Resumo de lavra e conceitos

básicos
Geografia
13 pag.

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1) Desenvolvimento Lateral ou Subsidiário:
 Primeiramente, o desenvolvimento lateral
ou subsidiário compreende a todas as
aberturas realizadas na jazida, com
exceção da via principal de acesso.
 Tendo como objetivos:
 De maneira geral, as estações, quartos e
1. Complementar o acesso, provido
pelas vias principais aos diversos
horizontes da jazida, ao corpo de
minério (comumente, por travessas ou
cabeceiras, em lavra subterrânea);
2. Prover acesso, nos vários horizontes,
a diversos pontos do corpo,
possibilitando estabelecer as frentes
de desmonte, transporte de minério,
materiais e pessoal, por centrais de
transporte;
3. Dividir o corpo em unidades
convenientes, para a lavra de cada
uma delas;
4. Estabelecer entradas suplementares
para ventilação, esgotamento, entrada
de enchimento, etc;
5. Prover aberturas amplas, junto às vias
principais de acesso, para
desembarque, embarques, manobras e
armazenagens provisórias (estações);
6. Estabelecer transferência de minérios
transportados horizontalmente - nos
níveis – para o transporte vertical das
vias de acesso (que não túneis) -
mediante “caídas de minério” ou
“passagens de minérios” (ore shoots
ou ore passes), ou prover
armazenamento regulador desse
minério mediante chutes ou tolvas;
7. Prover recintos adequados, para
guinchos subterrâneos, acumulação
de água, depósitos, oficinas,
refeitórios, instalações sanitárias,
vestiários, garagens, estações de
transformadores, britadores, etc. –
genericamente denominados salas ou
quartos.
 Sendo comum que os serviços sejam
executados nas encaixantes - mais
usualmente na lapa - para não serem
interferidos ou afetados pelo desmonte de
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minério, por permitirem a execução de
vias mais retas e regulares (importantes
para transportes, ventilação, drenagem e
instalações), por serem comumente de
baixo custo de manutenção, etc. Em
muitos casos, é obvio que a instalação de
“salas” pode ser feita em locais onde o
minério já foi extraído, evitando a
execução de desenvolvimentos
subsidiários por escavações especiais.
chutes são aberturas subterrâneas de
volume relativamente grandes, destinadas
a finalidades especiais. As finalidades a
que se destinam regem a sua localização,
tamanho e quantidade, sendo eles
amplamente variáveis.
1. Estações são elementos de
concordância entre as vias de acesso e
as galerias do desenvolvimento
subsidiário, possuem diversos
dispositivos, de comodidades e de
segurança. A sua importância é
relevante e evidente. Sendo aberturas
amplas, exigindo grandes vãos livres
e excelente segurança do teto. As
principais estações são, naturalmente,
a de entrada (na superfície) e as de
níveis de transferência (junto a vias
principais de acesso subterrâneas -
poços verticais ou inclinados, para
extração em série com os principais,
que levam ao exterior). Tais locais
requerem boa iluminação, bem
distribuída e sem ofuscamento. Há,
ainda, casos de verdadeiras estações
denominadas de pátios de manobras.
2. Quartos ou salas podem ter dimensões
muito variáveis conforme as
finalidades a que se destinam. A eles
se aplicam as condições feitas para as
estações. Alguns assumem dimensões
muito grandes, especialmente os
destinados a salas de guincho
subterrâneas, no alto de poços
internos. Por motivos óbvios, sempre
que possível esses quartos são feitos
no minério, utilizando-se antigos
alargamentos, se viável. Isso é
comum no caso de quartos para
depósito de águas, oficinas,
refeitórios, etc.
  Caídas de minérios ou passagens de
enchimento, usualmente com dispositivo
de retenção, no fundo, constituindo um
chute - têm função especifica e não
oferecem maiores dificuldades a sua
execução. Quase sempre são abertas em
sentido ascendente, como “subidas”, por
meios convencionais ou com emprego de
sistemas especiais de execução. As
declividades variam de 45º a 90º - sendo
consideradas preferíveis as de 50º a 60º.
Em casos forçosos, até 40º pode servir,
usando-se um pouco de água corrente
como auxiliar, para a descida do material.
 O estéril normalmente não é transportado
na lavra subterrânea, apenas vai ser
transportado quando usado na técnica de
enchimento.
 O talude pode ser trabalhado de duas
formas:
1. Quando o talude ainda está sendo
trabalhado é recomendado um ângulo
de 15°.
2. Enquanto que o talude que se
encontra na reta final de operação,
precisa aumentar para 50°.
50°
15°
3) Divisão da Jazida:
2) Desenvolvimento Subsidiário em Lavra à
Céu-Aberto:
 Foi observado que ocorre certa
dificuldade na distinção das vias de
acesso na lavra a céu aberto, haja vista
que elas se mesclam entre si. De um
modo geral e convencional, poderíamos
considerar vias de acesso às destinadas a
atingir o corpo em vários planos
horizontais, denominadas simplesmente,
de acesso.
 No caso, os vários patamares dos bancos
(bermas) podem ser assimilados a níveis.
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Sucede que às vezes não há uma única via
que sirva a todos esses bancos, cada um
deles - ou alguns - possuindo uma via
própria de acesso. Considerando tais vias
como acessos, as demais ligações entre
bancos - rampas - constituíram
desenvolvimento subsidiário. Também se
enquadrariam como tal: vias especiais
para bota-foras, valetas de drenagem,
galerias para drenagem, instalações de
pátio de manobras, praças para oficinas e
outras instalações de apoio, etc. Cumpre,
também, observar que nem todas as lavras
a céu aberto comportam bancos. É o caso
típico de lavra de pláceres, de jazidas de
grandes afloramentos e pequena potência,
da lavra inicial de corpos de grande área
horizontal e reduzido capeamento, etc.
