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ESCOLA SUPERIOR NÁUTICA INFANTE D.

HENRIQUE

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MARÍTIMA

Licenciatura em Engenharia de Máquinas Marítimas

Apontamentos Teóricos de
Órgãos de Máquinas

Cap. 2 - Conceitos Básicos de Análise de Tensões

Redigido, adaptado e adotado para a disciplina por:

Rosa Marat-Mendes
(Professora Coordenadora)

2024
Folhas de Apoio à unidade curricular Órgãos de Máquinas Conceitos Básicos de Análise de Tensões

Índice
Conceitos Básicos de Mecânica dos Materiais ................................................................... 3
2.1. Conceito de tensão ............................................................................................................................ 3
2.1.1. Tração pura ..................................................................................................................................................... 4
2.1.2. Torção ............................................................................................................................................................... 5
2.1.2.1. Torção Pura (Torção em vigas de secção circular) ...................................................................... 5
2.1.2.1. Torção em vigas de secção retangular............................................................................................... 6
2.1.2.1. Torção em secções abertas de paredes finas .................................................................................. 8
2.1.2.2. Torção em tubos fechados de paredes finas ................................................................................... 8
2.1.3. Flexão ................................................................................................................................................................ 9
2.1.3.1. Flexão pura (simétrica) ............................................................................................................................ 9
2.1.3.2. Flexão não simétrica............................................................................................................................... 10
2.1.4. Tensões de corte transversais em vigas retas .............................................................................. 11
2.1.5. Tensões e extensões de origem térmica.......................................................................................... 12
2.1.6. Tensões em reservatórios sujeitos a pressão interna ............................................................... 12
2.1.6.1. Reservatórios cilíndricos...................................................................................................................... 13
2.1.6.2. Reservatórios esféricos ......................................................................................................................... 13
2.2. Resistência Mecânica .....................................................................................................................14
2.3. Critérios de falha .............................................................................................................................16
2.3.1. Critério da tensão de corte máxima (Tresca) (Maximum-Shear-Stress Theory)............. 16
2.3.1. Critério da energia de distorção (von Mises) (Distortion-Energy Theory) ....................... 17
2.4. Concentração de Tensões .............................................................................................................18
2.4.1. Fator de Concentração de Tensões.................................................................................................... 19
2.5. Anexo I: Tabelas para o cálculo do fator de concentração de tensões ..........................21
2.6. Anexo II: Propriedades geométricas de secções. ..................................................................28
2.7. Anexo III: Secções normalizadas de vigas ...............................................................................29
2.8. Anexo IV: Flexão de vigas: Tabelas de Momentos Fletores, Esforços Transversos e
flexas máximas.....................................................................................................................................................32

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Conceitos Básicos de Mecânica dos Materiais

2.1. Conceito de tensão


Segundo a teoria da mecânica dos sólidos, a tensão mecânica é a medida que expressa a distribuição
de forças por unidade de área em torno de um volume infinitesimal dentro de um corpo material. Desta forma,
a distribuição de forças que atuam num ponto da superfície desse volume infinitesimal é única e terá
componentes na direção normal e tangencial, denominadas respetivamente por tensão normal e tensão de
corte, indicadas pelos símbolos gregos, 𝝈 e 𝝉, respectivamente.

Na fig. 2.1 (a) apresenta-se um volume elementar mostrando a convenção adotada para as tensões
normais 𝜎! , 𝜎" , 𝜎# e para as tensões de corte 𝜏!" , 𝜏!# , 𝜏"! , 𝜏"# , 𝜏#! , 𝜏#" . Para equilíbrio do elemento

tem-se 𝜏!" = 𝜏"! , 𝜏"# = 𝜏#" , 𝜏#! = 𝜏!# .

As tensões normais são positivas, por convenção, se apontam para fora do elemento de volume
considerado (provocando tração).

Figura 2.1 – (a) Componentes tridimensionais da tensão num volume infinitesimal; (b) Tensão plana (estado
biaxial de tensões.

Desta forma, é possível escrever um tensor das tensões que caracterize o estado de tensões num
determinado volume:

𝜎$$ 𝜎$% 𝜎$& 𝜎! 𝜏!" 𝜏!#


( 2.1 )
𝜎
𝝈 = ' %$ 𝜎%% 𝜎%& ( ≡ '𝜏"! 𝜎" 𝜏"# (
𝜎&$ 𝜎&% 𝜎&& 𝜏#! 𝜏#" 𝜎#

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As tensões de corte são consideradas positivas se atuam na direção positiva do eixo de referência (uma
tensão de corte 𝑥𝑦 representa uma tensão de corte que actua numa face perpendicular ao eixo 𝑥 e tem a
direcção do eixo 𝑦).

A unidade no sistema internacional de unidades SI, para tensão é o pascal (Pa), que é uma medida de
força por unidade de área. A unidade da tensão é a mesma que a da pressão. Grandezas de engenharia são
normalmente medidas em Mega Pascal (MPa) ou Giga Pascal (GPa).

! !
Sendo as unidades de pascal = [Pa] = ) *, [MPa] = 10# [Pa] ou [MPa] = ) *.
"! ""!

2.1.1. Tração pura

A hipótese de uma distribuição de tensões uniforme pode ser, por vezes, considerada em projeto. O
resultado é normalmente designado por tração pura, flexão pura ou torção pura, dependendo de como a carga
é aplicada ao corpo em estudo.

A hipótese de tensão uniforme significa que se cortarmos uma barra numa secção distante das
extremidades e eliminarmos um bocado, pode-se substituir o seu efeito pela aplicação de uma força
uniformemente distribuída de magnitude, 𝜎𝐴, à extremidade cortada (Figura 2.2).

Figura 2.2 – Tensões normais axiais.

Diz-se então que a tensão é uniformemente distribuída e é dada por:

𝐹 𝑜𝑢 𝑃
𝜎= ( 2.2 )
𝐴

em que:

𝜎 – Tensão normal ou nominal à tração (letra grega Sigma) [𝑃𝑎];

𝐹 𝑜𝑢 𝑃 – Força aplicada [𝑁];

𝐴 – Área da secção transversal [𝑚$ ].

Se a tensão normal tiver sinal positivo (+) ® A tensão diz-se de tração

Se a tensão normal tiver sinal negativo (-) ® A tensão diz-se de compressão

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Folhas de Apoio à unidade curricular Órgãos de Máquinas Conceitos Básicos de Análise de Tensões
- UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
2.1.2.
ESCOLA DE ENGENHARIA TorçãoMETALÚRGICA DE VOLTA REDONDA
INDUSTRIAL
SALETE SOUZA DE OLIVEIRA BUFFONI RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS
2.1.2.1. Torção Pura (Torção em vigas de secção circular)
Torção Torção refere-se à rotação de uma barra quando carregada por momentos (ou torques) que tendem a
produzir rotação sobre o eixo longitudinal da barra (Figura 2.3(a)). Num veio sujeito à ação de dois momentos
Definições:
de torção ou torque representados por 𝑀% ou 𝑇, os dois momentos de torção têm sentidos opostos e a mesma
Torção se refere ao giro de uma barra retilínea quando carregada por momentos (ou
intensidade podendo ser representados por setas curvas ou setas de vetores de torção ao longo dos eixos
torques) que tendem a produzir rotação sobre o eixo longitudinal da barra.
de torção
Veja a Figura 1. da barra (Figura 2.3(b)). Os vetores são setas que obedecem à regra da mão direita.

Figura 1 – Torção de uma chave de fenda devido a um torque T aplicado no cabo.


(a) Figura 2- Barra submetida
(b)à torção pelo torque T1 e T2.
Figura 2.3 – (a) Torção de uma chave de fenda devido a um torque 𝑇 aplicado no cabo; (b) Modo de
Exemplos de barras em torção: Hastes, eixos, eixos propulsores, hastes de direção e
representação
brocas de furadeiras. Caso idealizado do carregamento torção do Momento
de Momentos de torção ou Torque.
que produzem giro na barra, como os momentos T1 e T2 da Fig
chamados de torques ou momentos torçores.

Membros cilíndricos submetidos a torques e que transmitem potência através


são chamados de eixos.

Ex: o girabrequim de um automóvel ou o eixo propulsor de um navio. A m


eixos tem seções transversais circulares,sólidas ou tubulares
Salete Souza de Oliveira Buffoni 1
Figura 2.4 – Torção pura em vigas de secção circular
Objetivo:
A tensão de torção em vigas de secção circular é dada pela equação ( 2.3 ):
• Desenvolver fórmulas para as deformações e tensões em barras
𝑇𝑐 ( 2.3 )
submetidas
𝜏&'( = à torção.
𝐽
• Analisar o estado de tensão conhecido como cisalhamento puro e o
em que:
relaçào entre os módulos de elasticidade E e G em tração e cisa
𝜏&'( – Tensão de torção máxima (letra grega Tau) [𝑃𝑎];
respectivamente.
𝑀% ou 𝑇 – Momento de torção ou torque ou binário aplicado [𝑁𝑚];
• Análise de eixos de rotação e determinação da potência que eles transm
𝑐 – Distância máxima ao eixo neutro [𝑚] (para veios submetidos à torção pura, a linha neutra passa pelo
centro geométrico da secção, logo 𝑐 = 𝑟𝑎𝑖𝑜).

