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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO – POLI

Obtenção de Materiais Condutores por


Reciclagem

RECIFE, 01 DE OUTUBRO DE 2011.

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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO – POLI

Obtenção de Materiais Condutores por


Reciclagem

DISCIPLINA: MATERIAIS ELÉTRICOS

PROFESSOR: CARLOS SALVIANO

EQUIPE:

 ALINE GUIMARÃES
 AMÉRICO ALMEIDA Jr.
 FRANCISCO DE ASSIS
 PAULO ROBERTO
 RAYSA COSTA

RECIFE, 01 DE OUTUBRO DE 2011.

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ÍNDICE

1. Introdução...................................................................................................................04
2. Condutores Elétricos..............................................................................................05
 Conceito
 Propriedades Mecânicas
 Propriedades Elétricas
 Propriedades Químicas
3. Prata...............................................................................................................................09
4. Alumínio.......................................................................................................................18.
5. Cobre..............................................................................................................................26
6. Conclusão.....................................................................................................................41
7. Bibliografia..................................................................................................................42
8. Anexos...........................................................................................................................43

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INTRODUÇÃO

Em muitos países, incluindo o Brasil, os resíduos na maioria das vezes são dispostos
inadequadamente sem controle ou cuidados ambientais, provocando danos ao
ambiente e a própria população. Quando isso ocorre, há também o desperdício de
materiais que poderiam ser reusados, reciclados ou reaproveitados.

Enquanto isso, novas fontes de energia e materiais estão cada vez mais escassas, assim
como locais para dispor resíduos a baixo custo. Resultando em uma maior procura por
meios de reutilizar e reciclar materiais como meio de economizar esses recursos
naturais, e minimizar gastos com a produção primaria.

Dentro desse universo de resíduos estão os equipamentos eletro-eletrônicos, que


possuem, em geral, vida útil relativamente curta, pois surgem a cada dia novas
tecnologias para novos modelos o que faz cair em desuso modelos mais antigos. Isso
fez com que o setor de equipamentos eletro-eletrônicos tenha se tornado uma das
mais importantes indústrias nacionais.

Atualmente a sucata de equipamentos eletro-eletrônicos é disposta junto ao lixo


domestico o que acarreta na perda de materiais recicláveis e reutilizáveis e na poluição
do meio ambiente pelas substancias liberadas por esses equipamentos. Com exceção
dos aparelhos de “linha branca” (geladeiras, fogões etc.), cujos materiais são
reaproveitados pela indústria de produção secundaria de metais, os equipamentos
menores são depositados em aterros sanitários, lixões abertos ou queimados sem
tratamento adequado.

Assim, este trabalho tem o intuito de apresentar os tipos de reciclagem para obtenção
de materiais condutores a fim de economizar os recursos naturais, baixar o custo da
produção primária e amenizar os impactos ambientais.

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CONDUTORES ELÉTRICOS

CONCEITO

Conceito Geral: Denomina-se de condutor toda matéria que permite o


estabelecimento de um fluxo de portadores cargas elétricas livres (elétrons, íons
positivos ou negativos) em seu meio, compatível com a diferença de potencial aplicada
ao mesmo. Essa compatibilidade deve ser observada a partir da aplicação de uma
tensão deverá ocorre simultaneamente ao aumento da corrente

Teoria das Bandas: Para que um material conduzir eletricidade, é necessário que os
elétrons de valência, sobre a ação de um potencial elétrico aplicado, saltem do nível de
valência para um nível ou banda de condução.

Conforme a figura abaixo, um material condutor quase não existe níveis ou banda de
energia proibida entre a condução e a valência e, portanto, a corrente flui facilmente
sob a ação do campo elétrico.

Um material isolante apresenta uma banda proibida de grande extensão entre a


valência e condução. Pois isso, dificilmente há condução da corrente.

Os semicondutores possuem bandas proibidas com larguras intermediárias. Isso


significa que podem apresentar alguma condução, melhor que a dos isolantes pior que
a dos condutores.

FIG. 01 - Teoria das bandas de energia


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PROPRIEDADES MECÂNICAS

Brilho: Cada metal possui seu brilho próprio, pois cada comprimento de onda é único.

Resistência à tração: É a máxima tensão obtida em um ensaio de tensão versus


deformação do material estudado. Essa tensão indica o limite acima do qual é
superado o limite de resistência do material e se iniciará a ruptura.

Ductilidade: É a capacidade de o material sofrer grandes deformações permanentes


numa determinada direção sem atingir a ruptura. Indica a maior ou menor
possibilidade de o material ser reduzido a fios. Vale salientar que todos os materiais
dúcteis são maleáveis, mas nem todos os materiais maleáveis são dúcteis.

Maleabilidade: É a capacidade de o material sofrer grandes deformações


permanentes, no mínimo duas direções, sem atingir a ruptura. Indica a maior ou
menor possibilidade de transformar o material em chapas.

Tenacidade: A Tenacidade é a resistência à energia mecânica, ou seja, o impacto


necessário para levar um material à ruptura. Se um material é tenaz ele pode sofrer
um alto grau de deformação sem romper. Em outras palavras, Tenacidade é uma
medida de quantidade de energia que um material pode adsorver antes de fraturar.
Seu valor é fornecido pela área total sob a curva tensão x deformação.

Dureza: A dureza é definida pela resistência da superfície do material a penetração


causada por outro material. Existem vários ensaios para determinar a dureza, a, mas
popular seja a escala de Mohs, que é uma tabela arbitrada de 1 a 10 na qual figuram
alguns desses em escala crescente a partir do talco ao diamante. Outros ensaios que
podem ser utilizados são os Brinell, Vickers, Knoop e Rockwell.

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PROPRIEDADES ELÉTRICAS

Resistência/Condutividade: A condutividade elétrica é a facilidade de que o material


possui para transmitir corrente elétrica, quando sofre uma variação de tensão. Já a
resistividade é o oposto da condutividade.

A resistência é influenciada pela natureza do material e pela geometria do corpo.

R = ρ L/A

Onde:

ρ é a resistividade, ou seja, a característica do material que independe da sua geometria. L


a distância entre os dois pontos na qual a tensão elétrica é aplicada e A é a área da seção
transversal. As unidades da resistividade são expressas em ohm.metro.

A tabela a seguir mostra os pricipais condutores:

Metal Condutividade (Q-mJ/1x


IO 7 )
Prata 6,8
Cobre 6,0
Ouro 4.3
Alumínio 3,8
Ferro 1,0
Platina 0,94
Aço puro 0,2

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PROPRIEDADES QUÍMICAS

Corrosão: A corrosão é o processo que causa a modificação estrutural de um


material, provocada pela ação química ou eletroquímica espontânea de agentes do
meio ambiente. Os agentes mais ativos desse processo são o oxigênio e a umidade
do ar, e geralmente inicia o ataque pelas superfícies dos materiais. A Oxidação é um
caso particular de corrosão, ocorre pelo elemento químico oxigênio.
Existem quatro métodos principais de evitar a corrosão:
- Proteção por meio de revestimentos protetores metálicos, inorgânicos e orgânicos.
- Uso de proteção galvânica.
- Emprego de inibidores de corrosão
- Evitar a formação de pares galvânicos.