Nos corpos de carvão, bancos quase só
ocorrem no capeamento, pois a camada
de carvão, usualmente pouco espessa, é
lavrada num só banco.
 Os bancos são iniciados segundo curvas
de nível de solo, empregando-se pequenos
tratores com lâminas ou raspadores-
carregadores, até obtenção de abertura de
suficiente largura, capaz de possibilitar
uso de equipamento mais pesados e
provisão de estrada para os veículos ou de
assentamento de trilhos, se for o caso. O
primeiro corte é denominado caixa. Sendo
elas profundas até o limite de altura de
descarga para a escavadora usada e à
medida que ela se desloca.
 A lavra de uma jazida de razoável
potência, extensão e profundidade requer
que se tomem unidades menores para
desmonte e manuseio do material
desmontado. Portanto, terminada a
exploração, é necessário iniciar-se o
desenvolvimento mais amplo e volumoso
da jazida, tornando-a facilmente, acessível,
dividi-la em setores apropriados à lavra,
os quais se podem então arrancar
progressiva e sistematicamente,
racionalizando assim, as operações de
extração. Assim, a divisão de uma jazida
formará uma unidade própria, que deverá
obedecer aos seguintes requisitos: Acesso
fácil, transporte fácil (ferramentas,
máquinas, escoramentos, pessoal, etc.);
arranque independente, a ser executado
 por determinado número de mineiros;
fácil extração dos minérios; ventilação
independente (para minas subterrâneas),
etc.
 Divisão vertical de jazida:
- A divisão vertical é obtida mediante
planos horizontais, abstratos,
denominados níveis (sempre se
materializam em galerias). Poucas são as
jazidas que podem ser lavradas sem antes
dividi-las em pisos ou níveis. Apenas as
horizontais ou as de pouca extensão e
mergulho fogem a esta regra.
- Numa lavra, a céu aberto, estes níveis
correspondem aos bancos de lavra; e seu
distanciamento é a própria altura dos
bancos. Numa mina subterrânea os níveis
são materializados por cabeceiras e
travessas, ligando a via principal de
acesso ao corpo, ou dentro do corpo.
- O espaço compreendido entre dois
níveis consecutivos é denominado
internível ou andar.
- A separação entre níveis varia de uns
poucos metros até cerca de 30 m ou mais,
em lavra a céu aberto; e entre 15 m e 150
m, em lavra subterrânea. Nas minas
subterrâneas é comum haver nova
subdivisão dos níveis, por outros planos
horizontais resultando os subníveis,
geralmente não se ligam as vias principais
de acesso, mas, indiretamente, através de
descidas até a central de transporte do
nível.
- Os diversos níveis são designados
comumente, em ordem descendente, por
algarismos ordinais ou cardinais e, às
vezes, por suas cotas. Os subníveis são
designados, normalmente, pela ordem de
lavra (mais comumente ascendente), por
algarismos ordinais de baixo para cima.
As tiras têm designação análoga.
 Divisão horizontal da jazida:
- Os bancos, em lavra a céu aberto, e as
próprias tiras, em lavra subterrânea,
constituiriam unidades ainda muito
volumosas para desmonte simultâneo,
embora de altura limitada, a seção
horizontal se estenderia por toda a largura
e pela extensão (em direção) do corpo, no
horizonte considerado.
- No caso de lavra por bancos, a céu
aberto, os blocos ou setores de lavra
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costumam ser marcados a tinta na face
dos próprios bancos, assim,
estabelecendo-se os limites dos diversos
blocos. Na lavra subterrânea, a divisão é
obtida por planos verticais, abstratos, ou
materializados nos seus traços nos planos
horizontais por travessas e cabeceiras. Em
casos mais raros esses planos podem ser
inclinados, em vez de verticais, paralelos
às paredes. Comumente, essa divisão
ocorre de nível a nível, no material do
intenível. As massas de mineral
delimitadas por esses planos verticais e
por dois níveis sucessivos são
denominadas blocos, quarteirões ou
setores de lavra. Excepcionalmente, esses
blocos podem ser delimitados por dois
subníveis sucessivos, ou mesmo, por duas
tiras sucessivas. Por sua vez, os blocos
são, verticalmente, subdivididos em
massas menores, constituindo os painéis
ou maciços.
- No caso de tiras inclinadas, ocorre a
subdivisão em blocos e painéis por planos
verticais perpendiculares à direção do
corpo e por planos perpendiculares ao
chão da tira. Em minas subterrâneas cada
setor de lavra constituí uma unidade
independente, com seu próprio pessoal
(unidades independentes de lavra gera
um maior aproveitamento da área, logo
gera um controle de qualidade e bom
aproveitamento da jazida mineral).
- todo bloco será representado pelas letras
do alfabeto, enquanto todo painel será
representado por números romanos.
 Representação esquemática de divisão
vertical e horizontal da jazida:
- Cada nível é dividido em 3 subníveis;
- Cada subnível em 4;
- Cada nível é dividido em blocos e cada
um desses em 4 painéis;
- Na divisão em tiras inclinadas (3 tiras),
o nível 11 compreende 2 subníveis,
ligados pela subidade de base, que vai do
nível 11 ao nível 10.
 do número de níveis e, portanto,
adoção de maiores afastamentos entre
os níveis sucessivos.
