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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO – UPE
EQUIPE:
ALINE GUIMARÃES
AMÉRICO ALMEIDA Jr.
FRANCISCO DE ASSIS
PAULO ROBERTO
RAYSA COSTA
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ÍNDICE
1. Introdução...................................................................................................................04
2. Condutores Elétricos..............................................................................................05
Conceito
Propriedades Mecânicas
Propriedades Elétricas
Propriedades Químicas
3. Prata...............................................................................................................................09
4. Alumínio.......................................................................................................................18.
5. Cobre..............................................................................................................................26
6. Conclusão.....................................................................................................................41
7. Bibliografia..................................................................................................................42
8. Anexos...........................................................................................................................43
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INTRODUÇÃO
Em muitos países, incluindo o Brasil, os resíduos na maioria das vezes são dispostos
inadequadamente sem controle ou cuidados ambientais, provocando danos ao
ambiente e a própria população. Quando isso ocorre, há também o desperdício de
materiais que poderiam ser reusados, reciclados ou reaproveitados.
Enquanto isso, novas fontes de energia e materiais estão cada vez mais escassas, assim
como locais para dispor resíduos a baixo custo. Resultando em uma maior procura por
meios de reutilizar e reciclar materiais como meio de economizar esses recursos
naturais, e minimizar gastos com a produção primaria.
Assim, este trabalho tem o intuito de apresentar os tipos de reciclagem para obtenção
de materiais condutores a fim de economizar os recursos naturais, baixar o custo da
produção primária e amenizar os impactos ambientais.
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CONDUTORES ELÉTRICOS
CONCEITO
Teoria das Bandas: Para que um material conduzir eletricidade, é necessário que os
elétrons de valência, sobre a ação de um potencial elétrico aplicado, saltem do nível de
valência para um nível ou banda de condução.
Conforme a figura abaixo, um material condutor quase não existe níveis ou banda de
energia proibida entre a condução e a valência e, portanto, a corrente flui facilmente
sob a ação do campo elétrico.
Brilho: Cada metal possui seu brilho próprio, pois cada comprimento de onda é único.
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PROPRIEDADES ELÉTRICAS
R = ρ L/A
Onde:
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PROPRIEDADES QUÍMICAS
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PRATA
ORIGEM
A Prata ou Argentum (assim chamada pelos Romanos e de onde deriva seu símbolo
químico) é conhecida pelo homem desde a pré-história, estimando-se que sua
descoberta se fez pouco depois da do ouro e do cobre. Material nobre usado na
confecção de joias, moedas e objetos de culto, a prata serviu como padrão monetário
até a primeira guerra mundial.
Ela é muito utilizada na indústria, sendo o metal nobre de maior uso, notadamente nas
peças de contato, graças a sua maleabilidade, ductibilidade e ótima condução de
eletricidade. Pertence ao grupo dos metais de transição e se enquadra na família do
cobre e do ouro.
A prata raramente ocorre na forma pura. Pode ser encontrada sob a forma de sulfeto
de prata (Ag2S), associados aos sulfetos de chumbo, de zinco, de cobre, de níquel e de
estanho. As grandes jazidas de prata estão localizadas na região das Montanhas
Rochosas no oeste dos Estados Unidos, nas montanhas do México e na Cordilheira dos
Andes, no Peru e na Bolívia.
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PROPRIEDADES FÍSICAS E QUÍMICAS
Número Atômico 47
Peso Atômico 107,868
Série Química Metal de Transição
Estado da Matéria Sólido
Ponto de Fusão 961,78
Condutividade Elétrica 62,5 S.m/mm2
Ponto de Ebulição 2.212º C
Densidade 10,5 (20º C)
Estado de Oxidação 1.2
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Hoje, a tecnologia moderna tem revelado uma gama ainda mais notável das
propriedades elétricas, mecânicas, ópticas e medicinais que têm colocado a prata
como o metal principal em muitas aplicações.
Baterias
Muitas baterias, recarregáveis e descartáveis, são fabricadas com ligas de prata como
o cátodo ou o lado negativo. Apesar de caro, as células têm o poder de prata-peso
características superiores aos seus concorrentes. A mais comum destas baterias é o
pequeno botão em forma de célula de óxido de prata - usado em câmeras, brinquedos,
aparelhos auditivos, relógios e calculadoras - que é aproximadamente 35 por cento de
prata por peso.
