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CAPÍTULO 1.

4
CAPACIDADE CALORÍFICA
CALOR ESPECÍFICO

RESUMO DA TEORIA

Denomina-se a capacidade calorífica como uma quantidade de calor necessária para


aquecer o corpo em um grau. Da definição segue-se que a capacidade calorífica é uma
propriedade extensiva. A quantidade de calor que se deve fornecer a um sistema fechado para se
obter uma dada modificação de estado depende de como o processo é levado a cabo. Só para um
processo reversível, para o qual o caminho está completamente definido, é possível relacionar o
calor com uma propriedade do sistema. Assim em geral:
 dQ 
Cx    , ( 4.1 )
 dT  x
onde x indica aqui um processo reversível com um caminho determinado.
Daqui segue que para aquecimento o mesmo corpo (sistema termodinâmico ) em um
grau nos diferentes processos gasta-se diferente quantidade de calor.
Nos cálculos da Termodinâmica técnica mais frequentemente usa-se capacidade calorifica
á pressão constante:
 Q 
CP    ( 4.2 )
 T  P
e capacidade calorifica a volume constante

 Q 
Cv    ( 4.3 )
 T  v
A capacidade calorífica duma unidade de substância chama-se calor específico.
Conforme as unidades de quantidade da substância escolhida distingue-se:
- Calor específico volúmico, se como unidade usa-se 1 m3 às condições normais.
dQ
c' = [kJ/ m3  K] ( 4.4 )
PV N  dT
- calor específico mássico, se como unidade de substância usa-se 1 kg
dQ
c= [kJ/kg  K] ( 4.5 )
M  dT
- calor específico molar, se como unidade de substância usa-se mole ou quilomole.
dQ
c = [kJ/kmol  K] ( 4.6 )
M   dT
Entre estas três grandezas existem as seguintes relações:
c c  c
c= = ou c  = ( 4.7 )
 n 22,4
sendo 22,4 m3/kmol e n kg/m3 - respectivamente o volume ocupado por um quilomole e
densidade do gás nas condições normais.
Distingue-se o calor específico médio e calor especifico verdadeiro.
A definição dá noção do calor específico e segue que o valor médio é
q
c = 12 ( 4.8 )
t 2 - t1
Aqui t1 e t2 são as temperaturas inicial e final na transformação 1-2, onde a unidade de
massa fornece ( ou cede ) uma quantidade de calor q12. . A fórmula (4.8) determina o calor
específico médio num dado intervalo de temperaturas t1  t2.

Chama-se calor específico verdadeiro o limite da razão


q dq
c = lim = ( 4.9 ) de onde
t dt
t2

q12 =  cdt ( 4.10 )


t1

Assim, a grandeza verdadeira significa calor específico a uma dada temperatura, e a grandeza
média compreende o calor específico num intervalo das temperaturas entre 0 o C e t o C ou entre
t1 e t2 o C.

Nos cálculos práticos para determinar os valores do calor específico usam-se dados
experimentais. As vezes na literatura técnica são dadas tabelas de calor específico verdadeiro
c= f(t). O problema da determinação dos valores médios do calor específico pode ser resolvido
facilmente se esta relação pode ser apresentada como uma função linear c= f(t) = a + b t .

Neste caso o valor do calor específico médio no intervalo das temperaturas t1t2 pode ser
determinada como uma grandeza média aritmética entre os valores verdadeiros c(t1) e c(t2) pois
da expressão (4.10) é fácil deduzir que
t2 t2

 c  dt  (a  bt)  dt c ( t 2 )  c ( t1 ) t t 
    c 1 2 
t2 t1 t1
c ( 4.11 )
t1
t 2  t1 t 2  t1 2  2 

Para a relação c = f ( t ) como linear, a quantidade de calo na transformação


t2
entre as temperaturas t1 e t2 acha- se como c t1
t2
q   ( a  bt)  dt  a  0,5b(t1  t 2 )(t 2  t1 ) = c=f(t)  (t 2  t1 )
t2
= c t1
(4.12)
t1