2. Altura de içamento: quanto mais
afastados os níveis, maior será a
altura média de içamento, pois
acarreta mais demanda de energia e
redução da capacidade do poço
- Podendo ser dividido em duas etapas: (maior distância média e maior tempo
1. Primeira etapa: de percurso, para cada esquipe ou
- Jazidas com mergulho inclinado ou gaiola, mantida a velocidade máxima
abruptas: divisão em pisos (sendo de viagem). Entretanto, níveis
considerada a maior unidade); próximos podem dificultar a
- Jazidas horizontais ou pouco regulação do içamento (maior
inclinadas: divisão da jazida em painéis. quantidade de acelerações e
2. Segunda etapa: desacelerações). De um modo geral, o
- Jazidas com mergulho inclinado e fator conduziria à preferência por
abrupto: consta da abertura de chaminé e níveis menos afastados.
divisão do piso em blocos; 3. Tipo de minério ou material útil:
- Jazidas horizontais e pouco minérios de alto teor com irregular
inclinadas : consta a abertura de frontais distribuição impõem controle das
de arranque e divisão dos painéis em quantidades extraídas, para
pilares para o arranque. manutenção do teor médio uniforme,
 Importância de um nível: desiderato de qualquer mina bem
- A importância de um nível depende do lavrada. Isso conduziria as limitações
desmonte e transporte do minério que mais estritas e bem definidas
possibilita. Está condicionada a altura do (portanto, a níveis mais próximos)
internivel constituído, além da extensão e para minorar misturas, diluições e
da potência do corpo mineral. Há perda do controle.
acentuada tendência a para aumentar o 4. Rapidez da lavra: a rapidez da lavra
afastamento dos níveis devido ao pode ser condicionada no caso de
emprego de equipamentos modernos e carvões inflamáveis e de minérios
transportes mecanizados, propiciando friáveis, como também pelo
produções compatíveis com esta comportamento do céu de mina,
mecanização. O afastamento mais impondo que o “alargamento” seja
conveniente é aquele que conduz a concluído antes que a manutenção da
maiores lucros finais e não, simplesmente abertura se torne demasiada onerosa.
o que acarreta menos despensas diretas É, também, função do prazo requerido
imediatas, através da conciliação dos antes que se possa abater o céu - ou
fatores influenciantes. deixar que ele se esboroe
 Fatores que influenciam o afastamento parcialmente sem prejuízo à
dos níveis: segurança dos trabalhadores ou do
1. Custo de execução e de manutenção: prosseguimento do desmonte.
é cara abertura das galerias em cada Observação idêntica é aplicável à
nível. Essas galerias podem impor o manutenção das galerias
uso de trilhos, escoramentos, valetas, indispensáveis aos serviços de cada
encanamento, etc. Também, o custo nível. Se isso ocorre, os níveis
de estações e chutes, além dos poços, deverão ser mais próximos.
é considerável item de despesa, a 5. Manutenção do céu da mina: por
menos que ocorra transferência de vezes, há necessidade de imobilizar
minério para níveis inferiores, com longos pilares de minérios junto a
centralização de transporte. Sob este cada central de transporte, a fim de
aspecto, seria conveniente a redução assegurar a manutenção da central,

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 suportando o céu da mina. Se isto é 8. Se o minério é simplesmente
imperioso, o intervalo entre os níveis arrastado a pá ou com emprego de
ficará limitado pelo comportamento “raspadores de arrasto”, um limite
desses suportes, cuja espessura não máximo de 30m ou 60m,
pode ser, economicamente, exagerada respectivamente, se impõe na
- a menos que a lavra, por método de extensão inclinada dessas rampas,
enchimento ou de sistemático limitando o afastamento entre níveis
abatimento do céu, possa contribuir ou conduzindo a emprego de
para aliviar a pressão exercida nesses subníveis.
pilares de proteção. 9. Regularidade do corpo: é fator que
6. Método de lavra: é elemento de alta afeta o manuseio de minério e o seu
relevância, afetando vários fatores já transporte, descendente, para as
mencionados. Se a lavra se processa centrais. Um chão irregular requer
em retirada ou recuo, isto é, no mergulho médio para arrasto por pás
sentido das extremidades do corpo manuais ou por raspadores mecânicos
para o ponto de acesso no nível, os – ou adoção de menores distâncias de
trechos já lavrados não requerem econômica utilização. Corpos
muita segurança ou podem mesmo ser falhados restringem os afastamentos
sistematicamente abatido. Cada dos níveis para bem atender aos
método de lavra possui um limite transportes que impõem - ou forçarão
máximo de extensão em profundidade o emprego de um método de lavra
inerente, ordinariamente bem menor descendente, se essas falhas ocorrem
que as comuns do interníveis, forçado incidentalmente, com acentuada
ao emprego de subníveis. Por sua vez, redução das extensões em
quantidade de subníveis é também profundidade econômicas.
limitada, em cada método de lavra e 10. Natureza e extensão do transporte
daí decorre uma forçosa limitação horizontal: considerações econômicas
para o afastamento dos níveis levam a um balanceamento entre as
sucessivos. quantidades de minério extraído e
7. Mergulho da jazida: considerando o transportado na central de cada nível,
corpo de mesma potência e de mesma a natureza desse transporte e à
extensão, a quantidade de minério distância de transporte. Há limitações
compreendida entre dois planos e isso afetará o tempo de lavra do
horizontais varia inversamente com o internível, influenciando o
mergulho. Portanto, para uma dada conveniente afastamento dos níveis.
extração diária, seria necessário mais Para transporte mecanizado, com
tempo para se lavrar um corpo de grandes veículos ou correias
menor mergulho, afetando a transportadoras, requerendo grandes
consideração de fatores já volumes de minérios, os níveis
mencionados. Observe-se, também, deverão ser mais afastados
que, em jazidas de mergulho superior considerados uma dada área
a 45º, é possível a decida natural do horizontal de serviços.
minério desmontado, atingindo as 11. Ventilação: quando os requisitos de
centrais de transporte. Se o mergulho ventilação são mais rígidos, como em
é inferior a 6º, carros sobre trilhos minas carvoeiras e, especialmente,
podem alcançar as diversas frentes de naquelas em que há desprendimentos
desmonte, com linhas a meia gasosos, ela pode exercer uma
declividade. Em veículos deslizando derivação da corrente principal de
sobre esteiras, 10º a 20º são possíveis ventilação e, por melhor cuidadas que
para os greides das subidas a plena sejam essas vias de derivação, há
declividade e, para veículos sobre sempre infiltrações, perdas e misturas,
pneus, uns 7º a 8º. prejudicando a eficácia da ventilação
ou requerendo maiores volumes de ar.

