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UNIVERSIDADE ZAMBEZE

Faculdade de Ciências e Tecnologias


Departamento de Engenharia Civil
Curso de licenciatura em Engenharia Civil
Nível: 2º ano

Resistência dos Materiais


Esforços Combinados

Discentes:
Claúdio Narciso Macuacua
Djimirson Eurico
Edson Mário Muloi
Figurão Félix Macovela
Marcos Orlando Magalhães

Beira, Novembro de 2022

1
Universidade Zambeze

Faculdade de ciências e tecnologias

Resistência dos Materiais


Esforços Combinados

Trabalho orientado pelo docente da


disciplina Mecanica das construcoes II, do
curso engenharia civil, nível 2, regime
laboral, com fins de carácter avaliativo, do
departamento de engenharia civil, como
sendo um dos requisitos para obtenção do
título de Engenheiro civil, leccionada por:

Msc. Engo. Francisco Araújo

Beira, Novembro de 2022

2
ÍNDICE
OBJECTIVOS................................................................................................................................. 4
Objectivo geral ............................................................................................................................ 4
Objectivos específicos ................................................................................................................ 4
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 5
ESFORÇOS COMBINADOS ........................................................................................................ 6
Efeitos combinados da força axial e da flexão (fórmula Navier generalizada) .......................... 6
Determinação das principais tensões .......................................................................................... 8
Determinação da linha neutra ..................................................................................................... 8
Flexão oblíqua ........................................................................................................................... 10
Efeitos combinados da flexão e torção: Critérios de resistência............................................... 10
Análise para determinação 𝜎 𝑒 𝜏 em secções circulares ....................................................... 11
Análise para a determinação e em 𝜎𝜏secções retangulares com dobragem num único plano,
quer exista axial ou não axial ................................................................................................ 11
Determinação das principais tensões .................................................................................... 11
Critérios de resistência .......................................................................................................... 11
Determinação dos deslocamentos ............................................................................................. 12
Passos a seguir para utilizar Mohr ............................................................................................ 13
Critérios de desenho e revisão .................................................................................................. 14
Condição de resistência......................................................................................................... 14
Condição de resistência......................................................................................................... 14
Noções de problemas hiperestéticos ......................................................................................... 14
Exemplo prático ........................................................................................................................ 15
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 21

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OBJECTIVOS

Objectivo geral
O presente trabalho tem como objectivo geral, abordar os esforços combinados como sendo
fenómeno clássico em analise de estruturas.

Objectivos específicos
Em decorrência do objectivo geral, listam-se os seguintes específicos:

• Explicar os conceitos gerais relacionados aos esforços combinados;


• Explicar as diferentes formas que podem ser encontradas de esforços combinados;
• Explicar e aplicar de forma pratica o efeito combinados de esforços, são eles:
1. de força axial e de flexão;
2. tensões principais;
3. flexão obliqua;
4. de flexão e torção.
• Explicar e aplicar de forma pratica a determinação de deslocamentos em problemas de
esforços combinados;
• Explicar passos e regras a ser seguidas no cálculo com o método de integração de Mohr;
• Explicar os critérios de desenho e revisão: checagem de condições de resistência e
rigidez;
• Dos objectivos acima supracitados, aplica-los na resolução de problema prático de analise
de estruturas.

4
INTRODUÇÃO

Ate este momento três tipos de solicitações simples em uma barra foram estudadas, são elas:
tração ou compressão, momento flector e cortante. Em todos estes casos, na secção transversal
da barra a acção das cargas, se analisa somente uma forca interior (forca axial, cortante,
momento flector ou torsor). Na flexão transversal plana, e nas secções da barra, surgem
simultaneamente duas forcas interiores (momento flector e cortante), por onde as tensões
normais produzidas pelo momento flector são máximas, as tenções tangenciais causadas por
esforços pela cortante são nulas e vice-versa, por isso que se analisa a cortante e o momento
flector por separado.

A metodologia utilizada para a realização deste trabalho e a pesquisa bibliográfica.