Quando as temperaturas do fluído motor variam consideravelmente, nos cálculos, deve se


introduzir correcções que tomam em conta a alteração do calor específico com a temperatura.
Para tais cálculos utilizam-se tabelas das propriedades termodinâmicas dos gases que o leitor
pode achar na literatura recomendada
Para os cálculos práticos os valores do calor médio do calor específico especifico apresentam nas
tabelas como grandezas medias no intervalo das temperaturas
de 0C até a temperatura corrente.
Nas tabelas do anexo são dados os valores do calor específico médio e verdadeiro para alguns
gases.
No caso de utilização das tabelas de calor específico médio que é apresentado no intervalo das
temperaturas de dada até zero, o calor específico médio no intervalo das temperaturas arbitrárias
t2  t1 determina-se pela expressão:
 t2  c  t1
t2 t1
c

t2 0 0
c , ( 4.13 )
t1
t 2  t1
o calor específico médio no intervalo das temperaturas t1t2.
t2
sendo c t1
t1 t2
c 0
, c 0
- os valores de calor específico médio no intervalo das temperaturas
0Ct1 e 0Ct2 respectivamente.
Tudo o que foi descrito é justo para calor específico mássico e calor específico volúmico ou
molar.
t2
Para simplificar a descrição das formulas em vez de grandeza c  t1
usa-se a designação c  e
respectivamente c ou c v compreendendo os valores medios destas grandezas no intervalo das
temperaturas consideradas.

Em conformidade com carácter das transformações distinguem:


- o calor específico sob pressão constante cP e
- o calor específico sob volume constante cv.
Para os gases perfeitos estas grandezas relacionam-se entre si pela expressão de Mayer, que para
calores específicos mássicos tem a forma:
cp - cv = R , ( 4.14 )
onde R - constante gasosa do gás concreto.

A equação de Mayer considera-se como uma das principais na Termodinâmica Técnica.

Na tabela 4.1 são apresentados os valores médios dos calores específicos alguns gases validos
na faixa das temperaturas de 0 oC até 1500 oC , admitindo relação linear.

Calor especifico médio dos gases ( relação linear da temperatura ). Tabela 4.1

Gás Calor especifico mássico, kJ /kg K Calor especifico volúmico, kJ / m3 K


Oxigénio cP = 0,9203 + 0,0001065 t cP’= 1,3138 + 0,0001577 t
cv = 0,6603 + 0,0001065 t cv’ = 0,9429 + 0 0001577 t
Nitrogénio cP = 1,0242 + 0,00008855 t cP’ = 1,2799 + 0,0001107 t
cv = 0,7272 + 0,00008855 t cv’ = 0,9089 + 0,0001107
Ar cP = 0,9956 + 0,00009299 t cP’ = 1,2866 + 0,0001201 t
cv = 0,7088 + 0,00009299 t cv’ = 0,9157 + 0.0001201 t
Vapor cP = 1,833 + 0,0003111 t cP’ = 1,4733 + 0,0002498 t
cv = 1 3716 + 0,0003111 t cv’ = 1,1024 + 0,0002498 t
Dióxido cP = 0,9654 + 0,0002443 t cP’ = 1,6990 + 0,0004798 t
carbono cv = 0,6764 + 0,0002443 t cv ‘= 1,3281 + 0,0004798 t

A relação não linear permite descrever com precisão mais alta resultados dos ensaios do calor
especifico como função da temperatura que mostrado na tabela A-3 do anexo.
A quantidade de calor que se gasta para aquecimento ou arrefecimento duma quantidade
do gás podem ser calculada se são dados:
- a quantidade de gás;
- o calor específico médio no processo de transformação;
- as temperaturas do início e do fim da transformação.
Para massa de M kilomol Q = M c  (t2 - t1) kJ
Para massa de M kg Q = M c (t2 - t1) kJ ( 4.15)
Para volume V m3 Q = V c ' (t2 - t1) kJ

Em conformidade com carácter da transformação nas fórmulas anteriores substitui-se o valor do


calor específico médio adequado.