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PRATA

ORIGEM

A Prata ou Argentum (assim chamada pelos Romanos e de onde deriva seu símbolo
químico) é conhecida pelo homem desde a pré-história, estimando-se que sua
descoberta se fez pouco depois da do ouro e do cobre. Material nobre usado na
confecção de joias, moedas e objetos de culto, a prata serviu como padrão monetário
até a primeira guerra mundial.

Ela é muito utilizada na indústria, sendo o metal nobre de maior uso, notadamente nas
peças de contato, graças a sua maleabilidade, ductibilidade e ótima condução de
eletricidade. Pertence ao grupo dos metais de transição e se enquadra na família do
cobre e do ouro.

A prata normalmente ocorre em forma compacta como pepitas ou grãos, embora


possa também ser encontrada em agregados fibrosos, dendítricos (em forma de
árvore). Quando recentemente minerada ou polida, ela possui uma cor branco-prata
brilhante característica e um brilho metálico. Este metal é estável em ar puro e água,
mas recobre-se de uma película de oxidação quando exposto ao ozônio, gás sulfídrico
ou ar com enxofre.

A prata raramente ocorre na forma pura. Pode ser encontrada sob a forma de sulfeto
de prata (Ag2S), associados aos sulfetos de chumbo, de zinco, de cobre, de níquel e de
estanho. As grandes jazidas de prata estão localizadas na região das Montanhas
Rochosas no oeste dos Estados Unidos, nas montanhas do México e na Cordilheira dos
Andes, no Peru e na Bolívia.

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PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS

Número Atômico 47
Peso Atômico 107,868
Série Química Metal de Transição
Estado da Matéria Sólido
Ponto de Fusão 961,78
Condutividade Elétrica 62,5 S.m/mm2
Ponto de Ebulição 2.212º C
Densidade 10,5 (20º C)
Estado de Oxidação 1.2

USO DA PRATA NA ENGENHARIA ELÉTRICA

A demanda de prata é constituída sobre três pilares principais: utilização da indústria,


fotografia, joias e talheres. É, no entanto, nos bastidores que a prata faz com que a
nossa função no mundo moderno seja mais eficiente. Por causa da sua excelente
condutividade elétrica, a prata encontra-se em muitas aplicações, como na eletrônica
de placas de circuito impresso para interruptores e telas de TV. Existe prata debaixo
das teclas de teclados de computador, atrás de painéis de automóveis, e por trás de
painéis de controle de máquinas ou fornos de microondas que liga e desliga com o
toque do dedo. Essas opções são altamente confiáveis e duram milhões de on/off
ciclos.

Vemos o seu uso na Engenharia Elétrica também dentro de disjuntores, tanto os


usados em residências da linha de 220 volts, como em disjuntores de 75.000 volts em
centrais elétricas, por executar de forma segura e constante o ligar e o desligar.
Quando o primeiro telegrafista bateu para fora o seu código em 1832, a prata era o
contato elétrico que fez o fluxo da corrente.

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Hoje, a tecnologia moderna tem revelado uma gama ainda mais notável das
propriedades elétricas, mecânicas, ópticas e medicinais que têm colocado a prata
como o metal principal em muitas aplicações.

 Baterias

Muitas baterias, recarregáveis e descartáveis, são fabricadas com ligas de prata como
o cátodo ou o lado negativo. Apesar de caro, as células têm o poder de prata-peso
características superiores aos seus concorrentes. A mais comum destas baterias é o
pequeno botão em forma de célula de óxido de prata - usado em câmeras, brinquedos,
aparelhos auditivos, relógios e calculadoras - que é aproximadamente 35 por cento de
prata por peso.

Devido a preocupações ambientais e de segurança, óxido de prata de baterias está


começando a substituir baterias de lítio em telefones celulares e computadores
portáteis. Baterias de prata-zinco possuem uma química à base de água e não contêm
líquidos inflamáveis ou de lítio.

 Rolamentos

Rolamentos de esfera de aço galvanizado com prata têm maior resistência à fadiga e
capacidade de carga do que qualquer outro tipo. Estes rolamentos são usados em
contínuo, aplicações pesadas, como nos motores a jato para impedir a falha em alta
velocidade e temperaturas extremas. Porque o aço tem um coeficiente de atrito
pobre, colocando uma camada de prata entre o rolamento de esferas de aço e da
carcaça reduz a fricção entre os dois, aumentando o desempenho e a longevidade do
motor. Apesar das elevadas temperaturas internas, os rolamentos revestidos de prata
fornecem um desempenho superior e uma margem de segurança crítica para os
motores. Mesmo no caso de uma falha na bomba de óleo, rolamentos banhados em
prata proporcionam lubrificação suficiente para permitir que um desligamento de
motor esteja seguro antes que os danos mais graves possam ocorrer.

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 Brasagem e soldadura

Prata facilita a união de materiais através de um processo chamado brasagem quando


feito em temperaturas acima de 600 graus Celsius e solda quando abaixo. Eles
produzem juntas bem vedadas e resistentes à corrosão. Ligas de brasagem de prata
são amplamente utilizados em aplicações que vão desde ar-condicionado e
refrigeração para distribuição de energia elétrica.

Brasagem de prata e soldas combinam alta resistência à tração, ductilidade e


condutividade térmica. Fabricantes de refrigeradores utilizam de materiais à base de
ligação de prata para fornecer a ductilidade necessária para as constantes mudanças
na temperatura dos tubos de refrigeração. Por causa de preocupações com a saúde, o
chumbo usado para construir equipamentos eletrônicos está sendo substituído por
uma combinação de solda de estanho, prata e cobre. O movimento foi impulsionado
pela Restrição de Substâncias Perigosas já se aplica a legislação de toda a União
Europeia. A lei proíbe todos os produtos contendo mais de uma pequena quantidade
de chumbo, mercúrio, cádmio e várias outras substâncias perigosas. Embora as leis se
apliquem apenas aos países da UE, ela está sendo seguida por vários outros países.

 Energia Solar

Como o preço dos combustíveis fósseis sobe em meio a menor disponibilidade,


cientistas e engenheiros estão crescendo mais interessados na promessa de células
solares para produzir eletricidade.

Pasta de prata é usada em 90% de todas as células fotovoltaicas de silício cristalino,


que é o tipo mais comum de célula solar. Ao redor do mundo, painéis solares estão
sendo testados para produção de eletricidade em grande e pequena escala, como na
Europa, onde os sistemas fotovoltaicos são usados para alimentar casas particulares e
empresas locais, pois são sistemas simples e fornecem energia imediatamente útil,
sem poluição.

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A prata é usada em outra maneira de gerar eletricidade, refletindo e concentrando a
energia solar para os coletores contendo sais que são utilizados para os geradores. Na
Califórnia, por exemplo, 1.926 espelhos revestidos de prata refletem o calor solar em
tubos pretos de aço inoxidável no topo de uma torre de 300 metros. Isso aquece os
tubos e o sal nitrato de dentro deles vai para altas temperaturas. O sal escaldante é
então canalizado para caldeiras, transformar água em vapor que movimenta as
turbinas fazendo os geradores elétricos funcionarem.

