendo 5 citadas como de ocorrência no estado de Alagoas.
A família Orchidaceae apresenta uma grande variedade de flores e são bem
diversificadas quanto a sua morfologia. Devido a sua beleza e exoticidade, é
bastante procurada e comercializada pela população como planta ornamental.
Porém, a prática de extrativismo de orquídeas nativas tem ocorrido de forma
frequente, onde estas espécies são alvo de colecionadores e comerciantes, que as
coletam até mesmo em áreas de reserva. Em Alagoas, essa realidade é crescente e
agravante, visto que é praticado de forma descontrolada, podendo, se nenhuma
medida for tomada, levar a extinção de algumas espécies nativas (NEVES, 2011).
Alguns trabalhos, com o intuito de mudar este cenário, dedicam-se à estudos
de conservação das espécies de orquídeas nativas, através da obtenção de
sementes e de plantas in vitro e in vivo, com implantação de matrizeiros, etc.
(NEVES, 2011), como também através da educação ambiental, visando essa
conscientização necessária para mudar este panorama. Embora, segundo Neves,
(2011) muitos orquidófilos têm feito o caminho contrário, devolvendo a natureza
espécies cultivadas em sementeiras com intuito a conservação da flora local.
14

As espécies de orquídeas atuam em relevantes funções ecológicas nos locais


que habitam e geram benefícios importantes para a biodiversidade (CASTELLANOS
e TORRES, 2018). Entretanto, estas espécies são de grande importância tanto para
recuperação e restauração ecológica, assim como na alimentação, no comércio e na
ornamentação (TOSCANO e CRIBB, 2005).
Assim, para apontar a conservação da família em questão, se faz necessário
o estudo da mesma, com o intuito de destacar o valor da preservação das orquídeas
nativas de Alagoas.
Neste sentido o trabalho teve por objetivo identificar e estudar as orquídeas
nativas de Alagoas, através do levantamento botânico, e identificar e analisar uma
espécie encontrada na região agreste do estado, contribuindo para pesquisas nessa
área.
15

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Família Orchidaceae

Segundo os estudos de filogenia, a família Orchidaceae compartilha um


ancestral comum mais recente no Cretáceo tardio, há aproximadamente 77 milhões
de anos atrás e sua diversificação teria ocorrido em um período de resfriamento
global (GUSTAFSSON; VEROLA; ANTONELLA, 2010). Segundo Franco (2008) e
Renato (2016) novas descobertas sobre o surgimento das orquídeas, datam de
quando os dinossauros ainda andavam pela superfície do planeta, uma equipe de
cientistas em investigações na República Dominicana, encontraram grãos de pólen
de uma orquídea, nas asas de uma abelha de 20 milhões de anos, conservado
dentro de uma pedra de âmbar.
A evolução das orquídeas é marcada pelas adaptações progressivas à
entomofilia (termo geral para todos os meios de polinização através de insetos) e ao
epifitismo, encontrando-se, ainda, em ativo estado de evolução. (BARROS, 1990).
De acordo com Terao et al. (2005) e Franco (2008) o primeiro a utilizar termo
“orchis”, do grego que significava testículos, foi o filósofo grego Theophrastus
discípulo de Aristóteles, considerado por muitos o “pai da botânica” (372- 287 a.C.)
para denominar os tubérculos de orquídeas terrestres do Mediterrâneo o formato
desses tubérculos era semelhante a testículos.
No trabalho Matéria Médica o médico grego Dioscorides, atribuiu efeitos
afrodisíacos e essa planta, neste trabalho ele também relatou 500 plantas com efeito
medicinais (TERAO et al. 2005). Na metade do século 18, o botânico sueco Carolus
Linneus usou pela primeira vez o termo “Orchis” para um gênero de orquídeas,
estendendo esse nome á toda família (TERAO et al. 2005; RENATO, 2016).
Na China antiga o manuscrito de botânica relatou duas espécies de
orquídeas, atualmente conhecidas como Cymbidium ensifolium e Dendrobium
moniliforme (ARAÚJO e ARAUJO, 2006; RENATO, 2016), a partir desde manuscrito
a palavra chinesa para orquídea (lan) aparece no herbário chinês e em outros
manuscritos (RENATO, 2016).
No continente Americano data de 1552 o primeiro relato de orquídeas e
menciona os frutos da Vanilla como ingrediente para perfumes, bem como
aromatizante de uma bebida clássica asteca (TERAO et al. 2005). Conforme Araújo
16

e Araújo (2006), em 1906 foi publicada a primeira obra dedicada somente às


orquídeas brasileiras, denominado de Flora Brasiliensis (volume III), essa coleção
teve quarenta volumes sendo iniciada por Von Martius, mais coube a Cogniaux, com
a colaboração de Barbosa Rodrigues, complementar o estudo a respeito das
orquídeas.
Segundo a lenda das orquídeas, conta que uma jovem chamada Hoan-Lan,
que vivia na cidade de Anam, na Indochina, era muito bonita e passava horas
esbanjando sua beleza e se divertia fazendo com que seus adorados sofressem de
paixão, dentre eles o mais apaixonado era Kien-Su, tanto que para ver o sorriso de
sua amada, ele cinzelou com paciência e dedicação o ouro mais fino para fazer uma
linda jóia, no entanto ao receber o presente, Hoan-Lan vaidosa e insensível,
demonstrou ingratidão, desprezando e zombando de Kien-Su. Ele triste e ferido
acabou com a própria vida jogando-se no Rio Vermelho, foi o primeiro a perder a
vida por amor a ela (RENATO, 2016; NEVES, 2008).
Outro apaixonado, o pintor Nguyen-Ba retratou sua amada Hoan-Lan e ela
também o desprezou, ele então desapareceu pela selva e nunca mais voltou. Ma-
Da, outro apaixonado, inventou um delicioso perfume e novamente Hoan-Lan foi
ingrata, Ma-Da tomou veneno. Cunz- Li, outro pretendente, enlouqueceu ao ser
ignorado depois de presenteá-la com uma pulseira de ébano. Porém, o poderoso
Deus das cinco flechas, que tudo via decidiu castigar Hoan-Lan por suas maldades,
fazendo a jovem se apaixonar por Mun- Cay, um rapaz muito bonito que não tinha
nenhum interesse por ela, tanto que desesperada a moça foi procurar o Deus da
Montanha, pra que ele a tirasse o amor que a fazia sofrer de seu coração, mas ele
se recusou ajudá-la, lembrando-lhe que igual atitude ela tinha em relação aos
rapazes que a amaram, no caminho de volta pra casa Hoan-Lan encontrou uma
feiticeira que prometeu que se a moça lhe vendesse sua alma, seu amado nunca
mais amaria, nem ela ou nenhuma outra jovem, Hoan-Lan aceitou a proposta e a
feiticeira desapareceu. No dia seguinte ela vestiu-se de cor de rosa e foi visitar seu
amado, ao abraçá-lo ele se transformou em uma árvore, a jovem sem entender
chorou abraçada com a árvore pedindo perdão, um gênio da floresta aproximou-se e
para que a feiticeira não encontra-se sua alma, ele a transformou em uma flor
estranha e ao mesmo tempo bela, forte e frágil , vivendo agarrada ao seu grande
amor. Virou uma Orquídea (RENATO, 2016; NEVES, 2008).
17

2.1.1 Características da família Orchidaceae

A família das orquídeas inclui plantas herbáceas perenes que mostram


diferentes formas de vida, podendo ser terrestres, epífitas, rupícolas e saprófitas
(HERMOSO, 2015, MARTINELLI e MORAIS, 2013; BARBERO, 2010). As orquídeas
estão entre uma das maiores categorias de plantas existentes, apresentando uma
variedade de formas, cores e tamanhos (RODIGUES, 2011). Se distribuem em todas
as situações, desde prados ou brejos, no chão úmido de florestas tropicais, até
mesmo nos galhos de grandes árvores, como também em cumes das montanhas e
em deslizamentos ou barracos (TOSCANO e CRIBB, 2005).
As espécies epífitas representam cerca 73% das Orchidaceae (TERAO et al,
2005). Sua distribuição pode ser fragmentada, com populações isoladas, por conta
da dinâmica das árvores (BARROS et al. 2008). As orquídeas epífitas são plantas
que crescem sem causar prejuízo ao hospedeiro, se fixam a ramos ou troncos de
árvores vivas, produzindo e colhendo seus próprios nutrientes, absorvendo também
nutrientes e água através da chuva (REECE et al, 2015). O epifitismo possibilita
também que um número grande de espécies possa viver numa única árvore
(GRAVENDEEL et al., 2004).
Com relação ao hospedeiro, também chamado de forófito as epífitas podem
ser divididas em holoepífitas e hemepífitas. Nas holoepífitas, o hábito epifítico ocorre
ao longo de seu ciclo de vida, sendo subdividido em: holoepífitas- características
aparecem somente como epifítico, holoepífitas obrigatórias-não são encontradas
longe do ambiente epifítico; holoepífitas preferenciais- são geralmente epífitas, mais
podem aparecer como terrestres; holoepífitas acidentais são normalmente terrestres,
sem adaptações ao epifitismo, porém pode ser encontradas sobre outros vegetais e
holoepífitas facultativas pode crescer tanto sobre outras plantas como também no
solo. As hemiepífitas, espécies que durante alguma fase do ciclo de vida
apresentam o hábito epifítico, são subdivididas em: hemiepífitas primárias
desenvolvem-se sobre o forófito e depois entra em contato com solo e hemiepífitas
secundárias- germinam sob o solo e mais tarde entra em contato com o forófito, não
tendo mais contato com o solo (KERSTEN, 2010; FURTADO, 2013).
Alguns exemplos de orquídeas epífitas estão nos gêneros Catasetum,
Pleurothallis, Maxillaria, Vanda (JUDD et al. 2009), Cattleya, Oncidium, Dendrobium,
Laelia e Brassavola (SHIRAKI e DIAZ, 2012).
18

As rupícolas vivem na natureza sobre rochas (TOSCANO e CRIBB, 2005;


TERAO et al, 2005; SHIRAKI e DIAZ, 2012). As raízes estendem-se pela superfície
das rochas ou entram nas rachaduras, onde há o acumulo de nutrientes e água que
elas necessitam para sobreviver, como exemplos têm-se algumas espécies dos
gêneros Epidendrum, Hoffmannseggella e Bifrenaria (SHIRAKI e DIAZ, 2012).
As orquídeas terrestres desenvolvem-se nos solos das matas e campos
(TOSCANO e CRIBB, 2005), retirando água e nutrientes diretamente do solo
(SHIRAKI e DIAZ, 2012), o habitat, abrange diferentes formações vegetais como
savanas, florestas, campos e banhados, os gêneros Cyclopogon apresenta em sua
maioria plantas terrestres (COLLA, 2014), Arundina, Selenipedium e Phaius
(SHIRAKI e DIAZ, 2012).
Saprófitas são aquelas que crescem em turfa ou em material em
decomposição (TERAO et al, 2005; RODRIGUES, 2017), nesse caso nota-se a
ausência de clorofila, não realizando fotossíntese, precisando obter nutrientes
através de matéria orgânica em decomposição e da associação com fungos
micorrízicos, sendo denominadas também de micotrófica (TOSCANO e CRIBB,
2005). Apresentam um pequeno número de espécies (SHIRAKI e DIAZ, 2012), as
mais conhecidas são duas espécies australianas que se desenvolvem em baixo da
terra, através das rachaduras do solo aparecem suas flores que são polinizadas por
moscas (RAVEN et al. 2010). As orquídeas do gênero Rhizanthella, são
consideradas raras do mundo, nativa da Austrália é uma saprófita (FERREIRA,
2018), não encontrada no Brasil, apresenta rizoma subterrâneo com inflorescência
curta e comprimida formada por um agrupamento de flores que mal alcança a
superfície da serrapilheira (TOSCANO e CRIBB, 2005).
As Orchidaceae apresentam dois tipos de crescimento, monopodial e
simpodial, conforme Rodrigues (2011). No crescimento simpodial (Figura 1 A), o
caule cessa sua expansão ao final de cada estação, formando um simpódio e
surgem novas gemas axilares que crescem até a maturidade, o caule é
frequentemente dividido em rizoma e cauloma, o ultimo pode ser delgado ou
espessado sendo denominado de pseudobulbo que possui a função de
armazenamento de água e nutrientes (BARBERO, 2010), exemplos de orquídeas
com esse tipo de crescimento são: Epidendrums, Catleyas e Oncidiums (SHIRAKI e
DIAZ, 2012).
19

Nas orquídeas monopodiais (Figura 1 B), o caule apresenta potencial para um


desenvolvimento apical indefinido, crescendo sempre a partir de uma mesma gema
apical. Nas espécies com esse crescimento, o caule apresenta-se como uma
estrutura longa e foliada (RODRIGUES, 2011), exemplo são: Vandas, Phalaenopsis
e Aerides (SHIRAKI e DIAZ, 2012).

Figura 1 - Aspecto geral do crescimento, A) simpodial e B) Crescimento Monopodial


das orquídeas.

A B
Fonte: NEVES (2008).