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 Conseqüentemente, grande número de poderão se unir, no leito menos
níveis em trabalho simultâneo é importante, por maiores ou menores
indesejável, aconselhando maior lances de uma cabeceira de ligação,
afastamento entre os níveis. visando facilitar a lavra desse leito. No
 Unidade própria de Jazida-Requisitos caso indicado, as travessas que atingem o
Mínimos Exigidos: corpo B são prolongamentos das travessas
- Acesso fácil; feitas para dividir o corpo A em blocos.
- Transporte fácil (ferramentas, máquinas,
escoramentos, pessoal, etc);
- Arranque independente, a ser executado
por determinado número de minérios;
- Fácil extração dos minérios;
- Ventilação independente (para minas
subterrâneas), etc.
 Função e desenvolvimento supletivo:
- Vale ressaltar, que o desenvolvimento
supletivo é aquele executado
eventualmente para atender interesses ou
necessidades locais.
- De um modo geral, não seria favorável
indicar um afastamento, entre galerias de
mesma natureza inferior à separação entre
4) Abertura de galerias:
níveis sucessivos. Em corpos regulares, as
 Além do seu início, comumente imposto,
subdivisões são ditadas pelas extensões por circunstâncias locais ou do
possíveis de serem lavradas em cada planejamento, será preciso determinar a
bloco e pelo controle da segurança geral
direção, o greide e a seção da galeria, ou
no nível (efetuado mediante abandono de
dos diversos lances que a constituirão.
pilares entre blocos sucessivos, abandono
 São impostas por circunstâncias do terreno
de trechos estéreis ou de minério pobre).
ou planejamento precisando determinar:
Quanto à subdivisão em painéis, depende - Direção;
do método de lavra escolhido e,
- Greides;
comumente, não é delineada por galerias,
- Seção da galeria e dos diversos lances que
sendo simplesmente subjetiva e sujeita a as construíram.
variações decorrentes do comportamento
 Numa mina subterrânea, as galerias
local do corpo e do céu da mina. horizontais são utilizadas para diversos fins,
- Corpos paralelos ou subdivididos: Se entre eles, o desenvolvimento do sistema de
ocorrerem dois corpos paralelos, bastante túneis, investigação, transporte e etc. Sendo
próximos, ou se o corpo apresenta um decidida por considerações econômicas
leito estéril bem individualizado (ou,
usando a obtenção da melhor
mesmo, uma faixa pobre bem definida e economicidade final.
cujo desmonte não seja compensador) o
desenvolvimento subsidiário pode ser
adaptado de modo a evitar a necessidade
de desmonte do material intercalado.
Partindo da travessa principal - que da
acesso ao poço ou túnel de saída -, pode
haver uma central de transporte para cada
corpo (no caso, para os corpos A e C), ou
simplesmente, se os leitos são pouco
importantes, pequenas travessas,
secundárias que o atinjam, partindo da
central principal (como figurado para o
corpo B). Essas travessas secundárias

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 Geralmente, os greides (caimentos) e raios
das curvas são condicionados pelos gêneros
dos veículos empregados no transporte do
minério desmontado, pelo tamanho desses
veículos e pelo vulto do transporte diário a
ser efetuado. Frequentemente, há
necessidade de se empregar sobre-largura
nas curvas, para facultar a inscrição dos
gabaritos dos veículos individuais. Nos
casos importantes a sobre-largura pode ser
calculada, empregando-se a formula:
 N
a qual, S é a sobrelargura, r o raio da
curva e L o comprimento do veiculo. Essa
sobre-largura é para cada faixa de
rolamento, incluindo o espaço de
segurança. Em estradas superficiais,
toma-se para caminhões L = 8 m e para
veículos articulados L = 25 m.
 A maioria das galerias é via permanente
de acesso e será usada ao longo da vida da
mina. Assim, é importante que as galerias
sejam localizadas em posições que podem
ser preservadas.
 As galerias são usualmente abertas na
lapa, possibilitando maior regularidade de
traçado, com vantagens para o transporte
e para ventilação.
 Se a mesma for aberta no corpo do
minério, procura-se evitar que a capa seja
cortada pela seção, a fim de não
prejudicar a manutenção do teto.
 E
stabilidade é a capacidade que a galeria
possuí de não colapsar ao decorrer do
tempo.
 Seção Transversal:
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- OBS: galeria -> seções é diferente de
seções transversais. Seções são divisões de
área útil na galeria, enquanto as seções
transversais são as formas que a galeria
pode adotar.
- Seção transversal de U invertido: Galerias
sem revestimento ou escoramento tem,
geralmente, a seção transversal em forma
de U invertido, com teto arqueado,
tendendo a se auto-suportar e a reduzir o
ulterior desprendimento de fragmentos,
sendo recomendado pela norma que seja
executada em rochas duras (não necessitam
de escoramentos).
- Seção Trapezoidal: é utilizada em maciços
de rochas brandas porque facilita a
colocação da sustentação de madeira.
Necessita de escoramentos mais complexos
ou com cavilhas metálicas a seção pode ser
em forma de U invertido.