O calor específico duma mistura gasosa determina-se de expressões:


Calor específico mássico:
C = g1C1 + g2C2 +...+ gnCn = giCi ( 4.16 )

Calor específico volúmico:

C' = r1C1 + r2C2 +...+ rnCn = riCi ( 4.17 )

Calor específico molar:

C = C1r1+C2r2+...+Cnrn =  Ciri ( 4.18 )

Sendo: g , r , r - apresentação dos componentes em fracções de massa, de volume ou


molares respectivamente;
C1 , C2 , ...Cn - calor específico mássico dos componentes;
C'1, C'2,...C'n - calor específico volúmico dos componentes;
C1, C2,...Cn - calor específico molar dos componentes.

Tomando em conta, que durante a mistura os componentes não produzem trabalho (a mistura
realiza-se num volume comum ), a energia interna da mistura tem de ser igual à soma das
energias internas dos gases miscíveis.

Admitindo que o nível da contagem da energia interna começa em 0 K, obtemos:


Mi cvi Ti = M cv T , ( 4.19 )
onde:
cvi - calor específico mássico sob volume constante dos componentes;
cv - calor específico mássico sob volume constante da mistura.
Da igualdade 4.19 segue-se:
n

M
i 1
i  c vi  Ti
T ( 4.20 )
M  cv
Pois que
M i C vi = 1 
C v =  gi Ci =  M i C vi ,
M M
Portanto
n


i 1
M i C vi T i
T= n
. ( 4.21 )
i 1
M i C vi

PROBLEMAS ELUCIDATIVOS

Problema 4.1
Determinar o valor do calor específico mássico médio do oxigénio na
transformação isobárica no intervalo das temperaturas de 600C até 2000 oC.

Solução:
Com base na tabela do calor específico mássico verdadeiro do oxigénio sob
pressão constante, apresentada no anexo A3-2, para temperatura
tm = 0,5 ( t1 + t2 ) = 0,5 ( 600 + 2000 ) = 1300 oC
determina-se valor c p (1300 )  1,1484 kJ / kgK
A mesma problema pode ser resolvida aplicando equação empírica cubica, apresentado
no anexo na tabela A3-3 para calculo do calor especifico verdadeiro a mesma temperatura media
c P  a  bT  cT 2  dT 3
Os coeficientes empíricas para oxigénio são: a = 25,48 ; b = 1,5210-2 ; c = - 0,715510-5 ; d
= 1,31210-9.
A temperatura media da transformação T = 0,5 ( t1 + t2 ) + 273 = 1573 K
calcula-se
c P  25,48  1,52  10 2  1573  0,7155  10 5  1573 2  1,312  10 9  1573 3  36,7922 kJ / kmol  K
36,7922 c P
ou cP  
 1,1498 kJ / kgK
 32
Coincidência dos resultados quase exacta ( desvio é de 0,12%).

Calculando mesma grandeza com base de valores dos calores específicos médios (anexo
A3-4) nos intervalos das temperaturas ( 0 - 600 ) OC e ( 0 - 2000 ) OC
c P 0  0,9925 kJ / kg  K
600

 1,099 kJ / kg  K
2000
cP 0
e aplicando formula (4.11) , obtém-se
 2000  c  600
2000 600
c 1,099  2000  0,9925  600
   1,1446 kJ / kg  K
2000 0 o
cP 600
2000  600 2000  600

O desvio com o primeiro resultado é cerca de 0,33% .

