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TRABALHO DE PESQUISA SOBRE

HIDROSTÁTICA

A hidrostática é a parte da Física que estuda os fluidos em equilíbrio, bem como os efeitos que eles
causam sobre objetos que estão em contato com eles. Por simplicidade, ela trabalha apenas com
fluidos ideais, isto é, gases ou líquidos que podem ser pensados como contínuos, homogêneos,
incompressíveis e não viscosos.

01. CONCEITO DE DENSIDADE:


Também conhecida como massa específica, a densidade é uma medida do quão bem concentrada está
a massa de um determinado corpo ou sistema em relação ao seu volume. Para o estudo da
hidrostática, a densidade é uma medida mais útil do que a massa dentre outras coisas porque o
parâmetro que determina quem afunda ou flutua em contato com um fluido é justamente a densidade:
substâncias mais densas afundam em substâncias menos densas. Quando um objeto é mergulhado em
um fluido, o resultado geral pode ser resumido assim:

1. Objeto com densidade maior que o fluido => afunda


2. Objeto com densidade igual à do fluido => equilíbrio
3. Objeto com densidade menor que o fluido => flutua

(NEWTON, V. B., Tópicos de Física, 2012)

Matematicamente, a densidade (d) de um corpo pode ser definida pela razão

onde m é a massa e V o volume do corpo em questão. No SI é medida em kg/m³ (quilograma por


metro cúbico).

02. CONCEITO DE PRESSÃO:


Pressão é uma grandeza escalar que relaciona o efeito de uma força com a área da superfície de
contato sobre a qual ela é aplicada. Pode ser pensada como o parâmetro que revela a concentração do
efeito da aplicação de uma força. Matematicamente, a pressão (P) é definida pela razão entre o módulo
da força (F) e a área sobre a qual atua (A):
(Imagem própria)

No SI, pressão é medida em Pascal (Pa). É bastante comum aparecem, além do Pascal, medidas de
pressão em atm (atmosferas) e mmHg (milímetros de Mercúrio). A relação entre essas unidades pode
ser resumida por 1 atm = 760 mmHg = 105 Pa.

03. PRINCÍPIO DE STEVIN:


Dentro de um fluido qualquer, a pressão aumenta quanto mais fundo avançar-se dentro dele. Em
outras palavras, a pressão cresce com a profundidade! Matematicamente, a pressão exercida
exclusivamente pelo fluido de densidade d a uma profundidade h é dada pela expressão:

Portanto, podemos constatar, ao olhar para expressão acima, que dentro de um fluido em repouso, a
pressão só depende da profundidade. Ou seja, para pontos a uma mesma profundidade, a pressão tem
que ser a mesma! Isso é uma forma de enunciar o que se conhece como Princípio de Stevin.

Consequência importante disso é o que acontece com um conjunto de vasos abertos e interligados, de
maneira que ao enchê-los com um fluido, este possa deslocar-se livremente pelos vasos. Como o topo
de um fluido (h = 0) está sempre sujeito a uma mesma pressão, que é a pressão atmosférica, as
superfícies dos fluidos em cada um dos vasos têm que estar a uma mesma altura, pela constatação que
fizemos acima.

(https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcRoKXWAgk0eXd95PW074qjljMugwybPkcpVvxdi_qpBjAUV4QIkPOEH5Rtx5NyogXO7h_4&usqp=CAU)

04. PRINCÍPIO DE PASCAL:


Uma maneira de enunciar o princípio de Pascal é: a pressão aplicada a um fluido, encerrado em um recipiente
fechado, se transmite integralmente a todos os pontos do mesmo e às paredes do recipiente que o contém. Essa
transmissão da pressão aplicada em um ponto para outros dentro de um fluido tem como aplicação imediata o
funcionamento, por exemplo, de uma prensa hidráulica.
(NEWTON, V. B., Tópicos de Física, 2012)

Sendo dois pistões de áreas diferentes, ligados por um fluido que preenche completamente a
separação entre eles, o princípio de Pascal explica que a força aplicada sobre o pistão de área menor
fará surgir uma força maior no outro pistão, de acordo com a expressão:

𝑭𝟏 𝑨𝟏
=
𝑭𝟐 𝑨𝟐

05. PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES:


Sempre que um objeto é submerso total ou parcialmente em um fluido, este exerce sobre ele uma força
no sentido de tentar impedir o afundamento desse objeto. Essa força é o empuxo e sua primeira
descrição é dada pelo Princípio de Arquimedes: todo corpo mergulhado, total ou parcialmente num
fluido em repouso, recebe um empuxo, vertical, de baixo para cima, de intensidade igual ao peso do
fluido deslocado.

(NEWTON, V. B., Tópicos de Física, 2012)

Ou seja, o módulo da força de empuxo (E) que o corpo mergulhado sofre é igual ao módulo do peso de
fluido que foi deslocado pela presença do corpo dentro dele. Uma definição matemática equivalente é:

onde df é a densidade do fluido, g é a aceleração da gravidade e VS é o volume submerso do corpo.

Referências Bibliográficas:

MAXIMO, A.; ALVARENGA, B. Curso de Física. Volume 1. Curitiba: Scipione, 1998.

NEWTON, V. B. Tópicos de Física. Volume 1. São Paulo: Saraiva, 2012.

NICOLAU, G. F. Física Básica. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2019.

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