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ESFORÇOS COMBINADOS

Em mecânica e resistência dos materiais, abordam-se primeiramente as forcas normais N e os


momentos flectores que em uma peca ou elemento estrutural geram nela tensões normais, que
podem ser calculados recorrendo as respectivas formulas e conceitos de aplicação, assim como
as forcas cortantes e torques internos.

Porem, na vida real, a verdade é que um único problema pode envolver, não um, e sim vários
desses esforços internos em simultâneo.

Consequentemente, vão haver várias tensões normais e tangenciais em um problema desses


esforços combinados, que não podem ser consideradas separadamente no seu cálculo, ou seja,
temos que considerar essas tensões juntas.

Assim sendo, podemos dizer que, esforços combinados acontecem quando uma peça ou
elemento estrutural se encontra sujeito a vários esforços mecânicos (normal, momentos, cortante,
torques, etc) em simultâneo.

Efeitos combinados da força axial e da flexão (fórmula Navier generalizada)


A figura abaixo apresentada representa uma barra separadamente solicitada à força axial,
momento de flexão 𝑥 em e momento de flexão em.𝑦

Abaixo cada caso aparece a expressão para calcular as tensões normais.

6
𝑁 𝑀𝑥 𝑀𝑦
𝜎= 𝜎= ∗ 𝑌𝜎 = ∗𝑋
𝐴 𝐼𝑥 𝐼𝑦

Se as três solitações agirem ao mesmo tempo e aplicarem o princípio da sobreposição e as


hipóteses da resistência dos materiais, em que uma delas afirma que as fibras longitudinais não
exercem sobre os outros, por isso: 𝜎𝑋 = 𝜎𝑌 = 0(𝜎2 = 𝜎3 = 0)

𝑁 𝑀𝑋 𝑀𝑌
Então você tem: 𝜎 = + ∗𝑌+ ∗ 𝑋 (Navier Generalizada fórmula)
𝐴 𝐼𝑋 𝐼𝑌

Onde:

𝑁: Força na secção onde deve ser calculada 𝜎

𝐴: Área transversal

𝑀𝑋 : Momento de flexão em X na secção onde deve ser calculado 𝜎

𝐼𝑋 : Inércia da secção transversal em relação à idade X

𝑌: Distância do centroídeo ao ponto em que se deve calcular 𝜎, medido na idade Y

𝑀𝑌 : Momento de flexão em Y na secção onde deve ser calculado 𝜎

𝐼𝑌 : Inércia da secção transversal em relação à idade Y

𝑋: Distância do centroídeo ao ponto a calcular 𝜎, medida na idade X.

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Para definir os sinais é importante definir qual é o primeiro quadrante. Sugere-se que utilize o
representado na figura abaixo, que não coincide com a da matemática, mas com a convenção
geralmente usada para momentos de flexão. Esclarece-se que pode realmente tomar qualquer um
dos quatro como o primeiro quadrante, mas é recomendado usar um permanentemente.

Uma vez definido o primeiro quadrante, os momentos (e) serão positivos𝑀𝑋 𝑀𝑌 se puxarem este
primeiro quadrante e negativos se o comprimirem. As coordenadas nele são sempre positivas,
mas o que usar o representado abaixo de "X" é positivo para a direita e "Y" para baixo. O axial
irá com o seu sinal tradicional sendo (+) tração e (-) compressão. Os valores de 𝐴, 𝐼𝑋 𝑒 𝐼𝑌 sempre
serão positivos porque são características geométricas.

Determinação das principais tensões


𝜎𝑚𝑎𝑥 : É o ponto mais puxado, mas se toda a secção for comprimida, é a menos comprimido.
Matematicamente é a maior tensão.

𝜎𝑚𝑖𝑛 : É o ponto mais comprimido, mas se toda a secção for tração, é a menos puxada.
Matematicamente é a menor tensão.

Ao diferenca da flexão plana donde 𝜎𝑚𝑎𝑥 e 𝜎𝑚𝑖𝑛 :ocorrem numa linha, pois há dois momentos de
flexão que ocorrem apenas num ponto.