𝐽 – Segundo momento polar de inércia de área [𝑚) ], obtido através da equação (2.4), para secção circular
maciça (Figura 2.5(a)) e através da equação (2.5) para secção circular tubular (Figura 2.5(b)):
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Salete Souza de Oliveira Buffoni


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𝜋 𝑑) ( 2.4 )
𝐽=
32

𝑇 𝑑) 𝑇 𝑑*) 𝑇 (𝑑) − 𝑑*) ) ( 2.5 )


𝐽= − =
32 32 32

(a) (b)

Figura 2.5 – Torção pura em vigas de secção circular: a) maciça; b) tubular

A deformação angular devida ao momento de torção 𝑇 é dada por:

𝑇𝑙 ( 2.6 )
𝜃=
𝐺𝐽

em que:

𝑙 - Comprimento da viga em [𝑚];

𝐺 - Módulo de elasticidade transversal em [𝑃𝑎];

𝜃 – ângulo de torção em [𝑟𝑎𝑑].

2.1.2.1. Torção em vigas de secção retangular

Existem certas aplicações que requerem o uso de uma secção transversal não circular sujeitas a torção.
Ao utilizar uma secção retangular, não é necessário recorrer a chavetas ou escatéis (Figura 2.6).

Figura 2.6 – Aplicação de um veio com uma de secção retangular

Em 1855, Saint Venant demonstrou que a tensão de corte máxima numa viga de secção retangular com
dimensões 𝑑 × 𝑏 ocorre no meio do lado mais longo (Figura 2.7). As expressões para a tensão de corte
máxima e para o ângulo de torção são dadas por:

𝑇 ( 2.7 )
𝜏&'( =
𝑘+ 𝑑𝑏$

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𝑇𝐿 ( 2.8 )
ϕ=
𝑘$ 𝑑𝑏, 𝐺

-
Os coeficientes 𝑘+ e 𝑘$ dependem somente da relação e são dados na Tabela 2.1 para um conjunto
.

de valores daquela relação. As Equações (2.7) e (2.8) são validas somente dentro do intervalo elástico.

Tabela 2.1 – Coeficientes para vigas de secção retangular em torção.

Figura 2.7 – Torção em vigas de secção retangular: a) deformação; b) distribuição de tensões de corte.

Na ausência da tabela para 𝑘+ e 𝑘$ é possível apresentar as equações anteriores sob a forma aproximada
assim como para outras geometrias:

Secção retangular:

𝑇 ( 2.9 )
𝜏&'( = (3𝑑 + 1.8𝑏)
𝑑𝑏,
42𝑇𝐿𝐽 𝑏𝑑 $ ( 2.10 )
ϕ= 𝑐𝑜𝑚 𝐽 = (𝑏 + 𝑑$ )
𝑑) 𝑏) 𝐺 12

Secção quadrada:

20𝑇 ( 2.11 )
𝜏&'( = 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 − 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜
𝑎,

7.10 𝑇𝐿 ( 2.12 )
ϕ=
𝑎) 𝐺

Secção triangular equilátera:

20𝑇 ( 2.13 )
𝜏&'( = 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑎 − 𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙á𝑡𝑒𝑟𝑜
𝑎,
46 𝑇𝐿 ( 2.14 )
ϕ=
𝑎) 𝐺

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2.1.2.1. Torção em secções abertas de paredes finas

Em muitas aplicações de engenharia são usados perfis laminados ou extrudidos. Muitas vezes, as
secções transversais consistem na combinação de retângulos e assim as relações indicadas nas equações
(2.7) e (2.8) podem ser adaptadas com razoável precisão desde que as seguintes condições se verifiquem:

- As secções são abertas, ou seja, são perfis U, T, I, L, etc.

- As espessuras são finas comparativamente às restantes dimensões.

Figura 2.8 – Exemplo de perfis.

Para estas secções, as equações (2.7) e (2.8) podem escrever-se como:

𝑇 𝑇 ( 2.15 )
𝜏&'( = =
𝑘+ 𝑑𝑏$ ∑ 𝑘+ 𝑑𝑏$

𝑇 𝑇 ( 2.16 )
ϕ= =
𝐺𝑘$ 𝑑𝑏, 𝐺 ∑ 𝑘$ 𝑑𝑏,

2.1.2.2. Torção em tubos fechados de paredes finas

No caso de tubos ocos não circulares de paredes finas, uma boa aproximação da distribuição das
tensões no veio pode ser obtida por um cálculo simples. A análise completa das expressões aqui
apresentadas pode ser analisada na literatura.

A quantidade 𝑞 designada por fluxo de corte é a força por unidade de comprimento ao longo do perímetro
do tubo e é dado por:

𝑞 = 𝜏 𝑡 = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 ( 2.17 )

O momento de torção é dado por:

𝑇 ( 2.18 )
𝑇 = 2𝐴& 𝑞 𝑜𝑢 𝑞 =
2𝐴&

Onde 𝐴& é a média das áreas exterior e interior do tubo, ou seja, é a área inscrita pela linha média do
contorno da secção do tubo (Figura 2.9).

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Load and Stress Analysis 85

For simple compression, Eq. (3–22) is applicable with F normally being con-
sidered a negative
Folhas de Apoio à unidade quantity.
curricular ÓrgãosAlso, a slender bar in compression mayConceitos
de Máquinas fail by buckling,
Básicos de Análise de Tensões
and this possibility must be eliminated from consideration before Eq. (3–22) is
used.3
Use of the equation
F
τ= (3–23)
A
for a body, say, a bolt, in shear assumes a uniform stress distribution too. It is very
difficult in practice to obtain a uniform distribution of shear stress. The equation is
included because occasions do arise in which this assumption is utilized.

3–10 Normal Stresses for Beams in Bending


The equations forFigura 2.9 – bending
the normal Torção stresses
em tubos fechados
in straight de paredes
beams are basedfinas
on the fol-
lowing assumptions:
A tensão de corte em qualquer ponto do tubo onde a espessura da parede é t, é dada por:
1 The beam is subjected to pure bending. This means that the shear force is zero,
and that no torsion or axial loads𝑞are present.
𝑇 ( 2.19 )
2 The material is isotropic and𝜏homogeneous.
= =
𝑡 2𝐴& 𝑡
3 The material obeys Hooke’s law.
O ângulo The
4 de beampara
torção is initially
tubosstraight with a cross
de espessura section that
constante is constant
ao longo throughoutde
do perímetro thesecção transversal é
beam length.
dado por: 5 The beam has an axis of symmetry in the plane of bending.
6 The proportions of the beam are such that it would fail by bending rather than by
crushing, wrinkling, or sidewise 𝑇𝐿𝑠 ( 2.20 )
𝜙 =buckling.
4𝐴& $ 𝐺𝑡
7 Plane cross sections of the beam remain plane during bending.
In Fig. da
onde 𝑠 é o perímetro 3–13 we média
linha visualize
da asecção
portiontransversal.
of a straight beam acted upon by a positive
bending moment M shown by the curved arrow showing the physical action of the
moment together with a straight arrow indicating the moment vector. The x axis is
2.1.3. Flexão
coincident with the neutral axis of the section, and the xz plane, which contains the
neutral axes of all cross sections, is called the neutral plane. Elements of the beam
2.1.3.1. withFlexão
coincident pura
this plane (simétrica)
have zero stress. The location of the neutral axis with
respect to the cross section is coincident with the centroidal axis of the cross
Uma barra submetida à ação de dois conjugados iguais e de sentidos opostos que atuam no mesmo
section.
plano longitudinal, está a ser sujeita à flexão (Figura 2.10).

ure 3–13 y

ght beam in positive M


ding. tração

M x
compressão

(a) (b)
3
See Sec. 4–11.
Figura 2.10 - (a) Flexão pura numa viga; (b) Distribuição das tensões de flexão.

A Figura 2.10 mostra a variação das tensões normais devidas a flexão pura (momento fletor 𝑀) numa
viga reta de secção simétrica em relação ao eixo 𝑦. A tensão normal num ponto localizado a uma distância
𝑦 do eixo neutro é dada por:

𝑦 ( 2.21 )
𝜎 = − ] ^ 𝜎&'(
𝑐

Se o eixo 𝑥 é coincidente com o eixo neutro da secção. O plano 𝑥𝑧 coincide com o plano neutro. O eixo neutro
coincide com o eixo centroidal da secção transversal e a flexão diz-se flexão pura. Assim, a tensão de flexão
varia linearmente com a distância ao eixo neutro 𝑦 e é dada por:

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𝑀 𝑀 ( 2.22 )
𝜎&'( = − =
(𝐼⁄𝑦&'( ) 𝑤/

em que 𝐼 é o segundo momento de área em torno de 𝑧 e 𝑤/ = 𝐼 ⁄𝑦&'( é o módulo de resistência à flexão.

A tensão é máxima quando 𝑦 tiver a maior distância ao eixo neutro, dessa forma, a tensão de flexão máxima
é dada por:

𝑀𝑐 ( 2.23 )
𝜎&'( =
𝐼

em que:

𝜎&'( – Tensão normal máxima de flexão (letra grega Sigma) [𝑃𝑎];

𝑀 – Momento fletor aplicado [𝑁𝑚];

𝐼 – Segundo momento de inércia de área [𝑚) ];

𝑐 – Distância máxima ao eixo neutro [𝑚] (para barras submetidas à flexão pura, com secção simétrica nos
dois eixos, a linha neutra passa pelo centro geométrico da secção enquanto as tensões permanecerem em
regime elástico).

2.1.3.2. Flexão não simétrica

Frequentemente, em projeto mecânico, a flexão ocorre tanto no plano 𝑥𝑦 como no plano 𝑥𝑧.
Considerando-se secções transversais com um ou dois planos de simetria apenas.
Na Figura 2.11 a viga de secção retangular está sujeita ao momento fletor 𝑀, representado por um vector
(utilizando a regra da mão direita) que faz um ângulo 𝜃 com o eixo principal 𝑧. Decompondo o momento 𝑀
nas suas componentes segundo os eixos 𝑧 e 𝑦, temos 𝑀0 = 𝑀𝑐𝑜𝑠𝜃 e 𝑀1 = 𝑀𝑠𝑒𝑛𝜃 .