- Seção Circular: Em casos especiais a
seção pode ser circular, em terrenos de
grande hidrostática, ou galerias destinadas a
aquedutos, ventilação, caída de minério,
entrada de enchimento, etc. Não sendo
recomendado em via principal de acesso.
Além de precisar de enchimento para
estabilizar a base, sua aplicação é custosa
como via principal de acesso.
- Galerias de grande seção e altura,
especialmente em obras de engenharia civil,
túneis, tem seção em forma de ferradura.
- Galerias destinadas a caídas de minério,
descidas de enchimento ou condutores de
ventilação têm, comumente, seção
transversal quadrada ou retangular, em céu
arqueado ou pendente para um lado.
- Concordâncias: As galerias que se cruzam
em ângulos fortes, usualmente, são
concordadas por curvas de pequeno raio:
4,5 a 15m. Essa concordância é feita
mediante alargamento na quina interna do
cruzamento (Figura 9.5-A). Se o tráfego se
faz para ambos os lados do encontro das
galerias, o alargamento é procedido nas
duas quinas do cruzamento (Figura 9.5-B).
Para evitar grande vão no entroncamento,
essa concordância pode ser feita deixando-
se um pilar entre os dois ramos (Figura 9.5-
C). Em vias secundárias, é comum simples
concordância das linhas, alargando-se a
quina interna apenas na medida necessária á
inscrição do gabarito dos veículos .

A B C - Segurança dos serviços, etc.
 Fatores que influenciam a locação dos
D - Execução no minério ou no estéril;
 Para um shaft permanente há duas
- No caso de galerias destinadas ao tráfego
de grandes veículos ou de trens, as
concordâncias são feitas por curvas de
grande raio, condicionado pelo tipo de
tamanhos de veículos. Em caso de rampas
helicoidais, cujo emprego tem aumentado
bastante, há concordâncias bem planejadas
entre galerias de nível e essas rampas, para
fácil transferência dos veículos automotores.
Em trechos de galerias horizontais podem
ser feitos alargamento nas mesmas, para
desvios - acomodando o número de
veículos necessários (ou para carregamento
ou descarga em chutes, sem bloquear a
linha ou pista principal).
5) Abertura de poços:
 As diversas vias no interior e uma mina
subterrânea podem ser agrupadas em quatro
tipos distintos: poços, galerias, chaminés e
rampas cuidadosamente planejadas.
 A execução de um poço é uma fase
relativamente complexa no
desenvolvimento de uma mina, tanto nos
equipamentos necessários, como requer
guinchos especiais, plataformas, etc.
 O principal objetivo do poço é prover
acesso para o içamento do minério e
material estéril.
 Definição de poço: o poço é uma abertura
vertical ou inclinada que pode ou não ter
contato com a superfície. Os poços,
também, ao igual que as galerias podem
receber denominações conforme:
- Locação;
- Finalidade;
- Extensão, etc.
 Winze (poço cego): é executado de forma
descendente com função ascendente.
 Raise (chaminé): é executado de forma
ascendente com função descendente.
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 A locação de poços é resultante de estudos
apurados levando em conta:
- Os transportes subterrâneos e superficiais;
- Localização das reservas;
poços:
- Topografia;
- Locação do corpo de minério;
- Proximidade relativa da usina, etc.
exigências principais conflitantes entre si:
- Primeiro, o shaft deveria ser localizado
visando o içamento mais econômico do
minério desmontado.
- Segundo, assegurar uma longa vida útil e
o mínimo de manutenção do shaft.
 Poço vertical com seção circular: Uma
viga especial é assentada no início do
poço, firmemente apoiada em dois
suportes. No centro da viga,
correspondente ao eixo do poço, há um
orifício, no qual passa um fio de prumo,
guiado por uma pequena roldana.
Marcado o ponto correspondente ao eixo,
na frente da escavação, o perímetro da
seção é traçado a giz, usando-se um
cordel ou gabarito;
 Poço vertical de seção retangular: Podem
ser empregado 4 marcos superficiais,
correspondentes aos alinhamentos do
maior e menor eixo do poço. Entre cada
para desses marcos é estendido arame de
cobre, no qual prendem dois prumos, em
arame de cobre, correspondente a
interseção do eixo com o perímetro do
poço é que servirão par o alinhamento
verificado topograficamente, com o
máximo de rigor, e serve de referencia
para os quadros comuns inferiores.
 Seção transversal dos poços:
- Na superfície de uma mina subterrânea,
um colar é requerido para um poço ou
entrada de um raise, enquanto um portal
refere-se à entrada para um àdito, plano
inclinado ou rampa.
- Também são requeridos collars para
poços de ventilação, shafts de serviço, e
para todos os raises que alcançam
superfície.
- Seção retangular: É naturalmente
divisível em compartimentos
 retangulares; oferece maior capacidade de
extração para uma dada área e, portanto,
menos escavação para uma dada área útil
de extração; presta-se bem a revestimento
de madeira ou de aço; largamente
empregada em minas metálicas, nas quais
o terreno é ordinariamente firme; não é
muito adequado para terrenos de forte
empuxo, impondo peças longitudinais de
seção forte, para poderem resistir aos
esforços de flexão; a seção retangular é
algo desfavorável à ventilação; o custo de
execução é, em geral, mais elevado que o
de seção circular de mesma área.
- Seção quadrada: É rara. Apresenta os
inconvenientes de seção retangular e sem
suas vantagens. É de execução mais
rápida, requer menos madeira para jogos e
revestimento e de execução mais barata
do que a retangular de mesma área.