𝑁 𝑀𝑋 𝑀𝑌 𝑁 𝑀𝑋 𝑀𝑌
𝜎𝑚𝑎𝑥 = + ∗ 𝑌max 𝑡 + ∗ 𝑋max 𝑡 𝜎𝑚𝑎𝑥 = − ∗ 𝑌max 𝑐 − ∗ 𝑋max 𝑐
𝐴 𝐼𝑋 𝐼𝑌 𝐴 𝐼𝑋 𝐼𝑌

Determinação da linha neutra


Como sabem, a linha neutra é aquela em que não existem tensões normais (𝜎 = 0). Então, se a
expressão Navier generalizada é igual a zero, nós obtemos as coordenadas dela.

8
𝑁 𝑀𝑋 𝑀𝑌
𝜎= + ∗𝑌+ ∗𝑋 =0 (Uma equação com duas incógnitas 𝑥 e 𝑦)
𝐴 𝐼𝑋 𝐼𝑌

𝑁∗𝐼
Fazer X=0 determina Y (I). 𝑌𝑂 = − 𝐴∗𝑀𝑋
𝑋

𝑁∗𝐼
Fazer Y=0 determina X (Xo). 𝑋𝑂 = − 𝐴∗𝑀𝑌
𝑌

Finalmente, "Xo" será o ponto onde a linha neutra corta o eixo X e "I" onde interceta o eixo Y.
Jun

tando "Xo" com "I" com uma linha reta e prolongada é obtido graficamente a partir da linha
neutra.

No caso particular de que não existe força axial (N=0) fazendo X=0, é determinado que I=0 e
fazendo Xo=0. Para já, só se sabe que a linha neutra passa pelo centroíde, mas não a sua
inclinação, então procedemos ao cálculo do ângulo que forma com a horizontal e se for positiva
(+) é medida a favor das mãos do relógio (deixando horizontal para a linha neutra) e se for
negativa (-) é medida contra as mãos do relógio (deixando também a horizontal).𝛽

𝐶𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑌
tan 𝛽 = =
𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑎𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑋

𝑁 𝑀𝑋 𝑀𝑌 𝑌 𝑀𝑌 𝐼
𝜎= + ∗𝑌+ ∗ 𝑋 = 0 Despejando 𝑋 = − ∗ 𝑀𝑋
𝐴 𝐼𝑋 𝐼𝑌 𝐼𝑌 𝑋

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Flexão oblíqua
A flexão oblíqua aparece quando as cargas que atuam sobre o elemento estão contidas num plano
que inclui a idade longitudinal, mas os eixos principais de inércia da secção não lhe pertencem,
ou seja, são cargas transversais aplicadas no centroide, ou a sua direção passa por ele, e que não
coincidem com nenhum dos dois eixos principais da inércia da secção transversal. abaixo.

A carga que produz dobras oblíquas é decomposta em duas, para que coincidam com os dois
eixos principais de inércia. A partir daí, a solução do problema é semelhante à altura em que se
atuam dois momentos de flexão e a expressão é utilizada para o cálculo das tensões:

𝑀𝑋 𝑀𝑌
𝜎= ∗𝑌+ ∗𝑋
𝐼𝑋 𝐼𝑌

Efeitos combinados da flexão e torção: Critérios de resistência


A flexo torção é o fenómeno em que simultaneamente atuam momentos de flexão e torção na
secção transversal de um elemento.

Como é conhecido pela análise da torção, é necessário diferenciar se a secção transversal é


circular ou não. Ao combinar flexão com torsão, isto permanece válido.

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Análise para determinação 𝜎 𝑒 𝜏 em secções circulares
𝑁 𝑀 𝜋 ∗ 𝑑3 𝑀𝑡𝑜𝑟 𝜋 ∗ 𝑑3
𝜎= + 𝑊= ≅ 0.1 ∗ 𝑑 3 𝜏𝑚𝑎𝑥 = 𝑊𝑝 = ≅ 0.2 ∗ 𝑑 3
𝐴 𝑊 32 𝑊𝑝 16