RECICLAGEM DA PRATA

A prata faz parte do grupo dos metais nobres e o sensibilizante dos filmes são sais de
prata. No fixador de Raios-X pode conter até 4g de prata por litro. No filme fotográfico,
cada rolo de filmes libera 0,659 gramas de prata aproximadamente.

Ela pode ser recuperada e revendida, reciclada e não ir esgoto abaixo, o que é proibido
por lei. O processo é através de recuperação eletrolítica que é a única cujo produto
vale quanto pesa. A eletrólise é o método mais empregado nos países que promovem
a recuperação de prata. O processo eletrolítico consiste na “eletrificação” do íon de
prata. Ele proporciona uma prata comercial chamada “prata em escamas”. Protege o
meio ambiente e é viável e reduz gastos.

A recuperação da prata nas fotografias branco e preto e nas radiografias tem sido
considerada uma fonte de grande interesse comercial por ser uma atividade lucrativa e
constituir matéria-prima sem custo.

Estima-se, em média, que a prata potencialmente recuperável de negativos de filmes


preto e branco é de cerca 0,5g/m2 ao passo que esse número pode aumentar 10 vezes
para radiografias.
Algumas técnicas vêm sendo estudadas e desenvolvidas para recuperação de prata a
partir de filmes, de resíduos de laboratório e outros materiais. Porém muitas destas
técnicas, apesar de serem eficientes na recuperação do metal, criam resíduos

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extremamente tóxicos (como os cianetos) que são lançados no ambiente ou
apresentam grande gasto de energia elétrica.

Para recuperação de prata a partir de radiografias, devem ser considerados os


seguintes aspectos, em igual relevância:

 Simplicidade na execução
 Menor quantidade de reagentes
 Baixo custo dos reagentes
 Geração de menor quantidade de resíduos
 Geração de resíduos menos tóxicos
 Bom rendimento
 Potencialidade na recuperação/tratamento dos resíduos

 PROCESSOS DE RECICLAGEM

 Eletrólise:
No processo da eletrólise, ou recuperação eletrolítica da prata, uma corrente contínua
é passada pela solução rica em prata, entre um eletrodo positivo (o ânodo) e um
eletrodo negativo (o cátodo). Durante este processo eletrolítico, um elétron é
transferido do cátodo para a prata com carga positiva, convertendo-a para o seu
estado metálico, e aderindo ao cátodo. Em uma reação simultânea no ânodo, um
elétron é retirado de algumas espécies químicas na solução. Na maioria das soluções
ricas em prata, este elétron geralmente é proveniente do sulfito.
A eletrólise produz uma prata metálica quase pura, levemente contaminada apenas
por algumas reações de superfície que também ocorrem. O revestimento de prata
deve ter mais de 90% de pureza.

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 Substituição metálica:

A base para a substituição metálica é a redução feita pelo ferro metálico (geralmente
presente na forma de “palha de aço”) do complexo pratatiossulfato para prata
elementar. Os equipamentos comerciais que podem ser usados para a recuperação
são muitas vezes chamados de Cartuchos de Recuperação Metálica (MRCs) ou
Cartuchos de Recuperação Química (CRCs).

A fonte de ferro mais comum é a palha de aço fina, escolhida devido à sua área de
superfície. A palha de aço é enrolada em um macho, ou é picada e colocada em um
cartucho. Alguns fabricantes de cartuchos utilizam outras formas, tais como partículas
de ferro coladas à fibra de vidro ou partículas de resina impregnadas com ferro, ou
material de blindagem de ferro enrolado. Para melhores resultados, as soluções ricas
em prata são vagarosamente dosadas, colocadas no cartucho e passadas por um meio
de ferro. A prata é deixada para trás no cartucho, enquanto ferro é solubilizado e
transportado pela solução.

Pode-se usar a substituição metálica como tratamento primário ou secundário


(tratamento residual) para soluções tratadas primariamente com eletrólise. Não se
pode reutilizar soluções passadas por cartuchos de substituição metálica para
processamentos fotográficos futuros, já que tanto o ferro dissolvido como outros
subprodutos da reação contaminarão a solução no tanque do processador.

Da mesma forma que a eletrólise, a substituição metálica tem as suas desvantagens.


Ela pode não reduzir significativamente as concentrações de prata até os níveis
extremamente baixos que devem ser obedecidos. Sem um bom controle da taxa de
fluxo e sem uma manutenção adequada do sistema, podem ocorrer variações
aleatórias nas concentrações de prata no efluente. É relativamente caro refinar a lama
de prata proveniente dos cartuchos e, frequentemente, a prata recuperada
praticamente não compensa os gastos com os materiais e equipamentos usados para
coletá-la.

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 Precipitação:

A precipitação pode remover a prata das soluções ricas neste metal, reduzindo-a a
níveis extremamente baixos. Quando aplicada de forma adequada, os níveis podem
ser reduzidos até taxas baixas de PPM (parte por milhão). Até recentemente, a
precipitação não era amplamente usada como técnica de recuperação de prata. Os
agentes tradicionalmente usados de precipitação eram os sais de metais alcalinos de
sulfeto (sulfeto de sódio, sulfeto de potássio, etc.) que formam sulfeto de prata em
solução; o sulfeto de prata é removido por filtragem.

A falta de aceitação em relação ao processo de precipitação-filtragem do sulfeto de


prata pode ser atribuída basicamente a dois fatores:

Deve-se medir a concentração de prata com precisão antes de se adicionar o sulfeto, a


fim de se evitar tanto uma dosagem excessiva quanto a emissão de gás tóxico de
sulfeto de hidrogênio.

Até recentemente, não havia nenhuma técnica de análise fácil e disponível para se
medir a concentração de prata antes do tratamento.

É difícil filtrar o precipitado de sulfeto de prata, pois ele causa obstruções no filtro. A
desprateação do sulfeto é mais eficaz em instalações centralizadas quando feita por
uma equipe treinada.

Outros procedimentos de precipitação geralmente envolvem a conversão da prata na


solução para um estado metálico através da adição de compostos redutores fortes
como boroidretos. Estas técnicas são mais eficazes quando usadas por companhias de
serviço de solução ou em instalações de tratamento centralizadas que contam com
uma equipe de técnicos. Há sérias questões em relação à segurança que devem ser
levadas em consideração ao se manusear substâncias químicas como boroidretos.

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 Recuperação de prata em papéis e filmes fotográficos:

As refinarias recuperam a prata de filmes fotográficos de duas maneiras: Alguns filmes


fotográficos podem receber uma lavagem inicial para remover a emulsão contendo
prata da base do filme, permitindo que o material da base seja reciclado. A emulsão
cuja prata foi removida é aquecida para se retirar à água e qualquer composto
orgânico, e depois é introduzida em um processo de fundição.

Quando não se pode reciclar a base do filme, os filmes fotográficos são aquecidos
diretamente para se remover a água e todos os compostos orgânicos (inclusive a base
do filme), e depois são colocados em um processo de fundição. Os papéis fotográficos
geralmente não são separados para a recuperação da sua base. Estes materiais
também são aquecidos para se remover a água e todos os compostos orgânicos
(inclusive a base do papel), e depois são colocados em um processo de fundição.