Rolamentos
Rolamentos de esfera de aço galvanizado com prata têm maior resistência à fadiga e
capacidade de carga do que qualquer outro tipo. Estes rolamentos são usados em
contínuo, aplicações pesadas, como nos motores a jato para impedir a falha em alta
velocidade e temperaturas extremas. Porque o aço tem um coeficiente de atrito
pobre, colocando uma camada de prata entre o rolamento de esferas de aço e da
carcaça reduz a fricção entre os dois, aumentando o desempenho e a longevidade do
motor. Apesar das elevadas temperaturas internas, os rolamentos revestidos de prata
fornecem um desempenho superior e uma margem de segurança crítica para os
motores. Mesmo no caso de uma falha na bomba de óleo, rolamentos banhados em
prata proporcionam lubrificação suficiente para permitir que um desligamento de
motor esteja seguro antes que os danos mais graves possam ocorrer.
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Brasagem e soldadura
Energia Solar
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A prata é usada em outra maneira de gerar eletricidade, refletindo e concentrando a
energia solar para os coletores contendo sais que são utilizados para os geradores. Na
Califórnia, por exemplo, 1.926 espelhos revestidos de prata refletem o calor solar em
tubos pretos de aço inoxidável no topo de uma torre de 300 metros. Isso aquece os
tubos e o sal nitrato de dentro deles vai para altas temperaturas. O sal escaldante é
então canalizado para caldeiras, transformar água em vapor que movimenta as
turbinas fazendo os geradores elétricos funcionarem.
RECICLAGEM DA PRATA
A prata faz parte do grupo dos metais nobres e o sensibilizante dos filmes são sais de
prata. No fixador de Raios-X pode conter até 4g de prata por litro. No filme fotográfico,
cada rolo de filmes libera 0,659 gramas de prata aproximadamente.
Ela pode ser recuperada e revendida, reciclada e não ir esgoto abaixo, o que é proibido
por lei. O processo é através de recuperação eletrolítica que é a única cujo produto
vale quanto pesa. A eletrólise é o método mais empregado nos países que promovem
a recuperação de prata. O processo eletrolítico consiste na “eletrificação” do íon de
prata. Ele proporciona uma prata comercial chamada “prata em escamas”. Protege o
meio ambiente e é viável e reduz gastos.
A recuperação da prata nas fotografias branco e preto e nas radiografias tem sido
considerada uma fonte de grande interesse comercial por ser uma atividade lucrativa e
constituir matéria-prima sem custo.
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extremamente tóxicos (como os cianetos) que são lançados no ambiente ou
apresentam grande gasto de energia elétrica.
Simplicidade na execução
Menor quantidade de reagentes
Baixo custo dos reagentes
Geração de menor quantidade de resíduos
Geração de resíduos menos tóxicos
Bom rendimento
Potencialidade na recuperação/tratamento dos resíduos
PROCESSOS DE RECICLAGEM
Eletrólise:
No processo da eletrólise, ou recuperação eletrolítica da prata, uma corrente contínua
é passada pela solução rica em prata, entre um eletrodo positivo (o ânodo) e um
eletrodo negativo (o cátodo). Durante este processo eletrolítico, um elétron é
transferido do cátodo para a prata com carga positiva, convertendo-a para o seu
estado metálico, e aderindo ao cátodo. Em uma reação simultânea no ânodo, um
elétron é retirado de algumas espécies químicas na solução. Na maioria das soluções
ricas em prata, este elétron geralmente é proveniente do sulfito.
A eletrólise produz uma prata metálica quase pura, levemente contaminada apenas
por algumas reações de superfície que também ocorrem. O revestimento de prata
deve ter mais de 90% de pureza.
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Substituição metálica:
A base para a substituição metálica é a redução feita pelo ferro metálico (geralmente
presente na forma de “palha de aço”) do complexo pratatiossulfato para prata
elementar. Os equipamentos comerciais que podem ser usados para a recuperação
são muitas vezes chamados de Cartuchos de Recuperação Metálica (MRCs) ou
Cartuchos de Recuperação Química (CRCs).
A fonte de ferro mais comum é a palha de aço fina, escolhida devido à sua área de
superfície. A palha de aço é enrolada em um macho, ou é picada e colocada em um
cartucho. Alguns fabricantes de cartuchos utilizam outras formas, tais como partículas
de ferro coladas à fibra de vidro ou partículas de resina impregnadas com ferro, ou
material de blindagem de ferro enrolado. Para melhores resultados, as soluções ricas
em prata são vagarosamente dosadas, colocadas no cartucho e passadas por um meio
de ferro. A prata é deixada para trás no cartucho, enquanto ferro é solubilizado e
transportado pela solução.