Usando formula da determinação de calor especifico médio do oxigénio ( relação linear ,


formula da tabela 4-1 ) ,
c P  0,9203  0,0001065  t kJ / kgK

 0,9842 kJ / kg  K
600
obtém-se: cP 0
e
 1,1133 kJ / kg  K
2000
cP 0
Aplicando formula ( 3 .13 ), calcula-se :
 2000  c  600
2000 600
c 1,099  2000  0,993  600
   1,144 kJ / kg  K
2000 0 o
cP 600
2000  600 2000  600
O desvio no calculo com base de aproximação linear é pouco maior e consiste de 1,76%.

Problema 4.2
Num balão fechado de capacidade de 6m3 encontra-se ar sob pressão de 1 MPa e a
temperatura 0C. Que quantidade de calor é preciso fornecer ao gás para aquecer lhe até a
temperatura 200C.

Solução:
A quantidade de calor determina-se de equação:
Q = Mcv ( t2 - t1 )
A massa do gás acha-se da equação do estado :
PV 1  10  6
M= = = 76,51 Kg
RT 287,1 273,15
Das tabelas de anexo A3-2 e A3-4 no intervalo das temperaturas referidas acha-se o
valor de calor específico médio que é igual cV = 724,3 kJ/ kg K.
Assim:
Q = 76,51.724,3  200 = 11083239 J = 11,083 MJ.
O valor de calor especifico médio no intervalo referido das temperaturas, obtido com base de
equação cubico A3-3 , é pouco elevado cv = 728,2 kJ /kg K.

Problema 4.3
O calor dos gases de escape duma turbina a gás utiliza-se para aquecimento da
água de temperatura de 20 oC até a de 90 oC. Gases entram no aquecedor da água a temperatura
de 700 oC e saem a temperatura de 120 oC. O caudal mássico dos gases é de 224 kg / h e a sua
composição volúmica é seguinte :
rCO2 = 0,109 ; rH2O =0111 ; rO2 =0,032 ; rN2 = 0,748.
Determinar a quantidade da água que pode ser aquecida por hora, se o rendimento
térmico da aquecedor é de 75 %.

Solução:
Calcula-se massa aparente da mistura gasosa;
 =44 0,109 + 18 0,111 + 32 0,032 + 28  0,748 = 28,762 kg / kmol
Determinam-se as fracções mássicas dos gases nos produtos de escape:
gCO2 = rCO2 ( CO2 /  ) = 0,109  44 / 28,762 = 1,167
gH2O = rH2O (H2O /  ) = 0,111 18 / 28,762 = 0,069
gO2 = rO2  ( O2 /  ) = 0,032 32 / 28,762 = 0,036
gN2 = rN2  ( N2 /  ) = 0,748 28 / 28,762 = 0,728
Com base nas tabelas de anexo determinam-se os valores de calor especifico médio no intervalo
das temperaturas ( 120 - 700 )OC dos componentes da mistura gasosa
c pco 2  1,117 kJ / kgK , c pH 2O  1,859 kJ / kgK c pO 2  1,142 kJ / kgK c pN 2  1,095 kJ / kgK

e calcula-se se calor especifico dos produtos de combustão :

cP =  cPi gi = 1,064 0,167 + 2,0420,069 + 1,005 0,036 + 1,097 0 ,728 = 1,153 J / kg K

Determina-se a quantidade de calor fornecida pêlos gases à água :


Q = Mg cP ( t1g – t2g ) = 224 1,153 ( 700 – 120 ) 0,75 = 1,123 105 kJ

A quantidade da água que pode ser aquecida por hora acha-se de equação :
Q aq = Mag cag ( t2ag – t1ag )
Mag = Qaq / cag ( t2ag – t1ag ) = 1,123 105 0,75/ 4,19  (90 – 20 ) = 287,16 kg /h .

EXERCÍCIOS

NOTA! As respostas de todos os problemas são dados, aplicando equação cubica


do calor especifico verdadeiro em função de temperatura, anexo A3-5.