O grupo das orquídeas caracteriza-se por possuir flores com estruturas


simples e poucos órgãos, porém bastante modificada (TOSCANO e CRIBB, 2005;
TERAO et al, 2005). Tendo como características peças florais arranjadas em três ou
múltiplos de três, as flores são hermafroditas, e ocasionalmente unissexuais,
regularmente zigomorfas e raramente actinomorfas, monoclinas e podendo também
ser diclinas, as sépalas podem ser livres ou unidas entre si (BARBERO, 2010), a
pétala encontrada oposta á antera fértil é geralmente modificada, chamada de
labelo, em geral apresenta um único estame que se encontra fundido ao estilete e o
estigma formando uma estrutura chamada de ginostêmio ou coluna (VAN DEN
BERG e AZEVEDO, 2005; BARROS, et al. 2008; RAVEN et al. 2010).
O labelo, normalmente é a parte mais bela da flor, podendo ser colorido e ter
formas variadas (TERAO et al, 2005), essa estrutura também é uma importante
adaptação para facilitar a polinização cruzada das orquídeas (TOSCANO e CRIBB,
20

2005). As sépalas são coloridas e semelhante as pétalas (RAVEN et al. 2010). Na


antera ficam massas distintas, chamadas polínias, cada polínia têm apêndices,
como o caudículo formado por grãos de pólen, o conjunto de polínias e seus
apêndices é denominado de polinário (TOSCANO e CRIBB, 2005; BARBERO,
2010). No ápice de seu ovário fica situado suas peças florais, que por sua vez é
composto por três carpelos, o ovário é ínfero e geralmente unilocular, com
numerosos óvulos, esses quando fecundados por gametas masculinos, produzem
as sementes (TOSCANO e CRIBB, 2005).
As sementes dessa plantas são minúsculas, com poucas exceções, estando
entre as menores sementes produzidas por plantas com flores, possui um embrião
rudimentar envolvido por uma camada de células (BARROS et al. 2008), e a cada
episódio de polinização resulta em um grande número sementes (RAVEN et al.
2010). A germinação das sementes na natureza depende de muitos fatores, tais
como a associação com fungos chamados de micorriza que oferece nutrientes para
o desenvolvimento do embrião (TERAO et al, 2005). Segundo Rodrigues, (2011) os
frutos das orquídeas são denominados cápsulas, quase secos ou raramente
carnosos, a maioria são deiscentes, composto de três carpelos, com muitas
sementes.
De acordo com Judd et al, (2009), as inflorescência das orquídeas são
indeterminadas, poucas vezes com somente uma flor, terminais ou axilares.
Apresentam diferentes tipos das inflorescência, porém predominam os racemos, as
espigas e as panículas. No racemo as flores estão presas a uma haste chamada de
pedicelo, se inserem em um único eixo, dispostas em espiral em torno da raque
(TOSCANO e CRIBB, 2005; BARROS et al. 2008). Na panículas há um conjunto de
racemos inseridas em um eixo, com forma mais ou menos piramidal (BARROS et al.
2008), o tipo espiga as flores apresentam ovários sésseis no eixo floral (TOSCANO
e CRIBB, 2005).
As folhas das orquídeas são comumente carnosas ou secas, geralmente uma
por cauloma, podendo ser pecioladas ou sésseis, apresentando estômatos
reduzidos (BARBERO, 2010). Possuem nervações geralmente paralela (BARROS et
al. 2008; JUDD et al. 2009), podendo ser alternas, espiraladas ou dísticas, basais ou
ao longo do caule (JUDD et al. 2009). As folhas atuam também como um importante
órgão de reserva em substituição aos pseudobulbos (SHIRAKI e DIAZ, 2012). Em
21

algumas espécies terrestres durante a floração a planta perde suas folhas, ou são
reduzidas a escamas (RODRIGUES, 2011).
Espécies do gênero Brassavola, Pleurothallis e Octomeria que crescem
geralmente em locais secos as folhas são cilíndricas, já algumas espécies do gênero
Campylocentrum as folhas são reduzidas a escamas e a fotossíntese é realizada
pela raiz (TOSCANO e CRIBB, 2005).
O caule transforma-se num órgão de armazenamento de água (TOSCANO e
CRIBB, 2005), podem ter várias formas e tamanhos, como tubérculos nas orquídeas
subterrâneas e no caso das terrestres, formam uma estrutura caulinar chamada de
pseudobulbo (TERAO et al, 2005).
Já as raízes são modificadas especialmente nas epífitas, são fasciculadas
(TOSCANO e CRIBB, 2005), e suas principais funções são: fixação no substrato,
captação de águas e nutrientes nos ambientes (TOSCANO e CRIBB, 2005; TERÃO
et al, 2005), a raiz possui uma ponta crescente ativa envolvida por uma camada de
células mortas e vazias, de cor esbranquiçada chamada de velâmen (TOSCANO e
CRIBB, 2005; TERAO et al, 2005), que favorece a manutenção e a captação de
água e nutrientes, podendo também amenizar a incidência de luz e calor, além de
oferecer proteção mecânica (TERAO et al, 2005).
Fungos micorrizicos estão associados às raízes de todas as orquídeas,
apesar de que algumas espécies possam crescer sem micorrizas, por terem
desenvolvido órgãos que realizam fotossíntese (TOSCANO e CRIBB, 2005).

2.1.2 Classificação das Orquídeas

As orquídeas pertencem a Ordem Asparagale, família Orchidaceae, que se


dividem em cindo subfamilias: Epidendroideae, Apostasioideae, Cypripedioideae,
Vanilloideae e Orchidoideae (SHIRAKI e DIAZ, 2012). Segundo Chase et al.
(2015), as descrições de gêneros recentes de orquídeas incluem análises
moleculares (DNA), visto que há décadas atrás, a morfologia foi geralmente aceita
para a descrição de novos táxons.
De acordo com Pridgeon et al. (2005), a subfamília Epidendroideae é a
maior subfamília, apresentando 18.000 espécies e 650 gêneros, com distribuição
cosmopolita, a maioria das plantas epífitas, possui inflorescência lateral ou terminal,
com apenas um estame fértil e de duas a oito polínias com apêndices. Toscano e
22

Cribb (2005) relatam que “Essa subfamília inclui a maioria das orquídeas brasileiras
mais conhecidas, como os gêneros Bulbophyllum, Catasetum, Cattleya,
Epidendrum, Maxillaria, Oncidium, Pleurothallis, Sophronitis e Zygopetalum.”
Entre as subfamílias das Orquídeas, a Apostasioideae é considerada um
grupo mais antigo, constituída apenas por dois gêneros e 15 espécies (MENINI,
2008), os principais gêneros são: Apostasia e Neuwiedia de orquídeas terrestres
localizadas no Japão, Malásia, norte da Austrália e sudeste Asiático (KOCYAN,
2004). Conforme Jersákova et al. (2013), Apostasioideae é “irmã” das quatro
subfamílias descrita acima, elas compartilham algumas apomorfias como pequenas
sementes e formação de protocorpos, porém elas também apresentam
características únicas.
A subfamília Cypripedioideae é morfologicamente distinta, irmã de um clado
formado por Orchidoideae e Epidendroideae, além de ter um dos maiores genomas
entre as orquídeas (UNRUH et al, 2018). Essa subfamília possui cinco gêneros,
sendo a maioria das espécies parte do gênero Cypripidium, tendo distribuição em
áreas tempempardas, como: Asia, América do Norte, México e Europa e vivem em
diversos clima e habitats tais como em florestas temperadas, tropicais, sutropicais
entre outros (PEMBERTON, 2013).
As Vanilloideae apresentam 175 espécies divididas em 15 gêneros, esta
subfamília apresenta distribuição principalmente tropical (MENINI, 2008), são lianas
apresentando folhas com disposição das nervuras retinérvia e seus ovários são por
vezes trilocular. As flores possuem somente um estame funcional, os outros dois
estames laterais são reduzidos ou ausentes (JUDD et al. 2009), as raízes
geralmente carnosas, inflorescência terminal com uma ou várias flores
(GUIMARÃES, 2010).
Dentro desta subfamília, destaca-se o gênero Vanilla que possui importância
tanto ornamental como econômica, é peculiar por ser uma liana e possuir frutos
carnosos em vez de cápsulas secas, sendo também utilizadas na culinária
(TOSCANO e CRIBB, 2005).
As Orchidoideae a segunda maior subfamília, apresentando 2.500 espécies
distribuidas em 250 gêneros, são orquídeas terrícolas, herbáceas, normalmente
tuberóides (ENGELS, 2014), e apresenta distribuição cosmoplolita (MENINI, 2008).
São caracterizadas pela antera dorsal ereta e rizoma carnoso e reptante, essa
subfamília inclui os gêneros Habenaria e Orchis (TOSCANO e CRIBB, 2005)
23

2.1.3 Distribuição geográfica

O grupo das orquídeas entre as plantas com flores e a mais diversificada


morfologicamente, apresentando distribuição cosmopolita, exceto na antártica, com
principais centros de diversidade nas regiões da América e Ásia (CHRISTENHUSZ e
BYNG, 2016). As orquídeas podem ser encontradas em vários ecossistemas, como
de florestas, campos, cerrados, dunas, restingas, tundras e até mesmo em margens
de desertos, a maioria das espécies de orquídeas são encontrada em regiões
tropicais, o Brasil fica entre os países mais ricos em orquídeas, se comparando
somente á Colômbia e ao Equador (TOSCANO e MORAES, 2002).
No Brasil encontramos listados conforme (BARROS et al., 2015)
aproximadamente 238 gêneros e 2.553 espécies de orquídeas, sendo 33 gêneros
endêmicas, com ocorrência confirmada no Norte (acre, Amazonas, Amapá, Pará,
Rondônia, Roraima e Tocantins), no Centro-oeste (Distrito Federal, Goiás, Mato
Grasso do Sul e Mato Grasso), no Sudeste (Espírito Santos, Minas Gerais, Rio de
Janeiro e São Paulo), e no Sul (Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina). No
nordeste, sua distribuição se dá nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão,
Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe (BARROS et al, 2015).
Na região da Mata Atlântica brasileira é observado um alto índice de diversidade
(PESSANHA et al, 2014; MARTINELLI e MARAES, 2013), com cerca de 1.400
espécies registradas (MARTINELLI e MARAES, 2013), apresentando endemismo de
várias espécies, (PESSANHA et al., 2014).
Em Alagoas são relatadas no Brazilian Orchids (ARAÚJO e ARAUJO, 2006)
em torno de 140 espécies dos seguintes gêneros: Aspásia; Aspidogyne; Barbosella;
Brassavola; Bulbophyllum; Campylocentrum; Capanemia; Catasetum; Cattleya;
Cochleanthes; Coryanthes; Cyrtopodium; Dichaea; Dimerandra; Dipteranthus;
Eltroplectris; Encyclia; Epidendrum; Galeandra; Gomesa; Gongora; Huntleya;
Ionopsis; Isochilus; Jacquiniella; Leochilus; Lygyophila; Lockarthia; Maxillaria;
Mesadanella; Miltônia; Notylia; Octomeria; Oeceoclades; Oncidium; Orleanesia;
Phargmipedium; Pleurothallis; Polystachya; Prescottia; Prosthechea; Psygmorchis;
Reichenbachantus; Rodriguezia; Sacoila; Sandarella; Sarcoglottis; Scaphyglottis;
Schomburgkia; Sobralia; Sophronitis; Stanhopea; Stellis; Stenorrhynchus;
Trichocentrum; Trigonidium; Vanilla; Xylobiume e Zygostate. Na porção de Mata
24

Atlântica de Alagoas, as orquídeas são encontradas em condições adequadas para


sobrevivência (MOURA, 2006).

2.1.4 A Relevância econômica e ecológica

As orquídeas são plantas que devido à sua beleza e flores que exibem cores,
aromas e texturas bastante valorizadas como plantas ornamentais (NEVES, 2010),
são muito reconhecidas comercialmente, tratando-se de uma das categorias de
plantas com maior potencial de comercialização (ANACLETO et al. 2017). Esse
grupo de plantas está amplamente distribuído em todos os continentes, sendo
apreciadas pelos consumidores (FARIA e COLOMBO, 2015).
No Brasil o comércio de flores e plantas ornamentais é uma atividade
econômica de grande importância para o agronegócio, apresentando um
crescimento de 15% (Zanello, 2018). De acordo com Reis (2011), o cultivo de
orquídeas é um comércio que tem se firmado como uma importante atividade
econômica no Brasil. Apresentando um aumento progressivo devido ao surgimento
de novas técnicas de propagação e multiplicação (STANCATO; VEGRO;
BEMELMANS, 2001). Em território brasileiro a região Sudeste destaca-se como a
maior produtora de orquídeas, seguida das regiões Sul e Nordeste.
Os gêneros e espécies que são mais apreciados e com maior valor
econômico são Cattleya e Phalenopsis (MORAES, 2014). Assim como o gênero
Vanilla que são comercializados, devido ao seu uso na alimentação, nota-se que a
mais relevante entre esse gênero é a espécie Vanilla planifólia que é empregada na
aromatização de bolos, sorvetes, balas e doces (NEVES, 2010). Além de possuírem
propriedades antimicrobianas e antioxidantes. O aroma natural da baunilha é obtido
por meio da colheita e maturação das vargens (PACHECO e DAMASIO, 2010).
Segundo Homma et al. (2006), a produção de baunilha no Brasil ainda é
muito reduzida, não constando nas estatísticas oficiais, tanto que o país ainda
precisa importar baunilha natural para suprir suas necessidades. Ainda sobre a
produção de baunilha Lopes et al, (2019) destaca “Apenas algumas espécies
cultivadas de Vanilla são usadas para produzir baunilha, apesar da alta demanda,
exploração predatória e baixa variabilidade genética que ameaçam a produção de
baunilha natural.”
25

Segundo Pant (2013), ainda se tem poucas informações sobre o uso


medicinal das orquídeas, no entanto elas têm sido usadas em diversas partes do
mundo como método e tratamento de cura para diversas doenças, há muitos anos
ela já vem sendo utilizada na medicina tradicional da China para tratar doenças
como tuberculose, hemoptise, gastrite e úlcera duodenal usando medicamentos a
partir de tubérculos.
As orquídeas destacam-se pela beleza de suas flores, mais elas também
desempenham importantes funções ecológicas, Castellanos e Torres (2018),
ressaltam que:
As espécies cumprem importantes funções ecológicas nos ecossistemas
que habitam e proporcionam benefícios importantes para a sociedade. Um
claro exemplo é a sua contribuição para a geração, a manutenção e o fluxo
de alguns serviços ecossistêmicos, como o aumento da quantidade de
massa de planta no dossel (parte superior das florestas) e, associada a ela,
a regulação da água (CASTELLANOS e TORRES, 2018, p.24).

