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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ.

MATERIAIS CONDUTORES

André Ivo Vieira1


Daniel da Silva Alves2
Denner Telles de Moraes3
Mauricio da silva costa4

Resumo
Este trabalho busca de forma simples, mostrar porque os metais são condutores
através de sua camada de valência, onde possuem apenas um elétrons na última camada
de energia o que difere dos isolantes e semicondutores, e a importância do material
condutor no dia-a-dia em suas diversas áreas e aplicações na modernidade, na qual as
linhas de transmissão detém o maior percentual de utilização dos mesmos, mostra
também os tipos de matérias condutores mais utilizados de acordo com sua resistividade
e condutividade elétrica e quanto ao seu custo na utilização, o no avanço da tecnologia
em relação aos materiais condutores com a descobertas de novos materiais que vem a
contribuir para superar um dos maiores obstáculos da computação quântica.
Palavras-chave: Materiais condutores, obstáculo da computação quântica,
resistividade elétrica.

1-Introdução
O que caracteriza o material ser bom condutor é o fato de os elétrons de valência
estarem fracamente ligados ao átomo, podendo ser facilmente deslocados do mesmo.
Outros materiais que possuem uma constituição semelhante à do cobre, com um único

1 Graduando de Engenharia de Controle e Automação, IFPA-Campus Belém, e-mail:


andreivovieira@hotmail.com
2
Graduando de Engenharia de Controle e Automação, IFPA-Campus Belém, e-mail:
danielalves_09@hotmail.com
3
Graduando de Engenharia de Controle e Automação, IFPA-Campus Belém, e-mail:
denner53@gmail.com
4
Graduando de Engenharia de Controle e Automação, IFPA-Campus Belém, e-mail:
mauricio.mm8711@gmail.com
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elétron na camada de valência, são o ouro e a prata, dois outros excelentes condutores de
eletricidade.

Os materiais condutores são caracterizados por diversas grandezas, dentre as


quais se destacam: condutividade ou resistividade elétrica, coeficiente de temperatura,
condutividade térmica, potencial de contato, comportamento mecânico, etc. Estas
grandezas são importantes na escolha adequada dos materiais, uma vez que das mesmas
vai depender se estes são capazes de desempenhar as funções que lhe são atribuídas. A
escolha do material condutor mais adequado, nem sempre recai naquele de características
elétricas mais vantajosas, mas sim, em um outro metal ou uma liga, que, apesar de
eletricamente menos vantajoso, satisfaz as demais condições de utilização.

Os principais materiais de elevada condutividade elétrica são os metais nobres,


acrescidos de alguns de outros grupos, e de suas ligas. Os metais de alta condutividade se
empregam como condutores, enrolamentos de máquinas elétricas e transformadores, etc.
Por outro lado, em determinadas aplicações, também há interesse em materiais,
normalmente ligas, de alta resistência, para fins de fabricação de resistências, aparelhos
de calefação, filamentos para lâmpadas incandescentes, etc.

2-Desenvolvimento
Os materiais são classificados em condutores e isolantes com relação a
capacidade de deixar passar uma corrente elétrica através deles. Uma corrente elétrica é
uma movimentação ordenada de cargas elétricas. Nos metais as cargas que se
movimentam são os elétrons livres. Nesses materiais a força de atração exercida pelo
núcleo nos elétrons da última camada é muito pequena de forma que esses elétrons são
livres (não estão presos ao núcleo). Desta forma em um metal, que não está submetido a
uma tensão elétrica, os núcleos (que são fixos) estão imersos numa espécie de nuvem de
elétrons (nuvem eletrônica) com os elétrons se movimentando de forma desordenada.

(Disponível em:<http://www.etelg.com.br/downloads/eletronica/cursos/aulas/

condutores _e_isolantes.html>, acessado em: 11 de dezembro de 2018).


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Figura 1: Interior de um metal - nuvem eletrônica - movimentação caótica.


Disponível em:<http://www.etelg.com.br/downloads/eletronica/cursos/aulas/
condutores_e_isolantes.html>, acessado em: 11 de dezembro de 2018.

Um Condutor pode ser metálico ou não-metálico. Quando uma diferença de


potencial é aplicada no condutor, uma Corrente flui no condutor. De acordo com a Lei de
Ohm: Corrente (I) = Tensão (V) /Resistência (R). A maior parte dos Condutores são
metálicos, tais como o cobre e o ferro. Mas também existem Condutores não-metálicos,
tais como o carbono e o argão. (Disponível em<http://macao.communications
.museum/por/exhibition/secondfloor/MoreInfo/2_3_4_ConductorsInsulators.html>,
acessado em 11 de dezembro de 2018).

A Resistividade é uma unidade para medir a oposição do material ao fluxo da


Corrente. De todos os materiais condutores, a Prata e o Cobre são os dois materiais com
melhor condutividade devido às suas baixas resistências.
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Quando as extremidades do metal são submetidas a uma tensão (são ligadas a


uma pilha por exemplo) o movimento passa a ser ordenado, os elétrons se deslocarão do
terminal negativo para o terminal positivo teremos então uma corrente elétrica.

Fig02: Interior de um metal submetido a uma tensão elétrica (campo elétrico)


movimentação ordenada (corrente elétrica). Disponível em:<http://www.etelg. com.br/ downloads
/eletronica/cursos/aulas/condutores_e_isolantes.html>, acessado em: 11 de dezembro de 2018.

Um Isolador resiste fortemente ao fluxo da Corrente devido à sua Resistividade,


que é extremamente elevada. Plástico, madeira e vidro são exemplo de Isoladores.

A tabela seguinte mostra a Resistividade de alguns materiais.


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Tabela 1: A Resistividade dos Materiais

Material Resistividade ρ (Ω m)
Prata 1.6 × 10-8
Cobre 1.7 × 10-8
Ouro 2.4 × 10-8
Alumínio 2.7 × 10-8
Latão 6.0 × 10-8
Ferro 1.0 × 10-7
Constantan 4.9 × 10-5
Carbono 3.5 × 10-5
Madeira 106 ~ 107
Acríloica > 1013
Plástico 1.0 × 1014
Disponível em< http://macao.communications.museum/por/exhibition/secondfloor/

MoreInfo/2_3_4_ConductorsInsulators.html>, acessado em 11 de dezembro de 2018.

A Resistência de um material, com uma secção transversal regular, pode ser


calculada pela seguinte equação:

R=ρxL/A (1)

Disponível em< http://macao.communications.museum/por/exhibition/secondfloor/

MoreInfo/2_3_4_ConductorsInsulators.html>, acessado em 11 de dezembro de 2018.

Onde ρ é a Resistividade do material, L é o comprimento e A é a Área da Secção


Transversal, figura 2. Quanto menor o Comprimento do material, menor a Resistência e
maior a Corrente que flui através dele na aplicação de uma diferença de potencial. Se a
Resistividade do material é extremamente pequena, a variação da Resistência, devido a
uma variação do Comprimento, não é óbvia.
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R = ρ x L/A

ρ = Resistividade elétrica, L = Comprimento, A = Área da Secção Transversal

Figura 2: Relação entre a Resistência, a Resistividade, o Comprimento e a área da Secção


Transversal. Disponível em< http://macao.communications.museum/por/exhibition/secondfloor/

MoreInfo/2_3_4_ConductorsInsulators.html>, acessado em 11 de dezembro de 2018.