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Precipitação:
A precipitação pode remover a prata das soluções ricas neste metal, reduzindo-a a
níveis extremamente baixos. Quando aplicada de forma adequada, os níveis podem
ser reduzidos até taxas baixas de PPM (parte por milhão). Até recentemente, a
precipitação não era amplamente usada como técnica de recuperação de prata. Os
agentes tradicionalmente usados de precipitação eram os sais de metais alcalinos de
sulfeto (sulfeto de sódio, sulfeto de potássio, etc.) que formam sulfeto de prata em
solução; o sulfeto de prata é removido por filtragem.
Até recentemente, não havia nenhuma técnica de análise fácil e disponível para se
medir a concentração de prata antes do tratamento.
É difícil filtrar o precipitado de sulfeto de prata, pois ele causa obstruções no filtro. A
desprateação do sulfeto é mais eficaz em instalações centralizadas quando feita por
uma equipe treinada.
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Recuperação de prata em papéis e filmes fotográficos:
Quando não se pode reciclar a base do filme, os filmes fotográficos são aquecidos
diretamente para se remover a água e todos os compostos orgânicos (inclusive a base
do filme), e depois são colocados em um processo de fundição. Os papéis fotográficos
geralmente não são separados para a recuperação da sua base. Estes materiais
também são aquecidos para se remover a água e todos os compostos orgânicos
(inclusive a base do papel), e depois são colocados em um processo de fundição.
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ALUMÍNIO
Apesar de ser o terceiro elemento mais abundante na crosta terrestre, é o metal mais
jovem usado em escala industrial, começou a ser produzido comercialmente há cerca
de 150 anos.
Sua produção atual supera a soma de todos os outros metais não ferrosos, isso já
mostra a importância do alumínio para a sociedade.
CARACTERÍSTICAS DO ALUMÍNIO
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Leveza:
Característica essencial na indústria de transportes representa menor consumo de
combustível, menor desgaste, mais eficiência e capacidade de carga. Para o setor de
alimentos, traz funcionalidade e praticidade às embalagens por seu peso reduzido em
relação a outros materiais.
Impermeabilidade e opacidade:
Característica fundamental para embalagens de alumínio para alimentos e
medicamentos. O alumínio não permite a passagem de umidade, oxigênio e luz. Essa
propriedade faz com que o metal evite a deterioração de alimentos, remédios e outros
produtos consumíveis.
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Beleza:
O aspecto externo do alumínio, além de conferir um bom acabamento apenas com sua
aplicação pura, confere modernidade a qualquer aplicação por ser um material nobre,
limpo e que não se deteriora com o passar do tempo. Por outro lado, o metal permite
uma ampla gama de aplicações de tintas e outros acabamentos, mantendo sempre o
aspecto original e permitindo soluções criativas de design.
Durabilidade:
O alumínio oferece uma excepcional resistência a agentes externos, intempéries, raios
ultravioleta, abrasão e riscos, proporcionando elevada durabilidade, inclusive quando
usado na orla marítima e em ambientes agressivos.
Moldabilidade e soldabilidade:
A alta maleabilidade e ductibilidade do alumínio permitem à indústria utilizá-lo de
diversas formas. Suas propriedades mecânicas facilitam sua conformação e
possibilitam a construção de formas adequadas aos mais variados projetos.
Resistência à corrosão:
O alumínio tem uma autoproteção natural que só é destruída por uma condição
agressiva ou por determinada substância que dissipe sua película de óxido de
proteção. Essa propriedade facilita a conservação e a manutenção das obras, em
produtos como portas, janelas, forros, telhas e revestimentos usados na construção
civil, bem como em equipamentos, partes e estruturas de veículos de qualquer porte.
Nas embalagens é fator decisivo quanto à higienização e barreira à contaminação.
Resistência e dureza:
Ao mesmo tempo em que o alumínio possui um alto grau de maleabilidade, ele
também pode ser trabalhado de forma a aumentar sua robustez natural. Com uma
resistência à tração de 90 Mpa, por meio do trabalho a frio, essa propriedade pode ser
praticamente dobrada, permitindo seu uso em estruturas, com excelente
comportamento mecânico, aprovado em aplicações como aviões e trens.
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Possibilidade de muitos acabamentos:
Seja pela anodização ou pela pintura, o alumínio assume a aparência adequada para
aplicações em construção civil, por exemplo, com acabamentos que reforçam ainda
mais a resistência natural do material à corrosão.