- Seção circular: É mais usual e apresenta
a máxima resistência aos empuxos do
terreno. É a mais favorável à ventilação
por apresentar o mínimo perímetro para
uma dada área e não ter cantos – nos
quais ocorrem pontos mortos e
turbilhamentos. Para uma dada área, a
furação e o desmonte saem mais barato,
pela melhor eficiência das explosões. O
custo de manutenção é, geralmente,
menor que nas retangulares.
- Seção elíptica: Usada para conciliar as
vantagens da seção retangular e da seção
circular. Não é muito empregada
atualmente.
Seção
Parâmetros Circular Quadrada Retangular Eliptica
Capacidade adequada a cada
de extração Relativamente boa, seção
favoráve "pontos "pontos "pontos
Ventilação l mortos" mortos" mortos"
Custo de
execução menor menor maior menor
Custo de
manutenção menor maior maior maior
 Divisão de compartimentos:
- Poço é uma via de acesso com várias
funções e tendo em vista a provisão de
serviços simultâneos, há necessidade de
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dividi-lo em diversos compartimentos, tão
independentes quanto possível.
- A disposição desses compartimentos é
muito variável, bem como a utilização de
cada um deles.
- Exemplos de compartimentos dos poços:
escadas, instalações complementares,
elevador de pessoal e equipamentos de
içamento.
- Importância das instalações
complementares: São operações que
complementam o ciclo de produção.
- Em poços verticais, de seção retangular
ou elíptica, os compartimentos são,
comumente, dispostos em linhas, isto é,
lado a lado, um do outro, no sentido da
maior dimensão. Raramente haverá
disposição aos pares, como sucede
grosseiramente no caso de seções
quadradas ou circulares, com dois poços
dispostos paralelamente segundo a maior
dimensão da seção.
- Em poços inclinados, os compartimentos
são dispostos em linhas, isto é, lado a lado,
sendo excepcional a disposição em pares
(com compartimentos sobrepostos ao outro).
Como regra geral, a maior dimensão de um
compartimento deve ser paralela ao menor
lado do poço. Isto reduz a distância entre os
divisores dos quadros do poço e fortalece a
resistência das peças longitudinais
(diminuindo-lhes os vãos livres).
 Dimensões:
- As dimensões da seção de um poço são
influenciadas por diversos fatores: a)
Finalidade principal do poço;
b) Profundidade principal do mesmo; c)
Capacidade desejada de extração;
d) Quantidade de pessoas a serem
utilizadas na mina subterrânea;
e) Ventilação a prover;
f) Velocidade de içamento;
g) Meio de extração (gaiolas ou equipes);
h) Capital de revestimento e Despesas
operacionais;
i) Natureza do terreno e necessidade de
revestimento;
j) Dimensões do equipamento a ser
descido, madeira, etc.
- Modernamente, os poços não constituem
acessos únicos, sendo conjugados com
planos inclinados (nos quais circulem
caminhões, ônibus, máquinas
 carregadeiras, etc - ou com instalação de
correias transportadoras) e com rampas
helicoidais, visando essa finalidade.
 Execução de poços em rochas duras ou
brandas:
- Em rochas médias ou brandas, é por vezes,
empregada a abertura plena da seção (até
uns 3 metros de diâmetros: mediante
furação rotativa, com múltiplas coroas de
fresa, convenientemente dispostas num
grande escudo, atuado por equipamento
idêntico ao de uma sondagem rotary. Isso
ocorre especialmente em poços para
ventilação) quando até terrenos duros e
abrasivos são assim abertos, se as
condições o indicam, com a obtenção de
um perímetro mais regular e de menor
atrito.
 Estações:
- São assim denominadas as ligações dos
poços com os diversos níveis ou subníveis
de trabalho. Essas aberturas devem ter
capacidade para atender às suas finalidades
de transferência de equipamento, materiais
e pessoal, de armazenamentos provisórios e
de manobras para os veículos ou trens
empregados nos níveis. Sua largura
corresponde, em geral à maior dimensão do
poço.
 Execução de poços em terrenos
desmoronantes:
- Se o terreno não é aquífero emprega-se
processo de estivamento, de empurrão ou
de estaqueamento. Podem ocorrer
dificuldades se são encontrados matacões
ou grandes blocos de rochas, impondo
furação e explosão.
 Execução em terrenos aquíferos
- Se o terreno é aqüífero, mas sólido,
imporá apenas o bombeamento da água
ou a cimentação, por processo que será
indicado, no mais procedendo-se como no
caso de rocha duras ou brandas. Mas se o
terreno, além de aqüífero, e inconsolidado
e instável, surgem dificuldades
suplementares, pois o terreno tende a
correr para dentro da abertura executada.
A exceção de poços em terrenos desta
natureza requer técnica e aparelhagem
especializada, impondo estudos
aprofundados.
6) Deposição de estéril:
 Introdução:
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- Uma operação de lavra envolve, geralmente,
a movimentação de dezenas de milhões de
toneladas de estéril.
- Quanto às diversas modalidades da lavra
convencional, está muito condicionadas à
forma adotada para o transporte dos estéreis, o
que determina não somente a estrutura e as
condições de aplicação de um método de lavra,
como também sua economia, posto que em
uma lavra a céu aberto, a quantidade de
estéreis removidos supera várias vezes à de
minério extraído. Sob este aspecto, podemos
então agrupar tais métodos em métodos com
transporte e métodos sem transporte de estéreis
(lavra por tiras).
- Os métodos com transporte, que são mais
comuns no Brasil, se caracterizam pela
remoção dos estéreis por veículos sobre rodas
ou por correias transportadoras. Na maioria
dos casos, esses métodos se aplicam à lavra de
camadas inclinadas, corpos de fortes
mergulhos ou corpos potentes.