= +

Figura 2.11 - Flexão não simétrica numa viga

A tensão normal num ponto arbitrário a uma distância 𝑦 do eixo principal 𝑧 e a uma distância 𝑧 do eixo
principal 𝑦, é dada por:

𝑀0 𝑦 𝑀1 𝑧 ( 2.24 )
𝜎=− +
𝐼0 𝐼1

onde 𝐼0 e 𝐼1 são os momentos de inércia (2º momento de área) em relação aos eixos principais 𝑧 e 𝑦,
respetivamente.

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2.1.4. Tensões de corte transversais em vigas retas

No caso de uma viga de secção constante, submetida a uma força transversal 𝑉, a tensão de corte
transversal num dado ponto da secção é dada por:
𝑉𝑄 ( 2.25 )
𝜏=
𝐼𝑡

𝑡 - Largura da secção;
𝑄 - Momento estático da área localizada acima ou abaixo do ponto onde a tensão é calculada, em relação ao
eixo neutro, dado por:

𝑄 = e 𝑦f 2 𝐴′ ( 2.26 )

(a) (b)

Figura 2.12 – a) Deformação devido ao esforço de corte transversal; b) tensão de corte

As tensões de corte transversal máximas para algumas secções mais usuais são dadas por

3𝑉 ( 2.27 )
Secção retangular 𝜏&'( =
2𝐴
4𝑉 ( 2.28 )
Secção circular maciça 𝜏&'( =
3𝐴
2𝑉 ( 2.29 )
Secção circular tubular 𝜏&'( =
𝐴
𝑉 ( 2.30 )
Perfis IPN, UPN, HEA, HEB, RHS, etc. 𝜏&'( =
𝐴3

𝐴 - área total da secção;

𝐴3 - área da alma da secção (admite-se que apenas as almas das secções que absorvem o esforço transverso
𝑉).

(a) (b)

Figura 2.13 – distribuição das tensões em: a) secção retangular; b) Perfil.

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2.1.5. Tensões e extensões de origem térmica

Todos os componentes e estruturas até agora, foram considerados na mesma temperatura enquanto
estavam sendo submetidos a um carregamento.

Se uma viga de comprimento inicial 𝐿 for sujeita a uma variação de temperatura 𝛥𝑇, terá seu comprimento
aumentado proporcionalmente à elevação da sua temperatura e à variação de comprimento pode ser
calculada utilizando a expressão:

𝛿4 = ∆𝐿4 = 𝛼 𝐿 ∆𝑇 ( 2.31 )

sendo 𝛼 o coeficiente de dilatação térmica linear, característico de cada material.

Como 𝛿4 e 𝐿 são ambos expressos em unidades de comprimento, 𝛼 representa uma quantidade por grau
𝐶 Celcius (/℃).

A deformação 𝛿4 deve ser associada uma deformação específica, ou seja, uma deformação em função
do comprimento inicial:

𝛿4
𝜀4 = ( 2.32 )
𝐿

Vem que a deformação específica térmica, 𝜀 é provocada pela variação de temperatura da barra e é
dada por:

𝛿4 𝛼𝐿∆𝑇
𝜀4 =Transformações
𝜀( = 𝜀1 =de𝜀0tensão
= e deformação
= = 𝛼 7.9.
∆𝑇 Tensões em vasos de pressão de paredes finas ( 2.33 )
482 𝐿 𝐿
482 Transformações de tensão e deformação 7.9. Tensões em vasos de pressão de paredes finas
Os vasos de pressão de paredes finas consistem em uma importante apli-
Se uma barra estiver restringida nas extremidades e for submetida a um aumento de temperatura
Os vasos de pressão de paredes finas consistem em uma importante apli-
cação de análise do estado plano de tensão. Como suas paredes oferecem
uniforme, desenvolver-se-ão tensões axiais pouca cação de análise
de compressão
resistência à flna do pode-se
estado
barra,
exão, plano
dadas de
por:
supor tensão.
que Como internos
os esforços suas paredes oferecem
que atuam
pouca resistência
em determiando parte daà flparede
exão, pode-se supor que os
sejam tangentes esforços internos
à superfície do vasoque atuam
(Fig.
emtensões
determiando parte emda parede sejam tangentes
da paredeà estarão
superfície do
( 2.34 (Fig.
vaso
𝜎 = 𝜀 𝐸 = 𝛼 ∆𝑇 𝐸 7.48). As resultantes um elemento contidas em)
7.48). As tensões resultantes
um plano tangente à superfície do vaso. em um elemento da parede estarão contidas em
um plano tangente à superfície do vaso.
2.1.6. Tensões em reservatóriosNossa
sujeitos
análiseadepressão
tensões eminterna
vasos de pressão de paredes finas será li-
Nossa análise de tensões em vasos de pressão de paredes finas será li-
mitada aos dois tipos de vasos encontrados com maior frequência: vasos de
Fig. 7.48 mitada aos dois tipos de vasos encontrados com maior frequência: vasos de
Reservatório
Fig. de
7.48 pressão pressão
paredes finas são caldeiras,cilíndricos
depósitos, e vasose de pressão
cisternas,
cilíndricos vasos esféricos
tanques,
de pressão (Figs. 7.497.49
e 7.50).
reservatórios,
esféricos (Figs. silos, etc.
e 7.50).
utilizados em recipientes com forma de corpo de revolução cilíndricos (Figura 2.14(a)) ou esféricos (Figura
2.14(b)) para utilização em aplicações de pressão de líquidos, gases ou materiais movediços.

(a) (b)
Fig. 7.49
Fig. 7.50
Fig. 7.49 Figura 2.14 – Reservatórios: (a)
Fig.cilíndricos;
7.50 (b) esféricos.

y
y

!1
t
! 1! 2 Considere um vaso cilíndrico de raio interno r e espessura de parede t que
!2 t
!2
ENIDH- Rosa Marat-Mendes !1
- 2023 r contém um
Considere um vaso
fluidocilíndrico
sob pressão (Fig.interno
de raio 7.51). rPropomos determinar
e espessura de parede
Página ast tensões
AT-12que
! 2 que atuam em um pequeno elemento de parede com lados respectivamente
z !1 r contém um fluido sob pressão (Fig. 7.51). Propomos determinar as tensões
x paralelos e perpendiculares ao eixo do cilindro. Em razão da axissimetria do
z que atuam em um pequeno elemento de parede com lados respectivamente
x vaso
paralelos e seu conteúdo, está
e perpendiculares clarodo
ao eixo quecilindro.
a tensão Em
de cisalhamento não está atuando
razão da axissimetria do
Fig. 7.51 no elemento. As tensões normais s1 e s2 mostradas na Fig. 7.51 são, portanto,
1