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ALUMÍNIO

Apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, é o metal mais
jovem usado em escala industrial, começou a ser produzido comercialmente há cerca
de 150 anos.

Sua produção atual supera a soma de todos os outros metais não ferrosos, isso já
mostra a importância do alumínio para a sociedade.

A obtenção do alumínio é feita a partir da bauxita, um minério que pode ser


encontrado em seis regiões geográficas: África, América do Norte, América Latina,
Ásia, Europa e Oceania. No total, são 46 países que produziram, em 2006,
aproximadamente 34 milhões de toneladas de alumínio primário, conforme dados do
World Metal Statistics. O Brasil é o sexto maior produtor mundial de alumínio
primário, precedido pela China, Rússia, Canadá, Estados Unidos e Austrália.

A demonstração da importância da indústria brasileira do alumínio no cenário mundial


está na sua participação no mercado global. O Brasil, além da terceira maior jazida de
bauxita do planeta, é o quarto maior produtor de alumina e ocupa a quinta colocação
na exportação de alumínio primário/ligas. Os números mostram: "o Brasil tem vocação
para produzir alumínio”.

CARACTERÍSTICAS DO ALUMÍNIO

As características do alumínio permitem que ele tenha uma diversa gama de


aplicações. Por isso, o metal é um dos mais utilizados no mundo todo. Material leve,
durável e bonito, o alumínio mostra um excelente desempenho e propriedades
superiores na maioria das aplicações. Produtos que utilizam o alumínio ganham
também competitividade, em função dos inúmeros atributos que este metal incorpora
como pode ser conferido a seguir:

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Leveza:
Característica essencial na indústria de transportes representa menor consumo de
combustível, menor desgaste, mais eficiência e capacidade de carga. Para o setor de
alimentos, traz funcionalidade e praticidade às embalagens por seu peso reduzido em
relação a outros materiais.

Condutibilidade elétrica e térmica:


O alumínio é um excelente meio de transmissão de energia, seja elétrica ou térmica.
Um condutor elétrico de alumínio pode conduzir tanta corrente quanto um de cobre,
que é duas vezes mais pesado e, consequentemente, caro. Por isso, o alumínio é muito
utilizado pelo setor de fios e cabos.

O metal também oferece um bom ambiente de aquecimento e resfriamento.


Trocadores e dissipadores de calor em alumínio são utilizados em larga escala nas
indústrias alimentícia, automobilística, química, aeronáutica, petrolífera, etc. Para as
embalagens e utensílios domésticos, essa característica confere ao alumínio a condição
de melhor condutor térmico, o que na cozinha é extremamente importante.

Impermeabilidade e opacidade:
Característica fundamental para embalagens de alumínio para alimentos e
medicamentos. O alumínio não permite a passagem de umidade, oxigênio e luz. Essa
propriedade faz com que o metal evite a deterioração de alimentos, remédios e outros
produtos consumíveis.

Alta relação resistência/peso:


Importante para a indústria automotiva e de transportes, confere um desempenho
excepcional a qualquer parte de equipamento de transporte que consuma energia
para se movimentar. Aos utensílios domésticos oferece uma maior durabilidade e
manuseio seguro, com facilidade de conservação.

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Beleza:
O aspecto externo do alumínio, além de conferir um bom acabamento apenas com sua
aplicação pura, confere modernidade a qualquer aplicação por ser um material nobre,
limpo e que não se deteriora com o passar do tempo. Por outro lado, o metal permite
uma ampla gama de aplicações de tintas e outros acabamentos, mantendo sempre o
aspecto original e permitindo soluções criativas de design.

Durabilidade:
O alumínio oferece uma excepcional resistência a agentes externos, intempéries, raios
ultravioleta, abrasão e riscos, proporcionando elevada durabilidade, inclusive quando
usado na orla marítima e em ambientes agressivos.

Moldabilidade e soldabilidade:
A alta maleabilidade e ductibilidade do alumínio permitem à indústria utilizá-lo de
diversas formas. Suas propriedades mecânicas facilitam sua conformação e
possibilitam a construção de formas adequadas aos mais variados projetos.

Resistência à corrosão:
O alumínio tem uma autoproteção natural que só é destruída por uma condição
agressiva ou por determinada substância que dissipe sua película de óxido de
proteção. Essa propriedade facilita a conservação e a manutenção das obras, em
produtos como portas, janelas, forros, telhas e revestimentos usados na construção
civil, bem como em equipamentos, partes e estruturas de veículos de qualquer porte.
Nas embalagens é fator decisivo quanto à higienização e barreira à contaminação.

Resistência e dureza:
Ao mesmo tempo em que o alumínio possui um alto grau de maleabilidade, ele
também pode ser trabalhado de forma a aumentar sua robustez natural. Com uma
resistência à tração de 90 Mpa, por meio do trabalho a frio, essa propriedade pode ser
praticamente dobrada, permitindo seu uso em estruturas, com excelente
comportamento mecânico, aprovado em aplicações como aviões e trens.

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Possibilidade de muitos acabamentos:
Seja pela anodização ou pela pintura, o alumínio assume a aparência adequada para
aplicações em construção civil, por exemplo, com acabamentos que reforçam ainda
mais a resistência natural do material à corrosão.

Reciclabilidade:
Uma das principais características do alumínio é sua alta reciclabilidade. Depois de
muitos anos de vida útil, segura e eficiente, o alumínio pode ser reaproveitado, com
recuperação de parte significativa do investimento e economia de energia, como já
acontece largamente no caso da lata de alumínio. Além disso, o meio ambiente é
beneficiado pela redução de resíduos e economia de matérias-primas propiciadas pela
reciclagem.

RECICLAGEM DO ALUMÍNIO

Alumínio é o primeiro nome lembrado quando o assunto é reciclagem. A


reciclabilidade é um dos principais atributos do alumínio e reforça a vocação de sua
indústria para a sustentabilidade em termos econômicos, sociais e ambientais. O
alumínio pode ser reciclado infinitas vezes, sem perder suas características no
processo de reaproveitamento, ao contrário de outros materiais.

O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por produtos de vida
útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. Utensílios domésticos, latas de
bebidas, esquadrias de janelas, componentes automotivos, entre outros, podem ser
fundidos e empregados novamente na fabricação de novos produtos. Pelo seu valor de
mercado, a sucata de alumínio permite a geração de renda para milhares de famílias
brasileiras envolvidas da coleta à transformação final da sucata.

A reciclagem do alumínio representa uma combinação única de vantagens. Economiza


recursos naturais, energia elétrica - no processo, consome-se apenas 5% da energia
necessária para produção do alumínio primário -, além de oferecer ganhos sociais e
econômicos.

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 PROCESSO DE RECICLAGEM

O processo industrial de reaproveitamento da sucata do alumínio obedece às


seguintes etapas:

O material reciclável vai, inicialmente, para a área fria da reciclagem. A operação


começa com a alimentação dos fardos de latas usadas em um desenfardador, que
quebra os blocos em pedaços. Uma correia transportadora leva o material para um
moinho de facas, onde os pedaços de blocos são completamente desmanchados,
voltando a serem latas praticamente individualizadas. Depois, um separador
eletromagnético remove metais ferrosos que possam estar misturados ao alumínio.