- Os métodos sem transporte se caracterizam
pela deposição dos estéreis diretamente nos
locais já lavrados, em operações coordenadas
com a extração da substância útil. Aplica-se as
camadas horizontais ou de pequeno mergulho,
como são as jazidas de carvão e folhelho
(xisto) betuminoso, jazidas e bauxita e jazidas
de caulim. Normalmente se trabalha em banco
único e, às vezes, em dois bancos.
- Tais métodos são simples, do ponto de vista
da execução, e garantem um baixo custo de
produção. A principal deficiência está na
dependência entre os serviços de
decapeamento (retirada do estéril que se
encontra acima do minério) e os de extração
das substâncias úteis.
- Considera-se estéril de mineração ao material
desmontado e removido durante a lavra,
contendo rochas encaixantes e minério de
baixo teor, não apresentando valor econômico
associado. Podendo ser de dois tipos:
Definitivo, quando não apresentar nenhum teor
e consequentemente corresponde a rocha
encaixante; e minério marginal que é o mineral
que possuí baixo teor e que no momento não
possuí valor econômico.
 A disposição de estéril envolve
componentes físico e componente
econômicos que a condiciona ao longo de
sua operação.
 Os componentes físicos levam em conta a
disponibilidade de áreas apropriadas,
geotecnicamente e ambientalmente, para a
disposição. Já os componentes econômicos
dizem respeito aos custos médios de
transportes e outros aspectos operacionais.
 Ambos componentes estão sujeitos a
restrições diversas, podendo levá-los a
situações antagônicas, como por exemplo:
- áreas apropriadas para disposição com
longas distâncias médias de transporte;
- áreas de curtas distâncias médias de
transporte, mas impróprias para a
disposição.
 Quanto aos materiais, há depósitos em que
o estéril é instável quimicamente, como
daqueles que contendo sulfetos, sofrem
processo de oxidação, gerando águas ácidas
que contaminam o solo e as águas de
superfície e lençóis freáticos. Outros, como
o carvão que, além da geração das águas
ácidas, ainda entram em combustão
espontânea, devido ao seu alto conteúdo de
pirita (sulfeto de ferro). Há também os
estéreis de minas de minerais radioativos
que, sendo lixiviados por águas de chuva
ou de superfície, geram igualmente
poluição ambiental.
 Já o terreno de fundação desempenha papel
de destaque na estabilidade dos depósitos
de estéril, sendo possível afirmar que a
maioria das rupturas é condicionada pela
presença de materiais de baixa resistência
na fundação ou pela presença de água. A
presença de solos moles na fundação pode
exigir um cronograma lento de construção
das mesmas, para evitar a sua ruptura. (não
pode apresentar baixa resistência, se
localizando na base do depósito de estéril).
 A deposição indiscriminada, sem atentar
para os problemas geotécnicos envolvidos,
tende a agravar sobremaneira os problemas
ambientais, tais como, instabilidade dos
depósitos, erosão de superfície pelas águas
pluviais, erosão eólica da superfície com
grande formação de poeira, assoreamento e
eventualmente poluição química de cursos
de água.
 A década de 80 destacou-se pela disposição
controlada e planejada dos novos depósitos
de estéril e pela recomposição dos
depósitos mal formados, aliada a uma
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recuperação ambiental das áreas degradadas
pela mineração.
 O desenvolvimento de uma mina depende
em geral da remoção de estéril, deste modo,
promover um gerenciamento do depósito de
estéril, pode significar a diferença entre o
lucro e o prejuízo.
 Aterros de terras de cobertura:
- Consideram-se terras de cobertura ao
material escavado e removido da superfície
da mina durante a lavra a céu aberto. As
terras de cobertura devem ser retiradas para
uma distância de segurança suficiente do
limite superior da explotação (borda
superior), deixando se livre uma faixa
com a largura mínima de 2 m, a circundar.
- O armazenamento do solo de cobertura
deve ser garantido, tanto quanto possível,
próximo do seu estado inicial. Por
conseguinte a localização do aterro está
dependente da forma final da escavação.
- O uso de cobertura de solo é de
fundamental importância para a posterior
reconstituição dos terrenos e da flora. Ele
exerce várias funções na aplicação
apropriada das técnicas de segurança, e no
cumprimento das medidas apropriadas de
proteção ambiental e recuperação
paisagística. A existência de cobertura
vegetal nos solos dos taludes contribui para
o aumento da sua resistência ao corte e,
consequentemente, aos escorrimentos,
melhorando sua estabilização.
 Aterros de estéreis (bota-foras):
- As rochas estéreis provenientes da lavra a
céu aberto depositam-se, geralmente, em
montes que constituem os bota-foras. De
uma forma geral, os materiais estéreis são
constituídos por misturas de solo, rocha sã
e alterada, cujas frações relativas dependem
da geologia local. Assim, o estéril é o
material escavado da mina durante a lavra e
que não apresenta valor econômico.
- O estéril temporário (minério marginal)
destinado ao aproveitamento futuro deve
ficar preferencialmente próximo da usina
de beneficiamento para em caso de
retomada reduzir a distância de transporte.
- É responsabilidade do planejamento de
longo prazo elaborar os projetos detalhados
de deposição das pilhas de estéril, bem
como o sequenciamento.
 - Desta maneira, a construção dos bota-
foras leva em conta:
- Escolha do local, fora de área
mineralizada ou de expansão da cava;
- Área de conformação topográfica
favorável;
- Não comprometimento de cursos de
água e vegetação;
- Capacidade compatível com o volume
a ser gerado;
- Parâmetros corretos, tais como ângulos
de repouso dos taludes, altura das
bancadas, largura das bermas, etc;
- Implantação da drenagem de fundo ou
enrocamento;
- Compactação do material em camadas,
com disposição do material de baixo
para cima;
- Cobertura vegetal adequada ou
“argilamento” para impermeabilizar a
superfície.