As orquídeas por serem epífitas, junto com outras plantas, diminuem a


evapotranspiração nas árvores, que tem efeito importante para animais como o
dossel da floresta (STUNTZ; SIMON; ZOTZ, 2002).
Outra função importante das orquídeas no ecossistema está relacionada ao
grande número de fungos em que elas estão associadas, o que tem bastante
relevância no ciclo de nutrientes, além do que, as orquídeas fornecem abrigo e
alimentos às formigas, abelhas, borboletas entre outros (CASTELLANOS e
TORRES, 2018).
A interação entre polinizadores e orquídeas é primordial para a preservação
dessa família, exibindo vários mecanismos de polinização, tais como simular por
meio do lábio, uma fêmea de espécies, como de abelhas ou vespas para que macho
visite a flor obtendo os sacos de pólen e levando para outras flores, outro
mecanismo é uso de cores iluminadas que indicam existência de néctar
(WOLFGANG, 2019).

2.2 Principais gêneros encontrados no Estado de Alagoas

2.2.1 Catasetum

De acordo com Pinheiro (2015), o gênero Catasetum (Figura 2) compreende


orquídeas neotropicais com cerca de 160 espécies caracterizadas por suas flores
26

apresentarem dimorfismo sexual. Com variação morfológica nas flores masculinas, e


ainda um polinário de flores que força seu polinizador a entrar na flor ficando em
contato com seus apêndices especializados (FULOP, 2009). Essas são, em sua
maioria, plantas epífitas ou terrestres, seu pseudobulbo é frequentemente reto e
carnudo revestido por uma bainha de folhas laterais e apicais. Sua inflorescência
surge na lateral da base do pseudobulbo podendo ser pendentes ou curvadas, essa
inflorescência possui algumas flores, já as flores masculinas exibem duas antenas
com polinário constituído por duas polínias, o labelo comumente côncavo e carnoso,
essa flor apresenta calosidades e a coluna alongada e carnosa, as flores femininas
são mais modestas apresentando uma coluna curta e ausente de antenas ou
possuindo antenas rudimentares, atrofiadas e caducas. (BASTOS e VAN DEN
BERG, 2012; TOSCANO e CRIBB, 2005). Espécies desse gênero encontrada em
Alagoas são Catasetum discolor, Catasetum macrocarpum e Catasetum uncatum
(LEMOS et al. 2010).
Figura 2 - Flor do gênero Catasetum

Fonte: FURTADO (2017).

2.2.2 Vanilla

O gênero Vanilla possui distribuição pantropical, com aproximadamente 110


espécies (GOVAERTS, 2003). De acordo com o Barros et al (2015), o Brasil
apresenta cerca de 37 espécies, no Nordeste e está presente nos estados de:
Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do
27

Norte e Sergipe, porém com maior ocorrência nas regiões Norte e Sudeste
(ENGELS e ROCHA, 2016). Esse gênero dispõe de várias espécies que por
crescerem em locais diferentes (Figura 3), apresentam aromas com leves alterações
(PACHECO e DAMASIO, 2010). De acordo com Arenas e Cribb, (2010) essas
plantas apresentam crescimento monopodial e hábito hemiepífitico, apresentando
também características como carnuda, suculenta e pouco ramifica, as folhas são
alternadas, opostas e carnudas (CASTILLO, 2012). O fruto apresenta-se em forma
de cápsula ou vargem pendente, deiscente e carnoso (ARENAS e CRIBB, 2010;
CASTILLO, 2012). Em Alagoas são catalogadas as seguintes espécies desse
gênero: Vanilla bahiana, Vanilla chamissonis, Vanilla gardneri, Vanilla palmarum,
Vanilla pompona e Vanilla trigonocarpa (LEMOS et al. 2010).

Figura 3 - Flor do gênero Vanilla.

Fonte: SHIRAKI (2012).

2.2.3 Cattleya

O gênero Cattleya tem aproximadamente 70 espécies e uma grande


variedade de híbridos (COLOMBO et al. 2005; YAMAKAMI et al. 2006; LONE et al.
2008). Segundo Barros et al. (2015), no Brasil, encontra-se cerca de 27 espécies e
tem ocorrência confirmada em várias regiões do Brasil inclusive na região nordeste.
Em Alagoas, a espécie Cattleya labiata tem ocorrência na Caatinga e na Mata
28

Atlântica, é uma espécie muito explorada para fins comerciais, sendo essa uma
grande ameaça às populações naturais, tanto que, com a devastação de seu hábitat
para a extração de madeira para carvoarias, essa planta tem sofrido uma severa
redução nas últimas décadas, chegando a uma redução de 30% na Caatinga
(MARTINELLI e MORAIS, 2013).
Esse gênero é composto por epífitas, rupícolas e algumas terrestres
(BARROS et al. 2015; PRIDGEON et al. 2009). Conforme Brazilian Orchids
(ARAÚJO e ARAUJO, 2006), as flores desse grupo são constituídas por três pétalas
e três sépalas, sendo que uma das pétalas é modificada e denominada de labelo,
que é a parte mais colorida e chamativa da flor (Figura 4), as sementes são de
tamanho muito reduzido e sem endosperma, o que dificulta a propagação dessa
planta pelos métodos convencionais (VENTURA, 2007). Algumas espécies,
representante desse gênero, encontradas em Alagoas são Cattleya granulosa e
Cattleya labiata (LEMOS et al. 2010).

Figura 4 - Flor do gênero Cattleya.

Fonte: FURTADO (2019).

2.2.4 Oncidium

O gênero Oncidiun (Figura 5) é considerado um dos maiores entre a família


Orquidaceae (ARAÚJO e ARAUJO, 2006; FARIA e COLOMBO, 2015). Nativa do
29

continente americano apresenta um terço das espécies no Brasil, encontrando-se


entre as orquídeas mais queridas pelos consumidores (FARIA e COLOMBO, 2015).
Essas plantas são geralmente epífitas, mas podem ser terrícolas ou rupícolas
(ARAÚJO e ARAUJO, 2006; FARIA e COLOMBO, 2015), suas folhas crescem do
inicio do pseudobulbo e sua inflorescência racemosa ou pendente, com duplo
racemo ou raramente com racemos secundário; (FARIA e COLOMBO, 2015). As
flores dessa planta são comumente amarelo-brilhante, por vezes marcada com
marrom, também chamadas de chuva de ouro (CHASE et al. 2009). Algumas
espécies do gênero Oncidiun são encontradas em Alagoas como o Oncidium
barbatum e Oncidium baueri (LEMOS et al. 2010).

Figura 5 - Flor do gênero Oncidiun.

Fonte: FURTADO (2017).

2.3 Degradação e extinção

A família Orchidaceae está entre o grupo de plantas mais vulnerável do


mundo (ROCHA e DUQUE, 2017). Muitas espécies estão ameaçadas de extinção
por causa da degradação ou destruição de seu habitat e pela expansão e ocupação
de áreas agrícolas, e até mesmo pelas mudanças climáticas reduzindo
drasticamente sua variabilidade genética na natureza (CASTELLANOS e TORRES,
2018).
30

Por serem plantas que exibem flores que apresentam cores vibrantes e maior
durabilidade quando comparada a outras flores, são também muito comercializadas
em floriculturas e outros mercados (ROCHA e DUQUE, 2017), porém o comércio de
orquídeas, principalmente das nativas no Brasil, tal como em outros países, trouxe a
prática de coleta predatória (extrativismo), tráfico ilegal, sendo exploradas até
mesmo em áreas de preservação (NEVES, 2010).
No Brasil, encontram-se listado no anexo 1 da Instrução Normativa n° 6 de 23
de Setembro de 2008 do Ministério do Meio Ambiente, em torno de 34 espécies de
orquídeas ameaçadas de extinção em todo Brasil, dentre elas estão:
Campylocentrum pernambucense, Catasetum uncatum, Cattleya dormaniana,
Cattleya granulosa, Cattleya labiata, Cattleya schilleriana, Cattleya tenuis, Cattleya
velutina, Cattleya warneri, Chaubardia heloisae, Cleistes carautae, Constantia
cipoensis, Constantia microscopica, Galeandra curvifolia, Habenaria itacolumia,
Masdevallia gomesii-ferreirae, Pabstia schunkiana, Phragmipedium lindleyanum,
Phragmipedium vittatum, Pleurothallis gomesii
ferreirae, Pseudolaelia cipoensis, Pseudolaelia citrina, Scuticaria itirapinensis,
Sophronitis brevipedunculata, Sophronitis endsfeldzii, Sophronitis fidelensis,
Sophronitis jongheana, Sophronitis kautskyi, Sophronitis lobata, Sophronitis perrinii,
Sophronitis tenebrosa, Sophronitis virens, Sophronitis xanthina, Thelyschista
ghillanyi. Sendo que a maioria das espécies está localizada no domínio
Fitogeográfco da Mata Atlântica. Das espécies citadas, cinco são nativas do Estado
de Alagoas. Entre elas: Campylocentrum pernambucense, Cattleya granulosa,
Cattleya labiata, Phragmipedium lindleyanum e Pleurothallis gomesiiferreirae
(BRASIL, 2008).
Apesar das orquídeas serem plantas com ampla distribuição no Brasil, existe
ainda desconhecimento da população, que muitas vezes conhecem essas plantas
por outros nomes associados a matos ou plantas parasitas de árvores, bem como da
importância ecológica e econômica, no entanto estudos sobre a educação e
percepção ambiental sobre essa família ainda são escassos (CANTUÁRIA et al,
2014)

2.4 Estado de Alagoas


31

Segundo Campos; Péricles; Tenório (2012), o estado de Alagoas está situado


na porção centro oriental do nordeste sendo uma das menores unidades federativas
do Brasil, faz fronteira com o estado de Pernambuco ao norte, com Sergipe ao sul,
com o Oceano Atlântico a leste e com Pernambuco e Bahia a oeste. Localizam-se
entre as coordenadas de latitude 8º40’00’’ e 10º40’00’’ de latitude sul e 38º28’00’’ e
35º00’00’’ de longitude oeste e tem uma área com cerca de 27.779,343 km²
(Alagoas em Mapas, 2014).
De acordo com Assis; Alves; Nascimento (2007); Pereira (2008), os
municípios Alagoanos estão agrupados em três mesorregiões: Mesorregião do
Sertão Alagoano, Agreste Alagoano e Leste Alagoano (Figura 6).

Figura 6 - Mapa de Alagoas com destaque para as mesorregiões: Sertão Alagoano, Agreste
Alagoano e Leste Alagoano.

Fonte: IBGE (2010).

O município de Alagoas apresenta uma precipitação anual que varia de 1.800


a 2.000 mm no litoral e no extremo oeste até 400 mm, com ocorrência de chuvas
entre os meses de maio á julho (inverno) e restante do ano há uma longa estação
seca (ASSIS; ALVES; NASCIMENTO 2007). Devido ao clima e o relevo, a
vegetação no Estado de Alagoas é variada desde matas com cajueiros e
mangabeiras, manguezais, baraúnas, aroeiras, angicos, umbuzeiros, juazeiros,
plantações de coqueiros, e na caatinga são encontrados xiquexiques, mandacarus,
macambiras entre outras (PEREIRA, 2008).
32

3 METODOLOGIA

3.1 Identificação e analise de espécie encontrada na região Agreste.

Este trabalho foi realizado no município de Igaci- AL (Figura 7), que se


estende por 334,5 km² com 25.197 habitantes com a Latitude: 9° 32' 45'' Sul,
Longitude: 36° 40' 15'' Oeste e 273 metros de altitude, tendo como alguns dos
municípios vizinhos: Craíbas, Palmeira dos Índios e Coité do Nóia (IGACI, 2019).
Apresenta clima tropical com menos pluviosidade no inverno e que no verão
apresenta média anual de 1017mm e temperatura média de 24.1°C (ALAGOAS,
2015).

Figura 7- Mapa destacando a região de Igaçi

Fonte: Google Mapas (2019). Disponível em:


https://www.google.com.br/maps/place/Igaci+-
+AL,+57620000/@9.3418587,36.841777,11z/data=!4m5!3m4!1s0x706626f6a52b4a5:0x5e2
cdcd80d6851a1!8m2!3d-9.5287917!4d-36.6741487. Acesso em: 15 jul. 2019.

No dia 23 de Julho de 2017, foi realizada visita à reserva particular


D’Albuquerque’s, localizada o povoado Lagoa do Curral, zona rural, situada a 8 km
de distância do município de Igaci, localizado no agreste Alagoano. A reserva
apresenta uma área de 20 hectares, com uma vegetação de transição, podendo ser
encontradas espécies de Mata Atlântica e de Caatinga. A área foi percorrida, com a
permissão do proprietário, seguindo a metodologia de Cardoso e Israel (2005), em
33

zigue-zague onde foram encontradas populações da família Orchidaceae, onde foi


fotografado, contado o número de indivíduos e coletado apenas um exemplar com
objetivo de preserva a espécie, foi efetuada a observação do material botânico no
estágio de floração. A planta utilizada como suporte pelas orquídeas foi identificada
e anotada, enquanto a espécie coletada foi enviada para identificação por
especialista na flora local do herbário do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas.
Para coleta foram utilizados: câmera fotográfica (Samsung), bloco de
anotações, escada, celular com aplicativo de localização (Google Maps), estilete e
recipiente para armazenamento (Figura 8).