Em seguida, as latas vão alimentar o moinho de martelos, onde são picotadas. O


resultado disso é o material chamado cavaco. Uma nova separação magnética é feita
como garantia de pureza do material que será reutilizado. Por isso também é
importante à próxima etapa: uma peneira vibratória retira terra, areia e outros
resíduos. Na sequência, o separador pneumático completa este processo por meio de
jatos de ar que separam papéis, plásticos e outros materiais leves e pesados.

Os cavacos seguem para um silo de armazenagem com capacidade de 13 toneladas. É


importante frisar que todos estes equipamentos possuem sistemas de exaustão e as
emissões são tratadas em um sistema a frio antes de serem liberadas para a
atmosfera.

O passo seguinte é a remoção de todas as tintas e vernizes que recobrem os cavacos,


através de um sistema de tecnologia de fluxo simultâneo ar/cavaco, no interior de um
grande forno rotativo com 3 m de diâmetro e 11 m de comprimento, chamado forno
kiln. O gás gerado no processo de remoção de tintas e vernizes é reaproveitado como
combustível no próprio forno.

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A seguir, passa-se para o forno de fusão, dividido em duas câmaras nas quais um
sistema de agitação do metal provoca a submersão do cavaco no banho de metal
líquido para que ocorra seu derretimento. Este material líquido é colocado em
cadinhos, onde amostras de composição química são retiradas para análise.

O metal é encaminhado para a laminação de chapas, pronto para a reutilização nos


mais diversos segmentos da indústria de alumínio.

 INDICADORES DA RECICLAGEM DE ALUMÍNIO NO BRASIL

Geração de emprego e renda para milhares de trabalhadores. Estimativas feitas pela


Associação Brasileira de Alumínio - ABAL apontam a existência de aproximadamente
170 mil pessoas ligadas ao processo de reciclagem do alumínio, gerando 3,3 mil
empregos diretos;

São 2,1 mil empresas atuando na cadeia de reciclagem, entre cooperativas, revendas,
transportadoras, processadores, entre outras. Além da geração de empregos,
recolhem impostos e movimentam a economia;

Somente a etapa de coleta de latas de alumínio (a compra das latas usadas) injeta
anualmente cerca de R$ 530 milhões na economia nacional, o equivalente à geração
de emprego e renda para 180 mil pessoas.

O faturamento estimado da cadeia de reciclagem de alumínio é de cerca de R$ 1,8


bilhão por ano.

Há redução no custo de capital empregado. Os investimentos na cadeia de produção


de alumínio primário, incluindo a mineração, refino e redução são muito maiores que
os necessários para a reciclagem.

Além dos benefícios sociais e econômicos mencionados, destaca-se nesse tipo de


atividade a redução do volume de lixo destinado a aterros e lixões (prolongando a vida

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dos materiais); a economia de recursos naturais e energia (para produzir alumínio
reciclado, utiliza-se apenas 5% da energia necessária para fabricar o produto primário);
diminuição da poluição do solo, da água e do ar e redução do desperdício,
contribuindo para a preservação do meio ambiente.

Em todo o mundo a reciclagem é a principal atividade para a promoção do uso


contínuo do alumínio. Pesquisas feitas recentemente pela Associação Europeia de
Alumínio (European Aluminium Association-EAA), Organização Europeia de Alumínio
(Organization of European Aluminiun Refiners and Remelters-OEA) e Instituto
Internacional do Alumínio (International Aluminium Institute-IAI) indicam que, desde
que esse metal passou a ser fabricado em escala industrial e comercializado, em 1888,
já foram produzidas aproximadamente 800 milhões de toneladas de alumínio primário.
Desse volume, cerca de 600 milhões de toneladas ainda estão em uso, portanto com
potencial para serem recicladas quando tiverem sua vida útil esgotada, sendo:

- 30% em edifícios, na forma de fachadas, janelas, portas etc.


- 29% como fios, cabos elétricos e equipamentos.
- 28% em meios de transportes, como carros, trens, ônibus, aviões, entre outros.
- 13% outros.

Em 1970 havia 90 milhões de toneladas de alumínio em uso. Projeções do Instituto


Internacional do Alumínio, entidade sediada na Inglaterra, indicam que esse valor deva
aumentar dez vezes até 2020, chegando a 900 milhões de toneladas.

A reciclagem de alumínio em nosso País é uma atividade muito antiga e se confunde


com a implementação do seu processo industrial. Na década de 20, data dos primeiros
registros de produção de utensílios de alumínio no Brasil, o setor utilizava como
matéria-prima a sucata importada de vários países. Na década de 90, com o início da
produção das latas, a reciclagem do metal foi intensificada, registrando volumes cada
vez maiores.

24
A possibilidade de reciclagem é um dos atributos mais importantes do alumínio, e o
Brasil aproveita isso muito bem - detém um dos mais eficientes ciclos de reciclagem de
alumínio do mundo, com uma alta relação entre sucata recuperada e consumo
doméstico. Em 2007 esse índice foi de 35,3%, quando a média mundial era de 29,3%.
Na reciclagem de latas de alumínio para bebidas, o País se mantém, há sete anos, na
liderança mundial - em 2006, registrou índice de 94,4% de reaproveitamento e em
2007 de 96,5%.

Os bons números da indústria de reciclagem de alumínio no Brasil refletem a alta


demanda pela sucata no país. A profissionalização do setor também tem contribuído
com esse resultado. Hoje há uma eficaz estrutura logística de coleta, feita por
associações, cooperativas, centros de coleta e por um parque industrial moderno, que
vem continuamente investindo e com grande capacidade de recuperação do metal.
Foi verificada, nos últimos anos, uma alteração no valor da participação das várias
fontes de coleta de sucata de alumínio. As cooperativas têm aumentado sua
participação nesta atividade, assim como clubes e condomínios. Os depósitos
tradicionais vêm perdendo espaço, mostrando que a atividade está conquistando
espaço em diversos segmentos da sociedade. A preocupação com o meio ambiente
tem impulsionado ações relacionadas à reciclagem, como forma de conservar os
recursos naturais e evitar que resíduos sejam dispensados incorretamente.

A reciclagem do alumínio aponta para a sustentabilidade da indústria no setor, em


aspectos econômicos, ambientais e também sociais, já que contribui para o
desenvolvimento, recolhem se impostos e garante renda em áreas carentes. Devido ao
seu valor de mercado, a sucata de alumínio se tornou uma oportunidade para milhares
de famílias brasileiras que participam desde a coleta até a transformação final do
material. Segundo o Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis -
MNCR, calcula-se que o número de catadores em atividade no país ultrapasse os 300
mil.

25
COBRE

ORIGEM

O cobre foi o primeiro metal usado pelo homem. Acredita-se que por volta de 13000
a.C. foi encontrado na superfície da terra em forma de “cobre nativo”, o metal puro
em seu estado natural. A palavra cobre é derivada cuprum, que significa metal da ilha
de Chipre, onde foi descoberto em estado natural durante a Antiguidade. Usado
inicialmente como substituto da pedra como ferramenta de trabalho, armas e objeto
de decoração, o cobre tornou-se, pela sua resistência, uma descoberta fundamental na
historia da evolução humana.