Cylindrical Vessels. Consider the cylindrical ve z


having a wallp thickness
2r
t, inner radius r, and subje t
pressure p that developed within the vessel by a conta
Folhas de Apoio à unidade curricular Órgãos de Máquinas Conceitos Básicos adesmall
this loading, Análise de Tensões
element of the vessel that is suff
from the ends and oriented as shown inThe
Fig.longitudina
8–1a, is sub
s1 r
stresses ss1 1 in thet circumferential or hoopof directio
portion section
2.1.6.1. Reservatórios cilíndricos s2 y
longitudinal or axial direction. acts uniformly thr
x (b)
The hoop stress can be determined contained gas. Sin
by considering
Um reservatório cilíndrico de raio interno, 𝑟, e espessura de parede, 𝑡, contém um
sectioned byfluido
planes sob pressão,
a, b, and vessel’s
𝑝
c. A free-body inner radiu
diagram of
along with the contained gas is shown in Fig. 8–1b
(Figura 2.15). Um elemento do reservatório cilíndrico está sujeito c a tensões, 𝜎+ ,in(tensão
loadings tangencial
the x direction are shown.ou
©F y = 0;loadings
These
b a
8 the uniform hoop stress s1 , acting on the vessel’s wall,
circunferencial) devido à pressão exercida na zona cilíndrica (a) (Figura 2.15(b)) e a tensões, 𝜎 , (tensão
acting on the vertical face$of the gas. For equilibrium i
406 CHAPTER 8 COMBINED LOADINGS
we require
longitudinal ou meridionais) devido à pressão exercida na tampa e no fundo (Figura 2.15(c)).
z Cylindrical Vessels. dyConsider the cylindrical ©F x =in0;Fig. 8–1a,
vessel 2[s11t dy2] - p12r dy2 = 0
t having a wall thickness t, inner
t radius r, and subjected to a gauge t
pressure p that developed
s1 within the vessel by a contained gas. Due to s2
this loading, a small element of the vessel that is sufficiently removed In the above equat
from the ends and oriented as shown in Fig. 8–1a, is subjected to normal pr
s1 r
stresses s1 in the circumferential or hoop direction and s2 in the
r s1 = s1 , s2 = the nor
s2 y p t respect
longitudinal or axial direction. 2r
x
The hoop stress can be determined by considering the vessel to be wall of
sectioned by planes a, b, and c. A free-body diagram of the back segment tension
along with the contained gas is shown in Fig. 8–1b.The Here only
p the
longitudinal p = by
stress can be determined the con
inte
c loadings in the x direction are shown. These loadings are developed
portion of section (c) Fig. 8–1a. Asgasshow
by b of the cylinder,
b a (a) s1 t
(b)vessel’s wall,
the uniform hoop stress s1 , acting on the
(a) actsand the pressure
uniformly (c)
throughout the wall, and pr acts oninn
= the th
acting on the vertical face(b)
of the gas. For equilibrium in the x direction,
contained gas. Since the mean radius is approximat
Figura 2.15 – (a) reservatório cilíndrico sob
we require pressão; (b) tensões tangenciais; (c) tensõesFig. longitudinais.
8–1 t = the thic
vessel’s inner radius, equilibrium in the y direction requ
8.1 THIN-WALLED PRESSURE VESSELS 407
dy ©Fx = 0; 2[s11t dy2] - p12r dy2 = 0
A tensão tangencial, 𝜎+ , é dada por:
By comparison,t note that the hoop or circumferential stress is ©Fy = 0; s212prt2 - p1pr22 = 0
twice as 8 Consequently, when
s1 large as the longitudinal or axial stress.
𝑝𝑟 vessels from rolled-formed
fabricating cylindrical pressure plates, the
𝜎 =
+ be designed to carry twice as much stress as the
longitudinal joints must pr ( 2.35 )
circumferential joints.
𝑡 s1 =
t
(8–1)
p pr
2r s2 =
A tensão longitudinal, 𝜎$ , é dada por: 2t
Spherical Vessels. We can analyze a spherical pressure vessel
in a similar manner. To do this, consider the vessel to have a wall
thickness t, inner radius r,𝑝𝑟 The longitudinal t isdetermined
stress canShown
be the barrel of a by considering
shotgun which the left
and subjected to an internal gauge pressure
p, Fig. 8–2a.
s1 If the 𝜎t $vessel
= is sectioned in portion
half, the of section
resulting
was clogged
b of the cylinder,
free-body Fig. with
s2 debris
8–1a. just before
As shown in Fig. 8–1c, s2 ( 2.36 )
2𝑡 acts uniformly
diagram is shown in Fig. 8–2b. Like the cylinder, throughout
equilibrium in the y
firing. Gas pressure from the charge
the wall, and
increased p acts onIn
the circumferential thesection
the
stress aboveofequations,
the
(b)
De ondedirection requires
se percebe contained gas. éSince
que a tensão tangencial the mean
o dobro within
da radius is approximately
the barrel
longitudinal:
r
rupture.
enough to cause theequal to the
s1 , s2 = the normal stress in the hoop and longitudi
vessel’s inner radius, equilibrium in the y direction requires
respectively. Each is assumed to be constan
©Fy = 0; 𝜎+ = 2s2× 𝜎$ - p1pr22©F
(2prt) = 0 = 0; s212prt2 - p1pr2z2 = 0
wall of the cylinder, and each subjects the m
8.1 THIN-WALLED PRESSURE VESSELS
y
407 tension. ( 2.37 )
8
p = the internal gauge pressure developed by th
, note that the hoop or circumferential stress is 2.1.6.2. Reservatórios esféricos p
gas
the longitudinal or axial stress. Consequently, when pr
rical pressure vessels from rolled-formed plates, the (c) s2 = (8–2)
r = the inner radius of the cylinder
must be designed to carry twice as much stress as the 2t
nts. Um reservatório esférico de sraio
2 =
printerior 𝑟 e parede(8–3)
com espessura 𝑡, contém um fluido sob uma pressão
2t
s
Fig. 8–1 2
t = the thickness of the wall 1r>t Ú 102
t
sels. We can analyzemanométrica 𝑝 (Figura
a spherical pressure vessel 2.16(a)).s2 Cortando o reservatório a meio pors umr plano que
y
passe através do centro 2

ner. To do this, consider the vessel to have a wall In the above equations, x
(Figura 2.16(b)) e considerando
was clogged with debrisojust corpo
before livre que consiste na parte do reservatório
Shown is the barrel of a shotgun which
radius r, and subjected to an internal gauge pressure t e o seu conteúdo localizado
e vessel is sectioned in half, the resulting free-body r firing. Gas pressure from the charge s1 , s2 = the normal stress in the hoop and longitudinal directions,
in Fig. 8–2b. Like the cylinder, equilibrium in the y
to be constant
increased the circumferential stress
à esquerda da secção, verifica-se que a secção é semelhante à da Figura 2.15(c), respectively. Each is assumed
throughout
ou seja,theas tensões que aí
This is thewithin
sametheresult
barrelas
enough to cause the
that obtained for the longitudinal stress in the a
rupture. wall of the cylinder, and each subjects the material to
cylindrical pressure vessel. Furthermore, from the analysis, this stress will
se desenvolvem sãoregardless
be the same tensões longitudinais
of the orientation of the e sãotension.
dadas
hemispheric pela equação(a)(2.38).
free-body 8
s2(2prt) - p1pr22 = 0 diagram. Consequently,
p z
p = the
a small element of the material internaltogauge pressure developed by the contained
is subjected
the state of stress shown in Fig. 8–2a. gas t
The above analysis
(c) indicates that an element of material taken from
r = the inner
either a cylindrical or a spherical pressure vessel is subjected to biaxialradius of the cylinder s2
stress, i.e., normal
Fig. 8–1stress existing in only two directions.
t = theActually,
thicknessthe of the wall 1r>t Ú 102
pressure also subjects the material to a radial stress, s3 , which acts along
pr
s2 = a (8–3)
radial line. This stress
s2 has a maximum value equal to the pressure p at
2t the interior wall and it decreases through the wall to zero at the exterior r
s2 y
surface of the vessel, sincer the gauge pressure there is zero. For thin-
walled vessels,
x however, we will ignore this radial-stress component,
since our limiting assumption of r>t t = 10 results in s2 and s1 being,
respectively, 5 and 10 times higher than the maximum radial stress,
p
in32the
result as that obtained for the longitudinal stress1s max = p. Finally,
a
(a)to an external pressure, the
if the vessel is subjected (b)
compressive
e vessel. Furthermore, from the analysis, this stress will stress developed within the thin wall may cause the vessel (b)
(a) 8
dless of the orientation of the hemispheric free-body
to become unstable, and collapse may occur by buckling rather than
ently, a small element of the material is subjected
causingto Figura
the material2.16 – (a) reservatório esférico sob pressão;Fig.
to fracture. (b)
8–2tensões tangenciais.
shown in Fig. 8–2a. t
ysis indicates that an element of material taken from
l or a spherical pressure vessel is subjected to biaxial 𝑝𝑟 s2
stress existing in only two directions. Actually, the 𝜎$ = ( 2.38 )
ects the material to a radial stress, s3 , which acts along 2𝑡
tress has a maximum value equal to the pressure p at
Por razões de simetria, ras tensões, 𝜎+ e 𝜎$ , que atuam nas quatro faces de um pequeno elemento de
nd it decreases through the wall to zero at the exterior
sel, since the gauge pressure there is zero. For thin-
wever, we will ignore this radial-stress component,
parede são iguais, logo:
assumption of r>t = 10 results in s2 and s1 being,
d 10 times higher than the maximum radial stress,
p
ly, if the vessel is subjected to an external pressure, the
developed within the thin wall may cause the vessel (b) 𝑝𝑟
le, and collapse may occur by buckling rather than 𝜎+ = 𝜎$ = ( 2.39 )
al to fracture. Fig. 8–2 2𝑡

ENIDH- Rosa Marat-Mendes - 2023 Página AT-13


As important as stress and deflection are in the design of mechanical parts, the
selection of a material is not always based on these factors. Many parts carry no loads
on them whatever. Parts may be designed merely to fill up space or for aesthetic quali-
ties. Members must frequently be designed to also resist corrosion. Sometimes temper-
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ature effects are more important in design than stress and strain. So many other factors
besides stress and strain may govern the design of parts that the designer must have the
2.2. Resistência Mecânica versatility that comes only with a broad background in materials and processes.

Resistência mecânica é uma propriedade de um material ou de um elemento mecânico. A resistência de


2–1 Material Strength and Stiffness
um elemento depende da escolha, do tratamento e do processo de fabrico do material. Tensão é algo que
The standard tensile test is used to obtain a variety of material characteristics and
acontece a uma peça devido à strengths
aplicação deare
that umausedforça, mas resistência
in design. é uma propriedade
Figure 2–l illustrates inerentespecimen
a typical tension-test à peça
1
devido ao uso de certo materialand
e determinado processo
its characteristic de fabrico.
dimensions. The original diameter d0 and the gauge length l0 ,
used to measure the deflections, are recorded before the test is begun. The specimen is
Muitas das resistências estáticas dependem
then mounted da informação
in the obtida
test machine andatravés
slowly de ensaios
loaded de tração
in tension whilepadronizados.
the load P and
deflection are observed. The load is converted to stress by the calculation
Estes ensaios utilizam provetes maquinados segundo dimensões pré-estabelecidas (Figura 2.17). Traciona-
P
se lentamente o provete enquanto se observam as cargas e as deformações σ = correspondentes. A força (2–1)𝐹é
A0
convertida em tensão por meio da equação no final do ensaio obtém-se um gráfico denominado diagrama
where A0 = 14 πd02 is the original area of the specimen.
tensão-extensão ou tensão-deformação.

𝐹 d0
𝐹
P P

l0

Figure 2–1
Figura 2.17 – Provete típico para um ensaio de tração.
A typical tension-test specimen. Some of the standard
dimensions
A deformação ou extensão normal used for d0 are
é calculada 2.5, 6.25, and 12.5 mm
por:
and 0.505 in, but other sections and sizes are in use.
𝑙Common
/ − 𝑙5
gauge
∆𝑙 lengths l0 used are 10, 25, and 50 mm
𝜀= = 2 in.em [mm/mm] ou [%]
and 1 and ( 2.40 )
𝑙5 𝑙5

A Figura 2.18 representa diagramas de tensão-extensão típicos para materiais dúcteis e frágeis. Materiais
1
dúcteis deformam-se muito maisSee
doASTM
que standards
materiais E8 and E-8 m for standard dimensions.
frágeis.