Figura 8 - Mapa de localização geográfica da Reserva D’Albuquerque’s (9º32’09’’ de latitude


e 36º34’59’’ de longitude), na região Agreste do Estado de Alagoas.

Fonte: Google Earth, (2019). Disponível em: https://earth.google.com/web/@-


9.53623375,-36.58331196,347.02422938a,1000d,35y,0h,0t,0r. Acesso em: 10 ago. 2019.
34

3.2 Estudo das orquídeas nativas de Alagoas.

Neste estudo foi realizada, em uma segunda etapa, uma revisão de literatura
sobre a família Orchidaceae, e sua ocorrência no Estado de Alagoas, realizada entre
os meses de abril a agosto de 2019, por meio de consultas em livros encontrados no
meio digital ou na biblioteca da Universidade, na internet por meio de sites como:
Scielo, Portal Capes, Google Acadêmico, abrangendo também monografias,
revistas, dissertações e teses científicas que continham dados sobre a família
Orchidaceae, com ênfase nas espécies nativas de Alagoas, sua distribuição,
importância, conservação e degradação. A busca nos artigos e periódicos foi
realizada empregando as palavras chaves “Família Orchidaceae”, “Levantamento”,
“Nativa” e “Alagoas”.
O método do trabalho de revisão buscou de forma apurada e detalhada
identificar as espécies de orquídeas nativas encontradas no Estado de Alagoas, com
o objetivo de conhecê-las e estudá-las visando contribuir com futuros trabalhos de
preservação destas espécies assim como destacar a importância para futuras
gerações.
35

4 RESULTADO E DISCUSSÃO

4.1 Gênero Catasetum

Na reserva D’Albuquerque’s foi observada e coletada uma espécie orquídea


do gênero Catasetum com total de 77 indivíduos, crescendo sobre Ouricuri (Syagrus
coronata) (figura 9. A e B), numa vegetação de transição de Mata Atlântica e
Caatinga. A espécie encontrada na reserva foi identificada como Catasetum
macrocarpum, sendo esta a primeira ocorrência no município de Igaci. Esta espécie
tinha sido identificada em Alagoas em sete diferentes municípios: Boca da Mata,
Pilar, Maceió, São José da Laje, Murici, Viçosa e Tanque D’arca (Herbário Splink,
2002).
Toscano e Cribb, (2005) encontraram resultados semelhantes, onde
descreveram a ocorrência da espécie Catasetum hookeri, como hospedeira em
Licuri (Syagrus coronata), em vegetação de caatinga, no município de Andaraí,
Bahia.

Figura 9 - A) População de Catasetum com floração, sobre Ouricuri (Syagrus coronata)


em Julho de 2017 e B) População de Catasetum sobre Ouricuri (Syagrus coronata) em
Julho de 2019.

Fonte: A) autora desta monografia, 2017 Fonte: BARBOSA, 2019

A B

Fonte: A autora (2017). Fonte: BARBOSA (2019).


36

Bastos e Van Den Berg, (2012) encontraram Catasetum macrocarpum, na


mata ombrófila na Bahia nos municípios de Cachoeira, Entre Rios, Jussari e
Muritiba. Enquanto Catasetum maranhense foi observada crescendo sobre palmeira
de babaçu, no município de Fernando Falcão, Maranhão (SILVA e FIGUEIREDO,
2006). Em outras regiões do Brasil, também há ocorrência do gênero Catasetum,
(como em Botucatu, São Paulo) espécie Catasetum fimbriatum, encontrada em
floresta estacional semidecidual e cerrado, com hábito epífito (CARDOSO, 2014).
Essa espécie, também foi encontrada no Paraná, nos municípios de Foz do
Iguaçu, Campo Mourão, Guaíra, Luiziana e Pinhão em Floresta Estacional
Semidecidual, Ombrófila Mista e Gramíneo Lenhosa (REIS et al, 2015), também
sendo localizada em Águas de Santa Barbara, município de São Paulo, em áreas
mais seca do cerrado (CARDOSO e ISRAEL, 2005).
A espécie encontrada, (Figura 10, A) foi identificada através das
características morfológicas, tais como tipo de crescimento, disposição das folhas e
flores femininas (Figura 10, B) e flores masculinas (Figura 10, C), feitas por registros
fotográficos, comparando com bibliografias confiáveis (CARDOSO e ISRAEL, 2005).
A amostra foi confirmada e identificada por especialista na flora local, com base em
comparação de exsicatas do herbário do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas.
Catasetum macrocarpum é uma espécie epífita, perene que apresentam
pseudobulbos verdes e alaranjados, que medem aproximadamente entre 6 e 10cm,
com inflorescência levemente curta, ultrapassando ou igual aos pseudobulbos
(TOSCANO e CRIBB, 2005), inflorescência lateral e racemiforme, eretas , pendentes
ou curvadas em arco e com varias flores (REIS et al., 2015), as flores possuem cor
variável, apresentam dimorfsmo sexual, as estaminadas ou não, as sépalas e
pétalas são membranáceas (REIS et al., 2015), as sépalas são amareladas e as
pétalas maculadas de vinho, labelo de cor amarelada, (TOSCANO e CRIBB, 2005),
geralmente côncavo ou plano com ou sem calosidade, coluna apresenta duas
antenas bastante longas e cruzadas (TOSCANO e CRIBB, 2005; REIS et al., 2015),
caudículo desenvolvido e pilinário com duas polínias, (REIS et al., 2015).
37

Figura 10 - A) Aspecto geral do Catasetum macrocarpum, B) flor feminina do Catasetum


macrocarpum e C) Flor masculina do Catasetum macrocarpum.

B Fonte: FURTADO
C (2017)
Fonte: FURTADO (2017)

As flores pistiladas são menos vistosas em relação às anteriores sépalas e


pétalas membranáceas, labelo rijo, coluna curta antenas ausentes
ou com antera atrofiada e caduca (REIS et al., 2015). Folhas planas,
membranáceas, lanceoladas (BASTOS e VAN DEN BERG, 2012; REIS et al., 2015),
atenuadas na base e acuminadas ou agudas no ápice (REIS et al., 2015).
De acordo com Bastos e Van Den Berg (2012), O Catasetum macrocarpum é
uma espécie que com poucos problemas de identificação “Sendo facilmente
reconhecida por suas flores estaminadas não ressupinadas, labelo carnoso com
lobo mediano indefinido, calosidade central entre os lobos laterais eretos e pétalas
com máculas castanhas”, segundo chave de identificação para espécie (Anexo A).
38

Essa espécie tem distribuição de acordo com Barros et al. (2015), Norte,
Nordeste, Sudeste e Centro- Oeste. Em Alagoas tem ocorrência nós municípios de
Boca da Mata, Pilar, Maceió, São José da Laje, Murici, Viçosa e Tanque D’arca
(Herbário MAC). Não existindo registros da ocorrência dessa espécie no município
de Igaçi.

4.2 Orquídeas nativas do Estado de Alagoas

Após revisão de literatura, foram encontradas 98 espécies de orquídeas com


ocorrência no estado de Alagoas, (Lemos et. al. 2010) distribuída em 60 municípios
que são: Viçosa, Murici, Arapiraca, Flexeiras, União dos Palmares, Maceió, São
Miguel dos Campos, Colônia Leopoldina, Ibateguara, Chã Preta, Palmeira dos
índios, Água Branca, Tanque D’arca, Giral do Ponciano, Santana do Ipanema, Mar
Vermelho, Passo do Camaragibe, Marechal Deodoro, Messias, Boca da Mata, Pilar,
São José da Laje, Maravilha, Minador do Negrão, Olho D’água do Casado, Penedo,
Inhapi, Mata Grande, Quebrangulo, Traipu, Matriz do Camaragibe, Pedra Talhada,
Atalaia, Taquarana, Pariconha, Coruripe, São Luiz do Quitunde, Branquinha, Rio
Largo, Joaquim Gomes, Capela, Teotônio Vilela, Feliz Deserto, Satuba, Paripueira,
Piaçabuçu, Cajueiro, Maribondo, Campo Alegre, São Sebastião, Olho D’água das
Flores, Japaratinga, Porto Calvo, Piranhas, Maragogi, Junqueiro, Batalha, Belém,
Poço das Trincheiras e Coqueiro Seco se estendendo do Sertão Alagoano até o
Leste Alagoano, com predominância na região Leste Alagoano (tabela 1).
No total de cinco subfamílias, quatro foram encontradas no Estado de
Alagoas (gráfico 1), sendo estas Epidendroideae, Orchidoideae, Vaniloideae e
Cypripedioideae, exceto a subfamília Apostasioideae que tem ocorrência apenas no
Japão, Malásia, norte da Austrália e sudeste Asiático. A subfamília que apresentou
maior predominância foi a Epidendroideae, como mostra a Gráfico 1, apresentando
76% das espécies, enquanto a de menor ocorrência, 1%, representa a espécie da
subfamília Cypripedioideae.
39

Gráfico 1- Predominância das subfamílias encontradas no Estado de Alagoas.

Fonte: A autora ( 2019).

Quanto ao número de espécies por gênero, o Epidendrum foi citado com


maior diversidade, no total de 13 espécies distribuídos em vários municípios,
seguido dos gêneros: Habenaria (7), Vanilla (6), Cyrtopodium e Notylia (4),
Pleurothallis, Encyclia, Catasetum e Maxillaria (3), Trigonidium, Acianthera,
Campylocentrum, Cattleya, Prosthechea, Sarcoglottis, Rodriguezia, Oncidium,
Octomeria, Polystachya (2) enquanto os gêneros com apenas uma espécie foram
Aspidogyne, Brassavola, Bulbophyllum, Cohniella, Dichaea, Dimerandra, Gomesa,
Gongora, Ionopsis, Isochilus, Jacquiniella, Leochillus, Liparis, Lockhartia lunifera,
Malaxis, Mesadenella, Oeceoclades, Pelexia, Phragmipedium, Prescottia
stachyodes, Psygmorchis, Quekettia, Sacoila, Schomburgkia, Sobralia,
Trichocentrum, Eltroplectris e Zygostates como apresentado na tabela 2 (Apêndice
A).
Dentre as orquídeas com ocorrência no estado de Alagoas, 5 espécies foram
descritas com ameaçadas de extinção, entre elas podemos citar as espécies
Campylocentrum pernambucense, Cattleya granulosa, Cattleya labiata, encontradas
em destaque na tabela em anexo, e Phragmipedium lindleyanum e Pleurothallis
gomesiiferreirae descrita no anexo 1 da Instrução Normativa n° 6 de 23 de Setembro
de 2008 do Ministério do Meio Ambiente, entretanto estas duas últimas não
40

aparecem no Cheklist Flora de Alagoas: Angiospermas. Tais informações mostram a


importância deste levantamento para futuros estudos de identificação e preservação
das espécies nativas, e em especial destas para nossa região.
Resultados semelhantes foram encontrados por Martinelli e Morais (2013), a
espécie Campylocentrum pernambucense além de estar ameaçada de extinção em
Alagoas, também encontram-se ameaçadas de extinção no estado que
Pernambuco, devido à grande pressão antrópica, por meio da expansão agrícola, a
fragmentação de seu hábitat e sua ocorrência restrita.
Cattleya granulosa também apresenta-se ameaçada de extinção nos estados
da Bahia, Paraíba e Rio Grande do Norte, sofrem com perca de seu hábitat, com a
coleta predatória pelo seu valor ornamental, dentre as espécies citadas, Cattleya
labiata têm maior ocorrência de ameaça de extinção em Alagoas, Bahia, Ceará,
Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e São Paulo, por ser uma espécie
explorada para fins comerciais, além de uma histórica ocorrência de devastação, o
que trouxe redução de sua população (MARTINELLI e MORAIS, 2013).
Existem estudos com o intuito de testar métodos de reprodução e
propagação tem como objetivo minimizar as perdas na população e manter a
variedade genética, procurado favorecer o desenvolvimento da parte aérea e do
sistema radicular das plântulas de Cattleya labiata tanto sob condições “in vitro”
como em telado (CORREIA et al. 2012). Com a perda de seu habitat e a baixa
germinação de sementes em ambiente natura, a cultura de tecido da Cattleya labiata
é outro método bastante importante na produção de mudas, em um período de
tempo reduzido e em maior quantidade (DANTAS, 2014)
Avaliando quanto a distribuição das espécies no Estado de Alagoas, pode-se
observar sua distribuição em 60 Municípios (Tabela 2 em apêndice), dos quais
Maceió aparece com maior número de espécies 43, seguido de Muricí (35), Chã
Preta (32), Quebrangulo (27), Viçosa (26), Ibateguara (22) e São José da Laje (20),
enquanto oito municípios apresentaram apenas uma espécie encontrada.
Foi observada maior ocorrência de espécies de orquídeas nos municípios
localizados no Leste Alagoano, com exceção de Quebrangulo, que fica no Agreste
Alagoano (Tabela 1), na região do Leste Alagoano se localiza em área de Mata
Atlântica, que abrange a região costeira do litoral Alagoano e Zona da Mata, com
diversos trechos na região agreste e serrana do sertão, possui uma vegetação com
árvores, arbusto e plantas epífitas que encontram condições apropriadas para
41

sobrevivência (MOURA, 2006). Resultados semelhantes também foram encontrados


por Batista e Bianchetti (2003), onde foi encontrado maior abundancia de orquídeas,
cerca de 73% na Mata Atlântica no Sudeste brasileiro, devido aos aspectos de seu
ecossistema e a maior predominância de espécies epifíticas.

Tabela 1- Número de espécies por município.