OBTENÇÃO

O cobre tem cerca de noventa por cento das reservas mundiais localizadas em Quatro
regiões: (1) vertente ocidental dos Andes (Chile e Peru); (2) montanhas rochosas e área
dos grandes lagos, nos Estados Unidos; (3) planalto central africano (Zaire e Zâmbia);
(4) escudo pré-cambriano do centro da América do Norte (Canadá e estado do
Michigan, Estados Unidos). Entre as minas destacam-se as de sulfetos (pirita e
calcopirita), de óxidos (cuprita e melaconita) e de carbonatos (malaquita).

Os minérios de cobre aparecem misturados com diversos tipos de materiais rochosos


sem valor comercial, a ganga, da qual devem ser separados. Para isso, são submetidos
inicialmente a um processo de moagem e pulverização. Em seguida, de acordo com o
tipo de minério, aplicam-se diferentes processos de contração do material.

Dois destes minérios destacaram-se em primeiro plano:


- A calcopirita (Cu2S + Fe2S3) cujo teor em cobre é de 34,5 %,
- A calcosita (Cu2S) contendo cerca de 80 % de cobre.

Os minérios oxidados e carbonatados também são encontrados frequentemente:

26
- A cuprita (Cu2O), óxido de cobre,
- A azurita (2 CuCo3), carbonato de cobre.

O CICLO INDUSTRIAL DO COBRE

As minas de cobre são classificadas de acordo com o sistema de exploração: Minas à


Céu Aberto são aquelas cujo mineral se encontra próximo da superfície e Minas
Subterrâneas, aquelas em que o mineral se encontra em profundidade, necessitando
de explosivos para sua extração.

Da mina sai o minério contendo de 1% a 2% de cobre. Depois de extraído, britado e


moído, o minério passa por células de flotação que separam a sua parte rica em cobre
do material inerte e converte-se num concentrado, cujo teor médio de cobre é de 30%.
Este concentrado é fundido em um forno onde ocorre a oxidação do ferro e do
enxofre, chegando-se a um produto intermediário chamado matte, com 60% de cobre.
O matte líquido passa por um conversor e, através de um processo de oxidação
(insufla oxigênio para a purificação do metal), é transformado em cobre blister, com
98,5% de cobre, que contém ainda impurezas como resíduos de enxofre, ferro e
metais preciosos. O cobre blister, ainda no estado líquido, passa por processo de refino
e, ao seu final, é moldado, chegando ao ânodo com 99,5% de cobre.

Após resfriados, os ânodos são colocados em células de eletrólise. São então


intercalados por finas chapasde cobre eletrolítico, denominadas chapas de partida.
Aplicando-se uma corrente elétrica, o cobre se separa do ânodo e viaja através do
eletrólito até depositar-se nas placas iniciadoras, constituindo-se o catodo de cobre,
com pureza superior a 99,99%. Este cátodo é moldado em suas diferentes formas
comerciais para, posteriormente, ser processado e transformado em fios, barras e
perfis, chapas, tiras, tubos e outras aplicações da indústria.

27
Normalmente, o produto final originário dos produtores de cobre (mineiros), são os
catodos refinados e os vergalhões de cobre, cuja produção é vendida quase que
inteiramente para a indústria de transformação o cobre. Já esta indústria, processa o
catodo ou o vergalhão e, através de processos de laminação, extrusão, forjagem,
fundição e metalurgia do pó, obtém uma larga variedade de produtos tais como fios e
cabos elétricos, chapas, tiras, tubos e barras que são usados principalmente na
indústria da construção civil, eletroeletrônica, automobilística e outras.

28
Produção na América Latina

WORLD COPPER REFINERY PRODUCTION 2009

In Thousend Metric Tonnes of primary and secondary CU

World
Country Th tonnes LA Share %
Share %

Argentina 16,0 0,1 0,4

Brazil 204,8 1,1 4,9

Chile 3.271,5 17,8 78,3

Colombia 10,0 0,1 0,2

Mexico 274,7 1,5 6,6

Peru 400,3 2,2 9,6

Total Latin America 4.177,3 22,8 100

Rest of the World 14.475,7 78,9

29
Consumo na América Latina

LA COPPER END USE IN PRODUCTS BY FINAL SECTORS 2008 (1)

In Thousend Metric Tonnes of CU

LA Share
Country Total BC INF EM Diverses
%

Argentina 73 5 20 18 25 11

Brazil 460 33 151 47 110 153

Chile 63 4 27 9 17 10

Colombia 54 4 16 13 18 8

Ecuador 17 1 6 6 3 3

Mexico 575 41 161 79 269 66

Peru 49 3 15 10 13 12

Otros 116 8 42 31 30 13

Total Latin
1.408 437 212 484 275
America

Share by Sectors 31% 15% 34% 20%

30
Reciclagem do Cobre

O cobre nunca se joga fora, se utiliza, recicla e reutiliza facilmente e indefinidamente


sem perda de qualidade ou de desempenho. Não existe diferença entre o material
reciclado e o metal obtido da mineradora. O valor agregado tem dado vazão a uma
completa infra-estrutura de tecnologia industrial, que hoje em dia cobre 43% da
demanda de cobre na Europa.

Desde tempos pré-históricos, o cobre foi um dos materiais mais valiosos e mais
reciclados da sociedade. Devido a seu alto valor intrínseco e sua fácil reciclagem, o
cobre é o material renovável por excelência. Ao contrário da maioria dos outros
materiais, o cobre pode reutilizar-se uma e outra vez. Virtualmente não há limites para
a quantidade de vezes que o cobre pode ser reciclado em novos produtos.
Não importa com que frequência se recicla o cobre, ao refinar-se, sempre manterá
suas propriedades benéficas sem perda de qualidade. De fato, não existe diferença
alguma entre o cobre reciclado e o metal primário. O cobre é valorado por sua
durabilidade, maleabilidade (capacidade de ser moldado), condutibilidade elétrica e
térmica, resistência à corrosão, e excelentes características tanto de liga como
antimicrobianas.
A reciclagem é um segmento vital e crescente da oferta total de cobre. De fato,
estima-se que até 40% da demanda mundial anual de cobre é satisfeita com cobre
reciclado. Enquanto os restringidos ciclos de vida dos produtos continuam diminuindo
os resíduos na fabricação de produtos, a tonelagem de cobre reciclado continuará
aumentando.

31
Uso Mundial Estimado de Cobre Refinado e Reciclado

Fonte: Relatório Ambiental Outokumpu, 2000, p17

Ano Toneladas de Cobre Refinado Toneladas de Cobre Reciclado

1949 3,0 milhões 1,8 milhões

1959 4,0 milhões 2,5 milhões

1969 7,5 milhões 5,0 milhões

1979 10,0 milhões 5,8 milhões

1989 11,0 milhões 6,5 milhões

1999 14,5 milhões 7,5 milhões

O cobre tem o histórico de reciclagem mais extensa entre os materiais conhecidos para
a civilização. Estima-se que 80% de todo o cobre extraído durante os últimos 10 mil
anos ainda está em uso na atualidade. Em tempos de guerra, os sinos das Iglesias,
moedas e outros artefatos elaborados de cobre se fundiam para fabricar canhões,
balas e outras armas. Em tempos de paz, estas armas se voltaram a fundir para
produzir bens de consumo e insumos industriais vitais.