 Critérios e fatores influenciantes para o
dimensiamento e construção dos depósitos
de estéril:
- Os critérios específicos mais importantes
a considerar para a escolha do local para a
disposição de estéreis, em pilha, são da
seguinte natureza: técnicos; econômicos;
ambientalista; socioeconômicos.
- O local da mina, e consequentemente o da
escavação de estéril, é condicionado pela
ocorrência dos corpos mineralizados.
- Aspectos de ordem econômica farão
normalmente com que o estéril seja
disposto o mais próximo possível da fonte
de escavação e se possível, nos mesmos
níveis das bancadas da mina.
- Os aspectos puramente ambientais
poderão definir a deposição total ou parcial
do estéril em trechos já exauridos da cava.
No entanto, devido às dificuldades
operacionais e custos envolvidos, somente
em casos excepcionais poderá ser elaborado
um plano de lavra compatível com este fim.
- Um aspecto importante a ressaltar na
locação de pilhas diz respeito aos materiais
classificados inicialmente como estéreis e
constituídos de minérios não lavráveis
economicamente no momento, mas que
poderão por uma série de motivos serem
futuramente aproveitáveis.
- As pilhas destes materiais deverão ser
localizadas separadas dos de estéreis
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definitivos ou, se colocados numa mesma
pilha, ser dispostos em zonas em que não
inviabilize uma futura retomada de
escavação do material.
 Local de implantação:
- A escolha do local de implantação de um
bota-fora obedece a vários objetivos, sendo
a destacar os seguintes:
- Minimizar os custos de remoção;
- Obter a integração e restauração da
estrutura, no final da lavra;
- Garantir a drenagem;
- Minimizar a área afetada;
- Evitar a alteração e impacto à população
e espécies protegidas.
- Diversos fatores como a distância de
transporte, estradas de acesso, capacidade
de armazenamento, aspectos hídricos,
declividade das encostas, necessidade de
desmatamento, implicações com áreas
rurais ou urbanas a jusante etc, devem
levar-se em conta na escolha dos locais
para a disposição de estéreis. Também, não
pode ser comprometida a continuidade da
lavra, instalações de tratamento de minério
ou expansões futuras.
- Entre os critérios específicos, mais
importantes a considerar para a escolha de
locais mais favoráveis para a disposição de
estéreis, encontram-se: os limites da área
mineralizada; a distância de transporte
desde a frente de lavra até o bota-fora, que
afeta o custo total da operação; a
capacidade de armazenamento necessária,
que vem imposta pelo volume total de
estéril a transportar; o sistema de drenagem
interna das pilhas e externa contra erosões
superficiais; a cobertura vegetal ou [S1] Comentário: No caso, essa
impermeabilizante do depósito; as cobertura vegetal irá favorecer a
estabilização do depósito.
alterações potenciais que podem produzir-
se sobre o meio natural e as restrições
ecológicas existentes na área onde o bota-
fora é construído (instabilidade e erosão
(terreno e eólica) das pilhas de estéreis,
provocando assoreamento, poluição
química, descaracterização local).
 Dimensão e Forma:
- A dimensão do bota-fora está dependente
do volume de estéril que é preciso retirar
para a extração do minério. Na lavra a céu
aberto, o volume de material estéril
depende não só da estrutura geológica da
jazida e da topografia da área, mais também
do valor econômico do mineral e dos custos
de extração do estéril.
- Com relação à lavra da jazida, se
classificam em dois tipos: a) interiores, [S2] Comentário: Não podendo
quando se encontram dentro do espaço inviabilizar os locais de lavra.

lavrado; b) exteriores, quando se encontram

em terrenos contíguos à área em explotação.
- Atendendo às formas naturais do terreno e
às condições normais de explotação, os
tipos de bota-foras mais frequentes são os
exteriores, sendo a destacar os seguintes Variantes da geometria meia
tipos: em vale; em flanco de encosta; em encosta. [S3] Comentário: Só sendo possível,
altura. apenas quando houver uma encosta.

Geometria em altura.

 A geometria em vale é utilizada para

Geometria em vale. disposição das pilhas de estéril em
cabeceiras de ou drenagens naturais. O
aterro da pilha tem taludes expostos
somente numa face. Normalmente exige a
colocação de drenos no fundo do vale e,
eventualmente, dispositivos para derivação
de fluxos concentrados de águas pluviais
provenientes da bacia a montante. Este tipo
de pilha é normalmente o mais econômico e
com menor interferência com o meio
Atua como barramento de um ambiente, sendo adotado sempre que
vale. possível.
 A pilha implantada a meia encosta, [S4] Comentário: Só podendo ser
apresenta taludes expostos em três faces. Se aplicado quando o material estiver em uma
granulometria uniforme, tiver elevada
o pé da pilha não se apoiar no fundo do resistência (sendo aplicado tanto no
vale, deverá ser verificada a estabilidade material basculhado, como na base da
encosta), além de ser só aplicado em
dos taludes naturais, devido a pilha ser, ao empreendimentos de pequenas dimensões.
contrario do tipo em vale, um elemento
instabilizador dos mesmos. Outras
desvantagens deste tipo de pilha é a maior
área relativa ocupada pelo aterro e a maior
Geometria em flanco de encosta. facilidade de erosão pluvial.
 A pilha implantada em altura, de formato [S5] Comentário: Mais estável,
tronco-cônico, tem taludes externos em entretanto mais caro.

toda a sua periferia, sendo frequentemente

o tipo mais oneroso, embora seja o único
possível em terrenos planos, sendo
utilizado somente quando a topografia o
permite.

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