Se houver dois momentos de flexão: 𝑀 = √𝑀𝑋2 + 𝑀𝑌2

Análise para a determinação e em 𝜎𝜏secções retangulares com dobragem num único plano, quer
exista axial ou não axial
𝑁 𝑀 𝑀𝑡𝑜𝑟 𝑀𝑡𝑜𝑟
𝜎= + 𝑊 𝜏𝑚𝑎𝑥 = Ou𝜏𝑚𝑎𝑥 = ∗ 𝜂𝑊𝑝 = 𝛼 ∗ 𝑎 ∗ 𝑏 2
𝐴 𝑊𝑝 𝑊𝑝

𝑎: lado maior do retângulo

𝑏: lado menos do retângulo

Determinação das principais tensões


As principais tensões da combinação de tensões normais e tangenciais num ponto são
determinadas:

𝜎 𝜎
𝜎𝑚𝑎𝑥 = 𝜎1 = + 0.5√𝜎 2 + 4 ∗ 𝜏 2 𝜎𝑚𝑖𝑛 = 𝜎3 = + 0.5√𝜎 2 + 4 ∗ 𝜏 2
2 2

Critérios de resistência
A flexo torção causa estados de tensão complexos e não é possível comparar as tensões máximas
com as permitidas, uma vez que a experiência tem demonstrado que, embora as tensões 𝜎1 ,
𝜎2 𝑒 𝜎3 não tenham atingido o seu valor-limite, no entanto, a combinação dos três pode fazer
com que a estrutura falhe.

A obtenção do estado biaxial perigoso através de testes não é fácil, pelo que surgem os critérios
de resistência. Todos perseguem o mesmo objetivo, a procura do stress equivalente, deste estado
combinado, com um de tração axial e compara-o com o stress admissível da referida tração axial.

Os critérios de resistência que apresentarão são o terceiro e o quinto.

Terceiro critério de resistência: 𝜎𝑒𝑞 = 𝜎1 − 𝜎3 = √𝜎 2 + 4 ∗ 𝜏 2 ≤ [𝜎]

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Quinto critério de resistência:𝜎𝑒𝑞 = √𝜎 2 + 3 ∗ 𝜏 2 ≤ [𝜎]

Determinação dos deslocamentos


Como é sabido, há dois eixos e um avião. Desta forma há duas forças (cortante e axial) e um
momento. Para determinar os deslocamentos usando a fórmula de Mohr temos:

𝐿 𝐿 𝐿
𝑀𝑘 ∗ 𝑀𝑚 𝑉𝑘 ∗ 𝑉𝑚 𝑁𝑘 ∗ 𝑁𝑚
Δ𝑘𝑚 = ∑ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ 𝜇 ∗ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ ∫ 𝑑𝑙
0 𝐸𝐼 0 𝐺𝐴 0 𝐸𝐴

No espaço há três eixos e três aviões e desta forma há três forças (duas cortantes e uma axial) e
três momentos (dois flectores e um torsor). Para determinar os deslocamentos usando a fórmula
de Mohr, considerando o eixo z como longitudinal, então estaríamos:

𝐿 𝐿 𝐿
𝑀𝑘𝑋 ∗ 𝑀𝑚𝑋 𝑀𝑘𝑌 ∗ 𝑀𝑚𝑌 𝑀𝑘𝑡𝑜𝑟 ∗ 𝑀𝑚𝑡𝑜𝑟
Δ𝑘𝑚 = ∑ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ ∫ 𝑑𝑙
0 𝐸𝐼𝑋 0 𝐸𝐼𝑌 0 𝐺𝐼𝑝
𝐿 𝐿 𝐿
𝑁𝑘 ∗ 𝑁𝑚 𝑉𝑘𝑋 ∗ 𝑉𝑚𝑋 𝑉𝑘𝑌 ∗ 𝑉𝑚𝑌
+ ∑∫ 𝑑𝑙 + ∑ 𝜇 ∗ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ 𝜇 ∗ ∫ 𝑑𝑙
0 𝐸𝐴 0 𝐺𝐴 0 𝐺𝐴

No quinto e sexto mandato têm valores negligenciáveis, pelo que não são geralmente
considerados. Só se a força tiver um valor considerável é o quarto termo usado.

Ondas:

Δ𝑘𝑚 : deslocamento angular ou linear de um ponto k devido a acção de forcas externas Pm.