Quando a temperatura em um material condutor é aumentada, as partículas


vibram interferindo nos movimentos dos elétrons. Uma tal influência causa perdas nos
deslocamentos dos elétrons e, consequentemente, aquecimento do corpo condutor.
Traçando-se a curva característica temperatura-resistência, indicada na Figura 2, nota-se
que ela não obedece em toda sua extensão a uma relação constante de ordenadas e
abscissas.

Figura 3: Representação da variação da resistência R em função da temperatura T. (Disponível


em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.acessado em 11 de dezembro de 2018).
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De interesse prático é o setor reto da característica (trecho AB), cuja inclinação


é dada por:

tg= R/T (2)

A relação tg/R é o chamado coeficiente de temperatura da resistência e


indicado por T1. Normalmente a temperatura inicial, que serve de referência, é tomada
como T1 = 20oC. Nesse caso:

RT2 = R20 [1 +20(T2 - 20) ] (3)

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.acessado em 11 de


dezembro de 2018).

A condutividade térmica de metais e ligas também é de extrema importância pois


ela demonstra a capacidade do material de liberar para o ambiente o aquecimento causado
pelas perdas. A distribuição uniforme de corrente através da seção de um condutor existe
apenas para a corrente contínua.

Com o aumento da frequência acontece uma distribuição não-uniforme de


corrente, fenômeno este chamado de “efeito pelicular”, pois em um condutor circular a
densidade de corrente geralmente aumenta do interior em direção a superfície.

2.1 - Materiais de Elevada Condutividade

Os metais são elementos químicos que formam sólidos opacos, lustrosos, bons
condutores de eletricidade e calor e, quando polidos, bons refletores de luz. A maioria
dos metais é forte, dúctil, maleável e, em geral, de alta densidade.

A condutividade elétrica é usada para especificar o caráter elétrico de um


material. Ela é simplesmente o recíproco da resistividade, ou seja, inversamente
proporcionais e é indicativa da facilidade com a qual um material é capaz de conduzir
uma corrente elétrica. A unidade é a recíproca de ohm-metro, isto é, [(Ωm)-1. Disponível
em :< https://pt.wikipedia.org/wiki /Condutividade_el%C3%A9trica >. Acessado em 13
de dezembro de 2018.
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Materiais sólidos exibem uma espantosa faixa de condutividades. De fato, uma


maneira de classificar materiais sólidos é de acordo com a facilidade com que conduzem
uma corrente elétrica, dentro deste esquema de classificação existem 3 grupamentos:
condutores, semicondutores e isolantes.

Os metais são bons condutores, tipicamente tendo condutividades da ordem de


107 (Ωm)-1. No outro extremo estão os materiais com muito baixas condutividades,
situando-se entre 10-10 e 10-20 (Ωm)-1, estes são os isolantes elétricos. Materiais com
condutividades intermediárias, geralmente entre 10-6 e 104 (Ωm)-1, são denominados
semicondutores. No Sistema Internacional de Unidades, é medida em Siemens por metro.
Disponível em :< https://pt.wikipedia.org/wiki /Condutividade_el%C3%A9trica >.
Acessado em 13 de dezembro de 2018.

Constitui engano achar que o ouro é o melhor condutor elétrico. Na temperatura


ambiente, no planeta Terra, o material melhor condutor elétrico ainda é a prata.
Relativamente, a prata tem condutividade elétrica de 108%; o cobre 100%; o ouro 70%;
o alumínio 60% e o titânio apenas 1%. A base de comparação é o cobre. O ouro, em
qualquer comparação, seja no mesmo volume, ou na mesma massa, sempre perde em
condutividade elétrica ou térmica para o cobre. . Disponível em :<
https://pt.wikipedia.org/wiki /Condutividade_el%C3%A9trica >. Acessado em 13 de
dezembro de 2018.

Entretanto, para conexões elétricas, em que a corrente elétrica deve passar de


uma superfície para outra, o ouro leva muita vantagem sobre os demais materiais, pois
sua oxidação ao ar livre é extremamente baixa, resultando numa elevada durabilidade na
manutenção do bom contato elétrico. Entre os citados, o alumínio seria o pior material
para as conexões elétricas, devido à facilidade de oxidação e à baixa condutividade
elétrica da superfície oxidada. Assim, um cabo condutor de cobre com os plugues de
contatos dourados leva vantagens sobre outros metais. Uma conexão entre superfícies de
cobre, soldada com prata constitui a melhor combinação para a condução da eletricidade
ou do calor entre condutores distintos. Observe no anexo II a tabela de condutividade
elétrica. Disponível em :< https://pt.wikipedia.org/wiki /Condutividade_el%C3%A9trica
>. Acessado em 13 de dezembro de 2018.
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2.1.1-Cobre e Suas Ligas

Figura 4: Minério de cobre em estado natural


Disponível em<https://www.todamateria.com.br/cobre/, acessado em 11 de dezembro de
2018.

O cobre apresenta as vantagens a seguir, que lhe garantem posição de destaque


entre os metais condutores.

Pequena resistividade. Somente a prata tem valor inferior, porém o seu elevado
preço não permite seu uso em quantidades grandes,

Características mecânicas favoráveis,

Baixa oxidação para a maioria das aplicações. O cobre oxida bem mais
lentamente, perante elevada umidade, que diversos outros metais; esta oxidação,
entretanto, é bastante rápida quando o metal sofre elevação de temperatura;

Fácil deformação a frio e a quente: é relativamente fácil reduzir a seção


transversal do cobre, mesmo para fios com frações de milímetros de diâmetro.
(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.acessado em 11 de
dezembro de 2018).

O valor da condutividade informa sobre o grau de pureza do cobre. A máxima


pureza é encontrada no cobre obtido em ambiente sem oxigênio, quando se aproxima da
condutividade do cobre eletrolítico.

Destaque-se então que a condutividade elétrica do cobre é muito influenciada na presença


de impurezas, mesmo em pequenas quantidades. A resistividade do cobre a 20o.C é de:
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cu = 1,7241cm2/cm e seu coeficiente de termoresistividade vale: = 0.00393/ºC.


(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.acessado em 11 de
dezembro de 2018).

Na laminação a frio, o cobre se torna mais duro e elástico, e reduz sua


condutividade. É o estado de cobre encruado. Essa modificação de características pode
representar um empecilho ao uso do metal e, nesse caso, se faz o seu recozimento a uma
temperatura de 500-560oC.

2.1.1.1-Aplicações do Cobre:

Em função de suas propriedades, o cobre nas suas diversas formas puras tem
determinadas aplicações. O cobre encruado ou duro é usado nos casos em que se exige
elevada dureza, resistência à tração e pequeno desgaste, como no caso de redes aéreas de
cabo nú em tração elétrica, particularmente, para fios telefônicos, para peças de contato e
para anéis coletores. Em todos os demais casos, principalmente em enrolamentos,
barramentos e cabos isolados, se usa o cobre mole ou recozido. Casos intermediários
precisam ser devidamente especificados. Em muitos casos, porém, o cobre não pode ser
usado na forma pura, quando então as ligas de cobre passam a ser encontradas. Essas ligas
são feitas com metais escolhidos de modo a compensar ou melhorar alguma das
propriedades do cobre, cabendo destacar, porém, que, geralmente, assim procedendo,
estamos prejudicando outras propriedades.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.acessado em 11 de


dezembro de 2018).