Reciclabilidade:
Uma das principais características do alumínio é sua alta reciclabilidade. Depois de
muitos anos de vida útil, segura e eficiente, o alumínio pode ser reaproveitado, com
recuperação de parte significativa do investimento e economia de energia, como já
acontece largamente no caso da lata de alumínio. Além disso, o meio ambiente é
beneficiado pela redução de resíduos e economia de matérias-primas propiciadas pela
reciclagem.
RECICLAGEM DO ALUMÍNIO
O alumínio pode ser reciclado tanto a partir de sucatas geradas por produtos de vida
útil esgotada, como de sobras do processo produtivo. Utensílios domésticos, latas de
bebidas, esquadrias de janelas, componentes automotivos, entre outros, podem ser
fundidos e empregados novamente na fabricação de novos produtos. Pelo seu valor de
mercado, a sucata de alumínio permite a geração de renda para milhares de famílias
brasileiras envolvidas da coleta à transformação final da sucata.
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PROCESSO DE RECICLAGEM
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A seguir, passa-se para o forno de fusão, dividido em duas câmaras nas quais um
sistema de agitação do metal provoca a submersão do cavaco no banho de metal
líquido para que ocorra seu derretimento. Este material líquido é colocado em
cadinhos, onde amostras de composição química são retiradas para análise.
São 2,1 mil empresas atuando na cadeia de reciclagem, entre cooperativas, revendas,
transportadoras, processadores, entre outras. Além da geração de empregos,
recolhem impostos e movimentam a economia;
Somente a etapa de coleta de latas de alumínio (a compra das latas usadas) injeta
anualmente cerca de R$ 530 milhões na economia nacional, o equivalente à geração
de emprego e renda para 180 mil pessoas.
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dos materiais); a economia de recursos naturais e energia (para produzir alumínio
reciclado, utiliza-se apenas 5% da energia necessária para fabricar o produto primário);
diminuição da poluição do solo, da água e do ar e redução do desperdício,
contribuindo para a preservação do meio ambiente.
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A possibilidade de reciclagem é um dos atributos mais importantes do alumínio, e o
Brasil aproveita isso muito bem - detém um dos mais eficientes ciclos de reciclagem de
alumínio do mundo, com uma alta relação entre sucata recuperada e consumo
doméstico. Em 2007 esse índice foi de 35,3%, quando a média mundial era de 29,3%.
Na reciclagem de latas de alumínio para bebidas, o País se mantém, há sete anos, na
liderança mundial - em 2006, registrou índice de 94,4% de reaproveitamento e em
2007 de 96,5%.
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COBRE
ORIGEM
O cobre foi o primeiro metal usado pelo homem. Acredita-se que por volta de 13000
a.C. foi encontrado na superfície da terra em forma de “cobre nativo”, o metal puro
em seu estado natural. A palavra cobre é derivada cuprum, que significa metal da ilha
de Chipre, onde foi descoberto em estado natural durante a Antiguidade. Usado
inicialmente como substituto da pedra como ferramenta de trabalho, armas e objeto
de decoração, o cobre tornou-se, pela sua resistência, uma descoberta fundamental na
historia da evolução humana.
OBTENÇÃO
O cobre tem cerca de noventa por cento das reservas mundiais localizadas em Quatro
regiões: (1) vertente ocidental dos Andes (Chile e Peru); (2) montanhas rochosas e área
dos grandes lagos, nos Estados Unidos; (3) planalto central africano (Zaire e Zâmbia);
(4) escudo pré-cambriano do centro da América do Norte (Canadá e estado do
Michigan, Estados Unidos). Entre as minas destacam-se as de sulfetos (pirita e
calcopirita), de óxidos (cuprita e melaconita) e de carbonatos (malaquita).
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- A cuprita (Cu2O), óxido de cobre,
- A azurita (2 CuCo3), carbonato de cobre.
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Normalmente, o produto final originário dos produtores de cobre (mineiros), são os
catodos refinados e os vergalhões de cobre, cuja produção é vendida quase que
inteiramente para a indústria de transformação o cobre. Já esta indústria, processa o
catodo ou o vergalhão e, através de processos de laminação, extrusão, forjagem,
fundição e metalurgia do pó, obtém uma larga variedade de produtos tais como fios e
cabos elétricos, chapas, tiras, tubos e barras que são usados principalmente na
indústria da construção civil, eletroeletrônica, automobilística e outras.