Município Região envolvida Quantidade de espécies

1. Maceió Leste Alagoano 43

2. Murici Leste Alagoano 35

3. Chã Preta Leste Alagoano 32

4. Quabrangulo Agreste Alagoano 27

5. Viçosa Leste Alagoano 26

6. Ibateguara Leste Alagoano 22

7. São José da Laje Leste Alagoano 20

8. Marechal Deodoro Leste Alagoano 15

9. União dos Palmares Leste Alagoano 13

10. Tanque D’arca Agreste Alagoano 10

11. Palmeira dos Índios Agreste Alagoano 10

12. São Luiz do Quitunde Leste Alagoano 9

13. Matriz do Camaragibe Leste Alagoano 9

14. Colônia Leopoldina Leste Alagoano 9

15. Boca da Mata Leste Alagoano 8

16. Flexeiras Leste Alagoano 8

17. Mar Vermelho Agreste Alagoano 8

18. Água Branca Sertão Alagoano 7

19. Messias Leste Alagoano 7

20. Minador do Negrão Agreste Alagoano 7

21. Rio Largo Leste Alagoano 7

22. Teotônio Vilela Leste Alagoano 7


42

23. Coruripe Leste Alagoano 7

24. Traipu Agreste Alagoano 7

25. Santana do Ipanema Sertão Alagoano 6

26. Mata Grande Sertão Alagoano 6

27. Arapiraca Agreste Alagoano 5

28. Branquinha Leste Alagoano 5

29. Inhapi Sertão Alagoano 5

30. Maravilha Sertão Alagoano 5

31. Maribondo Agreste Alagoano 5

32. Pilar Leste Alagoano 5

33. Piaçabuçu Leste Alagoano 5

34. Atalaia Leste Alagoano 4

35. Feliz Deserto Leste Alagoano 4

36. Japaratinga Leste Alagoano 4

37. Joaquim Gomes Leste Alagoano 4

38. São Miguel dos Campos Leste Alagoano 4

39. Satuba Leste Alagoano 3

40. Campo Alegre Leste Alagoano 3

41. Giral do Ponciano Agreste Alagoano 3

42. Porto Calvo Leste Alagoano 3

43. Paripueira Leste Alagoano 3

44. Passo do Camaragibe Leste Alagoano 3

45. Taquarana Agreste Alagoano 3

46. Penedo Leste Alagoano 2

47. Pedra Talhada Sertão Alagoano 2

48. Pariconha Sertão Alagoano 2

49. Maragogi Leste Alagoano 2


43

50. Coqueiro Seco Leste Alagoano 2

51. Cajueiro Leste Alagoano 2

52. São Sebastião Agreste Alagoano 2

53. Batalha Sertão Alagoano 1

54. Belém Agreste Alagoano 1

55. Capela Leste Alagoano 1

56. Junqueiro Leste Alagoano 1

57. Olho D’água das Flores Sertão Alagoano 1

58. Olho D’água do Casado Sertão Alagoano 1

59. Piranhas Sertão Alagoano 1

60. Poço das Trincheiras Sertão Alagoano 1

Fonte: Herbário Virtual Splink (2002). Adaptado pela autora (2019).


44

5 CONCLUSÃO

• Há uma grande diversidade de espécies de orquídeas no estado de Alagoas,


coletadas em diferentes municípios, principalmente nos localizados no Leste
Alagoano;
• A espécie encontrada nesta pesquisa foi identificada como Catasetum
macrocarpum, como hospedeira em Ouricuri (Syagrus coronata), descrita
como primeira ocorrência neste Município;
• Fazem-se necessários mais trabalhos nessa área, para que novas espécies
de orquídeas sejam encontradas e descritas, visando à preservação desta
família no estado de Alagoas.
45

REFERÊNCIAS

ALAGOAS. Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento


Econômico. Alagoas em Mapas: material cartográfico. 2. ed. Maceió: SEPLANDE,
2014.

ALAGOAS. Secretaria do Meio Ambiente. Herbário do Instituto do Meio Ambiente


do Estado de Alagoas (MAC). Disponível em://http://inct.splink.org.br. Acesso
em: 05 ago. 2019.

ANACLETO, A.; RAMOS, R. A. S.; JESUS, P. N. F.; PAULA, L. V.; O composto de


marketing e o comportamento de compra dos consumidores de Orquídeas no Litoral
do Paraná. Revista Científica da escola de Gestão e Negócios, n.1, p. 91-104,
2017. Disponível em: https://repositorio.unp.br/index.php/connexio/article/view/1470 .
Acesso em 04 jul. 2019.

ARAÚJO, D.; ARAÚJO, S. História, época de floração, orquídeas por Estado, banco
de dados. Brazilian Orchids. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: http://
http://www.delfinadearaujo.com/page2br.htm. Acesso em: 31 mar. 2019.

ARENAS, M. A. S.; CRIBB, P. P A new infrageneric classification and synopsis of the


Genus Vanilla Plum. Ex Mill. (ORCHIDACEAE: VANILLINAE). Lankesteriana
International Journal On Orchidology, Cartago- Costa Rica, v. 9, n. 3, p.355-398,
jan. 2010. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=44339819003.
Acesso em: 03 jun. 2019.

ASSIS, J. S.; ALVES, A. L.; NASCIMENTO, M.C. Atlas Escolar Alagoas: espaço
geo-histórico e cultural. v.3. João Pessoa: Editora Grafser Ltda, 2007.

BARBERO, A. P. P. Morfologia das sementes e influência do déficit hídrico na


germinação em espécies de Pleurothallidinae (Orchidaceae). 2010. 94f. Tese
(Doutorado em Biodiversidade vegetal e meio ambiente) – Instituto de Botânica e
Secretaria do meio Ambiente, São Paulo, 2010. Disponível em:
https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/institutodebotanica/2010/01/morfol
ogia-das-sementes-e-influencia-do-deficit-hidrico-na-germinacao-em-especies-de-
pleurothallidinae-orchidaceae/. Acesso em: 09 jun. 2019.

BARBOSA, J. V. de A. Catasetum. 2019. 1 fotografia.

BARROS, F. D.; VINHOS, F.; RODRIGUES, V.T.; BARBERENA, F.F.V.A.; FRAGA,


C.N.; PESSOA, E.M.; FORSTER, W.; MENINI, N. L.; FURTADO, S.G.; NARDY, C.;
AZEVEDO, C.O.; GUIMARÃES, L.R.S. Orchidaceae. In: LISTA DE ESPÉCIES DA
FLORA DO BRASIL. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2015. Disponível em:
http://reflora.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB179. Acesso em: 26 Jun. 2019.

BARROS, F. Diversidade taxonômica e distribuição geográfica das Orchidaceae


brasileiras. Acta Botanica Brasilica. v. 4, n. 1, p.177-187, 1990.
46

BARROS, F.; PINHEIRO, F.; LOURENÇO, R. A.. Orquídeas: algo mais que belas flores. In:
BARBIERI, Rosa Lía; STUMPF, Elisabeth Regina Tempel (org.). Origem e evolução de
plantas cultivadas. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2008. p. 619-649.

BASTOS, C.A.; VAN DEN BERG, C. Flora da Bahia: Catasetum (Orchidaceae).


Sitientibus série Ciências Biológicas. v. 1, p 83–89. 2012.

BATISTA, J. A. N.; BIANCHETTI, L. de B. Lista atualizada das orchidaceae do


Distrito Federal. Acta Bot. Bras., Brasilia, v. 17, n. 2, p.183-201, jun. 2002.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abb/v17n2/a03v17n2.pdf. Acesso em: 20
ago. 2019.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instrução Normativa nº6 de 23 de


setembro de 2008. Lista oficial de espécies brasileiras ameaçadas de extinção.
Disponível em: http://www.ibama.gov.br/documento/lista-de-especies-
ameaçadasdeextincao. Acesso em: 01 maio 2019.

CAMPOS, R.; PÉRICLES, C.; TENÓRIO, D. A. Enciclopédia: Municípios de


Alagoas. 2. ed. Maceió: Instituto Arnon de Melo, 2006.

CANTUÁRIA, P. de C.; FREITAS, J. da L.; SILVA, R. B. L.; CANTUÁRIA, M. F.


Percepção ambiental da Família Orchidaceae em sistemas agroflorestais de
agricultores familiares no Igarapé Mutuacá, Mazagão, Amapá, Brasil. Biota
Amazônia, Macapá, v. 4, n. 3, p.119-124, jul. 2014. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v4n3p119-124. Acesso em: 18
maio 2019.

CARDOSO, J. C. Levantamento de espécies da família Orchidaceae em Botucatu:


potencial ornamental e cultivo. Horticultura Brasileira, Bahia, v. 32, n. 1, p.7-13,
mar. 2014.

CARDOSO, J. C.: ISRAEL, M. Levantamento de espécies da família Orchidaceae


em Águas de Sta. Bárbara (SP) e seu cultivo. Horticultura Brasileira, Brasília, v.23,
n.2, p.169-173, jun. 2005.

CASTELLANOS. C.; TORRES, G. Orquídeas de Cundinamarca: conservación y


aprovechamiento sostenible. Bogotá D.C.: Zetta comunicadores S.A, 2018.

CASTILLO, N. F. O. Efecto de hongos endófitos de orquídeas del grupo


Rhizoctonia y otros endófitos cultivables sobre el desarrollo de plantas de
Vanilla planifolia JACKS. 2012. 73 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Agrárias)
- Universidad Nacional de Colombia, Colombia, 2012. Disponível em:
http://www.bdigital.unal.edu.co/6760/1/52518492.2012.pdf. Acesso em: 13 jun. 2019

CHASE, M. W. ;CAMERON, K. M.; FREUDENSTEIN, J. V; PRIDGEON, A. M.;


SALAZAR, G.; VAN DEN BERG, C.; SCHUITEMAN, A. An updated classification of
Orchidaceae. Botanical Journal Of The Linnean Society, Oxford, v. 177, n. 2,
p.151-174, fev. 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1111/boj.12234. Acesso em:
23 abr. 2019.
47

CHASE, M. W.; WILLIAMS, N. H.; FARIA, A. D. de.; NEUBIG, K. M.; AMARAL, M. do


C. E.; WHITTEN, W. M. Floral convergence in Oncidiinae (Cymbidieae;
Orchidaceae): an expanded concept of Gomesa and a new genus
Nohawilliamsia. Annals Of Botany, Oxford Universit, v. 104, n. 3, p.387-402, mar.
2009. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/24257867_Floral_convergence_in_Oncidiin
ae_Cymbidieae_Orchidaceae_An_expanded_concept_of_Gomesa_and
a_new_genus_Nohawilliamsia. Acesso em: 13 maio 2019.

CHRISTENHUSZ, M.J.M.; BYNH, J.W. The number of known plant species in the
world and its annual increase. Phytotaxa, v.261, p. 201–217, 2016.

COLLA, F. B. Distribuição e conservação de orquídeas terrestres em florestas


subtropicais brasileiras. 2014. 49 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) –
Programa de Pós- Graduação em Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2014.

COLOMBO, L. A.; FARIA, R. T. de; ASSIS, A. M. de.; FONSECA, I. C. B.


Aclimatização de um híbrido de Cattleya em substratos de origem vegetal sob dois
sistemas de irrigação. Acta Scientiarum, Maringá, v. 27, n. 1, p.145-150, jan. 2005.
Disponível em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciAgron/article/view/2134. Acesso em:
13 maio 2019.

CORREIA, D.; ARAÚJO, J. D. M.; NASCIMENTO, E. H. S. do.; SILVA, J. M. T. da


J.; BESSA, M. C. Otimização da produção de mudas de Cattleya labiata: efeito da
sacarose no crescimento In Vitro e na aclimatização. Embrapa. Fortaleza. v. 38, p.
1-8, out. 2012. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-publicacoes/-
/publicacao/951937/otimizacao-da-producao-de-mudas-de-cattleya-labiata-efeito-da-
sacarose-no-crescimento-in-vitro-e-na-aclimatizacao. Acesso em: 23 maio 2019.

DANTAS, M. de A. Aspectos fisiológicos e bioquímicos da morfogênese in vitro


de Dendrobium phalaenopsis e Cattleya labiata. 2014. 66 f. Dissertação
(Mestrado em Botânica) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2014.

ENGELS, M. E. ; ROCHA, L. C. F. Vanilla appendiculata (Orchidaceae): primeiro


registro para o estado do Mato Grosso, Brasil. Rodriguésia: Revista do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, v. 63, n. 3, p.855-858, jan. 2016.
Disponível em: dx.doi.org/10.1590/2175-7860201667323. Acesso em: 07 abr. 2019.

ENGELS, M. E. A subtribo goodyerinae (orchidaceae: orchidoideae) no Estado


do Paraná, Brasil. 2014. 180 f. Dissertação (Mestrado em Botânica) - Universidade
Federal do Paraná, Curitiba, 2014.Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2175-78602016000400917.
Acesso em: 24 jul. 2019.

FARIA, R. T. de.; COLOMBO, R. C. Oncidium: a orquídea em expansão no cenário


florícola. Horticultura Brasileira, Vitoria da Conquista,
v. 33, n.4, p. 1-2, dez. 2015. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-
053620150000400022. Acesso em: 23 maio 2019.
48

FERREIRA, T. Orquídeas rupícolas, humícolas e saprófitas: guia completo. 2018.


Disponível em: https://orquideasblog.com/orquideas-rupicolas-humicolas-saprofitas/.
Acesso em: 20 jul. 2019.

FRANCO, V. Segredo das orquídeas. Revista Planeta, São Paulo, n. 424, p.8-10,
2008. Disponível em: https://www.revistaplaneta.com.br/o-segredo-das-orquideas/.
Acesso em: 18 jul. 2019.

FULOP, D. Biomechanics, pollination, and evolution of Catasetum (Catasetinae,


Orchidaceae). 2009. 152 f. Master's (Degree in Biology) - The Department Of
Organismic And Evolutionary Biology, Universidade de Harvard, Massachusetts,
2009. Disponível em:
https://search.proquest.com/openview/bff89a06d56fd0a06d0b451bb3d81ec7/1?pq-
origsite=gscholar&cbl=18750&diss=y. Acesso em: 25 jun. 2019.