2.1.1.2-Ligas de Cobre:

A escolha de uma liga deve levar também em conta aspectos econômicos. A


adição de certos elementos (por exemplo o níquel e o estanho) pode aumentar o preço da
liga, aumentando certas propriedades, ao passo que, a presença de outros elementos
(zinco, chumbo) permite abaixar o preço sem redução notável de características técnicas.
Na tabela 2 abaixo segue as características de Ligas de Cobre. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.acessado em 11 de dezembro de
2018).
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Tabela 2-Caracteristicas de Ligas de Cobre.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.

acessado em 11 de dezembro de 2018).

2.1.2-Alumínio e Suas Ligas

No global de suas propriedades, o alumínio é o segundo metal mais usado na


eletricidade, havendo nos últimos anos uma preocupação permanente em substituir mais
e mais as aplicações do cobre pelo alumínio, por motivos econômicos.

Alguns aspectos, baseados principalmente no custo, têm levado a crescente


preferência pelo alumínio, cujo maior problema é a sua fragilidade mecânica e sua rápida,
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porém não profunda, oxidação. A Tabela 3 apresenta uma comparação de algumas


características do cobre e o alumínio.

Tabela 3- Comparação de características físicas entre cobre e alumínio.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.

acessado em 11 de dezembro de 2018).

Mesmo considerando a necessidade de condutores de alumínio com diâmetro


maior que seria necessário se o material fosse cobre, o fio de alumínio ainda tem
aproximadamente a metade do peso do cobre, o que reduz o custo dos elementos de
sustentação envolvidos, dado importante na construção de linhas de transmissão. O uso
do alumínio adquiriu, por essas razões importância especial nas instalações elétricas em
aviões.
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Outro aspecto é o comportamento oxidante, já mencionado. Entretanto, esta


película apresenta uma resistência elétrica elevada com uma tensão de ruptura de 100 a
300V, o que dificulta a soldagem do alumínio, que por essa razão exige pastas especiais.
Na tabela 4, existem mais características do alumínio.

Tabela 4- Características de ligas de alumínio

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.

acessado em 11 de dezembro de 2018).


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2.1.2.1-Aplicações e Ligas do Alumínio

O alumínio puro apenas é usado nos casos em que as solicitações mecânicas são
pequenas. Tal fato ocorre, por exemplo, nos cabos isolados e em capacitores. Entretanto,
é bastante grande o número de ligas de alumínio usadas eletricamente, nas quais este é
associado principalmente a Cu, Mg, Mn e Si, que, com exceção do silício, formam
sistemas cristalinos mistos, sensivelmente dependentes das condições de temperatura em
que a liga é processada. Alguns exemplos de ligas de alumínio, assim como suas
características, são apresentados na Tabela 4.

O pequeno peso específico das ligas de alumínio leva, na área da eletrotécnica,


às seguintes aplicações principais:

em equipamento portátil, uma redução de peso;

em partes de equipamento elétrico em movimento, redução de massa, da


energia cinética e do desgaste por atrito;

de peças sujeitas a transporte, maior facilidade nesse transporte, extensiva à


montagem dos mesmos;

em estruturas de suporte de materiais elétricos (cabos, por exemplo) redução


do peso e consequente estrutura mais leve;

em locais de elevada corrosão, o uso particular de ligas com manganês.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de


dezembro de 2018).
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2.1.3-Chumbo (Pb)

Figura 5: Galena, de onde o chumbo é retirado. Foto: BrankoG / Shutterstock.com.


Disponível em<https://www.todamateria.com.br/cobre/, acessado em 11 de dezembro de 2018.

Apresenta elevada resistência contra a ação da água potável, devido à presença


de carbonato de chumbo, sal, ácido sulfúrico. Não resiste a vinagre, materiais orgânicos
em apodrecimento e cal. O chumbo é atacado pela água destilada. O chumbo é venenoso.
Permite sua soldagem.

Nas aplicações elétricas, é frequentemente encontrado, reduzido a finas chapas


ou folhas, como nas blindagens de cabos com isolamento de papel, acumuladores de
chumbo-ácido e paredes protetoras contra a ação de raios X. Ainda o chumbo é
encontrado em elos fusíveis e em material de solda. Nas ligas, o chumbo é encontrado
junto com antimônio, telúrio, cádmio, cobre e estanho, adquirindo assim elevada
resistência mecânica e à vibração, ficando, porém, prejudicada a resistência a corrosão.
(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de
dezembro de 2018).
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2.1.4-Estanho (Sn)

Figura 6: Cubo metálico de estanho. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Estanho>,


acessado em: 11 de dezembro de 2018.

O metal é branco prateado, mole, porém mais duro que o chumbo. Nota-se que
a resistividade do estanho é elevada, o que faz esperar um elevado aquecimento perante
a passagem de corrente.

A exemplo do chumbo, o estanho é encontrado como material de solda. Em


algumas aplicações é reduzido a finas folhas. O minério de estanho já está se tornando
bastante raro. Suas características físicas vêm indicadas no Anexo 1.

2.1.5-Prata (Ag)

Figura 7: Minério de Prata. Disponível em:<https://pratapura.com/2018/02/14/as-


maiores-minas-de-prata-do-mundo-sofrem-com-a-queda-na-pureza-do-minerio-e-aumento-dos-
custos/>. Acessado em 11 de dezembro de 2018.
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É o metal nobre de maior uso industrial, notadamente nas peças de contato. A


cor prateada brilhante é característica, escurecendo-se devido ao óxido de prata ou sulfito
de prata que se forma em contato com o ar. Sua obtenção resulta frequentemente de
minérios combinados de prata, cobre e chumbo. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

A prata, devido às suas características elétricas, químicas e mecânicas, cujos


valores numéricos estão indicados no anexo 1, é usada em forma pura ou de liga, cada
vez mais em partes condutoras onde uma oxidação ou sulfatação viria criar problemas
mais sérios. É o caso de peças de contato, notadamente nas partes em que se dá o contato
mecânico entre duas peças e, onde, além de um bom material condutor, é conveniente ter-
se um metal que não influa negativamente devido a transformações metálicas. No caso
da prata, no seu estado puro, encontra o seu uso nas pastilhas de contato, para correntes
relativamente baixas; quando essa solução não é adequada, usam-se pastilhas de liga de
prata, onde o Ag é misturado com níquel e cobalto, paládio, bromo e tungstênio.
(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de
dezembro de 2018).

2.1.6-Ouro (Au)

Figura 8: Cristais de ouro feitos por reação química de transporte em gás cloro, de
pureza >99,99%. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro>. Acessado em 11 de
dezembro de 2018.
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Esse metal, que apresenta uma condutividade elétrica bastante boa, destaca-se
pela sua estabilidade química e pela consequente resistência a oxidação, sulfatação, etc.
Também suas características mecânicas são adequadas para uma série de aplicações
elétricas, havendo, porém, a natural limitação devido ao seu preço. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

O ouro é encontrado eletricamente em peças de contato na área de correntes


muito baixas, casos em que qualquer oxidação poderia levar à interrupção elétrica do
circuito. E o caso de peças de contato em telecomunicações e eletrônica. Seu uso nesse
caso é feito na forma pura, não sendo encontrado em forma de liga, pois esta somente
eliminaria as propriedades vantajosas que o ouro apresenta. Consulte suas características
no anexo 1.

2.1.7-Platina (Pt)

Figura 9: Cristais de Platina. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Platina>.