Figura 2.18 – Diagrama tensão-extensão: (a) material dúctil; (b) material frágil.

𝑶 − 𝒑𝒍 ® região linear elástica


Qualquer carregamento do material na zona linear elástica não altera as dimensões do provete. A relação
tensão-extensão uniaxial nessa região linear é dada pela lei de Hooke em que a inclinação da reta representa
o módulo de elasticidade ou módulo de Young, que na sua forma mais simples é representada por:

𝜎 = 𝜀𝐸 𝑒𝑚 [𝑀𝑃𝑎] = [𝑁⁄𝑚𝑚$ ] ( 2.41 )

ponto 𝒆𝒍 ® Tensão limite de elasticidade (Elastic Limit) (𝝈𝒆 )

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É a maior tensão que o material pode suportar sem sofrer uma extensão permanente quando a carga for
retirada, ou seja, a partir desse ponto a deformação passa a ser plástica e o material apresentará deformação
permanente quando a carga for retirada.

ponto 𝒚 ® tensão de cedência (Yield Strength) (𝝈𝒄 ) ou (𝑆1 )


Este ponto caracteriza o início da deformação plástica. É a tensão que produz uma pequena quantidade de
deformação permanente, ou seja, de por exemplo 0,2% (𝜀 = 0.002). Se o provete for descarregado neste
ponto, este vai sofrer um aumento de comprimento permanente.

ponto 𝒖 ® Tensão de rotura (Ultimate or Tensile Strength) (𝝈𝒓 ) ou (𝑆9 𝑜𝑢 𝑆9% )


A tensão correspondente a esse ponto é a tensão de rotura ou tensão máxima e é a maior tensão que o
material atinge no diagrama tensão-extensão.

ponto 𝒇 ® Tensão final (Fracture Strength) (𝝈𝒇 ) ou (𝑆/ )


Alguns materiais, a partir da tensão de rotura a carga decresce dando-se finalmente a fratura no ponto 𝑓. Há,
no entanto, outros, tais como o ferro fundido e o aço de alta resistência, fraturam enquanto a curva ainda está
a subir (Figura 2.18 (b)) e a tensão de rotura é coincidente com a tensão final.

Desta forma, pode-se concluir que os materiais dúcteis, são materiais que permitem grandes
deformações plásticas antes da fratura. Quando o carregamento atinge um certo valor máximo (𝜎; ), o diâmetro
do provete começa a diminuir, devido à perda de resistência local. Após este valor, um carregamento mais
baixo é suficiente para manter o corpo a se deformar, até se dar a fratura (𝝈𝒇 ). Esta fratura dá-se segundo
uma superfície em forma de cone e copo, que forma um ângulo aproximado de 45° com a superfície
perpendicular ao carregamento (Figura 2.19(a)). Materiais dúcteis são exemplo do cobre, do aço macio e do
alumínio. Quanto aos materiais frágeis, são materiais que fraturam após uma pequena deformação plástica
ou nenhuma. Para os materiais com comportamento frágil, não existe diferença entre a tensão de rotura e a
tensão de fratura (𝜎; =𝝈𝒇 ), além de que a deformação até à fratura é muito menor nos materiais frágeis do que
nos materiais dúcteis. A Figura 2.19(b) mostra que a fratura se dá numa superfície perpendicular ao
carregamento. Pode-se concluir daí que a fratura dos materiais frágeis se deve principalmente a tensões
normais. Um material frágil é um material que possui uma elevada dureza (> 500~600) e uma baixa
ductilidade (elongation) (< 5~8%) São exemplos desses materiais, os aços de alta resistência e os ferros
fundidos.

(a) (b)

superfície de fratura com aspeto fibroso e superfície de fratura com aspeto granular e
baço brilhante
Figura 2.19 – (a) rotura de um material dúctil; (b) rotura de um material frágil.
O comportamento dúctil vs frágil depende do material, da temperatura, do estado de tensão e da velocidade
de deformação.

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2.3. Critérios de falha


De forma a considerar estados combinados (biaxiais ou triaxiais) de tensão nos materiais, que são
aqueles mais comummente encontrados no mundo real, têm vindo a ser estudadas teorias ou critérios de
falha, que têm em conta as variáveis que determinam a falha de um material (de uma peça) que permita, por
meio do cálculo, proceder ao adequado dimensionamento ou verificação desse modo de falha. No projeto
mecânico, a falha dúctil (materiais dúcteis) é razoavelmente controlada pela Tensão de cedência e pelo
critério de Von-Mises (menos conservador que o critério de Tresca, mas com validação experimental
suficiente). A falha frágil (materiais frágeis) é razoavelmente controlada pela tensão de rotura do material,
desde que todas as tensões principais tenham o mesmo sinal. Quando alguma das tensões principais tiver
sinais contrários, sugere-se a aplicação de outros critérios mais apropriados (por exemplo o critério de Mohr).

São apresentados de seguida, dois dos principais critérios de falha existentes na literatura para materiais
dúcteis.

2.3.1. Critério da tensão de corte máxima (Tresca) (Maximum-Shear-Stress Theory)

O caso mais comum de corte de um material dúctil, como o aço carbono, é o deslizamento que ocorre ao
longo dos planos de contato dos cristais que, aleatoriamente ordenados, formam-se no próprio material. Esse
deslizamento deve-se à tensão de corte e, se produzirmos um provete fino altamente polido e o submetermos
a um ensaio de tração simples poderá ser visto como a tensão provoca o corte do material em que as linhas
apresentadas mostram claramente os planos de deslizamento, que ocorrem a aproximadamente 45° do eixo
do provete - Figura 2.20. A cedência inicial está associada ao aparecimento da primeira linha de deslizamento
na superfície do provete e, conforme a deformação aumenta, mais linhas de deslizamento aparecem até́ que
todo o provete tenha cedido. Se este deslizamento for considerado o mecanismo real de falha, então a tensão
que melhor caracteriza esta falha é a tensão de corte nos planos de deslizamento.

Este critério só é aplicável à falha por cedência, pois só nesta está implícito um mecanismo de corte. A falha
ocorre sempre que a tensão de corte máxima aplicada atinja a tensão de corte máxima que está presente no
ocorrem a aproximadamente 45º do eixo da tira.

como a tensão provoca o escoamento do material como está no esboço da Figura 1.


com uma tira fina altamente polida e a submetermos a um ensaio de tração simples
material. Esse deslizamento deve-se a tensão de cisalhamento e, se fizermos um
ocorre ao longo dos planos de contato dos cristais que, aleatoriamente ordenados, fo

Teoria da Tensão de Cisalhamento Máxima ou Critério do Escoamento de Tres


Materiais Dúcteis

admissíveis descritas em muitas normas de projeto.


submetido a um estado multiaxial de tensões. Utilizam-se estas teorias para se cal

estados de tensão biaxial ou triaxial, o critério para ruptura fica mais difícil de estabe
estado de tensão uniaxial, como no caso de tensão simples; Caso o elemento este

o material for frágil, ela será especificada pela fratura.


provete de tração quando este entra em cedência.
As linhas apresentadas na Figura 1 mostram claramente os planos de de

O caso mais comum de escoamento de um material dúctil, como o aço, é o d

Na prática da Engenharia estudam-se quatro teorias para prever a ruptura

Esses modos de falha são prontamente definidos se o elemento estiver s


𝜎<
|𝜎+ − 𝜎, | = 2𝜏&'( ≥ ( 2.42 )
𝑛

ou
𝜎<
𝜏&'( = ( 2.43 )
2𝑛

45°
Figura1 - Escoamento do aço.

Figura 2.20 – Linhas de corte a 45º num ensaio de tração de um aço.

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2.3.1. Critério da energia de distorção (von Mises) (Distortion-Energy Theory)

Embora a teoria da tensão de corte máxima (tresca) forneça uma hipótese razoável para a cedência em
materiais dúcteis, a teoria da energia de distorção máxima (von Mises) correlaciona-se melhor com os dados
experimentais e, deste modo, é geralmente preferida. Nesta teoria, considera-se que a cedência ocorre
quando a energia associada à mudança de forma de um corpo sob carregamento multiaxial for igual à energia
de distorção num provete de tração, quando a cedência ocorre na tensão de cedência uniaxial (𝑆1 ).

Este critério, tal como o anterior também só é aplicável à falha por cedência. A falha ocorre sempre que a
energia de distorção verificada num ponto qualquer da peça considerada, atinja o valor da energia de
distorção presente no provete de tração quando este entra em cedência.

Para um estado geral de tensões principais a falha ocorre se a tensão máxima atingir a tensão de cedência:
+
(𝜎+ − 𝜎$ )$ + (𝜎$ − 𝜎, )$ + (𝜎, − 𝜎+ )$ $ ( 2.44 )
ˆ ‰ ≥ 𝜎<
2

A equação equivalente de von-Mises, 𝜎<= , para um estado tridimensional genérico é dada por:

𝜎<= = Š‹𝜎( $ + 𝜎1 $ + 𝜎0 $ − 𝜎( 𝜎1 − 𝜎1 𝜎0 − 𝜎0 𝜎( + 3Œ𝜏(1 $ + 𝜏10 $ + 𝜏(0 $ •Ž ( 2.45 )

Para tensões planas, tem-se que 𝜎0 = 𝜏10 = 𝜏(0 = 0, logo a equação de von Mises vem dada por:

𝜎<
𝜎<= = Š𝜎( $ + 𝜎1 $ − 𝜎( 𝜎1 + 3Œ𝜏(1 $ • ≥ ( 2.46 )
𝑛

Para um estado de corte puro à cedência vem:

>"
Š3Œ𝜏(1 $ • ≥ ( 2.47 )
?

ou
>"
𝜏&'( ≥ ( 2.48 )
√,?