4.1 Determinar os valores médios do calor específico mássico e calor específico molar do
CO2 sob pressão constante durante aquecimento de 200C até 1000C.
4.2 Determinar os valores médios do calor específico mássico do oxigénio nas
transformações isocóricas e isobáricas no intervalo das temperaturas dados em oC :
a) 800 - 1800 c) 1000 - 1200
b) 650 - 1650 d) 1000 - 1500

4.3 Para determinar o calor específico médio do ar sob pressão constante utiliza-se um
calorímetro com aquecedor eléctrico ( o esquema apresentado na figura 4.2 ).
Num ensaio foram obtidos os resultados
Var seguintes:
t1 t2 A corrente eléctrica do aquecedor
I = 0,45 A, a voltagem U = 26 V.
A temperatura t1 e t2 respectivamente
I 24C e 42C.
U
O caudal volúmico do ar na entrada do
calorímetro é igual a Var = 0,55.10-3 m3/s,
Figura 4.2. Esquema para o problema 4.3. a pressão do ambiente é de B = 750 mmHg.
Perdas de calor ao meio ambiente desprezar.
Qual será o calor específico do ar? Comparar o valor obtido no ensaio com calculado aplicando
formula empírica cubica.

4.4 Um recipiente fechado de capacidade de 15 l contém ar sob pressão de 0,4 MPa e à


temperatura t1 = 30C. Qual será a temperatura do ar t2 se lhe fornecesse-se 16 kJ de calor.

4.5 Num recipiente fechado encontra-se 100 l de ar à temperatura 20C e pressão


760 mm Hg. Determinar a quantidade de calor que é preciso fornecer ao ar para o
aquecer até 200C.

4.6 Determinar a pressão inicial e final do ar que encontra-se num balão fechado de
capacidade de 12,5 m3, se durante fornecimento de 17,2 MJ de calor a sua temperatura
varia-se de 20C no estado inicial até 180C no estado final.

4.7 De nitrogénio que encontra-se no balão fechado retira-se 17000 kJ de calor. A sua
temperatura diminui-se de 800C até 30 oC. Determinar a massa do nitrogénio.

4.8 2,436 m3 do nitrogénio sob parâmetros iniciais P1 = 5 bar, t1 = 20C aquece-se até
temperatura final de t2 = 130C. Determinar a quantidade de calor fornecida ao nitrogénio
durante seu aquecimento isobárico e durante aquecimento isocórico.

4.9 Num recipiente fechado encontram-se 0,8 m3 do ar sob pressão 10 bar. Que quantidade
de calor é preciso fornecer para aquecer de t1 = 70C até t2 = 320C.
4.10 4,413 m3 de metano CH4 a pressão inicial 3 bar e a temperatura inicial 200C resfria
-se isobáricamente até a temperatura 15C. Determinar a quantidade de calor retirada.

4.11 Um balão com hidrogénio a temperatura de 5C leva-se ao armazém, onde a


temperatura mantém-se a 25C. Determinar a quantidade de calor recebido pelo
hidrogénio depois do equilíbrio das temperaturas, se a pressão no balão estabelece-se de 12
MPa. A capacidade de balão é de 40 l.

4.12 Um recipiente fechado com capacidade de 1,5 m3 contém oxigénio sob pressão
P1 = 0,3 MPa e a temperatura t1 = 25C. Determinar a temperatura do gás depois de
fornecimento 4000 kJ de calor.

4.13 O ar que sai de compressor com os parâmetros de P1 = 0,7 MPa e t1 = 160C dirige-
se ao resfriador. Na saída de resfriador a temperatura do ar é igual a 25C. Determinar a
quantidade de calor retirado do ar no resfriador, se a capacidade do é de compressor
V = 6 m3/min.