Acessado em 11 de dezembro de 2018.

Ainda na família dos metais nobres, encontramos a platina, que também é


bastante estável quimicamente. Devido às suas propriedades antioxidantes o seu uso
elétrico é encontrado particularmente em peças de contato, anodos, fios de aquecimento.
É o metal mais adequado para a fabricação de termoelementos e termômetros resistivos
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até 1000oC, pois até essas temperaturas não sofre transformações estruturais, fazendo com
que a resistividade varie na mesma proporção da temperatura. Suas principais
características vêm indicadas no anexo 1. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

2.1.8-Mercúrio (Hg)

Figura 10: Linhas espectrais do mercúrio (UV não mostrado). Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(elemento_qu%C3%ADmico) >. Acessado em 11
de dezembro de 2018.

É o único metal líquido, à temperatura ambiente. Aquecido, oxida-se


rapidamente em contato com o ar. É usado em termômetros resistivos para leituras entre
0 e 100oC, bem como para chaves basculantes usadas conjuntamente com sistemas
mecânicos, sobretudo de relógios, em retificadores, lâmpadas (vapor de mercúrio). Quase
todos os metais (com exceção do ferro e do tungstênio) se dissolvem no mercúrio. Os
vapores de mercúrio são venenosos. Na área dos retificadores, seu uso caiu
acentuadamente com a evolução do retificador de silício. Demais características no anexo
1. (Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11
de dezembro de 2018).
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2.1.9-Zinco (Zn)

Figura 11: Ao centro: um fragmento de zinco de pureza 99,995%; à direita: um


fragmento cristalino de um lingote de zinco; à esquerda: um cubo de zinco de 1cm 3 para
comparação. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Zinco>. Acessado em 11 de dezembro
de 2018.

O zinco é estável quimicamente no ar, após se recobrir com uma fina película de
óxido ou carbonato de zinco. É atacado rapidamente por ácidos e bases. Consulte o
anexo1, que contém os valores numéricos de suas características.

Nas aplicações elétricas, o zinco predominante usado tem pureza 99,99%, em


forma de liga com 0,9% de Al, 0,5% de Cu, com uma condutividade elétrica de 16 a
17m/mm2 e uma resistência à tração de 18 a 20 kgf/mm2 perante um alongamento de
40-55%. Essa liga é de fácil soldagem. Comparado com o cobre, a seção transversal de
tais fios deve ser 3,3 vezes maior. A diferença entre os coeficientes de dilatação dessa
liga e do material dos conetores, pode fazer com que o contato se solte, depois da
passagem da corrente. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

Uma eventual camada de óxido de zinco é bem mais mole e, por isso, de remoção
mais fácil que a do cobre. O uso do zinco com metal condutor é limitado a elementos
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galvânicos (pilha de Leclanché) e a certos elementos de ligação em forma de fios e


contatos. (Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado
em 11 de dezembro de 2018).

2.1.10-Cádmio (Cd)

Figura 12: Barra de cristal de cádmio de pureza 99,999% e cubo de cádmio também de
alta pureza de 1 cm3 para comparação. Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/ wiki/ C%C 3%
A1dmio>. Acessado em 11 de dezembro de 2018.

O cádmio é um acompanhante constante dos minérios de zinco e assim se


constitui num subproduto do mesmo. O cádmio é mais mole que o zinco, porém no mais
suas propriedades são bem semelhantes a este. Por seu brilho metálico, tem sido usado
como metal de recobrimento, na proteção contra a oxidação. Por ser mais caro que o zinco
essa aplicação de cádmio hoje é quase que totalmente substituída pela zincagem. Assim
o seu uso fica condicionado à fabricação das baterias de Ni-Cd. O cádmio é venenoso.
Consulte também o anexo1.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de


dezembro de 2018).
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2.1.11-Níquel (Ni)

Figura 13: Nódulos de níquel puro eletroliticamente refinados (99,9%), e um cubo de


níquel de 1cm3 de alta pureza (99,99%) para comparação. Disponível em:<
https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%ADquel>. Acessado em 11 de dezembro de 2018.

Magneticamente, o níquel pode ser magnetizado fracamente, não sendo mais


magnético acima de 356oC (temperatura de Curie).

Seu uso resulta assim para fios de eletrodos, anodos, grades, parafusos, etc. É de
difícil evaporação no vácuo. A emissão de elétrons é elevada pelo acréscimo de cobre até
3,5%. Fios de níquel podem ser soldados a outros de cobre sem problemas.

Nas lâmpadas incandescentes, fios de níquel são usados como alimentadores do


filamento de tungstênio (W) devido ao seu comportamento térmico. O seu elevado
coeficiente de temperatura o recomenda para termômetros resistivos. Encontramos seu
uso nos acumuladores de Ni-Cd e nas ligas de Ag-Ni para contatos elétricos. A
condutividade elétrica do cobre cai rapidamente na presença do níquel, chegando ao seu
valor mínimo a 50% de Ni. Assim, ligas de níquel são adequadas na fabricação de
resistores, a exemplo do Konstantan. Monel, e outros.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de


dezembro de 2018).
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2.1.12-Cromo (Cr)

Figura 14: Cristais de crômio de alta pureza (99,999%), produzidos por reação química
de transporte através da decomposição de iodetos de crômio, e um cubo de crômio de alta pureza
(99,95%) de 1 cm3 para comparação. Disponível em:
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%B4mio>. Acessado em 11 de dezembro de 2018.

Somente sofre oxidação a temperaturas superiores a 500oC, sendo mais sensível


à ação de enxofre e de sais. Quando imerso de uma solução salina, se recobre com uma
camada de óxido que o protege contra outros ataques. Seus valores numéricos vêm
indicados no anexo 1.

O cromo é por isso usado para proteger outros metais que oxidam com maior
facilidade.

Aliando sua baixa oxidação à elevada estabilidade térmica e à alta resistividade


elétrica, resulta ampla utilização do cromo na fabricação de fios resistivos, em forma pura
ou como liga. (Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.
acessado em 11 de dezembro de 2018).
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2.13-Tungstênio (W)

Figura 15: Barras de tungstênio com cristais evaporados, parcialmente oxidado com
manchas coloridas, de pureza 99,98% e um cubo de tungstênio de 1 cm3 de alta pureza (99,999%)
para comparação. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Tungst%C3%AAnio>. Acessado
em 11 de dezembro de 2018.

O tungstênio é obtido por um processamento quimicamente complexo, na forma


de pó, e comprimido em barras a pressões de 2000 atm. Por ser um metal com
temperaturas-limite muito elevadas, todo seu processo de manufatura e obtenção de
produtos elétricos é extremamente difícil e de custo elevado.

Uma vez que o tungstênio não permite corte, usinagens ou furação


convencionais, devido a sua dureza e ao fato de ser quebradiço, o método indicado é
usado para fabricar os filamentos de lâmpadas incandescentes, que operam a temperaturas
em torno de 2000oC, situação em que a resistividade se eleva até próximo de lmm2/m,
e assim 20 vezes superior àquela à temperatura ambiente. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

O tungstênio ainda é usado em ligas sujeitas a temperaturas elevadas, como por


exemplo, contatos com arcos voltaicos intensos. Veja os valores numéricos do tungstênio
no anexo 1.
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2.1.14-Ferro (Fe)

Figura 16: A hematite é um minério de ferro muito comum. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/Min%C3%A9rio_de_ferro>. Acessado em 11 de dezembro de 2018.