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2.4. Concentração de Tensões


As expressões básicas da “Mecânica dos Materiais” que dão a distribuição de tensões numa peça
assumem que as secções retas se mantêm constantes, não existindo irregularidades na peça ao se passar
de uma secção para outra. Na verdade, na prática, as peças têm sempre algumas irregularidades.

Irregularidades comuns são por exemplo:

• veio com transições bruscas de secção para prover encostos de peças montadas sobre ele
(p.ex. rolamentos);
• veios com escatéis para fixação de outras peças (p.ex. rodas dentadas);
• parafuso com transição brusca de secção na arreigada (p.ex. entre a espiga e a cabeça; parte lisa
para a parte roscada);
• furos em peças;
• entalhes (p.ex. riscos de maquinação, picadas, corrosão).

Todos os acidentes geométricos das peças alteram a distribuição de tensões de tal forma que as
expressões básicas já não se descrevem corretamente. Estes acidentes geométricos provocam uma
concentração de tensões (Figura 2.21). No primeiro caso, a distribuição de tensões é uniforme ao longo da
largura do provete, pois não existe qualquer acidente geométrico na peça. Nos dois outros casos, observa-
se que há uma concentração de tensões (tensões máximas 𝜎&'( ) junto aos acidentes geométricos, isto pois
quando as linhas são desviadas por um entalhe (acidente geométrico), é como se este as empurrasse umas
contra as outras. O resultado é um aumento da densidade de linhas na vizinhança do acidente geométrico,
i.e., aumentando a tensão local.

Figura 2.21 – Exemplos de concentração de tensões.

Na Figura 2.22 podem-se visualizar as tensões locais na zona de um furo, de onde se depreende que há
medida que se aproxima do furo, as tensões aumentam, atingindo um máximo junto ao furo.

Figura 2.22 – Tensões locais na zona do furo (zona de maiores concentrações de tensões)

É importante que o projetista desenvolva uma sensibilidade de visualização intuitiva da concentração de


tensões. Para tal é utilizada a analogia do fluxo de força, em que cada linha representa uma parcela igual da
força total. Quando as linhas são desviadas por um entalhe, é como se este as “empurrasse” umas contra as

ENIDH- Rosa Marat-Mendes - 2023 Página AT-18


ample, for a flat plate with a hole in it subjected to a tensile force, the nominal stress is
computed as the force divided by the minimum cross-secfional area through the location of
the hole.
But there are other cases in which the gross area is used in calculating the nominal
Folhas de Apoio à unidade curricular Órgãos destress.
Máquinas
For example, we analyze keyseats by Conceitos
applyingBásicos deconcentration
the stress Análise de Tensões
factor to the
computed stress in the full-diameter portion of the shaft.
outras. O resultado é um aumento da densidade Figurede3-25 shows
linhas na an experimental
vizinhança do device
acidentethat geométrico,
demonstrates the
i.e.,phenomenon
aumento of
stress concentrations. A model of a beam having .several different cross-secfional heights is
da tensão local. made from a special plastic that reacts to the presence of varying stresses at different points.
When the model is viewed through a polarizing filter, several black fringes appear. Where
A severidade da concentração de tensões é proporcional
there are à “quantidade
many closely spaced de brusquidão”
fringes, the stress na deformação
is changing rapidly. We can compute do the
actual magnitude of stress by knowing the optical characteristics of the plastic.
fluxo e a concentração de tensões é tanto The maior
beamquanto menor
in Figure 3-25 isfor o raio
simply de fundo
supported near do
eachentalhe e/ou
end and is quanto
loaded vertically
at its middle. The largest stress
menor for a distribuição da brusquidão do entalhe (Figura 2.23 e Figura 2.24). occurs to the left ofthe middle where the height ofthe cross
section is reduced. Note that the fringes are very clo.se together in the vicinity of the fillet
connecting the smaller section to the larger part where the load is applied. This indicates

FIGURE 3-25
Illustration of stress
concentrations
(Source: Measurements
Group. Inc.. Raleigh. (b)
North Carolina. (a)
U.S.A.)

Figura 2.23 – Analogia do fluxo em dois entalhes com raios distintos: (a) raio menor com concentração de
tensões maior; (b) raio maior com concentração de tensões menor.

Figura 2.24 – Analogia do fluxo numa ligação por chaveta

2.4.1. Fator de Concentração de Tensões

A concentração de tensões é então função da geometria do entalhe presente na peça e quantifica-se


através do fator de concentração de tensões teóricos ou geométricos, definido pela equação para tensões
normais e pela equação para tensões de corte, respetivamente:
𝜎&'(
𝐾% = ⇔ 𝜎&'( = 𝐾% 𝜎?A& ( 2.49 )
𝜎?A&*?'B
𝜏&'(
𝐾%D = ⇔ 𝜏&'( = 𝐾%D 𝜏?A& ( 2.50 )
𝜏?A&*?'B

ENIDH- Rosa Marat-Mendes - 2023 Página AT-19


Folhas de Apoio à unidade curricular Órgãos de Máquinas Conceitos Básicos de Análise de Tensões

O fator de concentrações de tensões pode ser determinado analiticamente (através do método de elementos
finitos) ou experimentalmente (através de técnicas de análise experimental de tensões: extensometria,
fotoelasticidade e vernizes frágeis).

Para um grande número de aplicações práticas, o projetista já tem soluções para 𝐾% e 𝐾%D publicadas na
literatura. Desta forma, depreende-se que 𝐾% varia com o tipo de carga aplicada e com a geometria da peça
sendo independente do tipo de material. Algumas dessas tabelas apresentam-se no Anexo I.

A concentração de tensões não é igualmente prejudicial na resistência de um material dúctil ou num frágil.
Num material dúctil, assim que a tensão num ponto atingir a tensão de cedência, o material deforma-se
plasticamente nessa zona, de concentração de tensões. Num material frágil, a tensão num ponto atinge o
valor da tensão de rotura, deve-se deste modo aplicar sempre o fator de concentração de tensões nestes
materiais. Qualquer que seja o material, é ponto assente que o projetista deve sempre e na medida possível
evitar as concentrações de tensões.

ENIDH- Rosa Marat-Mendes - 2023 Página AT-20


1034
1034 Mechanical Engineering
Mechanical Engineering Design
1034 Mechanical Engineering Design
Design
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Table A–15
Table A–15
Table
2.5. A–15I: Tabelas para o cálculo do fator de concentração de tensões
Anexo
Charts of
of Theoretical Stress-Concentration K*
Stress-Concentration Factors K
Charts
Charts of Theoretical Factors K*t*tt
Theoretical Stress-Concentration Factors

Figure A–15–1
Figure A–15–1 3.0
3.0
Figure A–15–1 3.0

Bar in
in tension oror simple ddd
Bar
Bar in tension
tension or simple
simple
compression with a transverse 2.8
2.8
compression
compression with
with aa transverse
transverse 2.8 FFF w
w FF
hole. s FyA, where
s 5 FyA, w F
hole. 5 FyA, where
hole. s000 5 where
A5 5 (w 2 and t is the
2 d)t and
AA 5 (w(w 2 d)td)t and tt isis the
the 2.6
2.6
thickness.
thickness. 2.6
thickness. Kt
K
Kt t
2.4
2.4
2.4

2.2
2.2
2.2

2.0
2.0
2.000 0.1
0.1 0.2
0.2 0.3
0.3 0.4
0.4 0.5
0.5 0.6
0.6 0.7
0.7 0.8
0.8
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
d/w
d/w
d/w

3.0
Figure
Figure A–15–2
A–15–2
3.0
3.0 ddd

Rectangular /h == 00
ddd/h
Rectangular bar
bar with
with aa /h =0 w
w
transverse 2.6
2.6 w
transverse hole in bending.
hole in bending. 2.6
ss00 5 McyI, where 0.25
0.25
5 McyI, where 0.25 M
M M
M
0 M M
I 5 (w 2 d)h333y12. 0.5
I 5 (w 2 d)h y12. 2.2 0.5
0.5
2.2
2.2 hhh
1.0
1.0
Ktt 1.0
Kt
2.0
2.0
1.8
1.8 2.0
1.8
`
`
`

1.4
1.4
1.4

1.0
1.0
1.000 0.1
0.1 0.2
0.2 0.3
0.3 0.4
0.4 0.5
0.5 0.6
0.6 0.7
0.7 0.8
0.8
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
d/w
d/w
d/w

3.0
Figure
Figure A–15–3
A–15–3
3.0
3.0 rrr
w/d == 33
w/d
Notched w/d = 3
Notched rectangular
rectangular bar
bar in
in FFF w
w
w ddd FF
tension or simple compression. 2.6
2.6 F
tension or simple compression. 2.6
ss0 5 FyA, where A 5 dt
0 5 FyA, where A 5 dt
and 1.5
1.5
and t is the
t is the thickness.
thickness. 2.2
2.2
1.5
2.2
1.2
1.2
1.2
KKtt
t 1.1
1.1
1.8 1.1
1.8
1.8
1.05
1.05
1.05

1.4
1.4
1.4

1.0
1.0
1.000 0.05
0.05 0.10
0.10 0.15
0.15 0.20
0.20 0.25
0.25 0.30
0.30
0 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
/d
rrr/d
/d

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Useful Tables
Useful Tables
Table A–15
Table A–15
Table A–15 *
Charts
Folhas de Apoioof Theoretical
à unidade Stress-Concentration
curricular Órgãos de Máquinas Factors K t (Continued)Conceitos Básicos de Análise de Tensões
Charts of Theoretical Stress-Concentration Factors K*t * (Continued)
Charts of Theoretical Stress-Concentration Factors K t (Continued)
Figure A–15–4 3.0