FURTADO, S. G.. Epífitas vasculares em um fragmento de floresta ombrofila


mista na serra da Mantiqueira, Minas Gerais, Brasil. 2013. 48 f. TCC (Graduação
em Ciências Biológicas) - Departamento de Botânica, Universidade Federal de Juiz
de Fora, Juiz de Fora, 2013. Disponíval em:
https://www.researchgate.net/publication/283054087_epifitas_vasculares_da_florest
a_ombrofila_mista_na_serra_da_mantiqueira_minas_gerais_brasil. Acesso em: 29
abril 2019.

GOOGLE EARTS- MAPAS. Disponível em: https://earth.google.com/web/@-


9.53623375,-36.58331196,347.02422938a,1000d,35y,0h,0t,0r. Acesso em: 10 ago.
2019.

GOOGLE MAPAS. Disponível em: https://www.google.com.br/maps/place/Igaci+-


+AL,+57620000/@9.3418587,36.841777,11z/data=!4m5!3m4!1s0x706626f6a52b4a5
:0x5e2cdcd80d6851a1!8m2!3d-9.5287917!4d-36.6741487. Acesso em: 15 jul. 2019.

GOVAERTS, R. World checklist of Orchidaceae. Kew Science. 2003. Disponível em:


http://wcsp.science.kew.org/acceptedRef.do?name_id=211829. Acesso em: 20 jul.
2019.

GRAVENDEEL, B.; SMITHSON, A.; SLIK, F. J. W.; SCHUITEMAN, A. Epiphytism


and pollinator specialization: drivers for orchid diversity? Philosophical
Transactions of the Royal Society of London, London, v. 359, p. 1.523-1.535,
2004

GUIMARÃES, R. S. Flora da Serra do Cipó (Minas Gerais, Brasil): orchidaceae –


subfamília vanilloideae e subtribos dendrobiinae, oncidiinae, maxillariinae (subfamília
epidendroideae), oodyerinae, spiranthinae e cranichidinae (subfamília
orchidoideae). 2010. 150 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Vegetal e Meio
Ambiente) - Instituto de Botânica da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, São
Paulo, 2010. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/bolbot/article/view/11798.
Acesso em: 19 maio 2019.
49

GUSTAFSSON, A. L. S.; VEROLA, C. F.; ANTONELLI, A. Reassessing the temporal


evolution of orchids with new fossils and a Bayesian relaxed clock, with implications
for the diversification of the rare South American genus Hoffmannseggella
(Orchidaceae: Epidendroideae). BMC Evolutionary Biology,v.10, p.1-19. 2010

HERMOSO, E. L. Padrão de distribuição espacial de Vanilla bahiana Hoehne


(Orchidaceae) no Parque das Dunas, Salvador, Brasil. 2015. 45f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Bacharelado em Biologia) - Universidade Federal da Bahia,
Salvador, BA. 2015. Disponível em:
http://unidunas.com.br/downloads/Trabalho%20final%20Padr%C3%A3o%20de%20d
istribui%C3%A7%C3%A3o%20espacial%20da%20Vanilla%20bahiana%20-
%20AGOSTO-2015.pdf. Acesso em: 16 maio 2019.

HOMMA, A. K. O.; MENEZES, A. J. E. A.; MATOS, G. B. de. Cultivo de baunilha:


uma alternativa para a agricultura familiar na Amazônia. Embrapa Amazônia
Oriental, Belém: PA, 2006. 24p. ISSN 1517-2201, 254.

IGACI. Cidades - Brasil, 2019. Disponível em: https://www.cidade-


brasil.com.br/municipio-igaci.html" title="Município de Igaci">Município de Igaci</a> .
Acesso em: 14 jun. 2019.

JERSÁKOVA, J.; TRÁVNÍCEK, P.; KUBÁTOVÁ, B.; KREJCÍKOVÁ, J.; URFUS, T.;
LIU, Z. J.; LAMB, A.; PONERT, J.; SCHULTE, K.; CURN, J. V.; LEITCH, I. J.; SUDA,
J. Genome size variation in Orchidadeae: filling the phylogenetic gap. Revista
Botânica da Sociedade Lineana, v. 172, Ed. 1, p. 95–105, 2013. Disponível em:
https://doi.org/10.1111/boj.12027. Acesso em: 09 abr. 2019

JUDD, W.S.; CAMPBELL, C.S.; KELLOGG, E.A.; STEVENS, P.F.; DONOGHUE,


M.J. Sistemática vegetal: um enfoque filogenético. 3. ed. Porto Alegre: Artmed,
2009.

KERSTEN, R. de A. Epíftas vasculares – Histórico, participação taxonômica e


aspectos relevantes, com ênfase na Mata Atlântica. Hoehnea, Paraná, v.39, n. 1, p.
9-38, jan. 2010.

KOCYAN, A.; QIU, Y-L.; ENDRESS, P.K.; CONTI, E. A phylogenetic analysis of


Apostasioideae (Orchidaceae) based on ITS, trnL-F and matK sequences. Austria,
Plant Systematics and Evolution, v. 247, n. 3, 2004. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/226751643_A_phylogenetic_analysis_of_A
postasioideae_Orchidaceae_based_on_ITS_trnLF_and_matK_sequences. Acesso
em: 08 abr. 2019.

LEMOS, R. P. de L.; MOTA, M. C. da S.; CHAGAS, E. C. de O. SILVA, F. C. da.


Checklist Flora de Alagoas: Angiospermas. Maceió: Instituto do Meio Ambiente de
Alagoas Herbário Mac, 2010.

LONE, A. B.; BARBOSA, C. M.; TAKAHASHI, L. S. A.; FARIA, R. T.


de. Aclimatização de Cattleya (Orchidaceae), em substratos alternativos ao xaxim e
ao esfagno. Acta Sci., Agron. v.30, n.4, p.465-469, 2008. ISSN 1807-8621.
50

Disponível em: http://dx.doi.org/10.4025/actasciagron.v30i4.5299. Acesso em: 23


maio 2019.

LOPES, E. M.; LINHARES, R. G.; PIRES, L. de O.; CASTRO, R. N.; SOUZA, G. H.


M. F.; KOBLITZ, G. B.; CAMERON, L. C.; MACEDO, A. F. Vanilla bahiana, a
contribution from the Atlantic Forest biodiversity for vanilla: A proteomic approach
through high-definition nanoLC/MS. Food Research International, v. 120. 2019.
Disponivel em:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0963996919301267. Acesso em:
13 abr. 2019.

MACEIÓ. Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio. Perfil


Municipal, Maceió, Ano 3, n. 3, 2015.

MARTINELLI, G.; MORAES, M. D. (Org.). Livro vermelho da flora do Brasil. Rio de Janeiro:
Andrea Jakobsson, 2013. v. 1.

MENINI, L. N. Orquídeas Terrestres, Beleza pouco conhecida. Revista Orquidário,


Rio de Janeiro, v. 22, n. 34, p.85-92, jan. 2008. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/260555122_Orquideas_terrestres_beleza_
pouco_conhecida. Acesso em: 23 maio 2019.

MORAES, M. C. Estudo biotecnológico, citogenético e molecular em espécies


de orquídeas endêmicas da flora brasileira. 2014. 67 f. Dissertação (Mestrado em
Biociência) - Universidade Estadual Paulista, Assis, 2014.

MOURA, F. de B. P. Introdução: conceito, abrangência e principais ameaças à Mata


Atlântica brasileira. In: MOURA, Flávia de Barros Prado. A Mata Atlântica em
Alagoas. Maceió: Edufal, 2006. p. 07-18.

NEVES, J. P. Muito além do xaxim. 2008. Disponível em:


https://www.academia.edu/16092528/MUITO_AL%C3%89M_DO_XAXIM_-
_Orquideas. Acesso em: 14 jun. 2019.

NEVES, M. I. R. da S. das. Propagação in vitro de orquídeas nativas de Alagoas


Prosthechea fragrans e Maxillaria splendens. 2010. 26 f. TCC (Graduação
Agronomia) - Universidade Federal de Alagoas, Rio Largo, 2010. Disponível em
http://www.ufal.edu.br/unidadeacademica/ceca/pt-
br/graduacao/agronomia/documentos/tcc/tcc-
2011/Maria%20Inajal%20R.S%20das%20Neves.pdf. Acesso em 13 abr. 2010

ORCHIDACEAE. In: Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio


de Janeiro. Disponível em: http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB12347.
Acesso em: 06 jul. 2019

PACHECO, S. M. V.; DAMASIO, F. Vanilina: origem, propriedades e


produção. Química e Sociedade, Santa Catarina, v. 32, n. 4, p.215-219, nov. 2010.

PANT, B. Medicinal orchids and their uses: Tissue culture a potential alternative for
conservation. African Journal Of Plant Science, Nepal, p. 448-467. ago. 2013.
51

Disponível em: https://academicjournals.org/article/article1381822891_Pant.pdf.


Acesso em: 25 jun. 2019.

PEMBERTON, R. W. Pollination of Slipper Orchids (Cypripedioideae): a


Review. Lankesteriana International Journal On Orchidology, Costa Rica, v. 13,
n. 1-2, p.65-74, ago. 2013. Disponível em:
http://www.redalyc.org/pdf/443/44340043008.pdf. Acesso em: 04 maio 2019

PEREIRA, Guilherme. Alagoas: geografia. São Paulo: Ftd, 2008.

PESSANHA, A. S.; MENINI, N. L.; FORZZA, R. and N. C.; Marcelo. Composition


and conservation of Orchidaceae on an inselberg in the Brazilian Atlantic Forest and
floristic relationships with areas of Eastern Brazil. Rev. biol. trop. v. 62, n.2, p. 829-
841, 2014. ISSN 0034-7744.

PINHEIRO, P. M.; NAVARRO, D. M. do A. F.; DOTTER, S.; CARVALHO, A. T.;


PINTO, C. E.; AYASSE, M.; SCHLINDWEIN, C. Pollination biology in the dioecious
orchid Catasetum uncatum: How does floral scent influence the behaviour of
pollinators? Phytochemistry: Science Derect, v. 116, p.149-161, ago. 2015.
Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.phytochem.2015.02.027. Acesso em: 01 jun.
2019.

PRIDGEON, A. M. et al. Genera Orchidacearum. Oxford: Oxford University Press,


2009. v. 5 (Epidendroideae; Part II).

PRIDGEON, A.M.; CRIBB, P.J.; CHASE, M.W.; RASMUSSEN, F.N. (eds.). Genera
Orchidacearum. v.4. New York: Oxford University Press, 2005.

RAVEN, P. H.; EVERT, R. F.; EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2010.

REECE, J. B.; URRY, L. A.; CAIN, M. L.; WASSERMAN, S. A.; MINORSKY, P. V.;
JACKSON, R. B. Biologia de CAMPBELL. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.

REIS, J. N. P. Cultivo de orquídeas: uma opção à agricultura familiar?. In:


ENCONTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ECONOMIA ECOLÓGICA, 9. 2011,
Brasília. Anais [...]. Brasília, 2011.

REIS, M. M.; ENGELS, M. E.; BENELLI, A. P.; SMIDTL, E. de C. O gênero


Catasetum Rich. ex Kunth (Orchidaceae, Catasetinae) no Estado do Paraná,
Brasil. Hoehnea, São Paulo, v. 42, n. 1, p.185-194, jan. 2015. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2236-
89062015000100185&lng=pt&tlng=pt. Acesso em: 01 ago. 2019.

RENATO, L. A história das orquídeas. 2016. Disponível em:


https://www.orquideas.eco.br/historia-das-orquideas/. Acesso em: 17 jul. 2019

ROCHA. G. O.E; DUQUE. S. J.A. Unidades de Manejo para la Conservación de la


Vida Silvestre con Enfoque en Orquídeas (Orchidaceae). AP Agro Productividad,
Cidade de México, v. 10, n. 6, p.62-65, maio 2017. Disponível em: http://revista-
52

agroproductividad.org/index.php/agroproductividad/article/view/1040. Acesso em: 12


jun 2019.

RODRIGUES, V. T. Orchidaceae Juss: aspectos morfológicos e taxonômicos.


Instituto de Botânica, 2011. Disponível em;
http://www.biodiversidade.pgibt.ibot.sp.gov.br/Web/pdf/Orchidaceae_Juss_Aspectos
_Morf ologicos_e_Taxonomicos_Vinicius_Trettel_Rodrigues.pdf. Acesso em: 28 mar.
2019.

RODRIGUES, W. S. distribuição vertical de orquídeas epífitas da Região de


Pinheiro (MA) e arredores. 2017. 38 f. TCC (Graduação em Ciências Naturais) -
Universidade Federal do Maranhão, Pinheiro, 2017. Disponível em:
https://monografias.ufma.br/jspui/handle/123456789/2401. Acesso em 13 agos.
2019.

SHIRAKI, J. N.; DIAZ, E. M. Orquídeas. São Paulo: Prefeitura de São Paulo, 2012.

SILVA, G. S. da; FIGUEIREDO, M. B. Catasetum maranhense, um novo hospedeiro


de Sphenospora kevorkianii (Uredinales). Summa Phytopathol, Botucatu, v. 32, n.
2, p.196-197, jun. 2019. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-54052006000200020.
Acesso em: 23 jul. 2019.

STANCATO, G. C. ; VEGRO, C. L. R. ; BEMELMANS, P. F. Produção de mudas de


orquídeas a partir de sementes in vitro e sua viabilidade econômica: estudo de caso. Revista
Brasileira de Horticultura Ornamental , Campinas, v. 7, n.1, p. 25-33, 2001.