𝑀𝑘 : Momento unitário ao calcular o deslocamento angular

𝑀𝑘𝑋 𝑒 𝑉𝑘𝑋 : acções internas no eixo 𝑥 devido a aplicação de 𝑃𝑘 𝑜𝑢 𝑀𝑘.

𝑀𝑘𝑌 𝑒 𝑉𝑘𝑌 : acções internas no eixo 𝑦 devido a aplicação de 𝑃𝑘 𝑜𝑢 𝑀𝑘

N𝑘 𝑒 𝑁𝑚 : forca axial devido a aplicação de 𝑃𝑘 𝑒 𝑃𝑚 respetivamente

M𝑘𝑋 𝑒 𝑉𝑚𝑋 : Acções internas no eixo 𝑥 devido a aplicação de 𝑃𝑚

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M𝑘𝑌 𝑒 𝑉𝑚𝑌 Acções internas no eixo 𝑦 devido a aplicação de 𝑃𝑚

𝐸𝐼: rigidez da secção transversal a flexão

𝐸𝐴: rigidez ao efeito longitudinal produzido pelas forcas axiais

𝐺𝐴: rigidez ao efeito transversal produzido pelas forcas de cisalhamento

G ∗ I𝑃 : rigidez ao efeito transversal produzido pela torção

𝐼𝑥: inercia da secção transversal em relação ao eixo 𝑥

𝐼𝑦: inercia da secção transversal em relação ao eixo 𝑦

𝐼𝑃: inercia da secção transversal a torção ou momento polar de inercia.

𝐸: modulo de elasticidade longitudinal

𝐺: modulo de elasticidade transversal

𝜇: Coeficiente de Poisson ou coeficiente de deformação transversal.

Passos a seguir para utilizar Mohr:

• Produto de cargas de atuação obtém as expressões Mmx, Mmy e MTor


• Todas as cargas de atuação são eliminadas e no ponto em que pretende calcular o
deslocamento uma carga unitária é colocada na direção da deslocação e em qualquer
direção. Se quiser calcular o ângulo de rotação (deslocamento angular) coloque um
momento unitário Mk=1 em lugar de Pk=1.
• Produto da força Pk=1 ou Mk=1 obtemos as expressões de momento de flexão (Mkx,
Mky) e torsor MkTor para as mesmas secções do passo 1
Considerando o eixo longitudinal z:
1. Para calcular a deslocação vertical, coloque Pk=1 no eixo Y
2. Para calcular a deslocação horizontal, coloque Pk=1 no eixo X
3. Para calcular o deslocamento longitudinal, coloque Pk=1 no eixo z

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4. Para calcular o ângulo de torção, coloque MKTOR=1 no eixo Z
5. Para calcular o ângulo de rotação vertical, o Mk=1 é colocado no eixo X
6. Para calcular o ângulo de rotação horizontal, coloque o Mk=1 no eixo y
• Aplique a fórmula de Mohr. Se a deslocação for (+) significa que está na direção
assumida é a força da carga ou da unidade e está na direção oposta.

Critérios de desenho e revisão


Condição de resistência
𝜎𝑒𝑞 ≤ [𝜎] (Para os casos em que há torção)

𝑁 𝑀 𝑀
𝜎𝑚𝑎𝑦 = + 𝑊𝑋 + 𝑊𝑌 ≤ [𝜎] (Para os casos em que não há torção)
𝐴 𝑋 𝑌

𝜎𝑚𝑎𝑦 corresponde ao valor mais alto modularmente entre 𝜎𝑚𝑎𝑥 e 𝜎𝑚𝑖𝑛

Para obter 𝜎𝑚𝑎𝑦 em secções simétricas, serão sempre adicionados três termos da equação
generalizada de Navier, para que possa ser calculado diretamente adicionando-os, sem
determinar previamente 𝜎𝑚𝑎𝑥 e 𝜎𝑚𝑖𝑛 .

Condição de resistência
𝑓𝑣 ≤ [𝑓] 𝑒 𝑓ℎ ≤ [𝑓] são os que geralmente são verificados

∆𝐿 ≤ [∆𝐿] verifica-se quando a força axial é considerável

𝜃 ≤ [𝜃] verifica-se quando o momento de torsão é considerável.