Na atualidade, a fonte mais importante de cobre reciclado provém de produtos que


finalizaram seu ciclo de vida funcional. Entre eles se encontram os resíduos de
construção (instalações de encanamentos, gás, calefação ou cabos elétricos), e
aparelhos elétricos (desde computadores até celulares, incluindo motores).

As placas exteriores do famoso “Colosso de Roda” na Antiga Grécia se fizeram em


cobre. Quando a estátua foi destruída, seu cobre se reciclou, provavelmente
numerosas vezes ao longo das diferentes eras. A eletrônica de cobre em seu
computador portátil pôde se ter usado 5 mil anos atrás para confeccionar belíssimos
ornamentos para um rei egípcio. As moedas de cobre em seu bolso puderam ter se

32
usado faz 500 anos para fabricar canhões para a Armada Espanhola. E os artefatos
sanitários de cobre baixo sua máquina de lavar pratos puderam ter se usado para
fabricar ferramentas na Idade de Bronze, sinos de igreja no Renascimento, ou arame
elétrico em um edifício que foi demolido justo no ano passado.

PROCESSO DE RECICLAGEM

 Por Placas De Circuitos Impressos (PCI):

Para a reciclagem de metais das Placas de Circuito Impresso foi realizada previamente
uma pré-concentração dos materiais através de processamento mecânico (moagem,
classificação granulométrica, separação magnética e separação eletrostática). Este
processo teve como objetivo concentrar os metais presentes em uma fração e os
polímeros e cerâmicos em outra. Os resultados mostram que após a etapa de
separação eletrostática temos em média 50% de cobre, 20% de estanho e 8% de
chumbo. Neste trabalho esta fração de metais, concentrada previamente, foi
dissolvida com ácido sulfúrico ou água régia e após foi utilizado o método de eletro
obtenção para recuperação do cobre. Na eletro-obtenção utilizou-se um eletrodo de
platina como ânodo e um eletrodo de cobre como cátodo, aplicando-se uma
densidade de corrente de 40 mA.cm-2, em tempos de 30, 60 e 120 minutos.

Após isso, foram feitas análises químicas nestas soluções para verificar a concentração
de cada metal presente na solução base, em especial a concentração de cobre
remanescente. Os resultados obtidos através de eletrodeposição indicam que em 120
minutos praticamente 100% do cobre concentrado anteriormente pode ser
recuperado. Após isso o cobre recuperado poderá ser utilizado novamente como
matéria-prima para produção de novos produtos.

33
 Características e propriedades
o Propriedades Básicas

O cobre é um elemento metálico com número atômico 29 e peso atômico de 63,57. O


seu símbolo uímico é Cu, e suas valências são +1 e +2. Não é magnético e pode ser
utilizado puro ou em ligas com outros tais que lhe conferem excelentes propriedades
químicas e físicas.

 Densidade: 8,96 g / cm3 (20°C)


 Ponto de fusão: 1083ºC
 Ponto de ebulição: 2595°C
 Coeficiente de dilatação térmica linear: 16,5 x 10 - 6 cm/cm/°C (20°C)
 Resistividade elétrica: 1,673 x 10 -6 ohm.cm (20°C)
 Pressão de vapor: 101 mm Hg a 20°C
 Condutividade elétrica: 101 % IACS a 20 °C
 Calor latente de fusão: 50,6 cal/g
 Calor específico: 0,0912 cal/g/°C (20°C)
 Forma cristalina: Cúbica de faces centradas

PRINCIPAIS ATRIBUTOS DO COBRE NA CONDUÇÃO DE ENERGIA

O cobre é o mais eficiente, resistente e confiável metal para ser utilizado em


condutores elétricos.

Veja o porquê:

 O Cobre é o Padrão de Condutibilidade

Em 1913, a Comissão Internacional de Eletrotécnica adotou a condutibilidade do cobre


como padrão, definindo-a como sendo 100% para cobre recozido (IACS). Isto significa
que o cobre proporciona uma maior capacidade de conduzir corrente elétrica para um
mesmo diâmetro de fio ou cabo do que qualquer outro metal de engenharia

34
usualmente empregado como condutor elétrico. Cabos elétricos de cobre requerem
menor isolação e eletrodutos de menor diâmetro quando comparados com cabos de
alumínio. O alumínio possui menor condutibilidade elétrica, necessitando, portanto, de
cabos de maior diâmetro quando comparados com o cobre para conduzir a mesma
corrente. Este é o motivo pelo qual num dado eletroduto é possível instalar uma maior
quantidade de fios ou cabos de cobre comparados com o alumínio. Além disso, o cobre
também proporciona uma condutividade térmica superior (60% superior ao alumínio),
o que leva a uma economia de energia e facilita a dissipação de calor.

 O Cobre é Compatível com Conectores e Outros Dispositivos

Resistência mecânica, flexibilidade e resistência à corrosão tornam o cobre ideal para


ligações a conectores, realização de soldas etc.

 O Cobre Possui Resistência e Ductilidade

Esta única combinação faz do cobre o metal ideal para condutores. Normalmente
quanto mais resistente é um metal, menos flexibilidade ele terá. Isto não ocorre com o
cobre. Assim você terá as vantagens de durabilidade e ductilidade quando especificar o
cobre como material condutor.

 O Cobre é Fácil de Instalar

A resistência, dureza e flexibilidade do condutor de cobre assegura ao mesmo tempo


facilidade de manuseio e instalação, reduzindo assim os custos de mão de obra
associados. Quando você puxa um condutor de cobre através de um eletroduto, ele
resiste ao estiramento e não quebra. Podemos dobrá-lo ou torcê-lo, e ele ainda resiste
à quebra.

35
 O Cobre Resiste á Corrosão

O cobre puro (>99,9% de cobre), usado em condutores elétricos, é um metal nobre


que quando em contato com outros metais (ferro, aço etc.) não está sujeito à corrosão
galvânica. Os fios de cobre também resistem à corrosão por umidade, poluição
industrial e outras influências atmosféricas que possam causar danos ao sistema.

 O Cobre Atende ás Especificações

Anos de confiabilidade e desempenho fazem do cobre o padrão para o uso em


condutores elétricos, atendendo a todas às especificações praticadas nos mais
diferentes países.

 O Cobre é Econômico

Numa primeira avaliação, o condutor de alumínio é algumas vezes mais barato que o
condutor de cobre, mas economia não é medida somente pelo custo inicial de
aquisição. O custo ao longo do tempo, que inclui ferramentas extras de instalação,
procedimentos, materiais, serviços, reparos e potencial para expansão do sistema,
devem ser também avaliados. Estes custos normalmente são esquecidos numa
primeira avaliação. Então considere todas as questões envolvidas e você descobrirá
que o cobre é o condutor mais econômico.

 Com fios e cabos de cobre você obtém:

1. Capacidade de corrente superior com menos seções.


2. Fácil instalação, não necessita de conectores especiais, ferramentas,
procedimentos etc.
3. Maior quantidade de fios por eletroduto.
4. Elevada resistência ao estiramento, ao creep, à corrosão, à quebra e à
diminuição de seção do condutor.
5. Ausência de manutenção.