STUNTZ, S.; SIMON, U.; ZOTZ, G. Rainforest air-conditioning: the moderating


influence of epiphytes on the microclimate in tropical tree crowns. International
Journal Of Biometeorology, 1432-1254, v. 46, n. 2, p.53-59, maio 2002. Disponível
em: https://doi.org/10.1007/s00484-001-0117-8. Acesso em: 18 abr. 2019.

TOSCANO, D. B.; A.L.V.; CRIBB, P. Orquídeas da Chapada Diamantina.


São Paulo: Nova Fronteira, 2005.

TOSCANO, L. A. B.; MORAES, M. M. Hábitat, fruto e semente, importância


econômica: saiba mais sobre as orquídeas. Rio de Janeiro, 2002. Disponível em:
http://www.jbrj.gov.br/saibamais/orquideas. Acesso em: 29 mar. 2019.

UNRUH, S. A.; MCKAIN, R. M.; LEE, Y.;YUKAWA, T.; MCCORMICK, M. K.;


SHEFFERSON, R. P.; SMITHSON, A.; MACK, J. H. L.; PIRES, J. C.
Phylotranscriptomic analysis and genome evolution of the Cypripedioideae
(Orchidaceae). American Journal Of Botany. America, p. 631-640. abr. 2018.
Disponível em: https://doi.org/10.1002/ajb2.1047. Acesso em: 23 maio 2019.

VAN DEN BERG, C.; AZEVEDO, C. O. Orquídeas. In: JUNCÁ, F. A.; FUNCH L.;
ROCHA, W. (org.) Biodiversidade e conservação da Chapada Diamantina.
Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005. p. 195-208.
53

VENTURA, G. M. Cultivo IN VITRO de orquídeas do gênero Cattleya, em


diferentes meios de cultura e irrradiância. 2007. 110 f. Tese (Doutorado em
Fitotecnia) - Programa Pós- Graduação em Fitotecnia, Universidade Federal de
Viçosa, Viçosa, 2007. Disponível em:
https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/1084/texto%20completo.pdf?s
equence=1&isAllowed=y. Acesso em: 13 jun. 2019.

WOLFGANG, J. Mimicry to effect pollination and dispersal. 2019. Disponível em:


https://www.britannica.com/science/mimicry#ref362313. Acesso em: 13 abr. 2019.

YAMAKI, J. K.; FARIA, R. T. de; ASSIS, A. M. de.; OLIVEIRA L. V. R. Cultivo de


Cattleya Lindley (Orchidaceae) em substratos alternativos ao xaxim. Acta
Scientiarum, Maringá, v. 28, n. 4, p.523-526, dez. 2006. Disponível em:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciAgron/article/view/930/457. Acesso
em: 12 jun. 2019.

ZANELLO, C. A. Propagação IN VITRO de orquídeas Phalaenopsis por


seguimento de inflorescência e embriogênese somática. 2018. 77 f. Dissertação
(Mestrado em Produção Vegetal e Bioprocessos Associados) - Universidade Federal
de São Carlos, Araras, 2018. Disponível em:
https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/10325?show=full. Acesso em: 10 jul. 2019.
APÊNDICE A - Tabela 2. Orquídeas encontradas na flora de Alagoas. 54

Nº Espécies Classificador Subfamília Nº de Região encontrada Coletor principal Local


ocorr e número da de depósito
ência coleta
1. Acianthera glumacea Pridgeon e Epidendroideae 3 Viçosa (1), Murici (1) e Chagas-Mota/ MAC e UFP
(Lindl.) M.W.Chase Arapiraca (1). 7351
2. Acianthera ochreata Pridgeon & Epidendroideae 5 Flexeiras (2), União dos Chagas-Mota/ MAC
(Lindl.) M.W.Chase Palmares (1), Viçosa (1) e 7233
Maceió (1).
3. Aspidogyne foliosa (Poepp. e Orchidoideae 12 São Miguel dos Campos (3), Chagas-Mota/ MAC, IPA e
Endl.) Garay Muruci (4) Colonia de 1682 UFP
Leopoldina (2), Ibateguara (2)
e Chã Preta(1).
4. Brassavola Hook Epidendroideae 4 Palmeira dos Índios (2), Água Chagas-Mota/ MAC
tuberculata Branca(1) e Tanque 2335
D’arca(1).
5. Bulbophyllum Rolfe Epidendroideae Chagas-Mota/
sanderianum 7654
6. Campylocentrum Rolfe Epidendroideae 14 Girau do Ponciano(1), Chagas-Mota/144 MAC e UFP
micranthum Maceió(2), Santana do
Ipanema(1), Mar
55

Vermelho(3), Murici (2), Chã


Preta(3), Ibateguara (1) e
Passo do Camaragibe(1).
7. *Campylocentrum Hoehne Epidendroideae 2 Murici (1) e Ibateguara (1). Chagas-Mota/ MAC
pernambucense 3413
8. Catasetum discolor Lindl. Epidendroideae 7 Marechal Deodoro (5), Chagas-Mota/ MAC e IPA
Messias(1) e Maceió(1). 5352
9. Catasetum Rich. ex Kunth Epidendroideae 7 Boca da Mata (1), Pilar (1), Chagas-Mota/ 34 MAC
macrocarpum Maceió (1), São José da Laje
(1), Murici (1), Viçosa (1) e
Tanque D’arca (1).
10. Catasetum uncatum Rolfe Epidendroideae 14 Maravilha (1), Minador do G.L.Esteves/875 MAC
Negrão (2), Santana do
Ipanema (3), Tanque D’arca
(1), Olho D’água do Casado
(1), Penedo (1), Água Branca
(2), Palmeira dos Índios (1),
Inhapi (1) e Mata Grande(1).
11. *Cattleya granulosa Lindl. Epidendroideae 6 Boca da Mata (1), Chã Preta Chagas-Mota/ MAC
(1), União dos Palmares (1), 159
56

Maceió (1), Viçosa (1) e


Flexeiras (1).
12. *Cattleya labiata Lindl. Epidendroideae 17 Quebrangulo (7), Mar Chagas- MAC e JPB
Vermelho (3), Chã Preta (1), Mota/3285
Palmeira dos Índios (1),
Maceió (2), Traipu (1),
Maravilha (1), São José da
Laje (1).
13. Cohniella cebolleta (Jacq.) Epidendroideae Chagas-Mota/96 MAC
Christenson
14. Cyrtopodium aliciae L.Linden & Epidendroideae 3 Inhapi (1), Mata Grande (1) e Chagas- MAC
Rolfe Água Branca (1). Mota/2936
15. Cyrtopodium flavum Link & Otto ex Epidendroideae 51 São Miguel dos Campos (1), Chagas-Mota/ MAC, UFP,
Rchb. Murici (5), Ibateguara (4), 115 JPB, IPA e
Maceió (4), Quebrangulo (11), NYBG
Viçosa (1), Marechal Deodoro
(7), Chã Preta (3), Matriz do
Camaragibe (7), Maravilha
(2), Pedra Talhada (1),
Tanque D’arca (1), Boca da
57

Mata (1), Atalaia (1), União


dos Palmares (1) e
Taquarana (1).
16. Cyrtopodium holstii L.C.Menezes Epidendroideae 8 Marechal Deodoro (4), Chagas-Mota/ MAC, UFP e
Maravilha (1), Pariconha (1) e 1853 HUEFS
Arapiraca (2).
17. Dichaea panamensis Lindl Epidendroideae 40 Viçosa (1), Quebrangulo (6), R.P.Lyra-Lemos/ MAC, IPA,
Colônia Leopoldina (2), 2642 JPB, UFP,
Maceió (3), Ibateguara (4), CEPEC e
União dos Palmares (3), EAN.
Murici (7), Coruripe (2), São
Luiz do Quitunde (2), São
José da Laje (3), Branquinha
(1), Rio Largo (2), Pilar (1),
Passo do Camagibe (1),
Joaquim Gomes (1) e Capela
(1).
18. Dimerandra (G.Mey.) Epidendroideae 20 Viçosa (7), Flexeiras (2), R.P.Lyra-Lemos/ MAC, IPB e
emarginata Hoehne Maceió (1), Murici (3), São 7590 UFP
Luiz do Quitunde (1), São
58

José da Laje (1), Branquinha


(1), Rio Largo (1), Pilar (1),
Teotônio Vilela (1), Mar
Vermelho (1).
19. Eltroplectris calcarata (Sw.) Garay & Orchidoideae 4 Maceió (2), Feliz Deserto (1), Chagas/Mota, MAC
H.R.Sweet Marechal Deodoro (1). 5562
20. Encyclia advena (Rchb.f.) Porto Epidendroideae 7 Quebrangulo (4), Murici (2) e Chagas/Mota, MAC
& Brade Maceió (1). 161
21. Encyclia bohnkiana V.P.Castro & Epidendroideae 4 Maceió (1), Murici (1), Chagas-Mota/ MAC e SP
Campacci Messias (2). 5563
22. Encyclia oncidioides (Lindl.) Schltr. Epidendroideae 7 União dos Palmares (2), Chagas-Mota/ MAC, IPA,
Quebrangulo (2), Viçosa (1), 221 JBP e UFP
Palmeira dos Índios (1), Boca
da Mata(1).
23. Epidendrum avicula Lindl. Epidendroideae 8 União dos Palmares (1), Chagas-Mota/ MAC
Quebrangulo (1), Viçosa (2), 204
Chã Preta (2), São José da
Laje (1) e Mar Vermelho (1).
24. Epidendrum Salzm Epidendroideae 33 Satuba (4), Quebrangulo (1), M.N.Rodrigues MAC, UFP,
cinnabarinum Colônia Leopoldina (1), /1713 HUEFS, IPA
59

Maceió (9), Ibateguara (2), e CEPEC


União dos Palmares (1),
Murici (2), Coruripe (1),
Paripueira (1), São José da
Laje (1), Taquarana (1), Rio
Largo (1), Boca da Mata (1),
Matriz do Camagibe (1),
Piaçabuçu (3), Atalaia (1),
Marechal Deodoro (1) e
Teotônio Vilela (1).
25. Epidendrum Lindl Epidendroideae 7 Quebrangulo (3), Pedra Chagas- MAC e UFP
densiflorum Talhada (1), Muruci (2), Mota/2703
Cajueiro (1).
26. Epidendrum difforme Jacq. Epidendroideae 14 Tanque D’arca (1), Chagas-Mota/13 MAC e UFP
Quebrangulo (1), Colônia
Leopoldina (1), Maribondo
(1), Ibateguara (1), União dos
Palmares (1), Murici
(1),Viçosa (2), Chã Preta (1),
Mar Vermelho (2), Pilar (1) e
60

Teotônio Vilela (1).


27. Epidendrum Lindl. Epidendroideae 1 Mar Vermelho (1) Chagas-Mota/ MAC
imatophyllum 4840
28. Epidendrum Jacq. Epidendroideae 14 Maceió (6), Ibateguara (1), A.I.L.Pinheiro/ MAC e UFP
nocturnum Chã Preta (2), Murici (3), 319
Quebragulo (1) e Branquinha
(1)
29. Epidendrum Salzm. ex Epidendroideae 12 Marechal Deodoro (9), R.P.Lyra-Lemos/ MAC e
orchidiflorum Lindl. Piaçabuçu (1) e Maceió (2). 4518 HbVirtFIBras
30. Epidendrum Cogn. Epidendroideae Chagas-Mota/
pernambucense 3413
31. Epidendrum rigidum Jacq. Epidendroideae 13 Rio Largo (1), Viçosa (4), São Chagas-Mota/ 47 MAC, UFP e
José da Laje (1), Flexeiras CEPEC.
(2), Murici (3), Maceió (1) e
São Luiz do Quitunde (1).
32. Epidendrum Jacq. Epidendroideae 4 Mata Grande (2) e Tanque Chagas-Mota/ MAC e
secundum D’arca (2) 4844 HTSA
33. Epidendrum Rchb.f. Epidendroideae 5 Chã Preta (2), Murici (1), Chagas-Mota/ MAC
strobiliferum Viçosa (1) e Atalaia (1). 3206
34. Epidendrum Lindl Epidendroideae 3 Flexeiras (1), Maceió (1) e . Chagas-Mota/ MAC e UFP
61

vesicatum Murici (1). 41


35. Epidendrum Lindl. Epidendroideae 9 Chã Preta (4) e Quebrangulo Chagas-Mota/ MAC
xanthinum (5). 3243
36. Gomesa recurva Lodd 2 Quebrangulo (1) Chagas-Mota/ MAC
7621
37. Gongora Ruiz & Pav. Epidendroideae 1 Murici (1). Chagas-Mota, MAC
quinquenervis 3395
38. Habenaria Barb.Rodr. Orchidoideae 16 Viçosa (2), Chã Preta (1), R.P.Lyra-Lemos/ MAC
cryptophila Quebrangulo (4), Maribondo 927
(2), Campo Alegre (1),
Minador do Negrão (1),
Santana do Ipanema (1),
Matriz do Camaragibe (1),
Tanque D’arca (1), Murici (1)
e Palmeira dos índios (1).
39. Habenaria Cogn. Orchidoideae 5 Maceió (2), Quebrangulo (1), Chagas-Mota/ 22 MAC
goyazensis São José da Laje (1) e
Paripueira (1)
40. Habenaria obtusa Lindl. Orchidoideae 3 Chã Preta (1) Chagas-Mota/ MAC
4427
62