4.14 Na câmara de combustão duma instalação de turbina a gás ao fluido motor fornece-se
uma quantidade de calor sob pressão constante. Considerando que o fluido motor possui as
propriedades do ar, e a sua temperatura eleva-se de 200C até 700C, determinar a quantidade
de calor fornecida ao 1 kg

4.15 Num calorímetro termicamente isolado, contem-se 0,8 kg de água a 15C. O vaso do
calorímetro é de prata (Cprat = 0,234 kJ/kg.K) e tem massa de 250 g. Introduzindo no vaso 195 g
de alumínio a temperatura de 200C, foi medido que a temperatura da água eleva-se de estado
inicial até o estado de equilíbrio em t=9,24C. Determinar o calor específico do alumínio,
admitindo Cagua= 4,19 kJ/kg K.

4.16 A temperatura duma mistura que contém 3 kg de N2 e 2 kg de O2 aumenta-se de 100C


até 1100C a custa de aquecimento sob volume constante. Determinar a quantidade de calor
fornecida.

4.17 A composição dos produtos de combustão num motor de combustão interna é


seguinte:
CO2 - 71,25 moles; O2 - 21,5 moles; N2 - 488,3 moles e vapor de água 72,5 moles.
Considerando que a temperatura dos produtos de combustão é de 820C, o poder
calorífico do combustível 43.950 MJ/kg e a temperatura do ambiente 20C, avaliar a quantidade
de calor perdido com gases de escape e percentagem das perdas de calor com os gases de escape
relativamente do poder calorifico do combustível.

4.18 Uma mistura gasosa com a composição pela massa:


oxigénio O2 - 0,5 kg
nitrogénio N2 - 1,0 kg
dióxido de carbono CO2 - 2 kg
Determinar o calor específico médio molar dada mistura no intervalo das temperaturas
200  800C.
4.19 Num termopermutador utiliza-se o calor dos fumos de um forno metalúrgico. Estes gases
são apresentados pelo composição em volume:
CO2 = 12%, O2 = 8%; N2 = 77% e H2O = 3%.
A temperatura dos gases na entrada do permutador é de 850C a na saída 150C.
Que quantidade de calor cedem-se os gases durante passagem pelo permutador, supondo
que aí se manteve a pressão 1 bar, e caudal dos fumos 600 m3/h ?

4.20 Os gases de escape dum motor de combustão interna sob a temperatura de 380 oC têm a
seguinte composição em moles:
NCO2 = 74,8; NH2O = 68; NO2 = 119 e NN2 = 853.
Calcular perdas de calor com gases de escape, se a temperatura de ambiente é de 20 oC

4.21 Para uma mistura do dióxido de carbono CO2 e vapor da água calcular o calor específico
verdadeiro sob pressão constante as temperaturas 200C e 400C. Admitir que a fracção mássica
do CO2 é de 0,9383

4.22 Duas garrafas são ligadas entre si pela uma tubagem, munida da torneira. Na primeira
garrafa com volume de 2 m3 encontra-se o ar sob pressão P1 = 1,0 MPa e t1 = 27C, na segunda
garrafa com volume de 1 m3 encontra-se também o ar, mas sob pressão de P2 = 0,2 MPa e
temperatura de t2 = 57 C. A torneira está fechada.
Depois a torneira abre-se e o sistema fica em estado de equilíbrio.
Determinar a pressão e a temperatura da mistura.

Figura 4.3 Esquema para o exercício 4.21.

4.23 Num cilindro da capacidade de 3 m3 fechado pelo embolo móvel aquece-se o ar de


temperatura de17 oC até a de 117 oC sob P=const . A pressão inicial medido pelo
manómetro é de 200 kPa , Pressão barométrica é de 750 mm Hg. Calcular a quantidade de calor
que foi gasto para o aquecimento.

4.24 Resolver o problema anterior no caso de aquecimento do ar de 100 oC até 900 oC,
admitindo calor especifico como função linear da temperatura. Compare com resultado
obtido para calor especifico como função cubica da temperatura
4.25 O dióxido de carbono aquece-se de 200 oC até 1500 oC . Calcular o calor gasto para
aquecimento de 1 m3 as condições normais, admitindo aquecimento isobárico.

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