Figure A–15–4 3.0 1.10 w/d = ` r


Figure
Notched A–15–4
rectangular bar in 3.0
2.6 1.10 w/d = ` r
bending. 0 5 McyI, barwhere 1.10 w/d = ` M M
Notchedsrectangular dr
bar in 1.5 w
Notched rectangular
3 in
c bending.
5 dy2, Is5 td y12, and t is
0 5 McyI, where
2.6 1.05 M M
bending. s0 5 McyI, where 2.6 1.5 M w d M
the thickness. 1.5 w d
c5 dy2, I 5 td 3y12, and t is 1.05
c 5 dy2, I 5 td 3y12, and t is 2.2 1.05
the thickness.
the thickness. Kt 2.2 1.02
2.2
Kt 1.8 1.02
Kt 1.02
1.8
1.8
1.4
1.4
1.4
1.0
0 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
1.0
1.00 0.05 0.10 0.15r /d 0.20 0.25 0.30
0 0.05 0.10 0.15
r /d 0.20 0.25 0.30
Figure A–15–5 3.0 r /d
Figure A–15–5 3.0
r
Figure filleted
Rectangular A–15–5
bar in 3.0
D/d = 1.50
r
Rectangular
tension filleted
or simple bar in
compression. 2.6 D/d = 1.50 rd
Rectangular filleted bar in F D F
stension
0 5 FyA,or simple
where Acompression.
5 dt and 2.6 D/d = 1.50
tension or simple compression. 2.6 F D d F
ts 5 FyA,
is0 the where A 5 dt and
thickness. 1.10 F F
D d
s 0 5
t is theFyA, where A 5 dt and
thickness. 2.2 1.10
t is the thickness. 2.2 1.10
Kt 2.2
Kt 1.05
K1.8
t
1.05
1.8 1.05
1.8 1.02
1.4 1.02
1.4 1.02
1.4
1.0
1.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
0 0.05 0.10 0.15r/d 0.20 0.25 0.30
1.0
0 0.05 0.10 r/d
0.15 0.20 0.25 0.30
Figure A–15–6 3.0 r/d
Figure A–15–6 3.0
r
Figure filleted
Rectangular A–15–6
bar in 3.0
r
Rectangular filleted bar in 2.6
bending. s0 5 McyI, where 1.05 M rd M
Rectangular
bending. s0 5 filleted
McyI,bar in
where 2.6 M D M
c 5 dy2, I 5 td 3y12,
3
t is the 1.05 D d
c 5 dy2, s
bending. y12, twhere
I 055tdMcyI, is the 2.6 3 M M
thickness. 1.05
3 D d
5 dy2, I 5 td 3y12, t is the
cthickness. 2.2
1.1
2.2 3 1.1 1.3
thickness. Kt 2.2 1.3
Kt 1.1 1.3
K1.8
t 1.8

1.8
1.4 D/d = 1.02
1.4 D/d = 1.02

1.4 D/d = 1.02


1.0
1.00 0.05 0.15 0.10 0.20 0.25 0.30
0 0.05 0.15 0.10 0.20 0.25 0.30
1.0 r/d (Cont
(Conti
r/d
0 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
r/d Design, vol. 23, no. 2, February 1951, p. 169; no. 3,(Co
*Factors from R. E. Peterson, “Design Factors for Stress Concentration,” Machine Mar
*Factors from R. E. Peterson, “Design Factors for Stress Concentration,” Machine Design, vol. 23, no. 2, February 1951, p. 169; no. 3, Marc
1951,
1951,p.p.161,
161,no. 5,5,May 1951,
1951,p.p.159;
159;no. 6,6,June 1951, p. 173;
173; no.
no. 7,
7, July 1951, p. 155.
155. Reprinted
Reprinted with
with permissionfrom
from MachineDesign,
Design,
*Factors fromno.
R. E.May
Peterson, “Design no.
Factors June
for1951,
Stressp.Concentration,”
JulyMachine
1951, p. Design, vol. 23, no. permission
2, February 1951,Machine
p. 169; no. 3, M
a aPenton
Penton Media
Media Inc. publication.
1951, p. 161, no.Inc. publication.
5, May 1951, p. 159; no. 6, June 1951, p. 173; no. 7, July 1951, p. 155. Reprinted with permission from Machine Desig
a Penton Media Inc. publication.

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Table
Table A–15
A–15
Charts of Theoretical Stress-Concentration Factors K** (Continued)
Charts
Folhas de Apoio of Theoretical
à unidade Stress-Concentration
Stress-Concentration
curricular Órgãos de Máquinas Factors K
Factors Kttt
Conceitos Básicos de Análise de Tensões

Figure
Figure A–15–7
A–15–7 2.6
2.6
2.6

Round rrr
Round shaft
shaft with
with shoulder
shoulder fillet
fillet
in
in tension.
tension. s FyA, where
5 FyA,
s00 5 where
2 2.2
2.2 FF D
D ddd FF
F
AA 5 pd 2y4.
5 pd y4.

Kttt 1.8
K 1.8 DD//dd =
= 11..5
500
11..00 11..1100
55
1.4
1.4
11.0
.022

1.0
1.0
00 0.05
0.05 0.10
0.10 0.15
0.15 0.20
0.20
0.20 0.25
0.25
0.25 0.30
0.30
0.30
r/d
r/d

Figure
Figure A–15–8
A–15–8 3.0
3.0

rrr
Round
Round shaft
shaft with
with shoulder
shoulder fillet
fillet
in torsion.
in torsion. tt00 5 TcyJ, where
5 TcyJ, where 2.6
2.6
44 D
D ddd
cc 5 dy2 and
5 dy2 and JJ 5 pd 4y32.
5 pd y32. TT TTT

2.2
2.2
K
Ktsts
1.8
1.8

D
D//dd == 2 1.20
1.20 1.33
2 1.33
1.4
1.4 11.0
.099

1.0
1.0
00 0.05
0.05 0.10
0.10 0.15
0.15 0.20
0.20
0.20 0.25
0.25
0.25 0.30
0.30
0.30
r/d
r/d

Figure
Figure A–15–9
A–15–9 3.0
3.0
rrr
Round
Round shaft
Round shaft
shaft with
with shoulder
shoulder fillet
fillet
in bending. s 5 McyI, where 2.6
2.6
2.6
inin bending.
bending. ss000 5 McyI, where
5 McyI, where M D ddd M
44y64. M
M D
D M
M
ccc 5
5 dy2 and
and III 5
dy2 and
5 dy2 5 pd 4y64.
pd
5 pd y64.
2.2
2.2
2.2
K
K
Kttt
1.8
1.8
1.8 D
D///ddd =
D
== 333
1.5
1.5
1.5
1.4
1.4
1.4 1.10
1.10
1.10 111.0
.0222
.0
1.05
1.05
1.05
1.0
1.0
1.00
00 0.05
0.05
0.05 0.10
0.10
0.10 0.15
0.15
0.15 0.20
0.20
0.20 0.25
0.25
0.25 0.30
0.30
0.30
r/d
r/d
r/d

ENIDH- Rosa Marat-Mendes - 2023 Página AT-23


Table A–15
Table A–15
Table A–15
Charts of
Charts of Theoretical
Theoretical Stress-Concentration Factors KK*t*t (Continued)
Stress-Concentration Factors (Continued)
Folhas de Apoio àof
Charts unidade curricular
Theoretical Órgãos de Máquinas
Stress-Concentration Conceitos Básicos de Análise de Tensões
Factors K*t (Continued)

Figure A–15–10
Figure A–15–10 4.0
4.0
Figure A–15–10 4.0 TT
T dd
Round shaft
Round shaft in
in torsion
torsion with
with d
Round shaft in
transverse hole.
hole. torsion with 3.6
3.6 TT DD
transverse 3.6 A
transverse hole. T D BB A
B A
KKts,,AA !D33 dD
JJ =!D dD22
3.2 Ktsts, A J cc =!D 3
16 ––dD26 (approx)
(approx)
KKts 3.2 16 6
Ktsts 3.2 c = 16 – 6 (approx)

KKts,,BB
2.8
2.8 Ktsts, B
2.8

2.4
2.4
2.4 00 0.05
0.05 0.10
0.10 0.15
0.15 0.20
0.20 0.25
0.25 0.30
0.30
0 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
d/D
d/D/D
d

Figure
Figure A–15–11
Figure A–15–11
A–15–11
3.0
3.0
3.0
d
dd
Round
Round shaft
Round shaft in bending
shaft in
in bending
bending D
with a transverse hole. s
s00 55 2.6
2.6 DD
with
with aa transverse
transverse hole.
hole. s 0 5 2.6
3 2
My[(pD 3
My[(pD 3y32)
My[(pD y32) 2 (dD
y32) 2
2 (dD
2 y6)],
(dD2y6)],
y6)], M
MM M
MM
approximately.
approximately.
approximately. 2.2
2.2
2.2
KKttt
K
1.8
1.8
1.8

1.4
1.4
1.4

1.0
1.0
1.0
000 0.05
0.05
0.05 0.10
0.10
0.10 0.15
0.15
0.15 0.20
0.20
0.20 0.25
0.25
0.25 0.30
0.30
0.30
dd/D
d/D /D