A época que marcou a utilização do ferro foi nos anos de 1800, quando houve
uma grande explosão industrial, esta beneficiada com o surgimento dos processos de
obtenção do ferro de melhores qualidades.

As causas desta explosão foram:

Abundância de ferro na superfície terrestre;

Alto teor de ferro nos minérios;

Baixo ponto de fusão;

Bom condutor de calor e eletricidade;

Dúctil e maleável;

Magnetizável;

Boas propriedades mecânicas;

Podemos alterar suas propriedades através de tratamentos;

Forma lixos de excelentes características;

etc.
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(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de


dezembro de 2018).

A resistividade do ferro ou do aço é 6 a 7 vezes a do cobre, ou mesmo mais.


Além de terem aplicação como materiais estruturais e magnéticos, o ferro e o aço são
também largamente empregados como condutores elétricos, estando algumas aplicações
listadas a seguir. (Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.
acessado em 11 de dezembro de 2018).

Circuitos de tração elétrica: nas estradas de ferro o circuito de retorno para


a corrente elétrica é geralmente formado pelos próprios trilhos, soldados entre si ou
ligados por curtos cabos de cobre. Nos sistemas em que se utiliza um terceiro trilho para
condução da corrente elétrica (em lugar de uma linha aérea), empregam-se para o terceiro
trilho aços doces, com resistividade de 7 a 9 vezes a do cobre.

Ligas de ferro para resistências elétricas: a grande maioria das resistências


para aquecimento elétrico, ou para a confecção de reostatos, é manufaturada com ligas de
ferro;

Linhas aéreas: nestas são utilizados frequentemente tanto como condutores


(eletrificação rural, aço galvanizado) como alma de cabos de alumínio, para aumentar a
resistência mecânica.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de


dezembro de 2018).

2.1.15-Carbono e Grafite (C)

O carbono é um corpo simples de que se conhecem algumas variedades. Quando


cristalizado no sistema cúbico, o diamante não é condutor de eletricidade. As outras
variedades, que são mais ou menos negras, são condutoras ou, pelo menos, adquirem esta
propriedade quando são submetidas a uma temperatura adequada (600oC). (Disponível
em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro
de 2018).
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Podem ser classificadas em grafites e carbonos amorfos. Enquanto que a grafite


existe em estado natural, os carbonos amorfos provêm principalmente da pirogenização
e matérias orgânicas contendo carbono.

As variedades negras cristalizam no sistema hexagonal, mas, enquanto que se


podem encontrar grandes cristais de grafite natural bastante pura, os carbonos amorfos
contêm pequenos cristais agrupados em desordem. Por outro lado, enquanto que as
impurezas existentes no grafite se encontram sob a forma de inclusões, os carbonos
amorfos contêm impurezas, especialmente metaloides como o oxigênio, o enxofre, o boro
e o azoto, que incluem na sua própria rede cristalina. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

De tudo isto resulta que a grafite é muito mais densa, melhor condutora de
eletricidade, um tanto oleosa e menos sensível aos agentes químicos que os carbonos
amorfos.

A grafite natural contém habitualmente impurezas de que tem de ser libertada.


Os carvões amorfos apresentam-se habitualmente sob uma forma dividida e porosa, pelo
que sua utilização para fins elétricos necessita de um trabalho da aglomeração.

Se levar-se o carvão amorfo a temperaturas acima 2200oC, produz-se uma


modificação cristalina e uma purificação. Daí uma evolução das propriedades do carvão
no sentido do grafite: aumento de densidade, de condutibilidade elétrica e térmica e do
seu caráter refratário. Ao produto assim obtido dá-se habitualmente o nome de carvão
eletrografítico. (Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.
acessado em 11 de dezembro de 2018).

No quadro seguinte comparam-se as principais propriedades de algumas


variedades mais correntes de carbono.
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Tabela 5 - Propriedades de algumas variedades do carbono

RESISTIVIDADE DENSIDADE
cm

Carbono amorfo 3200 a 6500 1,98 - 2,10

Carvão eletrografítico 800 a 1200


2,20 - 2,24
Grafite natural 50 a 400 2,25

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro


de 2018).

Enquanto que o cristal de grafite apresenta, tal como os metais, um coeficiente


de termorrestividade positivo, no carvão amorfo ou no grafítico dá-se o contrário.

O carvão é muito refratário, mantendo-se perfeitamente rígido até 2000 oC e, se bem que
se torne ligeiramente plástico a partir de 2600 oC, resiste bem aos reforços que lhe possam
ser pedidos até aos 3500 oC, podendo ser, por isso, empregado como elemento de
resistências elétricas, eletrodos, cadinhos, guarnição de fornos, etc. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

Estas qualidades fazem com que o carvão tenha larga utilização como eletrodo
de suporte de arco voltaico, tanto mais que, verificando-se que a condutibilidade
calorífica decresce rapidamente com o aumento da temperatura, as pontas dos eléctrodos
ficam muito quentes e fixam bem o arco.

Por outro lado, e algo aparentemente contraditório, o carvão é usado em contatos


onde se pretende evitar a existência de arco elétrico; com efeito, ele favorece menos o
estabelecimento do arco que qualquer metal, pois não funde e dá apenas lugar a óxidos
voláteis. (Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado
em 11 de dezembro de 2018).
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São variadas as aplicações do carvão em eletrotecnia: elementos de resistências,


resistências fixas elevadas, eletrodos para fornos de arco, eletrodos para arcos de
iluminação, carvões para soldadura, carvões para contatos elétricos.

Elementos de resistência: As qualidades refratárias do carvão e a sua perfeita


resistência ao choque térmico, aliados a um grande poder irradiante, tornam este material
muito conveniente para a fabricação de resistências para altas temperaturas. As
resistências de carvão apresentam-se sob a forma de barras de seção circular, cheias ou
tubulares, toros, anéis, etc. A ligação do circuito às resistências de carvão exige
precauções especiais, conseguindo-se, no entanto, um bom contato com o cobre.
(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de
dezembro de 2018).

Resistências fixas elevadas: Para a obtenção de resistividades mais elevadas


que as do carbono (6000 cm2/cm) podem empregar-se aglomerados de carbono com
uma base isolante mineral e um ligante orgânico que constituirão elementos de resistência
elevada com bom poder de dissipação e um coeficiente de termoresistividade negativo.
(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de
dezembro de 2018).

Eletrodos para fornos de arco: O eletrodo para forno elétrico constitui a forma
em que maiores quantidades de carvão se consomem em eletrotecnia, podendo
considerar-se dois grupos fundamentais: os de carvão amorfo e os de carvão
eletrografítico, sendo muito raro o emprego do grafite natural. (Disponível em:<
http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de dezembro de
2018).

Comparativamente com os de carvão amorfo, os eletrodos de carvão


eletrografítico apresentam o seguinte conjunto de vantagens:

Têm maior condutibilidade, o que reduz as perdas por efeito Joule e permite
maiores densidades de corrente;

Têm menor suscetibilidade às ações químicas, queimando-se e desagregando-


se menos;
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São mais puros, nomeadamente nos teores de ferro, silício e enxofre.

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>. acessado em 11 de


dezembro de 2018).

Em contrapartida, têm menor condutibilidade térmica, pelo que dão lugar a


maiores perdas e são mais caros.