Noções de problemas hiperestéticos


Neste caso de espaço, para determinar GH:

• A incorporação equivale a 6 reações (3 forças e 3 momentos)


• A articulação equivale a 3 reações (3 forças)
• O suporte simples é igual a 1 reação no sentido do mesmo.

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Se o método de forças for utilizado, os passos a seguir são semelhantes aos casos de axial e
flexão, apenas diferenciando as expressões para determinar os coeficientes e termos
independentes.

𝐿𝑀 ∗ 𝑀𝑗𝑋 𝐿𝑀 ∗𝑀 𝐿𝑀
𝑖𝑋 𝑖𝑌 𝑗𝑌 𝑖𝑡𝑜𝑟 ∗ 𝑀𝑗𝑡𝑜𝑟
δ𝑖𝑗 = ∑ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ ∫ 𝑑𝑙
0 𝐸𝐼𝑋 0 𝐸𝐼𝑌 0 𝐺𝐼𝑝

𝐿 𝐿 𝐿
𝑀𝑖𝑋 ∗ 𝑀𝑃𝑋 𝑀𝑖𝑌 ∗ 𝑀𝑃𝑌 𝑀𝑖𝑡𝑜𝑟 ∗ 𝑀𝑃𝑡𝑜𝑟
Δ𝑖𝑃 = ∑ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ ∫ 𝑑𝑙 + ∑ ∫ 𝑑𝑙
0 𝐸𝐼𝑋 0 𝐸𝐼𝑌 0 𝐺𝐼𝑝

Exemplo prático
Para a seguinte viga em balanço

a) Construir os gráficos das forças internas


b) Calcule 𝜎𝑚𝑎𝑥 e 𝜎𝑚𝑖𝑛 na secção crítica. Diga em que pontos ocorrem
c) Calcular a posição da linha neutra na secção crítica
d) Verifique a condição de resistência

Resolução

a) Gráficos das forças internas

15
Sugere-se que a clareza transfira todas as forças excêntricas para os eixos centroidais,
introduzindo os momentos que são produzidos por esse movimento.

Ter todas as cargas centradas só pode funcionar com o eixo da barra

Secção I- I: 𝑀𝑥 = (4 − 5 ∗ 𝑧 2 /2) 40 𝑧 = 0 𝑀𝑥 = 4𝑘𝑁 ∗ 𝑚 e 𝑧 = 4 𝑀𝑥 = −36𝑘𝑁 ∗ 𝑚

Secção II-II:𝑀𝑥 = (−36 ∗ 𝑍/2) 40 𝑧 = 0 𝑀𝑥 = −36𝑘𝑁 ∗ 𝑚 e 𝑧 = 4 𝑀𝑥 = −116𝑘𝑁 ∗ 𝑚

Secção I: 𝑉𝑦 = (5𝑧) 40 𝑧 = 0 𝑉𝑦 = 0𝑘𝑁 e 𝑧 = 4 𝑀𝑥 = 20𝑘𝑁

Secção II-II: 𝑉𝑦 = (20) 40

16
Secção I: 𝑀𝑦 = (6 −∗ 30𝑧) 80 𝑧 = 0 𝑀𝑦 = 6𝑘𝑁 ∗ 𝑚 e 𝑧 = 8 𝑀𝑦 = −234𝑘𝑁 ∗ 𝑚

Secção I-I: 𝑉𝑥 = (−30) 80

Secção I-I: 𝑁 = (40) 80

Secção I:𝑀𝑧 = (3 − 0.75𝑍) 40 𝑧 = 0 𝑀𝑥 = 3𝑘𝑁 ∗ 𝑚e 𝑧 = 4 𝑀𝑥 = 0𝑘𝑁 ∗ 𝑚

Secção II-II:𝑀𝑧 = (3 − 0.75 ∗ 4 = 3 − 3 = 0) 40

Construção de gráficos

b) Cálculoou𝜎𝑚𝑎𝑥 e na secção crítica𝜎𝑚𝑖𝑛

Pode ver-se claramente que a secção está embutida. Embora na barra haja torção numa área de
4m, a incorporação não ocorre, de modo que a secção mais tensa é solicitada a uma combinação
axial com o momento de flexão em dois planos sem torção, aplicando a expressão de Navier
generalizado:

𝑁 𝑀𝑥 𝑀𝑦 40 ∗ 10−3 116 ∗ 10−3 234 ∗ 10−3


𝜎𝑚𝑎𝑥 = + + = + + = 136.6 𝑀𝑃𝑎
𝐴 𝑊𝑥 𝑊𝑦 0.3 ∗ 0.2 2 ∗ 10−3 3 ∗ 10−3

17
𝑁 𝑀𝑥 𝑀𝑦 40 ∗ 10−3 116 ∗ 10−3 234 ∗ 10−3
𝜎𝑚𝑎𝑥 = − − = + + = −136.6 𝑀𝑃𝑎
𝐴 𝑊𝑥 𝑊𝑦 0.3 ∗ 0.2 2 ∗ 10−3 3 ∗ 10−3

𝑏 ∗ ℎ3 0.3 ∗ 0.23
𝑊𝑥 = = = 2 ∗ 10−3
12 12

ℎ ∗ 𝑏 3 0.2 ∗ 0.33
𝑊𝑦 = = = 4.5 ∗ 10−3
12 12

c) Cálculo a posição da linha neutra na secção crítica

𝑁 𝑀𝑋 𝑀𝑌 40 ∗ 10−3 −116 ∗ 10−3 234 ∗ 10−3


𝜎= + ∗𝑌+ ∗𝑋 = + ∗𝑋+ ∗𝑌 =0
𝐴 𝐼𝑋 𝐼𝑌 0.3 ∗ 0.2 2 ∗ 10−4 4.5 ∗ 10−4

Fazer X=0 determina Y (I)

𝑁 ∗ 𝐼𝑥 40 ∗ 10−3 + 2 ∗ 10−4
𝑌𝑜 = − =− = 0.00115 𝑚
𝐴 ∗ 𝑀𝑦 0.3 ∗ 0.2 ∗ (−234 ∗ 10−3 )

Fazer Y=0 determina X (Xo)

𝑁 ∗ 𝐼𝑦 40 ∗ 10−3 + 4.5 ∗ 10−4


𝑋𝑜 = − =− = 0.00128 𝑚
𝐴 ∗ 𝑀𝑥 0.3 ∗ 0.2 ∗ (−234 ∗ 10−3 )

d) Verifique a condição de resistência

𝜎𝑚𝑎𝑦 = 136.6 𝑀𝑃𝑎 (se toma o maior valor modularmente entre 𝜎𝑚𝑎𝑥 𝑒 𝜎𝑚𝑖𝑛 )

18
Deve ser cumprido 𝜎𝑚𝑎𝑦 ≤ [𝜎]

𝜎𝑚𝑎𝑦 = 136.6 𝑀𝑃𝑎 < 160𝑀𝑃𝑎 𝑂𝐾!

19
CONCLUSÃO

Apos ter-se feito o estudo inerente aos esforços combinados, conclui-se que constitui suma
importância o seu conhecimento no estudo de analise de estruturas porque causaria danos
severos uma estrutura combinada ser analisada como se não fosse, neste contexto, uma
combinação de esforços pode ser vista como tema de investigação em mecânica e resistência dos
materiais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DELGADO, R.; ARÊDE, A. Dinâmica de Estruturas. Faculdade de Engenharia da

Universidade do Porto (FEUP), 2000.

SILVA B, et al, Introdução a Resistência dos Materiais, Publindustria, 2010

DIAS DA SILVA, Vitor, Mecânica e Resistência dos materiais, Zuari, 2013

HIBBELER, R. C, Estática: Mecânica para engenharia, 10a ed., São Paulo, Pearson prentice
hall, 2006

BEER, Ferdinand P., et al, Mecânica dos materiais, 5a ed., São Paulo, MC Graw Hill, 2008

KENNETH, M. Leet, et al, Fundamentos de analise estrutural, 3a ed., São Paulo, MC Graw
hill, 2009

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