Figure A–15–12
Figure A–15–12
A–15–12 11
11
11
t tt
Plate loaded
Plate
Plate loaded in in tension
tension
tension byby
by aaa
pin through a hole. s 5 FyA, 999 h hh
pin through a hole.
pin through a hole. s00 5 FyA,
s0 5 FyA, d dd
where A 5 (w 2 d)t. When h/w===0.35
h/w
h/w 0.35
0.35
where AA 5
where (w 2
5 (w 2 dd)t. When
)t. When
clearance exists,
clearance
clearance exists, increase
exists, increase
increase K KKtt ww
w F/2F/2 F/2F/2
t 77 F/2 F/2
35 to 50 percent. (M. M. Frocht 7
35 to
35 to 50
50 percent.
percent. (M.(M. M.
M. Frocht
Frocht
and H.H. N.
N. Hill, “Stress- KKt
and
and H. N. Hill, “Stress-
Hill, “Stress- Ktt
Concentration Factors
Concentration Factors around
Factors around
around 55
Concentration 5
a Central Circular Hole in
in aaa
F
aa Central
Central Circular
Circular HoleHole in FF
Plate Loaded
Plate Loaded through
Loaded through a
through aa PinPin
Pin in in h/w = 0.50
Plate in h/w==0.50
h/w 0.50
Hole,” J. Appl. Mechanics, 3
Hole,” J. Appl. Mechanics,
Hole,” J. Appl. Mechanics, 33 h/w $ 1.0
vol. 7, no. 1, March 1940, h/w$
h/w 1.0
$1.0
vol. 7,
vol. 7, no.
no. 1,
1, March
March 1940,
1940,
p. A-5.)
p. A-5.)
p. A-5.) 1
110 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8
00 0.1
0.1 0.2
0.2 0.3
0.3 0.4
0.4
d/w
0.5
0.5 0.6
0.6 0.7
0.7 0.8
0.8 (Con
dd/w
/w (C
(C
*Factors from R. E. Peterson, “Design Factors for Stress Concentration,” Machine Design, vol. 23, no. 2, February 1951, p. 169; no. 3, Ma
*Factors from
*Factors from R.
R. E.
E. Peterson,
Peterson, “Design
“Design Factors
Factors for
for Stress
Stress Concentration,”
Concentration,” Machine
Machine Design,
Design, vol.
vol. 23,
23, no.
no. 2,
2, February
February 1951,
1951, p.
p. 169;
169; no.
no. 3,
3,
1951, p. 161, no. 5, May 1951, p. 159; no. 6, June 1951, p. 173; no. 7, July 1951, p. 155. Reprinted with permission from Machine Design
1951, p.
1951, p. 161,
161, no.
no. 5,
5, May
May 1951,
1951, p.
p. 159;
159; no.
no. 6,
6, June
June 1951,
1951, p.
p. 173;
173; no.
no. 7,
7, July
July 1951,
1951, p.
p. 155.
155. Reprinted
Reprinted with
with permission
permission from
from Machine
Machine Des
Des
Penton Media Inc. publication.
Penton Media
Penton Media Inc.
Inc. publication.
publication.

ENIDH- Rosa Marat-Mendes - 2023 Página AT-24


Table
Table A–15
A–15
Charts Stress-Concentration Factors K
K*tt * (Continued)
(Continued)
Folhas de Apoio àof
Charts Theoretical
ofunidade
Theoretical
curricularStress-Concentration
Órgãos de Máquinas Factors Conceitos Básicos de Análise de Tensões

Figure
Figure A–15–13
A–15–13
3.0
3.0
rr
1.15
1.15
Grooved
Grooved round
round bar
bar in tension.
in tension.
s 5 FyA, where A 5 pd 22y4.
y4. 2.6
2.6
s00 5 FyA, where A 5 pd 1.05
1.05 FF D
D dd FF
F

2.2
2.2
Ktt
Kt
1.02
1.02 D/d ==1.50
D/d 1.50
1.8
1.8

1.4
1.4

1.0
1.0
00 0.05
0.05
0.05 0.10
0.10
0.10 0.15
0.15
0.15 0.20
0.20
0.20 0.25
0.25
0.25 0.30
0.30
0.30
/d
rrr/d
/d

Figure A–15–14 3.0


3.0
rrr
Grooved round
Grooved round bar
bar in
in bending.
bending.
s 5 McyI, where c
s000 5 McyI, where c 55 dy2
dy2 2.6
2.6 M M
M
M D
D ddd M
M
D
and II 5
and pd 44y64.
5 pd y64.
1.05
1.05
2.2
Kttt
1.02
1.02 D/d==
D/d
D/d 1.50
=1.50
1.50
1.8
1.8

1.4
1.4

1.0
1.00
0 0.05
0.05
0.05 0.10
0.10
0.10 0.15
0.15
0.15 0.20
0.20
0.20 0.25
0.25
0.25 0.30
0.30
0.30
/d
rrr/d
/d

Figure A–15–15
Figure A–15–15 2.6
2.6
rrr
Grooved round
Grooved round bar
bar in
in torsion.
torsion. TT
T TTT
TcyJ, where c 2.2
t0 5 TcyJ, where c 5 dy2
t 0 5 5 dy2 2.2 D
D ddd
D
and JJ 5
and pd 44y32.
5 pd y32.

1.8
1.8 1.05
K
Ktsts 1.05

D/d==
D/d
D/d =1.30
1.30
1.30
1.4
1.4
1.02
1.02
1.02

1.0
1.00 0.05
0.05 0.10
0.10 0.15
0.15 0.20
0.20 0.25
0.25 0.30
0.30
0 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
rr/d
/d
r/d

*Factors from
*Factors from R.
R. E. Peterson, “Design
E. Peterson, Factors for Stress Concentration,” Machine
“Design Factors for Stress Concentration,”
Concentration,” Machine
Design, vol.
Machine Design,
Design, vol.
23, no.
vol. 23,
23, no.
2, February
no. 2,
2, February
1951, p.p.169;
February 1951,
1951, p. 169;
no. 3,3,M
169; no.
no. 3, M
M
p. 161, no. 5, May 1951, p. 159; no. 6, June 1951, p. 173; no.
no. 7,
7, July
July 1951,
1951, p.
p. 155.
155. Reprinted
Reprinted with
with permission
permission from
from Machine
Machine Design,
Design, aaPe
P
p. 161, no. 5, May 1951, p. 159; no. 6, June 1951, p. 173; no. 7, July 1951, p. 155. Reprinted with permission from Machine Design, a P
Media Inc.
Media Inc. publication.
publication.

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Table A–15
Charts
Folhas de Apoio àofunidade
Theoretical Stress-Concentration
curricular Órgãos de Máquinas Factors K*t (Continued)
Conceitos Básicos de Análise de Tensões

Figure A–15–16
a
r r
Round shaft with flat-bottom t
9.0 F F
groove in bending and/or D d
M M
tension.
r
4F 32M 8.0 t
s0 5 2
1
pd pd 3 0.03
Source: W. D. Pilkey and
7.0 0.04
D. F. Pilkey, Peterson’s Stress-
Concentration Factors, 3rd ed.
0.05
John Wiley & Sons, Hoboken,
6.0
NJ, 2008, p. 115.
Kt 0.07

5.0 0.10
bud98209_appa_1011-1066.indd Page 1040 12/4/13 6:51 PM f-496 /204/MH01996/bud98209_disk1of1/00
0.15
4.0 0.20

0.40
3.0 0.60
1040 Mechanical Engineering Design
1.00
2.0

Table A–15
1.0
Charts of Theoretical Stress-Concentration 0.8 0.91.0K*t (Continued)
0.5 0.6 0.7Factors 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0
a/t
(Co
Figure A–15–17 r
a
r
T
t
Round shaft with flat-bottom
D d
groove in torsion.
16T
t0 5
pd 3 T
Source: W. D. Pilkey and 6.0
D. F. Pilkey, Peterson’s Stress-
Concentration Factors, 3rd ed.
r
John Wiley & Sons, Hoboken, 5.0 t
NJ, 2008, p. 133
0.03

0.04
4.0

Kts 0.06

3.0
0.10

0.20
2.0

1.0
0.5 0.6 0.7 0.8 0.91.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0
a/t

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2.6. Anexo II: Propriedades geométricas.


Table A-18 Geometric Properties. Part 1 – Properties of sections.

Table A-18 Geometric Properties. Part 2-Properties of solids.

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2.7. Anexo III: Secções normalizadas de vigas

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2.8. Anexo IV: Flexão de vigas: Tabelas de Momentos Fletores, Esforços


Transversos e flexas máximas
Table A-9 Shear, Moment and Deflection of Beams. (Note: Force and moment reactions are positive in the directions
shown; equations for shear force V and bending moment M follow the sign conventions given in Sec. 3–2.)

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Referências Bibliográficas:

[1] Juvinal, R.C. Marshek, K.M. Machine Component Design. 5th Edition, John Wiley & Sons, Inc. 2012.

[3] Moura Branco, C. Martins Ferreira, J. Domingos da Costa, J. Silva Ribeiro, A. Projecto de Órgãos de
Máquinas. Fundação Calouste Gulbenkian. 2005.

[4] Hamrock, B.J. Jacobson, B. Schmid, S.R. Fundamentals of Machine Elements. McGra-Hill. 1999.

[5] Budynas, R. Nisbett, J.K. Shigley’s Mechanical Engineering Design. 9th Edition, McGraw-Hill. 2011.

[6] Pina da Silva F., Matos Almas E., Carinhas H. Folhas de Órgãos de Máquinas. Secção de Folhas da
AEIST, Instituto Superior Técnico.

[7] Franco Correia, V. Órgãos de Máquinas, Textos de Apoio, Volume 1. ENIDH. 2021.

[8] Marat-Mendes, R. Apontamentos teóricos de Elementos de Máquinas I. ESTSetúbal, IPS. 2017.

[9] Beer, F.P., Johnston Jr., E.R., DeWolf, J.T., Mazurek, D.F. Mecânica dos Materiais, 5ª edição. McGraw
Hill. 2011.

[10] Hibbeler, R.C. Mechanics of Materials, 8th edition. Prentice Hall. 2011.

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