O problema das impurezas é importante, pois vão influir na qualidade dos


produtos fundidos, e daí as precauções necessárias na seleção dos eletrodos,
especialmente nos de carvão amorfo.

Outro problema é o da ligação elétrica dos eletrodos, a qual exige precauções e


técnica adequada por forma a manter sua continuidade.

2.2-Algumas aplicações com materiais condutores.


Devido a vasta aplicabilidade dos materiais condutores nos ramos da eletrônica,
elétrica, industrial, mecânicas também cabe ressaltar o seu uso nas linhas de transmissão
e no uso no setor de Energias Renováveis, especialmente nos segmentos fotovoltaico e
eólico, elencando os desafios encontrados para determinar o cabo elétrico correto a ser
utilizado. E também as maiores utilizações de condutores é no fornecimento de energia
elétrica através das linhas de transmissões que se interligam por todo o Brasil.

2.2.1-Cabos elétricos para sistemas fotovoltaicos.

Interliga os módulos fotovoltaicos em uma série fotovoltaica, ou que conecta a


serie fotovoltaica a uma caixa de junção.

Por sua vez, um cabo do subarranjo fotovoltaico e o cabo de saída de um


subarranjo fotovoltaico que transporta a corrente de saída total do subarranjo a que está
associado.

Um cabo do arranjo fotovoltaico e aquele que transporta a corrente de saída total


do arranjo fotovoltaico.
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Figura 17: Aplicações dos cabos elétricos fotovoltaicos. Disponível em: <
https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/guia-procobre-fotovoltaica-e-
eolica-web.pdf >. Acessado em 11 de dezembro de 2018.

Os cabos utilizados em sistemas fotovoltaicos devem atender as especificações


da Norma ABNT NBR 16612 - Cabos de potência para sistemas fotovoltaicos, não
halogenados, isolados, com cobertura, para tensão de até 1,8 kVcc entre condutores.

Conforme figura abaixo, os principais requisitos da ABNT NBR 16612 sobre a


construção dos cabos fotovoltaicos são os seguintes: Condutor (1), Isolação (2) e
Cobertura (3) e a cobertura deve ser nas cores preta ou vermelha.

Figura 18: Aplicações dos cabos elétricos fotovoltaicos. Disponível em: <
https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/guia-procobre-fotovoltaica-e-
eolica-web.pdf>. Acessado em 11 de dezembro de 2018.
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2.2.2-Cabos elétricos para sistemas eólicos.

Os cabos elétricos para parques eólicos dividem-se em duas grandes famílias,


sendo a primeira para aplicação interna ao aerogerador e a segunda para aplicações
externas, ou seja, entre as torres, que fara a conexão de um grupo de aerogeradores a uma
subestação central e/ou disponibilizara a energia gerada no sistema interligado.

Os cabos para aplicação interna ao aerogerador são constituídos por cabos de


potência de baixa ou media tensão, com as características técnicas especificas de cada
fabricante, e que normalmente seguem normas internacionais de qualificação (figura a
seguir).

No caso das aplicações externas a torre – subestações e redes coletoras, centrais


de comando e supervisão – os cabos poderão ser instalados em redes aéreas, subterrâneas
ou submarinas, adotando-se especificações técnicas padronizadas no Brasil (Normas
ABNT) e utilizadas pelas concessionárias de distribuição de energia.

Figura 19: Aplicações dos cabos elétricos eólicos. Disponível em: <
https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/guia-procobre-fotovoltaica-e-
eolica-web.pdf >. Acessado em 11 de dezembro de 2018.
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Conforme figura abaixo, os principais requisitos da ABNT requisitos para a


construção dos cabos eólicos são os seguintes: Condutor (1), Isolação (2), Capa (3) e
Cobertura (4)

O uso de condutores de alumínio não é recomendado devido a tais condições


especiais aplicadas a flexibilidade e torção, não havendo garantia de desempenho quando
condutores de alumínio são usados.

Figura 20: Construção típica de cabo eólico. Disponível em: <


https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/guia-procobre-fotovoltaica-e-
eolica-web.pdf>. Acessado em 11 de dezembro de 2018.

2.2.3-Materiais condutores usados na linha de transmissão.

O condutor é a parte metálica da linha eléctrica ou do cabo de transmissão. Os


condutores podem ser constituídos por um único ou vários fios. O cobre (Cu) devido à
sua elevada condutividade eléctrica e ao seu preço é o material preferencialmente usado.
Ele é o melhor condutor eléctrico e de calor depois da prata (Ag). O alumínio (Al) também
é usado pelo facto de ser leve (~1/3 do peso do Cu), excelente condutor térmico e
eléctrico, sendo também um bom refletor de calor e de luz. Resiste bem à corrosão pelo
fato de formar uma película de alumina (Al2O3) que o protege. Ele é robusto e flexível
para além de ser um material não magnético.

(Disponível em:< https://paginas.fe.up.pt/~mcnunes/QMAR0708 /materiaiscondutores


QMAR.pdf>. Acessado em 11 de dezembro de 2018).

Inúmeros são os tipos de redes de distribuição de energia elétrica, sendo que


muitas vezes estas se encontram em circuitos mistos, acarretando diversas combinações
entre redes de média e baixa tensão, variando principalmente com as concessionárias de
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energia elétrica nos diferentes estados brasileiros e com as necessidades e condições


locais.

2.2.3.1-Rede de Distribuição Aéreas

As redes de distribuição aéreas constituem a maioria dos sistemas de distribuição


de energia das cidades brasileiras. Por apresentarem um custo de construção civil menos
com relação aos sistemas subterrâneos, que exigem a construção de túneis, as redes de
distribuição aéreas se difundiram e também evoluíram, gerando basicamente, três tipos
de redes: rede de distribuição aérea convencional, rede de distribuição aérea compacta
(espace) e rede de distribuição aérea isolada. Disponível em:<
http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de
dezembro de 2018.

2.2.3.2-Rede de Distribuição Aérea Convencional

Este sistema foi desenvolvido há 50-60 anos e está tecnologicamente saturado,


visto que se tem baixo nível de confiabilidade no sistema elétrico de distribuição de
energia. Pelo fato dos condutores não serem isolados, sua convivência em meio onde
existem é difícil, pois o simples contato de um galho com um condutor nu pode provocar
o desligamento da rede. Os cabos são de alumínio e a fiação pode ser dividida em
primária, de 34,5kV, 23kV. 13,8kV e 11,9kV, ou secundária, de 220 e 127 V. Esse
sistema pode ser visualizado na figura 21.

Figura 21: Linhas de Distribuição Áreas Convencionais. Disponível em:<


http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de dezembro de
2018.
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2.2.3.3- Rede de Distribuição Aérea Compacta (espace)

As redes espaces surgiram como uma solução tecnológica para que as


concessionárias de distribuição de energia pudessem melhorar o nível de qualidade de
energia distribuída aos clientes, aumentando a confiabilidade do sistema. Disponível
em:< http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12
de dezembro de 2018.

Basicamente, a rede espace é um conjunto formado por um cabo de aço guia que
sustenta o conjunto de cabos e é também utilizado como neutro do sistema de distribuição
e cabos cobertos ou protegidos, fixados em estruturas compostas por braços metálicos,
espaçadores losangulares ou separadores de fase confeccionados em material polimérico.
A figura 22 abaixo apresenta uma área urbana com rede espace.