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Produção na América Latina
World
Country Th tonnes LA Share %
Share %
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Consumo na América Latina
LA Share
Country Total BC INF EM Diverses
%
Argentina 73 5 20 18 25 11
Chile 63 4 27 9 17 10
Colombia 54 4 16 13 18 8
Ecuador 17 1 6 6 3 3
Peru 49 3 15 10 13 12
Otros 116 8 42 31 30 13
Total Latin
1.408 437 212 484 275
America
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Reciclagem do Cobre
Desde tempos pré-históricos, o cobre foi um dos materiais mais valiosos e mais
reciclados da sociedade. Devido a seu alto valor intrínseco e sua fácil reciclagem, o
cobre é o material renovável por excelência. Ao contrário da maioria dos outros
materiais, o cobre pode reutilizar-se uma e outra vez. Virtualmente não há limites para
a quantidade de vezes que o cobre pode ser reciclado em novos produtos.
Não importa com que frequência se recicla o cobre, ao refinar-se, sempre manterá
suas propriedades benéficas sem perda de qualidade. De fato, não existe diferença
alguma entre o cobre reciclado e o metal primário. O cobre é valorado por sua
durabilidade, maleabilidade (capacidade de ser moldado), condutibilidade elétrica e
térmica, resistência à corrosão, e excelentes características tanto de liga como
antimicrobianas.
A reciclagem é um segmento vital e crescente da oferta total de cobre. De fato,
estima-se que até 40% da demanda mundial anual de cobre é satisfeita com cobre
reciclado. Enquanto os restringidos ciclos de vida dos produtos continuam diminuindo
os resíduos na fabricação de produtos, a tonelagem de cobre reciclado continuará
aumentando.
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Uso Mundial Estimado de Cobre Refinado e Reciclado
O cobre tem o histórico de reciclagem mais extensa entre os materiais conhecidos para
a civilização. Estima-se que 80% de todo o cobre extraído durante os últimos 10 mil
anos ainda está em uso na atualidade. Em tempos de guerra, os sinos das Iglesias,
moedas e outros artefatos elaborados de cobre se fundiam para fabricar canhões,
balas e outras armas. Em tempos de paz, estas armas se voltaram a fundir para
produzir bens de consumo e insumos industriais vitais.
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usado faz 500 anos para fabricar canhões para a Armada Espanhola. E os artefatos
sanitários de cobre baixo sua máquina de lavar pratos puderam ter se usado para
fabricar ferramentas na Idade de Bronze, sinos de igreja no Renascimento, ou arame
elétrico em um edifício que foi demolido justo no ano passado.
PROCESSO DE RECICLAGEM
Para a reciclagem de metais das Placas de Circuito Impresso foi realizada previamente
uma pré-concentração dos materiais através de processamento mecânico (moagem,
classificação granulométrica, separação magnética e separação eletrostática). Este
processo teve como objetivo concentrar os metais presentes em uma fração e os
polímeros e cerâmicos em outra. Os resultados mostram que após a etapa de
separação eletrostática temos em média 50% de cobre, 20% de estanho e 8% de
chumbo. Neste trabalho esta fração de metais, concentrada previamente, foi
dissolvida com ácido sulfúrico ou água régia e após foi utilizado o método de eletro
obtenção para recuperação do cobre. Na eletro-obtenção utilizou-se um eletrodo de
platina como ânodo e um eletrodo de cobre como cátodo, aplicando-se uma
densidade de corrente de 40 mA.cm-2, em tempos de 30, 60 e 120 minutos.
Após isso, foram feitas análises químicas nestas soluções para verificar a concentração
de cada metal presente na solução base, em especial a concentração de cobre
remanescente. Os resultados obtidos através de eletrodeposição indicam que em 120
minutos praticamente 100% do cobre concentrado anteriormente pode ser
recuperado. Após isso o cobre recuperado poderá ser utilizado novamente como
matéria-prima para produção de novos produtos.
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Características e propriedades
o Propriedades Básicas
Veja o porquê:
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usualmente empregado como condutor elétrico. Cabos elétricos de cobre requerem
menor isolação e eletrodutos de menor diâmetro quando comparados com cabos de
alumínio. O alumínio possui menor condutibilidade elétrica, necessitando, portanto, de
cabos de maior diâmetro quando comparados com o cobre para conduzir a mesma
corrente. Este é o motivo pelo qual num dado eletroduto é possível instalar uma maior
quantidade de fios ou cabos de cobre comparados com o alumínio. Além disso, o cobre
também proporciona uma condutividade térmica superior (60% superior ao alumínio),
o que leva a uma economia de energia e facilita a dissipação de calor.