41. Habenaria parviflora Lindl Orchidoideae 1 Marechal Deodoro (1) Chagas-Mota/ MAC
5386
42. Habenaria petalodes Lindl. Orchidoideae 25 Chã Preta (3), Tanque D’arca Chagas-Mota/ 24 MAC, JPB,
(1), Quebrangulo (8), São HVASE e
José da Laje (1), Maceió (2), UFP
Ibateguara (2), União dos
Palmares (2), Traipu
(1),Coruripe (1), Campo
Alegre (1), Rio Largo (1) e
Água Branca (2)
43. Habenaria pratensis (Lindl.) Rchb.f. Orchidoideae 22 Chã Preta (4), Colônia M.N.Rodrigues/17 MAC e UFP
Leopoldina (1), Quebrangulo 76
(9), Feliz Deserto (1), Maceió
(1), Messias (1), Marechal
Deodoro (4) e Coruripe (1).
44. Habenaria trifida Kunth Orchidoideae 9 Chã Preta (2), Quebrangulo Chagas-Mota/ 1 MAC
(2), Murici (1), Maceió (2),
Matriz do Camaragibe (1) e
Coruripe (1).
45. Ionopsis (Sw.) Lindl Epidendroideae Chagas-
63

utricularioides Mota/7453
46. Isochilus linearis (Jacq.) R.Br. Epidendroideae 7 Chã Preta (1) e Quebrangulo Chagas-Mota/ MAC e JPB
(6), 3205
47. Jacquiniella globosa (Jacq.) Schltr. Epidendroideae 12 Chã Preta (4), Colônia Chagas-Mota/ 48 MAC e UFP
Leopoldina (1), Murici (1),
Viçosa (3), Flexeiras (1), São
José da Laje (1) e Ibateguara
(1).
48. Leochillus labiatus (Sw.) Kuntze Epidendroideae Chagas-Mota/
7339
49. Liparis nervosa (Thunb.) Lindl. Epidendroideae 31 Marechal Deodoro (7), Murici G.L.Esteves/ MAC, IPA,
(3), Chã Preta (2), 2021 HVASF,
Quebrangulo (8), Ibateguara MBM, UFP e
(5), Maceió (3), São José da MBML-
Laje (1), Messias (1) e Herbario
Paripueira (1).
50. Lockhartia lunifera (Lindl.) Rchb.f. Epidendroideae 3 Maceió (1), Chã Preta (1) e Chagas-Mota/
União dos Palmares (1). 3565
51. Malaxis excavata (Lindl.) Kuntze Epidendroideae 5 Murici (1) e Ibateguara (4). Chagas-Mota/ MAC, IPA,
7222 UFP e
64

HVASF
52. Maxillaria rufescens Lindl Epidendroideae Chagas-Mota/
732
53. Maxillaria splendens Poepp. & Epidendroideae 4 Chã Preta (2), Ibateguara (1) Chagas-Mota/ MAC
Endl. e São José da Laje (1). 6444
54. Maxillaria uncata Lindl. Epidendroideae Chagas-Mota/36
55. Mesadenella (Lindl.) Garay Orchidoideae 5 Murici (2) e Quebragulo (3). Chagas-Mota/ MAC e UFP
cuspidata 4590
56. Notylia barkeri Lindl Epidendroideae 1 Ibateguara (1). Chagas-Mota/ MAC
240
57. Notylia longispicata Hoehne & Epidendroideae 1 Murici (1). A.I.L.Pinheiro/ MAC
Schltr 580
58. Notylia lyrata S. Moore Epidendroideae Chagas-
Mota/3469
59. Notylia pubescens Lindl. Epidendroideae Chagas-Mota/
1913
60. Octomeria exigua C.Schweinf. Epidendroideae 1 Maceió (1). Chagas-Mota/ 29 MAC
61. Octomeria Lindl. Epidendroideae 2 Chã Preta (1) e Murici (1). Chagas-Mota/
grandiflora 2031
62. Oeceoclades (Lindl.) Lindl. Epidendroideae 64 Ibateguara (3), Água Branca R.P.Lyra-Lemos/ MAC, IPA,
65

maculata (1), São Miguel dos Campos 5925 ASE,


(5), Coruripe (3), UFP,CEPEC
Quebrangulo (7), São e JPB
Sebastião (1), Rio Largo (1),
Giral do Ponciano (1),
Teotônio Vilela (2), Maceió
(8), Boca da Mata (2), Traipu
(3), Viçosa (2), Olho D’agua
das Flores (2), São Luiz do
Quitunde (1), Matriz do
Camaragibe (3), Mata Grande
(2), Mar Vermelho (1), Chã
Preta (1), Inhapi (1), Marechal
Deodoro (1), Santana do
Ipanema (1), São José da
Laje (1), Flexeiras (1),
Japaratinga (1), Porto Calvo
(1), Murici (1), Pilar (2),
Piaçabuçu (2), Feliz Deserto
(1), Tanque D’arca (1) e
66

Palmeira dos índios (1).


63. Oncidium barbatum Lindl. Epidendroideae 4 Santana do Ipanema (1), A.L.S. Santos/169 MAC
Arapiraca (1) e Palmeira dos
Índios (2).
64. Oncidium baueri Lindl. Epidendroideae 3 Maceió (1), Branquinha (1) e Chagas-Mota/ MAC
Maribondo (1). 160
65. Pelexia oestrifera (Rchb.f. & Orchidoideae 2 Marechal Deodoro (2) Chagas-Mota/ MAC
Warm.) Schltr. 1419
66. Phragmipedium (Rolfe) Rolfe Cypripedioideae 2 Messias(1) e Colônia Andrade-Lima/ 33 MAC e ASE
sargentianum Leopoldina (1). (ASE)
67. Pleurothallis Lindl. Epidendroideae Chagas-Mota/ 37
articulata
68. Pleurothallis Lindl. Epidendroideae Chagas-Mota/
ochreata 3412
69. Pleurothallis Lindl. Epidendroideae 2 Chã Preta (1) e Ibateguara Chagas-Mota/ MAC e UFP
sclerophylla (1). 4516
70. Polystachya (Jacq.) Garay Epidendroideae 43 Piranhas (1), Branquinha (1), R.P.Lyra-Lemos/ MAC, IPA,
concreta Joaquim Gomes (1), Coruripe 5774 JPB e UFP
(1), Quebrangulo (6), Minador
do Negrão (1), Rio Largo (1),
67

Flexeiras (1), Teotônio Vilela


(1), Maceió (4), Traipu (1),
Viçosa (2), São Luiz do
Quitunde (1), Matriz do
Camaragibe (2), Mata Grande
(1), Murici (3), Chã Preta (4),
Inhapi (1), Marechal Deodoro
(1), Piaçabuçu (1), Palmeira
dos índios (3), Messias (1),
Colônia Laopoldina (1),
Atalaia (1), Cajueiro (1) e
Passo do Camaragibe (2).
71. Polystachya Schltr. Epidendroideae 2 Murici (1) e Maceió (1). Chagas-Mota/ 3 MAC
micrantha
72. Prescottia (Sw.) Lindl. Orchidoideae 4 São José Laje (1), Chagas-Mota/2
stachyodes Quebrangulo (2) e Maceió (1).
73. Prosthechea (Pabst) Epidendroideae 2 Viçosa (2). Chagas-Mota/11 MAC
alagoense W.E.Higgins
74. Prosthechea (Sw.) Epidendroideae 9 São José Laje (1), Murici (1), Chagas-Mota/ MAC e IPA
fragrans W.E.Higgins Viçosa (2), Palmeira dos 3771
68

Índios (3), União dos


Palmares (1) e Mar Vermelho
(1).
75. Psygmorchis pusilla (L.) Dodson & Epidendroideae Chagas-
Dressler Mota/1327
76. Quekettia Lindl. Chagas-Mota/261
microscopica
77. Rodriguezia Rchb.f. Epidendroideae 8 Maceió (1), Ibateguara (2), Chagas-Mota/467 MAC, JPB e
bahiensis Viçosa (3), Chã Preta (1) e UFP
Murici (1).
78. Rodriguezia venusta Rchb.f. Epidendroideae 9 Viçosa (2), Chã Preta (1), São Chagas-Mota/466 MAC
Luiz do Quitunde (2), Maceió
(2), São José da Laje (1) e
Rio Largo (1).
79. Sacoila lanceolata (Aubl.) Garay Orchidoideae 10 Murici (2), Maceió (1), Viçosa I.S.Moreira/ 94 MAC, UFP e
(2), Matriz do Camaragibe (1), HUEFS
Arapiraca (1), Flexeiras (1),
Piaçabuçu (1) e Taquarana
(1).
80. Sarcoglottis acaulis (Sm.) Schltr. Orchidoideae 1 Giral do Ponciano (1). Chagas-Mota/ 32 MAC
69

81. Sarcoglottis (Hook.) Lindl. Orchidoideae 20 São Luiz do Quitunde (2), R.P.Lyra-Lemos/ MAC
grandiflora Maceió (3), São Miguel dos 5340
Campos (2), Minador do
Negrão (2), Viçosa (1),
Teotônio Vilela (3), Maribondo
(1), Japaratinga (1), São
Sebastião (1), Porto Calvo
(1), Satuba (1), Coruripe (1) e
Maragogi (1).
82. Scaphyglottis (Griseb.) Epidendroideae 12 São José da Laje (2), Viçosa Chagas-Mota/ MAC, JPB e
fusiformis Schult. (2), Joaquim Gomes (1), 242 IPA
Murici (1), Chã Preta (1),
Quebrangulo (1), União dos
Palmeres (1), Maceió (2) e
Boca da Mata (1).
83. Scaphyglottis livida (Lindl.) Schltr. Epidendroideae 1 Marechal Deodoro (1) Chagas-Mota/ MAC
164
84. Scaphyglottis (Rchb.f.) Epidendroideae 1 Chã Preta (1). Chagas-Mota/ MAC
modesta Schltr. 3394
85. Scaphyglottis Cogn. Epidendroideae 2 Maceió (1) e São Luiz do A.I.L.Pinheiro/320
70

proligera Quitunde (1).


86. Scaphyglottis sickii Pabst Epidendroideae 13 Quebrangulo (3), Ibateguara Chagas-Mota/ MAC, JPB,
(2), Murici (2), São José da 5583 IPA e UFP
Laje (3), Joaquim Gomes (1),
Chã Preta (1) e Colônia
Leopoldina (1).
87. Schomburgkia Barb.Rodr. Epidendroideae Chagas-Mota/
gloriosa 7223
88. Sobralia liliastrum Lindl. Epidendroideae 16 Murici (3), Ibateguara (4), G.L.Esteves/386 MAC, IPA e
Traipu (1), Tanque D’arca (1), UFP
Boca da Mata (1), Marechal
Deodoro (1), Messias (1),
Penedo (1), São José da Laje
(2) e Maceió (2)
89. Trichocentrum Lindl. Epidendroideae 10 São José da Laje (1), Viçosa Chagas-Mota/46 MAC e UFP
fuscum (3), Quebrangulo (3), Traipu
(1), Ibateguara (1) e Maceió
(1).
90. Trigonidium Bateman ex Epidendroideae 4 Chã Preta (1), Palmeira dos Chagas- MAC e EAN
acuminatum Lindl. Índios (1) e Viçosa (2). Mota/6292
71

91. Trigonidium latifolium Lindl. Epidendroideae 4 Ibateguara (1), Junqueiro (1) Chagas-Mota/9 MAC e UFP
e Maceió (2).
92. Vanilla bahiana Hoehne Vaniloideae 2 Marechal Deodoro (1) e Chagas-Mota/ 4 MAC
Maceió (1).
93. Vanilla chamissonis Klotzsch Vaniloideae 2 Viçosa (1) e Quebrangulo (1). Chagas- MAC
Mota/2280
94. Vanilla gardneri Rolfe Vaniloideae 2 Chagas-Mota/
8001
95. Vanilla palmarum Lindl. Vaniloideae 38 Batalha (1), Campo Alegre R.P.Lyra-Lemos/ MAC,
(1), Maceió (6), Belém (3), 8831 MBML-
Traipu (2), Pariconha (1), Herbário e
Feliz Deserto (1), Teotônio HbVirtFIbras
Vilela (2), Poço das
Trincheiras (1), Santana do
Ipanema (3), Maribondo (2),
Maravilha (2), Coqueiro Seco
(1), Japaratinga (1), Arapiraca
(3), Água Branca (2),
Maragogi (1), Tanque D’arca
(1), Murici (1), Inhapi (1),
72

Mata Grande (1) e Matriz do


Camaragibe (1).
96. Vanilla pompona Schiede Vaniloideae 4 São Luiz do Quitunde (2), Chagas-Mota/ MAC
Chã Preta (1) e Maceió (1). 1568
97. Vanilla trigonocarpa Hoehne Vaniloideae 5 Maceió (4) e Satuba (1). Chagas-Mota/ MAC
239
98. Zygostates bradei (Schltr.) Garay Epidendroideae 12 União dos Palmares (4), Chagas-Mota/ MAC, IPA,
Murici (5), Ibateguara (1), 162 UFP, JPB e
Quebrangulo (1) e Maceió (1). CEPEC.
Fonte: LEMOS et al. (2010); HERBÁRIO VIRTUAL SPLINK (2002). Adaptado.

* Em negrito: espécies ameaçadas de extinção.


73

ANEXO A – Chave de identificação do gênero Catasetum conforme Bastos e Van


den Berg (2012)

1. Labelo bilobado; pétalas com máculas castanhas..........


................................................................................................4. C. macrocarpum

1'. Labelo trilobado; pétalas sem máculas.

2. Sépalas e pétalas patentes; labelo membranoso, loboslaterais revolutos


ou eretos, lobos laterais e medianode margem fimbriada.

3. Epífita; flor ressupinada; labelo liguliforme, mediano com calosidade linear


na face adaxial; antenas 0,7–0,8 cm compr.............................1. C. blackii

3'. Terrestre; flor não ressupinada; labelo cuculado, lobo mediano sem
calosidade; antenas inconspícuas ...........................................6. C. roseo-album

Você também pode gostar