Figura 22: Rede espace. Disponível em:< http://www.dbsengenharia.com.br/projetos-


eletricos/instalacao-de-redes-de-distribuicao/estruturas-de-redes-de-distribuicao-aerea/instalacao-
de-rede-de-distribuicao-eletrica-isolada-em-piqueri>. Acessado em 12 de dezembro de 2018.

2.2.3.4- Rede de Distribuição Aérea Isolada

A rede aérea isolada abrange circuitos de média e baixa tensão. Neste tipo de
rede são utilizados três condutores isolados, blindados, traçados e reunidos em torno de
um cabo mensageiro (neutro) de sustentação. Desta forma, soa necessários cabos
condutores com camadas semicondutoras, chamados de cabos multiplexados, que
confinam o campo elétrico em seu interior, ou seja, isolada eletricamente. Disponível
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em:< http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12


de dezembro de 2018.

As redes isoladas apresentam-se muito caras, sendo recomendadas para projetos


especiais onde ela é a única solução. Aplica-se, por exemplo, em industrias onde a
aplicação subterrânea é inviável e a rede convencional ou protegida é perigosa. A figura
23, ilustra uma área urbana com rede isolada.

Figura 23: Rede de Distribuição Aérea Isolada. Disponível em:<


http://www.dbsengenharia.com.br/projetos-eletricos/instalacao-de-redes-de-
distribuicao/estruturas-de-redes-de-distribuicao-aerea/instalacao-de-rede-de-distribuicao-eletrica-
isolada-em-piqueri>. Acessado em 12 de dezembro de 2018.

2.2.3.5-Rede de Distribuição Subterrânea

As redes subterrâneas, além de melhorar a estética, também são muito mais


seguras e econômicas ao longo do tempo para determinadas situações de distribuição em
regiões com alta densidade populacional.

Possui circuitos em forma de anel. Esse desenho permite que a rede seja
alimentada por dois pontos, deixando apenas parte da rede desconectada em caso de
queda de sistema. As redes subterrâneas são mais seguras porque utilizam cabos isolados,
e atendem a distribuição desde baixas até medias tensões. Disponível em:<
http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de
dezembro de 2018.
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O que dificulta essa aplicação é o seu alto custo que pode chegar até 8 vezes
mais do que a convencional. A figura 24, mostra o aspecto da implantação do sistema
subterrâneo de distribuição.

Figura 24: Sistema de Distribuição Subterrâneo. Disponível em:<


http://www.dbsengenharia.com.br/projetos-eletricos/instalacao-de-redes-de-
distribuicao/estruturas-de-redes-de-distribuicao-aerea/instalacao-de-rede-de-distribuicao-eletrica-
isolada-em-piqueri>. Acessado em 12 de dezembro de 2018.

2.2.3.6-Estaçoes Transformadoras

As estações transformadoras são constituídas por transformadores que reduzem


a tensão primária para a tensão secundária. Em redes elétricas aéreas utiliza-se
transformadores trifásicos, instalados diretamente no poste, juntamente com para-raios,
para a proteção contra sobretensões, e elos fusíveis para a proteção contra sobrecorrentes,
instalados no lado primário. Disponível em:<
http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de
dezembro de 2018.

Para redes subterrâneas, as estações transformadoras são constituídas por


transformadores trifásicos refrigerados a óleo, instalados em uma estrutura ao nível do
solo, ou em cubículos subterrâneos, quando o transformador deve ser do tipo submersível.
Geralmente, os transformadores de distribuição possuem potencias nominais
padronizadas, isto é, podem assumir valores de 10, 15, 30, 45, 75, 112.5 e 150 kVA. A
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escolha da potência do transformador a ser instalados deve variar de acordo com a


potência da carga que o transformador tem que suprir. Disponível em:<
http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de
dezembro de 2018.

2.2.3.7-Rede de Distribuição Primária

As redes de distribuição primária, ou de média tensão, surgem a partir da


subestação de distribuição e são responsáveis pela alimentação dos transformadores de
distribuição que suprem à rede secundária, ou de baixa tensão. Além da alimentação das
estações transformadoras de distribuição, as redes primárias também atendem aos
consumidores primários, dentro dos quais se destacam industrias de médio porte e
grandes conjuntos comerciais. Disponível em:< http://lyceumonline.usf. edu.br/salav-
irtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de dezembro de 2018.

As redes primárias podem ser aéreas ou subterrâneas, sendo que as primeiras


possuem uso mais difundido pelo seu menor custo, e, as segundas possuem grande
aplicação em áreas de maior densidade de carga, ou onde há restrições paisagísticas.

2.2.3.8- Rede de Distribuição Secundária

As redes de distribuição secundárias abrangem o sistema de distribuição


alimentado pelo secundário dos transformadores. No Brasil, a tensão de distribuição
secundária esta padronizada nos valores 127/220V e 220/380V, onde a primeira é mais
usada. Disponível em:< http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/ 1592
.pdf>. Acessado em 12 de dezembro de 2018.

Em redes secundarias trifásicas são utilizados nas linhas de baixa tensão 4


condutores, sendo 3 que correspondem as fases e o quarto condutor ao neutro. Nas redes
monofásicas, as linhas são constituídas geralmente por três condutores, dois fases e um
neutro. E em ambos os casos, o condutor neutro é multiaterrado e comum a rede primária.
As redes secundárias podem ser do tipo convencional ou multiplexada. Disponível em:<
http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de
dezembro de 2018.
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Uma das características das redes secundarias urbanas é a grande diversidade de


configurações de montagem e tração de linhas, uma vez que os loteamentos não
obedecem um padrão.

Figura 25: Linhas de Distribuição Áreas Convencionais. Disponível em:<


http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf>. Acessado em 12 de dezembro de
2018.

2.2.4-Materiais Avançados

Descoberto material que é simultaneamente condutor e isolante

Figura 22: O hexaboreto de samário é um material estranho e interessante, que já vinha sendo
cogitado para ser usado na fabricação de transistores quânticos. [Imagem: B. S. Tan et al. -
10.1126/science.aaa7974], Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/07/2015. Disponível em:
<https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=descoberto-material-
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simultaneamente-condutor-isolante&id=010160150707#.XBA0cDHJ21t>, acesso em: 11 dde


dezembro de 2018.

Figura 23: O hexaboreto de samário é um composto formado pelo metal samário e pelo
raro metaloide boro. [Imagem: Gang Li]. Disponível em: <https://www.inovacaotecnologica. com
.br/noticias/noticia.php?artigo=mineral-exotico-abre-caminho-transistores-quanticos &id
=010110150105#.XBA06THJ21t>, acessado em: 11 de dezembro de 2018.

Trata-se de um estado exótico da matéria que pode abrir um novo caminho para
os computadores quânticos e para uma nova geração da eletrônica. Físicos descobriram
várias propriedades do composto hexaboreto de samário que aumentam as esperanças de
encontrar o "silício da era quântica".

(Disponível em:< https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=


descoberto-material-simultaneamente-condutor-isolante&id=010160150707 #.XBA1dD
H J21t>, acessado em: 11 de dezembro de 2018).

O hexaboreto de samário - ou SmB6 - é um isolante topológico natural. Mesmo


tendo a mesma composição química em toda a sua extensão, os isolantes topológicos
conduzem eletricidade como um metal em toda a sua superfície, mas bloqueiam o fluxo
de corrente pelo seu interior como se fossem feitos de borracha.