Esta única combinação faz do cobre o metal ideal para condutores. Normalmente
quanto mais resistente é um metal, menos flexibilidade ele terá. Isto não ocorre com o
cobre. Assim você terá as vantagens de durabilidade e ductilidade quando especificar o
cobre como material condutor.
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O Cobre Resiste á Corrosão
O Cobre é Econômico
Numa primeira avaliação, o condutor de alumínio é algumas vezes mais barato que o
condutor de cobre, mas economia não é medida somente pelo custo inicial de
aquisição. O custo ao longo do tempo, que inclui ferramentas extras de instalação,
procedimentos, materiais, serviços, reparos e potencial para expansão do sistema,
devem ser também avaliados. Estes custos normalmente são esquecidos numa
primeira avaliação. Então considere todas as questões envolvidas e você descobrirá
que o cobre é o condutor mais econômico.
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6. Extra proteção contra possíveis problemas durante a operação do
sistema.
O uso comercial habitual para o cobre puro se refere a aplicações mais delicadas, tais
como a produção de fios destinados aplicações elétricas. É essencial que a pureza seja
mantida para garantir a alta condutividade, capacidade de recozimento consistente e
que não haja quebras durante a produção do vergalhão e subsequente manufatura do
fio. As superfícies não podem ter falhas, consequentemente, o fio de cobre deve ter
uma qualidade de superfície excelente. Cobre primário da melhor qualidade é utilizado
na produção do vergalhão para essa finalidade.
Cobre de boa qualidade e com alta condutibilidade pode ser reciclado pela simples
fusão e inspeção antes da fundição, seja para o formato final ou para fabricação
posterior. Entretanto, esse processo só é válido para sucatas obtidas em ambientes de
manuseio exclusivo de cobre. Quando o cobre se contaminar e for necessário o seu
novo refino, normalmente será necessário derretê-lo e fundi-lo no formato de anodo
para que seja purificado eletroliticamente. Se, no entanto, o nível de impurezas no
anodo for significativo, é pouco provável que o catodo produzido vá atender aos altos
padrões exigidos para o cobre 'A', utilizado na fabricação de fios e cabos elétricos.
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Por Que Reciclar?
Analisando as instalações elétricas, você já se deu conta do prejuízo que pode ser
causado por emendas mal feitas, pelo uso de materiais de baixa qualidade (como fios
de segunda categoria), por sobrecarga nos circuitos e pelo mau dimensionamento de
transformadores e motores? Pois é, combater o desperdício é uma forma virtual de
produção de energia elétrica. A energia não desperdiçada pode ser utilizada de forma
mais útil, atendendo picos de consumo e reduzindo o risco de desligamentos. Esta é a
fonte de produção mais barata e mais limpa que existe, pois não agride o meio
ambiente.
Quando os metais não têm mais utilidade, são vendidos para o ferro velho, que os
repassam para as siderúrgicas onde são fabricadas chapas, esquadrias, condutores
elétricos, arames e fios.
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2. Economia de tempo: a reciclagem é mais simples que a extração do metal a partir
do minério. Por exemplo, o metal já está na forma de substância simples, não
necessitando separar as outras substâncias do minério.
O uso eficiente deste recurso permite economizar energia e cuidar o meio ambiente,
que é constantemente ameaçado. Por exemplo: 43% das necessidades de cobre na
Europa são supridas pela reciclagem.
Dentre diversas outras vantagens, como os metais reciclados têm a mesma qualidade
do que os metais extraídos diretamente da natureza, podem ser infinitamente
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reciclados porque não há degradação da sua estrutura metálica, estas vantagens
tornam também o processo de reciclagem economicamente vantajoso.
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CONCLUSÃO
Portanto, além dos benefícios sociais e econômicos, destaca-se nesse tipo de atividade
a redução do volume de lixo destinado a aterros e lixões e a economia de recursos
naturais.
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BIBLIOGRAFIA
http://www.fatecmm.edu.br/sistema/file/doc/7CONDUTORESELETRICOS.pdf,
acessado em 25 de setembro de 2011.
http://www.colegioweb.com.br/fisica/condutores-e-isolantes-eletricos-.html,
acessado em 25 de setembro de 2011.
http://www.annq.org/congresso2007/trabalhos_apresentados/T91.pdf, acessado em
27 de setembro de 2011.
https://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:S_9XFwCcfkJ:www.feelt.ufu.br/pastas/
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2011.
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ANEXOS
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