36
6. Extra proteção contra possíveis problemas durante a operação do
sistema.

 Uso da Sucata de Cobre

O uso comercial habitual para o cobre puro se refere a aplicações mais delicadas, tais
como a produção de fios destinados aplicações elétricas. É essencial que a pureza seja
mantida para garantir a alta condutividade, capacidade de recozimento consistente e
que não haja quebras durante a produção do vergalhão e subsequente manufatura do
fio. As superfícies não podem ter falhas, consequentemente, o fio de cobre deve ter
uma qualidade de superfície excelente. Cobre primário da melhor qualidade é utilizado
na produção do vergalhão para essa finalidade.

A sucata obtida em processos de reciclagem não contaminados e outros tipos de


sucata que foram recuperadas eletroliticamente também podem ser utilizadas. Além
do uso na eletricidade, o cobre também é utilizado para fabricar uma grande
quantidade de tubos, chapas para cobertura de telhado, trocadores de calor etc.
Nesses casos, não é necessário um alto grau de condutibilidade elétrica e os outros
requisitos de qualidade não são tão onerosos. O cobre secundário pode ser utilizado
na produção desses materiais, embora dentro de um limite estipulado para impurezas.

Cobre de boa qualidade e com alta condutibilidade pode ser reciclado pela simples
fusão e inspeção antes da fundição, seja para o formato final ou para fabricação
posterior. Entretanto, esse processo só é válido para sucatas obtidas em ambientes de
manuseio exclusivo de cobre. Quando o cobre se contaminar e for necessário o seu
novo refino, normalmente será necessário derretê-lo e fundi-lo no formato de anodo
para que seja purificado eletroliticamente. Se, no entanto, o nível de impurezas no
anodo for significativo, é pouco provável que o catodo produzido vá atender aos altos
padrões exigidos para o cobre 'A', utilizado na fabricação de fios e cabos elétricos.

37
 Por Que Reciclar?

Cobre é energia eficiente:

Quando se fala em melhorar a eficiência energética de produtos elétricos não há uma


solução melhor que a utilização do cobre. A eletricidade que flui através dos fios de
cobre encontra menos resistência que a que passa pelos fios de alumínio ou aço de
mesmo diâmetro. De fato, o cobre é o melhor condutor elétrico entre os metais, com
exceção para a prata, o que o torna o mais eficiente na relação custo x benefício.

A substituição de equipamentos de alto consumo por equipamentos eficientes, como


motores, transformadores, eletrodomésticos e outros, requer um investimento
adicional bem modesto. Este investimento é autofinanciável pela redução da conta de
energia e usualmente em curto período de tempo.

Analisando as instalações elétricas, você já se deu conta do prejuízo que pode ser
causado por emendas mal feitas, pelo uso de materiais de baixa qualidade (como fios
de segunda categoria), por sobrecarga nos circuitos e pelo mau dimensionamento de
transformadores e motores? Pois é, combater o desperdício é uma forma virtual de
produção de energia elétrica. A energia não desperdiçada pode ser utilizada de forma
mais útil, atendendo picos de consumo e reduzindo o risco de desligamentos. Esta é a
fonte de produção mais barata e mais limpa que existe, pois não agride o meio
ambiente.

Quando os metais não têm mais utilidade, são vendidos para o ferro velho, que os
repassam para as siderúrgicas onde são fabricadas chapas, esquadrias, condutores
elétricos, arames e fios.

A reciclagem dos metais é muito importante por três motivos:

1. Economia: a reciclagem é mais econômica que a extração do metal a partir do


minério. Por exemplo, o gasto com transporte é muito menor, pois não é
necessário carregar as outras substâncias presentes no minério, em geral óxidos.

38
2. Economia de tempo: a reciclagem é mais simples que a extração do metal a partir
do minério. Por exemplo, o metal já está na forma de substância simples, não
necessitando separar as outras substâncias do minério.

3. Conservação do ambiente: com a reciclagem não há necessidade de retirar o


minério da natureza, conservando o meio ambiente e evitando o acúmulo de lixo.

 Vantagens de Reciclar o Cobre

O uso eficiente deste recurso permite economizar energia e cuidar o meio ambiente,
que é constantemente ameaçado. Por exemplo: 43% das necessidades de cobre na
Europa são supridas pela reciclagem.

O cobre nunca se joga fora, se utiliza, recicla e reutiliza facilmente e indefinidamente


sem perda de qualidade ou de desempenho. Não existe diferença entre o material
reciclado e o metal obtido da mineradora.

A indústria da reciclagem de cobre é capaz de recuperar virtualmente 100% do cobre


utilizado, criando muito pouco ou nenhum lixo residual. Este processo inclui uma
economia de 85% em relação à produção primária, que é extração e conversão do
cobre.

A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução


do minério a metal. Essa fase envolve um alto consumo de energia, e requer
transporte de grandes volumes de minério e instalações caras, destinadas à produção
em grande escala.

Dentre diversas outras vantagens, como os metais reciclados têm a mesma qualidade
do que os metais extraídos diretamente da natureza, podem ser infinitamente

39
reciclados porque não há degradação da sua estrutura metálica, estas vantagens
tornam também o processo de reciclagem economicamente vantajoso.

Além dos benefícios financeiros podemos destacar outras vantagens como:

 Colaboração para o crescimento da consciência ecológica na comunidade;


 Menor agressão ao meio ambiente;
 Incentiva a reciclagem de outros materiais;
 Promove o aumento de renda em áreas carentes;
 Beneficia entidades assistenciais tais como igrejas e escolas
 Colaboram para o estabelecimento de políticas de destinação de resíduos
sólidos;
 Ajuda no conhecimento da composição do lixo urbano;

 Pode ser adaptáveis a realidades diferentes cidades sem problemas;


 Injeção de recursos na economia local;
 Fonte de renda permanente para mão-de-obra não qualificada;
 Não necessita de grandes investimentos;
 Proporciona grande economia de energia elétrica;
 Estimula outros negócios. Ex.: máquinas e equipamentos de prensagem;
 Poupança de matérias-primas;
 Poupança de energia;
 Diminuição das áreas degradadas pela extração de minérios;
 Diminuição da poluição.

40
CONCLUSÃO

A reciclagem de materiais condutores é muito importante ambientalmente, já que não


são extraídos matéria prima natural; e economicamente, pois o processo de
reciclagem possui baixo custo e é energeticamente mais viável que a produção
primaria. Além da geração de emprego e renda para milhares de trabalhadores
ligados, direta ou indiretamente, ao processo de reciclagem.

O aumento significativo de empresas, que atuam no processo como cooperativas,


revendas, transportadoras, que além de gerarem empregos, recolhem impostos e
movimentam a economia.

Portanto, além dos benefícios sociais e econômicos, destaca-se nesse tipo de atividade
a redução do volume de lixo destinado a aterros e lixões e a economia de recursos
naturais.

41
BIBLIOGRAFIA

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Recife/PE.

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2011.

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2011.

42
ANEXOS

43

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