(Disponível em:< https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=


descoberto-material-simultaneamente-condutor-isolante&id=010160150707 #.XBA1dD
H J21t>, acessado em: 11 de dezembro de 2018).
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A existência desses materiais foi prevista teoricamente em 2005, e as primeiras


amostras de isolantes topológicos foram sintetizadas em laboratório pela primeira vez em
2008. (Disponível em:< https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?
artigo= descoberto-material-simultaneamente-condutor-isolante&id=010160150707
#.XBA1dD H J21t>, acessado em: 11 de dezembro de 2018).

2.2.5-Transistores quânticos

Uma técnica chamada magnetometria de torque, usada para observar oscilações


na resposta do material a um campo magnético externo, revelou que a superfície do
hexaboreto de samário contém os raros elétrons de Dirac, partículas que podem ajudar a
superar um dos maiores obstáculos da computação quântica - os elétrons de Dirac têm
energia tão alta que estabelecem uma ponte entre a mecânica clássica e a mecânica
quântica. (Disponível em:< https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia
php?artigo= descoberto-material-simultaneamente-condutor-isolante&id= 01016015070
7 #.XBA1dD H J21t>, acessado em: 11 de dezembro de 2018).

Segundo a equipe, o comportamento do SmB6 permite rotear o fluxo de corrente


elétrica nos computadores quânticos da mesma forma que o silício faz na eletrônica atual
- autênticos transistores quânticos. (Disponível em:< https://www.inovacaotecnologica.
com.br/noticias/noticia.php?artigo= descoberto-material-simultaneamente-condutor-
isolante&id=010160150707 #.XBA1dD H J21t>, acessado em: 11 de dezembro de 2018).

As propriedades tão cobiçadas do hexaboreto de samário até agora só se


revelaram em temperaturas ultrafrias. Contudo, vários tipos de qubits, incluindo átomos
artificiais do tipo Bose-Einstein e qubits supercondutores, também exigem essas
temperaturas criogênicas. (Disponível em:< https://www.inovacaotecnologica.com.br/
noticias/noticia.php?artigo= descoberto-material-simultaneamente-condutor-isolante&id
=010160150707 #.XBA1dD H J21t>, acessado em: 11 de dezembro de 2018).
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3-Conclusão

Ao finalizar este trabalho chegou-se à conclusão de quão importe são os


materiais condutores no nosso dia-a-dia. Os materiais condutores são caracterizados por
terem condutividade ou resistividade elétrica, coeficiente de temperatura, condutividade
térmica, potencial de contato, comportamento mecânico, etc. Com essas características é
possível ter a escolha certa dos materiais, com isso se eles são capazes de desempenhar
as funções que lhe foram atribuídas. A escolha do material condutor mais adequado, nem
sempre recai naquele de características elétricas mais vantajosas, mas sim, em um outro
metal ou uma liga, que, apesar de eletricamente menos vantajoso, satisfaz as demais
condições de utilização.

Os materiais são classificados em condutores e isolantes com relação a


capacidade de deixar passar uma corrente elétrica através deles. Uma corrente elétrica é
uma movimentação ordenada de elétrons livres.

Nesses materiais a força de atração exercida pelo núcleo nos elétrons da última
camada é muito pequena de forma que esses elétrons são livres (não estão presos ao
núcleo). Desta forma em um metal, que não está submetido a uma tensão elétrica,
os núcleos (que são fixos) estão imersos numa espécie de nuvem de elétrons (nuvem
eletrônica) com os elétrons se movimentando de forma desordenada.

Materiais sólidos exibem uma espantosa faixa de condutividades. De fato, uma


maneira de classificar materiais sólidos é de acordo com a facilidade com que conduzem
uma corrente elétrica; dentro deste esquema de classificação existem 3 grupamentos:
condutores, semicondutores e isolantes. Metais são bons condutores. Constitui engano
achar que o ouro é o melhor condutor elétrico. Na temperatura ambiente, o material
melhor condutor elétrico ainda é a prata. Relativamente, a prata tem condutividade
elétrica maior que a do cobre, do ouro, do alumínio e do titânio. A base de comparação é
o cobre. O ouro, em qualquer comparação, seja no mesmo volume, ou na mesma massa,
sempre perde em condutividade elétrica ou térmica para o cobre. Entretanto, para
conexões elétricas, que exige contato, o ouro leva muita vantagem sobre os demais
materiais, pois sua oxidação ao ar livre é extremamente baixa
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Em relação a aplicabilidade dos condutores, os mais utilizados são o Cobre (Cu)


e o Alumínio (Al) e suas ligas, sendo o Cobre tem melhor condutividade que o Alumínio,
mas o Alumínio em algumas aplicações é o mais indicado como por exemplo em
transmissão de energia elétrica, devido seu peso ser quase a metade do peso do cobre não
exigindo estruturas de sustentação desses cabos muito robustas e também o custo e mais
barato que o do Cobre.

Também em relação ao Cobre, são utilizados na fabricação de cabos elétricos, o


qual tem uma vasta utilização, como em instalações residências, em placas solares e
sistemas de geração eólicas, motores elétricos, transformadores e etc.

E na atualidade em relação a tecnologia quântica, um novo material condutor


está sendo estudado pois contem características condutoras e isolantes ao mesmo tempo,
se trata do Hexaboreto de Samário, que em sua superfície conduz eletricidade e em seu
interior é um isolante, tudo isso quando o material é submetido a alguma tensão, e
atualmente será utilizado em computadores quânticos, mas exatamente em transistores
quânticos com a finalidade de aumentar a eficácia do computador.
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Bibliografia

https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=mineral-
exotico-abre-caminho-transistores-quanticos&id=010110150105#.XA1ubjHJ21s

http://macao.communications.museum/por/exhibition/secondfloor/MoreInfo/2_
3_4_ConductorsInsulators.html

http://www.eletricistaconsciente.com.br/pontue/fasciculos/4-selecao-de-
condutores-nas-instalacoes-eletricas/condutores-eletricos-materiais/

http://www.coopermiti.com.br/Files/Download.aspx?guid=829c9f0b-a7c2-
4fd4-8ed7-2fe78ea82d3d

http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf

http://www.eletrica.ufpr.br/~jean/Eletrotecnica/Material_Didatico/Materiais_C
ondutores.pdf

http://www.foz.unioeste.br/~lamat/downmateriais/materiaiscap14.pdf

http://www.etelg.com.br/downloads/eletronica/cursos/aulas/condutores_e_isola
ntes.html

https://www.procobre.org/pt/wp-content/uploads/sites/4/2018/03/guia-
procobre-fotovoltaica-e-eolica-web.pdf

http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/1592.pdf
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Anexo I

(Disponível em:< http://www.labspot.ufsc.br/~jackie/cap3_new.pdf>.

acessado em 11 de dezembro de 2018).


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Anexo II

Tabela de Condutividades Elétricas


Condutividade
Metais
(S.m/mm²)
Prata 62,5
Cobre puro 61,7
Ouro 43,5
Alumínio 34,2
Tungstênio 18,18
Zinco 17,8
Bronze 14,9
Latão 14,9
Níquel 10,41
Ferro puro 10,2
Platina 9,09
Estanho 8,6
Manganina 2,08
Constantan 2
Mercúrio 1,0044
Nicromo 0,909
Grafite 0,07

Fonte: Disponível em:< https://pt.wikipedia.org/wiki/Condutividade_el%C3%A9trica>. Acessado


em 13 de dezembro de 2018.

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